UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A história e evolução do futsal, e o desenvolvimento no feminino de São José dos Campos.

Aline Oliveira de Santana

Andressa Carla Friggi

Mariana de Souza

São José dos Campos/SP

2012 UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO FUTSAL E O DESENVOLVIMENTO DESSA MODALIDADE NO FEMININO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.

ALINE OLIVEIRA DE SANTANA

ANDRESSA CARLA FRIGGI

MARIANA DE SOUZA

Relatório Final à Coordenação de TCC do curso de Educação Física da Faculdade de Educação e Artes da Universidade do Vale do Paraíba.

Orientador: Prof° Msc. Osvaldo Enrique Cimaschi

São José dos Campos/SP

2012 Sumário

1. Introdução ...... 1 2. Justificativa ...... 4 3. Objetivos ...... 5 3.1 Objetivo Geral ...... 5 3.2 Objetivos Específicos ...... 5 4. Metodologia da pesquisa...... 6 5. História ...... 7 5.1 Futsal no Mundo...... 7 5.2 Futsal no Brasil ...... 10 5.2.1 O Futsal nos estados brasileiros...... 12

5.3 Primeiras entidades oficiais ...... 12

5.4 Primeiras Regras ...... 13

5.5 Quadra de Jogo ...... 14 5.5.1 Dimensão ...... 14 5.5.2 Marcação da quadra ...... 14 5.5.3 Área da Meta ...... 15 5.5.4 Penalidade Máxima ...... 15 5.5.5 Tiro Livre sem barreira ...... 15 5.5.6 Zona de substituição ...... 15 5.5.7 Meta ...... 16 5.5.8 Construção ...... 16 5.5.9 Local para representante ...... 16 5.5.10 Local para atletas reservas e comissão técnica ...... 16 5.5.11 Placar ou mostrador e cronometro eletrônico ...... 17 6. Cronologia do Futsal ...... 18 7. As grandes competições no futsal masculino ...... 20 7.1 Liga Nacional de futsal masculino ...... 20 8. O Futsal Feminino ...... 22 8.1 As grandes competições no futsal feminino ...... 25 8.2 O futsal feminino em São José dos Campos ...... 28 8.3 Depoimentos de protagonistas do futsal feminino em São José dos Campos . 28 8.3.1 Alexandre M. Buzzo ...... 28 8.3.2 Flávia de C. Gil ...... 29 8.3.3 Bruna F. Balbino ...... 31

9 Conclusão ...... 32 10 Referências Bibliográficas ...... 33 11 Anexos ...... 35 11.1 O futsal nas Olimpíadas ...... 35 Anexo I A Carta Olímpica ...... 35 Anexo II Porque o futsal não é Olímpico? ...... 36

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1 .Introdução

A prática de futebol de salão, datada na década de 30 onde o futebol praticado nos campos de várzea, começaram a ser adaptadas as quadras de basquete e pequenos salões.

As primeiras regras surgidas foram fundamentadas no futebol, basquete, handebol e pólo aquático pelo professor Juan Carlos Ceriani da ACM de Montevideo, com o objetivo de ordenar a prática do futebol de salão durante as aulas de educação física. (www.cbfs.com.br)

Por ocasião de um curso promovido pelo Instituto Técnico da Federação Sul Americana de Associações Cristãs de Moços, foram distribuídas cópias destas regras a todos os representantes da América do Sul, e entre eles alguns brasileiros (Asdrúbal Monteiro, João Lotufo e José Rothier).

No Brasil, o futebol de salão dava seus primeiros passos também na década de 30. Foram então criadas entidades normativas do desporto. Em março de 1958, a então Confederação Brasileira de desportos (CBD) oficializou a prática de futebol de salão no país e nas décadas de 60 e 70. (www.cbfs.com.br)

No final da década de 70 a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) deixa de existir e surge a Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS), que contribuiu de forma expressiva para a ascensão do esporte. A década de 90 representa a grande mudança na trajetória do futebol de salão, pois a partir da fusão do futebol de cinco, surge então o termo “futsal”.

Segundo dados oficiais da FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado), o futsal é praticado em 140 países. No masculino o Brasil é hexa campeão mundial, campeão Pan Americano, Sul Americano e tem participação e conquistas em diversos torneios internacionais.

No feminino são 55 países praticantes da modalidade. Esse número bastante inferior de países 2

reflete a realidade do futsal feminino: não existe um campeonato mundial, o futsal feminino não foi incluído nos Jogos Pan americanos no e nos Jogos Sul Americanos e como no masculino, também não é esporte olímpico.

A necessidade de expandir o futsal feminino ocorreu, pelo fato de que, a admissão do futsal nos Jogos Olímpicos depende, da pratica da modalidade nos gêneros masculino e feminino.

Os esforços da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) em favorecer o intercâmbio internacional no feminino possibilitou a criação do Campeonato Sul Americano de Seleções que está na sua 3ª edição (2011) contando com a participação de 07 países. No entanto esses avanços no futsal feminino ainda esbarram no fato do futsal não ser um esporte olímpico dificultando um crescimento mais acelerado e maior interesse de patrocinadores e da mídia televisiva. (www.cbfs.com.br)

No Brasil a prática do futsal feminino foi oficializada em 08/01/1983 pelo extinto Conselho Nacional de Desportos (CND). A partir dessa autorização os campeonatos começaram a surgir em vários estados. Anteriormente a essa data, as competições eram organizadas sem o caráter oficial.

Por conta da necessidade em expandir a prática do futsal feminino no Brasil, foram surgindo as competições estaduais, em 1992 a CBFS organizou a 1ª edição da Taça Brasil de Clubes adulto feminino que contou com a participação de 10 equipes e foi realizada em Mairinque- SP. (www.cbfs.com.br) Em 2003 os campeonatos de categorias de base também começaram a ser disputados. No mesmo ano os jogos em nível nacional começaram a ser arbitrados por mulheres e a partir de 2004 a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) criou o quadro de arbitragem feminino que passou a arbitrar os jogos da Taça Brasil em todas as categorias. Em 2007 a FIFA cria o quadro de arbitragem feminino, sendo escolhidas 4 brasileiras indicadas pela CBFS. (www.cbfs.com.br)

Mesmo com toda a evolução, somente 09 anos depois da 1ª competição oficial (1992), foi 3

convocada pela primeira vez a seleção Brasileira para o Desafio Internacional com o Paraguai, em Londrina-PR em dezembro de 2001. Em Novembro de 2005 a Seleção Brasileira foi convocada novamente e teve um período de treinamentos em Londrina e Maringá-PR para uma série de 03 amistosos com a Espanha como preparação para o I Sul Americano realizado em Barueri-SP com a participação de 06 países. Em 2007 aconteceu o 2º campeonato Sul Americano no Equador. E em 2009 o 3º Sul Americano realizado em Campinas-SP com o Brasil sagrando-se tri campeão. (www.cbfs.com.br)

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2. Justificativa

O presente estudo intenciona mostrar como se iniciou e como tem sido a evolução do Futsal Brasileiro e como vem se desenvolvendo o Feminino na cidade de São José dos Campos, essa modalidade que a cada dia tenta encontrar seu lugar no cenário nacional.

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3. Objetivos

3.1 Geral

A evolução histórica do Futsal.

3.2 Objetivos específicos

Estudar o desenvolvimento do futsal no Brasil.

Relatar o início da modalidade na categoria feminina em São José dos Campos e seu desenvolvimento.

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4. Metodologia

O trabalho será realizado a partir de revisão de literatura, embasado em sites e livros, buscando informações necessárias para o desenvolvimento do mesmo, colhendo depoimentos de ex-jogadoras e dirigentes da modalidade bem como técnicos e jogadoras.

