ANO 0304 Nº 17 Revista GESTÃO Março de 2017 PROGRESSISTA DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

NOVAS ABORDAGENS PARA A GESTÃO MUNICIPAL 2 Ano 04 | Número 17 | Março 2017 PALAVRA DA PRESIDENTE

PEDRO FRANÇA - AGÊNCIA SENADO

refeitos e vereadores tomaram pos- real, em mudanças gerenciais substantivas se na virada do ano e começaram e em reformas da administração pública. o trabalho, com enormes desafios Será necessário buscar parcerias com a ini- representados, sobretudo, pela di- ciativa privada, com a inteligência da socie- Pfícil situação fiscal, não só dos municípios, dade, com o trabalho voluntário e, para isso mas também dos estados. O país vive ainda a credibilidade é essencial. um momento difícil e as pessoas esperam Neste esforço os prefeitos do Partido muito dos gestores e o melhor das lideran- Progressista não estarão sozinhos. A Fun- ças políticas, que, sem exceção, devem ter dação Milton Campos está pronta para mo- a consciência desse momento e trabalhar bilizar seus recursos. Queremos oferecer o para que a democracia brasileira supere melhor em treinamento, em idéias, em ini- mais esta etapa complexa da crise nacional. ciativas que ajudem nossas lideranças a Neste início de ano, em muitas cidades, atender aos anseios de suas comunidades. mais do que ações concretas ou obras es- A revista Gestão Progressista continu- petaculares, prefeitos estão sendo bem su- ará sendo um instrumento em nosso pro- cedidos simplesmente por estarem ao lado cesso de comunicação e de difusão de boas do cidadão, por oferecerem um mínimo de idéias. Vocês não estarão sozinhos nessa ordem e empenho. Nós, na Fundação Mil- luta por um futuro melhor para o nosso ton Campos, acreditamos que tais movi- país. Esse futuro começa nas cidades. mentos são importantes, mas não bastam para quatro anos de mandato. Resultados Boa leitura, concretos serão necessários porque os elei- tores irão cobrar. Assim, será preciso investir em inovação Senadora Ana Amélia

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 3 NESTA EDIÇÃO

MATÉRIA DA CAPA PRÊMIO SEBRAE

Nestor Tissot é prefeito empreendedor PAG 15

PRÊMIO SEBRAE DEP. FEDERAL ARTHUR LIRA/AL

Progressista e Prefeito Novas abordagens Empreendedor para a Gestão Municipal PAG 6 PAG 16

GESTÃO MUNICIPAL COCAL DE TELHA/PI

Ana Célia do PP é referência estadual Prestação de contas e como prefeita Governo Municipal empreendedora

PAG 9 PAG 18

DEPOIMENTOS SEN. BENEDITO DE LIRA/AL

Benedito de Lira foi reconduzido à liderança do Partido Progressista no Senado Federal PAG 19 Curso de Liderança PAG 11

SEN. ROBERTO MUNIZ/BA GESTÃO EFICIENTE Roberto Muniz “Para ultrapassar defende melhor a crise, prefeituras distribuição dos precisam ter regras recursos para a claras e vencer o Defesa Agropecuária patrimonialismo” PAG 20 PAG 12

4 Ano 04 | Número 17 | Março 2017 NESTA EDIÇÃO

DEP. FEDERAL AGUINALDO RIBEIRO/PB DEP. ESTADUAL ZÉ MAURÍCIO/PE

Novo líder do governo Projeto de Lei, que acredita que reforça a fiscalização reformas têm apoio da contra maus-tratos de população animais, é aprovado na Alepe PAG 22 PAG 31

DEP. FEDERAL ARTHUR LIRA/AL ELEIÇÕES 2016

Vereadores eleitos - Região Norte PAG 31 Arthur Lira é o novo líder do PP EVENTOS na Câmara Federal Janeiro / Fevereiro / Março 2017 PAG 24 PAG 34 DEP. FEDERAL IRACEMA PORTELLA/PI EXPEDIENTE

Revista Gestão Progressista Por um Março 2017 | Ano 04 | Número 17 desenvolvimento Cartas: equilibrado Fundação Milton Campos para Pesquisa e Estudos Políticos Anexo | Câmara dos Deputados 27º andar - sala 2711 CEP 70160-900 - Brasília-DF PAG 25 Fones (0**61) 3216-9761 | 3216-9762 Fax (0**61) 3323-7821

Coordenadora da Fundação Milton Campos DEP. FEDERAL RÔNEY NEMER/DF Ellen Caroline Konrad

Edição e Revisão: Rôney Nemer (PP-DF) Yasmine Karysia faz balanço dos dois Redação: primeiros anos de Yasmine Karysia mandato (com a colaboração das assessorias de imprensa) Conselho Editorial: Marco Aurélio Ferreira PAG 26 José Luciano Dias

Diagramação: Diagrama Studio Ltda Me DEP. ESTADUAL SILVIO DREVECK/SC (34)3226-9937

Deputado Silvio Impressão: Teixeira Gráfica e Editora Dreveck é eleito (61) 3336-4040 presidente da Tiragem: Assembleia 20.000 exemplares Legislativa de Distribuição gratuita PAG 28 www.miltoncampos.org.br

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 5 MATÉRIA DA CAPA Novas abordagens para

Mais de 5 mil prefeitos começaram de logo, um bom ponto de partida para que os incomoda na experiência urba- novos mandatos na virada do ano, com uma reflexão sobre o que é uma boa na: pichações, prédios públicos dete- as dificuldades de sempre, agravadas gestão municipal nos próximos anos. riorados, paisagismo deficiente, falta pela crise fiscal. O cenário parecia de- As primeiras lições são simples: é de vigilância, áreas de lazer sem manu- sanimador, com notícias constantes de preciso cumprir promessas de campa- tenção, etc. São aspectos certamente atrasos no pagamento dos salários do nha, falar diretamente com sua base superficiais da gestão pública, mas jus- funcionalismo e falta de recursos para eleitoral, trazer uma mensagem forte e tamente por isso demonstram mais fa- obras. Uma agenda de privatizações e substantiva. A prefeitura é uma entida- cilmente qual a face pública do governo cortes parecia se espalhar pelo Brasil de política, chefiada por uma lideran- municipal. Em várias cidades do Brasil, quando ao menos uma novidade mar- ça eleita, e não o chefe dos funcioná- as novas gestões começaram simples- cou sua presença. O ciclo administrati- rios públicos. Os cidadãos querem ter a mente por aparar o mato das vias pú- vo 2017-2010 começou sob o impac- sensação de que são ouvidos e respeita- blicas. to das ações do prefeito de São Paulo, dos. Algumas iniciativas podem parecer É preciso, contudo, ir além da estra- João Dória Jr. marketing político, mas o mundo cria- tégia de comunicação e da manutenção Suas iniciativas misturam ideias ve- do pelas redes sociais exige o contato da ordem pública. lhas e novas, marketing e realidade, direto entre governante e governado. O primeiro aspecto realmente con- gerência e conteúdo político. É uma Também não deve ser subestimado temporâneo da gestão municipal é o mistura complexa e polêmica, mas já o investimento na ordem pública. Este uso da informação. Todos os tipos de produziu números positivos em termos conceito pode parecer amplo demais, informação, produzidos pela adminis- de avaliação de governo. Oferece, des- mas os cidadãos sabem muito bem o tração pública, pela sociedade, pelas

6 Ano 04 | Número 17 | Março 2017 MATÉRIA DA CAPA a Gestão Municipal instituições acadêmicas, pelas organiza- baratas e podem ser adquiridas e ma- pública não é apenas uma questão de ções sociais, etc. O tempo das pesquisas nejadas por cidades médias e peque- transparência e respeito ao contribuin- de opinião e dos relatórios já passou, nas. Uma vez instalada essa dinâmica, te: ela pode mobilizar as energias e a in- pois não conseguem produzir informa- ela tem consequências. teligência da própria cidade, motivan- ção para a decisão em tempo real. Trata-se do segundo aspecto con- do parcerias impensáveis no âmbito de Os assim chamados centros de temporâneo da gestão municipal: o in- uma abordagem tradicional da admi- operação das grandes cidades brasi- vestimento na qualificação dos funcio- nistração pública. leiras foram os primeiros a materializar nários públicos. Tais sistemas de gestão Em suma, tempos de crise pedem e essa nova realidade. Em tais centros, só podem ser operados com nível ele- ao mesmo tempo permitem inovações. as informações sobre tráfego, aten- vado de profissionalismo e este contex- A crise fiscal do Estado brasileiro, por dimento dos serviços públicos, sobre to praticamente empurra as prefeituras exemplo, praticamente enterrou o uso emergências, sobre a vida cotidiana de para reformas da gestão de pessoal. político do emprego público. Por ou- uma cidade são oferecidas ao gestor O terceiro aspecto contemporâneo tro lado, as novas tecnologias há tem- em tempo real, para que o governo da gestão municipal também decorre pos empoderam os indivíduos e a so- possa agir de forma mais eficiente. Em de uma nova abordagem para a ges- ciedade. Um prefeito contemporâneo é capitais brasileiras, já é possível, para tão da informação. É o que vem sendo aquele que sabe administrar esses no- o prefeito, acompanhar de sua sala as chamado de cidade inovadora, ou seja, vos poderes e tem a ousadia para criar rotinas dos atendimentos nos postos abrir a gestão municipal para as inova- novos formatos para a gestão pública. de saúde. ções geradas pela própria sociedade. A É isso que dá substância ao que, super- Tais tecnologias são relativamente universalização do acesso à informação ficialmente, parece apenas marketing.

