Universidade Federal Do Rio De Janeiro Museu Nacional Programa De Pós-Graduação Em Antropologia Social
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Universidade Federal do Rio de Janeiro Museu Nacional Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social Jovens Werthers Antropologia dos Amores e Sensibilidades no mundo Emo Raphael Bispo Raphael Bispo Jovens Werthers Antropologia dos Amores e Sensibilidades no mundo Emo Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Antropologia Social. Orientador: Luiz Fernando Dias Duarte Rio de Janeiro Fevereiro de 2009 2 Jovens Werthers Antropologia dos Amores e Sensibilidades no mundo Emo Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre. Aprovada por: ___________________________________________________ Prof. Dr. Luiz Fernando Dias Duarte (Orientador) PPGAS/ Museu Nacional/ UFRJ ___________________________________________________ Prof. Dr. Gilberto Cardoso Alves Velho PPGAS/ Museu Nacional/ UFRJ ___________________________________________________ Prof ª. Dra. Maria Claudia Pereira Coelho PPCIS / UERJ ___________________________________________________ Prof ª. Dra. Adriana Barreto de Resende Vianna (Suplente) PPGAS/ Museu Nacional/ UFRJ ___________________________________________________ Hermano Paes Vianna Junior (Suplente) Rede Globo de Televisão Rio de Janeiro Fevereiro de 2009 3 BISPO, Raphael. Jovens Werthers: Antropologia dos Amores e Sensibilidades no mundo Emo/ Raphael Bispo. Rio de Janeiro: UFRJ/ Museu Nacional/ PPGAS, 2009. xiii, 256 f.: il; 31 cm. Orientador: Luiz Fernando Dias Duarte. Dissertação (mestrado) – UFRJ/ Museu Nacional/ Programa de Pós- Graduação em Antropologia Social, 2009. Referências Bibliográficas: pp. 247-255. 1. Emo 2. Juventude 3. Música 4. Amor 5. Internet 6. Antropologia das Emoções. I. Duarte, Luiz Fernando Dias. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. III. Título. 4 Resumo Jovens Werthers: Antropologia dos Amores e Sensibilidades no mundo Emo Raphael Bispo Orientador: Luiz Fernando Dias Duarte Esta dissertação tem como proposta analisar a juventude constituinte de um mundo artístico contemporâneo, o Emo, do rock sentimental e valorizador de atitudes românticas. Partindo da constatação de que um fenômeno da cultura de massa possui particularidades que dificultam o seu estudo de acordo com os modelos clássicos da pesquisa antropológica, este trabalho busca investigar as dinâmicas sócio-culturais que configuram esse movimento a partir de “múltiplos lados” de abordagem, com uma atenção especial às emoções e sensibilidades constituintes do mundo artístico. Assim, destacam-se nesta dissertação as tensões entre músicos, críticos especializados e fãs do emocore acerca da validade do estilo musical no cenário do rock e as letras neo- românticas de bandas classificadas por muitos como emo. A partir de um trabalho de campo realizado no Rio de Janeiro, privilegia-se também as interações efusivas de jovens de camadas populares adeptos dessa visão de mundo em algumas regiões da cidade bem como os relatos de tom trágico de suas vidas amorosas dispostos na internet em sítios como o fotolog e o orkut. Palavras-Chave: Emo, Juventude, Música, Amor, Internet, Antropologia das Emoções 5 Abstract Young Werthers: an anthropology of Love and Sentiments in the Emo world Raphael Bispo Orientador: Luiz Fernando Dias Duarte This work is an analysis of the young people who participate in a part of the contemporary art world, the Emo – sentimental rock music related to a romantic ethos. Since mass culture phenomena challenge the classical models of research in anthropology, this work investigates the socio-cultural dynamics that configures this activity from a “multi-sited” point of view, with an especial attention to the emotions and sensibilities that constitute that world. Important here are the tensions between musicians, specialized reviewers and emocore fans about the legitimacy of this music style in the rock scene as well as the neo-romantic lyrics of the bands eventually classified as being emo. Based on an ethnographic research that took place in Rio de Janeiro, it addresses also the effusive interactions of lower class youths who are adept of this world view in certain areas of the city and the love stories in a tragic key that they display on internet in sites such as fotolog and orkut. Keywords: Emo, Youth, Music, Love, Internet, Anthropology of Emotion 6 À memória de meu pai 7 Agradecimentos Talvez estas sejam as linhas mais difíceis de serem preenchidas desde o início do penoso, mas gratificante, processo de escrita desta dissertação de mestrado. Relutei dias para organizar os nomes, temendo ser omisso ou injusto. Muitas