Esporte 8 | Salvador, segunda-feira, 3 de abril 2017 MATT DUNBAR/WSL/DIVULGAÇÃO Elton Serra
[email protected] Vitória da democracia A democracia no Brasil, sabemos, é praticamente uma criança. Dos quase 517 anos de existência do país, em pouco mais de trinta vivemos num cenário relativamente democrático, onde o povo tem o direito de escolher quem governará seu território. É uma conquista significativa, mas que está longe de resolver as desigualdades sociais e extirpar os elementos que travam o crescimento do Brasil e locupletam-se com cargos públicos em prol de benefícios particulares, com atitudes muitas vezes es- cusas, ferindo o princípio democrático. No futebol, um mundo menor e mais fechado, a democracia é raridade. Na CBF e nas federações, por exemplo, inexiste. Um grupo restrito de dirigentes e políticos comanda o esporte, en- quanto atletas e treinadores, apenas assistem às decisões uni- laterais. Raras exceções ainda existem, como alguns clubes de futebol que permitem aos seus torcedores uma participação da vida política das instituições. O Bahia, desde 2013, realiza elei- ções diretas e dá aos seus sócios o poder de mudar o presi- dente a cada três anos. São quase quatro temporadas num re- Filipinho voa durante bateria da repescagem na etapa de Margaret River, na Austrália, no Mundial de Surfe gime democrático, mas obviamente este processo ainda vai de- morar muito tempo para amadurecer. SURFE CIRCUITO MUNDIAL O Vitória seguiu o mesmo caminho e aprovou, ontem, as elei- ções diretas no clube. A partir de 2019, o torcedor poderá es- colher o presidente, tirando o poder de “meia-dúzia” de conse- lheiros.