Governador do Estado de Romeu Zema Neto Secretário de Estado de Planejamento e Gestão Otto Alexandre Levy Reis

FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO (FJP)

Presidente Helger Marra Lopes Vice-presidente Mônica Moreira Esteves Bernardi

UNIDADE RESPONSÁVEL Diretoria de Estatística e Informações (Direi) Eleonora Cruz Santos (Diretora)

Núcleo de Contas Regionais (NCR) Raimundo de Sousa Leal Filho (Coordenador)

Equipe Técnica (FJP) Lívia Cristina Rosa Cruz Marilene Gontijo Cardoso Reinaldo Carvalho de Morais Thiago Rafael Corrêa de Almeida Equipe Técnica (IBGE) Alessandra Soares da Poça Luiz Antônio do Nascimento de Sá Raquel Callegario Gomes Rebeca de La Rocque Palis

Capa Bárbara Andrade Corrêa da Silva Revisão Heitor Vasconcelos

Núcleo de Editoração Ana Paula da Silva Marília Andrade Ayres Frade

DIRETORIA DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÕES (Direi) NÚCLEO DE CONTAS REGIONAIS (NCR)

Estatística & Informações Indicadores Econômicos 23

Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais

Ano de Referência 2017

Belo Horizonte 2019

ISSN 2595-6132

CONTATOS E INFORMAÇÕES FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO Diretoria de Estatística e Informações (Direi) Alameda das Acácias, 70 - Bairro São Luiz/Pampulha CEP: 31.275-150 - - Minas Gerais Telefones: (31) 3448-9550 e 3448-9580 www.fjp.mg.gov.br e-mail: [email protected]

Estatística & Informações divulga estudos de uma ou mais pesquisas de autoria institucional. A série está subdividida em dois grupos: o primeiro, Indicadores Econômicos; o segundo, Demografia e Indicadores Socioeconômicos.

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, por qualquer meio, desde que citada a fonte.

Sinais convencionais utilizados: - = Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento. .. = Não se aplica dado numérico. ... = Dado numérico não disponível. 0,0 = Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico originalmente positivo -0,0 = Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico originalmente negativo

P964 Produto interno bruto dos municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 / Fundação João Pinheiro, Diretoria de Estatística e Informações. – Belo Horizonte: FJP, 2019.

108 p. – (Estatística & Informações ; n. 23) Inclui bibliografia. ISSN 2595-6132

1. Produto interno bruto – Municípios – Minas Gerais – 2017. 2. Produto interno bruto – Estatística. I. Fundação João Pinheiro. Diretoria de Estatística e Informações. II. Série.

CDU 339.32 (815.1)”2017”

Sumário

APRESENTAÇÃO ...... 4 1 INTRODUÇÃO ...... 5 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RESULTADOS DE 2017 ...... 6 3 A ECONOMIA MINEIRA EM 2017 ...... 7 4 DISTRIBUIÇÃO DO PIB DE MINAS GERAIS POR MUNICÍPIOS – 2010-2017 ...... 11 5 PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPITA ...... 21 6 VALOR ADICIONADO SETORIAL ...... 27 6.1 Agropecuária ...... 27 6.2 Indústria...... 37 6.3 Serviços ...... 48 7 ECONOMIA DAS REGIÕES GEOGRÁFICAS INTERMEDIÁRIAS (RGINT) ...... 59 7.1 RGINT de Belo Horizonte ...... 66 7.2 RGINT de Uberlândia ...... 69 7.3 RGINT de ...... 71 7.4 RGINT de Pouso Alegre ...... 74 7.5 RGINT de ...... 76 7.6 RGINT de ...... 79 7.7 RGINT de Divinópolis ...... 82 7.8 RGINT de Ipatinga ...... 85 7.9 RGINT de ...... 88 7.10 RGINT de ...... 91 7.11 RGINT de ...... 94 7.12 RGINT de Teófilo Otoni ...... 97 7.13 RGINT de Governador Valadares ...... 100 GLOSSÁRIO ...... 104 REFERÊNCIAS ...... 105

APRESENTAÇÃO

A série “Estatística & Informações” divulga os estudos produzidos pela Diretoria de Estatística e Informações (Direi), da Fundação João Pinheiro (FJP), em seus mais diversos recortes ao tratar dos indicadores econômicos, demográficos e sociais. Em sua edição número 23, o estudo intitulado Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 apresenta os resultados produzidos da economia dos municípios do estado pelo Sistema de Contas Regionais (SCR) para o respectivo ano.

O PIB dos municípios é calculado pelo Sistema de Contas Regionais do Brasil, coordenado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com institutos estaduais de estatísticas – no caso de Minas Gerais, a Fundação João Pinheiro1.

A divulgação do PIB dos municípios se dá com defasagem de dois anos. Ela é necessária para a contabilização das bases de dados completas e abrangentes (bases estruturais), oriundas das diversas pesquisas anuais realizadas pelo IBGE, e possibilita a revisão de estimativas do ano anterior.

1 Mais detalhes em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Pib_Municipios/Notas_Metodologicas_2010/NotaMetodologicaPIB_MunicipiosRef2010.pdf. Acesso em: 02 dez. 2019. 4 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 1 INTRODUÇÃO

As estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios obedecem a uma metodologia uniforme para todas as unidades da Federação. Os procedimentos adotados seguem o manual System of National Accounts 2008 (SNA-2008). Dessa forma, os resultados são coerentes e comparáveis entre si e com os resultados nacional e regional.

O cálculo do PIB dos municípios se baseia no rateio, entre eles, do valor adicionado bruto a preços básicos, em valores correntes das atividades econômicas de cada unidade da Federação, por intermédio do Sistema de Contas Regionais do Brasil. O trabalho consiste na identificação de variáveis que permitam distribuir o valor adicionado bruto entre os municípios. O nível de desagregação necessário requer a abertura das várias atividades (no caso da agropecuária, no nível de produto). O ano de referência da série é 2010 tanto no Sistema de Contas Nacionais como no Sistema de Contas Regionais e no PIB dos municípios.

A divulgação da série do PIB dos municípios adota uma política de revisão dos resultados como requisito fundamental para o aprimoramento da qualidade da informação. Assim, o resultado relativo ao último ano divulgado é sempre revisto no ano posterior.

No portal da Fundação João Pinheiro, estão disponíveis os dados da série de 2010 a 2017 e de 2002 a 2009 (série retropolada), por meio dos anexos estatísticos. São apresentados os Valores Adicionados Brutos (VAB) dos três grandes setores de atividade econômica – agropecuária, indústria e serviços, a preços correntes. O setor de serviços é dividido entre administração pública e demais serviços. A composição do PIB se dá com a soma dos VAB com os impostos, líquidos de subsídios. São também apresentados os dados de PIB per capita. Além dos valores municipais, os anexos estatísticos contam com as cifras do PIB por Região Geográfica Intermediária (RGINT), mesorregiões e microrregiões.

5 Estatística & Informações n.23 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RESULTADOS DE 2017

Os resultados do PIB municipal de 2017 foram divulgados em 2019 e estão sujeitos a revisão em 2020. Assim como as contas nacionais e regionais, as contas municipais tiveram toda a série revisada e divulgada em 2016 na nova base, com ano de referência 2010. A escolha de 2010 deve- se à alteração da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 1.0 para 2.0.

Nesse processo, houve aperfeiçoamento na metodologia de estimação dos agregados macroeconômicos com a introdução de novos conceitos dos organismos internacionais que padronizam o mecanismo de cálculo. As alterações foram baseadas nas novas recomendações do manual padrão de compilação das contas nacionais das Nações Unidas, o System of National Accounts (SNA) de 2008.

6 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 3 A ECONOMIA MINEIRA EM 20172

Em 2017, o valor de produção da economia mineira foi de R$ 980,82 bilhões. O produto interno bruto do estado foi de R$ 576,2 bilhões, sendo R$ 504,9 bilhões devidos ao valor adicionado e o restante, R$ 71,28 bilhões, relativos aos impostos.

O setor agropecuário contribuiu com 5,7% no valor adicionado (R$ 28,71 bilhões). A indústria foi responsável por 25,4% (R$ 128,38 bilhões); os serviços, por 68,9% (R$ 347,81 bilhões). A atividade de administração pública gerou o maior valor adicionado no setor de serviços (R$ 90,08 bilhões – 17,9% do valor adicionado, GRÁFICO 1).

Gráfico 1: Valor adicionado (a preços correntes) e participação dos setores de atividade – Minas Gerais – 2017

400.000 Administração Pública 347.811 350.000 Demais Serviços (68,9%)

300.000

250.000 257.732 200.000 (51%) 128.377 150.000 (25,4%)

R$ Milhões e Porcentagem e Milhões R$ 100.000 28.712 90.080 50.000 (5,7%) (17,9%) - Agropecuária Indústria Serviços Setores de atividade

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

2 Adaptado da série Estatística e Informações, n. 20 (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2019). Disponível em: http://fjp.mg.gov.br/index.php/docman/direi-2019/997-estatistica-informacoes-20-contas-regionais-ano-de-referencia- 2017/file. Acesso em: 9 dez. 19. 7 Estatística & Informações n.23

O PIB de Minas Gerais apresentou incremento nominal de 5,8% em 2017 na comparação com 2016. Saltou de R$ 544,6 bilhões para R$ 576,2 bilhões. Em termos reais, o acréscimo foi de 1,7%.

