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DATA CLIPPING 10.11.2020 PÁGINA Nº BIBLIOTECA 1 de 27 RESPONSÁVEL Iris Helena SUMÁRIO A PRIMEIRA, MAS NÃO A ÚLTIMA – O Popular UMA LEI COMO DEVE SER – O Popular O IMPACTO EM 2022– O Popular TRUMP IMPEDE TRANSIÇÃO AO BLOQUEAR DADOS – O Popular UMA ILHA SEM REI – Folha de São Paulo O NEOCOLONIALISMO DIGITAL – Folha de São Paulo MUDANÇA DE VENTOS – Folha de São Paulo FACEBOOK E TWITTER USAM EXEMPLO DOS EUA E PREVEEM AVISOS PARA FAKE NEWS EM ELEIÇÃO NO BRASIL – Folha de São Paulo PF FEZ ALERTA SOBRE A POSSIBILIDADE DE NOVOS ATAQUES DE HACKERS CONTRA ÓRGÃOS PÚBLICOS, DIZ STJ – Folha de São Paulo GOVERNO E OPOSIÇÃO ATACAM MORO, HUCK E DORIA – Correio Braziliense MOURÃO: OU VICE OU SENADO – Correio Braziliense O FUTURO DO TRANSPORTE PÚBLICO DEPENDE DE NÓS – Correio Braziliense EMPREGADOS DEMITIDOS APÓS CONTRAÍREM COVID GANHAM DANO MORAL – Valor Econômico JUSTIÇA DETERMINA REITEGRAÇÃO DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA – Valor Econômico EMPRESA FATURA NA CRISE E TERÁ QUE REVER RECUPERAÇÃO – Valor Econômico DESTAQUES – Valor Econômico TRIBUTAÇÃO INDEVIDA NA VENDA DE TERRAS – Valor Econômico DATA CLIPPING 10.11.2020 PÁGINA Nº BIBLIOTECA 2 de 27 RESPONSÁVEL Iris Helena JORNAL – O POPULAR – 10.11.2020 – PÁG.3 A primeira, mas não a última Ana Carla Abrão Estamos nos aproximando do final do ano. Um ano que será lembrado como um dos mais difíceis da nossa história. Pela pandemia da Covid-19, mas não só por ela. Muito além da tragédia de saúde pública que nos tirou mais de 160 mil vidas; do desemprego que atinge 13,8 milhões de brasileiros; das queimadas que devastaram nossas matas e o nosso pantanal; ou da crise fiscal que nos assola, estamos assistindo nosso país escurecer. À escalada da polarização política se juntaram a agressividade, a ausência de decoro e uma inédita inversão de valores, onde mais vale o falso e a verdade perde lugar. Embora travestidos de moralidade e da defesa dos bons costumes, emergiram o ódio e a intolerância. Vivemos tempos sombrios, de grandes retrocessos e de enormes ameaças às liberdades individuais e às instituições. Liberdade equivale a poder escolher. Liberdade remete à existência de alternativas, de oportunidades. E são as instituições que devem fomentar a preservação desse espaço de escolhas, elaborando, promovendo e fazendo valer leis e normas que garantam que nenhum cidadão seja subjugado ou esteja restrito em suas possibilidades. Afinal, é o Estado – no sentido lato, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário - o responsável, em todas as suas instâncias, pela formulação, execução e proteção de leis e regulações que dão forma à vida social, econômica e política das nações. E é por meio do adequado fornecimento de serviços públicos que ele protege a liberdade dos cidadãos e permite que oportunidades emerjam para todos – e não só para alguns. Não se é verdadeiramente livre na ausência de alternativas, de possibilidades. Não se é verdadeiramente livre sem um Estado provedor de garantias e de serviços de qualidade. A construção desse Estado não é fácil. Ao contrário, ela se dá por meio de um caminho estreito. Corredor Estreito (Narrow Corridor: States, Societies, and the Fate of Liberty) é o título do livro que Daron Acemoglu e James. A. Robinson publicaram em 2019. Ali os dois economistas, também autores de Por que as Nações Fracassam (Why Nations Fail, 2012), ressaltam a importância para a liberdade - e consequentemente para o desenvolvimento econômico e social das nações - de se ter um Estado forte, mas desde que sempre confrontado por uma sociedade igualmente forte. É o equilíbrio entre Estado e sociedade que garante que trilhemos esse corredor que se espreme entre um Estado ausente e um Estado autocrático. É avançando nesse corredor que se promove a liberdade, evitando a opressão, a divisão da sociedade em castas, a captura das instituições por grupos de interesse, o avanço da corrupção e a fragmentação de poder, que abandona o interesse público em nome de ganhos particulares. E é a sociedade, por meio da mobilização dos cidadãos em defesa das liberdades, da imposição de limites a arroubos autocráticos e da resistência contra ações de captura que desviam o Estado das suas reais obrigações, a responsável por garantir que se avance no corredor e não se resvale para os extremos onde a liberdade, e portanto a prosperidade, deixam de existir. No Brasil de hoje oscilamos entre um Estado excessivo, caro e opressor e o outro extremo, em que o Estado é ausente, capturado, onde imperam interesses particulares e a subjugação. Sobra um corredor cada vez mais estreito, ignorado pelas trilhas que oscilam entre o espaço de ausência, num Estado que perde força com o avanço das milícias ou com a fragmentação das forças políticas, e um Estado grande, consumidor, protetor DATA CLIPPING 10.11.2020 PÁGINA Nº BIBLIOTECA 3 de 27 RESPONSÁVEL Iris Helena de poucos mas que deixa ao léu aqueles que mais precisam, alijando-os daquilo que