Phd Thesis PEDRO RODRIGUES 42552
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Universidade de Aveiro Departamento de Educação e Psicologia Ano 2018 PEDRO FILIPE DA A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE VISUAL SILVA RODRIGUES CIRCUNDANTE EM TAREFAS COGNITIVAS VISUO- ESPACIAIS: UM ESTUDO DESENVOLVIMENTAL THE INFLUENCE OF THE VISUAL SURROUNDING ENVIRONMENT IN VISUO-SPATIAL COGNITIVE TASKS: A DEVELOPMENTAL STUDY Universidade de Aveiro Departamento de Educação e Psicologia Ano 2018 PEDRO FILIPE DA A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE VISUAL SILVA RODRIGUES CIRCUNDANTE EM TAREFAS COGNITIVAS VISUO- ESPACIAIS: UM ESTUDO DESENVOLVIMENTAL THE INFLUENCE OF THE VISUAL SURROUNDING ENVIRONMENT IN VISUO-SPATIAL COGNITIVE TASKS: A DEVELOPMENTAL STUDY Tese apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Psicologia, realizada sob a orientação científica da Doutora Josefa das Neves Simões Pandeirada, Equiparada a Investigadora Auxiliar do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro. Apoio financeiro da FCT e do POPH/FSE [Refª. da Bolsa: SFRH/BD/84279/2012 ]. Dedico este trabalho ao meu sobrinho e afilhado, DUARTE. À minha FAMÍLIA e AMIGOS que são o pilar da minha vida! A TI, tu sabes quem és e a importância que tens para mim! iii o júri presidente Professor Doutor António Manuel Melo de Sousa Pereira Professor Catedrático, Universidade de Aveiro vogais Professor Doutor Carlos Fernandes da Silva Professor Catedrático, Universidade de Aveiro Prof. Doutor Emanuel Pedro Viana Barbas Albuquerque Professor Associado, Universidade do Minho Prof. Doutora Luíza Isabel Gomes Freire Nobre Lima Professora Auxiliar, Universidade de Coimbra Prof. Doutora Paula Emanuel Rocha Martins Vagos Professora Auxiliar, Universidade Portucalense Infante D. Henrique vogal - orientadora Doutora Josefa das Neves Simões Pandeirada Equiparada a Investigadora Auxiliar, Universidade de Aveiro iv agradecimentos Em primeiro lugar, expresso o meu agradecimento público à Doutora Josefa Pandeirada, pelo seu notável trabalho de orientação científica, cunhado por um estímulo permanente, rigor, lealdade, ética profissional e amizade. Pelo seu trabalho constante e muitas vezes discreto, mas fulcral para o desenvolvimento do meu projeto, bem como para a consolidação da Psicologia na Universidade de Aveiro, muito obrigado! Às instituições de acolhimento do meu programa de trabalhos: Departamento de Educação e Psicologia (Universidade de Aveiro) e IBILI (Universidade de Coimbra). À entidade financiadora do meu Doutoramento: Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). A todos os participantes desta investigação, que se disponibilizaram a colaborar connosco! Este projeto também é vosso e para vocês! O meu especial agradecimento a todas as instituições que colaboraram connosco, especificamente: Centros Sociais e Paroquiais de Avanca (Estarreja), de Angeja (Albergaria-a-Velha) e de Santa Joana Princesa (Aveiro), Associação Humanitária de Salreu (Estarreja), Fundação Cónego Filipe de Figueiredo (Estarreja), e Agrupamentos de Escolas de Esgueira (Aveiro) e de Cacia (Aveiro). O nosso agradecimento é também dirigido a vários patrocinadores que contribuíram com os seus brindes para ofertarmos aos participantes: Porto Editora, Caminho, Fundação Francisco Manuel dos Santos, SEMA, Carlos Santos Hair Shop e Delta Cafés. Um agradecimento especial à Mind Garden, Inc. (USA) pelo seu patrocínio no âmbito de dois estudos de validação reportados nesta tese. A todos os Professores e Investigadores do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro, pelas sugestões, reflexões, e apoio incondicional demostrados. Aos alunos que colaboraram connosco em algumas tarefas. Aos meus amigos e colegas, vocês sabem quem são e o quanto contribuíram para este projeto, direta ou indiretamente. Ao meu irmão afetivo! À minha FAMÍLIA, pelo amparo e estímulo permanentes! A TODOS, MUITO OBRIGADO! v palavras -chave Ambiente circundante visual, ambiente de alta carga visual, ambiente de baixa carga visual, desempenho cognitivo visuo-espacial, distração visual, estudo desenvolvimental, crianças, adolescentes, jovens-adultos, idosos. resumo A distração visual é amplamente estudada em diversos grupos etários. (1/2) Habitualmente, nessas investigações, os estímulos-alvo e os distratores são apresentados no mesmo display visual (e.g., no ecrã do computador), um procedimento que parece reproduzir insatisfatoriamente as condições diárias em que atuamos. No nosso dia-a-dia, as tarefas são frequentemente realizadas em ambientes que nos cercam com diversos estímulos visuais; c ontudo pouco se sabe sobre a sua influência concreta no nosso desempenho cognitivo. O objetivo principal deste projeto foi desenvolver um procedimento mais ecológico que permita o estudo da distração visual em diferentes