O Valor Adicionado Bruto (VAB) de Minas Gerais em 2017 foi de R$ 504,9 bilhões (GRÁFICO 2): representou 87,6% do PIB. O restante (12,4%) foi composto pelos impostos líquidos de subsídios.

Gráfico 2: Valor adicionado (a preços correntes) por setores de atividade – Minas Gerais – 2010-2017

600

504,9 500 478,3 454,2 457,4 28,7 33,2 428,8 24,4 25,6 90,1 387,1 24,1 400 71,9 78,9 84,1 349,6 25,6 65,4 305,2 23,8 57,4 300 51,5 R$ Bilhões R$Bilhões 17,1 46,0 257,7 208,2 225,8 234,8 242,6 184,0 200 158,4 140,8

100 131,2 130,9 101,3 115,9 120,1 119,3 118,4 128,4 0 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Indústria Outros Serviços Administração Pública Agropecuária Valor Adicionado Bruto Total

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A desaceleração da atividade econômica mineira tem se dado de forma mais intensa no setor industrial. O valor adicionado do setor fechou 2017 em R$ 128,4 bilhões. Como em 2016, o valor registrado foi de R$ 118,4 bilhões, houve incremento nominal de 8,4% e real de 1%. Dessa forma, o setor aumentou sua participação em 0,6 p.p. (GRÁFICO 3).

8 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Gráfico 3: Composição do produto interno bruto por setores de atividade – Minas Gerais – 2010-2017

100 5,6 6,8 6,6 5,6 5,6 5,3 6,9 5,7 90 15,1 15,2 14,7 14,8 15,8 17,2 17,6 17,8 80

70

60 46,1 45,3 47,5 48,6 49,7 50 51,3 50,7 51,0

40 Porcentagem

30

20 33,2 33,2 31,0 30,6 28,8 26,1 10 24,8 25,4

0 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Indústria Outros Serviços Administração Pública Agropecuária

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Entre as quatro atividades que compõem o setor industrial, o melhor resultado foi da indústria extrativa (acréscimo real de 11,1%). A indústria de transformação e o setor de energia e saneamento também apresentaram variações positivas (2,1% e 0,1% respectivamente). Já a construção registrou forte recuo real (-8,6%).

O setor de serviços respondeu por 68,9% do VAB em 2017. Já a indústria teve participação de 25,4%, e a agropecuária de 5,7%. Em 2016, as participações foram 68,3%, 24,8% e 6,9% respectivamente (TABELA 1).

Tabela 1: Valor adicionado (a preços correntes) segundo setores de atividade econômica – Minas Gerais – 2010-2017

VALOR ADICIONADO BRUTO ESPECIFICAÇÃO 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 R$ milhões % R$ milhões % R$ milhões % R$ milhões % R$ milhões % R$ milhões % R$ milhões % R$ milhões % Valor Adicionado Bruto Total 305.174 100,0 349.632 100,0 387.096 100,0 428.810 100,0 454.153 100,0 457.443 100,0 478.473 100,0 504.899 100,0 Agropecuária 17.086 5,6 23.795 6,8 25.557 6,6 24.064 5,6 25.586 5,6 24.439 5,3 33.216 6,9 28.712 5,7 Indústria 101.271 33,2 115.950 33,2 120.130 31,0 131.170 30,6 130.897 28,8 119.301 26,1 118.432 24,8 128.377 25,4 Serviços 186.818 61,2 209.887 60,0 241.408 62,4 273.577 63,8 297.670 65,5 313.704 68,6 326.825 68,3 347.811 68,9 Administração Pública 46.047 15,1 51.496 14,7 57.423 14,8 65.375 15,2 71.892 15,8 78.895 17,2 84.107 17,6 90.080 17,8 Outros Serviços 140.770 46,1 158.391 45,3 183.985 47,5 208.202 48,6 225.778 49,7 234.809 51,3 242.719 50,7 257.732 51,0

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

9 Estatística & Informações n.23

O resultado nominal (preços correntes) do valor adicionado da agropecuária mineira passou de R$ 33,22 bilhões em 2016 para R$ 28,71 bilhões em 2017.

O Valor Adicionado (VA) a preços correntes do setor de serviços foi de R$ 347,8 bilhões em 2017. No ano anterior, a cifra havia sido de R$ 333,1 bilhões. Portanto, houve incremento nominal de 4,4% (acréscimo real de 1,9%). Entre 2011 e 2016, os serviços aumentaram a participação no VA total do estado de Minas Gerais em 8,9 percentuais: passaram de 60% para 68,9%.

10 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 4 DISTRIBUIÇÃO DO PIB DE MINAS GERAIS POR MUNICÍPIOS – 2010-2017

A distribuição espacial da produção em Minas Gerais caracteriza-se por forte concentração. Os dados de 2017 indicam que apenas dois dos 853 municípios do estado concentraram 21,38% do PIB (Belo Horizonte e Uberlândia) e posicionam-se no primeiro intervalo (de zero a 25%), com participações respectivas de 15,44% e 5,94%. Esses dois municípios responderam por 15,2% da população do estado em 2017 (TABELA 2).

Tabela 2: Distribuição dos municípios e população, segundo faixas de participação decrescente no PIB de Minas Gerais – 2017

Faixa de distribuição do Intervalos de Número de municípios Número de municípios População (%) População acumulada (%) PIB de Minas Gerais participação no PIB (%) (acumulado) 0 Ⱶ 25% 5,94 a 15,44 2 2 15,2 15,2 25% Ⱶ 50% 0,91 a 5,03 15 17 19,3 34,5 50% Ⱶ 60% 0,48 a 0,89 17 34 8,7 43,2 60% Ⱶ 70% 0,29 a 0,47 26 60 10,8 54,0 70% Ⱶ 80% 0,13 a 0,29 53 113 10,4 64,5 80% Ⱶ 90% 0,05 a 0,12 134 247 13,6 78,0 90% Ⱶ 95% 0,022 a 0,047 153 400 9,6 87,7 95% Ⱶ 99% 0,008 a 0,022 295 695 9,6 97,3 99% Ⱶ 100% 0,003 a 0,008 158 853 2,7 100,0 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A faixa que vai dos 25% aos 50% também se apresentou muito concentrada. Nesse intervalo, 15 municípios geraram 28% do PIB, com contribuições entre 0,91% a 5,03% e população equivalente a 19,3% da estadual (TABELA 2). No intervalo seguinte (50% a 60%), 17 municípios, com 8,7% da população, produziram, proporcionalmente, 10,4% do PIB. Nessa faixa, as contribuições municipais oscilaram entre 0,48% e 0,89% do PIB. As participações seguintes (de 0,29% a 0,47% do PIB) somaram 26 municípios no intervalo de 60% a 70%, com 10,8% da população do estado. O intervalo entre 70% e 80% registrou 53 municípios e 10,4% dos habitantes. O intervalo seguinte (80% a 90%) contou com 134 municípios e 13,6% da população. A faixa entre 90% e 95% do PIB teve 153 municípios com 9,6% da população. A faixa entre 95% e 99% do PIB contou com 295 municípios e 9,6% da população. A última faixa (99% a 100%) apresentou 158 municípios, que somam 2,7% da população.

11 Estatística & Informações n.23 Ao se analisar a distribuição dos municípios segundo faixas de participação entre 2010 e 2017, nota-se pequeno aumento da concentração na última faixa (99% a 100%) em 2017, uma vez que o número de municípios subiu de 154 para 158 de um ano para outro (TABELA 3).

Tabela 3: Distribuição dos municípios segundo faixas de participação decrescente no PIB – Minas Gerais – 2010-2017 Faixa de distribuição do 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 PIB de Minas Gerais 0 Ⱶ 25% 2 2 2 2 2 2 2 2 25% Ⱶ 50% 12 15 15 14 14 14 15 15 50% Ⱶ 60% 14 14 13 13 14 15 17 17 60% Ⱶ 70% 24 24 24 23 24 26 28 26 70% Ⱶ 80% 46 49 50 47 48 51 56 53 80% Ⱶ 90% 124 127 132 128 130 133 137 134 90% Ⱶ 95% 160 156 161 156 155 157 155 153 95% Ⱶ 99% 307 300 311 308 304 298 289 295 99% Ⱶ 100% 164 166 145 162 162 157 154 158 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Pode-se destacar também que não houve variação nas três primeiras faixas (até 60%). Em 2017, 34 municípios responderam por 59,77% do PIB de Minas Gerais.