das vezes faltam palavras. Em outros casos, elas são incapazes de dar conta da real dimensão daqueles que foram essenciais para o resultado final. Assim, de imediato, agradeço aos jovens que aceitaram com muito carinho participar desta pesquisa. Aos emos, principalmente os membros da “Realeza”, todo o meu apreço e votos de felicidade. Espero que nossos contatos perdurem para além dos dias em que estivemos juntos, seja através de um comentário no orkut, seja por meio de uma confidência no msn messenger. Sou grato também a Luiz Fernando Dias Duarte, orientador desta dissertação. Desde o início de minha entrada no mestrado, sempre fui muito bem acolhido por ele em suas aulas, sem contar o entusiasmo com que abraçou a idéia de orientar um trabalho sobre os emos. A possibilidade de criação e de liberdade intelectual são benefícios que sempre me foram concedidos, ao lado de uma precisão e sensibilidade que garantiram dois anos de grandes improvements intelectuais. Sou bastante grato pela possibilidade de ter constituído tão instigante parceria, que poderá se prolongar por mais alguns bons momentos. Aos professores do PPGAS, toda a minha admiração e respeito. A Márcio Goldman e Carlos Fausto, com quem tive excelentes aulas, obrigado pelo aprendizado. Em especial, gostaria de agradecer ao carinho de Gilberto Velho, pela receptividade em seu curso e por ser um grande norte deste trabalho, referência intelectual que admiro desde a graduação. Agradeço também a Adriana Vianna, simplesmente por conseguir conjugar ternura e excelência intelectual na condução da coordenação do programa, bem como em sala de aula e em conversas pessoais. Os funcionários do PPGAS garantem a qualidade do curso, e a eles não posso deixar de depositar todo o meu apreço. Às meninas da biblioteca – Alessandra, Carla e Isabel – e o pessoal da xerox, Lúcia e Fabiano, meu muito obrigado. Tânia, Afonso, Bete, Marcelo, Marina, Rita – a turma da secretaria – fico contente pela atenção e dedicação concedida. Chegar ao Museu foi um sonho apenas concretizado pela vivência feliz de quatro anos de graduação em ciências sociais na UERJ e em Jornalismo na mesma UFRJ. A todos os professores que lecionaram nos inúmeros cursos que fiz deixo um 8 carinho especial. Claudia Barcellos, Clarice Peixoto, Helena Bomeny, João Trajano de Sento-Sé, Luiz Eduardo Soares, Sandra Carneiro, Carlos Eduardo Rebello, Felícia Picanço e Bianca Freire Medeiros foram figuras-chave pelo meu vício em ciências sociais e seus passos pretendo sempre seguir. Janice Caiafa, João Freire, Muniz Sodré, Ilana Strozemberg, Heloísa Buarque de Hollanda, Beatriz Becker, Ivana Bentes, Ana Paula Goulart e Priscila Kuperman também muito contribuíram para meu interesse na antropologia, mesmo nas tentativas de outros de fazer do curso de jornalismo um apanhado de técnicas. Aos meus amigos, mesmo que já saibam de tudo – principalmente quando bebemos um pouco e deixo meu lado “emo” mais afoito – preciso deixar aqui um registro oficial, para além de melosos depoimentos em orkut. Guilherme, Débora, Carlos, Vanessa, Renata, Marcos, Luciana, Marisa, Júlia, Clarissa – a imbatível “Sociedade do Anel” – como é bom estar ao lado de vocês. Sempre. Em especial, um afago em Fabiola e Pilar (por favor, sem confusões, a ordenação de seus nomes é alfabética, tá?), queridas amigas que a Uerj me apresentou naqueles blocos de concreto não muito aconchegantes. Logo ali perto, conheci uma trupe que fez da minha estadia no Museu Nacional algo além dos estudos (não que conversemos pouco sobre isso) e capaz de reverter a impessoalidade do sistema de créditos do mestrado – aquele de “colegas xerox”, “qual o próximo texto da aula?” – e torná-lo algo intenso e de experiências inesquecíveis. Leandro, Ana Amélia, Júlia, Rogério, Letícia, Alexandre, Tatiana, Paula, Gabriel, o pessoal do doutorado é sempre um luxo e junto de minha turminha querida do mestrado de 2007 – Ariana, César, Beatriz, Flávia, Kleyton, Felipe, Luana, Leonor, Rogério, Silvia e Wecisley – fizemos e acontecemos. Em especial, aos amiguinhos Pedro, Orlando, Leonardo e André (ué, mas ele não é do doutorado?), obrigado simplesmente por tudo. É preciso também lembrar do “pessoal do Catete”, os indispensáveis Antônio, Jossie e Aninha que desde o primeiro momento me acolheram com carinho na conturbada e carioquíssima Pedro Américo. Tenho passado dias maravilhosos ao lado de vocês que, espero, se prolonguem por mais tempo. Existem pessoas que, mesmo não sabendo muito bem o que tanto faço trancado em casa com livros por todos os lados, foram essenciais não só para a concretização deste trabalho como também para a minha formação em geral. Aos meus eternos e inesquecíveis