A AUTÓPSIA (The Autopsy of Jane Doe, EUA/Inglaterra, 2016 – 86 minutos)

ELENCO

Brian Cox...... Tommy Tilden Emile Hirsch....………………………...... Austin Tilden Ophelia Lovibond...... ……...... Emma Michael McElhatton.………………………. Xerife Burke Olwen Kelly...... ….…………………...... Jane Doe

EQUIPE DE PRODUÇÃO

Direção...... ………………………...... André Øvredal Roteiro...... Ian Goldberg, Richard Naing Produção...... Fred Berger, Eric Garcia, Ben Pugh, Rory Aitken Direção de Fotografia……………………... Roman Osin Design de Produção……………………….. Matt Gant Edição……………………………………….... Patrick Larsgaard Maquiagem...... Bella Cruickshank, Jemma Harwood Efeitos de Maquiagem...... Kristyan Mallett Efeitos Visuais……………………………...... Seb Barker Efeitos Especiais...... Scott MacIntyre Figurino……………………………………….. Natalie Ward

A AUTÓPSIA

“Todo mundo tem um segredo”. - Austin Tilden

SINOPSE O experiente médico-legista Tommy Tilden (Brian Cox, de RED 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos) e seu filho Austin (Emile Hirsch, de O Grande Herói) são os bem- sucedidos proprietários de um necrotério e crematório em Virginia, onde trabalham juntos. Quando o xerife local aparece com um caso de emergência – o corpo de uma garota desconhecida, identificada como Jane Doe (Olwen Kelly), encontrado no porão da casa em que aconteceu um homicídio múltiplo -, tudo fazia crer que seria apenas mais um trabalho para os legistas. Mas ao longo da autópsia, os experientes profissionais ficam cada vez mais reticentes. Cada etapa da inspeção do cadáver vem acompanhada de assustadoras descobertas. Perfeitamente conservado do lado de fora, as entranhas do corpo de Jane Doe estão chamuscadas, desmembradas e cicatrizadas – denunciando-a como vítima de um horrível e misterioso ritual de tortura. Quando Tommy e Austin começam a decifrar as repulsivas e misteriosas descobertas, uma força sobrenatural toma conta do crematório. Enquanto uma violenta tempestade cai sobre o prédio, o verdadeiro horror parece estar mesmo dentro dele.

A HISTÓRIA

Nos arredores de Virginia, o xerife Burke (Michael McElhatton, de Game of Thrones) encontra uma terrível cena de assassinato. Numa casa de família como qualquer outra, três pessoas foram assassinadas. No porão, um quarto corpo é descoberto – de uma jovem mulher desconhecida, temporariamente identificada como Jane Doe. No Necrotério e Crematório Tilden, o veterano médico-legistal Tommy Tilden (Brian Cox, de RED 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos) trabalha com seu filho, Austin (Emile Hirsch, de Killer Joe - Matador de Aluguel), também diplomado na área. Austin está pronto para sair com sua namorada Emma (Ophelia Lovibond, de Guardiões da Galáxia) quando o xerife Burke traz para a dupla o cadáver de Jane Doe. Com o crescente interesse da mídia no caso, o xerife pede que a autópsia seja feita com urgência, durante a noite. Tommy concorda, e Austin decide ajudá-lo, mesmo sob os protestos de Emma. Pai e filho começam os procedimentos do trabalho. Identificam que os pulsos e os tornozelos estão quebrados. A língua foi cortada e arrancada. Um dos molares direitos está faltando. Ao seccionar o corpo, deparam-se com outras chocantes descobertas: os pulmões estão queimados, os órgãos internos apresentam profundas cicatrizes, e a pele está cheia de lesões. No estômago, encontram um pedaço de tecido com estranhos desenhos, e no interior dele, o dente desaparecido. A noite fica ainda mais tétrica quando o gato de Tommy e Austin, Stanley, aparece mutilado no duto da ventilação. Lá fora, uma forte tempestade corta o fornecimento de energia, deixando o prédio sem luz, com os elevadores parados. As linhas de telefone mal funcionam, e um imenso carvalho cai e bloqueia a saída do prédio. Tommy se corta sem querer, e no banheiro é atacad por uma força invisível. É quando Tommy percebe o que deve fazer: destruir o corpo de Jane Doe. Tommy e Austin correm para a sala de autópsia e colocam fogo no cadáver. As chamas se alastram rapidamente, mas Tommy consegue conter o incêndio, apenas para perceber que o corpo de Jane Doe permanece intacto. Aterrorizado, ele ataca com um machado a silhueta em movimento que vê, mas percebe tarde demais que era Emma, a namorada de seu filho, que tinha voltado para o prédio para ajudá-los com a tempestade. Tommy não desiste de descobrir o segredo de Jane Doe, mas é novamente atacado, e surgem profundas cicatrizes em seu corpo. Enquanto isso, no necrotério, Austin trabalha no cérebro do cadáver, cortando- o em finas camadas em busca de células ainda vivas. Descobre, inacreditavelmente, que a garota ainda está viva. É o que faltava para Tommy desvendar o significado dos símbolos do tecido do interior do estômago de Jane Doe: ela era uma jovem inocente. sacrificada num violento ritual de caça às bruxas. E agora busca vingança de todas as maneiras que é capaz. Agora, Tommy sabe que precisa sacrificar a si mesmo, absorvendo toda a dor de Jane para si, antes de dar seu último suspiro. Mas o espírito que possuiu a garota ainda não está satisfeito. Ele reanima o cadáver de Tommy, e quando Austin olha para o corpo do pai revivido, é também punido com a morte. Logo em seguida, o xerife Burke chega ao local e encontra Austin e Tommy mortos. Tudo o mais, no entanto, está exatamente como antes no necrotério. Emma e Stanley, o gato, estão vivos e sem nenhum ferimento. Todos os traços da carnificina desapareceram. O corpo de Jane Doe repousa na mesa de autópsia, parecendo intacto. Mesmo o carvalho que barrava a porta da saída do prédio continua de pé, onde sempre esteve. O cadáver de Jane Doe é então colocado numa maca e levado embora. Enquanto o desavisado motorista conversa ao celular, a câmera desce para o corpo… e Jane Doe mexe um de seus dedos.