A Tabela 4 apresenta os 20 municípios de maior PIB em 2017. Eles foram responsáveis por 51,8% do PIB de Minas Gerais naquele ano. Em 2010, os mesmos municípios somavam 54,9%.

Juntos, os cinco municípios com maior participação no PIB mineiro (Belo Horizonte, Uberlândia, , e Juiz de Fora) responderam por 33,2% do total em 2017. Em 2010, respondiam por 37,2% (TABELA 4). Em sete anos, Uberlândia aumentou sua participação de 5,4% para 5,94% e saltou da quarta para a segunda posição, que pertencia a Betim, que perdeu 2,65 p.p. no período, principalmente em função da queda na geração de impostos.

Dono do maior PIB de Minas Gerais e do quarto maior do Brasil, o município de Belo Horizonte respondeu por 15,44% da produção econômica estadual em 2017 e perdeu 0,79 p.p. na comparação com 2016. Em relação a 2010, a queda na participação foi ainda mais intensa (-1,42 p.p.). A economia da cidade foi bastante afetada pela crise de 2015/2016. A participação do setor industrial caiu de 17,6% para 11,9% entre 2010 e 2017 (TABELA 5). O desempenho das atividades de produção de metal e construção contribuiu de forma decisiva para resultado desfavorável. No mesmo período, a participação do setor de serviços saltou de 66,7% para 74%, puxados

12 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 principalmente pelos subsetores de intermediação financeira, atividades imobiliárias, atividades profissionais/científicas/técnicas e administração pública.

Tabela 4: Participação dos 20 municípios de maior PIB em 2017, posição no estado e no país – Minas Gerais – 2010/2016/2017 PIB de Minas Gerais

Rank Municípios Participação (%) Participação acumulada (%) Posição MG Posição BR RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 1 Belo Horizonte 16,86 16,23 15,44 16,86 16,23 15,44 1 1 1 4 4 4 Belo Horizonte 2 Uberlândia 5,40 5,98 5,94 22,26 22,20 21,37 4 2 2 26 21 22 Uberlândia 3 Contagem 5,45 4,86 5,03 27,71 27,06 26,40 3 3 3 25 27 26 Belo Horizonte 4 Betim 6,66 4,62 4,01 34,37 31,68 30,41 2 4 4 19 30 34 Belo Horizonte 5 Juiz de Fora 2,82 2,67 2,77 37,19 34,35 33,19 5 5 5 57 61 60 Juíz de Fora 6 Uberaba 2,08 2,47 2,28 39,27 36,82 35,47 7 6 6 78 63 74 Uberaba 7 Ipatinga 2,14 1,56 1,68 41,41 38,37 37,15 6 8 7 77 108 102 Ipatinga 8 1,53 1,44 1,58 42,95 39,81 38,73 9 9 8 104 126 110 Belo Horizonte 9 Montes Claros 1,38 1,61 1,56 44,33 41,42 40,28 10 7 9 118 105 112 Montes Claros 10 Sete Lagoas 1,66 1,33 1,43 45,98 42,76 41,72 8 10 10 92 135 129 Belo Horizonte 11 Extrema 0,54 1,13 1,31 46,52 43,89 43,02 29 12 11 268 151 142 Pouso Alegre 12 Pouso Alegre 0,89 1,25 1,28 47,41 45,15 44,31 18 11 12 187 141 143 Pouso Alegre 13 Poços de Caldas 1,07 1,12 1,10 48,48 46,27 45,41 12 13 13 159 152 156 Pouso Alegre 14 Divinópolis 0,97 1,04 1,05 49,45 47,30 46,46 16 15 14 173 162 163 Divinópolis 15 Governador Valadares 0,98 1,04 1,02 50,43 48,34 47,48 15 14 15 171 159 166 Governador Valadares 16 Varginha 0,92 0,82 0,94 51,35 49,17 48,42 17 17 16 183 202 183 Varginha 17 1,18 0,68 0,91 52,53 49,85 49,33 11 20 17 140 235 190 Belo Horizonte 18 Araxá 0,73 0,87 0,89 53,27 50,73 50,22 19 16 18 205 196 194 Uberaba 19 Ouro Preto 1,06 0,56 0,81 54,32 51,29 51,03 13 25 19 160 280 208 Belo Horizonte 20 Patos de Minas 0,57 0,77 0,76 54,89 52,06 51,79 25 18 20 253 212 218 Patos de Minas Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O segundo maior PIB do estado foi registrado no município de Uberlândia, localizado na RGINT de mesmo nome (R$ 34,2 bilhões). Em sete anos, a participação dele subiu de 5,40% para 5,94% (TABELA 4). A agropecuária foi responsável por 1,5% da produção do município em 2017 (valor 0,4 p.p. inferior ao registrado em 2010 – TABELA 5). A crise econômica de 2015/2016 também contribuiu para o encolhimento do setor industrial no município (queda de 11,7 p.p. entre 2010 e 2017). O subsetor mais prejudicado foi o da indústria de transformação. A participação do setor de serviços apresentou acréscimo de 7,6 p.p., com destaque para as atividades de comércio, intermediação financeira, atividades imobiliárias, atividades profissionais/científicas/técnicas e administração pública. Outro destaque foi a geração de impostos: salto de 4,5 p.p. entre 2010 e 2017 (de 19,7 p.p para 24,2 p.p.) puxado pelo desempenho do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

13 Estatística & Informações n.23

Localizado na RGINT de Belo Horizonte, o município de Contagem foi responsável por 5,03% da produção de riquezas em 2017 (PIB de R$ 28,99 bilhões) e consolidou-se como a terceira maior economia de Minas Gerais (TABELA 4). A atividade industrial também foi bastante afetada entre 2010 e 2017. A participação do setor no PIB caiu de 29,4% para 19,6% (9,8 p.p. – TABELA 5). Os subsetores de construção e transformação puxaram a queda. O setor de serviços apresentou ganho de participação entre 2010 e 2017 (9 p.p), com destaque para comércio, atividades imobiliárias, atividades profissionais/científicas/técnicas e administração pública.

14 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Tabela 5: Composição setorial do PIB de Minas Gerais e dos dez municípios de maior participação na economia – Minas Gerais – 2010-2017 (%) Município Atividades 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Agropecuária 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Indústria 17,6 19,4 19,1 19,0 18,5 15,3 13,5 11,9 Belo Horizonte Adm. Pública 10,3 10,0 9,9 10,3 10,8 11,6 12,1 12,9 Serviços Demais Serv. 56,5 55,1 56,4 56,6 57,3 59,2 60,3 61,2 Impostos 15,7 15,5 14,6 14,1 13,5 13,9 14,1 14,1 Agropecuária 1,9 1,8 1,7 1,7 1,5 1,6 1,7 1,5 Indústria 30,3 26,7 25,4 24,5 23,2 21,3 19,3 18,7 Uberlândia Adm. Pública 7,7 8,3 8,0 8,1 8,1 8,7 8,2 8,6 Serviços Demais Serv. 40,4 43,0 44,6 44,9 45,2 46,3 46,1 47,1 Impostos 19,7 20,1 20,3 20,8 22,0 22,2 24,7 24,2 Agropecuária 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Indústria 29,4 30,1 25,9 24,0 24,4 21,9 20,7 19,6 Contagem Adm. Pública 7,2 7,7 7,8 8,2 8,3 9,1 9,4 9,2 Serviços Demais Serv. 46,4 45,5 49,4 51,2 50,8 52,7 52,3 53,4 Impostos 16,9 16,7 16,9 16,6 16,5 16,3 17,6 17,7 Agropecuária 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 Indústria 40,9 32,5 27,3 26,7 25,9 39,3 46,4 46,7 Betim Adm. Pública 5,1 6,1 6,8 7,4 7,9 7,8 7,6 8,9 Serviços Demais Serv. 28,9 32,7 36,2 38,4 39,4 35,0 31,8 32,0 Impostos 25,0 28,7 29,7 27,3 26,7 17,9 14,2 12,4 Agropecuária 0,6 0,4 0,2 0,3 0,3 0,2 0,3 0,2 Indústria 22,3 20,7 20,9 20,7 19,5 18,8 17,7 17,5 Juiz de Fora Adm. Pública 12,3 12,6 12,3 12,7 13,4 14,2 15,4 15,0 Serviços Demais Serv. 47,9 48,9 49,7 51,7 54,3 53,5 54,3 54,0 Impostos 16,9 17,4 16,9 14,6 12,5 13,2 12,3 13,3 Agropecuária 5,5 6,0 6,1 5,3 5,0 3,9 5,7 6,0 Indústria 31,6 29,9 29,0 29,0 29,0 29,3 28,0 23,9 Uberaba Adm. Pública 9,1 9,3 8,9 8,9 9,5 9,5 9,5 10,1 Serviços Demais Serv. 41,6 42,3 43,3 44,4 44,3 45,0 44,3 46,9 Impostos 12,1 12,4 12,7 12,4 12,2 12,2 12,5 13,2 Agropecuária 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Indústria 42,0 43,3 42,7 43,5 40,0 35,1 34,8 36,2 Ipatinga Adm. Pública 8,4 8,4 8,3 8,3 9,8 11,3 11,9 11,0 Serviços Demais Serv. 33,7 33,2 35,1 35,2 37,9 42,3 42,6 41,2 Impostos 15,8 15,1 13,9 13,1 12,3 11,3 10,6 11,6 Agropecuária 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Indústria 62,3 64,2 60,7 60,9 57,0 48,4 48,1 52,6 Nova Lima Adm. Pública 4,6 4,4 5,0 5,0 6,4 8,1 7,5 6,6 Serviços Demais Serv. 26,7 25,9 27,1 28,6 30,1 34,1 33,8 31,4 Impostos 6,3 5,5 7,2 5,5 6,6 9,3 10,6 9,3 Agropecuária 2,2 2,8 3,2 2,1 1,3 1,4 1,4 1,3 Indústria 23,9 23,4 20,9 21,2 21,9 18,9 17,9 17,4 Montes Claros Adm. Pública 15,7 15,4 15,4 15,0 15,3 16,8 16,9 16,7 Serviços Demais Serv. 47,5 48,1 50,1 51,2 51,2 53,1 53,0 53,2 Impostos 10,6 10,3 10,4 10,4 10,3 9,8 10,7 11,5 Agropecuária 0,3 0,3 0,2 0,2 0,3 0,3 0,3 0,2 Indústria 38,1 35,7 34,3 33,9 32,5 32,2 30,4 33,5 Sete Lagoas Adm. Pública 8,7 9,1 9,8 9,1 10,2 11,6 13,1 12,4 Serviços Demais Serv. 34,4 35,9 37,2 37,3 39,3 40,2 41,1 39,2 Impostos 18,5 19,0 18,5 19,4 17,7 15,8 15,1 14,6 Agropecuária 4,9 5,9 5,8 4,9 5,0 4,7 6,1 5,0 Indústria 28,8 29,0 27,2 26,9 25,3 23,0 21,7 22,3 Minas Gerais Adm. Pública 13,1 12,9 13,0 13,4 13,9 15,2 15,4 15,6 Serviços Demais Serv. 40,1 39,6 41,6 42,7 43,7 45,2 44,6 44,7 Impostos 13,1 12,6 12,5 12,1 12,1 11,9 12,2 12,4 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O município com o quarto maior PIB em 2017 foi Betim (R$ 23,09 bilhões), também localizado na RGINT Belo Horizonte. Em sete anos, a participação dele na economia mineira caiu de 6,66% para 4,01% devido a queda na geração de impostos (principalmente IPI e Cofins), o que proporcionou a