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5. História

O futebol de salão tem duas versões sobre o seu surgimento, e, tal como em outras modalidades desportivas, há divergências quanto a sua invenção. Há uma versão que o futebol de salão começou a ser jogado por volta de 1940 por frequentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo (SP), pois havia uma grande dificuldade em encontrar campos de futebol livres para poderem jogar e então começaram a jogar suas ''partidas de várzea'' nas quadras de basquete e hóquei.

No início, jogavam-se com cinco, seis ou sete jogadores em cada equipe, mas logo definiram o número de cinco jogadores para cada equipe. As bolas usadas eram de serragem, crina vegetal, ou de cortiça granulada, mas apresentavam o problema de saltarem muito e frequentemente saiam da quadra de jogo, então tiveram seu tamanho diminuído e seu peso aumentado, por este fato o futebol de salão foi chamado de “Esporte da bola pesada”.

Há também a versão, tida como a mais provável, de que o futebol de salão foi inventado em 1934 na Associação Cristã de Moços de Montevidéu, Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani, que chamou este novo esporte de “Indoor-foot-ball”. (www.cbfs.com.br)

5.1 O Futsal no mundo

Em 14 de setembro de 1969, em Assunção, Paraguai, com a presença de João Havelange presidente da CBD, Luiz Maria Zubizarreta, presidente da Federação Paraguaia de Futebol, e Carlos Bustamante Arzúa, presidente da Associação Uruguaia de Futebol, foi fundada a Confederação Sul-Americana de Futebol de Salão - CSAFS, também representou o Brasil nesta reunião Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes. (www.cbfs.com.br)

Em 25 de Julho de 1971, em São Paulo numa iniciativa da CBD e da CSAFS, com a presença de representantes do Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai foi fundada a Federação Internacional de Futebol de Salão - Fifusa, o seu primeiro presidente do 8

conselho executivo foi João Havelange, que comandou de 1971 a 1975, mas devido seus compromissos com o futebol, tanto da CBD, como na Fifa, quem realmente dirigiu a Fifusa neste período foi seu secretário geral Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes. (www.cbfs.com.br)

Em 1975, Waldir Nogueira Cardoso assumiu a presidência da Fifusa. A partir de 1980 Januário D'Alécio iniciou sua gestão realizando o 1º Pan Americano de Futebol de Salão no México, com a participação de Brasil, México, Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia e Estados Unidos, competição vencida pelo Brasil.

Em 1982, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a Fifusa organizou o 1º Campeonato Mundial de Futebol de Salão, contou com a participação de Brasil, Argentina, Costa Rica, Tchecoslováquia, Uruguai, Colômbia, Paraguai, Itália, México, Holanda e Japão. O Brasil venceu a final por 1 a 0 em cima do Paraguai.

O primeiro mundial foi um marco, a partir de então o futebol de salão começou a despertar o interesse da Fifa, que começou a criar muitas dificuldades para todas as competições patrocinadas pela Fifusa, e ameaçava nos jornais da época em redigir novas regras para o “futebol de cinco” e noticiava que iria patrocinar um mundial.(www.cbfs.com.br)

Em 1985 foi realizado o 2º Campeonato Mundial de Futebol de Salão, organizado pela Fifusa, na Espanha, com vitória do Brasil, em 1988 foi realizado, na Austrália, o 3º Mundial, com a vitória do Paraguai.

Em setembro de 1988, Álvaro Melo Filho, Presidente da CBFS, frente às dificuldades da Fifusa e projetando um futuro melhor para o futebol de salão, aceitou convite para encontro no Rio de Janeiro, arquitetado pelo dirigente do Bradesco Ararino Sallum, iniciando negociações com o então Presidente da Fifa, João Havelange, e seu secretário geral, Joseph Blatter, que veio ao Brasil especialmente para tratar de futebol de salão, visando a que a Fifa 9

encampasse a Fifusa e passasse a comandar, internacionalmente, o esporte.(www.cbfs.com.br)

Em janeiro de 1989, Álvaro Melo Filho autorizou a equipe do Bradesco a representar o Brasil, na Holanda, na 1º Copa do Mundo de Futsal da Fifa, obtendo o título de campeão mundial. (www.cbfs.com.br)

E o Brasil, que havia perdido o último mundial da Fifusa, realizado em novembro de 1988, recuperou o título no primeiro mundial da Fifa, disputado em janeiro de 89, ou seja, menos de dois meses depois. Logo após este mundial Álvaro Melo Filho, contando com a anuência e presença de Januário D'Alécio (Presidente da Fifusa), participou de várias reuniões na Fifa, ao longo do ano de 1989, onde sempre teve presença e atuação destacada, dentre outros, do secretario geral da Fifa, à época, Joseph Blatter, tendo as negociações, ao final, acordado a fusão Fifa/Fifusa, quando então foi constituída, na Fifa, com previsão estatutária, a Comissão de Futsal. A partir dai o futebol de salão passa a chamar futsal. (www.cbfs.com.br)

Em 02 de maio de 1990 o Brasil oficial e legalmente desligou-se da Fifusa em carta do presidente da CBFS Aécio de Borba Vasconcelos àquela entidade, com o aval das 26 Federações filiadas a CBFS, e, desde então, passou a adotar as novas regras de jogo emanadas da Fifa, tendo sempre como objetivos principais espraiar e desenvolver o Futsal (desporto de criação nacional) no mundo e levar a modalidade a integrar o programa dos Jogos Olímpicos, sonho de todos os salonistas. (www.cbfs.com.br)

A partir de 1992 as Copas do Mundo de Futsal da Fifa passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos, seguindo o mesmo modelo adotado para o futebol. O domínio brasileiro na modalidade é latente. Os brasileiros, além do título conquistado em 1989, na Holanda, venceram também as edições de 1992 (Hong Kong - China), 1996 (Espanha) e 2008 (Brasil). Enquanto os espanhóis, maiores adversários brasileiros, levantaram a taça em 2000 (Guatemala) e 2004(Taipei-China).( www.cbfs.com.br)

Tabela 1: campeões do mundo Ano Campeão Local Entidade 10

1982 Brasil Brasil Fifusa 1985 Brasil Espanha Fifusa 1988 Paraguai Austrália Fifusa 1989 Brasil Holanda Fifa 1992 Brasil HongKong(China) Fifa 1996 Brasil Espanha Fifa 2000 Espanha Guatemala Fifa 2004 Espanha Taipei (China) Fifa 2008 Brasil Brasil Fifa Fonte: Confederação Brasileira de futsal.

5.2 O Futsal no Brasil

No ano de 1957, em , houve uma tentativa de se fundar a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, a ata foi encaminhada ao Conselho Nacional de Desportos, mas o CND não acatou a ata que foi registrada dia 30 de setembro de 1957 com o nº 2.551. Esta situação como conselho subordinado a CBD perdurou até 1979. Em 15 de junho de 1979 foi realizada a Assembleia Geral que fundou a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, tendo sido eleito, para o período 1980/1983, como presidente, Aécio de Borba Vasconcelos. (www.cbfs.com.br)

O Futsal começou a estender-se pelos Estados brasileiros, estabelecendo-se regras elementares procurando disciplinar sua prática. Dentro de pouco tempo organizavam-se times, disputando torneios abertos. Com a facilidade para a formação de equipes rapidamente ganhava adeptos sendo introduzido em quase todas as Capitais, que já o praticavam copiando regras uns dos outros. (www.csj.d12futsal.com.br)

Na década de 50 iniciaram várias Federações Estaduais, e a pioneira foi a Federação Metropolitana de Futebol de Salão (atual Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro), fundada a 28 de Julho de 1954, na sede do América Futebol Clube. (www.csj.d12futsal.com.br)