SOBRE A PRODUÇÃO

As raízes de A Autópsia

Como deveria ser com todos os filmes, A Autópsia ganhou forma após muito trabalho e muita dedicação. A dupla de roteiristas Richard Naing e Ian Goldberg teve um encontro com o produtor Eric Garcia num restaurante indiano em Los Angeles. “Inicialmente, eles me apresentaram algumas ideias. Pai e filho, médicos-legistas, recebem um corpo, começam a autópsia, segredos começam a se revelar e estranhas situações acontecem na funerária”, conta Garcia. O conceito foi então sendo lapidado por algum tempo. “Eu lembro que quando tivemos as primeiras ideias para o filme, elas eram ainda muito cruas. Tudo o que sabíamos é que queríamos fazer um filme que fosse na direção oposta dos projetos que escrevemos antes. Nós queríamos continuar no gênero do horror, fazer algo genuinamente aterrorizante, sem brincadeiras como nas comédias de horror – e queríamos que ele fosse muito intrincado”, diz o roteirista Naing. Inspirado especialmente nos filmes claustrofóbicos do diretor , A Faca na Água (1962) e Repulsa ao Sexo (1965), Naing e Goldberg começaram a trabalhar na ideia original, desenvolvendo o roteiro sobre um veterano médico-legista, Tommy, e seu filho Austin. Localizando a história do filme em Virginia, ainda que a maioria das cenas fossem filmadas no interior do necrotério da Família Tilden, tudo começa realmente quando a dupla recebe o corpo não identificado de uma garota – chamada simplesmente de Jane Doe. Quando comprou a ideia do filme, o produtor Garcia trouxe seu colega Fred Beger para o projeto. Berger ficou imediatamente entusiasmado com a ideia original de rodar um filme de horror num necrotério: “Não era uma casa assombrada e não tinha nada a ver com exorcismo. A questão da autópsia, em especial, gera incríveis possibilidades de se trabalhar o mistério. Nós comparamos o roteiro às histórias de Sherlock Holmes. O corpo trazia um conjunto de pistas, e pai e filho eram os detetives”. Enquanto Tommy e Austin vão descobrindo o que aconteceu com Jane Doe, e eventos cada vez mais estranhos começam a acontecer, os roteiristas decidiram que seria vital para a história mostrar a autópsia com requintes de realidade. “Há uma investigação lógica e científica acontecendo – mesmo que na presença de situações sobrenaturais”, afirma o roteirista Goldberg. “E é esse constraste realmente a grande fonte de horror do filme. Apesar de o procedimento ser totalmente técnico, médico, há essas outras coisas estranhas sem explicação acontecendo”, completa Naing. Para escrever com propriedade o roteiro, Naing e Goldberg se dedicaram a uma extensa pesquisa. Eles se encontraram com Craig Harvey, o médico-legista chefe do Necrotério do Condado de Los Angeles, que fez com eles um tour pela instituição. “Aprendemos sobre vários detalhes do trabalho de autópsia que acabaram indo para o nosso roteiro, como os espelhos convexos dos corredores ou a engenhoca usada para matar as moscas que saem dos corpos”, conta Goldberg. Mas não foi apenas sobre detalhes práticos que a dupla de roteiristas aprendeu na visita ao necrotério. Conversar com Harvey os ajudou a descobrir o que é necesssário para se trabalhar nesse mercado mórbido. “É essa combinação de seriedade, mas também de humor e respeito pelos mortos. Algo que nós suspeitávamos quando lemos sobre medicina legal, o ofício dos médicos-legistas e também os livros escritos por médicos-legistas, mas quando se vê o trabalho de perto – pessoalmente, como quando conversamos com Craig Harvey – então tudo fez sentido”, explica Naing. Enquanto o roteiro ganhava corpo, Garcia e Berger começaram a definir detalhes da produção. De saída, eles fizeram uma parceria com a produtora inglesa Outfit 42, dirigida por Ben Pugh e Rory Aitken. “Fred e Eric tinham desenvolvido o roteiro e em enviaram quando eu estava nos Estados Unidos. Eu comentei com eles que, embora fosse um filme americano, eles deveriam filmá-lo na Inglaterra, porque nós poderíamos rodá-lo com um orçamento adequado e ótimos atores. E eles ficaram interessados”, conta Pugh. Com a Outfit 42 como parceira do projeto, ajudando a levantar o financiamento e também na definição do elenco, a produção migrou para a Inglaterra – o que coincidiu com as ideias de Garcia e Berger para o roteiro. “Nós queríamos trazer uma aura europeia para as filmagens. Nós sabíamos que havia algo de diferente e de especial em nosso filme se comparado às produções típicas do gênero, e queríamos realizá-lo de maneira diferente também. Nós queríamos trazer um certo elemento europeu ao filme – que ele não parecesse com o tradicional filme de horror americano”, explica o produtor Garcia. A decisão mais importante, é claro, era a definição do diretor. No topo da lista estava o cineasta norueguês André Øvredal, que conquistou a crítica com O Caçador de Troll, de 2010. Quando leu o roteiro, ele imediatamente foi fisgado pelo estilo da narrativa completamente dierente de O Caçador de Troll. “Eu devorei o roteiro em 45 minutos, algo que nunca tinha acontecido antes comigo”, conta Øvredal. O diretor não apenas acredita que o projeto é a perfeita oportunidade para a sua estreia numa produção de língua inglesa, como ficou particularmente tocado com a relação central proposta pelo roteiro: “É uma história de pai e filho, sobre questões não resolvidas entre eles que finalmente vêm à tona numa situação realmente muito intensa, na qual eles são obrigados a enfrentar o que vinham adiando há muito tempo. Definitivamente, esse é eixo principal do filme”. O entusiasmo de Øvredal com o roteiro impressionou o produtor Eric Garcia: “Ele compreendeu a proposta de verdade, não estava só nos bajulando, e apontou algumas questões que precisavam ser trabalhadas. A sua visão do filme coincidiu totalmente com a nossa. Para mim, foi bastante importante para ele contribuir para transformar o que já tinha um grande potencial em algo ainda melhor”.

O elenco e os personagens

Encontrar os atores certos era algo crucial para A Autópsia desde as primeiras conversas sobre o projeto – principalmente pela importância dos papéis dos dois protagonistas do filme. “Nós sabíamos que precisávamos de dois pesos-pesados”, lembra o produtor Berger, e esse desejo se realizou com a chegada do veterano ator Brian Cox (Caçador de Assassinos) para interpreter Tommy Tilden, e de Emile Hirsch (Na Natureza Selvagem), para interpretar Austin Tilden. “Eles são os atores dos nossos sonhos, e foi difícil acreditar que contaríamos mesmo com eles”, diz o produtor Goldberg. Os produtores realmente puderam contar com Cox e Hirsch, que ficaram entusiasmados com o projeto. “O roteiro é ótimo, os caras que o escreveram fizeram um trabalho incrível. Eu fiquei impressionado com a visão e a ousadia do texto, reconheço. Tem também o trabalho do André… ele é um diretor estupendo, um Hitchcock moderno. Ele não trabalha com storyboard, tem tudo desenhado em sua cabeça, conhece as tomadas todas de cor. E se não dá certo do jeito que ele pensava, ele vai continuar tentando até acertar”, diz Cox. O ator se familiarizou imediatamente com Tommy – um circunspecto profissional que há muito tempo já se acostumou com os horrores do seu trabalho. “De certa maneira, isso o afeta muito, o fato de que ele se sente um pouco endurecido com tudo o que já viu, e isso me pareceu muito interessante. Quando fatos estranhos começam a acontecer durante a autópsia de Jane Doe, ele começa a questionar tudo, porque ele vê seus princípios e valores totalmente despedaçados”, comenta Brian Cox. A química entre Cox e Emile Hirsch se mostrou perfeita, segundo o produtor Berger: “Nós ficamos um pouco preocupados quando Brian entrou para o projeto, porque ele é um ator tão completo, com tanta força e presença de cena que não seria fácil encontrar um ator entre os 20 e 30 anos que tivesse o mesmo calibre de experiência e seriedade, e que tivesse a mesma presença de cena como alguém como Brian. Mas Emile e Brian encontraram imediatamente uma dinâmica perfeita que espelhava a de seus personagens: uma paternal e divertida rivalidade”. Øvredal não podia ter ficado mais feliz: “Eu realmente aprendi muito com o trabalho com Brain. Eu fiquei impressionado com a naturalidade com a qual ele domina uma cena… e como ele o faz com tanta profundidade e tanto conhecimento do seu personagem, Tommy”. O diretor diz o mesmo de seu astro mais jovem, Hirsch, o ator ideal para o filme. “A variedade de emoções que ele pode expressar é gigantesca. Ele tem uma sensibilidade tão especial para mostrar a verdade do personagem a cada momento”, comenta Øvredal. Emile Hirsch dedicou-se bastante a pesquisar o mundo das autópsias. Ele inclusive visitou o necrotério do Condado de Los Angeles no dia do seu aniversário de 30 anos. “Se não me engano, é o maior departamento de medicina forense de todo o mundo. Então eu passei do cara que nunca tinha visto um cadáver na vida, jamais, a alguém que viu mais de 500 corpos num único dia. Foi uma experiência traumatizante, impressionante, inspiradora e desoladora”, conta o ator. Mas foi também uma experiência inestimável para Hirsch. Ele sorri ao contar que “quando eu comecei as filmagens, eu sabia exatamente do que se tratava. Eu já tinha visto todas aquelas autópsias – pessoas com a cabeça aberta, o cérebro saindo para fora, as entranhas expostas por um rasgo no peito. Eu vi todas essas coisas com a boca aberta, quase batendo no chão. Você pega um elevador no térreo, as portas abrem e, de repente, você vê cadáveres em todos os lugares, e só consegue pensar – ‘Ó Meu Deus, como eu sou feliz simplesmente por estar vivo”. O ator Brian Cox, por outro lado, não teve nenhuma vontade de conhecer melhor o mundo real da medicina forense: “Eu não tenho estômago para isso, é muito para mim. Eu assisti um vídeo – uma morte por overdose de drogas. Eu só vi eles abrirem as entranhas da garota e pensei – ‘Meu Deus, isso é tão degradante”. Hirsch ri da lembrança do ator. “Eu mostrei a Brian o video de uma autópsia, e acho que ele vai ficar assustado pelo resto da vida”. O jovem ator sentiu-se imensamente grato pela colaboração com Cox: “Ele é um daqueles extraordinários veteranos com quem você simplesmente tem a sorte de dividir a cena. Especialmente nesse caso, em que eu o tinha só para mim”. Outro papel importante do filme é o de Emma, a namorada de Austin. A atriz inglesa Ophelia Lovibond foi uma das primeiras a se apresentar para os testes. “André e eu tivemos a mesma reação – tivemos muita sorte de trazê-la para o elenco. Nós fizemos outros testes depois, até que André decidiu que seria mesmo Ophelia nossa Emma. Além de ser uma atriz talentosa, ela é também uma pessoa doce, amável e muito dedicada, com quem nos demos muito bem. Além disso, ela tem esse nome – quem consegue esquecer uma Ophelia?”, brinca o produtor Berger. Ophelia Lovibond, que recentemente atuou no blockbuster da Marvel, Guardiões da Galáxia, também foi imediatamente fisgada pelo roteiro de Naing e Goldberg. “Quando eu o li, eu fiquei realmente assustada. Eu senti no peito este reinado de hostilidade, que vai se construindo aos poucos. Foi aterrorizente… e os cenários pareciam naturalmente assombrados, mesmo se você não acredita em fantasmas. Você está cercada por cadáveres – é um mundo bizarro, e um ótimo cenário para um filme de horror”, comenta a atriz. No caso da sua personagem, Emma, ela é algo como uma força do bem – a garota que quer levar Austin para longe do negócio repugnante da família dele: “Você tem que ver que Austin tem uma vida além daquele ambiente, e é por isso que ele quer se desvencilhar dessa herança. Ele realmente não quer ser como o pai, trabalhar com ele e morar na mesma cidade como ele o resto da vida. Emma é a catalisadora desse rompimento. Ela quer ajudá-lo a fazer alguma coisa para ele próprio. Ela representa essa outra vida que está à espera dele para além das paredes do necrotério”. Para o ator Emile Hirsch, seu personagem está diante de um grande dilema – ao mesmo tempo que quer tomar conta do pai, ele quer ter sua própria vida: “Ele tem 30 anos, é um homem maduro que está tentando viver sua própria vida e tomar algumas decisões nesse sentido, mas eu acredito que ele o faz de uma maneira mais pacífica do que costuma acontecer em filmes que tratam do ritual de passagem para a vida adulta, em que o filho simplesmente diz – ‘Eu tenho que sair da cidade, pai!’. Austin não é mais um adolescente, diferente da dinâmica de filmes que tratam desse tema”.