15 Estatística & Informações n.23 troca de posição (do segundo para o quarto lugar) com o município de Uberlândia. Em nível nacional, o município passou a ocupar a 34ª posição em 2017, após ter sido 19º em 2010. O setor de serviços registrou acréscimo em sua participação saltando de 34% para 40,9%, impulsionado principalmente pelas atividades imobiliárias e pela administração pública. A economia do município se destaca pela produção de automóveis e refino de petróleo. As perspectivas para os próximos anos são boas, uma vez que é aguardado um aporte grande de recursos na indústria de automóveis (FIÚZA, 2019).

Com PIB de R$ 15,99 bilhões, o município de Juiz de Fora (localizado na RGINT de mesmo nome) foi responsável por 2,77% da produção econômica estadual em 2017 e se consolidou na quinta posição no estado e na 60ª no país (havia sido 57º colocado em 2010). Na Tabela 5, é possível observar que o setor industrial também perdeu participação no PIB entre 2010 e 2017: caiu de 22,3% para 17,5%. Por outro lado, os serviços aumentaram 8,8 p.p. Um dos destaques foi a administração pública, que saltou de 12,3% para 15%. Outras atividades que contribuíram para o aumento de participação do setor de serviços foram intermediação financeira, atividades imobiliárias e atividades profissionais/científicas/técnicas.

A sexta maior produção econômica em 2017 foi do município de Uberaba (localizado na RGINT de mesmo nome): R$ 13,15 bilhões. Entre 2010 e 2017, a participação dele no PIB de Minas Gerais saltou de 2,08% para 2,28%. Em termos nacionais, houve ganho de quatro posições em sete anos: do 78º para o 74º lugar (TABELA 4). A agropecuária foi responsável por 6% da economia do município em 2017 (5,5% em 2010). O setor industrial também perdeu participação (de 31,4% para 23,9%). O setor de serviços apresentou ganho de 6,3 p.p. em sua participação.

Já a sétima colocação ficou com Ipatinga (localizado na RGINT de mesmo nome). Sua participação em 2017 foi de 1,68% (2,14% em 2010) e PIB de R$ 9,66 bilhões. Após ocupar a 77ª posição no Brasil em 2010, o município passou à 102ª em 2017. A perda de participação se deu principalmente em função da queda de desempenho dos setores de produção de metal e energia e saneamento.

O oitavo maior PIB em 2017 foi registrado no município de Nova Lima (da RGINT de Belo Horizonte): R$ 9,11 bilhões. Entre 2010 e 2017, houve ganho de participação (de 1,53% para 1,58%). Em nível nacional, o município ocupou a 110ª posição em 2017, após ter sido 104º colocado em 2010. Em sete anos, o setor industrial perdeu 9,7 p.p. em termos de participação no

16 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 PIB local. Mesmo assim, ainda foi bastante expressivo em 2017, 52,6% (TABELA 5), com destaque para a indústria extrativa.

O município de Montes Claros (localizado na RGINT de mesmo nome) ocupou a nona posição no estado em 2017 (112ª colocação no país) com PIB de R$ 8,97 bilhões. A participação subiu de 1,38% em 2010 para 1,58% em 2017, o que fez com que o município passasse da décima para a nona posição em sete anos. Na economia local, também houve perda de participação do setor industrial, de 23,9% em 2010 para 17,4% em 2017 (TABELA 5), puxada principalmente pela queda de desempenho da indústria de construção e alimentos e bebidas. Assim como nos demais municípios de grande porte, o setor de serviços aumentou sua participação (de 63,3% em 2010 para 69,9% em 2017), com destaque para as atividades de intermediação financeira e atividades imobiliárias.

Sete Lagoas (localizado na RGINT de Belo Horizonte) foi responsável pelo décimo maior PIB em Minas Gerais em 2017 (R$ 8,26 bilhões). Entre 2010 e 2017, a participação do município caiu de 1,66% pra 1,43%, o que culminou com a perda de duas posições em termos estaduais. No país, a queda foi do 92º para o 129º lugar. O setor industrial também perdeu participação no período (de 38,1% em 2010 para 33,5% em 2017) puxado principalmente pela queda de desempenho da produção de veículos. Apesar disso, houve grande incremento na participação da atividade de alimentos e bebidas. O setor de serviços também teve sua participação aumentada (de 43,2% em 2010 para 51,6% em 2017). O destaque vai para a atividade de administração pública, que aumentou de 8,7% em 2010 para 12,4% em 2017.

A Tabela 6 apresenta os municípios entre o 11º e o 20º maiores valores de PIB em Minas Gerais em 2017. O grande destaque é Extrema (localizado na RGINT de Pouso Alegre): saltou da 29ª para a 11ª colocação entre 2010 e 2017. Em nível nacional, o município subiu 126 posições (do 268º lugar em 2010 para o 142º em 2017). Na contramão da crise, a economia local se sobressaiu principalmente em função do desempenho das atividades de comércio.

17 Estatística & Informações n.23 Tabela 6: Composição setorial do PIB dos municípios entre a 11ª e 20ª colocação em participação na economia – Minas Gerais – 2010-2017 (%)