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GESTÃO MUNICIPAL Prestação de contas e Governo Municipal

INTERNET

A definição formal do processo da prestação de contas do governo mu- nicipal é simples e direta. Trata-se do ato administrativo pelo qual o gestor público justifica, anualmente ou no fim de sua gestão, o bom e regular empre- go dos recursos públicos, dentro da lei, dos regulamentos e das normas admi- nistrativas, orçamentárias e financeiras. Na prática, contudo, é muito mais do que isso. A prestação de contas é a prova ma- terial do bom uso dos recursos entre- gues pelo contribuinte aos governos, a comprovação do cumprimento das promessas de campanha e o testemu- nho da honestidade e da boa fé do ges- tor público. Sob a legislação brasileira, é um trabalho que pode ser tedioso e cansativo, por conta das exigências bu- de Contas. Para isso, a equipe respon- estado ou da União. Também é preciso rocráticas, mas sua boa condução tem sável deve manter um conhecimento cuidado com a sobre de recursos gera- repercussões legais sobre a carreira po- atualizado dos manuais e dos docu- dos por aplicações financeiras. lítica e sobre a vida pessoal do gestor mentos regulamente produzidos pe- Os valores recebidos pelo município público. las cortes de contas, que normalmen- devem ser aplicados em cadernetas de Afinal, a profissionalização - cres te têm setores específicos para auxiliar poupança ou em fundos de curto prazo cente dos Tribunais de Contas, inclusi- os municípios. em bancos federais (Caixa Econômica Fe- ve com a digitalização dos procedimen- Por fim, atenção aos erros mais co- deral, Banco do Brasil ou Banco da Ama- tos, torna muito mais fácil a aplicação muns nas prestações de contas. De zônia) e os rendimentos podem eventu- de procedimentos disciplinares e mes- acordo com o Tribunal de Contas do almente ser usados pelo convênio, mas mo criminais no caso de gestores des- Estado de São Paulo, por exemplo, os esse uso precisa ser autorizado pelo po- cuidados e pouco profissionais. mais comuns são a perda dos prazos der concedente. Sem essa autorização, os Assim, para conduzir um trabalho regulares e o não recolhimento, em valores devem ser devolvidos. correto de prestação de contas, a pri- caso de obras, do FGTS. Para complicar a situação, se o di- meira condição é manter uma equi- No caso de convênios, a alteração nheiro não for aplicado, o governo pe de servidores capacitada e valoriza- dos planos de trabalho sem consulta municipal pode ser obrigado a de- da. São os servidores que examinarão prévia também são uma fonte cons- volver a quantia que teria sido gerada a correspondência entre meios e fins, tante de problemas, assim como dei- pela aplicação financeira. Não é possí- preencherão os formulários e anexos, xar de fazer a aplicação dos recursos fi- vel, também, usar os rendimentos des- controlarão senhas, observarão os pra- nanceiros. O preenchimento incorreto sas aplicações em outras atividades das zos legais para a utilização dos recursos de formulários também deve ser men- prefeituras. e sua comprovação e produzirão os do- cionado. Nem sempre as classificações Essas realidades mostram como é cumentos exigidos pela lei. parecem relevantes, como a “Realiza- importante o trabalho de planejamen- É um quadro de obrigações com- ção de Objetivos”, mas sem uma des- to da prestação de contas, pois ele en- plexo, formado pelas metas previstas crição consistente, elas podem originar volve se antecipar aos fatos e obedi- no Plano Plurianual (PPA), na Lei de Di- processos de fiscalização. ência aos cronogramas para ajustes de retrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Outra fonte recorrente de proble- prazos. do Orçamento Anual (LOA), com um mas é a sobra de recursos por causa Como se vê, é um trabalho detalha- cronograma fixado pela legislação. de atrasos na gestão de projetos. É pre- do, que deve ser acompanhado sempre A segunda condição é um trabalho ciso sempre analisar com cautela cada da orientação do Tribunal de Contas, alinhado com os órgãos de controle do caso, pois geralmente a exigência legal por meio de manuais e outros instru- Estado, principalmente com o Tribunal é o retorno dos recursos ao governo do mentos de orientação.

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CURSO DE LIDERANÇA Joares Carlos Ponticelli Prefeito de Tubarão/SC

Quando iniciamos o processo de transição do gover- no, ainda em outubro de 2016, detectamos um cenário em Tubarão com queda de repasses e diminuição da ati- vidade econômica no município. Tenho experiência de 18 anos como legislador e vejo como um desafio estar a frente do poder executivo. A convite da senadora Ana Amélia Lemos, presidente da Fundação Milton Campos, pude participar, ainda antes de ser empossado prefeito, do primeiro módulo do cur- so “Liderança nos 100 Primeiros Dias de Governo”, pro- movido pelo Centro de Liderança Pública, na Casa do Sa- ber, em São Paulo. Na oportunidade busquei muitas informações e co- nheci experiências vencedoras que até hoje ajudam a en- frentar os desafios da gestão. Prefeito Leonardo Pascoal Com 44 prefeitos e cinco vices, entre eles o deputado Nelson Marchezan Jr, prefeito eleito de Porto Alegre, al- Esteio/RS guns colegas de Santa Catarina e de outros estados tive- O curso “Liderança nos 100 primeiros dias de Gover- mos uma grande aula do professor Luiz Felipe D’Avila e no”, promovido pelo Centro de Liderança Pública, foi mui- da brilhante professora Cláudia Costin. to importante em meu período de transição governamen- Destaco a participação do cientista político e reno- tal. As palestras e atividades auxiliaram diretamente na mado palestrante Humberto Dantas, que conheço e ad- compreensão do processo de tomada de decisões estra- miro desde 2007, quando assumi a presidência da esco- tégicas, algo fundamental para o êxito de uma administra- la do legislativo. ção municipal. Nesse sentido, o trabalho em cima do con- O curso ajudou muito na definição das prioridades, a ceito de liderança adaptativa mostrou-se de grande valia partir de um diagnóstico da cidade, e a trabalhar junto à para o enfrentamento dos desafios da gestão e da cultu- equipe de governo e à população. E os resultados come- ra no setor público, ainda muito refratária a mudanças. çam a aparecer. O mapeamento e o diagnóstico do município, realiza- Agradeço muito à Fundação Milton Campos e à sena- dos ao longo do curso, converteram-se em ferramentas dora Ana Amélia pela oportunidade. importantes para uma visão macro de minha cidade. No dia a dia, especialmente dos agentes políticos, os proble- mas acabam dificultando este tipo de avaliação, que é fun- damental para que se vislumbrem os riscos e as oportuni- dades que o município possui nas mais diferentes áreas. O desenvolvimento de uma linha de planejamento para os 100 primeiros dias de governo me ajudou na for- mulação das metas prioritárias de cada uma das nossas Secretarias Municipais. Com isso, nossa equipe apresen- ta um foco permanente sobre estas ações primordiais do início da gestão, ao passo que nossa governança moni- tora a sua implementação. Além disso, a formação de técnicas de alinhamento de equipe e gestão de pessoas subsidiariam nosso tra- balho de montagem dos quadros das Secretarias, assim como auxiliaram na formulação das atividades realizadas com nossa equipe de governo, permitindo uma compre- ensão prévia das diretrizes que iríamos implantar. Com isso, iniciamos nossa administração já focados e convic- tos das mudanças que deveriam ser feitas, o que nos per- mite, já no curto prazo, apresentar resultados concretos à sociedade.

