Jornal Ciclismo Português
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
JORNAL CICLISMO PORTUGUÊS NÚMERO 2 FEVEREIRO 2016 PROPRIEDADE E EDIÇÃO: FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE CICLISMO fpciclismo.pt Estrelas do pelotão mundial brilham na Volta ao Algarve A 42.ª Volta ao Algarve, que se disputa entre 17 e 21 de fevereiro, conta com um elenco de luxo, no qual pontificam, entre outras estrelas, Alberto Contador, André Cardoso, André Greipel, Fabian Cancellara, Fabio Aru, Geraint Thomas, Joaquim Rodríguez, Marcel Kittel, Michal Kwiatkowski, Nelson Oliveira, Rigoberto Urán, Thibaut Pinot, Tiago Machado ou Tom Boonen. O espectáculo está garantido. Pág. 10 a 12 Percursos, locais, horários de passagem e favoritos de cada uma das cinco tiradas da Volta ao Algarve. Guia das Etapas Pág. 6 a 8 Entrevista entrevista JOÃO CORREIA “A Seleção Gould © Jason TIAGO MACHADO abriu portas aos portugueses” “No Algarve Pág.14 João Correia, Personalidade do Ano sinto-me em casa” da Federação Portuguesa de Ciclismo em 2015, reconhece o importante papel das Seleções Nacionais no lançamento dos valores lusos na alta roda do ciclis- mo mundial. Empresário de sucesso no ciclismo, o antigo corredor passa a vida em revista. Pág. 14/15 CALENDÁRIO ALGARVIO Saiba quais as datas e os locais das quase cem provas de ciclismo que se realizam no Algarve em 2016. Pág. 13 Equipas Portuguesas Conheça o plantel completo das seis equipas continentais lusas. Pág. 9 © Tim de Waele de © Tim GP Liberty Seguros e Congresso da UEC agitam Algarve em março Pág.16 PEDALE EM SEGURANÇA, SEMPRE EM BOA COMPANHIA. INDIVIDUAL INSCRIÇÃO “FAMÍLIA” “CORPORATE” 1 A apólice AP da inscrição “CPT - Individual” está isenta de franquia 2 Preço por membro (dois adultos e um jovem até 15 anos, inclusive); acrescem 15€ por cada jovem adicional. Esta apólice AP tem uma franquia de 60€ 3 Preço por membro (mínimo de quatro que integrem o grupo-equipa da respetiva Empresa ou Instituição); acrescem 25€ por cada membro adicional. Esta apólice AP tem uma franquia de 60€ 2 Jornal Ciclismo Português Editorial 42.ª edição da Volta ao Algarve, que vai reali- mo. A consolidação financeira desta realização depende de zar-se entre 17 e 21 de fevereiro, conta com uma uma maior atenção de todas as forças vivas da região, que lista de inscritos ímpar. O espectáculo está ga- devem perceber o potencial do ciclismo e do turismo em bi- rantido e teremos uma semana de intensa co- cicleta. bertura mediática da nossa modalidade. Esta é Auma das grandes mais valias da Volta ao Algarve: deu ao ci- Enquanto presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, clismo português um segundo “pico” de interesse mediático, entidade organizadora da 42.ª Volta ao Algarve, compete-me que não se esgota nas fronteiras nacionais. dar as boas vindas às 24 equipas participantes, desejando a todas uma ótima estada no Algarve e uma corrida repleta A presença da nata do ciclismo internacional e as atenções de sucesso desportivo. Aos muitos adeptos que vão seguir a dispensadas à prova são inspiradoras para o ciclismo e para competição, desejo que o entusiasmo que colocarão no apoio os ciclistas portugueses, que são desafiados a provar o seu aos ciclistas tenha reflexo numa corrida emocionante. valor e a superar-se, mostrando ao mundo a qualidade que têm. À semelhança dos principais eventos de ciclismo do Mun- do, a Volta ao Algarve conta com uma jornada de ciclismo Apesar da qualidade da corrida e dos seus protagonistas, a de massas integrada no seu programa. Trata-se do Algarve Volta ao Algarve ainda é obra de trabalho voluntário e ab- Granfondo, que vai realizar-se no dia 21 de fevereiro, com negado, que constrói o evento com um pequeno orçamento. partida e chegada em Loulé. Na véspera, S. Brás de Alportel A Volta ao Algarve é o evento âncora para divulgar o Sul de recebe o Passeio da Volta ao Algarve, mantendo a tradição de Delmino Pereira Portugal como destino privilegiado para a prática de ciclis- associar o cicloturismo ao evento de competição. Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo Deslumbramento CRÓNICA Ana Marques Gonçalves s últimas semanas (para não escrever meses) foram frenéticas. A conta-gotas, anúncios ofi- ciais, outros nem tanto. Refresh constante nos sites do costume, leitura mais atenta de entre- vistas - o olhar a perscrutar as palavra-chave A“Volta” e “Algarve” -, o Facebook como portador de boas no- tícias. Mensagens trocadas com os amigos-colegas donos da mesma paixão, um entusiasmo crescente. Alberto Contador, Fabio Aru, Joaquim Rodríguez. E Boonen! Oh, pela primei- ra vez, Tom Boonen. No primeiro duelo da época com Fabian Cancellara. Geraint Thomas, Micha ł Kwiatkowski, Marcel Kittel. E os portugueses, claro. O cérebro a fervilhar. “Vou ter de fazer uma lista, escolher”. Sinto-me assoberbada. “É impossível falar com todos. Ou será que vou ter tempo para duas estórias por dia? “. Os no- mes continuam a desfilar diante dos meus olhos e sou, outra vez, uma miúda a abrir prendas