REPÚBUCA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURA SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIA DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL

PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL

RIO ESPERA FOLHA SE23-X-B-IV - ESTADO DE -

rc* 66* 60* 54* 48* 42* 36°. -| 1 H T^ 1 ! T~

30' 72» t? M* M" 48° 42° 38

ESCALA 1:100.000

TEXTO EXPUCATTVO

BRASÍLIA-1991 MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURA João Eduardo Cerdeira de Santana Ministro de Estado

SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIA Luiz André Rico Vicente Secretário

DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL - DNPM

Elmer Prata Salomão Diretor

Juarez Fontana dos Santos Diretor Adjunto

Otto Bittencourt Netto Benedicto Waldir Ramos Coordenador de Geologia e Produção Minerai Chefe de Serviço de Cartografia e Informação Geológica

J rit °yt °?° "T , • Emanuel Teixeira de Queiroz Chefe da Dmsao de Geolopa chcfc do ^^ ^ ^^^ Jg^ e Mctalog6nia Ronald Márcio Rezende Iran Ferreira Machado Chefe da Divisão de Produção Mineral Coordenador de Economia e Tecnologia Mineral

Frederico Lopes Meira Barbosa Chefe da Divisão de Planejamento e Economia Mineral

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

Carlos Oití Berbert Presidente

Hermes Augusto Vemer índa Diretor de Geologia e Recursos Hídricos

Antonio Juarez Milmann Martins Diretor de Recursos Minerais

Fábio César Condi Rocha Diretor de Administração c Finanças

Cladis Antônio Pressotto Luiz Sguissardi do Carmo Superintendente Regional de Porto Alegre Superintendente Regional de São Paulo

Osvaldo Castanheiro João de Castro Mascarenhas Superintendente Regional de Superintendente Regional de Recife

Fernando Pereira de Carvalho José Carlos Vieira Gonçalves da Silva wuperíntendente Regional de Manaus Superintendente Regional de Salvador

Odair Olivattx Xafl da Silva Jorge João Superintendente Regional de Goiânia Superintendente Regional de Belém

Walter José Marques Chefe do Departamento de Ciências Geológicas \

\

RIO ESPERA FOLHA SE23-X-B-IV

ESCALA 1:100.000 PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL ESCALAS 1:250.000 - 1:100.000 - 1:50 000 , (período 1985-1989)

DEPAKTAMEmO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS

COOKDBNAÇAO NACIONAL DO PROGRAMA COORDENAÇÃO NACIONAL DO PROGRAMA

Cartot Oítí Bcjbcit Hermes Augusto Veracr Inda

SUPERVISÃO TÉCNICA NACIONAL COORDENAÇAO-GERAL Gutot ^hfrtrtrTiihtTT Valtcr José Marques IT. deQueuoz ASSESSORIAS ESPECIALIZADAS COLABORAÇÃO Lco Srhapoval e Mano O- Fraenkel Gdbeito Ray Dene (Controle e Acompanhamento) CUadioHecht Carlot A. Guimarães da Vinha (Informática)

SUPERVISÃO TÉCNICA REGIONAL

Ronaldo Mowminn COORDENAÇÕES TEMÁTICAS (Porto Alegre)

Mordo Mexa Stricdcr NACIONAL (Sio Paulo) MelalogcnJa Antonio da Silva Win Leite Inicio de Medeiros Delgado Regina Célia G. A/mcsto (Belo Horizonte) Ccoqafmka Célio Lima de Macedo Raymundo J. PortelU Brim Milton Brand Bapúia Alan» Anton» F. Mont'Aiveme Gcolbka Edlloncáo (Recife) Ricardo M- de Vasconcella* Jurema Ferreira da Silva Petroiogia Taylor Araújo Collier Emiliano Comclio de Souza Sérgio M. S. Guerra (Belém) Trttnamcolo ErtraUgniai Eduardo Camozzato Amadeu Paiva Santo* Armando da Silva Neiva Cartograna Olcital Geologia Ertrataral (Goiânia) João B. de Vaxoncelk» Auhualpa V. Padilha Proccswuncnlo de Dados Análises Minerais Hélio Pinto da Silva Gilberto Guimarães da Vinha Vânia N. de Araújo Mello (Salvador) Basts de Dado* Biblioteca Ernesto von Sperling Tinia R. B. de M. Freire JoUR.de Magalhães Franco (Manaus) REGIONAL Píer Luigi Totatto (Rio de Janeiro) Coordenador Regional PelrografUi Cássio Robeno da Silva Silvia Maria Morau Fernando A. da Coua Roberto Supervisores Scoforlamcnlo Remoto (Fortaleza) Armando Tento Taluhashi José Carlos Garcia Ferreira Ódimo Francisconi Geologia Ektruliirai Joio Awdzicj Gcoquimka Mário Mola Câmara (FloriMÒpate) ídio Lopes Junior Ceolbka Jair de Freitas José de Ribamar Lopes Bezerra (CuiaM)

Oa crédihM acima referem-»* i época da «secucio do mapeamcnlo das rolhas desla publicação. MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURA SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIA DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL

PROGRAMA IEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL

v Execução pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM Superintendência Regional u€ Belo Honzonte^em Convênio com o Departamento Nacional da Produção Mineral

RIO ESPERA FOLHA SF.23-X-B-IV - ESTADO DE MINAS GERA1S-

TEXTO EXPLICATIVO

ORGANIZADO POR Frederico Ozagam Raposo

BRASÍLIA-1991 CRÉDITOS DE AUTORIA

TEXTO EXPLICATIVO: Captado 5 Ricardo Moacyr de Vascoacellos, Resumo Luiz Alberto Brandalise Edson Lopes Barreto e Raiaraado AatAaio Atues Dias FARTEI Capítulo 1 Luiz Alberto Brandalise Capítulo 6 Auhualpa Valeaçs Padilka, Capítulo 2 Sérgio Murilo Acato (mbüeai 3.1). Capítulo 7 Sérgio Murilo Aehlo Capítulo 3 Caitoc ABteito Heãneck (subites* 12) c Capitulo S Cartas Alberto Hetaeck Carlos Alberto Hcineck (3.2) e Frederico Ozaoaa Raposo (subitem 3.3) PARTE m Capítulo 4 Frederico Ozaoam Raposo c Capitulo 1 Frederico Ozaaaai Raposo CUitoo Pivm Pinto Capitulo 2 Frederico Ozaaaai Rapono Capítulos Frederico Ozanam Raposo

CARTAS: PARTE II Capítulo 1 Claiioo Piva Pinto Cito «nHglia Capítulo 2 Frederico Ozanain Raposo Frederico Ozaaaai Raposo Capítulo 3 OrivaMo Ferreira Baltazar Carta 1 Capítulo 4 Hélio Antonio de Souza Carlos Alberto Heiseck

ACOMPANHAMENTO TÉCNICO Anton» da SÜM Win Leite DNPM/Bcio HoriaMte

Coordenação Nacional Chefe do Projeto Valier José Masques LuàAfcerto

Coordenaçlo Renonal Carlos Albeno HeniecK Atabualpa Vateoça danon PÍM Pino Cooivltor Alpnonso Shrank Antônio Pereira de Araú]O Ji Petrografia Ccsier Peneira Paulo fff** Souza SájiOki Mauriao A, Carneiro Pedro GCTVAHO Ferrari Colaboradores Evaido Osório Femim Ata Martinbo Codbo (Cartografia) Mátda Zuccbetü Tctezinaa L C Pereira (Desenhista) Staia Pinto Pines Deant r«n«— dttodi (CDI)

Coonleaaçto editorial a cargo do Núcleo de Edições Técnicas - NUTEC Pesquisa de Recursos Miaam - CPRM

RAPOSO, Frederico Ozanaot

PiogfiflM LewnuMBcnMS Geológicos Bancos do BnsiL Rio Espera. SFJ23-X-&- IV. Estado de Miais Genis, Org. por Frederico Oaaam Raposa Belo Honiouc, DNPM/CPRM, 1991. 200p. 0, 2 aupM dot*. Tnbaltao «muado pela Compsaais de Pesquisa de Reeunas Minens afnvés de coa«cViio eom o Departamento National ds Produ«lo MiaeraL 1. Geologia - Minas Gerais, - L Depanafnto Nacionnl dn Produção Mâieral, 0. r^mrf'"ttim de Pesquisa de Rccuius Miaenis. OL Tânia CDD-.SSÍ.ÍS CDU: 55(115) SUMÁRIO

RESUMO™ ABSTRACT.

FARTEI - INTRODUÇÃO Capftulol - Histórico e Objetivos

Capitulo 3 - Geografia e Gcomorfologia 7 3.1 O***1?.hidrografia,vegetaçãoesokw ...... , 7

33 Geomorfologia 8 Capitulo 4 - Trabalhos Anteriores 11 44 Introdução» 11 4.2 Primeiras trabalhos f*^*****"1^... 12 43 Evolução dos conhcdmettos geológicos no século XX 12 Capítulo 5 - Metodologia 19

PARTE II - GEOLOGIA DE PARTE DA REGIÃO SUDESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS Capftulol - Sinopse da geologia regional 23 Capitulo 2 - Eslral jgrafia, petrqgraOa e petrologia 27 2.1 iflt^odiHT^1 .. ,,,.. ..,, ,,. , 27 22 Província geotectônica São Francisco 27 22.1 Complexo Santo Antônio do Pirapctínga - Asap 27 22.1.1 Comentários gerais 27 22.L2 Distribuição geográfica e expressão topográfica . 28 22.13 Relações de contato 28 221.4 litología, mrtnmorC'iPto e deformação».— „. „,, ..—... 29 22.13 Litogeoquunica 31 22.13.1 Inuodução 31 12X52 Particularidades das rochas ultrabásicas 34 22133 Particularidades das rochas básicas 38 22.L5.4 PaFiH7F*ff*Tftadft sobre os gnafefff relacionados ao complexo ~~~...-...™.™...-...... 41 22LS5 Lkogeoqunnica dos elementos terras-raras 43 221J6 Idade e correlações 45 222 Supcrgrupo Rio das Velhas - Arv 46 2221 Comentários grrai* , ,•••...••. ,, . •.J.J..,.-..1.,...,,,...... J1.46 2222 Distribuição geográfica e expressão topográfica —~ 46 2223 Relações de contato 47 222* Unidade inferior -Arví 48 ??•>< Unidade -**M* - Arvm 48 22Í6 Unidade superior - Arvs 49 2i2.7Lkogeoqulmica -~ 49 222.7.1 Introdução 49 22272 Particularidades utogeoquímicas da unidade inferior 49 22.7.73 Particularidades lítogcoquânicas da unidade média 52 122.1 A Lhogfoqnímica dos elementos terras-raras 53 2228 Idade e correlações 54 2.23Co«pkio RrisaqiMh» - Plr 55 2.23.1 Comentários gerais 55 2232 Distribuição geográfica e expressão topográfica 55 2213 Relações de contato 55 223.4 litologia, mefamirnsaMC deformação 55 2233IJto0coqunnka 57 2233.1 Iatrodnção 57 22332 Composições petrogrifica equimica 57 ???MCarátrrort

7.32.5.5 LJtogeoquimica dos elementos terras-raras...... 72 2.3-2-6 Idade e correlações .... - , .i..n... m...... 1... 73 233 Grupo Dom Silverio - Plds 73 233.1 Comentários gerais 73 2332 Distribuição geográfica e expressão topográfica 74

233 4 Lítolosú. mrtamnrliniin e defomucão. _ _._...... __...... _...... 74

?-3.3.5 Aspectos prtrflgçnétícot ...... »...... ~™...... m...... 75

2/4 ROChaft intntSiVaS e pilHÕllíCat i •— um .1 ...mu...»!, i . rr.mn ••IIIIII.JI.III-. 76

24.1 Grankóides c rochas ímnisivas ~ ,~™~...... ~...... ~.n...ra.w»...... m...... u. 76 24.1.1 f pm+íttiiím gfrai» _ _ _. 76 24.12 Tonalito-Uoadbjemito Serra do Carmo - Aylsc 76 24.13 Granito-graoodiorito Ribeirão Pínheirinho - Aylp ...... 78 24.1.4 Granúo Pimenta - APIylp.~.-.~..~..~...... ~.«..«."...... »"~.-"...... ~...... 78 24.13 Alcaligraníto Dtvincsia - Ply Id 78 2A.16 Moscovita-granito Brá» Pires- Plylbp 78 24.1.7 Graníto ffM*jl*fto—Plyl...... ~«»»..~.—~~~.~~..~~.~...«...... ~...... ~~~~..«.~...... «...... 79 24.1^ ütogcoquímica das rochas granilóidcs .....,-..m~. ..,...... _. . -..-«—...... 79 2.4.1 Al Introdução 79 2.4.1&2 Classificação pctrográGca c aspectos da composição química 80 2.4.1.83 Aluminosidade c z-»^»!*-»!^^»^ 80 2.4.1 .8.4 Cbssifiraçio químico-mineralogica 82 2.4.1 A5 Ambicncia e profundidade de geração 85 2.4.1Â6 Lkogeoqufmica dos elementos terras-raras ,_8S 2.4.2 Metagabro anGbolkizado - mi _ 87 2.43 Rocha meuuhrabásica - mo2 88 23 Depósitos e coberturas sedimentares 88 23.1 Coberturas dclrito-latcrukas 88 252 Depósitos aluvionares —, 88 Capitulo 3 - Geologia Estrutural 89 3.1 Introdução 89 32 Província geotectõoica São Francisco 89 33 Província Geotectônica Mantiqueira 90 Capítulo 4 - Geoquímica 93 4.1 Sistemática adotada •• 93 4.1.1 Amostragem 93 4.1.2 Preparação e análises 93 4.13 Controle de qualidade .. 93 4.13.1 Análise de variãnáa 94 4.1.4 Critérios de interpretação 94 42 Prospecção regional 95 4.2.1 Distribuição geoquímica regional dos elementos 95 Capítulo 5 - Geofísica , lül 5.1 Sistemática adotada 101 52 Dados utilizados __..______101 5.2.1 Aerogeofiiica .„..—„...... «..-.....—.—...... „...._„„__„_._.„______..__._. 101 522 Geofísica terrestre ... ,. ..„ „.„.„„•.. 101 5.3 O conluio veofísico resuma! ...... WH 53.1 Gravimetria _. 103 532 Aeromagnetometria __..___.„_...._...... «...... •...... _...... _.._._...... _...... 110 533 Sínlcs£ seofísica r&sional ...... 112 5.4 Interpretação e correlação dos dados . 113 541 Aeromaünctomelria...... 113 5A2 Gravimetria...._...... _... .. _...... 118 Capitulo 6 — Evolução Geológica...... 119 6.1 Introdução ...i...... , - - 119 6.2 O auadro Aroueano/Proterozóico Inferior...... 119 63 O Proterozóico inferior: o desenvolvimento do cinlurão móvel Atlântico . 128 6.4 O Proterozóico Médio e Superior: a faixa de dobramentos alio Rio Grande..» ...... 130 63 Síntese da evolução geológica de parle da região sudeste do estado de Minas Gerais 139 Caoüulo 7 — Geokxna Econômica ._ 143

7.12 Etteatito, talco...... ~ . 146 713 Pedra ornamentai 146 7.1.4 Caulim ...... 146 7.13Venniculita 147 7.1.6 Quartzo 148 7.1.7 Ferro 148 7.1.8 Manganês 149 7.1.9 Pegmatite...... 149 7.1.10 Gnfiu * M9 70.11 Matérias de contração 149 7.2 Projeções e perspectivas 150 73 Aspectos Ambientais ISO Capftuio8 - Metalogeaia 1S3

&2 Concepção e metodologia da cana meUlogeodüco-previsioiial 153 83 Panorama metalogenético 155 a3ul Complexo Santo Antâúo do Pirapetmga 155 83t2Supsrgnipo Rio das Velhas 157 &3J Complexo Acaiaca 157 •, , ,.._. ..,, 157 83JPIutonismograiikoide 157 83.6 Grupo Dom Siherio 159 83.7 Coberturas cenorticas 160 8.4 Áreas omicralizadas/prcvisioaae 160 8.4.1 Mincralgaçôcs de oura 160 &AJ2 MinrraK?a^>r5 de talco eesteatito ,,,,[,,l,-,....,,,.,-,,,,r ,.,- ,, 160 8.43 Minrraliyaçôrs de ferro 160 8.4.4 Minff^foayK^ de estanbo 161 8ASMineralizaçõesdegrafiu 162 8.4.6 Outros indícios 162

PARTE 111 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Capítulo 1 - CtwirlusõCT ...-,...... ••,•••..,.-—.• ..•••••• , —. ..„.....„ ... 165 Capítulo2 —

REFERÊNCIAS BIBUOGRÁFICAS 169

APÊNDICES Apêndice I - Súmula de Dados de Produção Apêndice II — Ilustrações Fotográficas

ANEXOS .Carta Geológica .Carta Metalogeaético-Previsional RESUMO

Por Lua Alberto Bnmdaiis*

O presente trabalho é o produto final relativo à carto- trondhjemítica inserem-se na* duas províncias, grafia geológica sistemática efetuada na escala 1:100.000, do-se aqueles da Serra do Carmo, Ribeirão Pinbeirinho e sobre a folha Rio Espera (SF.23-X-B-IV), inclusa no Pro- o a moscovita-granilo Brás Pires. Metagabros anfiboli- jeto , integrante do Programa Levantamentos tizadot ocorrem esparsamente. Coberturas sedimentares Geológicos Básicos do Brasil - PLGB, executado pela espessas ocorrem ao longo do rio Piranga. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM Para as rochas metamórficas, atribuem-se idades ar- para o Departamento Nacional da Produção Mineral - queanas a proterozóicas em grande parte por comparação DNPM. com outras regiões, já que se obteve, na folha, apenas uma A folha situa-se na região da Zcna da Mata englobando isócrona Rb/Sr com idade de 2550m.a. de caráter duvidoso. a borda sudeste da zona metalúrgica do estado de Minas Possivelmente, quatro eventos deformacionais afetaram Gerais, a sudeste do Quadrilátero Ferrffero, nos domínios a região, sendo o primeiro o mais marcante. da borda SE do cráton do São Francisco e da província Um ensaio sobre o modelo de evolução crustal é apre- geotectônica Mantiqueira. sentado no Capítulo 6, Parte II deste texto explicativo, Nos domínios da província geotectônica Sáo Francisco, baseado na interpretação dos dados do levantamento gra- estão o complexo Santo Antônio do Pirapctinga (meta- vimetria), na aeromagnetometria e datações disponíveis na uhrabásicas, metabásicas, formações ferríferas, quanzitos, bibliografia. Analisaram-se óxidos de elementos maiores e gnaisses tonalíticos e trondhjemíticos), supergnipo Rio das terras-raras, visando a estabelecer parâmetros que elu- Velhas - unidade inferior (anfibolitos xistosos principal- cidassem a ambiêncía de geração das rochas. O levan- mente), unidade media (biotita- moscovita-xistos, com gra- tamento geoquímico foi feito com base em sedimentos de nada e estaurolita, actinolílaxistos, anfibolitos, bematita- corrente e concentrado de bateía distribuídos por toda a xistos, formações ferríferas, quartzito), unidade superior folha. (quartzitos com lentes de metaconglomerados) e complexo O ouro, de longa data, 6 explorado por garimpeiros nos EfiiMifl"*1*» (granitóides de composição tonalítica a dio- sedimentos ativos, terraços antigos e fontes primárias rela- rttica). cionadas a veios de quartzo em zonas de asalhamento, em O domínio da província geotectônica Mantiqueira é re geral, identificadas com as lhologias do complexo Santo presenfado pelo complexo Mantiqueira (gnaistes tonalito- Antônio do Pirapetiaga e supergnipo Rio das Velhas. granítóídef crustais, rochas nif^fv^*^*"^, Ocorrências e anomalias geoquímicas de Mn, Cr, Ni, Cu e g anfibolitos) complexo Acaiaca (granitóides, Co também estão ligadas ãs lhologias dessas unidades. gabros a hiperstênio e diopsídio com granada) e grupo Dom Cassiterita foi observada em concentrado de bateia do SuVério (w'faxMitos com fai moscovha-graníto Brás Pires. Ocorrências de grafita estão Corpo» granitóides maiores de composição tonalito- presentes em xistos do grupo Dom SüVério. ABSTRACT

JThc present report refers to the Rio Espera sheet and lhe moscuvite-bearing Brás Pires granite arc found in (SF23-X-B-IV) systematic geological mapping, on the both provinces. Scattered amphibolilized meta-gabbros 1:100.000 scalej related to the Levantamentos Geológicos occur as well as thick sedimentary covers along the Piranga Básicos do Brasil - PLGB, Program carried out by River. CPRM for the DNPM. [Since only one doublfull 2.5 thousand million year - CTbe sheet, which covers the Zona da Mata region, in- Rb/Sr isocron was obtained in the sheet, Archaean and cludes the Southeastern bord of Minas Gerais Metallurgic Prolerozoic ages have been attributed to the mclamorphic Zone, SE of Quadrilátero Ferrífero, in the São Francisco rocks by comparison to other ones elsewhere "} craton bord, and Mantiqueira provincefj The region was possibly affected by four dcformational The Santo Antônio do complex (tneta- events (the earliest being the most significant). ultrabasic, mctabasic, iron formations, quartzites, tonalilic [An analysis of the crustal evoiulion pattern based on and trondbjemitic gneisses); Rio das Velhas supergroup: gravimetric survey data, aeromagnetomelry and available a) Lower unit (mostly schistous amphibolites); b) Inter- geochronologic data is given in tht 6tb Chapter, Part II, of mediate unit (biotite-moscoviie-scbislous with garnet and (he text. Major element oxides and rare-earths were staurolite; actinolite-schists, amphibolites, hematite- analysed to establish parameters for the rocks environment schists, iron formations, quartzite); c) Upper unit elucidation. The geochemical survey was carried out with (quartzites with lenses of conglomerates); and Ressaquin- base on pan concentrated and stream sediments dis- ha complex (granitoids of tonalitc to diorilic composition) tributed throughout the sheeQ are found in the São Francisco province. Gold has long since been explored by mining claims in The Mantiqueira province is represented by the Manti- active sediments, old terraces and primary sources related queira complex (tonalitic-trondhjemitic gneisses, crustal to quartz veins in shear zones generally affecting the Santo granitoids, calc&Uicated rocks, meta-andesites and am- Antonio do Pirapetinga complex and Rio das Velhas su- phibolites), Acaiaca complex (granitoids, hyperslhene- pergroup lithologies, to which Mn, Cr, Ni, Cu and Co bearing gabbros) and Dom Silvério group (mica-schists geochemical anomalies and occurences are also related. with calcsilicated rocks). Cassiterite was found in pan concentrated of the moscovite- Larger granitoid masses of tonalilic- trondhjemitic com- bearing Brás Pires granite, and graphite occurs in lhe Dom position as those of Serra do Carmo, Ribeirão Pinheirinho Silvério group schists. 1.

PARTEI

INTRODUÇÃO SF.23-X-B-IV (Rio Espera)

Capítulol Histórico e Objetivos

Por Luiz Alberto Bnndalise

O presente trabalho de mapeamento gcológico- a escala a ser adotada resultou de decisão de consenso gcoquímico é parte integrante do Programa Levantamen- entre a comunidade geológica, por intermédio de técnicos tos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB, desenvolvido do DNPM/Bclo Horizonte, da Cf RM, da Metais de Minas pelo ministério da Infra-Estrutura, sob a responsabilidade Gerais- Metamig, do Centro Tecnológico de Minas Gerais do Departamento Nacional da Produção Mineral - -Celec, da Rio Doce Geologia e Mineração-Docegeoe DNPM, cabendo su execução à Companhia de Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. de Recursos Minerais - CPRM. Foram critérios fundamentais, para uma tomada de O relatório aqui apresentado refere-se aos trabalhos posição sobre a área do projeto, a sua carência de estudos elaborados para a folha Rio Espera (SE23-X-B-IV), que geológicos sistemáticos, a sua drcunvizinhança em relação compõe, juntamente com as folhas Mariana (SF.23-X-B-I), ao Quadrilátero Ferrífero e a sua potencialidade mineral (SF.23-X-B-II), Lima Duarte (SF.23-X-C-VI), ditada pela ambiência favorável. (SF.23-X-D-I) c Barbacena (SF.23-X-C-ffi), o Dentro da nova filosofia de trabalho determinada para Projeto Barbacena, executado à escala 1:100.000, pela o Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil CPRM, através de sua Superintendência Regional de Belo - PLGB, integrando várias áreas do conhecimento Horizonte, para o DNPM. geológico, procurou-se conseguir informações que aten- A constituição desse projeto fundamentou-se, basica- dessem mais de perto aos interesses da pesquisa mineral, mente, nos resultados obtidos pelo Projeto Mapas subsidiassem os trabalhos de planejamento governamental Metalogenéticos e de Previsão de Recursos Minerais, e orientassem a escolha de temas para pesquisas científicas. através de cartas de planejamento de ações governamen- O produto final ora consolidado, além de mostrar tais aprest ntadas para as folhas Ponte Nova (SF.23-X-B) e avanços técnico-àentíficos, certamente contribuirá para o Barbacena (SF.23-X-C), escala 1:250.000. direcionamento racional da pesquisa mineral na região A escolha da área a ser geologjcamente cartografada e enfocada. SE23-X-B-IV (Rio Espera) 5

Capítulo 2 Localização e Acesso

Por Sérgio Murilo Achão

A região estudada situa-se na porção sudeste do estado de Partindo de Belo Horizonte, chega-se à área através de Minas Gerais, limitada pelos meridianos 43°00' e 43030* de estrada asfaltada (BR-040) até a cidade de Conselheiro longitude oeste e os paralelos 20"3O'c 21e00> de latitude sul, Lafaiete, de onde se toma uma estrada nâo-pavimentada ocupando uma superfície de cerca de 3.000km2 (figura 12.1). (BR-482), que dá acesso à cidade de Piranga. Vindo do Rio Abrange 12 sedes de municípios, entre os quais as cidades de Janeiro, o acesso pode ser efetuado pela mesma BR-040 de Rio Espera, Piranga, e . A até Barbacena, atingindo-» a cidade de Cipotãnea, no sul malha densa de estradas vicinais torna o deslocamento da área, através da MG-132. A cidade de Piranga é servida entre elas muito fácil. por aeródromo homologado pelo DAC.

nt iiwimii J »«

2 1 - Mapa d* situação • localização - folha Fbo Espera SF.23-X-B-IV (Rio Espera) 7

Capítulo 3 Geografia e Geomorfologia

Por Sérgio Murilo Achão (subitem 31), Carlos Alberto Heineck (subitem 3.2) e Frederico Ozonam Raposo (subitem 3.3)

3J Clima, hidrografia, vegetação e solos 32 Aspectos sodoecooômkos

Segundo a classificação climática de Kõppen, ocorrem A região onde se insere esta folha ainda é carente de na área os tipos climáticos Cwa e Ovb. O primeiro, que recursos de toda espécie. Boa parte de sua população, de domina os níveis menos elevados, corresponde a um clima maioria rural, ainda sobrevive dos mesmos produtos que úmido de verões quentes, com pluviosidade média anual de alimentavam a energia escrava no ciclo do ouro: o milho, o 1.200 a 1500mm, estação seca curta (inverno), temperatura feijão e a cachaça, contribuindo para acentuar as remi- média anual entre 21,8 e 19,5*C, e média do mês mais frio niscências do quadro de decadência desse ciclo. inferior a 18°C. O segundo, que predomina nos níveis mais Praticamente, todas as estradas da folha são de piso elevados (limites oeste e sul da área), difere do tipo anterior solto, e boa parte não é trafegável no período das chuvas. pelos verões mais brandos, com temperatura média anual Anualmente, na época das colheitas, é feita uma manu- mais baixa, entre 17,4 e 19,8°C e média do mês mais quente tenção precária. Alguns municípios, como e inferior a 22°C. A classificação bioclimática de Gaussen Mariana, graças às atividades industriais extrativas e de enquadra toda a área numa modalidade climática de transi- transformação e turísticas, conseguem manter um padrão ção, intimamente ligada ao fator relevo, onde a temperatu- melhor de manutenção em suas vias secundárias. ra do mês mais frio é inferior a L5°C e o número de dias Nos últimos anos, a produção cafeeira vem crescendo "biologicamente" secos, no decorrer da estação sec a, varia na região, principalmente nas cercanias das primitivas Mi- de zero a 40. nas Gerais (figura 1.4.1). A cana-de-açúcar também é um A rede hidrográfica presente pertence à bacia do rio produto que tem contribuído para a modificação desse Doce, ou, mais precisamente, à sub-bacia do rio Piranga. antigo quadro de decadência, principalmente no município O escoamento desse rio faz-se no sentido de oeste para de , onde foi instalada, recentemente, leste, até um pouco adiante da cidade de Calambau, onde uma indústria de álcool. a orientação muda para nordeste, passando por Porto A indústria de caulim, desde a década de 1970, vem Fume. Sua rede de drenagem é dendrftica e apresenta, em trazendo melhorias ao município de Brás Pires, sendo a detalhe, insignificante controle estrutural. garimpagem do ouro uma atividade incrementada nos úl- Os aspectos florais atuais refletem a atuação antrópica timos anos, principalmente nos municípios de Piranga c sobre o meio natural. Esses aspectos apresentam-se sob a Guaracíaba. forma de uma paisagem combinada de pastagens e ca- A elevada densidade demográfica atingida no ciclo au- poeiras, havendo um predomínio significativo das primei- rííero ainda pode ser testemunhada pelo grande número ras. de pequenos municípios e distritos, com distâncias relativa- mente curtas entre si. Tais distâncias são percorridas quase A área é ocupada, na sua quase-totalidade, pela sub- sempre a pé, mesmo pelos mais idosos, uma vez que muitos dasse dos latossolos vermelho-amarelos distróficos, que não podem possuir sequer um animal de tração, e a preca- são solos antigos, normalmente profundos, com perfis de riedade das estradas não permite o tráfego regular de seqüência de horizontes pouco diferenciados e textura ônibus. Nos últimos anos, o uso do carro de bois, part icular- argilosa. No extremo-noroesle, ocorre pequena mancha mente na colheita do milho, vem sendo muito incremen- de afloramentos rochosos combinados com solos tado devido aos aumentos exorbitantes dos preços do litólicos (pouco desenvolvidos) r cambissolos rasos, combustíveis c às dificuldades em financiar-se a aquisiçã ambos de textura areno-cascalhenta. de tratores. 8 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Contudo, apesar desse quadro de pobreza, pode-se ob- servar que a fome não atingiu ainda a região, graças ao primitivo sistema de relacionamento na agricultura. O tra- balho é pago com o próprio produto agrícola, que, por sua IO*O« vez, 6 trocado, em parte, por outros gêneros necessários à alimentação e à sobrevivência. Dessa forma, o valor do braço não está totalmente deteriorado, e é possível so- breviver com as próprias forças, o que nem sempre acon- tece nos grandes centros.

3JGcoBorfologia

As serras e planaltos do leste e sudeste mineiros in- serem-se no planalto Atlântico do Brasil Sudeste (Ab'- Saber, 1972), uma das unidades integrantes do planalto Brasileiro. Tal segmento do relevo coastüui um planalto cristalino rebaixado, onde atuam, de unia forma bastante intensa, os processos morfogenéticos tropicais predomi- nantemente químicos, exibindo também a evolução do modelado um certo condicionamento pela floresta subigrófila As feições morfológicas observadas na paisagem de- notam, contudo, uma forte influência das variáveis geo- lógicas (litologias, foliações e falhamentos), bem como de oscilações climáticas mesozóicas a cenozõicas, que levaram à elaboração de superfícies cíclicas de erosão. No trabalho de King (1956), são referidos três ciclos Nõo-espeaficodo | | denudacionais na área, a saber: Sul-Americano, Velhas e Paraguaçu | | Pleistoceoo Paraguaçu, aos quais são creditadas algumas feições reli- Velhos quiares de aplainamentos e processos de erosão vertical Sul-flmeficono Cretáceo Superior. (figura 13.1). Um outro estudo, levado a efeito por Boaven- Teroório Médio tura et ai. (1977), descreve vários domínios morfológicos Pós-Gonduono \%fà Cretáceo inferior regionais (figura 13.2), permitindo estabelecer um alto grau de correlação destes cem os principais tipos lho- Figura 13!- Ciclos d* dcsnudaçlo. lógicos ora cartografados. A porção noroeste da área constitui um compartimento geomórfico marcado por cristas alongadas, bastante con- denudacionai, o ciclo Velhas, quando uma fase de enta tínuas e dispostas segundo NW-SE, a cotas que alcançam lhamenio vertical acentuado, de erosão remontanle, gerou mais de 1300m, como na serra do Carmo. Essas feições vales encaixados e ravinameutos das encostas, destruindo mais elevadas, esculpidas na área de ocorrência do com- a maior parte das feições do ciclo anterior. Alguns esporões plexo Santo Antônio do Pirapetinga, são atribuíveis ao ciclo desenvolvidos a partir de superfícies de cimeiras (trun- Sul-Americano, responsável por extensas pediplanações cações de serras) também pudem ser atribuídos ao ciclo que se desenvolveram do Cretáceo Superior ao Terciário Velhas, ligando as cristas, ainda relativamente niveladas, Médio. O mesmo relevo de cristas, com vertentes ravinadas aos domínios gnáissico-graníticos rebaixados. A fase de e vales encaixados, estende-se até a região de Pinheiros pedimentaçáo desse ciclo mais novo deu-se, praticamente, Altos e o limite setentrional da área. As superfícies de cm todos os quadrantes da área e a colas em torno de 800m, cimeiras mostram ali, contudo, altitudes variáveis de 900 a com registros detríticos que sugerem um paleoclima árido 1.000m, no domínio dos quartzitos e formações do super- a semi-árido c, portanto, uma predominância dos proces- grupo Rio das Velhas, denotando um pendor regional, no sos de crosáo cm lençol. Restos da superfície Velhas, sob sentido leste, da paleossuperfície, a partir dos limites do a forma de colinas de topo aplainado e pseudochapadas. Quadrilátero Ferrífero. Características similares, mas sem encontram-se mais concentrados na porção oriental da a ocorrência de cristas muito contínuas, são igualmente área, entre Oívinésia e Guaraciaba, bem como na porção observáveis na região de Abreus, a sudeste de Cipoiânea. cenuo-oeste, a noroeste de Piranga. A di&secaçáo da superfície Sul-Americana deu-sc a par- No Pleistoccuo, uma nova fase de erosão vertical, iden- tir do Pliopleistoceno, através da atuação de um novo ciclo tificada por King (op. cit.) como sendo correspondente ao SF.23-X-B-IV (Rio Espera) 9

FOBMAS D* DiSSECAfÃO O£ CENOZÓICAS

crvk COLINAS .RAVINAMENTOS E CltiST&S " ESPA»S*S

CO* - COLINAS DE TOPO APlAINAOO

CRISTAS COM VERTENTES RAViNADAS E krv VALES ENCAIXADOS

ALTAS .•DA NORUCGA

O SENHORA DE OLIVEIRA

.\\\\\\\-.\\W.\w.\•.•.•.•.•.•.•.•.•.-.•.-.\/.W SENADO1?-.S

DORES DO TURVO. ESCOLA 1 500000

2i 2l°0O' 43°30' FONTE: BOAvENTuRA ti oi i., 1977. 1 500 000 43°00

*'<* Figura 1.3 2 - Formas de relevo e unidades geomorfológicas

ciclo Paraguaçu, destruiu grande parle dos apiainamtn- rio Doce, mai> a jusante, c, cm decorrência, um acentuado los mesocenozóicos, produzindo típicas formas de assoreamento das drenagens. A primeira hipótese parece dissecação, como as cristas com vertentes ravinadas e ser a mais plausível, tendo cm vista as características vaies encaixados, em meio às colinas de topos nivelados. granulomclrkas grossas presentes em grandes trechos dos Por outro lado, bá freqüentes feições gradacionais perfis dos sedimentos, portadores de ouro secundário, livre (terraços fluviais) preservadas bem acima dos leitos c c disseminado. planícies aiuvtais das principais drenagens da área, como A formação das atuais planície, de inundação, que o rioPirang a e o ribeirão Pirapetinga; isto pode ser acompanham as calhas dos rios Piranga, Xopotó c de seus devido tanto a fenômenos de erosão catastrófica, afluentes, a colas em torno de 600m, coincidiu com o seguido de acreção vertical, como à teclônica entalhamenio durante o último ciclo erosivo, no Quater- tafrogênica que produziu basculamentos de blocos no nário. SF23-X-B-IV (Rio Espera) 11

Capítulo 4 Trabalhos Anteriores

Por Frederico Ozonam Raposo e Claiion Piva Pinto

4.1 Introdução do rio das Mortes. No encarte da figura 1.4.1, retirado de Barreiros (1984), percebe-se, com clareza, os limites apro- Em 1674, partiu do planalto de Piralininga a Bandeira ximados dessas primeiras regiões auríferas. Foi, justamen- de Fernão Dias Paes Leme com o objetivo de descobrir te, essa área do encarte o palco da famosa Guerra dos riquezas minerais no então chamado sertão dos Catagua- Emboabas, travada entre paulistas, descobridores das mi- zes, para a Coroa portuguesa. Essa empresa não alcançou nas, e estrangeiros, emboabas e reineis, que para elas as descobertas almejadas, porém foi da experiência de afluíram em grande número em busca de riqueza fácil. Os alguns de seus integrantes, adquirida nos sete anos de primeiros não se conformaram com a evasão de seu ouro, penúria e sofrimento que marcaram sua existência, que retirado com tantos sacrifícios, para as mãos de comerdan- teve início o chamado ciclo do ouro da colônia. Manoel da Borba Gato, genro do chefe da expedição, descobriu ouro na serra de Sabarabuçu, atual cidade de Sabará, c, em troca i • •••;". da revelação do local exato do , recebeu do ( t ; $.***»,€ ot, \ K' governador da capitania unida do. Rio de Janeiro, São -. «>«atot»M p, 1 Paulo e das Minas o título de superintendente das Minas \ - v? \ do Rio das Velhas. > \ Daí seguiram-se várias novas descobertas, principal- Sare ,^ J Anis mente nas imediações de Vila Rica de Ouro Preto e Ú leste Mateus L <• e nordeste do atual Quadrilátero Ferrííero, estendendo-se %> até o vale do rio Guarapiranga, ou P*ranga como é chamado Ibfnf ÍLre\ • t*'e"* argot nos dias atuais. Consta que o primeiro a revelar a paulistas a ••••. tottC a existência de bom e muito ouro, "grandiosas e avultadas de Poreapêbo > *> pintas", em um ribeirão, afluente do rio Guarapiranga, foi - V *. •* •" Duarte Lopes, companheiro de Fernáo Dias Paes. i; VO'OP'' Em 1687, Antônio Rodrigues Arzão esteve no vale do i\ -. Guarapiranga e, logo no início do século XVIII, Antônio i( {PorotpH* . ,; t\ /c I Furtado e seu irmão Feliciano, filhos de Salvador Fernan- \! des Furtado, líder de mineradores e verdadeiro fundador i-. ~**o(0 do *#»««• do arraial do Ribeirão do Carmo, descobriram as de * - 'r ' * "' y' lio'r'o' I !' Pinheiro, Bacalhau e Pirapetinga (in: Vidigal, 1979). f 1 t J Porém, no Código Costa Mattoso, uma coleção de 1 i 1 "* " \ documentos reunida entre 1750 e 1755 pelo Ouvidor de I f •J: V Vila Rica, dr. Caetano da Costa Mattoso, lê-se que nos últimos anos do século XVII viera paroquiar na capela de Nossa Senhora da Conceição de Guarapiranga o padre Rgura 1.4.1 - RagiO*» ond* M dcMnrofaram ot «pitodio* Roque Puto de Almeida, com provisão do bispo do Rio de principais da Guerra dos EmDoabas, «nu* o» ano* d* 1706 • 1709 (A) RtgiSo das Mina» Qarait, ttndo oomo otntro ot arraiais Janeiro (Vidigal, op. cit.), o que vem provar que a área já d» Ouro Prtto e Rttwirfto do Carmo, hoja cidadã d» Mariana. (B) era razoavelmente povoada naquela época. Inseria-se na Ragiio do rio da* Valha», tando oomo otr.tro o» arraiais da Sabaré região das primitivas Minas Gerais, a mais densamente a Caaté. (C) Ragiio do rio das Mortas, tando oomo oantro o arraial da Ponta do Morro a arraial Novo da Nossa Sanhora do Pilar, povoada e que se delimitava a sudoeste, na aldeia dos índios atuais eidadts dt Tiradamas • Sao Joio dal Rai, raspaetivamania. Carijôs, atual cidade de , com a região Sagundo Barrairos (1964). mm 12 ProavmaLevaidajneatosGeologícQsBáaeotdoBrasfl

tes inescrupulo&os, muitas vezes compietainente alheios à da ganância de aveatuieiiose* atividade mineradora. O único combate em que os paulis- que tornaram invJávdawwtentação da estrutura prodtiwa. tas lograram êxito contra os emboabas foi travado justa- Quando Auguste de Saint-Hilaire aqui aportou, observan- mente nas proximidades de Bacalhau, hoje distrito de do e anotando com tanta precisão os detalhes da Santo Antônio do Pirapetinga, do municfpio de Piranga. »» os seu No princípio, os mineradotes só conheciam como fer- daquela do pleno vigor doado. A iacompeteacia dos ramentas de mineração o almocarre e o prato de estanho. agricultores era um fato. Porém, essa incompeteacia se Foi o escravo africano que introduziu o uso da baleia, devia justamente à posição inferior que a atividade agrícola instrumento que manejava com grande habilidade, como ocupara durante o busto nwncrador, tendo sido mesmo única possibilidade de alcançar a liberdade, tanto pelo raro proibida pelas autoridades portuguesas aa região das reconhecimento dos senhores como pelo roubo de pepitaa» Minas. Aos pais ricos e perdulários substkufram os fiaàos com as quais comprava as cartas de alforria. pobres, lutando nahcstramrate pela sobfcvn Durante todo o ádo do ouro, poucas inovações técnicas suas terras devastadas pela mineraçãommera . e muito menos nentffiras se fizeram, até o infcio de sua decadência em 1764. Maséinteressante notar que foi dessa mineração primitiva e predatória que se chegou a "T—fl— meio auUtão de escravos, surgindo parte dos recursos que permitiram o desenvorvimento da famosa Na primeira metade do século XVII, durante o período, Revolução i«nitf«jrW "*fl^*** c que, de unificação das coroas portuguesa ei desenvolveu toda a economia da Europa no período uma tentativa de se estabelecerem diretivas para uma rrãtmifI Ct* avnltaA^ ftnpr^limnc frrtnc prla Cnrna pnr- indústria mineral na colônia. Porém, naquele período» tugnesa, que pouco se interessava pelo desenvolvimento e praticamente ainda não havia uma atividade mineradora. bem-estar da colônia, para cobrir as fabulosas despesas de Foi somente apôs o inicio da decadência do rido do oaro çSA do Reino com suas colônias ultramarinas, que a administração portuguesa então interessou-se em eram todos pagos com o ouro das Minas Gerais. Além contratar técnicos e cientistas com o objetivo de organizar dessa evasão oficial de recursos, agravada durante a a produção mineira. Com a tarefa, entre outras atribuições, decadência pela instituição das derramas, quando as foram contratados os serviços do eminente engenheiro e anw^ria^iV* nãn atingiam a* fem armhas amiak prrvnla*, cientista alemão, barão W. L. von Escbwcge, em 1802. existiam ainda os hábitos perdulários dos grandes Eschwege, além de observar, pela primeira vez, a mtneradores. Somas enormes em ouro eram consumidas na associação do ouro primário de afeiimay lavras aos xistos aquisição de artigos de luxo e supérfluos importados da lunnalíníferos, foi também o primeiro a tentar estabelecer florescente industrialização européia. Por outro lado, a uma organização estratjgráfica para as rochas da região das única forma de capitalização, segundo Saint-Hilaire Minas, especialmente nos arredores de Ouro Preto. Final- (1830), utilizada pelos mineradores, era a aquisição de mente, após numerosos e incansáveis serviços prestados ao burros e escravos. Considerados a energia e os motores do Reino Unido do Brasil e Portugal, Eschwege acabou por sistema produtivo, eram de custo altíssimo: um escravo desgostar-se das dificuldades burocráticas impostas por jovem e saudável custava cerca de 300 oitavas de ouro e funcionários portugueses ao exercício de suas atividades e uma escrava nas mesmas condições, cerca de 350. Sua associou-se a empresários ingleses, logo no inicio do ciclo manutenção também era muito custosa, pois, ao comércio das sociedades inglesas na mineração (Eschwege, 1833). extorsivo vigente, um alqueire de feijão chegara a custar 80 Com a transferência da Corte portuguesa para o Rio de oitavas de ouro e a mesma quantidade de milho cerca de Janeiro e a maior facilidade à entrada de estrangeiros, 30 oitavas. Além disto, era um investimento sujeito a gran- vários cientistas c sábios como Richard Burton, Auguste des riscos, uma vez que os escravos mais habilidosos e Saint-Hilaire e outros aqui chegaram com o intuito de inteligentes sempre coiiseg"'^*1* a liberdade de w**1? forma melhor conhecer e divulgar as potencialidades naturais do ou de outra. país. Na região sudeste, oi trabalhos geológicos com Ainda, segundo Saint-Hílaire (1830), as quatro causas caráter científico prosseguiram com Pissis (1842), Liais, da decadência das Minas foram: a maneira errônea como (1872), Gerber, (1874) e Derby, (1881-1887), (in: Freyberg, os míneradores consideravam o fruto de seu trabalho como 1932). rendimento e não como capitai, g=»«*aiwlft tudo que con* seguiam com luxo e supérfluos; o sistema agrícola precário, destrutivo e pouco produtivo; a Inconfidência Mineira e, 4 J Evolução dos conhecimento» geológicos DO século XX por fim, os longos prazos para pagamento concedidos aos adquirentes de bens confiscados. Em 1906, Orvüe Derby, após identificar uma série Contudo, pode-se dizer que a causa principal da meumórfica, posicionada no Huroniano ou Pré- Jffadênna foi a má ^"MfWtPK^1 portuguesa. Sobretudo Cambriano Médio, criou o termo série Minas para ^«grir a condf tff mtfwfi a das autoridades «tiann» {fg corrupção e o andar superior da formação primária de Eschwege. O SK2MC-B-IV (RioEapera) 13

de Lavendano, das subdivisões do Arqneano na de Eschwege, teferin-te de Scoot e, posteriormente, arenko Quartzftico, SOB. daquele instante. Em tal aspecto, mchn-ae a própria designação fbmuL equivalência cronológica entre as séries Barbaceaa e Rio Em 1915, Harder & Chamberhn ampliaram a série das Velhas (Dorr II et aL, 1957) que, de cena forma, Minas de Derby, mduindo nela o seu arenko quartznco, constituem unidades similares: Esses conflitos de subdividrado-a nas seguinles imidadrv definições continuaram a crescer à medida que novos Quartzko deltacolomi; trabalhos foram desenvolvidos por outros autores, dentro Xisto equartzkode Piracicaba; eforadoOuadrilátero. Formação ferrugmüãa de ; Guimarães (1964, 1966) nunca a acekon completa- Xisto de Batatal; mente, prcicnndo mantf r a séne Rio das Velhas cwno Quartzko Caraça. andar médio da série Minas. Os mesmos autores coloraram os gnaiwe* e mkanstos Nos anos mais recentes, Schorscber (1979) propôs a laoreociaoos de Derby no Arqueano Provável, in- definição de um grupo Quebra Osso como unidade basal dividualizando-os como gnaisscs, grankos e xistos. Foram do supergrupo Rio das Velhas, passando o grupo Nova também eles os primeiros a mostrar a configuração do Lima a ocupar uma posição intermediária. Essa unidade Quadrilátero Ferrffero num esboço de carta geológica inferior seria constituída, principahnente, por rochas apresentado no mesmo trabalho, onde a área da folha Rio ukramáficas intrusivas e extmsivas. Estas apresentariam Espera aparece cartografada como Arqueano Provável estruturas úpo spinifa macro- e microscópicas além de Rimann, em 1920, subdividiu a série Minas, como padrões geoquímicos compatíveis com komatiftos apresentada por Harder & Chamberhn (op. ck.), em peridoüticos. Foram também observadas lavas brechadas i*af»ftrfa5 Itacolomi do Cambriano, <*»""^» Diamantina do e almofadadas. Entretanto, Ladeira (1980) subdividiu o Itabira do Arqueano. grupo em três unidades: uma basal Em 1931, Guimarães destacou da série Minas, uma série metavulcanica, outra intermediária metassedimentar de Itacolomi, como andar superior do Algonquiano e com química e uma terceira superior elástica, Ladeira, Roeser a mesma conotação do arenito quartzftico de Derby. A & Tobschall (1983) eliminaram o grupo Quebra Osso com série Minas ele posicionou no Algonquiano Inferior. a seguinte citação: "Scborscber (1982) redescreveu tais Freyberg (1932) sugeriu a designação de formação rochas propondo subdividi-las em várias unidades, ajun- Espinhaço para as seqüências que se desenvolvem nas tando-as sob o nome de grupo Quebra Osso: sugestão serras de quartzitos que se erguem a nordeste do totalmente desnecessária, pois eus fazem parte do grupo Quadrilátero. Nova Lana." É interessante notar que, já em 1949, Barbosa propusera Dorr II et ai. (1954) reconheceram na região do uma subdivisão da série Minas em duas formações: Santo Quadrilátero Ferrffero uma discordância entre a série Antônio, constituída de granko, anfibolko, esteatito, tal- Minas e uma seqüência de qwrtzkos, filhos e micaxistos consto, conglomerado e quartzko, que viria, em parte, a até então reunidos em tal série ou, em parte, tidas como constituir futuramente a série Rio das Velhas; e Ouro xistos Arqueanos. Em 1957, os mesmos autores, definiram Preto, constituída de filito, dotomito, e quartzko, a série Rio das Velhas para reunir esses metamorfitos e a e que viria a constituir, em parte, o atual supergrupo Minas. subdividiram nos grupos Nova Lima (inferior) e Maquine Barbosa (1954) criou para algumas litologias que envol- (superior). O primeiro, indiviso, incluía xistos, filhos metas- viam a área do Quadrilátero Ferrífero a designação dc série sedimentares e metavulcanicos e, subordinadamente, Barbacena, que se constituiria de um conjunto dc xistos formação ferrífera laminada, grauvaca, uma rocha quartzo- parcialmente granitizados e ütologicamente muito diferen- anquerftica maciça em camadas espessas, quartzito tes das rochas das séries Mantiqueira, subjacente, e Minas, sericftico e conglomerado xistoso. O segundo foi dividido sobrejacente. Estes xistos seriam, sobretudo, xtstos-verdes: nas formações Pabmtal (inferior), constituída de quartzot- micaxistos, cloritaxistos, anfiboloxistos, talcoxistos etc No serickaxísto ou filko com lentes intercaladas de quartzko mesmo trabalho, definiu a série Mantiqueira como seridtico, e Casa Forte (superior), formada por con- constituída de gnaisses das proximidades de Santos glomerado e quavtzito lericttco e efernico madço, com Dumont com fraco mergulho superpostos, em mtercalaç^dextaooufibo.AséneMmasdividhi-se,do discordância, por xistos da série Barbacena. Nela, inchthi topo para a base, ene termos catametamórficos, definindo-a como a unidade mais antiga do escudo Brasileiro. - Grupo Piracicaba: Formações Sabará, Barreiro A década de 1950 caracterizou-se por uma cena Taboóes, Fecho do r^eCercadmbo; ambigüidade de definições fora e dentro dos domínios do -Grupo Itabira: Forma^oeaGaodarelaeCauC; 14 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

-GrupoCaraça: Formações Batatale . fibolitos, serpentinitos, hornblenditos, taicoxistos, treuolüa-xistos), e dela derivada em parte, por Ebert (1955) apresentou uma primeira divisão "ressedimeataçáo dos produtos de desmoronameoto dos estratigráfica para o centro de Minas, considerando-o uma metaharitos..." Na mesma oportunidade, colocou duvidas "região pouco metamorfizada durante a última quanto ao posionamento da série Mantiqueira de Barbosa orogcncse", e comparou essa região com o "sukste de (1954) em relação à formação Barbacena, levantando a Minas e vaie do Paraíba-, que foi uma "região muito hipótese de serem a metamorfizada durante a última orogénese". Ebert (1956, metamórfica distinta. Dada a precariedade do con- 1967,1968,1971) e Ebert et ai (1958) continuaram seus hecimento sobre cwtt duas ft*t**nwiinirtaftfff. sugeriu que trabalhos e divulgaram uma série de resultados que são se adotasse a definição de pré-Minas para o embasamento sumarizados a «fg"*r e esqwcmfiffyffff reunidos no conforme havia proposto Rynearson (1954). Descreveu quadro 1.4.1. uma fase granftica pós-Barbacena (trondhjemítica, A região foi dividida em terrenos arqueanos, algon- granodiorüica, granftica e quartzodiorftica) que, acrescida quianos e pós-algonquianos. No Arqucano, dos uttrabasitos e gabros dessa formação, constituiria uma posicionaram-se as séries Mantiqueira e Baibaccna prryyftirlra, ifianTn^fir» iv»r^.arra|f flfia nnr ny fyria atíngíf^ (Barbosa, 1954), esta dividida em uma ptenschist fades a formação Lafaietc (filitos, serpentinítos, talconstos etc.) e em uma fades Ebert et aL (1958, pp. 47 e 72) chamaram de gnaisses anfibolftica (biotita-xistos, biotita-quartzitos, an- do tipo Piedade (no mesmo trabalho nq™» os termos Gbolitos, hornblenditos etc). gnaitcf Piedade c grupo Piedade) a g«a««»* mikmfticos Em 1956, Ebert definiu a formação Lafaietc (micans- bandados, com rtwtdíis ciar** aptttícas, rama

Oudro 141 - CotntaçóM Emmymm «nEb«l(1SSS«1971).

CMM-S«ld*Mn« W * MM» - Mfc * fntta SI.FMO Mna kUM QnwD 1 fom*êo SetMouOnaa _ Gn*iLÍ_ ro.rn.tig FOflTMBftD Pmam ttnte MMÉ IW- Siejaie •«raw Eprton» Siejrio flto da. •no W MM (3) Tindnii m PwtÊO- «Oonqui S*n*d>MnM m

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•)Dúí«(UocJ«. SF23-X-B-1V (Rio Espera) 15

O Ahjooqiriano, Ebert dividiu em paleo- e em neo. No 1952 e 1957 sobre o Pre-Cambriano Superior do Sul de Paleoalgonquiano, posicionou asérie Minas, em discor- Minas Gerais e do Rio de Janeiro, estabelecendo divisões dlncia iobre as rochas arqueanas. Para o Nco-Algooquia- estrutural, metamórfica e estratigráfica para a região, con- ao apresentou «ma série de divisões cfitratigráficas, basea- forme apresentado nos quadros 1.42,1.43 e 1.4.4. das no seu conhecimento adquirido em anos de trabalhos Dutra A Guimarães (1961) mantiveram a série Juiz de de campo na região centro e sul de Minas Gerais. Fora e estabeleceram uma origem magmática para grande Ebert (1968) fez um resumo de suas observações entre parte 'ie rochas charnoqufticas.

Quadro 1.4.2 - DMsào Estrutural do Pré-Cambriano Superior no Sul do Estado de Minas Gerais e no Estado do Rio de Janeiro a Partir dos Dados de Ebert (1968).

Faixa Orogtnica d» A. A Strra do Mar com aatnjtura aamaHtanla a um maganfcinai... (Reator. 1957); UadaAaalntica B.AdwargarKfrralndir>aramtorma(l»>aqua)dovalakk)paraotntafkx

D. Zona da dobramanto a falhamanto i(Ebart.1958>.

Quadro 1.4.3 - DMsao Metamórfica do Pré-Cambriano Superior no Sul do Estado de Minas Gerais e Estado do Rio de Janeiro, Preparado a Partir dos Dados de Ebert (1968)

Unidade Fácies Metamórfica Subfádes Observação Antepafs da Faixa Bacia do Rio São Orogênica Assintica Francisco Zona do Espinhaço xisto-verde comclorita D xistos-verdes com biotita C anfibolítica com estaurolita e Faixa distênio Orogenética anfibolítica mm cílimaníf a com numerosas Assintica B intercalações chanoquíticas até a faixa transitória com C A anfibolítica com silinunita com forte erfI1't':7flcão

Quadro I.4.4 - Divisão Estratigráfica do Pré-Cambriano Superior no Sul do Estado de Minas Gerais e no Es- tado do Rio de Janeiro Preparada a Partir dos Dados de Ebert (1968)

p Grupo UrMada Utotogia Obsorvaçlo R Estrutural É São João del Rei D Matassadlmantos elásticos Rs«na as (òrmaçOas Tlradantas C Knot a matacalcártoa. Carandaf, Barroso a Prados, A oonfofFTNi cwlnidaV pof Ebott. M B R AnOfvwKlMt rvsips C 1 (am paria) fraüantamanta A maiaasadlmantos rlooa am N 0

8 ParaflM nwtaQrauvaoab, mataroteioa A, U AaC mais raramanta, quartzltoa • P. maBoawanoa. (•) ftíí abandonado, pettartorrMflt», o noma Jub da Fora para as parta» do o^upo Paraíba rteea am eharnoquhoa., 1882, p. S3F, In Ebart, 1988, p. 218. 16

Rosier (1957) concentrou KM trabalhos na serra do drvisáo em grandes Mar, drndbdo o Aigonqmaao dessa região em uma série Superior mesometamorfica (quartzitos, mármores, aa- Sbdkos,actmoaia-nsto«einoscovka-giiaÍMCT)cumatéric sugerida a utilização do temo série Inferior, com paragnaisses catametamorficot, subdividida Minas, dentro da concepção de Derby.e série Itacolomi, aa concepção de a) Série Xinzigftica (plagioclásio-biotita-graiiada- Guimarães e Jacques de Moraes. Faz-se a sugestão de uma revisão completa e b) Série charnoquítica (plagiodásio-biotita- minuciosa, tanto estrutural como hipentémo-gnaisses), sfmrlhanfe i térie de Utológica, no sul do Espinhaço, inchnn- Ebert, 1956; do o Quadrilátero Ferrflcro. Cl ^rlflaDOCllSmGKSlnVHm^DOnuMYmC0fl&V*vm0tHSBBtDmttSCCSB Brandalise et aL (1976), seguindo essa orientação, Rosier (1965) apresentou novos dados sobre a geologia adotaram as divisões em associações Paraíba do Sul e da faixa limítrofe entre os estadas do Rio de Janeiro e Barbacena, sem conotação estratjgráfica. A Minas Gerais. Paraíba do Sul foi subdividida i Esses dois autores, Ebert e Rosier, e mais a equipe de (imgmatitos e granitóides), coi iplexo charnoqufbco (or- Dorr O, deram as bases para a estratigrafia da região tometamorfitos bás centro-sul de Minas Gerais e parte do Rio de Janeiro, cada enderbitos, birkremitos, metadioritos, gnaisses qual responsável por uma determinada região. charnoquiticos, granulitos granatiferos localmente Brandalise et aL (1971) apresentaram uma geologia migmalnicos e quartzitos), contendo ainda biotita-gnaistes preliminar da região meridional de Minas Gerais, com com granada, vKiffaiwfa ffntaiirofifa e anfibolio, quartzoxis- mapas na escala 1:250.000. tos, micaxistos, mármore, gnaisses a duas mkas e lentes de lima et aL (1974) condufram os trabanos do Projeto charnoquito. A awwiatáo Barbacena reunhi micaxistos e MapeamadaGeotian5versalE-W,SetorG,abran- quartzitos granatiferos com estaurolita, danita, silimaniia (itgióesakstedoQitadríláteroFeiTlkroatéMaahiiaçu e andalusita; rochas carbonáticas, metabasitos, ultrabasitos Nos anos 70, a CPRM assumiu a execução dos e biotita e/ou anfibolognaisses bandados localmente mig- programas de mapeamento geológico na escala 1:250.000. Braun & Baptista (1976) ampliaram substancialmente a divisão inchou parte das rochas como abrangência do grupo Barbacena, passando a considerá-lo grupo São João dei Rei e Andrclândia por Ebert em seus como associação Barbacena, que viria a ser subdividida em trabalhos. vários complexos. No resumo de seu trabalhos, escreveram: Silva et ai. (1978), na folha Barbacena 1:250.000, - Quanto á nomenclatura, conclui-se que apresentaram legenda onde a associação Paraíba do Sul é série Barbacena, série Rio das Velhas e dividida em um complexo Charnoquftico equivalente ao de supergrupo Espinhaço são termos con- Brandalise et aL (op. cit). A associação Barbacena foi flitantes e inadequados, pois «V^epam & subdividida em complexo Gnáissíco-Migmatítico mesma seqüência já chamada de série (granitóides ácidos a intermediários foliados a goáissicos e Minas por Derby. A formação Sabará, milonito-gnaisse), complexo Bonsucesso (conjunto em sua localidade-tipo, designa litológico ratüflástifffr uhrabasito rôtifitadfy quartzitos mUonitos dos ptutonitos do embasamen- micáceos ou fcmigmonos, filítos), complexo São João dei to da série Minas, xistos metabasfticos Rei (unidades Prados, Carandaf e Tíradentes), complexo iatrusivos, xistos metavulcânicos ácidos Aodrelândia (xistos granatiferos, quartzitos, gnainset, da seqüência Minas etc, não se referin- metacalcários; os xistos de oeste são similares aos da do a nenhum estrato superior desta unidade Car andai e os contatos são gradativos com o com- seqüência. O grupo Nova lima, em sua plexo Piedade) e complexo Piedade (gnaisses com localidade-tipo, designa uma seqüência freqüentes intercalações de anfiboGtos e de quartzitos e semelhante e provavelmente síncrona á j iKf*çfllacftc s lorw'i d* rôf os* E"H*f tft v mftifos if" Mtfiflt* denominada grupo Piracicaba, nas gnaisses com bandammto fino, em Piedade, com rochas proximidades de Ouro Preto e de sua gabróicas intercaladas). própria localidade-tipo, porém A mesma linha de ação foi adotada por Fontes et aL preenchendo compartimentos distintos. (1978) no Projeto Jcqutinbonha. Por todo o Quadrilátero Ferrífero, são Trouw et aL (1980) definiram um grupo Carrancas, com identificado* como Nova í ""t xistos de caraterüticas intermediárias entre os grupos Sio João dei diversas origens e idades (a maior parte Rei e Andrelândia, posidonando-o no Proterozóico Supe- são filonUos de básicas e intermediárias rior. Drvidtram-no em formação São Tome da» Letras ou das próprias rochas do embasamen- (quartzitos, micárcos, localmente congtomeráticos, ricos to). Para efeito de correlações, sugere^e em opacos) e formação Campestre (cloritóide-filítos SF.23-X-B-IV (Rio Espera) iH grafitosot ou xistos em mtercalaçòes ccnümétricas • mé- uBsladcs biológicas e avaeralogicas. No grupo São Joio tricas com quartzhos). de Rei, mantiveram a divisão original de Ebcrt acrescida Trouw et aL (1986) apresentaram uma Cansnbmçào è da formação Carandaí (autkos homogêneos com inter- Geologia dafoêu Barbacena- I^SdOOOqixmiMm a própria caiações dechnétricas e métricas de tinto grafitoso; sabor- região de Carrancas, ondt o grupo homònôno foi definido, dinadamcnle, ocorrem grauvacas e arenitos ferruginosos), sendo nesse trabalho desconsiderado com a seguinte citação: ciHisidcrando-a depositada diretamente sobre o complexo "Contrário a propostas anteriores, envolvendo o grupo Car- Barbacena. O grupo Carrancas foi separado nas formações rancas (Trouw et aL, 1980 e 1984), propomos aqui uma sub- São Tome das Letras, Campestre e Rio Ervas (que Ebefl divisão dessa unidade sedimentar em duas facies: a São João colocou no grupo São João dei Rei). Consideraram esses dei Rei, com quartzkos maturos t metacalcários, e outra três últimos grupos como sendo do Proterozõico Inferior. fades, rica em quartzilos e meugrauvacas, aqui denominada O "gnaisse Piedade foi considerado como resultado de um Fades I •ummárias". Nesse esquema, a facies I .ummárias cor- tectonismo de dsalhamcnlo horizontal, de idade arqueana rcspoode à porção ha

Capítulo 5 Metodologia

Por Frederico Ozonam Raposo

A exemplo de outros projetos já concluídos, a meto- ecutada nos períodos de novembro a dezembro de 1986 e dologia prevista para a realização do mapeamento geoló- de março a agosto de 1987; foram corridos os principais gico desta folha, do Projeto Barbacena, seguiu os padrões perfis, selecionados com base nos dados obtidos na 5* estabelecidos pela CPRM de acordo com a solicitação do etapa, com intuito de melhorar os contatos, separar tipos DNPM e constou de: titológicos mapeáveis na escala e melhorar o conhecimento 1* Etapa - Levantamento c aquisição da documentação das feições estruturais; foram coletadas também amostras básica: aquisição de aerofotos convencionais nas escalas de rocha, objetivando aumentar o conhecimento dos 1:60.000 (USAF 1964-1966) e 1:40.000 (CEM1G, litótipos através da petrografia microscópica. PROSPEC), de bases topográficas 1:50.000 (IBGE, 1976), 8* Etapa - Cartografia geológica ristfiffátrrfl — Campo Ib bem como de imagens Landsat TM, bandas 4 e 5 -1:100.000, efetuada em dezembro de 1987 e no período de março a imagens de radar (1:100.000) além de fotoíndices na escala junho de 1988; teve por objetivo dar continuidade às L180.000. atividades da etapa anterior, visando a um adensamento de 2* Etapa - Compilação e análise bibliográfica: levantamento e dados compatível com a escala de trabalho, além da coleta estudo de toda a documentaço bibliográfica disponível de amostras para geocronologia. referente à área do projeto, além da consulta dos relatórios 9» Etapa - Levantamento geoquímico: realizou-se, nesta folha, de pesquisa existentes no DNPM. Essa etapa foi executada primeira etapa e a parte da «*g»""k» do concomítantemente com as 5a e 6a etapas em vista do afas- mapeamento geológico. Seu planejamento incluiu a nfifçy>

Capítulo 1 Sinopse da Geologia Regional

Por CUãton Piva Pinto

A área em estudo situa-se na região Sudeste e está fiadas nas fades anfibolito e granulito (suíte metamórfica contida intcgralTPfDtf no estado de Minas Gerais (figura São Bento dos Torres, complexos Juiz de Fora e Acaiaca); L2.1). Compreende parte das províncias estruturais São b) orto- e pararrochas do Proterozóico Inferior, com meta- Francisco, Mantiqueira e Tocantins, de Alcsida et ai. morfismo na fácies anfibolito (complexo Mantiqueira, suíte (1977), redefinidas como províncias geotectônicas no Ca- metamórfica São Sebastião do Soberbo e grupo Dom pitulo 6, Parte n, deste texto explicativo. Essa região vem Silvério, além de metagranitos e metabasitos não-batiza- sendo objeto de estudos geológicos desde o século passado. dos); c) ortorrochas de idade incerta, metamorfizadas ou Um incremento nos trabalhos se fez sentir a partir da não, atribuídas ao Proterozóico Indiferendado. As rochas segunda metade do século XX, continuando até os dias arqueanas têm registros compatíveis com o domínio da atuais. Algumas unidades líticas foram dr.fJniHa& neste pro- crosta inferior, enquanto as demais, com o domínio da jeto e estão detalhadas no Capítulo 2, Parte II. Uma síntese crosta intermediária. da fffrarigrafin t mostrada no quadro n.1.1. Algumas unidades estratigráficas, de notável distribui- A província geotectônica São Francisco, (figura 0.6.1) ção regional e consagrado registro na literatura, como o também referida na bibliografia como cráton do São Fran- grupo (complexo, associação...) Paraíba do Sul, na provín- cisco, ocupa a porção noroeste da área do projeto. Esse cia geotectônica Mantiqueira, e o supergrupo Minas, a domínio caracteriza-se por seqüências de rochas vulcanos- norte, na província geotectônica São Francisco, não ocor- tedimentares (complexos Barbacena e Santo Antônio do rem na área do projeto. Pirapetinga e supergrupo Rio das Velhas) de idade ar- O contato entre essas duas províncias é tectônico, mar- queana e por maciços granitóídes, alguns de dimensões cado possivelmente por uma colisão do tipo continente x batolíticas (Ribeirão Pinheirinho, Sena do Carmo, Pimen- continente. ta, Brás Pires e outros não formalmente batizados, além do A província geotectônica Tocantins ocupa uma pequena complexo ), de idades variando do Arqucano área da porção ocidental do bloco cartografado, estendendo- ao Proterozóico Inferior. Metabasitos, do Proterozóico se para oeste e margeando a província geotectônica São Inferior também são encontrados. O complexo Ressaqui- Francisco por esse lado. Caracteriza-se, no interior e ar- nha configura um batólito consideravelmente grande, gera- redores da área investigada, por espessos pacotes metas- do por anatexia de material crustal, preservando em seu sedimentares, com rrriipMa contribuição vulcânica (?), re- interior porções de gnaisses bandados e de outras rochas à presentada por anfiboütos e metandesitos (?). Tais rochas semelhança de xenólitos. É também referido na biblio- estão reunidas nos grupos Andrelftndia e São João dei Rei grafia como batólito Aho Maranhão e granodiorito de Mostram metamorfismo crescente para o sul, variando da Congonhas, em áreas fora do domínio projeto. Esse fácies xisto-verdeaanfir^ítoafco^efeíçôes próprias da crosta conjunto de rochas tem feições próprias do domínio da nat intermediária. São consideradas do Proterozóico Médio. crosta intermediária, com metamorfismo fácíes xísto- O contato com as outras duas províncias é tectônico em verdeaanfibolito. quase toda sua extensão, à exceção de uma pequena faixa A província geotectônica Mantiqueira ocupa a porção no domínio da folha Barbacena (SF.23-X-C-ID). Processa- sudeste da área do projeto. Esse domínio caracteriza-se se por uma provável nappe de charriage com movimentos por. a) oito- e pararochas, de idade arqueana, metamor- para norte e nordeste. Quadro II. 1.1 -Comparação das Colunas Estratigraficas do Pró-Cambrtano das Folhas Uma Duarte, Barbacena, Wo Espera e Ponte Nova, Estabelecidas Neste Projeto.

