Padrão Da Mortalidade Da População Circunzinha À Central Nuclear
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Padrão da Mortalidade da População Circunvizinha à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto / 1986 a 2007 Leite, TCSB; Da Silva, IPM; Jannuzzi, DMS; Higino, TN; Dos Santos, TR; Xavier, DR; Da Silva, RM Página 1 Padrão da Mortalidade da População Circunvizinha à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto / 1986 a 2 2007 CIRA Centro de Informação Sobre Radioepidemiologia Padrão da Mortalidade da População Circunvizinha à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto / 1986 a 2007 Equipe Dra. Teresa Cristina Sampaio de Barros Leite – Coordenadora geral do CIRA e Diretora-superintendente da FEAM Dr. Ilson Peixoto Medeiros da Silva - Médico de Saúde Pública do CIRA Enfermeira Denise Maria Souza Jannuzzi - Enfermeira Coordenadora da Equipe do CIRA Thiago Nunes Higino - Técnico em Processamento de Dados Tatiana Rodrigues dos Santos - Assistente Administrativa Consultoria Diego Ricardo Xavier (Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica/FIOCRUZ) Roseli Monteiro da Silva (Vice- Presidência de Meio Ambiente e Saúde/FIOCRUZ) Publicação Maio de 2011 Leite, TCSB; Da Silva, IPM; Jannuzzi, DMS; Higino, TN; Dos Santos, TR; Xavier, DR; Da Silva, RM. Padrão da Mortalidade da População Circunvizinha à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto / 1986 a 3 2007 Índice INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4 FUNDAMENTOS TEÓRICOS ........................................................................................................... 9 OBJETIVO GERAL ......................................................................................................................... 13 Objetivos específicos ............................................................................................................... 13 METODOLOGIA............................................................................................................................ 14 RESULTADOS ............................................................................................................................... 16 População Residente em Angra dos Reis. ............................................................................... 16 População Residente na Área de Influência Indireta. ............................................................. 17 População Residente na Área de Controle. ............................................................................ 18 População Residente em Cabo Frio. ....................................................................................... 19 Mortalidade proporcional segundo causas do CID-9. ............................................................. 20 Mortalidade proporcional segundo causas do CID-10. ........................................................... 21 Neoplasias ............................................................................................................................... 23 Causas Externas ....................................................................................................................... 43 Doenças Infecciosas e Parasitárias .......................................................................................... 49 Doenças do Aparelho Circulatório .......................................................................................... 55 Doenças do Aparelho Respiratório ......................................................................................... 60 Causas Mal Definidas .............................................................................................................. 67 Afecções do Período Perinatal ................................................................................................ 73 Anomalias Congênitas ............................................................................................................. 75 Outras Causas do CID .............................................................................................................. 77 CONCLUSÕES ............................................................................................................................... 84 RECOMENDAÇÕES ....................................................................................................................... 