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 11 GESTÃO EFICIENTE “Para ultrapassar a crise, prefeituras precisam ter regras claras e vencer o patrimonialismo”

INTERNET Renata Vilhena (*)

O país sofre de uma grave crise po- lítica e econômica que atinge todos os segmentos da sociedade, e tal situação acaba por gerar desânimo e descrédi- to quanto ao futuro. Pensando no mu- nicípio, que é o espaço onde as ações políticas acontecem somadas à corrida eleitoral nas prefeituras que está para começar, cabe nos questionarmos: os municípios conseguirão realizar uma gestão eficiente diante de tudo que se tem discutido e disseminado pelos meios de comunicação? Para responder à pergunta, precisa- mos voltar no tempo e analisar o Brasil sob o olhar de sua construção sociocul- tural. A ideia do patriarcalismo, trazida por escritores como Sérgio Buarque de Holanda, nos ajuda a compreender que Uma onda de escândalos está ligada político. algumas posições públicas de respon- a uma série de desvios provocados por Espera-se que, em meio à crise, as sabilidade, foram formadas por meio de indicações políticas que divergem forte- prefeituras busquem a afirmação da im- ações patriarcais, e que essas são de di- mente do conceito de eficiência, de re- pessoalidade e da eficiência do Estado fícil dissolução, afinal não há distinção sultados e de efetividade, condição sine frente à cultura patrimonialista pelo qual entre o que é domínio público e priva- qua non para que uma gestão seja bem- a sociedade brasileira foi formada. Tal do em muitas cidades brasileiras. -sucedida política e economicamente. ação não é fácil e se coloca como mais Em algumas prefeituras a falta de Ao avançarmos na tentativa de res- um desafio às cidades e seus prefeitos. eficiência pode ser vinculada -à con ponder à pergunta colocada, reforça-se Contudo, quando assumido, o resulta- formação da própria gestão política aqui a necessidade de os municípios se do é sinal de amadurecimento institu- apresentada como assunto de interes- voltarem para a qualidade de seus ar- cional e democrático de prefeituras que se particular do servidor. As funções, os ranjos institucionais – as regras do jogo tomam as rédeas da gestão rumo a con- empregos e os benefícios relacionam- – que, se mal elaboradas, podem esti- dutas menos patrimonialistas e mais efi- -se a direitos pessoais do servidor e não mular ações negativas à gestão. cientes que garantam desenvolvimen- a interesses objetivos, como sucede no Uma gestão municipal má conduzi- to e envolvimento político. Deste modo, verdadeiro Estado burocrático, em que da pode ter suas raízes nas suas próprias sim, de fato afirmar que estes prevalecem a especialização das funções leis e costumes capazes de desestimular são os primeiros e tímidos passos rumo e o esforço para que assegurem garan- atividades economicamente produtivas à gestão municipal eficiente do ponto tias jurídicas aos cidadãos. A escolha de ou implementação de novas ferramen- de vista nacional. quem irá exercer funções públicas faz-se tas de gestão. Ou seja, para se ter su- de acordo com a confiança pessoal que cesso político (e econômico) em meio a Renata Vilhena - Estatística, especialista mereçam os candidatos, e muito menos uma crise, é importante refletir sobre a em Gestão Pública, foi secretária- de acordo com as suas capacidades. O estabilidade político-legal baseada em adjunta de Logística e Tecnologia resultado é que, somado à crise econô- regras claras. A Lei de Responsabilida- da Informação do Ministério de mica e política, têm-se políticos despre- de Fiscal e a Lei da Transparência, que Planejamento e secretária de Estado de ocupados com a gestão para resultados, geram maior capacidade de controle e Planejamento e Gestão de . o que gera ineficiência, com impacto di- transparência, são exemplos positivos É consultora e professora associada da reto para o cidadão. de possíveis “regras claras” do âmbito Fundação Dom Cabral

PRÊMIO SEBRAE Nestor Tissot é prefeito empreendedor

Pela segunda vez consecutiva, Gramado conquista destaque nacional através do Prêmio SEBRAE Prefeito Empreendedor

O empreendedorismo da adminis- tração realizada pelo prefeito de Gra- mado, Nestor Tissot, rendeu a ele, e sua equipe, o bicampeonato na con- quista do Prêmio SEBRAE Prefeito Em- preendedor - Categoria Melhor Proje- to Região Sul. A entrega de troféus a gestores públicos que se destacaram em todo o Brasil com ações voltadas às micro e pequenas empresas, ocor- reu na sede do SEBRAE em Brasília. O diretor-superintendente do SEBRAE/ RS, Derly Fialho, o gerente de Políti- cas Públicas da instituição, Alessandro Machado, e outros sete prefeitos gaú- chos que concorreram em diferentes categorias participaram da cerimônia. O município de Gramado foi reco- nhecido nacionalmente pela segunda vez por ter implementado iniciativas Nestor Tissot recebeu o Prêmio SEBRAE Prefeito Empreendedor pela segunda vez que inseriram as propriedades rurais no roteiro turístico da cidade, cuja ticiparam do Prêmio por executarem nacionalmente. Quem investe e quem economia é iminentemente voltada a projetos de estímulo ao surgimento e produz, colhe desenvolvimento”. este setor, recebendo 6 milhões de tu- ao crescimento dos pequenos negó- ristas ao ano. “Estou muito feliz por re- cios, modernizando a gestão pública. ceber novamente esta importante dis- “O Sistema SEBRAE aplaude o feito de Conheça algumas ações do tinção do SEBRAE, uma instituição de Gramado, pois é resultado de um tra- Projeto ‘A Pequena Empresa & O renome e que presta um serviço fan- balho sério e que traz benefícios para Melhor Destino Turístico do tástico para a sociedade”, ressaltou, toda a comunidade”, afirmou Fialho, Brasil - Uma parceria de Sucesso!’ emocionado. Conforme Tissot, o pro- acrescentando que Tissot é um ges- jeto ‘A Pequena Empresa & O Melhor tor muito capaz e que está sempre vis- • Inserção das propriedades rurais Destino Turístico do Brasil - Uma par- lumbrando ações que propiciam um no roteiro turístico; ceria de Sucesso!’ é muito expressivo ambiente adequado ao fortalecimen- • Formalização de agroindústrias; para a economia do município e re- to das MPEs. • Criação da Associação da Casa do presenta uma grande ação de fomen- Em todo País, foram inscritos 1.864 Colono – 70 famílias de agriculto- to aos pequenos negócios do interior. projetos no Prêmio SEBRAE Prefeito res; Para o presidente nacional do SEBRAE, Empreendedor e, no Rio Grande Sul, • Produtos inseridos na merenda Guilherme Afif Domingos, Gramado é 143 municípios apresentaram seus escolar do município; diferente porque se organizou para trabalhos. De acordo com o gerente • Pavimentação asfáltica no interior; explorar o turismo e não o turista. de Políticas Públicas do SEBRAE/RS, • Parceria com agências de turismo Derly Fialho parabenizou a con- Alessandro Machado, “é muito bom para inserção do turismo rural. quista do prefeito Tissot e de todos os ver experiências de gestão pública do demais gestores municipais que par- serem reconhecidas Fonte: Sebrae

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 15 PRÊMIO SEBRAE Progressista e Prefeito Empreendedor

Ex-prefeito de Timbó, Laércio Schuster Junior, do PP de Santa Catarina, vira modelo de empreendedorismo para todo o Brasil apoiando os micro e pequenos empresários

Para o progressista e então prefei- (PIB) de cerca de R$ 1,4 bilhão, o que trando que o poder público pode ser to de Timbó (SC), Laércio Schuster Ju- o coloca entre as 14 maiores arrecada- um grande vetor de desenvolvimen- nior, a noite de 10 de maio de 2016 ções de tributos entre as 295 cidades to local. Nós conseguimos fazer com foi diferente de tudo que já havia ex- catarinenses. Timbó é naturalmente que as empresas locais enxergassem perimentado. Após uma série de eta- empreendedora, assim como a maio- na Prefeitura um parceiro para que a pas criteriosas promovida pelo Serviço ria dos municípios da região, fruto da economia se movimentasse”, analisa o Brasileiro de Apoio às Micro e Peque- colonização alemã e italiana e da his- ex-prefeito. Não à toa que o projeto nas Empresas (Sebrae), Laércio che- tória de superação dos imigrantes, que foi batizado de Timbó Empreendedor gava a Brasília como finalista nacional chegaram na segunda metade do sécu- – Uso do Poder de Compras Gover- do IX Prêmio Sebrae Prefeito Empre- lo 19 para desbravar a mata virgem e namentais como Vetor de Desenvolvi- endedor, na categoria Compras Go- construir cidades que ainda hoje lem- mento Local, vencedor em âmbito es- vernamentais de Pequenos Negócios. bram a Europa daquela época, seja na tadual e nacional. “Chegar à final de um prêmio nacional arquitetura como na gastronomia e no Diego Wander Demetrio, gestor tão importante já foi uma honra. Mas jeito ordeiro de ser de seu povo. do Prêmio Sebrae Prefeito Empreen- quando anunciaram meu nome como Laércio explica que a iniciativa ven- dedor, explica que a entidade atua vencedor experimentei uma sensação cedora do Prêmio Sebrae surgiu exa- fomentanto o ambiente de negócios muito boa e que nunca havia sentido tamente em um momento de crise dentro dos municípios. “Quinzenal- antes”, lembra o agora ex-prefeito de para todo o Brasil. “Conseguimos aju- mente nós passamos em todos os se- Timbó. dar a nossa cidade, através da parceria tores que tenham alguma interface Como todo projeto bem-sucedi- com o pequeno empreendedor, mos- com o trabalho e fomentamos algu- do, a iniciativa que concedeu ao en- tão prefeito de Timbó a honraria de ser reconhecido em todo o Brasil partiu de uma ideia simples: incentivar os micro e pequenos empreendedores locais a se qualificar para poder concorrer nas licitações públicas municipais e ven- der seu produto ou serviço para a Pre- feitura de Timbó. Todos ganham com isso. A Prefeitura acaba comprando de um fornecedor próximo e conhecido, a um preço mais competitivo. Para o empreendedor, ter como cliente um órgão público pode significar a chan- ce de crescer e alcançar novos merca- dos, gerando mais empregos. A comu- nidade como um todo também ganha, pois mantém-se essa parte da rique- za girando dentro da própria cidade. “Graças a esse programa, cerca de 65% de todas as compras da Prefeitura de Timbó vêm de micro e pequenos em- presários locais”, explica Laércio. Timbó é um pequeno município no chamado Vale Europeu, em Santa Ca- tarina. Tem aproximadamente 42 mil habitantes e um Produto Interno Bruto Prefeito Laércio Schuster, de Timbó (SC)