Folha Uma Quarta Fc4na Barbacana Folha Fio Espara Folha Ponta Nova

Provinoia Qaotactonioa Tocantins

Oominioda Prosarozoioo Grupo Andralindia (PMai. PMas) Grupo Sio Joio dal Rsi (PMsjp, PMsja) Croata Médio marmadiária [ Província Gaotactônica Mantiquaira

.pagmatitoa (pg) biotrta-granito nio-daformado (Py) Protorozótco biotita-c/anito facoidal a btaitomtfonítico Rtoatrio dos Cavalo* (Pyrc) do tonaüto-gnaiasa Pirapatinga (Pyp) matatgnaas bástoas Oominioda paridotito sarpantMzado (Py) Croata 8 Marmadiária grupo Dom SUvério (PUs) grupo Dom SUvério (Ptdsi, PUs2, Plds3| btotria-granHo (Ply2) Protsrozotco lauoogranrto (P»y1) ! Manor ortoanfibolrto (Pk>) aicaligranito Orvinaaia (Plyid) suits matamorfica Sao Sabasttio do Sobarbo (Plss) oomplaKO Mantiquatra (Pkn) .oomplaxo Mantiquaira (Plm) oomplaxo Mantiquaira (Plm) .oomplaxo Mantiquaira (Pkn) Oominioda oomplaxo Juiz da Fora (Ajf) oomplaxo juiz da Fora (Ajf) Croata Marta Arquaano .sulta matamorfica Sio Banto dos Torras (Asb) (Asb) Província Gaotactõnica Sio Francisco

PlOtMOlfttCO granrtoalcalirw(Plyi) viianor matabasitos (PU) .moaoovita-granrto Brás Piras (Plyibp) .oomplaxo Fttssaquinna (Plr) oomplaxo HMsaquinha (Plr) Arquaano/ .granrto cisalhado Pimanta (APIyip) Protarozoioo Oominioda Manor Croata .toria)rio4rondhjarnrk> Sara do Carmo Marmadiária (Arise) .granodionto a granMo Mbairao Plnhairi- Arquaano oomplaxo Barbaoana (Abi. Ab2) supargrupo Fio das VMhas (Arvi. Arvm, Arvs) SF.23-X-B-IV (Rio Espera) 25/ li

A região aostia mna evrioçao geotectomca, com re- ácidas a básicas aio-deformadas. gytrot de ddot tectoootennais desde o Aiqueano até o Os ciclos de T»^*—f!^ Gooduana, P6t-Gondoanat proterazâkx>Superíor/Eopdcao6kx>. Feições naisreceii- Sul-Ainencaiio, Velhas e Paragoaço atuaram em toda a m Bs« «»««^i»c p»r f«n.««M.i.t«« iU fljiiMtU >• wit«i«^« regiáo, sem, contudo, se mostrarem onipresente*. SF23-X-MV (ftioB*en) 27

Capítulo 2 Estratigrafia, Petrografia e Petrologia

For Frederico Ottnmn Raposo

lMatnámçko Com base em vários trabalhos referidos na bibliog- rafia e em inúmeras observações de campo, optou-se A área da folha Rio Espera acha-se no limite entre as pela divisão dos conjuntos litologicos observados na área províncias geotectônkas São Francisco e Mantiqueira (fi- em dois domínios geotectônicos distintos identificados gura 0.6.1) definidas no Capitulo 1, Parte D, deste texto como províncias geotectônkas São Francisco e Manti- eqrikativo, e a oeste do encontro entre os blocos de Vitoria queira. e Brasília (Hararyi & Hasui, 1982) (figura D.5.4). O ultimo No domínio da província geotectônica São Francisco, incorpora o cráton do São Francisco como definido por estão as seqüências do supergrupo Rio das Velhas, bem Almeida (1977). Trata-se, portanto, de uma área de aha como uma unidade designada como complexo Santo An- ^ P"*g " tônio do Pirapetinga. Tal WHÍartr foi individualizada do apresentar comportamento diverso conforme seu posicio- supergrupo Rio das Velhas pela sua aha complexidade namento na crosta. litológica e estrutural, o que, segundo o Código Brasileiro Entre as maiores dificuldades, encontra-se a precisão do de Nomenclatura Estratigráfica (Petri et aL, 1986), não poskknamento estratigráfico do grupo Dom SiKério e de permite a sua designação como grupo e, muito menos, vários tratos de rochas metaultrabásicas deformadas, as- como formação. sociadas a anfiboütos e IH"Í«^» cm yony« dç cisalbamento A província São Francisco, como originahnente deli- que bordejam o limite suposto da província geotectônica mitada por Almeida (1977), teve sua área ampliada, sendo São Francisco. Outra séria dificuldade se refere ao po- nela incluído o complexo Ressaqumha, caracterizado por sicionamento de vários corpos de aha faciologia meta- granitóides muito semelhantes aos estudados por Barbosa môrficji, aig""«- semelhantes a rochas observadas no com- (1949), Guild (1957) e Grossi Sad et ai. (1983), nas pro- plexo Acaiaca (Evangelista, 1985) mais a norte, e rochas ximidades de Congonhas do Campo, datados por Teixeira ralffefitirat'c**. todas envolvidas pelas litologias do com- (1985) em 2~'ma. plexo Mantiqueira em zonas de dsalhamento de baixo Na província geotectônica Mantiqueira, foram incluídos ângulo dobradas e que ocorrem por toda a faixa que limita o complexo Mantiqueira, o complexo Acaiaca, o grupo a província geotectônica São Francisco, a leste e sudoeste. Dom SUvério e granitos leucocráticos, com ou sem mos- Também no mesmo contexto de dificuldades encontra-se covita, admitidos neste trabalho como sin- ou pré-coli- a separação das litologias do complexo Mantiqueira, de- sionais. finidas na folha Ponte Nova, contígua a nordeste. Acredita- se que somente em trabalhos de maior escala e com um elevado número de análises petrográficas e químicas essa 22 Província gcotecttafci São Frandaco separação poderá ser efetuada de maneira conclusiva. Uma terceira ordem de dificuldade estratígráfica se re- 22.1 Complexo Sinto Antônio do Pirapetinga (Asnp) laciona a uma estrutura posicionada NW-SE, nas imediações do distrito de Pinheiros Altos, a norte da cidade de Piranga. 2.2.1.1 Comentário» genus Esta estrutura caracteriza-se por uma seqüência de rochas vnlcanossrdimentares dobradas e falhadas onde se identifica O nome desse complexo t proveniente de um pequeno uma série de níveis de formações ferríferas intimamente as- distrito do munidpio de Piranga, conhecido anteriormente sociados a níveis xistosos, raros anfiboütos e epfdoto-an- por Bacalhau. Ftfá caracterizado por rochas "Ttahátirai fiboloxisto, exatamente como aqueles observados nas e metaultrabásicas intimamente associadas a grliitf to* proximidades de Piranga. Por razões melhor explicadas em nalítico e trondbjemítico com zonas microclinfrada» lo- unhas posteriores, os executores deste projeto preferiram calizadas e bandas subordinadas de xisto, formação fer- pofidonar tal seqüência no supergrupo Rio das Velhas. rífera e quartzito. Todo o conjunto está altamente defor- 28 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

mado com zonas müonfticas ebandamento metamórfico de Apresenta uma outra pequena área de ocorrência, a nor- geração anterior à grande deformação tangeuáal que afeta deste da cidade de Lamún. Uma faixa dessa mesma uni- a região, em maior ou menor grau, conforme a natureza das dade, que se estende ao longo do rio Piranga, nas proxi- rochas, e que tem sido considerada, por vários autores, midades de Pau Grande, inclui tratos do complexo Ressa- quiuha. Finalmente, no extremo-sul da folha, poricio***^* paleodiques metabásicos, ricos em magnftao e ferro e aproximadamente na direção NS, entre o moscovita-grani- caracternicos de rundo oceânico, que, por sua vez, ocorrem to Brás Pires e o complexo Ressaquinha, ocorre »"*» faixa nas unidades transportadas durante a grande deformação de rochas desse mesmo complexo. tangrnrial Sáo, no entanto, muitas vezes, quase-concor- Topograficamente, caracteriza-se por um relevo áspero dantes com a fobaçáo principal gerada por essa defor- com vales profundamente encaixados. Está recoberto por mação que vem sugerir juntamente com as observações rególitos espessos e matas, em geral, facilmente recupe- anteriores, sua pré-ensténáa a ela. Esses diques foram ráveis apesar da devastação contínua. Já a leste de Pi- aqui considerados parte integrante do complexo, até que nheiros Altos, o modelado é mais suave e os afloramentos se tornam ainda mais raros, embora os indícios de rochas metaultrabásicas sejam relativamente comuns. Alguns corpos de metatrondnjeniito e metatonalito de formas irregulares foram individualizados nessa unidade 12X3 Relações de contato como granitóides tipo Serra do Carmo. Outros, de menor expressão, ou em virtude do grau elevado de intemperismo A unidade exibe contatos concordaotes com as fo- a que foram submetidos, não puderam ser discriminados. liações protomiloníticas e "riipflft'cas das """ia^ni ad- Justamente devido a essa **

i mtercabções de anfibolito e uma seqüência de quart-

Na localidade de Beira Rio, sob uma ponte de ferro, numa estreita garganta do rio Piranga, observam-se an- rocha ukramáfica fiboloxisto e anfibolito com finos leitos euros, aparente- nirsis.Aseqnènciaesti sendo adiwnda ao snpeifynpu Rio mente vestculas deformadas, intensamciite dobradas cafc- das Velhas e parece que transaciona para ates ná anci- tadas por, pelo menos, duas fases de deformação. Em duas ços de rochas meuukramáficas que estio sendo lâminas delgadas de amostras de rochas drew afloramento, no do complfixo Santo Antônio do Pirapcdnga. cortadas paralelamente ao plano XZ (FR-612) e ao plano proximidades do contato, já se observa asaa YZ (FR-612K), observam-se concentrações tubulares ou COBkDsCXat O6 eüpsoidais de carbonato e epfdoto muito estiradas segundo Este ê um relacionamento que permit o eixo X da deformação principal. Algumas dessas formas haver nma transição das scqõfnrias do complexo parai esvanecem nas extremidades e sugerem coaltscfocias de seqüências do supei grupo Rio das Velhas, formas menores e, localmente, estão interrompidas por vtoulas de quartzo recristahzado e com extinção ondu- lante. Em outros locais, esse material claro, constituído de grandes de carbonato e de outros menores de As rochas desse rompleio podem ser clas- eptdoto, chega a predominar sobre os cristais de anfibólio sificadas em duas grandes categorias: metankrabásicas e desenvolve-se em leitos contínuos. Tais observações suge- metabáskas. Estas aparecem sob a forma de diques de

# •3e3O' 43 00" 20*30

GUARACIABA •

• PORTO FIRME

CATAS AO* DA NORUEGi

•CALAMBAU SENHORA DE • OLIVEIRA

ESPERA • BRAS PIRES

CIPOTÁNEA» .SENADOR FIRM1N0

21*00'l—- 43»30 •?«*

Figura 11.2.1 - DWrtbuiçio das roclw* do compítxo Santo Antônio do Piraptfings, na foina Ho Esptra. 30 Programa Levantamento* Geológicos Básicos do Brasil

rocha maciça e sob a forma de corpos tabulates irregulares - AnfiboDtocomporfiroblasU que podem ser considerados como lascas tectônicas de um soes ceatimétricas. A corpo maior diferenciado. média e de tonalidade de acordo com suas características macroscópicas e mi- sobre es croscópicas mais evidentes: demais O i astosidade ou fobação dos porfiroblastos, i stn : alterado em epldoto evidente, cor verde-azuLgranulação fina a média. burefrmgenQa anoi cristais visfreis de carbonato de cor acarameiadaou tera-se para biotita e dorita, esta podendo «ir, I carbonatos perceptíveis à efervescência de iddo da akeração da biolita. Os ostros« Podem ser ímtwnsn ao tato, mas esta não são quartzo, riunitie opacos. comttítui uma característica < O terceiro tipo é um anfihoHtosfistUniHc aoi te, distinguem-se tremobta, dorita, serpentina e obvina, porém não apresentando porfiroblastos feUspitkos. esta em proporções inferiores a 20%, e os demais cons- Pode ser dividido em um tipo mais deformado e em um i variadas de acordo com a < defoimadft, com raras tesimas posição original e o grau de transformações rvadas. Ambos ocorrem como diques os flBCtaUVu^^BCS 6 SBCtASSOflBBDCSL XJÜOCTCBB^ AlDdft OD9COS como corpos em proporções próximas de 5% e traços de talco e carbonatos. ciados. O tipo mais deformado associa-se a - Metaukrabásicas sem ofivina preservada ou serpenti- mtnt fafaftf*T79^^H. pr'*ir*p^^*wrnfr. pela grande quan- turamento intenso tídade de serpentina, que pode alcançar até 80% dos 20 a 30* entre si, mas, no geral, <<"*f>nHa fon^ftifin»« imwrak Ha rocha. Apresentam, aproxi- direções regionais de dsauamenta Os anfiboütos madamente, as nyfmy fafy*frí$tica< macroscópicas deformados, awwíailftf a ™^ lâmina^ Q anfitwsiwi £ uma variedade 4f ção, que lembra estratificações cruzadas. Essa estru- actinoüta muito pálida e tremolita e dispõe-se orientado turação, quando observada em detalhe, não se em microdobras. A zoisita ocorre tanto em agregados caracteriza como foliação. As ripas de trentolita estão de porte médio como em grãos muito finos em filmes caoticameote distribuídas. cisalhados. Todos os quatro tipos apresentam texturas granone- Os anfibolitos maciços de diques apresentam textura matoblásticas a nematoblásücas, sendo que o segundo e o hipautomorfogranular reliquiar e os anfibólios são do tipo terceiro tipos mostram texturas porfiríticas reliquíares. uralíta. Os plagioclásios estão saussuritizados e ocorrem As rochas metabásicas podem ser todas classificadas tanto em cristais prismáticos como em ripas, ocupando os como anfibolito ou clorita-tremolita-xisto. Com base nas espaços entre os gráos de anfibólio, evidenciando a textura características macroscópicas, podem se distinguir três ti- magmática reliquiar. Nos diques mais deformados, a tex- pos principais: tura é granoblásüca e o anfibólio, localmente orientado, é - Clorita-tremolita-xisto com textura nematolepidoblás- uma variedade de actinoüta rica em ferro. tica, caracterizado macroscopicamente pelo aspecto Uma outra litologia, amplamente observada nessa uni- xistoso. De maneira geral, os cristais de txemolita apre- dade, são os gnaisses. Quase sempre saprolitizados, os sentam-se orientados e a clorita está intimamente as- afloramentos de boa qualidade só ocorrem em poucos sociada a eles. Esta é do tipo Mg-clorita. locais no fundo de vales encaixados. Nas áreas onde forajD SF23OC-B-IV (Rio Espera) 31

idos como grinitõtdcs arqueanos (Aylsc), as ex- das litologias descritas, níveis de formação manganesffera posições são mais freqüentes. Quando frescos, caracte- associados a rocha quartzosa com granada. Esta foi iden- rizam-se como gnaissesbandados com bandas de espessura tificada, por raios X, como espessartita. cenümétrica. As bandas darás ocorrem mais vezes e se A grande dificuldade de identificar-se a fáctes meu- constituem sobretudo de plagiodásio em proporções de 50 mórfica dessa unidade está nas rochas a 70% de quartzo. As bandas escuras são constituídas por Como se sabe, a parageoese talcocloríta-serpentina pode biotita e, em menor proporção por anfibólio e plagioclásio. coexistir nessas rochas, tanto na fácies-xisto-verde como na A microciina pode ocorrer em proporções muito peque- anfibolito. Entretanto, a paragênese cloritalremolita- nas, em torno de 2%, bem como a moscovita originada da quartzo, observada particularmente em faixas mais afe- alteração dos fddspatos. Como traços, ocorrem, ainda, tadas por dsalhamento, é característica da fades xisto- apatita, zireão, opacos, epídoto e dorita. Essas rochas verde. aparecem intimamente associadas a metaultrabásicas c Essas rochas mostram, além das lineações minerais no m metabásicas r 7THIÍIS de «*í*»il«»iwM»tf> de alto ângulo (fo- sentido EW a ESE-WNW, que identificam a grande de- tos2 e 3) ou de baixo ângulo. Muitas vezes, mostram-se com formação tangcncial de baixo ângulo, um bandamento me- texturas caracterizadas pelo desenvolvimento de lentes de tamórfico associado a milonitização e cominuição da mine- agregados de quartzo e fcldspato e grãos cominuídos por ralogia original, principalmente nos metatonalitos. Essa esforços tectônicos. Tanto o quartzo como o fcldspato deformação está sendo considerada como anterior à gran- apresentam extinção ondulanle e, o último, macias polis- de deformação tangcncial referida como D2 (Capítulo 3, evanescentes e, às vezes, recurvadas. Ouando Parte II). no diagrama de Streckeisen (1976), para rochas granitoides, caem no campo dos tonalito-trondhjcmitos. Nas zonas microclinizadas, a microciina aparece como 12.X5 Litogcoqnímica produto metassomático sobre uma rocha, aparentemente, tonalítica, distribuindo-se sobre uma mesóstase de cristais 2JL1.5.1 Introdução anédrícos de quartzo com extinção ondulantc, plagioclásio com geminação polissintética c ainda hornblenda, biotita, Com o objetivo de melhor estudar as relações petro- óüopsidio, carbonato, epídoto e traços de zireão, apatita e geneticas desta unidade, foram seledonadas 14 amostras opacos. Com o aumento desse metassomatismo polássico, para análises químicas: cinco de termos ultrabásicos semi- podem ser gerados tipos eminentemente graníticos. Um allcrados e xutifícados, seis de termos básicos e três de esquialito mais escuro, nessa zona microdinizada, mostra termos gnáissicos intercalados entre as rochas ultrabásicas, uma rocha bandada ao microscópio, com cerca de 55% de lendo sido a amostra FR-054 coletada na borda de um plagioclásio e 30% de anfibólio, além de 10% quartzo, corpo granítico, aparentemente intrusivo na seqüência. epídoto, opacos e titanita. É possível que, entre tais gnais- Tais amostras, com exceção da FR-054, já referida, e da ses tonalíticos e zonas microclinizadas (foto 4), possam FR-663, foram todas analisadas no laboratório Geolab da ainda ocorrer outros tipos eminentemente graníticos como Geologia c Sondagens Ltda - Geosol. As outras duas foram aquele observado ao longo do ribeirão Pinheirínho, a norte analisadas no laboratório da CPRM da Superintendência de Pinheiros Altos, e que não puderam ser discriminados Regional - SUREG de Belo Horizonte . Nas primeiras, devido ao grau de decomposição. foram analisados os teores percentuais de S1O2, AI2O3, Rochas quartzosas, muito orientadas, com níveis del- Fe2O3, FeO, MnO, MgO, CaÒ, Na2<>, K2O, T1O2, P2O5, S, + gados de quartzo além de zoisita, anfibólio, opacos, clorila, CO2, H2O , PF e H2O" ou umidade e os teores em ppm alanita, titanita e plagioclásio subordinados e identificadas de Cu, Pb, Zn, Co, Cr, Ni, V, Sc, Y, Nb, F, Ba, Sr, Rb, Zr, petrograficamente como rochas calcissilicáticas quartzo- Cl, Li, Th, U e Ta. Os teores dos três últimos elementos sas aparecem associadas a níveis de anfibolito, bem como caíram todos abaixo do índice de detecção do método a níveis calcissilicáticos com cerca de 30% de plagioclásio, utilizado: 10,15 c 15ppm respectivamente. Foram ainda 30% de quartzo, 20% de anfibólio e carbonato e epídoto detectados pelo método ICP os elementos terras-raras: La, numa proporção próxima de 20%. Esses Iitótipos podem Ce, Nd, Sm, Eu, Gd, Dy, Ho, Er, Yb c Lu. No laboratório constituir primitivos sedimentos químicos transformados da CPRM-SUREG/BH foram analisados os teores per- por dsalhamento e metamorfismo. centuais dos mesmos óxidos referidos com exceção do S, + Delgados níveis de formação íerrífera, como aqueles da do CO2 e H2O . Os elementos-traço mostraram-se os unidade Media do supergrupo Rio das Velhas, foram ob- mesmos e não foram analisados os elementos terras-raras. servados associados a gnaisses numa faixa a noroeste de As tabelas 11.2.1 e U.2.2 relacionam os resultados ana- Pinheiros Altos. Tais níveis pertencem àquela unidade, líticos desses óxidos e elementos, bem como algumas ra- porem foram incluídos nesse complexo pela dificuldade de zões de elementos terras-raras empregadas em estudos individualizá-los como tais na escala proposta. petrogenéticos, c a figura U.2.2 mostra a localização apro- Na faixa entre o complexo Ressaquinha e o moscovita- ximada de todas as amostras analisadas quimícamente nes- granho Brás Pires, no exiremo-sul da arca, ocorrem, além ta folha. 32 Prograina levantamentos Geotógkxs Básicos do Brasil

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L 34 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasü

Para melhor compreensão do testo, os aspectos petro- como as das colunas A, B, F, G e H. Essa i gti*6t¥TOt foram tratadas individualmente para as rochas inclui duas amostras de rochas ""^TM do flfP0 Dom 1 obrabaucas, básicas e felskas. SuVério, que, pelos baixos teores de SIOJ, p^^f !!» das- sificar-secciaMiubnbá^icas, masque, pelos teoreso^MgO, Z2S&2 PartfcabrMadn daa Qehfi,alastam-secomr)lrtaia^i

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+• 293 - PONTO AMOSTRADO

Rflura 11^.2 - Mapa d« tocalteaçio dst amottrat quimicamant* tnaiiMdaa na folha fto Eapara. 0* afloranvmtos analisados Mtao aaUnalsdoa por (+). (Asap) eomptoxo Santo Antônio do Plrapatinsa; (Aiv) •upwgrupo «o das VMhas;; íAyip) arantte-granodiorno Hbtkêo PtnMrinho, (frite) tooa)Ho-troo

nufto bains para as rochas uhrabásicas do conpkxo San- (A c B), que não tiveram os ekacstoft-traço, to Antônio do Pirapetinga. Apenas a amostra FR-050K apresentam ^^HTT v&ximo de c vlaçâo entre si Evidea- mostra um valor compatível com aquelas litologias da co- ciam-se quatro grupos, sendo 1 deles constituído pelas luna K da tabela 11.23. Mesmo em relação aos kamatiftos três médias das seqüências arqneanas de rochas verdes da da Austrália ocidental (coluna M) e do cinturão de Abitibi África do Sul, da Austrália ocidental e do Canadá. O grupo (coluna L), esses valores são muito inferiores. Um outro que mais se aproxima deste, logo a seguir, é o constituído dado elucidativo quanto a esta razão são os das três médias pelas médias do grupo Dom SüVério, complexo Barbacena do grupo Quebra Osso, segundo Sicbel (1983). As amostras c supergnipo Rio das Velhas (xistosas) e por um que preservam as estruturas vulcânicas primarias são as do complexo Santo Antônio do Pirapetinga (FR-663). Pew que melhor se compatibilizam com os valores das colunas fato de a última ter sido analisada em um laboratório K, L e M dos cinturões de rochas verdes arqueanos. Os distinto e pelas discrepáncias e dificuldades observadas ea valores da coluna D, referentes a rochas do mesmo grupo relação às amostras do complexo Barbacena e do grupo que não preservam as estruturas primárias, são mais com- Dom Silvério, pode-se concluir que esse grupo se distingue patíveis com a maioria das amostras do complexo Santo mais em virtude dessas distorções. Apenas a média do Antônio do Pirapetinga. Esse falo sugere que tais valores supergrupo Rio das Velhas pode estar tendendo a repetir baixos possam estar relacionados a transformações meta- o arranjo da figura FI-23, onde se associa ás médias das mórficas e metassomáticas detectadas em lâminas delgadas áicas arqueandà referidas. das amostras. Reforçando essa conclusão, tem-se os va- O terceiro grupo reúne a média de amostras de rachas lores da razão Ti/V, que são similares, e os valores de uh rama ficas (ofioÜtos peridotíticos) da Nova Caledonia, ut Eu/Eu* (anomalia de Eu quantificada) bastante distintos. amostra náo-xistosa atribuída ao supergrupo Rio das Vemas Por outro lado, deve-se notar que, nessa tabela, não foram c duas amostras do complexo Santo Antônio do Pirapetin] considerados os teores de CO2, S, PF c H2O", bastante O quarto grupo reúne amostras do mesmo complexo, do significativos nas amostras de ultramáfícas analisadas neste grupo Quebra Osso, segundo Sichel (1983) e a média de Projeto (tabela 11.2.1). ofiolitos peridotaicos fanerozóicos (Combe, 1981). Essas Pode-se considerar, além disso, que algumas amostras observações sugerem a possibilidade de dois grandes grupos da literatura podem ter tido seus valores recalculados para de rochas ultramáficas nessa área: um relacionado ao super- 100% e que, especificamente, as colunas referentes às grupo Rio das Velhas, compatível com as seqüências vul- amostras do grupo Quebra Osso apresentam os teores de canosscdúncnlares arqueanas e outro relacionado ao com- FeO e FezCh recalculados como Fe2O3 total. Tendo em plexo Santo Antônio do Pirapetinga e, possivelmente, ao vista essas restrições, que tendem a reduzir o grau de grupo Oucbra Osso, pelo menos em parte, compatível com os confiabilidade das comparações, foi utilizado o programa ofioihos pcridtxíticos fanerozóicos. Entretanto, como este CLUSTER, versão 3.0 do Sistema Geoquant com o ob- tipo de seqüência é caracterizado por uma série de outros jetivo de quantificar as similaridades. A figura II23, mos- parâmetros não observados aqui, tal similaridade deve ser tra o dendrograma utilizando-se a matriz de distância!» vista com reservas. euclidianas. Dois grupos estão relativamente bem-indivi- dualizados: um constituído das médias dos komaliítos com textura spinifa da África do Sul, Canadá e Austrália oci- dental, juntamente com as médias do grupo Quebra Osso com texturas primárias e das ultramáfícas xistosas da uni- dade inferior do supergrupo Rio das Velhas; o outro cons- tituído das médias dos ofiolitos fanerozóicos da média do ? F» Í--.3 ?. F» - '-•Í.O. grupo Quebra Osso sem texturas primárias preservadas, da 4 FP -Oi3 amostra de rocha ultramáfica com magnesita da unidade 1«OFF inferior do supergrupo Rio das Velhas e de quatro amos* 15 JLTNC 9 30JS trás do complexo Santo Antônio do Pirapetinga. As médias 12 ftvrlNFUL do complexo Barbacena, as amostras FR-116 e FR-050K 6 OOUQ do complexo Santo Antônio do Pirapetinga bem como a 1OOOUE 11 RvINFUX média das amostras do grupo Dom SüVério mostram-se 17 PEREC* completamente destacadas desses dois grupos maiores. 16 PÉ RE AS 18 PEREAO O dendrograma da figura 11.2.4, utilizando-se a matriz 5 FR-050* de correlação com os mesmos óxidos, mostra resultados 6 BAR Ou 13OSX similares, distinguindo-se apenas a posição dos grupos. No dendrograma da figura D.2.5, foram utilizados al- guns dementos-traço comuns à maioria das médias c amos- Figura 11.2.3 - Dendrogram»» d* correlação tntrt as amostras • tras da tabela 11.2.3. Emprcgou-sc, nesse dendrograma, a mediu da tabela II2 3, utilizando-M os twrM út SiQs. /MJOJ. matriz de correlação. As amostras do complexo Barbacena MnO. MgO, CaO. NajO, fcO, TiOj • PJQJ NMM varslo, foi utilizada a matriz d* distancia. 36 Programa Levantamento» Geológicos Básicos do Brasil

inativa OPW, calculada atavéa do programa SUMPET da vcrsáo3.0doSisteinaGEOQUANTdaCPRM.O»procc»- so6 de alteração metamórfica e metattomática dificultam a 1 FIUH8 caracterizaçio mineralógica original, o que, em parte, jua- 7 BAASX t FM.663 ti6ca esse procedimento. Diante destas ooocideragãet a J2 RVXNFUL parte 4im amostras identifica-se como hantburgito, 3 FR-O5OL uma como olivina-ortopiroienito e uma como oliviiia* 4 Fft-080 14 OFF websteríta. O diagrama ternário AFM, figura O2.1 com os 19 ULTNC campos de flasfffifaçáft baseados em Vilioen A VíUoen 9 OOÜS (1969b), modificados a partir de Jensen, 1976 (in: Arndt A 5 FR-050K 6 BARBU Nisbet, 1962), apresenta a distribuição das amostras e mé- 8 00U0 dias da tabela TI.23. A major parte delas cai noa campos dos basaltos komatifticos e dos peridotítoc komatHKcos. 18 PFREAO 11 RVtNFUX Observam-se aqui, também, dois grupos principais: um, 1? PEREÇA concentrado, em que se winirian ofiolhot da lite* 13DSX ratura, três amostras do complexo Santo Antônio do Píra- 16 PERCAS petinga e a amostra ultramáfica com magnesita *4m't*<<^ como da unidade inferior do supergrupo Rio das Velhas; e outro, mais disperso, próximo ao limite entre os basaltos e peridotitos komatiíticos, onde se aw^Haf as T^ft^f. do Figura H2..4 - Dsndrograma d* corrstaçlo sntra w amostras • p médias dstabsla 11.2.3, utilizando*» ostsoresda SO», AJjO», grupo Quebra Osso, das uitnunáficaifi s irintfls MnO. MgO, CaO. Na-O. KaO. TiOaa PaOs.NBBBavsraio. toi utilizada a matriz d* oorrsiaçio. inferior do supergrupo Rio das Velhas, dos cinturões ar» queanos de rochas verdes do Canadá, da Austrália ocàdea- tal e da África do Sul, do complexo Barbacena e a amostra FR-050K do complexo Santo Antônio do Firapetinga. No ^iqgram^ ternário CaO-MgO-AfeOa da figura DL28 com os campos das rochas komatiíticas, tokíticas e da asso- ciaçáo pícrito-oceanito-ankaramito da literatura geológi- 1 FR.l16 ca, observa-se uma distribuição similar para as colunas da 8 OOUQ 14 OFF mesma tabela de comparação. 9 QOUS ÍOOOUE 9 FR-030K 3 FR-09OL 4 FR.OSO 12RVINFUL 19 ULTNC 2 =R-663 6 BAR8U 7 BA4BX 11RVINFUX -C 13 0SX 16 PEREAS 17 PEREÇA 18PEREA0

050

4-FR.O3OK Rguf« 11.2.5 - Dendrograms da oorralaçio «ntr» u «mostras a OUVittA-WEBSTERlTA médias da tabeis 11.2.3, utiliisndo-ts os tsorat ds slsmantos-traoo Cr. M. Cu, Zn a Y. dispostos «agundo uma matriz da oorralaçio.

ORTOPlROXENiro CLINOPIROXENITO OPX CPX WCBSTEAITA O diagrama ternário com os campos de rochas ultra- máfjcas segundo Streckeísen (1976), da figura U.2.6, mos- tra a composição químico-mineralógica aproximada das cinco amostras de rochas ultramáficas do complexo Santo Antônio do Pirapetinga. Embora o autor desse diagrama Figura ii.z.fl - Diagrama ds datarfleacio pstrográflea sagundo tenha sugerido o emprego da composição mineralógica Stfsexaiaan (1070) utilizado para raprssantar a oomposlele modal, foi utilizada aqui a composição mineralógica nor- qufmtoiMnintf alogica normativa (CIPW) das amostras das reenas SFJ3-X-B-IV (RioEipera) 37

Camn* « ton «4»é»fcl*ii. tfHart«1«mrlvM*mtr*HlcM * CM)»* Mt Mhi» * 'irwriiMt CM fact* MtrawicM * lilMtv* few*»*!

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11,2.3.4 f 5) «nttrH it «ItrMHKM M cowlno («to Antonio t U Un MMtr» Urtoau unit frtjrto. It) MMn èt «ttra MMtr» *> '«k« «HrieHiiM CM trxtw» «net «• |r Mn MMtrH *> til(iMriti-trnalit»«i«l* 4t pi*f h* trlWrie M Wit tm\t *m unit Ktjrtt. (I' Mil *f ofiilitM »«wra»it« «• lttfrit«ri «iwul i« tariit UNI), iJ) Mu *> Irh M«trn H nekw iltrMidCM Immli Tir*«t>< H •*»• CÍIMMÍI, imtittrtit •fiilitict M liliritvi (IHM IMIII'IM Mrimti'ticM CM Intvit witita ie ciitvb * »iti»i, CwMi, (Cariir, Ml). IK) Mil it t

2 J.I 33 Particularidades das rochas básicas Ft 0 As seis amostras de rochas básicas estão representadas na tabela 11.2.4, dispostas em ordem crescente de SK>2 ao lado de médias de xistos básicos das unidades inferior e média do supergnipo Rio das Velhas (neste Projeto), de rochas básicas do grupo Nova Lima também do supergnipo Rio das Velhas, segundo Ladeira (1980) e de outras médias de rochas básicas de diversos ambientes obtidas em Bodinier et ai. (1987) e Condie (1981). Na tabela, não estão registrados todos os óxidos e elementos analisados, porém estão listadas as razões CaO/Al2O3, FeO/FezCb, MgO/FcO, Ni/Co, Ti/Zr, Zr/Y, Ti/V, (LaVSm)N, Eu/Eu* e (Yb/Ga)N utilizadas (Condie, 1981) para caracterizar litô- lipos e ambientes nelrogenéticos. A relação completa dos resultados analíticos pode ser observada nas tabelas II.2.1 e 11.2.2. Por uma simples observação dos valores Al,Oj registrados, constata-se uma maior semelhança entre as Campos definidos no diagrama originai ( Jensen ) rochas básicas deste complexo, os toleítos tipo 1 (TH1) de Campos revisados pelos dados de Sar&erron Condie (1981) e os basaltos de cadeia mesoceânica (BCMO), embora em relação aos teores de TÍO2, estes se comparem apenas às amostras FR-2L5K c FR-642. São mm também essas amostras que apresentam as maiores dis- Figura 11.2.7 - Oiagrama ternàrio AFM com os campos da torções químicas cm relação às demais. Para melhor visu- classificação da toleítos a komatiftos segundo Viljoan & viljoen. 1968b (in: Ainát & Nisbet, 1982), utilizado paxá classificar as alização dessas comparações, furam elaboradas análises de rochas uitrabásicas do complexo Santo Antônio do Pirapotinga, agrupamento representadas pelos dendrograms de simi- comparando-as com algumas médias da literatura nacional« laridade, tendo sido utilizadas as matrizes de correlação e internacional da tabela II2 3 de distância euclidianas de alguns óxidos maiores e ele- mentos-traço comuns às amostras c médias da tabela 11.2.4. Os óxidos de Fc2^ e Fc3+ foram eliminados das com- parações por serem registrados nas médias da mina Morro Velho e dos basahos oíiolílico.s, como Fe2Ü3 total, o que

MflO conduz a distorções acentuadas nos agrupamentos. Tendo cm vista esses cuidados, cheguu-se a dois dendrogramas uiili/ando-.se os óxidos SiO.jr AljOj, MnO, CaO, Na2O, K2O, TÍO2 e P2O5 de matriz de distância (figura 11.2.9) e matriz de correlação (figura 11.2.10) e a dois dendrogramas utilizando-se os elememos-traço Cu, Co, Cr, Ni, V, Y e Zr agrupados segundo uma matriz de distância (figura (1.2.11) e segundo uma matriz de correlação (figura 11.2.12). Para tal procedimento, foi utilizado o programa CLUSTER da versão 3.Ü do Sistema (JEOOUANT da CPRM. Na figura 9kdO

\ Ko/IIOfii'f» \ 11.2.9, nota-se o agrupamento das amostras FR-265, FR- lltoW/-^ T0'tltiCi 255A e FR-112 junto às média* TH 1 e dos basaltos de arco vulcânico, eslandu deslocadas desse agrupamento prin- cipal as amostras FR-215K, FR-642 e FR-162B. A figura II.2.10, uiili/ando-se os óxidos mencionados e a matriz de correlação, mostra lambem as mesmas amos- CaO^ tras agrupadas junto ao loleíto lipo 1 (TH1) de Condie (1981). Segundo ele, esse tipo de loleíto constitui cerca de Figura II.2.B - Diagrama ternário CaO-MgOAIjOa segundo Viljoen 55 a H0% das pilhas vulcânicas arqueunas e, numa pilha & Viljoen. 1969, e A/ndtet ai., 1977 (in: Condia, 1981), aplicado às normal, sobrepóc-se esiratigraíicamcnlc aos kumaliitos amostra* • médias da tabela 11.2.3, com campos de rochas peridoütieos e basállicos. Normalmente, aparece inter- básicas e uitrabásicas extraídos da literatura geológica: (Pk) calado per recorrência de derrames. Já as figuras 11.2.11 e Komattftos petídotlticos; (Th) toleítos; (Bkdb) komatiítos basalticos tipo 8A0PLAAS; (Bkg) komatiítos basáiticos tipo GELUX (Bkbar): II.2.12, que utilizam os clemenlos-traço Cu, Co, Cr, Ni, V, komatiftos basáiticos tipo Barberton; (Poa) campo da associação Y c Zr, mostram algumas discrepancies em relação às duas pícrtto-oceanito-enkaíamíto segundo Brooks & Hart (1979). SR23-X-B-IV (Rio Espera) 39

Irttli II.2.4 - Tatola * CMMncb a tan» ••ate* te kte HaitM teCarlia M« atai* a PirwtMw ia Tara a atta MIÍCH B Uttrtt»! BIIMKI

1 1 2 J 4 i t «Ml • 1 t » I r • 1 I J 1 L II

IM» n-1124 Fl-442 n-ua MM* It JO •um 1.1. III R2 M3 mi no KM HO C. U.C 1. can. ' "''*.. > IS.» «•21 4».» 4t.M Si. M 32.2* «t.M 44.25 «.«1 53.17 4t.*l M.M 4J.M 42.» M.» «1,5» •t.M 5l.lt M.» MM IV 1 1.4* •71 •71 *.M l.«* l.M l.M 1.» 1.47 1.44 2*11 *,M •.73 *.n *.M 1.* 1.3* »,H I.M 2.» 4l2üi 1 13.5* 14.71 14.M 1471 12 .M I3.M 1«.*2 t.7» 14.» IS.lt 15.53 ll.M I3.M t.M 13.5» IS.» 14, M U.It 17.71 14.M (420) 1 4.M l.M 3.3» 12 54 3.11 2.1* I.M 2.43 J.«l I.It I».tt I.S3 l.M 2.» 1.43 I.M 2.M 3.M 3.N 3.M «rt ! 1.35 t.M t.M l.M 17.45 ll.M 1.42 I*.K 4,1» 1.23 t.M 7.M t.Jt LI7 15» J.M 4.M I.M IN*: l '.» 12* 7M 7.11 4.M ».!• *.t7 21.75 7.72 511 4.7t 11.2» ll.M 21.M 7.33 4.C 7,3» 5 14 5,4» 3M CaC i :3,M 1! 54 117* ll.M t.M lit* 11.72 7.1* t.2« 3.12 1.47 II,M 1.24 7,11 ll.M 1.7» 11.2* ll.M t.M 1,71 •»> 1 * 7* 2 tl It* 2.M 2.4* 2 1* 1 M • 3« 1 Iff 3 B 4 II 1 17 1 M •.17 1 13 7 7» 2 M 2.M 271 2 M IX 1 *.lj • 24 *.2t *.J* 1.31 •.« 1.17 1.17 •.31 1.17 ••IS • 4f *.!« t.M IM • M w i *.r *.*• »,*' *.M *.|7 l.*7 •!*t • « «.** • 35 •,M t.M l.t» »,1» • ,17 *,2* 1,15 • 21 lit «•i *.3l I 1» 111 • it •.23 1.32 •.24 • 2« 1.23 *.!! (.15 •.2* •.21 • It (.22 1.11 •.17 1.17 •.21 • 24 XK 1 *.5t *.# • 45 •.42 • V 1.34 •.« 3.« •.21 t.K 1.43 2.M 3.M 2.» 1.42 2*4 I.M • 54 •71 t.iS tjt'»'>?» ' 1 15 •71 171 •.75 •7« 111 •••4 l.M IÜ • 21 • 5Í 111 •.43 *.M ••75 I.M •7* •.47 • 55 • 41 I I.7» 45* 2.72 • M 4.M 1.14 l.K 4.** *.tl I.N 3.N 2.M 3.7» 3.M 3.M 2.M 144 271 •«C/'rv • *.M »« •.17 ••57 1.44 1.54 «I! tl.41 l.*t 1.1* 1.» },7* Ml 4.74 t.M •71 • 14 »,43 5M.M «M.M iHM 215.M 42.M 24» M 3N.I7 1323.M 11.44 33IM 224.M tM.M tM.M I7M.M 4M.M 2M.M 3MM MM MM IM.N • • JM.M IH M 152 M I32M 4«M I52M 144.47 IIM.M I«,M 1«*M 7IM 3M.M 31t,M 4M.M IM.M 12Í.M IM.M 25. M MM tM.M 1 WH 3Ü» 2M.M JM.M MM 2MM 251.13 27t.M 354 M I34M 244 251 M 27I.M 7JIM 2M.N 345.M 3M.M 271 M IM.M 3MM •5 as M M aft Aa âft BB w.fff 3V.9V X.M JC.4V (V.a •f.W W.fft 3 4* fa M IN.M U2.M ÍT.M KM K 13 »'.M 51. M »!M il*\M C 47.M »M 33 M v'.m IM.M 7«M M.M MM MM > ' UN 14.M ll.M ISM 31 M I3M ll.M 32 M 12.M HIM M.N I2*.M 75.M MM N.M M.N :M M KM 17.M 5«.M •*M 4i M 44 33 34.M 23.M •2.M 1MM DM VM ll.M 53 M I3S.N 1M.M M.M 1MM 2M.M i. • *4 MM ;; M as M 8: M «l.M 43.33 34 M 'AM 174 «4- M M.M M.M M.M ll.M M.M IN.N 2M.M y 54». M a M ?! M :MM ^ 4» 14 M U7.M 21 M V4M 41.M 245 IM.M «M M.M IM.M Itt.M 135.N 2?!M 3M.M 354 M JS '4 17» 3.4'J 3,*' 4.1» V2» 7.»t 24 14 It.M >.M l.M I.N J.M 13 M 3» J,M IM 27 M (. Ir 34 *.« l.f" :3 '( 11 1* 11.2» I«M 31.21 7.M 5.M 2.M *.» MM 12.M 7.M 25.M 14» M 7 t 7 7; £ 21 ir.'7 IM 11.43 2«.t* cá.M 3.21 4.M 2.71 t.M 17.M ll.M 4.M I;,M al.M i, :.*. ; 44 II; 27» 3.24 7 1* 5 44 l.M l.M l.M 2M «M J.M 1.1* 3 94 1,2* ;» • 'i 1 7t • 64 :.if • t2 l.M >M !.M i.s: •.S7 l.3t ••73 I.M 1.3* i.H 1 M IM Irf ' 4.M : 43 1 44 2.r «44 i» 3 «* l.M 2.M i.H i.M J.44 3.N 4.2* 2.54 4.54 4 54 v \ '• 4 '> 3.:' ;.» 3.4* 3 »' is: 2.3» 2.M l.M 3. If «2* 7.N 27» 4.M til :• ii l.'t 1 «-• 2 it 3:» 2.l« 2 r 17* 1.54 l.M 1.1* 2M 2.M 3.M I.M 2.41 iM .. 2.a* 1.7» 1.72 : K i 24 It» 2.19 «71 3.24 1.31 l.M 1.1* 1 M }.» 3.N ?.M I'M Í.5» 4,2" • ;: t 3t • «Í • To t.K • 77 5.M • 23 *.21 •.II • 3: 1 38 t.M 4 34 • 5» • «4 •: *> 34 M ;« H 34M 54.M MM 3» 4? 72 M 4!.M 72. M 34M 17, M 22 44 I4.M 21 M MM MM 24 4» .'3M MM • > • 4> ( ": 3.4» 3.14 ! 44 « «4 3 75 ii l* 2.M a 7$ 2.23 7?4 5 7* I.M 271 2 M i.M t.M < M 2.54 ' .'• • M M n «i Í71 M 5: 14 KM tl.M «171 125 ,M 3S2.M 43.M KM 'MM DIM 1M.M IM.M 44.N t*M I3.M MM UN /' • 2.K • r; • 7! 1.44 11; 27* 17S • 75 »41 4M 4 M '.M 171 I.M 27» 4.S* 3 M 3.M 4 34 t ;• I/V : 32.M I3.M ll.M H M 2lt.M 23, M 21 M 2« *• 25M 21.M «t.M 14,M 14.M 13.M 2? M 24N M.M 11 M MM MM '.a'»»'» 1 2 4Í 1.16 l.lS l.M • H l.2l 14» 2,15 1 12 l.M •7* • 4- «,M I.M *.«t l.»7 l.M t.M !•'£•,• i «73 :.*7 1.4» ».t7 (.71 *.*5 • .It • 77 I.1Í 1.17 I.M f •» I.M • i: 1,21 l.M *.i: ' «.53 Mi • 4> *.at 1.73 1,75 • 4< ».« I.H • « •" •73 • 4* I.M «.4» • 4

ilnMi 1,2, 3. 4. 5 f »' t •« t arm d« 'ot»i tí<«i 4r fnm\t>t m4tf>fiin'frior M Hnrrw no •» Wlk» unir »-»jrt«. li1 •Mit ti <• nitMi iXn ft HHrrw "0 «ti Htl»« 4a f*Ui li« Ewtra mtt fcn'$. iC- IM i M ci«o iMitr» 4r rotíji «lawlcincn mt <0Mt>tan i c»a c ]•>• «a farwic la»a Seu « 4t i ir ti«r>ii»4« d •<«• Hvo Vrlho awr"i. I'M). IC «Mia 4» it: êÊHtri H 4rt»t>iitn *> cmrlm DmO-filatriét, ctrMkfirn |rtrc«. CwaAa. (MIIITHJ flictn 4r Ma M««cia o'.oli't n (Mmirr ft ai., |tl?i. li (ft) *ri'licM Iran I. 2 i 3 rnmttrmrilt (Ca4)ic, Ml). '» t r Min «f Ultítn ( •*»>» 4> tawllH tr C44riM •ruetixa (KW). 4V vi» Altfaic* HKS). iiloalciluun (C*C) f * nft («limlal (NWTI rrinctinmtt (U*4*t IM|). 40 ProgranuUwuiUniemo* Geológico* Báiico» do Brasil

M M *4 f4 anteriores. As amostras FR-255A, FR-112A, FR-265 e Í2S B K ^

IS TM2 19RC0NT —•—1 1 —t——1—»-—\- —»- —t—t——» 1 FR.215X 8 REVMCO 2 F R - i€9 3 FR.«42 3 FR -255A 7 ftvIMF 4 FR -112* 11 8R1 14 TH 1 12 9*2 17 ARCO 1 3SR3 11 8K2 H 12 8K2 5 FR -642 19 RCONT Figura IIA11 - Dendrogram* rapisMntatfvo d* análiM da 8 REVMED •grupamento das amostras da rocha* báaieaa do oompieno Santo 16 BCMO Antônio do PirapsUng* • das médias da tabela H2.4, utiKzando-ee 15 TM2 os teores dos elementos^raço Cu, Co, Cr, W, V, V • 2r, agrupados u 18 CftLC segundo uma matrix de distancias euclidianas. 6 FR -1628 7 RVINF 1 '• 1 9 NLIMA 10 eoF

Rgiwa ^9 - Dendrogram* rtpftttntwivo da análiM d* •aniptimnto da» arnostra» d* rochas básicas do complexo Santo Antftflk) do Pinprtnga • das médias da tabela 11.2.4. utflizando-M os taorw dos oxido* SíOj, AbOs. MnO. MgO. C«O. NasO. KzO. TIOs • PaOft ordenados Mflundo um* matriz d* diitancias sudidianas.

1 FR -213" T RVINF 1 FR-ZHK 1381)5 10 SOF 1 2BK 2 5 FB-^42 Z F ft. 269 18 CALC 3 FH-25S» 9 NLIMA 4 FR .1124 r «VINF 1 4TM1 11 axi 119K1 12 01(2 5 FR-842 13 8K3 6 FR -1628 2 FR -265 8 RevMCO 3 FR -255* íoeoF 14 TMl FR-162B 16BCM0 6 FR-112A 15 TH2 4 8 RCVMEO 19RC0NT 15 TH2 * NLIMA 19 RCONT 1 7 ARCO 16 8CMO 16CALC 17 ARCO

Rgura 11.2.10 - Dendrograms r*pr*s*ntavivo da anális* d* Figura 11.2.12 - Oendrograma representativo da análise d* agrupamento das amostras de rochas básicas do complexo Santo agrupamento das amostras d* rocha* básicas do complexo Santo Antônio do Pfrapetfnga e d*s médias da tabela 11.2.4, utilfzando-M Antônio do Plrapetlnga e das médias da taMa 11.2.4, uttlizando-M os teores do* oxido* SiQi, AJaO», MnO, MgO. CaO, NaaO, KaO, oa teores dos stemento^traço Cu, Co, Cr, M. V, Y * 2t, agrupado* TlOa * PaO» ordenados segundo uma matrft d* oorrolagio. wguneto uma matrft d* oorriaçio. SF.23-X-B-IV (RioEcpen) 41

Apesar dessas distorções, pode-se observar que semelhança entre três a quatro amostras de rochas s dessa unidade e os toleitos tipo 1 (TH1) de Coodie A amostra FR-642, pelo elevado teor em TÍO2 e os baixos teores relativos de Cr e Ni, se correlaciooa melhor aos s e pode estar ligada a uma intrusão de idade mais jovem. A amostra FR-215K, pelo (levado teor de T1O2, t«mMm pode relacionar-se a uma intrusão de caráter continental, porém os teores de Cr, Ni e V são discrepantes em relação à amostra FR-642, suge rin- do "*"* não-afinidade entre elas. No ^'^g""«ii teniárío da figura D.2.13, baseado em VUjoen & VUjoen (1969b), modificado de Jensen, 1976 (in: Arndt A Nisbet, 1981) e utilizado para discriminar as rochas toleíticas das rochas komatifticas, observa-se que todas as amostras de rochas básicas desse complexo se agrupam no campo dos toleitos. As amostras FR-2SSA e FR-112A caracterizam-se como A - Rochas do sene Pigionítico toleitos normais. As FR-642 e FR-215K, como Fe-toleítos B - Rochas da séne Hiperstenítico e a FR-162B entre os dois campos. Também no diagrama temário NajO -1- KzO-FeO total-MgO com os campos de Figura 12.14- Diagrama MmárfoHaaO + KaO^éOtMgOoomo rU«ifiraçán segundo Kuno (1968) (figura 112.14), cinco campo* da daaeifieaçlo d* roenas vulcânicas aagundo Kuno amostras classificam-se como toleíticas ou pigeonfiicas e ^ <19y) -JA rocha» ggaonWcaw ou loWbca» e (B) roorta» K apenas™»» como *** irâtiraiwia ou hiperstenítica, porém já •MpWMftARlCftft OU CHClfllCHIfMi^ lUDiiZftOO pAfB CtMHRCV AS roenat bélica» iMociadti ao complmo Santo AnlOnlo do bem proximo ao limite entre as duas séries. Pfrap»ting». O ambiente tectônico de geração dessas rochas foi in- vestigado com base no diagrama temário K2O-TÍO2-P2O5 de Pearce et aL (1975) da figura D.2.15. Contrariando parte das observações anteriores, todas as seis amostras iden- tificam-se como basahos gerados cm ambiente tectônico oceânico. Segundo esses autores, tal diagrama é bastante preciso para rochas geradas nesse tipo de ambiente, sur- gindo maiores discrepãndas apenas paraas rochas geradas em ambiente continental.

A - Ambientes Tectómcos Oceõnicos B -Ambientes Tectõnicos Coniinenioi.

Figura IL2.1» - Diagram» tamárfo KaO-TlOj-PjOs d* Ptaro» «t ai. (1975), com o» campo» da» rocha» garada» am ambtontM tactonicM octAniooa (A) • da» rocha» geradas «n ambtontM «•etonioo» oontinefliai» (B), aplicado to rocha» básica» atribuída» ao comptexo Santo Antônio do Pfrapvtfnga. M«0 --- Compos definidos no diogromo oriqinol (Jensen) — Compos rev no dos pelos dodos de Borberlon 22.13Â Particularidades sobre ot gnaisses reladonadof ao compiexo

Figura 11.2.13 - Dia0rama tamárto AFM com o» campo* d» Os goaisses relacionados a esse complexo foram pouco etaatifieaçlo d» toMtot • komaflto* tagundo V1ljo#n A Vlljotn, amostrados, sobretudo em deconêacia da qualidade dos 19800 (In: ftndt & Mibat. 1982), utilizado para danificar as afloramentos descritos. Apenas três amostras foram rochas básicas do oomptoxo Santo Antônio do Pfrapatinga. 42 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

«nai^aHau e as suas classificações petrográficas, ao lado de identificam-se como ra.frialraljnas, o que, em parte, é con- afrim parâmetros petroquímicos, podem ser observadas na firmado pelo diagrama de classificação qufmico- tabela fli5. O seu caráter ortoderivado fica claramente mineraJógjca de Debon & Le Fort (1983) da figura U.2.19, demonstrado através dos valores positivos da função dis- onde duas amostras estão registradas próximo ao trend criminante de Shaw (1972), da ausência de coríndon nor- calcialcalino e 'iff**, ""MS afada/^ai porém próxima ao otnd mativo e dos valores inferiores à unidade do indice de toleítico. perahjminosidade. Esse caráter fica também evidenciado no Batchelor & Bowden (1985), reunindo diagramas e con- diagrama de Garreis & Mackenzie (1970) da figura 0.2.16, ceitos modernos de classificação (La Roche et ai., 1980; cujo baixo teor relativo em A12O3, caracterizando-os como Pitcher, 1979,1982; Harris et aL, 1984; Lameyre & Bowden, 1 1982), elaboraram um diagrama de classificação de rochas g ou granitóideg s «wrta »?"""""^ pode ser visto no granitóides que considera, além de suas séries de diagrama de Rapela & Caminos (1987) da figura II.2.17. No diferenciação, os seus ambientes de formação. As rochas diagrama de Wright (1969) (figura 112.18), as três amostras

Tabela II.2.5 - valores da funtão discri.inante de Ska» , hif-erstemo . «wartzo (Q>, ortoclásio (or), ilbita (abi e anortita (an), c valores do índice de peraluiinosi f»AL*Bol(A12ü3/Ha2(W<20+Caü> para atostras dos gnaisses do Cowlexo Santo Antônio do Pirapetinja.

ORDEM «MOSTRA i CAAaTER PETROGSÚ-ICO I DF C d< h i Q or ab in PAL

1 I FR-#45L ITitanita-2oisita-2 I íbiotita-anfibólio-plagio- i í iclásio gruisíf ' 2 ! FÍ-6*3L lAnlibólio-biotita-auartio- I 1,78 6,77 6,25 21,8» i4,9l 29,»3 13,77 «.74

; I i 3 ! F9-Í54 ífiftfibolo- an asse i 3,57 35,42 5,55 41,52 15,31 «.98

0,4-»

aL NC 0,3- 1.0

OS-

e z 0,6 t

0,1-

0,4-

0,04— - I 0,0 0,1 0,2 0,4 0,4

K2Q/AI2O,

Figura 11.2.10- Diagrama d* Garreis 4 Mackmzit (1971), Figura 11.2.17 - Diagrama d* Rip*)a & Camirto* (1967), utilizado utilizado para discriminar u roeria» d* origem ígnti das d* para discriminar granitoid** p*lo* MU* índio** d* origam Mdimantar, aplicado to* gnaiMM «M p*r*lumino*id«d* • aicalinidad*, aplicado ao* gnaiMM comple-xo Santo Antflnio do Pirapttínga. •Mociado* ao compimo Santo Antônio do Plraprtinga. SF.23OC-WV (ftioEspera) 43

tifican-seoomo i de ako poUssiD oa de pot e deanatexiaousineolkkMaavAsde

•0 CâtCI*LC*L!KO âlCâLINO ideniificam-se u*s séries alcaliaa e persJcalÍB»Tê~õs fradonados do manto, na série loletica. Confirmando at 70 indicações do diagrama da figura 112.19, e do da fignra Ü2J0, este de Batcador St Bowdea (1985), dentro dos •0 conceitos referidos, ««Vitrifim doas amostras dos gnaisses associados ao compleao em discussão, como rochas cakial- 90 PCftftLCALINO calmas geradas em ambiente pré-ooJkional e orna terceira como fridonado do manto. Esta (FR-054), registra-se 40 prárimo an campo dn* gnniflfo fr firma as relações de campo. SO 0,0 0,1 0,t 0.3 O.« 0,5 0,6 O.T O.i 0,9 1.0 3OOO-I

Rgura B-218 - Diagrama da Wright (1980) qua parmita distinguir • alcaHnidada das rochas granltóMat, aplicado MM gnaissa» taocomplaxo santo Antonio do Pirapatmoa

2000

SOÉR&JIMENTC ! POS-COLlSiOUAL

1000

Frgura 11.2.20 - Diagrama da ctaasificaçlo qoímico-mioaraíogtea Ri ffed» La Rocha at ai. (I960) utilizado por Batenak» & Bowdan (1965) para definir oa ambiantas da garaçte das rochas granitoidas. aplicado aos gnaisaas aaaociadoa ao complaxo Santo Antônio do Pírapatinga

22.1J53 Utogeoquimka do» elementos terras-r«r»s

-300 -?00 100 100 As análises de elementos terras-raras das rochas ultiabásicas estão listadas na tabela U22. A amostra FR- 050K é a que mais diverge, em valores absolutos, dos Rçurallilí»- Diagram»OxPdacfassificaçèo padrões apresentados, com somatórios em relação ao qufmteo-minarslogica sagundo Dabon & La Fort (1963) aplicado padrão condrítico de Eveosen (1978) de 514,02. As demais aos gnaissas associados ao oomplaxo Santo Antônio do apresentam somatórios normalizados abaixo de 100 e, em FWapatnga. Além dos campos da classificação, sfto mostrados valores absolutos, abaixo de 20ppm. Em todas as amostras, alguns trand» da difaranciaçlo. Oi campos a tranda dafinidos •to: (1) grani»; (2) adamalito; (3) granodiortto; (4) tonalito;(5 ) observa-se um enriquecimento relativo dos elementos ter- qz-atartto; (0) qz-monzonito; (7) monzodiorito; (8)q2-diorito ras-raras leves (LaN/YbN de 3,268 a 6,424). Os valores da iqz-gabnwjz-anortosito); (9) sianito; (10) monzonto, (11) razão GdN/YbN, que retrata o enriquecimento dos ETR monzogabro ou monzodiorito; (12) gabro (diorHo-anonosito), pesados, demonstram que tal enriquecimento é bem in- (THOL) «and tokftfco; (CALK) trand ealcialcalino: (SALKD a SALKL) tranda subalcalinos ascuro a claro, raspactivamanta; ferior ao observado em relação aos ETR leves. Os valores (ALKS) trand alcilino das anomalias de Eu (Eu/Eu*) são relativamente próximos 44 ft ogam» Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

da unidade, destacando-se mais anômalo o valor domar, que se mostra sempre tbrtemeatedefdelada nesse 0,765 da amostra FR-QSOL. elemento, como à alteração i tal sob A figara IL221 apresenta os perfis malizados para condições diferentes das outras três. os valores coadrticos de Eveasea (1978) das quatro A partir desses dados, poucas trás aaafisadas. Observa-se a maior distorção quanto à levantadas. Os padrões de ETR fnima ao perfil da amonlia FR-QSOL. Por outro lado, o todas serpeminizadas e envelope dos draws perfis foge totafanente dos padrões processos de alteração que t de rochas oknmificas. Os peridotitos tipo alpino dusões podem ser tiradas a partir das de turidos i abundância relativa de ETRL de 0^)1 a O^S vezes maiores e elementos traço. i conditicos e de ETRP de uma a duas vezes, As seis amostras de rochas básicas desse i enbiado, portanto, uma dftplrçao dos pnmetros em re- plexo, também listadas na tabela 11.22, já apresentam pa- lação aos uMimus» esses padrões são sunuares aos obser— drões de elementos terras-raras mas coerfntfs Apenas a vados nos peridotkos de fundo oceânico, segando Frey amostra FR-215K enbe um maior enriquecimento de ter- (1984). Os hartzbargitos e dnnitos das seqüências ofiolf- ras-raras leves em relação ao condrito de Evensen (1978), tkas apresentam conteúdos de ETR muito bain» em rela- com 6453 para a razão (La/Yb)N. Nas demais amostras, ção aos valores condrfticos (0J0Q1 a 03). Ainda segundo esse valor fica entre 1259 e 1,847. Os somatórios de ETR, Frey (op. ciL), a principal característica de seus perfis em relação ao mesmo padrão, situam-se entre 131jS68 e normalizados é uma depleção dos ETR de números atô- 359,174, sendo este relativo à amostra FR-215K e anômalo micos intermediários. em relação ao conjunto.

IOOO-I

100-

100-

10

10

X' i i i i i i 1 i 1 r i i i li 1 1 1 1 1 1 > r 1 1 r—i LO Ct Pr Nd Pm Sm Eu G

Hour* N.&21 -BtfatnormateadotpakwpadfO—d» condrito Rgura ILÍ22 - Parti» normalizado* péíba padròaa da condrito ••gundo EWWIMH (1978), dw amoitrw analisada» para segundo Evanaan (1978). das amostras analisadas para •Umanioa tmtutn» da» roch— uHrtbàtfcai do comptoxo Santo •(•manto* tarras-rara» das rocha* báaieaa do oomptoxo Santo Antônio do Plrapatinga,

O ifJtfnípffrH"1" em rodus continentais, segundo Nes* Nos perfis normalizados para os teores de condrito, bitt, 1979 (in: Humphris, 1984) tende a conceotrar os ele- segundo Evensen (op. cit.) (figura 02.22), a relativa homo- mentos terras-raras e, ao mesmo tempo, enriquecer os geneidade composidonal dessas rochas, em elementos ter- ETRL em relação aos ETRP. Se as condições de alteração ras-raras, fica bem estabelecida. Apenas a amostra FR- nf t sio itttKl*"t * l os perfis normalizados d at nirmiat ro- 215K apresenta uma acentuada anomalia negativa de Ce, chas podem apresentar formas similares apenas divergindo além do enriquecimento em ETRL já referido. Essas per- na maior ou menor concentração de ETR. turbações do perfil podem estar relacionadas à alteração A amwnaMt de Ce observada ao perfil da amostra FR- submarina (espilítízaçáo) e à prolongada interação com a 050L tanto pode ser devida à interação da rocha com água água do mar. As demais amostras se confinam todas ao SR2UC-MV

tnleÊnt de g MMlo-se at amottias FR-215K c FR-6G, ao envelope dos toktos tipo 1 (TH1X segando Cdadk, 19^ C» QwKe, 1981). Segwdo ek, os toleftos de 55 a 80% das punas vulcânicas das q tipn riatiriiT itr -trrhiT —'tt rV oatro kdo, a ausência de aaomaba de Ce, na maior pane pode ser mtcrpretada coso a aâo- IOOO

taáo-eipostasà ação daquelas águas. Ganchâ-se, portanto, que os dados a partir dos ekmea- tos fcnat-nras das rochas básicas, ao amtrárío daqueles

, permitem coofir 100 obtidas a partir dos ftridos maiores eekmentos-traço. Ou seja, parte desse compleao pode wa interpretada como ? ama pilha vulcânica arqueana do tipo cmturão de rochas ^ verdes, pQha esta cortada por diques básicos eukrabásicos i certas distorções observadas em várias interpretações IO sugerem a posstbffidade de que ahjuas desses corpos ukra- básicos e básicos tenham sido colocados em eventos pos- teriores. Das três amostras de gnaisses relacionados ao com- pkso, apenas duas foram analisadas para elementos tetras- 1- nras. Considerando o caráter %aeo dessas amostras, es- tabekcido na tabela U2JS e no diagrama da figura U2.lt, além da acidez relativamente acentuada dada pelo teor de LO Ct Pr N« P* S» E> H Tt D) Ho E' T» Tt L« SiOa, esses gnaisses podem ser tratados com< o granitófdcs »P^i««^ifif^;|^ Entretanto, rf>ffMtfTafHk' classi- ficações estabelecidas, em parte através de teores de ele- Rgun 1^23 - RMIIS nonnal mentos terras-raras (Zhonjaang, 1982; Chaoqun, 1985), •agumto Cwwawi (1878), essas rochas apresentam algumas distorções que serio aqui dMonatasaadoe dwmtidas Os somatórios de terras-raras normalizados pelos padrões condríticos de Evensen (1978) são bastante elevados (1069,203 e 874,254), bem como as razões LaN/YbN (10,148 e 10,765) e LaN/LuN (11,621 e 13312 - tabela U22). Os somatórios de ETR em valores absolutos 2JJ & Idade e comteçó» »io304^20e255r300ppmeas razões Eu^u',0,7l5e0,623. Seguindo as proposições de Zhonggang (1982), esses Dados geocronológicos i idos por Teiieira (1982) e granitóides dassificar-se-iam como do primeiro tipo, com Teixeira et ai. (1985) mostram dois importantes eventos de razoes Eu/Eu* maiores que 0,7 (dEu > 0,7) e do segundo homogeneização Rb/Sr ocorridos no Arqueano em rochas tapo, oom razões Eu/Eu* entre 0,7 e 03. A forma dos perfis granitóides no âmbito do cráton do São Francisco ou lin™>fi"iHV» para condrito, segundo Evensen (opxít) provmáa geotectónka São Francisco. O primeiro teria (figura U2J23)9 aproxima-se daquela dos granitóides do ocorrido hi cerca de 3000iiLa. co segundo, há 2750uLa. segundo tipo considerando que a anomalia negativa de Eu Dados mais recentes (Machado et aL, 1989) obtidos em está bem-evídendada. Entretanto, em termos de classi- ntócipos do grupo Nova Lona c complexos Caefe, Bacio e ficação petrográficae quanto aos teores de Sr eRb, essas Moeda vêm, em parte, confirmar e precisar os resultados amostras se enquadram melhor no primeiro tipo, que ad- obtidos por esses autores. mite os tonafitos, granodráritos e granítos a biotita relacio- Nas imediações de Caeté (nordeste do Quadrilátero nados a movimentos de placas e os granitóides sádicos Ferrffero) foi obtida uma idade U/Pb, em zireão, de 2776 arquemos. Provavelmente, as anomalias de Eu, neste caso, +23/-10nLa-, em uma rocha vulcânica fékica do grupo reladoaar-se-iam a eventuais transformações netassomá- Nova lima, e 2776 +7/-6nxa. em rocha phitônica do com- ticas envolvendo os feldspatos. plexo Caeté. Essas duas idades vêm demonstrar a A "'ftff^atlA de Chaoqun (1985) também oferece existência de eventos vulcânicos e plutõnicos Geológicos Báskos do Brasil

no "wflf tft de rochas verdes Rio das na- escala 1:1.0004)00, os grupos Nova Lima e Maquine. Velhas. No complexo Moeda (oeste do Quadrilátero FvMiatsma faria cita separada do Quadrilátero, na região Ferrfcro), fiai obtida aasa idade U/Pb de 2730 ±10**. mpltios, geiados em dois eventos ar- Na área > série defasadosde anwwimflMnrntr 40m.a.. não cons- detalhas parte do embasamento da seqüência vnleanos- seqüências que compõem esta faixa. Além disso, do Rio das Velhas. A existência deste ea- dobrameatos com rompedara dos fiascos, através de fica sogerida por idades U/Pb de 2883 ±6nva. a 3029 £6aLa» de /irrites herdados cm rochas1 dificaltam, sobremaaeira, a compreeasão do pnõrionamento estratigráfico dessas titologias. No gerai Osgnatsses do complexo Santo Antônio do Pirapetinga, pode-se supor um empilhameato original das rochas pela soa Intima relação com as rochas máficas e etanknfaásicas às rochas dástíco-qoartzosas. No < uhramáficas, podem estar relacionados ao evento de podem ser vistas tanto 2776nLa^ smdo as rochas "»*fi«*y e »»itT«ii. por se OlVISâO Ca^l *^CS lOUQmVOCSk OQmV UBBft OOQ& SOmtt amtOAOmQmmS tratar {fp CTTntO "*^** myraiitf OWf SlKTttcil WO ÕfV> JfQWtf tipicamente diferenciadas, Futuramente, em trabalhos de na região. r detalhe, essas seqüências poderão ser melhor carac- terizadas estratígraficameote e definidas como grupos e formações, atendendo melhor ás designações do Código -Kn Brasileiro de Nomenclatura Fttratigráfica (Petri et aL, 1986). Neste trabamo, elas estão sendo correlacionadas, com reservas, ao supergrupo Rio das Velhas. Melhores 122Â conclusões poderão ser alcançadas com o término da car- tografia da folha Mariana, imediatamente ao norte. O supergrapo Rio das Velhas foi definido ínírialmrnte por Dorr et aL (1957) como série Rio das Velhas, após CTmw rT

•3»O0" —I zo'ao'

GUARACIABA .

iPORTO FIRME •CATAS ALTAS DA NORUEGA

•CALAMBAU SENHORA DE • LAMIM OLIVEIRA

•RIO ESPERA • BRAS PIRES

• CIPOTANEA .SENADOR FIRMINO

2i°00" 2i°oo' 43°3O' 43*00'

Rgura 2.2.24 - Distribuição das rochas do supergrupo Ko das Valhas, rw folha Rio Espera.

