Universidade Federal Fluminense Instituto De Artes E Comunicação Social Programa De Pós-Graduação Em Comunicação
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO KLAUS’BERG NIPPES BRAGANÇA REALIDADE PERTURBADA CHOQUES CORPORAIS, ESPECTROS DOMÉSTICOS E A TECNOFOBIA DA VIGILÂNCIA NO FOUND FOOTAGE DE HORROR Niterói 2016 KLAUS’BERG NIPPES BRAGANÇA REALIDADE PERTURBADA CHOQUES CORPORAIS, ESPECTROS DOMÉSTICOS E A TECNOFOBIA DA VIGILÂNCIA NO FOUND FOOTAGE DE HORROR Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor. Área de Concentração: Estudos do Cinema e do Audiovisual. Orientadora: Profa. Dra. MARIANA BALTAR Niterói 2016 2 Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá B813 Bragança, Klaus’Berg Nippes. Realidade perturbada: choques corporais, espectros domésticos e a tecnofobia da vigilância no found footage de horror / Klaus'Berg Nippes Bragança. – 2016. 261 f. : il. Orientadora: Mariana Baltar. Tese (Doutorado em Comunicação) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Arte e Comunicação Social, 2016. Bibliografia: f. 250-258. 1. Found footage de horror. 2. Corpo. 3. Família. 4. Vigilância. 5. Tecnofobia. I. Baltar, Mariana. I. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Arte e Comunicação Social. III. Título. KLAUS’BERG NIPPES BRAGANÇA REALIDADE PERTURBADA CHOQUES CORPORAIS, ESPECTROS DOMÉSTICOS E A TECNOFOBIA DA VIGILÂNCIA NO FOUND FOOTAGE DE HORROR Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor. Área de Concentração: Estudos do Cinema e do Audiovisual. Aprovada em 02 de maio de 2016 BANCA EXAMINADORA _____________________________________________________________________ Profa. Dra. Mariana Baltar – Orientadora Universidade Federal Fluminense _____________________________________________________________________ Prof. Dr. Erick Felinto Universidade do Estado do Rio de Janeiro _____________________________________________________________________ Prof. Dr. Rodrigo Carreiro Universidade Federal de Pernambuco _____________________________________________________________________ Prof. Dr. Fabián Núñez Universidade Federal Fluminense _____________________________________________________________________ Prof. Dr. Fernando Morais da Costa Universidade Federal Fluminense Niterói, 2016 3 (in memoriam) Para Gabriel Labanca, por me ensinar sobre a vida. 4 Agradecimentos À Roberta Nunes, por me ensinar como viver. Aos meus pais, Horlandezan e Rosembergue, por me ensinarem. À mãe do meu amor, Rita Nunes, por me acolher. Às minhas irmãs, Hanne e Flávia, por me entenderem. À minha orientadora Mariana Baltar, pela confiança e aprendizado. Aos professores Fabián Núñez, Fernando da Costa, Erick Felinto e Rodrigo Carreiro, pelas valiosas leituras e sugestões. Ao professor Steve Jones, pelas respostas e indicações de leitura. Ao meu amigo Paolo Bruni, pela amizade. Aos amigos do curso de Cinema e Audiovisual da Ufes Gabriela Alves, Marcus Neves, José Magalhães Jr., Erly Vieira Jr. e Gabriel Menotti, pelas aulas. Aos professores do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF Tunico Amâncio e Maurício de Bragança, pelas lições. Aos amigos do Departamento de Comunicação Social da Ufes Rosane Zanotti, Rodrigo Scherrer, Ismael Thompson, Robson Barros e Helia Joseph, pelas palavras. Aos colegas de Pós-graduação da UFF Thalita Bastos, Hadija Chalupe, Nina Tedesco, Érica Sarmet, Marcela Dutra, Manu Galindo, Pedro Curi e Diego Brotas, pelas conversas. Aos amigos do “orfanato cinematográfico” Finordia Produções Culturais, Magno Santos, Éder Formigoni, Alex Buck, André Rios e Thiago Lins, por me adotarem. Aos alunos de iniciação científica do GHOSTEC, Juliana Monteiro, Victor Neves, Matheus Santana e Caian Viola, por se horrorizarem comigo. Ao secretariado do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF, especialmente Silvinha e Luciana, cujos esforços renderam esta pesquisa. E aos professores do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF, cujas disciplinas levaram-me ao horror. 5 Resumo Bragança, Klaus’Berg Nippes. Realidade Perturbada: choques corporais, espectros domésticos e a tecnofobia da vigilância no found footage de horror. Tese de Doutorado em Comunicação – Instituto de Artes e Comunicação Social, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2016. Esta tese investiga alguns filmes do subgênero found footage de horror produzidos após os atentados terroristas de 11/09, principalmente seus reflexos nos domínios do corpo, da família e do lar, da vigilância e do exibicionismo. Tais domínios foram se conjugando cada vez mais ao horror durante o desenvolvimento da modernidade urbana, em especial no que tange as fobias e ansiedades despertadas social, política e culturalmente pelo progresso moderno – espólios ressaltados ainda pelos conflitos