16 Ano 04 | Número 17 | Março 2017 PRÊMIO SEBRAE mas atividades. No caso de compras rem ser empresárias e até já trabalham feito com muito amor e muita dedi- públicas é desde apoio jurídico para informalmente em alguma atividade, cação em prol dos nossos empreen- entender, para sensibilizar, quanto a porém não sabem como se legalizar. dedores da agricultura familiar, as- parte de divulgação e acesso a merca- “O nosso trabalho é esse; é mostrar o sim como uma forma de incentivá-los dos pelos pequenos negócios”, acres- caminho pra ele. Fazemos toda a parte a permanecer no campo”, comemora centa Demetrio. “O município precisa de viabilidade, de vistorias e o auxilia- o ex-prefeito Laércio Schuster Junior, primeiro entender porquê ele compra mos nos procedimentos para a forma- vencedor do IX Prêmio Sebrae Prefei- e o que ele compra. Às vezes, o mu- lização”, afirma Sílvia. E para que toda to Empreendedor. Além da receita fi- nicípio sai só comprando e isso para essa prestação de serviços fosse con- nanceira extra, o agricultor Dallabona o pequeno negócio pode ser muito centrada em um único lugar, dentro diz ainda que tem muita satisfação em complicado. Dependendo da compra da Prefeitura, foi criada a Sala do Em- atender as crianças de Timbó com seus ele pode precisar de uma programa- preendedor. Lá, o futuro empresário é produtos. “É muito bom saber que ção de pelo menos dois meses, já que recebido em um ambiente preparado nossas crianças estão recebendo pro- vai ter uma produção bastante dedi- para dar-lhe a melhor orientação e in- dutos de qualidade e que eu faço par- cada para a Prefeitura”. Identificados dicar-lhe formas de capacitação. te dessa rede que fornece isso a elas”. os potenciais de compra da Prefeitura, “A gente vem trabalhando também O exemplo de Timbó, em San- esses dados são divulgados através de na Sala do Empreendedor com carti- ta Catarina, serve de inspiração para um Plano Anual de Compras. Com isso, lhas, reuniões e workshops para que, todos os gestores públicos do Brasil, o pequeno negócio consegue antever depois da formalização, os empreen- independente de partido político ou quais os momentos em que a Prefeitu- dedores se sintam motivados a parti- de ente federativo. Também vem ao ra estará ofertando a compra de pro- cipar dos processos licitatórios. Nosso encontro dos valores da família pro- dutos ou serviços e também se prepa- objetivo é que eles entendam que po- gressista, que tem entre seus pilares a rar para essa demanda. dem ser fornecedores da Prefeitura e o ação do Estado no campo econômico quanto é importante esse dinheiro per- levando em conta valores sociais como Sala do Empreendedor manecer e circular pela nossa economia a criação e a distribuição de riquezas local”, argumenta a também agente de para todos, com geração de empre- A agente de desenvolvimento da desenvolvimento da Prefeitura de Tim- gos, renda, poupança, consumo e fun- Prefeitura de Timbó, Sílvia Saul Mu- bó, Daniela Rosalia Krambeck. cionamento de efetiva economia social seka, conta que muitas pessoas que- Quem já fez uso da Sala do Empre- de mercado. E seguindo esses valores JAIME AVENDANO endedor é o agora empresário da área o progressista Laércio Schuster Junior de manutenção, Francisco Mattos de alcançou a honraria de ser reconheci- Lara. Ele diz que a Sala do Empreen- do como um dos oito Prefeitos Empre- dedor é uma ferramenta muito impor- endedores do Brasil pelo Sebrae, em tante para quem possui um pequeno 2016, entre os mais de 5,5 mil municí- negócio e precisa de um CNPJ para pios brasileiros. poder expandir seus negócios. “Hoje os clientes querem nota fiscal; querem IX Prêmio Sebrae ter uma garantia do serviço prestado. Prefeito Empreendedor E a Sala do Empreededor é o modo de formalizar a atividade e poder atender O Prêmio é dividido em etapas melhor o nosso público”, destaca Lara. estadual e nacional e as categorias O agricultor Jair Francisco Dallabo- da IX Edição foram: na é outro empreendedor beneficiado com a iniciativa da Prefeitura de Tim- * Melhor Projeto bó, em parceria com o Sebrae. Ele con- * Implementação e Institucionaliza- ta que vinha sobrando parte da produ- ção da Lei Geral ção e não sabia mais o que fazer para * Compras Governamentais de Pe- reduzir essa perda. Dallabona, então, quenos Negócios procurou a Sala do Empreendedor e * Desburocratização e Formalização ficou sabendo que poderia fornecer * Pequenos Negócios no Campo alimentos para a merenda escolar da * Inovação e Sustentabilidade rede municipal de ensino. “Pela lei, os * Municípios Integrantes do G100 municípios devem buscar 30% dos ali- * Inclusão Produtiva com Seguran- mentos da merenda na agricultura fa- ça Sanitária miliar. Mas aqui em Timbó esse nú- mero já passa dos 50%. É um trabalho Fonte: Sebrae

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 17 PREFEITURA COCAL DE TELHA/PI Ana Célia do PP é referência estadual como prefeita empreendedora

As transformações em diversas áreas graças ao empreendedorismo local impulsionam Cocal de Telha para um futuro próspero

A prefeita Ana Célia (PP) ao longo dos últimos anos vem transformando a vida dos moradores da pequena e pa- cata cidade de Cocal de Telha-PI, loca- lizada a 120 Km ao norte da capital do estado, Teresina. A gestora é uma refe- Ana Célia é prefeita do município piauiense de Cocal de Telha rência quando se trata de administrar, transparência e empreendedorismo. las, formação profissional, criação e Destaque no meio político, ad- Ana Célia foi a primeira mulher elei- implantação da Coordenadoria Muni- ministrativo, transparência e no em- ta e reeleita para administrar Cocal de cipal da Mulher e outros investimentos preendedorismo, Ana Célia diz que Telha que antes, amargava o abando- capazes de transformar a vida das mu- as mulheres ainda alcançarão o em- no. Em quatro anos, priorizou o bási- lheres menos favorecidas. Cerca de 50 poderamento sonhado. Para muitas, co e com parcerias advindas da esfera mulheres abriram e formalizaram seus empreender é uma forma concreta e estadual e federal elevou a autoesti- negócios nos últimos anos de um to- real de empoderamento. Afinal, a jor- ma do povo ganhando a confiança de tal 95. A Casa do Empreendedor atra- nada pode contribuir para o autoco- toda sociedade que aplaude seu modo vés de parcerias com SENAR, SENAC e nhecimento, a quebra de mitos, a lutar ímpar de conduzir a coisa pública. SEBRAE formou através cursos de ge- contra os modelos de trabalho e pre- Apostando no potencial, na gar- ração de renda aproximadamente 500 conceitos ainda predominantemente ra e na coragem das mulheres, Ana mulheres. Cerca de 24 mulheres re- machistas e a conquistar da própria in- Célia investiu em ações públicas que ceberam benefícios direto do Progra- dependência. despertam e fortalecem o protagonis- ma Brasil Sem Miséria fortalecendo a Com uma população um pouco mo daquelas que representam a for- renda familiar. maior que 5.600 habitantes onde 56% ça maior dentro da família. Em uma ci- O caminho do empreendedorismo é predominante de mulheres, Cocal de dade com poucas oportunidades, as é bastante complicado, mas as mu- Telha caminha em passos largos e fir- mulheres não se atreviam em empre- lheres cocatelhenses vêm alcançando mes sendo conduzida por uma mu- ender com medo do fracasso e opini- seus objetivos graças ao apoio da ges- lher que abandonou todos os interes- ões alheias; conseguiu por meio das tão. Nos últimos dois anos, a Prefeitura ses pessoais para realizar uma grande ações da casa do empreendedor ele- de Cocal de Telha alcançou destaque e profunda transformação na vida dos var o número de empreendedores in- junto ao Serviço Brasileiro de Apoio cidadãos cocatelhenses. dividuais, que de 18(dezoito) passou às Pequenas Empresas – SEBRAE re- Acredita que com diálogo, projetos para mais de 100(cem). cebendo o selo “Cidade Empreende- e com muita perseverança, poderemos Para vencer o medo, a gestora ins- dora”. A prefeita afirma que os selos implantar de vez a política no seio fe- tituiu diversas ações preventivas na foram conquistados como reconheci- minino. Afinal de contas, está na es- área da saúde, programas de preven- mento do trabalhado realizado na ci- sência da mulher a sensibilidade em ção a violência doméstica, sendo a pri- dade e que possibilitou melhorias na relação aos problemas públicos. Afi- meira cidade do Piauí a implantar o qualidade de vida da população, das nal, o que afeta a cidade afeta a famí- projeto Lei Maria da Penha nas Esco- famílias e em especial das mulheres. lia, onde a mulher é a base.

