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Estudo de Impacto de Vizinhança

Cell Site Solutions - Cessão de Infraestruturas S/A.

Jaboticabal –

16060017-SIJAL12_E

setembro de 2018 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS ...... 1

2. INFORMAÇÕES GERAIS ...... 2

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONTRATANTE ...... 2 2.2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA DE CONSULTORIA ...... 2

3. SITUAÇÃO LEGAL ...... 3

4. ASPECTOS CONSTRUTIVOS ...... 6

5. ÁREA DE INFLUÊNCIA DA ERB ...... 8

5.1. ÁREA DE INFLUÊNCIA...... 10 5.2. ÁREA DA ERB ...... 10

6. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ...... 10

7. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DA ERB ...... 11

7.1. DEMOGRAFIA E INDICADORES SOCIAIS ...... 11 7.2. INFRAESTRUTURA VIÁRIA ...... 14 7.3. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ...... 16 7.4. EQUIPAMENTOS SOCIAIS ...... 18 7.5. DINÂMICA IMOBILIÁRIA ...... 20

8. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS...... 20

8.1. ADENSAMENTO POPULACIONAL...... 21 8.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ...... 21 8.3. VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA ...... 22 8.4. ÁREAS DE INTERESSE HISTÓRICO, CULTURAL, PAISAGÍSTICO, AMBIENTAL E ARQUEOLÓGICO ...... 22 8.5. INFLUÊNCIAS SOBRE EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS ...... 23 8.6. INFLUÊNCIAS SOBRE SISTEMA DE CIRCULAÇÃO E TRANSPORTES ...... 23 8.7. POLUIÇÃO SONORA, ATMOSFÉRICA E HÍDRICA ...... 24 8.7.1. Poluição sonora - Ruído ...... 24 8.7.2. Poluição Atmosférica ...... 25 8.7.3. Poluição Hidríca ...... 25 8.8. VIBRAÇÃO ...... 26 8.9. PERICULOSIDADE: RADIAÇÃO, INFLAMABILIDADE E EXPLOSÃO ...... 26 8.10. GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...... 28 8.11. RISCOS AMBIENTAIS ...... 29 8.12. IMPACTO SÓCIO-ECONÔMICO NA POPULAÇÃO ...... 29 8.13. MATRIZ DE IMPACTOS SOBRE A VIZINHANÇA ...... 29

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 32

10. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ...... 34

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 3.1 - ZONEAMENTO MUNICIPAL ...... 5 FIGURA 4.1 - LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ...... 7 FIGURA 5.1 - CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA E DA ÁREA DA ERB ...... 9 FIGURA 7.1.1 - CRESCIMENTO DA MANCHA URBANA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA ...... 12 FIGURA 7.1.2 - ÍNDICE PAULISTA DE VULNERABILIDADE SOCIAL (IPVS) ...... 13 FIGURA 7.2.1 - INFRAESTRUTURA VIÁRIA ...... 15 FIGURA 7.3.1 - USO DO SOLO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA ...... 17 FIGURA 7.4.1 - EQUIPAMENTOS SOCIAIS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA ...... 19 FIGURA 8.9.1 - DIAGRAMA VERTICAL E HORIZONTAL DE IRRADIAÇÃO ...... 27 FIGURA 9.1 - ANÁLISE CRÍTICA DE IMPACTOS ...... 32

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 7.3.1 - DISTRIBUIÇÃO DAS CATEGORIAS DE USO DO SOLO NA ÁREA TOTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ...... 18 TABELA 8.9.1 - ESTIMATIVA DE DENSIDADE MÁXIMA DE POTÊNCIA IRRADIADA ...... 27 TABELA 8.13.1 - MATRIZ DE IMPACTOS ...... 30

ANEXOS

ANEXO I DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA ANEXO II CROOQUI DE LOCALIZAÇÃO ANEXO III ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

A MULTI CONSULTORIA AMBIENTAL E MINERAL LTDA. foi contratada pela CELL SITE SOLUTIONS - CESSÃO DE INFRAESTRUTURA S/A. para conduzir o Estudo de Impacto de Vizinhança do site 16060017-SIJAL12_E, localizado no município de , no Estado de São Paulo.

A empresa CELL SITE SOLUTIONS - CESSÃO DE INFRAESTRUTURA S/A. pretende viabilizar a implantação de uma Estação Rádio Base na Rua Professor Antônio Ruete, S/N - Entre os nºs 674 e 673 - Bairro Nova Jaboticabal. Desta forma, como parte dos pré- requisitos para os procedimentos de licenciamento e execução de obra, fez-se necessária a elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), em atendimento ao Art. 77º do Plano Diretor, Lei Complementar nº 80 de 2006, que diz respeito à necessidade de elaboração de tal documento para licenciar a atividade pretendida e embasar suas respectivas solicitações de licenciamento dos empreendimentos situados em todas as áreas urbanas do município.

O estudo objetiva avaliar a implantação em questão, perante os enquadramentos legislativos federais, estaduais e municipais e os usos permitidos em seu território, atendendo na íntegra a legislação municipal que dispõe sobre instalação de Estações de Rádio Base, e priorizando os impactos que incidem sobre o meio urbano associados aos meios físico e socioeconômico, passíveis de ocorrerem considerando a implantação, operação e desinstalação do empreendimento pretendido, uma Estação Rádio Base (ERB).

Para elaboração deste Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) foram consideradas as legislações específicas para a atividade pretendida e que condizem com respectivas legislações Federais, Estaduais e Municipais. Dentre tais normas e diretrizes se destacam: Lei Federal nº 9.472 de 1997; Lei Federal nº 11.934 de 2009; Lei Federal nº 13.116 de 2015; Lei Federal nº 10.257 de 2001, Lei Municipal Complementar nº 80 de 2006, Lei Municipal Complementar nº 131/2012, e Lei Municipal Complementar nº 86 de 2007, que serão abordadas com detalhes nos capítulos seguintes.

Como estrutura, são apresentados 9 capítulos, que contemplam a caracterização da atividade, do local e seu entorno, avaliação do impacto da atividade, definição da área de influência, diagnóstico da área de influência, avaliação de impactos, avaliação da matriz de impactos, medidas mitigatórias, conclusões e bibliografia.

1 2. INFORMAÇÕES GERAIS

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONTRATANTE

Nome/Razão Social: CELL SITE SOLUTIONS CESSÃO DE INFRAESTRUTURAS S/A.

CNPJ: 15.811.119/0001-11

Endereço Social: Av. das Nações Unidas 11633 conj. 63E São Paulo/SP

CEP: 04.578-901

Telefone: (11) 5501-4312

Representante: Arlei Barreto Lemos Zabon de Camargo

Telefone: (11) 94151-6689

E-mail: [email protected]

2.2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA DE CONSULTORIA

Razão Social: MULTI CONSULTORIA AMBIENTAL E MINERAL LTDA. - EPP

Nome Fantasia: MULTI CONSULTORIA AMBIENTAL E MINERAL

CNPJ: 26.492.404/0001-33

Endereço: Rua Leite Ferraz, 221, sala 08, Jardim Vila Mariana

São Paulo, SP - CEP: 04117-120

Telefone: (11) 3807-4334

Coordenador do Estudo: Kleber da Silva Mendes

Geólogo – CREA/SP 5.060.624.141

E-mail: [email protected]

[email protected]

2 3. SITUAÇÃO LEGAL

A Lei Federal nº 9.472, expedida em 16 de julho de 1997, que dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, institui a ANATEL e atribui a todo cidadão o direito de acesso aos serviços de telecomunicações com padrões de qualidade e regularidade adequados à sua natureza, em qualquer ponto do território nacional, determinando também o serviço de telefonia móvel como de interesse público.