e guerras contemporâneas. Corpo, família e vigilância estão sensacionalmente atrelados entre si e o found footage de horror incorpora e materializa estas propriedades em suas narrativas. Visando formatar visibilidades íntimas através do controle do ponto de vista conferido às famílias e ao amador pela mídia digital, o found footage de horror ressuscita assim figuras de alteridade e convenções estilísticas do horror por meio do poder de visibilidade adquirido pelo indivíduo. Com a decorrente disputa pelo poder de visibilidade entre agentes emergentes e tradicionais do campo midiático, o found footage de horror direciona seus medos ao uso cotidiano das tecnologias digitais de mídia, fomentando então uma tecnofobia. Palavras-Chave: 1. Found Footage de Horror 2. Corpo 3. Família 4. Vigilância 5. Tecnofobia 6 Abstract Bragança, Klaus’Berg Nippes. Realidade Perturbada: choques corporais, espectros domésticos e a tecnofobia da vigilância no found footage de horror. PhD. Thesis in Communication – Instituto de Artes e Comunicação Social, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2016. This thesis investigates some movies of the found footage horror film subgenre produced after the terrorists attacks of 09/11, especially its reflexes in the domains of the body, the family and the home, the surveillance and the exhibitionism. Such domains have been increasingly combining to the horror during the development of urban modernity, in particular regarding phobias and anxieties stirred social, political and culturally by modern progress – spoils highlighted by contemporary conflicts and wars. Body, family and surveillance are sensationally tied to each other and the found footage horror film embodies and materializes these properties in its narratives. Targeting to format intimate visibilities through the point of view control given to the families and to the amateur by the digital media, the found footage horror film resurrects alterity figures and stylistic conventions of horror through the power of visibility acquired by the individual. With the resulting dispute for the visibility power between emerging and traditional agents of the media field, the found footage horror film directs his fears to the everyday use of digital media technologies, fostering then a technophobia. Keywords: 1. Found Footage Horror Film 2. Body 3. Family 4. Surveillance 5. Technophobia 7 Lista de Figuras Figura 1: a repórter Angela conduz uma entrevista íntima em [REC]................................... 95 Figura 2: a menina Jeniffer toca o antecampo em [REC]....................................................... 97 Figura 3: a dinâmica da mordida em [REC]........................................................................... 100 Figura 4: o olhar para dentro do night-shot em [REC]........................................................... 101 Figura 5: a família amedrontada por ameaças externas em The lonely villa.......................... 105 Figura 6: anúncio publicitário com a “família Netflix”........................................................... 115 Figura 7: o set up de felicidade programado na câmera em Home Movie.............................. 121 Figura 8: o confronto aos valores familiares em Home Movie............................................... 123 Figura 9: o último jantar de família em Home Movie............................................................. 125 Figura 10: a distância da mãe em Atrocious........................................................................... 127 Figura 11: a duplicação da audiência em Atrocious............................................................... 128 Figura 12: o sacrifício ritualístico em Atrocious.................................................................... 129 Figura 13: o horror patológico escondido nas memórias de família em Atrocious................ 130 Figura 14: a vigilância do sono em Atividade Paranormal.................................................... 134 Figura 15: a presença insistente da câmera em Atividade Paranormal.................................. 136 Figura 16: montagem com a técnica da transfoto................................................................... 140 Figura 17: o “escroto assombrado” visto pelo Dr. J. R. Harding........................................... 142 Figura 18: o “rosto no escroto” visto pelos médicos canadenses........................................... 143 Figura 19: a fotografia espírita na abertura de Lake Mungo................................................... 144 Figura 20: o fantasma fabricado de Alice em Lake Mungo.................................................... 145 Figura 21: o fantasma digital em Lake Mungo......................................................................