grupo s etários e que melhor represente as condições que encontramos na nossa vida diária. Para isso, criámos dois ambientes, manipulados de uma forma controlada, onde os participantes realizaram um conjunto de tarefas cognitivas visuo-espaciais básicas. Concretamente, desenvolvemos dois ambientes circundantes, um de alta carga visual e outro de baixa carga visual, nos quais crianças (8-12 anos), adolescentes (13-17 anos), jovens adultos (18-29 anos) e idosos ( ≥ 65 anos), realizaram as tarefas cognitivas. Seguindo um desenho experimental misto, sessenta e quatro participantes de cada grupo etário realizaram duas sessões individuais com um intervalo entre elas de 14-23 dias; uma das sessões foi realizada no ambiente de alta carga visual, enquanto que a outra sessão foi conduzida no ambiente de baixa carga visual. Em cada sessão, os participantes realizaram duas tarefas de atenção (go/no-go e tempos de reação de escolha) e duas de memória (blocos de Corsi e Figura Complexa de Rey). A ordem de aplicação das duas condições ambientais, assim como a ordem de realização das tarefas foi contrabalançada entre os participantes. Alguns instrumentos adicionais foram ainda aplicados para recolha de informação sociodemográfica e para avaliar variáveis individuais (ansiedade- estado, depressão e cronótipo). Em geral, as crianças, os adolescentes e os idosos apresentaram melhor desempenho quando realizaram as tarefas cognitivas no ambiente de baixa carga visual do que no ambiente de alta carga visual. Especificamente, no ambiente de alta carga visual, as crianças apresentaram menor percentagem de hits (go/no-go ) e de respostas corretas (tempos de reação de escolha), apresentando igualmente maiores tempos de reação a estas últimas; apresentaram ainda menor desempenho nas duas tarefas de memória. Os adolescentes também tiveram pior desempenho no ambiente de alta carga visual; concretamente, neste ambiente os adolescentes apresentaram, nas tarefas atencionais, menor percentagem de hits e de respostas corretas, assim como maior percentagem de falsos alarmes e de erros; apresentaram ainda pior desempenho nos blocos de Corsi. Os idosos tiveram também pior desempenho no ambiente de alta carga visual, especificamente com menor percentagem de hits e maiores tempos de reação na go/no-go , menor percentagem de respostas corretas e mais erros na tarefa tempos de reação de escolha e pior desempenho nos blocos de Corsi. Nos jovens adultos, não verificámos qualquer influência significativa da manipulação ambiental. vi (2/2) Quando analisámos os dados de todos os grupos, os resultados revelaram efeitos principais de grupo etário em todas as variáveis consideradas (tal como previsto), bem como várias interações Ambiente x Grupo-etário. Embora algumas exceções tenham sido encontradas, os resultados descreveram genericamente o padrão habitualmente encontrado nos estudos desenvolvimentais: os idosos e as crianças apresentaram o pior desempenho, seguidos dos adolescentes e finalmente dos joven s adultos que obtiveram o melhor desempenho cognitivo, como esperado. A influência da manipulação ambiental no desempenho cognitivo ocorreu nos três primeiros grupos, tal como expectado. Também apresentamos um breve estudo exploratório, onde averiguámos se o efeito ambiental diferiu quando as variáveis individuais ansiedade-estado, depressão e cronótipo foram consideradas; os resultados nem sempre foram consistentes com as nossas previsões, embora devamos ter cautela com as suas conclusões, dado tratar-se de um estudo puramente exploratório. O presente trabalho propõe um paradigma experimental alternativo para o estudo da distração visual. Este acrescenta mais validade ecológica, fornecendo resultados que provavelmente refletem mais fielmente o que acontece em contextos reais. Os nossos resultados indicam que a manipulação ambiental realizada afeta o desempenho cognitivo em tarefas cognitivas básicas, particularmente em grupos etários mais vulneráveis à influência de potenciais distratores. Os nossos resultados são discutidos à luz das teorias existentes. Implicações práticas e sugestões para estudos futuros são igualmente avançadas. vii keywords Visual surrounding environment, high-load visual environment, low-load visual environment, visuo-spatial cognitive performance, visual distraction, developmental study, children, adolescents, young adults, older adults. abstract Visual distraction is widely studied in different age groups. Usually, in these (1/2) research, targets and distractors are shown on the same visual display (e.g., the computer screen), a procedure that hardly mimics the everyday conditions in which we operate. We frequently have to perform tasks in environments that surround us with many visual stimuli but little is known about their specific influence on cognitive performance.