18 Ano 04 | Número 17 | Março 2017 SEN. BENEDITO DE LIRA/AL Benedito de Lira foi reconduzido à liderança do Partido Progressista no Senado Federal

Natural de Junqueiro, em , sem dúvida, a mais polêmica. Qual e espírito público para que se possa re- Benedito de Lira tem uma longa tra- a avaliação da bancada do Senado alizar as mudanças necessárias ao re- jetória parlamentar. Foi vereador, pri- sobre esse assunto? gime previdenciário, ainda que sejam meiro em sua terra natal, depois em Benedito de Lira: Tenho acompa- medidas drásticas e impopulares. O Maceió. Foi Deputado Estadual, Depu- nhado as discussões na Câmara dos nosso partido está muito atento às suas tado Federal e Senador da República. Deputados e estamos todos conscien- reponsabilidades, convencido de que Como Senador, presidiu a Comis- tes das apreensões que essa reforma devemos buscar uma reforma possível. são de Desenvolvimento Regional e está causando. Mas, se de um lado es- a Comissão de Agricultura e Reforma tamos enfrentando uma situação in- O que o senhor define como uma re- Agrária. É membro titular da Comis- quietante, de outra parte temos uma forma possível? são de Constituição e Justiça e suplen- realidade dura: a previdência social no Benedito de Lira: Uma reforma jus- te da Comissão de Assuntos Econômi- Brasil está em situação difícil, fruto de ta e equânime. Por exemplo, o sistema cos. É presidente do Diretório Regional uma deterioração do próprio sistema. não suporta aberrações como as pen- do Partido Progressista em Alagoas e Ajustes são necessários e até urgentes, sões que são pagas às filhas de mili- membro da Executiva Nacional do PP. e não estamos apenas falando em con- tares. Isso é fato. Mas, de outro lado, ter o progressivo déficit previdenciário, não é possível ignorar as desigualda- Como o senhor vê a decisão de seus mas buscar um novo modelo, eficien- des regionais, mostrando que no nos- pares que o escolheram pela segun- te e sustentável. so País existem várias realidades. Uma da vez para liderar o PP no Senado? delas, a meu ver a mais complicada, é Benedito de Lira: Estou muito fe- O debate da reforma da previdência a questão da idade mínima. Um estu- liz por esse gesto de confiança e isso já alcançou os movimentos popula- do do IBGE indica que a expectativa de aumenta a minha responsabilidade. A res e a reação não é nada boa. O que vida para os homens em Alagoas, Piauí bancada do Partido Progressista no o senhor tem a dizer? e Maranhão está em torno de 66 anos. Senado é formada por pessoas da me- Benedito de Lira: A reforma da pre- Ora, se a idade mínima para efeito de lhor qualidade, todos com muita expe- vidência é um tema complexo e delica- aposentadoria passa a ser de 65 anos, riência política e vivência parlamentar, do. Vivemos numa democracia e, por- significa que os trabalhadores desses o que me deixa em situação bastan- tanto, é absolutamente natural que haja Estados vão ter poucos anos de vida te confortável para exercer a honrosa mobilização. O papel do Congresso Na- para usufruir da aposentadoria. Isso função de líder do Partido. cional, das duas Casas, é discutir e vo- não é justo, e essas questões pontu- tar. É um momento que exige coragem ais podem e devem ser melhoradas. Projetos polêmicos devem nortear a agenda do Senado Federal nesta legislatura. Qual será a postura da bancada do Partido Progressista? Benedito de Lira: O PP faz parte da base aliada do Governo e nisso está implícito o compromisso com a go- vernabilidade do País. É claro que isso não significa apoiar incondicionalmen- te todas as matérias que vem do Poder Executivo. Isso não existe. Cada proje- to precisa ser analisado com muita res- ponsabilidade, sempre prevalecendo o interesse nacional, e os direitos dos ci- dadãos. Nosso partido não abre mão de suas prerrogativas.

A reforma da previdência social é, Benedito de Lira é senador pelo estado de Alagoas

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 19 SEN. ROBERTO MUNIZ/BA Roberto Muniz defende melhor distribuição dos recursos para a Defesa Agropecuária

Começou a tramitar no Senado Fe- rência mensal, direta e obrigatória, dos de contas como medida de controle e deral o Projeto de Lei (PLS 379 /2016) recursos para contas correntes de titu- transparência, através de demonstrati- que disciplina a distribuição de recur- laridade dos entes federativos, numa vos disponibilizados em site para este sos para a defesa agropecuária. De au- razão de um doze avos (1/12) do valor fim na Internet”, aponta. toria do senador Roberto Muniz (PP/ previsto para o exercício, na modalida- Roberto Muniz ressalta ainda que a BA), o PLS leva em consideração metas de do sistema fundo a fundo. O pro- organização é necessária, já que a na- e parâmetros para a distribuição dos jeto veda a utilização desses recursos tureza continuada das ações de defesa recursos aos Estados, Distrito Federal para o pagamento de despesas de ca- não pode sofrer com a suspensão ou e Municípios, para garantir o desen- ráter continuado. contingenciamento desses recursos: volvimento de uma agropecuária com- “Há ainda a definição da contrapar- “Afinal, as atividades relacionadas à petitiva, com a possibilidade de plane- tida dos entes favorecidos, levando-se Defesa Agropecuária são, em geral, de jamento e gestão financeira do setor, em conta sua capacidade financeira ou natureza contínua e carecem de uma cujas atividades estão diretamente li- se sua localização está na abrangên- segurança financeira. A suspensão ou gadas à qualidade dos produtos que cia das superintendências de desen- contingenciamento dos recursos or- chegam à mesa dos brasileiros. volvimento regionais ou na faixa de çamentários, mesmo que por breves “A distribuição dos recursos que fronteira. O projeto prevê a prestação períodos, podem colocar em risco os propomos leva em consideração me- tas e parâmetros relativos à realidade de cada região, como nos aspectos fí- sico e territorial, técnico, demográfi- co e econômico. Assim também pro- pomos critérios de partilha, através da tabela de indicadores agropecuá- rios, tendo como referência os dados dos órgãos oficiais, criando parâme- tros para uma distribuição mais justa e equânime”, explica o autor. Segundo senador, o cálculo para a definição dos repasses é inspirado no método do Fundo de Participação dos Estados (FPE): “Vai melhorar a execu- ção do recurso do Ministério da Agri- cultura que já é destinado atualmente para os Estados, assim como possibi- litar maior controle da pasta sobre as ações de Defesa Sanitária Agropecuá- ria em todos os entes da Federação”. A proposta prevê a partilha de 80% dos recursos destinados aos repasses federais, ficando o restante (20%) des- tinado, a critério do Ministério, para possível compensação a entes ou para emergências sanitárias. Atualmente, os recursos financeiros para as ações de defesa são deliberados por meio de convênios entre a União e os entes fe- derados. Pelo PLS, será instituída a transfe- Senador Roberto Muniz (PP-BA)

20 Ano 04 | Número 17 | Março 2017 SEN. ROBERTO MUNIZ/BA seus objetivos”. O PLS vai tramitar nas Comissões b. Sistematização no repasse dos re- Ele entende que um sistema robus- de Agricultura (CRA) e de Assuntos cursos para os Estados; to de Defesa, com aperfeiçoamento no Econômicos (CAE) do Senado, onde é c. Uniformizar e equalizar os critérios planejamento e na gestão financeira, terminativa. No último dia 20 de ou- de distribuição dos recursos entre vai ao encontro do Sistema Unificado tubro, a proposta foi apresentada ao os Estados; de Atenção à Sanidade Agropecuária colegiado da CRA, durante sessão que d. Maior controle do MAPA das ações (SUASA). “A proposta apresenta ao sis- contou com a presença e o apoio da de Defesa Sanitária Agropecuária tema, no entanto, alternativas viáveis colega de partido, Ana Amélia (PP/RS), em todos os estados da Federação; de financiamento aos órgãos executo- que preside da Comissão. e. Ampliação e melhoria das estrutu- res, cujas atuações estão atreladas às ras estaduais de Defesa Sanitária questões de saúde, segurança alimen- Pontos relevantes do PLS Confira no quadro a seguir a distri- tar, meio ambiente, economia susten- buição dos recursos, consideran- tável e emprego e renda”, argumenta. a. Melhoria na execução do recurso do do 20% como valor discricionário Para o parlamentar, com o novo MAPA já destinado atualmente para do Mapa e demais critérios esta- sistema de partilha e repasse de re- os Estados; belecidos no PLS: cursos será assegurada a continuida- de das ações de Defesa Agropecuária Distribuição considerando no País. “De forma técnica, transparen- 20% como valor te e democrática, vamos tornar mais DESTINO discricionário do Mapa eficiente e integrada nossa política de Defesa Agropecuária, dando um pas- Rio Grande do Sul 8,36% so decisivo para contribuir com o de- Paraná 7,83% senvolvimento sustentável e econômi- 7,78% co do nosso País”, defendeu. Minas Gerais 7,50% São Paulo 7,49% 5,69% Goiás 4,21% 4,08% Santa Catarina 3,63% Pará 3,53% Maranhão 2,38% Rondônia 2,06% Amazonas 1,98% Ceará 1,89% 1,57% 1,45% Piauí 1,30% 1,17% Espirito Santo 1,10% 1,07% Alagoas 0,83% Paraíba 0,74% 0,58% 0,56% 0,56% Amapá 0,47% Distrito Federal 0,19% Mapa 20,00% Brasil 100,00%

