Futebol E Lazer Fabril Em Fortaleza (1949-1965)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE HUMANIDADES DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL PEDRO PAULO DA SILVA MARTINS MÁQUINAS PARADAS E PÉS À OBRA: FUTEBOL E LAZER FABRIL EM FORTALEZA (1949-1965) FORTALEZA 2017 PEDRO PAULO DA SILVA MARTINS MÁQUINAS PARADAS E PÉS À OBRA: FUTEBOL E LAZER FABRIL EM FORTALEZA (1949-1965) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História Social da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social. Orientador: Prof. Dr. Frederico de Castro Neves. FORTALEZA 2017 Dados Internacionais de Catalogação Publicação Universidade Federal do Ceará Biblioteca Universitária Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a) M345m Martins, Pedro Paulo da Silva. MÁQUINAS PARADAS E PÉS À OBRA: FUTEBOL E LAZER FABRIL EM FORTALEZA (1949- 1965) / Pedro Paulo da Silva Martins. – 2017. 159 f. : il. color. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Humanidades, Programa de Pós- Graduação em História, Fortaleza, 2017. Orientação: Prof. Dr. Frederico de Castro Neves. 1. Futebol Fabril. 2. Fortaleza(CE) - 1949-1965 . 3. Profissionalização. 4. Lazer Proletário. I. Título. CDD 900 PEDRO PAULO DA SILVA MARTINS MÁQUINAS PARADAS E PÉS À OBRA: FUTEBOL E LAZER FABRIL EM FORTALEZA (1949-1965) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História Social da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial à obtenção do Título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social. Aprovada em: ___/___/______. BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Frederico de Castro Neves (Orientador) Universidade Federal do Ceará – UFC Profa. Dra. Lídia Noêmia Silva dos Santos Universidade Estadual do Ceará – UECE Profa. Dra. Simoni Lahud Guedes Universidade Federal Fluminense – UFF Prof. Dr. Jailson Pereira da Silva (Suplente) Universidade Federal do Ceará – UFC A meu pai (em memória), pois quando o espelho é bom ninguém jamais morreu. AGRADECIMENTOS Meu agradecimento primeiro vai para Francisca Fátima, minha querida mãe. Obrigado pelo amor incondicional e orações devotadas aos meus anseios e desejos. Aquela sua frase: “não se preocupe, vou rezar por você”, sempre me encheu de confiança e coragem. Agradeço a minha companheira de todos os momentos, que ao longo do processo de escrita se tornou minha esposa, Natalha Pinheiro. Para você que esteve comigo nessa longa caminhada acadêmica desde antes da graduação e sempre foi meu ombro amigo nos momentos de dúvidas e angústias, meu muito obrigado! Agradeço a minhas lindas sobrinhas e sobrinho, com os quais mais aprendi do que ensinei; minha cunhada, Haryella; minha irmã, Rejane; e meu irmão, Bosco Júnior, este que me iniciou nas emoções que vem das arquibancadas. Minha gratidão aos meus amigos de uma vida: Duddu, Denis, Jackson e Terceiro. Muita coisa se aprende e se compartilha entre dribles e pontapés nos campinhos de terra da vida. Meus agradecimentos também vão para meus colegas da pós-graduação, em especial à Clarissa Franco, a Renan Silva, a Manuelle Araújo, a Jormana Araújo e a Raul Kenedy. Também estendo minha gratidão Daniel Alencar e Lucas Assis, fundamentais para os primeiros passos dessa pesquisa. Agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela bolsa de pesquisa. Muito deste trabalho se deve pelas orientações e apontamentos do professor Frederico de Castro Neves. Muito obrigado pela paciência e dedicação prestadas desde a época da graduação em que discutamos textos e possibilidades no “Grupo de Estudo História e Memória do Futebol”. Suas aulas e orientações me ajudaram no crescimento acadêmico e no amadurecimento como ser humano. Aproveito para agradecer aos companheiros do grupo de estudos: Vicente Maia, João Vianey e Sávyo Enrico. Obrigado pelas tardes de muito aprendizado. Sou grato aos professores que contribuíram de alguma maneira com meu trabalho. Aos professores das disciplinas do curso de Mestrado em História Social – João Ernani, Régis Lopes e Meize Regina –, aos professores que estiveram presentes na minha qualificação – Jailson Pereira e Lídia Noêmia – e ao professor Gilmar de Carvalho. Não poderia de deixar de agradecer aqueles que me ajudaram no trabalho de campo. Portanto, meus agradecimentos vão para “seu Manu”, bibliotecário do SESI; Paula, bibliotecária do Museu da Indústria; Eugênio e Emanoel, pesquisadores do futebol cearense; e aos funcionários da Associação Cearense de Imprensa e da Biblioteca Pública Menezes Pimentel. Estendo meus agradecimentos aos ex-craques da bola que me concederam entrevistas – Edmar, Viana, “Zé do Mário” e “Zé Gerardo”. Muito obrigado! “Por que sem ela ninguém joga. Comecei na Fábrica Bangu, trabalhando, trabalhando, até que encontrei minha amiga. E fui muito feliz