2223 Relações de cootato dessas interfádes, observam-se caulim, moscovita, granada e, às vezes, estaurolita e danita. Esta, localmente, aparece Os contatos das unidades desse supergrupo com as em grandes cristais bem-desenvolvidos, sugerindo inter- seqüências do complexo Santo Antônio do Pirapetínga são, ferências de processos metassomáticos relacionados á em geral, todos de caráter tectõnico, como referido ante- colocação de rochas graníticás. riormente. Descontinuidades tectônicas colocam indiscri- Entre as unidades inferior e média desse supergrupo minadamente as wiiMJiyff' inferior, nrfdia e superior em observa-se, na estrada que liga Piranga a Calambau, um contato com as rochas do complexo. Do mesmo tipo são os contato normal entre o epídoto-anfiboloxisto, caracteri- contatos com o complexo Ressaquinha. Já os contatos com zado como toleíto de fundo oceânico, e os xistos que variam o moscovíta-granito Brás Pires são, muitas vezes, de difícil de graiíada-anfiboloJDsto a mícaxisto com estaurolita e gra- identificação no campo. Em geral, ocorrem pegmatitos nas nada, sem anfibolio, mostrando um enriquecimento gra- interfádes entre as rochas graníticás (a duas micas) e os dativo em argilas sobre os toleítte. Em outros locais, nota- xistos que as sobrepõem topograficamente. No saprólito se um enriquecimento anormal de epfdoto e carbonato 48 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

junte a esses metatokftos, sugerindo a presença de me- 2^23 Unidade (Araa) tatufos oo metassedimemos químicos no contato dos toleftos primitivos com os "K^ass^uroytos da unidade Lkologjcameate, essa unidade se caracteriza por três média. conjuntos que guardam, entre si, um certo poskionanicato O contato entre essa unidade e a unidade superior estratigráfico. Inicia-se por uma seqüência de xistos: quart- aparece, atualmente, deslocado por falha. Entretanto, da- zobiotita-moscovita-xisto com granada, estauroata e < do o caráter divergente entre as litologias que compõem ta, quartzogranada-biotka-Dlagnciásio-xisto i tab unidades, não se pode definir se se trata de um simples dásio dominante alcançando até 45% da rocha, passando, deslocamento por dobramento tipo flexural ou de uma portanto, a um gnaisse xistoso e quartzo-plagiodásio-gra- verdadeira não-coofonnidade. aada-biotita-moscovita-xistocom estauroütae mkrochnio, com o plagioclásio entrando ythn"r"™Amn~~t*' na sua 122A Unidade inferior (Arrf) fnmpfKi^ân Fct^ apr»wta-cg m rritfain alnttgmAnt paf«- lelos à foüação da rocha e de cor adnzentada, devido a Os litótipos dessa unidade caracterizam-se pelo aspecto abundantes ir xistoso, cor negra a ànza-esverdeada e granulação média •m pnr uww »[>wli hnrtia» nrtiihMt pnlymiwjl^f » a fina. Localmente, aparecem intensamente dobrados, co- com junções tríplices. A granada ocorre tanto com carac- mo no entrocamento da estrada Piranga-Calambau com a terísticas sintectõnicas como pós-tectônicas. Neste caso, estrada para Porto Firme e no afloramento, já referido, da distribui-se segundo uma nova orientaçio diferente da estreita garganta do rioPirang a sob uma pequena ponte de foliação principal da rocha. No caso anterior, constitui ferro, próximo à estrada Piranga-Catas Altas da Noruega. porfiroblastos idioblásticos zonados devido à distribuição Nesse local, observam-se leitos mais escuros dobrados e heterogênea de finas inclusões de opacos, cuja concen- com intercalações esbranquiçadas que sugerem níveis mais tração é quase nula no centro dos cristais. Tais inclusões de gnaissificados. Entretanto, ao microscópio, tais interca- opacos e também de quartzo apresentam uma ligeira forma lações mostram-se como formas alongadas de rochas cal- sigmoidal indicando uma pequena rotação durante seu çj^tiu^tu-M associadas aos anfibolitos. Sua composição crescimento sintectõníco. O centro límpido, quase isento mineralogíca apresenta 40% de quartzo, 30% de actinolita, de inclusões, deve ter-se formado em condições de T e P 20% de zoisita e 10% de calota, além de opacos. Obser- diferentes. Alguns cristais, além das características des- vadas em um plano perpendicular ao eixox do cisalhamen- critas, apresentam, ainda, uma delgada auréola externa, to, as intercalações exibem formas elipsoidais que sugerem também isenta de inclusões, o que parece caracterizar um qlaf deformadas. g crescimento pós-tectônico (fotos 9, 10 e 11). A biotita As rochas mais escuras caracterizam-se como epídoto- apresenta pkocroümo bege a marrom, o seu tamanho 6 quartzoaufiboloxisto. O epídoto, em geral, é a zoisita e o variável e os porfiroblastos são provavelmente pós-tec- anfibólio a actinolita ou tremolita em proporções que va- tônicos, pois não têm orientação preferencial. Além desses riam de 40 a 60%. O quartzo ocorre em proporções varia- minerais, pode apresentar zircáo, clorita, alanita, apatita, das. Em alguns pontos, observa-se a presença de talco c turmalina, estaurolita e cianita. Esta, localmente em gran- clorita. Na estrada já referida, Piranga-Calambau, no bor- des cristais centimétricos devido à interferência de proces- do oriental dessa faixa, ocorre uma rocha verde-clara, ma- sos hidrotermais ou metassomáticos. ciça, granulação média, constituída essencialmente de O segundo conjunto litológico dessa unidade, carac- antofilita, talco, clorita e opacos em proporções teriza-se por uma associação de granada-actinolita-quart- aproximadas de 45,20,25,7 e 3%, respectivamente. zoxisto, quartzo-actinolita-xisto, quartzo-anfíbolito, bema- A associação mineralogíca epídoto + clorita + actinolita tita-moscovita-quartzoxisto e formação ferrífera. Esta mostra que essas rochas encontram-se na fácies xisto-verde. constitui-se de hematita, magnetita e quartzo separados em Porém, a presença de antofilita e magnesita, no ultimo litótipo delgados níveis claros e escuros e pode apresentar grune* descrito, permite supor que aquela rocha esteve submetida a rita como o anfibólio característico de sua composição pressões de CO2 médias a elevadas e temperaturas, no míni- (foto 12). No granada-actinolita-quartzoxisto, observam-se mo, em torno de 50*C. Assim, a seqüência deve ter alcançado micTodobras com os prismas de anfibólio orientados se- a fàcíes anfibolito e sido retrometamorfizada à fácies xisto- gundo seus contornos e granadas idioblásticas, peáloblás- verde em evento posterior. tícas e sintectõnicas tendendo a se posicionarem no fe- Observa-se, em vários afloramentos, que essas rochas chamento daquelas (foto 13). Associados aos xistos e i formação ferrífera ocorrem níveis de anfibolito que podem foram afetada* por um râaihanutun de baixo ângulg o com alcançar vários metros de espessura. Tal anfibouto apre- lineaçóes minerais no sentido E-W ou WNW. Notam-se senta cor negra (ocre, quando alterado), textura grano- bcudins de fotiação associados a rampas laterais onde ocor- nematoblástica e o anfibólio alcança proporções acima de rem dobras com eixo de mergulho forte (70*E) indicando um 80%. Trata-se de uma actinolita pobre cm ferro, aparecen- transporte de leste para oeste (fotos 7 e 8). A direção geral da do o quartzo subordínadamente como vênulas entre os foKaçáo, nestas rampas, apesar dos dobramentos, tende a níveis de anfibóiio. Apresenta, ainda, opacos e titanha em formar ângulos agudos com a direção do transporte tectônko. SF.23OC-B-1V (Rio Espera) 49

proporções menores. loaías drvta unidade, quase sempre iaAenaperizadas, a O terceiro lkótipoó^esse conjunto é um quartzkosaca- amostragem btogeoouÉnica nela efetuada te restriamu) a róide de graanJação grossa a média, sem estruturas pri- oito exemplares. Quatro amostras são de rochas básicas e mym preservadas e con drigados filmes de moscovita uhrabásicas da unidade inferior e as outras, de xistos da twuitarta entre os ateis de quartzo recrístalizado com unidade media. Da unidade superior não foram obtidas coatatos retos ejuações tríplices. amostras frescas. As evidencias da fáoes anfibobto são mais fortes nesse As amostras da unidade inferior e duas da unidade conjunto, onde a paragênese estaurobu + granada + media (FR 194 c FR-198) foram todas analisadas no labo- biotita + cianita pode ser identificada até a vista desar- ratório da leologu e Sondagem Ltda - GeosoL em Belo —da. O Cfescimento sJBtcrtômco das granadas e o dobra- Horizonte, sendo que as amostras FR-3S2 e FR-347A tive- mento ou orientação dos prismas de anfibono segundo as ram w»n»KcaAiK os teores de HjO+, CO2 c de perda ao dobras permite admitir uma superposição de eventos fogo. As outras duas, FR-123e FR-125K, foram »—****** .A doritização dos anfibóbos cvidenái na DrVLAB da Superintendência Reginna] de Belo Hori- retrometamorfismo posterior. zonte - SUREG-BH da CPRM. Os óxidos e dementos- traço foram os mesmos ji referidos quando das conside- rações petrogenéticas sobre o complexo Santo Antônio do 222* Unidade superior (Arvs) Pirapetinga. Não foram analisados os elementos terras- raras nas amostras preparadas no laboratório da CPRM- na1íl Essa unidade caracteriza-se por ütótipos t nfe SUREG/BH, e os resultados * 'K'm estão registrados Foram •wf*<^fi'an7a

Itbela II.2.6 - Valore? U funcâo discriiinante de Sha« (1972) OF Ml,44 - 1,215.02 - l,32Fet - t.98N|0 • t.SCaO • 1.4é*a20 > 4,54*20, porcentagens ..orntivas de coríndon e anortita e valores do índice de peraluiinosidade PAt^ol(A1203/Na20+K20+CjQ> para atostras da unidade inferior do iwtryipo rio das Velha»

OROEHI AMOSTRA f CMtfTER fETROG*<(FICO I Of I C I di I ol I h* I 0 I or I ab I an I PM.

I 1 1 1 FI-3S2 INetaultrabisica d n«nesital-32,41-32,444 I 1,41,47 I - I 48,55 I 41,499 f --• I1 1,21 I t,5« 1 11,7,71 1I 2,47

I 1| FR-347A fClorita-«artzotrrMiita- 1-19,48 I - I 21,133 I 16.416,499 I 38,83 1I --• I1 «.1?.Í88 I i1,2, 24 I 1616,9.966 ff Mi I xisto I • I 1 FR-349 ffluartrotreto!ita-xisto l-2#,34 ! li 19 1 19,17 43,11 1 •• 1 «,24 4,82 17.47 1 1 I F«-«o8 ItPidota-infiboIoxiito f -4,51 I - f 13,47 I - I 25,31 I 12,5* 1 1,31 I 11.93 I 29,54 I 9,48

zadas para os teores condríticos, segundo Evensen (1978) (La/Sm)N, (Yb/Gd)N e nas inr"italiaíí quantificadas de Eu (Eu/Eu*). Essas distorções podem ser explicadas pelas transformações metamórficas e inetassomáticas sofridas posteriormente pelos primitivos vulcanitos dos quais se originaram essas rochas. Entretanto, não se deve desprezar o fato de que perfis de TR normalizados para condritos, em folbelhos pós-arqueanos, mostram acentuadas ano- malias negativas de Eu (Taylor & Mclennan, 1983). Ainda dentro da mesma linha de comparações, obser- f 10 va-se, nos dendrogramas das figuras 0.23, II.Z4 c II25, que a amostra FR-352 (RVTNFUL) se agrupa aproximada- mente junto aos ofiolítos fanerozóicos, enquanto a média das amostras FR-347A e FR-349 se agrupa junto aos ultra- mafitos arqueanos {greenstone belts). Já nos dendrogramas das figuras IL2.9, DJ.10, IIJ.11 e 112.12, que procuram comparar as rochas básicas e metabásicas, a mesma média das duas amostras citadas se agrupa melhor com basaltos komatiíticos tipo 3 (BK3), tipos 2 e 3 (BK2 e BK3) e tipos 1, 2 e 3 (BK1, BK2 e BK3), segundo conceituações de Condie (1981). O diagrama ternário baseado em Viljoen & Viljoen 1969b, e Jensen, 1976, (in: Arndt & Nisbet, 1982), na figura II.Z25, classifica a amostra FR-068 como toleito normal, as amostras FR-347A c FR-349 como basaltos komaüfticot e a amostra FR-352 como peridotito koma- tiítico. No caso desta, observa-se uma discordância com M«O relação as observações efetuadas nos dendrogramas das Campo* dttimdo* no (Jioqroma ongmoi (Jtnitn) Campo* rtviíodo» ptiot dadoi df Boroirton figuras U.2.3, D.2.4 e Ü.23. Genericamente, com base nes- sas observações, pode-se concluir que a unidade inferior do supergrupo Rio das Velhas é caracterizada por vul- Bgura 11.2.25 - Diagrama ttrnárlo MtOtfOt-MQO cem o* canitos de caráter komatiítico e toleftico tipo 1, cortados, campo» d« daMiffeaçlo 6» rochas básiCM • ultrabátlCM eventualmente, por corpos ultramáficos e máficos de ge- Mgunde Vtyotn A Vlljòan, 19600 (in: Amdt & Ntbrt, 1982), ração posterior. aplieade àt roenat da unldad* Inftrior de aupworupe Ho da* VWhM. SF23-X-B-IV (Rio Espera) 51

T*tl« II.2-7 - Itftli «i Cm**» * Tttrn tu'iw *• hcta Uticn t lltrikn.tH ft feiftft I*t«ri«r ft twtr«r*« It» (M «riUt c» Ttwn fciitui «t hcUt IHICH *i littritara (nléiica

1 1 1 3 4 * 1 t 1 E F 1 II I J I L H 1

1 fl-352 FI-M7* FI-349 Ft-Mt NMH •V.PO turn IJt. HI K2 «3 TH1 TH2 ton «MD C.«LC I.CWT.

SiO 1 3B.3» 45.7» 44.M 54.M 44.23 41,41 53.17 «9.41 St.S» •.N «7.M M.M •9.5» 31.1* St.M 5».M TiK 1 »,I4 I,M 1.2» 1,1« 1,1» 1,47 »,44 2.11 (.4* (.73 t.n «,94 l.«9 1,S* ••(3 l.M 2.M «1203 1 l.M 4.M 7.2» 13.M 4.7* 14.K 13,19 15,53 ll.M 13.M 9,81 IS.» 15.M I4.M M.M 17,7» I4.M 1 l.M 2,9» 1.2» 2.1» 2,*5 7,41 l.lt M.9I 1.53 1.94 2,9» 1.43 2,N 2,M 3.M 3,9* 3.5» 'id 1 • .« 9.35 11,«5 1*35 1*,*2 4,71 - . 9.23 t.M 7.N 9.24 9.17 7,5» 7.3* 4,3» 9,3» 1 33.4» 21.M 21.M 4,4» 2175 7,72 S.81 4.79 U.M ll.N 21,M 7,53 4.(2 7,5» 5.1* S.M 5.M CaO 1 t.34 t.M 4.M 9.M 7.1» 9.24 3.12 8.47 11.N (.24 7,81 11,4* (.79 11.» I(,M 9,M 9,7» 1 • K «.14 • 55 1,44 »,34 1,97 3,55 4.19 1.87 1.48 (.87 2,15 37» 2.N 2,** 27( 2.51 1 t.(3 t,*3 »,*4 «.22 ».*3 *,I7 1,17 (.39 «.17 (.15 (.14 (.22 ».4f «.14 *.M *.9» t.M , 4 |i • »•. ».*4 «.«9 *.»5 • ».M «.35 1,44 «.W «.«9 • It J.17 *,M », 15 *,M (,14

*•: 1 »M * 24 »,?' «.24 »,24 «.23 t.ie «.IS »,M «.21 (.19 122 • 18 ».I7 •,17 *.M ».M 1 ; •? ».*9 2.48 «36 3.(2 1.29 9,«2 1.45 2.M 3.M 2.5» 1,42 2.M t.M • 5» •7» ».45 • 4? M2D- ' »,.« 5,*' • ar "'* 9,U I 1* 5» «. 1« it V,4j co'£•'*r . 1 •6.Í1 IM.47 99.3 99.77 99.9K 99.H 91,ti 19.24 99.54 99.12 IM.73 1N.97 99,55 IN. 11 97,35 99,M 99.51 , »..« 1.32 • Í3 •7« l.M »,M t,2t t.M 1.1» t.43 «.(4 t.73 • M «7» »,47 •.55 *.4i ^rO/^c?03 1 378 3.22 9.21 «,93 «.19 *,91 4.N S.M 2.4» 57» 3.M 3.N 2.4» l.M 27» •xj/'K i i 1? 2.31 1.98 «42 M.41 r.M - - 1,1* l.M 27* ».M •74 l.M •7» t.84 t.43 1 I*MM 154»,M 15l(,M 34TM I525N It.M 3M,M 226,M 92».N 9M.M 17S4.M 4M.M Z»M 3M.M 5»M S*,M IM.M ii' ( 1BMM 9M.M 14MM IN.M H4»,M I«!M 1M.N 78.N 34»,M 3M.N 4M.N IM.M 125.N IMM 25.M S«,M 1M.M V IK.M 2MM 2MM 2M.M 27t,M 35» M 134.M 244 23t.M 27».M 2X.N 2M.M 345, M 3MM 27* M !5*M 3MM MM 88M 74.M 44.M CM 7.M M.M 35.N St.M U.M N.M 52,M S5.M 32 M MM MM MM 1 14»» 58 M 74. M 19. N 47.M 47,M 51, M M.N 33.M r.M M.M 1M.M 1M.M » M rn.tt MM 9» N 14 M 42.M 23.M ii.M 32.M 12,M lff,M N.M 1M.N l'..M N.M MM 9« M :- (2».M 44 M 43 M 7i,M 54 M Z.M tt.M 141,M 33.M 37.M M.M 53.M 135 M 1M.M M.M 1M«* X* M i: i MM 33,M 27,M 45 M MM 5*,M 174.M 4t M.M N.N MM ll.M »*M !M M 7,M MM H • •/Cc ! 22.X 1» 4t i6,<: 3.91 14,1» 2.M 4,78 2.23 7.M 57» 8,M 27* 2.M 3.M l.K 1.3» 1 ?» 1/2' 95,M 199,47 92.N 122.M 352M 43 M 75.M IWM III.M IMM 1M.M M.M MM (3M MM M M , . »,>: 2 43 2,54 »,75 *,41 4,M 4,9» 1,9» 17» t,9» 27» «,5» 3.3» 3.M 4M 4 '# T, /y 9.M 21,39 27,45 27.4Í 24 M 25.N 29.N 49,N 14,M 14,M 13.M 22.M 24.M M.N II M MM 44.M fLa/Stl* 1 2,38 2.31 1.44 l.M 2,13 - - l.ti I,M *7* «,47 «,99 I.N t.49 »,97 l.M :.» 1 t.2l »,25 t,23 (,35 »77 - - - »,95 »,97 l.M t.94 I.N •.92 1.2» l.M ».« (Tb/um 1 t,st »7l »,3» (82 »,45 - - - »,93 I.M ».9f »,9I •.73 • 4» I.N «49 1 46

I. 2. 3. 4) !«!>« knidi I altrititicw Io viitttt inffiar it vutrfmo rio íit Vfltat M Wki lio Ewm, #t TI n coUritc M**to £*nt«i (1971). (I) »W'i tu í«it uttUu, FI-347* » f»-34», (C> *Mn íf <»« HMtrtt •> mlitílt-iitto <• mitit wiiu tt tmtfirm rie in *1IIM it ftlki lie fw«ri ntttt •rijct*. (0) M'i *c cinco nntrM «t rKhM MttvitlcipicM «M cmftitvn i CIM ( IIM «4 forwle Iwi 8«a t «t corm •incraliiitM it (IH **r* VtlKo (Latfrri, lfNi. ({) HMia )MIH H tawllH ••wtii'litff trpff 1, 2 r 3 rnmirmir»\i (CtMii, 19(1). (I f J) «HIM *> leliitn tim 1 » 2 rtvttl iwli (Cariif, 19(11. (I, l.lfll «Niai *t kmltM * caOitt •MCthlCH (KM), «t rcf wlcbicf MMI), uUiilciliNf ICMXI * M cifl ct*tiwiti1 (lOT), rnpttt ivtJMlt mi). 52 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

222.73 Particularidades litogeoquímicas da unidade ti» de cadeias mesoceânicas modernas (BCMO), aos toteí- média tos tipo 2 (TH2), aos basaltos de rifl continental (RCONT). e aos basaltos calaalcalinos (CALC). Esse agrupamento As quatro amostras relativas à unidade média do mostra uma certa concordância com as observações efe- mesmo supergrupo podem ser divididas em dois pares, tuadas na tabela II.2.7.0 fato de se agruparem ambientes conforme a tabela 11.28. As duas primeiras, FR-125K e tão divergentes como cadeia mesoceânica com arco vul- FR-123, apesar dos valores negativos de DF, apresentam cânico e mesmo rift continental sugere um ambiente misto índices de peraluminosidade menores que a unidade e na geração dessas rochas com um maior predomínio do

Tabeii II.2.8 - Valores da funtâo discntmante de 5ha« Íl9?2) DF =ll,44-«,2lS.02-#.32Fet-*,96m0+»,55C»0+i,«4Na2O+».5«2O. porcentagens norntivas de cori'ndon (C), diopsídio (di), olivim (oi), hiperstênio (hj), mvtzo (0), or^xlásio (or), aibita " e anortita 'an), e valores do índice de oer»l>jiinosida

OíiEfii MISTM KM&K» 3£TRMRíFrCÜ I DF f £ ! di o! I hs ! Q I or : ab i in .'PAI

li I I • • I •: I I I : í ' FP-í25i( iGwtio-actinoüta-xisto I -2.79 i - i 13.*2 I íi,W . i<.i? i - i l,« • 18,95 I ;^.66 I Í.78 ; ; ! ! I > ! i í I i : i I ! I I ; ; ! I I •• ! 2 i FH-123 ISrinMa-aci»nolita-«Hrt:o-i -4,27 I - ! 1*9 i I jf,?< I i.íl >. t,«l I 14,75 I J3.AÕ I í.áé í yisto i I i j i : í i J ' : ! I • ! : ! í ! i í • 3 I íR-198 Quartrobiotita-toscovrta I e,«4 I 1.5Í l - i - i i»,4? I 26,»7 ! 14,92 I 26,i» i !i.«9 I !.!« I i-sto I I ! > i : I í i I li i ! i : • ' I '• > I 4 I Ffl-194 I4

teores nulos de coríndon normativo. Considerando que os 0,41 teores de MgO são superiores a 6% c as paragéneses minerais não são acentuadamente aJuminosas, pode-se considerar essas amostras como de origem ígnea ou tufácia. As duas últimas, FR-198 e FR-194, já apre xniam coríndon 0,3- oormativo, índices de peraluminosidade superiores à uni- dade e teores de MgO inferiores a 6% e, portanto, podem ser consideradas de caráter metassedímentar. Contudo, deve-se observar que no diagrama binário de Garreis & •-"' I Mackenzie (1971), utilizado para discriminar as rochas de origem ígnea das de origem sedimentar com base aos teores de AI2O3, Na2O e K2O (figura II.2.26), a amostra FR-198 identifica-se como de origem ígnea. Essa distorção pode ser interpretada como devida a transformações de 0,1- caráter metassomático na composição original da rocha. A ambiência das amostras de provável origem vulcânica fica sugerida por observações na tabela II.2.7 e nos den- 0,0 drograms das figuras fl.2.9, II.2.10, II 2.11 e (1.2.12. Na 0,0 0,1 0,2 0,3 0.4 tabela, observam-se maiores semelhanças com os teores médios dos toleítos tipo 2 (TH2) e com os basaltos de Kj0/4,20s cadeias mesoceânicas modernas coletados (Condie, 1981). Através dos dendrogeamas, observa-se uma certa tendên- Figura 11.2.26 - Diagrama binário d* Garreis & Macktnzi* (1971), cia da média de as amostras de xistos básicos da unidade utilizado para discriminar rochu d« orlgtm lgn«a tí* roehaa d» média (FR-125K c FR-123) agruparem-se junto aos basal* erigem Mdímonttr, aplicado às amostrat da unidad* média do •upargrupo Rio dai Velha». SF-23-X-B-FV (Rio Espera) S3

ambiente oceânico (BCMO). Essas características são (Frey, 1964). Porem o enriquecimento relativo dos ETR compatíveis com aquelas sugeridas para os toleítos tipo 2 leves pode ser interpretado, tanto por alterações intem- de Condie (1961). Por outro lado, vem de encontro à péricas como pela serpentinizaçio da rocha original. Bjp6tese de uma ambiência mista o fato de se associarem a essas rochas formações ferrífcras geradas tipicamente em ambiente marinho nerftico. As amostras FR-198 e FR-194, caracterizadas como metassedimentos, sugerem metafolhelnos ou metagrauvacas pelo elevado teor em 1000-» feldspatos normativos, particularmente albita e anortita.

122.1 A Lttogeoquímka dos elementos tems-raras

Os resultados das análises dos elementos terras-raras de Í00- quatro amostras da unidade inferior e de duas amostras da unidade média estão listados na tabela 112.2. Os teores desses elementos, de uma certa forma, permitem indivi- dualizar três classes de Iitõtipos na pequena população de amostras da unidade inferior. A amostra FR-352, carac- terizada como rocha ultrabásica taláficada, distingue-se 10- pelos seus baixos teores. As amostras FR-347A e FR-349, que pelos teores de áridos maiores e elcmentos-traçp, caracterizam-se como basaltos komatiíücos, aparecem bem distintas entre si em termos de elementos terras-raras. A maior semelhança, contrariando as observações petro- gráficas e aquelas tiradas dos oxidos maiores e outros elementos-traço, pode ser observada entre as amostras FR-068 e FR-349. As duas únicas diferenças são uma pe- 10 C« Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb D, Mo Ef Tm Tb Lu quena anomalia negativa de Eu e um teor mais baixo de Yb na amostra FR-349. Na FR-347A, observa-se um enri- Rgura H2J7 - Parfis normalizados pato* padroa» da oondraHo quecimento generalizado em todos os elementos terras- Maundo Evanatn (1976), da* amostra* analisada* par* raras, com exceção do Ce. Essas diferenças tornam-se mais •tomamos tarras-raras da unidade interior do tuptrgrupo Hto da* evidentes nos perfis normalizados pelos valores-padrão de condritos segundo Evensen (1978), na figura II.2.27. Des- taca-se, nessa figura, forte anomalia negativa de Ce, que pode ser interpretada como uma interação prolongada As duas amostras da unidade média, yi«iic«Hf« entre a rocha e a água do mar. O enriquecimento gene- ETR, FR-194 e FR-198, foram interpretadas, através dos ralizado de ETR tanto pode dever-se ao intemperismo áridos maiores e outros elementos-traço, como metas- como à serpentinização e talcificação da rocha original. sedimento e metassedimento graoitízado. Fusas caracte- Com base no teor desses elementos, a rocha original da rísticas se destacam também nos padrões de ETR. Os amostra FR-347A pode ser interpretada como um basalto somatórios de ETR, tanto absolutos como normalizados komatíítico alterado ou como um tufo vulcânico subma- pelos padrões condríticos segundo Evensen (1978), sio rino, uma vez que os teores elevados de Cr e Ni não aproximadamente similares aos dos foihelhos arqueanos permitem uma interpretação sedimentar. Segundo a forma segundo Taylor & McLennan (1983), ressalvando-se uma do perfil normalizado, a amostra FR-349 pode ser inter- maior depleção em ETR pesados na amostra FR-198 (figu- pretada como basalto komatíítico tipo 1(BK1). Entretanto, ra BUS). O perfil normalizado por uma média de foihe- segundo os teores de MgO, Cr e Ni, a interpretação mais lhos norte-americanos (NASC - segundo Haskin et ai., segura é a de um basalto komatiítico tipo 3 (BK3) segundo 1968) da amostra FR-194, apresenta uma certa simila- Coadie (1981). A ausência de depleção em TRL, carac- ridade com um perfil da média de grauvacas de Wyoming, terística desse tipo de basalto, pode ser devida à alteração segundo Wildeman & Condie (1973), na figura 0.229.0 da rocha. A amostra FR-068, pela forma do perfil, pelos perfil da amostra FR-198, nesta figura, ressalta a mesma teores em ETR e outros oxidos e elementos, como AI2O3, declrvidade nos ETR pesados já observada no perfil nor- MgO, Cr e Ni, é mais compatível com os basaltos toleíticos malizado por condrito. Por outro lado, a ausência de ano- tipo 1 (TH1), do mesmo autor. Finalmente, a amostra malia negativa de Eu induz à interpretação dessas rochas FR-352, caracterizada como ultrabásica taldfícada, pelos como originadas a partir de sedimentos arqueanos (Wil- teores normalizados de ETR pesados, se aproxima dos deman & Haskin, 1973; Wildeman & Condie, 1973; e peridotitos tipo alpino ou peridotitos de fundo oceânico Taylor & McLennan, 1983). L 54 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

lõgicas do supergnipo Rio das Velhas. Especificamente sobre as rochas ulUabásicas, c* dados são precário» e as interpretações dúbias, mesmo considerando as diversas IOOOT s utilizadas. Entretanto» as rochas básicas. * menos alteradas que as ultrabásicas, já permitem melhores deduções. Diante de tais «KK^IM^IÍTT. tentou-se aqui um modelo teórico interpretative que pretende ser apenas um ponto de partida para futuros pesquisadores. 100 Tendo em vista essas restrições, a unidade inferior pode ser interpretada como uma pilha de rochas vulcânicas bási- cas e ultrabásicas deformadas e alteradas por processes tectônicos, metamõrficos e intempencos. As rochas ultra- básicas, devido a mudanças de caráter composkknaJ, são de difícil identificação, podendo tratar-se de peridoútos 10 tipo alpino, de fundo oceânico ou komatifticos. As rochas básicas podem constituir basalt os komatifticos tipo 3 (BK3) segundo Condie (1981) e basaltos tokíticos tipo 1 (TH1) também segundo esse autor. A unidade média 6 constituída, em parte, por metas- -I 1 I I 1 1 1 1 1 1 1 1 ' 1 I Lo C« Pr Ht Pm Sm Eu Gd Tb Oy Ha Er Tm YB LU sedimentos parcialmente gnaissificados, caracterizados através dos ETR como folhelhos ou grauvacas arqueanas semelhantes às de Wyoming, segundo Wildcman A. Condie (op. cit.). Além desses metassedimentos, podem ser iden- Rgura 11.2.28 - Partia normalizados paios padrfias d* condreito tificados quartzitos, formações ferriferas e níveis delgados r t> sagundo Brsnsan (1978). das amostras analisadas para de rochas básicas xistosas, precariamente ' lr t*^rinifn atomantoa tarras-raras doa matassadimantos da lunidada média como basaltos toleíticos tipo 2 (TH2), segundo Condie (op. do supargrupo Ho das Velhas. cit.), com base em teores de óxidos maiores e alguns elementos-uaço.

112A Idade e correlações

A cronologia dos eventos que afetaram as rochas do Quadrilátero Ferrffero, e entre elas as das seqüências do supergnipo Rio das Velhas, tem sido um dos problemas 1.0 clássicos da Geologia do Brasil. Segundo Teixeira (1985), 0,8" o período mais importante de formação crustal, nessa re- 0,6 gião, ocorreu entre 3000 e 2600m.a., seguindo, em impor- 0,4 tância, ao evento Transamazônico entre 2400 e 2100m.a. o o Dados mais recentes (Machado et ai., 1989) vieram 2 contribuir definitivamente para uma maior precisão crono- I 0,2 lógica desses eventos. Em zireões de rochas vulcânicas féUicas do grupo Nova Lima, obteve-se uma idade U/Pb de 2776 +23/-10m.a. e no granitóide de Caeté, ao norte da 0,1 Lo C« Pr Nd Pm Sm Eu Cd Tb 0» Ho £r Tm re LJ folha Rio Espera, uma idade, também U/Pb em zireão, de 2776 + 7/-6m.a. No granitóide de Moeda, a oeste do Qua-

Rgur« 11.2.29 - Parfis normalizados p«la média da 40 tolhaihos drilátero Ferrífero, foi obtida uma idade U/Pb de 2730 ± norta-amtflcanos (NASC) ssgundo HasWn at ai. (1968), das lOm.a. Esses dados permitem concluir que ocorrem amostras da rrwtasstdfmamos parcialrrwnta gnaissifíeados da granitóides arqueanos contemporâneos a rochas vulcâ- unldada média do supargrupo no das Valhas. nicas das seqüências vulcanossedimentares do supergnipo Rio das Velhas. Por outro lado, evidências de uma crosta siálica mais antiga que 2776m.a. são indicadas pela pre- 2 JJ.7.S Conclusões sença de Àrcóes herdados com idades de 2883 ± 6m.x a 3029 ± 6m.a. A presença de granitóides com diferença de Tendo em vista a qualidade e quantidade de dados idade de 40m.a. sugere, pelo menos, dois períodos de químicos analisados, não se pode chegar, aqui, a um mode- magmatismo granítico na evolução das seqüências do su- lo definitivo e preciso para interpretar as seqüências lito- pergrupo Rio das Velhas. Extrapolando esses dados para SP23-X-B4V (Rio Espera) SS

at rochas do supergrupo Rio das Velhas, cartografadas na Infli» Rio Bspf *%. f wftpftr1*^ owf as ttqüfwias de rochas e básicas se relacionem ao inicio do evento A área, cm geral, t pobre em exposições ds rochas *^.t»r pode-se indicar para as i frescas dessa imidadr, e os regótitos "*"**—trr da de- idade entre 2JB83 e 2776OUL

tica a tonaMúca e caracterizam-se pela aha porcentagem de 2J3 C—nino Rr> saqulnha -HT plagioclásio, anfihfthn e relativamente pequena porcen- tagem de quartzo. Alguns tipos classificam-se como gra- nodioritosa granitos com porcentagens relativamente ele- vadas de mkrochna (20%) para 30 a 40% de plagioclásio. i ^yytm^wti*, podem ocorrer metasabros ***—45% de má- A sudoeste da folha, desenvolve-se um conjunto de ficos e cerca de 40% de plagiorlásio. Os máficos são an- rochas granitõides que aparecem menos deformadas no fibólio e dinopiroxema extremo sudoeste e se tornam mais deformadas a medida As texturas nos Utótipos menos deformados podem ser que se avança dos contatos com as Ktologias do complexo hipkliomofficasaintergranularescoronítica (nosgabros). Santo Antônio do Pirapetinga e do granito a moscovita Nesse caso, pode-se que as rochas encontram-se no Brás Pires. Esse conjunto extravasa os limites sul e oeste da estágio não-deformado a incipientemente deformado. Nas folha e parece correlacionar-se aos granitõides das ime- deformadas, granitõides se transforma diações de Congonhas do Campo, Conselheiro Lafaiete e em gnaissts bandados, por vezes dobrados em zonas de sul de , já referidos na literatura geológica por Barbosa (1949), Guild (1957), Pires (1977) e descritos por interferência. Uma boa exposição desses gptrèm ocorre jnrtt ir Grossi Sad et aL (1963) como batólito Alto Maranhão. numa pedreira *"** p * '*ifw^rf de t M»ÍW onde Essas rochas aparecem bem-representadas na folha rochas apresentam 30% de plagioclásio (AIQS), 20% de contígua Barbacena, nas imediações da cidade de Ressa- quartzo e 35% de hornblenda. Como acessórios, exibem quinha, que emprestou o nome à sua designação. ainda bíotita, epfctoto-chnozoisita, titanita, apatita, alanita, Considerando-se essas observações, é possfvel que, com zireão, opacos e seridta. São muito heterogêneas, tanto cm o desenvolvimento da cartografia geológica do estado, me- ^M*aim^nt^ abiotitase lhores parâmetros de correlação sejam obtidos e essas desenvolve em salbandas, gerando uma espécie de mig- denominações venham a ser f^anaH«»Ha< matito por diferenciação metamórfica. No entanto, essa migmatização é relativamente pouco desenvolvida, no caso de se considerar todo o conjunto do afloramento. Os 2232 Distribuição geográfica e expressão topográfica pseudopadrões de interferência observados foram gerados em regime de malhamento dnetil, bem como as dobras em Essa unidade abrange quase todo o quadrante sudoeste "bainha" redobradas (fotos 14,15 e 16). Em regime um da folha e se estende at6 as imediações de Piranga e pró- pouco menos dúctíl e com as rochas relativamente hidra- ximo i margem direita do rio de mesmo nome, onde apa- tadas, são gerados gnaisses bandados com bandas bastante recem intercaladas entre rochas do complexo Santo Antô- retilíncds e com espessuras centimétricas a decünétricas. nio do Pirapetinga. O relevo e geralmente pouco aciden- Encraves de rochas básicas mostram-se bastante estirados tado e os vales relativamente pouco encaixados. Os aflo- nos planos de foliaçâo. Tais aspectos podem ser vistos na ramentos ocorrem nas encostas de forte dedividade, ligei- estrada entre o distrito de Santana, próximo a Senhora de ramente convexas. Quando os Utótipos estão dsalhados, Oliveira, e Cipolânea, tanto em afloramentos na margem aparecem como travessões nos leitos dos rios. A figura da estrada como em travessões do rio Xopotó, carac- U23Q mostra a distribuição da unidade na folha Rio Es- terizando deformações em zonas de dsalhamento de alto pera. ângulo com direção aproximadamente NS. Em outros locais, provavelmente em virtude da maior 2233 Relações de contato pobreza em fluidos, são gerados prototnilonitos com por- firoclastos milimétricos a centimétricos, como nas pro- As relações de contato dessa unidade já foram expostas, ximidades de Piranga e a leste de Santo Antônio do Guiné. praticamente, nas descrições das unidades anteriores. Com Ali, as rochas são de composição granodiorítica com 40% o moscovita-graníto Brás Pires, os contatos são bruscos e de plagioclásio e 20% de microdina. A textura é grano- caracterizados por uma série de injeções granfticas sin- a nematoblástica e a granulação, grossa. tarditectònicas em zonas de dsalhamento de alto ou baixo Os granitõides menos deformados, particularmente ângulo, onde seus litótipos se comportam como uma es- aqueles observados nas imediações de Rio Espera e Se- pécie de paleossoma de um "migmatito de injeção". nhora de Oliveira, apresentam xenolitos de rochas ultra- básicas, anfibolito e formação manganesífera. Quando 56 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

«3°S0" 2O°3O"|

GUARAC1A8A,

PORTO FIRME PIRANGA CATAS ALTA DA NORUEGA

•CALAMBAU

BRAS PIRES

.SENADOR FIRMINO

2i°0O'l 2>°po' 43° 30' 4S°00'

10

Figura Hi30 - Dfttribuiçio da* rochat do complexo ITmaquinha. n* folha Rto E*p*r«.

cartografiveis na escala do projeto, eles identificam-se diopsídio e que foram metamorfizadas à fácies anfibolito. como rochas do complexo Santo Antônio do Pirapetinga. Num desses xenólitos, ou pods, a composição 6 85% de Alguns, entretanto, em virtude da decomposição íntem- anfíbólio gerado do píroxénio. Porém, aparecem em alguns péríca, são de difícil identificação e podem constituir es- piroxênios inclusões de anfibólio. A rocha apresenta, ain- quiálitos ou auíólilos do próprio batôlito. Localmente, ob- da, plagioclásio numa proporção de 10%, c o ptroxénio de serva-se a sua associação a zonas de cisalhamento de dire- dois tipos, diopsídio e hiperstenio, ocorre em proporções ção N3O*-50"W ou N70*E que esvanecem para leste, à subordinadas. Nesse mesmo local, observa-se uma intensa tnfdwfà que se aproximam das zonas de ctsalhamento de perturbação das direções NW de cisalhamento e as folí- baixo fltiyii ou das Tomf de cisalhamento de ações mostram direções de N2S*W a N50*W e mergulhos de direção aproximada NS. Nestas, além da deformação subveiticalízados. Essas perturbações sugerem um encon- maic intensa e geração de gnaísses bandados e protomi- tro de zonas de cisalhamento, sendo a de direção NW a lonitos, observam-se pods de rochas com ortopiroxenio e null a

petrogenétko da unidade. As tbzaçot > foram efc- drfti »porE«eii. ten (1978). A figura IL22 aprcsema, lambem, a loraHraçao das amostras. Destt unidade, coletaram-se seis amostras, todas ana- lisadas nos laboratórios da Geologia e Sondagens Ltda - 2433.2 Compoalcôca petnpifka e Geosol de Belo Horizonte (MG). Os ÓJLJOS e elcmcntos- traço foram os mesmos já referidos nas unidades anteriores Petrograficamenie, tais e os resultados analíticos estão listados nas tabelas 11.2.9 e fibdito (FR-281L e FR-293K), biotita-aufiboiogiuissc ou IL2.10. Nesta, apresentam-se além dos teores dos elemen- tftim (FR-210), gnaisse de composição dio- tos terras-raras, várias razões utilizadas no estudo rttica (FR-485A e FR-490) e graoodiorito (FR-293L). Por

Tabela ü.2.9 - !f:?tío aos T o-caos »aiorfç F ;:rtentK-Tr?£c -? 'o»!fxos e ftantimnra

MIORESI Fí-2811 FI-293L F«-*8SA í'>-"i FÍ-635A -ML Fí-635 rM*4 F»-?45K

SrÜ2 ! 58,6** 46,2** 71,2M tó.«*» 6*,*** :ó.m • 5*. í*.6C* 64. IN 72. ÍH 73,18» A1203 I 15,6»* !3,2«* [j.m 14,6tt 15,9** 15Í5W 13, 7*f :!,?•» H.2H i2,3M 13,6H 14.34» FeW3 2,1** 3.SH *,32* 1,7»* 2.*** !,*•* ' l. 6M i :*» 2.m *99* ».46» ».5N W I 5.6M 9.75* í.ôW 3,9»» 4,45» 5,ôW ! M,65* 0,6»* 4,6»* l,3N »,42* H*0 t.m »,21» *,»3» »,*9» *.-Y» *.:2» I >6» *.3!» »J1» «.33» *.»3» *,»2» «fgO 2.5»* t.m *,d6» 2. m 3.8** 4.4M ! i. lH 3,5»» i.m 3.IN 1,63» • 53» c«o 5.»M i»,2*t 3.1** 5,3«« 5,*** 6,40» ! éii 14,6»» 5,3M 11,1-9* 2.2** 1.19» Na» 4,3** 3,3*9 5,44* 4,5«» 4,7*? 4Í2» ; :, 6»» 2,m 2,4»* 2.N* 3.EN 2,78» (20 3,6M i,3W i,4W 1.2M 1,9»» 3.»»* t í. 48* »,89» 3.7M • 35» 4.3N 5,84» TiO2 1,2M 1,1*» »,2°* 6,i3f 1,*»» !,!»• '• 1, 7»» »,65» !,««* *,4o» t.22* »,25» P205 »,41* *,*9* *,»6* »,*6» «.25* »,41* 1 •, 13» »,»6» »,«?( «,*5» »,»6» - S *.»7í »,»2* *.»2» ».»2» 9, Hi *.&• ! ».*4* »,*^r »,»4* í 31* »,»2» - CO? *.1H »,!•* *,i*e *,1M e.i*« *,1M < t, 1»» *,lN 2,2»» *,!N |,2S| • H20* 1.75» *,18t 9,299 t.Vi r,4.)t 1 *,37» ».i5» »,6i» *',17» *,3*# - tf - - - - • i - - - - • »,47» \M

í TOS-TRA- 1 co 1 Ca 4* i? 7 3 4* 54 '• 46 «B 26 65 6 3 Pb 9 12 1* 1* 1» 14 I 12 17 !4 •7 13 13 Zn 78 35 33 32 9! 53 1 3» 18 84 3» 29 16 Co 17 46 5 26 18 3» ! 42 32 34 26 <5 3 Cr 72 22* <5 Í12 171 192 1 42 2»6 172 24» <5 6 X; 5* 124 26 4' 44 U2 • 68 132 132 !J2 22 0 V 15» 37* 12* 2** 2»t 220 i 22» m 299 184 96 <2» St 2» 72 7 32 22 26 • 56 22 22 22 6 - T 44 4* <1» 24 48 36 1 54 4» 38 36 18 (5» Nb 28 (2* (2* 32 34 28 1 2» 24 21 28 (2» (5* F 1.125 64* 17* 29* !.£*« m i 52» 242 1.25» Í19 21» 18» Ia 1.64* 21» 49* 48* m 95» i 74 22* 739 75 t.ã!» 92» Sr 67* 23* 67* 57» $5» 68» !

Tabela II.?.it - Teores dos Eleamtos Terras-Varas e A1««MS tazoes Utili adas ao Estudo Petrogcitêtico it taostras dos Coa»le*o* tessawinfca e Mantiqueira

I Ci >$sa«uinha Coaplexo Hantiweira I FI-281L FR-293I «-293L fll-211 FR-485A FR-49* 1 FI-*16K FÍ-635A Ft-**5 F1-63S FR-4*4

la , 92,72* 3,98* 14,34* a.m 44.N* 53,'M 1 11,21* 22,244 36.8N 2f.J4# 48.W* Ce i 139.7N 1*.1N 18.72* of,Off 1*4.4N 1 24.52* 4*.BN 64.7N 42.N* 83.51» W 1 67.12* 8.56* 8.4N li,'?N 41,9** 56.9N 16,96* 19,444 28,8N 24,54* 34.52* So i 13.54* 2,35* (Í.95* 2.7N 9.3N 11,444 1 5.N* 4,544 6. IN 4.6N 7.154 t-j 1 ^,77* *,?** (•,7N •,87» 1,8*4 2.7NI 1,444 l.iN 1,444 1.1N *.81* y r 8,52* 2.86* 1t.77* 2,3N 8/BN 8,944 1 5.6N 4,344 5.7N 4.IN 5.M4 o? f 5,45* 3.19* 1,444 2, IN 6,9** 5,144 1 5,994 3.944 5,IN 3,54* 4.M* No } •,964 »,46* 1M6* *,38* I,IN *,96* 1.26* 4,844 l.N* «.75* 4.454 rr 1 2.624 1.66* (»,15* 1.2N 3.N* 2,5H 3,92* 2,544 3.IN 2.2N 2,23* To i 2,*H 1.93* (MM l,4N 1,9H 1.844 3,32* 2,2*4 2,744 1.9N 1,83* U t *,i6* *,26* 1>,*14 *,14* «,24* •,254 *,52* •,324 ».37* 4,27* «.23* Ei/Eu« Í «.737 l.*6* 2.428 1,442 «,6N •,795 ••829 •,754 •,715 «,759 •.397 LaW/Yon 1 27,917 Í.392 96.522 8.3*2 15.631 2*,137 2,279 Ó.811 9.2H /.567 17.734 YWf/laN 1 *.*36 •,718 Ml* *,12* • •64 • •54 •,439 M47 •.1*9 •.132 •.•56 STiíL 1 3*3,*8* 24,99* 42,37* 49.6N 175.8N 226.44* 57,69* 87, IN 136,4N 88.4N 17:1.16* STJP 1 19,81* 1*.36* 1,534 7,12* 21,94* 19,41* 24.414 14,«8* 17.97* 12,72* 14, N* ST* 1 325.444 36,25* 44,6*4 57,59* IW.5N 248.51* 79,54* 1*2.28* 155.77* r»2.22* 187,97* LaN/L'iN 1 33,*25 1,589 i*6,*26 9,12* 19,*3* 22.297 2.238 7,2(1 1*,324 8.189 21.699 Crf/YW i i8,*78 1,354 48,451 5,875 1«,979 15,«11 1,912 4,8N 6.2*2 5.721 11,811 GdJf/Ybff 1 3.443 1,198 6,223 i,859 3.743 3,951 1.363 1.58» 1,746 1.744 2,2*8 Sserf» 1 215,747 65,438 24,792 59,752 181,442 2N.638 134,499 99,743 129,348 95.899 111,656 SserScN I 38,137 31,93* 2,*61 18,944 39,433 35.8*9 63.6*2 4».989 49,6*1 35.395 33,577 SserCtf i 698.848 5*.171 1*5,538 11*,988 394.672 5*3,297 129,444 196,468 312.661 196,189 4*4 338 STM i 952,732 147.539 132,391 188,539 614,747 739,744 313,765 336.82» 491,61* 327,484 545,57*

MS As nor«ali2acões são efetuadas seioodo os valores cmdríticos de Evenscn (1978).

tanto, trata-se de rochas de composição fundamentalmente 22313 Caráter ortoderivado dos Utótipo» básica a intermediária, o que pode ser confirmado pelos teores de SiCh da tabela 112.9. A amostra FR-293L, por A função de Sbaw (1972) foi idealizada para distinguir constituir a parte mais ácida do afloramento, apresenta rochas ortoderivadas de paraderívadas por valores posi- teor de S1O2 mais elevado. As amostras FR-485A, FR-490 tivos e negativos respectivamente. Sua expressão: e FR-293L apresentam-se menos deformadas e, em alguns DF - 10,44 - 0.21SÍO2 - 0,32Fct - 0,98MgO + setores dos afloramentos de onde foram colhidas, exibem 0,55CaO + l,46Na2O + O^K^O apenas uma lineaçáo de fluxo magmático. Nos afloramen- foi calculada experimentalmente, "''Mzando processos de tos FR-210 e FR-281, a deformação já 6 mais intensa, análisf discrimínante e empregou-se com resultados posi- evidenciando bandamento metamórfico e estrutura estro- tivos nos gnaisses de Apsley, Ontario (Shaw, 1972) e nos mática gerada em zona de cisalhamento. gnaisses granultticos do leste da província de Hcbei, China Os teores de Cu e V apresentam-se mais elevados nas (Jahn & Zhang, 1984). O autor limita a sua utilização a amostras de caráter básico a intermediário, mostrando-se amostras com teoret de MgO abaixo de 6% e de S1O2 inversamente proporcionais aos teores de S1O2. Em geral, abaixo de 90%. todas as amostras são enriquecidas em F, Ba e Sr, sendo a Nos litótipos do complexo Ressaquinha, o emprego des- mau ácida (FR-293L) a mais pobre em F. sa função discriminantenéo foi suficientem ite conclusivo. SF-23-X-B-IV (Rio Espera)

^ vez que as amostras FR-293K, FR-485A c FR-490 2-23.3 41 jprcsentaram valores negativos apesar de suas caracterfs- pjas petrográficas bastante sugestivas de uma ortoderi- Através do dugrama de «ação. O primeiro dos três resultados se justifica pelo teor 16gicadeDebonALeFbrt(19B3XQxP(nsuraIL2L32X 4e MgO superior a 6%. Os outros dois entretanto, per- amostras dassmcam-se como

fltfDecem sem uma explicação clara, embora se possa jus- ououo^odiorko.quartzodiontoetonaBto.confii ndooseu liõcar que os valores são muito próximos de zero. caráter básico a intermediário. Nesse aspecto, parte do O caráter ortoderivado de todas as seis amostras fica junto foge do espectro das rochas granilóides. pelbor estabelecido pela ausência de coríndon normativo mrntr iHxiingtii-m-**- trt*. m&nhMwn*nàr*.mmrsmn ifc^fliMin (C), pel* presença de diopsídio normativo (di) e pelos O primeiro, constituído pelas amostras FR-293K, FR-490 e valores do Índice de peraluminosidade (PAL - mol FR-281, posiciona-se entre os *mds SALKD (das subal- (AbGiflfcO + CaO + N^O)] inferiores i unidade (tabela calinas esams) e ALKS (das alcalmas), o segundo, que não rj2.ll)- Essa ortoderivação se confirma definitivamente no 2 constituir "*" aMnhamento, por tratar-se de diagrama de Garreis & Mackenzie (1971), da figura 11.231, amostra isolada (FR-485A), poskk»a-seno»BirfCALK(das onde todas as amostras se posicionam no campo ígneo. caldakahnas), e o terceiro, pdas amostras FR-210 e FR- 293L, ao trend THOL (das toletkas).

Tabela II.2.U - Parâaetras Qviaicos Utilizados rara Iintilicar a Derivação fa Aaostrac éo Coaplexo Ressa«itnka

MOSTRAS t DF oi

FR-281L 1 «,337 < 7,92 5,64 21,45 36,68 12,74 Í.W - FS-293K f-1,651 (Í.52\,m* 27,49 - 7.84 22,27 17,72 14,89 FR-293L 1 1,146 <í,«5t 1,45 26,25 8,31 45,87 13,16 3,64 FR-211 1 «,116 4\,m B,«9 19,45 7,14 38,31 16,19 7,#5 - «-485A 1-4,434 ( 5.29 8,85 11,31 4v,*4 Í6.79 12, «4 FR-491 (-•,323 1»,7il 11,85 1,9? 17,87 35.8» 14,69 11,81

223J5£ Alnmlnosidade e alcalinidade

Pelos diagramas das figuras Ü233 e U234 de Rapela & Caminos (1987) e Wright (1969), respectivamente, con- ) clui-se que todos os litótipos analisados dessa L.' metaluminosos e calcialcãlinoã s a alcalinos. As amostras de tendência alcalina são justamente aquelas referentes ao alinhamento subalcalioo observado no <«»£>«•>* Qx P de w-l Debon & Le Fort (1983). O diagrama Ax B, também de Debon & Le Fort (1983), de minerais característicos (figura U235), distribui as ro- chas granilóides em seis setores definidos pelas suas para- o.o-*— —1— gêneses químico-mineralogicas. De acordo com a dis- 0.0 0,1 02 0.3 0.4 tribuição das amostras, distinguem-se associações mag- máticas aluminosas, com valores de A>0, alfa^ffiirat, com valores de A<0 e A>0 e cafêmicas, com valores de A < 0. As amostras do complexo Ressaquinha distribuem- Figura 11.2.31 - DiaQrama «• Garr#li & Macfctrui* (1971), se todas numa serie cafêmica, tipicamente IF*C\aluminotu. WoaJteado para discriminar a* rocha* ortodtrivaclas da» rochas com provável paragênese mineral: + bi + hb + opx+cpx s. aplicado aos litótipot do comploxo Rasuquinha 60 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasü

90

SO C»LC!AUC*LIHO

70-

Õ60 lÃ

50- PCRALCALINO

40-

50 0.0 0,1 0.2 0.3 0.4 0.5 0,6 0.7 O.» O.»

Rgum 1^-34 - Qjaarama da VttioM (igBB). iciiaWiado pam -SOO -ZOO -100 100 dMnguir a» loehaa o^anMoidat palat tuat raieta da alcalnidada (RA) x MUS laoiat am suíça, aplicado aos Bloüpot do oompNMQ FteMquinha.

Hgurs IZ32 - Diagrama Q a P d* tiaUHhaçto qubntao-rnimnlOQfca sagundo Dabon* L» Fort (1963) aplicado te do complexo Rsstaquinha. Alam dos campos da O mosuaoos aiguns MM OS oirorennaçao. IM eampaaavandadaftnidossio: (1) granüo-, (2) adamaKto; (3) granodtort»; (4)tonaMo; (5) qa «ianrto; (6) qi-moroonHo; (7) qunoruodtartto; (8) qz-diortto (qt-^atxo^QZ-atwrtotito); (9) 130 altnlto; (10) moroonHo; (11) monzogabro ou monzodiorito; (12) gabre fdtorilo-anortmito)- (THOL) tr»nd tof^tico; {CAUQ trend eakWcalno; (SAIKD a SAUO) ttwida tubaicaiinot «acura • daro. raapadfvamanta; (ALKS) ttantf akalino. 100

-100-

•150-

-200

Figurs H.2.35 - Oitgrtmt A x B d« Oabon 4 L* Fort (1903), da Figura 11.2.33 - Ofagrama da Rapala & Caminot (1907). qua mintrtít earaetaríttioot, utilizado para individualizar rocftat oarmltt dlatinflulr at rocha» grtnKoidt» patot tau» indicas da granítâidat am tariat mataluminoaaa a paralumfnoaaa own st «lumlnoatdadt • aicalinídada, aplicado aos litótipo* do complaxo provàri» paraglrwsat minarait, apHcado às rochaa do complaxo Raaaaquinha. Rassaqulnha SF.23-X.B-rv (RioBtpera) 61

o procedimento idealizado por Batchelor & Bowdea (1985), sobre o diagrama proposto por La Roche et aL (1980), no qual foram registrados os campos geo- tectôoicos baseados cat Pitcher (1982) e Harris et ai. (1983), figura Ü.2J36, as amostras em questão se classificam ffppn granitóides pós-colisionais e granitõides pré-coli- pooais. Entre estes, estão as duas amostras que compõem o cünhamento tokítico do diagrama Qx P da figura U232 e que genericamente podem ser correlacionadas com Mflfimc dg imirfy^ fj Jo complexo Ressaquinha, H^finí^a na folha Barbacena, contígua a sudoeste. Os granitóides Í9SL

rranplf»^>t na mwrna folha tanto, as amostras FR-490 e FR-281L, que compõem o alinhamento subalcalino, parecem constituir uma terceira miMfK^i tanto pelo caráter composidonal distinto, como pela sua distribuição restrita as imediações de Santo Antô- nio da Grammha. A amostra FR-293K, de composição mais básica entre as seis estudadas, apesar de aparente- mente colocar-se no ™^«w«n f|i'mt»"iFfito subalcalino, tem posícionaincr to diferente das fcma** x Sr, idealizaddo por Condiie (1973), na figurafi 11237, para inferir posicionamentos de rochas granitóides, é a que apresenta menor profundidade de colocação. Todas as demais se posicionaram, segundo o diagrama, a uma pro- fundidade aproximada de 30km, o que permite supor que essa amostra pode constituir um remanescente de """> ffitjHaH* mais antiga colocado como xenólito ou restito entre litotipos do complexo. Rgur« 11.2.37 - Diagrama Rb x Sr idealizado por Condi* (1973), para inferir a profundidade d* geração das rocha» granitoid**, aplicado aos Iriõtipos do oompfvxo R»uaqiitnha.