Posteriormente, em 2009 foi promulgada a Lei Federal nº 11.934, à qual limita a exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos, associados ao funcionamento de estações transmissoras de radiocomunicação. Especificamente o Art. 4º trata da garantia de proteção da saúde e do meio ambiente em todo o território brasileiro, a legislação adota os limites recomendados pela Organização Mundial de Saúde - OMS para a exposição ocupacional e da população em geral a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos gerados por estações transmissoras de radiocomunicação, por terminais de usuário e por sistemas de energia elétrica que operam na faixa de até 300 GHz, sendo criadas áreas críticas, delimitadas por um raio de 50 (cinquenta) metros de hospitais, clínicas, escolas, creches e asilos, isolando-os de campos eletromagnéticos. Além dos raios de isolamento de 50 metros, também se estabeleceu o afastamento mínimo de 500 metros entre torres.

Em continuidade, no ano de 2015 foi promulgada a Lei Federal nº 13.116 de 2015 (Lei das Antenas), definindo as normas gerais de implantação e compartilhamento de infraestrutura de telecomunicação, estabelecendo os princípios das instalações, destacando a importância da redução do impacto paisagístico da infraestrutura de telecomunicações e instituindo, sempre que possível e de maneira economicamente viável, à minimização dos impactos urbanísticos e ambientais.

Com base no Art. 5º da Lei 13.116/15, que dispõe e confirma os impactos gerados pelas estações de rádio comunicação e a necessidade de licenciamento, vários municípios têm exigido Estudos de Impacto de Vizinhança para a instalação de torres. Essa exigência deriva do Art. 36 da Lei Federal Nº 10.257, de 10 de julho de 2001, o Estatuto da Cidade, o qual estabelece que apenas por meio de lei municipal podem ser apresentados critérios que definam quais empreendimentos dependerão de um Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), como condição para sua aprovação. Conforme o Art. 37º do Estatuto, o Estudo de Impacto de Vizinhança “será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento”. Deve incluir, minimamente, a análise dos impactos quanto ao adensamento populacional, os equipamentos urbanos e comunitários, o uso e ocupação do solo, a valorização imobiliária, a geração de tráfego, a demanda por transporte público, a paisagem urbana e o patrimônio natural e cultural.

3 De acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Estatuto da Cidade, o EIV deve contemplar os aspectos positivos e negativos do empreendimento sobre a qualidade de vida da população residente ou usuária da área em questão e de seu entorno, assim a análise desse estudo propõe-se a abordar e solucionar as seguintes questões:

I - adensamento populacional; II - uso e ocupação do solo; III - valorização imobiliária; IV - áreas de interesse histórico, cultural, paisagístico, ambiental e arqueológico; V - equipamentos urbanos e comunitários; VI - sistema de circulação e transportes, incluindo tráfego gerado, mobilidade e acessibilidade, estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque; VII - poluição sonora, atmosférica e hídrica; VIII - vibração; IX - periculosidade: radiação, inflamabilidade, explosão; X - geração de resíduos sólidos; XI - riscos ambientais; XII - impacto socioeconômico na população residente ou atuante no entorno. O presente estudo trata de cada um dos impactos citados acima de forma a atender as exigências municipais para licenciamento da ERB.

O Plano Diretor de Jaboticabal (Lei nº 80/2006) não apresenta restrições para instalações de ERB em relação ao zoneamento municipal da área analisada. A Figura 3.1 a seguir apresenta a zona incidentes na localidade, conforme anexo I da Lei Municipal Complementar nº 131/2012, nota-se que o empreendimento está sobre a zona denominada Zona Comercial - 2 – ZC-2.

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778.800 779.200 779.600 LEGENDA

ZER H! 16060017-SIJAL12_E

Área de Influência

ZC-2 - Zona Comercial 2

ZER: Zona Estritamente Residencial 7.646.400

ZC-2

.! 7.646.000 ZER ± 0 100 200 400 m

Coordenadas UTM Datum SIRGAS 2000 - Fuso 22 Escala 1/7.500

Figura 3.1 - Zoneamento Municipal

5 4. ASPECTOS CONSTRUTIVOS

A ERB está localizada no bairro Nova Jaboticabal, Rua Professor Antônio Ruete, S/N - Entre os nºs 674 e 673 no município de Jaboticabal, São Paulo, conforme apresentado na Figura 4.1.

Estações Rádio Base (ERB) são equipamentos que fazem a conexão entre aparelhos

celulares e suas respectivas operadoras. São compostas, basicamente, de antenas e

equipamentos de transmissão e recepção, torre, fonte e infraestrutura (sistemas de proteção em

geral).

Trata-se de uma infraestrutura passiva de suporte a ser erguida por empresa distinta da

operadora de telecomunicação (ou seja, a infraestrutura passiva será levantada por uma pessoa

jurídica que detém, administra ou controla, direta ou indiretamente, uma infraestrutura de suporte) para a instalação de antenas de telecomunicação móvel, conhecida como Estação

Rádio Base (ERB) destinada ao Serviço Móvel de Telecomunicação Especializado (serviço este

essencial para o desenvolvimento socioeconômico do País), caracterizado como bens e serviços

de utilidade pública e de relevante interesse social pelo Art. 1º da Lei Federal nº 13.116 de 2015.

Com relação a empresa CELL SITE SOLUTIONS - CESSÃO DE INFRAESTRUTURA

S/A, ressalta-se apenas a propriedade diante de torres, postes e área locada, agindo de forma

independente das operadoras de telecomunicação e não emitindo qualquer tipo de sinal de

telecomunicação. O seu objetivo é, portanto, tornar possível a implantação de modernos serviços

de telecomunicação sem fio em locais distintos do país – sistemas estes de responsabilidade

exclusiva das operadoras – proporcionando a melhora nas formas de comunicação humana e,

consequentemente, aumento das relações negociais, econômicas, aquecimento de mercado e

evidente implicação de aumento de renda do município, justificável pelo progresso iminente.

Estruturalmente, a implantação em objeto de análise se dá por uma Estação Rádio Base

com altura de 50 (cinquenta) metros de altura, com uma área de incidência total de 157,70m²

(centro e cinquenta e sete metros quadrado e setenta centímetros), tendo como base de

composição torre, container dos equipamentos e respectivas antenas.

Sendo a construção da infraestrutura para Estação Rádio Base em questão segue as mais rigorosas Normas de Segurança, adotadas pela ABNT e demais entes reguladores, sendo dotado de Sistema de Proteção às Descargas Atmosféricas, medidas que garantem a segurança do local.

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779.200 779.400

JARDINÓPOLIS Service Layer Credits: Source: Esri, DigitalGlobe, GeoEye, Earthstar Geographics, PITANGUEIRAS CNES/Airbus DS, USDA, USGS, AeroGRID, IGN, and the GIS User Community TAIAÇU TAIÚVA SERTÃOZINHO Avenida Alberto Romeu Gerbasi Rua Marrei Junior

Avenida Arminda Morgato JABOTICABAL

MONTE ALTO DUMONT

PRADÓPOLIS

TAQUARITINGA SANTA Rua Professor Antônio Ruete ERNESTINA GUATAPARÁ

7.646.200 1:1.000.000 Avenida Silvio Vantine LEGENDA

H! 16060017-SIJAL12_E .! Acessos

Avenida Clotilde Verri Área da ERB Rua Santo André Avenida Artur Verri

Rua Ivo Bellodi Rua Comendador Avelino ± Geraldo Martins 0 25 50 100 m

7.646.000 Coordenadas UTM Datum SIRGAS 2000 - Fuso 22 Escala 1/2.500

Figura 4.1 - Localização do empreendimento

7 5. ÁREA DE INFLUÊNCIA DA ERB

A intervenção humana representa um vetor de influência e transformação para as dinâmicas que envolvem o meio urbano, dado que todo empreendimento impacta de maneira positiva ou negativa, benéfica ou adversa, temporária ou permanente as relações socioeconômicas e estruturais de uma malha urbana. A essência da avaliação de impacto baseia-se na análise de tais intervenções considerando as relações causa e efeito do empreendimento e seu entorno. Segundo Sampaio (2005), o estudo de impacto de vizinhança é um instrumento urbanístico que se destina a projetos sem obrigatoriedade de EIA-RIMA, mas que podem causar impacto significativo no meio urbano.