86 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 88 Leite, TCSB; Da Silva, IPM; Jannuzzi, DMS; Higino, TN; Dos Santos, TR; Xavier, DR; Da Silva, RM. Padrão da Mortalidade da População Circunvizinha à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto / 1986 a 4 2007 INTRODUÇÃO Este trabalho tem por objetivo atualizar dois estudos epidemiológicos anteriores sobre o perfil de mortalidade da população residente na área de influência da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. O primeiro estudo é referente aos períodos de 1979 a 1984 e 1985 a 2000, realizado por Schubert (2004), teve como objetivo “ comparar a mortalidade da população de Angra dos Reis, exposta às liberações de rotina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, com a do Estado do Rio de Janeiro e de um município com características geográficas, socioeconômicas e demográficas semelhantes, mas não exposta ao mesmo risco, neste caso, o município de Cabo Frio“. A análise da mortalidade por grupos de causas mostrou diferenças importantes entre Angra dos Reis e os outros municípios Estado do Rio que foram pesquisados. Segundo este estudo, em Angra, “as mortes observadas por doenças relacionadas a fatores de risco impostos pela vida nas grandes cidades (urbanização, industrialização, poluição do ar, fumo, estresse etc.), tais como: doenças dos aparelhos circulatório e respiratório, causas externas e neoplasias foram, em várias ocasiões, significativamente menores do que as esperadas em relação ao Estado”. Por outro lado, os números de óbitos decorrentes de “afecções originadas no período Perinatal”, de anomalias congênitas e de DIP foram significativamente maiores que os estimados pelos dados da população de referência. Os excessos significativos de mortes concentraram-se no primeiro período do estudo (com exceção dos óbitos por afecções originadas no período Perinatal), indicando a precariedade da atenção materno- infantil no município, tanto no que se refere à atenção básica quanto àquela de maior complexidade (e.g. Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal) . (Schubert, 2004) Em relação à mortalidade por neoplasias, o estudo mostrou que, no Estado do Rio de Janeiro, as principais localizações primárias de câncer foram pulmão, estômago, cólon, mama e próstata, perfil compatível com o de grandes centros urbanos (80% da população do Estado do Rio de Janeiro residem na Região Metropolitana do Rio). (Schubert, 2004). Leite, TCSB; Da Silva, IPM; Jannuzzi, DMS; Higino, TN; Dos Santos, TR; Xavier, DR; Da Silva, RM. Padrão da Mortalidade da População Circunvizinha à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto / 1986 a 5 2007 Em Angra dos Reis, por outro lado, nos dois períodos de análise, o câncer de estômago permaneceu como a neoplasia maligna de maior magnitude, seguida pelos cânceres de pulmão, esôfago, mama e próstata. Em Cabo Frio, no período de 1985- 2000, o câncer de pulmão já aparece como primeira causa entre as neoplasias malignas, seguido pelos cânceres de estômago, cólon, mama e próstata, um perfil mais próximo do estadual. A análise da mortalidade no Estado, por tipo de neoplasia, reforça a hipótese de que o perfil de mortalidade encontrado segue os padrões de grandes centros urbanos, pois, no primeiro período de análise, os cânceres de pulmão, mama feminina, cólon e próstata, mais frequentes em regiões de maior desenvolvimento, já aparecem com maior destaque na mortalidade estadual do que na dos municípios. (Schubert, 2004). “Em Angra dos Reis, mesmo no período de 1985-2000, a frequencia de cânceres mais comuns em regiões de menor desenvolvimento, como estômago, esôfago, boca e colo uterino, foi maior do que em Cabo Frio e no Estado” (Ministério da Saúde, 1997, 2002 apud Schubert, 2004). Essas diferenças podem refletir, na mesma linha de análise,os distintos graus de urbanização e industrialização entre Angra dos Reis, Cabo Frio e Estado do Rio de Janeiro. Segundo Schubert , “a mortalidade bruta por tipos de neoplasias em Angra dos Reis foi consistentemente menor do que a estimada segundo a população de referência”. “A mortalidade por tumores de cólon, pulmão, mama feminina e o restante das neoplasias foi significativamente menor do que a esperada tanto antes como depois do funcionamento da usina nuclear. Ainda foi significativamente menor que o estimado, o número de mortes decorrentes de leucemias, linfomas não Hodgkin e de tumores do sistema nervoso central, na primeira etapa; de mieloma múltiplo, de câncer de pâncreas, próstata e ovário na segunda. Dessas neoplasias citadas, as leucemias, os tumores de cólon, mama e pulmão estão comprovadamente relacionados à exposição à radiação ionizante”. (UNSCEAR, 2000 apud Schubert, 2004). O segundo estudo, realizado por Lassance e col. (2007), referente ao período 2001 a 2005, definiu como objetivo “Estimar o risco de adoecer e morrer por doenças Leite, TCSB; Da Silva, IPM; Jannuzzi, DMS; Higino, TN; Dos Santos, TR; Xavier, DR; Da Silva, RM. Padrão da Mortalidade da População Circunvizinha à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto / 1986 a 6 2007 potencialmente relacionadas à exposição à radiação ionizante no município de Angra dos Reis”. Tendo por base o mesmo referencial metodológico de Schubert (2004), este trabalho