Universidade Tiradentes Pró-Reitoria De Pós-Graduação, Pesquisa E Extensão Programa De Pós-Graduação Em Educação Mestrado Em Educação
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UNIVERSIDADE TIRADENTES PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO DAYSE ARAUJO LAPA LINHAS ENTRELAÇADAS: História da educação ● arquitetura dos grupos escolares ● cidade de Aracaju (1914 -1925) Aracaju - 2019 DAYSE ARAUJO LAPA LINHAS ENTRELAÇADAS: História da educação ● arquitetura dos grupos escolares ● cidade de Aracaju (1914 -1925) Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tiradentes, como pré- requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Educação na Linha de Pesquisa 2 - Educação e Formação Docente. PROFª Drª SIMONE SILVEIRA AMORIM ORIENTADORA Aracaju - 2019 Lapa, Dayse Araujo L299l Linhas entrelaçadas: história da educação e arquitetura dos grupos escolares na cidade de Aracaju (1914-1925) / Dayse Araujo Lapa; orientação [de] Prof.ª Dr.ª Simone Silveira Amorim – Aracaju: UNIT, 2019. 295 f. il ; 30 cm Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Tiradentes, 2019 Inclui bibliografia. 1. Urbanismo. 2. Legislação. 3. Representação coletiva I. Lapa, Dayse Araujo II. Amorim, Simone Silveira. (orient.). III. Universidade Tiradentes. IV. Título. CDU: 711 (094. 5) SIB- Sistema Integrado de Bibliotecas Á minha família, razão da minha existência; a meus pais Alonso (in memoriam) e Eulalia; à minha irmã Denise e à minha madrinha Bernadete; a meus sobrinhos Leonardo e Beatriz e, especialmente, a meu filho Lucas. ...................................................................................................................................... AGRADECIMENTOS Agradeço o dom da vida; a todos os meus professores, em especial às mulheres professoras da família Araujo, a contribuição inestimável no curso da minha jornada; aos meus professores do Mestrado, em especial minha orientadora, Simone Amorim, o incentivo e o apoio incondicional no mergulho do objeto de estudo deste trabalho; a todos que fazem o Programa de Pós-Graduação em Educação (PPED) da UNIT, o profissionalismo e a dedicação; à UNIT, a bolsa do Programa de Qualificação Docente (PQD); aos meus alunos, o compartilhamento na construção do saber; a meus colegas de turma das disciplinas do Mestrado, especialmente Ana Cristina, Ana Paula, Eliane, Elias, Gledson Lima, Isabela Araujo, Isabela, Luziane e Rita, a generosidade de compartilhar inseguranças e comemorar superações; aos integrantes do grupo de pesquisa Educação e Sociedade: Sujeitos e Práticas Educativas, especialmente Gleidson e Gilvânia pelo acolhimento nas tardes de debate; a meus pares do curso de Design de Interiores e Arquitetura e Urbanismo da UNIT, a convivência diária e cumplicidade no ato de ensinar; aos apaixonados por arquitetura e urbanismo, meu respeito pelo trabalho que cada um desenvolve dentro deste oficio – arquiteta Kátia Loureiro, arquiteto Givaldo Barbosa, arquiteto Ezio Déda, arquiteta Juliana Brandão, arquiteto Thiago Moura e arquiteto Matheus Menezes, obrigado pela troca de experiências; a Chou e Marcilio (turma Ágora); Germana Gonçalves, Marcelo, Ricardo e Amilton (turma CRIED); Jane, Elis, S. Oscar, Aline (turma Trama); Silvia, Emerson, Demostenes, Valéria e Bruno (turma SENAI); Débora, Eduardo e Zenith (Turma pós); Lúcia, Paulo (in memoriam), Tânia, João, Jefferson, Marilia, Beth, Roberto, Luís, Afro e Rosana (turma Belas Artes); a amizade sincera; a meus clientes, o respeito às minhas ideias; a minha fiel escudeira Sandra, a dedicação e o cuidado sempre zelosos; aos pesquisadores e memorialistas, o legado. Por ser a dimensão espacial significativa, o espaço escolar possui uma dimensão educativa e o arquiteto, por sua vez, é um educador, cujo ensinamento se transmite através das formas que ele concebeu e que constituem o entorno da criança, desde a sua mais tenra idade. [...] O espaço não é neutro. Sempre educa. Resulta daí o interesse pela análise conjunta de ambos os aspectos: o espaço e a educação. ESCOLANO; FRAGA, 2001 RESUMO Aracaju, instituída em 17 de março de 1885, nasce sob o signo de cidade-capital para escoar, via porto, a rica produção do açúcar da Província de Sergipe d’El Rei, transferindo o centro político e econômico para o estuário do Rio Sergipe. Esta micronarrativa se inicia em 1914, com a inauguração do Grupo Escolar Central, que, após três anos, homenageia o presidente que o inaugurou, recebendo a denominação Grupo Escolar General Siqueira. Diante da necessidade de compreender as linhas que demarcaram a cidade de Aracaju, retrocedemos aos atos que marcam esta conquista. Esse fato será interceptado com dispositivos legais impostos para a consolidação da cidade e dos grupos escolares - seis edifícios construídos no espaço temporal que se encerra em 1925, com a inauguração do Grupo Escolar José