A partir das expectativas prévias de impactos potenciais, baseadas tanto no conhecimento do empreendimento, como nas características do contexto ambiental e urbano de sua inserção, são realizadas análises em diferentes escalas de detalhamento para recortes espaciais específicos, abrangendo todos os aspectos passíveis de serem afetados. Como diretriz para avaliação dos impactos na vizinhança, definimos de “áreas de influência”, às quais são constituídas pelos limites da área geográfica que podem sofrer o impacto de vizinhança de maneira direta ou indireta.

Desse modo, considera-se para este estudo:

Área de influência – o território afetado pelas consequências diretas das alterações provenientes dos estímulos do empreendimento (espaço onde se revelam as consequências diretas dos efeitos primários);

Área da ERB – o território no qual o empreendimento se insere fisicamente e, portanto, onde as alterações são causadas por estímulos diretamente oriundos da sua existência (espaço de manifestação direta da relação causa-efeito, ou efeitos primários).

A delimitação precisa das áreas de influência de um empreendimento é fundamental, posta a relação direta entre o referencial espacial adotado para a caracterização do ambiente natural, econômico, social e político anterior ao empreendimento, e as análises das informações necessárias às conjecturas qualitativas e quantitativas das consequências de sua existência como proposto.

A definição de tais perímetros neste estudo, atende aos aspectos técnico científicos relacionados ao meio urbano e ambiental, em confronto com os aspectos inerentes às ações, processos e procedimentos do empreendimento, nesse contexto, a área de influência e a área da ERB foram definidas com base na legislação federal que rege as estruturas de telecomunicação nacional e serão definidas a seguir. A Figura 5.1 apresenta a área de influência e a área da ERB.

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779.000 779.500 Service Layer Credits: Source: Esri, DigitalGlobe, GeoEye, Earthstar Geographics, CNES/Airbus DS, USDA, USGS, AeroGRID, IGN, and the GIS User Community 10,5m .! 7.646.500 15m

Escala: 1:2.000 LEGENDA

H! 16060017-SIJAL12_E .! Área de Influência

Área da ERB 7.646.000

± 0 100 200 400m

Coordenadas UTM Datum SIRGAS 2000 - Fuso 22 Escala 1/7.500

Figura 5.1 - Caracterização da área de influência e da área da ERB

9 5.1. ÁREA DE INFLUÊNCIA

A área de influência corresponde à área onde os efeitos das fases de planejamento, implantação e operação do empreendimento incidem diretamente e de forma primária sobre os elementos do meio urbano (uso do solo, infraestrutura, qualidade de vida, etc.), e onde surtem as medidas mitigadoras e de controle empreendidas de forma mais incisiva. Desse modo, a área de influência costuma ser delimitada com base no recorte da área do empreendimento e seu entorno imediato, tratando-se de Estações Rádio Base, foi utilizada a instrução do Art. 10º da Lei Federal n° 11.934 de 2009, o qual afirma que o afastamento mínimo entre as antenas deve ser de 500 metros, estabelecendo assim um círculo com raio medindo 500 metros a partir do centro do empreendimento.

5.2. ÁREA DA ERB

A área da ERB é aquela que engloba os sistemas naturais e antrópicos efetivamente alterados pela implantação do empreendimento, ou seja, o local que prioritariamente absorverá todos os impactos que serão gerados. Desta forma, área da ERB adotada é o terreno de implantação da antena.

6. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

O presente estudo permite diagnosticar as condições socioeconômicas existentes nas áreas de influência do empreendimento proposto. A análise baseou-se em dados secundários, a partir de revisão bibliográfica técnico-científica. Os dados e informações foram levantados de bancos de dados abertos, como Prefeitura Municipal, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre outros.

O objetivo do diagnóstico da área de influência é identificar e descrever as inter-relações entre os diversos componentes urbanos, buscando o entendimento do contexto onde o empreendimento estará inserido, de modo a permitir a avaliação dos principais aspectos passíveis de alterações significativas em decorrência de sua instalação, operação e desativação.

De acordo com este documento, a caracterização da área de influência, área em que as ações incidem de forma direta, em geral durante a fase de operação do empreendimento, o foco da análise foi a dinâmica demográfica e econômica.

A área de influência é caracterizada neste estudo pela análise de aspectos demográficos (evolução populacional nas últimas décadas), econômicos, urbanos, imobiliários e relativos à infraestrutura.

10 7. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DA ERB

Trata-se de um terreno coberto por vegetação gramínea, com uma área pontual de 157,70m2, representada exclusivamente por campo antrópico. A área é totalmente desprovida de vegetação nativa ou árvores isoladas, conforme apresentado em Anexo I. Também não está inserida em Área de Preservação Permanente (APP) ou Reserva Legal. Portanto, para o meio biótico, a área possui características adequadas e a instalação do empreendimento não acarretará na perda de ambientes favoráveis para a fauna ou flora.

Quanto aos aspectos socieconômicos, estes serão abordados no item relacionado a área de influência apresentado a seguir.

7.1. DEMOGRAFIA E INDICADORES SOCIAIS

A população residente de Jaboticabal apresenta organização centralizada na junção entre as principais rodovias do município, a SP-333 - Rodovia Carlos Tonanni e a BR-326 - Rodovia Brigadeiro Faria Lima, com sua população distribuída, de forma uniforme ao longo de todo o território municipal. Neste contexto, a área de influência localiza-se no bairro Nova Jaboticabal. Nota-se na Figura 7.1.1 pequenos avanços da mancha urbana (adensamento populacional) ao longo dos anos analisados (2007 a 2013), classificando o município com densidade populacional classificada de baixa para média. Segundo o Censo IBGE de 2010, a média populacional no setor censitário, que se refere a área de influência, é de aproximadamente 03 (três) moradores por domicílio, concentrando cerca de 1.442 habitantes na região.

O município de Jaboticabal, integrante da Mesorregião de Ribeirão Preto, possuía, em 2010, 71.662 habitantes. A análise das condições de vida de seus habitantes mostra que a renda domiciliar média era de R$2.657,00, sendo que apenas em 12,1% dos domicílios não ultrapassava meio salário mínimo per capita. Em relação aos indicadores demográficos, a idade média dos chefes de domicílios era de 48 anos e aqueles com menos de 30 anos representavam 12,7% do total. Dentre as mulheres responsáveis pelo domicílio 13,0% tinham até 30 anos, e a parcela de crianças com menos de seis anos equivalia a 7,0% do total da população.

Dentre os sete grupos do IPVS que resumem as situações de maior ou menor vulnerabilidade social as quais a população se encontra exposta, podemos observar que temos 04 (quatro) grupos inseridos na área de influência, conforme observa-se na Figura 7.1.2, a área analisada está classificada como grupo 04 (quatro) de vulnerabilidade social média.

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778.800 779.200 779.600 LEGENDA

H! 16060017-SIJAL12_E

Área de Influência

2007

2013 7.646.400 7.646.000

± 0 100 200 400 m

Coordenadas UTM Datum SIRGAS 2000 - Fuso 22 Escala 1/7.500

Figura 7.1.1 - Crescimento da Mancha Urbana na Área de Influência

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778.800 779.200 779.600 LEGENDA

H! 16060017-SIJAL12_E

Área de Influência

Índice Paulista de Vulnerabilidade Social

Grupo 1

7.646.400 Grupo 2

Grupo 3

Grupo 4

Grupo 5

.! Grupo 6

Grupo 7

Não Classificado 7.646.000

± 0 100 200 400 m

Coordenadas UTM Datum SIRGAS 2000 - Fuso 22 Fonte: IPVS 2010 - Assembleia Legislativa do Estado de SP Escala 1/7.500 Figura 7.1.2 - Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS)

13 7.2. INFRAESTRUTURA VIÁRIA

O levantamento da estrutura viária na área de influência, ilustrado na Figura 7.2.1 apresenta as principais vias de acesso dos moradores à cidade. A descrição e a análise do sistema viário local contemplam poucas vias de grande expressão, sendo as principais a Rua Santo André e a Rua dos Trabalhadores, responsáveis pelo acesso à área central do município e demais bairros. As demais vias integrantes da área de influência encontram-se totalmente inseridas na malha urbana, concentrando apenas vias locais de pequeno porte, com interferência direta apenas no tráfego local, de baixa densidade e baixos níveis de tráfego.

