A voz do regionalismo desde 1999 Sede: Rua das Escolas Gerais, 82 - 1100-220 LISBOA - Tel./Fax 218 861 082 - [email protected] – www.casapampilhosadaserra.pt | Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra | Director: Carlos Simões ANO XX • N.º 229 • PREÇO: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • JULHO 2018

Escritos e Escritores Pampilhosenses Entrevista a Manuel Dias da Silva, um poeta natural das terras do Maranho «A sugestão, que é a característica mais relevante da poesia, apresenta-se de forma marcante em “A Delicada Teia de Ariadne”, que é, sem dúvida, o livro mais importante da minha obra literária, uma espécie de corolário dos livros anteriores» Pág. 10

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A NÃO PERDER ... 3 VESPA-DAS-GALHAS-DO-CASTANHEIRO “ATACA” NA REGIÃO Pág. 14 3 CASA DO CONCELHO FOI PALCO DE Pág. 2 TORNEIO DE XADREZ SOLIDÁRIO Pág. 19 Breves EDITORIAL SEASIDE SUNSET SESSIONS om o mês de julho são autobiográfico do escritor pampi- 2018 ANIMA A VILA DE 11 A Jornal muitos os pampilho- lhosense Luciano Reis, assim 19 DE AGOSTO “Serras da Pampilhosa” senses e familiares que como da última obra de Manuel iniciCam ou estão próximo do Dias da Silva que entrevistámos Fundado em Junho de 1999 início do período anual de férias. para esta edição. As aulas terminaram para os estu- O rico património religio- dantes e uma boa parte efetuou so do concelho de Pampilhosa Ficha Técnica os seus exames, encerrando assim da Serra, vem agora ao conhe- mais um ano letivo. cimento dos nossos leitores, Presidente: José Ferreira Na memória está ainda o mês através de trabalho de pesquisa de junho do ano passado que realizado pelo nosso colaborador Director: Carlos Simões (TE-1232) marcou de forma drástica o nosso Zé Manel, que nesta edição dá concelho e os concelhos vizinhos, início a uma rubrica alusiva ao ntre 11 e 19 de agosto todos natural, cultural e etnográfico, o Sub-Director: ...... com a grande calamidade dos tema, iniciando pela freguesia de os caminhos vão dar à praia festival Seaside Sunset Sessions incêndios florestais que deixaram Cabril, tendo continuidade nas fluvial de Pampilhosa da promove um contínuo programa Redactores: Serra.E O cartaz da 5ª edição do de atividades. As Sunset Parties um enorme rasto de destruição, restantes freguesias a publicar nas António Amaro Rosa eco-festival de música eletróni- diárias, as variadas aulas de grupo, quer no património natural, quer próximas edições. Obrigado Zé ca Seaside Sunset Sessions está workshops, aulas de dança, artes Aníbal Pacheco nas habitações, explorações agrí- pelo teu trabalho. Jorge Ramos oficialmente fechado e conta com performativas, animação de rua, colas e industriais e, mais grave, Adivinha-se um mês de agos- a grande surpresa da dupla de DJs desportos radicais e insufláveis as lamentáveis perdas humanas, to cheio de aminação no nosso americanos Breath Carolina, que aquáticos fazem parte de todo o Colaborador no Território: situação que se agravaria em concelho. Por todas as aldeias Zé Manel (CO1623) tem passado pelos melhores festi- programa de atividades disponi- outubro seguinte. realizam-se as festas anuais, das vais mundiais de música. bilizado ao longo dos dez dias do Na memória está ainda a atua- quais tivemos conhecimento Colaboradores nesta edição: No dia 17 o festival conta com evento. ção dos valorosos Soldados da pelo envio dos respetivos carta- os DJs Kura, Overule, Rob Willow Para que os festivaleiros possam Abel Almeida Paz, que tiveram uma heroica luta zes. Optámos por publicar os e Oskar DJ como cabeças de cartaz. usufruir plenamente deste festival Américo Costa proteção de pessoas e bens. cartazes das festas que nos foram No dia 18 o evento conta com a a organização disponibiliza todas Carlos Simões Deixamos aqui um enorme enviados, sendo difícil encontrar grande atração dos DJs america- as comodidades necessárias. Para Guido Carvalho louvor a todos os que participa- espaço disponível para todos os nos Breath Carolina, Club Banditz, além do palco e pista de dança, José Antunes Iria ram no combate, Bombeiros e eventos. Desejamos a todos que Francisco Cunha e Oskar. esta última localizada sobre o Rio José Ferreira Bombeiras de vários pontos do as festas sejam um sucesso e cá Atuando em cima de um palco Unhais, o Seaside Sunset Sessions J. Marques de Almeida país, com uma palavra especial estaremos para lhes fazer eco. flutuante sobre o rio Unhais os conta com a zona dos bares e food Manuel Nunes para os Bombeiros Voluntários As Festas do Concelho a DJ´s convidados prometem street, este ano com maior ofer- Paulo Almeida de Pampilhosa da Serra, que tudo realizar na vila no local habitual, noites quentes com muita energia ta, mais sombras e mais lugares Roberto Almeida deram para que a calamidade não decorrerão nos dias 13 a 16 de e a melhor música do momen- sentados. São Pereira atingisse maiores proporções, e agosto coincidindo com a XXI to, rodeados por uma envolvente Foi também alargada a zona de natural de eleição. camping, que se mantém gratuito, e Vitor Cruz também a todas as entidades e Feira de Artesanato e Gastrono- Xana Pires Durante o Seaside Sunset haverá também reforço da área para pampilhosenses que ao longo mia, com um cartaz de luxo, de Sessions 2018 haverá ainda um a opção de glamping à semelhança ano tudo fizeram e continuam a onde se destaca no dia de abertu- Paginação e Grafismo: concurso de DJ´s a nível nacional do ano passado a preços reduzi- fazer no sentido de prevenir neste ra a presença do Grupo Musical para abrirem as noites de 17 e 18, dos, agora também a funcionar em Beta Vicente ano situações análogas e apoia- Fraternidade Pampilhosense e Sérgio Vicente podendo desde já inscrever-se atra- Janeiro de Baixo. Zonas específicas ram na recuperação das áreas e Ana Laíns, nos dias seguintes a vés das redes sociais. de estacionamento incluindo cara- populações afetadas. presença dos DAMA, Mia Rose, Mas não é apenas de música vanas, zonas de carregamento de Montagem e Impressão: O regionalismo pampilhosen- Maria Lisboa, Canta Amália e a Vigaprintes-Artes Gráficas, Lda. eletrónica que este festival se faz. telemóveis e Wi-Fi gratuito, e para se continuou também ativo neste grande atração é o nosso conter- Por entre a riqueza natural que um maior conforto a organização Núcleo Empresarial mês de julho, destacando-se as râneo Tony Carreira no dia do envolve a região e cativa, pela providencia para esta edição mais Quinta da Portela, n.º 38 festas de aniversário das cole- encerramento. beleza endémica e única e pelos áreas sombreadas e maior extensão Guerreiros – 2670-379 Loures tividades de Boiças e Malhadas Um evento que se vem afir- seus habitantes tem vindo a tomar de pavimento relvado e alcatifado. Telefone: 219 831 849 da Serra, sendo de evidenciar mando pelo seu sucesso nas forma um festival com caracterís- Para efetuar as reservas para esta- Fax: 219 830 784 também a organização do Torneio anteriores edições, é o eco-fes- ticas ímpares. Um festival mágico, dias nos alojamentos glamping em E-mail: [email protected] Internacional de Xadrez Solidário tival de música eletrónica Seasi- rodeado por vales, montanhas e breve estará disponível no website que teve lugar na Casa do Conce- de Sunset Sessions que promete florestas encantadas onde habitam oficial do festival uma plataforma Propriedade: Casa do Concelho lho de Pampilhosa da Serra, numa muita animação em Pampilho- os seres mais encantadores. Um que permitirá registar as inscrições. da Pampilhosa da Serra iniciativa do nosso campeão GM sa da Serra, entre os dias 11 e festival que leva à praia fluvial de Conheça o festival Seaside António Fernandes. 19 de agosto, com a presença de Pampilhosa da Serra uma expe- Sunset Session 2018 e acompanhe Sede: Rua das Escolas Gerais, n.º 82, Lamentavelmente, para além grandes DJ´s nacionais e inter- riência inigualável. Um festival as novidades em www.sunsetses- 1100-220 Lisboa capaz de nos transportar para um sions.pt e nas redes sociais. da tragédia do fogo que afetou nacionais, transformando a Praia mundo de fantasia, aqui tão perto. Telefone: 218 861 082 drasticamente a floresta do Fluvial de Pampilhosa da Serra Para além do património Carlos Simões concelho, eis que agora surge a num grande palco com muita E-mail: Vespa-das-Galhas do Castanhei- diversão, esperando-se muitos [email protected] ro, que está a afetar aquelas árvo- milhares de festivaleiros, numa PAGAMENTO DA QUOTA res um pouco por toda a região, iniciativa com cada vez mais Distribuição:Casa do Concelho tornando-se urgente tomar medi- participantes, numa iniciativa E/OU ASSINATURA da Pampilhosa da Serra das no sentido de controlar a mais uma vez patrocinada pela Faça o pagamento do Jornal “Serras” e/ou as quotas de praga. SEASIDE e pelo Município. sócio da Casa por transferência bancária para o Periodicidade: Mensal Na área cultural, para além das Divirtam-se e boas férias se for IBAN: PT50 0035 0582 00008286130 23, Tiragem: 1.500 exemplares muitas iniciativas levadas a cabo o caso. indicando o seu nº de leitor e/ou nome. Enviar cópia do no concelho, registamos com O Director, comprovativo para a Casa do Concelho, via postal ou para Depósito Legal n.º 228892/05 agrado o lançamento do livro Carlos Simões [email protected] Inscrito no Instituto da Comunicação Social sob o n.º 123.552

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2 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA Actualidade FESTAS DO CONCELHO APRESENTADAS EM ASSEMBLEIA MUNICIPAL o passado dia 08 de tudo fizeram para cumprir a o Museu Municipal, e que se de Maio); 2º Torneio de Nata- a assembleia que as reuniões Junho, realizou-se a lei. Sobre este assunto terminou registou um total de 339 visi- ção de Pampilhosa da Serra, estavam a decorrer e que Assembleia Munici- dizendo que o trabalho está a tantes, entre 28 de Abril e 5 de contou com cerca de 100 atle- tudo estava a fazer para que Npal presidida pelo digníssimo ser executado, e desejou que Junho. tas, das escolas de Natação de se chegasse a um acordo final Presidente da Assembleia Dr. não aconteça nada semelhante. Voltou a merecer destaque o Pampilhosa da Serra, , que proporcionasse o inicio das Hermano Almeida, devidamen- Acredita que hoje e face aos premiado projecto “informática Proença-a-Nova e Vila de Rei. obras tão rápido quanto possí- te coadjuvado pelos seus secre- terríveis acontecimentos exis- Sénior”, do projecto “conver- Contou ainda com a inspirado- vel (inicio 2019) No que às tários, inciou cumprimentando te uma melhor coordenação e sa de avós” que com sucesso ra presença do atleta da Selec- festas concelhias diz respeito todos os presentes e a imprensa resposta, dos meios que estão continua a decorrer em todas as ção Nacional Gabriel Lopes. deu a palavra ao vice presidente regional “A Comarca de Arga- no terreno. Freguesias do concelho. No que ao Turismo diz da Câmara, Eng. Jorge Custó- nil” e “Serras da Pampilhosa”. Quando questionado sobre Na educação informou que respeito, destacamos a realiza- dio para que o mesmo pudesse Da intervenção do Presiden- o abastecimento de águas a Pampilhosa da Serra foi repre- ção da 3ª edição do Walking responder. te da Câmara, Sr. José Brito diversas povoações, (Adurão; sentada pelas ideias “X’Arte” e Weekend, com a organização O Senhor Vice presidente destacamos a informação à Carregal; Portas do Souto; “Doces e Tradições” (alunos do do Villa Pampilhosa Hotel e depois de cumprimentar todos assembleia que o Município Pisão; Machial) (por parte do 2º e 3º ciclos respectivamente) do Município de Pampilhosa os presentes começou por dizer tinha assinado um protoco- Dr. Anselmo Gonçalves), escla- na final da 5ª edição do projecto da Serra. Este ano com parti- que este ano com as obras no lo entre a Direcção Geral dos receu que estava previsto e que da CIM-RC “empreendedoris- cular destaque para as cami- mercado municipal e a conse- Estabelecimentos Escolares e o era mais uma questão de efecti- mo nas Escolas da Região de nhas aquáticas, participação do quente redução do espaço para Município de Pampilhosa da var o projecto. ”, que ocorreu no dia Rancho da Casa do Concelho estacionamento tornava tudo Serra, para a utilização e gestão Foi de seguida toda a assem- 26 de Maio, em Condeixa-a- e os workshops da Decathlon particularmente difícil. No do espaço que é a residência bleia informada das principais -Nova. e chef Flávio Silva, assim como entanto salientou à assembleia de estudantes, desde logo o atividades, começando pelas Na tão importante acção a passagem da 20ª edição do que o executivo estava a anali- Presidente salientou que não Vias Municipais e Arruamen- Social, o presidente informou Lés-a-Lés em Pampi- sar as várias soluções possí- pondo em causa o seu objecti- tos, anunciando o fim da reti- as imensas actividades levadas lhosa da Serra, que trouxe 2150 veis. Informou que as Festas vo primário, o executivo têm a ficação da estrada Portela do a cabo, de onde se destacam motards a Pampilhosa da Serra do Concelho decorrerão nos convicção que pode melhorar Armadouro-Janeiro de Baixo as seguintes: Sessão Colectiva Foi a assembleia informada dias 13 a 16 de Agosto, cons- a sua utilização. Além, disso foi e o inicio da regularização do Trabalhador e Empregador em do IV Concurso de Fotogra- tando no cartaz a presença do também salvaguardado obras pavimento da estrada Janei- discurso directo, foi dia 30 de fia sob o lema “Pampilhosa da Grupo Musical Pampilhosense para melhorar e dignificar o ro de Baixo-Esteiro. Na Pavi- Maio e contou com 60 desem- Serra Centro da Natureza” que na abertura e no encerramento espaço, e informou a assembleia mentação das estradas referiu pregados e 3 empresários locais. decorre entre 3 de Maio de a presença de Tony Carreira, que essas obras estão previstas o cruzamento EN112- Sobral Continuou para informar da 2018 e 3 de Maio de 2019. nos restantes dias estarão em ocorrem ainda este ano. Bendito-Casal da Silva-Rotun- reunião do Núcleo executivo Logo em seguida informou palco DAMA, Maria Lisboa, Outros aspetos foram refe- da de Carvalho, os arruamen- dos CLAS, com a finalidade de a assembleia dos importantes Ana Laíns e Canta Amália. ridos, designadamente que a tos em Coelhal, Estrada Rama- elaborar uma proposta para a trabalhos levados a cabo pelo O festival de música Seaside situação financeira do Muni- lheira-Carvoeiro, Rotunda do área das dependências (drogas Gabinete Técnico Florestal, Sunset Sessions terá lugar entre cípio continua saudavel e sem Carvoeiro-Pessegueiro, Pesse- e Álcool), tendo por objectivo está em curso a execução das os dias 11 a 19 de Agosto, na quaisquer dívidas e que os gueiro-Carvalho, Trinhão Vale realizar um diagnóstico e defi- faixas de gestão de combustível Praia Fluvial da vila. processos judiciais continuam Porco, Ribeiro Soutelinho-Fel- nir uma intervenção ao nível em todas as freguesias, sendo O deputado Dr. Anselmo a sua evolução seguindo os gueiras, sendo que estas pavi- do acompanhamento social e que continua a ser dada priori- Gonçalves interveio, no senti- trâmites normais da justiça. mentações foram financiadas, médico. dade às áreas ainda não ardidas. do de lhe serem esclarecidas Informou a Assembleia que tendo por base o incêndio de A assembleia foi informa- Nas demais intervenções algumas dúvidas, respeitantes a no que diz respeito à aquisi- Junho de 2017. Referiu ainda a da da campanha nacional do destacamos: Do Dr. Hermano obras, pavimentação e requali- ção do novo espaço e contra- construção de muro para alar- Banco Alimentar Contra a Almeida para manifestar todo ficação de estradas. Bem assim riamente ao que era seu desejo gamento de via em Malhada do Fome, com a recolha de bens o seu apoio, face ao protocolo das preocupações relativas aos não iria ser possível adquiri-lo a Rei, a colocação de meias mani- alimentares, que ocorreu nos assinado com o protocolo entre incêndios e por último esclare- tempo das festas do concelho, lhas em Pessegueiro, a constru- dias 2 e 3 de Junho. Campanha a Direcção Geral dos Estabele- cimentos sobre a forma como dizendo que o executivo queria ção de muro para suporte de via essa coroada de sucesso, pois cimentos Escolares e o Muni- iria decorrer o abastecimento reunir e consolidar a informa- em Pampilhosa da Serra e com foram recolhidos 288 Kg de cípio de Pampilhosa da Serra e de águas a algumas povoações. ção sobre o dito terreno, como vem sendo hábito a limpeza de bens alimentares. deu conhecimento à assembleia Propositadamente encerro seja pedir avaliações a entidades várias estradas florestais. A Liga Portuguesa Contra sobre a Associação Nacional de este artigo com uma referência independentes, e outros proce- No capitulo da Cultura, foi O Cancro, promoveu uma Assembleias Municipais. muito especial ao ponto 2.5 da dimentos que posteriormente informando a assembleia das caminhada “O Que nos Liga”, O deputado Jorge Pires nas ordem de trabalhos “Protoco- seriam apresentados à digníssi- suas actividades, sendo que decorreu no dia 27 de Maio, suas intervenções, elogiou o lo de Geminação Entre o Muni- ma assembleia, estando cons- são tantas e por isso mesmo no Casal da Lapa. Dinamiza- facto de o executivo por razões cípio de e o Município cientes que tal facto iria provo- destacamos a continuação do da pelo Grupo Voluntariado de melhor informar e de gestão de Pampilhosa da Serra”, pela car constrangimentos, quer ao Ciclo de teatro “Mise en Scène”, Comunitário, contou com 93 ter retirado o ponto 2.6 da importância e simbolismo que nível de acessos quer ao nível múltiplas actividades na Biblio- participantes e conseguiu anga- ordem de trabalhos, pois isso o mesmo se reveste. A confir- do estacionamento, contando teca Municipal, como foram a riar 1.053,00 € era demonstrativo do cuidado mar isso mesmo o facto de ter desde logo com a compreensão 12ª Feira do Livro, as apresenta- Informou das actividades que o assunto era merecedor. sido aprovado por unanimidade de todos os pampilhosenses. ções dos livros, “A Delicada Teia de cariz social levadas a cabo No que à residência de estu- e aclamação. Foi destacado pelo Adiantou que se deu início De Ariadne” e “O Tomé Não pela ASSDZ, como sejam as dantes dizia respeito, era bem Presidente da Câmara Muni- às obras de remodelação do Gostava de Assoar o Nariz”; actividades Observatório da vindo o Protocolo, pois seria cipal de Pampilhosa da Serra Mercado Municipal e quando Vem Dormir à Biblioteca, esta Terceira idade; Treinos de uma forma de o Município que o Município de Cascais foi questionado sobre os trabalhos iniciativa marcou o encerra- Judo; Conversas comunitárias, potenciar e rentabilizar o espa- dos primeiros a responder com na prevenção de incêndios, o mento da décima segunda feira “saúde mental: sentir, reflectir ço, para além da redução de na ajuda aos incêndios, fazendo presidente respondeu que era do livro a 18 de maio. e prevenir” na aldeia de Sobral custos, tudo sem comprometer chegar pasto, animais, árvores um optimista, ainda assim tinha Continuou para informar de Baixo com o objectivo de o objectivo e missão do espaço. etc.. consciência de que face às alte- que não foi esquecido o Dia apoiar, ao nível emocional a O deputado César de Olivei- Salientou que era o primeiro rações climatéricas, todos os Internacional dos Museus comunidade local no decurso ra na sua intervenção, destaca- a ser efectuado pelo Concelho trabalhos e ajuda nunca seriam com a realização da exposição dos incêndios de Outubro de -se a sua premente preocupação de Pampilhosa da Serra e que demais. Nas múltiplas reuniões temporária “Conexões e Inter- 2017. pelos incêndios e tudo o que era diferente do habitual pois levadas a cabo pelo executi- pretações: Os Objectos Que Contando com a presença de está ser feito (planos de evacua- é um protocolo entre municí- vo com todos os organismos Falam”, com visita guiada a um 11 artesãos do Concelho, em ção, Pontos de Água, etc..) no pios. Algo que é raro ou mesmo responsáveis, era visível a gran- grupo de utentes da Santa Casa colaboração com o CEARTE sentido de garantir um melhor inédito. de preocupação e tudo estava da Misericórdia. No âmbito do e com o IEFP de Arganil, reali- acompanhamento e ajuda caso O presidente da mesa Dr. a ser feito para se estar prepa- programa Bandeira Azul teve zou-se o seminário “Carta de algo tão terrível se venha a repe- Hermano Almeida, deu então rado. Informou que a partir do lugar a exposição de pintura Artesão e apoios ao Artesanato” tir. por concluídos os trabalhos, dia 15 Junho estava previsto já pelos alunos do pré-escolar da No desporto deu conheci- O Deputado António Caeta- não sem antes destacar a forma ter à disposição meios aéreos Santa Casa e da Associação de mento das actividades seguin- no, questionou o executivo correcta como os mesmos para combate aos incêndios. Dornelas do Zêzere “O Mar tes: O município promoveu a sobre a requalificação de estra- tinham decorrido e, deixou Continuou para dizer que no Que Respiramos e a Serra Que entrada gratuita, entre mães da EN344 (anunciada no feria- votos de saúde a todos os caso da Pampilhosa existia uma Amamos”. e filhos que se apresentassem do municipal) e sobre as festas presentes. enorme atenção para a área Deu conhecimento à assem- juntos na piscina municipal do concelho. ainda não ardida. Destacou e bleia das actividades que ocor- durante a semana em que cele- O Senhor presidente no que louvou os pampilhosenses que reram tendo como protagonista brava o dia da mãe (07 a 11 à estrada diz respeito esclareceu Paulo Almeida

