Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro Centro De Educação E Humanidades Faculdade De Educação
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Faculdade de Educação Rachel Colacique Visualidades surdas na cibercultura: aprendizagens em rede Rio de Janeiro 2018 Rachel Colacique Visualidades surdas na cibercultura: aprendizagens em rede Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Educação. Orientadora: Profª Drª Edméa Oliveira dos Santos Rio de Janeiro 2018 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CEH/A C683 Colacique, Rachel. Visualidades surdas na cibercultura: aprendizagens em rede / Rachel Colacique. – 2018. 242 f. Orientadora: Edméa Oliveira dos Santos. Tese (Doutorado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Educação 1. Educação – Teses. 2. Computadores e sociedade – Teses. 3. Surdos – Teses. I. Santos, Edméa Oliveira dos. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Educação. III. Título. es CDU 376.353 Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta tese, desde que citada a fonte. ___________________________________ _______________ Assinatura Data Rachel Colacique Visualidades surdas na cibercultura: aprendizagens em rede Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Educação. Aprovado em 15 de agosto de 2018. Banca Examinadora: _____________________________________________ Profª. Drª. Edméa Oliveira dos Santos (orientadora) Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ _____________________________________________ Profª. Drª. Cristina Broglia Feitosa de Lacerda Universidade Federal de São Carlos - UFSCar _____________________________________________ Prof. Dr. Mariano Pimentel Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro- UNIRIO _____________________________________________ Profª. Drª. Maristela Gomes de Souza Guedes Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ _____________________________________________ Profª. Drª. Rosemary dos Santos Universidade do Estado da Baixada Fluminense - FEBF Rio de Janeiro 2018 O Balé das Mãos Em meio a mil palavras Um único gesto molda toda a expressão do sentimento O corpo se expressa com desenvoltura E as mãos seguem graciosamente cada movimento Ouvidos trocados pelos olhos em uma escuta atenciosa E o balé das mãos segue incansável e incessante. O Silêncio quebrado às vezes pelo baque das mãos Só o silêncio, e as mãos seguem de forma majestosa. Cada par de mãos, iguais, e ao mesmo tempo diferentes Dando mais uma graça a esse belíssimo espetáculo Onde cada movimento completa o próximo e é completado pelo anterior. Cada forma, expressando todo o sentimento em si, presente. E mesmo quando elas dão o sinal de adeus no fim do espetáculo, levamos em nossa memória, em nossa alma e coração, A recordação daquela dança de movimentos, expressões e sentimentalismo, A magia fantástica do glorioso Balé das mãos. Alexis Pier Aguayo DEDICATÓRIA À Sophia, meu raio de sol. AGRADECIMENTOS Essa Tese foi escrita entre fraldas, mordedores e ao som de “Galinha Pintadinha”. E isso fez de mim a pessoa mais feliz e realizada desse mundo. Não foi fácil. Mas, afinal, o que conquistamos na vida que seja realmente fácil? Sou grata, todos os dias, por tudo que fugiu ao meu ‘planejamento’. Sou grata pelas mais belas borboletas de meu jardim, que chegaram assim, meio sem pedir licença, e fizeram morada eterna em meu coração. OBRIGADA, a Deus, que é bom todo o tempo. E a quem eu amo acima de tudo. OBRIGADA, minha filhinha, Sophia, por absolutamente TUDO o que você me proporciona (e ainda proporcionará). Você é meu maior presente. Meu sonho realizado. Meu domingo de sol, mesmo nos dias de chuva. OBRIGADA, Thiago, pelo companheirismo. Obrigada por tantas renúncias. Obrigada por me ajudar na realização dos meus sonhos. Obrigada por me dar o maior presente de minha vida. Sem você, a jornada seria muito mais difícil. OBRIGADA, aos meus pais e minhas irmãs, por serem meu alicerce. OBRIGADA, aos meus amigos e familiares, por todo incentivo, apoio e carinho com que me acolheram. Em especial à Cida e Lurdinha, pelo ombro amigo nas horas de riso e também das lágrimas. MINHA GRATIDÃO À professora Edméa Santos, orientadora e amiga que, com sabedoria e afeto exerceu seu papel de orientadora, incentivando-me e me dando todo o apoio e a oportunidade de chegar até aqui. À UERJ, que faz parte da minha vida desde a graduação, e a todos os professores do PROPED/UERJ, pela competência, pelo nível de qualidade do curso e pela oportunidade de compartilhar ideias, dúvidas e reflexões, essencial para a tessitura de meus conhecimentos. Ao Grupo