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 21 DEP. FEDERAL AGUINALDO RIBEIRO/PB Novo líder do governo acredita que reformas têm apoio da população

Para Aguinaldo Ribeiro, é sa recuperar a credibilidade, para que tribuição para o País: modernizar a possa voltar a crescer, recuperar o em- legislação, para que possamos ter o preciso criar o ambiente prego, voltar a ter destaque no cenário investimento de novo crescendo no necessário para que internacional, com justiça social. País, gerando emprego e renda. Só se combate pobreza e falta de emprego o investidor retome A prioridade são as reformas? se gerando riqueza. E isso só é possível a confiança e volte a Sim. Esta é a agenda do governo, gerar criando o ambiente necessário que é notadamente um governo refor- para que o investidor retome a con- investir no País mista. É um governo que tem a con- fiança e volte a investir no País. vicção que esta é uma grande con-

O novo líder do governo na Câma- ra, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP- -PB), defende a modernização da le- gislação brasileira, para que o País possa atrair investimentos, gerando emprego e renda. Para ele, a agenda reformista do governo tem apoio da maior parte dos brasileiros. Administrador de empresas, Ribei- ro exerce seu segundo mandato na Câmara. Licenciou-se do cargo entre 2012 e 2014, para ser ministro das Ci- dades no governo da então presiden- te Dilma Rousseff. Na Casa, foi líder e vice-líder de seu partido. Antes de ser deputado federal, foi deputado esta- dual por duas legislaturas consecuti- vas. Também foi secretário de Agri- cultura, Irrigação e Abastecimento da Paraíba; secretário de Ciência e Tec- nologia, Recursos Hídricos e Meio Am- biente do mesmo estado; e secretário de Ciência e Tecnologia do Município de João Pessoa (PB).

Quais são os principais desafios da liderança do governo? É hora de o Congresso Nacional ser partícipe de mudanças de que o Bra- sil precisa, sobretudo no caminho da modernização de sua legislação, para que possa reencontrar o equilíbrio de suas contas públicas, o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal [Lei Com- plementar 101/00], e para que pos- Líder do governo acredita em aprovação das reformas

22 Ano 04 | Número 17 | Março 2017 DEP. FEDERAL AGUINALDO RIBEIRO/PB

Como o governo pretende contor- ra premissa que nós devemos enfati- um Brasil que compete com o mundo. nar a resistência em relação às re- zar, com veemência. O governo não Então, ou a gente moderniza essa rela- formas da Previdência e trabalhista? vai retirar conquista nenhuma. É ne- ção trabalhista, para que seja mais efi- Em primeiro lugar, existe uma com- cessário realmente se ter uma Previ- ciente e para que permita o trabalha- preensão dos brasileiros, em sua am- dência que tenha sustentabilidade. Os dor optar pelo que é mais vantajoso pla maioria, de que é verdadeiramen- recursos são da sociedade, e a socie- para ele e que hoje a legislação proí- te necessário reformar. Não podemos dade sabe que é a própria socieda- be. Tenho a convicção de que vamos continuar como estamos, porque no de que paga a conta. Com esses ajus- aprovar essa reforma aqui no Congres- futuro próximo toda a sociedade vai tes que estão sendo feitos, se vai dar so. pagar a conta. Em segundo lugar, em transparência com sustentabilidade todas as propostas enviadas ao Con- para a Previdência. A reforma política é outra priorida- gresso Nacional, nós temos a garan- Em relação à reforma trabalhista, de? tia dos direitos adquiridos. Aquilo que isso também é um anseio do próprio É uma prioridade da agenda polí- foi conquistado pelo trabalhador, pelo trabalhador e do empregador. Nós te- tica como um todo. A política tem so- aposentado ou por aquele que já tem mos hoje um outro tipo de relação tra- frido verdadeira criminalização, então o direito adquirido de se aposentar balhista, um outro perfil do trabalha- é necessário que se dê uma resposta a será preservado. Essa é uma primei- dor quanto de empresário. Nós temos essas demandas, a esse novo momen- to que estamos vivendo, e que se te- nha de forma muito clara, com o aval de toda a sociedade, o caminho que devemos seguir. Não é uma agenda do governo propriamente dito, mas é uma agenda da política como um todo. Estarão envolvidos todos aque- les que acreditam que a política é o único caminho para a democracia sub- sistir. Se nós criarmos um ambiente de criminalização, isso acaba por fortale- cer regimes autoritários.

Como contornar o ambiente de ten- são criado por denúncias envolven- do políticos? O governo não pode perder seu foco principal e a sua responsabili- dade. E o presidente Michel Temer, na primeira conversa que tive com ele, demonstrou que está muito ani- mado com o desafio das reformas e com a convicção de que esse é o ca- minho que o Brasil precisa. Não pode- mos desfocar do que é fundamental para o País, que é a agenda econômi- ca. As outras questões caberão à pau- ta do Ministério Público. Mas tem que se ter cuidado no Brasil porque está se trabalhando com muitas especula- ções, que não são boas para a demo- cracia, porque muitas inclusive ferem a Constituição e os direitos individuais garantidos por ela.

Fonte: Agência Câmara Notícias Líder do governo acredita em aprovação das reformas

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 23 DEP. FEDERAL ARTHUR LIRA/AL

Arthur Lira é o novo líder do PP na Câmara Federal Arthur Lira é o novo líder do PP na Câmara Federal

O deputado federal Arthur Lira foi tes para a sociedade brasileira, en- mento Geral da União para 2017 e as eleito por aclamação o novo líder do tre elas a redução da maioridade pe- emendas parlamentares. Partido Progressista (PP) na Câmara nal, tema que conta com apoio de Agora, no terceiro ano de seu man- dos Deputados. A escolha do nome 70% da população segundo pesqui- dato na Câmara dos Deputados, Ar- dele para liderança da legenda ocor- sas do Ibope. thur Lira será o líder do seu partido na reu em eleição reunião interna no Graças ao desempenho republica- Casa. Ele recebeu a liderança do depu- partido. A bancada do PP é a quarta do e focando em realizações em be- tado Aguinaldo Ribeiro (PB). maior da Casa, composta por 46 de- nefício do País na CCJC, Arthur Lira foi Sobre o deputado putados. credenciado para assumir a presidên- Aos 45 anos, formado em Direi- O parlamentar alagoano, em seu cia da Comissão Mista de Planos, Orça- to, Arthur Lira está em seu segundo segundo mandato no Legislativo Fe- mentos Públicos e Fiscalização (CMO) mandato como deputado federal. An- deral, foi presidente da Comissão de ao longo de 2016. Em um momento tes, foi vereador em Maceió e depu- Constituição e Justiça e de Cidada- de grave crise econômica, o papel do tado estadual em Alagoas. Filiado ao nia (CCJC) ao longo de 2015. Sob sua parlamentar alagoano foi fundamen- PP desde 2009, foi líder da legenda na presidência, o colegiado mais estra- tal para dar celeridade à tramitação de Câmara em 2012 e 2013. Nesta legis- tégico da Casa foi responsável pela matérias para que o Brasil volte a cres- latura, Arthur Lira foi eleito deputado apreciação de matérias importan- cer, entre elas a aprovação do Orça- federal com 98.231 votos.