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 3 Actualidade ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PROGRAMA DE FÉRIAS “JULHO ENCERRAM ANO LETIVO COM MUITA ANIMAÇÃO EM AÇÃO, UM MÊS DE DIVERSÃO” ecorreu no dia 22 de junho o dia 2 de julho, deu-se participar num vasto programa de um evento que reuniu mais início a mais um Programa atividades, onde se incluiu uma de 100 famílias bem como de Férias “Julho em visita ao Parque dos Monges, Dprofissionais do Agrupamento de NAção, um Mês de Diversão”! em Alcobaça, onde para além de Escolas de Pampilhosa da Serra, num Um programa promovido pelo diversas atividades que recriam o total de mais de 300 participantes. Município de Pampilhosa da Serra, quotidiano e os hábitos dos monges Numa parceria entre a Associação através da sua Ludoteca Pampilho, da Ordem de Cister, estes poderam de Pais e Encarregados de Educação e em parceria com o Centro ainda participar em diversas o Agrupamento de Escolas, este even- Educativo de Dornelas do Zêzere, atividades de natureza e desportos to que reuniu num único espaço parte a Cáritas Diocesana de Coimbra radicais. significativa da comunidade educativa e a Associação de Solidariedade Estas crianças e jovens tiveram contou com o contributo do Municí- Social de Dornelas do Zêzere, que ainda a oportunidade de visitar pio de Pampilhosa da Serra, da Santa procurou satisfazer as necessidades o Dino Parque na Lourinhã, um Casa da Misericórdia de Pampilhosa dos pais e encarregados de educação, dos maiores parques temáticos da Serra, da Associação de Bombeiros alunos do pré-escolar e do Clube de No final foram entregues diplomas proporcionando às crianças e jovens de dinossauros da Europa e ser Voluntários de Pampilhosa da Serra, Música. Este evento contou ainda com ao pessoal docente e não docente, do Concelho a ocupação dos pequenos paleontólogos por um da Banda Filarmónica Fraternidade a apresentação do Projeto “Empreen- num gesto de agradecimento pelo tempos livres, de uma forma lúdica dia. Mas a diversão não ficou por Pampilhosense e da Freguesia de dedorismo nas Escolas” Promovido trabalho desenvolvido ao longo deste e divertida. aqui e para além de muitas outras Pampilhosa da Serra. pela Comunidade Intermunicipal ano letivo. Também os alunos foram A sessão de abertura teve início aventuras estas crianças e jovens A noite quente, a anunciar o S. João, (CIM) da região de Coimbra, com o contemplados com um brinde que logo pela manhã, no Salão Nobre poderam ainda dar um passeio de garantiu a boa disposição ao longo do espetáculo “No Palco com Gaspar e os lembra, na entrada para o perío- da Câmara Municipal onde as 130 moliceiro na Ria de Aveiro e ficar espetáculo que teve como abertura a Inês”, um jogo humano protagonizado do de férias, do valor da Escola. A crianças/jovens e os 15 monitores a conhecer melhor esta belíssima atuação da Banda Filarmónica Frater- pelos alunos do 3.º e do 4.º ano da mensagem que a Associação de Pais e nidade Pampilhosense seguida dos Escola de Pampilhosa da Serra. a Direção do Agrupamento de Escolas quis transmitir foi de que a Escola é um espaço de transformação huma- na, da qual todos fazem parte: alunos, professores, técnicos especializados, assistentes operacionais e técnicos e pais e encarregados de educação. A festa terminou com um momen- to convívio de churrasco animado por um bailarico digno de um arraial típico das festas populares de verão. Associação de Pais que os iriam acompanhar ao longo cidade. do mês, foram recebidos pela Sra. Do programa diário constaram Vereadora, Drª. Alexandra Tomé ainda várias atividades que PROJETO TRILHOS PROMOVE UM MANDATO e pelo Sr. Vereador Carlos Alegre, possibilitaram às crianças e jovens que lhes deram as boas vindas e do concelho ocupar o seu tempo PELA IGUALDADE os brindaram com um pequeno livre de férias letivas de uma forma Projeto Trilhos-E6G de miminho. lúdica, privilegiando Pampilhosa da Serra, Ao longo de todo o mês de julho, a brincadeira e o encontra-se a dinamizar estas crianças e jovens, com idades contato com o ar aO ação “Mandato pela Igualdade” compreendidas entre os 3 e os 16 livre. que tem como principal área de anos, tiveram a oportunidade de intervenção a participação e cidadania. Esta atividade destina-se às crianças AÇÃO DE PARENTALIDADE e jovens do concelho, que foram desafiadas a simular uma campanha POSITIVA COM MAGDA DIAS eleitoral, propondo cada lista um Manifesto com medidas subordinadas ao tema da Igualdade, com o objetivo de consciencializar as crianças para a participação cívica e para o respeito pela igualdade de género e oportunidades. A este Mandato, candidataram-se três Listas: “Mudar e Igualar”, “Iguala sendo a Lista “Marcar a Diferença” apoiando as suas propostas e foram +” e a Lista “Marcar a Diferença”. As teve 67 votos, a Lista “Iguala +” teve parabenizados pela mesma, referindo eleições decorreram no ATL da Cáritas 41 votos e a Lista “Mudar e Igualar” que cabe a “todos criar um mundo Diocesanas de Coimbra – Pampilhosa teve 34 votos. melhor” e oferecendo a ajuda do da Serra e no Agrupamento Escolar Os jovens da lista vencedora município para a concretização do seu Escalada - Pampilhosa da Serra. efetuaram uma reunião com o Sr. mandato. Foram aferidos 142 votos, num Presidente do Município, a fim Os jovens foram ainda presenteados universo de 213 crianças/ jovens 142 de apresentar as suas propostas. com algumas lembranças por parte da votaram e 71 abstiveram-se. Assim O Sr. Presidente recebeu os jovens, Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra. O Projeto Trilhos –E6G desenvolveu esta atividade em estreita colaboração e articulação com a ealizou-se dia 6 de julho, Escola da Parentalidade e Educação Cáritas Diocesana de Coimbra, pelas 18h00, no Auditório Positivas. nomeadamente o ATL de Pampilhosa do Edifício Monsenhor Uma iniciativa do Projeto da Serra. RNunes Pereira, a sessão intitulada CLDS-3G Pampilhosa ATIVA!, Este projeto que se encontra a "Como fomentar a autoestima da promovido pela Associação de Soli- decorrer desde janeiro 2017, tem como criança/ jovem através da comu- dariedade Social de Dornelas do entidade promotora o Município de nicação positiva". Esta sessão, dire- Zêzere, com o apoio Pampilhosa da Serra cionada a pais e encarregados de do Município de e como entidade educação, foi dinamizada pela Dr.ª Pampilhosa da Serra. gestora a Santa Casa Magda Dias, autora de vários livros PAIS FELI- de Misericórdia de e do blogue Mum's de Boss e ainda ZES = FILHOS Pampilhosa da Serra. Diretora, Coach e Formadora da CONFIANTES.

4 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA Actualidade GRUPO ADRO FAJÃO-VIDUAL CONTINUA A AJUDAR E A FAZER SORRIR POPULAÇÃO AFETADA PELOS INCÊNDIOS ias após o incêndio de 15 de lação já vê a sua rotina refeita. O ADRO A Páscoa foi assinalada com um acon- outubro, a chefia nacional da continuará a estar presente na região, tecimento muito especial em Fajão: a Associação de Escoteiros de dinamizando fins-de-semana de trabalho. inauguração do destacamento de Fajão- PortugalD fazia um apelo a todos os grupos Como exemplos destacamos alguns -Vidual dos Bombeiros Voluntários da para que, apesar de ser fim-de-semana de fins de semana como o de de 10 e 11 de Pampilhosa da Serra. Para além do grupo atividade internacional, se deslocassem fevereiro, em que os voluntários presentes ADRO marcar presença na inauguração, até junto das zonas afetadas pelos incên- em Fajão dedicaram-se a várias tarefas, dedicou-se a vários trabalhos: limpeza de dios. Foi assim que, no fim-de-semana tais como: remoção de parte do estrume um curral e respetivo terreno envolvente, e de dois anexos atingidos pelo incêndio mas pode com o seu trabalho ajudar a de 21 e 22 de outubro, 48 escoteiros do existente num dos currais; limpeza de limpeza de entulho, plantação de mais de outubro de 2017. No final, participa- reescrever o futuro daquelas gentes. 93 de Sintra e do 94 de Lisboa chegaram entulho; limpeza de terrenos; plantação de 150 medronheiros e limpeza de uma ram no 13.º Convívio das coletividades Mas não estão satisfeitos e lançaram a Fajão. Encontraram uma aldeia enluta- de árvores autóctones e de fruto. poça de água pertencente a uma linha fajaenses e amigas em Vidual. já nas redes sociais um apelo: “Queres da, desorientada e incrédula com aquilo E, pela primeira vez, as três associa- juntar-te ao ADRO em Fajão? Junta um que lhes acontecera. Há muitos anos que Fajão é vítima dos mais variados incên- dios, mas nenhum antes tinha tido estas consequências. Neste fim-de-semana tornou-se claro que, se fossem mobilizados recursos humanos e materiais, seria possível devol- ver parte do alento a esta população. Foi assim que nasceu o ADRO, um projeto feito por amigos da terra e antigos esco- Estiveram os Escoteiros de Portugal, de água. teiros. Escutismo Católico Português, Grupo Nem a chuva impediu estes escoteiros ções esco(u)tistas e guidistas portugue- grupo de amigos ou vem sozinho. Contac- Durante estes meses, cerca de 900 7 Escoteiros de Portugal, Grupo 23 de de participarem nos trabalhos de recons- sas marcaram a sua presença. Tendo o ta-nos para uma data específica ou junta-te voluntários já rumaram a Fajão. Vieram Queluz - Associação dos Escoteiros de trução de Fajão. O grupo 23 de Queluz ADRO agradecido aos ESCOTEIROS a um dos nossos fins de semana de trabalho. de sítios tão díspares como por exemplo Portugal e CNE Agrupamento 44 Tomar. e o 36 de Lisboa da Associação de Esco- DE PORTUGAL, Escutismo, Associa- Nós garantimos alojamento e uma aldeia Faro, Beja, Lisboa, Mafra, Sintra, Cascais, No fim de semana de 24 e 25 de teiros de Portugal juntaram-se ao Grupo ção Guias de Portugal, World Organiza- de braços abertos para te receber”, tendo Carcavelos, Damaia, Queluz, Odivelas, fevereiro dedicaram-se à limpeza de um Scout Sayela de Burgos, Espanha. tion of the Scout Movement - WOSM e marcado muitos fins de semana de traba- Amadora, Amora, Tomar, Alcobaça, curral e à reconstrução de um galinheiro. O grupo 11 de Odivelas da Asso- WAGGGS. lho até julho. Alqueidão, Góis, Vialonga, Paços de Ferreira, Trofa, Porto, Caminha e até de Burgos (Espanha). Todos com a absoluta convicção de que, se fizessem uma parte, estariam a contribuir para um todo. Esco- teiros, antigos escoteiros, amigos, amigos de amigos, pessoas que queriam ajudar. Após um levantamento das princi- pais necessidades feito por alguns dos voluntários do ADRO, foi possível sentir Novamente, estiveram presentes duas ciação de Escoteiros de Portugal esteve o pulso à população. O incêndio, pelas das associações de esc(ou)teiros em igualmente presente em Fajão para o seu As chuvas de Junho fizeram novos Para o mês de julho o ADRO progra- características muito particulares que Portugal: Associação dos Escoteiros de empreendimento de Páscoa e dedicou estragos em Fajão e no Ceiroquinho. Em mou já duas ações de limpeza do Rio teve, destruiu parcial ou totalmente 32 Portugal e Corpo Nacional de Escutas. um dia do seu tempo para ajudar na Fajão, o ADRO ajudou a Tia Maria José Ceira, no período entre os dias 12 a 29/7, habitações – no concelho da Pampi- Obrigada ao Grupo Escoteiros 74 Góis reconstrução da aldeia. na limpeza das suas lojas, limparam os garantindo o transporte para quem quiser lhosa da Serra o número ultrapassa as JOTI, ao Agrupamento 414 Amora e aos O fim de semana de 12 e 13 de maio tanques do Parque Menina Luz e as pisci- colaborar (ver cartaz nesta edição). 500 – afetando também as culturas e os voluntários Luís, Igor e Marta. foi dedicado à limpeza de duas linhas de nas. Na aldeia do Ceiroquinho, limparam A todos os grupos voluntários, aos animais. Perante a dimensão dos núme- No fim de semana de 3 e 4 de março água em Fajão e à conclusão da abertura as piscinas e um terreno. O calor foi o que contribuíram com materiais, bens ros, tornou-se claro que uma boa parte em que a chuva quase não deu tréguas, de uma vala na Ponte de Fajão para que dos danos não seria alvo de ajuda imedia- a animação do grupo foi incrível. Apro- um tubo de abastecimento de água seja ta. Foi aqui que o ADRO decidiu atuar: veitaram os momentos solarengos para colocado. usar os seus recursos humanos e materiais continuar a limpeza do curral do Manuel Passados seis meses da intervenção para devolver a rotina aos locais. e para distribuir plantas autóctones e do ADRO, contabilizavam-se 752 volun- Desde o início dos trabalhos, passa- ração aos habitantes com novos animais. tários, 2 países, 3 associações de esco- do que foi quase oito meses da calami- dade, contando com a ajuda da Junta de Freguesia de Fajão-Vidual, da Liga Pró-melhoramentos da Freguesia de Fajão e restantes coletividades regionalis- maior desafio deste fim de semana, por ou com donativos, às coletividades regio- tas, de diversos mecenas e habitantes da isso foram vários os mergulhos na piscina nalistas, à Junta de freguesia de Fajão-Vi- freguesia, foi possível realizar uma série de tarefas: Entrega de uma caravana a uma das famílias afetadas pelo incêndio; Limpe- za de linhas de água; Substituição de Os Escoteiros de Portugal voltaram a teiros, 280 voluntários civis, 1 caravana tubagem de distribuição de água; Limpe- estar presentes com dois grupos: Escotei- entregue, 3 km de linhas de água limpas, za de entulho de estradas e caminhos; ros de Carcavelos e Grupo 23 de Queluz 4 km de tubo de abastecimento de água Reconstrução de galinheiros, chiqueiros - Associação dos Escoteiros de Portugal. colocados, 11 anexos limpos, 6 galinhei- e currais; Reconstrução de estufas; Plantação de ervas aromáticas, hortí- colas, flores de inverno, árvores de fruto de Fajão e no Poço da Cesta, na aldeia do dual, a todos os habitantes que dão o seu e autóctones; Recuperação de vedações; Casal Novo. esforço com trabalho, ao ADRO e à sua Distribuição de ração e produtos hortí- Estes foram alguns exemplos da ativi- coordenadora Joana Moreira, a popula- colas; Distribuição de patos, pombos e dade em que o ADRO esteve presente. ção da freguesia e do concelho agradece galinhas; Organização e entrega da roupa doada; Coordenação da distribuição dos bens doados; Plantação de medronheiros outras árvores autóctones, etc., etc. Muitos dos voluntários presentes No fim de semana de 24 e 25 de março ros/chiqueiros reconstruídos, 2 estufas em Fajão pertencem a vários grupos da o grupo contou com 130 voluntários em refeitas, 250 sacos de ração distribuídos, Associação de Escoteiros de Portugal: O Fajão, Ponte de Fajão e Carvalhal do 300 árvores plantadas. Corpo Nacional de Escutas também se Sapo. Foi reconstruído um telhado, colo- No fim de semana de 9 e 10 junho, quis associar a este projeto, assim como o cado um tubo de rega, limpa uma poça de tanta coisa se podia dizer do grupo que se projeto Força da Natureza. água e plantadas árvores de fruto. juntou ao ADRO. Estiveram escoteiros e Apesar do período mais critico na Nesse fim-de-semana os voluntários ex-escoteiros, habitantes e filhos da terra, A freguesia de Fajão-Vidual e em especial todo o apoio prestado. Bem hajam. região já ter terminado, ainda há muito vieram da Trofa (Jovens Gera'Esperança, colegas de profissão e amigos de sempre. a aldeia de Fajão renasceu e está já bem por fazer. A maior parte dos currais e Jovens C'a Fé e Os Mensageiros), de Estiveram presentes na aldeia do Ceiro- diferente, apesar do ADRO não poder Carlos Simões galinheiros estão reconstruídos e a popu- Alcobaça e Alqueidão, Amadora e Sintra. quinho a limpar o entulho de um terreno por si só apagar a noite de 15 de outubro, Fotos de ADRO Fajão-Vidual