de Pesquisa em Docência e Cibercultura – GPDOC, pela acolhida e pelas oportunidades de aprendizado. Agradecimentos especiais à Alexsandra Barbosa e à Mirian Amaral, pela escuta ativa e carinhosa, e pela parceria amiga. Aos colegas do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), parceiros na arte de ensinaraprender, pela oportunidade do diálogo e dos muitos relatos de experiência durante o desenvolvimento deste estudo. À comunidade surda, praticantes culturais e co-autores dessa pesquisa, pela valiosa contribuição. Enfim, a todos vocês, que são parte da minha história, pelo prazer da convivência, pela palavra amiga e pelo incentivo, essenciais para a concretização deste estudo. MUITO OBRIGADA! RESUMO COLACIQUE, Rachel. COLACIQUE, Rachel. Visualidades surdas na cibercultura: aprendizagens em rede. 2018. 242 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. A presente Tese procura investigar o papel preponderante das visualidades para a aprendizagem das pessoas surdas, nos diferentes espaçostempos educativos, na imbricação cibercultura/cidade, a partir de parâmetros que norteiam os estudos da visualidade e da pedagogia surda (Strobel, 2006, 2008, 2009, 2013; Perlin, 2003, 2006, 2008; Skliar, 1997, 1998). Ancorados nas pesquisas com os cotidianos (Alves, 2007, 2008, 2012; Certeau, 2009), e compreendendo a bricolagem metodológica como um caminho aberto à prática epistemológica multirreferencial (Macedo, 2008, 2010, 2012), dialogamos com a etnografia, mais especificamente a etnografia virtual, junto com nossos dispositivos de pesquisa e formação, que legitimam a experiência e o acontecimento como elementos estruturantes desse processo (Macedo, 2016). Como objetivo central nesse trabalho, procuramos responder a questão disparadora de estudo: De que forma a aprendizagem é materializada na cibercultura, especialmente nas redes sociais, a partir das conversas e narrativas visuais produzidas e veiculadas pela comunidade surda? Buscando um diálogo permanente com as noções subsunçoras que emergiram do campo, trazendo diversas produções culturais surdas que circulam pela Internet, problematizamos os modos pelos quais as visualidades presentes nesse ambiente têm contribuído para a formação cultural e identitária das pessoas surdas, e discutimos o papel relevante das imagens nesse contexto. Conversas e narrativas dos praticantes culturais nos forneceram indícios de aprendizagens, a partir das imagens visuais, que foram agrupados em cinco dimensões: a dimensão linguístico-cognitiva e cultural, representada pelo uso de um conjunto de saberes e sua aplicação a situações da vida prática, incluindo o pleno domínio da língua de sinais e valorização da cultura surda; dimensão formativa, evidenciada na relação com o outro, na vivência de experiências como a interatividade, a colaboração, a dialogicidade; a dimensão comunicacional-integrativa, que deixa em evidência a capacidade de o indivíduo se comunicar utilizando códigos linguísticos diversos; a dimensão comportamental, que reflete atitudes e valores socialmente desejáveis que caracterizam e diferenciam os indivíduos; e finalmente, a dimensão tecnológica, que leva em conta o crescimento do digital em rede, que altera modos de pensar, ser e agir no mundo. Palavras-chave: Cibercultura. Educação de Surdos. Visualidades Indicadores de Aprendizagem ABSTRACT COLACIQUE, Rachel. Deaf visualities in cyberculture: networking learning. 2018. 242 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. The present thesis seeks to investigate the preponderant role of visuality for the learning of deaf people, in the different learning spaces, in the ciberculture / city imbrication, based on parameters that guide the studies of visuality and deaf pedagogy ( Strobel, 2006, 2008, Perlin, 2003, 2006, 2008; Skliar, 1997, 1998). Anchored in the researches with the daily ones (Alves, 2007, 2008, 2012; Certeau, 2009), and understanding the methodological bricolage as an open way to the multi-referential epistemological practice (Macedo, 2010, 2012), we dialogue with virtual ethnography, more specifically with virtual ethnography, together with our research and training devices that legitimize experience and the event as structuring elements of this process (Macedo, 2016). As a central objective in this work, we seek to answer the trigger issue of study: How does learning materialize in cyberculture, especially in social networks, based on the conversations and visual narratives produced and transmitted by the deaf community? In search of permanent dialogue with the subsumption notions that emerged