24 Ano 04 | Número 17 | Março 2017 DEP. FEDERAL IRACEMA PORTELLA/PI Por um desenvolvimento equilibrado

Iracema Portella (*) mandato, desenvolvemos, em estrei- ordenações estaduais a promoverem ta aliança com a Fundação, um traba- ações nesse sentido. Em sintonia com Nos últimos anos, o Partido Pro- lho voltado ao enfrentamento às dro- essa diretriz, a Coordenação do PP gressista intensificou o trabalho vol- gas. Os seminários “Drogas Por quê? Mulher do Piauí realizou campanhas tado para a formação dos seus qua- Desafios para a Educação” têm como educativas e encontros temáticos so- dros e para a qualificação de agentes objetivo qualificar atores multiplicado- bre temas relevantes: violência contra da sociedade que exercem um papel res para a prevenção do consumo de a mulher, juventude e drogas, saúde fundamental no enfrentamento dos drogas. feminina e formação política, contri- principais problemas do Brasil. Já foram capacitados mais de nove buindo, assim, para o empoderamento Em parceria com a Fundação Mil- mil profissionais da educação, da as- de mais de cinco mil mulheres piauien- ton Campos, o PP tem colocado em sistência social, da saúde, da seguran- ses. Além disso, desse universo, 10% prática, nos seus diretórios Nacio- ça pública, bem como prefeitos, ve- se filiaram ao PP, numa clara demons- nal, estaduais e municipais, ações readores, comunicadores, lideranças tração de que as mulheres estão cada que visam consolidar a democra- comunitárias e religiosas de 24 muni- vez mais interessadas em participar da cia, preparando suas lideranças nos cípios. Em 2017, serão realizados no política. mais diversos setores para atuar, Estado mais sete encontros em dife- Em 2017, a ideia é seguir adiante com firmeza e determinação, na luta rentes cidades. nessa caminhada, preparando as mu- por um modelo de desenvolvimen- Em outra frente de ação, o nosso lheres para que estejam cada vez mais to mais justo, equilibrado e susten- foco é o fortalecimento das políticas fortes, seguras e conscientes da sua tável para o País. de equidade de gênero. O PP Mulher força para transformar a realidade do No Piauí, desde o começo do nosso Nacional incentivou, em 2016, as co- Piauí e do Brasil.

Iracema Portella é deputada federal pelo estado do Piauí

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 25 DEP. FEDERAL RÔNEY NEMER/DF Rôney Nemer (PP-DF) faz balanço dos dois primeiros anos de mandato

Estreante na Câmara dos Deputa- dos, o parlamentar Brasiliense diz ter aprendido muito nos dois primeiros anos de legislatura e que não se fur- tará das grandes discussões que de- vem passar pela Casa em 2017 Para o deputado Rôney Nemer (PP-DF), a Câmara deve dar voz aos seguimentos da sociedade que se- rão influenciados pelas decisões to- madas pelo governo e o parlamento. “As reformas e ações devem ser bali- zadas pela opinião da sociedade”, afir- ma. Arquiteto e urbanista, Nemer tem maior atuação em temas ligados ao desenvolvimento, mas garante que o mandato tem ações plurais e desta- ca pontos que considera principais no trabalho desenvolvido até agora. O Projeto de Lei 1129/2015, que obriga todos os médicos formados em faculdades públicas ou pagas com re- cursos públicos a prestarem serviços re- munerados em estabelecimentos pú- Rôney Nemer é deputado federal pelo DF blicos de saúde pelo mesmo período da graduação é um exemplo. “A de- ras. A identificação será eficiente como foi criado isento de tributação. Com o manda de médicos nas instituições pú- forma de evitar a troca de bebês em passar dos anos, passou a sofrer inci- blicas de saúde é enorme. Na prática, hospitais e maternidades, o sequestro dência de impostos, reduzindo os re- o objetivo do projeto é que tenhamos e tráfico de crianças e também pode- cursos que chegam até o trabalhador. mais médicos para a população. É claro rá ser determinante em casos de aban- que apenas este projeto não resolverá dono”, disse. Oposição todos os problemas da saúde, mas te- nho certeza que, se aprovado, será um Menos imposto No Distrito Federal, Nemer faz passo importante para a recuperação oposição à atual gestão local. “Quan- do sistema público de saúde”, afirmou. “Já está claro que o problema da do saúde, segurança pública e educa- Também é de autoria do deputa- máquina pública não é a falta de re- ção vivem crises sem fim, a população do o Projeto de Lei 1225/2015, que cursos, mas sim a forma como eles sofre. Não cabe mais discurso de he- determina a identificação biométri- são aplicados. Estima-se que o brasi- rança ou culpar governos anteriores. ca dos bebês – por meio das digitais leiro trabalhe aproximadamente cinco Faço oposição responsável e trabalho dos pés e mãos – ainda na sala de par- meses do ano apenas para pagar im- pelo bem do DF, independentemente to e a conferência dos dados na sa- postos. Estes são dados do Instituto de quem esteja no governo”, salientou. ída da maternidade. Nemer acredita Brasileiro de Planejamento Tributário Nemer lembra ainda que tem destina- que esta seja mais uma forma de pro- – IBPT”, argumentou. Com esses nú- do recursos para as áreas prioritárias. teger as crianças e suas famílias, além meros em mãos, Nemer apresentou o “Espero que o GDF tenha competên- de intimidar a ação de bandidos. “Nos- Projeto de Lei 7713/2015, que isenta cia e transparência na execução des- sa ideia é aprofundar as discussões e do imposto de renda o décimo tercei- tes recursos. Estou acompanhando e expandir esse sistema de identificação ro salário pago aos trabalhadores. O vou cobrar para que a população re- em aeroportos, rodoviárias e frontei- pepista lembra que o décimo terceiro ceba as melhorias”, frisou.

26 Ano 04 | Número 17 | Março 2017

DEP. ESTADUAL SILVIO DREVECK/SC Deputado Silvio Dreveck é eleito presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina

O deputado estadual Silvio Dreveck (PP) foi eleito presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina na tarde desta quarta-feira (1). A eleição ocorreu por unanimidade dos votos dos 38 de- putados presentes na sessão realizada no plenário Osni Régis. Em seu pronunciamento de posse, o presidente Silvio Dreveck agradeceu a confiança e afirmou que a Assembleia Legislativa seguirá atuando de forma independente, mas em harmonia com os demais poderes. “Trabalharemos com ética, seriedade e dedicação. Da- remos continuidade às atividades de- sempenhadas nesta assembleia, ouvin- do, propondo e deliberando projetos em favor do povo catarinense”, afir- mou.

Sobre o presidente

Silvio Dreveck nasceu em 21 de abril de 1953 no interior do município de Campo Alegre, filho de João Dreve- Silvio Dreveck é o presidente da ALESC ck e Maria Dreveck, ambos agricultores. Neste município, iniciou os estudos en- São Bento do Sul passou da 49ª para sista na casa. Nesta legislatura, Dreve- quanto ajudava os pais na lavoura. Ain- a 22ª posição no estado e a adminis- ck presidiu a CPI da Telefonia Móvel de da jovem mudou-se para São Bento do tração ganhou conceito A junto à Cai- Santa Catarina. Sul, onde concluiu o Ensino Fundamen- xa Econômica quanto à capacidade fi- Nas eleições de 2014, em 5 de outu- tal e o Ensino Médio. Nesta época co- nanceira. bro, foi reeleito deputado estadual para meçou a trabalhar na área de produção Entre outros prêmios recebeu o tro- a 18ª legislatura (2015 — 2019). Silvio da Condor S/A, empresa em que atuou féu Meio Ambiente (1998), prêmio de Dreveck foi o Líder do Governo na As- até 1992 chegando a cargo de gerência. gestão eficiente em merenda escolar sembleia Legislativa de Santa Catarina Em 1988, formou-se em Administração (2004), prefeito amigo da criança da até novembro de 2016. Atualmente, de Empresas pela Univille e em 1996 fundação ABRINQ (2004) e prêmio Ins- o parlamentar preside a Comissão de concluiu a pós-graduação em Marke- tituto Ambiental (2004). Economia, Ciência, Tecnologia, Minas ting, Recursos Humanos e Finanças. Foi eleito deputado estadual em e Energia e é membro da Comissão de Silvio Dreveck foi vereador de São 2006 para a 16ª legislatura (2007 — Relacionamento Institucional, Comu- Bento do Sul de 1989 a 1996, assumin- 2011), com 42.551 votos, sendo o 2º nicação, Relações Internacionais e do do a Secretaria Municipal de Saúde em mais votado do Partido Progressista e MERCOSUL. 1993. Em 1997 foi eleito prefeito, ree- o 16º de Santa Catarina. Foi o líder da Entre suas bandeiras estão o mu- leito para a gestão 2001/2004. bancada do Partido Progressista na As- nicipalismo, a redução de despesas Uma reportagem do jornal O Esta- sembleia Legislativa de Santa Catarina e aumento da eficiência dos serviços do de S. Paulo, em 11/07/2004, des- entre 2008 e 2010. públicos e a implantação de modelos tacou a administração de Silvio como Em 2010 foi reeleito para 17ª legis- de investimento público-privados por uma das melhores e mais eficientes do latura (2011 — 2015). No início de 2011 meio de concessões para as obras de país. O índice de qualidade de vida de foi reeleito líder da bancada progres- infraestrutura

28 Ano 04 | Número 17 | Março 2017 DEP. ESTADUAL ZÉ MAURÍCIO/PE

Projeto de Lei, que reforça a fiscalização contra maus-tratos de animais, é aprovado na Alepe