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778.800 779.200 779.600 Avenida Fermo LEGENDA Rua Maestro Grossi Alameda GuilhermeBellodi Alameda H! 16060017-SIJAL12_E Henrique i R Ferreira r u Morello ie a Área de Influência Avenida Tiradentes h P c Rua Marrei Junior r r of e es B so s R r Vias locais o ua M rl P ár a rof io C e de Vias principal a ss C Alameda Onore id o a n Avenida Alan Kardec ra Rua dos Trabalhadores m e A p /benedito Gerbasi v na os A R Avenida Maestro Maisano am 7.646.400 Rua ProfessorAvenida Capitão Antônio Alberto Ruete Mendes Junior os Avenida Alberto Romeu Gerbasi d e Rua Caruso Ca rv Avenida Raul Vita al Bouarini ho Rua Comendador Avelino Geraldo Martins

Avenida Silvio Vantine

.! Rua Santo André Avenida Clotilde Verri Rua Coronel Odilon Ortiz Avenida Thales Bento Ferreira

Avenida Arminda Morgato R Rua Ivo Bellodi ua P ro R fe u ss a or 7.646.000 F R Avenida João Verri o r m a á n r c io Avenida Artur Verri i G s o c uv o e ia F

e

r r Rua Monte Altoa r i ± Rua Rodolfo Ferraz 0 100 200 400 m do Amaral Coordenadas UTM Datum SIRGAS 2000 - Fuso 22 Escala 1/7.500

Figura 7.2.1 - Infraestrutura viária

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7.3. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

A análise do uso e ocupação do solo da área de influência foi realizada com base em mapeamento do uso e ocupação do solo, elaborado em escala 1:7.500, sobre imagens de satélite de 2017 (Google Earth). Sobre a base constituída pelo mosaico foram lançadas as categorias de uso e ocupação do solo estabelecidas na fotointerpretação.

A definição das categorias de uso para o mapeamento objetivou permitir a visualização da organização e configuração espacial dos usos estabelecidos na área de influência, destacando-se áreas urbanas consolidadas, de uso residencial predominante, vegetação, usos agrícolas, comerciais e de serviços.

As categorias de uso e ocupação do solo definidas para o mapeamento são apresentadas a seguir e sua distribuição pode ser visualizada na Figura 7.3.1.

LM - Loteamentos de médio e alto padrão – loteamentos horizontais de médio padrão e alto padrão, com presença de usos terciários (comércio e serviços) de âmbito local e mesmo de interesse regional;

Ia - Áreas de edificações industriais, de comércio, serviços e institucionais - áreas com edificações de uso industrial, de serviços ou comércio ou institucionais, na sua maioria de pequeno a médio porte;

L - Livre – áreas destinadas para loteamentos ou uso futuro de acordo com a premissas do zoneamento, alguns dos quais ainda apresentam lotes vazios.

De acordo com o mapa apresentado na Figura 7.3.1, as categorias de uso e ocupação do solo são distribuídas conforme a Tabela 7.3.1 apresentada a seguir.

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778.800 779.200 779.600 LEGENDA

H! 16060017-SIJAL12_E

Área de Influência

LM - Loteamentos de médio e alto padrão

Ia - Áreas de edificações industriais, de comércio, serviços e institucionais

L - Áreas Livres 7.646.400

.! 7.646.000

± 0 100 200 400 m

Coordenadas UTM Datum SIRGAS 2000 - Fuso 22 Escala 1/7.500

Figura 7.3.1 - Uso do Solo na Área de Influência

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Tabela 7.3.1 - Distribuição das categorias de uso do solo na área total da área de influência

Sigla Tipo de uso Área (m²) % Áreas de urbanização consolidada de padrão médio LM 644.028,00 82% a alto Áreas industriais, de comércio e serviços ou Ia 118.313,00 15% institucionais

Áreas livres para usos compatíveis ao zoneamento L 23.735,00 3% municipal

Total 786.076,00 100,00%

A área total da área de influência é de 78,6 hectares, sendo que a ocupação mais representativa área de urbanização consolidada de médio a alto padrão, com uma ocupação de 82%, seguida pela área de áreas industriais, de comércio e serviço ou institucionais, compondo 15% do total, e por fim as áreas livres, com apenas 3% do total geral. De modo geral, a região se caracteriza por uma área urbana consolidada, com a presença de estabelecimentos comerciais, industriais e institucionais de influência local, com poucos lotes livres para a expansão urbana.

7.4. EQUIPAMENTOS SOCIAIS

O levantamento e identificação de equipamentos sociais presentes na área foi realizado com base em dados disponibilizados na infraestrutura nacional de dados abertos. Foram utilizados também os recursos do Google Street View – recurso da empresa Google que disponibiliza vistas panorâmicas de 360º na horizontal e 290º na vertical, permitindo aos usuários uma visualização das ruas no nível do solo. Tal recurso foi utilizado para verificação eventual da localização de alguns equipamentos dentro de um raio de 500 metros a partir do ponto do candidato.

A Figura 7.4.1 demonstra que na área de influência definida, há a ocorrência de equipamentos sociais, a Clínica Dr. Edimar Biazibeti, Clínica Martinuzzo, Clínica Unidonto Athenas Paulista, APAE, Instituto Excelência Clínica Odontológico, Clínica Dr. Juliano César dos Santos, Escola Estadual Profº. Luiz Latorraca, Clínica Dermattos e o Hospital São Marcos, localizados a 115, 282, 328, 338, 374, 380, 411, 447, 605 metros do empreendimento, respectivamente. Contudo, nenhum dos equipamentos identificados, quer seja interna ou externamente à área de influência definida, encontram-se a uma distância mínima inferior a 50 metros, a partir do equipamento social, do empreendimento.

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multi.br.com

778.800 779.200 779.600 LEGENDA

H! 16060017-SIJAL12_E

Área de Influência

Área Crítica (Isolamento de 50m de exposição humana a campos EL/EM/M)

Equipamentos sociais 605m

Clinica Dr. Edimar Biazibeti 7.646.400 374m Clínica Martinuzzo 380m 338m Clínica Uniodonto Athenas Paulista

APAE 328m Instituto Excelência Clínica Odontológica .! 447m Clínica Dr. Juliano César dos Santos 411m 115m Escola Estadual Profº Luiz Latorraca

Clínica Dermattos

Hospital São Marcos

282m 7.646.000

± 0 100 200 400 m

Coordenadas UTM Datum SIRGAS 2000 - Fuso 22 Escala 1/7.500

Figura 7.4.1 - Equipamentos sociais na área de influência

19 7.5. DINÂMICA IMOBILIÁRIA

O padrão construtivo de Jaboticabal, na área de influência definida para o emprendimento, possui ocupação unifamiliar, de padrão médio a alto, não sendo a implantação do estudo em questão incentivo à alguma modificação da dinâmica imobiliária, sobretudo por tratar-se de uma instalação de grande abrangência territorial, beneficiando a população como um todo.

Nas proximidades, observam-se áreas destinadas, sobretudo, a habitação, sem predominância de empreendimentos verticais e com forte tendência a preservação do padrão construtivo territorial, conforme tendência apresentada anteriormente em Figura 7.1.1..

8. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS

Os seguintes aspectos/impactos devem ser considerados para avaliar a viabilidade de implantação do empreendimento, face às suas interferências no meio e à sua vizinhança, conforme explicitado abaixo:

I - adensamento populacional;

II - uso e ocupação do solo;

III - valorização imobiliária;

IV - áreas de interesse histórico, cultural, paisagístico, ambiental e arqueológico;

V - equipamentos urbanos e comunitários;

VI - sistema de circulação e transportes, incluindo tráfego gerado, mobilidade e acessibilidade, estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque;

VII - poluição sonora, atmosférica e hídrica;

VIII - vibração;

IX - periculosidade: radiação, inflamabilidade e explosão;

X - geração de resíduos sólidos;

XI - riscos ambientais;

XII - impacto sócio-econômico na população residente ou atuante no entorno.

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Neste sentido, a seguir são conceituados cada um dos aspectos acima citados para que, após sua definição, possa ser efetuada uma matriz de avaliação de sua ocorrência face à implantação e operação do empreendimento.

8.1. ADENSAMENTO POPULACIONAL

Adensamento populacional ou urbano é o fenômeno de concentração populacional e/ou concentração de edificações em determinadas áreas das cidades (ou nas cidades como um todo). Este fenômeno pode ser manejado pelo poder público usando-se as leis urbanísticas, em especial o Plano Diretor. O adensamento urbano geralmente se traduz em aumento e concentração de construções verticalizadas, ou seja, prédios e edifícios com fins habitacionais e/ou comerciais. No entanto, nem sempre a densidade construída representa a densidade populacional.

Na análise do adensamento populacional na Área de Influência, é possível inferi-lo a partir de uma análise territorial, socio-econômica e da evolução da mancha urbana.

O impacto no adensamento populacional da região seria baixo, uma vez que a implantação da ERB beneficiaria, de maneira quase exclusiva, apenas os loteamentos próximos, além de não haver uma larga procura por essa infraestrutura específica quando da expansão urbana.

Dessa forma, com base na evolução da mancha urbana entre os anos de 2007 e 2013, apresentada em Figura 7.1.1, é possível inferir que a evolução no adensamento populacional na Área de Influência se manterá em um crescimento constante, mas com ritmo lento, sobretudo por tratar-se de uma região com um alto adensamento imobiliário e com poucos espaços vazios, além de apresentar um padrão construtivo voltado à imóveis unifamiliares, não sendo necessária a aplicação de medidas mitigatórias.

8.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Tratam-se o uso e ocupação do solo por mecanismos de planejamento urbano, podendo- se construir o conceito de que o uso do solo é o rebatimento da reprodução social no plano do espaço urbano e a ocupação do solo. É a maneira pela qual as edificações podem ocupar o terreno urbano, em função dos índices urbanísticos incidentes sobre o mesmo.

O uso e ocupação do solo tem por principais finalidades: a) Organizar o território potencializando as aptidões, as compatibilidades, as contiguidades, as complementariedades, de atividades urbanas e rurais; b) Controlar a densidade populacional e a ocupação do solo pelas

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construções; c) Otimizar os deslocamentos e melhorar a mobilidade urbana e rural; d) Evitar as incompatibilidades entre funções urbanas e rurais; e) Eliminar possibilidades de desastres ambientais; f) Preservar o meio-ambiente e a qualidade de vida rural e urbana.

Desta forma, na análise de uso e ocupação do solo na Área de Influência, em Figura 7.3.1, é possível verificar uma predominância de áreas voltadas a habitações de médio a alto padrão, de comércio e serviços e áreas livres, atendendo ao disposto pelo zoneamento municipal. Em consonância com essa distribuição territorial, é possível inferir que a instalação da ERB na região não influenciará os usos na Área de Influência, uma vez que não é possível uma significativa modificação dos padrões de ocupação na área analisada, não sendo necessária a aplicação de medidas mitigatórias.

8.3. VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

Geralmente, o quesito localização tem sido tratado como primordial nesse tipo de análise. Ele serve para delimitar a região de interesse para aquisição do imóvel que é um fator determinante na sua escolha, levando em consideração a infraestrutura da região, vias de acesso, vizinhança, tendência de ocupação circunvizinha, condições de segurança e possibilidades de alterações futuras. Quanto a questão da valorização do imóvel, fatores primordiais como a instalação, operação e manutenção devem ser levados em conta.

Na análise da valorização imobiliária na Área de Influência, é possível inferir que o impacto da instalação da ERB seria baixo, uma vez que beneficiaria, de maneira quase exclusiva, apenas os loteamentos próximos, uma vez que não há uma larga procura por essa infraestrutura específica na procura por imóveis, não sendo necessária a aplicação de medidas mitigatórias

8.4. ÁREAS DE INTERESSE HISTÓRICO, CULTURAL, PAISAGÍSTICO, AMBIENTAL E ARQUEOLÓGICO

Os bens de valor cultural são a expressão material de uma identidade, por isto é importante que sejam preservados para as futuras gerações. Devem ser preservados, além dos bens construídos, tais como edificações, locais de convívio, praças, parques ou mesmo pontos da cidade onde acontecem feiras e eventos significativos. Normas especiais definem o que fará parte do Patrimônio Cultural, bem como a forma que ele será protegido. É importante considerar que um bem cultural pode ser caracterizado por vários valores: histórico, simbólico, arquitetônico, de referência para a população ou por constituir um ambiente diferenciado na cidade.

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Na Área de Influência em questão não existem bens de interesse histórico, cultural, paisagístico, ambiental ou arqueológico, não sendo necessária a aplicação de medidas mitigatórias.

8.5. INFLUÊNCIAS SOBRE EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS

Tendo como base a Lei Federal nº 6.766/79, que conceitua equipamentos urbanos e comunitários, pode-se definir como comunitários todos os tipos de equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e semelhantes. Como urbanos, caracterizam-se todos aqueles equipamentos urbanos públicos de abastecimento de água, serviços de esgoto, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. Cabe neste Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), portanto, a verificação da influência da ERB sobre tais equipamentos.

Na Área de Influência em questão existem 9 (nove) equipamentos comunitários, sendo a menor distância, a partir do equipamento, até a ERB, de 115 m e a maior de 605m, em conformidade com Art. 3º da Lei Federal nº 11.934/09, que regulamenta o distanciamento de exposições humanas próximas à ERB, em um valor mínimo de 50,00m. Dessa forma, o distanciamento da instalação da ERB em relação aos equipamentos comunitários, atendem ao distanciamento mínimo requisitado pelas legislação federal, não sendo necessária a aplicação de medidas mitigatórias.

8.6. INFLUÊNCIAS SOBRE SISTEMA DE CIRCULAÇÃO E TRANSPORTES

O sistema de circulação e de transportes é responsável por toda e qualquer atividade econômica. Sem mobilidade, não há desenvolvimento em uma cidade, região ou país. O transporte está intimamente ligado às diversas atividades. Sendo assim, transporte é um meio que viabiliza de forma econômica os deslocamentos para satisfação de necessidades pessoais ou coletivas, sendo que, os maiores benefícios produzidos são a mobilidade e acessibilidade da população.

O local selecionado para a instalação da ERB encontra-se na Rua Professor Antônio Ruete, onde concentra-se apenas trânsito local. A gleba a ser instalada a ERB possui pequeno espaço para manobra, de forma que, como medida mitigadora, será encaminhado ofício ao departamento de trânsito municipal, de modo a diluir os impactos de trânsito de maquinário durante a instalação da ERB.

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8.7. POLUIÇÃO SONORA, ATMOSFÉRICA E HÍDRICA

Poluição ambiental é o resultado de qualquer tipo de ação ou obra humana capaz de provocar danos no meio ambiente, toda fonte de poluição acaba sendo um ato de degradação das características essenciais dos ecossistemas, e estão diretamente ligadas a remoção ou adição de substâncias no ambiente. Visando ao atendimento do que estipula a legislação municipal, neste EIV serão tratadas a poluição sonora, atmosférica e hídrica.