3000 2231.7 UtogeoquimJca dos elementot terras-raras

Os resultados de análises dos elementos terras-raras das 2000 seis amostras do complexo Ressaquinha estão listados na PRE-COLISÃO DE PLACAS tabela U2.10. A simples observação desses valores confir- .29; ma o que se concluiu quanto às classificações químico- SOERGl/iMCNTO mineralógicas expressas nas linhas anteriores. As amostras PO'S-COUSIONAL" mais enriquecidas em elementos terras-raras são a FR- 1000 281L e FR-490, que compõem o alinhamento subalcalino do diagrama Qx P de Debon & Le Fort. Confirmando as suspeitas sobre a amostra FR-293K, o seu teor total em ETR 6 um dos menores entre as seis amostras, apesar de AWOSOGÉNICO SIMCOLISIÕM se posicionar no mesmo alinhamento das duas amostras PÓS-COLISIOMAL-»*,^ anteriores. Por outro lado, os valores das razões LaN/YbN 1000 2000 3000 e LaN/LuN são muito inferiores, mostrando que essa rocha é bem menos enriquecida em ETR leves. Quanto à amostra FR-485A, o que mais a distingue das duas primeiras t o figura iu.36 - Diagrama d* dasarflcaçio qu(mioo-min*rai6gica Ri-%d* La Roeh* at. a). (19B0) utilizado por Batcrwlor A Bowdan valer da razão Eu/Eu* inferior a 0,7. As amostras FR-210 (108S) para dtfinir o* amWtntM d» geração da* rochas e FR-293K apresentam valores 1,042 e 1,060 respectiva- granitoid** aplieado at anwetra* do complexo Hmaquinha. mente para essa razão, e são portanto, praticamente isentas 62 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do basil

alias de Eu. Já na amostra FR-293L, Eu/Eu* = Considerando os conceitos de classificação de rochas 2,428, o que caracteriza uma forte anomalia positiva de Eu. granU6ideyde«iwolvkkispc*7hoiiggang(1982), segando É esta também a amostra que apresenta menor teor total os valores das razões Eu/Eu* (Eu) e a dcefavidade dos de ETR e os maiores valores para as razões LaN/YbN, perfis normalizados pelos padrões de condrito, as amostras LaN/LuN e GdN/YbN, caracterizando um forte fraòo- FR-281L, FR-49Q, FR 210 c FR-293L se identificariam namento, tanto para os ETRL quanto para os ETRP. Tal como granitókks tipo crosta inferior, com Eu/Eu* >0^7 e empobrecimento em ETR pesados e o frackwamento ge- enriquecimento em ETRL, e gerados a partir da fusão neralizado intenso são comuns em alguns gnaisses arque- parcial de sedimentas arqueanos e rochas básicas %neas e anos. A anomalia positiva de Eu poderia ser eiplicada pela Tfif^Vfiras A amostra FR-485A se classificaria como cristalização de um resíduo rico em plagtoclasio ou pela granitõide tipo crosta superior com Eo/Eu*<0,74, enri- retenção do Eu numa fase fluida residual apus a cris- quecimento em ETRL e gerado a partir da fusão pardal de talização da hornbienda, o que explicaria *amtV^n o em- rochas %p«^^* frSftafl a 'w^*1"'»^^'^"*» c rochas T*H*HITst* pobrecimento em ETR pesados (Cullers A Graf, 1984, p. tares e metamórficas põs-arqueanas. 289). na Nos perfis normalizados pelos teores de condritosegun>- to, a classificação de Jili&Jiayuan (1985) i do Evensen (1978) da figura IL238, essas características as amostras, com exceção da FR-485A, como granitóides individuais estão bem evidenciadas. A forma do perfil da do tipo transkional com base nos valores da razão Eu/Eu*. amostra FR-293K permite sua interpretação como um xe- Seguindo o mesmo critério, a amostra FR-4&SA se classifica nólito ou restito de rocha mais antiga, pouco diferenciada como granítôde crustaL Os granitóides cntstais se sub- e de provável caráter toteítico, o que reforça a suspeita de dividem em inetassomálicos e granitos intrusivos ou hipo- que, pelo menos parte desse complexo, tenha se originado abissais de complexos vulcânicos. Segundo o teor total de da refusão de uma seqüência vulcânica pretérita. Por outro ETR (STR - tabeli D2.10), a amostra FR-48SA se posi- lado, a interpretação da amostra FR-293L como resultante cionaria entre os dois tipos. Porém, esse critério de iden- da cristalização de um magma residual, após a precipitação tificação não parece aplicável às amostras do complexo da hombienda, ou como a cristalização de um resíduo rico Ressaquinha. Os granitóides transkionais deveriam ser os em plagioclásto, no qual se preservariam restitos como o mais empobrecidos em ETR, no entanto, as amostras FR- da amostra FR-293K, pode também reforçar a hipótese de 281L e FR-490 consideradas de granitóides transicionais que uma parte desse complexo seja o resultado da refusão pela razão Eu/Eu* são as mais ricas em ETR, com de rochas niaic anftga* 325,66ppm e 248^1ppm respectivamente. Por outro lado, as amostras FR-293K, FR-293L c FR-210 são muito pobres em ETR, afastando-se da faixa dos granitótdes transicio- uuu nais. No entanto, esse empobrecimento, parece sugerir que elas podem ter-se originado de magmas primitivos toleí- ticos ou de sedimentos empobrecidos em ETR. Ainda segundo os mesmos autores, em um complexo diferen- ciado, das primeiras intrusões às intrusões tardias, o fra- 100 ciooamento de ETR evolui de um elevado conteúdo de

\ ETR, riqueza de elementos da série do Ce e elevados \ '•••""- ^_ valores de Eu/Eu*, para baixos teores de ETR, riqueza de elementos da série do Yb c baixos valores de Eu/Eu*. Neste caso, as amostras FR-281L e FR-490, segundo os parâme- tros referidos, poderiam representar intrusões precoces do 10- \ complexo. Entretanto, deve-se levar em consideração o caráter subalcalino dessas rochas, uma vez que as rochas alcalinas, entre as rochas plutônicas, são as mais enri- quecidas em ETR. Tais observações quanto à distribuição dos ETR se aplicam também à classificação desenvolvida 1- \ por Chaoqun (1985). Essa classificação, desenvolvida para granitóides do sul da China, distribui as rochas em quatro *^ tipos genéticos: granitos de refusão crustal - CR, granitos de fontes mistas com predomínio de rochas do manto La Ct Pr sa Put —1 Sm Eu n 0 Er Tm tb Lu superior - MS, granitos diferenciados do manto - MD e granitos originados por metamorfismo e metassomatismo de material predominantemente da crosta superior - MM. Figura 11.2.38 - Pwfi* normalizado* pdoa padrôm dê condrito •sgundo EVWIMH (1978), das anàlists dos •i«m*rttos nrrat^aras Em relação aos teores totais de ETR, as amostras FR-281L das amostras do oomptoxo Rsassquinrta. e FR-490 se identificam como tipo MD fie rift ou CR. SF-23OC-B-IV (Rio Espera) 63

Porem, com relação i forma dos perfis normalizados por hètii Xh2.ll - iMn H/Sr *<>«« «r tucaut n «KM ttfal coodrko, essas amostras se aproximam do tipo MD de trincheira ou tipo MS- Por outro lado, considerando esse mesmo critério, todas as amostras, com exceção da FR- mjammt INK HTW I MOP nun*, i 293K, poderiam ser incluídas no tipo MM e, quanto aos MH63 U»rtí valores das razões Eu/Eu*, entre os granitóides tipos MS. MD de trincheira c MM. I A partir dessas observações, considerando-se os teores I de ETR, pode-se concluir, finalmente, que existem, entre WH/Ü ItlÜ! as amostras analisadas, três grupos pelrogenéticos distin- tos no âmbito do complexo Ressaquinha, na folha Riu t"C«S Espera. Esses três grupos estão claramente identificados com as três séries magmálicas interpretadas no diagrama MV-313 um - «;*.i. l«7!5>*/-tWtJifiWM* •»- Qi P de Debon & Le Fort (1985) da figura 11.2.32. Os valores negativos da DF de Shaw (1972) das amostras I I lit « FR-485A e FR-490, podem estar relacionados ao caráter fl-21» • «Ma.*. I *.;K CD1HJ lie metassomático (granitóides tipo MM) sugerido através dos VI •n't•'» ir .<•<• ETR. As amostras FR-293K, FR-293L e FR-210 consti- I tuem o grupo originado por refusâo e melassomalismo de rochas crustais arqueanas identificado com o alinhamento THOL e que é também sugerido pela datação radiomélrica Rb/Sr no afloramento FR-210, referida no subitem 2.23.6. As três primeiras idades referentes à folha Barbacena Em relação aos ETR, essas amostras têm em comum os constituem boas isócronas com pontos bem-alinhados, e as mais baixos teores totais (STR = 36,25 a 57,59). altas razões iniciais refletem o envolvimento de materiais As amostras FR-281L e FR-490 constituem o grupo de que sofreram reirabalhamento durante o ciclo Transa- rochas subalcalinas entre os alinhamentos SALKD c ALKS ma/ónico. Por outro lado, a idade referida ao afloramento da figura 11.232. Ouanto aos ETR, elas têm cm comum os FR-210, da folha Rio Espera, é duvidosa, particularmente teores totais elevados (STR = 248,51 - 325,66). em virtude do péssimo alinhamento das quatro amostras A amostra FR-485A representa o alinhamento CALK analisadas. A isócrona obtida constitui apenas uma ten- da Ggura 11232 e quanto aos ETR apresenta teor total tativa preliminar de interpretação. Mesmo ao serem con- intermediário (STR = 175,8) c razão Eu/Eu* < 0,7. sideradas apenas três das amostras, obtém-se uma idade Quanto à classificação de Chaoqun (1985), numa ten- antiga porem com razão isotópica inicial muito baixa, in- tativa de correlação, o primeiro grupo se identificaria me- compatível c mesmo anômala para materiais arqueanos. lhor com os granitóides tipo MM, o segundo grupo cor: os Assumindo que os materiais amostrados sejam ortode- tipos MD de trincheira, MS ou MM c o terceiro com os rivados c antigos, optou-se por utilizar um parâmetro iso- tipos MD de trincheira ou MM. tópico {Bulk Earth), de modo a delimitar um valor para a Finalmente, não se deve omitir a possibilidade de um origem do diagrama. Nessa alternativa, obteve-se um ali- quarto grupo de rochas granodioríticas, não analisadas nhamento com uma idade mínima de 2550m.a., o que suge- quimicamente e que se desenvolvem próximo aos bordos riria um material de evolução crustal arqueana. norte e nordeste do complexo imediatamente a leste, sul e Grossi Sad et ai. (1983) cartografaram, nas imediações sudeste de Piranga. Pelas suas características petrográ- de Conselheiro Lafaietc, um conjunto de rochas semelhan- ficas, essas rochas podem estar relacionadas ao alinhamen- tes a esses plutonitos, ao qual designaram como batólilo to CALK da amostra FR-485A. alto Maranhão. Esses autores correlacionaram o batólilo ao granito Congonhas (Barbosa, 1949), para o qual foi 123Jb Idade e correlações obtida uma isócrona Rb/Sr, em rocha total, de 275Om.a. (Teixeira, 1985). Identificaram tetos pendentes c xenólitos Foram obtidas, no Centro de Pesquisas Geocronoló- da formação Lafaiete correlacionada, por eles, ao grupo gicas do Instituto de Geociências da Universidade de São Nova Lima da base do supergrupo Rio das Velhas. Re- Paulo, quatro isócronas Rb/Sr, em rocha total, de amostras lações semelhantes podem ser observadas entre utótipos de afloramentos representativos dessa unidade. Das quatro do complexo Ressaquinha e corpos máficos e ultramáficos isócronas, apenas uma, a do afloramento FR-210, refere-se do complexo Santo Antônio do Pirapetinga na folha Rio diretamente à área da folha Rio Espera. As demais foram Espera. Se for possível correlacionar o batólito alto Mara- obtidas em afloramentos representativos da unidade n;t nhão ao complexo Ressaquinha, apesar de, até o momento, folha Barbacena, contígua a sudoeste. A tabela II.2.12 não lerem sido constatadas ligações físicas entre eles, po- mostra os dados relativos a essas isócronas com suas res- de-se afirmar que laniu os litólipos do supergrupo Riu das pectivas localizações em coordenadas UTM. Velhas, como os do complexo Santo Antônio do Pirapetin- 64 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

ga, são mais antigos que os do complexo Ressaquinha. elevado grau de intemperismo de seus litótipos, bem como Considerando a idade de 2750m.a. (Teixeira, 1985), a isó- a pobreza de afloramentos, impedem uma melhor deli- crona duvidosa de 2550m.a. obtida neste projeto e as três mitação. isócronas de boa qualidade com idades próximas de 2000m.a. da folha Barbacena obtidas em termos mais áci- 23.1-2 Distribuição geográfica e expressão topográfica dos desse complexo, pode-se admitir que esta unidade foi gerada no final do Arqueano e que sofreu forte retraba- Esse complexo aparece distribuído em diversos segmen- lhamento, seguido de rcfusáo, no ciclo Transamazônico. tos irregulares (figura II.2.39) sendo o maior deles a oeste Próximo ao vértice sudoeste da folha Rio Espera, ocor- de Guaraciaba e da pequena localidade de São Joaquim, rem dioritos e quartzodiorítos pouco deformados, osten- próximo ao extremo-nordeste da folha. Ocorre também, tando como principal feição estrutural uma foliação de como um pequeno segmento posicionado WSW-ENE a fluxo magmático. À medida que se avança para nordeste, leste de Brás Pires, às margens do rio Xopotó. Um outro observam-se tonalitos e granodiorítos mais deformados segmento, um pouco mais extenso, aparece imediatamente com texturas miloníticas e estruturas bandadas, caracteri- ao sul de Senador Firmino, apresentando sua melhor ex- zando deformações cujas impressões não aparecem nos posição no perímetro urbano dessa cidade. Caracteriza-se termos mais básicos de sudoeste. Por outro tado, algumas lopograficamente por cristas arredondadas e alongadas zonas de cisalhamento cartografadas, particularmente no com declividade média a alta, particularmente onde pre- quadrante sudoeste da folha, mostram corpos intrusivos, a dominam os gabros, e por colinas de declividade menor c elas associados, de dioritos e quartzodiorítos também pou- mais arredondadas, onde os tipos granulíticos e granílicos co deformados. Devido à carência e continuidade de boas são mais conspícuos. exposições, esses corpos foram incluídos no conjunto dos litótipos do complexo Ressaquinha. O relacionamento des- 23.13 Relações de contato crito sugere que essas zonas de cisalhamento poderiam ser antigas estruturas arqueanas reativadas como zonas de Nu segmento do extremo-norte da folha, não é possível cisalhamento e invadidas por plutonitos no ciclo Transa- observar diretamente os contatos desta unidade cjm os mazônico. Tal modelo explica as idades transamazônicas litótipos do complexo Mantiqueira que os envolvem. Os em corpos menos deformados e as idades arqueanas cm afloramentos, em geral, ocorrem isolados ou como grandes litótipos deformados nas zonas de cisalhamenlo. É possível blocos c matacôes. Entretanto, em saprólitos das proxi- que, com o desenvolvimento do conhecimento geológico, midades observam-se indícios de zonas de cisalhamento de em estágios posteriores, essas entidades intrusivas possam alto ângulo que parecem balizar as litologias desse com- ser melhor individualizadas. plexo. As direções de cisalhamento observadas são muito irregulares e parecem consubstanciar o encontro de duas direções principais: uma, aproximadamente NW e a outra, 23 Província Geotectônica Mantiqueira aproximadamente NE. üs mergulhos variam para ambos os lados, o que parece sugerir dobramentos semelhantes 23.1 Complexo Acaiaca - Aac aos encontrados nu supergrupo Rio das Velhas. Observa- se, também, uma foliação próxima de NS e com mergulhos 23.1.1 Comentários gerais subverticali/ados. Por outro lado, no segmento das margens do rio Xopotó, Particularmente, próximo ao bordo leste da folha c a a leste de Brás Pires, os contatos parecem também rela- oeste das litologias do grupo Dom Silvcrio, ocorre uma cionar-sc a duas direções de cisalhamenlo: uma com dire- série de corpos de alta faciologia metamórfica, associados ções de N3ü0-60oE com mergulhos de 30°-50°SE e uma a granitóides e gabros a hipersteaio c diopsídio com grana- outra, mais coospícua em termos de afloramento para das localizadas. Esses corpos estão sendo correlacionados afloramento, com direções próximas de NS e mergulhos de ao complexo Acaiaca de Evangelista (1985) e aparecem 2O°-50"E. O segmento ao sul de Senador Firmino, da mes- distribuídos entre as litologias do complexo Mantiqueira, ma forma, tem seus contatos relacionados a zonas de cisa- aparentemente associados a zonas de cisalhamento. lhamento: Nl5*-30°W com mergulho subvcrlical a oeste c o Na região de Acaiaca, em virtude da ausência de orto- com direções próximas de NS e mergulhos baixos de 15 - 0 piroxénio nos litótipos félsicos, a autora não considerou 3() E, no seu bordo leste. aplicável a nomenclatura de Streckeíscn (1974) proposta para rochas charnoquíticas. Preferiu a terminologia de 23.1.4 Litologia, metamorfismo e deformação Scbarbert (1963) que se presta melhor à classificação de rochas de alta faciologia metamórfíca isentas de nriopi- Os litótipos dessa unidade foram caracterizados como roxénío. Na área em questão, os conjuntos identificados quart/o-anfibolo-piroxênio-plagioclásio-gnaissc granulíti- como complexo Acaiaca representam áreas de ocorrências co, diopsídio-anfiboloplagioclásio-gnaissc, hiperuênio-ga- com uma possível predominância dos litótipos referidos. O bro e gabro aniibolitizado. Além desses litótipos, íoram SF.23-X-B-TV (Rio Espera) 65

«S'SO' 4S°00" Tfv I )

í GUARACIABA f # • X

PORTO FIRME ,CATAS ALTAS • PIRANGA DA NORUEGA

•CALAMBAU LAMIM • SENHORA DE • OLIVEIRA

BRÁS PIRES • RIO ESPERA

• ClPOTÂNEA SENADOR "FIRMINO

zi°oo' 1 2l°O0' 43°3O' III/ 43°00"

Figura II 2.39 Distribuição das rochas do complexo Acaiaca, na folha Rio Espera

observadas porções pcgmatóides e corpos graníticos de cristais zonados. Ocorrem, também, piroxênios substitu- granulaçâo grossa muito claros. Em afloramento, carac- ídos, uos bordos, por anfibólios e estes, parcialmente, por terizam-se como rochas de coloração cinza-dara a cinza biotita, caracterizando a textura coronílica. Aparentemen- mais escura, ligeiramente esverdeadas diferenciadas em te, esses gabros se incluem entre as massas granuliticas e, bandas de espessuras centimétricas com contatos, ora reti- freqüentemente, mosLram-sc pouco metamórfícos ou ape- líneos, ora ondulados e de granulaçâo, em geral, média. Os nas uralitizados. Outros, que se classificam como piri- gabros apresentam coloração escura, granulaçâo média a bolitos ou metabasitos, apresentam textura granoncina- grossa e textura ligeiramente anisotrópica a isotrópica. Em toblástica, porfirobláslica coronítica e são constituídos de alguns corpos, a textura magmátíca é perceptível à vista plagioclásio, clinopiroxênio, anfibólio, opacos, granada, desarmada; em outros, ocorrem massas escuras envolvidas orlopiroxênio, biolita, carbonato e , com os três por massas claras. Apresentam textura granular a inter- nrüveíros largamente predominamos sobre os demais cons- granular coronítica e em, geral, o plagioclásío é o mineral tituintes. O clinopiroxênio é o diopsídio e a paragênesc dominante, atingindo proporções de até 50% e, por vezes, ortopiroxénio-granada foi gerada na fácies granulito, pos- apresenta composição An>50, distribuição em ripas e teriormente rctromelamorfizada à fácies de baixa tem- 66 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

peratura e pressão, com a paragênese anfibólio + biotita estão, tentativamente, sendo interpretados como gerados + carbonato. Esses corpos associam-se, localmente, a cor- originalmente no Arqueaco. pos de metagranitóides, com textura granoporfiroblástica e até 40% de microclina, 25% de piagjoclásio e 30% de quartzo. Alguns granuütos mostram plagioclásio com 232 Complexo Mantiqueira - Plm macias complexas (albita, períclina e, as vezes, Carlsbad), freqüentemente evanescentes e levemente recurvadas, in- 232.1 Comentários gerais dicando efeitos de esforços tectònicos. Os piroxênios são o diopsfdio em maior quantidade e o ortopiroxênio em cris- Durante o 19A Congresso Internacional de Geologia tais menores. Encontram-se uralitizados, sobretudo o realizado em Alger em 1952 e publicado em 1954, Octávio diopsfdio. Barbosa definiu a série Mantiqueira como a miiHadr «uai*- antiga do escudo Brasileiro e sobre a qual se superporia a 23.1.5 Aspectos petrogenéticos sua série Barbacena. Na série Mantiqueira, incluiu rochas gnáissicas e migmatíticas auorantes na própria serra da Teixeira et ai. (1987) sugerii cun uma derivação sedimen Mantiqueira, particularmente na região de Santos Dumont tar, pelo menos para parte dessas rochas, com base, sobre- em Minas Gerais e fez referência a termos catazonais a ela tudo, na grande dispersão dos dados de análises químicas associados. de rochas típicas da região de Acaiaca. Um outro indício, Ebert (1956b) abandonou a denominação série Manti- segundo os mesmos autores, para essa possível derivação, queira, colocando as rochas dessa unidade em um Ar- é fornecido por dados de campo, com o nítido bandamento queano não-subdividido, de idade pré-séries Juiz de Fora com alternância de horizontes de composição petrográfica e Paraíba. muito diversa. Entretanto, as poucas análises petrográGcas Nas décadas seguintes, nos trabalhos de reconhecimen- efetuadas em litóüpos considerados dessa unidade, na fo- to geológico na escala 1:250.000, executados pela CPRM, lha Rio Espera, não mostraram senão indícios de orto- foram empregados termos como associação Barbacena, derivaçào como os apresentados nas descrições anteriores. complexo Granito-Gnáissico Indrviso, complexo Gnáis&i- Os mesmos autores selecionaram oito amostras da re- co-Migmaiítico, ou mesmo nomes de outras unidades, co- gião de Acaiaca para estudos geocronológicos. A idade mo gnaisse Piedade, para reunirem parcial ou totalmente obtida foi interpretada como a da época de uma importante as rochas da série Mantiqueira. recristalização metamórfica, ocorrida nas amostras de Machado Filho et ai. (1983, Projeto RADAMBRASIL), Acaiaca. A razão inicial definida corrobora tal interpre- geralmente não utilizaram o termo, incluindo suas lito- tação e sugere tratar-se de material mais antigo, retraba- logjas no gnaisse Piedade e no complexo Barbacena. lhado no ciclo orogêoico Transamazônico em condições de Mais recentemente, Trouw et aL (1986) voltaram a em- fácies granulito. pregar o nome Mantiqueira, agora na categoria de grupo, para reunir conjuntos de gnaisses bandados, por vezes 2.3.1.6 Idade e correlações migmatíticos, com intercalações de anfibolito e hornblen- da-gnaisses, além de ocorrências localizadas de charno- Os resultados dos estudes geocronológicos efetuados quito e de anfibolito sem orientação preferencial. em litóüpos desta unidade foram abordados no subitem Após uma criteriosa análise do Código Brasileiro de referente à sua apresentação. Nomenclatura Estratigrafica (Petri et aL, 1986), os exe- A idade obtida em alinhamento isocrônico Rb/Sr de cutores deste projeto optaram por fcnjpmr um amplo 1991 ± 42m.a., com RI = 0,706 ± 0,0004, cm amostras conjunto de rochas, aproximadamente correspondentes à coletadas nas imediações de Acaiaca, foi interpretada, por antiga série Mantiqueira de Barbosa, como complexo Man- Teixeira et ai. (1987) como da época de importante re- tiqueira, tendo em vista a impossibilidade de individualizar, cristalização metamórfica, na qual as rochas originais te- nas atuais circunstâncias, as diversas litologias que o com- riam sido levadas à fácies granulito. Reforça essa inter- põem. Essa denominação considerou a conotação per- pretação a razão inicial definida pela isócrona, bem como mitida pelo Código Brasileiro de Nomenclatura Estra- dois pontos analíticos fora e acima dela, sugerindo a exis- tigrafica (Petri et ai., op. cit., p. 380) para rochas complexa- tência de sistemas isotópicos mais antigos parcialmente mente arranjadas por transposições em zonas de dsa- rejuvenescidos no ciclo Transamazônico. lbamento e por migmatização e injeções graníticas e Estudos radiométricos Pb/Pb efetuados também em oi- básicas em fases múltiplas de deformação. to amostras da mesma área mostraram uma idade seme- Nesse complexo, reuniram-se gnaisses bandados de lhante, porém com erros analíticos muito elevados: 2017 composição tonalito-txondhjemítica e granito-granodiorf- + S38/-854m.â. Os erros foram atribuídos, pelos autores tica com intercalações freqüentes de corpos tabulares de referidos, à semelhança das razões isotópicas entre si, não metabasitos com migmatizações pré- e siadeformadonaii permitindo '""3 melhor distribuição espacial no diagrama. em maior ou menor grau. Metaultrabasito, rocha calos* Com base nessas interpretações, os litóüpos dessa unidade silicática, metagabro e quartzíto são subordinados. Este SR23-X B-IV (Rio Espera) 67

constitui corpos alongados c lemes de pequena espessura, covita-granito Brás Pires. Outros corpos granfticos, tem por bora englobadas nessa unidade. designações formais, ocorrem ao longo desse limite. As melhores exposições podem ser observadas nas ime- 1322 Distribuição geográfica c opressão topográfica diações c no perímetro urbano de Calambau, nas estradas que ligam essa cidade a Senador Firmino e à localidade de Essa unidade se estende por grande parte dos quadran- São Nicomcdes, na estrada entre Piranga e Porto Firme e tes NE e SE da folha Rio Espera (Ggura 11.2.40). Aparece nas imediações de . em ambos os lados da faixa de litóüpos do grupo Dom Os melhores afloramentos caracterizam-se como encos- Silvério e também envolve as lilologtas do complexo Acai- tas nuas de alta declividade, constituindo, às vezes, formas aca. Extravasa os limites norte, sul c leste da folha c limita- alcantiladas, travessões em leitos de rios ou escarpas ao se a oeste com os lilólipos do complexo Santo Antônio do longo destes, todos orientados por *"«»« de cisalbamento Pirapctinga, do supergrupo Rio das Velhas c com o mos- de alto c baixo ângulo e falhas transversais. Topografica-

43°30' 43°00' , 20°30 20°30

(.CATAS AL i DA NORUEGA

SENADOR] FIRMINGunir ^

2i°00'L 2.°00' 43°30' 45*00

Figura 11.2.40 - Distribuição das rochas do complexo Mantiqueira, na folha Rio Espera. 68 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

mente, essa distribuição por zonas de cisalhamento se de- Imediatamente a leste de Dores do Turvo, próximo ao leito fire como colinas e cristas alongadas de topos arredon- do ribeirão do Turvo, as rochas dessa unidade já se carac- dados e vales mais ou menos encaixados. terizam como gnaisses com bandamento centimétrioo com níveis de anfibolito concordantes e níveis quartzosos 2323 Relações de contato constituídos desse mineral cm estado recristalizado com tex- tura em musaico. Observam-se, alem desses litótipos, nKeb Os contatos, como já definidos nas descrições das de- de rocha de aspecto granítico de granulaçáo fina. Um pouco mais unidades, são quase todos de caráter tectônico. Com maís a oeste e topograficamente abaixo, já se observa uma os corpos graníticos, as vezes, são do tipo intrusive, de- rocha cinza, granulaçáo média a grossa, incipientemente mig- pendendo da idade relativa entre eles e os cisalhamentos. malizada com remobilizados quartzofeldspáticos e Os contatos com o complexo Ressaquinha caracterizam-se constituída de plagioclásio, quartzo, biotita e anfibólio. O por uma obliteração de cisalhamentos mais antigos de anfiboGlo, observado no mesmo afloramento, constitui-se de direções NW e ENE por cisalhamenlos de baixo ângulo 75% de anfibólio, 20% de plagioclásio e 5% de quartzo, alem com transporte para oeste e de alto ângulo, aproximada- de traços de opacos, titanita e apatita. A rocha, de aspecto mente, NS. Em ambas as unidades as rochas se mostram granítico e de granulaçáo fina, mostra uma mineralogia bas- intensamente cisalhadas, porém próximo aos contatos, lo- tante variada: plagioclásio (25%), imcroclínio (34%), quartzo calmente observa-se um aumento de corpos intrusivos me- (30%), biotita (5%), bomblenda (2%), moscovita (2%), nores, sin- a pós-tectónicos compondo conjuntos que po- diopsídio (1%), além de carbonato, tremolita-actinolita, deriam ser interpretados como "migmatitos de injeção", clorita, epídoto, titanita, /ireão, opacos e apatita cm traços. embora, cm escalas maiores, essa conotação possa desa- Alguns quilômetros a ocsic-norocsle desse afloramento, ob- parecer. serva-se um pequeno corpo de anfibolopiroxcnio-gnaissc es- verdeado de granulaçáo fina, com 43% de plagioclásio, 25% 232.4 Utologia, metamorff smo e deformação de diopsídio, 15% de anfibólio, 10% de quartzo, 2% de granada e 1% de opacos, além de traços de titanita, apatita, Os principais litótipos dessa unidade são gnaisses ban- sericita c ortopiroxênio (cnstatita). dados gerados em zonas de cisalhamento de alto e baixo Entretanto, o litólipo mais comum nests unidade pode ângulos, migmatizados em graus variados. As espessuras caracterizar-se como um biotita-gnaisse de composição dessas bandas variam desde milímetros até poucos metros tonalítica com hornblenda com cerca de 35% de plagio- e os afloramentos, apesar de observados de distâncias dife- clásio, 30% de quartzo, 20% de biotita, 11% de epídoto, rentes, têm sempre o mesmo aspecto tabular (foto 17). 3% de hornblenda e 1% de titanita, além de traços de Num extenso afloramento em uma cachoeira, a nordeste da tnicroclina, opacos, /ireão e clorita. A textura é grano- pequena localidade de Penha, ocorre um gnaisse finamente icpidoblástica, caracterizada por leitos constituídos por bandado, com bandas de espessuras milimétricas, dad&> cristais anedricos de plagioclásio e quartzo com junções por partes mau escuras constituídas quase que essencial- tríplices, alternados com leitos constituídos por biotita, mente de biotita e quartzo de granulaçáo fina e partes mais epídoto e anfibólio, caracterizando um bandamento geral. claras de composição quartzofeldspática com manchas Num afloramento imediatamente a norte de Vinte Al- creme. Encaixado dentro dessa rocha, coneordantemente queires, no leito do rio Bacalhau, observa-se a mesma com a foliaçáo observa-se um corpo de aníibolíto, menos associação de rochas claras e escuras concordantes com as foliado que a encaixante, com contatos um pouco irregu- foliações da zona de cisalhamento com direção aproximada lares e espessuras que variam de 0,5 a 2m. Esse corpo c NS e mergulho 60°-7(/>E. A rocha clara tem uma coloração constituído quase que essencialmente de anfibólio e creme-clara e granulação media a fina, sendo constituída apresenta uma textura granular (foto 18). Afastando-se de quartzo, microclina, plagiocllsio c biotita. A textura c alguns metros do contato com essa rocha escura, a rocha granolcpidoblástica c a estrutura orientada. A microclina bandada se torna menos foliada, toma um aspecto ígneo, a é de pequeno porte c alguns grãos envolvem plagioclásio, granulaçáo torna-se mais grossa e nolam-se nela esquiá- dando borda de reação. O plagioclásio se apresenta em litos de caráter básico (foto 19). grãos reliquiares parcial a totalmente scricitizados. A Na estrada entre Calambau c São Nicomedes, algumas gnaissificação é tectônica c a rocha pode ser classificada centenas de metros a oeste do contato com os litótipos do como microclina-granito gnaissificado. A rocha escura já grupo Dom Silvério, ocorrem, cm um afloramento na en- apresenta 55% de anfibólio (actinolita verde-esmeralda), costa, alguns mullions de anfibolito com diâmetros que 40% de plagioclásio (andesina/labradorita) e 4% de tita- variam de 10 a 50cm, posicionados segundo S10°E/10 ° c nita. Apatita, opaco e quart/o aparecem como traços. A que indicam movimento de rotação cum transporte para textura c granoblástica e foi imposta sobre uma textura oeste (foto 20). Acima desses mullions, ocorrem corpos de hipautomorfogranular, podendo a rocha ser identificada rocha de aspecto granítico como a descrita anteriormente. como um gabro anfibolilizado. Abaixo, ocorrem gnaisses bandados parcialmente Imediatamente a nordeste de São Nitoincdc», allura grani tizados. precariamente, entre litolokpas desse complexo, uma rocha SF.23-X-B-IV (Rio Espera) 69

ç -azulada de granulação média com tos terras-raras, bem como os elemeatot-traço Sc» Th e a proporções variadas de plagiodásio (10 a 30%), 20% de e CO2, HzO+ e S. Os danais óxidos e elementos-traçp anfibóbo, escapolita desde traços até 25%, piróxénio em analisados nas outras amostras foram os mesmos já re- proporções de 10 a 15% representado pelo diopsfdio em feridos nas unidades anteriores e estão organizados nas Bfinr proporção e hiperstênio, além de títanita, opacos, tabelas U2.9 e D.2.10. Nesta, que se refere aos elementos epfdoto, granada, carbonato, serícita e apatita. As texturas terras-raras, estão listados, também, «Igumag t razões e so- podem ser granonematoblástica, poiquiloblástica e nema- matórios utilizados em estudos petrogenéticos. toblastica. A poiquiloblástica é representada, prindpal- mfnte, por inclusões de quartzo em escapolita e também 232JS2 Caracterização petrognllca e aspectos da por inclusão de anfibólio, opacos e quartzo em cristais de derivação granada. Além desses litótipos, ocorrem corpos de quartzito Algumas dessas amostras representam rochas de alta grosseiro, sacaróide, atribuídos a essa unidade. No interior faciologia metamórfica e estão descritas como granulitos da massa granitóide de Divinésia, ocorre uma delgada faixa (FR-635 e FR-635A), como rocha calcissilicitica ou me- de quartzito com granada-moscovita-xisto associado e que tadiorito (FR-016K) e biotíta-gnaisses bandados (FR-00S, se estende por cerca de 8km, com uma largura aproximada FR-404 e FR-745M). Essas três últimas amostras foram de 200 a 300m. O quartzito é semelhante ao anteriormente coletadas em afloramentos de rochas com caráter hibrido, descrito e o granada-moscovüa-xisto é grosseiro, com pla- intensamente estruturadas e têm aspecto metassomálico. cas centimétricas de moscovita e cristais achatados de A amostragem teve como objetivo pesquisar sua derivação. granada com até 5cm de diâmetro. Tais quartzitos estão A amostra FR-016K foi coletada em um pequeno corpo sendo incluídos, por ora, nesta i""darir diante da impos- identificado como xenólito no granito de Divinésia. As sibilidade de se estabelecer melhor sua identidade com os amostras FR-635 e FR-635A têm textura granoblástka, níveis de informação de que se dispõe. porém a mineralogia metamórfica, com epídoto, diopsldio, Algumas paragêneses apresentadas em linhas anterio- carbonato, escapolita, além da sugestão de woUastonita na res permitem supor que pelo menos parte dos litótipos amostra FR-635A, que se detectou na composição nor- dessa unidade atingiu a fades anfibolito superior a gra- mativa CIPW, sugere um sedimento margoso na fades nulito, sendo, posteriormente, retrometamorfizada à faties granulito. Entretanto, uma outra interpretação possível 6 a xisto-verde definida pelas paragêneses sericita-epídoto e de um vulcanito de composição intermediária contami- acünolita-cloríta-epídoto. nado por sedimento carbonático, particularmente por não Praticamente, não se observam indícios de deformações se notar estrutura bandada no afloramento. Na tabela anteriores à grande deformação tangenàal de baixo ângulo 11.2. D estão registrados os valores da função DF de Shaw de provável idade transamazônica e cujos gnaisses ban- (1972), já discutida na litogeoquímica do complexo Ressa- dados, nela gerados, foram redobrados em, pelo menos, quinha, os valores do índice de peraluminosidade e as duas fases posteriores. Entretanto, existem indícios que composições normativas CIPW percentuais de coríndon permitem supor, pelo menos, duas fases de migmatizaçáo: (C), diopsfdio (di), quartzo (O), ortodásio (or), albita (ab), uma sintectônica à deformação, supostamente transama- anortita (an), hiperstênio (by), caldta (cc) e woUastonita zônica, é representada pelos gnaisses bandados que teriam (wo). Os valores da DF de quatro amostras são negativos e sido migmatizados e transpostos posteriormente; e outra, em nenhuma delas o teor de MgO é superior a 6%, porém representada pelas bandas de aspecto granítico descritas apenas a amostra FR-745M apresenta coríndon normativo em linhas anteriores e que representam mígmatizações ou e índice de peraluminosidade maior que a unidade. Das granitizações tarditectônicas a Dj (transamazônica). outras três amostras desse conjunto, duas exibem elevados teores de CaO e FeO (FR-016K e FR-005) e de hiperstênio e caldta (FR-005) normativos. 2324 Lftogeoquímlca Diante desses fatos, a amostra FR-745M poderia ser considerada de um metassedimemo aluminoso, a amostra 232S.1 Introdução FR-005 como de um metassedimemo margoso, a FR-404, pelos elevados teores normativos de quartzo, ortodásio e Desse complexo, foram coletadas apenas seis amostras, albita, como de um granito crustal cisalhado, e a FR-016K o que, dada a sua diversidade biológica e seu arranjo como de um metadiorito ou metamarga. As amostras FR- estrutural intrincado, é muito pouco representativo. Nesse 635 e FR-635A, com DF positivo, textura granular, teores estudo, procurar-se-á dar, pelo menos, uma idéia da ori- normativos elevados de albita e anortita, além da para- gem, da composição e da ambiência onde foram geradas gênese metamórfica referida em linhas anteriores, per- cisas diversas litologías. manecem com sua origem duvidosa, podendo ser inter- Cinco amostras foram »naiicaHa* na Geologia e Son- pretadas tanto como de um vulcanito de composição inter- dagens Ltda. - Geosol, e apenas uma no laboratório da mediária como de um metassedimento margoso. Entretan- CPRM-SUREG/BH. Nesta, não se analisaram os elemen- to, mais uma vez, deve-se ressaltar que essa amostragem é 70 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Tabdi II.2.13 - Piriaetros taiaicos Utilizados »ar» Identificar a Derivação das Aaostras

MQSTíAS I O" Ml dt or 39 an o: HO

rf-ii6K 1-1.981 1U7Í 13,97 8.92 2.83 Z2.it 24,4* 94 Í.23 -R-O35A < 2.8*1 11,384 33.22 15,58 5,29 1?.#2 2t,43 - •,23 l.t «-#•5 1-3, $3 (1,444 2,55 i8.4« 22.16 itM 8.95 «7, ?9 5.#i ?R-ó35 f 1,344 <\Mt 2ü.tó 26,44 2,*7 lft.97 23,41 2. 28 •.23 FP-4W l-*,942 (i.Ut i.32 29.tl 25.55 32,32 7.3< 2, 59 •,57 - FÍ-74» 1-2,291 L.iM 3.48 35,13 34,85 23.75 - 2.14

por demais reduzida para representar a unidade num âm- bito regional. O diagrama binário de Garreis & Mackenzie (1971), na Considerando que essas litokgías foram submetidas a figura &2.41, confirma, em parte, essas conclusões, per- processos que, segundo a capacidade de refiraçâo das ro- manecendo uma dúvida apenas quanto à amostra FR- chas, conduzem i gramtizaçâo, utilizou-se o diagrama ACF 016K, que cai no campo fgneo, e à amostra FR-635A, que com a divisão dos campos dos granitos de origem fenea e cai praticamente no limite entre os dois campos. Contudo, os de origem sedimentar, segundo White et ai (l<>rrT), na quando se emprega o diagrama mais complexo da figura figura IU.43. As amostras FR-635, FR-Ó35A t 016X H2.42, também dos mesmos autores, Garreis & Mackenzie caem claramente no campo dos granitos I e a amostra (1971), todas as amostras se identificam como metassedi- FR-005, no campo dos granitos S. As amostras FR-404 e mentos, com exceção da FR-404, que se situa no tnnddas FR-745M se distribuem fora do limite e próximo ao vértice rochas fgneas próximo à média dos granitos. A (Na2O+K2O), sugerindo uma alcalinização, provavel-

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Log o.o 0,1- 0.0 0,1 0,2 0,J o,* ',0 2,0 3.0 .

Figura 11.2.41 - Diagrama áê Garrtto & M«ck»nzJ« (1971), Figura 11.2.42 - Diagrama d* Garr*l« & Mackwui* (1871), qu* tiMHudo para diaerlminar M rocha* lgn«M o à» rochM Ignca» daa rocha* ssdimsntaraa, aplicado àa amoatraa do •mostras do oomptoxo MantlqiMfra compitxo ManDquaira. SF23-XB-IV (RioEspera) 71

tras FR-404 e FR-745M rtflrtcm mais uma vez, o metas- somatismo potássko. As amostras FR-63SA e FR-635, ji wfrmifiradas como mii<*inw*is intermediárias, individua- lizam-se, nesse diagrama, como phitonitos (racionados do

r.-- —* * Figura IL2.43 - Diagrama temario ACF com os campos dos granites I • S. individualizados por White et ali. (1977), aplicado às amostras do complexo Mantiqueira. A-Rochos do serie PiQiorntico B-Rochas da serie Hiperstenítico mente de origem metossomática. No diagrama ternárío AFM da figura II.2.44, com os Figure IIJ2.44 - Diagrama AFM uliláado para separar a tén» campos de classificação das principais séries magmáücas magm&tica toleflica ou pigeonfiíca da séria cateiaJcalina ou segundo Kuno (1968), as amostras FR-635A e FR-635 hiperteoitica, aplicado is amostras do comptexo Mantiqueira. (A) Rochas da série totefbca ou pigeonftica; (B) rocha» da séria identificam-se como caldalcalinas ou hipersteníticas e a cakúaicaJina ou hiperstenrtica Limitas segundo Kuno (1968). FR-016K como toleíüca ou pigeonítica. As amostras FR 404 e FR-745M evidenciam melhor o metassomatismo al- caüno e a FR-005, já identificada como metassedimentar, reflete a composição da área-fonte. As rochas tipicamente de origem fgnea, segundo o diagram* de Le Bas et ai. (1986), na figura D .2.45, classificam-se como andesito ba- sáltico (FR-016K), andesito (FR-635A) e dacito (FR-635) confirmando a composição intermediária já referida em linhas anteriores. Neste caso, considerando o diagrama da figura D.2.44 (com os campos de Kuno, 1968), existe a sugestão de que a amostra FR-016K, de caráter toleítico e composição mais básica, não tenha a mesma geração que as amostras FR-635A e FR-635, de caráter calaalcalino e composição ácida a intermediária.

232.5.4 Ambiência grotectônica 37 41 45 49 5S 57 As mesmas amostras lançadas no diagrama de La Roche et ai. (1980), na figura II.2.46, utilizado por Batchelor & Bowden (1985), com as classificações de ambientes tec- Figura 11.2.45 - Diagrama de classrfteaçio química d* rochas lõnicos de geração de granitóides, segundo Pitcher (1982) vulcânicas segundo La Bas et. ai. (1966), aplicado a rochas de e Harris et ai. (1983), identificam-se como granitóides caráter igneo do complexo Mantiqueira. (1) PferobasaKe; (2) tincolisionais (FR-404 e FR-745M) c granitóides pré-co- tefrita-basanito; (3) fonotefrito; (4) tefríta-fonolito; (S)feno*ito; (0) traquito/traquidacito; (7) vaquíandesrto; (8) basalto lisionais (FR-016K e FR-005). Essa última amostra, como traquíandesítico; (9) traquíbaulto; (iO)basato; (11) andesito no diagrama anterior, reflete melhor a fonte, uma vez que basAltieo; (12) andesito; (13) dacito; (14) riolrto. já havia sido classificada como metassedimcnlo. As amos- 72 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

3000 «»»*"'•;"

1- Eugeoivnciíneo 2- Tafroqeossmclineo / 6M* PotÓSSiCOS Ferromagnetic nos Z000- PRE-COLISM 0E PLACAS S35A 3- Eiogeossmciíneo

,635 SOEBGUIMENTO S POSCOLiSlONAC

1000-

1000 2000 JOOO Nat0^ r «iO

Figura 12.47 -Oagramatomário d» Ban, MUdMon & Murray Ri - x - IS -11 (Na +JQ-2ff» + Ti) * fr + 2Mg + (1fla^,idwdbaMtep»ya 0,7, na crosta in- 7?,54ppm na amostra FR-016K, a 187,97ppm na amostra ferior, ou, segundo Jili & Jiayuan (op. cit.), são granitóides FR-404. As amostras FR-635 e FR-635 A se destacam pelos crustais ou de anatexia no primeiro caso e granitóides STR'intermediarios e muito similares, 102^22 e lOZJSpçm transicionais ou de sintais no segundo. respectivamente, A amostra FR-404 é a que apresenta A amostra FR-016K se destaca sobretudo pela menor menor valor para a razão Eu/Eu', 0397, o que reflete uma declividade do perfil, o que reflete o baixo grau de fra- •lia negativa de Eu relativamente acentuada. A amos- cionamento. Entretanto, o enriquecimento mais acentuado tra que apresenta maior valor para essa razão t a FR-016K, em relação aos toleftos de fundo oceânico e o ligeiro enrí- SF.Z3-X-B.IV (RioEspen) 73

> em ETR leves permite compari-la melhor aos toldos calrialralmrw ou TH2 segundo Condie (1981). Por 10OO outro lado, considerando a razão Eu/Eu* •= 0329, essa amostra seria comparável também aos lolcítos de rift con- tàenuL Os perfis das amostras FR-635cFR-635A se distinguem daquele da amostra FR-016K apenas por tuna declividade 100- um pouco mais acentuada no ramo dos ETR leves. Com- parando-os aos andesitos, composições identificadas no diagrama da figura 0.2.45 de Le Bas et ai. (1966), observa- se uma diferença quanto aos valores de Eu/Eu*, ligeira- mente mais elevado segundo relações apresentadas por 10- Coodie, 1976c e 1976b (in: Condie, 1981). Segundo esse autor, pela razão Eu/Eu*, o andesito que mais se aproxima dessas amostras é o tipo Dl das pilhas vulcânicas ar- queanas. Porém, a forma do perfil normalizado desse tipo de andesito é bastante distinta. Segundo esse último critério, são os andesitos tipo II das rocyiiK pilhas, ou La C« Pr Na Pm Sn Eu Gd Tb 0* Ha Er TM Yfc Lu andesitos ricos em potássio, os que mais se aproximam das referidas amostras, que, entretanto, são inteiramente dis- Figura 12.40 - P*rt» notmaloadoi pak» ptditN o* oondrito cemelhantes em relação ao teor de K2O. abundo Bmnmn (1078), dM anátoM d» «tommlM Mm Finalmente, com base nas poucas amostras »nali

233 Grupo Dom SUvério - Plds

233.1 Comentário» gerais 0,9 -h r LO Ct Pr Nd Pm Sm Eu

Fontes et aL (1978) nao individualizaram esse grupo 2JJJRrfacóecdr f^yi^ MI nnHt^*. fivwtsklcrap^f> os xistos c quartzitos da região de Dom SOVério como parte do complexo Gnáissico- Os seus contatos com as unidades ümnxofes são todos Migmatíbco da associação Barbacena segundo a concei- de caráter tectônico e estão bem-expostos em Guaraoaba tuação de Braun & BaptisU (1976). Esses autores posi- <» aac separá-las dos gnaisses malhados Na estrada que liga a zonas de falhas, atribuindo-lhes um caráter tectônico. Porto Firme e Paula Cândido, o seu aspecto brusco está Almeida (1981) sugeriu que os grupos Dom Silvério e bem perceptível. Na localidade de São Joaquim, esses Lafiuete ter-se-iam depositado em bacias marginais da contatos são também bruscos e se fazem em uma zona de borda leste do cráton do São Francisco, tendo sido ambos chamamento NS, vcrticalbada Jâ a oeste de Porto Firme, afetados pela tectônka do ciclo Transamazônico. aparece "m contato suborizootal com gnaisses * Mgffrytr> Filho et aL (1983) idfti**''*™1»! nesse conjun- to, wlft" das lifokrgias referidas: rochas "f tabásiras e metauhnbásicas, xistos grafitosos, gonditos e cataitabi- 2.33.4 Iltologia, ritos, caraaerizando-o como uma possível seqüência tipo ffzautone-beü. Os litótipos dessa unidade, nesta folha, estão repre- Na folha Rio Espera, as litologias deste grupo restrin- «»nt arint aniff!fo de alto e baixo áng"^H e associam-se taurolita e áanita. No extremo-suL em um segmento nas inttinjjmynt^ 3 granitóides ofgihaHfx^ entre os quais, mui- proximidades de Dores do Turvo, observou-se «JBm»A» tas vezes, aparecem embutidas, o que dificulta, sobrema- em grandes proporções nesses xistos. Também num del- neira, a sua cartografia como unidade contínua. Algumas gado segmento, sobre o moscovha-granito Brás Pires, foi dessas áreas com predominância de granitóides ásalhados observado, na base do conjunto, um anfibolito ou anfibolo- foram individualizadas no seu interior, particularmente nas gnaisse c-alrí^íHf4t'f-o com 35% de actinolita verde-pálida, imediações de Guaraciaba, demonstrando, de certa forma, plagioclásio de composição oligoclásio/andesina numa associação. proporção aproximada de 32%, 15% de quartzo, 12% de diopsídio, 5% de titanita e 1% de apatita, além de opacos em proporções, inferiores a 1%. O silimanita-granada-mi* 2332 Distribuição geográfica c expressão topográfica caxisto apresenta-se extremamente dobrado e crenulado e parece associar-se, próximo ao contato com os gnaisses, a Essa unidade extravasa os limites da folha Rio Espera, termos anfibolíticos. A dificuldade de correlação desses próximo a seu vértice NE, de onde segue, numa faixa termos ao grupo Dom Silvério está no fato de que estes mais ou menos contínua e irregular com larguras que ocorrem sempre junto aos contatos com os gnaisses do variam de 2 a 8km, até as proximidades das localidades complexo Mantiqueira que também apresenta litótipos se- de São Manuel, a leste de Calambau, antiga Presidente melhantes. Apenas para os segmentos sobre o moscovita- Bernardes. Apresenta uma pequena faixa embutida granito Brás Pires foi possível obter uma correlação mais entre ortognaisses do complexo Mantiqueira, a oeste de precisa, uma vez que ali as litologias são contrastantes. Porto Firme, c pequenas faixas e ilhas sobre o granito a A leste de Porto Firme e entre essa cidade e Gua- moscovita de Brás Pires, já próximo ao limite sul da raciaba, observaram-se diversos níveis de quartzito, porém folha. Uma pequena faixa com cerca de lkm de largura em proporções muito subordinadas, entre os micaxistos. extravasa este limite e adentra a folha Rio Pomba, Tanto a norte de Guaraciaba, como entre Porto Firme e contígua. É possível que esses pequenos tratos ocorram, Guaraciaba, bem como sum segmento nas proximidades também, dispersos nessa folha. da localidade de Ribeirão Santo £ "tônio, foi observada As melhores exposições da unidade encontram-se no uma seqüência que se inicia por grauta-micaxisto se alter- perímetro urbano de Guaraciaba, na pequena localidade nando com granada-micaxtsto e quartzito subordinados. de São Joaquim, ao norte, a leste de Porto Firme e nas Essa seqüência, apesar dos contatos de caráter tectônico, cercanias de São Nicomedcs, já referida. As suas super- parece constituir a base do grupo na folha Rio Espera. É ficies de ocorrência, em geral, refletem mais o caráter das justamente tal conjunto que permite distinguir os xistos zonas de dsalhamento a ela associadas, ou as falhas que a dessa unidade daqueles da unidade média do supergrupo cortam transversalmente. Às vezes, caracterizam-se por Rio das Velhas. Na folha Rio Espera, não foram obser- uma certa rugosidade, dada por pequenas cristas côncavo- vadas associações Utológicas semelhantes na unidade mé- convexas, particularmente nas pequenas porções obser- dia referida. vadas sobre o granito Brás Pires. Os xistos desse grupo, em geral, apresentam quartzo em A figura Ü.Z50 mostra a distribuição dessa unidade proporções elevadas (40 a 60%), além de biotita, mos- nesta folha. covita, alcalífeldspato, granada e opacos, e traços de tur- SF23-X-B-IV (RioEapen) 75

«•so" «3«00 10*30'

PORTO FIRM • PlRANGA / CATAS ALTAS y DA NORUEGA

•CALAMBAU LAMIM SENHORA DE 1 OLIVEIRA

BRAS PiRES • RIO ESPERA

• ClPOTANEA .SENADOR FIRMINO

2l°00' ZI°0O' 43°iO' 43*00'

Rgura 11.2.50 - Distribuição das rochas do grupo Dom Silvério, na folha Rto Espera

malina, apatita, zircão, epídoto e clorita. A granada, em Turvo, foram observadas paragêneses com plagioclásio, geral, é subordinada, em proporções inferiores a 10%. anGbolio c diopsídio, além de silimanita, o que sugere uma Porém, em alguns níveis, particularmente nos das seqüên- faciologia metamórfica mais elevada. cias descritas anteriormente, ela predomina largamente A deformação nessas rochas é intensa e parece estar sobre os demais constituintes. Alguns conjuntos mostram associada tanto às zonas de dsalhamento NS e ENE de aho xistos com plagioclásio em proporções variáveis de 15 a ângulo como às de baixo ângulo com transporte para oeste. 30% e títanita, com bandas de espessura* centimétricas Freqüentemente, as rochas caracterizam-sc como proto- eminentemente micáceas e sem granada, estaurolita e da- milonitos e milonito-xistos. Porém, em nenhum local foram nita, o que parece afastá-los de uma paragênese aluminosa. observados indícios de deformações anteriores a estas. As parageneses estaurolita + granada + ciai: it a e es- taurolita + granada + biotita + moscovita são carac- 1333 Aspectos petrogenéticos terísticas da fades anfiboLto inferior e aparecem principal- mente nas faixas posicionadas mais ao nor-nordeste da A própria variedade litológica observada em pacotes folha. Porém, mais ao sul, nas imediações de Dores do relativamente pouco espessos (figura B251), bem como 76 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

pangêneses referidas em babas anteriores, são caracte- predominância, como os tonahto-troodhjemitos Serra do rísticas que permitem identificar a maioria dos litõtipos. Carmo ou o granito Pimenta. Boa parte dos limites desses dessa unidade como paraderivados. Porém, os anübolo- corpos estão comprometidos pelas dificuldades, já refe- ilficKiiif^imK c «igimiat variedades de xistos ridas, de boas exposições e relações com faixas de cisa- i plagioclásio em proporções relativamente elevadas e Ihamento mais ou menos largas. i as paragêneses aluminosas sugerem a ocorrência de O termo granitoide é, aqui, empregado no sentido com- rochas metavukânicas máficas junto à base e metavul- posidonaL de diorito/quartzodiorito até granito alcalino c /^n^«t iodas a intermediárias nos andares superiores. não fo*"" rochas resultantes da «*«t"»"»Snfiy jjo desenvol- Estudos petrogenéticos mais avançados, aliados a uma cartografia de maior detalhe, poderão esclarecer melhor a metamorfica e anatética. Com base em observações de origem desses possíveis vulcanites. campo, análises mesoscópicas e microscópicas e químicas particularmente de elementos terras-raras, dividiu-se, ten- tativamente, ^«^» granitóides cm: - Tonalito-troodhjemitos, granito-grano- —:) dioritos. Induíram-se entre estes os tooalito-troodhjemitos grafito-cianita-biotita-xisto da serra do Carmo e correlates e as lascas tectôntcas de composição graníto-granodioruica do ribeirão Pinheirinho e proximidades de Pinheiros Altos. Anpeaao/rYoterozófco Iadifcrcadado - Granitóédes de composição gr anítica, intensamente dsalhadose que se desenvolvem por uma faixa de aproximadamente 1,5km de largura por 8,5km de extensão a sudoeste de Piraoga e ao granada - biotita-xisto norte de Senhora de Oliveira, na localidade de Pimenta. Além desse conjunto, está-se incluindo no mesmo intervalo estratigráfico, por não se dispor de melhores evidências, uma extensa wa«^ granitoide a microclina com encraves

Figura H.2.51 - Ssqüência litotogica tipicamwrt» mttassadimantar de rochas básicas e rochas de alta faàologia metamorfica, do orupo Dom SUvério. Encosta do vala do córrego Mato Grosso, apresentando uma alta diferenciação entre elementos ter- sfluanta da margem direita do rio Pitanga, sntre GuaracialM • ras-raras leves c pesados e de provável origem anatética e Porto Firm». Afloramento FR-600. que se desenvolve entre Senador Finnino e Dhãnésia. Proterozóico Inferior - Nesta categoria, incluem-se o moscovita-granito Brás Pires, que, pelo menos em parte, 233 A Idade e coneiações constitui placas graníticas diferenciadas e posicionadas por cisathamento e diversos corpos graníticos a microclina que Não existem, até o momento, quaisquer estudos geocro ~ rem mais ao norte, entre as Utologias do complexo Qologicos em litótipos do grupo Dom Silvério. As corre- Santo Antônio do Pirapetinga e as Utologias do complexo lações, tentadas até o momento, basearam-se em simi- Mantiqueira. laridades petrológicas e estruturais. Neste projeto, tanto na folha Ponte Nova, contígua a nordeste, como nesta folha, não foram observadas quais- 2.4.12 Tonalito-trondhjemito Sem do Carmo - Aylsc quer evidências que permitissem posicionar a presente unidade abaixo do Proterozóico Inferior. Os seus litótipos Esses granitóides constituem os mesmos leucognaisses mostram-se afetados pelo ciclo orogéníco Traosamazõ- já descritos como parte integrante do complexo Santo nico, porém não são afetados por ciclos anteriores. Com Antônio do Pirapetinga. Na realidade, os corpos indivi- base nesses fatos, posicionou-se esta unidade, tentativa- dualizados na serra do Carmo e suas imediações, nas pro- mente, no Proterozóico Inferior. ximidades de Bandeira e a sudoeste de Santo Antônio do Pirapetinga, constituem áreas de predominância desses gnaisses e onde ocorrem as suas melhores exposições. Ca- IA Rochas intnuhras e pratonkas racterizam-se como rochas branco-leitosas, de granulaçáo média a grossa, constituídas quase sempre de albita ou 2.4.1 GranJtóides c rochas Intrusivai aibita/oligoclásio e quartzo com predomínio do plagio» clásto. A microclina pode ocorrer em proporções muito 2.4.1.1 Comentário! geraii subordinadas, não ultrapassando nunca os 5%. Os máficos também são relativamente subordinados, podendo a biotita Nesta folha, foram cartografados diversos corpos de alcançar, no máximo, 10%. Apresenta ainda, moscovita, rochas graaifóidcs (figura U.ZS2), alguns como área de epídoto, zoisita, titanita, clorita, apatita c opacos. Lançados SF.23-X-B-ÍV (RioEipera) 77

de Streckdsen (1976), caem ao campo do (figura ILL52. amostns FR-164 c posterior. O quartzo também ocorre, tanto 507) Em ocral, fflrihrm textura graiKMtnnafTrHáV^T e ex- IMMM: «MÜ««M»r»MÍm fwlin nu «britai» IMWt í tiaçio omfafr—*. grãos frmmdos e ooaiatos ineguiares irregulares, cristalizados sobaforma de cofdõesqueacom- evidenciando efeitos de esforços tectõoicos. O plagwctfsio panham a direção preferencial da rocha. Também o cpf- ocorre tanto em grãos finos, poogonizados e com contatos doto exibe-se sob essa forma, acompanhando a direção retos, como em grãos maiores, xenoNasticos com contatos preferencial da rocha, que, localmente, é baadada com irregulares e, em geral, afeeram-se para sericka, moscovita algumas bandas escuras caracterizadas pela presença de e epfdoto, mostrando prT"^1"» inclusões de quartzo. Os biotita e quartzo numa textura grtFM^^rrtfnHátttn

43"00' 20»SO'

GUARACIABA,

.PORTO FIRME • CATAS ALTAS • PIRANGA DA NORUEGA

•CALAMBAU

• LAMIM SENHORA OE • OLIVEIRA

BRAS PIRES;!;! • RIO ESPERA iflliüílií

CIPOTANEA SENADOR FlRMINO Jf

2l»00' 2l°00'

10

Hgura K£82 - Distribuição das rochas plutomeas. ácidas a intermediárias cartografadas na folha Ho Espera. (1) TofMMo-Tiondhjwnto Sana do Carmo o corpos corrtlatos; (2) granHo^ranodiortto Rbsirlo Pinrwirinho • corpos corraMos; 0) oranüo Pimanta- (4) moscovHâ-granito Brás Pirt», (5) granitos alealinos; (6) alealigranito Divioétia. 78 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

2.4.1 J Granlto-gruiodiorito Ribcirio Pinheirinho- moscovitizadas. O quartzo ocorre em grãos de grande Aylp porte, xenoblásticos, com forte extinção ondulante e cm lamelas de deformação. Esses cristais xenoblásticos de Entre as litologias do supergrupo Rio das Velhas, do- quartzo envolveram e digeriram os demais constituintes. A bradas em antiformes isodinais rompidos e empurrados rocha de coloração rósea, estrutura lenticular, aspecto pro- para SW, inserem-se corpos graníticos a granodioríticos, tomilonítico é constituída de 38% de microclina, 32% de alongados segundo as estruturas e que foram interpretados quartzo, 24% de plagioclásio, 3% de biotita, 3% de mos- como lascas tectônicas por Schrank (1988). covita e traços de apatita e opacos. Apresenta textura Apenas no corpo observado ao longo do ribeirão Pi- granoblástica e nela se destaca uma estrutura bandada nheinnho e da estrada que liga Pinheiros Altos a Mainart, caracterizada pela presença de palhetas de biotita e mos- ocorrem boas exposições dessas rochas. Os demais só fo- covita alinhadas e alternadas com níveis quartzofeldspá- ram observados através de rególitos situados no perímetro ticos. É notável a deformação generalizada dos cristais. urbano de Pinheiros Altos e na estrada que liga a localidade Ne diagrama de Streckeisen (1976), essas rochas caem de Cristais a Bordões. Caracterizam-se como rochas de cor no campo dos granitos b (amostras FR-082 e FR-310). cinza, granulação média a grossa, que se apresentam local- Considerando o aspecto cisalhado desses granitos ou mente foliadas junto às encaixantes e menos foliadas para gnaisses de composição granítica, pode-se concluir que os o centro do corpo. Nessas bordas, caracterizam-se como contatos são de caráter tectônico. Realmente, as mesmas verdadeiros milonitos de cor cinza que podem ser confun- relações de contato observadas entre os litótipos dos com- didos com xistos. Tal caráter milonítico desaparece em plexos Santo Antônio do Pirapetinga e Ressaquinha ocor- direção ao centro, porém a rocha ainda continua a apresen- rem também nos limites deste granitóide. tar estruturas orientadas, podendo ser classificada como um augengnaisse de composição granítica, ou biotita-mi- 2.4.1.5 Alcaligraoito Diviuésia - Plyld croclina- plagioclásio-quartzognaisse. Constitui-se de 35% de quartzo, 27 a 30% de plagioclásio, 20 a 25% de mi- Esse corpo ocorre entre as cidades de Senador Ftrmino croclina, 8 a 15% de biotita, além de moscovita, epfdoto, e Divinésia e expõe-se esparsamente nos leitos do rio Turvo apatita, zoisita e opacos. No diagrama de Streckeisen e do ribeirão São Francisco, onde aparece caracterizado (1976), caem no campo dos granitos b, pobres em feldspato como uma i oeba de granulação grossa a média, com vários potássico (figura I1.2J2, amostras FR-125 e FR-130). encraves anfibolíticos de formas diversas e de rochas de coloração marrom de faciologia metamórfica relativamen- 2.4.1.4 Granito Pimenta -APlylp te alta, caracterizadas como metadiorito gnaissifícado, além de veios aplíticos com direções N20"W e N60*E, c de Ao norte de Senhora de Oliveira, nas proximidades das veios pegmatóides com direções aproximadas N10°W. Tais localidades de Pimenta, Prudente e Martins ocorre um veios apresentam mergulhos fortes a subverticais e atingem corpo granítico muito cisalhado que se comporta ora como espessuras de cerca de 5cm. Os corpos anfibolíticos variam milonito, ora como prolomüonito. Apresenta cor cinza com de decímetros a metros de espessura e atingem até 10m de bandas esbranquiçadas de pegmatitos resultantes de re- extensão. Essa rocha lembra, devido à sua heterogenei- mobilizações da própria rocha e cor rósea, estrutura len- dade, um migmatito com estruturas schollen e nebulítica. ticular e granulação grossa. Com o primeiro aspecto apa- Tal aspecto heterogêneo foi observado em diversos aflora- rece bem exposto numa pequena pedreira ao lado da es- mentos, sendo que as estruturas variam de afloramento trada que liga Piranga a Senhora de Oliveira e com o para afloramento e a rocha dominante é clara com grandes segundo, numa escarpa de uma meia-encosta entre Pimen- cristais, de até centímetros, de feldspato potássico. Com- ta e Pau Grande, passando pelo mono do Bom Retiro. Na posicionalmente, caracteriza-se por 45% de microclina, pedreira, caracteriza-se como um gnaisse de composição 30% de quartzo, 16% de plagioclásio, 8% de biotita e 04% granítica constituído de plagioclásio (30%), microclina de granada. No diagrama de Streckeisen (1976), caem no (35%), quartzo (29%), moscovita (1%), biotita (5%), e campo dos granitos típicos. traços de epídoto, titanita, apatita e opacos. As porções pegmatóídes apresentam quartzo, microclina, biotita e pla- 2.4.1.6 Moscovita-granito Brás Pires - Plylbp gioclásio numa textura granoblástica, enquanto a rocha predominante apresenta textura granolepidoblástica. Nes- Essa unidade granítica é a mais expressiva na folha Rio ta, a microclina substitui e envolve o plagioclásio, mostran- Espera, tanto pela distribuição em área, como pela sua do-se metassomática. Os grãos de plagioclásio alterados e importância econômica em relação às demais unidades envolvidos pela microclina exibem borda de reação. Esse granitóides. Foi justamente esse caráter econômico que mesmo comportamento é observado também nas faixas exigiu que se tratasse com uma certa prioridade a sua pegmatóides. A biotita tem pleocroísmox = amarelo-claro cartografia em relação às demais unidades granítícas, ape- e y » z =• marrom-avermelhado. Na porção pegmatóíde, sar da pobreza das exposições e das dificuldades de deli- é rara e de igual composição. Algumas palhetas foram mitá-la. Entretanto, sua identificação, no campo, torna-se SF23OC-B-IV (Rio Espera) 79

relativamente fácil, graças a «lgnm« de suas características caracterizam-se como leucogranitos pouco foliados, cons- morfologicas. Amais conspfcua é um voçorocamentogene- tituídos de microclina (35 a 50%), oUgodásio (15 a 23%), ralizado por toda área de ocorrência aliado à pobreza quartzo (25 a 30%), biotita e doríta (7 a 12%), moscovita acentuada dos solo£ que permite visualizar, mesmo à dis- (3%), além de opacos, zireão, titanita, seridta e minerais tância, a cor rosca dos regolitos que lhes subjazem. Além argilosos em proporções subordinadas. A moscovita pode dessas características, é possível observar, nas voçprocas e ocorrer tanto em palhetas límpidas e bem-desenvorvidas cortes de estrada, plaquetas de moscovita mili- a centi- como originada da biotita. A rocha, em geraL não exibe métricas que se destacam pelo brilho nos regolitos de cor indícios de deformações tectônicas. A gnaissificaçáo ob- rosca servada foi gerada durante o seu emplacement. Na borda Contrariamente a outras áreas graníticas observadas, oeste do corpo, observam-se, com freqüência, diminutos talvez por uma retomada mais ou menos recente de um cristais esparsos de granada. Contudo, nas imediações de período erosivo, os vales são encaixados e as encostas Ribeirão Santo Antônio, esse granito se mostra menos íngremes, apesar das formas arredondadas dos topos das moscovítico e de granulação mais fina e com indícios cons- colinas quando não retomados pela erosão remontante. pícuos de cisalhamento. Por outro lado, são comuns, tam- Mesmo nos afloramentos, aparentemente de rocha fresca, bém, corpos de anfíbolito, deformados ou não, associados observados nas margens dos rios e nas encostas, existe uma a essas zonas de cisalhamento. grande dificuldade de se encontrar amostras que se pres- Essas observações permitem supor que existem placas tem ao estudo petrográfico ou análises químicas. As ro- graníticas de outras gerações mais antigas, empurradas de chas, quase sempre, mostram-se caulinizadas em virtude da leste para oeste na grande deformação transamazônica e grande quantidade de microclina e micas que as compõem. entre as quais foi gerado, numa fase mais tardia, o mos- Por outro lado, cabe ressaltar que as poucas amostras covita-granito Brás Pires. A foliaçáo generalizada de baixo utilizada para análises podem não ser representativas da ângulo que separa essas possíveis semelhanças iitológicas unidade, uma vez que estas se tornam mais resistentes e sobretudo a carência de boas exposições dificulta sobre- apenas com a depleção cm moscovita e, provavelmente, maneira as suas individualiza ções. Somente com um grande também em microcUna. Na borda oeste do conjunto, as número de análises petrográficas e químicas, bem como rochas são menos orientadas, apesar de guardarem sempre análises geocronológicas e de minerais pesados coletados uma tênue foliaçáo suborízontalizada que aparece bem nos nas drenagens que cortam essas rochas, será possível uma grandes afloramentos (foto 21). Já no bordo leste, apresen- individualízaçâo mais precisa. Cabe ainda ressaltar, que na tam-se mais orientadas, sendo comum a presença de veios amostragem deverão ser empregados métodos mais sofis- ou massas pegmatóides deformadas. Em alguns cortes, ticados que incluam sondagens e poços. ocorrem porfiroclastos mili a centimétricos orientados se- gundo uma foliaçáo suborízontalizada ou com um pequeno 2.4.1.7 Granito alcalino - Plyl mergulho para leste. Localmente, observam-se duas folia- ções, sendo que uma delas está ligada, provavelmente, ao Ao norte do moscovita-granito Brás Pires cartografa- fluxo magmático. Os contatos, particularmente com os ram-se três corpos menores de rochas graníticas, nos limi- segmentos interpretados como pertencentes ao grupo tes entre os complexos Santo Antônio do Pirapetinga e Dom Silvérío, são claramente de caráter tectônico e mos- Mantiqueira. Esses corpos foram identificados em uns tram estruturas bandadas como aquelas características do poucos afloramentos e os seus limites, tentativamente es- complexo Mantiqueira. Já os contatos com os xistos do tabelecidos por fotointerpretação. São, portanto, iimites •upergrupo Rio das Velhas caracterizam-se por uma gera- mais supostos que aproximados. Caracterizam-se como ção de pegmatitos nas interfaces entre as duas unidades, rochas constituídas principalmente por cristais mili- a como já descrito em detalhe quando da abordagem das centimétricos de feldspato alcalino envolvidos por uma relações de contato daquele supergrupo. Os contatos com mesóstase de granulação fina de quartzo e biotita. Em o complexo Ressaquinha não são facilmente perceptíveis. geral, apresentam-se pouco deformados, porém no seu Em uns poucos locais, observa-se um inter-relarionamento interior foram observados xenólitos alongados, suborizon- por falhas entre as duas entidades geológicas. Noutros, talizados, que se mostram claramente afetados pela de- parece haver uma série de injeções de rochas graníticas de formação transamazônica. A foliação conspicuamente ob- granulação média a grossa, relativamente pouco foliadas servada nesses xenólitos passa de maneira incipiente ás em relação às encaixantes que são gnaisses tonalíticos de- massas graníticas envolventes. formados ou, localmente, rochas xistosas com seixos ou fragmentos e atribuíveis ao supergrupo Rio das Velhas. 2.4.1.8 LJtogeoquímica das rochas grenitóides Eisas injeções são compostas de micvoclina, em grande quantidade, a qual, freqüentemente, encerra fragmentos 2.4.1.8.1 Introdução de plagioclásio. O quartzo e a biotita são também obser- vados, sendo que esta apresenta-se parcialmente moscovi- Dos diversos corpos identificados e cartografados como tizada. Porém, os litótipos mais comuns dessa unidade granitóides na folha Rio Espera, selecionaram-se nove 80 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

amostras para ?"*''"•* químicas. Do moscovita-granito dos índices de peraluminosidade (PAL) e as composições Brás Pires, não foram coletadas amostras para essa finali- normativas CIPW podem ser visualizados na tabela II.2.16. dade, em virtude da dificuldade de se selecionarem espé- Nessa tabela, observam-se dois valores negativos da DF cimes totalmente frescos. Todas as amostras foram anali- de Shaw (1972), FR-082K e FR-082L. Essa última amostra sadas no laboratório da Geologia e Sondagens Ltda. - apresenta uma composição normativa estranha para ro- Geosol e os resultados analíticos estão ordenados nas labe- chas graníticas, o que, de certa forma, se justifica, por Usn2.14en2.15. tratar-se de uma rocha de caráter pegmatóide. Entretanto, Os corpos cartografados como granitóides ou tonalito- nenhuma das duas tem índice de peraluminosidade maior trondhjemitos Serra do Carmo, por se apresentarem sem- que a unidade e nem corfndon normativo na sua com- pre deformados, tanto em amostras de mão como em lâmi- posição. Para a amostra FR-082K, não existe ainda uma nas delgadas, foram os únicos que mereceram um trata- justificativa segura para esse valor negativo, a menos que mento gráfico com o objetivo de se confirmar sua esteja refletindo uma composição do sedimento do qual a derivação. No flagrem» de Garreis &Mackenzie (1971), da rocha teria se originado. figura 11.2.53, todas as três amostras dessa unidade iden- As amostras FR-164 e FR-LS4A apresentam valores tificam-se como ígncas. elevados de Na2O, constrastando com valores relativa- mente baixos de K2O, quando comparadas à amostra FR- 2A.IA2 Classificação petrograOca e aspectos da 193B da mesma unidade. Por outro lado, os teores de Cr e composição química Ni, embora baixos, são bastante mais elevados nas duas primeiras amostras. Tais observações nos permitem supor A classificação petrográfica em lâmina» delgadas e/ou que essa pequena população representa rochas diferentes amostras de mão, bem como os valores DF de Shaw (1972), incluídas em uma mesma unidade devido às similaridades de campo. É possível que a amostra FR-193B represente um granitóide gerado a partir da refusáo de metassedimen- tos do supergrupo Rio das Velhas. As amostras FR-130 e FR-125, que representam o grani- 0.6-1 tóide Ribeirão Pinheirinho, são muito similares compo- sicionalmente e contrastam com as demais pelos elevados teores em Ba e Sr. As amostras FR-313, FR-082K c FR-082L do granito 0,3- Pimenta mostram alguns contrastes quanto aos teores de SÍO2, AI2O3, Feü e CaO. Os teores de Ba e K2O da amostra FR-U82L são muito elevados, contrastando com o teor mais baixo de F. Essa amostra pode constituir um remobilizado 0,4- pegmatóide e as outras duas, apesar de se situarem numa mesma faixa de cisalbamento, podem representar corpos de gerações diferentes. O.Si 1AAA3 Aluminosidade e calcialcaltoidadc

No diagrama de Rapela & Caminos (1987), na figura 0,2- 1/ II.2.54, as mesmas amostras se identificam quase todas como mctaluminosas, porém posicionando-se próximo ao limite direito do campo, sugerindo um caráter mais alu- minoso. A amostra FR-193B se classifica como peralu- o.x- minosa, reforçando a suspeita de que essa rocha pode ter-se originado de um metassedimento. A amostra FR- 082L se posiciona no campo peralcalino, bem próximo à 0,0 fronteira com o campo metaluminoso, particularmente de- 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 vido ao seu caráter pegmatóide. No diagrama de Wright (1969), na figura H.2.55, que discrimina as rochas grani- tóides segundo sua razão de akalinidade (RA), essa mes- ma amostra se posiciona na extremidade direita do campo Figura 11.2.33 - Diagrama de Garreis & Mackenzie (1971), idealizado para distinguir através dat razoes NJO/AIJOS, nu alcalino. Também as amostras FR-193B, FR-082K e FR- ibedssas, e NaaO/AfeOs, nas ordenadas, a origem ígnea ou 154A se posicionam no mesmo campo, essa última, par- sedimentar de roehtt metamórflcM. aplicado às amostras de ticularmente em virtude de seu elevado teor em Na2O. As tonslito-trondhjemito tipo Serra do Carmo. demais se identificam como calcialcalinas. SR23-X-B-rV (Rio&pcrt) 8

label» II.2.14 - Teores de ó:-.idos *aioret e Eletfütos-Traço it Mostras tfe Ptatonitos Ácidos e eCt2> IOS da Folha (fio Es

1 Sr. Serra do Carn : ta.nn* í Gr. ?!«nt;1 iGr . Dtvtn.

ÔXIDOS ! FÍH64 Fft-t?39 FR-154AI FR-Í30 FR-125 1 •R-313 n-vs2% FR-0B2U FR-016L MAIORES i

SiO2 f ?*.600 74.? 76.2M ! 69,8»» 7l.7»í 1 tf,»»* 74 kàà 75.8»» 1 71.2M Al 203 1 13.SM 13,300 • Í5.4H <á M0 i' 15,3ê# 12,7W ií,200 I 15,200 Fe203 f 1.291 /A iAA ' 11»» »,B6« : »,47» «.49» »,26» 1 0.Í60 FíO i 1,000 e.*'j* : i.15* i,3W 1 2.t%i í.(# ».Í4» 1 1,300 Hnú 1 «.121 A AQA i í.04» »,»5e • 4,»60 C,»5» ».»2» 1 0,03» HjO 1 0,500 0,490 1 0,76* t,m : »,««• »,93« 0,15» 1 0,930 CaO 1 3,200 1.4M 1,50* ! 2.2»» . 3,2»» ».B6» »,900 I 2.60» NaM i 5,200 6.3»» ! 5.8W 5,Wf ' 4,4»» 3.7«f 2,800 i 5,300 K20 ! 1.98» 3.W» ».78» .' 2,4»» 2,7»» ! 3,2»» 5,2»» 7,10» 1 2,300 TÍ02 ! «,180 <0.205 I (0.050 • »,»6» 1 0.080 S ( Mi* Mtf 0,»i9 1 0,»10 »Ji» f «,*2« Mie 0,040 1 0,020 A IAA i C02 ! «,25» 0,100 1 »,i»( »,2«» 1 MM t.i5» W | } wV 0,100 H20* 1 0,200 «,22* i «.26» 0,31» ! »,37» e,iM 0,070 1 0,350 1 _ 1 i PF i 1 i Utid ! »,1W e.35» e.ts» * «,»40 «,12» «*»2« 0^050 1 TOTAL 1 100 »3» 00,03» 1 99,91» 99,84» 1 99,73» 99,89» 99.690 [ 99,82»

ELEHEN- I TOS-TRA I C3 ?