poderiam ser escolhas, mas que estão cada dia mais distantes da realidade. Sim, entre o Leviatã despótico e o ausente, nosso corredor se esvai, reduzindo liberdades e nos afastando da prosperidade. As consequências desse pêndulo perverso estão aí. Estamos forjando um País cada vez mais pobre, mais desigual e, acima de tudo, mais injusto. Estamos eliminando liberdades pessoais, sociais e econômicas e gerando opressão. Mas o caminho de reversão está aí e passa por todos nós e pelo exercício da democracia. Para voltar ao corredor estreito, serão a nossa indignação, a nossa mobilização e o nosso engajamento as únicas trilhas de retorno possíveis. Somos nós – essa sociedade, por definição difusa - os responsáveis por, ao fim e ao cabo, gerar as pressões necessárias por mudanças e por uma profunda transformação desse Estado que hoje oscila entre o ausente e o excessivo. Precisamos nos mobilizar para que ele mude e volte a proteger a liberdade, garantindo as justas oportunidades aos cidadãos brasileiros que poderão ser - parafraseando a mais inspiradora de todas as falas que tivemos a alegria do ouvir na festa democrática americana desta última semana, os primeiros a viver num país melhor, mas não os últimos. Uma lei como deve ser Por Marcio Andrade No combate a práticas ilícitas, as melhores leis são aquelas que surgem a partir de um diálogo entre setores organizados da sociedade civil de um lado e, de outro, um Legislativo sério, atuante e consciente de seu papel. Foi exatamente esse o caso no processo de elaboração, discussão, aprovação e sanção, pelo governador Ronaldo Caiado, da Lei n° 20.893/20, que altera a Lei 19.749/2017. Esse novo diploma legal pune mais severamente proprietários e/ou sócios de postos de combustíveis que adulterarem suas bombas e prevê cassação da licença de funcionamento, multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil, além de impedimento de atuar na atividade por um período de cinco anos. Trata-se de um inegável avanço a um crime cujo combate é imprescindível. É importante salientar, nesse ponto, que o pontapé inicial das discussões que levaram à sanção do projeto foi dado pelo próprio segmento de revenda de combustíveis, o qual procurou o Poder Legislativo goiano e chamou-lhe a atenção para a necessidade de endurecer a legislação estadual, uma vez que criminosos de outras unidades da federação migram para Goiás para dar continuidade a sua prática delitiva, diante da adoção de leis mais duras em seus locais de origem. Imprescindível ressaltar que o texto original do projeto de lei previa cassação da licença apenas em caso de reincidência. Foi de iniciativa do segmento de revenda de combustíveis a sugestão pela cassação realizada imediatamente à condenação, sem necessidade de reincidência, sugestão prontamente atendida pelos legisladores por meio, sobretudo, do autor do PL, deputado Delegado Eduardo Prado. Nossa percepção é a de que o indivíduo engajado nesse tipo de ilícito não pode ser considerado um revendedor, mas um infiltrado em nosso ramo de atividade, um verdadeiro criminoso, e contra ele devem ser arrojados duros instrumentos legais. Sua atividade, além de lesar o consumidor, afeta, por meio de concorrência desleal, os revendedores que atuam de maneira proba e séria. DATA CLIPPING 10.11.2020 PÁGINA Nº BIBLIOTECA 4 de 27 RESPONSÁVEL Iris Helena Por fim, cumpre-nos alertar à sociedade goiana sobre a necessidade de adoção de métodos tecnicamente apurados de fiscalização e investigação, pois a natureza desse crime é de grande sofisticação de métodos. A lei é um passo importante, mas deve ser dotada de todos os instrumentos cognitivos e tecnológicos para sua verdadeira efetivação. JORNAL – O POPULAR – 10.11.2020 – PÁG.7 O impacto em 2022 Eliane Cantanhêde "Bolsonaro, não é mais novidade, sofre o desgaste do poder e não tem o que mostrar. As “qualidades” eram falsos brilhantes, os defeitos se tornam mais e mais evidentes” Derrota de Donald Trump nos Estados Unidos, fragilidade do presidente Jair Bolsonaro nas eleições municipais e total falta de estratégia para enfrentar a crise econômica e social. É nesse ambiente que viceja a articulação de uma chapa alternativa de centro para 2022, com participação de Luciano Huck, João Doria, Rodrigo Maia, Luiz Henrique Mandetta e agora Sérgio Moro, além de Fernando Henrique Cardoso. O cerco vai se fechando contra Bolsonaro. Mais à centro-direita do que propriamente ao centro, a ambição é atrair a direita moderna, que votou em Bolsonaro, mas agora só pensa em se descolar dele, e a parcela da esquerda que cansou da hegemonia e dos erros do PT, mas tem como prioridade livrar o País de Bolsonaro. Os ventos favoráveis vêm de fora, com a eleição de Joe Biden e Kamala Harris, e de dentro, com as eleições municipais e as investigações sobre rachadinhas no Rio Como sempre, Bolsonaro vai na contramão do mundo democrático e se recusa a cumprimentar o vitorioso nos EUA, até mesmo a explicar porque não, o que só piora as perspectivas para a relação com o novo governo.