Município Atividades 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Agropecuária 0,2 0,2 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 Indústria 36,8 35,2 29,0 24,6 22,1 23,5 23,3 23,8 Extrema Adm. Pública 4,3 4,0 3,4 2,9 2,8 3,1 2,8 2,6 Serviços Demais Serv. 34,1 36,5 42,2 44,1 46,7 48,8 47,9 46,4 Impostos 24,6 24,0 25,2 28,2 28,2 24,4 26,0 27,1 Agropecuária 1,4 1,5 1,4 1,4 1,2 1,1 1,5 0,9 Indústria 23,3 23,1 22,2 21,2 19,6 19,5 20,1 17,8 Pouso Alegre Adm. Pública 9,9 9,9 9,6 9,1 8,7 8,7 9,1 9,2 Serviços Demais Serv. 48,8 49,2 50,4 50,9 53,0 53,4 53,0 55,2 Impostos 16,6 16,3 16,3 17,4 17,5 17,2 16,3 16,9 Agropecuária 0,9 0,9 1,1 0,8 0,8 1,0 1,2 0,6 Indústria 27,0 25,9 25,5 26,1 23,9 23,6 24,2 22,7 Poços de Caldas Adm. Pública 11,7 10,6 10,2 9,6 8,8 10,5 12,3 13,0 Serviços Demais Serv. 45,7 47,7 48,9 48,2 48,9 49,2 46,4 48,2 Impostos 14,8 14,9 14,3 15,3 17,6 15,7 15,9 15,6 Agropecuária 1,1 1,1 0,9 1,1 1,0 0,9 1,1 1,0 Indústria 21,9 22,7 22,1 22,2 21,9 19,6 18,5 18,3 Divinópolis Adm. Pública 14,7 14,4 14,3 14,1 14,4 15,2 15,6 15,9 Serviços Demais Serv. 49,8 49,7 50,9 51,2 51,3 53,0 52,8 52,3 Impostos 12,4 12,1 11,7 11,4 11,4 11,3 12,0 12,5 Agropecuária 0,8 0,8 0,7 1,0 1,0 0,8 1,0 0,6 Indústria 17,1 16,1 13,1 12,5 12,5 12,1 11,0 10,1 Governador Valadares Adm. Pública 18,0 18,3 18,8 18,8 19,3 20,0 20,1 21,0 Serviços Demais Serv. 54,0 54,9 57,5 58,7 58,1 57,9 57,8 58,2 Impostos 10,2 9,9 9,9 9,1 9,1 9,1 10,0 10,2 Agropecuária 0,9 1,5 1,0 0,8 1,0 0,8 1,4 1,2 Indústria 21,2 20,6 20,1 20,9 20,4 18,8 20,7 19,2 Varginha Adm. Pública 9,0 9,4 9,9 10,2 9,7 10,7 11,7 10,4 Serviços Demais Serv. 52,1 52,1 52,4 51,3 52,0 53,6 50,0 51,3 Impostos 16,9 16,5 16,6 16,8 17,0 16,1 16,2 18,0 Agropecuária 0,3 0,2 0,2 0,3 0,3 0,3 0,4 0,3 Indústria 60,0 62,5 59,7 59,4 56,4 43,0 41,6 52,1 Itabira Adm. Pública 7,0 6,3 6,6 6,7 8,0 13,5 14,0 10,4 Serviços Demais Serv. 27,6 26,5 28,2 28,6 30,3 37,7 38,5 33,1 Impostos 5,1 4,5 5,3 5,0 5,1 5,5 5,5 4,0 Agropecuária 2,1 3,0 1,7 1,7 1,6 1,5 2,0 1,7 Indústria 33,8 34,8 41,1 40,3 39,4 37,5 32,0 32,4 Araxá Adm. Pública 8,6 8,8 7,2 7,5 7,4 8,3 9,4 9,5 Serviços Demais Serv. 41,0 39,5 37,9 38,1 39,4 40,7 42,3 41,7 Impostos 14,6 13,8 12,0 12,4 12,2 12,0 14,3 14,7 Agropecuária 0,3 0,2 0,2 0,3 0,3 0,4 0,8 0,4 Indústria 64,9 69,0 66,3 66,4 64,7 55,8 48,0 58,5 Ouro Preto Adm. Pública 5,4 4,2 4,5 4,4 5,8 8,9 12,6 8,5 Serviços Demais Serv. 23,5 21,9 23,7 24,4 25,7 31,0 34,0 29,0 Impostos 5,9 4,7 5,2 4,6 3,5 3,9 4,7 3,6 Agropecuária 7,5 9,2 7,4 7,2 6,7 6,3 6,7 6,5 Indústria 16,6 16,7 17,2 18,3 17,1 15,6 15,7 15,9 Patos de Minas Adm. Pública 15,4 14,7 14,0 13,9 14,3 14,8 14,5 14,1 Serviços Demais Serv. 50,8 49,9 51,7 51,3 52,4 53,8 52,9 53,3 Impostos 9,8 9,5 9,6 9,4 9,5 9,6 10,2 10,3

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Na Tabela 7 estão listados os vinte municípios de menor PIB em Minas Gerais em 2017. O que apresentou menor valor foi Cedro do Abaeté, pertencente à RGINT de Divinópolis. O segundo de menor produção foi São Sebastião do Rio Preto, pertencente à RGINT de Belo Horizonte. Uma das principais características dos municípios de menor PIB é a forte dependência do setor público.

18 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Enquanto no estado a participação da Administração Pública foi de 15,6% em 2017, nas referidas localidades foi de 52,8% e 58,3%, respectivamente.

Tabela 7: Vinte menores municípios em relação PIB de Minas Gerais (Mil Reais), população, participação do VAB da administração pública (APU) no PIB e RGINT – Minas Gerais – 2017

População Participação do VA PIB per capita Região Geográfica PIB 2017 Posição Municípios (Nº de da Administração em relação ao Intermediária (Mil Reais) habitantes) Pública no PIB (%) de MG (%) (RGINT) 853 Cedro do Abaeté 17.486 1.209 52,8 53,0 Divinópolis 852 São Sebastião do Rio Preto 18.768 1.582 58,3 43,5 Belo Horizonte 851 Serra da Saudade 19.081 812 46,3 86,1 Divinópolis 850 Passabém 19.721 1.732 57,1 41,7 Belo Horizonte 849 Pedro Teixeira 21.378 1.843 55,3 42,5 Juiz de Fora 848 Paiva 22.169 1.577 48,6 51,5 Juiz de Fora 847 Santo Antônio do Rio Abaixo 22.201 1.813 53,5 44,9 Belo Horizonte 846 22.382 2.111 55,4 38,9 Juiz de Fora 845 Antônio Prado de Minas 22.389 1.664 53,3 49,3 Juiz de Fora 844 Senador José Bento 22.682 1.672 47,4 49,7 Pouso Alegre 843 Olaria 23.437 1.873 52,6 45,9 Juiz de Fora 842 Consolação 24.459 1.810 45,7 49,5 Pouso Alegre 841 Itambé do Mato Dentro 25.765 2.207 50,0 42,8 Belo Horizonte 840 Rochedo de Minas 25.830 2.293 51,9 41,3 Juiz de Fora 839 Wenceslau Braz 26.040 2.615 52,0 36,5 Pouso Alegre 838 26.798 2.049 46,2 47,9 Juiz de Fora 837 27.006 3.274 59,4 30,2 Governador Valadares 836 Silveirânia 27.033 2.292 49,5 43,2 Juiz de Fora 835 São Sebastião do Rio Verde 27.177 2.249 49,2 44,3 Pouso Alegre 834 Glaucilândia 27.287 3.160 59,3 31,7 Montes Claros Minas Gerais 576.199.051 21.119.536 15,6 100,0

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Na RGINT de Juiz de Fora, localizam-se oito dos 20 municípios de menor participação na produção em 2017. As RGINT de Belo Horizonte e Pouso Alegre contaram com quatro municípios cada. A de Divinópolis tem dois. As de Governador Valadares e Montes Claros contaram com um município cada.

A atividade econômica desses municípios caracterizou-se pela grande participação do setor de serviços, com predominância da administração pública. Em 2017, a relação administração pública/PIB nessas localidades variou de 45,7% (em Consolação, da RGINT de Pouso de Alegre) a 59,4% (de Nacip Raydan, da RGINT de Governador Valadares).

19 Estatística & Informações n.23

O Mapa 1 destaca os municípios mineiros de acordo com a colocação no ranking do estado em relação ao PIB em 2017.

Mapa 1: Distribuição dos municípios, segundo valores do PIB – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

20 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 5 PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPITA

O PIB per capita de Minas Gerais foi de R$ 27.283 em 2017. Entre os 853 municípios mineiros, apenas 129 superaram esse valor. O valor do PIB per capita de Belo Horizonte (R$ 35.245) ultrapassou a média estadual em 29,2%.

Localizado na RGINT de Ipatinga, o município de maior PIB per capita do estado em 2017 foi São Gonçalo do Rio Abaixo: R$ 289.925 (TABELA 8). O valor foi mais de dez vezes superior ao de Minas Gerais (R$ 27.283). A economia local baseia-se na extração mineral.

