Introduction
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Carta Aberta Aos Ministros Do Supremo Tribunal Federal - Stf
CARTA ABERTA AOS MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF Assunto: Recurso Extraordinário (RE) nº. 1.017.365 Excelentíssimos Ministros do Supremo Tribunal Federal Dirigimo-nos respeitosamente a Vossas Excelências na condição de cidadãs e cidadãos não-indígenas deste território em que se constituiu o Estado Brasileiro e envergonhados com a forma com que, há séculos, tratamos os povos originários e os assuntos que são de seu interesse e direito. Os indígenas foram tratados pela lei brasileira como indivíduos relativamente incapazes até a Constituição de 1988. É verdade que esse tratamento poderia se justificar como uma proteção do Estado-guardião contra práticas enganosas e fraudulentas a sujeitos sem a plena compreensão dos parâmetros sociais da sociedade dominante. Entretanto, a história de expulsão, transferência forçada e tomada de suas terras pelo Estado ou por particulares sob aquiescência ou conivência do Estado evidenciam os efeitos deletérios de uma tutela estatal desviada de sua finalidade protetiva. Segundo o último Censo do IBGE (2010), 42,3% dos indígenas brasileiros vivem fora de terras indígenas e quase metade deles vive nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país. Essas regiões foram as primeiras e as mais afetadas pelas práticas de expulsão e ocupação não-indígena das terras dos povos originários. Embora boa parte da sociedade brasileira, por simples desinformação, pense que a tomada e a ocupação das terras dos indígenas tenham ocorrido nos primeiros anos da chegada dos europeus a este território, isso não é verdade. Foi sobretudo com as políticas de expansão para o Oeste iniciadas sob Getúlio Vargas e aprofundadas na Ditadura Militar, com grandes obras de infraestrutura e abertura de frentes agropecuárias, que os indígenas sentiram com mais vigor e violência o significado do avanço da “civilização” sobre suas terras e seus recursos. -
Cinema Brasileiro (1990-2002): Da Crise Dos Anos Collor À Retomada
OS ANOS 1990: DA CRISE À RETOMADA Cinema brasileiro (1990-2002): da crise dos anos Collor à retomada Maria do Rosário Caetano cinema brasileiro viveu na primeira metade dos anos 1990 sua crise mais profunda. A produção, que chegara na década de 1970 a ocupar 35% do O mercado interno, diminuiu de média de 80 filmes/ano para poucos títulos. Poucos e sem mercado de exibição. Resultado: os ingressos vendidos por filmes bra- sileiros na fase mais aguda da crise (1991-1993) reduziram-se a ponto da produção nacional ocupar apenas 0,4% do total. A hegemonia do cinema americano chegou ao seu momento máximo, já que, naquela década, cinematografias européias, asiáticas e latino-americanas (a mexicana em especial), que conheceram momentos de grande aceitação no mercado brasileiro, viviam período de retração. Os anos difíceis tiveram início em 15 de março de 1990, quando Fernando Collor de Mello tomou posse na presidência da República. Através de decreto, ele extinguiu os organismos estatais de fomento e fiscalização do cinema brasileiro: a Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes), a Fundação do Cinema Brasileiro, que cuidava do curta-metragem e de projetos de produção e difusão cultural, e o Concine (Conselho Nacional de Cinema). A situação começou a mudar, lentamente, quando a Lei do Audiovisual, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Itamar Franco (substituto de Collor, que sofreu processo de impeachment), entrou em vigor. Seu pleno funcionamento (a lei foi sancionada em 20 de julho de 1993) se faria notar em 1995, com a estréia da comédia histórica Carlota Joaquina, princesa do Brazil, filme de Carla Camurati, e com a comédia romântica O quatrilho, de Fábio Barreto. -
A Princesa Que Renasceu Das Cinzas
