Universidade Federal De Santa Catarina Centro De Desportos Programa De Mestrado Em Educação Física Da Fábrica Ao Campo De F
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE DESPORTOS PROGRAMA DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA SÉRGIO DORENSKI DANTAS RIBEIRO DA FÁBRICA AO CAMPO DE FUTEBOL, VENDER TECIDO E VENDER ESPETÁCULO: tecendo os fios da história de um “Casamento Feliz” Florianópolis-SC, Fevereiro de 2005 SÉRGIO DORENSKI DANTAS RIBEIRO DA FÁBRICA AO CAMPO DE FUTEBOL, VENDER TECIDO E VENDER ESPETÁCULO: tecendo os fios da história de um “Casamento Feliz” Dissertação apresentada ao Curso de Pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Educação Física ORIENTADOR: GIOVANI DE LORENZI PIRES Florianópolis-SC, Fevereiro de 2005 SÉRGIO DORENSKI DANTAS RIBEIRO DA FÁBRICA AO CAMPO DE FUTEBOL, VENDER TECIDO E VENDER ESPETÁCULO: tecendo os fios da história de um “Casamento Feliz” Dissertação apresentada ao Curso de Pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Educação Física. Aprovada em __/__/__ BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________________ GIOVANI DE LORENZI PIRES UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ___________________________________________________________________ MAURO BETTI UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SÃO PAULO ___________________________________________________________________ LUCÍDIO BIANCHETTI UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ___________________________________________________________________ MAURÍCIO ROBERTO DA SILVA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Aos meus pais - Walter e Helenilde - esses dois trabalhadores e apaixonados pela vida humana, que deram parte das suas vidas na perspectiva de ver um mundo melhor. HOMENAGEM Aos três pensadores brasileiros que se foram [...]; por tudo que fizeram para ver um país/mundo melhor e, principalmente, pela minha formação: Milton Santos (1926-2001), Octávio Ianni (1926-2004) e Celso Furtado (1920-2004). AGRADECIMENTOS Desde a posse do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a quebra de protocolo se tornou comum nos mais variados procedimentos formais. Considerando-me agradecido pela contribuição de algumas pessoas de algumas pessoas na elaboração e execução deste trabalho, preferi aderir à ruptura de práxis e manifestar meus mais sinceros agradecimentos, textualmente, àqueles que não aparecem, mas que para mim, são tão importantes quanto este documento de pesquisa. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a minha querida e amada esposa, Nailene. Sem dúvida, sua compreensão e colaboração foram decisivas para me manter firme em meu propósito de concluir o curso. O apoio recebido não dizia respeito apenas ao incentivo, pois Inúmeras foram as noites que passamos digitando as mensagens capturadas nos jornais. Posso então garantir que “Casamento Feliz” é o subtítulo que acompanha duas vivências importantes de minha vida: as fontes de meus estudos e a nossa união. Meu muito obrigado, Amor! Ao meu estimado amigo Antônio Carlos Santos, do Departamento de Filosofia da UFS pelas várias discussões que foram realizadas no sentido de quebrar os caprichos da Fortuna. Sob sua inspiração, com o título ”Bola que vale Ouro: o esporte e a Indústria Cultural em Sergipe”, iniciamos um projeto, que hoje se realiza, fazendo crer que a Virtu pode ser a antítese da Fortuna. Muito obrigado, meu “amado” e não “temido” amigo; Ao meu orientador, Giovani Pires. Com quem ao longo desses dois anos construi não só um trabalho de pesquisa, mas, sobretudo, foi materializada uma “philia” nas nossas ações. Na construção de grupo do estudo, mas principalmente, pelo respeito ao pensamento e a liberdade de expressão, com autonomia, que é sinônimo de suas convicções para o esclarecimento; Na elaboração de um trabalho como esse, inúmeras são as pessoas que contribuem, de forma direta ou indireta. Usando uma Expressão do professor Capela, são “Anjos”, que não aparecem em nossa caminhada, mas que são imprescindíveis para sua realização. Assim, me sinto feliz em ter conhecido e compartilhado parte de minha vida com Edgard Matiello Jr. e Paulo Ricardo do Canto Capela, sujeitos lindos, que cumprem um papel social belíssimo, humanizado outros sujeitos, a partir de sua prática pedagógica. Meus “camaradas”, muito obrigado. Vocês não têm idéia da dimensão política, pedagógica e existencial que, através de sua (s) práxis, ajudou-me a ver e analisar o papel de minha profissão e a mim mesmo; Aos trabalhadores e em especial, aos trabalhadores do Brasil, devido a eles que se torna possível realizar esse sonho. Também, aos trabalhadores do MST que me proporcionam sonhar com a “Utopia” de um mundo melhor; Aos membros da banca, professores que tanto contribuíram fazendo-me refletir sobre as