com ela”. (Domingos da Guia. Depoimento dado a Roberto Mora. In: Futebol ao sol e à sombra). RESUMO Por meio das práticas esportivas e de lazer, podemos apreender diversas significações sociais e culturais de uma determinada sociedade. Esta premissa também se confirma no que se refere aos estudos históricos inerentes ao mundo do trabalho, uma vez que o mesmo pode ser estudado para além das relações de produção. A presente pesquisa tem por objeto de estudo o clube de futebol Usina Ceará Atlético Clube – equipe formada, inicialmente, apenas por trabalhadores da fábrica Siqueira Gurgel, que se situava no bairro do Otávio Bonfim e trabalhava basicamente com o beneficiamento do algodão e óleos. Por meio deste, objetivamos perceber como se dava a prática do futebol que se inicia dentro das fábricas e como essa prática reverbera dentro do mundo do trabalho. O recorte temporal de nosso trabalho compreende os anos entre 1949 e 1965, período de existência do clube pesquisado. Concomitante ao objetivo principal, este trabalho tem por objetivo examinar: como os equipamentos de lazer construídos pela fábrica Siqueira Gurgel constituíam-se em espaços institucionalizados de distinção do lazer entre seus frequentadores; como se deu o processo de profissionalização do futebol praticado entre os clubes inseridos nos quadros da Federação Cearense de Desportos (FCD); e analisar a prática do futebol desenvolvido no circuito interfábricas, agora sob a tutela do Serviço Social da Indústria (SESI). Palavras-Chave: Futebol Fabril, Fortaleza(CE) - 1949-1965, Profissionalização, Lazer Proletário. ABSTRACT Through leisure and sportive practices, one could grasp several social and cultural meanings in a given society. This assumption is also valid in historical studies about labour world, once this can be studied beyond production relations. This research aims to study the football club Usina Ceará Atlético Clube – squad initially consisted only by workers from Siqueira Gurgel factory, that was placed at Otávio Bonfim neighborhood and worked mainly processing cotton and oils. Through this we have as a goal perceive how the football practice that started at the factory happened and how this affects workers life. The temporal framing of our study comprise the years between 1949 and 1965, existing period of the researched club. Flowing alongside the main goal, this study aims to examine how leisure equipments built by Siqueira Gurgel were institutionalized areas of leisure distinction between its visitors, how the professionalization process happened to football clubs members of Federação Cearense de Desportos (FCD), and to analyze the football practice developed at the inter-factory circuit under Serviço Social da Indústria (SESI) supervision. Key words: Factory Football; Fortaleza; Professionalization; Workers Leisure. LISTA DE FIGURAS Figura 1- Equipe do Usina Ceará, campeã da Divisão Secundária da FCD .................. 34 Figura 2- Ônibus e delegação do Usina Ceará em excursão na Paraíba, em 1956 ......... 37 Figura 3 - Torcedores do CSC após vitória contra Usina pelo campeonato de 1955 ..... 39 Figura 4- Doze equipes de futebol de fábricas da cidade de Fortaleza perfiladas como parte da cerimônia de abertura do II Campeonato das Indústrias de Fortaleza ............ 125 Figura 5- Tabela de classificação do Campeonato Cearense de Futebol do ano de 1955 publicada nas páginas esportivas do jornal “O Povo” ................................................ 139 Figura 6- Elenco e escudo do Usina Ceará em 1952 .................................................. 146 Figura 7- Elenco e escudo do Usina Ceará em fins da década de 1950 ....................... 146 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ADC (Associação Desportiva Cearense) ACD (Associação dos Cronistas Desportivos) APCDEC (Associação Profissional dos Cronistas Desportivos do Ceará) CBD (Confederação Brasileira de Desportos) CSC (Ceará Sporting Club) CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) Cr$ (Cruzeiros) ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) FAC (Ferroviário Atlético Clube) FCD (Federação Cearense de Desportos) FCF (Federação Cearense de Futebol) FEC (Fortaleza Esporte Clube) FIFA (Fédération Internationale de Football Association) IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ICASA (Indústria e Comércio de Algodão) INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) RVC (Rede de Viação Cearense) SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) SESI (Serviço Social da Indústria) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 14 2 ENGRENAGENS DO LAZER: RELAÇÕES ENTRE DESPORTO E A FÁBRICA SIQUEIRA GURGEL .......................................................................................................