Em 1955 a Entidade carioca organizou a primeira competição oficial, denominando-a "Torneio de Apresentação", vencido pelo Braz de Pina. Em 1955 foi realizado o primeiro 11

campeonato na cidade do Rio de Janeiro, com 42 equipes. Em 1956, no Estado do Ceará, que mais tarde viria a ser a sede da Confederação Brasileira de Futebol de Salão, foi o primeiro campeonato dirigido pela recém fundada Federação Cearense de Futebol de Salão. (www.csj.d12futsal.com.br)

Até 1959 havia divergência de regras, com Rio de Janeiro e São Paulo disputando a excelência do novo esporte, procurando impor seus pontos de vista. O Futebol de Salão ganhara, tal amplitude que a então Confederação Brasileira de Desportos resolveu oficializar a sua prática, unificando suas regras, aceitando como filiadas as Federações Estaduais e promovendo certames de âmbito nacionais, de clubes e seleções. (www.csj.d12futsal.com.br)

Convém dizer que a tendência natural de uma grande parte dos brasileiros pelo futebol transfundiram-se para o Futsal, em razão da valorização imobiliária e de outros fatores sócio econômicos que implicaram na quase extinção dos antigos campos de várzea. E o futebol passou à falta de espaços principalmente nas áreas urbanas, a ser praticado em quadras originalmente destinadas a jogos de basquete e vôlei, daí pode-se explicar a "febre" do futsal. (www.csj.d12futsal.com.br)

Hoje, seguramente o Futsal é a recreação e lazer desportivo da preferência de mais de 12 (doze) milhões de brasileiros, tendo assim, grande relevância não só na manifestação esporte- performance, como também nas outras manifestações (esporte-educação e esporte- participação) definidas na recomendação nº 01/86 do CND ( Conselho Nacional de Desportos). (www.csj.d12futsal.com.br)

O Futsal vem como único esporte genuinamente brasileiro e que não impõe o biótipo geralmente requerido para certas modalidades com origem estrangeira podendo praticá-lo o alto, o baixo, o gordo, o magro, o jovem ou o mais idoso, daí ter tomado de roldão as quadras e espaços de recreação dos colégios, edifícios, empresas, pólos de lazer, clubes sociais e esportivos, quartéis, praças, conjuntos habitacionais, etc. (www.csj.d12futsal.com.br)

Além deste aspecto democrático e participativo, convém assinalar que “astros” do futebol creditam grande parte de seu sucesso ao aprendizado obtido no Futsal, onde iniciaram a vida desportiva. O jogador que vem do Futsal tem um drible fácil e curto, aperfeiçoado pelo pequeno espaço em quadra. Aprende a conduzir a bola perto do corpo, aprimora o domínio raramente errando um passe, além de ter um sentido de marcação muito desenvolvido.(www.csj.d12futsal.com.br) 12

5.2.1 O Futsal nos Estados brasileiros

O Futebol de Salão brasileiro tinha no seu inicio, em meados dos anos 50 várias regras, foi então que em 05 de fevereiro de 1957 o então presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) Sylvio Pacheco criou o Conselho Técnico de Assessores de Futebol de Salão para conciliar divergências e dirigir os destinos do futebol de salão no Brasil. Foram eleitos para este conselho com mandato de três anos: Ammy de Moraes (Guanabara), Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandez (São Paulo), Roberto José Horta Mourão (Minas Gerais), Roberval Pereira da Silva (Estado do Rio), Utulante Vitola (Paraná). No ano de 1957, em Minas Gerais, houve uma tentativa de fundar-se a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, a ata foi encaminhada ao Conselho Nacional de Desportos (CND), mas o CND não acatou tal ata que foi registrada dia 30 de setembro de 1957 com o nº 2.551. Esta situação como conselho subordinado a CBD perdurou até 1979. Em 15 de junho de 1979, foi realizada a Assembleia Geral que fundou a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, tendo sido eleito, para o período 1980/1983, como presidente, Aécio de Borba Vasconcelos, dirigente maior da CBFS que hoje congrega 27 Federações estaduais, mais de 4.000 clubes e 310.000 atletas inscritos. (www.ptscribd.com/historiadofutsal)

5.3 Primeiras entidades oficiais

Habib Maphuz é um dos nomes que mais se destaca no que diz respeito ao futsal. Maphuz era professor da ACM de São Paulo e no início dos anos cinquenta participou da elaboração das normas para a prática de várias modalidades esportivas, sendo uma delas o futebol jogado em quadras, tudo isto no âmbito interno da ACM paulista, e foi ele quem fundou a primeira liga de futebol de salão, a Liga de Futebol de Salão da Associação Cristã de Moços. Mais tarde o professor se tornou o primeiro presidente da Federação Paulista de Futebol de Salão. Em 28 de Julho de 1954 foi fundada a Federação Metropolitana de Futebol de Salão, atual Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro, a primeira federação estadual do Brasil, sendo Ammy de Moraes seu primeiro presidente. Neste mesmo ano foi fundada a Federação Mineira de Futebol de Salão.

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Em 1955 foi fundada a Federação Paulista de Futebol de Salão. A partir de então foi o desencadeamento da origem de federações estaduais por todo o Brasil.

Em 1956: as Federações Cearense, Paranaense, Gaúcha e Baiana.

Em 1957: as Catarinense e a Norte-rio-grandense,

Em 1959: as Sergipana.

Na década de 60: as Federações de Pernambuco, do Distrito Federal, da Paraíba;

Na década de 70: as Federações Acreana, a do Mato Grosso do Sul, a Goiana, a Piauiense, a Mato-grossense, e a Maranhense.

Nos anos 80: as Federações Amazonense, a de Rondônia, a do Pará, a Alagoana, a do Espírito Santo e a Amapaense.

E, finalmente, na década de 90 vieram as mais novas: Roraimense e a Tocantinense.

5.4 Primeiras Regras.

Jogo realizado dentro de uma quadra de cimento ou emborrachado, a bola deve ter entre 62 e 64 cm de circunferência e peso entre 400 e 440 gramas, realizado com cinco atletas, sendo um goleiro e quatro jogadores de linha (Ala direita, Ala esquerda, fixo e Pivô).

As primeiras regras foram editadas em 1956. As normas foram feitas por Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes, em São Paulo. Juan Carlos Ceriani e Habib Maphuz professores da ACM são considerados os pais do futebol de salão. Este esporte, relativamente novo, é sem nenhuma contestação a segunda modalidade esportiva mais praticada no Brasil, somente atrás do futebol, e atualmente o esporte em maior crescimento em todo mundo.

O futebol de salão brasileiro tinha no seu inicio, várias regras. Foi então que em 5 de fevereiro de 1957 o então presidente da Confederação Brasileira de Desportos, CBD, Sylvio Pacheco criou o Conselho Técnico de Assessores de Futebol de Salão para conciliar divergências e dirigir os destinos do futebol de salão no Brasil. 14

Foram eleitos para este conselho com mandato de três anos: Ammy de Moraes (Guanabara), Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandez (São Paulo), Roberto José Horta Mourão (Minas Gerais), Roberval Pereira da Silva (Estado do Rio), Utulante Vitola (Paraná). (www.cbfs.com.br)

5.5 A quadra do Jogo

5.5.1 Dimensão: A quadra de jogo será um retângulo com comprimento de 40 metros e largura de 20 metros. As linhas demarcatórias da quadra, na lateral e no fundo, deverão estar afastadas 2 (dois) metros de qualquer obstáculo (rede de proteção, tela, grade ou parede).

5.5.2 Marcação da quadra: Todas as linhas demarcatórias da quadra deverão ser bem visíveis com 8 (oito) centímetros de largura.

As linhas limítrofes de maior comprimento denominam-se linhas laterais e as de menos comprimento linhas de meta.

