Série Autores Gregos E Latinos Estruturas Editoriais Série Autores Gregos E Latinos
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Série Autores Gregos e Latinos Estruturas Editoriais Série Autores Gregos e Latinos ISSN: 2183-220X Diretoras Principais Main Editors Carmen Leal Soares Universidade de Coimbra Maria de Fátima Silva Universidade de Coimbra Maria do Céu Fialho Universidade de Coimbra Assistentes Editoriais Editoral Assistants Daniela Pereira Universidade de Coimbra Comissão Científica Editorial Board Adriane Duarte Frederico Lourenço Universidade de São Paulo Universidade de Coimbra Aurelio Pérez Jiménez Joaquim Pinheiro Universidad de Málaga Universidade da Madeira Graciela Zeccin Lucía Rodríguez-Noriega Universidade de La Plata Guillen Universidade de Oviedo Fernanda Brasete Universidade de Aveiro Jorge Deserto Universidade do Porto Fernando Brandão dos Santos UNESP, Campus de Araraquara Maria José García Soler Universidade do País Basco Francesc Casadesús Bordoy Universitat de les Illes Balears Susana Marques Pereira Universidade de Coimbra Todos os volumes desta série são submetidos a arbitragem científica independente. Série Autores Gregos e Latinos Apolónio de Rodes Argonáutica, Livros i e ii. Estudo Introdutório, Tradução e Notas Traduzido por Ana Alexandra Alves de Sousa IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS Série Autores Gregos e Latinos Título Title Apolónio de Rodes. Argonáutica, Livros I e II. Estudo Introdutório, Tradução e Notas Argonautica. Books I and II. Literary Study, Translation and Notes. Traduzido por Translation from the Greek Ana Alexandra Alves de Sousa https://orcid.org/0000-0001-6515-1668 Editores Publishers Contacto Contact Imprensa da Universidade de Coimbra [email protected] Coimbra University Press Vendas online Online Sales www.uc.pt/imprensa_uc http://livrariadaimprensa.uc.pt Coordenação Editorial Editorial Coordination Imprensa da Universidade de Coimbra Conceção GráficaGraphics Projeto CECH-UC: Rodolfo Lopes, Nelson Ferreira UIDB/00196/2020 – Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos Infografia Infographics da Universidade de Coimbra Jorge Neves Impressão e Acabamento Printed by KDP ISSN 2183-220X ISBN 978-989-26-2135-7 © março 2021 ISBN Digital 978-989-26-2136-4 Imprensa da Universidade de Coimbra Classica Digitalia Vniversitatis DOI Conimbrigensis https://doi.org/10.14195/978-989-26- http://classicadigitalia.uc.pt 2136-4 Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Depósito Legal Legal Deposit Coimbra Trabalho publicado ao abrigo da Licença This work is licensed under Creative Commons CC-BY (http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/pt/legalcode) Apolónio de Rodes Argonáutica, Livros I e II. Estudo Introdutório, Tradução e Notas Traduzido por Translation from the Greek Ana Alexandra Alves de Sousa Filiação Affiliation Professora Auxiliar da Universidade de Lisboa Resumo Esta tradução colmata uma falta grave no panorama literário e tem a par- ticularidade de permitir ao leitor identificar linhas de leitura. De facto, o poeta constrói com os lemas da Argonáutica, quase tanto quantos os da Odisseia, sentidos que facilmente passam despercebidos ao leitor atual, afastado do original pela barreira linguística. Assim, a tradução que apresentamos é a primeira feita com a preo- cupação de manter os lemas identificáveis. Pretendemos que o leitor contemporâneo reconheça como o leitor alexandrino, os paralelismos com outros episódios dentro do poema, as evocações subtis de perso- nagens e de momentos. Nas notas esclarecemos o hermetismo de alguns passos, típico da poesia alexandrina, e também quisemos que se identificasse algum do trabalho feito com as fontes, sobretudo a homérica. A introdução integra o poeta na sua época e oferece uma perspetiva de análise própria de alguns passos do poema, nomeadamente da invoca- ção e da écfrase do manto de Jasão. Todos os lugares da viagem de ida mereceram também comentário, pois deles partem diversos caminhos que levam à diegese, à estética literária alexandrina e à própria época ptolemaica. Palavras-chave Época ptolemaica, poesia alexandrina, écfrase, invocação, lemas, via- gem de ida, Argonautas, sentidos velados Abstract This translation fills a serious lack in the literary panorama and has the particularity of allowing the reader to identify lines of reading. In fact, the poet builds with Argonautica’s lemmas, almost as many as those of Odyssey, meanings that easily go unnoticed by the current reader, secluded from the original by the linguistic barrier. This translation is the first one done with the concern of keeping the lemmas recognizable. We want the contemporary reader to identify, as the Alexandrian reader, the parallels with other episodes within the poem, the subtle evocations of characters and moments. In the notes we clarify the most difficult