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 5 Actualidade APRESENTAÇÃO DO “ PAMPIDÓ” ENCERRAMENTO DA GINÁSTICA SÉNIOR or forma a assinalar o encer- ramento de mais uma época desportiva, no dia 25 de junho, ,P o Município de Pampilhosa da Serra, através do seu Gabinete de Desporto e no âmbito do Plano de Atividades do Projeto “ Conversa de Avós”, reali- zou na Praia Fluvial de Pampilhosa da Serra, um conjunto de atividades físico-desportivas com os alunos da ginástica sénior. o âmbito do Projeto no Agrupamento de Escolas Ao longo do ano letivo 2017/2018, “No Palco com o Escalada, Pampilhosa da Serra, o Município de Pampilhosa da Serra, Gaspar e a Inês”, a apresentação do Jogo Lúdico levou a cabo semanalmente e de uma Nintegrado na 5ª Edição do Projeto “Pampidó”, realizado pelos alunos forma itinerante, em dez localidades “Empreendedorismo nas Escolas do 3º e 4º ano, do 1º CEB, da deste Concelho, aulas de ginástica sénior, visando desta forma promover uma vida mais ativa, favorecendo a saúde e a boa forma física e ao mesmo tempo proporcionar momentos de descontração e de convívio entre os reunir todos os alunos que frequen- como também para participantes. taram a ginástica sénior, não só para proporcionar a todos Após um ano intenso de ativi- mostrar o trabalho que têm vindo a momentos de intera- dade física, este evento pretendeu desenvolver ao longo deste período, ção, convívio e lazer. IDOSOS DO CONCELHO VISITAM O da Região de Coimbra”, decorreu Escola Sede. no dia 22 de junho, pelas 19h00, OCEANÁRIO o âmbito das atividades de convívio e promoção «CONEXÕES E INTERPRETAÇÕES: do bem-estar promovidas Npelo projeto CLDS-3G Pampilho- OS OBJETOS QUE FALAM» sa ATIVA! decorreu, no dia 27 de o âmbito do junho, uma visita ao Oceanário de Dia Interna- Lisboa que teve como público-alvo cional dos os idosos do concelho. NMuseus e de forma Esta visita permitiu aos parti- assinalar esta efemé- cipantes conhecer os oceanos e ride, o Museu Muni- as diferentes espécies marinhas, cipal de Pampilhosa contribuindo para o combate ao da Serra inaugurou isolamento e para a promoção do a exposição tempo- envelhecimento ativo. rária «Conexões e Entre o conhecimento e a interpretações: os contemplação, foi proporcionado objetos que falam», um dia diferente a estes idosos! que esteve paten- te até ao dia 18 de junho de 2018. PROJETO TRILHOS – E6G DESENVOLVE CICLO Deste modo, através do conheci- DE CINEMA mento das coleções, Projeto Trilhos-E6G de Pampilhosa da Serra pretendeu-se abor- Esta exposição dar a evolução de diferentes meios de tem como principal área pode ser visitada de Ode intervenção a participação comunicação e reforçar a necessida- segunda a domingo, e cidadania, encontrando-se a de de valorizar o património cultural das 09h00 às 12h30 e existente. dinamizar a ação “Mandato pela das 14h00 às 17h30. Igualdade”. Assim sendo, e como propôs ASSOCIAÇÃO DE COMBATENTES a Lista Marcar a Diferença, que ganhou as eleições do Mandato REUNE COM FEDERAÇÃO NACIONAL pela Igualdade, foi dinamizado Associação de Combatentes do ma vez a Pampilhosa da Serra, servin- um ciclo de cinema, que teve por Concelho de Pampilhosa da do de palco a bonita aldeia de Sobral base a educação para a cidadania, Serra, fundada a 12 de Outubro Bendito. com temas relativos aos Direitos de), que teve por base a educação Santa Casa de Mise- deA 2015, tem como objetivo honrar Esta reunião foi presidida pelos dedi- Humanos, os quais incluem inevi- para a não discriminação racial e ricórdia de Pampi- todos os que do concelho combateram cados combatentes Dr. Augusto Freitas, tavelmente o tema da Igualdade. respeito pela cor, religião e cren- lhosa da Serra. em defesa da PÁTRIA, com destaque de Braga, secretariado por Dr. Ferraz, de Dia 27 de Junho de 2018, ças de cada indivíduo. para perpetuar a memória daqueles que Tondela, onde durante quase todo o dia pelas 21h, decorreu a 1ª sessão, Este projeto encontra-se a por esse motivo perderam a vida, sendo foram discutidos assuntos de interesse no Auditório do Edifício Monse- decorrer desde janeiro 2017 e que para tal foi já erguido um memorial na defesa dos combatentes, salientan- nhor Nunes Pereira. O Filme tem como entidade promotora em Pampilhosa da Serra. do os que vivem com dificuldade e exibido foi o “Goodbye Bafana” o Município de Pampilhosa da A luta continua para criar as melho- atribuição de Cartão de Combatente a (Mandela – Luta pela Liberda- Serra e como entidade gestora a res condições daqueles que regressa- todos, na esperança que o governo este- ram com traumas físicos e psicológicos, ja acessível a tal, sendo bem merecido, devido a tal, nunca mais foram nada embora tardio, pela lei da vida cada vez na vida por defenderem com honra a são menos. Chegará o dia que não resta sua PÁTRIA, tendo sido esquecidos nenhum, deixando aqui um enorme e vivendo com enormes dificuldades apelo para que o governo seja sensível e sem qualquer dignidade. Seria alta às pequenas reivindicações. honra para o governo de Portugal se Além dos importantes assuntos lembrar-se destes desprotegidos. tratados foi servido almoço nas insta- Para tal temos reunido com regulari- lações da Liga dos Amigos de Sobral dade com a Federação de Combatentes Bendito, onde o convívio foi agradável e inúmeras associações congéneres de e se recordou o passado vários pontos do país, sendo uma vez em cada concelho, cabendo desta ulti- A Direção da ACCPS

6 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA Regionalismo BOIÇAS FESTEJA SANTO ANTÓNIO E OS 68 ANOS DA SUA UNIÃO União e Progresso de Boiças feste- Câmara o alargamento e reparação das vias seu colega que tem como um irmão, que jou o seu aniversário e o seu patro- que dão acesso à aldeia e pediu um forte é um irmão que tem em Lisboa, António no, Santo António, a 16 de Junho aplauso ao grande amigo de todas coletivi- Catraia, um dos cabeças destas festividades. Ana aldeia das Boiças. As comemorações dades e Jornalista de muitos anos da Beira Isaura Fernandes, pela Liga Pró-Melho- tiveram início com a missa celebrada pelo Serra, António Lopes Machado. ramentos de Fajão, cumprimentou toda a Senhor Padre Orlando. E tiveram segui- Continuou o presidente da direção Mesa de Honra. Enfatizou que uma povoa- mento com um almoço bastante animado dirigindo uma palavra de imensa gratidão ção como as Boiças “em que reside tão pouca e com imensos participantes, rondava as e apreço ao associado e dirigente Álva- gente consegue reunir tanta gente em torno da cento e cinquenta pessoas, com várias cole- ro Ramos de Almeida, que pertence aos amizade e a amizade também é regionalis- tividades presentes (Ceiroquinho, Amioso, órgãos sociais da coletividade há mais de mo”, Deu os parabéns às Boiças e referiu a Malhadas, Vale Derradeiro, Fajão…). Do cinquenta anos, assim como o são António beleza dos enfeites das mesas, que todos menu constavam várias iguarias, como Augusto Almeida e Reinaldo dos Santos. os anos estão muito bem, mas que este ano por exemplo, a bela da sardinha como não Ao presidente da assembleia geral, Antó- se superaram. podia deixar de ser. nio Catraia, agradeceu a forma justa e leal Jorge Custódio tomou a palavra, e pediu Após o repasto deu-se início aos discur- com que tem contribuído a coletividade. uma saudação para a mesa do Staff que e da Junta de Freguesia de Fajão, e afirmou to da autarquia na pessoa de Jorge Custó- sos, iniciou Humberto Almeida, presidente Agradeceu todo o apoio que a Câmara tem só agora estava a comer. Cumprimentou “Se a comissão e todas as pessoas descen- dio, sendo decisivo na realização das obras da direção da União e Progresso das Boiças dedicado à aldeia e à Junta de Freguesia de toda a Mesa e lembrou que “há um ano, dentes das Boiças estão a fazer este esforço é na Capela e da Casa de Convívio, ficando que agradeceu a todas as individualidades Fajão-Vidual toda a ajuda prestada, cedên- 17 de Junho de 2017, também aqui está- para que a nova geração, a geração vindoura, surpreendido e agradecido, afirmando que presentes, nomeadamente o senhor Padre cia de mesas, bancos e limpeza da aldeia. vamos quando se começou a perceber que não perca as raízes e continue a honrar o “Sem ajuda da Câmara a Casa de Convívio Orlando, Jorge Custódio vice-presiden- Um agradecimento muito especial a qualquer coisa de estranho estava a aconte- passado dos seus pais. E sabem que a mim não existia”, reforçando ainda a mensagem te da Câmara Municipal da Pampilhosa Julieta Moreira e a todo Staff que estava a cer…” , referindo-se aos graves incêndios choca-me que algumas pessoas que saíram deixada pelo autarca, apelando para se da Serra, Pedro Fernandes pela Junta de ser incansável, e ainda a António Augusto daquele dia, e adiantou “… no último ano daqui e que, felizmente, a vida foi sorrindo à “manter a ligação à terra, sendo que isso é Freguesia de Fajão, José Vasconcelos pela Almeida, Graça, Fátima, Idalina, Zulmira, na Pampilhosa da Serra arderam 607 casas e custa de muito trabalho e suor de outros… mesmo muito importante”. Comarca de Arganil, Isaura Fernandes Leonilde, Carla Catraia, Zé Espada, Orlan- 283 eram de primeira habitação… no fogo de eu estou em Lisboa, eu vivo em Lisboa, o que A terminar endereçou os parabéns a pela Liga Pró-Melhoramentos de Fajão, do, António Jorge, António, Cátia, Tere- Outubro quando encontraram uma senhora lá tenho na terra, quero lá bem saber daquilo. todo o Staff, e afirmou “Muitos restaurantes Sérgio Trindade pela Casa do Concelho da sa, Diana, Sara e Beatriz e a mais outros que tinha perdido tudo, literalmente tudo, Confesso que fico triste! Quem diz isto não não têm o profissionalismo que hoje se Pampilhosa da Serra e União e Progresso tantos, tendo terminado com um desta- ficando só com a roupa do corpo, porque respeita a sua história e os seus antepassados e viu aqui. Uma salva de palmas para eles. de Vale Derradeiro. que às jovens das Boiças que concluíram até as economias tinham ardido…", citou o fico triste porque a vida vai nos ensinando que Muito obrigado a todos e que espera que O presidente referiu que podiam reali- recentemente cursos superiores nomeada- comentário de uma das afetadas “- Sabem? quem quer dar um pontapé no que é pouco, para o ano ali nos encontremos todos e zar este festejo noutro local “…mas que não mente Diana Jorge, Sílvia Almeida e Cátia Eu perdi tudo e de uma maneira ou de outra de hoje para amanhã pode fazer-lhe falta e mais alguns. era a mesma coisa, nas Boiças é que deve ser”. Marques. eu hei-de recuperar, mas sabem… há uma quando fizer falta pode já lá não estar. Por A Cátia pediu a palavra para lembrar Relembrou as últimas melhorias realizadas, Sérgio Trindade, na sua intervenção em coisa que eu nunca vou conseguir recuperar… isso é de salutar importância que mantenham que alguém muito querido à família das sendo elas o abastecimento de água e a nome da Casa do Concelho da Pampilhosa as minhas memórias. As fotografias!”, subli- a ligação à vossa aldeia e continuem a trazer Boiças este ano não pode estar presente Casa Convívio, deixando agradecimento da Serra agradeceu o convite e desejou nhando que “E com isto quero dizer que as pessoas à vossa aldeia, trazer as gerações por motivos de saúde, “o nosso amigo Tó especial a Rogério Silvestre Almeida por as maiores felicidades às Boiças, referindo o sofrimento passado é incalculável. Mas os novas. E a essas pessoas que se acabaram de Zé do Ceiroquinho, que nos brindava com as tudo o que fez pela aldeia durante o último que tanto o Presidente da Casa como o serranos são conhecidos pela coragem e pela se licenciar eu tenho uma mensagem para suas brincadeiras e alegria em todas as festas incêndio que devastou a Pampilhosa da Carlos Simões Diretor do Jornal o Serras força de trabalho”. elas, é que contrariamente ao que se pensa, e convívios que realizam durante todo o ano, Serra, afirmando que “sem ele as Boiças não na impossibilidade de estarem presentes Relativamente às Boiças referiu que, hoje é mais fácil conseguir apoios e criar a sua mas que infelizmente o seu estado de saúde se teriam sobrevivido e defendeu o que pode e o incumbiram de endereçar as maiores “venho com muito gosto a este almoço, e hoje própria empresa aqui do que numa cidade. Sei agravou bastante ultimamente e por isso não o que não pode sem grandes meios ao seu felicitações à União e Progresso das Boiças. tomei a liberdade de trazer a minha família de muitas empresas que estão com dificulda- pode estar presente connosco hoje. Queremos alcance”. E informou também que dentro das suas toda porque me sinto em casa, pois vocês são des em contratar… acreditem neste interior!" deixar o nosso carinho por todos os momentos No seguimento, Humberto Almeida possibilidades podem sempre contar com únicos. Podiam ter contratado quem viesse António Catraia, presidente da assem- que passámos com ele. Queremos ter fé nas aproveitou a presença do vice-presidente a União e Progresso de Vale Derradeiro. servir, poder podiam… mas não era a mesma bleia geral, ao terminar os discursos deu suas melhoras por que é nisso que acredita- da Câmara, Jorge Custódio, para lhe ende- António Pires, amigo da aldeia, que coisa!!. Por isso não desistam! Além disso um abraço a Jorge Custódio simboli- mos,… queremos lembrá-lo, queremos fazer- reçar o pedido da construção de um tanque desde as obras da Capela, fez questão de estão com uma sombra de luxo, parabéns à zando o abraço de todos os Boicenses, e -lhe chegar este vídeo que estamos a gravar de combate a incêndios no cimo da aldeia, intervir para referir que não podia regressar coletividade! E parabéns também pela escolha cumprimentou a Mesa de Honra e todos para lhe mostra todo o apreço que sentimos tendo o terreno já sido doado pela D. Maria a Lisboa sem deixar uma palavra muito do logotipo da bandeira “Força e Trabalho” os presentes, em especial a esposa do por ele, pois sempre foi uma presença muito da Graça Nunes Almeida e Reinaldo dos sentida a todos os presentes, não podia pois é assim que são conhecidos.” Senhor Vice-Presidente da Câmara, por assídua aqui nas Boiças e muito querida por Santos, sendo este último residente no deixar de saudar o vice-presidente da Quanto aos pedidos feitos, Jorge Custó- ser a primeira vez que ali se encontra e que todos nós. Queremos lembrá-lo e queremos Canadá, mas que “não esquece as suas Câmara, o tesoureiro da Junta de Fregue- dio referiu que “o tanque faz algum sentido, espera que vá mais vezes. dar-lhe uma grande salva de palmas de todos origens”. Adiantou que este tanque “poderá sia de Fajão, o presidente da direção da não prometo nada, mas vou ver como é que Disse ser “com enorme prazer” que dava nós. As melhoras!” ser uma ajuda preciosa no abastecimento União e Progresso das Boiças que tem sido conseguimos dar a volta e que com ajuda de as boas vindas a todos à aldeia das Boiças. A terminar José Vasconcelos da Comar- de meios aéreos e terrestres no combate fantástico na organização destes festejos todos, tudo se vai conseguir”. “Como todos sabem eu gosto mais de fazer ca de Arganil pediu a palavra para afirmar aos incêndios”. Aproveitou para solicitar à e no comando desta direção. Destacou o Deu os parabéns em nome da Câmara do que de falar. Faz amanhã um ano que que “eu nunca falei, mas só falo por um moti- estávamos todos aqui e que nos apercebe- vo, porque sou gente grande que falo depois de mos da tragédia que estava a acontecer todos e para agradecer as palavras que tiveram em Pedrogão Grande e Castanheira de para o meu Diretor, António Lopes Machado. Pêra”, lembrou António Catraia, subli- Obrigado!” nhando também o trabalho que teve A tarde prosseguiu com o cantar dos Rogério Silvestre de Almeida no dia 15 parabéns à coletividade, sendo seguido por de Outubro de 2017 a salvar a aldeia, e um leilão efetuado por Abel Almeida. em nome de todos lhe agradeceu. Pediu Foi uma magnífica festa e que para ano um minuto de silêncio para todos os lá estejamos todos outra vez. falecidos na tragédia. Catraia agradeceu o acompanhamen- Xana Pires FOZ DO RIBEIRO EM FESTA assim se realizou mais uma popular, que desde há mais de 30 Ribeiro, principalmente aos menos festa, em honra de Sto. Antó- anos nos acompanha. jovens. À chegada ao local, mesmo nio e de N.ª Srª. do Carmo. À tarde, à hora marcada e com junto ao rio, esperava-nos um sabo- ComE um tempo fantástico e sola- uma forte adesão, teve início a já roso lanche, oferecido e confecio- rengo, decorreu a nossa festa num tradicional caminhada, pelos trilhos nado pela sempre incansável Idália ambiente de são convívio, alegria, existentes, até à Martim Parda, local Francisco. Bebidas também não abrilhantada pela habitual música que muito diz às pessoas da Foz do faltaram. Foi um bom momento de descanso e de muita alegria. Pela noite dentro, houve bailarico com animação do organista/voca- lista, Sergio Gonçalves. Pena que o pessoal "dançante" tenha estado pouco activo. Houve também desfile da Marcha Popular do Cabril, com os seus cantares tradicionais. Momento presidida pelo Pároco de Moscavide, mordomia pela realização da nossa divertido e muito aplaudido. Está de que se deslocou propositadamen- festa. Para o ano haverá mais, desta parabéns a Marcha do Cabril. te, a convite da mordoma da festa. vez sob a batuta do Pedro Gonçalves No domingo, a parte religiosa Com a capela cheia, foi também um e companhia. Força Pedro… também teve o seu momento, com momento alto da festa. a celebração da Missa dominical, Parabéns à Maria, e restante Américo Costa