Na metade da quadra será traçada uma linha divisória, de uma extremidade a outra das linhas laterais, equidistantes às linhas de meta.

O centro da quadra será demarcado por um pequeno círculo com 10 (DEZ) centímetros de raio.

Ao redor do pequeno círculo será fixado o circulo central da quadra com um raio de 3 (TRÊS) metros.

Nos quatro cantos da quadra, no encontro das linhas laterais com as linhas de meta serão demarcados ¼ ( um quarto ) de círculo com 25 centímetros de raio de onde serão cobrados os arremessos de canto. O raio de 25 centímetros partirá do vértice externo do ângulo formado pelas linhas lateral e de meta até o extremo da nova linha.

As linhas demarcatórias integram e pertencem à quadra de jogo. 15

5.5.3 Área de Meta: As linhas limítrofes de maior comprimento denominam- se linhas laterais e as de menor comprimento linhas de meta. (www.cbfs.com.br)

Na metade da quadra será traçada uma linha divisória, de uma extremidade a outra das linhas laterais, equidistantes às linhas de meta.

O centro da quadra será demarcado por um pequeno círculo com 10 (dez) centímetros de raio.

Ao redor do pequeno círculo será fixado o círculo central da quadra com um raio de 3 (três) metros.

Nos quatro cantos da quadra, no encontro das linhas laterais com as linhas de meta serão demarcados ¼ (um quarto) de círculo com 25 centímetros de raio de onde serão cobrados os arremessos de canto. O raio de 25 centímetros partirá do vértice externo do ângulo formado pelas linhas lateral e de meta até o extremo externo da nova linha.

As linhas demarcatórias integram e pertencem à quadra de jogo.

5.5.4 Penalidade Máxima: A distância de 6 (seis) metros do ponto central da meta, medida por uma linha imaginária em ângulo reto com a linha de meta e assinalada por um pequeno círculo de 10 (dez) centímetros de raio, serão marcados os respectivos sinais de penalidade máxima.

5.5.5 Tiro livre sem barreira: A distância de 10 (dez) metros do ponto central da meta, medida por uma linha imaginária em ângulo reto com a linha de meta, serão marcados o respectivos sinais, de onde serão cobrados os tiros livres sem barreira, nas hipóteses previstas nestas regras. A distância de 5 (cinco) metros do ponto central da meta em ângulo reto com a linha de meta, deverá ser marcado com uma linha tracejada de 60 (sessenta) centímetros, paralela a linha de meta, para demarcar a distância mínima em que o goleiro poderá ficar na cobrança dos tiros livres sem barreira.

5.5.6 Zona de substituição: É o espaço determinado na linha lateral, do lado onde se encontra a mesa de anotações e cronometragem, iniciando-se a uma distância de 5 (cinco) metros para cada lado partindo da linha divisória do meio da quadra. Para cada zona haverá um espaço de 5 (cinco) metros identificados com linhas de 80 (oitenta) centímetros, ficando 40 (quarenta) centímetros no interior da quadra e 40 (quarenta) centímetros para fora da quadra. Por entre estas linhas de 80 (oitenta) centímetros os atletas deverão entrar e sair da quadra por ocasião das substituições. O espaço a frente da mesa do anotador e cronometrista 16

com 5 (cinco) metros de cada lado da linha divisória do meio da quadra deverá permanecer livre. (www.cbfs.com.br)

5.5.7 Meta: No meio de cada área e sobre a linha de meta serão colocadas as metas, formadas por dois postes verticais separados em 3 (três) metros entre eles (medida interior) e ligados por um travessão horizontal cuja medida livre interior estará a 2 (dois) metros do solo.

A largura e espessura dos postes e do travessão serão de 8 (oito) centímetros e quando roliços terão o diâmetro de 8 (oito) centímetros.

• Os postes e travessão, poderão ser confeccionados em madeira, plástico, ferro ou material similar e pintados de cor contrastante com o fundo da quadra, de preferência que não sejam fixados ao solo. Os postes e travessão deverão ter a mesma largura e espessura.

• Serão colocadas redes por trás das metas e obrigatoriamente presas aos postes, travessão e ao solo. Deverão estar convenientemente sustentadas e colocadas de modo a não perturbar ou dificultar a ação do goleiro. As redes serão de corda, em material resistente e malhas de pequena abertura para não permitir a passagem da bola. As metas não devem possuir ferro ligando o travessão ao suporte de sustentação

5.5.8 Construção: O seu piso deverá ser construído de madeira, material sintético ou cimento, rigorosamente nivelado, sem declives, nem depressões, prevenindo escorregões e acidentes.

5.5.9 Local para o representante: As quadras deverão dispor, obrigatoriamente, em lugar central e inteiramente inacessível aos assistentes, de mesa e cadeiras para que o representante da entidade, o anotador e o cronometrista possam exercer com segurança e tranquilidade suas funções.

5.5.10 Local para os atletas reservas e comissão técnica: As quadras deverão dispor de dois locais privativos e adequados, situados a margem das linhas laterais ou de meta, inacessível aos assistentes, onde ficarão sentados os atletas suplentes que não estejam em aquecimento, técnico ou treinador, massagista ou atendente, médico ou fisioterapeuta e preparador físico das equipes disputantes. A localização dos bancos de reservas deverá ser do mesmo lado da mesa de anotações e da zona de substituições e cada equipe ficará ocupando o banco colocado ao lado da meia quadra onde a equipe está defendendo e guardará, 17

obrigatoriamente uma distância nunca inferior a 5 (cinco) metros de cada lado da mesa. Quando colocados junto a linha de meta, não deverão permanecer entre os postes e a marcação dos 5 (cinco) metros da linha lateral. (www.cbfs.com.br)

5.5.11 Placar ou mostrador e cronômetro eletrônico: As quadras possuirão, obrigatoriamente, em perfeitas condições de uso e visibilidade para o público, atletas, membros da comissão técnica e para a equipe da arbitragem, placar ou mostrador onde serão afixados ou indicados os tentos da partida e o cronômetro eletrônico para controle do tempo de jogo. (www.cbfs.com.br)

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6. Cronologia do futsal

1949 - A ACM do Rio de Janeiro organiza o primeiro torneio aberto de futsal para meninos entre dez e quinze anos. (www.cbfs.com.br) 1954 - Em 28 de julho é fundada, no Rio de Janeiro, a primeira entidade oficial, a Federação Metropolitana de Futsal, na sede do América Futebol Clube. (www.cbfs.com.br)

1955 - Em 14 de junho é fundada a Federação Paulista de Futsal. (www.cbfs.com.br)

1956 - É realizado o primeiro campeonato da cidade do Rio de Janeiro, com 42 equipes, cabendo ao time carioca "Imperial" o título de primeiro campeão. (www.cbfs.com.br)

1958 - A Confederação Brasileira de Desportos resolve oficializar a prática de futsal, uniformiza suas regras e funda o Conselho Técnico de Futebol de salão tendo as Federações Estaduais como filiadas. (www.cbfs.com.br)

1959 - Primeiro Campeonato Brasileiro de Seleções. A seleção do Rio de Janeiro fica com o título, Seleção Paulista fica com o vice-campeonato. (www.cbfs.com.br)

1971 - É fundada no Rio de Janeiro, a Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), contando com a filiação de 32 países que praticavam o futsal nos moldes brasileiros. O primeiro presidente da é João Havellange. (www.cbfs.com.br)

1981 - A CBFS consegue sua sede própria. (www.cbfs.com.br)

1982 - É realizado o primeiro campeonato Mundial de Seleções de Futsal, com o ginásio do Ibirapuera o Brasil torna-se o primeiro campeão vencendo o Paraguai. (www.cbfs.com.br)