“Resssuscitando” Jane Doe

Se há algum herói oculto em A Autópsia, ele é a atriz Olwen Kelly – que interpreta Jane Doe. “O papel de Jane Doe foi mais desafiador do que eu imaginava. Afinal, quão difícil poderia ser ficar apenas deitada ali na maca”, lembra a atriz. Ela logo descobriu que o papel pedia muito mais do que isso: paciência, persistência e silêncio eram suas palavras de ordem. Para começar, Olwen Kelly teve que aguentar a modelagem de praticamente todos os membros serem tirados do seu corpo - primeiro a cabeça, depois o tronco e as pernas. “Foi bastante aterrorizante porque eu não aguento ficar com a cabeça submersa nem um minuto, e precisei ficar sob o barro, privada de todos os meus sentidos, para fazer os moldes. Foi um grande desafio – porque se você interrompe a modelagem no meio, tem que começar tudo outra vez. Felizmente, não precisamos repetir nada, deu tudo certo na primeira vez”, conta a atriz. Outra parte de sua preparação para o papel de Jane Doe foram as aulas de meditação e de ioga - a maneira ideal de se preparer para ficar o mais imóvel possível. “Eu faço ioga, mas uma linha que trabalha mais os movimentos, então achei muito difícil ficar tão parada no começo. Depois, acabei gostando muito. Fiz também algumas práticas de respiração superficial antes do início das filmagens, porque me disseram que era uma boa estratégia para ‘fingir de morta’, mas na verdade foram principalmente as próteses da maquiagem e a posição do meu corpo que definiam como eu tinha que respirar”, explica a jovem atriz. Mesmo assim, nada pode preparar verdadeiramente uma atriz para interpretar um cadáver, nu o tempo todo, exposta em frente de todos os atores e de toda a equipe de produção - e ainda por cima sobre uma laje de mármore frio por longos períodos de filmagem. “Ela é a verdadeira heroína, a que precisava ter muita coragem. É tão difícil fazer isso, segurar a respiração, e a laje pode ficar super fria e desconfortável... especialmente quando você tem essas pessoas cutucando você, mexendo em você e erguendo seus braços e pernas”, comenta Emile Hirsch. Além de tudo disso, Olwen Kelly teve que usar várias próteses quando o cadáver de Jane Doe vai sendo aberto aos poucos ao longo da autópsia. “As próteses eram tão assustadoras no começo que eu nem conseguia olhar para mim mesma no espelho, toda cortada ou pingando sangue. Mas, no final, eu até me esquecia delas. Eu só me lembrava quando estava conversando com alguém fora do set e percebia o olhar deles de nojo ou de um certo fascínio mórbido”, lembra a atriz. Grande parte do tempo livre da jovem atriz foi gasto lavando restos de sujeira, de sangue falso e ‘Deus sabe o que mais’ de seu cabelo e de suas unhas. “Mas eu não preciseo depillar as axilas durante as filmagens, e isso acabou poupando um pouco de tempo para mim”, ri Olwen, que também teve que aguentar as piadas de parte do elenco e da produção. “Quando eu estava caracterizada nos intervalos das filmagens, andando pelos corredores ou nas refeições, eram inevitáveis as piadinhas sobre como eu estava pálida ou indisposta ou doente”, conta. O ator Brian Cox admite que era estranho ver a atriz nua e ‘adornada’ com todas aquelas próteses no set: “Nas primeiras cenas, por causa da nudez, era desconcertante. Mas depois de um tempo você se acostuma com a nudez e com o fato de ela ‘ser’ um cadáver. Você realmente nem percebia que ela estava respirando, foi notável, porque ela estava realmente muito concentrada e contribuiu muito com as filmagens”. As responsáveis pela maquiagem e cabelo, Bella Cruickshank e Jemma Harwood, e o designer das próteses de maquiagem, Kristyan Mallet, trabalharam em estreita colaboração com a atriz Olwen Kelly para transformá-la em Jane Doe. As próteses foram um desafio especial, porque precisavam ser capazes de movimentos precisos. “Construímos um manequim de Jane Doe camada a camada, como uma cebola, de fora para dentro, para que ele pudesse ser cortado e aberto, revelando a pele, a gordura, os ossos e os órgãos”, conta Mallet. O produtor Fred Berger admite que eles não tinham ideia de como o manequim ficaria. Como a criação e execução exigiam um procedimento delicado e complexo, eles só viram a versão final uma semana antes do início das filmagens. “Você ficaria surpreso com o que é usado para fazer esses manequins, os órgãos, a pele - é um processo tão meticuloso, são tantos detalhes confeccionados dia após dia. Cada fio de cabelo precisa ser dobrado individualmente. Cada órgão tem que ser revestido com sangue, é incrível”, afirma Berger. Embora as próteses sejam um recurso regular do processo moderno de filmagem, A Autópsia apresentou um desafio único para Mallett, porque seu trabalho ficaria durante um tempo muito mais longo do que o usual sob as lentes da câmera: “Tudo tinha que ser o mais perfeito e real possível. André queria muito que fosse uma jornada que reproduzisse o máximo possível uma autópsia real, com atenção para os detalhes e para a lista de pistas que surgem no desenrolar da história. Mas ele também não queria que fosse muito ensanguentado nem grotesco - mas realista, e com Jane Doe parecendo serena o tempo todo”. Muito experiente – e não apenas pelo trabalho na série da BBC, Holby City, um drama médico, Mallett já acompanhou ao vivo e a cores inúmeros procedimentos de cirurgia como parte da pesquisa para outros projetos. Ele também fotografou relatórios de patologia forense e livros médicos graficamente ilustrados, que estão em sua biblioteca, e que ele considera “essenciais para fazer as próteses para este filme”. Da mesma forma, a equipe de maquiagem do filme também tem uma extensa biblioteca de imagens coletadas ao longo dos anos. “Fizemos muitas pesquisas sobre corpos mortos, todas as diferentes maneiras que um corpo pode se decompor, todos os padrões e cores que se formam”, explica Jenna Harwood. Como o fez com as próteses, os critérios do diretor Øvredal para a maquiagem eram muito claros: “Ele realmente sabia o que queria para Jane Doe – que ela parecesse perfeita, mas real; morta, mas não deteriorada. Era proibido que parecesse que Jane estivesse usando qualquer tipo de maquiagem”, acrescenta a maquiladora. Mesmo com ambos os departamentos trabalhando em complete sintonia, efeitos visuais também se fizeram necessários. “Havia um milhão de pequenos detalhes. É um corpo real - nós não podemos simplesmente dar um soco na boca dela ou cortar a sua língua”, diz o produtor Fred Berger. Uma das sequências mais complicadas de filmar envolvia moscas reais em contato com Jane Doe, o que significava congelar os insetos por quinze minutos antes de usá-los. “Nós ficamos esperando que as moscas acordassem - soprando e soprando", ri o produtor. Aliás, lembra, nenhuma mosca sofreu qualquer prejuízo ou maus tratos na realização desse filme.