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 7 Actualidade Opinião

8 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA Actualidade COMISSÃO DE MALHADAS DA SERRA COMEMORA 84º ANIVERSÁRIO Comissão de Melhora- e seus colaboradores, arrancaram da Liga de Melhoramentos da mentos de Malhadas da com o arrojado projeto da cons- Freguesia de Pessegueiro, gentil- Serra é conhecida como trução de um novo Centro de mente cedidas. umaA aldeia de regionalistas de Convívio. O atual, tendo sido Ao almoço compareceram renome, a prova é que em 1934 dos primeiros a ser construído cerca de 120 pessoas, associados fundaram uma comissão com na região, tornou-se pequeno e amigos de quase toda a fregue- fim de criar as melhores condi- devido a certos eventos de maior sia, entre os quais que compuse- ram a mesa de honra, presiden- te da Assembleia Geral, Isidro Marques, presidente da Junta de Freguesia local Benjamim Marques, presidente da Liga de Melhoramentos da Freguesia de Pessegueiro Jorge Moreira, Presidente da assembleia de Freguesia Manuel Ribeiro, presi- dente do concelho fiscal Paulo Sousa, Victor Alves presidente da direção com seus colabora- dores, Manuel dos Santos Alves, mentando e agradecendo aos melhor vontade, “são para servir Sara Mariano e Eduardo Vieira, presentes, salientando que esta a freguesia”, apelando à união estiveram presentes a imprensa comemoração é feita há 84 anos disse que “já somos poucos, unidos regional, os jornais A Comar- sem interrupção, apelando à sua temos mais força”. Informou ca de Arganil e SERRAS DA continuidade, à continuação da que a 21 de julho, no fim da PAMPILHOSA. união e colaboração de todos missa na igreja matriz iniciada De salientar que Malhadas da para que a obra iniciada em pelas 10.00 horas se seguirão as ções na terra que os viu nascer. dimensão, tendo já esta direção Serra tem um hino, o qual foi breve seja uma realidade. cerimónias do içar das bandeiras O seu exemplo foi seguido conti- adquirido um terreno num exce- escrito por um saudoso sócio Victor Alves, presidente na Praia Fluvial de Pessegueiro, nuamente por outros que se lente local, arrancando com as fundador de nome Júlio Francis- da direção, dirigindo-se aos convidando todos para tal, assim propuseram dar-lhe continuida- obras que se encontram em bom co Barata, em que tiveram genti- membros da mesa de honra, à como para o piquenique no local de, honrando seu bom nome e, andamento, prevendo-se para o leza de oferecer cópia a todos os comunicação social, associados oferecido a todos os presentes. com ajuda das autarquias locais, próximo ano comemorar lá o 85º presentes, nele consta o símbolo e amigos, agradeceu a presença António Martins Bandeira, de os seus desejos tem sido reali- aniversário. da comissão, o qual merece ser e a preciosa colaboração para Arganil, um prestigiado constru- dade. Este ano, devido ao elevado emoldurado, apenas apresenta- que a obra que iniciaram em tor agradeceu o convite, felicitan- A direção atual continua o número de pessoas, foi come- mos uma parte: breve possa ser uma realidade. do a coletividade pela obra em exemplo dos antecessores, presi- morado o 84º aniversário, a 7 de 1º- Malhadas da Serra o pé “Não foi feita por vaidade, mas curso, esperando em breve ser dida pelo dinâmico Victor Alves Julho, nas excelentes instalações firme sempre, para que nossa sim por necessidade, tendo a espe- realidade, para o qual ofereceu terra erga nesta era uma voz rança que no próximo ano, decerto um donativo de 250,00 euros. fervente, e os corações em gran- não pronta na totalidade, mas os Benjamim Marques, Presi- de união, façam das malhadas eventos a realizar já lá poderão dente da Junta de Freguesia de por nós tão amadas um só cora- ser feitos”, disse o presidente e Pessegueiro, cumprimentou os ção. agradeceu à Liga de Melhora- presentes agradecendo o convi- 2º- Há anos fundámos a nossa mentos da Freguesia de Pesse- te, salientando que a junta “é comissão, ela tem reinado e tem gueiro a cedência das instalações para servir o povo da freguesia em melhorado nossa povoação, para a realização daquele almo- tudo o que seja possível, tudo o que e há-de reinar pela vida fora, ço. Salientou que tem pedido a houver lhes seja comunicado dire- porque nossa terra já unida era, nos tempos de outrora. Terminado o almoço foi dada a palavra a oradores, iniciado pelo presidente da assembleia geral, Isidro Marques, cumpri- CICLO DE TEATRO MISE EN SCÈNE APRESENTOU «A MANSÃO» Município de Pampi- livre. contornos inesperados que lhosa da Serra recebeu, Sinopse: tornam esta história uma gran- no dia 29 de junho Olívia, uma viúva rica e de confusão. O(sexta-feira), pelas 21h30, no Uma comédia cheia de peri- influente, pretende casar a sua Auditório Municipal, a comé- única filha rapidamente. Entre- pécias e de personagens hila- dia «A Mansão», uma produ- tanto, a sua meia-irmã, o seu riantes. todos colaboração e feito vários tamente ou á funcionária Sandra, ção do TACCO – Teatro advogado, o casal de criados Ficha Técnica: eventos onde se têm angariados tudo o que esteja ao alcance será Amador Circulo Católico de metediços e o pretendente Encenação: Afonso Carvalho fundos importantes para as obras feito”. Felicitou a comissão por Operários de Vila do Conde. vigarista, planejam meter a mão Autoria: André Domicciano em curso, salientando também tudo o que tem feito em prol da Esta peça inseriu-se no Ciclo na sua fortuna. Adaptação e Produção: os novos eventos para o corren- freguesia e do empreendimento Mise en Scène e teve entrada Não será assim tão fácil! Há TaCCO te ano, 6 de Outubro almoço em curso, e que na reunião do Elenco: Helena Santos, Bárba- de convívio, 11 de Novembro executivo foi deliberado conce- ra José, António Ramalho, almoço convívio com magusto, der para tal a quantia de 1.500,00 Vítor Rebelo, Carolina Flores, 1 de Dezembro almoço de Natal. euros. Afonso Carvalho, Ana Almei- Informou ainda dos donativos já A sessão foi encerrada pelo da, Domingos Almeida, Paula recebidos, nomeando os bene- presidente da Assembleia Geral Ramos, Afonso Ferreira méritos, salientando o primeiro que dirigiu os serviços, salien- Luz e som: Óscar Silva e Marta e importante vindo do saudoso tando Teresa Batista ali presente, Oliveira Aires Fernandes de Almeida, de antiga presidente da junta, por Cenografia: Domingos Almei- Sobral de Baixo, sendo que já tudo o que fez em prol da fregue- da totalizam 32.853,42 euros. sia. Referiu ainda que “no ano Figurinos e maquilhagem: Jorge Moreira, Presidente passado por esta altura devido ao Daniela Carvalho da Liga de Melhoramentos da grande incêndio tínhamos a fregue- Comunicação: Teresa Sá Freguesia de Pessegueiro, agra- sia de luto, atualmente já começa Grafismo: António deceu o convite, felicitando pelo a verdejar”, terminando com um Pinto grandioso empreendimento agradecimento pela presença de em curso, salientando que estas todos. instalações foram cedidas da Zé Manel