“Praticar ato de abuso, ferir ou na última semana, o PL determina que de Proteção aos Animais seja inovador, mutilar animais silvestres, domésti- médicos veterinários que exerçam ati- ele não versa sobre questões especí- cos ou domesticados, nativos ou exó- vidades profissionais em hospitais, clí- ficas como o papel desses profissio- ticos acarreta pena de detenção, de nicas e consultórios veterinários, bem nais - que cuidam da saúde de ani- três meses a um ano, e multa, para o como em pets shops, ao diagnostica- mais domésticos, por exemplo - , de agressor”. É o que afirma o Artigo 32, rem indícios de maus-tratos nos ani- fiscalização, no sentido de combater da Lei Federal 9.605/98. Apesar dis- mais atendidos, ficam obrigados a co- de forma mais efetiva casos de negli- so, não são incomuns atos de agres- municar, imediatamente, a ocorrência gência e violência contra animais, que são ou mesmo abandono (há cerca de à Delegacia de Polícia Civil e aos ór- não são escassos”, complementa Zé, 30 milhões de animais abandonados gãos de fiscalização ambiental fede- que se inspirou em proposições seme- no Brasil, segundo a OMS) contra ani- ral, estadual e municipal. lhantes de estados como São Paulo, mais domésticos e silvestres, inclusive A proposta, segundo o parlamen- Rio de Janeiro e Espírito Santo, para a praticados por seus donos, que têm tar, vem para atualizar, mas também criação da medida em PE. pouca ou nenhuma aptidão para pro- reforçar a Lei Estadual nº 15.226/2014 Em tempo, a proposição estende as mover os cuidados adequados a esses - que institui o Código Estadual de punições para os profissionais e esta- “bichinhos”. Proteção aos Animais no âmbito do belecimentos que não denunciarem os É antenado a essa problemática e Estado de Pernambuco - , a qual, por casos de maus-tratos, conforme penas com o intuito de reforçar a vigilância sua vez, já estabelece, entre outros já previstas nos incisos I e II do Artigo contra esses agressores no âmbito es- pontos, a proibição, inclusive com pu- 25, da Lei Estadual 15.226, que deter- tadual, que o deputado Zé Maurício nições, à agressão física e psicológi- minam advertência por escrito; e mul- propôs o Projeto de Lei 1077/2016. ca aos animais domésticos e/ou sil- ta que varia de R$ 500 a R$ 10 mil, para Aprovado pela Comissão de Consti- vestres. os agressores de animais domésticos tuição, Legislação e Justiça da Alepe,​ “Embora o nosso Código Estadual e silvestres.

Zé Maurício é deputado estadual pelo estado de Pernambuco

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VEREADORES ELEITOS - REGIÃO NORTE

ADAUTIVO FERREIRA DA SILVA Vereador BEKS GARCIA PIMENTA Vereador FRANCISCO CARLOS ALVES DE SOUZA Município Boca do Acre - AC Município Bandeirantes do Tocantins - TO Município Rio Preto da Eva - AM

Vereador Adenilson Cabral Vereador DJACY PEREIRA DA SILVA Vereador ISAAC COSTA DA SILVA Município Vale do Paraíso - RO Município Araguatins - TO Município Altamira - PA

Vereador ADERSON AROUJO RODRIGUES Vereador FRANCIMILTON LEITE DE BRITO Vereador ISAIR FRANCISCO BALDIN Município de São Bento de Tocantins - TO Município Pau D’ Arco - TO Município Cerejeiras - RO

Vereador ADINEUDO DE ANDRADE Vereador FRANCISCO ANDRÉ DOS SANTOS Vereador IVAN PAULA DA SILVA CLAUDIO Município Mirante da Serra - RO Município Sampaio - TO Município Parecis - RO

Vereador APARECIDO ANTÔNIO MACHADO Vereador FRANCISCO ARAÚJO VASCONCELOS Vereador IVANETO DIAS DE OLIVEIRA Município Alto Paraíso - RO Município Tonantins - AM Município Porto Walter - AC

Vereador ARANILDO BARBOZA DA SILVA Vereador FRANCISCO CARIOCA PINTO Vereador JOSE CARLOS DA SILVA Município Chaves - PA Município Tefé - AM Município Rio Crespo - RO

Vereador JOSÉ DA CRUZ CAVALCANTE Vereador MAGNUN CUNHA NASCIMENTO Vereador OSE EMERSON CAMPOS SAMPAIO DELMIRO - Município Eirunepé - AM Município Uiramutã - RR Cidade Belém - PA

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 31 VEREADORES ELEITOS - REGIÃO NORTE

Vereador JOSE GUEDES DA SILVA VIEIRA Vereador MIGUEL GOMES FILHO Vereador RANNIERY MIRANDA ALMEIDA Município São Geraldo do Araguaia - PA Município Marabá - PA Município Cachoeirinha - TO

Vereador LEDY SANTANA VALE Vereador MILTON NERIS DE SANTANA Vereador RAYLSON DE SOUSA TEIXEIRA Município Iranduba - AM Cidade Palmas - TO Município São Feliz do Xingu - PA

Vereador LUIZ PEREIRA DOS ANJOS FILHO Vereador MOISES PINTO DOS ANJOS Vereador REINALDO FREITAS DA SILVA Município Sampaio - TO Município São Sebastião do Uatumã - AM Município Tupirama - TO

Vereador LUZIANO FIRMINI TRESSMAN Vereador NAIRTON BARBOSA DE PAULA Vereador RENATO ARRUDA GOMES Município Urupá - RO Município Ariquemes - RO Município Cristalândia - TO

Vereador MAGILDO DE SOUZA LIMA Vereador NATALIO SILVA DOS SANTOS Vereador RENATO JUNIOR DO NASCIMENTO Município Senador Guiomard - AC Município Colorado do Oeste - RO Município Colares - PA

Vereador RICARDO ALBERTO STEVANELLI Vereador VALTEMAR DE FREITAS OLIVEIRA Vereador WILSON PEREIRA DA SILVA Seringueiras - RO Município Canutama - AM Município Seringueiras - RO

Vereador RICHARDSON REGIO DA SILVA Vereador VANDER CLEISON PEREIRA DA Vereador XERE KAYAPO Município Porto Grande - AP SILVA - Município Nova Olinda do Norte - AM Cumaru do Norte - PA

32 Ano 04 | Número 17 | Março 2017 VEREADORES ELEITOS - REGIÃO NORTE

Vereador TIAGO FERREIRA SANTANA Vereador WAGNER PEREIRA DA SILVA Vereadora ARLY CASSIA PEREIRA DE SOUZA Município Chapada da Natividade - TO Município Santa Fé do Araguaia - TO Município Araguanã - TO

Vereador VALDEMAR RODRIGUES BANDEIRA Vereador WALLES MARCIO BARROS DE Vereadora DOMINGAS AGUIAR MOURA Manaquiri - AM SOUSA - Município Esperantina - TO Município Campos Lindos - TO

Vereador VALDINEIO ARAUJO CERQUEIRA Vereador WBIRAMAR BASILIO SOBRINHO Vereadora FRANCE MARIA NASCIMENTO Inhangapi - PA Município Conceição do Araguaia - PA MARTINS - Município Tonantins - AM

Vereador WELKER CARLOS BROMESTRE Vereador VALMIN CORREA DA TRINDADE CORRÊIA - Município Bandeirantes do Vereadora RAMONA RESK GUIMARÃES Município Colares - PA Tocantins - TO Município Urucará - AM

Vereadora REZIANE DOS SANTOS ALMEIDA Vereadora VALDECI DE ANDRADE PINTO Vereadora VASTÍ VALERIA SANTOS DA SILVA BARROS - Município Mâncio Lima - AC Nova União - RO Município Amajari - RR

DESTACAREMOS TODOS OS VEREADORES ELEITOS PELO PP A CADA EDIÇÃO POR ORDEM DE REGIÃO

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 33 JAN/FEV/MARÇO 2017 EVENTOS

PP Afro do Rio de Janeiro - A importância da mulher Partido Progressista de Rondônia - Combate e a prevenção na política e a igualdade de gênero - Rio de Janeiro do câncer da mama - Espigão do Oeste - RO

Juventude Progressista do Distrito Federal - Conversa, Juventude Progressista do Acre - Nossa atitude faz Debate e Ação Progressista - Samambaia - DF a diferença - Acrelândia - AC

Formando Novas Lideranças - Juventude Progressista do Acre - Juventude Progressista de Santa Catarina - Araranguá - SC Epitaciolândia - AC

Seminário de Inovação Estratégica - Esteio - RS

34 Ano 04 | Número 17 | Março 2017 EVENTOS JAN/FEV/MARÇO 2017

Juventude Progressista do Distrito Federal - Conversa, Juventude Progressista do Distrito Federal - Conversa, Debate e Ação Progressista - São Sebastião - DF Debate e Ação Progressista - Recanto das Emas - DF

Juventude Progressista do Distrito Federal - Conversa, Debate Partido Progressista do Piauí - Gestão Progressista e Ação Progressista - Guará - DF com Foco em Resultados - Teresina - PI

Liderança nos 100 primeiros dias de Governo - São Paulo - SP

A importância da comunicação em tempos de redes sociais - Porto Alegre - Rio Grande do Sul

Ano 04 | Número 17 | Março 2017 35