Criando e filmando Jane Doe

Quando começaram as filmagens de A Autópsia, o diretor André Øvredal sabia exatamente o que fazer. Considerando a proposta autêntica do roteiro, “minha principal referência foi buscar um estilo semelhante ao de filmes como Seven – Os Sete Crimes Capitais, um thriller muito bem construído e muito, muito aterrador. E para atiçar a curiosidade do público sobre a história, filmar com o realismo que você só encontra em filmes como esse”. Como a história se passa basicamente numa única locação, ela proporciona uma oportunidade quase única: em vez de procurar um necrotério para filmar, a produção alugou um armazém de mais de 6,5 quilômetros quadrados em Bromley-By- Bow, no East , na capital inglesa, e transformou-o em um set de filmagens. Isso significa que todo o interior do necrotério de Tommy e Austin foi construído em seus mínimos detalhes, os corredores interconectados, as salas de armazenamento e, claro, a própria câmara de autópsia. Matt Gant foi o responsável pelo desenho da produção. “Havia tantas sequências de ação incomuns e tantos efeitos visuais e especiais para levar em consideração neste filme, que filmar em locação seria muito difícil. Com um estúdio próprio nós pudemos remover tetos, colocar cãmeras nas paredes, quando necessário, e ter a equipe de produção trabalhando conosco ao lado dos cenários, mas fora do espaço de cena. Filmar em locações seria possível, mas levaria muito mais tempo e nos traria grandes dificuldades”, garante Gant. Com apenas quatro semanas para construir o set, a orientação de Øvredal foi crucial para o trabalho de Gant: “André não queria que as primeiras cenas parecessem as de um típico filme de gênero Ele queria que o necrotério parecesse aconchegante, confortável, colorido e vibrante, um lugar em que os dois médicos legistas se sentissem bem em trabalhar, já que era um trabalho em família de muitos anos. Não era para ter nada obviamente gótico ou sinistro. Começando assim, quando tudo vai ficando mais estranho, o público tem uma sensação mais clara de inquietação e apreensão”. Quando chegou a hora de projetar a sala da autópsia, Gant usou como referência as várias visitas a necrotérios que já tinha feito no passado. “Eu tinha uma boa compreensão do layout e das questões práticas e técnicas do espaço”, comentou. Além disso, o designer de produção aprimorou suas referências visitando vários necrotérios, e consultando as várias fotos do necrotério do Condado de Los Angeles – que foram muito úteis para adaptar sua visão do modelo britânico para o americano. “Nós começamos com a mesa de corte, a laje, que eu queria que parecesse um altar e que fosse a peça central do cenário. Eu imaginei que ela era, provavelmente, uma das partes mais antigas do mobiliário do necrotério da família, tendo sido usada por sucessivas gerações dos Tilden”, diz Gant. Descartando as alternativas - porcelana branca (terrível para iluminação) ou aço inoxidável (muito contemporâneo), Gant projetou a laje em mármore verde, “em estilo art deco, como se datasse de 1920”. O efeito geral criado pelo designer de produção impressionou tanto o elenco como a equipe de produção. “Matt fez um trabalho incrível. Tanto que, na noite anterior ao início da filmagem, ele estava sozinho no set, gravando algumas imagens de vídeo para enviar para sua esposa nos Estados Unidos, e parou no meio do caminho, porque ficou com medo – ele sabia mais do que ninguém que tudo aquilo era fantasia, mas mesmo assim ficou assustado”, conta o produtor Eric Garcia. Para os atores, trabalhar em um set totalmente construído, que realmente parecia um necrotério de verdade, foi incrivelmente útil. “O cenário é uma das estrelas do filme. Essas salas todas, o design da produção - e o fato de que estamos trancados nessa área e não podemos sair dela – tiveram um efeito extraordinário sobre o modo como as filmagens todas aconteceram, além dos detalhes referentes aos vários elementos da autópsia”, afirma Brian Cox. Especialmente para Øvredal, que tinha acesso ilimitado à locação central do filme, as vantagens foram muitas, já que o diretor pode fazer o que raramente se consegue: rodar o filme na ordem cronológica do roteiro. “Eu tenho que admitir, eu não acho que o filme poderia ter sido feito se não fosse assim, cronologicamente. Ser capaz de fazer isso foi absolutamente crucial para todos nós – atores e a equipe de produção, em tantos sentidos”, afirma. Com o necrotério ficando cada vez mais destruído ao longo da história, as filmagens em ordem cronológica aliviaram um pouco a pressão sobre a equipe de design de produção. Igualmente, conforme a autópsia vai acontecendo, o corpo de Jane Doe vai sendo gradualmente desmembrado, e as próteses iam sendo retiradas em camadas, sequência por sequência. Nesse quesito, a alternativa para uma filmagem não linear seria reparar as áreas do cadáver que tinham sido destruídas em cenas que aconteciam mais tarde no cronograma. “Isso seria impossível dentro do orçamento que tínhamos previsto”, diz Mallett. Mas a filmagem linear do roteiro também foi útil para os atores intensificarem as relações entre seus personagens. “Nós estávamos constantemente construindo e evoluindo para a próxima cena, e depois para a próxima cena. Conseguimos encontrar os ritmos desses momentos de forma muito natural e muito fácil. Nós não tivemos que forjar os vários graus de histeria crescente fora da sequência”, explica o ator Emile Hirsch. Ophelia Lovibond concorda: “É tão raro poder filmar cronologicamente uma história. Você pode aprimorar seu desempenho porque você tem muito mais informação em tempo real. Eu realmente gostei”. Os atores também raramente deixavam o set - Hirsch e Cox adotaram o escritório de Tommy como sua própria área de descanso entre as tomadas. “Havia um par de sofás lá que acabou sendo uma espécie de sala da soneca para eles - uma maneira muito, muito agradável de ficar confortável no espaço um do outro”, diz Øvredal. “Nós precisávamos disso, do nosso espaço. Era isso ou voltar para o quarto de vestir”, admite o ator Brian Cox. Mas enquanto os atores estavam relaxando entre as tomadas, Øvredal mantinha o estado de alerta para conferir cada estágio dos cenários e das filmagens: “Repetição é o seu principal inimigo quando se filma em estúdio. Você vai acabar se repetindo, de uma forma ou de outra. Mas a parte boa é que o roteiro prevê muitas variações de cenas. Nós percebemos na sala de edição que é melhor cortar cenas com temperaturas diferentes do que cenas semelhantes filmadas no mesmo local”. Uma das seqüências mais complexas foi a do incêndio que se espalha pelo necrotério. “No mundo real, as chamas tendem a se comportar de forma consistente - principalmente aumentando verticalmente e se estabelecendo em uma altura específica, dependendo da quantidade de combustível inflamável usado. Mas aqui havia um desejo de que as chamas se espalhassem de uma forma ligeiramente artificial, orgânica ... coisas específicas seriam queimadas e outras escapariam de danos”, explica o supervisor de efeitos especiais Scott McIntyre. Então, usando trilhas de solventes e álcool, McIntyre e sua equipe conseguiram controlar o fogo e criar “o que parece uma teia de chamas espalhada por toda a sala”. McIntyre também agradece a equipe de maquiagem "excepcionalmente útil" nessas seqüências - alternando o manequim de Jane Doe, resistente ao fogo, com a versão mais realista dele, que se deixava tocar pelo fogo quando necessário -, sem a qual um movimento mais óbvio poderia ser visto e se tornaria uma dor de cabeça para os assistentes de efeitos da pós-produção resolver. Para o diretor André Øvredal o filme foi um enorme aprendizado: “Todos os efeitos especiais bem como os efeitos visuais de A Autópsia, eram, em sua grande maioria, novos para mim, mas como eu dirigi muitos comerciais, aprendi algumas questões práticas na publicidade. Às vezes, havia grandes surpresas quando eu estava filmando com a atriz, por exemplo, e tinha que mudar para o boneco no meio da cena, e então voltar para a atriz mais tarde na mesma cena novamente, porque você precisa de um close-up da pele da atriz com o realismo que nenhum manequim pode lhe dar”. Apesar de o filme ser rodado basicamente no interior do necrotério, há também duas cenas de exterior. A parte externa do necrotério foi filmada em uma casa em Kent, que ostentava o design perfeito de estilo americano. “Já seria difícil encontrá-la nos Estados Unidos, ainda mais na Inglaterra. Ela tinha uma cerca branca e uma caixa postal tipicamente Americana, parecia incrivelmente antiga, mas foi construída há apenas quatro anos com materiais reaproveitados. Tinha uma vibração de horror gótico - e isso era perfeito para o filme”, comenta o produtor Berger. A outra locação externa era para a cena de abertura do filme, na casa em que aconteceram os homicídios - quando o xerife Burke e seus homens descobrem o cadáver de Jane Doe enterrado no porão. O supervisor de locações, James Player, descobriu um beco sem saída em Esher, na cidade de Surrey, que parecia ser originalmente americano. “Uma coisa seria encontrar uma casa em estilo americano, mas um bairro inteiro que parecesse ser Long Island ou Flórida… Foi realmente bizarro quão perfeita foi essa descoberta”, diz Berger. Da mesma maneira que para toda a equipe, o resultado da produção deixou o ator Brian Cox impressionado: “André entende a astúcia psicológica do roteiro. Ele realmente tem o domínio do que faz. Mas tudo parece verdadeiro, e não coisa de bicho-papão, nunca. O filme é baseado em uma lógica horrível”. O ator não tem dúvidas sobre o impacto que A Autópsia vai ter sobre o público. “Eu tenho a impressão de que vai ser bastante assustador, porque eu mesmo fiquei muito assustado e com muito medo” completa Cox.