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 9 Entrevista ENTREVISTA A MANUEL DIAS DA SILVA, UM POETA NATURAL DAS TERRAS DO MARANHO «Às confrarias gastronómicas compete lembrar e defender o património que é a razão da sua existência, tendo em atenção a rápida evolução tecnológica da agricultura, da indústria e da confecção dos produtos alimentares, e as consequências que daí podem advir» Manuel Dias da Silva não é um escritor desconhecido nas páginas do SERRAS DA PAMPILHOSA, pois aqui também tem encontrado algum eco da sua obra literária. Acaba de lançar o seu 5.º livro num país de muitos poetas, mas onde (de acordo com as estatísticas) pouco se lê. Apesar do poeta que é, Manuel Dias da Silva não se alimenta apenas das letras. Pelo contrário, possui uma íntima relação com a gastro- nomia serrana, razões suficientes para motivar uma conversa com o “SERRAS”. António Amaro Rosa (Eneida), de Horácio (Odes), de Ovídio Ariadne. Ambos têm a ver com teias e da forma como escrevo. Por outro lado, seja conduzido por aqueles que esque- (Metamorfoses e Arte de Amar) e tantos fios, nos quais as nossas vidas andam julgo que não é necessário ter grande cem o passado. Há que fazer uma reco- outros. Mas, depois destes, também, não sempre enredadas. São os caminhos que coragem para publicar em edição de lha, enquanto ainda é tempo, do que, e podemos deixar de ler A Bíblia, Santo percorremos, as dificuldades que se nos autor. É sim, como em tudo na vida, quando, se comia e como se cozinhava, Agostinho (Confissões), Dante (A Divi- apresentam, as palavras que ouvimos e as necessário ser realista, ter os pés assentes na zona da actuação da Real Confraria na Comédia), Ariosto (Orlando Furioso), notícias que lemos, onde ficamos presos na terra, conhecer a comunidade que do Maranho. Há que pôr mãos à obra: a Torquato Tasso (Jerusalém Libertada), se não reflectirmos, porque, como diz Sá o rodeia e ter a certeza que tem muitos Confraria, a Câmara Municipal, as juntas Luís de Camões (Os Lusíadas), Miguel de de Miranda, Nada do que vês é assi. Este amigos, que o irão ajudar a suportar os de freguesia, o Turismo do Centro, os Cervantes (D. Quixote de la Mancha), as é o fio que interliga os poemas. Se desde custos da publicação. E, mais uma vez, os restaurantes e, fundamentalmente, os Serras da Pampilhosa – Acaba de Cantigas dos Trovadores, etc., etc., etc… “Cantos de Amanhecer” (2000), segun- amigos estiveram a meu lado. cidadãos. Isto é uma tarefa colectiva, lançar o seu 5.º livro de poesia, “A deli- E também é importante conhecer a Mito- do livro, o simbólico esteve sempre muito Serras da Pampilhosa – Como corre- para a qual todos estamos convocados. cada teia de Ariadne”, uma obra que logia, pelo menos um mínimo, para o que presente, a sugestão, que é a característica ram as apresentações do seu livro? Como A Confraria tem um projecto elaborado nos remete para a Grécia e para o Medi- temos de começar por Hesíodo (Teogo- mais relevante da poesia, apresenta-se de tem sido a recebido pelo público-leitor? para o efeito. Não falta vontade para tal, terrâneo… nia). A remissão para a Grécia e para o forma marcante em “A Delicada Teia de Manuel Dias da Silva – As apresenta- mas esta, sem os apoios mencionados, Manuel Dias da Silva – Começo por Mediterrâneo, na minha poesia, já é bem Ariadne”, que é, sem dúvida, o livro mais ções têm corrido muito bem. Para isso, na terá dificuldade em vingar. A gastronomia dizer que a nossa cultura judaico-cristã patente em livros anteriores. “A Gola do importante da minha obra literária, uma minha perspectiva, concorreram vários do concelho tem que ser, como direi, está alicerçada na cultura clássica greco- Tempo” (2007), terceiro livro, escrito ao espécie de corolário dos livros anteriores. factores: 1.º, o conhecimento dos meus tornada conhecida e acessível a todas as -romana, que se desenvolveu à volta do longo de 2004, tentou retratar o balanço Serras da Pampilhosa – Afirma-se livros anteriores; 2.º, o facto de os vários bolsas. Os nossos concidadãos têm que Mediterrâneo. Assim, quem quiser ter de vida que o meu pai faria, na situação com frequência que “Portugal é um país apresentadores, que fizeram excelentes ser convencidos, e convencerem-se, que um mínimo de cultura terá que conhecer debilitada em que se encontrava (faleceu de poetas”, mas onde se lê pouco. Publi- análises, serem pessoas conhecidas e é, também, uma obrigação sua cozinha- as grandes obras e os grandes autores da em Dezembro de 2004). Para o efeito car em edição de autor, como agora fez, amigas de muitos dos meus amigos; e rem-na e darem-na a conhecer aos seus cultura clássica. No mínimo, não pode- utilizei, como metáfora, a figura de Ulis- é um acto de coragem ou um ato de 3.º, porque estes continuam a considerar- amigos. Não podemos alhear-nos desta remos fugir à leitura de Homero (Ilíada ses e a viagem de regresso a Ítaca. “O Som partilha? -me, honrando-me com a sua amizade. responsabilidade, deixando-a enveredar, e Odisseia), dos autores de teatro Ésquilo dos Lagares” (2008), que utiliza o vinho Manuel Dias da Silva – Como nunca Julgo que não me posso queixar. Foram apenas, para a vertente gourmet. Não (Os Persas, Os Sete contra Tebas, Orestéia), como metáfora, tem muitas referências pensei em viver da escrita, para o que feitas sessões em Coimbra, em Janeiro, pode ser uma questão de moda, porque, Sófocles (Antígona, Édipo Rei), Eurípi- explícitas, a Baco, Bóreas, Zéfiro, Zeus, não tenho capacidade, e como escrevo, no Instituto da Juventude, que contou se assim for, não terá grande futuro, pois, des (Medéia), Aristófanes (Lisístrata e As Ceres, Dionísio, Orfeu, Hades, Neptuno, primeiro que tudo para mim, sem estar com a presença de 90 pessoas; em Março, como dizia Óscar Wilde, a moda não Rãs), dos filósofos Sócrates, Aristóteles e implícitas a deuses. Em “A Delicada Teia preocupado em agradar a nenhum públi- no Edifício da Antiga Capitania, actual deve ser grande coisa, porque muda de (Política, Retórica, Ética, Metafísica e Lógi- de Ariadne” (2017), a mitologia grega co, nem a nenhuma editora, respondo sede da Assembleia Municipal de Aveiro, seis em seis meses. ca), Platão (Apologia a Sócrates, Fédon, está por trás de todo o livro, através da que é um acto de partilha, porque, quan- estiveram presentes 70 pessoas, o que, Pelo conhecimento que tenho, por O Banquete e A República), de Virgílio junção de dois mitos: o de Aracne e de do o faço, penso nos amigos que gostam com agrado, me deu a certeza de que não dentro e por fora, a Real Confraria do Assembleia-Geral da LACAM – Liga Poetas Amanhecem Primavera”. Em tinha sido esquecido, embora já tivesse Maranho, deveria e deverá fazer muito saído de Aveiro há 8 anos, quando me mais do que tem feito. Não pode, nem dos Amigos dos Campos do Mondego, Aveiro, na Fábrica Ciência Viva – PERFIL para a qual realizou os diaporamas A Universidade de Aveiro, organizou e reformei; depois destas sessões de apre- deve, ficar apenas pela fachada, pelo MANUEL DIAS DA SILVA, nasceu Cegonha Branca e Fernão Mendes Pinto; dinamizou, mensalmente, de 2007 a sentação, seguiu-se em Pampilhosa da mostrar-se. É verdade que a realidade em 1945, na freguesia de Janeiro de integrou os corpos sociais da Associação 2009, a actividade “Ciência e Poesia”. Serra, em Maio, no Auditório Municipal é difícil: 1.º, a dispersão geográfica dos Baixo. É licenciado em Engenharia de Geminação de Soure com Neuville Em Coimbra, foi co-fundador e do Edifício Monsenhor Nunes Pereira, Confrades; 2.º, a difícil comunicação, Electrotécnica, pela Faculdade de de Poitou (Poitiers - França); foi dinamizador da Tertúlia Aedo, onde se que foi incluída na 12.ª Feira do Livro, principalmente, pela via electrónica; 3.º, Ciências e Tecnologia da Universidade membro do Orfeão Universitário de diz e fala de poesia. organizada pela Câmara, através da sua a dificuldade de passagem, aos confrades, de Coimbra. Aveiro e do Coral Vera Cruz (Aveiro), Publicou, O Vinho e a vinha, na Bíblia, Biblioteca Municipal Dr. José Fernando e da interiorização, por parte destes, de De 1973 a 1993, exerceu vários cargos, e integrou o Coro do Núcleo APRe na revista “Uma Terra e um Povo” e, Nunes Barata, em colaboração com a que as suas obrigações não devem ficar, ligados à sua área de formação, na Coimbra, de 2014 a Outubro de 2017; é em co-autoria, O Encanamento do Biblioteca Escolar do Agrupamento de apenas, pela presença em reuniões que CIMPOR. De 1993 a 1999, foi gerente confrade da Real Confraria do Maranho Mondego num documento de 1800, Escolas Escalada, tendo contado com a tenham refeição, mas que é tanto, ou mais das Livrarias Bertrand, em Coimbra, (Pampilhosa da Serra) e, de Novembro nas Actas do 1.º Congresso do Baixo presença de cerca de 80 pessoas, das quais importante, a sua presença activa, dinâmi- e de 1999 a 2010, diretor executivo da de 2013 a Dezembro de 2016, foi seu Mondego - Região e Património (1990). grande parte eram alunos do Agrupa- ca e interventiva, nas assembleias-gerais; Fundação João Jacinto de Magalhães, 1.º Mordomo. Colaborou, de forma aperiódica, no mento de Escolas Escalada, como seria 4.º, o assumir, de que a representação, em coordenando as actividades cultural Foi membro da Assembleia de Freguesia jornal Serras da Pampilhosa, da Casa de esperar. No futuro, haverá, a convite da Capítulos de outras Confrarias ou outros e editorial da Universidade de Aveiro de Almedina de Coimbra (1985- do Concelho da Pampilhosa da Serra, Biblioteca Municipal, um lançamento em eventos, é uma obrigação de todos; 5.º, (UA). Neste mesmo período, fez parte 1989) e da Assembleia Municipal da em Lisboa. Mira, ainda sem data definida. não esquecer que o pagamento, atempa- das Comissões para as Comemorações Pampilhosa da Serra (1993-1997). Tem feito conferências sobre vários Serras da Pampilhosa – Além de do, das quotas, além de um dever estatu- dos 30 Anos da UA e para o estudo Publicou “Silêncio e Outros Temas” temas: “A gastronomia na época poeta, no seu percurso pessoal encontra- tário, é fundamental para o bom funcio- da localização da Escola Superior (1995), “Cantos de Amanhecer” e na obra de Luís de Camões”, mos uma forte ligação à Real Confra- namento da Confraria; 6.º, a disponibi- Aveiro Norte, da UA, integrando a sua (2000), “A Gola do Tempo” (2006) “Conversas à volta do vinho”, “A ria do Maranho. Que balanço faz do lização para trabalhar de modo a que os Comissão Instaladora. e “O Som dos Lagares” (2008) todos gastronomia da Pampilhosa da trabalho desenvolvido por esta confraria objectivos da Confraria possam ser atin- Foi membro da Direcção do GAAC – livros de poesia. Está representado na Serra: passado, presente e futuro”, gastronómica? gidos; e 7.º, que um Confrade, ao acei- Grupo de Arqueologia e Arte do Centro; antologia de poesia “Cântico em Honra publicada na revista Gastronomias, da Manuel Dias da Silva – Acho que tar fazer parte dos membros dos órgãos presidente da Comissão Executiva do de Miguel Torga”, na “Arganilia” – Federação Portuguesa das Confrarias o papel que uma confraria gastronómi- sociais, está a assumir a responsabilidade 1.º Congresso do Baixo Mondego – Revista Cultural da Beira-Serra (n.º 6 e Gastronómicas, “A propósito do Vinho”, ca devia ter era uma intervenção forte, de lutar, para que a Confraria possa atingir Região e Património, tendo coordenado n.º 7) e em vários números de “Folhas, “A Cegonha Branca nos Campos do dentro daquilo que são os seus objectivos, os seus objectivos, e não para enriquecer a publicação das actas; sócio fundador, letras & outros ofícios”, revista do GPA Mondego”, “Cataventos de Coimbra”, na defesa da identidade da comunida- o seu currículo. Em suma, os confrades membro da comissão instaladora e de – Grupo Poético de Aveiro. “O Vinho na Bíblia” e “Luz – eterno de onde se encontra inserida, insistindo têm que perceber que o seu conjunto é vários corpos Sociais da ADDAC – Seleccionou e organizou a antologia de farol do conhecimento”, publicada em na motivação, não só dos seus confra- que forma a Confraria e não a Direcção. Associação para o Desenvolvimento e poesia “Chá rima com… Primavera” Emergir de Crenças e Presenças, edição des, mas também de todos os agentes Esta é, apenas, a dinamizadora das orien- Defesa da Alta de Coimbra; desde 1995, e co-seleccionou e co-organizou da Associação. Portuguesa de Estudos – pessoas e instituições – na procura tações da Assembleia-Geral. presidente as antologias de poesia “A Poesia e o Clássicos, e “O Vinho e as Civilizações” dos caminhos e meios, para não deixar Sei que tenho moral para dizer o que da Mesa da Poeta”, “As Musas e a Poesia” e ”Os De 2013 a 2016, fez parte da Direcção perder as particularidades que podem disse porque, sendo Confrade Efectivo, da ANAI. Desde 2012 colabora distinguir-nos, perpetuando as tradições desde 2008, devo ter faltado a uma meia na organização e e costumes dos que nos antecederam. dúzia de Assembleias-Gerais e confrange- dinamização da Cátedra Não podemos esquecer que a sociedade -me ter visto que nas Assembleias-Gerais, “Sousa Fernandes” da de consumo, onde estamos inseridos, nos que não foram as dos Capítulos, nunca UTL – Universidade do roubou grande parte da nossa identida- tenham estado presentes mais do que Tempo Livre, da ANAI. de cultural, em todos os aspectos, desde uma dúzia de confrades. Nem mesmo É vice-presidente da Obra a maneira de vestir, até à gastronomia, na de 20 de Agosto de 2016, onde se de Promoção Social do embora nos tenha trazido coisas boas e discutiram, e votaram, alterações aos Distrito de Coimbra, coisas más. Para contrariar esta situação, a estatutos, nem na de 5 de Agosto de desde 2012. nossa confraria tem por obrigação evitar 2017, convocada para análise e votação que o que preconiza nos seus objectivos do regulamento interno e do “livro de 10 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA Entrevista «Há que fazer uma recolha, enquanto ainda é tempo, do que, e quando, se comia e como se cozinhava, na zona da actuação da Real Confraria do Maranho» usanças”, documentos importantíssimos, assistir a um colóquio sobre o medro- conheço. Mas o que é conhecido é o Mel um verdadeiro unir de esforços das insti- da Universidade do Porto, e outros). para a organização e funcionamento da nho e respectiva feira. Nesta, estavam 40 da Lousã. Maranhos há muitos, mas o do tuições que, aparentemente, deveriam Às confrarias gastronómicas compete Confraria, que resultaram do trabalho produtores de aguardente de medronho, concelho de Pampilhosa da Serra é único, ser as interessadas: autarquias, Confraria, lembrar e defender o património que é a duma comissão, nomeada, na Assembleia que não tinha nada a ver com a nossa. porque utiliza o serpão. Mas o que vemos agentes da restauração e empresários. razão da sua existência, tendo em atenção Geral, em Março de 2015, e constituída Mas o que é conhecido é a aguardente publicitado é o da Sertã. Não sei de quem Serras da Pampilhosa – A etnografia a rápida evolução tecnológica da agri- por Manuel Dias da Silva (coordenador), de medronho de Monchique. Os matos será a culpa desta situação, nem é isso que publicada menospreza a gastronomia? cultura, da indústria e da confecção dos António Mendes Garcia Barata, Firmino das nossas serras dão o melhor mel que importa. O que falta, na minha opinião, é Que contributo podemos prestar neste produtos alimentares, e as consequências Ruas Mendes e Aníbal da Gama Dias campo? que daí podem advir. Não podem esque- Pacheco. Apetece-me perguntar: onde SINOPSE DE “A DELICADA TEIA DE ARIADNE” Manuel Dias da Silva – A gastrono- cer que as populações rurais são cada têm andado os cerca de 50 confrades, A Delicada Teia de Ariadne, quinto mia é um dos elementos que caracteriza vez menos numerosas e mais idosas e que pagam quotas? E os outros que não livro de Manuel Dias da Silva, inspira-se a etnografia. Julgo que a gastronomia já que recebem, quase todos os dias, com pagam? É tempo de acordarem e reflec- num verso de Sá de Miranda, Nada do deixou, há alguns anos, de ser o parente grande facilidade e a preços convidati- tiram sobre o modelo de confraria que, que vês é assi. pobre daquela. E isso pode aferir-se pela vos, sem necessidade de esforços nem verdadeiramente, querem. É um percurso pelas memórias trans- importância que os canais da televisão receio das incertezas climáticas, gelados, Serras da Pampilhosa – Em que formadas, a partir do que visionamos. lhe têm dado, através da divulgação feita bolos, chocolates, doces de colher e ponto está o estudo sobre a confecção Como o próprio autor escreve, somos pelos mais diversos chefes de cozinha, afins, frangos, patos e perus (inteiros, ou do maranho e sobre os seus aspectos definidos por aquilo que recordamos: pela frequência de alunos nas escolas de cortados em pedaços), carnes de porco, culturais e económicos, como, por exem- […] Imagem da imagem do difuso aroma. hotelaria e pelas licenciaturas, mestrados vaca, fumeiro (presunto, chouriços, paio, plo, o estudo do gado e das técnicas de / Quase memória.; […] a paisagem que se e doutoramentos nas universidades (por salsichas), peixe congelado (inteiro, ou às preservação alimentar? julgou ver / e que a retina retendo foi ; […] exemplo, o Mestrado em Alimentação: postas), ou fresco (sardinhas, carapaus, Manuel Dias da Silva – Embora o à procura do / caminho, fomos vendo o que Fontes, Cultura e Sociedade, da Univer- pescada, polvos, lulas, pargos, robalos, artigo 4.º, n.º 1, dos Estatutos da Real se não via ; […] o que vemos já não é o que sidade de Coimbra; Curso de História da etc.), azeite e azeitonas, que já não podem Confraria do Maranho, diga que esta se viu ; […] Ausência / do visto que passa Afinal, as nossas memórias são a nossa Alimentação, da Universidade de Lisboa apanhar, hortaliças, frutas variadas e “tem por fim específico o levantamento àquilo que se não vê ; […] E a / memória, biografia e retêm a imagem que temos de e, inclusive, a existência da Faculdade de exóticas. Se o pão chega, fresco e apeti- e divulgação do Património Gastronó- cheia de coisas, cria paisagens / profundas. nós mesmos. Ciências da Nutrição e da Alimentação, toso, fácil de mastigar, para quê continuar mico da Região das Beiras em geral e a cultivar o milho, o centeio e o trigo, e a em especial do Maranho”, desde 2008, manter os moinhos em funcionamento, ano em que, como já disse, fui entroni- APRESENTAÇÃO DE “A DELICADA TEIA DE ARIADNE”. PALAVRAS DO AUTOR se as forças já não chegam para tal? Esta zado como Confrade Efectivo da Real Os presentes nesta sala que me conhe- / profundas. Frágeis, talvez, e vazias de é imagem, nem sempre remete para outra é a realidade que implica o desapareci- Confraria do Maranho, nunca tive conhe- cem, conhecem-me por Manel, Manuel, nomes.” A Delicada Teia de Ariadne, p. 52. coisa: por vezes faz-nos sonhar com um lugar mento de inúmeras receitas tradicionais, cimento de ter havido, ou que estaria Dias, Manuel Dias, Manuel Silva, Dias Nesta convicção fui construindo este de que não conhecemos a aparência, mas do as quais são, já, desconhecidas para os em projecto, qualquer estudo sobre os da Silva, Manuel Dias da Silva. Se cada livro de que a epígrafe Nada do que vês é qual pressentimos a inquietação. descendentes, cuja dieta alimentar incor- aspectos que a pergunta refere. A única um de nós é conhecido por diferentes assi, de Sá de Miranda, me parece uma E, não abusando da vossa paciên- pora muitos produtos de carácter univer- iniciativa, que conheço, foi uma proposta, referências nominais, podemos afirmar boa síntese. cia, gostaria ainda de pedir emprestado, sal, como, por exemplo, as pizzas. Cito que fiz, em 2012, à Direcção da altura e que um nome apenas nos define do exte- Mas, continuo a interrogar-me, que a Alberto Manguel, um excerto da sua um poema de Nuno Júdice, intitulado que foi aprovada em Assembleia-Geral rior. E mesmo que tivéssemos escolhido circunstâncias, internas e externas, se "Uma História da Curiosidade". o nosso nome, a identidade, reivindica- conjugaram para que eu, tendo nascido, Talvez a perseverança de uma voz seja a “Pão Caseiro” que, melhor do que eu, (de 28 de Abril de 2012), para publicação da por ele, vem de fora, sendo algo que no Souto do Brejo, e vivido, até aos dez única verdadeira justificação da poesia. descreve o presente: da Carta Gastronómica do Concelho de usamos para conveniência dos outros. Ou anos, na Central de Santa Luzia – Esteiro, A poesia não oferece respostas, não pode Pampilhosa da Serra. Nos três anos em seja, um nome não responde cabalmente à recônditas e isoladas aldeias do Concelho apagar o sofrimento, a poesia não trará um No celeiro onde amassavam o pão que integrei a Direcção (2014-2016), pergunta “quem sou eu?” de Pampilhosa da Serra, neto de avós ser amado de volta à vida, a poesia não nos as mulheres não falavam como 1.º Mordomo, voltei a insistir no Na Divina Comédia, depois de descer academicamente analfabetos, de mãe, protege do mal, a poesia não nos concede dos tempos que haviam de vir. assunto, mas, por vários motivos, nada às profundezas do Inferno e ascender às inteligente e esperta, mas igualmente anal- força ética nem coragem moral, a poesia A massa é que fermentava, avançou. Em Janeiro de 2017, fiz de cornijas do Purgatório, Dante descobre a fabeta e de pai, inteligente, mas apenas não vinga as vítimas nem castiga os que as debaixo das mantas e dos trapos, novo, uma proposta melhorada da Carta própria identidade, tendo ficado a saber, com a segunda classe, sempre me tenha vitimam. Tudo o que a poesia pode fazer, e enquanto a lenha acesa aquecia o forno. Gastronómica – Metodologia, Orçamen- como Alberto Manguel diz em Uma interessado por aquilo que a sociedade quando as estrelas são caridosas, é emprestar to, Cronograma e Entidades a contac- História da Curiosidade, p. 149, que “tem actual, a de consumo, acha que são coisas as palavras às nossas perguntas, ecoar o nosso Não sei já do que falavam as mulheres tar para apoios –, à actual Direcção, que de chorar, não pelas coisas que lhe são inúteis: cultura, música, literatura? E por sofrimento, ajudar-nos a recordar os mortos, que amassavam o pão. a submeteu à Assembleia Geral, onde exteriores mas pelo seu ser mais interior, que publiquei cinco livros de poesia, além nomear as obras do mal, ensinar-nos a reflec- Pela janela, o que entrava foi aprovada. Não sei em que ponto se não pela partida do seu querido Virgí- de outros que não chegaram a sê-lo, sem tir acerca das consequências da vingança e era o cacarejo das galinhas encontra este assunto. lio, não pelo amor da sua amada Beatriz, saber o que posso falar da poesia? dos castigos, e também da bondade, mesmo quando os galos se punham à luta; Serras da Pampilhosa – A gastrono- mas pelos seus pecados, sabendo por fim No título de um artigo, publicado em quando essa bondade não existe. e um vento frio fazia o céu ainda mais azul, mia típica de Pampilhosa resume-se ao quem é, para que se possa arrepender de 1988, na revista italiana "Poesia", onde Este poder da poesia é algo que há muito nesse fim de Inverno, maranho? Estaremos a descurar outros quem foi”. Aristófanes, no Banquete, de expõe uma das mais idiossincráticas refle- conhecemos, ou talvez sempre tenhamos com a Páscoa à porta e o forno pronto. pratos ou bebidas típicas? Platão, defende que o amor é o desejo xões sobre poesia, Jacques Derrida ques- conhecido, desde os primórdios da lingua- Manuel Dias da Silva – Embora de saber quem somos pela recordação de tionava: Che cos'è la poesia? gem. As mulheres que preparavam o forno julgue que não há uma gastronomia típica quem fomos. Jorge Luís Borges comunga Para responder socorro-me de Garcia É por todas estas razões que, desde os morreram, quase todas. do concelho de Pampilhosa da Serra, não da mesma opinião, ao iniciar um dos seus Lorca: Mas o que vou dizer da Poesia? meus 15/16 anos, a poesia sempre me Uma ou outra ainda espreita, deixaremos de referir a broa, os carolos, a poemas pelo verso Somos o esquecimento O que vou dizer destas nuvens, deste céu? acompanhou. da janela, o mundo que já não lhe pertence. sopa de botelha, as trutas de escabeche, o que seremos, que foi escolhido, pelo escri- Olhar, olhar, olhá-las, olhá-lo, e nada mais. Sobre o conteúdo do livro, já se Ninguém acende o forno; o pão compra-se cabrito assado no forno, a tiborna á laga- tor colombiano, Héctor Abad Faceolince, Compreenderás que um poeta não pode pronunciou quem teve a cargo a sua apre- de manhã, reiro, a couvada, as castanhas com leite, as para título de um dos seus livros, onde dizer nada da poesia. Isso fica para os críticos sentação; dele referirei que foi executa- no supermercado; e as galinhas vêm mortas filhós, o bolo de mel, o bolo de azeite, o evoca a memória do pai, assassinado, na e professores. Mas nem tu, nem eu, nem poeta do na Grafigamelas, em Aveiro, tem 60 do aviário. pão-de-ló, a tigelada e, claro, o maranho. Colômbia, por motivos políticos. algum sabemos o que é a poesia. páginas impressas em papel de 100 gr, O maranho é uma espécie de enchido, e Para sabermos quem somos, integral- E socorro-me, também, de alguns extrac- capa impressa em papel de 350 gr, num No celeiro, onde a massa fermentava, debai- que, embora seja característico da Beira mente, em todos os nossos componentes, tos do livro “Se uma manhã de verão uma formato 21x21 cm, e acabamento cosido xo das mantas e de trapos, Baixa, é um prato que se encontra em mesmo aquela parte de nós a que chama- criança – Carta ao meu filho sobre o amor e brochado. A capa mostra teias de Aracne mos inconsciente, questionamo-nos ao pelos livros”, de Roberto Cotroneo, que, que, simultaneamente, aludem ao labi- só o vento ainda entra, pelas frinchas da vários países do Mediterrâneo – o que faz longo de toda a vida, à procura de pistas, para tratar a poesia, escolhe a Canção de rinto, que Teseu teve que percorrer, para porta, procurando as mulheres que ali pensar na cozinha mediterrânica –, espe- numa interminável procura das próprias Amor de John Alfred Prufrock, de T. S. Eliot matar o Minotauro, e donde conseguiu deviam estar, para as obrigar cialmente no Magreb, donde, segundo acções, para melhor compreensão do eu. (Thomas Stearns Eliot): sair, utilizando um fio de lã, que lhe foi a queixarem-se do frio, das doenças de ossos algumas opiniões, terá sido introduzido Conforme se tornam conscientes e nos Lembras-te quando te dizia: não vejas dado por Ariadne. Falta falar do relevo e do reumático, enquanto apertavam os na Península Ibérica, pelos mouros, ou revelam coisas de nós próprios, as imagens a literatura como uma montanha alta e de uma daquelas teias, que, de tão deli- xailes ao ombro. pelos judeus, largamente difundidos na do inconsciente aumentam a nossa noção inatingível? Pois este é o capítulo para pôr cado e quase imperceptível, tenta simular região beirã. Mesmo que não tenha sido de quem somos. Somos definidos por em prática esta recomendação. Porque nele a realidade. Na casa vazia, assim, são notórias as semelhanças, entre aquilo que recordamos, já que as nossas falaremos de poesia. E fazemo-lo não tanto Antes de terminar, fez alguns agra- o vento cansou-se de soprar e fugiu os Maranhos e os Bakbouka marroqui- memórias são a nossa biografia, a nossa porque a poesia é algo que nobilita o espírito. decimentos (de acordo com o local em atrás das nuvens que empurra para o Sul, nos e o El Osbane argelino. essência, e retêm a imagem que temos Não. Porque a poesia serve para compreen- que se realizou a apresentação): à Câma- como dantes se enxotavam Bebidas típicas, se assim poderemos de nós mesmos, “não – como escreve der o mundo. Não para nos deleitarmos. Ou ra Municipal de Pampilhosa da Serra, à as galinhas para tirar o pão do forno. chamar, serão, apenas, a aguardente de Maria Etelvina Santos no prefácio do livro antes: não só para nos deleitarmos. [...] Mas Câmara Municipal de Aveiro e à Praxis Debaixo das mantas velhas, já nada medronho e a de mel. Não sei se estamos Fantasmagorias, de Virgínia Woolf – para nesta poesia, nesta longa poesia, as compli- Restaurante, Fábrica e Museu da Cerveja fermenta a não ser estas imagens que meto a descurar o que é necessário fazer para a fantasiar ilusões, mas para tornar possível cações não se limitam ao título, ou à escolha de Coimbra; aos apresentadores (Prof. no forno do poema, para as dar aos pássa- defesa desta gastronomia. O que tenho é o que o real não oferece e através da imagi- da epígrafe. É uma poesia difícil, porque fala Doutor José Ribeiro Ferreira, Dr. Luís ros da memória a sensação de que é necessário fazer muito nação pode ser criado”. Ou, como, no de um homem difícil; e do que esse homem Serrano, Prof. Doutor Manuel Ferro); à - migalhas que sobraram da infância. mais. Tem-se perdido demasiado tempo, livro Le Petit Prince, de Antoine de Sain- tem de fazer (e não faz) todos os dias. E do Carolina (neta que fez a fotografia do embora desconheça os constrangimen- t-Exupéry, a raposa diz ao principezinho, que se passa no mundo (e há tempos que se autor inserida no livro); à Designer Filipa A comida tradicional portuguesa, que tos, quer de recursos humanos, quer de “L’essentiel est invisible pour les yeux”. “Se passa). E das coisas que há no mundo: e que Gomes; à M. Moleiro Editor; à esposa tão diversificada era, está gravemente natureza materiais, que possam existir. o passado / é só passado, o rio da memória muitas vezes são pequenas. E tudo lá está, Maria de Lourdes e aos presentes nas ameaçada. Cabe às confrarias gastronó- Há cerca de dois anos, estive no Algar- correrá / paralelo ao rio das coisas. E a / como só numa poesia, numa grande poesia, apresentações. micas a enorme tarefa de não a deixarem ve e desloquei-me a Monchique, para memória, cheia de coisas, cria paisagens pode acontecer. […] A poesia nem sempre adulterar, corromper ou desaparecer.