Cu 15 6 S ! 3 i i 8 l* 7 1 13 Pb 14 17 16 ! 13 i 22 20 i 20 Z« 29 5 • 9 i 46 43 ! 55 33 4 : 35 Co <5 (5 (5 : i-j (5 i li (5 (5 1 (5 Cr 4» 24 'í ! <5 1$ i 36 (5 (5 1 7 Ni 26 7 2* : 8 \2 í 26 i« 10 1 18 ee 44 54 1 84 56 I 14» 5» 24 ! 96 Sc Í2 13 1 (5 20 2f i (20 <2« < 22 <2» <2» 1 20 f ne ÍJ (30 i 242 211 1 45» 232 60 1 232 Sa 33» 49« 12* • 1000 116» 1 83» 53» 2640 i 600 Sr 56 28» 13» ; 68» 74» * 55» 18» 290 1 320 Zr 17? 77 91 ? Í9t 220 f 250 140 65 ' 170 Th «í» (1* í <Í0 (1« I

Tabela II.2.15 - Teores dos Eleientos Terras-íaras e Alguns fta;ões utilizadas no Estudo Petrtwnéttco tfe Awrctras dos Platonitos Àciaas e Intermediários da Folha 9:

f Gr. it'ri do Car»o i Rib. Pmheinnho 1 6r. Pnenta iGr. Drvin.

K»-l64 FR-t 34 FÍ-ÍÍ5 ; -"S-313 «-482ÍÍ FS-482Li

t La 6,444 4.644 14,144 ; 25.414 34,154 i 32.544 29.214 5.Í5» I 19.95» Ce 1 15,144 6,744 2/. 744 1 41,334 '4.424 54.54* 45,414 8.U4 1 34.814 i W 4,4*4 5,944 Í4.744 i 16,82» :7.35» t 22.7*4 15.774 3,41* , 14,3j» Si f 9,684 4.944 2,144 i 2,874 3.42* ! 4.244 3,144 4,754 i 3.444 ia f.5#4 4,274 4.444 1 4.774 4.794 i.4** 4.619 4.564 1 4,734 Gd 1 •.55» 4,934 1.54» Í 1,424 1.62* 1 3,444 2.274 4.694 2.43» D» \ 4,484 •,324 9,779 1 1,21» 1.J24 1 k.m 1.334 i.ue i 1.71* Ho i • .494 4,144 4,10* 1 4,134 4.16* 1 4.544 4.164 4.194 i 4.2s» Er i 4,244 ».35# 4,424 Í 4,47» 4.444 1 i.m 4.499 4.514 , 4.7S4 Yb í ».tM 4,434 9,444 i 4,574 4.71» 1 1.1*4 4, 41| «.<** ; 4.534 í 7 in 4,444 4.984 4,474 f 4,444 «.494 i 4.164 9 tt> 4, #6* i M8* E-i/Eut 1 2.425 9,'ièj 4,723 i 4.99* 4.989 •• 4.7K Í.ÍÍ3 2,992 ! 4.842 i LaN/Ybn 43,199 7,221 21,6J* I 34,4o* 26,443 21.937 4ã,9ã8 $,CJ!2 i 25,447 Ybrf/LaN i • ,«23 4,138 •,446 t 4,433 9,4)5 i 9.946 9,921 4,il7 ; *,*39 i STRL 26,564 19,264 54.644 1 8á.«34 V6.94* i 1Í3.944 93.499 14.°2* l 74,*ri» 3TW i 1,464 2,774 3,3*» Í 4,464 4.546 1 V.JÒÍ 4.82/ 3.1*9 | 5.614 5Tfi 1 28,344 22,344 58,4-3» i 91,244 142,J95 1 123,444 99,i>7 2».449 1 34.634 LaM/LuM 1 14,646 5,949 24,949 I 41.213 32,444 ! 21.465 45,255 7,597 | 24,989 CeN/Yb* 1 39,482 5,237 14,294 ! 18,767 té.m 1 14,194 23,792 5,248 1 17.9/6 I GdW/YbH 1 4,445 1.748 2,755 1 2,297 1.844 2.748 4,671 1,798 1 3,745 SserYN 1 19,242 21,488 34,943 1 44,892 49,173 1 79.847 :4,3W 2a.598 i 55,625 SserScN 1 3,384 7,844 7,952 1 8,844 12.457 Í IB, 383 8,474 9,213 1 11,296 SserCeN f 59,123 42,998 123,452 1 2*4.175 232.451 1 246,217 224,2*4 39,712 1 169,512 I STÍN i 31,711 72.354 144,548 1 259,871 293,88$ 344,447 282,578 74,523 1 236,432

WS As norializacôes sio efetuadas secundo os valores condrfticos de Evensen (1978).

2AA&A Classificação químico-mineralógica calino, constitui um corpo intrusivo e cisalhado na mesma faixa de cisalhamcnto e diferente do corpo representado pelas amostras FR-082K e FR-082L, embora ambos te- Todas as amostras selecionadas identiTicam-sc como nham sido incluídos ca mesma unidade devido à dificul- ácidas no diagrama de classificação petrográfíca quimico- dade de separá-los no campo. No diagrama de minerais mineralógica de Debon & Le Fort (1983), da figura 11.2.56. característicos Ax B, também de Debon & Le Fort (1983), Classificam-se como tonalitos e próximo ao trend toleítico na figura 11.2.57, observa-se que as amostras do granitóide as FR-L54A e FR-164 do granito-granodiorito tipo Serra Serra do Carmo individualizam-se na faixa dos leucograni- do Carmo e, confirmando observações anlcrorcs, a tóides, a FR-193B no domínio peraluminoso, e, portanto, amostra FR-193B do mesmo granitóide identifica-se como como leucogranito c as outras duas no metaluminoso e, em granodioríto e próximo ao trend calcialcalino. As amostras conseqüência, como leucotonalito ou trondhjemito. do granito-granodiorito Ribeirão Pinheirinho se situam As amostras FR-082K, FR-016L, FR-125 e FR-313 con- ambas próximo ao trend calcialcalino, porém classificam-se figuram aproximadamenie um trend cafcmico e se dis- como tuoalito (FR-130) e granodiorito (FR-125). A única tribuem no setor IV, cuja mineralogia característica deve- amostra do graaitóide Divinésia também se situa próximo ria ser ±ü\ ±Hb ±opx ±cpx ±ol. As amostras FR-154A. ao trend calcialcaíino e classifica-se como tonalito. O FR-164 e FR-130 se situam ao setor V, caracterizado pela posicionamento da população representativa do granito ausência de biotíia. A amostra FR-193B confirma seu cará- Pimenta parece confirmar a suspeita de que a amostra ter metassedimentar e a FR-082L individualiza-se como FR-313, classificada como granodiorito e no trend calcial- leucogranitóide metaluminoso. Tabela II.2.16 - Classificação Petrogrifica. Valores dos OF dr Ska«(i972>, dos indices de Peralutinosidade (PAL =90]*1203/120 • Na? * CaO) e as Cowosicões Nortattvas CIÍU das Aaostras dos PlutOnito* Ácidos a Intermediário?

AHüSTftAS I CIASSIFICAÇSO PETUOWÀFICA I OF I PAL 0 I or I ib I an I di I hy I it I il I ap I pi I ac

F»-i64 de cow. tonal ftica I #,84« I »,87 33,72 5.W 44,49 1*,63 4,1» •,53 ,42 ,34 .12 •2 FI-193B lleucognaisse de cow .granitica I •,•38 I 1,*9 32,99 17.87 4». «8 6,67 •,64 ,15 .1» .12 •? 1.31 FP-154A llegcwnaisse de cow. tonatftical 1,419 9* 3», 41 4.62 57.61 3.48 2,96 •,48 ,15 .12 fbt-«c-pl-«-gnaisse I 1,637 2«,81 14,24 49,26 8.94 3,«5 1,29 ,6* ,46 FR-125 Ignaisse de cow. 9fam'tica I 9,145 94 26.61 16, M 42,52 8,65 1.24 2,73 .25 .48 .29 ri-3t3 lbt-9naisse de cow. çraníhca i 9,254 93 X.77 37.51 12.64 2.32 5,92 .75 Ignatsse de cow.

90

ao CAICIALCAUHO

O60- V)

50 PC»ALC«LINO

40-

30 1 • I 1 1 1 I 1 I— 0,0 0.1 0.2 0,3 0.4 0.3 0.6 0.7 O.S 0,9 ftA

»0,0**rO*CoO RgumllZSS-Diagrama da WHgM (1909). oiacnnwMr H rocn» grifmoNMs pws MM (ndkaRA - k>o[Ma09 + CaO + KaO -t- NaiCVMiQi + CaO- Rgum ILZ54 - Diaorama da R^Mia & Cwninoa (1QB7). idM«zado (KaO + para daaafflcar as nochaa Mgundo MMM inCkm d* alumino«dad* aatealiflidadaapHcadoàsafnoatrmtdaarortiMgranitólda».

+4.B 2 SO

-100-

-300 -200 -100 100 •150

Figura 11.2.56 - Diagrama 0 x P da classificação -230-1 qufmieo-mirwralogica Mgundo Oabon & u» Fort (1983), aplicado ia amoatras dos corpos granitoids». Alam dos campos ds claaaHIcaçlo, slo mostrados «tguns trsnds da dHsrsnciaçlo. Os campoa a vanda definidos slo: (1) granito; (2) adamtlito; (3) granodtorito; (4) tonalito; (9) qz-sianrto; (0) qz-monzonito; (7) «HMraadMM; (ê); qzníiorito (qz-gabros2-anorto«o); (9) Rauri „s „ . Bda Oabon & U Fort (19B3), da Q; CALK 1r Ml ^lf^íT2í^i[rL[ ^ < > * grwitdk^amairlaaniataJuminoaaaTparatuminccaacom^-a caldalealino; (SALKOa SALKL) trends subaieaunoa «curo a cia/o, ^M» paragariaaas minaraia. aplicado àa amostras dos corpo» raspactiv8mafits;(ALKS)trantfalcalino. granit6idaadafolha«oEapara. SF-23-X-B-rV (Rio Espera) 85

2A1-S-5 ABbModa c profundidade de gtnçko que esses granitóides foram todos gerados em ciclos co- lisionais, diferenciando apenas quanto à profundidade de No diagrama Rb x Sr, de Condic (1973), na figura geração e ao posicionamento na crosta durante as colisões. H2S&, idealizado para identificar a profundidade de ge- ração das rochas granitóides, a maior parte das amostras 3 CO li te destaca como rochas geradas em profundidades supe- riores a 30km. As únicas qus sugerem profundidades me- nores são os granitóides tipo serra do Carmo: a amostra FR193B gerada entre 20 c 30km e as amostras FR-164 e 20CC-- FR-154A entre 15 e 20km. Portanto, mais uma vez, per- f-Sf-CO, SAC DE cebe-se que a amostra FR-193B tem uma geração diferente daquelas identificadas como trondhjemitos. FRAClOlifiDOS Os leucogranitóides e o corpo representado pelas amos- DO MfiNTO tras FR-082K e FR-082L caracterizam-se como sincoli- sionais no diagrama Ri - R2 de La Roche et ai. (1980) com os campos de ambientes tectônicos de Batchclor & Bow- den (1985), baseados em Pitcher (1982) e Harris el ai. (1983), da figura D.2.59. Os outros corpos distribuem-se como pré-colisionais c pós-colisionais, porém muito próxi- mo ao campo dos granitóides sincolisionais. Essa obser- íooc 3000 vação e o fato de a amostra FR-130 ter sido caracterizada R- como granitóide pós-colisíonal, e a FR-125, como granitói- dc pré-colisional, coletadas ambas no mesmo corpo, sugere -minafalogica R, - R» de La Roche et ai. (1980), utilizado por BatchetorJ, Bowden (1965) para definir os ambientea da geração *•*[«*»• granHókíes, aplicado às amostras dos ««Poyyagjffg*^.

2.4.1 A Jb Utogcoquímica dos dementos ttms-nns

Os resultados das análises dos elementos terras-raras das nove amostras representativas de quatro tipos de ro- chas granitóides cartografadas nesta folha listam-se na tabela 11.2.15. Não foram a"j>'Kadas amostras do mos- covita-granito Brás Pires nem dos pequenos corpos gra- níticos cartografados entre os complexos Santo Antônio do Pirapelinga e Mantiqueira. Entre as amostras analisadas, as que apresentam menor teor total em ETR são as duas de caráter trondhjemítico do granitóide tipo Serra do Carmo e a FR-082L de caráter pegmatóide do granito Pimenta. Os corpos Ribeirão Pi- nheirínho e Pimenta são os mais ricos em ETR; c apenas as amostras FR-313 e FR-125 ultrapassam os lOOppm em teor absoluto. Em relação à razão Eu/Eu*, os maiores valores são observados nas amostras FR-164 (2,425) e FR- 082L (2,092) e os menores, nas amostras FR-082K (0,663) e FR-054A (0,723). Tais valores extremos superiores e inferiores ocorrem nos granitóides tipo serra do Carmo e Pimenta, o que, de certa forma, retrata a maior heleroge- neidade composicional desses dois conjuntos. Entretanto, o granitóide Divinésia está representado apenas por uma amostra, a FR-016L, que, por sua vez, não demonstra a composição do litótipo predominante nesse corpo que se mostra granítico alcalino em lâmina delgada. A maior ho- mogeneidade compositional se verifica nas amostras re- presentativas dos corpos granitóides Ribeirão Pinbeirinho Figura 11.2.58 -Diagrama Rt> * Sr de Condie (1973), idealizado para identificar a profundidade de geração das rochas graniióides onde os valores da razão Eu/Eu* são muito próximos de 1 aplicado às amostras dos corpos granitóides da folha Rio Espera 86 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

(0,999 e 0,989), os teores totais de terras-raras, 91,264 e 10^295, os de ETR leves, 86,43 e 96,64 c os de terras-raras pesadas, 4,064 e 4,566, o que, juntamente com os valores relativamente elevados da razão LaN/LuN, 41,213 e 32,600, vem demonstrar um acentuado enriquecimento de ETRL em relação aos ETRP. 1000 Os perfis normalizados pelos padrões de condríto, se- gundo Evcnscn (1978), dos quatro tipos de granitóides analisados estão representados nas figuras 11.2.60,11.2.61, 112.62e 112.63. Nessas figuras, as características analisadas através dos parâmetros numéricos evidenciam-se de ma- 100 neira mais clara. Na primeira, as formas dos perfis das amostras FR-193B e FR-154A mostram-se similares, des- tacando-Su um maior enriquecimento em ETRL na amos- tra FR-154A dado pela maior dedividade do perfil. A amostra FR-164 se distingue pelo maior enriquecimento 10- em ETR, pela anomalia positiva de Eu e pelo empobre- cimento relativo em YB. Comparando esses padrões com aqueles dos granitóides chineses da província de Jiangn estudados por Jili & Jiayuan (1985), este tipo de granitóide

pode ser interpretado como transicional ou de sintaàs de 0,3 acordo com a razão Eu/Eu* >0,7, com o teor cm terras- Lo C« Pt S« Pm Sm Eu Gtf Tb D? Mo Ta V» Lu raras, STR<210ppm e com o enriquecimento em ETRL em relação aos ETRP, embora apenas a amostra FR-164 apresente um teor de CaO superior a 2%. Esse teor mais Figura II2 61 - Perfis doa teorae de elememoa terraa-mae, elevado de CaO, 3,2%, sugere que a anomalia positiva de normalizados petos padrões de condrito segundo Eveneen (1978). da»amotinado granito Pimenta. Eu pode estar relacionada à cristalização (racionada de um resíduo rico em plagioclásio.

1000 n 1000^

100- 100-

10- 10-

1-

0,5+-1 1 1 1 1 1 1 r t i i r 1 r—t —i i 1 1 1 1 1 f—i ) r~ L0 C« *r Nd Pm Sm £u Gd Tft 0f HO £' Tffl t& Lu L3 Ct Pr Nd Oi» Sm Eu Od To O* Ha Tm Tfc Lu *

Raur» 11.2.00- Parti»doa taort*da«iamantos"wf'u*miu, fW*" 262" Perfitd0*l#or#t <*• »t«*nan!o« tarraa-ra/M, normaJitadM pMoa padidaa d* condrito Mgundo Evcnaan (1978). ™(™*>i*°* ptio* padroa» da oondrito «agundo Evanaan (1978), a— amoatraa do granitoid* tipo Strra do Carmo. da» *mo«w» *» graníio-granodiorito Rlbatriio Plnhairtnho — ^**^^ SF23-X-B-IV (Rio Espera) 87

it>o> anomalia positiva dc Eu £ o da amostra mais empobrecida quanto a tais elementos. No entanto, entre estes, a amostra FR-Ü82K, mostra razão Eu/Eu* < 0,7, o que permitiria classificá-la como granilóide cruslal, segundo Jilí &. Jiayuan (op. cit.). As demais, segundo esse mesmo padrão,

10 •-•- seriam granitõidcs iransicionais. Segundo os padrões de Chaoqun (op. cit.), as três amostras idenlificar-se-iam me- lhor como granitóides tipos MS e MM, destacando-se o teor dc ETR extremamente baixo da amostra FR-082L, o que a torna anômala cm relação às demais. Diante dessas observações, pode-se admitir que esses dois tipos dc granilóidcs tiveram uma origem semelhante, dislinguindo- sc pela maior intensidade do metassomatismo potássico no gr anil o Pimenta. O granito-granodiorito Ribeirão Pinbeihnho, pela ho- mogeneidade dos parâmetros deduzidos a partir dos teores dos ETR, é o que se define mais claramente. Trata-se &: granilóide tipo aansicional e MS. Segundo Chaoqun (op.

r. \c »T S-r E- cii.), a maior parte dos depósitos minerais relacionados aos granilóidcs tipo MS cai na faixa de ambiente de arco-dc- ilba c cadeh mesoceànica. Figura lí.2 63 - Perfis dos teores de elementos terrasreres. Os padrões dc ETR da amostra do granilóide Drvinésia normalizados pelos padrões de condntc segunao Evensen (1978i. sugerem um granitóide tipo transicional segundo os da arr.ostra do gra.nttóicle D.vines,a critérios de Jili & Jiayuan (op. cit.), e MS, segundo os critérios de Chaoqun (op. cit.), Nesse caso, observa-se uma Considerando que essas amostras identificaram-se co- certa discrepância com os dados de campo e as obser- mo sincolisionais no diagrama da figura 11.2.59, com a vações em lâmina pelrográfica, que apontam no sentido de amostra FR-164 sendo registrada nu nmiic entre os grani- uma rocha de caráter migmalitico com predomínio de uma lóidcs fracionados do mamo c os sincolisionais. pode-se fase Icucossomáüca dc tendência alcalina. A amostra co- admitir uma aparente incongruência cum relação ãs con- letada deve estar relacionada a um dos remanescentes dos clusões obtidas através dos ETR. Nesse caso, os ETR lilólípos que precederam a remobüização cruslal. podem estai registrando as condições prc-colisionais. islo é, os protólitos dos granilóidcs gerados durante a colisão. 2.42 Metagabro anfibolitízado - má Comparadas aos quatro tipos dc granilóidcs identifica- dos no sul da China por Chaoqun (1965) através do valores ESSJ unidade consiste dc rochas que foram cartogra- dos índices de pcraluminosidade da tabela 11.2.16 e das fadas cm doLs conjuntos: um associado ou incluído no formas dos perfis normalizados dos ETR. as amostras complexo Acaiaca c outro no complexo Mantiqueira. Ou- FR-164 e FR-154A identificam-se com os granilóides tipo tros foram apresentados apenas como litologjas punluais. MS de fonte mista e a amostra FR-193B, com os granitóides O primeiro conjunto ocorre no enremo-norte, a leste da MM, metamorfometassomáticos. O primeiro tipo, segundo localidade de São Joaquim e ao norte da pequena loca- o autor, pode estar relacionado a depósitos dc Cu, Pb, Zn, lidade dc Penha. O outro conjunto, três pequenos corpos, MoeWeo segundo tipo, MM, a depósitos dc Ta, Nb c Sn ocorre entre Calambau e Senador Firmino. e a depósitos hidrotermais dc Au. Entretanto, deve-se No campo, aparecem como pequenos afloramentos es- considerar que os gnaisses originados das rochas granitói- parsos ou como gi andes mat ações, sendo, muitas vezes, des aqui cartografadas diferem dos chineses, sobretudo difícil separá-los de iitologias atribuídas ao complexo pelos baixos teores em ETR. Acaiaca ou ao complexo Mantiqueira. üs padrões da figura 11.2.61, referentes ao granito Pi- Essas rochas apresentam texturas desde diabasicas, pas- menta, apresentam uma certa semelhança com os apresen- sando por hipautomórfica granular, até granoblástica, mos- tados peto lonalito-trondhjemito Serra do Carmo. Con- irando-sc afetadas por deformação tectônica em graus tudo, em termos pctrográficos, particularmente quanto à variados. O plagioctásio, que, nas rochas menos defor- composição dos feldspatos, notam-se diferenças marcan- madas, se apresenta sob a forma dc ripas aleatórias, tes. Enquanto naqueles predominam os feldspatos sódicos, mostrando claramente a origem ígnea, é dc composição oestes predominam os feldspatos potássicos (tabela labradorita. O anfibólio, que cm algumas lâminas c a urali- 11.2.16). Por outro lado, enquanto, nos primeiros, o perfil la, às vc/cs identificada como aclinolila vcrde-csmeralda, normalizado que apresenta anomalia positiva dc Eu c o UÚ úio.ttra-sc originado da transformação dos piroxéníos. Es- amostra mais rica cm ETR, nestes, o perfil que apresenta Ics aparecem apenas cm poucas preparações, lendo sido 88 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

cooo btperstcnio e diopsídio originados da destruição dos solos imaturas, que já se fibotitizados, tanto nas bordas como no interior. No formavam durante o inicio desses processos. São essas as processo de transformação, gerou-se a granada, que se coberturas cartografadas nesta folha. Muitos segmentos de mostra paragenétíca na faciologia metamórfica. A textura dimensões reduzidas não se fizeram representar. granoblástica foi imposta sobre a textura hipautomórfica granular e os opacos aparecem invariavelmente aprisi- i anfibólios. ISJ Depósitos atavfonara

Na área desta folha ocorrem, pelo menos, dois tipos de 2A3 aluviões: aluviões recentes e que atualmente ainda estão sendo retrabalbadas c, portanto» de idade bolocenica c Imediatamente a sudeste da localidade de Passa Dez terraços semiconsolidados de idade pletstocênica a holo- e a noroeste de Porto Firme, ocorre um corpo de rocha cênica. Estes, por vezes, misturam-se, nas encostas, com os encaixado entre gnv^^f do complexo produtos da dissecaçáo das coberturas referidas no su- Mantiqueira. Esse corpo foi identificado apenas em um bitem anterior - daí a interferência de sua idade único afloramento e em blocos dispersos pela encosta. A pleistoccnka. sua cartografia se deve sobretudo a aspectos geomor- Os terraços mais antigos foram i«ti>ii«»m«ii» traba- fológicos sendo os seus limites imprecisos. Devido à lhados durante o ciclo do Ouro e deles, em vários locais, só precariedade das informações de campo, as suas restam morros pontiagudos isolados como testemunhos no relações de contato com as encaixantes também não meio de várzeas extensas recobertas por monticules de estão definidas. Na legenda da carta, esse corpo foi cascalho lavados na extração do ouro. Por vezes, observam- diferenciado dos ultrabásicos relacionados ao complexo se árvores, com vários metros de altura, crescidas sobre Santo Antônio do Pirapetinga pelo símbolo xpl. Em esses moatkulos de cascalho, comprovando a sua idade afloramento, apresenta-se como uma rocha alterada relativa. Tais terraços apresentam dezenas de metros de creme a ocre-claro, com zonas menos alteradas de cor altura (foto 22), mas nem sempre grandes extensões la- esverdeada, constituídas quase que essencialmente de terais, comprovando que foram gerados num período de serpentina. Nos bordos de alguns blocos de rocha desse mudança brusca do nível de base da drenagem. corpo, observa-se mineral micáceo verde-escuro em As melhores exposições encontram-se nas imediações placas milimétricas (flogopita). de Piranga e na estrada que liga essa cidade a Senhora de Oliveira. Aí pode-se observar a grande variedade com- posicional dos diversos níveis de sedimentos que os cons- 2.5 Depósitos e coberturas sedimentares tituem. Esses níveis apresentam espessuras desde menos de lcm até alguns detimetros e caracterizam-se como areias ISA Coberturas detrito-laterftkas granatíferas, ferruginosas ou manganesíferas, argilas amarelas, vermelhas ou negras, níveis e lentes de cascalho Desde o vértice sudeste da folha, espalhando-se pelas com seixos centünétricos de quartzito espelhando a erosão imediações de Senador Fírmino, Dores do Turvo e Porto remontante sobre os litótipos do supergrupo Rio das Ve- Firme, bem como por uma área entre Piranga e Porto lhas. Já mais para leste, nas margens dos rios Xopoló, Firme, manifestam-se restos de superfícies aplainadas a Turvo ou mesmo do Piranga, poucos quilômetros antes da cotas aproximadas de 800m. Esses restos de superfícies cidade de Calambau, os sedimentos já refletem a erosão constituíram antigos pediplanos gerados no ciclo Velhas de dos corpos graníticos, particularmente do moscovita- erosão, segundo King (19S6). Sobre eles depositam-se sedi- granito Brás Pires. Caractcrizam-se como areias amarelas mentos arenosos inconsolidados a semiconsolidados, ca- ou avermelhadas, de granulometria areia grossa, com racterizados por areias impuras de granulometria areia matriz argilosa esbranquiçada e amarelada, dispostas em média, com predomínio da matriz sobre os grãos que se estratificações cruzadas acanaladas, refletindo o mostram arredondados a pouco arredondados e, muitas aleitamento gerado em correntes fluviais de alta energia. Já vezes, recobertos por películas timonitizadas. Essas pe- mais para o sul, oas imediações de Senador Fírmino e lículas caracterizam mudanças climáticas para climas ári- Dores do Turvo, as areias são mais finas e refletem a erosão dos ou semi-áridos nos quais foram gerados os regimes de remontante sobre as coberturas tércio-quaternárias. resistasia que aplainaram as superfícies. Em períodos pos- Acredita-se que uma boa análise dos materiais-fonte, teriores de dissecaçáo, os sedimentos arenosos averme- que geraram esses terraços poderá servir como critério lhados foram erodídos e espalhados pelas encostas, para distinguir os terraços mais promissores em termos de geradas já cm ^"^af >waí< úmidos, e misturados a produtos^ mineralizações auríferas ou estaníferas. SF23-X B IV (Rio Espera) 89

Capítulo 3 Geologia Estrutural

Por Onvaldo Fcvrint Baltazar

3.1 latroduçáo

A área desta folha encontra-se parcialmente inserida na província geotectônica São Francisco (Almeida et ai., 1977) e parcialmente na província geotectônica Manti- queira de Hasui (1982), que foram redifinidas neste texto esplicativo (Capítulo 6 da Parte II) como províncias geo- tectónicas para indicar blocos crustais que colidiram no Protcrozõico Inferior. A faixa limítrofe entre essas duas províncias estruturais situa-se ao longo de zona de cisa- Inamento com direção aproximada norte-sul, dividindo a folha medianamente, com a província geotectônica Manti- queira ocupando sua parte oriental. Na província geo- tectônica São Francisco, os principais agrupamentos lito- lôgicos cartografados relacionam-se à seqüência metavul- canossedimeotar, úpo greenstone, do supergrupo Rio das Velhas, e à do complexo Santo Antônio do Pirapclinga q uc represenlaham suas "raízes", além do complexo Ressa- quinha, individualizado no exlremo-sudoeste da folha. Na província geotectônica Mantiqueira, as unidades maiores relacionam-se aos gnaisses bandados e migmalíticos do complexo Mantiqueira, às rochas granulíticas do complexo Acaiaca, às seqüências metavuicanossedimentares do gru- po Dom Silvério e aos granitos Brás Pires e Divinésia.

É marcante a diferença em termos tectônicos e estru- Rgura II3 1 - Domínios lítostruturais da folha Rio Espera (I) turais entre as duas províncias, tendo sido desenvolvidos domínio da província geotectônica Sào Francisco; (II) domínio da estudos relativos a seus comportamentos estruturais com província geotectOnica Mantiqueira base na análise de dados obtidos a partir de estruturas menores de campo, objetivando a interpretação das dife- titui terrenos de idade arqueana, estando representada, na rentes fases de deformação relativas a cada uma delas. metade ocidental da folha, predominantemente, por se- Assim, com base nessas diferenças estruturais e em seas qüências supracrustais de baixo grau metamórfico. posicionamentos tectônicos, as províncias geotectônicas Esse domínio mostra, como traço estrutural mais no- São Francisco e Mantiqueira serão aqui tratadas separada- tável, uma nítida orientação segundo NW-SE, definida pela mente como dois domínios distintos (figura II .5.1). atitude geral da foliação dos diversos litótipos aí ocorren- tes, sensivelmente discordantes das estruturas desenvol- vidas no âmbito da província geotectônica Mantiqueira 32 Província geotectooica São Francisco adjacente. Tal foliação é resultado de forte transposição que afetou tanto as seqüências metavulcanossedimenlares A província geotectônica São Francisco corresponde, do supergrupo Rio das Velhas, quanto metabasitos e me- em extensão e limite, ao cráton do São Francisco (Almeida taultrabasitos com gnaisses tonalito-trondbjemíticos asso- et ai., op. at.), entidade geotectônica estabilizada ao final ciados do complexo Santo Antônio do Pírapetínga, que do ciclo Transamazônico, no Proterozóico Inferior. Cons- constituem a sua seqüência basal. Essa transposição t ates- 90 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

tada pelo caráter müooítico da foliaçáo e pela presença de Mantiqueira, onde se manifestam como fraturas ou fal- dobras intrafoliais rompidas ou não, comuns aos diversos hamentos extensiooais com direções NW-SE ou ENE- ütótipos afetados, além de pequenas dobras de arrasto e WSW. Provavelmente, representam estruturas arqueanas cristais rofaffÊyn^T. |*gpfr^**>fntiia*Mfi~rwff ^giffufo norte* N40*W na porção mais setentrional da folha, tendendo para sul parecem ser reflexos dessa deformação. Finalmente, o direções próximas a leste-oeste em sua parte centro-od- último evento é rúptil e caracterizado por falhas de gra- dentaL São dobras apertadas a isoclinais com flanco invertido vidade. mais ao norte (ver carta Geológica) que tendem a se tomar mais abertas para suL São de difícil visualização no campo, devido à ausência de boas exposições. Entretanto, observan- 3 J Província Geotectònica Mantiqueira do-se os d'agram:K de contorno da figura II3.2, confec- cionados para medidas de foliação de subdominíos A província geotectõnka Mantiqueira, dentro da área da estruturais (figura Ü3.1) estabelecidos para a província folha, engloba uma seqüência de gnaivscs do complexo ho- geotectônka São Francisco dentro da área da folha, nota-se mônimo, além de rochas de abo grau do complexo Acaiacae que o subdomínio Ia, apresentando um máximo bem- supracrustais do grupo Dom Silvério. A estrutura mais impor- definido, representa os dobramentos cerrados a isoclinais tante, detectada neste domínio, refere-se a uma foUaçãoVban- dessa fase com eixo (0) para SE, enquanto o diagrama do damento gnáissico de baixo ângulo, de distribuição regional, subdomínio Ib, confeccionado para uma área mais ao sul da resultado de forte transposição que afetou todas as unidades anterior, já apresenta dois máximos bem-definidos indicativos pré-cambrianas aí "^"^vííre. sendo aqui rf» «ignara foliação de dobramentos abertos também com eixos (fi) segundo SE. St. As principais estruturas observadas na área que permitem O Hiagrama do subdomínio Iç construído para a área de identificar essa foliação como resultante de um processo de ocorrência do complexo Ressaquinha, mostra-se pouco transposição são, tanto no caso das supracrustais do grupo característico, talvez devido à própria natureza do cepo, de Dom Silvério quanto nas seqüências do embasamento, o diferente competência e mais homogêneo em relação aos caráter anastomosado local da foüação, dobras isoclinais in- termos supracrustais dos subdomúios acima e, portanto, trafoliais rompidas ou não, dobras cm "bainha', além de reagindo de maneira mais refralária cm relação aos esforços estruturas sigmoidais, relações de foliações SxC, boudi- que deformaram o conjunto. namento e ainda uma forte lineaçáo mineral impressa nos seus Por outro lado, é ««r*r«at«f oburvar que o cenrf desses planos de foliação. Todas essas estruturas são visíveis em dobramentos segue direções mulo consTÉu» no donunio da excelente exposição próximo à cidade de Guaradaba, ao província geotectònica São Francisco. Esses mesmos vends extremo-nordeste da folha. aparecem, também, ao domínio da província geotectònica Em relação às rochas supracrustais do grupo Dom SF23-X-84V (RioBapera)

DOMÍNIOS Io tb Ic tlT Mtdmoi 42 Mtdidos "

FoIlOÇQO

3-S- 11-15% 4-6-11- 13% S-ÍO-15% St

129Mtd.dos M 4BMtditfoi H

Regionol

3-5-7% 5-9-11% 5-3-10 - 11% Cinof dt Mmidobros Borrai 0C Ouortto Mull.on»

140 Mtdidos 26Mtdidos 23 Mtd.do* _5L

Lineoçoes í

3-S-8 - U% 6- 16 - 27 • 35% 5-9-

Poro o orio to'oi da Foino

81 M*didac

Lineoçôe» de estiromento

3 • 5 • 0 - 13%

Poro o ór»o (olol do Folho

Fkgura IL3.2 - Dlaorama» d* contorno d» toliaçào St, lin*açõM b • NnaaclodaatOrarnmtoXdatolriaRtoEtparammmmsmmmmm .

SuVérío, eua transposição parece processar-se sobre uma complexo Acaiaca, a estrutura transposta 6 um band snperficie planar So (acamamento sedinientar origbal), to metamorfico preexistente, deixando entrever, portanto, uaa vez que a folíaçio impressa em seus Ihótipos encontra- uma fase de deformação anterior à implantação da foliação se parateUzada com uma alternância de "estratos" de com- St, responsável pela geração desse bandamento. posiçio e granulaçio variáveis, onde se intercalam quart- A importância da deformação que gerou a folíaçio Si na zitos, anfiboloxístos, mkanitos aluminosos etc. Já nos área t facilmente constatada observando-se os diagramas gnaísses do complexo Mantiqueira, e nos granulitos do de contorno da figura D 3.2, subdomfníos Db e Oc, onde a 92 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil presença de um máximo bem-definido e com orientação Süvério e seu embasamento, estando representada por paralela nos dois diagramas revelam ser esta a principal estreitas faixas de mikwttos alternados com b«ndat de deformação presente. rocha pouco ou não-deformadas, não havendo maiores A essa fase de transposição relacionaram-se várias fai- informações quanto á sua ***"*"** fttrs* xas de dsalhamcnto menores, de empurrão, que ocorrem A zona de dsalhamento Senador Firmmo-Calambau, associadas. Em geral, marcam o contato entre as diversas com direção NW-SE, estende-se desde o nmke sul da folha unidades litologkas cartografadas nesse domínio, sendo até a altura de Santo Antônio do Guiné, onde coalesce com representadas linearmente na carta Geológica. São reco- a zona de cisalhamento de Cipotânea. Nos locais em que nhecíveis pela presença de müonitos, ultramilonitos e blas- tomilonkos e relacionadas, aqui, à implantação da foliaçáo Uneação de estiramento «iuwimmali»adat ii St, devido ao fato de seus planos de empurrão estarem tar-se de um tipo transcorrente. O caráter altamente mi- quase sempre panúelizados com os planos de transposição lonítico dos litotipos ao longo da zona não permitiu a daquela estrutura, e, ainda, por conterem impressa uma identificação de marcadores cinemáticos no campo. fnrfe KneaçâV» de e^riranwntft da numa natureza e cran as. Para essa província, a foliação de transposição St é tnf wnat*t*fiidfs observadas naquela» atribuída ao ciclo Transamazònko, considerando o fato de A deformação dúctil, mais recente, observada no do- as datações de diversos litotipos, executadas entre Mariana mínio, está representada por dobrainentos abertos do tipo e (Teixeira et aL, 1987), todos afetados por essa deslizamento flexural, com imprint não muito significativo. transposição regional, terem fornecido idades em torno de São em geral paralelos e concéntricos, simétricos a assi- 2000mA, caracterizando a importância da atuação de tal métricos, com pi*"f»« »«í aíc «wtw^itra^nf ou mergulhando ciclo orogênico na implantação dessa fase de deformação. fortemente para teste (foto 23). Seus eixos são suborizon- Aos dobramentos abertos superpostos atribui-se aqui ida- taà com direções em torno de norte-suL Essa deformação de brasiliana, tendo ffssa fase ocasionado processos retro* está representada em muitos locais apenas por uma cre- metamorficos nas diversas litologias individualizadas, es- nulação em bandas mais xistosas das diversas litologias pecialmente em litotipos de alto grau metamórfico. envolvidas. Analisando-se o diagrama de contorno (figura U32) Finalmente, cortando todas as estruturas anteriormente elaborado para lineações de estiramento para a área como descrita», ocorrem diversas zonas de cisalhamento con- um todo, observa-se uma forte tendência de essas direções tracional de alto ângulo, destacando-se entre elas as zonas posicionarem-se próximo a norte-suL com caimentos sub- de cisalhainento de Cípotánea e Guaraciaba, de direção orizontalizados. Entretanto, pelas observações de campo, N-S, e a de Senador Fínnino-Cdambau, de trend NW-SE. fica claro um transporte tectônico geral de leste para oeste A zona de cisalhamento de Cipotânea baliza a faixa determinado por lineações de estiramento posicionadas •imftroíe entre as províncias São Francisco e Mantiqueira segundo essa direção e impressas nos planos de foliação S«, na área da folha. É de alto ângulo, quase sempre ver- que é a mais importante deformação da área. A tendência 'H^'fra^f! (foto 24), com evidente componente direciona! de orientação norte-sul do diagrama se deve não so a ao longo da qual parece ter sido importante um movimento medidas tomadas ao longo de zonas de cisalhamento de dextral deduzido a partir de critérios cinemáticos como alto angulo que cortam a área e que têm essa direção, bem estruturas sigmoidais, relações de foliaçôes S x C (foto 25), como a um provável desvio das lincaçóes impressas na augens de feldspatos com "sombras de pressão", dobras foliaçáo St, da posição anterior leste-oeste para a atual intrafoUais (foto 26) etc, observados em exposições na norte-sul por influência dos efeitos de compressão e des- região de Cipotânea. Uma componente de empurrão pa- locamento ao longo dessas zonas. Trouw et aL (1962) ad- rece ter sido também importante ao longo dessa zona, uma vogam es&e mecanismo para explicar situação semelhante vez que as lineações de estiramento impressas em seu plano em uma área a SE de Lavras (MG). de foliação milonítica posicionam-se desde suborizontais a Em relação às lineações b (eixos de mínidobras, barras até 30*, com caúnento para sul, haveedo locais em que se de quartzo e mullions), os diagramas da figura H.3.2 mos- mostram vertícalízadas, nesse caso parecendo tratar-se de tram uma tendência geral de orientação N-S para tais uma reativação posterior ao longo desses planos. O último estruturas, refletindo as direções dos eixos de dobramentos evento, observado particularmente no extremo-leste da D3, que se mostram com essa orientação geral no campo. folha, é ruptil e caracterizado por falhas de gravidade. Vale ressaltar que os diagramas dessas Uneaçócs foram A zona de dsalhamento de Guaraciaba, também de alto construídos para a área total da folha, tnrfw'nrii? medida» ângulo, afeta as seqüências supracrustai» do grupo Dom obtidas nas duas províncias. SF-23-X-J-IV (Rio Espera) 93

Capítulo 4 Geoquímica

Por Hélio Antônio de Souza

41 Sistemática «dotada (letra B), o numero do ponto de amostragem c ainda a letra B, quando uma amostra de sedimento de corrente foi 4.1J Amostragem lambem coletada na mesma estação.

A amostragem regional foi realizada no período de março a agosto de 1987, durante o período de seca na 4.12 Preparação e análises regulo. Após a interpretação preliminar dos dados do le- vantamento regional, selecionaram-se áreas para uma ve- Para atender em tempo hábil a todas as solicitações de rificação expedita de anomalias. A amostragem nessa fase serviços analíticos, foi necessário distribuir as amostras cm executou-se no período maio-junbo de 1988. Dados de três laboratórios: CPRM-SECLAB/BH, CPRM- campo pertinentes foram lançados na ficha de amostra LAMIN/RJ e GEOSOL-GEOLAB/BH. geoquímica do Sistema Estatístico de Amostragem Geo- Cada tipo de material foi submetido a uma preparação química da CPRM - SEAG. Os dados físicos dos trabalhos sistemática, nos laboratórios da CPRM-SECLAB/BH (se- encontram-se no quadro 11.4.1. dimentos de corrente e concentrados de baleia) c da GEO- SOL-GEOLAB/BH (rochas). Sedimento de corrente As amostras foram coletadas composicionalmentc na Sedimento de corrente calha ativa das drenagens. Identificam-se pela sigla do coletor - secagem em estufa (80*C); (duas letras), seguida do código da classe da amostra (S) e do - peneiramento para separar as frações -30 +8Qmesh número da estação de amostragem. A existência da letra A c-SQmesh; após o número da estação, indica a coleta de uma amostra de - pulverização da fração -ÜQmesh para -ISOmesh. concentrado de minerais pesados concomitante à de sedimento. Concentrado de bateia - separação por bromofómio; Quadro 11.4.1 - Dados Físicos de Produção - quarteamento para analises geoquimicas e nüncra- lógicas. No quadro 11.4.2 são mostradas as técnicas analíticas Am/lunj Amostras Total utilizadas, bem como os elementos analisados em cada Material material amostrado e o respectivo laboratório executor. Sedimento de 347 1/8,5 Corrente Concentrado de 188 1/16 41J Controle de qualidade Bateia Total Geral 535 - Exercido «raves de: 1) Amostras repficatas de campo, de sedimento de corrente, sMCM mJUCS coletadas em estações do levantamento regional, para cálculo de de innB nwuwTmWiMt c on frf*"*""*n o fwnpfl Foi ©r análises de variánda para Cu, Pb, Zn, Co, Ni e Cr, ftneanpri de J0a2O lira para cada amttra, de 2) Analisa deduplicatasde 10% das amostras de sedimentos de corrente e concentradas de baleia; peaadunorifo de amostragem. Para a identificação, usou- 3) Acompanhamento com anáfites de padrões certificados, se a sigla do c». '"/tor, o identificador da classe da amostra padrões internos e brancos. 94 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Quadro UA2 - Ttoúcas Analíticas Ucdúadas ferenies entre si, pois a varüacia natunl 6 pronorcioaat» MMtraV Témn l J 3 4 5 » T • mente grande; A.ittin O Mo Sb 10 10 d» z» ClcKKO- variãndas totais, demonstrando serem mais suscetíveis às Conurt* Co Ni t de Hrticm - CTRM-SiiCI ABíBII, dos metais geoquhnicamentr. estudados na área. Chato (») AA (Ie4«o dt An&uo) . Soh<*> Átuto, RMM X - CHLMrt AMIVR1. (*7) AA (Ando DtMM«iic'— zonas anômalas (por exemplo, para ouro), confirmaram os resultados da < panha regional, apesar da baba repi aométoda

4JJ.1 Análise de varianda Todos os resultados —fria*-»» disponíveis foram sub- metidos, quando possível, a um tratamento estatfclieo se* A representativklade doe dados geoqmmicos corres- gundo Lepekier (1969) e Sinclair (19%), com a obtenção pondentes às amostras de «*d*T"!"« de corrente foi tes- de parâmetros gráficos (quadro n.4.4). Para alguns de- tada através do esquema proposto por Knunbein & Slack meatos, não se consideraram anomalias de terceira ordem, (1956), qual seja, de uma análise de variaoda hierárquica pelo fato de elas apresentarem baião contraste com J (one-way desifft): em 174 estações de coleta de material, dia, alem da sua baixa rc içaogeoqii definidas aleatoriamente e distribuídas entre as várias elementos oura, estanho e não tiveram áreas estudadas neste Projeto, foram tomadas duas amos- resultados tratados tal como os tras de sedimentos fluviais em cada estação; nos demais elementos químicos No caso do ouro, tal não ocorreu pelo pontos (a grande maioria dos casos), os procedimentos de fato de os resultados analíticos se apresentarem, na sua rotina envolveram sempre a coleta de apenas uma amostra. grande maioria, como oão-detectados, ou, cotio, abano do No quadro D.43 encontram-se resumidos os cálculos Kmít*» inferior de dttccyãb (OjQSppm) do método ™*nt*r»An levados a efeito para os estímadores de variabilidade na- nas análises. Qualquer tentativa de se construir um hav tural {entre diferentes drenagens e decorrente, principal- tograma, além da curva de distribuição, com o conjunto de mente, das variações litológicas) e da introduzida pelas dados restante, torna-se impraticável devido à grande he- tfmfrflf rtr amfwirapMn e flUflHífoaft adotadas, que influen- terogeneidade dos resultados. Desse modo, considerou-se ciam os resultados dentro de cada drenagem ou estação de empiricamente como seodo anomalias de primeira ordem coleta. As seguintes conclusões podem ser extraídas da os resultados maiores ou iguais a Sppm, de segunda ordem metodologia aplicada: os maiores ou iguais a 2ppm e de terceira ordem aqueles - os trabalhos de amostragem e analíticos foram sa- maiores ou iguais a 0,6ppm (quadro D.4.4). Tal procedi- tisfatónos, uma vez que os termos da variánda introduzida mento foi adotado por ser considerado adequado e prático, constituem apenas uma pequena fração (cerca de 5 a 10%) não comprometendo os objetivos e metas do levantamento da variinda total, para os elementos investigados (Cu, Pb, geoquímico para esse elemento químico. Za, Co, Crera); Os resultados de manganês e estanho também foram tratados empiricamente como o foram os de ouro (quadro Quadro 11.4.3 - EstimadofesdaVartaMidade n.4.4). Cabe aqui fazer uma ressalva quanto ao método Natural analítico (EE) aplicado para o ""y*«. uma vez que na VaríwtCW B«ci«td«Dr«nag«n AffloctrsQ9in + análise utiliza-se a queima total da amostra (alíquota). A AniliM* ressalva é a de que os resultados apresentados são uma Coto» o,05«e 0.0682 90,1% 0.0064 9,9% soma total do elemento disponível, tanto livremente quanto Chumbo 0,0672 0r0672 91.7% 0,0061 6.3% contido na rede cristalina dos "íy™. ou seja, prospec- 2noo 0.044« 0.0405 904% 0.0042 9.4% úvamente não se pode, apenas com os resultados de EE, Cobaüo 0X1747 0.0686 91.7% 0.0082 6.3% analisar mais profundamente os valores anômalos e a sua Cnwno 0.1X2 0.1196 90.4% 0,0127 9.6% origem. Alguns teste» feito» com análise» por Absorção MOIMl 0J0874 0.0927 96.2% 0.0047 4.8% Atômica (AA) indicaram que os resultado» por EE são proporção de até 400% •cate, sem, contado, deAA(Wao todo), serviram de bate para a etfração do gl iifwiíaârro (quadro IL4.4). que foi seJedoaado lados obtidos pelos rain um grupo de 170 amostras de ccoceafndo de baleia para ler aaaasado, pi inif iraaaeate, por Difraçao de raios X, • fuma de tnagcm c tflecao daquelas amostras com i teores, para, posteriormente, serem anaisadas por AA, que 6 um método de maior precisão. Com um limite não foi possível, pois a grande mi detecção de lOOppm, os raios X evidenciaram liadas recebe, forte mflucaem de Stolopas e do- »seis resukados acima, os quais variaram de 136 a C trás às análises de AA, para memor discriminação. Os fc> retaliados obtidos vaiiaram de LJjD a 420ppm. Esse resul- tado de 420ppm foi obtido aa mesma amostra (AJ-41B) oUakos, que, pelos raios X, enbrâ o resultado de 640ppm citada A traçadas as «toe, diferença entre ambos é de 35%. Com base ao exposto, aa saa total cunsideiOB-se mais prático anaisar os resultados empirica-

Quero II.4.4 - Pariartros 6ráfitos

A todaafoma,! M I I MrLlIUtt f i LIHIMES 6Í4FICO5 densidade de ao kago da area, envokea- lí iaEHt"i 1 i do todas as i II I TOS IVftLOI IVaLOfi I INOMLIA inWMLIA IMDMLIn regiões e/ou faias de maior o oe dement os M. I IliiNim lla.0MEK l2a.0M)EH l3>.(MDtK relações com o arcabouço tectoaostmtnral, assim como a sua distribuição Cfl I 4 75 I 2i\ I >73 ! )45 na paisagem geoqufmica regknaL Cabe salientar que a verificação do significado dm anomalias geoqufmicas (ta- S I L 3 f 45 f 17 » )49 > >35 I belas D.4.1 c UA2) faz parte de uma etapa mais avançada E do levantamento. Ainda que pese a fhcragr.m realizada D Zn I « I I2t I 34 I >tf 1)59 I durante a prospeccão regéoanl Je alguns valores, com a 1 reamostragem e anifises especificas, aconselha-se uma H Co I 3 N I 18 I )5f I )43 I amostragem de semidetalbe e/ou detalhe nas regiões com E maior potencialidade prospectiva. N Mi I 151 f 26,5 i >1M I >82 I As bacias anômalas foran agrupadas em fmns (quadro T n.45), e, para efeito de apresentação, acham-se repre- 0 Cr I 5 5» I 4$ i )284 \ >2H ! sentadas nas figuras 0.4.1 e D.4.2.

I IN 16 S.Mf! - i K.Mf i - f 42.1 s±ss2sssss2ss3sxsssssssr±ss3S3Sgssssssss=szt C Cc I L 3 ! 3M I 15,5 I m f )/3 I A metodologia de amostragem geoqmnica aplicada aa 0 aruemapreçofoisaüsfat6ria,poíspossfti]itouaobtcaçao N Pb ! »i 3 í 7.m t 33 I >29* t >199 I da paíiagcm geoqufnica da folha como um todo, repre- C semaoa pek» principais tn^oso^cartter geoqoímico re- t Zn i 8 I 2» I 28 I >«3 I >M I N portamento dos elementos qufancos, ao anel de ambiente 7 Cr ! 5 I 4.2N I M I >SM ; >43* I secundário, permite fazer uma apreciação válida para toda I a área prospectada. « Aa I» M5 I n I - I >5 I >2 I MU D 0 Sn I L 1,9 I 42f » - I >134 I >82 i - A distribuição do ouronaregik a grande maioria dai unidade» geológicas cartografadas, Hhi* «ráficai (N) valor nM-*t«ctado; pois a f*"**^!^111 CD BrVtl icyonal nJo pcnntnj da> valor ateixp do liaitr ét detrcçio* criminar as populaçóes-alvo. As bacias amostradat rece- 1 (6) aaior wr o valor rc«i«trado> à (N> não tctrctaio. (58' 'Mp>o 'tf »p »II|NOUV (|TT» 'optjjsittj JO(tA o w» ISXMSSXXXXKIXXXXSfXCSXXSMSXXtSSSEESXKXXESXXSXXXXXXKXCMXXISXSSSSXSXXSVMSZ •#2989/ •79^89 St Hitm •Ç5289 i ! SC Í86-0SI •••169/ •£698? 1 m-osi ixx HUM ••£98? 1 * vése-mi 1 i^_ ^B-^ A w ^b ^v ^P ^^ SB^BflP w * 'SCSSESSSI ÍSXSXS1 ! 1 •9 1 K-WI mm H9S89 ! ITT VléC-OSl XIX •sewz 1 MU89 1 S9 VZK-OSI

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95 SF23-X-B-IV (Rio Espera)

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Faixo anômalo con seu respectivo número FaiM onômoto com sen respectivo núnc

Contato estrotigráfico Contato estrotiarofico

Rgum M.1 - Fetee» enômeiee peri ouro, rapt—nada» no fi0ural4.2- no quadro 9.4A. quadro 1.4.5, detected» por geoquímice, de sadhneniDs os iporgeoqufmicade nafBtw corrente e de oumonfcedoe de beteis ne, Mhe. Rto Espera. RoEepere. bem contribuição de uma ou mais unidades, dificultando o O grupo Dom SOvério aparece discretamente envolvido estabelecimento da fonte mais provável para o ouro detec- cm termos de anomalia geoqufmíca (faixas IV e VIU). É tada De dispersão predominantemente dística, esse me- composto por um conjunto de rochas de origem tipica- tal foi encontrado na forma visível nos concentrados de mente vulranowrdimentar, com significativa contribuição minerai» pT^adfX y* CfTfa df Q^fr ^*T ?tnf>cfríK ynlytaHac Sua distribuição (faixas de I a X) evidencia um controle tureza básica, além de termos calrissüicáticos. Essa uni- teológico, destacando-se o complexo Santo Antônio do dade poderia, na região, ser uma provável fome primária Pvapetinga (Asap) e o supergrupo Rio das Velhas (Arv), para ouro, embora discreta. associado a um controle tectonostrutural representado pe- O domínio do moscovita-granito Brás Pires (Pfylbp) los cwalhamcmos de abo e baixo ângulos que afetaram a mostrou concentrações de ouro em alguns trechos (faixas área em eventos sucessivos. Ressalte-se que foi detectado VI, VII c VIU), inclusive com esse mineral vísfveL ouro (lfippm) em uma amostra de xisto ultrabásico no Observa-se em toda a região uma íntima relação das io dst Vdhatt» sobre ^ytm Totini de lh de baixo ângulo. O caráter toteftíco dessas litologias con- Qrma o potencial aurflero da unidade, realçado pelo cará- concentradores do ouro proveniente das litologias-fonie ter poücklíco da sua história dcfornudooaL (estoque primário de ouro). Isto permite concluir que o A contribuiçáo por parte do complexo Ressaquinha ouro detectado na região seja predominantemente epi- ocorre nas faixa* V e VI. Os dados mostram que esse genético. complexo é de origem (gnea, característica que pode torná- lo um precursor para miner alizações de ouro. litologias do complexo Mantiqueira foram envolvidas A distribuição desse elemento não pôde ser repre- pelas faixai II, m, Vü, IX e X. Esse complexo, com base sentada adequadamente, pois apenas um grupo de 78 nas SUM características petiologicas, pode também, fun- amostras, selecionadas em toda a folha, foi considerado na r como fonte primaria para o ouro. interpretação. OundroN.4.5 ia«o de baleia. As de 24) a (17pp.). E. t ttN d* Manga 980km' MI maios ifaõa XIX) sinu-se sobre o 1 NEdaPfcanna 12km' MI Pires. Essas aaoaaias são passfveB de pre- WdaPono Firma 110km7 Mi.(Sn) • ^__> Ncflv no™ rum* •uir Mi V «ton2 Ml SWd»nrantp 2 VI NE 01 Cfpotln*M 44km Ml çáo (3ppmX isso qaaado •áo-detectado. Tal falo «' vl fftc se sua dBpenao gtoi|vfcBica 6 EdBOpoariM 5ikm* Ml 9 dástico-siageaeüca. V. W da Doras do Turvo 32km Ml X E da Dm do Turvo ttikfn Ml Cams Maw da Noruaoa 105km' Cu.NLCr m Refletem mtjrtamcie a presença das rochas •krabá- w NoaPiranga 123km' Cu.G.K. (Zh.So) sicas e básicas na área, o que tntrmunhi a vaidade da Mi SWdaGuaracõba 21km2 CuZn metodologia de amostragem aplicada a da. XN SWd» Porto Rima IKun2 Sn O cromo e o níquel se —«wj— aaai XV EdaPwanga 27km2 Co.ffe.Pb, destacando-se nas faixas XI c XII, nos ihiaiirii do < Mn> plcso Santo Aifôaio do PâTipclwga c supcrgypo Rio das XM NdaPiranaa 27fcm2 Sn.(Cu.2r>) Velhas. O cromo chama a atenção pelos devidos resul- XVI SWda Santera (to Oavain 190km' Cu.N.O. tados nos concentrados dc •»»—^^-«« nf^adoy ÍHHIT a pre- Oo.Sn.Mn a sença de magnema pode ser uma das prováveis fontes XV» EdaffoEspara I8km Sn desse elemento. Tal hipótese aão foi testada. Ressalte-se 3 XK Brás Piras 45km Pb2n porem, que as análises por fusão com KOH *-*^a"» uma XX EdaCipotftnaa 10km2 Sn 2 taxa média aproximada de 2,1 vezes o teor de cromo, obtido XX! NW da Doras do Turvo 80km Cu.M.Cr quando se usa a abertura com água regia nas amostras de sedimento. O níquel apresentou baixos indices de extra- libilidadc com o EDTA (no máximo, 3,5%), além de uma razão cx Ni/Ni insignificante, o que leva a crer que a sua As principais concentrações do estanho encontram-se dispersão geoqufmica t predominantemente dástteo-sin- no domínio dos complexos Santo Antônio do Pirapeiinga genética. c Rcssaqirinha. Destaca-se, ainda, a amostra de baleia Os elementos cobre, cobaho e zinco aparentam, a prin- HA-B-18B, coletada sobre o moscovita-granilo Brás Pires cipio, estar sendo controlados tanto litologicamente (dis- (no sudoeste da cidade homônima), cuja análise mincra- persão elástica), quanto por fatores de concentração se- iogica scmJquantUauva denunckw a presença dc cassi- cundária, no caso, os efeitos de coprecipitaçáo com os leríta. Chama-se a atenção para o resullado dc 640pptn óxidos hidratados de ferro e manganês. Há uma forte (análise por raios/X) detectado na amostra de baleia ÃJ- correlação entre esses elemcntos-lraço com os elementos B-41B (faixa XJV), coieiada no nordeste da cidade de maiores Fe e Mn. Os seus índices dc extractibilidade são Calambau (Presidente Bernardes). relativamente discretos: de 5,4 a 11% para o cobre;

Sua distribuição apresentou concentrações Seus teores, com qign«n«« exceções permaneceram na localizadas, princrpalmeote, nas faixas XV e XVII. Apa- faixa de background. Seu teor médio é bastante discreto, rentemente, não há um controle definido para tal ali- wo

Asap) e o oatro a NE da

mços genii acerca do SF2MMMV (Rio Espera) 101

Capítulo 5 Geofísica

Por RkmdoMomcyrdeVm. EdumLope Bmmto e Rmmundo Antônio Alves Dims Gomes

cm microcomputador das dos perfis geoft- sicos. ait ira arlrrixla no piescMc teno explicativo icve por base aquela estabelecida, no biênio 1978-1979, na exe- cução dos denominados "Projetos de Integração Geoió- pco-GeoDsica" para o DNPM. Naqueles projetos, a pes- 5.2.1 quisa consistiu na interpretação qualitativa dos mapas aerogeo&icos (magnetometria e total, se dis- Os mapas de nu etc para a MMerpictaçao ponível) e na fotointcrpretaçáo geológica, seguida de uma c correlação dos ttaflnri i integração dos dados, com algumas visitas ao campo para executado pda PRAKLA, dentro do Convênio Geoftsca Bra- verificação das feições interpretadas. Embora aimgiw os si-Akmanha - CGBA, no período 1971-1973. objetivos propostos, o produto final - um mapa geológico O levantamento foi efetuado com babas de vôo E-W, interpretativo integrado - carecia de etapas de campo espaçamento de 2km, e altitude constante (barométrica), mais prolongadas e de uma integração muhidisciplinar em média 400m cm relação ao terreno. abrangente. O tratamento aplicado aos dados consistia na correção No Programa Levantamentos Geológicos Básicos du da variação diurna do campo geomagnético, no nivelamen- Brasil - PLGB, ela foi estabelecida de forma pragmática, to dos perfis e na remoção do IntematkMhd Geomagnetic em função dos dados de geofísica disponíveis e dos pro- Reference Field - IGRF blemas geológicos característicos de cada área. Os dados foram apresentados soba forma de mapas de Com referência à acrogeofísica, a ausência de dados contorno, nas escalas 1:100.000 e 1:500.000, com intervalo radiométrícos impediu a contribuição especifica da geo- de contorno de 5oT. física na indrvidiialização de litóüpos e na identificação de Naquela época, a utilização de levantamentos aerogeo- zonas de comportamentos radiomélricos distintos, medi- físicos em exploração mineral era relativamente recente, ante a utilização dos canais de gamaespectrometría como com as técnicas de processamento e interpretação de da- indicadores litogeoquimicos. Por outro lado, a ausência de dos ainda primitivas, devido principalmente a limitação da registros digitais contendo os dados magnéticos resultantes capacidade dos computadores existentes. do aeroievantamento não permitib J aplicação de filtros Embora os mapas sejam de boa qoafidade, a sistemática específicos aos dados (primeira derivada, separação re- de levantamento adotada, prinripahncntt com relação à al- gional/residual etc.) para a definição mais precisa das fei- tura de vôo, provocou uma atenuação expressiva das ano* ções e unidades magnéticas. Os trabalhos ficaram restritos malias causadas por corpos e estruturas mas superficiais. í interpretação qualitativa dos mapas magnéticos, escala 1:100.000, editados há 15 anos. Foram selecionadas, ainda, tes altitude» de vôo (para manter a média de atara sobre o anomalias boladas para a interpretação quantitativa. Para terreno), provocando drarontínuídade no traçado dot mapas a interpretação magnética regional, utilizaram-se os mapas de contorno nas zonas bmârofes destes bbcot. sa escala 1:500.000. Na geofitica terrestre, foram levantados cinco perfis de gravimetria, visando a obterem-se subsídios para se definira compartimeatação tectõnica regional (figura Di.l). Foram levantados cinco perfis regionais de gravimetria A sistemática incluiu ainda a utilização de softwares para (figura 113.1): Rio de Janeiro/Barroso, Cacboeba doCun- a interpretação quantitativa, mediante o modelamenio - po/Malipõ, Varginba/Catas Altas da Noruega, Rio No- 108

10 20 M> 40 MM

\gR-l PtrM vonmíUKO

•I PvU bntaóo *m «OTOS

Cstofõo SFJB-X-B TV (Rio Espera) 103

voMisMonário e Monte Verde/Calçadas. tônica mostrou um quadro de grandes estruturas regionais O levantamento c o processamento dos dados foram e blocos tectônicos vinculados aos complexos biológicos da feitos pelo Observatório Nacional, denuo do Convênio região, com assinaturas gravimétrícas próprias. CPRM-CNPq-ON. A topografia dos perfis foi determi- Os gradientes elevados observados nas regiões leste e nada por nivelamento trigonométrico, ao longo de estações sudoeste (figuras 11.5.2 e 11.53) definem duas grandes des- demarcadas a cada quilômetro, com auxilio de distanciõ- conÜDuidades na crosta, definidas por Haralyi et ai. (1985) metro. A exceção no intervalo das estações ficou per conta como feições lineares contendo anomalias do tipo 1. A do perfil Monte Verde/Calçadas, com SOOm de espaça- descontinuidade da região leste () separa o mento. A aquisição dos dados se efetuou com um gra- bloco Brasília do bloco Vitória, e a do sudoeste () vímetro Lacoste & Romberg (geodésico). define o limite entre o bloco Brasilia e os blocos Paraná e Os valores Bouguer foram calculados de conformidade São Paulo. Alguns altos gravimétr--» correspondem às COIL a fórmula abaixo: intrusões alcalinas de Sena Negra/aalitre e Catalão, ao gabro de Monte Cannelo e ao Quadrilátero Fcrrífero. Vb=AB + g - g",onde: A região das folhas Ponte Nova, Rio Espera, Barbacena (AB) correção de ar livre e correção Bouguer, e Lima Duarte se situa no limite sudeste do bloco Brasília, (g) gravidade medida, próximo à descontinuidade de Abre Campo. (g") gravidade teórica. O Mapa Bouffier Provisório do Brasil-SE (Haralyi, 1985, inédito), apresentado na figura 113.4, mostra feições gra- Por motivos de exigüidade de tempo, considerando o vimétncas expressivas: o extenso alto gravimétríco de Passa- fato de a correção de terreno envolver procedimentos Tempo, a noroeste de Barroso; o alto de Rio Novo, feição extremamente demorados e de a gravimetria ter sido levan- alongada de direção NE-SW, situado na faixa da descon- tada para fins de interpretação regional, não se aplicou essa tinuidade de Abre Campo; o baixo regional de Coronel Fa- correção. briciano, que se estende para SSW, a partir da cidade de Para a obtenção de subsídios à lectônica, utilizou-se mesmo nome, penetrando na área das folhas contempladas, também o Mapa Bouguer Provisório do Brasil-SE (Haralyi, entre a desco.itinuidade de Abre Campo e o alto de Passa- 1985, inédito). O mapa foi confeccionado na escala Tempo, até ser trancado pelo alto de Araátaba, alongado na 1:2.500.000, com intervalo de contorno de 5mgal, e uma direção noroeste, e que praticamente figa o alto de Rio Novo densidade média de uma amostra por 500km . Nas áreas ao de Passa-Tempo; o alto do Quadrilátero Ferrífcro, a oeste de densidade menor, as curvas de contorno foram infe- da folha Mariana; e o alto de Ouro Branco, que se estende do ridas, sendo apresentadas de forma tracejada. alto de Passa-Tempo para nordeste. Por insufiácnáa de Para suporte da interpretação quantitativa gravimélrica, dados, a área a oeste das folhas Barbacena e lima Duarte não determinaram-se densidades de amostras coletadas de di- está contornada. 'cisos litótipos da área. Tais amostras apresentaram as O mapa Bouguer mostra, também, várias feições line- s-guintes densidades (g/cm3): ares de direção NNE-SSW. Um sistema de feições menos expressiva* trunca e desloca os lineamentos principais, - quartzitos 2,65 representantes das descontinuidades crustais, que deli- - gnaisse mitam o bloco Brasília. Apresenta ainda lineamentos ori- entados segundo WNW e ENE. Um lineamento E-W atra- anfíbolognaisse 2,70 vessa praticamente todo o estado na sua parte central. biotita-gnaisse 2,65 A leste do meridiano de 41*, o mapa apresenta um forte - charnoquilos 2,70 gradiente, orientado segundo NNE, ascendente na direção - migmatitos 2,78 da faixa costeira, ind;-,ando um provável adclgaçamento da - anfibolitos 3,10 crosta. Já a sudoeste da descontinuidade de Alterosa, o - calcissilícáticas 3,^5 comportamento é bem diferente, mostrando feições de - micaxistos (Dom Silvério) . 2,7z pequena amplitude, com alternância de altos e baixos gra- - enderbitos 2,88 vimétricos. Na parte central e oeste de Minas Gerais, o mapa mostra duas feições lineares que atravessam o estado de SSW para 53 O cootexto gcoffsico regional NNE, podendo representar descontinuidades da crosta, passíveis de estarem balizando o limite oeste da parte sul 5.3.1 Gravimetria da província geotectônica São Francisco. Esses lineamen- tos formam, cm conjunto com a descontinuidade de Al- O estudo do comportamento gravimétrico, através do terosü, uma feição em forma de V. Por sua vez, o pros- Mapa Bouguer Provisório do Brasil-SE (Haralyi, 1985, iné- seguimcnlüdadsficontínuidade de Alterosa para sudeste lambem dito) e dos cinco perfis de gravimetria (figura 11.5.1) uti- fomvi, com o da de Abre Campo para sudoeste, uma oura feição lizados para o modelamento da compartimenlação tec- em V, cuja projeção do vértice coincidiria a pro- 104 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

ESTRUTURAÇÃO CRUSTAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

ANOMALIA SOUGUER ( •«•! I 0

NE-

BLOCO PARANA -ISO BLOCO BRASÍLIA BLOCO BAHIA

-GRAOIENTE REGIONAL 0 km lOO 200 300 400 SOO

rOKTt.HAMAI.VI .t ai. (IMS)

Figura 11.5.2 - Pttf» da anomalia Bouguar.