O ELENCO BRIAN COX – TOMMY TILDEN Brian Cox tem uma carreira de sucesso no cinema, na televisão e no teatro. Após se formar na Academia de Música e Arte Dramática de Londres, Cox fez sua estreia no teatro como Orlando, na produção do Vaudeville Theatre da clássica peça “Do Jeito que Você Gosta” (1966), de William Shakespeare. Dentre seus créditos no teatro estão “Tito Andrônico” (1987), com a Royal Shakespeare Company; “Rei Lear” (1990), no Royal National Theatre; “The Music Man” (1995), com a New Shakespeare Company; “Art” (1998), na Broadway; e “Uncle Varick” (2004), do Royal Lyceum Theatre. Dando sequência a suas elogiadas performances nos palcos, Brian Cox naturalmente fez sua transição para o cinema, e seu primeiro papel de grande impacto foi como o Dr. Hannibal Lector em Caçador de Assassinos (1986), de Michael Mann. Ele também estrelou o premiado Agenda Secreta (1990), de Ken Loach; Coração Valente (1995), de Mel Gibson, vencedor do Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Fotografia; O Lutador (1997), de Jim Sheridan, ao lado de Daniel Day-Lewis; e Três é Demais (1998), de Wes Anderson, com Bill Murray e Luke Wilson. Na década de 2000, após atuar em Sem Saída (2001), de Michael Costa, participou de vários blockbusters de grande sucesso, como X-Men 2, de Bryan Singer, com Hugh Jackman e Halle Berry; Tróia, (2004), de Wolfgang Petersen, ao lado de Orlando Bloom e Brad Pitt; Identidade Bourne (2002), de Doug Liman, e A Supremacia Bourne (2004), de Paul Greengrass, ambos com Matt Damon. O ator estrelou ainda em O Escapista (2008) de Rupert Wyatt, ao lado de Damien Lewis e Joseph Fiennes; Red: Aposentados e Perigosos (2010), de Robert Schwentke, com Bruce Willis e Helen Mirren, e na continuação, Red 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos (2013), de Dean Parisot. Mais recentemente, atuou em Pixels (2015), de Chris Columbus, com Adam Sandler e Kevin James. Dentre os muitos trabalhos de Brian Cox na televisão estão as séries produzidas pela BBC, The Year of the Sex Olympics (1968) e The Devil’s Crown (1978); e a vencedora do prêmio BAFTA (Academia Britânica de Cinema e Televisão), Longitude (2000), com Michael Gambon e Jeremy Irons. Em 2001, o ator ganhou o Prêmio Emmy por sua atuação como Reichsmarschall Hermann Goring na minissérie O Julgamento de Nuremberg. Mais recentemente, Cox atuou na série da HBO, Deadwood (2004); nas séries da BBC, Doctor Who (2009), Shetland (2014) e The Game (2014), e na minissérie Guerra e Paz (2015), com Gillian Anderson e Jim Broadbent. Em 2002, Brain Cox recebeu a Ordem do Império Britânico por sua contribuição ao teatro e ao cinema britânicos.

EMILE HIRSCH – AUSTIN TILDEN Emile Hirsch recentemente terminou as filmagens de Vincent-n-Roxxy, escrito e dirigido por Gary Michael Schultz, ao lado de Zoe Kravitz. Em 2013, atuou no sucesso de bilheteria O Grande Herói, com Mark Wahlberg, Taylor Kitsch e Ben Foster, dirigido por Peter Berg. Neste mesmo ano, estrelou a minissérie dirigida por Bruce Beresford, Bonnie and Clyde, que conquistou quase 10 milhões de telespectadores ao ser transmitida simultaneamente pelos canais History Channel, A & E e Lifetime; e atuou ao lado de Paul Rudd em Prince Avalanche, comédia pouco convencional, dirigida por David Gordon Green, que estreou no Festival de Cinema de Sundance, e conquistou o Urso de Prata de Melhor Direção no Festival de Cinema de Berlim. No ano anterior, atuou em A Vida em Motéis (2012), ao lado de Stephen Dorff e Dakota Fanning, vencedor do Prêmio do Público no Festival de Cinema de Roma; e estrelou, com Penelope Cruz, Prova de Redenção (2012), de Sergio Castellitto, cuja estreia internacional foi no Festival de Cinema de Toronto. Emile Hirsch conquistou reconhecimento internacional com sua atuação em Na Natureza Selvagem (2007), dirigido por Sean Penn, que lhe deu uma indicação ao Prêmio SAG (Liga de Atores de Cinema) de Melhor Ator. Na sua original e bem-sucedida filmografia estão ainda filmes como Killer Joe - Matador de Aluguel (2011), de William Friedkin, com Matthew McConaughey; Milk: A Voz da Igualdade (2008), de Gus Van Sant, ao lado de Sean Penn; Selvagens (2012), de Oliver Stone; Speed Racer (2008), dos irmãos Wachowski; Alpha Dog (2006), de Nick Cassavetes; Os Reis de Dogtown (2005), de Catherine Hardwicke; e Meninos de Deus (2002).

OPHELIA LOVIBOND – EMMA A atriz britânica Ophelia Lovibond estreou profissionalmente aos 14 anos de idade, na série de televisão The Wilsons, do Channel 4. Logo depois participou de várias séries bastante populares, incluindo o programa, também da TV Channel 4, Nathan Barley (2005), escrito por Charlie Brooker; a série de crime da BBC, Messiah (2001); a série de comédia de costumes FM (2009), ao lado de Chris O'Dowd; e a premiada minissérie de 12 capítulos do canal ITV, Titanic: Blood and Steel (2012). Em 2005, a atriz estreou no cinema pelas mãos de Roman Polanski, na premiada adaptação do clássico livro de Charles Dickens, Oliver Twist (2005). Depois disso, atuou na badalada estreia da diretora Sam Taylor-Johnson no cinema com o filme O Garoto de Liverpool (2009); no noir britânico O Último Guarda-Costas (2010), com Colin Farrell; na comédia romântica Sexo Sem Compromisso (2011), com Natalie Portman e Ashton Kutcher; e em Os Piguins do Papai (2011), ao lado de Jim Carrey. Em 2014, integrou o elenco do blockbuster Heróis da Galáxia, de James Gunn, com Chris Pratt. Na televisão americana, Ophelia Lovibond estreou na terceira temporada da série indicada ao Prêmio Emmy, Elementary (2012), adaptação moderna para os casos de Sherlock Holmes, estrelada por Jonny Lee Miller e Lucy Liu. Atuou também na série britânica Mr Sloane (2014), e Inside Number 9 (2014). Mais recentemente, participou da comédia (Des)Encontro Perfeito (2015), com Simon Pegg e Lake Bell; e do drama de golfe, Tommy’s Honour (2016), ao lado de Peter Mullan e Jack Lowden. No teatro, a atriz fez sua estreia profissional na produção contemporânea, dirigida por Lucy Prebble, de “The Effect”, no Sheffield Theatres, em junho de 2015.