Tabela 8: Vinte maiores municípios em relação ao PIB per capita (R$), relação com o PIB per capita do estado, população e Regiões Geográficas Intermediárias – Minas Gerais – 2017

PIB per capita População Região Geográfica PIB per capita Atividade com maior Posição Municípios em relação ao de (Nº de Intermediária 2016 (R$ 1.000) valor adicionado bruto MG (%) habitantes) (RGINT) 1 São Gonçalo do Rio Abaixo 289.925 1063 10.773 Ipatinga Indústrias extrativas 2 Extrema 219.239 804 34.344 Pouso Alegre Comércio 3 Araporã 175.526 643 6.774 Uberlândia Energia e Saneamento 4 160.153 587 6.608 Belo Horizonte Demais serviços 5 Jeceaba 147.813 542 5.209 Barbacena Indústrias de transformação 6 Tapira 146.515 537 4.650 Uberaba Indústrias extrativas 7 114.739 421 5.316 Belo Horizonte Indústrias extrativas 8 Nova Lima 98.856 362 92.178 Belo Horizonte Indústrias extrativas 9 São José da Barra 92.869 340 7.374 Varginha Energia e Saneamento 10 Itatiaiuçu 87.447 321 10.979 Divinópolis Indústrias extrativas 11 Ouro Branco 86.254 316 38.935 Barbacena Indústrias de transformação 12 Belo Oriente 78.972 289 26.158 Ipatinga Indústrias de transformação 13 77.497 284 50.816 Belo Horizonte Indústrias extrativas 14 Indianópolis 64.487 236 6.806 Uberlândia Energia e Saneamento 15 Água Comprida 64.364 236 2.058 Uberaba Agricultura 16 Campo Florido 64.124 235 7.886 Uberaba Agricultura 17 Conquista 62.876 230 6.960 Uberaba Energia e Saneamento 18 São Sebastião da Bela Vista 62.462 229 5.438 Pouso Alegre Comércio 19 Ouro Preto 62.208 228 74.659 Belo Horizonte Indústrias extrativas 20 Fronteira 61.933 227 17.072 Uberaba Energia e Saneamento Minas Gerais 27.283 100 21.119.536

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O segundo maior PIB per capita foi registrado no município de Extrema. A atividade econômica local teve grande representação dos serviços, principalmente do comércio atacadista, e também da indústria de transformação em diversos segmentos, tais como o de fabricação de autopeças,

21 Estatística & Informações n.23 embalagens, alimentos, periféricos para equipamentos de informática, artefatos de borracha, componentes eletrônicos, siderurgia e produtos de papel, entre outros.

Entre os 20 municípios de maior PIB per capita, sete têm como atividade mais digna de nota a indústria extrativa (São Gonçalo do Rio Abaixo, Tapira, Catas Altas, Nova Lima, Itatiaiuçu, Itabirito e Ouro Preto, com colocações que variam da primeira à 19ª).

Já Araporã, São José da Barra, Indianópolis, Conquista e Fronteira (terceiro, nono, décimo quarto, 17º e 20º colocados) contam com a presença de usinas geradoras de energia.

Confins, quarto maior PIB per capita de Minas Gerais, está entre os maiores PIB per capita do estado desde 2005, quando o Aeroporto Internacional Tancredo Neves começou a operar os principais voos transferidos do Aeroporto da Pampulha.

Os municípios de Água Comprida (15º) e Campo Florido (16º), ambos da RGINT de Uberaba, se destacam pela atividade agropecuária, ambos pela produção de cana-de-açúcar.

Com população de apenas 5.209 habitantes, Jeceaba foi o quinto PIB per capita do estado em 2017. A economia do município tem recebido investimentos na área de siderurgia.

São Sebastião da Bela Vista (18º colocado) tem como principal atividade o comércio.

Os municípios de Jeceaba (5º) e Ouro Branco (11º), ambos da RGINT de Barbacena, e Belo Oriente (12º) têm na industria de transformação sua principal atividade. Os dois primeiros se destacam pela atividade de metalurgia.

Já o município de menor PIB per capita do estado em 2017 foi São João das Missões. Os 20 municípios mineiros com menor PIB per capita caracterizaram-se pela pequena participação na população total do estado e atividade econômica centrada em serviços, com predominância da administração pública. A participação do valor adicionado da administração pública no PIB desses municípios variou entre 54,5% (São Sebastião do Maranhão) e 66,4% (São João das Missões). Em 2017, nove municípios pertenciam à RGINT de Montes Claros, nove, à de Teófilo Otoni, um pertence à de Barbacena e um, à de Governador Valadares (TABELA 9).

22 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Tabela 9: Vinte municípios de menor PIB per capita (R$), relação com o PIB per capita do estado, participação do valor adicionado bruto da administração pública no PIB do município, população e Região Geográfica Intermediária – Minas Gerais – 2017

PIB per PIB per capita Participação do VA Região Geográfica Atividade com terceiro População (Nº Posição Municípios capita 2016 em relação ao da Administração Intermediária maior valor adicionado de habitantes) (Mil Reais) de MG (%) Pública no PIB (RGINT) bruto 853 São João das Missões 6.088 22,3 66,4 12.862 Montes Claros Pecuária 852 Chapada do Norte 6.093 22,3 63,3 15.675 Teófilo Otoni PFPA 851 Ladainha 6.236 22,9 58,7 18.152 Teófilo Otoni Agricultura 850 Francisco Badaró 6.246 22,9 59,4 10.557 Teófilo Otoni Pecuária 849 Caraí 6.404 23,5 56,9 23.781 Teófilo Otoni Indústrias de transformação 848 Icaraí de Minas 6.431 23,6 58,9 11.835 Montes Claros Pecuária 847 Monte Formoso 6.501 23,8 64,7 4.936 Teófilo Otoni Pecuária 846 Divisópolis 6.533 23,9 60,6 10.547 Teófilo Otoni Agricultura 845 Santo Antônio do Retiro 6.633 24,3 65,0 7.339 Montes Claros Agricultura 844 Japonvar 6.640 24,3 61,5 8.683 Montes Claros Pecuária 843 Cônego Marinho 6.671 24,5 62,8 7.624 Montes Claros Pecuária 842 Ponto dos Volantes 6.716 24,6 61,4 12.138 Teófilo Otoni Pecuária 841 Bonito de Minas 6.762 24,8 59,5 10.951 Montes Claros Comércio 840 Itaipé 6.787 24,9 57,1 12.725 Teófilo Otoni Pecuária 839 Ibiracatu 6.871 25,2 64,0 6.165 Montes Claros Pecuária 838 Fruta de Leite 6.904 25,3 62,6 5.709 Montes Claros PFPA 837 Santa Helena de Minas 6.931 25,4 58,3 6.410 Teófilo Otoni Pecuária 836 São Sebastião do Maranhão 6.961 25,5 54,5 10.511 Governador Valadares Pecuária 835 Cipotânea 7.012 25,7 55,7 6.868 Barbacena Construção 834 Pai Pedro 7.026 25,8 64,7 6.184 Montes Claros Pecuária Minas Gerais 27.283 100,0 21.119.536

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Nota: PFPA – Produção , Pesca e Aquicultura.

O Mapa 2 destaca os municípios de acordo com a colocação no ranking do estado em relação ao PIB per capita.

23 Estatística & Informações n.23 Mapa 2: Distribuição dos municípios, segundo valores do PIB per capita – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Por meio do Mapa 2, é possível destacar a expressiva desigualdade na produção de riquezas por habitante no estado. Se imaginarmos uma linha inclinada pra baixo em diagonal dividindo o mapa em dois, fica nítida a diferença em termos de produção de riqueza por habitante nas partes superior e inferior. No caso da última, pode-se destacar a maior proximidade com o estado de São Paulo, o que tende a viabilizar o fluxo de mercadorias e serviços.

Ao analisar o porte populacional dos municípios, é possível perceber que o PIB per capita tende a ser maior em municípios maiores (GRÁFICO 4).

24 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Gráfico 4: PIB per capita: distribuição de acordo com a faixa populacional (sem valores discrepantes) – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Enquanto o valor mediano do PIB per capita de municípios com população até 20 mil habitantes não chegou a R$ 15 mil, a mediana foi maior do que R$ 24 mil entre aqueles com população superior a 50 mil. O valor mediano de R$ 39.631 referente à faixa populacional acima de 500 mil habitantes diz respeito aos quatro maiores municípios do estado: Belo Horizonte (2,52 milhões de habitantes), Uberlândia (676.613), Contagem (658.580) e Juiz de Fora (563.769).

Ao se considerar a principal atividade econômica municipal, o estudo da distribuição do PIB per capita também reserva observações interessantes. Nos municípios onde a indústria extrativa predomina na estrutura econômica, o PIB per capita mediano foi de R$ 48,5 mil (254% superior à mediana do estado). No caso daqueles onde o setor de energia e saneamento prepondera, o valor foi próximo (R$ 46 mil). Como já poderia se imaginar, nos municípios onde a indústria de transformação é importante, o PIB per capita mediano também foi superior ao do estado (R$ 35,3 mil). Nas localidades marcadas por notável presença da agricultura, também foi maior (R$ 26,3 mil). Apenas no grupo de municípios onde a administração pública concentra a produção econômica, o valor mediano foi inferior ao do estado (R$ 10,4 mil). Essa situação é possível em função do

25 Estatística & Informações n.23 expressivo número de municípios nessa situação (471). Pode-se destacar que, em todos os municípios dominados economicamente pelas atividades de extração, energia e saneamento e transformação, o valor mínimo de PIB per capita foi superior ao mediano do estado (GRÁFICO 5).

Gráfico 5: PIB per capita: distribuição de acordo com a atividade econômica de maior valor adicionado no município – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Os dados dos municípios onde predomina a atividade de comércio não foram mostrados no Gráfico 5 por dois motivos: o primeiro é quantidade de localidades nessa situação (apenas quatro cidades); o segundo é o valor do PIB per capita de Extrema (R$ 219,2 mil), que distorceu a escala do gráfico prejudicando a interpretação.