ESTRUTURAÇÃO CRUSTAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

14* S

...—jy 6 X ANOMALIAS LINEARES TIPO 1 - OeSCONTMUOAOe üw) - ALTEROSA «7b] - ABRC CAMPO TÇ}\ i \ ! >v, <3 / ,' E»«| - RIACHO oe SASANTAN» A /°'-°«/ \ r,\ \ «'" «fc1 / • LZ|-»*"IOS8»IAVIK«AMOS OftAVHMCTRlCOÍ S

ANOMALIAS LOCAIS O-4LT0S GRAViMÉTRlCOS ; • SEARA ^EGRA/SALlfRE. 2-CATAL4O. J- 4 • OUAORILATERO PCR- RIFIRO S-SAOROMiOe-SANTOSOUMONT. O BAiXOS GRAVIMÉTRICOS CitOAS NOVAS I-PETOIZES Í-ARAXA/TAPWA IO- *** ,? I s SAMiUI 11-POÇOÍOÉCAl.OAS.IÍ-lTATlAIA/PASSA - j J(—*- N QUATRO ISMARTINKO CAMPOS J4-JCOUtT«i: 15- .' ." PATOS OC MINAS, '0*11 HA*«LTI •' 91. , 4«5 )

Figura fl.3.3 - Inwfprttaçio gravHDMnoa CONVENÇÕES

ISOGALtCAS OE 5 EM 5 MILIGAL

ISOGÁLICAS DE 30 EM 50

ISOGÀLICAS INTEIRAS OE 0.100.300 ETC

— '' CURVAS INFERIDVS

LiNEAMENTOS REPRESENTATIVOS t>r TALHA COM REJF'TO OIRECIONAL

_ LIMITE DO CRATON OO SÀO OESCONTiNUIOADE OA CROCTA FEIÇÕES GPAVIMLT'iiCAi Hf Pf FIE NTftTivAS OE *E'COES GEOLÓGICAS REB/MKADAS E/f'li DE CORPOS OE COMPOSIÇÃO BÁSICA a TRA8ASICA

FEIÇÕES GRAVIMETRIC AS REPRESENTATIVAS OE FEIÇÕES GEOLÓGICAS REBAIXADAS F/Ou OE COBPOS OE COMPOSIÇÃO ÁCIDA A IMTIH '«EblARlA

FONTE MARALtl. |.n,,i,lol, ESCALA ORIGINAL 1 ZSOOOOO

yaviméWica aobra part» do Mapa Bougucr Provisório do BraaH (Haraíyi, 19BS. inédito). 106 Programa Levantamentos Geológicos do Brasil ximadamente com a regüo de Volta Redonda. O conjunto Brumado. A wsyh está iw»K»fifl cm tono da *ffwtãr dessas feições mostra uma estruturação em forma de W. 7LAterceiracorrespondeanm forte gtadiente ascendente A província geotectómca Sio Francisco parece ser Imi- para leste, a partir da estação 131, com ama amplitude em tada, nas partes kste e oeste, por fineamentos de direção torno de 4QmgaL NNE e NNW, respectivamente, e na parte sul por um O trecho do perfil entre aa estações 7 e 40 mostra um w lincamento WNW. Contfanos a esses *"*ra" *nt

2.3

ac * V 4 » •u 116 FOLHA MARI4NA FOL-"* PONTE '(OVA

11

•Í..0

J : d? - 2,604/e» <)10 •:vo i, • 2,1 20.0 a

Figura 11.9.9 - Perfil flftvtmétrt» 0R-5 «ntr» Cachoeira do Campo • Matipe (figura 11.9.1). SR22-X.B-IV(lüo Espera) 107

atento da desconünuidade ab situada, considerando o aflo- Mantiqueira, modelados segundo o corpo 1 (densidade ramento de rochas da crosta inferior - constituída de 2,70g/cm3). metalcxitos, anfibotitos c granulitos retrometamorfizados As rochas do complexo Santo Antônio do Pirapetinga, do Complexo Acaiaca - introduziu o corpo 9, com den- ocorrenies crtre as estações 62 e 50, foram modeladas pelo iidade2,75g/cm3. corpo 3, com densidade 2,70g/cm3. Próximo ao limite da folha Mariana, na estação 83, existe O corpo 5 (densidade 2,97g/cm3) está relacionado a oo perfil um baixogravimétrico de pequena amplitude, q-c rochas do supergrupo Rio das Velhas. A densidade elevada tem correspondência com as supracrustais aflorantes do - possivelmente devido a acumulações de ferro - pro- grupo Dom Silvério (corpo 7; densidade 2,60g/cm3). Esse voca os altos entre as estações 40 e 30. baixo ocorre no trecho do perfil com gradiente suave e Os gradientes elevados nos flanem do baixo próximo a ascendente para leste, que vai da estação 71 ate a 135, com indicam descontinuidades crustais. A primeira, predominância, em superfície, dos gnai&ses do complexo cm torno da estação 32, pode ter correlação com a descon- Mantiqueira (corpo 8; densidade 2,70g/cm3). O modela- tinuidade que passa próximo à cidade de Cachoeira do mento indicou que a seqüência de ortognaisses c xistos do Brumado (perfil Cachoeira do Campo/Malipó). A segun- rio Gualaxo e os gnai&ses do complexo Mantiqueira têm da, próximo a Varginha, aparece indefinida devido à inter- comportamento similar, isto é, densidades próximas. rupção do perfil, mas aparentemente existe uma tendência A leste da estação BI, o gradiente do perfil eleva-se de alto, sendo possível que a leste aflorem os anatexitos, bastante, tendo correlação com a descontinuidade de Abre anfibolitos e granulitos retromclamorfizados do complexo Campo. As feições estruturais presentes na faixa móvel Acaiaca. Como o perfil não tem continuação para leste, a (complexo Juiz de Fora) mostram mergulhos para leste, correlação com o perfil Cachoeira do Campo/Matipó re- decorrentes do cavalgamcnto do cinturão granulítico do sultou parcialmente prejudicada. complexo Juiz de Foi a (corpo 10; densidade ^fóg/cm3) Os corpos 6, concebidos entre as estações 40 e 50, e em sobre os terrenos ortognáissicos do complexo Mantiqueira torno das estações 32 c 38, correspondem a rochas do super- (corpo 8; densidade ^TOg/cm3), a oeste. Existe ainda um grupo Rio das Velhas. A dmsktadr encontrada (2,75g/an3) alto Bougucr entre Rio Casca (estação 132) e a estação LSO, parece indicar a inexistência de y^pwulacõps de ferro. que tem correspondência com rochas básicas ocorrentes O perfil Ponte Furtado/Missionário (GR-3, figura nessa região (corpo 11). 11.5.1) atravessa a folha Rio Pomba de um extremo a outro. O ajuste do perfil calculado, a partir dos modelos con- Apresenta um grande baixo gravimétrico, entre as estações cebidos, ao perfil obtido no campo, na região da faixa 82 e 33. com elevado gradiente nos flancos, sugerindo móvel, só foi possível quando se consideraram baixos ân- descontinuidades crustais (figura II.5.7). gulos de mergulho (menores que 20°) para as feições estru- O corpo 1, com densidade 2,70g/cm (figura 11.5.7), que turais dos granulitos. corresponde aos ortognaisses do complexo Mantiqueira, ê As evidências acima indicadas, juntamente com a ocor- o modelo causador do baixo gravimétrico. rência de rochas retrometamorfizadas (crosta intermedi- O modelamento do flanco noroeste indicou uma des- áría/anatexitos, anfibolitos e granulitos) em torno da esta- conünuidade - que pode ter relação com a que passa ção 71, possibilitaram o modelamento indicado na figura próximo a Acaiaca, presente no perfil Cachoeira do Cam- D.5.5, o qual pode ser comparado com o modelo de colisão po/Matipó - modelada segundo a concepção do corpo 2, de blocos, com obducção, proposto por Davino (1979), correspondente a rochas retrometamorfizadas do com- Lesquier et ai. (1981) e Haralyi & Hasui (1981). plexo Juiz de Fora. Em torno da estação 60, parece haver O perfil Varginba/Catas Altas da Noruega (GR-4, figu- uma falha vertical nesse conjunto de rochas, na sua porção ra n.5.1) atravessa a folha Rio Espera. No perfil Bougucr mais profunda. (figura 11.5.6), entre as estações 66 e 2. existe um elevado O modelamento do flanco sudeste resultou na estrutura gradiente descendente para leste, apresentando no final complexa de baixo ângulo, que indica um cavalgamento da uma inversão de gradiente. O modelamento do perfil mos- seqüência de alto grau do complexo Juiz de Fora, repre- tra um corpo denso em profundidade (corpo 4; densidade sentada pelo corpo 3 (densidade 2£2g/cm3), sobre os 2jBSg/ear) que parece ter correspondência com os me- gnaisses do complexo Mantiqueira (corpo 1; densidade taultrabasitos do complexo Santo Antônio do Pirapetinga. 2,70g/cm3) e sobre as rochas da crosta intermediária, con- Na mesma região, atravessando esses afloramentos, passa cebidas na forma do corpo 2 (densidade 2J3Og/ca\ con- o extenso Hneamento iwagneifro Li, de direção NE (figura firmando a estruturação do complexo Juiz de Fora adotada ü.5.10). Coincidente com tase alto gravimétrico, existe uma no modelamento dos perfis anteriores. anomalia —ÉgwftW, orientada segundo a direção do Kne- O trecho do perfil Rio de Jaadro/Barroso (GR-1, figura amento. U.5.1) utilizado no modelamento, tem inicio a cerca de Entre as estações 32 e 0, o perfil mostra um baixo 40km a sudeste de Juiz de Fora, indo até Barroso, próximo gravimétrico, com lOmgal de amplitude, e o flanco leste ao limite ocidental da folha Barbaccna, apresentando um sugerindo um gradiente crescente na direção de Varginha. salto na numeração entre as estações 230 e 255. Esse perfil Esse baixo está relacionado aos ortognaii-es do unnplexo Bouguer também mostra um gradiente regional suave 108 Programa Levantamentos Geológicos Biskos do Brasil w 2 if I S o 3 t • • 6O t 6Ckm 40 20 10 Oka FOLHA RIO ESPCRA

-70

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1 .«/c d« >2,89«/cm3 dT«2,83g/em» 9.0 d* • 2,829/cm1 d* '2,97 g/cm' «S 'Z.70g/einS d. »2,7Sg/fcmS 1O.0M»

Figura 11.5.6- PartH gravimetria) OfMantraCatasMlaadaNoniagaaVarginlM (figura 15.1).

descendente para noroeste, com uma discreta inversão no Alguns baixos de pequena amplitude, entre as estações extremo final do perfil, próximo a Barroso (figura U.5.8). 265 e 166, representam granitóides presentes na área (cor- O afloramento de rochas da crosta intermediária (ana- pos 6 e 7), ambos com densidade 2,72g/cm3. tentos, anfibolitos e granulitos retrometamorfizados), se- A análise do mapa Booguer e a correlação do compor- gundo estrutura de baixo ângulo, em torno da estação 320, tamento desse perfil, referente i inversão do gradiente motivou a concepção do corpo 4 (densidade 2£0g/cm3). O prénmo a Barroso, com o perfil Cachoeira do Cam- corpo se estende para SE, sendo trancado, também segun- po/Matipó sugere que o extremo-noroeste do perfil se do uma estrutura de baixo ângulo, pelo cinturão granulítíco encontra na província geotectônica São Francisco. (corpo 5; densidade 2,82g/cm3), responsável pelo alto A pequena amplitude dos baixos gravimetricos, contf- gravimétrico existente entre as estações 275 e 180. A 21106 às ttf tKTffflfinilKisidfft' IDO(JclaMÍatt» ÍDÜIC3 flUC ft CTOCtál adoção dessa estruturação exigiu a introdução do corpo 2 siáUca, nessa região, 6 menos espessa. A base da crosta (densidade 2,TSg/ca?) para o ajuste do perfil calculado ao intermediária (corpo 4), determinada no modelamento perfil medido no campo. com uma profundidade de até 13km, reforça a evidência de A inversão do gradiente, com inicio pouco antes de um pronunciado adclgaçamcnto da crosta. Barroso, forma um baixo de pequena amplitude, ajustada O cinturão graaulftico (corpo 5) foi ajustado com es- pelo corpo 1 (densidade 2,68g/cm3), correspondente a gra- trutura de baixo âpgwV* no cavalgamento, considerando a nitóides. base do modelo da figura U3J situada a 35km de profuo' Um outro baixo, de menor amplitude, entre as estações 315 didade. e 265, corresponde aos gnaisses do complexo Mantiqueira, 0 perfil Moote Verdc^alcadas (GR-2, figura H5.1) modelados conforme o corpo 3 (densidade 2,7Dg/cm3). atravessa a folha Uma Duarte na direçio SE-NW. Mostra 8 8 s o 5 I I > |2 s 5 o g t £ i t t t * t 100 Ml •o 70 to 30 so • Ota» FOLHA MIO POM*

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ú\ - 2,7Oç/cm* 11 «2 : 2,B0«/cm;> <1 < 2,82f/cn* «4 : 2.7S«Am) •20 km

fjy s •* •" Figura It 5 7 - Pvrfil gravimétrico GB-3 «ntr* Mnsiorano • Pont» Furtado (Figura R.5.1).

um gradiente extremamente suave, decrescente para noro- lativa de granulitos. este, com os valores Bouguer variando apenas entre -60 e Entre as estações 219 e 185, existe um abo gravimétrico •TOmgal (figura 11.5.9). com uma ligeira depressão no centro. O alto provavelmente No trecho entre as estações 219 e 119, o comportamento está relacionado aos granulitos básicos da suite metamór- do perfil é mais estável, com poucas inversões, enquanto fica São Bento dos Torra (corpo 1; densidade 2£0g/cm3), entre as estações 119 e 25 é perturbado por sucessivos altos cartografados no canto noroeste da folha lima Duarte, ebaóos, de pequena amplitude e comprimento de onda de enquanto o baixo t causado por granitoides (corpo 2; menor expressão, associados a uma feição de alto regional. densidade 2,70g/cm3) do complexo Mantiqueira. Os flan- Esse alto Bouguer pode ser relacionado aos granulitos cos sugerem descontinnidades crustais, como a situada da faixa móvel, modelados segundo o corpo 7 (densidade proximo da estação 185. 2£lg/cm*), podendo os baixos associados ao alto regional Comportamento semelhante repete-se até a estação ser correlacionados a granitoides presentes no cinturão 119, com depressões associada! a anos gravhnétricos, mo- granulftico (corpos 6 e 10, com densidades em tomo de deladas pelos corpos 3 (densidade VTfyca\ 4 (den- 3 3 T&IJÇB?). O modelo dos granulitos indicou uma profun- sidade 2,72g/cm ) e 5 (dfawidadc Tjig/cm ), resuhaodo d»oade máxima, na base, de quase lOkm, não-represen- numa seqüência de rochas (corpo 3) que se projeta para 110 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

se

180 170 br -30n«al

-50

-75

CURVA UEDIOA

100

«1 = 2,M«/cm» «t > Z.78«/O"s «S =2.92 Q/cm» *l • 2,J0fl/em» d, -tf- 2,72(/cm*

Rgurall.58-P^lQr«vimétricoQR-1íl«B«rTO«oaíé40kmaSEd«Juírd»Fot«(ttaunilL5.t).

NW SE g

4 OH in > S 5 3 ,S .

t 209 189 169 149 129 109 «9 49 29 09 M» FOLHA LIMA DUARTE

CURVA CALCULADA ,t~\ -Kmqol

CJWVA MEDICA -ro

-i-Z ,10

2,76f/cm*

Figurt 11.5.9 - Perfil gravimétrieo GR-2 «ntre Calçadas • Monta Vwd» (figura UAI)

sudeste e 6 trancada (subducção?), com o corpo repre- estruturação adotada no modclamento do perfil Cachoeira sentativo da faixa móvel (corpo 7; densidade 2£lg/cnr)> O do Campo/Matipó. corpo 3 foi considerado como de crosta intermediária, com a base, no ponto mais profundo, a 7,5km. Os corpos 2 e 5 podem ser relacionados aos gnaisses tonalíticos do com- plexo Mantiqueira, O corpo 4 está associado aos quartátos Com o objetive de auxiliar a gravimetria e prestar apoio do grupo Andrelândia. às definições das 1f««^^^a^Vt tectônicas da regiio, foi efe- Para o ajuste entre os perfis calculados e de campo, tuada uma interpretação qualitativa regional dos mapas de novamente necessitou-se adotar o cavalgamento da faixa magnetometria, na escala 1:300.000. A figura IL5.10 apre- móvel segundo estruturas de baixo ângulo, repetindo a senta essa interpretação. 111

4S"00' xt»»'

X X tf' °

/->

M»00' 4í»00"

Unidade Magnético

L >itomento Magnético ú Anomolia Magnético do Quadrilátero Fern fero

Rgutai-510-Mydtinmprm^iortwgnwométrmm J

Em termos de feições magnéticas, pode-se dividir o lias de maior amptimdc na região (IOOODT), que refletem mapamagnetométríco em sete grandes unidades, consíde- as acumulações de magnetka nas formações ferrfferas. rando o relevo e a assinator* magnética. DclnnkadaaoiK9neenoroestepelnnnídadeA,easi)deste Annklaa^A,coáxáo^emecomoOoadriIiteroFerr0ero, pelo fineamento Li, a unidade B contem «wnriifr de pe> engloba as seqüências sopraemstais, mostrando as aooma- quenoconiprinientodeondaeamplifDdesde30alOODTtcom 112 ProfjMM Levantamentos Geológicos Básicos do Brasa

Cfosta magnetízada. O A entre as B,ao nortec fecckmado a partir MAG- F, ao sai nu •••••niauB^Ui *^ apro- SAT, conforme Haralyi et aL (19n5)#mostn uma as porções aflorantes do Ressa- aiMMuhn que cobre qunte todo o estado de (6gnn ILSJ2), a da pioriacia grotwtoaira São Francisco (figura desde o quadrante sudeste da foma Ponte Nova até a porção sudeste da foma Lana Duarte. As anomalias são hafJfltSÉmtC mvOflnCatOSSt DutClCfCflCIlmmtCaYstC tts% UmT6CatO DOffQC^H li, ium mnjiitiMlr i ili Mfl i TOflnT. rmi wlii pi 1 • 11111 aii i e sn&toitos do complexo Juiz de Fora. SJJ! i ao norte ppelo Knrnacntn Li e a leste pelos L2 c Lf, a unidade D pastai o mapa Bongner (figura IL5.13), percebe-se a s de 5 a 30nT, representando feições Encares. de ahjnmas feições O ako gravimétrico doQnadriUtero gfffffBlBfPCOmC^flP ffQBni J| HMMT PMaffff OU mmmtOUOC uTmÉ^BC^BCH A. O ako de Ouro Branco está relacionado a parte da isoladas de unidade B. O baste oeste da i i a nlftrnwalrannm tardios (DivinegavUba- como a ' ri e Mercês, entre outros). de Abre *^»—p**. com o respectivo afeo gra- - - - -1 - -I * » • » AmndadeG tem corre spondcuc ia com aocoiiênoa dos SCBQD QHYEIIQIHIIEI X granafitos fr4f*T da «*»** wrt

LL Deve-se ressaltar a caristfacía de uma grande feição

planar (anomalia Z), de direção ENE, com •mi de onda de 150km e ampfitnde de 300nT (ganran^.lO).FjsaanonianarnglobaoQuadraáteroFer- rflero e estende-se para leste da unidade A. Com o intuito ÍOf« de modelar tal anomalia, retirou-se dos mapas de contorno (não eastern filas magnéticas) o perfil MA 1 (figura H.5.1). O perfil obtido foi modelado pelo método da inversão, c o melhor ajuste coube a um corpo de forma tabular, subwer- tíral, rfg

5X1

O mapa magnetométrico desta fòba (figura IL5J5) apresenta em geral um gradiente suave, contendo amda a

mt •> |iN9! Miii^ffa (JQ eradicate da extensa anomalia remonal si* toada na folha Mariana (ao norte). Possui um rr*—T de «C»flC*S Dl rONTF PONTUAI COUI**ICMT[ EM »T 0 100 200 com predominância da direção SW-NE. A interpretação qualitativa desta folha permitiu o

nawn 11^12 - M^w d» contorno m^nétt» (MtMM* MA6SAT). delincamento de roítdarirs magnéticas que englobam anomalias de padrão similar. Representam, em conjunto com os Hneamentos definidos, a análise qoabtativo- magnetica da folha. Fez-se uma interpretação preliminar iMtarfr i, no seu extremo-noroeste, pela junção dos tine- com o objetivo de contribuir com subsídios para o ma- peamento geológica Posteriormente, procurou-se, em O forte gradiente magnético da anomalia Z função da geologia já conhecida, a explicação, nem sempre lOnM G^QDxTCSSIVm\ atf iCtOOCS fllaUS JOCAJB* IBBDCQlflQO possível, para as feições geofiàcas pre

L a^MnE^a^l^^^ul a^B^K^s\ a^la^ila^n^BiS^BH^^B B^^B^nfB^*^DK?MlK^al^B ix^BK^h mas Mariana e Ponte Nova. A ausência de dados digitais Unidade P do levantamento aerogeofísico impediu a aplicação de tra- Com relevo acidentado, de anomalias de pequeno com- tamento específico para realçar as feições de origem mais primento de onda e amplitude de até 300nT, corresponde superficial. às formações ferrfferas do supergrupo Rio das Velhas, que Finalmente, com relação á divisão proposta dos domí- tem o mesmo padrão magnífico característico em todo o nios geotectôoicos São Francisco e Mantiqueira, vale as- Quadrilátrero Ferrffero. Essa unidade é trancada, no lado sinalar que o lineamento magnftfco L3 acompanha, apro- ximadamente, a porção sul ^ffcf* limite. João dei Rei, e que coincide com a ocorrência de diques Verificou-se uma diferença singular ao se correlacionar básicos (anfibolitos diabasoidet) do complexo Santo An- o comportamento dos perfis gravimetria» entre ú. En- tônio do Pirapetinga, de mesma direção (SW-NE), no quanto os mais ao norte (Cachoeira do Campo/Matipo e centro do hmíte oeste da folha. Rio Novo/ Missionário) apresentaram feições similares, com expressivos ahos subsequentes a gradientes elevados, Unidade Q os perfis mais ao sul (Rio de Janeiro/Barroso e Monte Nonorte dessa folha,ogradicnte da Verde/Calçadas) apresentaram comportamento distinto se estende para leste a partir da fobaM nas ao atingirem o cinturão granulftico (cerca de 40mgal e 30ngal, respectivamente). O de Rio de Janeiro/Barroso P, ocorrem osgramtoides do cnmplrxn Santo An- apresenta um gradiente mais suave ascendente para sudes- fõoio do Píiipeiflaga; a Imc» 9Êéut de pvte do UICIVJÜ C te, no Emite da faixa móvcL culminando num a!to com uma •VCSOL UgflDDCfll CflnflODft AMODOOUS ifl0 C0BKÜÊÍ9O AvflDOflOCaVfta amplitude em torno de ISmgal; o perfil Monte Verdc/- dogrppoDomSflvenoe • ' ' ' Calçadas apresenta um gradiente mais suave amda, com um ako de amplitude bem menor. Possivelmente, tal dis- UnJdndeC tinção de compc«tame«o esteja ligada à existência do alto Essa unidade ocupa a maior área da folha. Caracteriza- de Aracxtaba (mapa Bouguer, fignra Ü5A), que se estende se pek> seu suave gradiente magne^ko. As anoaufias iso- a partir de Rio Novo e Juiz de Fora para NW, com direção ladas são fracas e pouco 114 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brad

»•«••

Unidodt Mo^nítotneirico

Líneamcnfo Magnctico

y Anomalia Moqne'iico do ij Quadrilátero Ferrffero

B

Rgur» IW,13- Compsraçlo «nw M inttrpratacOM mag«Mwmétrlow (A) • gravimèlrloa (B)- Ptrfil BOUGUCR

-O CMARNEIRA

Mocot crvstoi»

M»o«r ««•0»' ESCALA DE REBATIMCNTO LIVRE mis mot. 116

a*oo' «s'xf 4S»0«f

FEIÇÕES PLAMARES - DEFINIÇÃO EM ÁREA FORMAS DOS CORPOS MAGNÉTICOS (.By Un/ddo* magnético

'82) SuDunidodc ou 1000 magncftco -*-* DiqiM <}»•»« finito

FEIÇÕES LINEARES TIO Moa«io moqnéttco Otgrou —-— Lineoç6«» ou olinhomcntos moqntficos principais ——— uncaçdc! ou aiinfiamcnros maqnéiico* itcunúório» inverso 4B*tO' 10*10'

10*40'

4S»IO 45*10' 20*90'

Pirn

Af.m fO*4O' a it.

MQMlooM (*vm)aupfgnipoBoda»mih« médio; (AMPA) ) eomptete m SSant o AtAmonto o do Wd

gerais, cs termos mais félsicos dos complexos Ressaqumha «»rre sobre um grankóide do grupo Dom S3«

Tabela U.S.I 1 - OIOUC ESPESSO

WOCLO DIKClO 00 I- N£IA S5PCSSU- COWO->«»S No. NCI6U.H0 TOPO 81LIM0E M »mm -jTf (ÚÍAUS) (MAUS) (•>

2H 33 m 1M117 m 77\V.H mm wm 1*5 n 'M 1).mi miiH mm m H .1 1 {),**% 5W Hii'H ài2iH T14 >nm 2- DI«E ÊSftSSO FWIIO «ÓCIO OIKCXO 00 HtíGULHO PMf. HQf. SüSCEN- Me. KI6U.H0 TWO BASE 81LIM0E »* tUmM PPIWN10 üTK (6MUS) («W4US) <•) (•) (t.«.u.)

ris 12* 10 1M 5«* UM mim

WOEU)DlKdO fí•»6HM » TM 353 34 97* «,**4t ; Ti# 347 43 m - t,H2* ;'49^5* tmn T2f 138 43 tis* 345* •,*14f i"2>m 48135* U9

Capítulo 6 Evolução Geológica

Atotuuüpa Valence Padüha, Ricardo Moacyr de VuameeOaee Raimundo Antonio Alves Dias Gomes (subitem 6J)

U Introdução e grau muito alto (ficies granuhto). As bases cientificas para tal e]»^ifir*ç*n fnram ãitntíiA»* pnr fifiJiMwiiHi ft A região enfocada neste ensaio envolve unidades Niggti (1924), Condie (1982) e Weber (19B6), entre outr geológicas formadas em diversos níveis crustais e em A combinação desses critérios, do ponto de vista objetivo diferentes períodos geológicos. da área em estudo, definem orna croata wperiw, com até Até o momento, os estudos regionais existentes não 5km de espessura; uma croata fntrmedlÉrm, com espes- foram suficientemente abrangentes e consistentes de modo suras da ordem de 10 a 20km; e i a permitirem ama definição segura da seqüência espessuras de 15 a 25km. estratigráfica. Desse modo, ao se estabelecer a coluna As interfácies entre esses níveis crustais são zonas de estratigráfica, lançou-se mão de vários trabalhos, com- baixa resistência à deformação e aba pressão de fluido*, parou-se com os dados colhidos no campo e em laboratório sendo o locus ideal para o desenvolvimento das grandes e se estabelecem correlações entre as colunas das folhas do estruturas de transposição de baixo ângulo: nappes e projeto Barbacena, escala 1:100.000. O quadro D.l.l, cinturões de empurrão. A transição do nível inferior para mostrado no capítulo 1 da parte D, sintetiza os resultados o intermediário é denominada dfiwyvt'fwVfiKt^ de Conrad. conseguidos e é apresentado como proposta de divisão A região mapeada conforma uma transversal ao traço, estratigráfica para as seqüências Biológicas desta parte da cm superfície, da zona de colisão entre dois continentes, regUo sudeste do estado de Minas Gerais. obliterada pela obducção de um continente de leste e sul Os trabalhos de síntese analisados foram Ebert (1955, sobre um continente de norte e oeste, de modo que foi 1968), Ebert et ai. (1958), Trouw et ai. (1980,1984,1986), necessário cunharem-se denominações descritivamente Machado Filho et ai. (1983), Padilha et ai. (1982), Padilha adequadas para tais segmentos crustais, em caráter (1984), Padilha & VasconceOos (in: Silva et aL, 1988 e provisório: provfaciageotectõnica Mantiqueira e provada Baltazar et aL, 1988). geotectónica São Francisco, respectivamente (fig. D.6.1). Para estabelecer-se a prioridade da nomenclatura Um terceiro bloco, posidonado a oeste, conforma a estratigráfica seguiu-se, estritamente, a cronologia de província geotectónica Tocantins. Tais denominações publicação. foram emprestadas de Almeida et aL (1977) e f4f**üh* O estabelecimento das inter-relações estratigráficas foi neste Projeto com caráter de entidades geotectônicas. prejudicado devido ao forte imbricamento de escamas de empurrão e à insuficiência de dados geocronológicos disponíveis, de modo que, ainda agora, apenas começa-se a entender a sucessão dos eventos mctamórficos e aáticnt As unidades Uticas do complexo Juiz de Fora e da suíte Este quadro complexo diredonou a opção por uma metamc^rfx»SáoBemodotTorresapreaenUun,caracteris- coluna litostratigráfica que justapõe níveis crustais e ticgnifntc, evidêndas de deformações anteriores à grande províncias geotectônicas diferentes, sem que isso implique fase de transposição regional que desenvolveu uma mar- uma justaposição cronológica. cante foliação müonftica regional St, superfície extrema- Neste ensaio, adota-seadnisáo da crosta continental em mente penetrativa e pervasiva, que é utilizada como três níveis definidos através de critérios reologicos superfície tectõníca de referência regional para as (regimes deformadonais ruptiL, ruptil-docül e dúctil), bem unidades da infra-estrutura pré-transamazõnica regional. como de critérios mctamórficos: grau baixo a muito baixo Assim, obandamentocomposidonal do» gnaístcsbimodais (ao máximo fácies xísto-verde), grau médio a alto (fades c lonalíto-trondbjemítícos (complexo Mantiqueira) e das anfibofíto, incluindo os migmatitos em sua porção inferior), rochas da fades granulito (complexo Juiz de Fora), a 120 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

muito transposto, onde reconhecem-se restos preservados de mineralogia da naetgraonGto, porém onde predomimi um mjgmatko transposto gnai«sHkadonattcie»aaBhoBtft Nessa estação, foram selecionadas quatro 1

isócxooâdel483*25nta.eRI-0,7a26(fig.IliL2b).Este «J'Jtf dado, coerente do ponto de vista geocronològico, impEca 20*00 adição de material infiracrastal a essa porção da croata. Em termos *rpf™jp t estas rochas foram do compfeioJuizae Fora. No emento, deve-se ter em conta que um cinturáo de empurrões envoKendo rochas do grupo AndrelSndia, componentes da província geotectômea Tocantins, de idade proterozôica média tar- dia (cido tectonotermal Uruaçuano) sobrepôs-se, por cavalgamento, i srqftêfftia do referido complexo, na ' espessamento crustal, pode ser o responsável pela mobüizaçio de material subcrastal e refusio das rochas chamoqufticas e H ò*^ |iwniifi«iiAvliit!« imu mista. Por outro lado, a estaçio CP-30 refere-se a um enderbito, microscopicamente mostrando os efeitos in- iciais de Htr

forte, mas fãV* tão f^tyt^ quanto nas amostras da ftts^JM? CP-360. Cabe ressaltar que essa rocha está em claro facics em que

Troço prcstntc, opfOnmodo, do e«oj pois ao «»«^y«f> tempft "** iuturo qut nwco 0 lunta fntrc ot ela cede CO2 para as encahantes. Este processo, t típico Diocos continental» São Francisco de intrusão diapnicagraniuvka (Wcber & Bchr, 1983). Na Monfiqutiro, toldodas na ciclo situação de troca de fluidos, 6 mais que provável que o «•oo Tromomorõftico sistema Rb/Sr tenha sido aberto, o que vem a ser reforçado r.EOTECTÔMCA TOCANTINS peb fato de que a razão inicial (RI) St«7/Sra6 (fig. IlÀ2c), construída com quatro pontos anamicos obtidos a partir de amostras da estaçio CP-30,6 relativamente elevada: RI » 0,7093. Aparentemente, essas rochas sofreram ÍBfhtfnfia nf.Mw1-DMrtbui«éo< «OniCMMÉfMdo projxo. do from de nappes uruaçuanas e foram aquecidas, pelo menos, no evento tectonotermal Brasiliano. Assim, a idade isocrõnica obtida de 644 a ± 14mA, refere-se à idade de retrabalhamento térmico de material crustal tw*'f antuo: p iya^io transpostp a de rochas granuUÜcas e tonalíto- Transamazônico (?) a Jequié (?). trondbjemíticas e as dobras sem raiz, transpostas oo As rochas que compõem a sufte metamorfica Sao Beato redobradas, nratírias nos fechamentos de dobras SÚ1-D2, dos Torres foram datadas através da isócrona construída devem representar uma foliaçio SM, provavelmente com os resultados analíticos de amostras da estaçio HV- constituída pela deformação Di, durante o evento tec- 70, de granito a núcroclina com restitos de piroxenio- toaotermal arqueano soperior (ciclo Jequié), que con- diorito (HV-70S). Tais amostras, à eiceçio da última, solidou o grande cráto n arqueano . compõem a isócrona de 2684 a ± HOnia. (fig. U£2d). O A geocroaologia disponível na bibliografia (Cordaní et ponto analítico do piroxénio-diorito situa-se acima do aL, 1973, Cordani & Teóetra, 1979; Machado Filho et aL, traçado dessa isócrona. Esse fato, adicionado ao alto valor opxk.) e deste trabalho, cujos dados analnicos constam da da razio inicial (RI » 0,7139), evidencia que a idade tabela IL6J, permitiram a elaboração de uma isócrona de conseguida refere-se a idade de retrabalhamento de referência com 3000DUU para rochas da região de Juiz de material com vida crustal <"»W antiga, possivelmente do Fora (ver. fig, 11.6.2a e quadro VL22, na folha Lima Duarte) Arqueano Inferior - a idade convencional do píroxénio cuja razio inicial (RI) Srr/Sr» é0,705. díoríto e o níqgr^niji de evolução do Sr (fig, C6.3) apontam No sudeste da folha Lima Duarte, foram coletadas at uma idade de 3300nLa. para a diferenciação do protólito. amostra* CP-30 c CP-360, de Ikótipos docomplew Juiz de Em rochas da infra-estrutura da bin de dobrameatos Fora, O ponto CP-360 rcfcre-se a um gnaisse bandado, alto Rio Grande (fig. H.6.21), foi analisado, 121

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- BOM * trfM.ll II - fcKaala» J»'i m In i at hMt «a l«m 'la • (aalra «al.at.'i '!• 122 Programa Levantamentos Geológicos Baskos do Bnsi

Sr 87 •OAOE = 3000 • ••• Sr8« Ri ? • 0,7015 para • ragüo am tomo da Juk d* Fbm. OB < 0.7M chBfnoQjwtas O CP-300 Quarts): mígmsino da rochas FM», aiwrts da Santa O117 moMxmm CP-30 (Whs L rta*: andMttodo 0,7*0 Swas O140

dM Toms (+)- Awani pontos da Oofdani st aJ. (18731-0- 0.730 (0)

JCM.49

0,700 0,9 1.0 1.9 2.0 geocronologicameote, am gnaisse de composição Rb87/5rS( q bbstooukmftica, sem ffc— vestígio local de SrS7 10A0E ' 1483 i 29 1*0 Sr 88 *< ' 0,70261 mo pos-deformanonal. Foi tomada em pedieira MSWO = 14,087 Skma leste de São locate de Minas, na estrada para i =0,9938 CP-360/13 0,719 A ndrcllndia (a oeste das folhas maneadas no Projeto Bar- bacena). Essas rochas, comidf rada» comopertcnoente» ao complexo Mantiqueira, forneceram uma BÓcrona (fig. 0,710 • DA4a) com 23SQnuL e razão inicial Sm/Sr» bana. Esta (b) idade 6 considerada mista, talvez devido i 0,709 • reomogenetzacão pardal do sistema Rh/Sr, mas impfica rocha mais antiga afetada por eventos tennotectômcos posteriores, provavelmente transamazõnicos. 0,700 0J.5 0.30 0.4S 0,60 0.79 Ainda oo âmbko do complexo Mantiqueira, efetnoo-s*. uma amostragem em pedreira, na cidade de Santos Dumont, onde se expõe uma razoável variedade Biológica devida à presença de tipos neoformados e de outros preser- Sr 87 iDaOE : 644; 14 ma ír 88 «.. • 0,70934 vados dos processos anatéticos. Isso ficou patente na MSWO > 20,488 dispersão dos pontos analíticos no diagrama da figura 0,719 ' « 0,995» IL6.4b, que, no entanto, foi interpretado tentativamente. Utilizando se os ponto? -V-75D, HeM, obteve-se, precariamente, um aií«iia«n«^itfi com a reta isocrônka de 0,710 3/4 2200mJL; e, se a eles acrescentarem-se os pontos HV-75L 30/1 e O, obtém-se um alinhamento com a reta isocrõnica de (c) 0,709 680nuu Uma interpretação provável para estes fatos é —• aquela que associa uma rcomogencização incompleta do sistema do estrôucio no ciclo tectonotermal 0,700 ) 0,1 0,2 0,3 0.4 0,9 Transamazõnico (ver ponto HV-75Q2, um süunanka- graaada-biotita-xisto), talvez precocemente, à colisão, e Ri 87/Sr 8« 'OAOÉ = 2683 : 110 «o uma abertura térmica do sistema no dclo Brasiliano. R. • 0.7JS87 Umas poucas determinações Rh/Sr foram efetuadas em MSWO> 9,202 ^^ rochas da infra-estrutura da região a leste do Quadrilátero 0,7»0 r t 0,9930 V. 70 C Ferrtfero, a N e NE de Mariana. Os resultados dessas

•^^149 análises estão sintetizados na tabela Q.6.1. A pfotagem dos 0,780' ,^" resultados no diagrama isocrõnico de referência da fig. H.6.5 mostra dois alinhamentos precários de tfês pontos, ^^*H\T708 ( (1) ambos usando como intersecção das ordenadas o resultado 0,7 30 analítico de um an/íbolíto. Apesar dessa precariedade, os dois alinhamentos sugerem dois períodos de atividade ^ ^"wv- TO S tennotectõnica que ating?^"* as rochas do núcleo graníto* 0,700 0,4 o.a 1,2 2.0 greenstone da província geotectônica São Francisco (fig.

*»S7/SrS8 tcraMtectõmco. Ê possível que

no coatmente obdnzido. O grankóide da pedreira Franco, alem do mas, deve ter-se poskãooado mak alto na piDu de cavalgamcnto, pois associa-se diretamente com escamasde empurrão do crnnpfcao Mantiqueira e está mais defor- nplrmentando esse estudo. isócrooa de referência com os pontos analíticos das amostras 150, 152 e 153 de Cordani et aL,(1973), qoc confirmou as idades (fig. niLfe). Determinações radiometricas (tabela IL&2) efetuadas por Machado Filho et aL (op. dt.), permitiram a confecção de uma isócrona para as rochas de Pente Nova (suite 0,5 m o SUITE METAMORFICA SÃO KNTO DOS TORRES PEDREIRA DCR/tR-040 3 300mo COMPLEXO RESSAQUINHA: PEDREIRA CAMPOLIDE 2M0 IDADE 2 353.6:32,0* 1 mm., (•). PEDREIRA FRANCO 2 220 «u (bl. PEDREIRA Rn 0.702 01?0.0007» LEMURG t4Hm.«.(c) COMPLEXO MAMTIOUEIRA: PEDREIRA OE SANTOS OUMONT 1.5*0 mo. COMPLEXO JUIZ DE FORA SANTA BARBARA 00 MONTE VERDE 1320 «« («> « 1480fr.«. (•). • «AZOES INICIAIS ISOCR0NICAS

0.73O Rn. IU - Oaoiama d» «volucfto do Mtroncio para as diversas t das fottm Barbatana* Uma Duarta. At t WIKUMI à idade* d* dWinciagto do piui6tiK> t 0.T MU powcionTittuo na crona.

D.6.1): os eventos Jequié, do Arqueano Superior, e Isocrono Rb/Sr do lonohlo-gnoisst bloslomilomticode Transamazônico, do final do Proterozóico Inferior. São Vicente de Minoslnfro-estruturo do foi*o de dobromentos oito Rio Grande. Fonte: Podilho ft Vosconcellos, m: No âmbito deste projeto, o complexo Ressaquinha foi Boitozor et (1966) relativamente bem estudado geocronoiogicamentc. Foram elaboradas cinco isócronas que estão representadas na fig. UJSJS. A isócrona da fig.11.6.6 a foi construída com amostras de gnaisses bandados, mais ou menos migmatizados, coletados próximo à cidade de Lamin, na folha Rio Espera; + HV-7SO2 (b) 0.77» mostra um fraco alinhamento dos pontos segundo uma isócrona de 2550mA, utilizando como apoio o valor médio HV-75L para a Terra (Bulk Earth) das relações Rb/Sr. Tal situação 0,790 implica retrabalhamento de crosta mais antiga durante o ^- fao.s. t,4 m* tahnente o sistema Rb/Sr. Em contrapartida, as rochas das 0,729 R. > 0.72MI 1 0,000(3 pedreiras Lebourg (próximo a Rcssaqninha) e CampoHde MSWD < 1

(a sudoeste de Barbaccna), onde os processos de refusão 1 1 t 1 » crostal foram muito mais intensos e as estruturas 1,0 2,0 3,0 4,0 9,0 ft» ST/Sr M que geraram boas isócronas tnnitama7Anirjw (figs. 11.6.6b e ÜJôJbc, respectivanicnte) com idades variando em tomo R6/S' dos o.noi«set bondo*» do eomplcM Montiquciro, Pedreiro de Sontos Dumont, ofloromento 2000BUU. de A aõcrona da pedreira Franco (a sudeste de HV-75.0 ponto onolífico MV-7502 nôo foi compulo- Barbaceoa) apresentou idade em torno de 1800m.a. (fig. do no cóleulo do itrfcrono; rfum titimonilo-gronodo- ), significativamente mais nova que as anterioresri . |>lOfitO-*

HÍIt lOAOE <2 6OO na jetado por diques e soletras de rochas básicas e SrW Q) R. = 0,n06 r* = O,99«2 ultrabásicas, às quis os movimentos taageaciai* O.«9O0< IDADE > 2100 ma posteriores conferiram o handamento (D Ri ' 0.7106 vn-ioa ,2 * 0.9996 0 O.SOOO • GRAWITOS GNAlSSlCOS da SwazOandia (Jackson, 1964). Uma parte dessa crosta antiga, a provmda São Francisco, foi o toou infra-estrutura! sobre o qual 09 0.T900 desenvolveram-se i •09 A tlDO (complexo Barbace supeigiwpu Rio das Vdhas,

070OO Tm-ose -t- pfcxo Santo Antônio do Pirapedaga) e no qual fiar mi m~ o.s 1.0 z.o 2.9 ICCdOOS OíttotttOS uDCVCOCSatOOSb PanTCUHiDaCflDB flaamUCtlCQSfc R»S7/SrM tcmalito-granodmito-granfticos (complexo Ressaqninha, tonalito-trondhjemito serra do Carmo, granodiorito- granito Pinheirinho). » pg O espessamento da crosta, acompanhado pelo ako graa iwanana, tm focnm oonwcwnawn ao» 91 •mowwi 00 cocnpmo Santo AntSnto do PfrapatinQa. geotérmico arqueano, provocou, em profundidades compatíveis, metamorfismo de ako graa, com geração de granulitos na crosta inferior e refasão, com formação de batólitos, no linike entre a crosta inferior e a intermediária metamórfica São Sebastião do Soberbo) que produziram (fig. IL6.8A). um alinhamento com 2160uLa. (fig. UJS.7) e razão inicial Esse processo estático 6 modificado, em beneficio da Srg7/Sr86 de 0,715, muito aha para rochas tão antigas. Isso formação de granulitos e fundidos, pelo únoo do rif- conduzia a se considerar a possibilidade de que o material teamento ensiáGco que fragmentou o cráton arqueano s«- datado tenha sido originado a partir de litótipos mais an- perior e deve ter ocorrido durante o rido tectoaotermal tigos. Em apoio a essa hipótese de trabalho, tem-se o Jequié (fig. IL6.8A). Esse processo de rifteamentoteve sea gnaisse granulítico que originou a amostra 1811A, coletada máxinK)noüiíck)doEoproteroz6ko,constitmadootoatf ao norte de Rio Casca, possivelmente no âmbito do com- das faixas de dobramentos do Proterozóico Inferior. plexo Juiz de Fora, bem como as amostras de composição Acompanhando o rifteamento da litosfera continental, enderbmea da pedreira de Abre Campo, que, no diagrama ocorreu a ascensão da astenosfera quente. Esses fatores isocrônico, situam-se claramente acima da isócrona de incrementaram o metamorfismo de ako grau, que estava 2160mA, enquanto duas amostras analisadas do neossoma tendo lugar na crosta inferior sob deformação extenswnal rosado da mesma pedreira representam a entrada de (figs. D.6.8A e II.6.8B). Tal processo acomoda a geração material mais jovem, pois seus pontos analíticos situam-se extensiva de metamorfitos de fácies granulito e magmatitos abaixo da citada isócrona. cálcialcalinos a peralcalinos durante a constituição e A análise desse quadro geocronológico aponta pan» a preenchimento da bacia (Weber & Bchr, 1983). existência de rochas de vida crustal mais antiga, retrabal- A subducção de grande volume de manto Btosfcnco hadas, sucessivamente, pelos eventos tectonotermais dos (= SIMA) dentro da astenosfera pode vir a requerer uma ciclos Jequié (2600 a 2400m.a.) e Transamazônico (2200 a transferência compensatória de volume equivalente de ISOOm.a.). material astenosfénco para a base da crosta inferior; isso As ísócronas apresentadas mostram o predomínio de vem provocar aumento de temperatura, maior pressão e, idades transamazônicas para as rochas granitóides dos decorrentemente, a formação de fundidos granftícos, complexos Ressaquinha e Mantiqueira, com razões iniciais granulitizaçáo e início do processo compressivo de muito elevadas. Essa constatação sugere que a intensa fechamento do ri/t ensíilico arqueaao supe- deformação devida ao movimento de massa, cm regime de rior/proterozóico inferior. dsalhamento dúctil, que formou o cinturão de empurrões Cabe aqui ressaltar que, devido as propriedades Mantiqueira, durante o coroamento da colisão entre as reológicas das rochas da fácies granulito, estas formam massas continentais das províncias geotectônicas Manti- uma camada de aba resistência interna na croata inferior, queira e São Francisco, ocorreu, de fato, no ciclo a qual, quando do encurtamento crustal posterior, tende a formar dobras em grande escala, que encurvam a croata Essas rocha» representam a infra-estrutura modificada sobrejacente e se desenvolvem até formarem uma do megacráton arqueano constituído, essencialmente, na- estruturação ímbricada de cunhas de empurrão, típicas das quele momento da evolução da Terra: o ciclo tectonoter- nappes de rochas de fades granulito (Weber à Behr, op. mal Jequié. O protólito dessa crosta deve ter tido cit.) (fig. II.6.9). O desequilíbrio termodinâmico composição tor.jíito-trondhjemito-granodiorftica, in- proveniente da estruturação da crosta, nessa hipótese de Tabela 11.4.2 - OttffoiMtSo Ib/Sr <* teta d» S«ra-€ttr«t«r» - tefca Totol

N. CNM 1 tocha 1 M(tot) 1 Sr(tot) 1 8b87/Srl6 1 Erro 1 Ir87/8rl6 1 Erro 1 Ididt/Iw (o.i.> 1 >! 1 Iff. 1 ObwrvttSfi

3832A bt-fftaisst Pi«i 37.5 14)9.5 2,48 M7 •.7529 IMI4 214» •715 1 38328 bt-JMItW Pin •4.4 248.8 1.14 «.«3 •.7584 «,Mtl 2168 8,715 1 28398 bttnaisu Pist 44.6 218,4 •.59 •••2 «.7339 •.Ml? ?1 it •715 1 2833) bt-flUISfff Ptff H.7 164,6 •.72 •••1 •,7385 • ,M89 216» 8,715 1

MT-2F PHM 36.3 255.3 •.98 «.«3 •.7349 •,MM 942 */-72 •,7222 2 gntím da rejíio AVP-86 ci-fra-bt-fwiift PHai 125.? 277.3 1.311 «,•37 8,74141 •iM114 94? */-72 8,72?? 2 ao »'jl de Arintina. «T-2A

W-31 ci-,n-bt-»"»•»» Mas 184.8 2*2.7 2,454 •.•75 4,75244 IM4 */-84 •71414 2 imitir da rrfiin t •VP-33 ct-9ra-b»-plisse PNas 2*2,1 159,7 4779 4,11)4 •77348 • ,M«5I 1M4 V-84 •71444 2 \ntt 4t Arm* mi. AV-27 ci-fr»-bt-9i>»i«* PNR« 194 I 186.1 2.143 •••84 •.75745 4.M31I IM4 +/-84 • 7)414 2 «•-25 ei-fra-bt-fnaiw PNM 232.8 151.8 4,41» 4,124 •77781 «,M84« \m */-84 •71444 2 tm-it *a<9ra-bt-9nais«r PM,, 73,9 231,4 •.92 •.•3 •.7134 4.H17 (•98 */-44 •74147 2 W*-«5« PNai 78.6 221 .fl l,t?7 •••29 «,71687 4 4M74 \m */-4i •74147 2 Andrfiâftdii. AMMA ta-»ra-bt-9i>aiss« PN*t 141,7 23«,.? 178 •••5 •7261 •,M15 1W8 */-6* •70t67 2 «*•-•«!• »«ai 94,6 186,? 1.4111 • .•4» •72715 4M474 1*98 •/-Al •,7*167 2 4N0-1C PNai 133,4 96,6 «.•2 •,H •74M 1,4417 \m +/-44 8,78167 2

AV»-«*« tt>tr,-bt-xiito PNai 44.9 148,4 •.932 •,«24 •71475 •••M19 8«3 V-32 • 7*347 2 :'< M-9r»-bt-xiilo PHai 94,3 210,6 1.242 4,115 4.71748 • ,«N?9 813 V-32 474347 7 Sintma i» 6*ritb«ii. AVP-W7 »-gra-bl-!

«l.«5.81/6F ea-ffa-bt-«isto PHa 1M,4 313,9 4.93 •.•3 •7141 4.H14 775 */-4* •72434 2 xiito f»ldoitK0 4a •Í.45.W4A ca-fra-bt-xtste . PNa 115.2 251,7 1.33 4 44 •7394 4,HIS 775 */-4» •72434 ? rtfiio a ofitt it DI-181 •a-fra-bt-xi»to PNa 154,5 214,5 2.«4 •.•6 •7495 •,M18 775 */-4» •72434 2 Nidre in (ton df •1.85.81/5 ta-tra-bt-xitto PNa 146.6 82,7 5,17 4,13 47M7 •,MI4 775 */-4» 472434 2 Hi nil.

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330 OipoKoalN 363R 0.T90 cüculo da laócrona. IBÒMOMtf—Radraira Frmoo . >W 33P (b) HV-55. na Area urban* da BMMOHW. McroMO-Mcrona d» 0.725 rafeftncia com pontos ooligidoa da Coiaani ai ai (1973).

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I0AOC:iai4.« t 71,7 * 9 •• • 0, TltlT t 0,ooi4a 1 i O.TTS r > 0,99*1 ^NV-39L -S3» *%¥ - 39 I • 0.70 0,790 0.5 3» r Id) 0,739 > */Sr da rafafaocia para focfiaa das ragioaa da Ponia Nova {Hifla matamorliea Sao Saoaattto do o.r flobartw, tabala H.6^) a ^tow Campo (comptaio «Ms da Fora, 0,9 1,0 1,9 2.0 2.9 taMaH.0.1). ()anwilriiMKXlad9roctMelMrnaqiiHtaiaonorl» ds «oCaacaForrtr Machado Filho at al.,i««. RM7/9rM »> MANTO

PLUM* OEOTCMMICA SENTIOO OC MIORâÇáO DA PLUK»

PLUMA OCOTÉHMIC»

PLUMA eeOTÉRMICA

aaquamfttica da formação do rift ansUUk»mrquaarK>tuptrk)r-pfOtarozók»lnfarioraoonaaqòai Dllale fMnantal. A- Note da dManalo a adalgaçamarrto da cresta adma do oarrtro da dltparslo (pluma o^otannioa p. ax.): daaanvoMmarrlo da ftlhaa KMrtoat na \ i auparlor a, taNaz. vuteanlamo mioiaJ basáWoo (7). B - Formação daaatraKabaoiaooalnioaiobraaeraaiaadala^çada.Aoraalaauparior iaapatonw>rnaniada»1»JrmllaWoaa^o^ia)ainudOT o tnQjulo own aanHdo normal da daaJocamanto. At aUpaaa Mi|||pp> mostram a daformaçâo naaaa modate. C—Formação da uma zona da ? aubduoototlpoA.owwdaalocamarTtodomarrtoHtotlaftcodacroatehTla^^ marMoMoafiricoa marguRwdaum doatadoa na "aalanoafara" a aob a IHoafara do outro btooo. D—Compraaaâo Htoalartoa iubaaQuarrta, oom > da urmotMao^oonyaooiofroniakt aplacai mamo Irtoti*^ oa onamamwno oa oauto anouio, anuanoia oa anoavarioo na oaaa oa oroaw formação oa granoas q) doa nrVala orualaia vartloata da A. B a C aaMto murto axaoaradaa am ralaolo a D. 128 Pragnna Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

trabalho, pode ser avaliado através de seus efeitos, as quais de t*4r*m mysffl para equSbrar-a na área em estudo podem ser verificados a leste de Santa transferência de Bárbara do Monte Verde, onde ocorre nm corpo de rochas ococra em crente ao abdnctado. a S4 mmmm •!• mmcimnmSn -*- •^a ^^AmBa^awA flBGgS&a^HTJD ^AC e o recuo n corpos mâfkos, coja aureola ex- parcial do segmento de manto fitosférico subduetada terna encontra-se anfibolitizada, com indício de Aponta, como explicação mais plausfveí, a formação de mmerafemção aurifera associada, refletindo a migração de uma célula de convecção forçada, à frente do segmento fluidos cansada pelo desequilíbrio retrodtado. subduetado (fig. IL&8D), com base no modelo desenvoK vido por Andrews & Sleeps (1974). Esse é, possivelmente, o processo que, com a nãgraçáo fc3OPr«*tn>z6kolBferlor:O da puma geotémuea desde o centro de dwergenoa que provocou a formação do rift até a posição frontal ao seg- mento do manto fitosférico subduct ado, originando a Quando do advento do Proterozôico Inferior, o rif- célula de convecção descrita por Andrews & Sleeps miMtn ensiáKco encontrava-se em sen pleno desenvol- (opxn.), fornece o mecanismo de frenagem da placa em vimento, com a crosta compartimentada e abatida por subducção e, consequentemente, o inicio do movimento faiK«y H«rri^y« normais e o preenchifflento desse mar inverso que originará a coBsio continental e constituirá o relativamente estreito por punas de rochas supracrustais cinturão de empurrões Mantiqueira; esse último é em vulcânicas (complexo Lambari; parte inferior do grupo elemento tectômeo do cinturão móvel Atlântico (Fyfe à, Dom Silvério; as faixas isoladas de metabasitos e Leonardos, 1973,1974; Leonardos ft Fyfe, 1974), formado metaukrabasitos ocorrentes na região do Campo dar. Ver- no Proterozóico Inferior, tendo sua consolidação ocorrido tentes; a faixa vukanossedimentar de - durante o cido tectonotennal Transamazomco (figs. IL6.4 JacuQe as faixas mrtassednnentares (grupo Maquine, su- an.6.7). peigiupo Rio das Velhas Superior, parte do grupo Dom Confirmando a época dessa inversão tectôoica, existem SBvério, rochas arcorianau e quartzftkas da região de Fur- inúmeras dctcnpfrmçftffs geocronológicas (Teixeira, 1962, 1984,1985; Machado Filho et aL, op. dL; Baltazar et aL,op. ** dL; Silva et aL, op. dL) que apontam para o inído do ado Transamazônico como o período de máxima

X 0K1O6NAISSE ^»V , movimentação de massa que completou a soMagem desses - ORTOSNAISSC dois segmentos crustais: a província geotectônica Manti- queira e a província geotectônica São Francisco. A atividade gr*"ff«fa süttectônica *f »*«y»**^*«ca. w

DOM» n«n'NtcA OE ROCHAS em ambas as províncias, tem idades variando em torno de DE F*'ClES O«»NULITO—• 2000nuL (figs. IL6.10 e IL6.11). Os granitos mais velhos (c 2100oLa.) têm composição granodkxtóca a tonalnica, en- quanto que aqueles mais jovens, com cerca de 1.900 nut (fig.IL6.12) têm composiçãoakamiaaperalca£na.Padilha e VasconccUos (ia Baltazar et aL, op. dt e Silva et aL, op. cit.) apresentam uma discussão dos resultados Rn> HA9—OMOflvofvfrrwnto dv dobca díaplrica, cm fochu da fádM granultto, duram» o •ncurtamwtto cruttal. geocronológicos. Um trabalho visando a estabelecer as relações entre a composição, idade e posição espacial des- ses granitos deve ajudar muito no entendimento da quim-Cláudio Manoel, grupo Itacolomi; supergrupo evolução crustal dessa parte do escudo Brasileiro. Delhal Minas) (fig. IL6.8B). et aL (1969) apresentaram alguns resultados U/Pb para O adelgaçamento da crosta, o espessamento da pilha de rochas do complexo Juiz de Fora, os quais indicaram idade supracrustais e o movimento divergente infraütosféríco de 2200m.a. considerada idade do metamorfísmo provocado pela pluma térmica no manto superior devem catazonal. ter provocado o desacoplamento da crosta inferior do Além da presença de fpunstone-belts mais ou menos manto lítosféríco, gerando, no nível da crosta inferior, preservados, comuns na província geotectônica São Fran- espessas zonas de cisalhamento dóctil para compatibilizar cisco e ausentes, no nível de conhecimento atual, na o movimento diferencial causado, no nível do manto província geotectônica Mantiqueira, o que, fundamental- litosfénco, pela subducçáo subcrustal deste na astenosfera, mente, diferencia as rochas infra-estruturais das duas originando uma zona dé subducçáo tipo A (de Ampferer, províncias geotectônica*, é que a foüaçao de cisalhamento 1906; adaptado, com modificações, de Park; (1981) e de baixo ângulo é muito mais intensa nas rochas da Weber A Bebi, op.át.) (fig. U.6ÃC), província geotectônica Mantiqueira, onde se desenvolveu Weber A Behr (op.dt.) sugerem que, devido à ausência nas condições dos níveis crustais intermediário e inferior. o 0.4 o.a 1.2 *•*

Aa. uA.10 - toterona ffe/Sr d» i i(MU-64). Nesui •ntn Saribnga t Carvalho*. MtaMMnHum d» I detalcoosâo, dofctamamo» «Wo Hto Grand» Fònü: Paria» * *aumi—na. in: r «Iat. (1988) a Siva at at. (1900.) estmturasi NW-SE,aprineira,eNNW-SSE,ai Í (fif, n.6.14). A posição aparaue doJkM dc Sr *6 RI :0.7C4l?rC.00?«>3 a tectõnica protcrozoica superior, anrilo iuteasa al A primeira, ao sul, evohnu para coafonaar a bacia de 0.745 extremidade sudeste da protmcm estrutural Tocantins, de 1 0.7S0 Almeida et aL (1977), enquanto a trfwri ?!. ao norte, evoluiu para construir o fulcro da sedimentação Espinhaço. As idades das 0,71* m na base dessas i para o mfck> do Proterozoico M£dk> a i aulartgcaot. 0,7-1- o 0.3 0.6 0,9 1.» Com o objetivo de ressaltar um fato de suma importância, relembra-se que, quando teve ínfeío a sedimentação da seqüência grauvaqueana do grupo Andrelândia Inferior, deste projeto (formação Cambii- ÍÍÍ5Í quira de Baltazar et aL, op. áL, e SOva et aL, op. ÔL\ OS Flo. UÍ.11 - hócrona Rbfir d* Qmnodioiito*n*m d* Uvr» (Hailbron. 19B4) mtnisivo rw jnfr^Mtrutura da taiM d» metamorfismos meso e catazonal das seqüências ar- dobranwritw alto Rio Grand». Font»; PadHha & VksoonotHos. in: queanas, arqueo-proterozoícas inferiores e proterozóicas Baltazar «I al. (1968) • Suva ft« (1988) inferiores já haviam atingido seu dnnax, e ai tmental eslava sendo obtkerada pelo drsfcyamraio do cinturão de empurrões. Deste modo, a idade proierosoica

Aodrdiodtt e Dm SüvCrío, t jutóôcada, e nrntenufiícas «'**'^«^« e inrtfrifif** eacoatfad w0m ^^BIU^B) «^ai^#a^^Bw ••a^rvavBnau1 «^ wwviiviMf v^uajaj^avw UMB o pico prin»ciraS(fi«>.IL6.15»nA.18),rclack»am-se profundamente o balanço geoqufmico sia-D2 reomogeneízou o sistema Rb/Sr dessas rochas. Tais I grauvaqueanas evolttram para uma seqüência pehto- psamftica, que extravasou do fulcro principal da sedhventaçio para norte, em direção ao craton do São

o.rto ^Laí Ju^ànã^f ^S^BI f

0.T0O 7 1 0.90 r« ÍOO i»: a»* /»-* 130

deSftVactai (op.áL),epams«.ei

ABdtclftndia Superior, nn folha Limn Duafte). A > para .«te, muda a I raj

pcpjpos c calcário (formação Prados) e panroagioawrados dePoooadeCaldnse Peas), que qmtfirwm o grupo São Joio dd Rei Em e nraapjHbcos do direção NW, deve ter interagido com o inicio da Uan isocraa» Rb/Sr, de «I iai VnposAMhdawiae São Joio dd Rei (% IL6J9)

aaonade 44O OPJSOO Paolo c, aaorte, laamade et ai, 1977, 1979). fònaa anal deriva doa

CiNTuftÃO DC CMniNIWCS MAMTIOVCIII* Padaa*Vasooncelos(m:SivaetaL,op,ciLel

^•K mmw ^BHIL CVK^B flBDv6S^vfllBmTmmm) lammmB BmmuOHCsB ^IC wV^D^BBCBBBft (D) crestai para a região sndeste smaeara, n qual corroborou-se

a) a tanadedobr—c atos alto Rio Grande representa a (c) BpndactaL, 1977), coat a qaal tern

b) dcqneas (d) basais e sedimentos pelito-psamfticos correlatos coostiffram-se como sedhneatacao frontal ao cintnrao de

c) t possível que a região ao norte de Andrdiodia se posiciooe, boje, sobre uma pr tférit a junção tripace com nm ramo tifl (anlacogeno?), de direção NW, constitiimdo a extremidade sudeste do aiMafflojtiff ^*w^rrljliiHía Arari~ Canastra; o outro ramo, de sudoeste, coo/orma-se, pos- como falhas transformantes (sistema ) ou transcorrentes com bacias pull-apan (sedimentação do grupo Itapira); e o ramo de ENE até d^^p^p^fan^h jtfa^ÉM ^P^PW^ A^%tftfpjv^Mv^b% j^^k ^^M^^P^A rf^p^np^bv^ni ^h fb ^t^^Cnj^M NNE sendo constituído pelo dotarão de empurrões Man- i o MdPpÉPJCMT). 9>.c,d)PRMMguirTMnlDdi do «npuflo do dniurto moiMfqiMim, tiqueira, que registra a cofisão < e t acompanhado de bacias frontais iransprcssiooaK ooni aw dopTOTwntp; iwdliwdupJüa-ai mw doolocimpiwp (grupos Aodreliodia, São João dei Rei e Dom Sihtério), desenvolvidas em rampas obbquas. (9/ DOMO OB piV 90PQUI0P1 Essa faba de dobramentos tem como característica básica sen poücicfamo e o envolvimento, em seus vários eventos tectonometamórfícos, tanto das seqüências sopracrustais próprias da faixa, bem como de seu em- -_ Província 6cotectt«íca SSo Francisco parcialmente ;-;;.;:] recoberta aflat Moracrastiit do Proterowico

tochas de alto aram oetaatVfico da crosta inferior e parte do manto litosférico•

locfcas de nêdio a alto trau oetaaárfico da crosta + + + intermediária (infra-estr«t«ra>.

(TWO e Ma iitfra-rstrutira.

frtpos «ndrelindia, Sio João Del tei, nraxá, Canastra e Itapira e suas infra-estrvturas •

«irracrattaiti vlataforMis. do Protcrozt'ico Superior: frwos Paranoá r laatiii.

Col isto transaMzinica: oarca o ttfurrio da crosta inferior totre a intermediária.

Falhat tranworrmtes

Colitio ur«ac*iwa: «arc» o ewtirrão da infra- ettr«t«ra tranttMtinica e arweana soari a swra- da croita intermediária.

Provável traço dat deKontin«idatfr« infrKr«»tti> da Província Gcotcttinica Sio Frmciico relacionadas coa o licite nordeste do aulactftno do Proterozéico

I - 8r«po Itapira

Complexos ilealinov: PC - Pot os de Caldas i T- Tapira» • - larrciro (de fraxá); SN - Serra Nem/a eSalitrct C-CatalSo.

? - Feitão de kaixo ravimétrico te* • Hcia do Paraná cT •to.t nio foi repretentado o avanço das nappet 4» Mpra-cstrttmr» «r«K«na soare a Província Seotcctinica Slo FraKiKO. í 132 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

V 87 I0MX-.1006,1! 84.4* St M «1= 0,71404* 0.003*5

.0,^7»

0,750

NI • 0.722210,0017 °'TZ*

1.0 2,0 3.0 4,0 5,0 M ST/Si 86

Fig. oe.15 - Morem Rh/Sr para os »tòa-granada-b>ot»M»

1O*«» 1098,6160.4 m.« s> v m> 0.70167» 0.00132 Sf se 043 0.790

0,740

0,720

0,7-* 0,7 1,4 2.1 2.S 3.»

na>NA17-Moranan»/Srdarafaranoiaparaos Ha>ILf.1t-ls6Gronaf^Sirdst*fsttneiaptfaoa sstaurolHa clanlta^Irnanrta^ranao^itotlta-Kiatos faMapàfloos cianita-6«lauiVlHa-granada4iotNa-xisos da Santana da Garambau doaamdorwdaAndrsttmta-fonnaeloCarriDuquira-grupo -formaçio Camouquira-grupo Andrailndia Andralandia»

iUU. Sr 86 0,7243410,00123

0.790 ^10581/5

0.7*0

Dl-181 . 0581/«A 0,730 01 05 81/6F

0.7 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0

n» Iti. 11 - laòerenaflb/Sr da rtf»r*nda para oa (granria)-biotria-xlstoa ds ragilo a audosatt ds Madra da Oaus da Mlnat/sjquülncia àê Madrt d* Otut da Minai/Grupo Slo joio dal Rsi. SF.23OC-B-IV (Rio Espeta) 133

Liberdade. Sio exemplos desta aaatexia a thiaaa migmatizaçao dos gnaàsses de Bocaina de Mmat e Passa Vinte, e os granodioritos e grankos de , Liter- dade, Carvalhos e Seritíoga. A fig. IL&22 tentativa de smtese visual desses eventos, relativamente à supra-estrutura. Assumindo a possível disposição original de deposição, no ramo anlaragfariro,oomoNW-SE, reconheceram-se as seguintes divisões Utoambicotais nessa Caixa de dobramen- tos: a) zona pericratõmca norte e noroeste (faaespsamko- pefito-carbonatada): - supra-estrutura: grupo São João dei Rei (formações Tiradeates, Carandaí, Rio Elvas e Prados); - infra-estrutura: complexos Barbacena, Matola, Manti- queira f PfSSffíl"*n^'fl'

b) zona pericratônica sudeste (fibeies psamftica): - supra-estrutura: grupo Andrelindia Inferior e Supe- rior (fonnação e quartzkos como os da serra de Ibitipoca, respectivamente); - infra-estrutura: complexos Mantiqueira, Juiz de Fora e Paraíba do Sul;

c) zona central grauvaqueana: - supra-estrutura: grupo Andrelãndía (formações Cam- buquira e São Tome das Letras, gnaisse Brejão) e complexo Ffcj. NA20 - Bementos tactOnicos da região last* brasileira Lambari; (modffieado de Mmeida et aJ., 1076). 1-Areas pre-transarrugfloicas e transamaiOnicas nâo-difereocladsi* - infra-estrutura: complexos Mantiqueira, Juiz de Fora complexo CaraflM (I), grupo Jacobina (N), complexo Jequíe (III), e Amparo (?); Quadrilátero Ferrflero (W). 2- Fahca d* dobramentos alto Ho Grand* • maciço Guaxupé (v). 3 - Faixa Espinhaço • coberturas d) zona marginal ao platô de Poços de Caldas: raJackonad» na chapada Diamantina (Vi). 4 - Araas traraarnazonica* rejuvenesádas durante o tido Brasiliano. 5 - - supra-estrutura: grupo Amfrplftn/tia (formações Cam- Unidadat brasilianas: faixa da dobramtntos Brasflia (V>0. r»B"*o de buquira e São Tome das Letras), complexo Lambari e dobramantos Nordsstt (VHI), faixa da dobranwmos Sergipana (DQ, grupo Itapira no estado de São Paulo; faixa d* dobramentos Araçuaí (X). 6 - Coberturas sedimentares oorrelativas ao oido Brasiliano: grupo Bambuí na bacia do Sio - infra-estrutura: complexos Amparo, Silvianópolis, Franoisoo (M), Selitre-Jacaré (XII) t Rto Pardo (XIII). 7- Coberturas Varginha-Guaxupé e Paraisopolis; sedimentarei fanerozoicas. a- Falhamerrtos maiores. 9- Umite de eraton, tetas Indicam vergênda. 10-Areado projeto Barbacena. e) zona da granitogénese brasiliana: - essa zona contém os batólitos sin- e tarditranscorrentes do grupo Pinhal (Wernick & Penalva, 1978), ao norte, e granitóides tipo Morungaba e Socorro, ao sul da zona de cisalhamento Ouro Fino. Essa granitogénese envolve basamento. Como anteriormente sugerido, a idade anatexia de parte da infra-estrutura granulítica e provável de sua nufividoaüzação deve ter sido no limite granodiorfto-tonalíúca da faixa de dobramentos. entre o Proterozóico Inferior e o Médio, no final do ciclo tectonotermal Transanwònico, sendo que o maior pico de ^ partir dessas foncritimçfift, f four bfltf iwwt dados df metamorfismo ocorreu durante o ciclo tectonotermal campo, bem como na análise da bibliografia geológica Uruaçuaoo e no final da segunda fase de deformação disponível para a área em apreço, justifica-se a (Heübron, 1983,1965) da supra-estrutura metassedimen- tndividu&lização das unidades geotectônícas conforme tar. apresentadas a seguir Aparentemente, durante o ciclo Brasiliano, a região foi a) domínio da supra-estrutura da crosta superior retomada por dobramento amplo e cisalhamcnto ductíl- (seqüências supracnistatt da faixa de dobramentos aho Rio roptü (?) de traospressão de alto ângulo, acompanhado de Grande - zona metamórfica da fades xisto-verde); metamorfismo de fades xisto-verde ao norte, até, possivel- b) domínio da tupra-estruturp a da crosta intermediária mente, anfibolíto ao sul da i«"h? Arantina-Lima Duarte, e (seqüências supra-crustais da faixa de dobramentos aho anatada ao sul e sudeste da linha Sio Lourenço- Aiunioca- 134 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Fig. IL&21 - Distribuiçio das unidades pre-cambrianas na região sudeste brasileira. 1 - Complexo ; 2 - Complexo Varginfcâ-Guaxupa; 3 - Complexo Siivianópolis: 4 - Complexo Juiz de Fora; 5 - Complexo Costeiro; 6 - Grupo Amparo; 7 - Complexo ParaisópoKs; 8 - Grupo Sao Roque; 9 - Grupo Açungui (inclui complexo Embu e formação Seiuva); 10 - Grupos SAo Joio dei FM e Andreiandift; 11-Folha SeoGoncato do Sapucaí; 12-Folha Heliodora; 13- Projeto Barbacena. Obs.: o grupo Amparo foi, em sua maior pane, considerado como idtntico ao complexo Siivianópolis, e o restante como complexo Lambari e grupo Andretlndia. Fonte: modificado de Geologia do Brasil. DNPM, 1964.