1985 - O segundo Campeonato Mundial de Futsal é realizado na Espanha e o Brasil torna-se bi vencendo a própria Espanha. (www.cbfs.com.br)

1988 - Na terceira edição do Mundial de Seleções o Paraguai surpreende o Brasil e fica com o título na Austrália. (www.cbfs.com.br)

1989 - A Holanda é sede do quarto Mundial de Seleções, mais uma vez o Brasil conquista o título diante dos donos da casa. (www.cbfs.com.br) 19

1990 - A FIFA homologa a supervisão do futsal mediante extinção da Fifusa e cria sua comissão de futsal. Posteriormente, algumas Federações desistem de acabar com a Fifusa e elegem o Sr. Antônio Alberca presidente. Surge o termo Futsal. (www.cbfs.com.br)

1992 - Na quinta edição do Mundial de Seleções, o Brasil conquista seu quarto título diante dos Estados Unidos em Hong Kong. A organização fica por conta da FIFA. (www.cbfs.com.br)

1996 - Sexta edição do Mundial de Seleções, o Brasil conquista o Pentacampeonato Mundial diante da Espanha, donos da casa. (www.cbfs.com.br)

2000 - Sétima edição do Mundial de Seleções, na Guatemala, o Brasil é surpreendido pela Espanha na Final. (www.cbfs.com.br)

2002 - É realizado o primeiro Brasileiro de Seleções Feminino em São Paulo, a Seleção Paulista é a campeã de forma invicta. (www.cbfs.com.br)

2003 - Por intermédio de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, o Futsal é incluído nos jogos Pan Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. A Federação Paulista de Futsal lança um projeto em prol do Futsal: "Eu Quero Futsal Olímpico".(www.cbfs.com.br)

2004 - A FIFA promove, na China, o seu 5º Campeonato Mundial. A Espanha é bicampeã. O Brasil, pela primeira vez, fica de fora de uma final de Copa do Mundo. Boa parte dos jogadores brasileiros que se destacam ou com acesso à dupla cidadania é contrata por equipes de todo o mundo. (www.cbfs.com.br)

2008- A FIFA promove, no Brasil, o seu 6º Campeonato Mundial. O Brasil é hexacampeão, após jogo disputado contra a Espanha, com empate no tempo normal e prorrogação, e vitória nos pênaltis. O jogador brasileiro Falcão é eleito o destaque da competição. (www.esportesterra.com.br

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7. As grandes competições no futsal Masculino

De acordo com Vieira e Freitas (2007)

[...] “Sem nunca ter sido incluído nos jogos olímpicos e pan- americano o futsal conta com um ótimo retorno de mídia e um público cada vez maior em suas principais competições. Em âmbito nacional, os campeonatos mais concorridos são os da Espanha, Brasil e Itália, por concentrarem os melhores jogadores do mundo. No Brasil como em outros países, há mais de uma competição importante, a Liga Nacional e a Taça Brasil são os destaques. Contribuindo para rivalidades continentais, os títulos mais cobiçados são o de campeão europeu e sul-americano, apesar da absoluta hegemonia brasileira. Internacionalmente, o campeonato Mundial promovido pela FIFA é seguramente o evento de maior apelo e credibilidade. Mas há também o mundial organizado pela Associação Mundial de Futsal (AMF) e outras competições intercontinentais como o Grand Prix de Futsal, cuja ultima edição reuniu seleções sul-americanas e Europeias. Existem ainda os campeonatos sul-americanos e o mundial interclubes ambos ainda não reconhecidos oficialmente pela FIFA.”

7.1 Liga Nacional de futsal Masculino

A Liga Futsal foi criada em 1996 com o objetivo de incrementar e envolver os principais clubes brasileiros, que já tinham um calendário de competições, mas necessitavam de uma estrutura mais profissional para alavancar a modalidade no País. A inspiração veio do modelo do basquete norte-americano, hoje um evento de sucesso reconhecido no mundo todo pela organização, estrutura e qualidade técnica dos participantes.

Com essa filosofia de sempre levar o melhor espetáculo ao público, a Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) deu início no dia 27 de abril de 1996 à Liga Futsal, em parceria com as principais empresas de material esportivo do mundo, patrocinadores de renome 21

nacional, clubes tradicionais e a televisão.

O campeonato já reuniu e reúne craques do nível de Falcão, Manoel Tobias, Lenísio, Índio, Pablo, Schumacher, Fininho e outros atletas da seleção brasileira. Profissionais conhecidos da área de administração, técnica, física e médica do futsal também estão envolvidos no evento, considerado o mais importante da modalidade na América do Sul. Em 2011, a Liga Futsal contou com a participação de 23 equipes de sete estados, mais o Distrito Federal (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Paraná). O número de participantes foi recorde, transformando o campeonato, na maior Liga do mundo. (www. futsaldobrasil.com.br)

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8. O Futsal Feminino

Em 1983 o Conselho Nacional de Desportos (CND), oficializou a prática do Futebol e Futebol de Salão para mulheres. A partir dessa data os campeonatos começaram a surgir em vários estados. Antes disso ocorrer alguns estados já faziam seus campeonatos locais e metropolitanos.

A necessidade de expandir a prática do Futsal feminino no Brasil e no mundo teve como principal motivo aumentar o número de países praticantes também no feminino para incluir a modalidade nas Olimpíadas.

Na Europa, os campeonatos acontecem de forma organizada na Itália, Espanha e Rússia, entre outros. Na América do Sul o Futsal no feminino é praticado no Paraguai, Argentina, Uruguai, Peru, Chile, Equador e Brasil.

Em Novembro de 2005 a Seleção Brasileira foi convocada para uma série de 03 amistosos com a Espanha e para o I Sul Americano com a participação de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Equador e Peru.

Para que o Futsal também tivesse uma evolução no feminino, era necessário que se organizassem competições oficiais. O primeiro campeonato oficial organizado pela CBFS, foi a I TAÇA BRASIL DE CLUBES, realizada em Mairinque-SP em janeiro de 1992 com a participação de 10 equipes indicadas por suas Federações, já que por não haver campeonatos nacionais a maioria das Federações não organizavam campeonatos estaduais. Os estaduais começaram a ser organizados em quase todos os Estados a partir de 1992 e os campeões de cada estado garantiriam vaga para a Taça Brasil do ano seguinte. (www2.unopar.br)

Desde 1992, as equipes de São Paulo foram as que mais títulos conquistaram na Taça Brasil, com a equipe da Marvel de Santos e depois com a Associação Sabesp de São Paulo. A partir de 2003 o Rio Grande do Sul com a equipe do Chimarrão de Estância Velha e Santa Catarina com o Kindermann passaram a conquistar títulos nacionais.

O processo de renovação teve seu início em São Paulo que foi o estado que oficializou os 23

primeiros campeonatos de base. A partir de 2003 com a criação de competições de categorias de base em nível nacional, São Paulo, Paraná e Santa Catarina se tornaram os estados com maiores participações em categorias de base ( sub-15, sub-17, sub-20). A primeira competição organizada pela CBFS para categorias menores foi na categoria sub-20 em 2003. A Taça Brasil adulto movimenta todo o Brasil possuindo hoje eliminatórias com 25 equipes em todas as regiões do País. (www2.unopar.br)

Tabela 2: Equipes campeãs da taça Brasil Adulto.