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 11 Regionalismo Opinião 58º ANIVERSÁRIO DA COMISSÃO PAMPILHOSA DA SERRA DE MELHORAMENTOS UNIDOS SOMOS MENOS E MAIS ENVELHECIDOS o ponto de vista social o até 1940, ano em que registou, nascimentos DE MALHADA DO REI envelhecimento, sendo relativamente à data do primeiro em relação Direção da Comissão Ementa: Entradas, Sopa, Baca- um problema preocu- censo, um crescimento de 65,9% aos óbitos é a Melhoramentos Unidos lhau à Manjar, Carne de Porco à Dpante pelas repercussões que tem mas a partir daqui esta tendência manifestação de Malhada do Rei infor- Alentejana, Sobremesas, etc. na sociedade, é uma consequên- de subida seria substituída por um clara de duas maA que se vai realizar no dia Preço por pessoa: 18,00€ - cia natural do ciclo de vida das crescimento de sinal contrário, ou evoluções: a 28 de Julho de 2018, o almoço crianças (5 aos 12 anos) – 8,00€ comemorativo do 58º aniversá- pessoas. Não há um remédio que o seja, o concelho, de 1940 a 2011, diminuição dos níveis de fecun- rio. Confirmação até 22/7, para evite, os cuidados médicos poderão perdeu 11046 habitantes (- 71,1%) didade (o número de nascimen- Do programa consta: 933 382 581 – Roberto Almeida prolongar a inevitabilidade do fim uma realidade que, não obstante os tos baixa) e o envelhecimento da 11H00 – Missa em honra e ou na Casa do Povo. desse ciclo, mas haverá certamen- esforços do poder local sobretu- população (passam a existir mais louvor a todos os associados fale- Assim, apelamos à presença te formas de diminuir os efeitos do nos anos mais recentes, se vem pessoas nas idades em que é natural cidos. de todos para juntos passarmos gravosos de tal fase da vida pela agravando a um ritmo que se afigu- que se registem mais falecimen- 12H15 – Ida à Casa do Povo um dia à boa maneira Malha- adequação da sociedade ao curso ra praticamente irreversível. tos) pois, como sabemos, as duas (surpresa) dense. dos acontecimentos, nomeada- Evolução da população do município de 1864 a 2011 13H00 – Almoço no Parque O Presidente: mente a relação com o trabalho, a de Merendas Roberto Almeida formação, o relacionamento com os outros, o lazer ou a cultura. Mas quando falamos de envelhe- COMISSÃO ASSOCIATIVA DE cimento duma população haverá que distinguir dois conceitos de MELHORAMENTOS DE CAMBA significado diferente para caracte- ASSEMBLEIA GERAL - CONVOCATÓRIA rizar um fenómeno que se afigura Nos termos do Artº 8º dos Esta- ção do plano de Atividades para o cada vez mais preocupante para tutos e Artº 28º, alínea c) do Regula- biénio 2018/2019. governos e sociedade. Podemos mento Interno, convoco a Assembleia 3. Apresentação de qualquer assun- considerar o envelhecimento indi- Geral Ordinária da Comissão Asso- to de interesse para a coletividade, bem vidual ou cronológico que resulta dum processo progressivo e inevi- ciativa de Melhoramentos de Camba, como para a população de Camba. Fonte - INE para o dia 13 de Agosto de 2018, às Não havendo á hora marcada o tável por fazer parte do crescimen- 14:30 horas na sede social, sita em número suficiente de sócios, a Assem- to humano até à situação que se Camba, Fajão, com a seguinte ordem bleia Geral reunirá uma hora depois costuma designar “velhice” que Foi no termo da primeira metade principais componentes do enve- de trabalhos: com qualquer número de sócios. Platão, filósofo grego (Atenas , do séc. XX que se começou a acen- lhecimento da população são a 1. Apreciação, discussão e votação 428/427-348/347 a.C) dizia temê- tuar uma tendência susceptível de mortalidade e a fecundidade. Se a do Relatório e Contas relativo ao exer- Camba, 10 de Julho de 2018. -la, não por si mesma mas por vir marcar o comportamento demo- diminuição dos níveis de mortali- cício da direção no ano 2017/2018 e acompanhada de outras circuns- gráfico, designadamente no que dade é um facto benéfico por repre- parecer do Conselho Fiscal. O Presidente da Assembleia Geral tâncias que aumentam a sua peri- respeita ao declínio da natalidade, sentar importantes progressos da 2. Apresentação, discussão e vota- Carlos Alberto da Costa Pereira Simões gosidade para a vida humana e mas a partir da década de 1960 sociedade, o mesmo não acontece Cícero, orador latino (100-43 a.C) essa tendência agudizou-se, dando quanto à evolução dos níveis de alguns séculos mais tarde consi- origem às modificações estruturais fecundidade. derava laboriosa. No seu sentido que hoje caracterizam a sua demo- Como qualquer outro fenóme- COMISSÃO DE MELHORAMENTOS negativo, a “velhice” é considerada grafia. Na verdade, o histórico dos no social, a evolução demográfica DE PONTE DE FAJÃO como a última fase da vida humana, censos populacionais mostra que o é provocada pela interferência de mas, numa visão positiva, represen- município começou a perder popu- múltiplos e variados factores. No ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA ta o privilégio de se chegar a uma lação desde 1940, precisamente o contexto do concelho, os traços CONVOCATÓRIA idade avançada ano em que atingiu o pico máximo fundamentais das transformações Ao abrigo do artigo 13º (Alínea A) 3º - Discutir ou tratar de qualquer Mas há também o envelheci- do seu povoamento. mas daí para demográficas que foram inver- dos Estatutos da Comissão de Melho- assunto colectivo ou regional. mento colectivo, ou seja, o enve- cá a perda de população foi sempre tendo a tendência de crescimen- ramentos de Ponte de Fajão. Convoco Não havendo à hora marcada lhecimento demográfico da popu- evoluindo até apresentar em 2011, to populacional que o caracteriza a Assembleia Geral Ordinária para o número legal de Associados presentes, lação e da sociedade que se baseia data do último censo, uma perda de actualmente poderão assentar, de dia 12 de Agosto de 2018, pelas 14:00 a Assembleia Geral funcionará meia em categorias etárias a partir das 11046 residentes, o que significa, forma sumária, na desagregação da horas, na Casa de Convívio da Ponte hora depois, com qualquer número de quais e dos respectivos atributos em termos relativos, uma quebra de ruralidade, na perda de peso da de Fajão, com a seguinte ordem de Associados presentes. todos os indivíduos são classifi- 71,1% nos últimos 70 anos. actividade agrícola no rendimento trabalhos: (Secção I, artigo 13º alínea B) e C) dos cados em categorias, tais como as Restringindo esta abordagem familiar, na dificuldade em encon- 1º - Apresentação, Discussão e Estatutos). idades jovem, activa e idosa. É a demográfica aos últimos 50 anos trar trabalho remunerado, nos Votação do Relatório e Contas da partir destas categorias etárias que (1960-2011), não deixa de ser movimentos migratórios internos Direcção referente ao ano 2017/2018 Lisboa, 03 de Julho de 2018. se desenvolvem os estudos sobre preocupante o facto de o conce- para a cidade e no intenso surto o conceito de envelhecimento da lho ter perdido dois terços da sua emigratório que alterou profun- e parecer do Concelho Fiscal. O Presidente da Mesa da Assembleia 2º - Eleição dos novos Corpos Geral população e se define a evolução população ao passar de 13372 habi- damente a estrutura demográfica Gerentes para o biénio 2018/2020 Albino Fiúza de Oliveira da composição etária da população tantes para 4481 (uma quebra de das comunidades serranas, nomea- de um país, região, município, etc., 66,5%). E, a agravar essa realidade, damente a partir da década de de modo a aferir a importância tal perda demográfica fez-se sentir cinquenta do séc. XX , de onde SOCIEDADE UNIÃO E PROGRESSO estatística do envelhecimento dos com maior impacto na população resultaram quebras cada vez mais idosos (envelhecimento no topo mais jovem (de 0 a 14 anos) pois acentuadas que foram alterando DE COVANCA da pirâmide etária) ou dos jovens de 4100 residentes em 1960 baixou a demografia do território com (envelhecimento na base). O enve- para apenas 321 em 2011 (menos reflexos de grande relevância no ASSEMBLEIA GERAL - CONVOCATÓRIA lhecimento demográfico pode ser 92,2%) enquanto que relativamen- composição da sua estrutura etária. Nos termos do artigo 8º dos Estatutos, para o ano de exercício de 2018-2019; confirmado através de diversos te à população potencialmente acti- Tratando-se duma grande opera- e dos artigos 23º a 30º do Regulamen- 3. Apresentação e discussão de qual- indicadores, tais como o aumento va (de 15 a 64 anos) a redução foi ção estatística, morosa e comple- to Interno, convoco, todos os associa- quer outro assunto de interesse para da percentagem de idosos na popu- de 5515 pessoas (menos 70,9%). xa, já estão em curso os trabalhos dos, para a Assembleia Geral Ordiná- a coletividade e seus associados, bem lação ou o crescimento do número Só a população idosa (de 65 e mais preparatórios do próximo Censo ria da Sociedade União e Progresso como para a população da Covanca; de indivíduos com 65 ou mais anos anos) aumentou, ao subir de 1490 populacional a realizar em 2021 de Covanca, a realizar no dia 19 de 4. Eleição dos Órgãos Sociais da coleti- por cada 100 com menos de 15 indivíduos em 1960 para 1893 que será o 16º da série desta opera- Agosto de 2018, pelas 14:00 horas, na vidade para o biénio 2018-2020. anos (índice de envelhecimento registados em 2011 (mais 27,1%). ção estatística iniciada há 154 anos sua sede social, sita na Rua António Não havendo à hora marcada o No que respeita ao concelho A realidade mais evidente na e tudo aponta para que, visando Paulo de Jesus, Casa de Convívio, em numero suficiente de associados, de Pampilhosa da Serra, gostaria análise destes números mostra a simplificação dos trabalhos de Covanca, com a seguinte ordem de a Assembleia Geral funcionará uma de traçar um quadro que fizesse que a população concelhia tende campo e posterior tratamento da trabalhos: hora depois, com qualquer número aumentar a esperança num futuro a acelerar a sua diminuição pela informação recolhida, a maioria 1. Apresentação, discussão e votação de associados presentes, conforme o de evolução positiva da sua demo- via natural, também chamada saldo das pessoas possa responder atra- do Relatório e Contas do exercício da artigo 26º do regulamento interno. grafia, mas os resultados obtidos fisiológico, facto que se vem agra- vés das novas tecnologias que vão direção em 2017-2018 (1 de julho de nos diversos censos que se reali- vando anualmente ao ocorrerem estando cada vez mais ao alcance 2017 a 30 de junho de 2018) e parecer Covanca, 1 de Julho de 2018. zaram no país desde 1864, data mais óbitos que nascimentos sem da generalidade da população. do Conselho Fiscal; O Presidente da Assembleia Geral em que contava 9359 habitantes, que tal circunstância seja minimi- 2. Apresentação, discussão e votação Carlos Alberto da Costa Pereira Simões mostram que a sua população foi zada pela chegada de novos resi- do Plano de Atividades e Orçamento aumentando de censo para censo dentes ao concelho. O défice de Aníbal Pacheco

12 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 13 Actualidade VESPA-DAS-GALHAS-DO-CASTANHEIRO “ATACA” NA REGIÃO ão muitos os testemunhos que Eslováquia, Espanha (Catalunha, nos chegam dos pampilhosen- Andaluzia e Castela-Leão) e mais ses que são proprietários de recentemente (junho de 2014) em CasStanheiros, referindo que as suas Portugal e na Alemanha. plantas estão a ser atacadas por uma estranha doença que afeta os reben- Sintomas: tos e folhas dos seus Castanheiros. O principal sintoma é o apare- Já não bastava o flagelo dos incên- cimento de galhas, a partir de dios que destruiu significativa parte meados de abril, nos ramos mais dos soutos e arvores isoladas, sendo jovens, nos pecíolos ou na nervura esta uma árvore nativa e tradicio- central das folhas. nal na paisagem pampilhosense, As galhas correspondem ao intu- mescimento dos tecidos e podem perdendo-se no tempo o uso da riores a 15 °C e não apresenta ativi- As ações de prospeção/inspeção, Luta Biológica: Castanha na alimentação dos locais, medir entre 5 e 20 mm de diâmetro. Têm uma coloração inicial esver- dade abaixo dos 10 °C. que têm por base a análise do risco • Existe um parasitoide específi- em tempos constituindo mesmo um associado à possível presença da co, Torymus sinensis, que poderá ser dos principais produtos da sua dieta, deada que vai passando depois para Disseminação: rosada, tornando-as mais visíveis. praga, são compostas por diversas utilizado para o controlo biológico muito antes da introdução da batata, A circulação de plantas ou partes fases. da praga, assente num plano espe- eis que agora, surgiu esta “praga” que Após a emergência das fêmeas, as de plantas das espécies hospedeiras galhas secam e podem permanecer Tendo em conta o ciclo bioló- cífico de largadas que terá de ser está a afetar o crescimento das plan- é a principal forma de introdução gico do inseto, as ações de pros- estabelecido após a delimitação da tas jovens e adultas e os rebentos das agarradas à árvore durante 2 anos, da praga em novos países onde ela sendo também visíveis. peção/inspeção devem realizar-se zona demarcada e tendo em conta a árvores afetadas pelo fogo, problema não existe. entre abril e julho, altura em que sincronização dos ciclos de vida da que irá afetar drasticamente a próxi- Fotos em http://www2.icnf.pt/ A dispersão deste inseto, a gran- portal/florestas/prag-doe/resour- se podem observar visualmente os praga/parasitoide. ma produção, doença provocada por des distâncias, pode fazer-se através sintomas (galhas). Durante a restan- • A largada dos parasitoides deve um inseto que escolhe o Castanhei- ce/doc/vesp-cast/vespa-cast-sin- da introdução de ramos e rebentos tom te época do ano, a praga desenvolve- ser efetuada no início da primave- ro como planta ideal para colocar as infestados, contendo ovos ou larvas. -se nos gomos foliares sem manifes- ra, através da produção de casais suas larvas. Biologia: A dispersão, a curtas distâncias, tar sintomas detetáveis por observa- em laboratório ou da utilização de Segundo apurámos na página do Infeção pode realizar-se através da circula- ção visual, pelo que qualquer inspe- galhas parasitadas. Instituto de conservação da Natu- A vespa-das-galhas-do-castanhei- ção de material infestado (ramos ou ção visual se torna ineficaz. • Trata-se de um meio de luta reza e das Florestas - ICNF, trata-se ro apenas tem uma geração anual. jovens plantas), do vento ou do voo As ações de prospeção/inspeção cujos resultados não são imedia- do inseto 'Dryocosmus kuriphilus'. • Emergência - as fêmeas (nunca das fêmeas adultas durante o perío- devem ser conduzidas pelas DRAP tos, pelo que deverá ser igualmen- Vespa-das-galhas-do-castanheiro. foram recolhidos machos desta do em que estão presentes (final de e ICNF, I.P., nas respetivas área de te avaliada a evolução da taxa de Género 'Castanea', com distribuição espécie) emergem das galhas entre maio a final de julho). A deslocação atuação, com a colaboração das parasitismo, não podendo assim geográfica na Europa, Ásia, América o final de maio e final de julho. das fêmeas é favorecida por ventos organizações de produtores agríco- ocorrer tratamentos inseticidas que do Norte, causando o declínio do • Postura - em junho e julho as ligeiros ou através do seu transporte las e florestais e das câmaras muni- prejudiquem o estabelecimento do Castanheiro. fêmeas adultas, que têm um tempo pelas pessoas em veículos ou no cipais. parasitoide. O inseto Dryocosmus kuriphilus de vida de cerca de 10 dias, deposi- vestuário. Yasumatsu, conhecido como a tam 3-5 ovos, por postura, no inte- O fruto dos castanheiros não Meios de Luta: Luta Química: vespa-das-galhas-do-castanheiro, é rior dos gomos foliares, podendo representa uma via de dispersão Os meios de luta a utilizar no • Na fase de emergência das um inseto que ataca os vegetais do cada fêmea perfazer um total de 100 uma vez que nenhuma fase da vida controlo da praga, deverão ser sele- vespas, com o objetivo de diminuir género Castanea, sendo considera- ovos. Alguns gomos podem conter do inseto se desenvolve no fruto e cionados de acordo com as carac- a população da praga, sobretudo em do, atualmente, uma ameaça para os 20-30 ovos. não existe possibilidade de contágio terísticas e localização das zonas a árvores jovens, de menor porte e em nossos soutos e castinçais. Este inse- • Eclosão das larvas - ocorre ao pelas fêmeas adultas (maio a julho), tratar. locais onde seja possível a realização visto que elas não estão presentes to é considerado uma das pragas fim de 30-40 dias, desenvolvendo- Povoamentos (soutos e castin- de tratamento com produto fitofar- mais prejudiciais para os casta- -se lentamente durante outono e no período de colheita do fruto macêutico autorizado. (novembro). çais) e árvores dispersas (em nheiros em todo o mundo, uma inverno. Antes de se transformarem jardins, parques, etc.) • Trata-se de um meio de luta vez que, ao atacar os gomos foliares em pupas, na primavera, as larvas A circulação de material lenhoso que poderá ser incompatível com e formar galhas, vai reduzir o cres- alimentam-se durante 20 a 30 dias e embalagens de madeira não cons- a luta biológica, pelo que em locais titui também uma forma de disper- Luta Cultural: cimento dos ramos e a frutificação, dentro das galhas que aparecem a • Corte das plantas de peque- onde estejam a ocorrer largadas ou podendo diminuir drasticamente a partir de meados de abril, adquirin- são, devido à ausência de gomos e existam taxas de parasitismo aceitá- folhas para a realização das posturas. no porte afetadas ou, no caso de produção e a qualidade da castanha do diferentes tonalidades ao longo árvores adultas e dependendo da veis, não deve ser aplicada. e conduzir mesmo ao declínio dos do seu desenvolvimento. Prevenção: intensidade do ataque, poda sani- castanheiros. • Pupação - pode ocorrer entre As ações de prevenção (prospe- tária dos ramos afetados, seguida Contactar http://www.drapc. O inseto Dryocosmus kuriphilus é meio de maio e meio de julho, ção e inspeção) devem centrar-se a de destruição ou tratamento dos min-agricultura.pt/ originário da China, tendo iniciado dando origem às fêmeas adultas. As 2 níveis: resíduos vegetais, para eliminação Mais informações em http:// a sua dispersão mundial, primei- pupas são pretas ou castanho-escu- • Povoamentos (soutos e castin- do inseto. www2.icnf.pt/portal/florestas/ ro na Ásia e, posteriormente, na ras e medem cerca de 2,5 mm de çais) e árvores dispersas - prospe- • A destruição poderá ser feita prag-doe/ag-bn/vesp-cast América do Norte e na Europa, com comprimento ção; e através enterramento ou queima e e/ou Gabinete Florestal da a primeira deteção referenciada em A atividade do inseto é favoreci- • Fornecedores de material o tratamento através da aplicação Câmara Municipal. Itália em 2002 e posteriormente em da por temperaturas entre os 25-30 vegetal de reprodução (agrícolas de produto fitofarmacêutico auto- França, Eslovénia, República Checa, °C, diminui para temperaturas infe- e florestais) - inspeção. rizado. Carlos Simões “CIDADÃO ESCLARECIDO, CONSUMIDOR PRECAVIDO” apDC – associação portu- IX – CADUCIDADE DO tuto, a que chama caducidade. E menor à correspondente ao seu No entanto, se proposta a ação guesa de Direito de Consu- DIREITO DE ACÇÃO E DO como opera a caducidade? consumo, fruto de eventual erro a exigir tais valores, o consumi- mo, com vista a promover o DIREITO À DIFERENÇA DO A caducidade opera quando o ou outra circunstância imputável dor se, ao instruir a sua defesa, seAu projeto “Cidadão Esclarecido, PREÇO prestador ou fornecedor de um ao prestador ou fornecedor de não invocar a caducidade, esta será Consumidor Precavido”, que tem No sector dos serviços públicos serviço público essencial, em razão serviços, e, passado 6 meses vier sempre conhecida oficiosamente como finalidade a promoção dos essenciais: fornecimento de água, de uma fatura em atraso, inten- exigir ao consumidor o pagamen- pelo tribunal, não sendo o consu- interesses e a proteção dos direitos de gás, de eletricidade, das comu- ta uma ação de dívida contra o to da diferença. midor prejudicado nos direitos dos consumidores, divulgou um nicações eletrónicas entre outros, consumidor fora do período de O que significa que o pagamen- que a lei lhe reconhece. conjunto de 12 artigos, que julga- o direito dos prestadores ou forne- tempo em que pode exercer esse to da diferença do preço, só pode mos serem do interesse de todos cedores ao recebimento do preço direito. Isto significa que, quando ser exigido nos 6 meses seguin- Lembre-se, consumidor os cidadãos, por forma a precaver do serviço prestado prescreve no a ação é proposta passado os 6 tes ao pagamento efetuado pelo esclarecido é consumidor eventuais problemas relacionados prazo de 6 meses após a prestação meses - período, este, contado da consumidor. precavido! com o consumo de bens e serviços. ou fornecimento do serviço, ou data em que a fatura é emitida - Deste modo, sempre que seja Esta divulgação no Serras afigurou- seja, se for exigido ao consumidor o prestador ou fornecedor deixa proposta ação ou exigido o paga- -se especialmente pertinente, visto o pagamento da fatura 6 meses de ter o direito de mover a ação mento da diferença do preço, é apDC – associação portuguesa que no concelho de Pampilhosa após o fornecimento do serviço, contra o consumidor, operando o necessário verificar se se passaram de Direito do Consumo da Serra, onde infelizmente o enve- ao consumidor é lícito invocar a que se chama de caducidade do os 6 meses, pois caso se verifique lhecimento da população, a falta prescrição para não efetuar o paga- direito de ação. essa circunstância o consumidor de informação e o isolamento de mento da fatura – este é um direito Mas, também, opera a cadu- pode naturalmente invocar a cadu- Projecto “Cidadão Esclarecido, Consumi- alguns habitantes é uma realidade, que a lei lhe confere. cidade quando o fornecedor ou cidade do direito de ação, bem dor Precavido”, com o apoio “Fundo para pode ser propício à violação dos Mas, para além da prescrição, a prestado de serviços tiver cobra- como a caducidade do direito à a Promoção dos Direitos dos Consumi- interesses dos pampilhosenses. lei prevê também um outro insti- do ao consumidor importância diferença do preço. dores”

