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1 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – CFCH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA – PPGEO MONITORAMENTO AMBIENTAL DA ESTRADA SÃO DOMINGOS – ASSOMADA, ILHA DE SANTIAGO, CABO VERDE, COM ÊNFASE NA COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA Dissertação apresentada ao curso de Mestrado do Programa de Pós- Graduação em Geografia, Área de Concentração Ecossistemas e Impactos Ambientais, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Geografia. Orientador: Profº Dr. Antonio Carlos de Barros Corrêa Recife, PE, Brasil, 2009 3 4 5 Dedico este trabalho a todos os meus familiares em especial a minha doce e adorável mãe Lídia Tavares Varela, que sempre esteve do meu lado, a minha irmã Amélia Jesuína Soares de Carvalho as minhas tias Paula Carvalho e Maria Amélia Martins pelo incentivo e apoio. Ao meu pai Antonio Pedro Soares de Carvalho (in memorian), minha avó Vicência Tavares Varela (in memorian) e meu padrasto Fulgêncio Lopes Tavares (in memorian). 6 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus em primeiro de tudo por ser minha força, meu auxilio em todas os dias da minha vida e por fazer em mim o que ninguém podia imaginar, ele mudou a minha historia. Ao meu orientador, o Profº Dr. Antônio Carlos de Barros Corrêa, por aceitar o desafio de orientar-me mesmo antes de me conhecer, pelo apoio incondicional dispensado à mim desde o dia em que cheguei ao Brasil, pela amizade e pela excelente orientação. Ao Profº Dr. Jan Bitoun e ao Profº Dr. Alcindo José de Sá, que através da carta de aceitação enviada deram-me a oportunidade de ingressar no curso de Mestrado em Geografia, também pelo apoio dispensado a mim neste país. Ao Pró-Reitor para Assuntos de Pesquisa e Pós-Graduação, Anísio Brasileiro de Freitas Dourado, pela amizade e apoio dispensados ao longo do curso. Ao CNPQ, pela concessão da minha bolsa, a qual foi indispensável para a conclusão desse curso. Em especial à Amélia Nair Lopes Lima. Às entidades de Cabo Verde no fornecimento de dados e entrevistas para elaboração dos trabalhos: INIDA nas pessoas de Samuel Gomes, Regla Hernandez, Baldina Veiga, Isildo Gomes e Mendes. A Polícia Nacional na pessoa de Pedro Sanches, a Esquadra Policial dos Órgãos, São Domingos e Assomada na pessoa de Manuel Miranda, INGRH nas pessoas de Antonio Pedro Borges e Erilsys M. Hernandez, ao INE na pessoa de Carmen Cruz, ao Instituto Nacional de Meteorologia e Geosifica Delegação da Praia em especial ao Jorge Batalha pelo fornecimento dos dados e apoio moral. A toda população da área de estudo em especial aos meus alunos que muito ajudou na coleta de dados. Ao Primeiro Ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, ao Presidente do Grupo Parlamentar Rui Semedo, o Profº José Maria Semedo, o professor Alberto da Mota Gomes, Lucas, Helder Ferreira, Manuel Leão Carvalho, Antonio Querido e Antonio Melicio um agradecimento especial e um profundo reconhecimento pelo contributo dado na elaboração desta dissertação. Aos amigos, Maria Dos Anjos Lopes, Ronise Ferreira, Filomena Moreira, Paulino Fortes, Francisco Perreira, Joaquinzinho de Brito, Orlando Santos, Joaquim Moreira Rodrigues, Janine Ferreira, Manuel da Silva, Melany e Letícia pelo incentivo, tolerância e pela constante troca de idéias e conhecimento. Não poderia deixar de agradecer o apoio e o amor de pessoas muito especiais que sempre estiveram presentes nos momentos, mas difíceis da minha vida, Tiago Fonseca, 7 Lucilia Correia, Rita de Pina, Matilde Teixeira, Odeth Correia, Armindo Lopes, Belmiro Veiga, João Pina, Padre Lino Paulino Perreira, Padre Irineu Correia, Neusa Oliveira, Thatiany Lidia, Adelina Sena, Simão Olavo e Janine Rocha. As minhas irmãs Geisa Varela, Telma Tavares e Sheila Karine pela nossa amizade e por terem me apoiado nos momentos mais difíceis da minha vida e por me ajudarem a superá- los. Ao meu querido irmão e amigo Antonio Pedro Soares de Carvalho e a minha adorável cunhada Angharad Stoodley pelo apoio incondicional dispensado ao longo desse mestrado e pela amizade e simpatia. Ao Deputado e Médico Orlando Dias pelas sugestões e apoio moral. Á Ioneide dos Santos Lins e Kátia Diniz, funcionárias da Reitoria da UFPE, pelos conselhos sempre precisos e por me convencerem que sempre vale à pena lutar. À Rosa Marques, secretária da Pós-Graduação, pela presteza e amizade com que me recebeu. Aos colegas e amigos, Josélia Carvalho, Roberto Silva, Cirley Martins, Cristiana Coutinho, Felippe Maciel, Priscila Batista, Danielle Gomes, Renata Azambuja, Drielley Naamma, Rhaíssa Tavares, Keyla Manuella, Thatiany Lídia, Luciana Marques, Amaury Trajano, Suele Trajano, Lucas Cavalcanti e Auzene pela amizade e acolhimento. Um agradecimento muito especial para Tiago Oliveira, que desde a primeira hora tem ajudado na confecção dos Mapas e elaboração do “check-list”. Agradeço também a Danielle Gomes pela ajuda na elaboração do Mapa Geomorfológico da Ilha de Santiago, sem o qual o trabalho não seria o mesmo. Á Camila Lima e Kleython Monteiro, que desde o primeiro momento no país acolheram-me, fizeram-me sentir em casa, pela amizade e carinho. Em especial à Camila, pelas horas, dias, talvez meses de trabalho na formatação, digitação e correção do trabalho. 