de Natal. A mais apetecida (Tony Martin, como não?) ficou para o fim. Sou uma sortuda, eu sei. Nem todos têm o privilégio de traba- lhar no que mais gostam, com as pessoas que mais admiram. Há 20 anos, quando arrancava gargalhadas à família com a convicção de que um dia estaria na Volta a Portugal, estava longe de imaginar que seria a Algarvia a proporcionar-me uma devoção convicta. Em seis anos, perdi a conta aos ídolos É o caos tornado perfeito, a incerteza de que tudo sairá sem- alguns dos maiores desafios - e também das melhores expe- (dos outros) que vi na Volta ao Algarve. Mark Cavendish (e a pre bem. É o não ver e escrever, numa cumplicidade desme- riências - enquanto jornalista. loucura absoluta dos britânicos), Chris Froome, André Grei- dida com o leitor – e a responsabilidade dos meus serem os A primeira, o efeito Contador. A loucura desmedida depois de pel, Philippe Gilbert, Richie Porte, Rigoberto Uran, Sylvain seus olhos. Acreditem, é o exercício anual mais difícil para ser ilibado, um sem-fim de jornalistas estrangeiros (depres- Chavanel, Levi Leipheimer, Andreas Kloden, Tejay Van Gar- uma jornalista nascida na era das imagens (vale-me a precio- sa a família encolheu e voltámos a ser os cinco de sempre). deren – faltou (me) Andy Schleck. E o Tiago, o Nelson, o Zé, o sa ajuda dos incansáveis autores do ‘direto’), mas também o Uma conferência “intimista”, como ironicamente lhe chamá- Sérgio, o André, esses rostos que conheci como ‘rookie’ e que mais livre. E, para quê negá-lo, é também o momento em que mos, com aquele que era então o Deus do ciclismo. Eu, que agora reencontro uma vez por ano nas estradas algarvias. volto a ser aquela criança de dez anos, deslumbrada com o cresci numa família sem qualquer referência velocipédica, Está aí uma das semanas que mais anseio a cada ano – vivo desporto mais bonito do mundo. vivia o sonho nunca sonhado. Pendurei a foto de Contador, todas as outras a contar os meses para esta. E porquê? Porque lado a lado com as dos amigos, apesar de não lhe professar a Volta ao Algarve é jornalismo clássico, é o viver no arame. Jornalista da Agência Lusa FICHA TÉCNICA CICLISMO PORTUGUÊS | Propriedade e edição: Federação Portuguesa de Ciclismo, Rua de Campolide, 237, 1070-030 Lisboa, [email protected] | Diretor: Delmino Pereira | Redação: José Carlos Gomes | Fotografia: João Fonseca, Tim de Waelle, Jason Gould, Photo News e Bettini Photo | Design e Infografia: Luís Gregório e Diana Conceição | Paginação: Diana Conceição | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense | Tiragem: 10 mil exemplares | Distribuição Gratuita Jornal Ciclismo Português 3 A VOLTA AO ALGARVE EM NÚMEROS Corrida internacional de referência Inscritos 192 corredores, entre os quais vencedores das melhores corridas do Mundo Cardoso (Cannondale), Bruno Pires comunicação social de 17 países: ção social, patrocinadores e convi- (Roth), José Mendes (Bora-Argon Alemanha, Austrália, Bélgica, Ca- dados, a Volta ao Algarve tem uma 18), Nelson Oliveira (Movistar), Ri- nadá, Colômbia, Dinamarca, Espa- caravana com cerca de mil pessoas, cardo Vilela (Caja Rural-Seguros nha, Estados Unidos da América, que geram cerca de seis mil dormi- RGA), Sérgio Paulinho (Tinkoff) e Estónia, França, Grã-Bretanha, das. Tiago Machado (Katusha). Grécia, Holanda, Itália, Noruega, Em 2016, a Volta ao Algarve alar- Como evento desportivo de refe- Polónia e Rússia. ga-se aos ciclistas amadores, atra- rência no panorama internacional, Além do retorno mediático, a Volta vés do Algarve Granfondo, prova a Volta ao Algarve reúne uma au- ao Algarve tem um impacto econó- de massas marcada para dia 21 de têntica sociedade de nações sobre mico direto na economia da região, fevereiro, com partida e chegada rodas. Prevê-se a participação de dinamizando a hotelaria, a res- em Loulé, que terá cerca de 600 ciclistas oriundos de 30 países: Ale- tauração, o comércio e o setor dos participantes. Por si só, este evento manha, Austrália, Áustria, Bélgi- transportes em época baixa. Entre popular, deverá gerar perto de mil ca, Brasil, Cazaquistão, Colômbia, ciclistas, equipas técnicas, árbitros, dormidas. Croácia, Dinamarca, Eslovénia, pessoal da organização, comunica- Espanha, Estados Unidos da Amé- rica, Estónia, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, Itália, Ir- Micha ł Kwiatkowski e Tony Martin juntos somam quatro titulos mundiais e estão de volta ao Algarve landa, Lituânia, Luxemburgo, No- ruega, Polónia, Portugal, Repúbli- A Volta ao Algarve é o ponto de en- na Volta a Itália, nove em Mundiais, ca Checa, Rússia, Suíça, Ucrânia e Prémio Prestígio contro entre os adeptos portugue- sete no Paris-Roubaix, oito no Tour Uruguai. ses de ciclismo e as grandes estre- de Flandres e uma medalha de ouro A qualidade, a variedade e a quanti- las internacionais da modalidade. olímpica (ver lista de inscritos na dade dos participantes atrai sobre a A organização da Volta ao Algarve inicia em 2016 a atribuição do Prémio Entre 17 e 21 de fevereiro, o Algarve página 12).