Local Ano Campeã Mairinque (SP) 1992 Bordon (SP) Goiânia (GO) 1993 Vasco da Gama (RJ) Savador (BA) 1994 Euroexport (BA) Londrina (PR) 1995 Marvel (SP) Porto Alegre (RS) 1996 Marvel (SP) São Paulo (SP 1997 Ass. Sabesp (SP) São G. Amarante (RN) 1998 Ass. Sabesp (SP) Campos do Jordão(SP) 1999 Ass. Sabesp (SP) Anápolis (GO) 2000 Uni’Santana (SP) Brasília (DF) 2001 Ass. Sabesp (SP) Goiânia (GO) 2002 Ass. Sabesp (SP) Belém (PA) 2003 Chimarrão (RS) Londrina (PR) 2004 Chimarrão (RS) Campo Grande (MS) 2005 S.E. Kindermann (SC) Catalão (GO) 2006 Kindermann (SC) Maringá (PR) 2007 Chimarrão(RS) Chapecó – SC 2008 Jaguaré/Palmeiras/Osasco (SP) Londrina (PR) 2009 UnoChapecó (SC) Anápolis (GO) 2010 UnoChapecó (SC) Igarassu (PE) 2011 Montes Claro (MG) Fonte: unopar.com.br

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Tabela 3: Equipes campeãs na categoria sub-20

Local Ano Campeã Chapecó 2003 Ass. Sabesp (SP) Caçador 2004 S.E Kindermann (SC) Brasília 2005 Unopar/Londrina/Grêmio (PR) Caçador 2006 S.E Kindermann (SC)

Chapecó 2008 Female Futsal

Caçador 2010 Jaguaré/Palmeiras/Osasco – SP Fonte: Unopar.com.br

Tabela 4: Equipes campeãs na categoria sub-17

Local Ano Campeã São Paulo (SP) 2005 M.C Gov. Valadares (MG) Maringá (PR) 2006 Grêmio F.F (PR) Balneário Camboriú (SC) 2010 Balcam/FME (SC) Fonte: futsaldobrasil.com.br

Tabela 5: Equipes campeãs na categoria sub-15

Local Ano Campeã São Paulo (SP) 2004 G.L.R Londrinense (PR) Anápolis (GO) 2005 Associação Sabesp (SP) Balneário Camboriú (SP) 2007 Guarani F.C (SP) Maringá (PR) 2009 Esmac Ananindeau (PA) Fonte: futsaldobrasil.com.br

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8.1 Grandes Competições no futsal feminino

8.1.1 Liga Nacional de Futsal Feminino

A Liga Futsal reúne clubes quem possuem franquia. Para participar do campeonato é necessário comprar uma franquia (direito de participação), fazer parceria com um franqueado ou ser convidado. A Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) é responsável pela parte técnica, organização, logística e marketing do evento. Mas todas as decisões da Liga Futsal são aprovadas em assembleia-geral com todos os franqueados. A primeira edição da Liga Futsal Feminina foi realizada em 2005. A competição idealizada pela Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) chegou num momento de crescimento da categoria em todo o Brasil, pois clubes, universidades, federações, empresas e desportistas já investiam na formação de equipes de primeira linha para a disputa de campeonatos nacionais. (www.futsaldobrasil.com.br)

Com a experiência de quem comanda uma Liga Futsal masculina com sucesso absoluto, a CBFS levou sua estrutura de trabalho para o feminino. A primeira experiência mostrou que a aposta foi acertada. Dez equipes participaram do campeonato em 2005 e a resposta foi a melhor possível. Os jogos foram de ótimo nível técnico, as atletas mostram habilidade e a torcida compareceu aos ginásios.

O bom desempenho foi reconhecido em todo o Brasil. Tanto que a edição 2006 contou com a participação de 12 clubes de seis Estados (Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Ceará). (www.futsaldobrasil.com.br)

O campeonato foi vencido pela equipe da Unopar/Londrina/Grêmio, que fizeram a decisão diante do Kindermann/UnC/Caçador, de Santa Catarina, uma das equipes de tradição no salonismo nacional entre as mulheres. (www.futsaldobrasil.com.br)

Em 2007, novamente 12 equipes participaram da competição, que foi disputada com a primeira fase em dois grupos, com seis equipes cada, semifinal e final, tendo o Kindermann/UnC/Caçador (SC), como campeão. 26

A Liga Feminina 2008 contou com 10 clubes e a competição foi vencida pelo UnoChapecó/NTozzo/Female.

Em 2009, doze equipes disputaram o título da Liga Futsal Feminina. Novamente a competição teve a primeira fase dividida em dois grupos, com cinco equipes cada. Os dois melhores classificados de cada grupo fizeram a semifinal e os vencedores, UnoChapecó/NTozzo/Female e Jaguaré/Palmeiras/Osasco protagonizaram a decisão, vencida pelas chapecoenses. (www.futsaldobrasil.com.br)

Na temporada de 2010 novamente as chapecoenses se sagraram campeãs. Com fórmula de disputa idêntica a de 2009, contou, no entanto, com doze equipes participantes, divididas em dois grupos, com seis times cada. Na final, o UnoChapecó/NTozzo/Female bateu o Kindermann/Uniarp/Unimed e foi campeão.

Em 2011 a Liga Futsal Feminina contou com a participação de 16 equipes, sagrando-se campeã pela 4ª vez consecutiva a UnoChapecó/NTozzo/Female(SC).

Na temporada 2012, quinze equipes disputarão o título da Liga Futsal Feminina, sendo a competição dividida em três grupos ("A", "B", "C") com cinco equipes cada. Classificam se para a 2ª fase, Quartas de Final as duas primeiras colocadas dos grupos “A”, “B” e “C”, e duas equipes por índice técnico (entre os 3º lugares) que formarão quatro grupos (“D”, “E”, “F” e “G”) com duas equipes cada, que jogarão em jogos de ida e volta. (www.futsaldobrasil.com.br)

O investimento no futsal feminino é a tendência de todas as Federações Internacionais a partir de agora. Como a modalidade luta para fazer parte do programa olímpico, o fortalecimento da categoria é primordial.

Os franqueados que participam atualmente da liga futsal feminina são as equipes que estão disputando a edição deste ano (2012):

 ADC Estrela de Guarulhos (SP) - Associação Desp. Cul. Estrela de Guarulhos  ACE Kurdana/Cotia (SP) - Associação Especial e Cultural Kurdana  Kindermann/Uniarp/GGNet (SC) - Sociedade Esportiva Kindermann 27

 UnoChapecó/NTozzo/Aurora (SC) - Associação Female Futsal  Aprofucri/Criciúma/FME (SC) - Associação Prof. E Func. da Fucri Unesc  Nacional Gás/Unifor (CE) - Universidade de Fortaleza  JEC/Palmeiras/Bebedouro (SP) - Jaguaré Esporte Clube  São Caetano/Drummond/NS(SP) - São Caetano Futsal  Barateiro Futsal (SC) - Associação Barateiro de Futsal Clube GEO/ItaWag/Unip/Dalponte(SP) – DalPonte  Hidráulica Brasil/Fara (GO) - Associação Atlética Hidráulica Brasil  Ciagym MGA/Unifamma/Anglo(PR) - Maringá Seleto Clube  Dom Bosco/Paraná C./Nale (PR) - Londrina Futsal Feminino  Pinda E.C./Ferroviário (SP) - Pinda Esporte Clube  Buzzo Sports/S.J. Campos (SP) - Associação Buzzo Sports (www.futsaldobrasil.com.br)

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8.2 Futsal feminino em São José dos Campos

O futsal em São José dos Campos teve inicio nos anos 90, com campeonatos organizados pela Liga Joseense de Futsal, como Possidônio, Copa SESC, COPA OSCAR. Nessa época havia algumas equipes espalhadas pela cidade os quais participavam das competições realizadas pela liga, tais como: Galáxia-Galo Branco, CrisMal, Almeida, Cocta- CTA, Vicentina Aranha, ASSEM, Casas Buzzo entre outros. Com o passar dos anos o futsal foi evoluindo e se organizando chegando a disputar competições regionais.