8 “Eu te agradeço Deus por se lembrar de mim e pelo teu favor e que me faz crescer Eu vivo pela fé,e não vacilo Eu não paro, eu não desisto eu sou de Deus, eu sou de Cristo Você mudou a minha historia e fez o que ninguém podia imaginar Você acreditou e isso e tudo Só vivo pra você não sou do mundo, não A honra, a gloria, a forca O louvor a Deus E o levantar das minhas mãos e pra dizer que te pertenço, Deus. Eu te agradeço Deus que no deserto não me deixou morrer e nem desanimar E como aquela mãe que não desiste você não se esqueceu, você insiste.” Kleber Lucas 9 Resumo Este trabalho tem por objetivo a aferição dos impactos ambientais ocorridos ao longo da estrada São Domingos-Assomada, na ilha de Santiago na República de Cabo Verde, África Ocidental no período de 2003 a 2009, com ênfase sobre os compartimentos geomorfológicos e seus materiais estruturadores, bem como estabelecer medidas de minimização dos referidos impactos. O estudo ainda procurou mostrar que o monitoramento ambiental das obras da rodovia tem uma série de vantagens porque pode identificar tendências nocivas sobre as variáveis ambientais e sociais antes que seja tarde demais para minimizar ou prevenir seus impactos. Ao longo da pesquisa foram destacadas as principais atividades que originaram impactos ambientais causados pelas obras tanto na fase de reabilitação como na fase de exploração da via. Buscou-se ainda mostrar que a crescente intervenção antrópica ao longo da estrada tem repercutido cada vez mais intensamente sobre a dinâmica do relevo e nos processos de erosão do solo associados às práticas inadequadas de uso da terra. Os impactos ambientais ocorridos durante a exploração da via resultaram, sobretudo, na degradação dos compartimentos geomorfológicos, por estes se constituírem no principal suporte das demais organizações espaciais. Metodologicamente este trabalho abrangeu uma pesquisa aplicada de cunho descritivo e exploratório visando melhor identificar as alterações nos sistemas ambientais, decorrentes da implantação da estrada e das atividades antrópicas realizadas no seu entorno. A fim de estimar a repercussão das intervenções junto à população imediatamente afetada foram aplicadas entrevistas voltadas à avaliação da percepção dos riscos ambientais. A coleta de dados geomorfológicos em campo foi realizada mediante a observação in loco das condições ambientais e sua posterior cartografação em gabinete. Os resultados dessas foram cotejados com o levantamento da literatura especializada a fim de permitir o enquadramento coerente do grau dos agravos ambientais analisados. Os resultados do estudo apontaram que a degradação dos compartimentos geomorfológicos e suas formações superficiais não ocorrem unicamente em função da estrada, mas também pelas práticas tradicionais de uso da terra. Ainda foi possível constatar que no caso da estrada São Domingos – Assomada, as obras de recuperação não levam em conta à dinâmica do relevo, ou seja, não consideram os parâmetros morfogenéticos. Dessa forma, tais obras essenciais de infra-estrutura acabam, muitas vezes, durando pouco tempo, desperdiçando recursos financeiros que são escassos nos países em desenvolvimento. Palavras-chave: Geomorfologia aplicada, impactos ambientais, monitoramento de rodovias, Macaronésia. 10 Abstract This work aims to assessing environmental impacts occurring along the São Domingos – Assomada road, island of Santiago, Republic of Cape Verde, western Africa, within the period from 2003 to 2009, emphasis is given on the geomorphologic compartments and their surface materials, as well as on establishing impact mitigation measures. The study has sought to show that the environmental monitoring of road works provides a series of advantages since it may help identify potentially harmful trends upon environmental and social variables before it’s too late to prevent their impacts. Throughout the research the main activities that generated environmental impacts due to road works were highlighted. It was also sought to show that the growing human interference along the road has provoked remarkable impacts upon the landform dynamics as well as on soil erosion processes related to inadequate land use practices. Environmental impacts occurred during the road exploitation period resulted on the degradation of geomorphologic compartments, since these