O Tempo - Magazine, domingo, 19 de julho de 2015 ANCINE, ROSANA ALCÂNTARA, AUDIOVISUAL, INDÚSTRIA AUDIOVISUAL, MINISTÉRIO DA CULTURA, BRASIL DE TODAS AS TELAS (ANCINE) A princesa que renasceu das cinzas Era uma vez uma garota que tinha um sonho. e a onipresença de jovens diretores estreantes. Não era ser princesa do Brasil. "Eu era muito apaixonada por cinema e queria que o cinema Reciclável. Não que isso tenha sido fácil. Para nacional não acabasse", conta Carla Camurati. começo de conversa, o longa foi realizado uma Só que isso era no início dos anos 1990, e ele semana de cada vez. "A gente filmava uma andava muito mal das pernas. "Mas eu ia fazer semana, parava e eu mostrava o resultado para o que fosse necessário, um sentimento quase os patrocinadores me darem mais dinheiro", infantil. Decidi fazer um longa", recorda. explica Camurati. Isso durou por oito meses, num total de seis semanas de filmagem. E eis que, por algumas horas em 1995, 1,4 milhão de brasileiros deixaram de ouvir "Always" Enquanto Carla corria atrás de dinheiro, a do Bon Jovi no rádio e de tentar descobrir quem equipe reciclava figurinos e sets que não seriam era o assassino de "A Próxima Vítima" e fizeram mais usados, transformando-os em outros algo que não faziam há muito tempo: foram ao novos. "'Carlota' foi o primeiro filme sustentável cinema ver um filme nacional. "Carlota Joaquina do Brasil", ri a diretora. O catering do set era - A Princesa do Brazil" não se tornou um marco feito pela cozinheira da diretora. "Era uma simplesmente por existir. -
Half Title>NEW TRANSNATIONALISMS in CONTEMPORARY LATIN AMERICAN
<half title>NEW TRANSNATIONALISMS IN CONTEMPORARY LATIN AMERICAN CINEMAS</half title> i Traditions in World Cinema General Editors Linda Badley (Middle Tennessee State University) R. Barton Palmer (Clemson University) Founding Editor Steven Jay Schneider (New York University) Titles in the series include: Traditions in World Cinema Linda Badley, R. Barton Palmer, and Steven Jay Schneider (eds) Japanese Horror Cinema Jay McRoy (ed.) New Punk Cinema Nicholas Rombes (ed.) African Filmmaking Roy Armes Palestinian Cinema Nurith Gertz and George Khleifi Czech and Slovak Cinema Peter Hames The New Neapolitan Cinema Alex Marlow-Mann American Smart Cinema Claire Perkins The International Film Musical Corey Creekmur and Linda Mokdad (eds) Italian Neorealist Cinema Torunn Haaland Magic Realist Cinema in East Central Europe Aga Skrodzka Italian Post-Neorealist Cinema Luca Barattoni Spanish Horror Film Antonio Lázaro-Reboll Post-beur Cinema ii Will Higbee New Taiwanese Cinema in Focus Flannery Wilson International Noir Homer B. Pettey and R. Barton Palmer (eds) Films on Ice Scott MacKenzie and Anna Westerståhl Stenport (eds) Nordic Genre Film Tommy Gustafsson and Pietari Kääpä (eds) Contemporary Japanese Cinema Since Hana-Bi Adam Bingham Chinese Martial Arts Cinema (2nd edition) Stephen Teo Slow Cinema Tiago de Luca and Nuno Barradas Jorge Expressionism in Cinema Olaf Brill and Gary D. Rhodes (eds) French Language Road Cinema: Borders,Diasporas, Migration and ‘NewEurope’ Michael Gott Transnational Film Remakes Iain Robert Smith and Constantine Verevis Coming-of-age Cinema in New Zealand Alistair Fox New Transnationalisms in Contemporary Latin American Cinemas Dolores Tierney www.euppublishing.com/series/tiwc iii <title page>NEW TRANSNATIONALISMS IN CONTEMPORARY LATIN AMERICAN CINEMAS Dolores Tierney <EUP title page logo> </title page> iv <imprint page> Edinburgh University Press is one of the leading university presses in the UK. -
Complete Dissertation Aug 1
Copyright by Courtney Elizabeth Brannon Donoghue 2011 The Dissertation Committee for Courtney Elizabeth Brannon Donoghue Certifies that this is the approved version of the following dissertation: “Lighting Up Screens Around the World”: Sony’s Local Language Production Strategy Meets Contemporary Brazilian and Spanish Cinema Committee: Janet Staiger, Co-Supervisor Joseph Straubhaar, Co-Supervisor Shanti Kumar Sonia Roncador Thomas Schatz “Lighting Up Screens Around the World”: Sony’s Local Language Production Strategy Meets Contemporary Brazilian and Spanish Cinema by Courtney Elizabeth Brannon Donoghue, B.A., M.A. Dissertation Presented to the Faculty of the Graduate School of The University of Texas at Austin in Partial Fulfillment of the Requirements for the Degree of Doctor of Philosophy The University of Texas at Austin August 2011 Dedication To Brian, Mom, Dad, and Jessica for your enduring love and support. Acknowledgements After spending seven years as a Master’s and Doctoral student in the Department of Radio-TV-Film, many people contributed and shaped my journey and this dissertation project. I am deeply grateful for the support and encouragement from my incredible friends, family, and community of academics and educators. Through the process of two degrees, you helped me to strengthen and develop my own academic voice. Thank you to my all-star committee—Janet Staiger, Joseph Straubhaar, Shanti Kumar, Thomas Schatz, and Sonia Roncador—for all of the time, energy, and patience you poured into this project. Each of you has had a major part in shaping me as a scholar, teacher, and student. Janet, it has been an honor and pleasure to learn from such a prolific media scholar. -