MICHAEL MCELHATTON – SHERRIFF BURKE O ator e roteirista irlandês Michael McElhatton conquistou o público por suas atuações em premiadas produções de cinema, televisão e teatro. A estreia no cinema foi com November Afternoon, em 1996. No ano seguinte, ele atuou ao lado de Brendan Gleeson em I Went Down (1997), vencedor de 11 prêmios, incluindo o IFTA - Prêmio Irlandês de Cinema e Televisão de Melhor Roteiro. McElhatton atuou na minissérie da BBC, Aristocrats (1999), ao lado de Siân Phillips e Toby Jones, novamente indicado para o IFTA e para o prêmio da Royal Television Society. Neste mesmo ano, o ator estrelou Vicious Circle, da BBC, com Ken Stott. Também roteirista, McElhatton escreveu e estrelou a premiada série Paths to Freedom (2000), mais uma vez indicada para o IFTA, desta vez na categoria de Melhor Série Dramática, e McElhatton foi premiado como Melhor Ator. Em 2000, atuou, ao lado de Peter McDonald, Brian Cox e Brendan Gleeson, em Saltwater, dirigido por Conor McPherson, vencedor do Prêmio C.I.C.A. no Festival de Cinema de Berlim, e do IFTA de Melhor Roteiro. Após o sucesso de Paths to Freedom, McElhatton escreveu e atuou em Spin the Bottle (2004), sequência baseada no personagem Rats, de Paths of Freedom. O ator continuou sua prestigiada carreira na televisão com o papel principal da série Hide & Seek (2006), antes de estrelar, ao lado de Daniel Radcliffe, David Haig, Kim Cattrall e Carey Mulligan o emocionante filme de guerra, My Boy Jack (2007). Atuou em O Espião (2008), adaptação do livro de grande sucesso “Fifity Dead Men Walking”, com Ben Kingsley e Jim Sturgess. Logo depois, estrelou o filme de gangster, A Recompensa de Perrier (2009), ao lado de Gabriel Byrne, Cillian Murphy, Brendan Gleeson e Jim Broadbent, dirigido por Ian Fitzgibbon, também diretor da série Paths of Freedom (2000). Depois de escrever a série cômica Your Bad Self (2010), McElhatton atuou no cinema no thriller Agente C – Dupla Identidade (2012), ao lado de Clive Owen e Gillian Anderson; e no drama Albert Nobbs (2011), com Glenn Close, Aaron Taylor-Johnson e Mia Wasikowska. E ainda no curta-metragem indicado ao Oscar, Pentecostes (2012). Na televisão, McElhatton participou da elogiada minissérie Titanic Blood & Steel (2012); da série Ripper Street, da BBC, ao lado de Matthew Macfadyen (2012-2014); e do thriller de sucesso internacional, The Fall (2013), no papel de Rob Breedlove, ao lado de Jamie Dornan e Gillian Anderson. Um de seus créditos mais recentes na televisão é a premiada série Games of Thrones, da HBO, no papel de Roose Bolton - com o qual fezuma participação especial na segunda temporada, retornando para a terceira e quarta, e tornando-se um ator fixo a partir da quinta temporada. No teatro, também, McElhatton tem presença constante. Ao lado de Ciaran Hinds e Brian Gleeson, atuou na peça “The Night Alive”, de Conor McPherson, que estreou em 2013 no badalado Donmar Warehouse, antes de ter uma temporada em Nova York, onde ganhou o Prêmio de Melhor Peça de 2013/2014 do Círculo de Críticos de Teatro de Nova York. McElhatton também estrelou em inúmeras peças no West End, incluindo “Romeu e Julieta”, “Wind In The Willows”, “Midnight Court”, “As You Like It”, “Elizabeth Barton”, “Car Show” e “Water Music”. Recentemente, McElhatton filmou Mammal (2016), ao lado de Rachel Griffiths, e o filme de terror A Maldição da Floresta (2015), além de dublar o personagem Laurence, na animação Norm e Os Invencíveis (2016).

OLWEN KELLY – JANE DOE Nascida e criada em Dublin, na Irlanda, com quatro irmãos, Olwen Catherine Kelly, 28 anos, estrelou na televisão antes mesmo de ter nascido – sua mãe, durante a gravidez da filha, se apresentou no programa “Top of the Pops”, como uma das cantoras da dupla pop The Classics. O padrasto de Kelly, o roteirista Mark Venner, apresentou Olwen ao mundo do entretenimento ainda criança, e como atriz infantil ela participou de várias produções de televisão. A atriz também tem uma bem-sucedida carreira de modelo, que teve início quando ela posou para a edição da Vogue Russa aos 13 anos. Desde então, ela estrelou campanhas de grande repercussão para marcas como Tatty Devine, Diet Coke, Axe, Eden Diodati e Vestino. Seus trabalhos mais recentes incluem sessões de fotos para “Ballad Of.. Magazine”, “Milk Magazine”, Beauty Rebel e Image and Huff (USA). A estreia no cinema foi em 2014, no filme Darkness on The Edge of Town. Dirigido por Patrick Ryan, estreou na Irlanda, e participou de vários festivais internacionais. A atriz também é formada em Biologia, e o papel de Jane Doe em A Autópsia atraiu a cientista que ela traz dentro de si.

A EQUIPE DE PRODUÇÃO ANDRE ØVREDAL – DIREÇÃO O diretor norueguês André Øvredal estudou cinema no Instituto Brooks, em Santa Bárbara. Enquanto ainda estudava, escreveu e co-dirigiu Future Murder (2000), sobre um homem que sonha com sua própria morte e fica obcecado com a ideia de encontrar seus assassinos. Seu segundo filme, a fantasia norueguesa O Caçador de Troll (2010), gerou um burburinho internacional e rapidamente se tornou um filme cult. Rodado com um micro- orçamento, o filme de gênero acompanha um grupo de estudantes que descobrem trolls, escondidos em uma parte remota do país. O sucesso do filme levou a Revista “Variety”, a mais importante da indústria cinematográfica, a nomear Øvredal como um dos Dez Diretores Mais Promissores do ano (Top 10 Directors to Watch).

IAN GOLDBERG – ROTEIRO Ian Goldberg começou sua carreira de escritor na série Terminator: The Sarah Connor Chronicles (2008), produção do canal Fox. Desde então, tem atuado como roteirista e produtor de séries de grande sucesso como Flashforward (2010), Criminal Minds (2005-2016) e Once Upon a Time (2011-2015). Escreveu pilotos de séries de programas de televisão para produtoras como The Kennedy/Marshall Company, the CW, Media Rights Capital (MRC). Escreveu o roteiro do piloto das aventuras de Superman-prequel para a rede SYFY, Krypton, atualmente em fase de pós-produção. Ele também corroteirizou, em parceria com Richard Naing, longa-metragens para a Paramount Pictures e Amazon Studios. A Autópsia marca sua estreia como roteirista no cinema.

RICHARD NAING – ROTEIRO No ano passado, Richard Naing foi requisitado para vários projetos por vários estúdios. Seu badalado roteiro escrito para a IM Global, A Autópsia, figurou nas principais listas de roteiros mais aguardados, como The Black List, Blood List e Hit List, e ganhou produção com direção de André Øvredal, e Brian Cox e Emile Hirsch no elenco. Naing também acabou de escrever o roteiro do reboot da franquia Sexta-Feira 13 para a Paramount/Platinum Dunes, e a adaptação de uma das obras do escritor HP Lovecraft para a Amazon Films. Como ex-executivo de desenvolvimento de projetos, Naing tem uma compreensão incrível da história, dos personagens ... e de gênero!

