À Sombra Dos Jequitibás: Patrimônio Ambiental E Políticas Públicas Na Criação E Implantação Do Parque Estadual De Vassununga/SP (1969-2005)
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UNESP – Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências e Letras Campus de Assis Programa de Pós Graduação em História À Sombra dos Jequitibás: Patrimônio Ambiental e Políticas Públicas na criação e implantação do Parque Estadual de Vassununga/SP (1969-2005) Carlos Alberto Menarin Assis 2009 Carlos Alberto Menarin À SOMBRA DOS JEQUITIBÁS: Patrimônio Ambiental e Políticas Públicas na criação e implantação do Parque Estadual de Vassununga – SP. (1969 – 2005) Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP – Universidade Estadual Paulista, para a obtenção do título de Mestre em História (Área de conhecimento: História e Sociedade). Orientador: Dr. Paulo Henrique Martinez Assis 2009 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da F.C.L. – Assis – UNESP Menarin, Carlos Alberto M535s À sombra dos jequitibás: patrimônio ambiental e políticas públicas na criação e implantação do Parque Estadual de Vassununga – SP (1969-2005) / Carlos Alberto Menarin. Assis, 2009 270 f.: il. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Ciências e Letras de Assis – Universidade Estadual Paulista. 1. Cidadania. 2. Meio ambiente – São Paulo (Estado). 3. Políticas públicas. 4. Recursos naturais – conservação – São Paulo (Estado). 5. Política ambiental – São Paulo (Estado). I. Título. CDD 333.7 Carlos Alberto Menarin À SOMBRA DOS JEQUITIBÁS: Patrimônio Ambiental e Políticas Públicas na criação e implantação do Parque Estadual de Vassununga – SP. (1969 – 2005) Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP – Universidade Estadual Paulista, para a obtenção do título de Mestre em História (Área de conhecimento: História e Sociedade). Aprovado pela Banca Examinadora, em Assis, 24 de junho de 2009. Banca Examinadora: ________________________________________ Dr. Paulo Henrique Martinez – UNESP/Assis (orientador) _________________________________________ Dr. Luiz Antonio Francisco Souza – UNESP/Marília. ________________________________________ Dr. Janes Jorge – PUC/SP Para Arlindo Menarin (in memoriam), por proporcionar o contato indispensável e despertar o interesse indelével pelo mundo natural... Para Vanessa, por tanto, por tudo, em tão pouco tempo... AGRADECIMENTOS Mais que mero componente formal de um trabalho acadêmico, o espaço destinado aos agradecimentos pode ser revelador do próprio processo de formação do pesquisador e dos caminhos seguidos pela pesquisa. Inicialmente, agradeço aos amigos de longa data, Anilton D. Correa Jr., Fabrício Perusso, Fernando S. Bonifácio e Natal dos Santos, pela amizade incondicional; e, ainda na pequena Santa Rita do Passa Quatro, por indicarem e me incentivarem a seguir o caminho da Universidade. Já na Faculdade de Ciências e Letras de Assis, devo muito ao Programa de Assistência Estudantil, que, mesmo limitado, viabilizou a conclusão do curso de História por meio do auxílio da então Bolsa de Apoio ao Estudante (BAE) e de vaga na Moradia Estudantil. No âmbito desse novo espaço, ao longo dos quatro anos de graduação, o contato com as mais diversas pessoas e idéias constituiu uma das mais ricas e estimulantes experiências de aprendizagem, no sentido mais amplo do termo. Devo sinceros agradecimentos ao corpo docente do Departamento de História, em particular, a dois professores: primeiro, ao Dr. Paulo Henrique Martinez, por apresentar, ainda na disciplina de Geografia, a instigante História Ambiental, por onde iniciei o caminho da pesquisa, chegando ao Parque Estadual de Vassununga; e, especialmente, à Dra. Célia Reis Camargo, pela constante confiança e incentivo para que desenvolvesse esta pesquisa, agora, junto ao Programa de Pós-Graduação em História. Agradeço ao Sr. Heverton José Ribeiro, Diretor do Parque Estadual de Vassununga, inicialmente por apresentar as dificuldades de gestão daquela Unidade e seu intrincado processo de criação e implantação, e, ainda, pelo convite para participação nos trabalhos de elaboração do Plano de Manejo daquele Parque, que muito contribuiu para o tema e o desenvolvimento desta dissertação. No Departamento de História, impossível não ser grato à secretária Clarice, pela amizade e apoio constante, ao longo desses anos em Assis. Agradecimento especial às funcionários Zaíra e Cida, pelo incentivo e pelos cafezinhos indispensáveis. Ainda naquele Departamento, agradeço ao Laboratório de História e Meio Ambiente (LABHIMA), pelo espaço, pelo acervo disponível e pelas atividades realizadas, imprescindíveis ao estímulo da pesquisa e formação profissional. À banca examinadora para qualificação, composta pelos professores Dr. Eduardo Romero de Oliveira e Dr. Wilton Carlos Lima da Silva, pelas contribuições dadas. Ao professor Juvenal Zanchetta