Finance and Co-Productions in Brazil
9 Finance and Co-productions in Brazil ALESSANDRA MELEIRO The purpose of this chapter is to present an up-to-date (as of 2011) account of the funding available to filmmakers in Brazil, with particular consid- eration being given to the advantages and disadvantages to be gained from making co-productions. From an economic perspective, the audiovisual industry plays a stra- tegic role in the dissemination of information and therefore in the deci- sion-making process of the world economy, not to mention the capacity of generating products, employment and income. It was estimated that the revenue of the audiovisual industry in Brazil in 1997 was about $5.5 billion, equivalent to approximately 1per cent of Gross Domestic Product, compared with 1 per cent in Argentina, 0.5 per cent in Mexico, 1.1 per cent in Europe and 2.7 per cent in the USA.1 The four main American distributors enjoy the largest slice of the Brazilian market while the remaining market share is occupied by small independent distributors. From time to time, the major players, such as Columbia, Sony, Fox, Warner and UIP, have also invested in the distri- bution of Brazilian products. In this case, the company also acts as the producer, profiting from fiscal exemption in the remittance of foreign currency used in the co-production of Brazilian films (through Article 3A, resources secured through fiscal renouncement). Examples of this prac- tice include Tropa de Elite 2 (Elite Squad 2, 2010), with over 11 million 1 Iafa Britz, ‘Brazil–Europe: Notes on Distribution, Finance and Co-Production’, in Exploiting European Films in Latin America, Media Business file, n. -
25 ISSN 1679-3366 Morte E Ress
Cadernos da Escola de Comunicação Morte e ressurreição do Cinema Brasileiro nos anos 1990: uma discussão sobre a Retomada da produção nacional Paulo Roberto Ferreira de CAMARGO Resumo Com a extinção da Empresa Brasileira de Filmes S.A. (Embrafilme) e do Conselho Nacional de Cinema (Concine), em 1990, por decisão do governo do presidente da República Fernando Collor de Mello, a produção cinematográfica nacional foi reduzida a praticamente zero. Graças a dispositivos de incentivo, como a Lei do Audiovisual, inicia-se, em 1995, um novo ciclo de produções, hoje reconhecido como Retomada do Cinema Brasileiro. Palavras-chave: cinema brasileiro, Retomada, política cultural, Lei do Audiovisual. Introdução A eleição, em 1989, de Fernando Collor de Mello, primeiro presidente da República escolhido por voto direto desde o golpe militar de 1964, acelerou um processo que já vinha se desenhando ao longo dos anos anteriores no cenário cinematográfico brasileiro. Ao implantar um plano econômico, cuja meta era debelar a inflação, que à época atingia índices próximos à casa dos 80%, o novo governo, tomou uma série de medidas administrativas para reduzir despesas e encolher o tamanho da máquina do Estado. Entre essas decisões, teve impacto direto – e devastador – sobre a produção cinematográfica nacional a extinção da Empresa Brasileira de Filmes S.A. (Embrafilme) e do Conselho Nacional de Cinema (Concine). Ao longo de mais de duas décadas, os dois órgãos tiveram papéis fundamentais no fomento da produção, distribuição e exibição de filmes nacionais no país. Sabe-se que, durante os anos 1980, a produção brasileira de longas-metragens havia vivido um período bastante profícuo. -
Catalogo De Filmes Nacionais.Pdf