NNE h FAIXA MÓVEL PERICRATÓNICA «-«sono* oo — ion* -COMPLEXO L«miiâ»n ••• a»'jpo sío JOÍO OÍL mi

EMBASAMENTO ARQUÍAHO / PAOTEAOZOlCO INFERIOR

elação teetono*tra«gráfica entre as unidade» da faixa d* dobramento» alto Ho Orandt. Pbn»: SF-23-X-B-rVflUoB^ma) 135

Rk> Grande - zona metamorfica de fades anfibolito); taurolita-granada* biotita-xistos frM«r**«CTS. djffíptdtr da- c) dommio da infra-estrutura da crosta intermediária quelas de Andrelândia apenas pela maior quantidade de (seqüências da infra-estrutura da faixa de dobramentos quartzo e muito menor presença de plagjodasio. As alto Rio Grande); •wwvctr^c foram crtfrtadan cm T*11* fftPM? material, i d) domínio das seqüências da crosta inferior (rochas da um circulo de aproximadamente 5km de diâmetro. Con- facics granulito, *ny« ou menos «íígmyiiwMfa^ da infra- seguiu-se assim uma boa isócrona de referência (pontos estrutura da faixa de dobramentos alto Rio Grande). analíticos AVP-O37, AVP-039, AVP-040, AVP-042, AVP- 043)(fig.D.6.18); Com o objetivo de estabelecer o quadro geocronológico das unidades da supra-estrutura da faixa de dobramentos d) região de Madre de Deus: situada 29km a nor- abo Rio Grande, utilizaram-se informações de: Padilha noroeste de Andrelândia e 49km de Arantina, na mesma (1984), Heilbron et ai. (inédito ), Heilbron (1984), Maciel direção; as rochas estão na fades anfibolito, na zona da & Gonçalves (dados inéditos utilizados com permissão dos estaurolila. As rochas f>|>nT***d»< são estaurolita-granada- autores), a partir das quais foram elaboradas cinco filitos grafito&os da zona de transição entre os grupos isócronas, somando 37 determinações Rb/Sr, além de cinco Andrelândia c São João dei Rei e, neste trabalho, são determinações isoladas e com 12 determinações K/Ar em inclusas na segunda unidade. Também elaborou-se uma fases minerais e rocha total (tabelas D.6.2 e U.6.3). isócrona de referência (fig. ÍJ.6.19) utilizando-se os pontos Essas isócronas foram localizadas estrategicamente, de analíticos 01-05-8175, Dl-181,01-05-81/6A e 01-05-81/6F. modo a abranger várias litologias do grupo Andrelândia, bem como representar uma área considerável deste. Vários outros pontos foram utilizados como apoio e Situam-se na folha Andrelândia, 1:100.000, a oeste da folha encontram-se listados na tabela D .6.2. Durante a exposição lima Duarte (ver. Silva et aL, 1988), como explicitado a do quadro geocronológico, será discutida a sua seguir: importância. a) região de Aranóna: nessa região, situada na zona da As determinações K/Ar estão listadas na tabela U.63. sínmanita, em coexistência com a cianita, foram elaboradas Come se pode observar, cobrem uma vasta área da região duas isócronas: enfocada, permitindo sua utilização na tentativa de es- - pedreira da saída sul de Arantina, a 2km da cidade; aí tabelecer o padrão de resfriamento final dessa região. as rochas são granada-cianila-silimaiiita-biotita-gnaisscs, A tabela II.6.3. mostra que, nas rochas da supra- com remobilizados quartzofeldspáticos importantes estrutura, foram realizadas 12 determinações K/Ar em segundo a foliação e cortadas por diques de aplitos (A VP- fases minerais diversas: anQbólio, biotita e moscovita. 016) (pontos AVP-006, AVP-013, AVP-014, ART-2A, Os resultados concentram-se no intervalo de 550 a ART-2D, ART-2F da fig. D.6.L5); ±50m.a. e mostram o zoneamento devido ao resfriamento - túcel da ferrovia do Aço, na região do córrego dos regional, do mesmo modo que a infra-estrutura retrabal- Cordeiros, ±5kmaESE de Arantina; as rochas amostradas hada, onde as idades mais jovens são encontradas no sul e foram granada-cianita-silimanita-moscovita- quartzoxistos as mais antigas, no norte. muito transpostos, com raras vénulas remobilizadas de Destes resultados, também abstrai-se uma tendência à quartzo + fcldspato (pontos AVP-025, AVP-027, AVP- concentração de determinações geocronológicas Rb/Sr 031 e AVP-033) (fig. 11:6.16). nos intervalos 1050 a ±50m.a e 800 a ±50m.a, enquanto as determinações K/Ar concentram-se no intervalo 550 a b) região de Andrelândia: situada 20km a nor-noroeste ±50m.a. de Arantina, suas rochas estão na fácies metamórfica an- As idades obtidas devem ser consideradas idades fibolito, com a coexistência de estaurolha e cianita. Inicial- mífiím^t) j j que normalmente são idades de resfriamento mente, tentou-se estabelecer t*™? isócrona em um único ou refletem reomogeneização parcial do sistema Rb/Sr, afloramento do estaurolita-cianit«j-i;ranada-biotita- relacionadas aos diversos e- sntos tectonotermaís que atin- plagiodasío-xisto, rocha típica do grupo Andrelândia, mas giram a região. não houve dispersão suficiente para tentar-se uma isócrona Heilbron (1985) demonstrou que existiram dois pulsos confiável. Então optou-se por coletar amostras em pontos metamórficos regionalmente importantes interessando às mais separadoi, porém com continuidade física (raio de 3 rocha', que compõem a supra-estrutura e a infraestrutura km), de modo a conseguir-se a dispersão. Conseguiu-se da faixa de dobramentos abo Rio Grande, e que tiveram assim uma boa isócrona de referência (pontos AVP-045, suas paragêneses metamórficas preservadas. AVP-050, AND-1A, AND-1C e AND-lE) (fig. 0.6.17). Associa-se o primeiro, e mais intenso, pulso metamórfico, cujo registro se mantém, i fase de c) região de Santana do Garambéu: situada 25km a deformação D3.0 pico máximo de metamorfismo ultrapas- nordeste da cidade de Andrelândia e 38km a nor-noroeste sou temporalmente a época da deformação máxima. de Arantiaa, suas rochas estão na fácies aníibolito, Assim, as idades registradas são tardi-Da. Este metamor- próximas à isógrada da cianita. As rochas sio daníta-es- fismo provocou a formação de paragêneses da fades ao- 136 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Tabela H.6.3 - Ortertincáa n Neto ia tqiM «trt LWH t AmttM («I

N. Cavo I torita I Material I S I Xflrtf nà tccSff/f.iM) I ZM» ata I Matt «a) I Erra

SUMMKSItOTUM

MT-2C «nf(kolito biotita 6.1 At 164.43 5.tf SM 17 UWf-23 xisto biotíta 5,924 165,9 3.M M7 a MO-1C xisto biotita Ó.Mt 153.3 2,65 499 15 MT-X-1HA gnaisí« biotita 6.716 155.9 7.31 517 15 AIT-2-A gnaisw biotita 7,518 172,4 i.62 511 15 W-f35 «isto biotita 7,416 173,66 9.17 S2t 14 0M81 xisto soscovita 7,152 148.4 4.77 529 16 01-68 mart z ito •oscovita 8,632 2*3,2 4.» 522 15 AVP-Mi pegntito tica 8,531 156,31 7,86 419 13 jranodiarito •oscovita fl,«24 194,4* 2tí7 536 16 AÍT-2C anfibolito anfobólio 1,946 ?4.3« 17«2 564 17 MT-X-iNA anfobôi io •,654 166,3 11,33 558 17 AWP-42 anl.'bol ito afllobólio •,39? il.93 1».92 59í 18 AVP-M anfibolito aftfoból ia •,657 16,52 2#, 1» 554 <6

INHNKSTRUTUM

AIU-94P gnaiss* biotita 7,811 195,25 i9,4f 554 IA HD-X-3C «naisse biotita 5,953 187,M 63.32 946 56.9 LAV-1C gnaisse biotita 7,t82 193.9 4,*2 595 18.C nn-m anfibolito anftbólio •,191 11,127 9.79 1M6 41,8 m-t-x gnaisse anlibólio •,923 39.465 9,13 698 35,4

Fonte: Padilha i Vasconceilos, ia: Baltazar et ai. (1988) e Silva et ai. (19B8). SFJ23-X-B-IV (Rio Eapera) 137

fibofito ako e aaatena pirial. atingindo • kftgf da Associa-se esse pulso metamórfico à fase de conserto ao sal de Boa Jardim de Mmas. Também foi a deformação flexural Ds, devendo ser sin- a tardi-Ds. responsável pela reomogeaeização quase total do Apresenta, em quase ioda região do alto Rio Grande, estrondo (Sr) nas seqüências sapracrastaKe a abertura do paragênese da fades xisto-verde. Porém, ao sul de Aran- i K/Ar das rochas da infra-estrutura. tina, , Liberdade, c Desse modo, as isócronas Rb/Sr, em rocha total, que Aiuruoca, provocou migmatizaçâo com geração de apoiam para o intervalo de 1050 a ±50m.a., datam esse metatexitos e dialexitos. O magmatismo que acompanhou evento. esse evento gerou soletras de aplitos e pegmatitos que A deformação da fase D3 atingiu rochas já transpostas, penetram a foliaçãoSt até a sul da serra de Santo Antonio mais ou menos milonftkas, devido i intensa fase de (Andrelándia) e São Gonçalo do Sapucaí (a oeste). Esses miNV ação de escamas de empurrão, em regime ds ásal- pegmatitos forneceram idades Rb/Sr convencionais de 668 hamento doct2 heterogêneo» que gerou uma fohação de a c20nLa. e os aplitos, 603 a xl8m.a., enquanto uma idade transposição (St), reconhecida como a superfície de K/Ar em biotita do afloramento interior forneceu a idade referência no âmbito da fain de dobramentos alto Rio de510a±8m.a. Grande. Assim, a historia deformacional das rochas da Por outro lado, no domínio do cinturão de dobramentos, supra-estrotura midou-se em data anterior a HOOma., os an&bouos de anfibolitos da supra-estrutura mostraram possivelmente, durante a fase principal do ciclo tectono- idades K/Ar cada vez mais jovens no sentido sul: 591nLa., termal Uruaçuano. Uma forte hneação mineral, paralela a norte de Andrelãndia; 558m.a., a sul de Andrelãndia; ao eiao X do ebpsójde de deformação, foi desenvolvida. SSOma., 6km a norte de Arantina. Tomando, como apoio, A simetria das duas primeiras fases de deformação da um resultado da infra-estrutura da faixa, em amostra num de dobramentos ako Rio Grande é, em geral, semel- coletada ao norte de (MD-X- hante, indicando tratar-se de duas fases de um mesmo 3C), a idade conseguida é 698man comprobatóno do evento tectonotermal, que se sucederam no tempo zoneamento. A biotita, nessa última amostra, forneceu (deformação progressiva). Entretanto, em alguns locais, idade de 946m.a., mostrando a difusão irregular do pMn'ijtahwutr proximo às extremidades das nappes de argõnio. Um anCbolito nas proximidades de , in- dunnage, possivelmente D3, nas folhas Lima Duarte e trusivo no complexo Mantiqueira, forneceu idade de , os estilos das dobras são muito diferentes e os resfriamento do anfibólio com 1086nLa. (MIN-428). Essas eixos podem ser até ortogonais. Esse fato, antes de impor duas últimas determinações apontam ou para a um hiato entre as fases D3 e D4, devido à aparente dis- reomogeneização do sistema K/Ar no ciclo Uruaçuano, ou simetría das estruturas, demonstra a presença da uma difusão parcial do Ar no ciclo Brasiliano, das rochas deformação por osalhamcnfo simples, progressiva, haven- da infra-estrutura. do antes uma translação heterogênea provocando uma As idades isocrônícas Rb/Sr foram obtidas em rochas aparente rotação no vetor do transporte. preponderantemente micáceas, devendo refletir idades de A concentração de idades no intervalo 800 a ±50m.a. resfriamento das micas que as compõem, conforme pode ter uma das explicações a seguir: proposto por Jager (1979, pp.9 e 10). a) a instalação do metamorfismo progressivo de fácies Assim, julgou-se razoável sugerir que as idades anfibouto se iniciou nas zonas mais internas da faixa de isocrônícas obtidas para as rochas essencialmente dobramentos e progrediu temporal e cspacialmentc, no quartzobiotíticas de Santana do Garambéu e Madre de sentido do continente (províncias geotectônicas São Fran- Deus de Minas estão próximas da idade de resfriamento cisco e Mantiqueira soldadas), enfraquecendo suas das fases D? e D4 que, nessa região, deve ter ocorrido em condições de P-T; porém, incrementado pelo efeito do época posterior às zonas mais internas da faixa de embasamento (mais raso), demorou mais a esfriar, cris- dobramentos. Além do mais, a fase D5 provocou metamor- talizando o sistema Rb/Sr em data mais recente; fismo da fácies xisto-verde, que gerou dorita e sericita, de b) a implantação do metamorfismo t rasiliano de fácies modo que tais isócronas devem ter influência parcial desse xisto-verde, que descrever-se-á a seguir, desequilibrou par- processo, isto é, as idades do intervalo 800 a s50m.a. sáo cialmente o sistema Rb/Sr preexistente, srndo mais impor- mistas, pois envolvem relações isotopicas de resfriamento tante esse desequilíbrio naquelas rochas micáceas, cristalizadas nas fases D3 e D4 (1050 a s50m.a.) preser- predispostas a reomogeneização isotópica em vadas e relações isotopicas de resfriamento da fase D5 (SSO temperaturas mais baixas, de tal modo que estas são idades a ae50m.a.). As isócronas de Andrelãndia e Arantina, mistas, sem valor absoluto de datação, podendo ser inter- provavelmente, representam idades mais aproximadas do pretadas à luz de outros conhecimentos. resfriamento das fases D3 e D4, apesar de também O segundo pulso metamórfico, que aparentemente atin- mostrarem efeitos de superposição da fase tectonotermal giu quase toda a seqüência lftica da supra-estruturt da D5 (ciclo Brasiliano). Isso deve ocorrer devido à menor região (idades K/Ar sem padrão de variação definido), modificação causada ao sistema Rb/Sr de rochas sub- deve ter ocorrido em torno de 550 a ac50m.a., como mostra metidas a condições de metamorfismo de médio a alto a concentração das idades K/Ar nesse intervalo. grau, onde as parageneses metamórficas geradas são mais

i 138 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

resistentes a novas modificações induzidas pelo metamor- estruturais consptaias, rclacioaadas coat a timpoaição e Gsmo de grau baixo superposto. exacerbamento da elipticidade do elipsâide de De qualquer r. >do, o intervalo sugerido para essas deformação, determinados pela deformação por dsal- idades de resinam». -iO (1050 a s50m.a.) deve ser encarado hamento dúctil de baixo ângulo, tais como Macacões como mínimo para a deformação e metamorfismo ineren- minerais e geométricas, cristais com sombm de pressão, tes à fase O3. sigmóides de fobação, tensionggshts, bandas S-C O resfriamento final do ciclo Brasiliano promoveu o Esse processo originou unensas escamas de envanãoc fechamento dos sistemas Rb/Sr e K/Ar em todas as micas, dobras recumbentes com flancos inversos transpostos por finalizando a cratonizaçáo da plataforma Brasileira. adelgaçanento contínuo, gerando intensa fobação de Nos eventos tectonotermais definidos pelas transposição plano-axial e bandamento romprnirioatl determinações geocTonológicas referidas, as rochas con- metamórfico, que representam a svperfide de referenda stituintes da faixa de dobramentos alto Rio Grande, foram regional St+icinmparaltlpação dos contatos Btologjcos objeto de deformação progressiva dúctil no ciclo e interformacionais, isto e, W/St•1. Uruaçuano (fases D3 e D4) e deformação flexural rúptil- A análise das paragêneses metamórficas, dcscavolvidas dúctil no ciclo Brasiliano (fase Ds). pelo metamorfismo de fades anfibobto médio a ako, pos- Quando do processo distensrvo da fase rift, durante o sibilitou a identificação de zonas metamórficas com qual se individualizou o aulacógeno Andrelândia-Araxá- gradiente crescente no sentido suL Esse metamorfismo Canastra (fig. U.6.14), houve a intrusão, na seqüência teve seu máximo durante a etapa tardia da fase de grauvaqueana frontal ao cinturão de empurrões Manti- deformação D3. queira, de rochas relacionadas com o magmaüsmo básico A murfologia dos dobramentos da fase D4 varia, de inicial (anfibolitos e serpentinitos associados à formação acordo com seus posicionamentos na faixa de dobramen- Cambuquira do grupo Andrelãndia: fai:;a máfico- tos. A norte de Lumínárias-Madrc de Deus de Minas-Iber- ultramáCca de Bom Jesus da Penha-Jacuí (?); anfibolitos e tioga são dobras em joelho, com fobação plano-axial pouco ultrabásicas da Serra da Canastra, etc; rochas básicas e desenvolvida. Entre esse limite e a linha imaginária Mon- ultrabásicas associadas ao complexo Lambari), e a senhor Paulo--Arartina-Lima Duarte, essas coalescênda da fase regressiva da bacia grauvaqueana, dobras podem assumir a geometria de dobras similares seqüência pelito-psamítica, com o início da sedimentação invertidas com adebjacamento do flanco invertido. Nessa aiüacogênica: fanglomerados, sedimentação Quviolacusire situação, apresentam uma cbvagem de crenulação na zona e deltaica (?). Nesta ocasião, ou cessou o movimento axial das dobras. Daí para o sul pode haver transposição colisional transamazônico, como parecem indicar as SÜ1-D4 do flanco inverso dessas dobras. Adidonando-se o intrusões tardi- a põs-tectônicas (1900m.a.), ÜU seus efeitos aumento do metamorfismo, que, ao sul dessa última baba, sobre as rochas da seqüência grauvaqueana foram mas- atinge o ponto mais alto da fades anfibolilo (cordkrita + carados pelas deformações do Proterozóico Médio. áilimanita +• K-feldspato), torna-se difícil, na maior parte Durante essa fase de enchimento da bacia de dos casos, separar as duas fases de deformação (D3 e scHimentaçí.o. houve o seu avanço o norte, sedimentando D4)dcssc pacote litológico, responsáveis pela sua evolução a seqüência psamopelitico-carbonática, do grupo São João no Protero/óico Médio/ciclo tectonotermal Uruaçuano. dei Rei, sobre o já então consolidado continente, formado Com geometria totalmente diversa, pois apresenta pela colisão das províncias geotectônicas São Francisco c planos axiais variando de NE-SW a N-S, com atitude Mantiqueira. próxima à vertical, ocorre a fase de deformação D$, com A abertura do aulacógeno pode ter provocado um uma possível subfase ou fase associada,que se manifesta em movimento transcorrente, com formação de bacia pull- domínios a oeste da área do projeto. apart, a sudoeste do bloco Varginha-Guaxupé, onde se Essa fase tcrmodcformacíonal, considerada como parte desenvolveu a seqüência psamopelítica, superior às do ciclo teclonolermal Brasiliano, compreende a grauvacas do grupo Itapira. remobilização ensíáüca de unidades mais antigas (ves- Essa sedimentação culmina com o enchi 1?- mo da bacia tigeossinclinal), tendo como resultado o aquecimento (grupos Canastra e São João dei Rei), que .se espessa muito regional e a geração anatct ica e/ou diapúrica de magmatitos e avança até a região central de Goiás com características calcialcalinos c alcalínos intracrustais. O aquecimento miogcossinclinais. regional foi responsável pela implantação do metamorfis- A seguir iniciou-se o processo compressa», que irá mo de grau baixo (xisto-verde) tardi-Ds sobre as rochas de fechar este novo ciclo tectonossedinicniar, constituindo o fácies anfibolito lardí-D3. cinturão de empurrões Canastra, com imensas nappes Em certas condições especiais de anisotropia crustal, supracrustais. essa fase de deformação, normalmente responsável pela Nessa região, o sentido geral do movimento foi de SSW formação de amplas dobras flexurais (comprimento de para NNE, com variações locais devido à irregularidade onda Skm), origina o realinhamento e aumento de as- dos blocos crustais envolvidos. simetria de tais dobras associados à constituição de zonas A vergencia desta colisão foi deduzida a partir de feições de cisalhamemo dúctíl-roptil de alto ângulo, cuja direção SF.S-X-B-lV(Rx>Es»era) 139

de WSW-ENEaSW-NE(D6); Bestes casos as dobras os coBjpJcHK BarbuccBa e Ressaqmha no êiwmo dia D5 assumem a morfologn de dobras cm jocmo com eixos provfncia geotectônica Sio Francisco. •ergnlhaales divergentes en relação i zona de A sufte metamtirfica São Beato das Torres ractcnsticas Biológicas, petioiogyji c A vergêacia de tais dobras 6 indistinta, e os pegmatkos ao f^fnA" Smz de Fora (i c aplitos citados anteriormente são pré-dobramentos das tabelas 1122, U29 e n.2-16, do texto expicativo 4a folha Lima Duarte), c que constitunia com este, o pro- toconúncntc Mantiqueira. A posição atual que oinpa teria sido atingida no processo de ponsável pela formação de cwamaw de i turão Mantiqueira, em «ma escama da infra-estrutura do referido protocoutmente, obonetana sobre o protocon- Essa síntese representa uma reavaliação nu •pleta, tinente São Francisco. A maior dtferença entre os dois devido à aquisição de novos conhecimentos, daquela grupamealos tiücos citados fica por < apresentada por Padüha & Vasconcelos (in: Suva et aL, op. fitológica. Enquanto, no cowplcio Juiz de Fora, há i át e Baltazar et aL, op. ck). presença marcante de rochas paraderiva A infra-estrutura dessa região deve ter-se constituído zigakos, gnabses cakissukático& e i darante o Arqueano, com sua consolidação final ocorren- aos ortognaisses mtcnnediános e ácidos, < do no tido tectonotermai Jcqmt (2500 a zlOOm^.). Essa e metanhrabasitos subordinados), na safte crosta anfueana sofreu deformações e miamorfismo in- São Bento dos Torres não foram detectadas, atéomomcn- tensos darante o ciclo tectonotermai 1 ransamazõnico to, rochas paraderivadas, e as rochas metabásicas são mais (2000 a ±200nLa). abundantes. Além disso, a geocronologia sugere idades do No final do rido Jequié, iniciou-se o processo de rif- Arqueano Superior e Médio (260Dn»a.e30P0mA,respec- teamento ensiálkv que constituiu o fulcro das atividades üvamente (figs. UJb2 e 11.63) para essas rochas, cm con- tectonotermais do ciclo Transamazônico - o grande traste com as várias isócronas transamazõnicas dos com- responsável pelo quadro geológico atual da região. Esse plexos Mantiqueira e Ressaqumha. Tais rochas apresen- quadro atualfstico mostra uma intensa imbricação tam metamorfismo regional na fades granubto. tectônka, colocando o nível crustal inferior sobre o Os complexos Mantiqueira e Ressaqumha mostram ida- intermediário, e este sobre o nível crust ai superior. des de retrabalhamenlo e/ou formação situadas no inter- Esta imbricação tectônica - o cinturão de empurrões valo do ciclo (ectoflotermal Transamazônico 2000 a Mantiqueira foi constituída na fase principal do cklo z200mjL (figs. U.6.4, \\í>5 e 11.6^). São agrupamentos de Transamazôaico e marca a colisão de dois blocos crustais: rochas que se revestem de especial importância na com- a província gcotcctônica Mantiqueira e a província posição do acervo de informações que indicam a existência geof u.-*õnica São Francisco. Esta colisão tem sua existência de uma colisão continente versus continente, de idade tran- suporuda pela grande descontinuidade graviméirica que samazônica, envolvendo os protoconlinentes Mantiqueira separa os blocos gravimetricamente homogêneos São (província geotectônica Mantiqueira) e São Francisco Paulo e Vitória, a sul e leste, respectivamente, c Brasília, a (província geoteelônica São Francisco). norte. A descontinuídade tem uma declívidadc faccando o A análise dos gráficos bioquímicos, onde foram lan- sol e o leste, o que induz a propor-se o cavalgamcnto dos çados os dados analíticos de amostras dos plagioclásio- dois primeiros blocos sobre o último (Hasuí & Oliveira. gnaisses do complexo Mantiqueira (para maiores detalhes 1984; Haxalyí Sc Hasui, 1982a, 1982b). Essa constatação ver lexio c fig.s dos subilcm 112325 da folha Barbacena geofísica tem coincidido com os dados geológicos c 112.4.6 da folha Lima Duarte), permitiu conduir-se que, mapeados na região. Com o objetivo de amarrar os dados em parte, a composição dessas rochas aproxima-se daquela geológicos oo campo com os da-Ios geofísicos dos granhos de sintais (Kcqin, 1982), dos granitos MS gravimétrícos, executaram-se cinco p-rfis gravimetria» (Chaoquo, 1985) e dos granilos de transição (Jili & Jiayuan, com estações de 1.000m em 1.000m (SOOm em 500m no 1985). Esses granitos desenvoKem-se em margens con- perfil Monte Verde/Calçada), medidas de densidade das tinentais ativas, em ambientes compressivos do tipo cordíl- rochas aflorantes e descrição geológica do* pontos (fig. heírano. ü.5,1). Os perfis gravimétricos interpretados mostraram Convergentes com essa conclusão, alinham-se as obser- grande espessamento crustal devido à superposição de vações a seguir: ««<—•»«« de empurrão ao cruzarem a descontinuídade a) os diagramas dos subitens citados no parágrafo an- referida. terior, que mostram a variação da profundidade do po- Coincidindo com o espessamento crustal referido, sicionamento dos corpos ígneos na crosta com os teores afloram quatro conjuntos IHológicos distintos: a suíte relativos de Rb e Sr (Condie, 1973), indicam uma variação metmorfica São Bento dos Torres e o complexo Manti- de espessura da crosla compatível com o ambiente in- queira DO âmbito da província geotectônica Mantiqueira, e dicado; 140 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

b) os MetabOTiose os tfctaukrabasitos associados tcc- Avahasdo-sc o exposto, foi possfwel sugenr-se ojne toakameate ao romplrno Mantiqueira são (figs. D-2.41 e H2SZ, da folha Lima Durte; basakot (hokftkos oceânicos queira e Ressaqamha, compõem í tipo MORB-T (ver as transpostos, interdigitadose com restos dos da fig. D JLSS), coat raros ex- obdnctadc^ que obhteramantipzonadesutuiauustal tipo do tipo mfraplaca. de origem manrflira. cris- i aberto de b) o complexo Mantiqueira apreseata como aka pressão e fonte equivalente a granada nerzolito, rep- característica marcante a diversidade de fontes que resentando, talvez, o mVd 2 da crosta oceânica; geraram seusgranJtoidr.yiâque existem três tipos do ponto c) as razões iniciais das isócrouas são muito elevadas. de visU do discriminate tectònico de Batchetarjfc Bowden essa colisão continental interdigitou tec- (op. cit.): um pré-cobaoaaL gerado 4 partedocoqunto*^>at6lãocordilbeirano + tal ativa, a semelhança de um batóèto corduneirano; um r da margem continental ativa do protocon- sincobsioiiaL formado a partir da refusão da puna grauva- MaabJqueira com parte do soalho oceânico subduc- queana subductadajwntammte com parte da crosta tado, rafzes compõem, na atualidade, o complexo se aloja; um tardicoBsional, perahmúaoso a írftnlrtlimt. formado apôs o espessamento da crosta pela colisão, mas O complexo Ressaquinha (ver subitem 11.2.2.2.5 - ainda afetado peJos movimentos I faigrftqiit"'"r\ folha Barbacena), por seu lado, mostra características essencialmente fgneas (Takahashi et aL, com as rochas ácidas, intermediárias c básicas, formadas a 1980) de caráter metafoimnoso (segundo Dcboo & Le Fort, partir de uma mesma foate magmática crustal por 1963), derivando por diferenciação de um mesmo magma diferenciação, talvez mais profunda que a anterior, tipica- gabro-anortostico, três ornar, um trend toteíüco, onde se mente calrioalcalma, com menor impressão do tectonismo as rochas básicas e intermediárías do complexo; ial * pnctrinuaHa^ . < ou escamas origem à sedimentação pelítopsamftica (grupo interdigítadas do complexo Mantiqueira, assumidas como Andrelándia Superior, da folha Lima Duarte; formação do complexo Ressaquínba durante a colisão. Essa última São Tom6 das Letras) e a pelitocarbonatada transgressiva hipótese é favorecida pela dúvida que ficou, quando do (grupo São J oão dei Rei) sobre o continente São Francisco- mapeamento, quanto à posição litostratígráfíca das rochas Mantíqueira ao norte, leste e ao sul e, provavelmente, granitóides gp»áiwr» bandadas, situadas na região que coalesceu com a sedimentação pcnecontemporánca do oedeia Barbacena e , logo ao norte da aulacógeno Andrelândia-Araxa-Canastra. zona de ocorrência da seqüência vulcanosscdimeaiar do Todo esse conjunto Iftico, composto pelas seqüências complexo Barbacena, e que pode estender-se até Laraim. grauvaqueana, pelitopsamíüca e pelitocarbonátíca, sofreu SF.23-X-B-IV (Rio Espere) 141 7/1

o efeito de ama dedsal- essa fase deformativa (D*). Encenando a evolução tec- dncta, de tônica préombriana dessa área, ela foi submetida a do- com transponçi (SI+J), que também bramentosamplos(faseE)s) - associadosazonasdedsal- lianiiinr.rmpiitf ntnin1mmiln iw i lórfico/milonftico hameoto de transpres&ão, que podem suceder temporal- (St-l/St) da infra-estrutura. Esse movimeelo tanto pode ter mente o dobramento e, por isso mesmo, ««J^tMa como sido motivado pela continuação do deslocamento do cin- uma fase de deformação dependente - eametamorfismo turão de empurrões, com vetor de deslocamento modi- da fades xisto-verde tardi-Ps, provavehnente no ciclo tec- ficado (?), como pode indicar o fechamento da fana de tonotermal Brasuano (550 a alfaia.). A fase de defor- dobramentos abo Rio Grande, já que o vetor de des- mação brasiUana principal está registrada nas idades de locamrnlodasnqflF" de snpracrustaisé variável desde SW resfriamento das bioütas, com as «dartre de formação dos para NE, no extremo-oeste, até SSW para NNE, no leste. pegmatitos e apütos representando a fase terminal de cra- Essa 6 a hipótese mais provável, devido ao recobrimento tonização da região. das nappes transamazônkas, principalmente mmiiniHy No atremo nordeste da área enfocada (folhas Rio por rochas da infra-estrutura arqueana, pelas nappes unia- Espera e Ponte Nova) não há registros, até o momento, de çuanas (D3), constituídas por seqüências idades uniaçuanas, e as brasilianas apenas refletem o res- supracrustais, particular e evidente nas folhas lima friamento das biotitas. Deste modo, nesta região, a evo- Duarte e Barbacena. Muitas vezes, o efeito desse novo lução da bacia grauvaqueana (grupo Dom Silvéno) talvez «gnpilhamnito de nappes na infra-estrutura 6 a formação tenha se concluído no próprio rido Transamazônico, com de zonas de dsalhameato de alto ângulo como as de Bar- o cinturão de empurrões Mantiqueira comprimindo-a e bacena e , »"**»»«fc« em rampas oblíquas empurrando-a contra a província geotectôaka São Fran- e laterais. cisce, formando uma nappe de cobertuia (fig. IIA13). No No prosseguimento da estruturação regional, registrou- final desse processo, itft ^irp» zona de se a retomada do processo de deformação e melamorfismo alto angulo, transpressional sinistrai, desenvorveu-se cru- da fades anfibolito a nsto-verde, no final do ciclo Uru- zando a faixa de afloramento do grupo Dom Silvério, de açuano, com o mcumurfismo sendo tardio em relação a onde resultou a forma quase âpmtMaí que ela ostenta.

L SR23-X-B-iV(RioEapera) M3

Capítulo 7 Geologia Econômica

Por Sérpo Murilo Achõo

cascalho de cima de uma canoa. Os processos de bcnefkiamento do minério aurffero A diversidade de bens minerais verificada na área reflete utilizados na época variavam de acordo com o local e a os diferentes ambientes geológicos de geração das uni- natureza da ocorrência. Em depósitos aluvionares, a prin- dades estratigráficas/litológicas cartografadas na área. cípio, em virtude da conhecida abundância do ouro, a Historicamente, a busca e a lavra do ouro constituíram operação se fazia a mão e através de pratos de estanho, este a causa primordial do povoamento inicial da região c do substituído paulatinamente por uma gamela que evoluiu surgimento de cidades como Piranga, Calambau, Gua- para as atuais baleias. Ainda no século XVTJI, quando já raáabaetc. não abundava o ouro, desenvolveram-se outros meios mais Nos tempos atuais, ainda persiste a extração do ouro práticos para encontrá-lo, criando-se, então, processos de rgalíra^y nos leitos de alguns cursos d'agua na forma de lavagem, ainda hoje observáveis na área, extensos canais e faiscagem e dragagem. A essa atividade de mineração, mundéus cavados ao pé dos morros. Em todos os casos, a alia-se a exploração de bens não-metálicos como caulim, apuração do ouro era sempre feita nas baleias. A mão-de- vermiculita, talco, quartzo c materiais de construção. Em- obra nessa época baseou-se quase exclusivamente na força bora ainda sem interesse minero-econômico ao patrimônio escrava, cuja produção era altamente taxada pelo Governo mineral da área, pode-se acrescentar as ocorrências de colonial. grafita, ferro, manganês etc. Escbwege (1833) fornece um quadro demonstrativo Nesta folha, ate 15.05.1988, foram protocolizados 211 com todas as lavras da região ativas no ano de 1814, cujos processos no DNPM (tabela n.7.1 c figura II.7.1). números representam os dados obtidos pelos oficiais de cavalaria encarregados da fiscalização. Dentro dos limites 7.1.1 Ouro da área, eram controladas as lavras de Pinheiros Altos, Manja Léguas, Santo Antônio do Pirapetinga e Barra do O ouro foi o bem mineral que maior influência social Bacalhau, cuja produção total (sem referência ao intervalo exerceu na região desde o final do século XVD. A sua de tempo) foi de 30kg de ouro. Sabe-se que, devido às altas produção chegou a tal ponto na área, que na época colonial taxas impostas pelo governo, a maior parte da produção de instalou-se na cidade de Guarapiranga (Piranga) uma casa ouro era sonegada. de fundição, uma das de maior produção do Brasil colonial. Geralmente, os cursos d'agua na área mineralízada O rio Piranga e seus tributários pela margem esquerda apresentam-se muitos pedregosos, com pequeno volume foram trabalhados pelos bandeirantes o nforme atestam as de água, planícies aluvionares relativamente estreitas e com extensas e profundas escavações e vi>'umosos montes de espessuras médias inferiores a 3m (segundo informações cascalho rolado (lavado) que se encontram margeando locais). Dessa forma, à primeira vista, eles não compor- • fluviais. tariam um trabalho intenso de dragagem, tendo, ainda, O ouro foi extraído nos leitos e planícies aluvionares dos como agravante, a finurad o ouro detrítico presente. rios e córregos, nos terraços fluviais e elúvios. Para tanto, Atualmente, a explotaçáo do ouro na área resume-se na ntiHraram métodos de lavra que consistiam na chamada atuação de poucos garimpeiros em trabalhos de "faísca- "virada" (desvio de cursos d'agua no tempo da estiagem), gem", garimpagem no rio Piranga com equipamento de aberturas de catas e grupíaras, e condução de água de áreas mergulho e numa pequena e rudimentar lavra de ouro distantes (por gravidade) para lavagem de material ex- primário no córrego Goiânia. O rio Piranga é trabalhado traído das partes mais elevadas. Segundo Escbwege (1833), por garimpeiros equipados com balsas e escafandros, onde quando os rios eram largos e fundos como o Piranga, o mergulhador orienta a sucção (no fundo do rio) de uma adotava-se o método de "pescar o ouro", para cujo fim foi mangueira instalada numa bomba de cascalho. O material engendrado um instrumento especial que se fincava no extraído é jogado e lavado em caixa com rifles e feltro 144 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

(montada oa estrutura flutuante), e depois apurado com Calambau. Tratava-se de um j bateiae separado com mercúrio. A produção diária desse a conhecer parâmetros que dtfinrttf o f^^rial eco- equipamento (informada) varia de zero a »ig™»y dezenas nômico da área. Foram realizados 31 foras de soada tipo de gramas por dia por balsa. Perto da cidade de Piranga, Banka, distribuídos ao longo de 14 seções l em maio de 1988 uma balsa extraiu num dia cerca de 80g eixo do rio, espaçadas de SOa (as vezes, 2Sm). Do total de de Au, valor que pode atingir até SQOg em dia de "bambur- furas, 14 nsutaarampositivoã,com teores variaadode 3U)12 ro". No período de maio e junho de 1968, havia mab de 20 a O^ZOOg/m de Au. Uma balsas no trecho entre a localidade de Pau Grande e a permite estimar um teor médio para a atarüo total entre cidade de Piranga, e cinco entre Guaraciaba e os limites da 100 c 20Omg/m3 de Au. A espessura média do pacote ahi- área. Neste trecho informações indicavam balsas produzin- vionar encontrada foi de cerca de 7m e a de rareHm. de do uma média de 4 a 6 g/hora de Au. lm. Com tais dados, teríamos para uma baba trabahaado No período de 1981-1986, a empresa Dragagem Fluvial nesse trecho do rio orna produção média de cerca de Lida, realizou trabalhos de pesquisa nas aluviões do rio SOg/dia de Au, o que vem confirmar, grosso modo, a pro- Piranga no trecho entre a localidade de Venda Nova e dutividade informada pelos proprietários das babas.

Tiècla II.7.1 - Dados Estatísticas dos Direitos HtMrm u Folk» tio E»«ra.

smsrticne i PEOIOOSK AUMIáSOEl ICLArdilOS < xotras PESWISft 1 KSWISA 1 K PESMiSAt OEIMM

fratita i 2 1 - 1 - ArfliU lot. I - 1 i - 1 - frSOPO < i 9 1 - 1 - Mimio 1 - 8 ( - 1 - litMtO 1 - 8 1 - i - terilo 1 - 2 1 - l - •avxita 1 3 S i 5 f 2 Colubita l - 1 í - t - Cnlii 8 1 1 i 3 Cobre S I - 1 - Casfiterit? 3 3 - 1 - tí/têto 3 1 1 1 - Crisotíia 1 1 - 1 - Oiaaantt - 1 1 - ! - limita 2 - - f - 4 1 1 - 1 - foro 17 24 - : - òsêio - 2 - ! - Platina S - 1 - Prata 1 g - 1 - Paládio - 1 3 i - Pinta 4 I - - Qortzíto - 1 - í 2 «•*••« 5 1 2 1 1 •«ti Io - i 3 - i - Mio r 4 1 1 - í - StrpMtioito 1 3 1 3 - i - Talco 1 3 i t - 1 1 TMfttnia * i - 1 - Tclvio r í 1 2 - 1 - Titânio i t 1 4 1 1 2 Tonzio ( i 1 - i - Vtroioilita t I ( VMÍ4Í0 1 4 ! - í - tovtl.ti 1 1 1 I 1 •

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Ic-I-I1! Alvará •> feswisa Processo arquivado 146 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Na época colonial, o ouro primário foi explotado com significativas de talco lamelar formando lentes de espes- certa intensidade, pprincipalmentp e nas vizinhanças je Pin- suras decúnétricas; o processo de explotaçáo é muito rudi- heiros Altos. Aqui, cadastra»vn-se oito minas inativas, de mentar. A produção local de cerca de 60t/mês é fornecida dimensões reduzidas e trabalhadas a céu aberto Em 1937, para a Mineração Mira Serra Ltda., para aplicação em Lacourt descrevia as minas como "constituídas de veios de indústrias diversas. quartzo com centímetros a decimetres de potência e com Em Pau Grande (município de Catas Altas da Noruega) pintas alteradas e ouro livre, encaixados em gnaisses e e Pinheiros Altos (município de Piranga), as lentes de talco anfibolitos". Numa visita à mina inativa de Cristais, obser- lamelar observadas não são espessas. Entretanto, os corpos vou-se que os veios de quartzo mineralizados são concor- metaultrabásicos, que se encaixam, no mesmo complexo dantes com a foliaçáo N7U"W/20"NE das rochas presentes metamórfico, entre gnaisses e xistos, são de extensões qui- (gnaisses e xistos ultrabásicos). As mineralizações de ouro lométricas, com larguras de até 400m, e apresentam gran- estão encaixadas na parte média da seqüência vulcanos- des zonas serpentinizadap s «^im^ntar do supergrupo Rio das Velhas e, provavel- Na localidade de Pedra Sabão, na estrada que liga as mente, Kgatffl^ a uma zona de cisalhametno de direção geral fazendas da Barra e Barro Branco, a largura do corpo N37°W que acompanha a linha de contato entre a esteatitizado é de cerca de 300m, constituindo afloramen- seqüência e um corpo granítico e sintectônico. Neasa faixa tos que se pode afirmar encontrarem-se em situações favo- de mineralização, no vale do córrego Goiânia, é extraído ráveis de explotaçáo. Compreende um talcocloritaxisto en- ouro de veios de quartzo concordantes com a foliaçáo dos caixado na seqüência inferior (composta de xisto, an- mesmos xistos ultrabásicos; a produção de três homens por fibolito, metaultrabasito) do supergrupo Rio das Velhas. semana é de 14g de ouro, segundo informações verbais. A presença de anfibólio (amianto) nessas rochas, apesar A Lavrinha da Conceição, situada a noroeste de Pi- de ser freqüente, não apresenta nenhum significado econô- nheiros Altos, possivelmente relacionada à mesma seqüên- mico, devido não só à sua pequena concentração como à cia de rochas, foi, há alguns anos, explotada através de sua própria origem. galerias e com boa produção. Entretanto, a extração do As reservas de talco e similares, aprovadas pelo DNPM ouro foi paralisada, devido ao desaparecimento dos veios. até 1982, só para o município de Piranga, eram de 168.0001, A mina inativa da fazenda Boa Esperança (município de quantia irrisória, levando-se em conta os numerosos corpos Ouro Preto), antigamente de propriedade do "inconfidente esteatitizados ou talcificados observáveis em toda a área. Cláudio Manuel", apresenta mineralização associada a uma seqüência de xistos (com estaurolita, granada, cianita) ligada 7.1 J Pedra ornamentai à parte média do supergrupo Rio das Velhas. No município de Catas Altas da Noruega, na localidade 7.L2 Esteatito, talco de Pau Grande, ocorre um maciço de serpentinito que, até há pouco tempo, estava sendo explotado pela Mineração As ocorrências Je talco e esteatito estão relacionadas a Mira Serra Ltda. como pedra ornamental. Esse maciço doroíüios individualizados de rochas ultrabásicas serpen- constitui parte de um grande corpo metaultrabásico as- tinizadas cuja distribuição é controlada pelas suas relações sociado ao complexo Santo Antônio do Pirapetinga. Ou- estratigráficas e estruturais com as unidades geológicas que tros grandes afloramentos de serpentinito ocorrem em compõem o complexo Santo Antônio do Pirapetinga e diversos pontos da área trabalhada. seqüência inferior do supergrupo Rio das Velhas. A este- atitizaçáo ou talcificação dessas rochas, serpentinizadas ou 7.1.4 Caulim não, ocorre num estagio tardio, como resultado da ação hidrotermal ligada a processo metamorfometassomático. Esse bem mineral apresenta uma distribuição geográ- No campo, é impossível definir as extensões e espessuras fica significativa. Suas ocorrências relacionam-se às altera- dos corpos ultrabásicos, tanto pela extrema variação de ções superficiais tanto de pegmatitos como de camadas ou comportamento estrutural como pela íntima associação bandas claras quartzofeldspáticas de rochas granitóides do com ai rochas regionais. Da mesma forma, para se definir complexo Ressaquinha etc. Algumas ocorrências ligadas a natureza e quantidade de talco e esteatito ali encontra- ao segundo caso, como na localidade de Pau Grande e na dos, seriam necessários escavações e furos de sonda, devi- região do município de Alto Rio Doce, exibem dimensões do ao quase sempre espesso manto de imemperismo. apreciáveis, constituindo massas caulínicas passíveis de Nas localidades de Bandeira, Sacha e Chanca, muni- aproveitamento econômico. Esporadicamente, alguns des- cípio de Ouro Preto, foi mapeado um grande corpo de ses depósitos são explotados em caráter intermitente e em rochas metaulüabásicas pertencentes ao complexo Santo muito pequena escala para emprego na construção civil. Antônio do Pirapetinga. Ao longo desse corpo de cerca de Os principais e melhores depósitos de caulim são aque- 8lun de comprimento por 2km de largura, observou-se les associados aos grandes diques de pegmatitos que ocor- intenso processo de esteatiüzação. Em três minas situadas rem na metade sul da área, nas regiões de Brás Pires e em Bandeira, foram observadas as concentrações mais Dívínésia, onde exibem massas caulínicas de grandes espes- SE23-X-B4V (Rio Espera) 147

goras variando entre lOeóúm, podendo apresent A lavagem permite principalmente a »K-"Mt*" da metros de extensão e profundidades úteis de até fiOm. Suas " > fomeqftrnlrinente o teor em AbO» dneçôes parecem variar dentro do quadrante noroeste (pre- Para as minas de Fídélis e Malacacbeta, próximas à lavra ferencialmente entre NS e N35"W) c com mergulhos subver- de Malacacbeta, da qual obtiveram-se poucos dados, es- ticais. Esses pcgmalitrw, apesar de referências e informações tima-se uma reserva total de cerca de l.lóUOOOt. aobre a ocorrência de outros bens minerais como o e a A ocorrência de caulim situada na fazenda Boa Es- tt"*aKt». apresentam sua potencialidade econômica exclusiva- perança, a cerca de 5km a sudeste de Brás Pires, foi pes- mente voltada para o caulim. É o que acontece também nas quisada pela Irmãos Guilbcnnino 1 t<|p Entretanto, o rela- regiões vizinhas aos limites sul e leste da área, onde os peg- tório de pesquisa ainda não foi apresentado ao DNPM. matites apresentam as mesmas características petrográÉcas. Observações de campo indicam um pegmatito caulinizado Cão CUKfJhlídCK xg^wfialnw»iit> de ranlim e OUaftZOu SCIldn com extensão visível de mais de 150m e espessura de cerca pouco comum a ocorrência de moscovita e muito rara a pre- de 30m, o que nos dá idéia de uma grande reserva. Apre- sença de minerais acessórias. Comumente, apresentam xe- senta direção NS e caimento para leste, estando encaixado nófitos da rocha encaixante já decompostos, com coloração em granitóide saproh'tizado do complexo Mantiqueira, de ferruginosa. foliaçáo pronunciada na direção N25"W/40*SW. Compre- O número de pegmatitos caulinizados atualmente em ende uma massa caulfnica homogênea com textura acen- explotação é muito pequeno e compreende as lavras de tuadamente uniforme em toda sua extensão, sendo com- , Fídélis e Malacacbeta, Mãe d'Agua e as dos posta por caulim, quartzo, algum feldspato e esparsamente Mota, num total de cinco minas, todas situadas a noroeste pequenas micas esverdeadas. de Brás Pires e produzindo para a Estação de Bcnefi- A mina do córrego do Burro, a cerca de 2km a noroeste damento dos Irmãos Guilhermino Ltda. Esses veios estão de Divinésia, encontra-se paralisada há mais de 10 anos. A encaixados no granito sintectônico de Brás Pires (Pro- reserva dc caulim, calculada em 1966 em TOSÜOí, teve uma terozõico Inferior) e apresentam direção NW quase per- vida útil muito curta, restando hoje apenas uma massa pendicular à foliaçáo da rocha. As explotações são reali- sólida exclusivamente de feldspato e quartzo. É o peg- zadas a céu aberto, era bancadas, com exceção de uma das matito de maior espessura encontrado na área de trabalho, minas dos Mota onde também se realiza lavra subterrânea. medindo cerca de 60m. Apresenta direção N60*E com Em conjunto, calcula-se uma produção bruta mensal de mergulho verticalizado, quase fazendo ângulo reto com a cerca de 1.3001 de caulim. Os principais consumidores são foliaçáo da rocha encaixante. Esta é um granitóide sapro- a Gessy Lever e Industria de Papel Champion (São Paulo). litizado considerado sintectônico e de idade arqueana, com A lavra da Mina de Malacacheta situa-se junto à estrada foliaçáo evidenciando orientação N2O"W/30*NE. O corpo qpe aga Brás Pires a Senhora de Oliveira, distando da primeira pegmatítico é composto essencialmente de quartzo e felds- cidade cerca de San e da segunda, 12km. Compreende três ^pato, com o primeiro constituindo um núcleo de cerca de afloramentos de pegmatito n^'1**7?^, encaixado em granito 10m. Atualmente, pode ser considerado um grande depó- atalhado, minto decomposto, com direção de fbfiação N40*E. sito daqueles bens minerais com qualidades para uso na A dirrção N30"W do pegmatito corta quase perpeodicular- indústria de porcelana. c parece coincidir com a direção prâyipal de fraturamento do granito. Seus contatos são praticamente 7.15 Vermiculita verticais. Com base numa espessura média de cerca de 40m e em parâmetros linritantes de cada corpo de afloramento, cal- Duas concentrações significativas de vermiculita foram culou-se uma reserva total em torno de 350.0001 de caulim, cadastradas na área, mais precisamente nos municípios dc baseando-se apenas em pequenos trechos do pegmatito, Brás Pires e Cipotânea. Aparentemente, encontram-se as- podendo-se estimar um valor real três a quatro vezes maior. A sociadas às zonas de dsalbamento no domínio dos granitos qualidade do caulim é atestada pelo baixo teor em FeaQj, como sintectõnicos dc idade proterozóica inferior (granito a duas micas). i) e em outra bruta (B): A primeira ocorrência está localizada a leste de Brás Pires, a cerca de 5km da cidade, nas cabeceiras do córrego Cachoeira Direita. Essa concentração de vermiculita com- Umidade 1,17 0,86 preende uma lente de atitude N70*E/40*NW com cerca de Perda ao 13,81 7,32 1,5m de espessura, encaixada numa zona de cisalhamento fogo do granito a duas micas de Brás Pires. Foram realizados alguns trabalhos de pesquisa pelo proprietário das terras S1O2 40,94 66,07 que constataram a nac-economicidade do material, devido AJ2O3 43,11 24,61 às reduzidas dimensões do corpo miner&lizado. O teor FezO3 039 03 informado foi de 14% de vermiculita. CaO 1,20 1,90 A segunda concentração corresponde à jazida de Mon- MgO traços traços tanha, localizada a cerca de 14km a sudeste da cidade de 148 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Cipotinea em local denominado Montanha. Nessa jazida, forneceu os seguintes resultados que atestam seu grau de a vermicoHU ocorre sob a forma de camadas lenücuUres, pureza. concordantes com a rocha encaixante, que apresenta as* pecto "fiteico*. Tais camadas ora se espessam até alguns Perda ao fogo 030% metros (que varia de l a 7m), ora se adelgaçam e terminam, S1O2 99J0% reaparecendo adiante. Sua direção é sensivelmente cons- AJ2O3 034% tante, variando entre N20TE e N3S*E com mergulhos pra- FC2Q3 0,035% ticamente verticais. Ali a vermiculita encontra-se freqüen- TÍO2 0,01% temente asyw-iyt» j biotita, i clorita e, mais raramente, à âamta. Sua origem 6 considerada por Paturi (1970) como Testes semi-industriais indicaram ser o material passível produto da alteração de grandes massas de Qogoptta ou de aproveitamento na fabricação de massa cerâmica, de biotita, por soluções hidrotermais. Nas pesquisas reali- pigmentos e de abrasivos bem como na indústria side- zadas pela Mineração Caolinita, observou-se que as cama- rúrgica. Foi calculada uma reserva total de 1.276.4401. A das de vermiculita estavam em contato com pegmatilos, lavra encontra-se inativa. notando-se as gradações sucessivas, desde a vermkulita Na região de Pinheiros Altos ocorre um outro quartzito dos tipos melhores até a de coloração cinza-escura, que puro, friável, de granulação média a grossa tipo sal grosso, mais se »ttfm*lha i biotita. Observaram-se, tamrrfm, por- muito semelhante ao da fazenda Pinheiro. Ele ocorre entre ções da verdadeira biotita, quase intacta, em meio da ver- Santo Antônio do Pirapetinga e Pinheiros Altos, consti- miculita, atestando não ter sido ali completado o processo tuindo um corpo mapeável de cerca de 7km de comprimen- i citado. Essa jazida, na década de 1960, já havia sido to, 0,6k» de largura e KXhn de espessura, situado na parte objeto de trabalhos realizados por José R. Magalhães na média da seqüência vulcanossedúnentar do supergrupo sua parte mais alta, no extremo-sul da atual área, oade Rio das Velhas. Até 1985, esse, material era lavrado na havia um afloramento de vermiculita. Ali, abriu-se uma fazenda Santo Antônio dos Barbosas c vendido para Ouro cava, depois bastante ampliada, com extração desse mi- Branco (Açominas). neral em larga escala. A Mineração Caolinita Ltda. pes- A Alumírj Poços S.A. - Alcan realizou pesquisas ao quisou e lavrou a jazida, no período de 1970-1979, passando longo do ribeirão Manja Léguas (entre Santo Antônio do seus direitos de exploração para a Vermex-Vermiculita Pirapetinga e Manja Léguas) visando à delimitação dos Expandida Ltda. Em seu plano de reavaliação da jazida a depósitos de quartzo de cascamos aluvionares c à sua Vermex realizou cerca de 40 poços de prova de até Sm de respectiva cubagem. Compreende o cascalho rolado, la- profundidade, com seção de 2m x 2m, e 17 trincheiras de vado, de dimensões entre I e 5 polegadas proveniente de Sm de profundidade com seções de lm x Khn e Im x Sm, trabalhos antigos de garimpagem de ouro que abundam sendo provada a existência de uma reserva total de 24.5661. nos leitos s planícies dos córregos e ribeirões afluentes da Atualmente, a frente de trabalho compreende uma trin- margem esquerda do rio Piranga. Foi calculada uma reser- cheira de dimensões 24m x 60m, de onde são extraídas va total de cerca de 710.000t com teores de silica variando f emanabaente cerca de 24t de vermiculita. entre 95 e 98,61% e de alumina entre 032 e 1,27%. Ocui-off adotado para definição do material quartzoso amostrado 7.1.6 Quartzo foi AI2O3 menor que 3%, visto ser esse componente o único com características restritivas para a utilização do quartzo O quartzo é um bem mineral abundante na área, estando na fabricação de ferroligas. seus depósitos importantes ligados a formações quartzí- Esses depósitos apresentam uma vantagem extraordi- ticas puras e a cascalho aluvionar reconcentrado por traba- nária sobre depósitos de quartzo em veio ou em bolsões, lhos de garimpagem de ouro. Seu estudo e aproveitamento pois já se encontram naturalmente lavrados e fraturados. visam à sua utilização na industria siderúrgica. No município de Alto Rio Doce, na fazenda Pinheiro, 7.1.7 Ferro ocorre um corpo de quartzito quase totalm.nii sílicíficado, grosseiro, de mais dê 160.000m2 de área e o,m concessão Existem ocorrências de ferro na arca, mas nenhuma me- de lavra em nome da Mineração Curirobaba Ltda. En- recedora, até agora, de atenção cspedaL São formações ferrí- contra-se na forma de uma camada de direção NE, pouco feras baodadas, encaixadas em restos de rochas da seqüência v T ainwgaHft possivelmente encaixada em rocha» ixcoólitos) rk*Si^*'ii' ' ftiaf do supergrupo Rio ^?* Velhas. do complexo Ressaquinha, e que se destaca na topografia A ocorrência de Pinheiros Altos, município de Piranga, por formar expressiva elevação. A parte superior da cama- a cerca de 2km do povoado na estrada para Maioart, da de quartato normalmente é formada por material que constitui um afloramento de cerca de 20m onde está intima- apresenta certa inabilidade, arenoso, passando-se, logo em mente associada a rocha metabásica e a xistos da se- seguida, para o material compacto, que é bastante homo- qüência. A foliação das rochas locais tem direção N15"W/ gêneo. Amostra média da rocha, composta de material 52*NE semelhante à da formação ferrífera. O minério é desagregado e compacto, submetida a aniiím» química, formado por bandas de quartzo de espessuras centime* SF23-X-B4V (Rio Espera) 149

alternadas conn níveis de 1 a 2 milímetros de espes- e faz parte da seqüência metassedimentar (com granada, sura de óxidos de ferro (magnetita e hematita). Compreen- estaurolita c áanita) intermediária do supergrupo Rio das dem raw>»<**«=.métrica s de rocha dnza-escura intercaladas Velhas. Nos rejeitos da lavra, foram observados apenas em rochas de aspecto xistoso, granulação fina, de cor clara blocos de quartzo, feldspato e grandes "livros" de mos- e localmente escura c grafitosa, apresentando ainda como covita. mineral associado manganês boüioidal, que se encontra preenchendo as superfícies de foliacão ou de fraturas. 7.1.10 Grafita Trata-se de minério pobre, de pequena espessura e pouco decomposto. A formação ferrífera estende-se para noro- Das ocorrências de grafita cadastradas na área, somente este, constituindo uma faixa de llkm de comprimento por aquela localizada na fazenda Abismo, município de Brás 0,5km de largura. Pires, vem despertando atenção há muitos anos, quando foi Em Quintino, município de Diogo Vasconcelos, ao nor- palco de pesquisas pelo Decreto-lei n.° de 16 de outubro te de Pinheiros Altos, ocorre outra faixa de formação fer- de 1934, segundo Leonardos (1938). Essa mina, atualmente rífera, com a mesma orientação, com comprimento em inativa, compreende um afloramento de xisto grafitoso torno de 10km c largura de 0,2km. Situa-se entre rocha decomposto (pertencente ao grupo Dom Silvério), cinza- granítica catacláslica e um "Glito" prateado, cuja foliacão escuro, com níves de grafita do tipo lamelar, de espessuras geral tem direção voltada para N25SW/55°NE. Apresenta centimétricas a decimétricas, concordantes com a foliacão características semelhantes àquelas de Pinheiros Altos, de orientação N40°W/50DSW. Minerais associados presen- estando inclusive associada à mesma seqüência vulcanos- tes são a caolinha c o quartzo. Localmente, a rocha mine- sedimemar. rahzada alterna-se com um anfiboloxislo c apresenta ves- Na localidade de Paredão, situada a 7km de Porto Fir- tígios de exploração antiga e poços de pesquisa recentes. me, na estrada que liga essa cidade a Piranga, ocorre a O material é de qualidade razoável, conforme atesta aná- mesma seqüência de xistos (biotita-moscovita) com inter- lise a sequir: calações de camadas métricas de rocha ferrífera. Des- tacam-se duas faixas paralelas (formação ferrífera) de cer- Carbono grafílico 15,20% ca de 2^km de compruejato cada uma e larguras ao redor Umidade a 110°C 6,70% de 100 m, separadas ectre si por uma distância de cerca de Materiais voláteis 12,10% lkm. O conjunto é cortado por veios pegmalóidcs do- Matéria mineral fixa 66,00% brados. Os afloramentos são utilizados periodicamente como cascalheira pelo DER. A noroeste de Guaraciaba, a cerca de 2km, numa faixa de ocorrência do mesmo xisto grupo Dom Silvério, é cons- 7.1.8 Manganês pícua a presença de lentes centimétricas de grafita concor- dantes com a direção de foliacão da rocha N15cE/30"SE. A única ocorrência significativa de manganês na área Compreendem camadas muito grafitosas que apresentam encontra-se a cerca de 2kin de São Dimas (município de passagens, ora gradativas, ora bruscas, para outras menos Aho Rio Doce), na estrada para Coelhos, onde aflora em mineralizadas ou isentas de grafita. À primeira vista, essa grandes blocos in situ, de rocha escura, bandada e foliada, ocorrência não constitui depósito economicamente explo- granulação fina, constituída de espessartita e quartzo, iden- rávcl, devido ao estado pouco meteorízado da rocha en- tificada como gondito. caixante e as reduzidas concentração e dimensão das len- Embora aparente representar um depósito de minério tes. muito pequeno, encaixado talvez em rochas do complexo Santo Antônio do Pirapefinga, há necessidade de se fazer 7.1.11 Materiais de construção um estudo mais detalhado, visando a definir suas reais características dimensionais, teores etc. Devido à pequena demanda da industria civil, os mate- riais de construção apresentam pouca expressão em termos 7.1.9 Pegmatito econômicos na área. Existe uma atividade extrativa intermitente em maciços O pegmaüto de Galése, margem direita do rio Piranga, graníticos destinada à produção de paralelepípedos, britas município de Calambau, por volta de 1983, segundo infor- e pedra bruta utilizadas em obras civis. O material lavrado mações, produziu pequena quantidade de tantaíita. Atual- e comercialmente referido como "granito" corresponde mente, o garimpo encontra-se inativo, c stando suas galerias petrograficamente aosgranitos sintectônicos de Brás Pires de acesso e pesquisa entupidas e desmoronadas. Geolo- e granitóides dos complexos Ressaquinba e Mantiqueira gicamente, o dique encontra-se em discordância com o etc, que apresentam proeminentes planos de fraqueza que xisto encaíxante, com direção E-W e mergulho veriica- facilitam a sua partição. No atual estágio de exptotação lizado, com dimensões visíveis de 150m de comprimento e dessas pedreiras, são aproveitados quase que exdusiva- 12m de espessura. O xisto apresenta atitude N70°Wy45°NE - mente os matacóes existentes nos locais (com 2 a 5m de 150 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

diâmetro), dada a maior facilidade de operação. É um da folha, onde até hoje não foram realizados trabalhos de trabalho ainda processado de maneira rudimentar, em re- pesquisa sistemáticos, com envolvimento de técnicas geo- gime de garimpagem e com produção limitada. químicas, geofisicas e de sondagem. Nas pedreiras, envolvidos na atividade direta de extra- O potencial de esteatítos e serpentinitos (pedra or- ção e produção de paralelepípedos, estavam engajados um namental) é expressivo em termo de reservas geológicas. total de 12 trabalhadores, resultando em produção mensal Depósitos de centenas de milhares de toneladas desses de cerca de 1500 unidades (quando necessário), cujo pre- bens minerais podem ser observados em situações privi- ço na pedreira para as prefeituras (maio de 1988) era de legiadas para estudo e explotaçâo em inúmeros locais. Cz$8.000,00 a CzS9.000,00 por milheiro. Embora se trate de "m bem mineral de comércio irregular, Depósitos extensos de cascalho lavado (proveniente de de altas e baixas «Vwmnrf»^ esses depósitos deveriam ser lavra aluvionar antiga de ouro), acumulados em montes ao melhor estudados, visando a descobrir zonas falnrtcadas longo de todos os córregos e riachos existentes na margem puras e também a definir soas reais extensões e qualidades. esquerda do rio Piranga, são em parte aproveitados pela Dentre os bens minerais ainda não explotados, os depó- prefeitura local para revestimento das estradas municipais sitos de manganês e de grafita apresentam-se como dos e pela construção civil como brita e ornamento. Para a mais promissores com relação a um possível aproveitamen- pavimentação de estradas e ruas também são aproveitadas to no futuro. As formações ferríferas são destituídas de cascalheiras encontradas em zona de dsalhamento de ro- total importância econômica, pelo menos nos tempos atu- chas graníticas e básico-ultrabásicas, de fácil extração. ais, por tratar-se de minério pobre e de benefidamento A areia para construção civil é extraída, quase que inviável. exclusivamente, de depósitos fluviais (abundantes na re- Os depósitos de quartzo (cascalho rolado) provenientes gião), através de dragas de sucção, de sete polegadas, de lavras antigas de ouro e de formações quartzâicas são instaladas principalmente no rio Piranga, ao redor das de alta pureza e qualidade, constituem grandes depósitos cidades de Porto Firme, Guaraciaba, Calambau etc. Em e jazünentos, e apresentam excelentes perspectivas de maior Porto Firme, a empresa José M. R. Marota-Materiais de aproveitamento, devido às melhores condições de explo- Porto produz cerca de 2.000m3/mês de areia fina. Em taçâo e de demanda. outras dragas, atualmente paralisadas, são extraídas areias Em termos de infra-estrutura, somente a situação das mais grossas com aproveitamento do cascalho. estradas na época das chuvas poderia trazer transtornos aos trabalhos de pesquisa e de explotaçâo. Os demais itens necessários a eventuais operações de lavra e benefidamen- 12 Projeções e perspectivas to mecanizados estão satisfatoriamente atendidos.

Tendo em vista a demanda decorrente do desenvol- vimento do parque industrial e o incremento da construção 7 J Aspectos ambientais civil nos centros urbanos, são fornecidas, a seguir, as reais condições minero-econômicas da área. A degradação da paisagem e a poluição do meio am- O aproveitamento de "granitos" para britas, parak- biente em geral são conseqüências inerentes à atividade lepfpedos e pedras brutas, e que poderão ser utiliza los humana cm todos os setores da sociedade. para outros fins, ainda é muito pequeno. Entretanto, cons- Na região da folha, os grandes desmatamentos e quei- tituem grandes reservas geológicas, principalmente aque- madas tiveram início em meados do século XVI, quando las ligadas aos maciços graníticos de Brás Pires, Cristais expedições pioneiras adentravam pelo interior do Brasil etc, cm situações propícias ao imediato aproveitamento e colonial à procura de riquezas. Ainda hoje, em nome de com pouca cobertura de solo. uma agropecuária desordenada, continua sendo a ação Em relação ao caulim, mantida a atual demanda, os antrópica mais danosa ao equilíbrio ecológico da região, depósitos bloqueados são suficientes para um atendimento onde a erosão do solo assustadoramente se agrava em a longo prazo. Entretanto, as condições geológicas da área função da alta pluviosidade. A explotaçâo de ouro no rio são favoráveis à ampliação dessas reservas no caso de Piranga, na época colonial, como resultado de uma garim- aumento de demanda, o que poderá ser feito através de pagem predatória, resultou cm marcas profundas ainda trabalhos sistemáticos de pesquisa. hoje observáveis nas encostas dos morros e nas planícies A reserva de vermiculita conhecida oficialmente 6 muito aluviais dus cursos d'agua. pequena em vista da grande potencialidade geológica exis- Afora essas marcas do passado, apenas os trabalhos de tente. Dada a sua grande variedade de aplicação c cres- garimpagem de ouro (intermitente) do leito do rio Piranga cente valorização como elemento isolantc ideal, tornam-se apresentam certas restrições quanto ao uso do mercúrio na justificáveis futuras pesquisas visando a dotar a área de apuração final. A explotaçâo das pedreiras loca», realizada maiores recursos nesse setor. de uma forma rudimentar, não provoca efeito poluente e Em termos de ouro, as maiores perspectivas estão vol- tampouco a desfiguração da paisagem. Praticamente não tadas para o ouro primário, principalmente na região norte existem ruídos s vibrações produzidos por explosão.