Diante do interesse de alguns responsáveis das equipes como Alexandre Miguel Buzzo (Casas Buzzo), Marcio A. de Oliveira (Casas Buzzo), Luiz Carlos Bernardo (CTA), Marcio Andrade ( Pinda futsal ) o futsal da cidade passou a ser reconhecido na região, tendo como destaque a equipe Casas Buzzo. Mediante isso a equipe deu um grande salto, passando a ser reconhecida em nível estadual, participando de campeonatos realizados pela FPFS ( Federação Paulista de Futsal). Porém com algumas necessidades, por não ter apoio da Secretária Municipal de Esportes, pois a equipe era mantida pelos pais das atletas e pelo pai do próprio treinador. (museu dos esportes de São José dos Campos)

8.3 Depoimentos de protagonistas do futsal feminino em São José dos Campos.

8.3.1 Alexandre Miguel Buzzo Coordenador Técnico e Técnico da Categoria sub-21 da equipe Buzzo Sports/Pac/Fadenp/São José dos Campos.

“ Na época era o time das Casas Buzzo.Como um ano antes eu tinha formado uma seleção pela Liga Joseense, que não teve apoio e parou, eu acabei formando um time para disputar a Copa Ouro em Caçapava e Pinda, com o nome da loja, que patrocinou nossa formação como equipe e convidei as minhas atletas da época do Tênis Clube (1997 – 2001) e da Liga Joseense (2001), mas na Copa Ouro não passamos a primeira fase, mas começamos a formar as equipes.

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Posterior a isso (2002), entramos na FPFS para disputar o Troféu Piratininga, nas categorias infantil, infanto e juvenil, como eram chamados na época, onde fomos campeões do infantil, vice do infanto e 3º do juvenil, algo inédito para a cidade.

Daí então, a secretaria conheceu nosso trabalho e passamos a trabalhar no futebol de campo (2003), com nossa base proveniente das atletas de futsal e fomos para os JR e fomos pela 1ª vez campeões pelo futebol feminino.

No ano seguinte, já em (2004), o futsal feminino passou a ser oficial na cidade, que antes só era representada pelo Buzzo Sports, que passou a se chamar assim, depois da Copa Ouro, pois tivemos que nos filiar a FPFS e criei este nome para ser registrado nos campeonatos.

Daí então só fomos ampliando as equipes e passamos a integrar a delegação dos JR com o futsal feminino, houve um desmembramento entre o campo e o futsal e como eu era o mentor e um salonista desde 1997, que na época era o Tênis Clube, me mantive no futsal e passei a desenvolver esta modalidade na cidade, através do Programa Atleta Cidadão e FADENP.

Atualmente temos 3 categorias menores, sub 13, 15 e 17 pelo PAC e 1 equipe sub 21 pelo FADENP. Queremos implantar a categoria sub 11 e principal, mas não temos patrocinadores ainda.” [SIC]

FPFS: FEDERAÇÃO PAULISTA DE FUTSAL JR: JOGOS REGIONAIS FADENP: FUNDO DE APOIO AO DESPORTO NÃO PROFISSIONAL PAC: PROGRAMA ATLETA CIDADÃO

8.3.2 Flávia de Cássia Gil Riboura, Atleta Futebol E.C São José, estudante de Administração na Universidade Paulista (UNIP) São José dos Campos.

“ Comecei minha trajetória no futsal de SJ Campos jogando pela equipe da ADC GM no ano de 1998, aos 11 anos. A equipe na época era dirigida por uma professora de educação física e o auxílio do Márcio Antônio Oliveira, hoje treinador da equipe de futebol de campo da cidade. A equipe disputava campeonatos da região porém contava com atletas de diferentes 30

idades. Por ser uma equipe que contava com funcionárias e dependentes da própria General Motors a equipe não deu continuidade devido a falta de atletas e disponibilidade das mesmas em treinos e jogos. No ano seguinte o próprio Márcio Antônio Oliveira me indicou para fazer parte do time do Tênis Clube junto ao Alexandre Miguel Buzzo. A equipe era composta por sócias do clube e sócio-atletas, com a equipe formada passamos a disputar campeonatos da própria liga joseense e campeonatos organizados por outras instituições. A equipe se manteve até o final do ano 2000. Com o término da equipe o próprio Alexandre montou um time que levava o nome de sua loja, Casas Buzzo, que teve início em 2001 com boa parte das atletas que jogavam no Tênis Clube, o apoio era do proprio Alexandre, seu pai (Sr. Miguel), a própria ADC GM, que no início ajudava com o transporte e alguns pais que ajudavam a manter a equipe. No mesmo ano a equipe montou três categorias: Infantil, Infanto e Juvenil. Foi o ano que a equipe ingressou nos campeonatos da FPFS. O projeto foi montado com o intuito de se equiparar com grandes equipes do cenário estadual, equipes que serviam de referência ao nosso trabalho, com o passar do tempo e as campanhas que fizemos, tivemos o apoio da Prefeitura de SJC no ano de 2003, onde disputamos os JR na modalidade Futebol de Campo, com praticamente toda a equipe vindo do futsal. Foi o 1º título da cidade e a 1ª classificação para os Jogos Abertos. No ano seguinte (2004) a equipe de futsal passou a ter o apoio definitivo da Prefeitura para a disputa dos campeonatos organizados pela FPFS e a disputa da modalidade nos Jogos Regionais e Jogos Abertos. Já em 2005 atuei pela cidade até o final dos Jogos Regionais, posteriormente passei a jogar em grandes equipes como a Associação Sabesp/SP, por onde atuei dois anos e depois um ano no Corinthians/Jaguaré/Osasco. Hoje estou atuando no futebol de campo no E.C São José.” [SIC]

ADC GM: ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA CLASSISTA GENERAL MOTORS FPFS: FEDERAÇÃO PAULISTA DE FUTSAL SJC: SÃO JOSÉ DOS CAMPOS JR: JOGOS REGIONAIS E.C SÃO JOSÉ: ESPORTE CLUBE SÃO JOSÉ

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8.3.3 Bruna Fernanda Balbino, Atleta futsal feminino do Buzzo Sports/Pac/Fadenp/São José dos Campos ; Estudante de 3º período de Fisioterapia- UNIVAP

“Tudo começou em uma final do campeonato JAJ (Jogos abertos da Juventude) em 2010,onde jogando pela Sociedade Esportiva Palmeiras/Osasco, contra a própria equipe do Buzzo Sports. Durante a partida a comissão técnica do Buzzo se interessou e no fim da temporada pelo Palmeiras, o contato foi feito.

Feita uma proposta pelo treinador da equipe Alexandre Buzzo, que me interessou, então assinei pela equipe por um ano(2011),assim começou minha trajetória no clube, um começo discreto + de muita dedicação, o que foi me mantendo até o momento em que me adaptei a equipe e a cidade, não demorou muito. Tudo isso ajudou para que fizesse um ano bom e ajudasse a equipe nos campeonatos disputados como regionais, paulista, abertos entre outros.

Como não falar sobre uma infraestrutura diferenciada que encontrei aqui, uma das melhores, dos times que já joguei, que nos da tudo o que precisamos para pensar apenas em jogar, não só financeiramente mais principalmente na qualidade de vida e de trabalho.

Como alojamento, alimentação, transporte, treinos com profissionais comprometidos e diferenciados, e o mais importante que é a oportunidade de fazer uma faculdade pensando no nosso futuro.

Tudo isso fez com que a renovação de contrato para este ano fosse feita, com a certeza de que estava fazendo a coisa certa.” [SIC]

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9. CONCLUSÃO

O futsal está em uma crescente, evoluindo tanto nas condições técnicas e táticas como em sua estrutura e competições de alto nível, é a modalidade mais praticada no Brasil e as mulheres tem papel fundamental nesse paradigma, estando diretamente ligada aos critérios estabelecidos pela carta olímpica.