FRED BERGER – PRODUÇÃO Produtor de cinema sediado em Los Angeles, Fred Berger participou de um dos grandes sucessos de público e crítica desse ano, o premiado La La Land: Cantando Estações (2016), de Damien Chazelle, estrelado por Ryan Gosling e Emma Stone. Mais recentemente, acabou de finalizar a produção de A Autópsia, filme de estréia em língua inglesa do diretor norueguês André Øvredal, com Emile Hirsch e Brian Cox nos papeis principais. Berger foi sócio-fundador da Civil Dawn Pictures, produtora que dirigiu por oito anos, em parceria com Ross Katz, indicado ao Oscar por Entre Quatro Paredes (2002) e Encontros e Desencontros (2003) Depois de supervisionar o lançamento de Encontros e Desencontros, Berger trabalhou novamente com a diretora Sofia Coppola, da pré-produção até o lançamento de Maria Antonieta (2006). O filme estreou na seleção oficial do Festival de de Cannes, foi lançado pela Colombia Pictures, e ganhou um Oscar de Melhor Figurino. Logo após, produziu a estreia de Ross Katz na direção, na produção da HBO, O Retorno de um Herói (2009) estrelada por Kevin Bacon, que estreou no Festival de Cinema de Sundance e ganhou os prêmios Globo de Ouro, Emmy, SAG, WGA (Liga dos Roteiristas de Cinema) e DGA (Liga dos Diretores de Cinema). Produziu também Vírus (2009), dos irmãos Pastor. No ano seguinte, assinou a produção de Road, Movie (2010), do cineasta indiano Dev Benegal, desenvolvido no Atelier de Cannes, que conquistou excelentes críticas nos festivais de cinema de Toronto, Berlim, Tóquio e Doha. Atualmente, Berger está envolvido com o projeto do diretor brasileiro Andrucha Waddington, em sua estréia na produção de um filme em língua inglesa, Traveler: um épico histórico sobre a queda do muro de Berlim. Ele também está desenvolvendo projetos de cinema e televisão com parceiros como Scott Free, Katz-Smith, The Picture Company, e Faye Ward, de As Sufragistas (2015). Berger também tem escrito roteiros para produtoras de grade porte, e é membro da Liga de Roteiristas de Cinema. Ele começou a carreira nas produtoras Focus Features e ThinkFilm. Graduou-se com Louvor na Universidade da Pensilvânia em Filosofia, Política e Economia, e também em Estudos de Cinema.

ERIC GARCIA – PRODUÇÃO Eric Garcia é escritor, roteirista e produtor de cinema. Como romancista, escreveu “Matchstick Men”, a trilogia “The Anonymous Rex”, “Cassandra French’s Finishing School For Boys” e “Os Coletores” (The Repossession Mambo). Seus romances foram publicados em 22 países e traduzidos em 14 idiomas. “Matchistick Men” deu origem ao filme Os Vigaristas (2003), dirigido por Ridley Scott, com Nicolas Cage e Sam Rockwell. Com roteiro de Garcia, adaptando o seu livro “Os Coletores”, foi lançado Repo Man – O Resgate dos Órgãos (2010), estrelado por Jude Law e Forest Whitaker. A aclamada série de ficção científica, “The Anonimous Rex”, ganhou adaptação para a televisão: Criatura Anônima (2004), teve roteiro e co- produção executiva de Garcia. O multi-talentos Eric Garcia escreveu e produziu ainda pilotos para a televisão, tanto de projetos originais como de adaptações de seus romances, como Cassandra French, para a MTV. Atualmente ele está escrevendo um piloto para a NBC / Universal, e outro para o Sundance Channel. Ele escreveu recentemente a adaptação do romance de John Searles, “Strange But True”, cuja produção já está em andamento. Garcia mora nos arredores de Los Angeles com sua esposa, duas filhas, e dois cãezinhos mutts hiperativos.

BEN PUGH & RORY AITKEN – PRODUÇÃO Rory Aitken e Ben Pugh são dois dos quatro sócios fundadores da companhia de gestão e produção de cinema, Outfit 42. Eles produziram filmes como Shifty – Uma História Urbana (2008), indicado para o Prêmio BAFTA; o thriller Inimigos de Sangue (2013), estrelado por James McAvoy, com produção de Ridley Scott; Monsters: Dark Continent (2014), de Tom Green, que estreou no Festival de Cinema de Londres. Dentre os trabalhos de produção mais recentes da dupla estão: Collide (2016), de Eran Creevy, estrelado por Nicholas Hoult, Felicity Jones, Sir Anthony Hopkins e Sir Ben Kingsley; O Outro Lado da Porta (2016), de Johannes Roberts; Revolt (2016), de Joe Miale, com Berenice Marlohe e Lee Pace. A dupla está atualmente trabalhando na produção de Sand Castle (2017), escrito por Chris Roessner, parceria da Outfit 42 com a Mark Gordon Co, estrelada por Henry Cavill; Outside de Wire, com direção de Rowan Athale e co-escrito por Athale e Rob Yescombe; 1 Night 6 Parties, direção de Emil Nava, parceria da Outfit 42 com a Working Title Films; The Line, que Eran Creevy dirigirá, com roteiro de Sang Kim; World Breaker, com direção de Will Eubank, co-escrito por Eubank e Phil Gawthorne; The Black, escrito por Mark Heyman, com direção de Baran Bo Odar, produção da 42 em parceria com Teddy Schwartzman. Para a televisão, os próximos projetos da 42 incluem Watership Dow, uma animação de 4 episódios de uma hora para a BBC1, adaptada do best-seller internacional de de Richard Adams, com roteiro de Tom Bidwell e direção de Noam Murro; Tin Soldier, thriller de conspiração contemporâneo escrito por Jon Croker, estrelado por Riz Ahmed, em desenvolvimento para a BBC; Jersalem, escrito por Bash Doran, em desenvolvimento no Channel 4; The Border, thriller criminal escrito por Steve Thompson, em desenvolvimento com a BBC Scotland; e Trafficked, thriller ambientado no mundo do tráfico de seres humanos, escrito por Laura Neal, em desenvolvimento na BBC. A Outfit 42 tem um acordo de distribuição com a ITV Studios Global Entertainment.

ROMAN OSIN – DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA A filmografia do experiente diretor de fotografia alemão Roman Osin incluem Orgulho e Preconceito (2005), de Joe Wright; A Loja Mágica de Brinquedos (2007), de Zach Helm; e Neds, de Peter Mullan (2010). Osin colaborou teve uma longa colaboração com o diretor inglês Asif Kapadia nos filmes Far North (2007), O Retorno (2006) e Um Guerreiro Solitário (2011), pelo qual Osin recebeu um BAFTA de Melhor Realização Técnica, o prêmio de Melhor Direção de Fotografia no Festivl de Cinema de San Sebastian Festival e uma indicação para o prêimio Camerimage Golden Frog. Com Orgulho e Preconceito, Roman Osin foi indicado para o Prêmio do Cinema Europeu (European Film Awards) e da Liga de Críticos de Cinema de Chicago de Melhor Direção de Fotografia. Dentre seus filmes mais recentes estão A Luta por um Ideal (2012), de Daniel Barnz; O Inventor de Jogos (2014), de Juan Pablo Buscarini; Labirinto de Mentiras (2014), de Giulio Ricciarelli; e The Rezort, de Steve Barker (2015).

MATT GANT – DESIGNER DE PRODUÇÃO Designer de produção de cinema, televisão e comerciais publicitários, Matt Gant foi indicado para o prêmio BAFTA e o RTS (Royal Television Society) de Melhor Design de Produção pela série Life on Mars (2006-07), vencedora do prêmio Emmy e do Prêmio do Público do BAFTA de de Melhor Série Dramática. Mais recentemente, Matt Gant trabalhou em Legends: Identidade Perdida (2014-15), rodada em Praga e em Londres, e na série da HBO, Strike Back (2010-15), filmada em Budapeste e na Tailândia. Além de A Autópsia, seus filmes mais recentes incluem A Marca do Medo (2014), produção de horror da Hammer dirigida por John Pogue, estrelada por Jared Harris e Sam Claflin. Na publicidade, Gant tem feito trabalhos com as produtoras Another Film Company, Knucklehead and Th2ng em campanhas para marcas como Waitrose, Betfair, Iceland and Phillips/Senseo.

PATRICK LARSGAARD – EDIÇÃO A estreia de Patrick Larsgaard na indústria do cinema foi como assistente na produção norueguesa Tomme Tømmer (2010). Logo depois, foi assistente de edição do diretor André Øvredal no hit O Caçador de Troll (2010); da comédia King Curling (2011); da primeira temporada da série de TV, Dag (2010); do drama A Expedição Kon-Tiki (2012), indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira; de Ragnarok (2013); e de Børning: Rápidos e Perigosos (2014). Além de seu trabalho no cinema, Larsgaard edita também comerciais internacionais e curtas-metragens, bem como clipes musicais para o estúdio de pós- produtora Storyline Studios, em Oslo. Larsgaard tem recebido indicações e prêmios, como o Gullfisken-Best Commercial, em 2016, na Noruega.