1 2 educação municipal prevê a formação de estudantes em consonância A com o tempo presente e para o futuro, buscando promover a apropriação e construção de conhecimentos por meio do desenvolvimento da capacidade crítica e criativa. Nessa perspectiva, o projeto Hora de Cinema propõe a exibição sistemática de filmes, como instrumento de apoio à prática pedagógica. Assim, este catálogo tem como objetivo auxiliar professores no processo de seleção de filmes. A opção pelos filmes nacionais, justifica-se pela valorização da produção audiovisual brasileira, bem como para auxiliar no atendimento à Lei 13.006 de 2014, que determina a exibição de, no mínimo, duas horas de filmes nacionais por mês nas escolas de Educação Básica do país. Este catálogo está organizado por faixa etária e contém o tempo de duração de cada filme, além da sinopse. Ao final, encontra-se a relação de filmes para consulta por ordem alfabética, para facilitar a busca. A Secretaria Executiva de Tecnologia na Educação por meio da equipe de cinema/ SeteCine se coloca a disposição para dar suporte às escolas que necessitem de assessoria para execução desse projeto. APRESENTAÇÃO 3 Prefeitura do Recife Secretaria de Educação Jorge Vieira Secretaria Executiva de Tecnologia na Educação Francisco Luiz dos Santos Gerência de Tecnologia na Educação Gutemberg Cavalcanti Divisão Pedagógica Maria Cleoneide Adolfo Brito Setor de Cinema Antônia Cristina Silva Mendes Pesquisa: Milena Paiva e Carla Marinho Redação: Iago Fernandes Contato: Diagramação: Departamento de Design Setecine Supervisão de Acessibilidade: Adilza Gomes Blog: setecine.blogspot.com Facebook: Setecine Filmes Nacionais - Vol. 1 Email: [email protected] Recife, 2015 Fone: 3355-5482 4 Rua Oliveira Lima, 824, Soledade PRO DIA NASCER FELIZ (Brasil, 2006) Classificação etária: Livre Duração: 1 hora e 28 min Diretor: João Jardim Sinopse: O documentário mostra os principais problemas que os jovens brasileiros enfrentam na escola: precariedade, preconceito, violência e abandono. -
SP Edison Delmiro Silva O Papel Narrativo Da Canção Nos Filmes
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP Edison Delmiro Silva O papel narrativo da canção nos filmes brasileiros a partir da Retomada DOUTORADO EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA SÃO PAULO 2008 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP Edison Delmiro Silva O papel narrativo da canção nos filmes brasileiros a partir da Retomada DOUTORADO EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA Tese apresentada à Banca Examinadora como exigência parcial para a obtenção do título de doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo sob a orientação da Profa. Doutora Leda Tenório da Motta SÃO PAULO 2008 BANCA EXAMINADORA __________________________________ __________________________________ __________________________________ __________________________________ __________________________________ Edison Delmiro Silva O papel narrativo da canção nos filmes brasileiros a partir da Retomada RESUMO: A partir da análise de sessenta e dois filmes brasileiros lançados a partir de 1995, a tese apresenta uma categorização do papel narrativo das canções populares nestas produções. A filmografia deste período denominado “Retomada do Cinema Nacional” apresenta o uso desta forma musical específica para a construção dos significados nas cenas e, em última instância, para a constituição de alegorias que formam uma identidade cultural contemporânea e renovam a noção de nacionalidade representada no cinema. O estudo aplica os paradigmas analíticos da trilha sonora audiovisual no contexto da canção, categoriza as suas funções narrativas -
Universidade Federal Fluminense Instituto De Artes E Comunicação Social Curso De Cinema E Audiovisual
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL NEOCHANCHADAS (?) As supostas novas chanchadas no cinema comercial da retomada JOCIMAR SOARES DIAS JUNIOR Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Cinema e Audiovisual. Orientação: Prof. Dr. Fernando Morais da Costa. Componentes da banca: Prof. Dr. João Luiz Vieira e Prof. Dr. Rafael de Luna Freire. Rio de Janeiro - Niterói 2013 2 AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus familiares: à minha irmã, Náthaly Menezes, pelo companheirismo de sempre; ao meu pai, Jocimar Dias, por todo o incentivo aos meus estudos e apoio financeiro; à minha avó, Edylaura Menezes, em cuja casa isolei-me para escrever parte desta monografia; e em especial à minha mãe, Marcia Menezes, não só pela constante inspiração artística e pessoal, mas também por ter me levado ao cinema na infância sempre que podia, inclusive para ver os filmes da Xuxa e do Didi nos anos 1990 – ao me levar para ver O Noviço Rebelde em 1997, mal sabia ela que estava iniciando a minha relação tanto com o cinema brasileiro em si quanto com meu futuro objeto de pesquisa. Ao meu amigo Vitor Medeiros, por diversos motivos: por ajudar-me a organizar minhas ideias, inclusive me presenteando com o Como se faz uma tese, do Umberto Eco, quando eu estava pensando em escrever esta monografia em aforismos; por emprestar-me o ambiente tranquilo de sua casa, para leituras e períodos de escrita deste trabalho; por todo o carinho e apoio. A Vitor Medeiros e Juliana Corrêa pela ajuda para encontrar cópias em DVD da maioria dos filmes que serão estudados aqui. -