14 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA Cultura VESPA-DAS-GALHAS-DO-CASTANHEIRO “ATACA” NA REGIÃO PATRIMÓNIO RELIGIOSO DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA FREGUESIA DE CABRIL abril é uma sede de freguesia a sua sede, centro de convívio, sendo zelador do património religioso, que do concelho de Pampilhosa da o local onde diariamente é ponto de explicou com pormenor o património Serra situado num local onde encontro, dispondo de excelentes assim como visita ao restante, expli- Ca paisagem é muito agradável, conta instalações. Contudo, como memória cando também que os falecidos eram com cerca de 40 pessoas com residên- do passado, a sua torre foi mantida, sepultados no chão da igreja referida, cia permanente, o estado de conserva- toda construída em pedra à vista, o que onde suas ossadas foram transladadas ção em excelente estado, assim como lhe confere uma beleza ímpar, conhe- para o cemitério local. monumentos erguidos, destacando o cida pela Torre Sineira, existindo junto Entretanto foi construída uma nova alusivo ao trabalho, além de outros, um painel em azulejo que retrata a igreja, inaugurada em 1959. Um enor- me espaço e belo onde consta um também grande salão de festas e conví- vios. O seu padroeiro S. Domingos, muito venerado pelo povo, sendo a festa anual em sua honra a 4 de Agosto. No interior da igreja, além da imagem do padroeiro, encontramos o Sagrado Coração de Jesus, Senhora das Graças, Santo António e uma enorme imagem de Senhora de Fátima, o que alem de rico património lhe confere uma acentuada beleza. Além do atrás descrito, conta na sede de freguesia com ainda mais 5 capelas, sendo a mais antiga a de Santa Apolónia, não sendo conhecida data de sua construção. Possui a sua Santa num altar em madeira com alto valor, além de histórico, foi lá que foram cele- bradas as primeiras eucaristias. Na localidade encontramos ainda a Capela da Senhora das Dores, cons- truída em 1858, tendo como imagens, além da Senhora das Dores a Senhora dos Passos e S. José das Botas. A Capela da Senhora dos Desampa- festa em sua honra todos os anos a 8 de • Praçais - o seu padroeiro é S. rados, tendo também mais as imagens Setembro. Consta que esta capela foi Tiago, festa em sua honra em Julho, de S. Sebastião, S. Braz, S. Luiz, mandada construir por uma promessa tendo ainda a venerada Senhora do e Senhora da Assunção, não sendo de um paroquiano de Malhada do Rei Desterro, festa em sua honra no tercei- conhecida a data de sua construção. de nome Pedro, bem perto construiu ro domingo de Agosto. Capela da Senhora de Lurdes, também um cruzeiro, tendo na mesma • Ribeiros - constituído por 4 luga- tendo sua imagem sido oferecida por promessa construído mais 6 capelas, res, Lomba da Senhora, Sanguessuga, o que lhes confere uma significativa antiga igreja. O imóvel tinha na facha- emigrantes, foi inaugurada em 7 de todo este rico e importante patrimó- Sobralinho e Malhô, a sua padroeira beleza. da principal a imagem do padroeiro Julho de 1925, sendo feita uma festa nio faz parte da sede de freguesia, é a Senhora da Conceição, é a mais Com um património religioso S. Domingos, Senhora do Rosário e todos os anos em sua honra no segun- tendo ainda nas aldeias que compõem antiga da paróquia, festa em sua honra bastante rico, da sua primeira Igreja Nª. Senhora de Fátima construída em do domingo de Agosto. a freguesia uma capela, cada qual com 8 de Dezembro. Matriz não se conhece a data de cons- pedra, pela beleza e estado de conser- Também faz parte de seu patrimó- seu venerado padroeiro onde em sua • Vale Derradeiro - a sua padroeira trução, prevendo-se para cerca dos vação retrata muito bem o orgulho de nio religioso a capela de Santa Luzia, honra é feita uma festa anual, sendo é a Senhora da Saúde, festa em sua anos de 1700. Quando a certa altura seu povo. situada junto da barragem com o as seguintes: honra segundo domingo de Agosto. entrou em ruínas, não sendo viável Ao deslocarmo-nos ao local fomos mesmo nome, o que lhes confere um • Vale Grande - padroeira é a senho- Todo este belo e rico património sua reconstrução, foi vendida à Comis- recebidos amavelmente pelo dedicado dos mais belos miradouros do conce- ra das Febres, festa em sua honra no é adorado, fazendo parte da cultura são de Melhoramentos, onde hoje é paroquiano Carlos Antunes Mendes lho, alem de sua imagem tem também último domingo de Julho. religiosa de nosso povo, a sua fé, sendo a da Senhora da Assunção, é feita uma • Armadouro - padroeiro é o Senhor a mais alta honra mante-lo e em bom dos Milagres, festa em sua honra a 1 de estado de conservação. Agosto. • Foz do Ribeiro - o seu padroeiro Zé Manel é Santo António, festa em sua honra Colaboração de Carlos Alberto Antunes segundo domingo de Julho. O MIRADOURO DO POETA

LEMBRANDO FAJÃO A MINHA ALDEIA Ó Fajão terra Altaneira A vida é uma permanente sucessão Com os teus Penedos da Penalva Feita de páginas que narram história De onde ao longe se avista De acontecimentos que se dão Da Estrela até ao Alva. Que ficam presos ao coração E permanecem na memória… És terra de antigas lendas Tudo vai sendo muito diferente Com os teus Contos Imortais Calaram-se sons…fecharam-se atalhos… O teu Penedo Portelo As casas… muitas… vazias de gente… Tua Rocha e muito mais. Onde o calor já pouco se sente… Tens a Senhora da Guia Lembrando aquela manta de retalhos… São Salvador bem pertinho Mas mesmo assim sabe bem Tens as famosas Voltinhas São os ares… os horizontes… E o alto do Carvalhinho. Aqueles chamamentos de mãe Tens o Cabeço da Mata Aquela saudade que se tem… Com o Ceira ao fundo correndo Daquela natureza…daqueles montes… Sentimo-nos acariciados… Levando nas suas águas Contornamos a ansiedade As alegrias e as mágoas Somos de recordações abastados Dos que por lá vão morrendo. E ao nosso torrão muito ligados (…) No carinho e na saudade… José Antunes Iria São Pereira

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 15 Cultura LUCIANO REIS LANÇA A SUA AUTOBIOGRAFIA uciano Reis, natural do Cabril, Edições, Lda, esta obra tem 250 pági- as muitas linhas que virão, porque sem escritor com mais de 100 obras nas, abarcando a vida de Luciano Reis uma usual disposição, minha paixão pelo editadas, lançou no dia 23 de a partir do Cabril, falando-nos de uma fazer e a disponibilidade para a escrita LJunho, pelas 15 horas, a sua Autobio- vida pessoal e profissional, digna da desta obra, apesar do seu escasso tempo, grafia, que teve lugar na Casa-Museu nossa maior atenção, não faltando um devido aos muitos compromissos literá- Leal da Câmara, unidade museológica imenso acervo iconográfico, com mais rios e projetos, penso que será impossível onde foi o seu Director, antes de se de 300 imagens. Como se diz no seu reunir aqui o grande volume de factos, aposentar da Função Pública. subtítulo: “Luciano Reis é um caso único actividades e obras de minha autoria A ideia para a publicação desta na gestão cultural.” UM MESTRE DAS como já referi atrás. edição partiu da sua esposa, Fátima PALAVRAS em toda a sua dimensão, Em certa ocasião, quando eu iniciara a Rodrigues, que a Junta de Freguesia como se pode verificar “in loco” no dia organização dos arquivos com as minhas de Rio de Mouro/Sintra, acarinhou do lançamento da obra, pelas muitas produções, a Fátima disse-me: – «É difí- desde o primeiro momento e a patroci- lágrimas que se viam em muitos rostos. cil compilar num só livro o registo de tudo nou, entidade autárquica que o conde- Para termos uma melhor noção da aquilo que já fizeste» Eu sorri e mencio- corou com a Medalha de Mérito. grandeza desta Autobiografia, termina- nei-lhe sobre a importância do traba- que com a sua Luz iluminam a vida forma de ser. Na verdade o Luciano escre- Foi um evento excepcional com mos com o texto da sua Introdução, o lho para a saúde. Sim, um apaixonado daqueles que o rodeiam. É por isso difícil ve como é. Conta-nos histórias de vidas. cerca de 200 participantes. Desse texto do seu Prefaciador, e, por último pelo ofício de escrever os mais variados escrever sobre o Luciano. Muito difícil. Investiga e transmite o saber. Acolhe-nos e honroso leque de pessoas o destaque as palavras escritas pelo Vítor Tomás. temas e, especialmente, enaltecer perso- Solidário. Amigo e Generoso. Culto. afaga-nos em cada linha de poesia ou de para muitos dos seus familiares (o seu «A proposta para a edição desta obra nalidades do universo artístico. Muitas Superiormente culto. E empenhado. Sério pensamento. filho Tiago, irmãos, sobrinhos, cunha- nasceu inesperadamente, a 22 de Junho delas, que por displicência ou ausência e trabalhador. Profundo e denso. O Lucia- O Luciano guia-nos a cada palavra dos), quer da sua parte, quer da parte de 2017 (data do meu aniversário), atra- de valorização, poderiam ficar imersas no é uma Alma grande. Enorme. e convoca-nos para a profundidade. Às da sua ex-esposa a Helena Reis, que vés da minha mulher, Fátima Rodrigues, no esquecimento, após uma vida dedica- Ao Luciano Reis nunca ouvi um quei- vezes inquieta-nos. Lembra-nos patama- era natural do Signo-Samo e, como como um dos presentes especiais com da à arte, nas suas inúmeras expressões. xume ou um lamento. Sempre lhe conheci res de conhecimento interior que ainda é do conhecimento de muita gente, que me quis presentear nesse dia. Sem Penso que escrevo com a alma, inspirado energia e dinamismo. Ao serviço de Rio de não dominamos. Porque o Luciano na faleceu no ano de 2008. Também a eu saber, já tinha falado com o senhor por uma força que me leva a espaços Mouro e das suas gentes. Rio de Mouro sua escrita é um biógrafo mas também registar a sua actual esposa Fátima Pina Presidente da Junta de Freguesia de Rio distintos. É o instrumento da produção/ orgulha-se dele e do seu trabalho. Temos um pensador. Um poeta e um historiador. Rodrigues Reis, a sua mãe e os seus de Mouro, Sr. Bruno Parreira, que se transmissão de inúmeros conteúdos, que vaidade. Eu acredito que o percurso de Escrever este prefácio foi verdadeira- filhos Glorinha e Daniel. Também mostrou, de imediato, disponível para a tomam forma através das palavras, para vida do Luciano o transforma num dos mente um exercício de terrível e brutal presentes outras pessoas do nosso Junta de Freguesia patrocinar a edição, oferecer a quem desejar sorvê-las até o nossos maiores. Acredito sinceramente dificuldade. Porque não escrevo como concelho, como eu próprio, amigo do indo ao ponto desta autarquia fazer a interior da alma. Refiro-me a mim como que as linhas que vão ler são a história e as aquele que nestas páginas vai surgir Luciano Reis desde criança e o Tony ponte com a editora, sob a coordenação “O Homem das Palavras” porque a escri- estórias de vida de alguém que muito tem perante Vós. Mas sobretudo porque não é e a Graça. Depois os dois Vereado- do Vítor Tomás. Por alguns instantes, ta é uma Missão, uma grata Missão que para contar. Como não? – Da meninice fácil descrever em meia dúzia de linhas os res da Câmara Municipal de Sintra eu e a Fátima conversámos sobre essa sei me pertencer desde muito cedo. Já nasci na Beira à idade atual na grande cidade. traços mais característicos de uma perso- partindo... Partindo em busca dos meus Metamorfoses várias. nalidade tão densa e de quem tanto gosto. sonhos, pois já sabia ser o sonho o toque Por gostar de história, após tomar posse Tudo o que desejo é que cada um do espírito indicando o sentido da existên- como Presidente da Junta de Freguesia de dos leitores encontre nestas páginas o cia, o primeiro contacto com a esperança Rio de Mouro, pus-me a folhear álbuns verdadeiro e genuíno Luciano Reis. E que que caminha ao encontro da realização com fotografias antigas. Eram fotografias o descubra como ele é na plenitude. Se de tudo o que estava planeado em meu da década de 80. Iniciativas passadas e estas páginas não chegarem basta que Ser. Não havia de ser diferente. Assim, organizadas pela Junta de Freguesia. A o abordem na rua. A forma como ele se segui a estrada que se construía debaixo primeira que vi trazia o Luciano. Menos dá e se deixa descobrir irá fazer com que de meus pés, na medida em que acredi- cabelos brancos (ele que até nem tem descubra uma Alma extraordinária. Leia tava e caminhava, mesmo sem visualizar muitos), mas sobretudo menos rugas. Da e fale. Não se arrependerá. sequer o horizonte. Não importava, pois pose adivinha-se que declamava na Casa Bruno Parreira (Prefaciador)» sabia da sua existência. Tinha certeza de Museu Leal da Câmara. Percebam que «Nasceu a 22 de Junho de 1954, na que estava lá, naquela cidade de Lisboa, para este texto tal imagem era profunda- localidade de Cabril, concelho de Pampi- todas as oportunidades que me aguarda- mente simbólica. lhosa da Serra, distrito de Coimbra. Até vam. Lá estavam muitos factos, por acon- A primeira foto antiga que vi uma hoje tem mais de 100 livros publicados. tecer, que justificariam aquele “menino” vez tendo acesso ao arquivo da Junta era Poderia começar assim esta Biografia com quem trabalhou (Dr. Hermínio possibilidade e somente, depois de algum deixar para trás as suas origens e uma uma foto do Luciano. Que já antes destas de Luciano Reis. Estaríamos a ser justos Santos e Correia de Andrade); os três tempo, aceitei cá dentro a possibilidade fase da vida que se encerrara, para dar funções me dava o gosto e a honra de nas datas e nos números, mas seria um presidentes da Junta de Freguesia de de passar a livro parte da minha vida e vez a nova atmosfera, a ser inspirada por poder contar com ele como meu amigo. “início frio” para uma personagem tão Rio de Mouro com quem colaborou obra. Digo parte, porque é completamente todo o seu Ser e a renovar as forças para Vê-lo ali foi ter a certeza absoluta que a rica. Entre o nascimento e essa enumera- (Dra. Maria Alice Monteiro, Dr. Filipe impossível uma biografia ser totalmente uma vida, inicialmente difícil, porém, História de Rio de Mouro na modernida- ção de obras e outros trabalhos há uma Santos e Dr. Bruno Parreira); escrito- radiográfica. Foi um aceite mútuo, uma uma nova vida. Pois a fé, fruto de elevada de se confunde em alguns momentos com vida pejada de “momentos plenos” quer res com Biografias e obras prefaciadas resposta sentida e internamente aprovada inspiração, sempre me conduzirá ao seu a ação do Luciano Reis. pessoais, quer profissionais, quer mesmo pelo Luciano, como: Nunes Forte, por mim e pela Fátima, uma vez que destino. Agora lado a lado: – Amar e ser O seu trabalho e a sua dedicação à artísticos que fazem do Luciano Reis um Ellys, Adelina Soares, Mr. Lapin e José acreditamos que tudo o que nos une tem amado por Fátima Rodrigues. nossa Terra mereceram por parte do ser humano de excelência. O que vão Presidente Filipe Santos a justíssima atri- ler é a vida de alguém que nunca rega- Manuel Concha, entre outros. Muitos de andar sempre lado a lado. De outra Luciano Reis» outros amigos quiseram estar presen- forma não pode ser. Posso afirmar que buição da medalha de mérito da Fregue- teou esforços para aprender, para saber, tes com o Luciano neste momento este é um dos grandes desafios que a vida «Falar sobre o Luciano é ao mesmo sia de Rio de Mouro. Esta atribuição não para fazer e para partilhar. Termino com especial, como os actores Vítor Norte, me apresenta. Depois de um longo perío- tempo fácil e complexo. Porque também será suficiente para que esta Freguesia a citação de Fernando Pessoa com que João d’Ávila, Jozé Sabugo e Prof. Artur; do de reflexão, compreendi que, mesmo ele é um paradoxo. agradeça devidamente tudo aquilo que o autor abre a primeira parte da sua pessoas ligadas ao lado académico que com mais de noventa livros editados, O Luciano é de Rio de Mouro. Pode o Luciano Reis por nós tem feito. Gosto biografia: «Às vezes ouço passar o vento; fizeram ali os seus trabalhos de licen- não quer dizer que seja um autor muito não ter nascido ou sido criado nesta da escrita do Luciano. É despretensio- e só de ouvir o vento passar, vale a pena ciatura e mestrado, nomeadamente conhecido ou reconhecido. Mas cá vai a Terra. Mas foi aqui que passou a maior so. É humilde na forma como escreve. ter nascido. a Mena Pereira, elemento do grupo obra. Pelo menos para mim próprio, para parte da sua vida útil e foi aqui que Escreve para que o possamos ler e até Vitor Tomás» “Real Companhia”, o seu primeiro o meu “Eu Superior”, digo, com humil- semeou muita da sua atividade. nisso o Luciano é generoso. O sucesso amigo em Lisboa, o Fernando Nunes, dade, que é com gosto e entusiasmo que O Luciano é um escritor. Mas também dele explica-se muito naquilo que é a sua Vítor Cruz a Dra. Marisa Pereira directora da registo as informações e impressões sobre um ator. O Luciano é um contador de Universidade Sénior de Rio de Mouro um escritor que tive a grata oportunidade histórias. Mas também um dinamizador e muitos dos seus alunos que quise- de conhecer – Eu próprio!... O entusiasmo cultural. O Luciano Reis é Cultura. É USOS E COSTUMES DO NOSSO POVO (16): ram animar musicalmente este evento, nesta autobiografia deixa-me livre para Património. Seja ao leme da Casa Museu para além de muitos e muitos amigos, seguir pelas direções que desejar, e como Leal da Câmara ou seja como voluntário CÂNTARA DE LATA impossível de identificar aqui cada um uma personalidade digna de ser biogra- na Universidade Sénior de Rio de Mouro. Cântara de Lata, era um dos seus nomes. fado, cá dentro digo: «Sejas somente tu, Falamos claramente de um Ser recipiente principalmen- Publicada pela editora Madocromia seja o teu sentir...» Esse foi o “mote” para Humano de exceção. Daqueles de Luz te usado para transportar Aazeite. Durante muitos anos usou-se nas nossas aldeias. Foi um uten- sílio muito usado pelo nosso povo.

