Nahum Mandel Testemunho De Um Sonho (Brasil, 1935-1948)

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Nahum Mandel Testemunho De Um Sonho (Brasil, 1935-1948) Nahum Mandel Testemunho de um sonho (Brasil, 1935-1948) 2009 239 Testemenho de um Sonho (Brasil – 1935-1948) Copyright © Nahum Mandel (2009) ISBN 978-965-90889-5-6 Todos os direitos reservados Permitido copiar até 5 linhas, citando da origem. Reprodução de textos maiores e de fotos exigem autorização do Autor. Kiburz Gaash, ISRAEL 2009 2 Dedico este livro a meus companheiros de sonho. Uns o realizaram, outros não. Entretanto, todos vivem em minha memória e no meu coração. N.M 3 Agradecimentos Graças às caprichosas revisões de meu primo Arnaldo Mandel e de meus amigos Etel Sara Wengier e Norberto Freund, o português deste livro é legível. Merecido beijo à minha esposa e companheira Shoshana, pela esmerada revisão ortográfica final. N.M. 4 Prefácio Historia é o que os historiadores escrevem. O que não está escrito na História – naõ aconteceu! (Nahum Mandel, "Autobiosophia"[1]) Martin Lutero King disse "eu tenho um sonho". Também eu fui um sonhador, e creio que ainda sou. Grande parte de meus sonhos, realizei: o relato deste livro, além de meu tesemunho pessoal, reflete a minha geração, que presenciou os dois eventos mais dramáticos da Histótia dos judeus na época moderna – o Holocausto e a declaração do Estado de Israel. Estatisticamente são raros os que se dão ao trabalho de documentar e escrever memórias do que presenciaram ao longo de suas vidas. Me incluo nesta minoria. Desde meus catorze anos, coleciono todos papeizinhos que dizem respeito a meus passos e desta maneira escrevi 6 livros, dos quais publiquei 4[2]. Este será o quinto. Este livro não é uma monografia, nem pretende ser um documento histórico-acadêmico. Que importância isto tem? Em minha opinião nenhum historiador é imparcial, uma vez que para redigir a História que ele relata, seleciona dentre os documentos que dispõe os que obedecem aos seus critérios. Cada um puxa a brasa para sua sardinha... Na Antiguidade, faraós e monarcas mantinham escrivãos a fim de perpetuarem seus feitos e biografias. Raros líderes, como Júlio César, escreveram por si suas memórias. Na época moderna Lénin, Winston Churchill, Charles De Gaulle, David Ben Gurion. Moshe Sharet, Henry Kíssinger, Bill Clinton e outros estadistas 5 anotaram suas atuações e os acontecimentos em diários, publicados posteriormente. Atualmente, não somente estadistas escrevem memórias – também o Zé povinho. Se todo historiador escreve a "sua" História, também eu quero escrever a minha. Quem sou eu para escrever "historia"? Um escrevinhador grafo-maníaco, alguém que sem ser escritor, gosta de escrever... Não anotei o decorrer do que presenciei e aqui descrevo, de forma que neste livro relato apenas o que me lembro, testemunhei ou tenho informação fidedigna. Dou minha palavra de honra que envidarei esforços em ser honesto e me referirei somente ao que me recordo perfeitamente, fatos documentados no meu arquivo pessoal ou que escrevi há 30 anos em meu livro "Mischak Ieladim?". Costumo comparar a narração de acontecimentos aos relatos do acidente de um carro – dependem de onde se encontrava quem o relata. Neste meu livro, fui o motorista na maior parte das narrativas; noutros, apenas estive dentro do carro: em outros, presenciei o acidente de fora do carro, e finalmente: certos relatos (figuram geralmente com letras menores) resultam de pesquisas que efetuei, as vezes anos depois de terem acontecido. No entanto, mesmo tendo uma recordação lúcida do passado, lapsos de memória podem ocorrer: encontrei no meu arquivo particular cartas datadas de 1945 do Hashomer Hatzair de São Paulo, onde está impresso o endereço de sua sede – Rua Paula Sousa 193 – e por mais que me esforce, nem sequer faço a mínima idéia de onde fica tal rua... (Já a localizei pela Google. NM) * 6 Estou consciente que me expresso com certa verve satírica (jamais sarcástica!). Me dou o direito de gozar um pouco de minhas vivências do passado – afinal das contas, no que me aguarda o futuro não vejo nada engraçado... Se alguém aproveitar o conteúdo deste relato, me sentirei compensado pelo trabalho que nele investi. N.M. Kibutz Gaash, 30/7/2009 [1] 1) "Autobiosophy" , livro em inglês de Nahum Mandel, sumário em 18 capítulos de meus pensamentos de judeu agnóstico, publicado em Londres pela editora Minerva-Press (2001). Segunda edição - Tel-Aviv (2007). [2] Os demais livros, todos em hebraico, foram publicados em Tel-Aviv: 2) "Mischak Ieladim?" (Brinquedo de crianças? – 2003), biografia ate 1951. 3) "Em seu kibutz não foi profeta" (2007), continuação do livro anterior. Edição ultra-restrita, não à venda. 4) "Construa sua casa" (2008), conselhos práticos para quem pretende construir casa, desprovido de experiência anterior. Durante sessenta anos minha profissão foi o planejamento e construção de casas. 