8.7.1. POLUIÇÃO SONORA - RUÍDO

A poluição sonora ocorre quando num determinado ambiente o som altera a condição normal de audição. Embora ela não se acumule no meio ambiente, como outros tipos de poluição, pode causar vários danos ao corpo e à qualidade de vida das pessoas.

O ruído é o que mais colabora para a existência da poluição sonora. Ele é provocado pelo som excessivo das indústrias, canteiros de obras, meios de transporte, áreas de recreação, etc. Estes ruídos provocam efeitos negativos para o sistema auditivo das pessoas, além de provocar alterações comportamentais e orgânicas. A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que um som deve ficar em até 50 dB para não causar prejuízos ao ser humano, a partir de 50 dB, efeitos negativos podem ser desencadeados.

A NBR 10.151/2000 estabelece padrões de níveis de ruído aceitáveis, apresentada na Tabela 8.7.1 abaixo. O empreendimento em questão é classificado como Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas, portanto o limite de emissão de ruído é de 50 dB. Os equipamentos da ERB são condicionados dentro de gabinetes de estruturas metálicas que proporcionam isolamento térmico e acústico. Os equipamentos de rádio transmissão que são instalados, são acondicionados dentro de gabinetes de estrutura metálica, que proporcionam o isolamento térmico e acústico, sendo que os equipamentos já possuem tecnologia para não utilização de sistema eletro-mecânico, ou seja, não produzem ruídos, tendo como fator positivo e de baixo impacto ambiental.

Tabela 8.7.1 - Padrões de níveis aceitáveis de ruído (NBR 10.151/2000)

Tipos de áreas Diurno (dB) Noturno (dB)

Áreas de sítios e fazendas 40 35

Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas 50 45

Área mista, predominantemente residencial 55 50

Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55

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Tipos de áreas Diurno (dB) Noturno (dB)

Área mista, com vocação recreacional 65 55

Área predominantemente industrial 70 60

8.7.2. POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

No que se refere aos Estudos da poluição atmosférica, a OMS – Organização Mundial da Saúde classifica essa poluição como “contaminação dos ambientes internos ou externos por qualquer composto químico, físico ou agente biológico que modifique as características naturais da atmosfera”.

Conforme a Resolução CONAMA Nº 03/90, entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com intensidade, quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos pela norma vigente, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; inconveniente ao bem-estar público; danoso aos materiais, à fauna e flora; prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e as atividades normais da comunidade.

A instalação, operação e desmobilização da ERB não causará emissão de poluentes atmosfericos, não causando nenhum dano para a comunidade da Área de Influência.

8.7.3. POLUIÇÃO HIDRÍCA

A poluição hídrica caracteriza-se pela introdução de qualquer matéria ou energia responsável por alterar propriedades físico-químicas de um ambiente aquático. Segundo a OMS, a água de má qualidade e a falta de saneamento e higiene causam aproximadamente 3,1% de mortes todo ano (morte de aproximadamente 1,7 milhão de pessoas em todo o mundo). Outro dado interessante é o de que, no caso do Brasil, a cada R$ 1,00 gasto com saneamento básico, R$ 4,00 são economizados em gastos com saúde pública. O esgoto encanado é tão fundamental para o aumento do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU (objetivos que os países da ONU se comprometeram em cumprir até 2015) é de reduzir o número de pessoas sem rede esgoto encanado no mundo em 50%. Toda a preocupação com a saúde pública e com o meio ambiente é motivada, entre tantos outros motivos, pelo tratamento e prevenção de algumas muitas doenças ocasionadas por essa poluição das águas que, em casos extremos, podem levar os seres humanos até a morte.

Por não precisar de recursos hídricos para instalação, operação e desmobilização da ERB, o empreendimento não irá emitir poluentes hídricos, por tanto não causará nenhum dano para a comunidade da Área de Influência.

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8.8. VIBRAÇÃO

O conceito de vibração pode ser definido como o movimento repetitivo, podendo ser regular ou irregular, de um ponto oscilando em torno de um ponto de referência após um intervalo de tempo. As vibrações são também relativamente frequentes na indústria, e podem ser divididas em duas categorias: vibrações localizadas e vibrações de corpo inteiro.

Vibrações localizadas definem-se como aquelas transmitidas normalmente às extremidades do corpo, principalmente as mãos e os braços. As vibrações de corpo inteiro são aquelas transmitidas ao corpo do trabalhador, que podem ocorrer na posição sentado, deitado ou em pé.

Os ruídos provenientes da ERB são decorrentes dos sistemas de ventilação e dos bastidores de serviço, classificado como permanente e que apresentam características com componentes tonais, não causando impacto significativo ao entorno. A vibração usualmente está associada às máquinas rotativas, aos propulsores e aos escoamentos. Podemos citar como exemplo, os geradores de energia, compressores de ar, bombas rotativas, sistemas de refrigeração e meios de transporte em geral. Para o empreendimento em questão as vibrações acontecerão de forma pontual, parte na implantação, pela movimentação de caminhões e instalação da fundação, e parte na desativação da ERB, pela desmontagem da estrutura e movimentação de maquinários. Como são interferências pontuais e de curta duração, classificamos este impacto como não significativo.

8.9. PERICULOSIDADE: RADIAÇÃO, INFLAMABILIDADE E EXPLOSÃO

A expressão “periculosidade” vem do termo periculoso ou perigoso, na área de segurança e saúde do trabalho, entendendo-se como aquilo que causa ou ameaça ou perigo à integridade física do trabalhador, podendo, via de regra, se estender à comunidade. No caso específico da ERB, esta situação está vinculada basicamente ao potencial de radiação, inflamabilidade e explosão, cujos conceitos estão descritos abaixo:

• Radiação é a emissão de ondas eletromagnéticas originadas por uma fonte, que pode ser o Sol ou uma torre de radiofrequência; • Inflamabilidade é a facilidade com que algo queima ou entra em ignição, causando fogo ou combustão; • Explosão é um processo caracterizado por súbito aumento de volume e grande liberação de energia, geralmente acompanhado por altas temperaturas e produção de gases.

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A Figura 8.9.1 apresenta o Diagrama vertical e horizontal de irradiação da antena de telecomunicação.

Figura 8.9.1 - Diagrama vertical e horizontal de irradiação

Tabela 8.9.1 - Estimativa de densidade máxima de potência irradiada

Estimativas de Densidade Máximas de Potência Irradiada

Distância (m) Densidade de Potência (μW/cm²) - Estimada 24 0.0071

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Estimativas de Densidade Máximas de Potência Irradiada

93 0.1205 68 0.0148 100 0.0552

8.10. GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

De modo geral, os resíduos gerados durante a implantação e operação do empreendimento serão predominantemente de classe A e B, que se caracterizam conforme redação da resolução CONAMA 307/2002 apresentada abaixo: Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fio, etc.) produzidas nos canteiros de obras; Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros; Contudo, para a realização dos acabamentos (pinturas) e limpeza em geral, serão utilizados alguns materiais que gerarão resíduos denominados de classe D, resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde, ou seja, considerados perigosos caso sejam depositados diretamente no meio sem qualquer tratamento prévio.

O impacto ambiental proporcionado por este aspecto está relacionado à sua disposição final, na qual deve ser procedida de forma adequada. Considerando que há a necessidade de atender a um requisito legal, mais especificamente a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, a gestão deste aspecto ambiental será realizada, durante a obra e sua desativação, a partir da contratação de caçambas de entulhos, certificadas pela prefeitura municipal, os resíduos provenientes da obra direcionados de forma adequada, pela mesma.

Após a implantação e durante o funcionamento da ERB, não haverá geração de resíduos.