Augusto Ferraz. O pesquisador que aqui se apresenta pretendeu, com base em pressupostos metodológicos de coleta de dados documental e eletrônica, sendo a pesquisa de abordagem qualitativa e descritiva do lócus, apropriar-se dessas informações, consciente de suas limitações, e imprimir olhar focado nos elementos físicos - a arquitetura e a cidade - e inter-relacioná-los com os fragmentos escritos, os mapas, as fotografias e os elementos sociais e culturais de forma a historicizá-los, construindo assim intelecção da instituição educativa e sua institucionalização. O aporte teórico se assenta em Antonio Viñao (2005); Bruno Zevi (1996); Henri Lefebvre (2001); Justino Magalhães (2004); Michel de Certeau (1994); Peter Burke (1992 e 2017); Roger Chartier (2002), para entrelaçar a cidade, o edifício-escola e a legislação que moldaram o signo de civilização e progresso, com educação laica, obrigatória, gratuita e mantida pelo Estado. Tem-se como hipótese a indicação de que, quanto ao espaço urbano, a localização dos edifícios-escola e os discursos regulatórios das medidas deliberativas do Estado interferiam significativamente na organização administrativa e pedagógica da instrução pública na modalidade grupo escolar, sendo esta ação identificada através dos traços e indícios que formaram uma relação renovada e apropriada desta representação coletiva na cidade de Aracaju entre os anos de 1914 a 1925. A forma de ocupação do edifício no lote, sua configuração estética com o ornamento como peça chave desta distinção, a função de instituir os novos espaços onde os ritos foram consolidados, forjou a identidade deste novo modelo, com forte influência francesa e americana. A localização dos edifícios escolares públicos na malha urbana também são elementos importantes para o fortalecimento dos vetores de crescimento norte, oeste e sul da cidade para além do Quadro de Pirro. Nossa contribuição, inédita, se faz através do desenho, com a geração de novos registros desse processo histórico, cultural e social. As mudanças ou não deflagradas pelas leis, decretos e regulamento também contribuem para a percepção das intenções e tensões provocadas pelos sujeitos na instrumentalização das instituições educativas. O texto estruturado em cinco segmentos convida o leitor a acompanhar a trajetória singular, em que se delineiam a cidade de Aracaju e seus condicionantes de território e sociedade, sistematizam-se e se filtram dos dispositivos legais promulgados (local e nacionalmente) e seus desdobramentos nas ações empreendidas nas instituições; apresenta-se, através de fichas técnicas, cada edifício-escola: sua relação com a tipologia e os elementos que compõem a arquitetura e o urbano; e se busca demonstrar como essa modalidade escolar se configurou na cidade de Aracaju e formou uma representação coletiva do espaço escolar. Palavras-Chave: Urbanismo. Legislação. Representação Coletiva ABSTRACT Aracaju, established on march 17, 1885, was born under the sign of capital-city to flow, through the port, the rich sugar production of the Province of Sergipe d'el-Rey, by transferring the political and economic centre to the estuary of the Sergipe River. This micronarrative begins in 1914, with the inauguration of the Central School Group, that, after three years, honored the president who inaugurated it, receiving the name of School Group General Siqueira. Due to the need to understand the lines that have marked the city of Aracaju forwards, we went backwards to the acts that marked this achievement. This fact will be trapped with the legal provisions imposed for the consolidation of the city and of the school groups - six buildings constructed in temporal space closed in 1925, with the inauguration of the School Group José Augusto Ferraz. The researcher here presented sought, on the basis of assumptions regarding methodology of data collection, documentary and electronic, being the research approach qualitative and descriptive of the locus, to take ownership of this information, aware of his limitations, and print look focused on physical elements - the architecture and the city - and inter-relate them with the fragments of writings, maps, photographs, and of social and cultural elements in order to make them historical, building understanding of the educational institution and its institutionalization. The theoretical approach is based on Antonio Viñao (2005); Bruno Zevi (1996); Henri Lefebvre (2001); Justino Magalhães (2004); Michel de Certeau (1994); Peter Burke (1992 and 2017); Roger Chartier (2002), for interweaving the city, the school building, and the legislation that shaped the sign of civilization and progress, with secular, compulsory and charge free education, maintained by the State. As hypothesis the research undertook the indication that, in urban space, the location of the school buildings