O Mercado Cinematográfico Brasileiro E a Aliança Entre O Global E O Local
O MERCADO CINEMATOgrÁFICO BRASILEIRO E A ALIANÇA ENTRE O GLOBAL E O LOCAL MARCELO IKEDA Mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor do Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Ceará. E-mail: [email protected] REVISTA GEMINIS ANO 3 - N. 2 | P. 69 - 82 RESUMO A indústria cinematográfica vem passando por processos de transformação, associados às transforma- ções nos modos de produção e consumo do capitalismo contemporâneo, com a formação de grandes conglomerados globais. O trabalho proposto pretende investigar o impacto desses processos na produ- ção cinematográfica brasileira do novo século, mostrando exemplos em que a ação local existe não como afirmação da identidade local, mas apenas como estratégia de consolidação do global no local. Para tan- to, examinaremos como, no caso brasileiro, a partir de meados dos anos noventa, a crescente presença dos conglomerados globais na produção e distribuição de conteúdos cinematográficos brasileiros está calcada tanto no apoio de uma política estatal (o Art. 3º da Lei do Audiovisual) quanto na aliança com o maior grupo de mídia local (a criação da Globo Filmes). Palavras-Chave: Indústria Cinematográfica; Política cinematográfica; Lei do Audiovisual; Globo Filmes ABSTRACT The film industry is undergoing transformation processes associated with changes in the modes of production and consumption of contemporary capitalism, with the formation of large global conglome- rates. This paper investigates the impact of these processes in Brazilian filmmaking of the new century, showing examples where local action exists not as an affirmation of local identity, but just as the global consolidation strategy in place. Therefore, we will examine how, in Brazil, from the mid-nineties, the growing presence of global conglomerates in the production and distribution of film content is groun- ded in both the Brazilian support state policy (Article 3 of the Audiovisual Law ) and in alliance with the largest group of local media (the creation of Globo Filmes). -
Relatório Anual - TV Aberta Monitoramento Da Programação
Relatório Anual - TV Aberta Monitoramento da Programação 2007 Superintendência de Análise de Mercado Republicação 2015 Sobre este documento Os dados contidos nesse arquivo foram publicados originalmente no site do OCA em 2008, em arquivos separados. Em 2015, com o objetivo de aprimorar a disponibilização de informações, os dados foram reunidos num único documento, facilitando a sua leitura e busca. A forma original dos dados publicados foi mantida, acrescentando ao documento os textos introdutórios e a metodologia que constavam na página web original. Deste modo, as páginas seguintes preservam os aspectos originais da primeira publicação, como a identidade visual do OCA e da própria ANCINE e a identificação da Superintendência e Coordenação à época da publicação. Metodologia O relatório de TV Aberta tem como objetivo acompanhar a programação de obras audiovisuais nas principais emissoras de televisão aberta no Brasil, especialmente obras cinematográficas de longas-metragens. Neste relatório, constam as informações relativas ao Superintendência de Acompanhamento de Mercado monitoramento da programação das cabeças de rede das principais emissoras brasileiras (SBT, Rede Bandeirantes, Rede Globo, Rede Coordenação de Mídias Eletrônicas Record, TV Cultura, TV Brasil, TV Gazeta, Rede TV! e CNT/TV JB). Superintendente: Vera Zaverucha As fontes utilizadas para a elaboração e sistematização dos dados são as grades e sinopses de Coordenação Técnica: Marcelo Ikeda programação de jornais (O Globo/RJ e Folha de São Paulo) e os Elaboração Técnica: Fernando Martins próprios sítios das emissoras na internet, complementados com outras informações impressas e sítios da internet especializados Apoio Técnico: Renata Silva sobre filmes na TV Aberta Brasileira. Helena Barbosa As categorias* e subcategorias utilizadas para a classificação da programação foram adaptadas a partir do seguinte estudo: ARONCHI DE SOUZA, José Carlos.