26 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 6 VALOR ADICIONADO SETORIAL

6.1 Agropecuária

Como de costume, a produção agropecuária apresentou o maior equilíbrio na distribuição espacial entre os municípios comparativamente às atividades de indústria e serviços. Observando-se as participações municipais no VAB agropecuário do estado em ordem decrescente em 2017, 20 municípios obtiveram 25% da produção. No ano anterior, haviam sido 23 municípios. No intervalo seguinte, 60 municípios responderam por mais 25% (quatro a menos do que em 2016). Somando- se as participações de mais 41 municípios, foram obtidos os 10% seguintes. Na faixa entre 60% e 70% figuraram mais 58 municípios. No intervalo entre 70% e 80%, o número foi 86. Contaram-se 153 municípios no decil seguinte (80% a 90%). Na antepenúltima faixa (90 a 95%), 128 municípios geraram 5% da produção. Na faixa subsequente (95% a 99%), 188 municípios foram responsáveis por 4% da produção. O último intervalo compreendeu 119 municípios e 1% do agropecuário do estado (TABELA 10).

Tabela 10: Distribuição dos municípios, segundo faixas de participação decrescente no VAB da agropecuária de Minas Gerais (%) – 2010-2017.

Faixa de distribuição do Valor Adicionado Bruto da 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Agropecuária em Minas Gerais

0 Ⱶ 25% 22 24 22 22 24 26 23 20 25% Ⱶ 50% 73 69 74 74 77 80 64 60 50% Ⱶ 60% 50 44 55 50 47 46 42 41 60% Ⱶ 70% 63 64 80 74 73 72 60 58 70% Ⱶ 80% 96 89 94 98 96 94 89 86 80% Ⱶ 90% 163 147 187 166 159 156 152 153 90% Ⱶ 95% 128 133 100 127 126 129 130 128 95% Ⱶ 99% 169 191 163 162 158 155 184 188 99% Ⱶ 100% 89 92 78 80 93 95 109 119

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A Tabela 11 apresenta os 20 municípios de maior valor adicionado bruto no setor agropecuário em 2017, a evolução da participação e da posição deles entre 2010 e 2017.

O município de maior valor adicionado agropecuário foi Uberaba (localizado na RGINT de mesmo nome), que gerou 2,73% da produção estadual. Destaque para o cultivo de cana-de-açúcar, que

27 Estatística & Informações n.23 tem crescido nos últimos anos. Outros produtos importantes têm sido milho, soja, batata-inglesa, laranja, limão, tangerina e abacate.

Tabela 11: Vinte maiores municípios segundo posição e participação percentual no VAB agropecuário de Minas Gerais – 2010-2017

VAB da Agropecuária em Minas Gerais Municípios RGINT 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Uberaba Participação (%) 2,37 2,05 2,26 2,39 2,24 2,01 2,32 2,73 Uberaba Posição (MG) 1 2 2 1 1 2 2 1 Unaí Participação (%) 1,92 2,20 2,22 2,28 2,04 2,11 2,47 2,46 Patos de Minas Posição (MG) 4 1 3 2 2 1 1 2 Paracatu Participação (%) 1,42 1,39 1,63 1,61 1,40 1,45 1,60 2,09 Patos de Minas Posição (MG) 5 5 4 5 5 4 5 3 Uberlândia Participação (%) 2,07 1,52 1,56 1,82 1,65 1,90 1,68 1,73 Uberlândia Posição (MG) 3 4 5 3 3 3 3 4 Sacramento Participação (%) 1,14 1,06 0,92 0,92 0,72 0,75 0,94 1,35 Uberaba Posição (MG) 7 10 13 11 18 19 11 5 Patrocínio Participação (%) 1,25 1,12 1,22 0,90 1,50 1,02 1,61 1,31 Patos de Minas Posição (MG) 6 8 7 12 4 8 4 6 João Pinheiro Participação (%) 0,83 0,92 0,73 0,93 1,04 1,03 0,96 1,30 Patos de Minas Posição (MG) 16 13 22 10 9 7 10 7 Coromandel Participação (%) 1,09 1,05 1,15 1,14 1,23 1,19 1,12 1,12 Patos de Minas Posição (MG) 9 11 10 7 7 5 6 8 Perdizes Participação (%) 1,07 1,39 1,20 1,30 0,99 1,01 1,06 1,04 Uberaba Posição (MG) 10 6 8 6 10 9 7 9 Patos de Minas Participação (%) 0,87 0,90 0,77 0,93 0,91 0,98 0,85 0,99 Patos de Minas Posição (MG) 14 14 17 9 13 11 13 10 Estrela do Sul Participação (%) 2,25 1,58 2,91 1,71 1,28 0,17 0,75 0,98 Uberlândia Posição (MG) 2 3 1 4 6 149 17 11 Frutal Participação (%) 0,70 0,89 0,75 0,87 0,89 0,79 0,83 0,97 Uberaba Posição (MG) 17 15 20 15 14 18 14 12 Araguari Participação (%) 0,95 1,12 1,15 0,77 1,05 0,91 1,05 0,93 Uberlândia Posição (MG) 11 7 9 24 8 13 8 13 Buritis Participação (%) 0,67 1,06 0,94 0,84 0,80 0,87 0,87 0,91 Patos de Minas Posição (MG) 21 9 12 17 16 16 12 14 Conceição das Alagoas Participação (%) 0,62 0,75 0,68 0,69 0,56 0,49 0,61 0,81 Uberaba Posição (MG) 27 20 27 25 28 28 23 15 Prata Participação (%) 0,92 0,76 0,66 0,82 0,71 0,74 0,77 0,80 Uberlândia Posição (MG) 12 18 29 19 19 20 16 16 Rio Paranaíba Participação (%) 0,88 0,81 0,81 0,79 0,84 0,90 1,04 0,78 Patos de Minas Posição (MG) 13 16 16 21 15 14 9 17 Santa Vitória Participação (%) 0,43 0,55 0,39 0,47 0,51 0,53 0,56 0,77 Uberlândia Posição (MG) 42 31 51 31 31 25 26 18 Monte Alegre de Minas Participação (%) 0,67 0,78 0,74 0,77 0,93 0,90 0,78 0,75 Uberlândia Posição (MG) 22 17 21 23 12 15 15 19 Tupaciguara Participação (%) 0,43 0,53 0,47 0,47 0,56 0,46 0,52 0,74 Uberlândia Posição (MG) 43 35 40 36 26 33 30 20 Total dos 20 maiores Participação (%) 22,55 22,43 23,17 22,42 21,85 20,21 22,39 24,56 Minas Gerais 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

28 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Unaí, pertencente à RGINT de Patos de Minas, foi responsável pelo segundo maior VAB da agropecuária estadual: participação de 2,46% em 2017. A produção de soja tem apresentado acréscimos nos últimos anos e se destacado no setor. Feijão, milho e café também têm sido relevantes na economia do município, assim como a criação de bovinos. O setor agropecuário foi responsável por 26,4% do PIB do município no referido ano (TABELA 12).

Tabela 12: PIB por setores de atividade econômica dos 20 municípios de maior valor adicionado agropecuário – Minas Gerais – 2017

Produto Interno Bruto (%) Valor Adicionado Bruto Especificação Serviços Impostos Total Agropecuária Indústria Administração Demais Serviços Pública (APU) Uberaba 6,0 23,9 46,9 10,1 13,2 100 Unaí 26,4 11,3 39,8 14,0 8,6 100 Paracatu 17,1 29,5 34,5 11,9 7,1 100 Uberlândia 1,5 18,7 47,1 8,6 24,2 100 Sacramento 25,3 35,6 24,7 8,6 5,9 100 Patrocínio 13,9 14,7 47,6 13,9 9,9 100 João Pinheiro 25,6 19,7 32,5 13,9 8,4 100 Coromandel 36,4 8,2 35,0 13,8 6,6 100 Perdizes 49,5 6,7 25,7 13,1 5,0 100 Patos de Minas 6,5 15,9 53,3 14,1 10,3 100 Estrela do Sul 74,7 1,9 12,5 8,9 2,1 100 Frutal 15,1 19,1 42,6 13,7 9,6 100 Araguari 6,5 36,2 36,7 12,2 8,4 100 Buritis 37,2 7,4 32,8 15,8 6,8 100 Conceição das Alagoas 27,6 20,8 30,7 14,2 6,7 100 Prata 24,9 13,9 39,3 12,7 9,2 100 Rio Paranaíba 44,8 6,2 30,0 12,3 6,6 100 Santa Vitória 30,5 15,2 31,2 17,0 6,1 100 Monte Alegre de Minas 39,1 5,0 33,7 16,7 5,5 100 Tupaciguara 30,7 10,7 34,8 17,5 6,3 100 Minas Gerais 5,0 22,3 44,7 15,6 12,4 100

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A terceira colocação foi ocupada pelo município de Paracatu (da RGINT de Patos de Minas), que contribuiu com 2,09% do VAB do estado (1,6% no ano anterior). A atividade foi responsável por 17,1% do PIB do município em 2017. O principal produto da pauta agrícola tem sido a soja.