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10. Referências bibliográficas

VIEIRA, Silva; FREITAS Armando. O que é futsal? Historia, regras e curiosidades. 2007.

Sites:

In: http://www.cbfs.com.br/futsal/histórico.php

Acesso em 12/04/2012

In: www.esportesterra.com.br

Acesso em 17/04/2012

In: http://www2.unopar.br/sites/futsal_feminino/complemetos/historia_futsal.pdf

Acesso em: 05/05/2012

In: http://www.csj.g12.br/info/futsal/sobre_futsal.htm

Acesso em: 05/05/2012

In: www.ptscribd.com/historiadofutsal

Acesso: 06/05/2012

In: http://www.futsaldobrasil.com.br/2009/selecao/historico.php

Acesso em: 27/05/2012

In: www2.unopar.br/historia-futsal-feminino

Acesso em: 07/06/2012

In: http://historiadoradiojoseense.blogspot.com.br/2010/01/historia-da-liga-joseense-de- futsal.html)

Acesso em: 08/06/2012

In: http://www.idesporto.pt

Acesso em: 17/08/2012

In: http://www.ligafutsal.com.br/artigo2.pdf 34

Acesso em: 18/08/2012

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11. Anexos

11.1 O futsal nas Olímpiadas

Anexo I: A Carta Olímpica

A carta olímpica, atualizada pela última vez em 11 de fevereiro de 2010 é um conjunto de regras e guias para a organização dos jogos olímpicos, e para o comando do movimento olímpico. Adotada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), é o código dos Princípios Fundamentais, Regras e Estatutos. Francês e Inglês são as línguas oficiais da Carta. Entretanto, durante reuniões do COI, a carta é traduzida para alemão, espanhol, russa e árabe. Se, em algum momento, houver discrepância entre as versões, a versão da língua francesa prevalece. (http://www.idesporto.pt )

Através da história dos Jogos Olímpicos, a Carta Olímpica tem frequentemente decidido controvérsias. Como expresso na sua introdução, a Carta possui três propósitos principais: Estabelecer princípios e valores do Olimpísmo; Servir como código do COI; Definir direitos e obrigações dos quatro constituintes principais do Movimento Olímpico: o COI, as Federações Internacionais, os Comitês Olímpicos Nacionais, e o Comitê Organizador de cada edição dos Jogos. .( http://www.idesporto.pt )

Com cinco capítulos e sessenta e um artigos, a Carta Olímpica define com detalhes regras e guias. Os artigos destacam e sumarizam os itens considerados mais importantes para a administração dos Jogos, do Movimento Olímpico e de seus quatro componentes principais. ( http://www.idesporto.pt )

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Anexo II: Porque o futsal não é olímpico

A inclusão e sucesso alcançados pelo Futsal no PAN 2007, no Rio, trouxeram uma nova força, nos debates em prol da sua inclusão no programados Jogos Olímpicos. À luz do art. 51 da Carta Olímpica, o Futsal, induvidosamente, categoriza-se como desporto olímpico. Com efeito, assinala o ditame referido que “os desportos regidos pelas seguintes Federações Internacionais se consideram desportos olímpicos”, e a FIFA (dirigente do Futebol e do Futsal) é um dos entes contemplados na relação exaustiva do art. 51. (www.ligafutsal.com.br) Sendo de evidência que o Futsal é desporto olímpico no que diz a Carta Olímpica, falta-lhe, contudo, ser incluído no programa dos Jogos Olímpicos. E para que tal admissão ocorra impõe-se que satisfaça alguns critérios estabelecidos no art. 52 da Carta Olímpica, a saber: a) Abrangência global - ser praticado amplamente em um mínimo de 75 países e quatro continentes por homens e em um mínimo de 40 países e três continentes por mulheres; b) Antidoping - adotar e aplicar o Código Mundial Antidoping; c) Prazo - ser admitido pelo menos 7 anos antes da realização dos Jogos Olímpicos.

O Futsal está espraiado por 5 continentes e 128 países, tendo a FIFA realizado mundiais em 1989 (Holanda), 1992 (Hong-Kong), 1996 (Espanha), 2000 (Guatemala) e 2004 (Taiwan) atendendo, nesse passo, aos critérios técnicos quantitativos do COI. E mais: a FIFA adota, formal e materialmente, o Código Mundial Antidoping. (www.ligafutsal.com.br) Já o prazo mínimo de sete anos indica que a inserção do Futsal no programa olímpico só poderá ocorrer nos Jogos Olímpicos a serem realizados em 2016, não se teve tempo hábil para a aceitação da modalidade em Pequim (2008) e em Londres (2012). Em Pequim (2008) disputaram 28 modalidades desportivas, enquanto em Londres (2012) foram 26 modalidades com a exclusão do Beisebol e do Softbol. Na Assembleia Geral n. 119 do Comitê Olímpico Internacional, realizada em julho de 2007, na Guatemala, foi aprovado por unanimidade que para as Olimpíadas de 2016 permanecerão os mesmos 26 desportos já definidos que disputaram os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Decidiu-se, ainda, que os Jogos Olímpicos terão a partir de 2020 um programa fixo composto por 25 desportos, aos quais poderão ser acrescentados até outros três em caráter provisório. Acresça-se que o COI para inibir o gigantismo dos Jogos Olímpicos, reduzir custos e melhorar a audiência televisiva 37

estabeleceu um limite máximo de 10.500 atletas por evento, tornando mais apertada a porta de entrada de novas modalidades. A par das exigências técnicas e limitações numéricas, a inclusão de uma nova modalidade no programa olímpico exige a aprovação por maioria simples (antes eram 2/3) da Assembleia Geral do COI composta por 141 membros, sendo 15 representantes de Federações Internacionais, 15 representantes de Comitê Olímpicos Nacionais, 15 atletas e mais 96 integrantes escolhidos. (www.ligafutsal.com.br) De outra parte cumpre quebrar alguns preconceitos e paradigmas retóricos. Por exemplo, dizer que o Futsal não pode ser olímpico porque não realizou mundiais femininos é fazer tabula rasa da inteligência mediana, pois o boxe (desporto olímpico) é disputado tão apenas por homens, assim como ginástica artística e o nado sincronizado são modalidades olímpicas privativas de mulheres. (www.ligafutsal.com.br) Demais disso, não se pode esquecer que, se há vôlei e vôlei de praia, se há a natação e o nado sincronizado, se há a ginástica nas tipologias rítmica, de trampolim e artística e se há o ciclismo nas vertentes (de estrada, de montanha e de pista), porque não pode haver Futebol e Futsal (este uma evidente variante ou espécie do gênero Futebol). A resistência ao ingresso do Futsal no programa olímpico decorre em verdade de fatores que passam despercebidos da maioria, como: a) Existe uma lista de espera de desportos que postulam integrar o programa olímpico, onde se destacam, golf, surf, rugby, caratê, xadrez e outros; b) Há receio de algumas dessas modalidades de perder a “corrida” para transformar-se em olímpica para o Futsal, a rigor o “futebol de quadra” com todos os seus atrativos e popularidade; c) A integração do FUTSAL ao programa olímpico não pode estar vinculada às questões técnicas-políticas ligadas ao futebol.

Diante deste quadro não se deve confrontar competência à CBFS e ao COB e, menos ainda, a federações estaduais e entes isolados, fazer campanhas com vistas a tornar o Futsal olímpico. Essa é uma tarefa legítima e privativa da FIFA (que já está em curso), como membro filiado ao COI. Eventuais ações paralelas, desarticuladas e inconsistentes certamente conduzirão a uma “contribuição de pioria” e para o aumento de resistência do COI. (www.ligafutsal.com.br)