minhas próprias contradições. Mauro Betti (foi muito bom te conhecer); Lucídio Bianchetti (obrigado pela chance da primeira aula); Maurício Roberto (um dos primeiros a estimular a continuidade deste estudo); César Bolaño (que veio construindo comigo todo esse trabalho, desde os primórdios, quando ainda era apenas um projeto); Airton Paula, do Departamento de Economia da UFS, obrigado pelas contribuições no Projeto e, principalmente, pelo diálogo que estamos estabelecendo entre a Educação Física e a Economia, a partir de uma matriz marxista; Ao Curso de Pós-Graduação – Mestrado – em Educação Física da UFSC e a todo seu corpo funcional; À Coordenação do Curso na pessoa do Professor Juarez Nascimento, que mesmo discordando de minhas convicções políticas/ideológicas, soube manter um diálogo comigo; Ao Jairo (para mim, será sempre você na Secretaria em minha memória, não com função de secretário, mas como irmão) e à amada e bela, Dona Olga; Aos Professores da UFS: José Américo; José Tarcísio Grunnenvaldt; Ana Carrilho; Hamilcar Dantas Jr.; Anselmo Menezes que tiveram que compartilhar os estudos do mestrado, com reunião do Departamento, aulas, entre outros compromissos. Foi, principalmente, por respeito e admiração a vocês, que me esforcei para cumprir os prazos do mestrado e não pedir prorrogação. Aldemir Smith, obrigado por compartilhar juntos o primeiro ano do mestrado; Nelson Dagoberto (UFS); Roberto Paes (UNICAMP) – os primeiros a “apostarem” na minha vida acadêmica; Ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, que cumpre um papel significativo na preservação da história sergipana e brasileira. Ao seu Presidente, Professor Ibarê Dantas e aos funcionários e colaboradores em especial: Amanda Steinbach, Sayonara Nascimento, Polyanna Oliveira, Gustavo Bomfim; Aos colegas do Mestrado, em especial à Cássia (maninha) e ao Éden – estudando, construindo, lutando, discordando, pois, foi nesta dialética que abrimos possibilidades crescermos acadêmica e humanamente; Aos Colegas do Grupo de Estudos Observatório da Mídia Esportiva – Márcio Romeu, Diego Mendes, Mariana Lisboa, Melissa Mol, Antônio Galdino, Sheila, Cris e em especial, ao amigo Fernando Bitencourt, pelas valiosas contribuições na minha formação e por sociabilizar o seu conhecimento com todos nós; À professora Ana Márcia Silva – Fonte de motivação inicial para discutir sobre o processo de mercadorização do esporte; Ingrid Wingers, Iracema Soares, Solange Lacks, Iara Damiani, Alexandre Vaz, todos em seus devidos tempos, ajudaram a refletir sobre as minhas convicções; Aos meus alunos da UFS, do passado e do futuro, é para vocês que me esforço para apreender e poder socializar o conhecimento. Como diz Gibrail – Professor, militante do MST - um lutador e, sobretudo, um educador: “o que vale o conhecimento se não for para socializar com os outros”; À Universidade Federal de Sergipe – Departamento de Educação Física – por oportunizar a minha saída sem prejuízos acadêmicos para os alunos do curso; Aos Cronistas Esportivos de Sergipe e, em especial: José Eugênio, Wellington Elias, .Viana Filho, Vilder Santos. Sem vocês, esta história não seria possível; À “CAPES” – Sair de Aracaju/Nordeste para fazer o Mestrado no Sul do país não é uma opção muito fácil, principalmente, se as condições financeiras não são suficientes para manter-se. Durante esses dois anos me submeti às arapucas financeiras, tomando empréstimos, contendo as despesas para que pudesse obter a alimentação e locomoção necessárias. Isso tudo me fez pensar em Karl Marx - quando fazia seus estudos e era ajudado, financeiramente, por seu amigo Engels - e dizer, parafraseando-o: “Nunca precisei tanto de uma coisa, escrevendo tanto sobre ela”. Mas, em outubro de 2004, fui contemplado com uma Bolsa “emergencial”, de seis meses. Ufa, que alívio!. RESUMO Este estudo analisou o fetiche produzido pela mercadoria esporte, a partir de uma situação concreta: o surgimento de um Clube de Futebol de Fábrica (Associação Desportiva Confiança), na cidade de Aracaju/SE, no ano de 1949. Tendo como matriz teórica (epistemológica) o materialismo histórico, o estudo partiu de um conceito da mercadoria elaborado por Karl Marx, no século XIX e de sua metamorfose, chegando a um bem cultural (como o esporte), que se configura em nosso tempo com o processo de banalização da cultura ou Indústria Cultural. Neste sentido, analisei o esporte em suas várias dimensões na modernidade, em sua forma de rendimento e espetáculo, bem como na aproximação com a mídia, quando esta media seu espetáculo. A relevância social à qual a pesquisa foi submetida, possibilita uma discussão sobre as faces ocultadas pelo fetiche do esporte, pois quando se analisa um fenômeno, perpassando pelas suas bases históricas, políticas, econômicas e sociais, além de tratar da contradição e de interesses