Abel Almeida

16 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA Cultura AS NOSSAS MONTANHAS E A NOSSA GENTE – 27 DA CIDADE E DO MAR o dia 26 do passado mês de de se sentir desenraizado na sociedade!... Sim, “desenraizado” na sociedade Maio, participei, em Coja, no Sim, “desenraizado” da sua terra! depois da saída do Seminário, expul- ATÉ À SERRA XXVII Encontro de Ex- Alunos Quando aquele rapazinho sentiu, pela so por “não ter vocação” ou por outras ou um homem da cidade e tempo bom, o barulho que fazem (dosN anos 60 e 70) do Seminário da primeira vez, o “apelo” de ir para o Semi- razões! A partir deste acontecimento, do mar. é contínuo e intenso, alterando o . nário (independentemente da forma ele passou a ser, principalmente para as Sou um Ceiroquense por sossego ambiental. Este barulho Apesar de este encontro se ter situado como este “apelo” o atingiu), ele fez a pessoas da sua terra, o “ex”! O “ex-se- Safinidade de coração. aumenta com a velocidade do na sequência de outros encontros anuais tremenda experiência de ser “arrancado” minarista”! Aquele que “abandonou o Ao longo de quase cinquen- vento que na altura soprar, não que, ao longo de quase trinta anos, têm de tudo aquilo que constituía a norma- Seminário”! De uma forma ou de outra, ta anos tenho afinado o meu sei os decibéis que debitam, mas vindo a ser realizados, cada ano num lidade da vida comum das pessoas da o “maldito”! gosto por tudo o que é natural sei que são incomodativos para lugar diferente, esta foi a minha primeira sua família e das pessoas da sua terra! A Aquilo que mais me emocionou em e verdadeiro e a aldeia de Ceiro- quem lá vai, especialmente para participação. Devo-a à paciente persis- partir daquele momento, ele sabia que Coja, no dia 26 de Maio, foi “ver” o co, na Freguesia de Fajão-Vidual, os seus habitantes que lá vivem, tência de alguns ex-colegas: estava “marcado”, que era “diferente”, que profundo sentimento de comunhão que Concelho da Pampilhosa da lá permanecem e diariamente lá - Tens de participar! Olha que há estava SÓ! Para sempre! A partir daquele continua a unir estes meus companhei- Serra, deu-me a possibilidade de dormem. pessoas para quem a tua presença seria momento, ele era o “seminarista”, ele era ros, com quem eu já não me encontrava contemplar a natureza deslum- Começo a descer, os 1.300 muito importante. uma espécie de “bicho exótico”, ele era há dezenas de anos! A comunhão dos brante para lá do mar, dos arra- metros da estrada para a Aldeia. Ainda bem que estes ex-colegas para uns o “anjinho que há de erguer a “excluídos”! nhas céus e do barulho, movi- Uma estrada muito estreita onde não desistiram de insistir comigo, pois hóstia sagrada” e para outros o malandro Entre as muitas dezenas de parti- mento e poluição das grandes só pode passar um carro de cada proporcionaram-me uma oportunidade “padre bravo”… Ele era, para todos os cipantes neste encontro, lá estavam cidades. vez. A estrada é tão estreita e de fazer aprendizagens muito impor- efeitos, o “excluído”! algumas pessoas do nosso concelho. Foi Fui e continuo a ser um acom- com curvas tão apertadas, que tantes, de entre as quais destaco esta: Sim, “desenraizado” no Seminário! por isso que senti o imperativo de cons- panhante familiar presente, por nenhum transporte maior pode a solidariedade dos que sofrem por se Porque, se ele era oriundo das “nossas” ciência de dedicar a este assunto esta isso, para acompanhar a minha lá ir. O caminho de chegada é o sentirem excluídos! Serras, então era o “serrano”, o “selva- “crónica” nº 27 de “As Nossas Monta- cônjuge à sua terra natal, fui mesmo para de lá sair. O desní- O papa Francisco, em várias das suas gem”, o “bruto” que nem sabia falar (em nhas e a Nossa Gente”. Estas pessoas viajar ao interior de Portugal, vel, entre o ponto mais alto e a intervenções, nomeadamente na sua vez de “vaca” dizia “baca”, em vez de são “nossas”, estas pessoas nasceram nas daquele Portugal esquecido e Aldeia, é muito grande. carta-encíclica “Laudato Si” (Números “corneteiro” dizia “cornetêro”, em vez “nossas montanhas”, estas pessoas riram isolado, à minha conta, no dia Perco a comunicações tele- 20-22; 45; 158), tem vindo a denunciar de “água” dizia “auga”!) e eram-lhe diri- e choraram com alguns de nós, estas de Portugal, das Comunidades e fónicas, pois a partir daqui só a “cultura do descarte” que “afeta tanto os gidas insinuações muito humilhantes pessoas brincaram e trabalharam nas como alguém disse, da Raça. se comunica por vezes através seres humanos excluídos como as coisas como “Da tua terra nunca veio nada de “nossas” terras e nas “nossas” serras, estas Saí de minha casa por volta das dos telefones fixos, ou de uma que se convertem rapidamente em lixo” jeito!”… E porque, ali, ele estava imerso pessoas fazem parte da “nossa gente”. 10:00 horas, passei a Ponte 25 de das empresas de comunicações (“Laudato Si”, nº 22). num mundo brutamente “masculino”… Nestas pessoas, reencontrei a “alma de Abril, apanhei a A1, A23, A13, móveis. De facto, muitos “ex”-“seminaristas” E porque, ali, o portão estava fechado… criança” que eu tinha conhecido há mais IC8, passei por Pedrógão, Venda Entro em casa cerca das 14:30 são vítimas desta “cultura do descarte”. E porque, ali, o regime de vida asseme- de cinquenta anos e que, apesar das da Gaita, Aldeia da Picha e a horas, naquela parte do País, no Ninguém (insisto, repito, enfatizo e lhava-se, em alguns aspetos, mais ao de mágoas, apesar das desgraças, apesar das partir daqui, rumei à Pampilhosa Portugal profundo que os polí- sublinho: NINGUÉM) que não tenha um quartel militar do que ao daque- desilusões, apesar das lágrimas nas noites da Serra. ticos do poder central não vão e feito a dolorosa experiência de ter sido la comunidade de discípulos de Jesus de tormenta, ainda continua, afinal, a Aí, começou a viagem mais não querem saber. “seminarista” consegue imaginar o que os Evangelhos lhe mostravam… E resplandecer (sinal vivo de que a graça significado e o alcance desta afirmação. porque, ali, o olhar dos “padres” era, de Deus é sempre infinitamente mais difícil, as curvas… Antes de ligar a televisão que E eu explico já porquê. Porque aquele em geral, austero e duro, muito distante potente dos que as nossas desgraças). Podemos passar na sede do em tempos atrás estava sempre rapazinho que, aos 10 ou 11 anos, foi daquele olhar terno com que Jesus o Estas pessoas não são “descartáveis”. Concelho ou antes de lá chegar, acessível, agora é necessário para o Seminário (atenção: refiro-me tinha cativado… E porque, ali, se ele Estas pessoas merecem ser contempla- no cimo da serra, cortar à direita telefonar para a TDT, marcar o ao Seminário Menor, não ao Seminário fosse um aluno com dificuldades na das, estimadas, valorizadas, compreendi- e ir apanhar N 344. Mais à frente, ponto, para comunicar que estou Maior) fez a terrível experiência de se aprendizagem, era vexado perante os das e amadas. corto para a Barragem de Santa lá, para que eles estabeleçam a sentir desenraizado da sua terra, fez a seus colegas por “professores” prepo- Voltarei a este assunto. Luzia e vou almoçar num restau- ligação e possamos ver os quatro terrível experiência de se sentir desenrai- tentes, sem “coração” e sem “alma”, que rante na Portela de Unhais. canais generalistas, o canal seis zado no Seminário e, depois de ter saído sobre ele descarregavam porrada e insul- Após o almoço, passo pelas o canal memória e o canal parla- do Seminário, fez a terrível experiência tos!... Manuel Nunes aldeias de Unhais-o-Velho, e mento. Tudo isto se complica antes da Malhada do Rei corto pela dificuldade da comunicação. à direita e finalmente chego ao Depois de arrumarmos a baga- DE SOBRAL VALADO cimo da aldeia de Ceiroco. gem, podemos finalmente apre- A primeira coisa que vejo na ciar a natureza e a sua beleza. LEMBRANDO O ZÉ ENGRAIXADOR sua periferia, antes de começar O extinto jornal CORREIO DA ca o vinha atacando de há dois anos a mais. Na Conservatória do Registo a descer para a Aldeia, são vinte SERRA, que se publicou em Pampi- esta parte, chegando a estar internado no Civil da Pampilhosa, também não tive e três torres “Eólicas“. Aprovei- lhosa da Serra, na sua edição de 01 de Hospital em Coimbra. melhor sorte. Valeu-me o meu primo e to para dizer que mesmo com Guido Carvalho Março de 1967, a páginas 8, publicou a Conseguiu algumas melhoras, mas amigo, José Maria Serra, de Sobral Vala- notícia que a seguir passo a transcrever: surgindo agora nova crise, o Zé não conse- do, também de idade já bem amadure- guiu resistir e assim esta figura popular, cida, que me deu as seguintes, possíveis «MORREU UMA FIGURA POPU- com a qual toda a gente simpatizava, informações: LAR DA PAMPILHOSA. foi hoje a enterrar, levando um acompa- O «nosso» José Engraxador, teria nhamento bastante numeroso.» Fim de tido o nome de José Pires (de Almeida Pampilhosa da Serra 24. transcrição. ?), filho de Maria da Purificação Pires, Realizou-se hoje o funeral do Zé Algumas diligências por mim esta sim natural de Sobral Valado, e de Engraxador, aquele homem-rapaz de 50 efetuadas resumem-se aos possíveis pai icógnito. A sua mãe, terá, na sua anos, que não tinha de altura mais do que esclarecimentos: Não consegui saber juventude, ido servir para uma terra, um miúdo da oito anos, e que passeava a com alguma verdade o nome completo cujo nome se ignora, mas já do Conce- vila, de caixote às costas, acocorando-se do Zé Engraxador, da nossa Pampi- lho de Oleiros, e quando regressou ao aqui e ali, num recanto, numa escada, lhosa, figura típica que eu ainda bem Sobral Valado, algum tempo depois, a uma esquina, para engraxar os seus conheci, muito conversador e que trazia consigo o pequeno José, de tenra «clientes». para nós tinha a preocupação de dizer idade. Terá sido registado na Conser- O Zé, que nasceu em Sobral Vala- que era natural de Sobral Valado. Não vatória do Registo Civil de Oleiros? do, sofria de uma grave deformação do conheci os seus pais e na minha aldeia, Assim sendo não é natural de Sobral corpo, ocasionada, segundo dizia, por já ninguém sabe nada, alguns conhece- Valado. A sua mãe, em Sobral Valado, uma tareia que apanhou do pai, quando rem-no na Pampilhosa e pouco mais. terá depois casado com José Faustino, era criança. Em Sobral Valado tinha a alcunha de sapateiro, este em segundas núpcias, Depois disso, nunca mais teve outro «o José das Dornas» era assim que oriundo da freguesia do Cabril, do ofício e outra vida senão percorrer o centro todos o conheciam. Concelho da Pampilhosa. do país ou ir até Lisboa, onde almas gene- Recentemente encontrei esta notí- A primeira notícia, publicada no rosas ou senhores que se condoíam da sua cia no Facebook, com a indicação que extinto jornal CORREIO DA SERRA, sorte e do seu aleijão lhe davam guarida, foi transcrita pelo Sr. António Rosa, do qual era seu diretor e editor o saudo- roupas e alimentação. em Pampilhosenses e Descendentes so Padre Carlos Borges das Neves, terá Alguns anos há, porém, que a dificul- (23-06-2018) e partilhada pelo Sr. Luis sido da sua autoria e veio publicada em dade em se deslocar era cada vez maior. Barata, no Facebook (24-06-2018). 01-03-1967, página 8, conforme verifi- Pelo que decidiu a ocupar o seu tempo no Tentando corresponder a várias quei na coleção completa que possuo ofício de engraxador. Recolheu-o então solicitações feitas nesse meio da comu- nos meus arquivos do Correio da Serra. a falecida e caridosa Dª. Elvira Nunes, e nicação social, fiz algumas diligências Aqui deixo mais alguns escritos para depois dela, os srs. Luís Nunes e sua esposa entre pessoas idosas, muitas o conhe- a história da minha aldeia Dª. Lurdes Nunes Afonso. ceram na vila da Pampilhosa, como Entretanto uma deficiência cardía- sendo natural de Sobral Valado e nada J. Marques de Almeida

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 17 18 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA Desporto CASA DO CONCELHO FOI PALCO DE CM PÓVOA ENCERRA ÉPOCA TORNEIO DE XADREZ SOLIDÁRIO COM O 5.º ENCONTRO DO PÓVOAS s acontecimentos devas- fazer aquilo que tanto apreciam. Na cerimónia de entrega de tadores provocados pelo Juntaram-se a nós as equipas medalhas (para todos os atletas) incêndio de 15 de Outubro convidadas, Norte e Soure (com e troféus, estiveram presentes o Ono concelho de Pampilhosa da Serra Traquinas), São Martinho da Sr. Vereador do Desporto e o Sr. continuam nos dias de hoje a gerar Cortiça (com Petizes, Traquinas Presidente da Junta de Freguesia movimentos de solidariedade para e Infantis) e estavam também de Pampilhosa da Serra, junta- apoio aos lesados. confirmadas a Associação mente com o Presidente da Agora foram os xadrezistas, por Desportiva do Fundão e a Casa Comissão de Melhoramentos iniciativa do Grande Mestre (GM) do Povo de da Póvoa, e claro a mascote do António Fernandes, que se dispo- que não compareceram com as evento, o Póvoas que entregou o nibilizaram para a realização de um ecorreu no dia 16 de suas crianças e jovens. último troféu da cerimónia. “TORNEIO DE XADREZ DE junho, em Pampilhosa Quanto aos resultados, os Um enorme obrigado a todos SOLIDARIEDADE” para com o da Serra, o 5.º Encontro Petizes da Póvoa perderam com os que contribuíram para o doD Póvoas. Um dia de festa para o São Martinho da Cortiça. sucesso deste dia e para toda nosso concelho e os pampilhosenses lesados. toda a família da Comissão de Nos Traquinas também o São a época desportiva, Município Perante uma proposta do GM Melhoramentos da Póvoa, que Martinho da Cortiça venceu o de Pampilhosa da Serra, Juntas a Câmara Municipal e a Casa do festejou assim o encerramento torneio, ocupando a equipa da de Freguesia, Associação Fute- Concelho em Lisboa desde logo na sede da Casa do Concelho umas da época 2017/18 para toda a casa o segundo lugar e o Norte e bol de Coimbra, patrocínios, se colocaram disponíveis para, em dezenas de xadrezistas usufruindo sua formação do futsal. Soure a terceira posição. Por fim, direção, pais dos atletas, atletas, conjunto, levarem a cabo a concre- daquele espaço acolhedor que é a O dia foi de festejo, onde todos a equipa de Infantis da Póvoa treinadores, mascote, speaker tização deste torneio, a que a Fede- nossa sede, localizada num dos bair- os Petizes, Traquinas e Infantis levou de vencida a equipa de São e todos os que de alguma ração de Xadrez também veio a dar ros mais típicos da capital, e do senti- da Póvoa se puderam divertir e Martinho da Cortiça. maneira também colaboraram o seu apoio, e, consequentemente, do de solidariedade tão nativo dos veio a verificar-se a disponibilidade nossos conterrâneos pampilhosen- de algumas dezenas de xadrezistas ses, ficando preconizada a vontade para participarem no mesmo durante de outras realizações ali virem a ser um dia de sábado, o dia 17 de junho. concretizadas futuramente.

para o sucesso desta época da Comissão de Melhoramentos da Póvoa, que mesmo a dar os Ali, na sede da casa do concelho, Como em todas as provas despor- primeiros passos na promoção em Alfama, aconteceu um dia de tivas também aqui estiveram os do futsal, fez história na Vila de grande solidariedade e de sentidas competentes e os competentíssimos, Pampilhosa da Serra ao apresen- recordações já vividas pelos Xadre- e neste caso os três primeiros clas- tar-se com 4 equipas, embora zistas no território de Pampilhosa da sificados foram obsequiados com apenas duas tenham estado em Serra, ao ser recordada a realização de prémios diferenciados alusivos à provas oficiais. outros eventos de Xadrez de grande Pampilhosa da Serra, sendo entregue Porque… “Vamos todos como prestígio internacional, de entre eles a todos os participantes uma recorda- os da Póvoa!” alguns distinguiram-se como sendo ção do nosso concelho, seguindo-se dos melhores torneios de sempre a partida com o agrado de um bom CM Póvoa organizados no nosso país. convívio. TRAQUINAS DA CM PÓVOA FECHA CALENDÁRIO o dia 24 de junho e para fechar o calendá- rio, os Traquinas da NComissão de Melhoramentos da Póvoa, estiveram presentes no IX Torneio Nacional de Futsal João Gregório/CS São João. Os resultados não foram dos melhores, e a equipa da Póvoa em 8 equipas, ficou na 7ª posição. No entanto, o dia São assim os pampilhosenses, Deixamos aqui sentidos agradeci- foi de alegria e convívio entre muito embora com a sua vida realiza- mentos ao GM António Fernandes atletas e pais. da a Kms de distância do território, e pela iniciativa que teve, e um desafio Parabéns ao Centro Social de dele tendo saído ainda jovens jamais para que outras realizações venham São João pela organização do se afastam, porque quando necessá- a ocorrer. torneio e principalmente por rio se manifestam presentes. Viva o território pampilhosense! não esquecer e homenagear o Foi por estas razões que foi possí- Viva a solidariedade! seu atleta guarda-redes e amigo vel, com a administração do GM João Gregório que perdeu a António Fernandes, e com a dispo- José Ferreira vida num acidente de viação nibilidade para arbitrar de um seu faz ainda pouco tempo. amigo, o árbitro inter- nacional, que teve reali- zação este Torneio de “Vamos todos como os da Xadrez Solidário, e se Póvoa!” outro efeito não tivesse tido, e teve, foi juntar CM Póvoa

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