passages and we also identify some of the work done with the sources, especially the Homeric. In the introduction we integrate the poet in his time and we analyse the invocation and the ecphrasis of Jason’s mantle. All the places on the outward journey also deserve comment, since from them there are several paths leading to the story, to Alexandrian literary aesthetics and to the History itself. Keywords Ptolemaic era, Argonautica, Apollonius of Rhodes, Argonauts, lemmas, invocation, ecphrasis, hiding meanings, outward journey Autora Ana Alexandra Alves de Sousa tem Doutoramento em Estudos Clássicos. É Professora Auxiliar da Universidade de Lisboa, onde ensina atualmente Grego Antigo, Cultura Grega e Literatura Grega. As suas áreas de investi- gação são a época helenística e, em particular, Apolónio de Rodes, o cor- pus hipocrático e o teatro ático do século V aC. Dos seus trabalhos mais recentes destacam-se: em 2021 “Limiares ou Mudanças Anunciadas, em Apolónio de Rodes”, Ágora. Estudos Clássicos em Debate 23, 199-223; em 2020, “Lemnos e Drépane: a voz política das mulheres em Apolónio de Rodes”, in: F. Rebelo, M. M. Miranda (coords.), O mundo clássico e a uni- versalidade dos seus valores: da Antiguidade ao nosso tempo. Vol. 1. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 135-148; em 2019, “O surgimen- to da crítica textual na época alexandrina”, in: A. Silva (ed.), Inscrições da Tradição Clássica e Oriental na Contemporaneidade. Rio de Janeiro: Letras e Versos, 10-19. Author Ana Alexandra Alves de Sousa has a PhD in Classical Studies. At the Uni- versity of Lisbon currently she teaches Ancient Greek, Greek Culture and Greek Literature. Her research areas are Hellenistic period and, in particu- lar, Apollonius of Rhodes, the Hippocratic corpus. Some of her most recent works are: in 2021, “Limiares ou Mudanças Anunciadas, em Apolónio de Rodes”, Ágora. Estudos Clássicos em Debate 23, 199-223; in 2020, “Lemnos e Drépane: a voz política das mulheres em Apolónio de Rodes”, in: F. Re- belo, M. M. Miranda (coords.), O mundo clássico e a universalidade dos seus valores: da Antiguidade ao nosso tempo.. Vol. 1. Coimbra: Imprensa da Uni- versidade de Coimbra, 135-148; in 2019, “O surgimento da crítica textual na época alexandrina”, in: A. Silva (ed.), Inscrições da Tradição Clássica e Oriental na Contemporaneidade. Rio de Janeiro: Letras e Versos, 10-19. 7 Índice Prefácio 11 Introdução 15 Bibliografia 51 Apolónio de Rodes Argonáutica, Livros I e II. Estudo Introdutório, Tradução e Notas 57 Livro I 59 Livro II 123 9 Prefácio Era imprescindível traduzir em língua portuguesa a epopeia helenística de Apolónio de Rodes, pois remonta ao século XIX a sua última tradução, feita a partir do original grego por José Maria da Costa e Silva, com o título Os Argonautas. Poema de Apollonio Rhodio, e publicada em 1852 pela Imprensa Nacio- nal. Trata-se de uma tradução em verso isossilábico, o que, ine- vitavelmente, obriga a omissões de termos e a outras alterações do original1. Mas não foi apenas a falta de uma tradução no panorama literário português que nos motivou. O convívio com a Argo- náutica levou-nos a uma perceção clara da existência de linhas de leitura veladas num poema que se constrói em constante diálogo consigo mesmo. Desta forma impôs-se que procurás- semos uma tradução que permitisse ao leitor perceber o que o texto diz em toda a sua amplitude semântica. Para um lei- tor alexandrino, conhecedor da língua homérica, a descoberta destas linhas de leitura seria um desafio facilmente superável, mas o mesmo não se pode esperar do leitor dos nossos dias, afastado do original pela barreira linguística. Assim, a tradu- ção que apresentamos é a primeira feita numa língua moderna com a preocupação de manter os lemas identificáveis. É nosso 1 Ferreira 1974 analisou com cuidado as opções filológicas desta tradução. Na sua opinião, apesar de o autor não ter seguido uma edição concreta, apresenta muitas vezes soluções coincidentes com Fränkel, discutindo as várias lições em nota; no entanto, também perde epítetos e outras expressões. 11 Argonáutica, Livros I e II. Estudo Introdutório, Tradução e Notas intento que o leitor contemporâneo, ao ler em tradução a Argo- náutica, reconheça, como o leitor alexandrino, os paralelismos com outros episódios dentro do poema, as evocações subtis de personagens e momentos, que derivam de uma criteriosa esco- lha de lemas, de que apresentamos alguns exemplos: “brandura” / “brando”, “denso de sentido”, aplicados ao discurso; “dele- tério”, “ousado”, “ousadia”, “insustentável”, que tanto reme- tem para as palavras como para as ações. Mas, uma vez que a complexidade da narrativa alexandrina também obriga a dar atenção ao trabalho feito com as fontes, sobretudo a homérica, em cuja esteira Apolónio se coloca, cerca de seiscentos anos depois do que terá sido o primeiro registo