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8.11. RISCOS AMBIENTAIS

Os agentes ambientais ou riscos ambientais são elementos ou substâncias presentes em diversos ambientes, que acima dos limites de tolerância podem ocasionar danos à saúde das pessoas ou do ecossistema, dependendo do meio inserido. Os agentes ambientais são bastante debatidos e estudados na área de segurança e saúde do trabalho, principalmente na elaboração e implementação de programas, que estabelecem parâmetros de abordagem, que podem ir desde a identificação dos riscos até medidas mitigatórias do mesmo.

Na Área de Influência em questão não existem riscos ou impactos ambientais territoriais, uma vez que a instalação da ERB impactará exclusivamente a gleba em que será instalada, esta composta exclusivamente por vegetação gramínea e terreno plano, não sendo necessária a supressão de vegetação ou movimentação de terra. Quanto ao risco à população, conforme apresentado em análise dos itens 8.5 e 8.9 deste estudo, os distanciamentos e radiação da ERB junto à equipamentos urbanos e a população no geral, estão de acordo com a legislação federal, estadual e municipal.

8.12. IMPACTO SÓCIO-ECONÔMICO NA POPULAÇÃO

Pode-se definir esse tipo de impacto como efeito de uma ação a médio ou longo prazo, que age diretamente ou indiretamente na população que vive no entorno do empreendimento, e que leve ao desenvolvimento, melhora social ou uma transformação passível de mensuração qualitativa ou quantitativa.

O impacto social é significativo na Área de Influência e seu entorno, uma vez que a instalação da ERB proporciona melhoria na infraestrutura urbana do município, melhorando o sinal de telefonia móvel. Quanto aos benefícios econômicos, esses podem ser decorrentes da melhoria de infraestrutura urbana, incentivando a instalação do setor de comércio e serviços, contudo, não é possível inferir. Dessa forma, não sendo necessária a aplicação de medidas mitigatórias.

8.13. MATRIZ DE IMPACTOS SOBRE A VIZINHANÇA

Com base no levantamento de informações sobre os meios físico e sócio econômico, elaborou-se uma matriz de impactos para que se avalie cada um dos itens determinados por legislação específica e, posteriormente, para propor medidas mitigatórias para os respectivos impactos negativos. Cabe salientar que todos os impactos gerados pela instalação de ERB são de responsabilidade da empresa responsável pelo empreendimento.

29 Impactos considerados Análise Crítica Medidas mitigadoras Operação Instalação Desativação

Tendo em vista que no período temporal analisado, entre 2007 e 2013, não houveram significativas modificações no adensamento populacional, pode-se considerar que os Adensamento populacional NA NA NA Não se aplica processos relacionados à instalação, operação e desativação de uma ERB não impactam de forma significativa este fenômeno demográfico. Levando em conta o Plano Diretor Municipal, a área de implantação da ERB localiza-se na Zona Comercial - 2 - ZC-2, que compatibiliza o uso pretendido e com as diretrizes Uso e ocupação do solo P P NA Não se aplica previstas para esta zona, levando infraestrutura à região, favorecendo as diretrizes previstas para a zona e uso do solo urbano.

Por ser uma implantação de pequeno porte (157,70 m²) e de baixíssimo impacto, entende- Valorização Imobiliária NA NA NA se que o mesmo não afeta significativamente este item, uma vez que não existe uma Não se aplica procura, em larga escala, por essa infraestrutura na procura por imóvel.

Tendo em vista que não há proximidade da implantação de ERB com áreas de interesse Áreas de interesse histórico e cultural NA NA NA histórico e cultural, não se faz necessária a elaboração de uma análise crítica para este Não se aplica item.

Tendo em vista que não há proximidade inferior à legislação federal, estadual e/ou Equipamentos urbanos e comunitários NA NA NA municipal do local de implantação da ERB com equipamentos urbanos e comunitários, Não se aplica não se faz necessária a elaboração de uma análise crítica para este item.

Com a movimentação de veículos automotores para carga e descarga dos equipamentos necessários para a montagem de uma ERB durante a fase de instalação, pode haver a Atendimento às normas de trânsito locais, via notificação à secretaria de obras e departamento de trânsito, Sistema de transportes N NA NA centralização de tráfego nos arredores do empreendimento, porém é um impacto de curta quando do início da obra, garantindo que a implantação da ERB não afete o trânsito local. duração.

Poluição sonora NA NA NA A ERB não emite poluição sonora. Não se aplica

Poluição atmosférica NA NA NA A ERB não emite poluição atmosférica. Não se aplica

Poluição hídrica NA NA NA A ERB não emite poluição hídrica. Não se aplica

30 Impactos considerados Análise Crítica Medidas mitigadoras Operação Instalação Desativação

Com relação à emissão de radiação, danosa à população, por não haver dados científicos conclusivos, adotam- se os princípios da precaução, conforme diretriz estabelecida pela Rio-92, padrões da OMS e distanciamento A ERB é uma fonte emissora de radiação, e tendo em vista seu arranjo construtivo dado pela Lei das Antenas. Por sua vez, no que diz respeito à inflamabilidade e potencial de ignição, o projeto NA N NA (torre metálica), a mesma pode estar sujeita à atração de descargas elétricas e suas Periculosidade adota todas as diretrizes das normas técnicas nacionais e internacionais (ABNT, AISC, TELEBRÁS), além consequências, apresentando, em função disso, potencialidade para ignição. disso, todo o projeto passa pela aprovação do corpo de bombeiros, para obtenção do AVCB e, após a instalação, é submetido à manutenção periódica dentro de rígidos padrões de segurança. Como medida mitigatória, sugere-se identificar a tipologia e a quantidade de geração de cada tipo de resíduos e indicar as formas ambientalmente corretas para o manejo, destinação e disposição final destes resíduos Geração de resíduos sólidos N NA N A instalação e desativação da ERB pode gerar resíduos sólidos de construção civil. (PGRS), na etapa cabível. Será realizada a contratação de caçambas de entulhos, certificadas pela prefeitura municipal, sendo os resíduos provenientes da obra, direcionados de forma adequada, pela mesma.

Por seu irrelevante potencial poluidor, este tipo de implantação é dispensado de Riscos ambientais NA NA NA Não se aplica licenciamento ambiental.

O impacto socioeconômico durante a operação da ERB é positivo, pois fomenta a infraestrutura de um município com viés predominantemente de comércio e serviços, Impacto socioeconômico NA P N Não se aplica possuindo caráter de geração de renda para o locador da área de implantação da ERB. Como impacto negativo, a desativação deixa de proporcionar tais benefícios.

Não está prevista a supressão de vegetação. A manutenção periódica da ERB pelas equipes da CELL SITE Geralmente o impacto visual ou impacto de alteração de paisagem se dá pela retirada de Impacto visual NA N NA SOLUTIONS - CESSÃO DE INFRAESTRUTURA S/A manterão os aspectos visuais e de segurança vegetação, causando desconforto à paisagem e ao proprietário. do empreendimento de maneira adequada.

Vibração NA NA NA A ERB não emite poluição por vibração. Não se aplica

Legenda: (P) Positiva; (N) Negativa; (NA) Não se aplica

31 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Estudo de Impacto de Vizinhança desenvolvido, cujo objeto reportou-se à avaliação da viabilidade de uma Estação Rádio Base e seus possíveis impactos, teve como um dos principais objetivos a elaboração de um diagnóstico atualizado para o local objeto de licenciamento, através da caracterização de importantes aspectos das áreas classificadas como de influência e da ERB pela atividade, de modo a criar as bases necessárias para a análise de viabilidade do empreendimento.

Teve seu foco direcionado para uma avaliação crítica da situação atual da área e seu

entorno, face ao potencial da região para atividades de serviços, tendo em vista as devidas

respostas aos tópicos que se fazem necessários (previsto em Lei), de modo que, ao final, a

avaliação da viabilidade seja analisada de maneira isenta e não arbitrária.

Deste modo, observa-se que, num contexto amplo, o meio socioeconômico será influenciado pelo empreendimento de uma maneira que não cause significativas alterações negativas, capazes de instabilizá-lo de maneira considerável e entende-se que as medidas mitigatórias propostas serão suficientes para a completa mitigação e controle dos impactos.