Jr., pelos muitos incentivos e pela amizade. Aos funcionários da Biblioteca da Faculdade de Ciências e Letras de Assis, particularmente ao Auro M. Sakuraba. Ao Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (CEDAP), particularmente a Marlene de Souza Gasque, pelos conselhos, estímulo e confiança. Aos funcionários da Biblioteca “Evandro Mesquita” e do Museu Histórico e Pedagógico “Zequinha de Abreu”, em Santa Rita do Passa Quatro, em particular a “Turi” Ventura. À minha família, ainda que nem sempre compreendidos os motivos de minha ausência, ao longo desses anos. Agradeço novamente ao Dr. Paulo Henrique Martinez, agora, junto ao Programa de Pós-Graduação, pela orientação dada não apenas a esta pesquisa, mas para a prática do ofício de historiador que inicio. Deve sinceros agradecimentos à banca examinadora, composta pelo Dr. Janes Jorge e pelo Dr. Luiz Antonio Francisco Souza, presidida pelo Dr. Paulo Henrique Martinez, pela arguta leitura que proporcionou comentários críticos pertinentes para a adequação da versão final desta dissertação e, principalmente, pelo incentivo ao prosseguimento da carreira de pesquisador. Agradeço à Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por viabilizar o desenvolvimento desta pesquisa, por meio de bolsa concedida. Para finalizar esta página, destaco o nome de antigos e novos amigos que, cada um a sua maneira, ao longo desta trajetória, contribuíram muito para o desenvolvimento deste tímido pesquisador e para a finalização das linhas que se seguem: Adriane Vasti G. Negrão, André C. de Andrade, André L. Gonzaga, Andréa de Lucca, Camila Mainardi, Daniel dos S. Barroso, Daniel Z. Zanardo, Daniele Martins, David P. da Costa, Ederson Paulo Sanchez, Geraldo Nazar Jr. e família, Jefferson L. Sanchez Jr., Jerônimo D. Oliveira, Jiliane M. Santana, Joilson da Silva, José F. dos Santos, Luiz Fernando S. Pereira, Monique Mendes, Paulo Cesar Leme, Priscila M. Cesário, Renato F. Balieiro, Sidnei L. Nóbrega, Victor M. de Souza. RESUMO Uma das medidas institucionais desenvolvidas para proteção de remanescentes de áreas naturais, adotadas pelo governo brasileiro, encontra-se no que se define hoje por Unidades de Conservação. A presente dissertação busca discutir a criação e implantação do Parque Estadual de Vassununga, localizado no município de Santa Rita do Passa Quatro, região de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo. Consideramos a implantação de uma Unidade de Conservação o resultado de um longo processo de negociação entre diversos atores e interesses, em um campo de disputa tanto material como simbólico sobre os recursos naturais. A criação daquele Parque, em 1970, se deu em meio a tensões entre o interesse público e o privado, suscitadas pelo conflito jurídico entre o Governo do Estado e a Usina Santa Rita S/A, que lhe moveu uma Ação de Desapropriação Indireta, com o intuito de receber o valor das áreas destinadas a compor o mencionado Parque. Esse processo transcorre até a atualidade, sendo umas das causas dos problemas fundiários daquela Unidade e que se revelou ainda funcional aos interesses daquela agroindústria, ao conseguirem alta soma de dinheiro público pela indenização requerida. Outro ponto evidente foi que os moradores daquela localidade foram mantidos à margem do processo de criação do Parque Estadual de Vassununga. No entanto, constata-se que a figura do Jequitibá-rosa (considerado por muitos como milenar e árvore símbolo do Estado de São Paulo), localizado naquele Parque, é amplamente reconhecida e enaltecida como patrimônio natural local. A não associação do Jequitibá ao Parque onde se encontra, ou mesmo a redução do segundo à figura do primeiro, já nos dá indícios das dificuldades no processo de implantação daquela Unidade e de seu reconhecimento como patrimônio ambiental pelos moradores locais. Nesse sentido, tivemos como objetivo central a reconstituição aproximada daquelas tensões em torno da criação daquele espaço público, dentro de uma propriedade privada, e a prevalência dos interesses econômicos da referida agroindústria. Palavras-chave: Cidadania. Meio Ambiente. Patrimônio Ambiental. Políticas Públicas. Unidades de Conservação. ABSTRACT One of the institutional measures taken to protect the remnants in natural areas adopted by the Brazilian Government has been defined as Conservation Units. The current dissertation seeks to discuss the creation and implantation of the Parque Estadual de Vassununga, located in the borough of Santa Rita do Passa Quatro, in the region of Ribeirão Preto, São Paulo. We consider the implantation of a Conservation Unit as the result of a long process of negotiation between several actions and interests, in a symbolic and material field of dispute on natural resources. The creation of the above-mentioned park, in 1970, originated from tensions between public and private interests, aroused by the juridical