7 Índice Capítulo 1 – Cronologia, 9 Capítulo 2 – O cenário: o bairro Bom Retiro, 13 Capítulo 3 – Meu tio Urtzi, 20 Capítulo 4 – Os "Shomer"es de São Paulo, 31 Capítulo 5 – O Departamento Juvenil, 51 Capítulo 6 – O Hashomer Hatzair, 82 Capítulo 7 – Hashomer Hatzair no Brasil, 116 Capítulo 8 – Avalanche de shlichim (emissários), 130 Capítulo 9 – Ressurgimento do Hashomer no Rio, 145 Capítulo 10 – Depois da moshavá, 458 Capítulo 11 – 1948 – grandes acontecimentos, 179 Capítulo 12 – Final holywoodiano, 202 Apêndice Atualização de nomes e sobrenomes, 234 Glossário dos termos hebraicos. 255 8 Capítulo 1 – Cronologia 27-4-1927. Nasci em Luck, província Wohlyn da Polônia, cidade atualmente pertencente à Ucrâiína, que mudou seu nome para Lutzk. 1929. Nasce minha irmã Rosa e algumas semanas depois nosso pai Mojsze Lejb Mandel (ele sempre assinou desta maneira, em polonês) emigrou ao Brasil com o irmão Shaique (aportuguesou para Isaías), a fim de melhorarem a condição de vida. 1930. Minha mãe Mirl (Maria no Brasil, Miriam em Israel) recebe de papai carta de chamada (com passagem de navio, naturalmente) e ruma com seus dois rebentos em direção ao Brasil. 1933. Urtzi (Uron) Mandel recebe chamada e passagem de seus irmãos no Brasil, e se junta a eles. 1935. Os três irmãos chamam seus pais, meus avós, Malka e Avrum (Abraão) Mandel, que partem ao Brasil com as filhas – Dintze (Dina), Guita e Branca. 9 Os irmãos continuam a mandar cartas de chamadas e passagens para parentes, mas somente Niúma Berger, sobrinho de vovó Malka, aproveitou esta oportunidade. Os demais parentes (os que não fugiram para a União Soviética) terminaram seus dias em uma vala-comum nas redondezas da cidade, fuzilados pelos nazistas. 1935. Urtzi vem morar com os pais em São Paulo. Pertencia na Polônia ao movimento juvenil judaico Hashomer Hatzair, e junto com amigos sionistas como ele próprio fundam o "Shomer", que funncionou por cerca de três anos, até que o DOPS o fechou. 1937. Meus pais se mudam para São Paulo, para viverem próximos a seus pais, meus avós, após terem residido em Matão (1930), Gália (1931-2), Taquaritinga (1933-6) e no ano de 1937 nas cidades de Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Campinas e finalmente atingimos a meta – São Paulo. Minhas tribulações de "judeu errante" terminaram em Israel ao chegar em 1951 no kibutz Gaash, onde me fixei e ao que tudo indica, algum dia nele descansarei eternamente em berço esplêndido, perto dos túmulos de meus pais... 10 1939. Participo das atividades que aconteciam aos domingos de tarde na Escola Renascença (Hatechiá, em hebraico). Não sei como começaram, nem por que terminaram. 1940. Minha Bar-Mitzvá, data comemorada no quintal da casa de meus avós, com um almoço festivo de 200 convidados. 1943. Começo a freqüentar reuniões semanais de jovens judeus que se reuniam no Centro Hebreu Brasileiro, que em 1944 passou a ser o seu Departamento Juvenil, do qual fui eleito por aclamação Presidente-fundador (era este o título que recebi...). 1944. Realiza-se uma moshavá, acampamento de férias, em uma fazenda em Desvio Ribas (Paraná). A diretoria do Centro financiou a minha participação e mais de dois chaverim (companheiros) do Departamento. 1945. Abandono o Departamento para fundar com mais dois amigos (Amnon Yampolski e Moisés Stroich) e meu tio Urtzi o Hashomer Hatzair em São Paulo, 11 onde recebi o cargo de mazkir (secretário-técnico) da Moatzá (a direção central). 25 de Dezembro de 1945, às 10 horas da manhã, no teatro da sede social do Clube Macabi. é fundado oficialmente o Hashomer Hatzair do Brasil. 18.7.1948. Meu casamento com a "Suzana da Bahia", Suzana (Shoshana em Israel) Spilberg. Em menos de uma semana partimos, como voluntários ao Exército de Defesa de Israel na Guerra de Libertação, para a nossa lua-de-mel em Israel. * Este é o sumário do que relato neste livro. Como exposto no Prefácio, esta narrativa, sem ser tradução de meu livro em hebraico "Mischak Ieladim??" (Brinquedo de Crianças?), é nele baseada. Friso de novo, insistentemente, que sendo minhas memórias, abordo nele somente o que se refere às atividades sionistas no Brasil nas quais participei, ou delas tive notícias fidedignas. Evitarei me referir a fatos que não se enquadram nestes parâmetros. * Não posso evitar o uso do palavreado português- hebraizado que usávamos em nossa vida sionista quotidiana. Para facilitar aos leitores a compreensão das palavras hebraicas que desconhecem, acrescento um glossário no final do livro. 12 Capítulo 2 – O cenário: o bairro Bom Retiro A nossa casa Quando nos radicamos em São Paulo, onde fomos morar? Logicamente no Bom Retiro, o bairro dos judeus! Nossa casa ficava no final da Rua José Paulino, no meio do trecho entre a Rua Júlio Conceição e as ruas Tenente Pena e Areal. Lógico por dois motivos: para estar próximos de meus avós, que residiam na Rua da Graça 450, e porque, como se dizia à boca pequena, o Bom Retiro gozava da preferência dos imigrantes – judeus, italianos e portugueses – devido a proximidade da Estação da Luz, pela qual eles, os imigrantes, chegavam à "Cidade da garoa".
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