_L SR230t-B-IV(IÜoEtptfa) 151 "k/ Os nababos de km e de extração de bens tratancato dos rejdtos provemestes da asma de beae existentes na área, «pesar de aio apresentarem dnaensões gywBrtw»» pan produzir awrhTH ações ao meio ambi- Todo isso, do qoe preocupação • pre- ente, vêm sendo precedidos de avaliação prévia do seu servação reflete postva possível impacto amrwratal No aproveitamento dos dc- o e<|oiUbno entre a geraçio de pontos de cauhm, por nrmplo, atenção tem sido dada ao riqueza e a conservação dos valores naturais. SF-23-X-B-IV(Rio€apera) IS»

Capítulo 8 Metalogenia

Por Curtos Alberto Heineck

«J Introdução mações multidisciplmares através do Programa de Levan- tamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB, com o A apreciação e integração multidisdplinar das infor- objetivo de delimitar, na escala de 1:100.000, as áreas com mações disponíveis sobre a folha Rio Espera permitiram a indícios de mineralizações prioritárias para a prospecção preparação de uma carta metalogenético-previsional, na e a exploração mineral. escala 1:100.000 e seguindo as diretrizes de elaboração, A metodologia aplicada, fundamentada nos princípios ainda em fase de aperfeiçoamento, do Sistema DNPM/ de Orlova & Shatalov (1960) c consolidada no conhecimen- CPRM (Delgado, 1987). Apesar de os dados relativos as to adquirido durante a execução do Projeto Mapas Meta- diversas mineralizações não serem considerados suficien- logenéticos e de Previsão de Recursos Minerais, escala tes para uma completa visualização do panorama meta- 1:250.000, através do Convento DNPM/CPRM, implan- logenético em bases conceituais, são satisfatórios, quando tado a partir de 1982, constitui a base para a elaboração das integrados aos outros indícios geológicos, geoqufmicos e novas cartas, na escala 1:100.000. geofisibos. Esse trabalho foi executado com base nas se- A concepção da legenda resultou, em parte, de adap- guintes informações: tações na simbologia gráfica, utilizada nacional e inter- - cadastramento mineral; nacionalmente, segundo critérios de legibilidade e prece- - carta geológica na escala 1:100.000; dência e foi ajustada i escala 1:100.000, tendo em vista: - carta geoquímica na escala 1:100.000; 1) a necessidade de especialização do fundo geológico, - mapa geofisico na escala 1:100.000 para torná-lo metalogeneticamente significativo; -dados de litogeoquímica, relativos aos resultados de 2) a importância de se representar o máximo de infor- rlcmentos maiores e etemcntos-traço (inclusive terras- mações metalogenéticas sobre os jazimentos minerais in- raras). dividuais de forma clara e legível; Dentre os principais resultados alcançados, cabe des- 3) a conveniência de se estabelecer a distinção entre os tacar a delimitação e a especificação de algumas áreas de dados econômicos e metalogenéticos; e interesse à prospecção e/ou exploração mineral, com base 4) a valorização dos indícios indiretos de mineralização, na cartografia metalogenético-previsional em escalas de visando à sua representação cartográfica. icmidetalhe, conforme concepção exposta a seguir, bem Dentre as referências bibliográficas consultadas, mere- como a expectativa metalogenética face à ambiência geo- cem destaque: Carta Metalogenética e de Previsão de Re- lógjco-geotectônica. Através do cadastro dos recursos mi- cursos Minerais do Brasil, escala 1:250.000 (Siqueira & nerais, foram catalogadas 49 ocorrências minerais cor- Souza, 1982 e Siqueira, 1984); Mapa Metalogenético da respondentes a 11 substâncias minerais, conforme discri- Espanha, escala 1:200.000 (Espanha-PNIM, 1972); Mapa minado na legenda da carta metalogenétkc-provisional e Metalogenético da Austrália, escala 1:250.000 (Bowman & sintetizado na tabela Stevens, 1978; Bowman, 1977; Gilligan, 1975; Matson, 1975); Carta Metalogenética da Europa, escala 1:250.000 (BRGM-Unesco, 1968-1970). Também foram examinadas SJCoDcepçloe metodologia da carta as legendas do Mapa Metalogenético da Bahia, escala •etalofenetko-prrvlilonal 1:1.000.000 (Sá, 1982), do Mapa Melalogenétíco do Brasü (Suszczynski, 1973) e do Mapa da América do Norte Dado» sobre mineralização, estratigrafia, petrologia, es- (Guild, 1981), escala 1:5.000.000. trutura, geomorfologia, geoquímica e geofísica foram le- A carta metalogenético-previsional é elaborada sobre vantados, integrados e hierarquízados em uma única carta, uma base geológica especializada dependente do nível de provisoriamente denominada carta metalogenético-preví- conhecimento da área. Essa especialização contempla a sional, marcando um novo estágio no tratamento de infor- distinção cronológica e/ou espacial das unidades litosirati- 154 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do BrasB

gráficas de e C alCaaaaV SÍO i reakado» os at6tiposespecia»(aKtalotectospfOr TatUII-M - anrai»arai«ar*ialMEMri*aaKtiMiCatat« váves e posafwesX CMifutão as vaidades de i goria» tais como foi macio, membro c SCaaa IvflBOC aaaCCaBaUaBEBCVaODL SBO «<(VCaHaaDCaBUaBBiflDCaaaaS DD D uso de letras-savbolo. Os demeatos cstnatatais da carta •a I geológica são iategr I AlmtMn fUKMtfl» 9 tvriCM faaWNBtfJ

laiaaavta ani atraiu pcofyadkiadttecoMofaodosabtfratodascobcituiasetc. I lia-rrâ Fiariria*. Na representação dos jazimeotos mmetais, ftfahcie- I ata * «art» acua noa «ltnatka » cea-se uma fferinção eatre as características mctaloge- * —•••• I* «M

OO S&LDDOaO CaC ^BaBaBaCaaSasO OOQaSUaflKC C ^a geométrica variável em função da morfologia. Os dados ecoaômicos são represeatados por uma < lacto* atattraáica a nataa alailn lata* a'matai*. depeadente, iiiwfal"*^ ao simbolo atorfolóaico, de < Mali» do com a forma de representação adotada no Mapa Meta- logeaétko da Fspanha, escala I^OOJOOO (Espaaha-PNIM, 1972). Tika I adi ataWiaata •* cavtaa atavlio San A âmbologia lepresentativa dos caracteres oéticos abrange os dados factuaís sobre os jazáneatos nv- I SwartH»tr * atarfin lato Mat* * nerais, como a textura do minério, morfologia, orientação do(s) corpo(s) minerabzado(s), qa caliaiaa aniaa •Mi** liiaiMha. . Adioonahufnte, i mem info ções sobre a ciasse cio jy^ai^faYfc IMOCJUI do-se adotar clas- latia calwiaa >*t*Tc*l*a a sificação para as concentrações minerais, mais geológica I ataírfk* feto atai* a rrr««t a. ia do que genética, adaptada das propostas por Wacrenier A Cali* it* Rouveyrol (1977), Stamon (1972) e Routhier (1963). Tal aaiaw •> railüít a Um*». classificação aproxima-se da mili7ada para os depósitos I faalito aníaa a irail* laraoítk*. minerais do Brasil (Branco, 1984). Os dados econômicos dos jazimeotos que tem sido ob- I ftartrta ataiaMi m raito Irá f ww. jeto de pesquisa e lavra mineral são representados por i I Nattita aniaat m iraita Irá tin*. circunferência externa, onde constam informações quanto I «artiitf a ai* • à situação atual: ativo, inativo ou intermitente. O diâmetro, I graduado em três dimensões, expressa a importância eco- r avtnta a mitÊli min a 1 i Ir* ai alka. aõmica do jazimento em três categorias: pequeno, médio e I CMUII* « «lailn r«at« *M r^tttria MM lifai c grande. A base para o estabelecimento dos limites dessas I titw* im. categorias é a mesma utilizada no Mapa Geológico do ) fwmán hrritft» MMCIRI t i<**t t «urtrt» a Brasil, escala l:2J0O.O0O (Branco, 1984). Um traço, aposto I aitat «MU a wrvw li* ai wMa acima, abaixo, à direita ou à esquerda dessa circunferência tm•»• a aiaa •«•* a Os indícios indiretos de mineralizações, a partir de indi- In «a Mka. cações geoquímicas, geofísica* ou zonas de alteração de I lr»#ilt-sia«r alia a WvrM !•• at «Wat. origem esógena ou endógena são submetidos a tratamento frtfiti frtfttrtifl* i»ítrtil»a a imita r>«* <• tra* I cartográfico específico, visando a um maior realce. JilWri*. A integração dos dados midtidisdplinares permite reco- i (aíar a (avlca MMiau nhecer os metaiotectos comprovados, prováveis e possí- veis, dependendo de se as relações entre os mesmos e os tata rart«>* * cario» ttmmii*». indícios de mineralização foram obtidos por ligação direta, trail* I *rwiU raüigif littirfc FuMirink*. estatística ou de analogia a contexto geológko-metalo- •«Mrill -*- i «rait* F>«Mi. geoético, propiciando a delimitação de áreas mineralizadas rt* Irá prováveis, possíveis e potenciais, de acordo com critérios explícitos na própria carta.

Jl SF.S-X-*IV(Kk>Eapara) 155

•31 ocowencMdoo>mple»o(AsapXao

de at£ 13ppm de oaro. nesie oommio^ os connDBs tiiim pnss idndesestraturais fico* estiafiaâ etc, permite estabelecer alguns pari- de dsamamento transcorrente sanada aa mcpqsmctalngtnfticos gerais nem sempre Datados deatro de Catas Altas da Noraega e Piranga (ZCcp) das areas Pretende-se, com isto, realçar aspectos evocação metalngtaftka dos diferentes tratos cmstais, valores realçados de prata (OJZ a 0\8ppm), chumbo i fornecer uma visão OOuppnt) e estanho (136 a 63Sppm) em concentrados de i dos processos de DtttCanaV OS O08S VRUBOS Dt^OWSVCanBCBvC VClaKüOBaildOS S Ht* No caso dos dados itoxeoqmmicos, além tnrtftn fnafttrrt man twrnVi. rim prgmaritm rmtriadrtfi das interpretações petrotectônicas já exaradas no capitulo Os dados gtofeicos acromagnetométncos ponco amo- leferente à estratigrafia, procurou-se tamiif— uma ava- Kam na Hffimçârt it- «»cH^mai. f fff«c Af • Eaçío comparativa das rochas grankoklese básicas a Hkra- parâmetros consagrados em obras SDrtemente »as de Turefaan A WedepoU (1961), Tanson A Hai- regional e bastante pi ofendi;—M ku (1977), Olade (1980) e Ramsay (1986). Cabe ressahar, mafia posicionada a oeste de Piranga. , a escala regional do trabalho ora apresentado, que Em função da importância da nanei abstrações ao plano das ao que se área, cabe realizar aqui refere ao potracial mineral percebido no âmbito de cada e especificas da evolução dopteiame teft. É bastante unidade ou *i«"»fr»»i> metalngf nf tif r f*w***<^r». e não provável que o ouro tenha sido carreado, nos tempos ar- raro ^^pn^ a mferéncias ou generalizações na iden- QO62SO& e ukrabásicas mantéficas, deatro de na evento que talvez corresponda a uma das piiuiciias fines de aporte e con- centração significativa do metal na crosta. Nesse ambiente, a estrutura do tipo nft também deve ter desempenhado um No dounmo do complexo Santo Antônio do Pvapetmga, papel importante, pelo fluxo térmico mais acentuado e definiu-se um conjunto de rochas arqueanas mctaubra- capaz de induzir uma maior circulação de fluídos. Na pilha básicas (serpeatmkos e esteatitos) e metabáacas (anfibofi- inKI nmW^mwUUDCnKC flSSOdaiOaaS fl •LDaUSSCS IODmJBBL\^iXOPOMIC~ tro da seqüência sopracnistal, há ocorrências subordina- mfncos, ocorrendo, ainda, de uma forma subordinada, xis- das de exalitos - formações fcrrfferas de derivação vul- tos (actaprütos), formações ferrfleras c quartzitos. Ocupa canogênica - e igualmente propicias a concentrações au- principalmente o quadrante noroeste desta folha, onde se rfieras de porte. Contudo, na produção de concentrações p"P«"^y« Wlha» Hnqnai cm nfvel de deposito e dentro das características até aqui p observadas, há que se levar em conta os processos de metamorfismo que afetou as rochas do complexo t de remobilização associados às várias fases de metamorfismo condições equivalentes 1 fácics anfibolito a xtsto-verde. Há regional, granitização e lectônicas dueteis-rupteis que afe- evidencias de fortes deformações localizadas, com o desen- taram o conjunto, não só das seqüências supracrustais, mas vorvbnento de zonas nulonfúcas, bem como de uma tec- também dos domínios vizinhos. Fenômenos epigenéticos tftní^a tmwtfr f«gt "»i'fHi particularmente nas bordas da seguramente se desenvolveram, na área, do Arqneano ao final do Proterozóico, com fartos exemplos na região que Of estudos petroquímicos demonstraram .»existência, se estende de Pinheiros Altos, no norte da folha, para além nesse cinturão de rochas verdes, de magmas primitivos tipo de Mariana, a NNW. Esses sítios geológicos sao dominados toleüco (TH1) de fundo oceânico, caráter racmal e desen- por uma complicada imbricação de escamas tectônicas de volvidos em ambiente de /ç/i, com eventuais e raras asso- empurrão, mchtstve escamas cristalinas (CTS), constituin- do um verdadeiro e largo cinturão de empurrões, similar elevado potencial para mineraEzações de ouro, cobre, nf- ao descrito, por exemplo, nos caledonídes da Groenlândia. qad e cromo, assertiva corroborada por freqüentes e m- O grande numero de estruturas com elevadas taxas de tensas anomalias geoqumncas desses metais em sedimen- deformação (zonas de dsalhamento e falhas, dependendo í JS de corrente e concentrados de minerais pesados, em dos níveis estruturais envolvidos), somado às condições de especial do ouro, que 6 garimpado aa maioria das ahmões metamorfismo maú brando (facíes ssto-verde e anfibolito recentes e terraços ali desenvolvidos. A figuraDA I ilustra médio), sem dúvida alguma favoreceram af a precipitação a distribuição regionald o ouro na fração pesada dos sedi- das soluções hidrotermab aurfferas, possívehnente em vá- 156 Programa Levantamentos Geológicos Biskros do Brasil

içãç o gaoqgq u mmmmmdo ouro am concamrado» da minarai» piadop » da» oVananana da «otwÜò¶p;; oatwin máximo» foram raprasantado» com I5ppm. (22QQ ZonaZ » da eisatiaman»: (Z&& ) OtOpottaaaa ; (ZT^ZT^ ) CataC » )Vta» da Nofuaoa-ffrariga; (ZC»f) Sanador firmino. Outro» mataiotecto»: (Aup) eomptexo San» Antonio do nrapa0np*(Epa)»atrvtumdaPW>atn»>Mloe. rios pulsos e com diferentes condições de pressão e tem- Com relação aos granítóídcs tooalíto-trondlijeiiuticos > peratura. Essas feições, anaii«afta« de uma maneira in- granodioríticos, de qnirnismo caloalralíno, qne integram o tegrada, propiciam a formulação de um modelo de subs- complexo Santo Antônio do Pirapetinga, observou-se que tituição metamórfíca para muitos dos depósitos auríferos. os dados Utogeoquímicos apontam para um bano grau de Retornando, ainda, ao problema das épocas metaioge- especialização granítica, devido a: a) conteúdos normais a néticas, é possível aventar uma hipótese pós-Itacolomi e, baixos de elementos granitófilot como Rb e li; b) baixos portanto, uma idade proterozóica média a superior, na conteúdos de voláteis como F, O e S; c) razões K/Rb altas, cronologia de pelo menos um dos principais eventos de Rb/Zr baixas e Ba/Rb muito elevada*; d) somatório de mineralização aurííera oa evolução da região do Quadri- ETR + Y muito baixo» on, quando não, um pooco abaixo látero Fcrrífero. da característica dos granhoido fsprrianraHo* (Ramsay, 157

cujos pa- drões de terras raras (curvas aormafizadas) nem sempre os lefeiidos como tn^acameale ar devido às evwfnruw de evoiuçao dos precursores, ou potencial para An, Mo eCu, gerados vulcânico a continental

cafinos) e cafêmicos Com características bastante semelhantes as do oníricos on tolcJÉin» oceânicos, tipo veinas e tinnnr.ro consunnao ae ^TTiKtfi*gi# *i^. como xistos ahuninosos, quar lotos e formações feiiffeias, alem düheiraao. Os termos ácidos acúna referidos são do tipo de rochas metabásicas (anfibofitos) concspiwdcntes a ba- sakos tolefticos de fundo oceânico (tipo THl),< (MS), característica que lhes confere um potencial n fâações tomatifticas. Definido como vm fftenstane bdt talogenético para Au, Mo e Cu. Ê importante assinala JBttuuflO CDB oiffiDSGOlG flut% D6SSC GOOUÜStO KmumavCO OOOuT* presença de quase uma I*"TT de anomalias de ouro < condições propícias ao desenvolvimento de mme- concentrados de batcai tomados sobre es de ouro, potencial que pode ser estendido a titumdo mdfcios indiretos de miaeranzações aparente- como cobre e, talvez, cromo e níquel. No plano a grande diversidade de fatores: «Vfn larional, há que destacar uma maior atoctonia para i tectõmcas com restos de seqüência supracrustal, esta seqüência supracrustal, comparativaniciite i unidade metavulcanossedimentar, do tipo peenstone bdt (super- anteriormente descrita, devido ao forte transporte tec- grupo Rio das Velhas); zonas de risalhamrnto de ako tônko para oeste. Em zonas de risalhamcnfo a NW de angulo; penfena de corpos j^1*™"*"-* mtmsnos, do Pro- Pinheiros Altos, foram cadastradas várias ocorrências aurf- terozóico Inferior; anfiboHtos (basafcos tolefticos). Embora fcrasepjgenéticas. Esse metal se faz acompanhar na drena- não se conheçam até o momento detalhes sobre a tipologia DOT yWW |*T^H^m* DuflICrO QC dos possíveis jaznnentos, a disposição espacial genera- paraO,Ni,CueZn,oonipatfveiscomoanibiente estudado lizada desses mdfcios permite mferêndas sobre uma epi- e que reforçam o seu potencial. Na metalogênese do ouro, gênese do ouro, paftknlaynifiitf ifitM? das coincidências são esperados os mesmos fatores de controle coados com as numerosas zonas com elevadas taxas de defor- (83.1). Os dados fitogeoquunicos referentes aos xistos mação. Alem do ouro, detectado com até 3^Sppm nesse magn^iatwvt A» wptfmna imtaviilfânW»a mfrrinr moctram domínio, foram observadas anomalias de estanho e cromo, anomalias de flúor (até 880ppm) e S (800ppm), mas as rdackmáveis, respectivamente, a eventos pos-magmáticos razões S/Ni são muito baixas, não ensejando hipótese sobre (atividade pegmatftica) do pmtonismo grankoide, e a cor- a presença de níquel sulfetado, pois o metal deve estar pos de rochas básicas. Dentro da faixa ocupada pelo com- contido essencialmente nos minerais máftcos silicaiados. plexo Mantiqueira, ama anomalia aeromagnetométrica Uma anomalia de 3ÜOOppm de cromo, nessas mesmas fone e alongada, nas pronhnidades da localidade de Porto rochas, pode tanto ter o signigicado de magnetita cro- Firme, parece corresponder à área de ocorrência de for- mffera, quanto da presença de cromha, que, contudo, não mações ferrffcras supostamente pertencentes à unidade foi testada qualitativamente. Rio das Velhas. A análise dos dados btogeoqumúcos mos- tra que uma parcela dos gmússes Mantiqueira é constituída de granhóides deformados sem i»™» especialização geo- SJJCoaplaoAcalaca qumiica apreciável, o que leva a classificá-los apenas como precursores de metalízações em eventos sucessivos (figura Sobre a suite de rochas granulíticas (plagiogranulitos, UAI). bidrogranulítos e hiperstenío-gabros) do complexo Acai- aca, qve ocupa una potíçio dentro da denominada pro- vmda geotectôoica da Mantiqueira, similar à da suíte me- tamorfica São Bento dos Torres, náo foram tomados espé- O dommio dos metagranitoides arqueanos tipo Serra do dmes pva estudos Utogeoquímicos. Cabe ressaltar a de- Carmo e Ribeirão Pmbetrinbo é constituído de gnaísses tecção de ouro em concentrados, nesse domínio, mas o lonalito-trondbjemfticos de cor dará, com bandamento metal deve ser de caráter epigrrííico e vinculado às zonas metamórfico e conspfcuas evídendas de mloníüzaçáo. De de císalhamento de alto ângulo, submerídianas, que o afe- caráter caláalcalino e metatuminoso, gerados em ambiente intraplaca e arco vulcânico, correpondem a uma grani- 158 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

togênesedo tipo fonte mista (MS) e apresentam potencial cos: a) conteúdos normais de Rb e Li; b) baixos conteúdos para Au, Ag, Mo, Cu e (W). Esses granitóidcs ocorrem em de F, a e S; c) baaos teores de Th; d) razões K/Rb médias, estruturais distintas: afetados por dsauamento Rb/Zr bains e Ba/Rb extremamente elevadas; e) baixos de baixo ângulo (Serra do Carmo) ou em núcleo de dobra, somatoriosdeTR + Y. Portanto, também aqui é válido o ido flTttUtÓKlC tlPO RlOCVnnO "^mffcffirw^llO. DO í conceito de que se trata mais de granites precursores do importante assinalar a existência de bordas que especializados, fato fortemente reforçado pela dis- rréncú de veios de quartzo aurffero similares aos ob- posição das amostras no diagrama Rb-Ba-Sr (figura IL&2), servados nas zonas de ri«»i*i»iti»nt«» que afetam as se- onde resultou evidenciado um ainda incipiente grau de qúéacias sopracrustais. Apresentam um baião grau de es- diferenaac^(típk»dosgranh6idescálcicose"aa6malos'* ***^. HMtnrxift p^Uvc A*Ant (metassomáticos?).

GRANITOS FORTEMEN TE DIFERENCIADOS

^^^g ^^^^ ^^^^ g ••+ + + + DIORITOS Oi -DiORlTOS /" y Bo

g - Diagrama flb-Ba-3r d* B BouMHy & S Sofcfcary (1975) mottran Qo gnéiMicatda tolha flte &p*m. Rutonianw granitoid*:(•) taicogrtnHod* OMnéaia;(-f)quarttediarHM,teoainM0gfanHMde nqutoha; (o) mtagfawWo dê Plnwwa; (») grutfM* tonaMee tipo fVMne PinnMrinho; pQto S(^CompltMManlktu*^^ No granito Pimenta, cartografado no centro-oeste da de folha Rio Espera, não foram encmHradas quaisquei evi- de- dências de mineralização, seja pela amostragem de sedi- tectados da pvonpcGçio geoquf- atentos e concentrados, ou nos dados froaeoQjmuicos.ge nrica.O da an donado segundo um aKnhamtnto pré-transanurofinico e foi afetado por esse ciclo. Localmente rosado e com níveis queteve ^ . no final do Piutauiéki pegmatóides, tem caráter meta- a pcrahimmoso, caláal- Inferior, destaca se oaMscovMa-gramtoBrás Pires, caüno a akaüno, gerado em ambiente tectônico de arco aa porção mtikional da tomae vulcânico, ésincolisionale da série ihneniu. Os icsnlt ados Tem composição recortado por pcgniMkoi. cates aptotdldos pata a pro- granftka nesse domínio, quando confrontado com as de- hfc ii frI i No tea mais manifestações do phttomsmo granitóide: integrante interior, ocorrem restos de xistos grafitosos, da associação monzogranftica baixo-Ca (Ramsay, 1986), nados ao grupo Dom SâVério, c esse metagranito apresenta características do tipo crustal pendents. Van Kfattc^ obtido (CR) a metamorfometassomático (MM), que definem uma pecção estão expectativa para minerabzações de Sn e Ta. Os parâmetros esse corpo: ouro (até 6pf»), cassiterita ( petroquímicos reveladores de espécimes mais evoluídos ralógica) c Pb ÇfJBBQppm em concentrados), compreendem as razões K/Rb (22), Ba/Rb (2,7) c Rb/Zr lores realçados de zinco em scdunentos de (1,4), alem das posições ocupadas no diagrama Rb-Ba-Sr diversidade dos (figura UJ&2), mas que ainda não tipificam um granito para uma especializado. É na periferia desse granitóide que foram região, com o dtseawolwtciiio de filões pegmadtkos e, detectadas várias anomalias de estanho em concentrados de bateia, com valores de 136 a 635ppm (mapa anexo), lhamento Hniitaf***i ou nas falhas e fi atui aft interiores. A refletindo uma possível atividade pegmatftica mais tardia. presença dos referidos xistos sugere um afvd de erosão O complexo Ressaquinha 6 caracterizado por um do- pouco profundo para o corpo. mínio de granitõides diferenciados, via de regra pouco deformados, ou só localmente muito deformados em zonas de ásaJbamento, e com ampla variação composkaonal (di- *3Jb Grupe Dam Sürério oritos a granhos). Esse plutonismo granitóide 6 de caráter metalummoso c ralríalralino a akahno, gerado em am- O domínio do grupo Dom Sirvério, composto de xistos bíênáa tectônica tntraplaca e de arco vulcânico, tipo fonte pelfticos (manganesfferos, granatfferos, grafitosos ou mista (MS) e eventualmente de diferenciação mantélica carbonáticos) com quartzitos subordinados, cor- (MD). A potencialidade mineral desse domínio é para responde a uma puna de metassedimentos depositados metais como Au, Mo, Cu, Ag, (W, Nb, Y, ETR e Zr). Uma em bacia costeira e posteriormente metamorfizados em única amostra coletada revelou discreta anomalia de flúor condições de fácies anfibolito, com conspfcuos dsa- (1.20Oppm), mas as demais características apontas para Ibamenlos associados (tectônicas tangendal e transcor- uma ausência de especialização granftíca, feição corro- rente). Parte dos sedimentos foram interpretados como borada pela coleta mais densa processada na folha Bar- grauvacas e pelitos originários de fonte tonatftica a gra- bacena. O número relativamente grande de indícios au- üodiorítica, ao passo que anfibolitos da região do rio rfferos indiretos (anomalias geoquímicas em concentrados Doce, na folha Ponte Nova, comportam-se petroqui- de bateia) detectados no interior do complexo Ressaquin- micamente como toledos de arco-de-ilha. Alguns dados ha, com valores de até 86ppm,é atribuível tanto à presença petrográfícos apontam para uma possfvel interveniência de grandes áreas (xenobtos?) do complexo Santo Antônio de fenômenos vulcânicos ácidos (dadtos) a interme- do Pírapetinga, como ao fato de estar relacionado a zonas diários em determinados segmentos. A potencialidade de risalhamento de alto ângulo, essas já no limite ocidental mineral para a seqüência reside basicamente em: de- da folha. pósitos manganesfferos, em função da sua freqüência na O alcabgranifo Divinésia, na porção sudeste da área folha Ponte Nova; grafita, que ocorre enriquecida nos trabalhada, tem características grosseiras, está localmente xistos pelíticos, talvez correspondendo a primitivas con- gnattftificado, e contém xcnóutos de gnaisse tonalítico, me- centrações orgânicas; e ouro, que, embora detectado tadiorito, anfibolito, quartzho e rocha calcissilicática re- apenas sob a forma de um fraco indicio indireto (con- portados ao complexo Mantiqueira. Constituí um grani- centrado de bateia) a NE de Porto Firme, pode atingir tóide tipo fonte mista (MS) ou de diferenciação mantélica maior expressão nas zonas com elevadas taxas de defor- (MD), gerado por sintem intraplaca com maior parti- mação. Nesse local, também foram percebido» outros dpaçio de material mantélico. A potencialidade desse metais, como cobre (380ppm) e zinco (220ppm), sugerín- corpo 6 para mineralízaçóes de Nb, Ta, Zr e Y. Por outro doumapossrvelastociaç^doouroaeventoshidrotennatf. 160

de c * A crolação geomorfica da área propkkm a geração de de pro- teu/6jco do ouro A metta dos teores de ouro aos concentrados vales dorio Pnaagae dos 6 de poucas uanJades de pp e Santo Aa- tte92ppuvNos A«,Cr.K.Ca,e

de caráter epjgcaética pcriodos de erosão sob ia dos casos e associados a CDBHBÇOCS CCMB09DVBB COBBBI 2 ISQCS tea gerado pi dnções aprcoávcs, coaao as da localidade do córrego Gth- 14 Altas uatnMaL C OB ttOUQaV ^P©ftYADQCS HHffa K $MDSCàff9BC9& •BD^BB^ Q0BSD9S Cflft SOflOS l3(Ca^B*BCO5fe ÍflBG^H8ÊBaflBCaYtC A OCSlC dC O objetivo fiaal da carta nKtalogcnético-picnsioaalé a Pinhcaros Akos. Também as perspectivas para ouro se-

UHBBBBB)pfll BHBBIBhBBBBBHJ^B Ba^BB IBJWff BKV^BjtfH^B BB BI^BI^BBBJBI^BI ^b^BBBBBBBBn BBi^v BBBBB^VBBi^BBBBBl^ BJ^^B^^BW^BBV ^BB^V BJ^BJ^BBHBBBBBVBTBBBBI^B^B' BJVBJ^BBJ base nas kts )vttlcanogemcana formações ferrueras; b) zonas periféricas dos phdoaitos origem das ciladas formações ferriferas ainda não foi es- gjaaitoidet como os de Brás Kres, Ribeirão Ptahetrmboe tabelecida, cabendo ressaltar a SIM capacidade de ftaV Ressaqumha; c) zonas de maior taxa de deformação, como rionar como armadilhas na precipitação de ouro a partir SF.23-X-B-IV (Rio Espera) 161 Tabela 2.8.2 - FeUcâo «as Áreas hneralizadas ei Folha R-o Esma

e im *rea* * Indícios o>retos e indiretos t Contexto &eolÓ9ico/Metalosenético o- I de «ineralizaçôe* I ia I Tiico. esteatito IHetaultrabásicas do coviexo Santo Antônio le a.b (Au, Cr, Ni> !co Pirajetinja; aineralizacio secandária de ia louro nas aluviõe». e " "wtos, taicodoritaxistos. anfibo- lloxistos, snaisses tonaiito-tkrondlijeií- II to Iticos t ietaeeiaoc «o cowlexo Santo Antê- a,b,c,d,e(f (Aij.Cr, Mi) Inio oo Piraretinsa, zonas de cisalhatento, i I intrusões jrantticaí e veios de wartzo I íhidrotenal isw).

I!! 1 Au iAluviôes aurileras. zonas de cisalKaiento e a.b 1 (Au, tr) lliidroterulisao no ònínio do cowlexo Santo 1 lAntônio do Pirapetmoa.

i tAluviões aurtferas do ribeirão Ftnhririnho< IV I Ouro, ferro, esteatito Iveios de «uartzo aurífero encaixados ei teta I (Au, Cr> •uUrabasitos e mliboioxistos do swertru- I Uo Rio <)JS Velhas e ei jranito cisalhado.

(Rochas ultrabásic3s talcificadas do V tsteattto Ipo 9io oas velhas- aluviôes aurííeras, a.b.c íAu; Iteraalisao na unidade Santo Antônio do Pira- lí>ftip?a.

I lAluviões recentes e subatuais auríferas; in- VI I A<:, esteatito Itrusôes graníticas (p.ex. cotflexo Ressa«ii ! (AIJ, Sn) Inha), rochas Htaultrauficas talcificadas I Ido cowlexo Santo Antônio do Pirapetinga.

aç de ciçalhatento de alto e baixo ân VI! mo doainio co cowlexo Ress»«umha e associ- a,b,i (A-i, Cr? iacâo cot seqüências Mtavulcanossediientarri idas unidades Santo Antônio do Pirapftmn e I •tito das Vilha».

VIII Í IZona<> de cisalhaaento de alto ánfulo no doai 1 In IO do totplexo flai)ti«i(iri.

IX Í Gravita (Vistos «rafitosos do ?f«po Dot Silverio ife- i (Zn, Cu, (VÍ) 'tadoi eor zonas de cisalhatento.

de soluçõe» mineralizantes. Intensas anomalias aeromag- %AA Mineralizaçõcs de estanho netométricas dipolares e alongadas coincidem com as áreas de ocorrência dessas formações. A execução de aná- Indícios indiretos de estanho foram percebidos na Área lises lítogeoqu£micas (por exemplo, de terras-raras) pode VI, delimitada na zona periférica dos plutonitos grani- constituir um fator fundamental na distinção entre as for- tóides do complexo Ressaquinha e do metagranito de Pi- mações bandadas arqueanas c protcrozóicas, e portanto, menta, estando possivelmente relacionados a atividade de origem exalativa ou plataforma estável, respectivamente. pegicatítica. No moscovita-granito Brás Pires, identificou- 162 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

se a ocorrência de cassiteríta em amostra de concentrado fazenda do Mota, concentram-se cinco dessas ocorrências de baleia, e esta tu"*»*"' deve ser derivada de filões peg- H* pMpnatfa^ r»^iiiiMT%rifmt todas dg nrf^fío a gryiff pottf * tHafffjryç Conforme salientado anteriormente, não foram - ramkulita: duas ocorrências em pegmatitos eu* encontrados batólitos ou stocks de (jranitóides especia- caixados no moscovita-granito Brás Pires, nas localidades lizados na área estudada, característica talvez inerente a de Montanha (no sul da intrusão) e Cachoeira Direita (no corpos de dimensões n»a« restritas. nordeste); - qmu-tso: quatro ocorrências denotam fontes bas- %AS MlnenlizaçòM de grallta tante diversas, como cascalho aluvionar e quartzitos fri- áveis grossos bastante puros, mas todas encontram-se in- A presença de grafita em xistos pelíticos do grupo Dom seridas em contextos estratigráficos atribuídos ao com- Silvério denota prováveis contribuições orgânicas num am- plexo Santo Antônio do Pirapetinga; biente marinho-redutor, tipo bacia costeira, com freqüen- - niaflganerumaocorrencUdegonduoemSaoDimas, tes intercalaçôes quartztâcas, tendo sido assinalada na lo- no sul da folha, apresenta concentração supergênica de calidade de Guaraciaba (Área DC) e na fazenda Abismo, esta em restos supracnistaisvestigiais dentro do moscovita- — tantalitai contida em pegmatito encaixado *m xistos granito Brás Pires. Já no córrego do Peixe, entre Piranga e do supergrupo Rio das Velhas, na localidade de Galése, no Pinheiros Altos, a ocorrência de grafita dá-se em xistos centro da área, exemplifica o grau de especialiazaçâo even- integrantes da wiida^f Rio das Velhas. tualmente atingido dentro das atividades graníücas; — chumbo: uma anomalia de 7 JOOppm de chumbo em concentrado de minerais pesados coletado dentro do cor- 8A6 Outros Indícios po granítico de Brás Pires, tanto pode ser indicativa de fenômenos hidrotermais (halo/província?), como de pro- Indícios diretos de mineralizações foram observados cessos de contaminação pelas lavras de caulim; ainda para um número apreciável de outras substâncias — manwsita: as rochas ultrabásícas magimuiana^ das minerais: regiões de Pinheiros Altos e Calambau (NW) sofreram - caulim e feldspato: dez ocorrências associadas a processos de carbonataçáo traduzidos na geração de gran- pegmatitos localizados preferencialmente dentro ou na des cristais de magnesita, em vênulas preenchendo fraturas periferia de corpos do plutonismo granitóide, em especial ou disseminados naquelas Utologias, onde podem atingir do moscovita-granito Brás Pires. No segmento meridional percentuais bastante elevados (45%), associados a anto- desse granito, nas localidades denominadas Malacacheta e filita, talco, clorita e opacos. m CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES SF.23-X-B-IV (Rio Eqie») 165

Capítulo 1 Conclusões

Por Frederico Ozonam Raposo

O levantamento geológico da folha Rio Espera, parte afeta ambas as províncias. O último evento, ruptura!, com integrande do Projeto Barbacena, obteve um significativo falhas de gravidade, marca as duas províncias. avanço no conhecimento geológico da faixa situada a SSE Na eslratigrafia, tentou-se a princípio a nomenclatura do Quadrilátero Ferrífero. em uso, efetuando-se modificações favorecidas pela escala De acordo com a filosofia de trabalho adotada no Pro- e decorrentes da cartografia realizada em estrita obedi- grama de Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - ência ao Código Brasileiro de Nomenclatura FtS PLGB, com base na utilização de novas técnicas adequadas (Pctri et a!., 1986) propiciando a identificação de duas è escala do levantamento, foi possível elaborar uma car- novas unidades, os complexos Santo Antônio do Pirapetin- tografia geológica atualizada e confiável de modo a per- ga e Ressaquinha, além de corpos granitóides informal- mitir que os usuários do setor mineral possam planejar mente designados. melhor seus investimentos. O complexo Santo Antônio do Pirapetinga, definido Muitas das conclusões emitidas foram resultado de inte- nesta folha, é representado por uma seqüência metaplu- gração com as demais folhas do projeto. tonovulcãnica diferenciada, básica/ultrabásica, com inter- A seguir, ressaltam-se as principais contribuições advin- calaçòcs de gnaisses de composição lonalito-trondhjemí- das do levantamento nos diversos campos da geologia, tica, eventualmente granodjorftica. Esse conjunto é inter- iniciando por aquelas de cunho global. pretado como parte das raízes da seqüência metavulcanos- A folha Rio Espera está inserida nas províncias geo- sedimentar do supergrupo Rio das Velhas. As rochas bási- tectônJcas Mantiqueira e São Francisco definidas neste cas dessa seqüência são caracterizadas quimicamente co- projeto, tendo rochas dos domínios da crostas inferior e mo toleítos de fundo oceânico. intermediária, com fácies variando de granulito a anfibo- O complexo Ressaquinha, definido na folha Barbacena, lito. Pertencem à província geotectõnica Mantiqueira os aqui é identificado como constituído por rochas grani- complexos Acaiaca e Mantiqueira e o grupo Dom Silvório, tóides e representado por três séries de diferenciação mag- enquanto os complexos Ressaquinha e Santo Antônio do mática: uleíüca, calcialcalina e subalcalina, geradas no Pirapetinga (definidos no projeto) e o supergrupo Rio das ciclo Transamazônico, a partir da refusão de material man- Velhas incluem-se na província geotectõnica Sáo Francis- lélico alojado posteriormente em zonas de fraqueza defi- co, juntamente com corpos granitóides. nidas por cisalhamentos NS e N70°E. Ficaram evidenciados quatro eventos deformacionaís. O supergrupo Rio das Velhas é constituído por três sendo o mais marcante e amplamente difundido, de caráter unidades informais: uma inferior de caráter eminentemen- compressivo e relacionado à foliaçâo/bandamcnlo gnáis- te vulcânico, outra intennediárío-sedimentar com contri- sicode transposição de baixo ângulo (S|), associado a zonas buições vulcânicas subordinadas e uma terceira superior, de cisalhamenlo dúctil de baixo ângulo, imprimindo íorte sedimentar e elástica, psamítica a pelítica. O relacionamen- lineação mineral com transporte tectônico de ESE pura to entre os litótípos da unidade média sugere uma in- WSW resultante do ciclo Transama/ónico terdigitação faciológica entre metassedimentos elásticos e A província geotectõnica Sáo Francisco caractcriza-sc químicos. por duas direções de cisalhamcnto. NW-SE c ENE-WSW, Us granitóides do tipo Serra do Carmo são tonalilo- coincidentes com eixo de dobras isoclinaís vergenies para trondhjcmíiicos, sendo mais deformados que aqueles do SWe SE respectivamente. Na província gcotcctônica Man- complexo Ressaquinha. Os granitóides Brás Pires c Di- tiqueira, embora essas mesmas direções ocorram como vinésia e corpos maiores sáo síncolisíonaU e gerados no fraturas ou zonas de cisalhamenlo pouco desenvolvidas. ciclo Transamazônico. dominam zonas de cisalhamenlo dúclil de baixo angulo O complexo Mantiqueira é caracterizado por um con- com transposições conspicua;. oDlilcraiiüo estruturas muis junio de gnaisses, granitóides, anfibolitos e eventualmente antigas. Cisalhamcnto posterior NS, dextral, de altoângulo. quurt/iu> c calcissUicálicas ou ainda melandesito. Os gnais- 166 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil ses são originados de plutonitos, gerados por sintais e inversão do gradiente no final O model&mento revela um* parte como granitóides crustais gerados pela anatcxia ou corpo denso em profundidade que pode corresponder aos fusão parcial de uma seqüência vulcanossedimentar pre- metaultrabasitos do complexo Santo Antônio do Pirapetm- térita. ga. A magnetometria evidencia sobretudo estruturas na O grupo Dom Silvério 6 constituído por micaxistos, região de Pinheiros Altos correspondentes às formações quartzomicaxistos localmente com tç anada, cianita, grafita ferríferas com magnetita cartografadas. e carbonates, o que lhe confere um caráter paradcrivado. Os bens minerais mais importantes na folha sãoc ouro, O levantamento geoquímico concluiu que existe um explorado por garimpeiros e empresas de mineração ao controle tanto litológico quanto tectonostrutural para ouro longo do rio Piranga e imediações de Pinheiros Altos; o na região. A distribuição geoquímica do ouro é predomi- caulim de Brás Pires; talco e esteatito; vernúcuEu; rochas nantemente epigenética, ligada intimamente às zonas de ornamentais' na$ pedreiras; quartzo em montanhas de re- dsalhamento. O potencial para ouro encontra-se principal- jeito da lavagem secular do ouro e bauxita. mente nos domínios do complexo Santo Antônio do Pi- O ouro está relacionado às zonas de dsalhamento e rapetinga e do supergrupo Rio das Velhas. A presença de aos bordos de corpos granitóides que cortam o complexo rochas ultrabásicas 6 bastante freqüente nas bacias anô- Santo Antônio do Pirapetinga e o supergrupo Rio das malas para ouro. Os efeitos de copreápitaçáo dos elemen- velhas, do mesmo modo que o talco está vinculado ás tos-traço com hidróxidos de Fe e Mn, bem como a captura zonas de cisa-lhamento em rochas ultrabásicas e dos primeiros pelos últimos fazei ~-se presentes na rede de próximas a granitóides. drenagem. Todos os elementos analisados são regidos por O caulim constitui alteração de pegmatóides e do pró- uma distribuição geoquímica predominantemente elástica. prio moscovita-granito Brás Pires. A vermiculita associa-se São fundamentais as análises mineralógicas em concen- a xenóütos de rochas básicas e zonas de dsalhamento no trados de minerais pesados em toda a região levantada. moãcovita-granito Brás Pires. Cassiterita e pedras coradas No que tange à geofísica o perfil gravimetria) Vargj- também estão relacionadas aos pegmatóides e ao próprio nha/Catas Altas da Noruega, que secciona esta folha, mos- granito. A bauxita é produto intempérico de rochas básicas tra um gradiente elevado descendente para leste com uma do complexo Santo Antônio do Piraoctinga. SF.23-X-B-IV (Rio Espera) 1677 %t

Capítulo 2 Recomendações

por Frederico Ozonam Raposo

Apesar do avanço do conhecimento geológico alcan- cronológicos Rb/Sr e U/Pb nos metassedimentos do super- çado neste trabalho, verifica-se ainda a necessidade de um grupo Rio das Velhas e do grupo Dom Silvério, sobretudo maior detalhamento, particularmente em setores do qua- em fases minerais como anfibólio e micas, fazem-se ne- drante NW da folha, onde se comprovou uma real poten- cessários para identificar melhor o posicionamento es- cialidade aurífera através de estudos geoquímicos, petro- tratigráfico dessas unidades e precisar a idade dos eventos lógicos e estruturais. Tendo em vista que as unidades fi- metamórficos que as afetaram. Para desenvolvimento de caram restritas às categorias de grupos, complexos e alguns leses de mestrado visando à metalogênese do supergrupo corpos delimitados precariamente pela escassez de bons Rio das Velhas e do complexo Santo Antônio do Pirapetin- afloramentos, justifica-se uma catografia mais detalhada ga, recomendam-se as áreas próximas a Pinheiros Altos, em tais áreas. Para tanto, sugere-se o uso de perfis mag- Piranga e Catas Altas da Noruega. Vê-se como temas netométricos e cinlilumétricos, coro u objetivo de defi- interessantes para o desenvolvimento de teses, lambem, as nirem-se contatos em áreas pobres cm afloramentos. Esse zonas de ctsalbamento e as bordas dos granitóides in- detalhamento deverá facilitar a seleção de áreas para pes- trusivos naquelas unidades. quisas de cunho geoeconômico. restringindo-as às uni- No que tange à parte geoeconômica, vários setores da dades biológicas e estruturas mctalogeneticamenic mais folha se mostram economicamente interessantes, e esse promissoras. Por outro lado, uma vez que tais unidades aspecto poderá ser incrementado com a execução da car- litológicas e estruturas se estendem para oeste, além do tografia e das pesquisas propostas anteriormente. A pes- meridiano 43*30'; sugere-se a inclusão de áreas vizinha», a quisa de ouro lambem nas zonas de cisalhamento e nas Itaverava e Conselheiro Lafaiele, nessa cartografia de de- bordas dos corpos granitóides intrusivos no complexo San- talhe, com os mesmos objetivos. Essa cartografia everá ser to Antônio do Pirapelinga e nas seqüências do supergrupo muitidiciplinar e .utilizar de todos os recursos lécnicos Rio das Velhas é fundamental. Após levantamentos geo- disponíveis. físicos c geoquímicos específicos, recomenda-se a exe- Quanto aos trabalhos referentes à geoquímica, reco- cução de poços, trincheiras e furos de sondagem visando à menda-se executar levantamentos de semidelalhc e delaihc obtenção de amostras mais frescas para análises labora- para ouro nas faixas I a X, listadas no quadro II.4 5 do torias e dados sobre o comportamento dos contatos e das capitulo 4, Parle II. Nos dados ora obtidos, mas ainda estruturas cm profundidade. Sugerc-se a pesquisa do mos- considerados insuficientes para uma melhor definição vovita-granito Brás Pires, visando a caulim, estanho e ver- prospeefiva, as faixas XI e XII necessitam de novos estudos micufita c a pesquisa das rochas metaultrabásicas do com- visando a principalmente Cr e Ni, Usar sem parcimônia as plexo Santo Antônio do Pirapetinga visando sobretudo ao análises mineralógicas de concentrado de baleia, devido à talco. Os metassedimentos do grupo Dom Silvério, nas variedade de rçsistalos de interesse econômico passíveis üt proximidades de Guaraciaba e Ribeirão Santo Antônio, serem encontrados (além de ouro, cassiicrita, cromila. podem scr investigados para grafila e manganês. As pe- pedras preciosas etc). quenas ocorrências de bauxita associada às rochas básicas Às universidades, recomenda-se o estudo geocronoló- das proximidades de Catas Altas da Noruega devem ser gico U/Pb nos granitóides gnaissificados dos tipos Serra do melhor pesquisadas, com vistas sobretudo à sua quan- Carmo, Ribeirão Pinhcirinho e Pimenta, bem como no tificação. Por fim, merecem um estudo qualitativo e quan- moscovita-granito Brás Pires. O conhecimento da idade titativo as pilhas de rejeito originadas das lavagens secu- desses corpos é de grande importância para uma con- lares de ouro por toda a região, visando ao aproveitamento ccituação mais precisa do modelo proposto. Estudos geo- industrial do quartzo. SF23OI-B-1V (Rio Espera) M9

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r I SÚMULA DE DADOS DE PRODUÇÃO

»geológico (km) 2Ü30 Aflof«meios estadndos 1.400 Amostras coletadas 879 Cadastrameato mineral 49 Análises petrográficas 116 Analises gcocnmológkas . 41

Gravimetria (km2) 6» Interpretação de dados aeromagnetometricos (km2) 900 Densidade de rochas 41

Sedimento de corrente 411 Concentrado de minerais pesados ~~ 165 Rocha 48

32. Análises de JiifcwH ét < EspectrograTu 11510 Absorção atômica 2.717

Mineratometria

Element os-traço . .—... .. tll •••_•.. 43 óndos 43 Terras-raras...... , ..~™™..~.«38 pluorescéncia de raios X 1*70 ILUSTRAÇÕES FOTOGRÁFICAS hotel Foto 4

Foto 2 Foto 3

. ^^gí^^^ií^Síg^?í^ííKf ÍÍ Í;.:: ?^:;^^:;. :^gs«í;:í?gg^s?g?Sg^^®?® Foto 1 - Possíveis estruturas tipo splnrfex geradas por famelas de talco radialmante distribuída» em rochas metaultrabásicas do complexo Sinto Antonio do Pirapetinga. Local: Santo Antônio do Guiné. Afloramento FR-666; Foto 2 • Relacionamento entre o» gnaism tonalito-trondhjemítico» cisalhados e rochas metaultratâsicas em zona de cisalhamento de alto ângulo do complexo Santo Antônio do Pirapetinga Local: a nordeste de Piranga, entre as localidades de Água Limpa e Taquaruçu, cabeceira do córrego do Matias Afloramento FR-229; Foto 3 - Na mesma exposição anterior, (oliaçào de rocha metaultrabàsica discordante da toliaçâo de cisalhamento do gnaisse e, portanto, claramente mais antiga O objeto-escala. qu» esta sobre o gnaisse, tem, aproximadamente, 8cm na maior dimensão. Local: a nordeste de Piraoga, entre as localidades de Água ümpa e Taquaruçu, cabeceira do córrego do Mafias. Afloramento FR-229; Feto 4 • Microioto mostrando microclinizaçao de gnaisse trondhjemitico cisalhado Aumento aproximado: 80 X Local: estrada Piranga-Catas Altas da Noruega, próximo à fazenda Pari Afloramento FR-064. FotoS Foto 8

Foto 8

Foto 5' Provável estrutura da fluxo em rocha composta quase que essancialmenta da tremolita (90%). Local: sudeste da fio Espara, na estrada para Bendengue. carca da 1 ,Skm anta* dessa localidade. Afloramento FR-641; Foto • - OataJha da foto anterior. Local: sudeste da Pto Espara, na estrada para Bendengua, carca de 1,5km antas desta localidade. Afloramento FR441; Foto 7 • Anflbotoxlstoe da unidade inferior do supergrupo Rio da* Velhas, interpretado* como toieítos oceânico*, com beudlna da foliaçio gerados em císalhamanto transeompresaivo transamazonico. imposto sobra antigas estruturas arqueanas. Local: Baira Ho, próximo a Plranga. Afloramanto FM12; Foto • - Oobramanto com eixo WE/70*, noa mesmos anfiboloxistos do afloramanto anterior, onda se dietinguem aa parta* daraa com epfdoto e calota, entre a* bandas eminentemente anfibolftica*, caracterizando poaafvaia pWowa a InterpMow, intensamente deformada*. A vergencla do dobramanto sugere transporte para oeste am rampa lataral. Local: Baira Ao, próximo • Pfranga. Afloramento FR412. Foto 10 Foto 12

Fofo 9 • Microfoto de granada-micaxisto da unidade média do supergrupo Rio das Velhas, onde se distingue um grande porfiroblasto de granada ligeiramente rotacíonado, com crescimento sir>- e pós-tectóníco. No centro e nos bordos, observam-te partes límpidas Detalhes no texto. Aumento aproximado: 30 X Local: entre Piranga e Pinheiros Altos, fazenda Pirapetinga, próximo à barra do córrego Lagoinha. Afloramento FR-225. Foto 10- Mesma rocha da microfoto anterior Granada com crescimento idioblástico, mostrando geração pós-tectdnica. No centro, o cristal é límpido Aumento aproximado: 30 X. Local entre Piranga e Pinheiros Altos, fazenda Pirapetinga, próximo à barra do córrego Lagoinha Afloiamento FR-225 Foto 11 - Mesma exposição anterior, o->m nicóis cruzados. Aumento aproximado. 30 X. Local entre Piranga e Pinheiros Alio*, fazenda Pirapetinga. próximo 8 barra do córrego Lagoinha Afloramento FR-225; Foto 12- Microfoto de formação terrifeia constituída tie quartzo, opacos imagnetita e hematita) e antibôiio (grunerrta) Aumento aproximado 80 X Local noroeste de Pinheiros Altos fazenda Piteira município de Piranga Afloramento FR-127 Foto 13

Foto 14 Foto 15

Foto 16

Foto 13 • Microfoto mostrando dobra em granada-anfiboloquartzoxisto da unidadt média do supergrupo Rto das Velhas. Notar que os anfibollos M posicionam segundo a foliaçto, • as granadas ídiobiásticas, peciloblásticas, tandem a se posicionar skitactonieamenta no fechamento delas mesmas. Aumento aproximado: 30 X Local: proximidades de Pinheiros Altos, leito do ribeirão Plnneirinno, munWpto de Piranga. Afloramento FR-123; Foto 14 • Dobras complexas em zona de cisalhamento dúctl, gerando gnaiase bandado a partir de tonalito do oomplexo lessaquinha. Locai: a sudeste de Lamim, cabeceira do córrego Acaba de Crer. Afloramento FR-210; Foto IS - OobrM complexas com pseudopadrio de interferência tipo "cogumelo" da mesma rocha da tato anterior. Local: • sudeste de Lamim, cabeceira do córrego Acaba de Crer. Afloramento FR-210; Foto ie - No mesmo afloramento das fotos anteriores, dobras em "bainha' redobradas, gerando pseudofiguras de interferência. Esses tonamos estão, nesse local, no quarto estagio de deformação para rochas granitóides hidratadas. Local: a sudeste de Lamirr.. cabeceira do córrego Acaba de Crer. Afloramento FB-210. „/** ^i? f

Foto 18

Foto 2o

Feto 17» Grande afloramento, entre Porio Firme e Guaraciaba, mostrando o aspecto característico dos gnaisses bandados do complexo Mantiqueira. Observar a escala definida por uma pessoa de pé. no final do caminho Local: fazenda Água Limpa, entre Porto Firme • Guaraciaba, município de Porio Firme Afloramento FR-570, Foto 18 - Corpo de anfibolrto concordant* com o fino bandamento de gnaísse do complexo Mantiqueira em zona de cisalhamemo com mergulho fone Locai proximidades de Penha, município d» Guaraciaba. Afloramento FR-546; Foto 19 - No primeiro plano do mesmo afloramento da foto anterior, jà se observa esta rocha de aspecto ígneo, granitôide, com xenóiitos básicos, mostrando que o complexo Mantiqueira constitui-se dominantemente por uma. alternância desses três litótipos. Local: proximidades de Penha município de Guaraciaba Afloramento FR-546. Foto 20 • No contato entre rocha de aspecto granitôide como a da foto 19 (pane superior i e gnaísse bandado (parte inferior) do complexo Mantiqueira, ocorrem colunas rotacíonadas de anfibolito indicando movimento teiativo da pane superior para oeste em zona de cisalhamento de baixo flngulo. Local: fazenda Ribeirão entte Viana e Sáo Nicompoes mumopo de Òaiambau Afloramento FR-373. Foto 21 Foto 22

Foto 23

Foto 21 - Grande afloramento do moscovita-granito Brás Pires, onde se observa, á distância, uma certa foiiacão horizontal. Mesmo nesse local, numa pedreira de onde se retira material para construção civil, o material é considerado de terceira. Nesses afloramentos observam-se diminutos cristais de granada. Local: Montanha, município de Cipotânea. Afloramento FR-461: Foto 22 • Terraço ai vionar antigo do no Piranga. O poste serve de escala para mostrar a sua grande espessura Do piso da estrada até o nível do rio. ainda existe um desnível de mais de iSm. Locai: perímetro urbano de Piranga. Afloramento FR-240; Foto 23 - Ampla dobra aberta, do tipo paralelo flexural, da deformação D3. O bandamento gnaissico dobrado è de transposição. Local: proximidades de Calambau. Afloramento FR-368C, Foto 24 - Vista do aspecto laminado. mrtonítico, de afloramento na iona de císalhamento de alto angulo de Cipotânea. Locai: rio Xopotô, próximo a Cipotânea. Afloramento FR-283. Foto 24 Foto 26

Foto25 - Ralação da toiiaçôas Sx C. indicando movimanto daxtral am onognaissa müonfiioo do comptavo Rassaqumha na TonadacisalhamantodtaltotngulodaCipotanaa. Local: ao sul de Santo Antônio da Graminna. munidpio da Sanhore da Oliveira. Afloramento FR-294; Foto2C - Ortognafosas do comptaio RassaquHtna mostrando autolitoscinza-aacuros dobrados am itodmais na zorw da cisalharnanto da alto Angulo de Cipotftnaa. Local: ao sul de Santo Antonio da Graminha. município de Senhora dt Oliveira. Afloramento FR-294.

Foto 25 (período 1985-1969)

1 NA.19-X-C - SC^X-B Conceioio do Araguaia 4 StoRomio* NA.19-X-D -1 S&23>\r^A RnCajuapará4 SE24-Y-C-V Bafaco Guandu1 NA.1f>Y-B Rto Atari1 S8-24-V-DV Mombaça1 SEM-Y-C-VI Cotafena1 NA.19-Y-D lauarete1 sa^-Y-a-B Catarina1 NAIfrZ-A Rtolcana1 SC-22X-A Redençajo SF-23-X-CW Rto Pomba1 NA.19-Z-B Cucuf1 SO22Z-C Xinguara4 NA.192-C ftoUaupes1 SCX24-X-D-V Arapiraca' NA.1»Z-0 nco oa NBDona SO-21-Y-C-« Pontes o Lacerda1 SF24-VA-V NAJO-X-C-M flu iiiHii 1 SDJ2-ZOW Raguam1 SF.24-V-A-VI Plume1 •nereoao NAJOOC-C-VI Serrado Ajarani1 SD^2-Z-IMV Jaraguá1 Campo Largo7 SA.19-V-8 .* SD22-Z-O-V Piienòpoüs1 SO22-XC-VL2 SA.19-X-A fio Curicuriari1 SD^3-Y-0 Buritis2 S&22-X4M.1 Ho Branco do Sul7 SA.19-X-8 Sio Gabriel da Cachoeira' SD-23-Z-tWI Monte Azul3 CurtaDa7 S*23-V-0/ Turiaçu/4 SD-23-Z-O-V Ro Pardo de Mnas9 S&220UH4 Hraquara7 SA23-Y-B Pinheiro SD-24-Y-B-V •jicaraí1 faueàm7 4 1 SA23-XC/ Cururupu/ SDJ4-Y-B-VI Babuna SaoJoaftdoaPinhaia7 SA£3-Z-A Sio Luis4 SEJ2-X-A-M feabaraJ1 SA23-Z-C Rapecuni-Mrim4 SEJ2-X-A-VI Nazário1 S&22<-X-C Serra Pelada4 SF 22-X-S-l NaropoBs1 S&22-Z-D4.1 Brusque1 SB-22-X-O Marabá4 SEJ22X-B-B fVMpOIS SO22-Z-0-V SR22Y-B Sio Félix do Xingu4 SE-22-X-B-IV Goiânia1 SK22-VC-W Santo Maria3 S&22-Z-B Xambioá4 SE.22-X-B-V LPOpOKJO pUVKMft SK22-Y-A-14 SB22-Z-O Araguaina4 SK22-Y-OI Pkafini1

Conduidaa

NB^O-Z-B-V SC20-V-B-V Porto VWho1 Caras1 SC^O-V-C-V Abona' S022-Z-0 NBJO-Z-D-U RK> Quino1 SC20-V-C-V1 Mutumparaná1 NBJZO-Z-tWH SC.2O-V-D-I Bom Jesus da Lapa2 Vila Pereira1 SC24-V-A-III Santa Romena' SO^3-Y-C BmsRia2 NB-20-Z-D-VI Rk> Viruquim 1 SC-24-V-A-VI rtacno oo i-aoono Crístálía1 SO.24-V-.Vfl Utmga1 NB^1-Y-C-I SC-24-V-C-m Petrolina' Lençóis1 NB.21-Y-C-IV SC-24-V-D 2 S024-V-C Uvrarnamo do Brumado 2 SA22-Y0 AKamira4 SC.24-V-O-I Itamotinga' SA23-Y-0 Santa mis4 SC.24-X-C-V Santa Brígida1 Vitoriada Conquista2 1 SB-22-Z-A Serra dos Carajás 4 SC.24-X-C-VI Piranhas SEÍ2-V-P •porá* S6.23-V-B Vrloríno Freire SC24-Y-B Senhor do Bonfim * SE.22-X-A S. Luis de Montes Betos2 SB23-V-C Imperatriz4 SC24-Y-B-V! EuOides da Cunha 3 Goünia2 2 SB.24.X-B/D Areia BrancaTMossoró 2 SC.24-Y-C JacotMna SEJ2-X-D Morrinhos2 3 SB.24-Z-B-II Currais Novos 3 Serrinha SE23-2-B Guanhiss2 SB24-Z-B-V Jardim do Serido3 SC.24-Z'A-H Jeiemoabo' SE.23-Z-C Belo Horizonte2 SB.24-Z-C Serra Talhada2 SC.24-Z-A-III Carira' SE^3-Z-D SB24-Z-C-VI Afogados da mgazeira' SC-25-V-A-II VHóriadeSto.Aotio' SF.23-V-O-V.4 SioGonçatodoSapucaí' SB.24-Z-D-rV Monteiro1 SD21-Z-A Hosário do Oeste2 Ponte Nova SB.25-V-C Natal2 SD.21-Z-C Cuiabá2 SF.23-X-B-IV Rto Espera1 S8 25-V-C-A/ Joio Cima/a1 SD22-X-D Porangatu2 SB.2&-Y-C-V Limoeiro1 Uruaçu2 Uma Duarte

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SB 24-Y-C-V PatOS' SC.24-V-A-II Paulistana' Mundo Novo1 SB 24-Y-C-VI Simões' SC.24-VA-IV Barra do Bonito' SC.24-Y-OV Pintadas' SB.24-Z-D-! Patos' SC.24-V-A.V Afrlnio' SC24-Y-0-VI Serrinha' SB 24-Z-O-II Juazeirinho' SC.24-Y.D-II Gavifto'

' Levantamento Geotógico/Gesquímico/Metalogenético na escala 1 250 000. 1:100 000. i: 50.000-, 2 Mapas Metalogenáticos a de Previsão da Racurtos Minerais escala 1 250000 3 Mapas de Previsão de Recursos Hídricos Subterrâneos escala MOO.OOO; 4 Projeto Espacial Mapas da Recursos Minerais, de Solos e de Veoetaçao para a Átta do Programa Grande Carajá» - Subprojeto Rtcursos Míneraíi; * Levaniamenio geológico visando ao meio-ambiente Levantamemos aerogeofisicos 7 Integração geológico/geoquímica de regio*' metroyOlitana» 2 Uriraooara2 S&24-XA SF.21-V4 BataNeora NK2t-V-A ConoaiçaodoMaú2 SC-24-X-8 Garanhuns2 SF^i-XA Monda2 NA20-X-D Bos>nsta3 SC^4-X-C Paulo Afonso2 SF23-V-AJ2 RnStoLouranaMio7 3 7 , NA20-Z-B Caracaraf SCJ4-X-0 SaVitaVaS OO Ljp4VMBITI41 SFJ3-VA-B11 aanrwsni NB-2T>Z-Bs «•nwgaba^ SFZW-ML2 Mangagua7 NB-axi ••••V Moras noraima SC-24-Z-A JaMffeQSDO Sr J3-Y-A-V.4 Campinas NB.20-Z-LV WaSummu/2 SC-2+-Z-B/O Aracaju/Estlncia 2 SFÍ3-Y-A-V13 Vaünhos7 NR21-Y-C HoMaú2 SC24-Z-C Tobias Barrato2 SF23-Y-C42 MaMuba7 NH21-Z-B «oCStaré2 SC^S-V-A Rsciie3 SF^3-Y-C-«.4 Cabraúva7 NA22-V-& RtoOMpoquc3 SC^S-V-C Mseaió3 SF23-Y-C-B.1 JundW7 NB22-Y-D CaboOranga3 SD^D-V-6 PrincipadaBsira3 SF_23-Y-C*2 AMbate' NA22-V-0 Loursnoo3 SD^O-XA Padras Nsgras 2 SF_23-Y-C-« Santana do Pamatoa7 NAÍ2-Y-A Sana do Tumucumaqus 3 SO20-X-B VWwna3 SF^3-Y-Oal4 Guaruhos7 NA22-Y-B HoAraguari2 SO-2O-X-C •iado Sossego3 SF-23-Y-C-Vi StoRoqua7 NAJ2-Y-0 Macapá2 SD2D-X-0 PimanMras 2 SF-23-Y-OV.4 JuquMba7 3 SA210W ffoMaiciini SD^1-Y-C Mato Grasso3 SF23-Y-C-VL1 aapacertca da Serra7 SAJ4-Y-A Pamabs2 S0^1-Y-0 Barra do Bugras3 SF.23-Y-C-VL2 Slo Pauto7 SAJ4-Y-B Acarau3 SD.22-X-A Anguaçu3 SFJ3-Y-C-V13 knbu-Guaçu7 SAJ4-Y-C Grartja2 SO^2-X-B Alvorada3 SF73-Y-C-VL4 Racho Grande7 SA24-Y-D Sobral2 SO^2-X-C Sao Mgusl do Araguaia 3 SF-23-Y-LVU Pincai7 SA24-Z-C Fortataza2 SDJB-Y-0 Barra do Garças3 SF^3-Y-O-t2 Igaratl7 S&22-XC Rtotacaiúnas2 SO^2-Z-A MozarHndBi SF^3-Y-O-13 asquaquacatuba7 Sa22-X-O Marabá2 SD^3-VA Anaias3 SF^3-Y-CR4 Santa taabeT SR22-Z-A RtoParaopabas3 SO^3-VC Campos Batos2 Sc^3-Y-O43 Jaearai7 S&24-V-A Ptripiri2 SD^3-X-A Barreiras2 SF^3-Y-LV(V.1 Suzano (Mauá)T SBJ4-V-B Ouixadá3 SO^3-X-C Santa Maria da Vitoria3 SF^3-Y-tWVi MogidasCrune7 SBJ4-VLC Crataús2 SO^3-Y-A SáoJofcxfAiançs2 «yya-v-iya/-* Santos7 SBJ4-V-D Ouôsramubim 2 SD.23-Z-A Manga2 SF.23-Y-LVIV4 Barsoga7 Sa24-X-A Aracati3 SD^3-Z-B Guanambi2 SFX3-Y-O-V.1 SeJeeopofs7 SB-24-X-C Morada Nova2 SD^4-VA Saabra2 SF 2[%>Y*D>V_2 PtfuTL jfc% p*w^H^BÍTi ^ S8.24-Y-A VatonçadoPiauf3 SD^4-V-B aabsraba3 SF^3-V-A Franca2 S8J4-Y-B Iguatu2 SD24-V-OI jsqui*/2 SF.23-V-B Fumas2 S8u24-Y-C Picos2 SD.24-X-C Jaguariba3 SFÍ3-V-C nbeMo Prato 2 SR24-Y-D JuazairodoNorta3 SOJ4-X-A Salvador3 SF^3-V-O Varginha2 3 SR24-Z-A Souza SDJ4-Y-B/ Mus/3 SF^S-X-A OMnopose2 S844-Z-B Caicó3 SO^4-Z-A feacare3 SF.23-X-B Ponta Nova2 2 S&24-Z-O Pate SDJ4-Y-C ffio Pardo3 SF^3-X-C Barbecana2 SB.25-Y-A Cabsdsio2 SOJ4-Y-0/ Kapetinga/2 SF^3-X-0 Juiz de Fora2 SB45-Y-C JoáoPassoa2 S0^4-Z-C Canavieira»2 SF.23-Y-A Campinas2 SC.2D-V-C Abuni2 SE21-V-O-V Monanadolnsua1 SF^J-Y-B Guarafinguetá2 Sc-21-Y-oHl Lagos os Manonra SF-23-Y-C Slo Pauto SO20-Y-B Artojamari2 SE21-Y-B-M Amolar' SF.23-Y-D Santos2 SC.20-Y-0 SarradosUopianas3 SE-23-V-A Unai2 SO22-XA TaWmaoo Borba2 SC20-Z-A Rondônia2 SE23-V-C Paracatu2 SG32XSI Harare/2 SC.2O-Z-B Rk> Branco2 SE23-V-D Joáo Pinnairo SG2-XC Ponta Grossa2 À&20-Z-C PraaidamaMádici2 SE.23-XA Montes Claros2 S&22-X-0/ Curitiba/2 SC20-Z-0 Plmontai Butoo SE23-X-B Aracuaí2 SG.23-V-C Cananeie2 SC.21-Z-B Wa Guarita2 SF-23-XC Pirapora3 SG^3-V-A Iguape2 SC22-X-O Mlracsmsdo Norta S&23-X-D CapeNnha S6-22-Z-0 Florianópolis2 SC.22-Z-B Porto Nacional2 SE23-Y-A Patos ds Mnas2 SH^1-Z-D Bag*2 80224-0 Gumpf8 SE^3-Y-B Trás Manas2 SH21-Z-B Sao Gabriel2 SE.23-Y-C Ubarab*2 Sn 22.SCB Cckãüma 2 ft»« n^niiiMin Mnnrtn W^Pt^B^aT urlatfvrD Wi IviW IW H—tii J-*—-*— «f 2 8O23-Y-C NawVKHKW SE23-Y-D SK22-Y-D/ Patetas/ SC-23-Z-8 Xiqua-Mqua2 SE^3-Z-A Curvalo3 SH^2-Z-C Mostarda2 SCJ3-Z-0 Bam2 SE24-V-C TeóNoOloni2 SIJ52-V-A/ Jaguaráo/2 SC24-V^A PauRstana2 SÊ^4-Y-A Governador VHadmres' SL22-V4 «o Grande2 8C24-V-B Salgueiro2 SEJ4-Y-C Cotavna2

*»vs^(iaB*PV«av \ f -a*-f ab Ml • SMama da Informações Geológicas do Brasil - SIGA (~) «Basesde Dados:

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