Analisando a matriz de impactos, onde 15 (quinze) aspectos foram objeto de análise crítica, tem-se o seguinte cenário:

Figura 9.1 - Análise crítica de impactos

Nestes gráficos apresentados observam que o impacto ambiental será minímo, uma vez que o empreendimento não acaretará modificações na dinâmica urbana ou ambiental da área de influência, assim como na área de implantação da ERB, uma vez que sua instalação será realizada em uma área de forte influência antrópica, respeitando o uso e ocupação do solo já existentes.

32 Para tanto podemos concluir que:

Os impactos Não Aplicáveis predominam em todas as fases do empreendimento; Os Impactos Negativos são constantes em todas as fases do empreendimento, e Os Impactos Positivos aparecem em maior proporção durante a fase de operação, denotando as benéfices trazidas pelo empreendimento, que é de utilidade pública e de relevante interesse social (conforme Lei nº 12.651/12).

Além destas conclusões deve-se levar em consideração que a implantação e operação do empreendimento ora analisado é permitido pela legislações municipal e ambiental.

Com base em todos os itens apresentados e discutidos é possível concluir que o empreendimento é viável nos âmbitos econômicos, social e ambiental, logicamente se forem cumpridas as medidas e exigências sociais e ambientais, regulametadas pelas legislações pertinentes.

33 10. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

______. Lei nº 86/2007, de 01 de agosto de 2007. Dispões sobre o zoneamento territorial do município de Jaboticabal. Disponível para consulta em: < http://sapl.jaboticabal.sp.leg.br/consultas/norma_juridica/norma_juridica_mostrar_proc?cod_nor ma=3535 >

______. Lei nº 80/2006, de 09 de agosto de 2007. Dispões sobre o plano diretor de desenvolvimento do município de Jaboticabal. Disponível para consulta em: < http://sapl.jaboticabal.sp.leg.br/consultas/norma_juridica/norma_juridica_mostrar_proc?cod_nor ma=3529>

______. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.. Disponível para consulta em:

______. Lei Federal nº 13.116, de 20 de abril de 2015. Estabelece normas gerais para implantação e compartilhamento da infraestrutura de telecomunicações e altera as Leis nos 9.472, de 16 de julho de 1997, 11.934, de 5 de maio de 2009, e 10.257, de 10 de julho de 2001. Disponível para consulta em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2015/lei/L13116.htm >

______. Lei Federal nº 13.116, de 20 de abril de 2015. Estabelece normas gerais para implantação e compartilhamento da infraestrutura de telecomunicações e altera as Leis nos 9.472, de 16 de julho de 1997, 11.934, de 5 de maio de 2009, e 10.257, de 10 de julho de 2001. Disponível para consulta em: http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.116- 2015?OpenDocument>

______. Lei Federal nº 11.934, de 05 de maio de 2009. Dispõe sobre limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos; altera a Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965. Disponível para consulta em:

34 ______. Lei Federal nº 9.472, de 16 de julho de 1997. Dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995. Disponível para consulta em:

______. Lei Complementar nº 131/2012, de 13 de agosto de 2012. DISPÕE SOBRE A REVISÃO DE ALGUNS DISPOSITIVOS DA LEI COMPLEMENTAR N° 80/2006, QUE DISPÕE SOBRE O PLANO DIRETOR DE JABOTICABAL, E ALGUNS DISPOSITIVOS DA LEI COMPLEMENTAR N° 86/2007, QUE DISPÕE SOBRE O ZONEAMENTO USO E PARCELAMENTO DO SOLO URBANO E OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Disponível para consulta em: < https://sapl.jaboticabal.sp.leg.br/consultas/norma_juridica/norma_juridica_mostrar_proc? cod_norma=10479 >

______. Índice de Vulnerabilidade Social IPVS: < http://indices- ilp.al.sp.gov.br/view/index.php?selLoc=0&selTpLoc=2&prodCod=1 >

35 Elaboração do relatório:

Letícia Jardim Laranja

Revisão:

Danielle Fein

Responsável Técnico:

Kleber da Silva Mendes

São Paulo, 19 de outubro de 2018

Geólogo Kleber da Silva Mendes CREA: 5060624141

36 ANEXO I

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

1. FOTOS DO LOCAL:

VISTA FRONTAL VIZINHO DA DIREITA

VIZINHO DA ESQUERDA LOCAL DO SITE

VISTA DOS FUNDOS LOCAL DO SITE

RELÓGIO DO VIZINHO GPS NO LOCAL TRAFO A NA FRENTE DO TERRENO VISTA DOS Nº APAGADOS

REDE DE ENERGIA VISTA DA RUA LADO ESQUERDO

VISTA RUA LADO DIREITO PADRÃO DE ENERGIA AO LADO ANEXO II

CROQUI DE LOCALIZAÇÃO CROQUI DE SITUAÇÃO ANEXO III

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART Resolução nº 1.025/2009 - Anexo I - Modelo A Página 1/2

Anotação de Responsabilidade Técnica - ART ART de Obra ou Serviço Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977 CREA-SP Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo 28027230181056310

1. Responsável Técnico KLEBER DA SILVA MENDES Título Profissional: Geólogo RNP: 2604714329 Registro: 5060624141-SP Empresa Contratada: Registro:

2. Dados do Contrato Contratante: Cell Site Solutions - Cessão de Infraestruturas S/A CPF/CNPJ: 15.811.119/0001-11 Endereço: Avenida AVENIDA DAS NAÇÕES UNIDAS 11633 N°: Complemento: Bairro: BROOKLIN PAULISTA Cidade: São Paulo UF: SP CEP: 04578-901 Contrato: Celebrado em: 28/08/2018 Vinculada à Art n°: Valor: R$ 1.500,00 Tipo de Contratante: Pessoa Jurídica de Direito Privado Ação Institucional:

3. Dados da Obra Serviço Endereço: Rua PROFESSOR ANTÔNIO RUETE N°: Complemento: ENTRE OS Nº 674 e 673 Bairro: NOVA JABOTICABAL Cidade: Jaboticabal UF: SP CEP: 14887-032

Data de Início: 28/08/2018 Previsão de Término: 28/09/2018 Coordenadas Geográficas:

Finalidade: Ambiental Código:

CPF/CNPJ:

4. Atividade Técnica Quantidade Unidade Consultoria 1 Estudo Estudo Ambiental Ambiental 1,00000 unidade

Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa desta ART

5. Observações

16060017-SIJAL12_E - Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), para implantação de ERB no município de Jaboticabal no estado de São Paulo.

6. Declarações

Acessibilidade: Declaro que as regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas da ABNT, na legislação específica e no Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, não se aplicam às atividades profissionais acima relacionadas. Resolução nº 1.025/2009 - Anexo I - Modelo A Página 2/2

7. Entidade de Classe 9. Informações - A presente ART encontra-se devidamente quitada conforme dados 69 - SIGESP - SINDICATO DOS GEÓLOGOS NO ESTADO DE SÃO constantes no rodapé-versão do sistema, certificada pelo Nosso Número. PAULO - SIGESP

8. Assinaturas - A autenticidade deste documento pode ser verificada no site www.creasp.org.br ou www.confea.org.br Declaro serem verdadeiras as informações acima

São Paulo 31 de Agosto de 2018 - A guarda da via assinada da ART será de responsabilidade do profissional Local data e do contratante com o objetivo de documentar o vínculo contratual.

KLEBER DA SILVA MENDES - CPF: 143.835.738-94

www.creasp.org.br tel: 0800-17-18-11 Cell Site Solutions - Cessão de Infraestruturas S/A - CPF/CNPJ: 15.811.119/0001-11 Valor ART R$ 82,94 Registrada em: 28/08/2018 Valor Pago R$ 82,94 Nosso Numero: 28027230181056310 Versão do sistema Impresso em: 31/08/2018 17:29:20