BELLA CRUICKSHANK – CO-DESIGNER DE MAQUIAGEM E CABELO Bella Cruickshank cria projetos de maquiagem e cabelo, com experiência em projetos com perucas, efeitos visuais de cabelo e maquiagem e tudo o que fica entre um e outro, além de construir próteses. Ela integra a equipe de Jenna Harwood como co-designer. Dentre seus trabalhos mais recentes estão Do Outro Lado da Porta (2016); colaboração com Guy Ritchie nos filmes da franquia Sherlock Holmes de 2009 e 2011; War Book (2014), de Tom Harper, estrelado por Ben Chaplin e Phoebe Fox; Monsters: Dark Continent (2015), de Tom Green, com Joe Dempsie, Kyle Soller e Johnny Harris; e Tula: The Revolt (2013), estrelado por Danny Glover. A designer de maquiagem e cabelo atua também na televisão, em produções como a minissérie de drama policial sobrenatural Houdini and Doyle (2015); The Marriage of Reason and Squalor (2015), drama de quatro episódios baseado no romance de Jake Chapman, estrelado por Rhys Ifans e Sophie Kennedy Clark; e a minissérie The Enfield Haunting (2015), com Timothy Spall, Juliet Stevenson e Matthew Macfayden. Bella Cruickshank também tem larga experiência com videos musicais, e trabalhou nos clipes da banda Groove Armada, e na turnê europeia de Cyndi Lauper.

JEMMA HARWOOD – DESIGNER DE MAQUIAGEM E CABELO Jemma Harwood domina todos os aspectos da composição de maquiagem e cabelo, de penteados de época, perucas, beleza e criação de maquiagem de personagens até às próteses de todo corpo e ao desenho de criaturas para produções tanto de cinema como de televisão. Na sua filmografia estão produções como 47 Ronins (2013), de Carl Rinsch, estrelado por Keanu Reeves; Esquadrão sem Limites (2012), de Nick Love, com Ray Winstone e Damian Lewis; e Tula: The Revolt (2013), de Jeroen Leinders, com Danny Glover. Mais recentemente, atuou também em Do Outro Lado da Porta (2016), em parceria com Bella Cruickshank; Monsters: Dark Continent (2015), de Tom Green; e War Book (2014), de Tom Harper, com Ben Chaplin e Phoebe Fox. Também com ativa participação em projetos de televisão, trabalhou na minissérie de drama policial sobrenatural Houdini e Doyle (2015), da ITV, com Stephen Mangan como Sir Arthur Conan Doyle, e Michael Weston como Harry Houdini; em The Marriage of Reason & Squalor (2015), drama em quatro episódios adaptado do romance homônimo por Jake Chapman, estrelado por Rhys Ifans e Sophie Kennedy Clark; e na minissérie The Enfield Haunting (2015), com Timothy Spall, Juliet Stevenson e Matthew Macfadyen. Jemma também trabalha com vídeos musicais, e participou de “You’ve Got the Love” (2009), da banda Florence e The Machine.

KRISTYAN MALLETT - DESIGNER DE PRÓTESES DE MAQUIAGEM Com mais de 15 anos de experiência na indústria do cinema como artista de criação de próteses de maquiagem, à frente de sua empresa, a KM Effects Ltd, Kristyan Mallett e sua equipe têm atuado em produções para cinema, televisão e publicidade. Alguns dos trabalhos de Mallett incluem séries como Outlander (2014), Fortitude (2005) e Tut (2015); e filmes de grande sucesso comercial e de crítica como No Limite do Amanhã (2014), Os Miseráveis (2012) e A Teoria de Tudo (2015), com o qual foi indicado para o Prêmio BAFTA pelo seu trabalho de criação de próteses que ajudou a transformar o ator Eddie Redmayne, vencedor do Oscar de Melhor Ator, em Stephen Hawking. Mais recentemente, ele levou seus projetos de inimagináveis próteses para Evereste (2015), Legend (2015), Missão: Impossível - Nação Secreta (2015) e A Garota Dinamarquesa (2015). Entre outros projetos, Mallett acabou de finalizar sua participação em Rei Arthur: A Lenda da Espada, de Guy Richie, e em outro aguardado blockbuster, Mulher Maravilha.

NATALIE WARD – FIGURINOS Depois de se formar na Escola de Arte de Wimbledon, em 1992, com Licenciatura em Design de Figurinos, Natalie Ward começou sua carreira como assistente de Rachael Fleming em produções como Dad Savage (1998), estrelado por Patrick Stewart, e Desejo Você (1998), dirigido por , com Rachel Weisz. Depois, assumiu a supervisão de figurinos em Intimidade (2001) e O Diário de Bridget Jones (2001), reunindo-se novamente com o diretor Winterbottom, já como responsável por Figurinos, em Encontros e Desencontros (1999), A Festa Nunca Termina (2002) e Código 46 (2003). Como designer de figurinos, trabalhou em parceria com diretores de prestígio em produções de sucesso como Amor para Sempre (2004) e Um Fim de Semana em Paris (2013), de Roger Michell; O Menino do Pijama Listrado (2008), de Mark Herman; Invasão de Domicílio (2006), de Anthony Minghella; Inimigos de Sangue (2013), de Eran Creevy; A Grande Mentira (2010), de John Madden; Mar Negro (2014), de Kevin MacDonald; e A Senhora da Van (2015), de Nicolas Hytner.

SEB BARKER - SUPERVISOR DE EFEITOS VISUAIS O inglês Seb Barker trabalhou por muitos anos como artista de criação de efeitos visuais em produções como Extermínio 2 (2007) e Stardust: O Mistério da Estrela (2007). Foi supervisor de efeitos visuais de comerciais e peças promocionais na Rushes, empresa de pós-produção, quando atuou em projetos como Matadores de Vampiras Lésbicas (2009), e Rock'n'Rolla: A Grande Roubada (2008). A experiência lhe deu base sólida para trabalhar em Esquadrão sem Limites (2012), de Nick Love, cujo sucesso levou sua empresa domiciliar a se transformar num dos estúdios de produção de efeitos visuais mais procurados do mercado de entretenimento. Barker criou efeitos visuais para filmes como Uma Longa Queda (2014), de Nick Hornby; aceitou o convite da produtora Vertigo Films para assumir a produção do roteiro ambicioso de Monsters: Dark Continent (2014), para o jovem diretor Tom Green. A parceria com produtoras do porte da Post Republic e Vertigo Films, proporcionou a Barker constituir a Automatik UK – uma pequena, mas competente produtora de efeitos visuais, situada em Shoreditch, e sua equipe de produção já entregou mais de 450 projetos de efeitos de monstros e outras criações para cinema e televisão. Mas recentemente, Barker participou de Collide (2016) e Do Outro Lado da Porta (2016). Em The Girl with All the Gifts (2016), do diretor Colm McCarthy, atuou não apenas como supervisor de efeitos visuais, mas também como diretor da segunda unidade de produção.

SCOTT MACINTYRE - SUPERVISOR DE EFEITOS ESPECIAIS Veterano na supervisão de efeitos especiais para cinema e televisão, Scott MacIntyre assinou mais de 180 produções, desde os primeiros trabalhos que incluem Todo Mundo Quase Morto (2004), de Edgar Wright, estrelado por Simon Pegg e Nick Frost; Vingança (2004), de Philippe Martinez, com Jean-Claude Van Damme; e O Defensor - Protegendo o Inimigo (2004), de Dolph Lundgren. Logo após, em parceria com o premiado diretor Garth Jenning, foi o responsável pelos elogiados efeitos especiais de O Guia do Mochileiro das Galáxias (2005), estrelado por Bill Bailey, Zooey Deschanel e Stephen Fry. Mais recentemente, MacIntyre participou de A Marca do Medo (2014), de John Pogue, e A Autópsia (2016). Na televisão, onde trabalhou também em dezenas de projetos de sucesso, seus primeiros créditos incluem The Bill (1984), da Thames Television; TFI Friday (1996), do Channel 4, com Chris Evans; Last Chance Lottery (1996); Richard and Judy (2007), do Channel 4; e a série Ant e Dec's Saturday Night Takeaway (2006 - 2007). Mais recentemente, foi responsável pelos efeitos visuais de Fresh Meat (2012 - 2013), estrelado por Jack Whitehall; Uma Amor de Estimação, da BBC (2014), com Dame Judi Dench e Dustin Hoffman; e Cradle to Grave (2015), estrelado por Peter Kay.