Uberlândia, município da RGINT de mesmo nome, apresentou o quarto melhor resultado na produção agropecuária (1,73%). Entre 2011 e 2017, sua participação oscilou entre 1,52% e 1,90%,

29 Estatística & Informações n.23 após ter atingido 2,07% em 2010. Após se manter na terceira posição entre 2013 e 2016, o município passou à quarta colocação em 2017. O município tem uma economia muito diversificada, de forma que a agropecuária contribuiu com apenas 1,5% no PIB em 2017. O destaque é para a produção de soja e criação de aves.

Localizado na RGINT de Uberaba, Sacramento foi responsável pelo quinto maior valor adicionado agropecuário em 2017. Pode-se destacar o expressivo ganho de participação em um ano (0,41 p.p.), puxado pelo aumento da produção de cana-de-açúcar, mesmo com a forte queda da colheita de café. A economia local depende fortemente da atividade agropecuária, responsável por 25,3% do PIB em 2017 (TABELA 12).

Patrocínio, município da RGINT de Patos de Minas, apresentou a sexta maior participação no VAB agropecuário em 2017 (1,31%). No ano anterior havia sido de 1,61%. A atividade foi responsável por 13,9% do PIB em 2017 (TABELA 12). A perda de participação ocorreu em função da queda na produção de café, produto em que o município tem figurado como maior produtor do estado.

A sétima posição foi ocupada por pelo município de João Pinheiro (da RGINT de Patos de Minas), com participação de 1,3%. Destaque para a silvicultura e a cana-de-açúcar. A participação da agropecuária na economia local é relevante (25,4% em 2017).

Também localizado na RGINT de Patos de Minas, Coromandel foi o oitavo colocado no ranking, com participação de 1,12% no estado. O destaque é da expressiva produção de soja. Em 2017, 36,4% do PIB foram gerados na atividade agropecuária.

Perdizes, da RGINT de Uberaba, ficou na nona posição com 1,04 % do total do VAB agropecuário estadual. Com forte dependência do setor (metade do PIB), o município tem se destacado pela produção de cana-de-açúcar.

O décimo maior valor adicionado agropecuário de 2017 foi registrado em Patos de Minas (da RGINT de mesmo nome). O município foi responsável por 0,99% do total do estado e ganhou três posições em relação a 2016 e foi o maior produtor de bovinos em 2017. A atividade agropecuária gerou 6,5% do PIB.

30 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 O Mapa 3 destaca os municípios de acordo com a colocação no ranking do estado em relação ao PIB.

Mapa 3: Distribuição dos municípios, segundo valores adicionados da agropecuária por quintil – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Com base no Mapa 3, é possível perceber que a produção agropecuária é mais distribuída geograficamente, na comparação com os outros setores. A atividade se concentra principalmente nas RGINT de Patos de Minas, Uberlândia e Uberaba.

31 Estatística & Informações n.23

O Mapa 4 apresenta os municípios onde a agricultura tem importância destacada frente às demais atividades.

Mapa 4: Municípios onde a Agricultura é a primeira, segunda ou terceira atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A RGINT de Uberaba registrou o maior número de municípios (11) onde a atividade de agricultura, inclusive apoio à agricultura e pós colheita é a mais importante. A RGINT de Varginha contou com de dez municípios; a de Patos de Minas, com nove; as de Divinópolis e Uberlândia, com três cada uma; as de Barbacena, Governador Valadares e Pouso Alegre, com um município cada.

Localizado na RGINT de Uberaba, o município de Conceição das Alagoas é o mais populoso (26.818 habitantes) entre os que têm na agricultura a principal atividade econômica (TABELA 13). A produção de cana-de-açúcar é um dos grandes destaques do município ao lado do cultivo de cereais. O PIB per capita do município foi 15,4% superior ao do estado em 2017. A agropecuária foi responsável por 27,6% do PIB local.

32 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Localizado na RGINT de Patos de Minas, o município de Buritis, segundo mais populoso entre os que têm na agricultura a principal atividade, tem tido como destaque a produção de soja. Em 2017, seu PIB per capita foi 4,1% superior ao do estado; o setor agropecuário foi responsável por 37,2% da produção local (TABELA 13).

Tabela 13: Municípios (20 mais populosos) onde a agricultura foi a atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

PIB per capita em Participação da População Município RGINT PIB per capita (R$) relação a Minas Agropecuária no PIB (Nº de habitantes) Gerais (%) do Município (%)

Conceição das Alagoas Uberaba 26.818 31.473 115,4 27,6 Buritis Patos de Minas 24.689 28.390 104,1 37,2 Presidente Olegário Patos de Minas 19.599 23.170 84,9 41,4 Nova Resende Varginha 16.645 17.822 65,3 29,3 Santa Margarida Juíz de Fora 16.173 16.816 61,6 42,3 Perdizes Uberaba 15.925 37.779 138,5 49,5 Campos Altos Uberaba 15.387 21.148 77,5 36,2 Cambuquira Varginha 13.053 17.215 63,1 33,7 Rio Paranaíba Patos de Minas 12.462 40.105 147,0 44,8 Serra do Salitre Patos de Minas 11.491 30.096 110,3 43,6 Centralina Uberlândia 10.622 25.552 93,7 30,1 Araújos Divinópolis 8.996 34.475 126,4 36,1 Campo Florido Uberaba 7.886 64.124 235,0 38,0 Limeira do Oeste Uberaba 7.487 45.754 167,7 35,9 Varjão de Minas Patos de Minas 6.947 26.193 96,0 49,2 Guarda-Mor Patos de Minas 6.736 50.502 185,1 53,4 Bonfinópolis de Minas Patos de Minas 5.764 34.946 128,1 55,0 Veríssimo Uberaba 3.911 32.723 119,9 57,0 Medeiros Divinópolis 3.765 32.097 117,6 60,2 Água Comprida Uberaba 2.058 64.364 235,9 56,4

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Outro destaque entre os municípios agricultores foi Presidente Olegário, da RGINT de Patos de Minas (19.599 habitantes). O município tem se destacado pela produção de soja, café, cereais e bovinos. Em 2017, teve PIB per capita 15,1% inferior ao de Minas Gerais.

O setor agropecuário é muito importante para a economia local e contribuiu para 41,4% do PIB no mesmo ano (TABELA 13).

33 Estatística & Informações n.23 O quarto município mais populoso entre os que se destacam pela agricultura foi Nova Resende (da RGINT de Varginha), que registrou 16.645 habitantes em 2017. O PIB per capita dele foi 34,7% inferior ao do estado. A agropecuária gerou 29,3% do PIB.

Os municípios de Água Comprida e Campo Florido (ambos da RGINT de Uberaba) apresentaram maiores valores de PIB per capita (135% a mais que o estadual). No primeiro, a agropecuária foi responsável por 56,4% do PIB; no segundo, por 38%. O principal produto agrícola tem sido cana- de-açúcar em ambos. O primeiro também produz grande volume de soja.

O Mapa 5 apresenta os municípios onde a atividade de pecuária, inclusive apoio à pecuária tem importância destacada frente às demais atividades.

Mapa 5: Municípios onde a pecuária é a primeira, segunda ou terceira atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

34 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Apenas os municípios de Itanhandu (da RGINT de Pouso Alegre), Guarinhatã (da RGINT de Uberlândia), (da RGINT de Pouso Alegre), São José da Varginha (da RGINT de Divinópolis) e Cruzeiro da Fortaleza (da RGINT de Patos de Minas) apresentaram como principal atividade econômica em 2017 a pecuária (TABELA 14).

Tabela 14: Municípios onde a Pecuária foi a atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2016

PIB per capita em Participação da População Município RGINT PIB per capita (R$) relação a Minas Agropecuária no PIB (Nº de habitantes) Gerais (%) do Município (%) Itanhandu Pouso Alegre 15.290 27.510 100,8 33,4 Gurinhatã Uberlândia 5.959 21.866 80,1 28,0 Pouso Alto Pouso Alegre 6.185 35.690 130,8 49,3 São José da Varginha Divinópolis 4.834 17.215 63,1 47,4 Cruzeiro da Fortaleza Patos de Minas 4.174 22.258 81,6 38,7 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O Mapa 6 apresenta os municípios onde a Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (PFPA) tem importância destacada frente às demais atividades.

35 Estatística & Informações n.23 Mapa 6: Municípios onde a produção florestal, pesca e aquicultura (PFPA) é a primeira, segunda ou terceira atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A atividade de produção florestal, pesca e aquicultura (PFPA) foi a mais importante em sete municípios mineiros em 2017. O de maior população é Alto do Rio Doce (11.693 habitantes), onde o PIB per capita correspondeu a 50,8% do de Minas Gerais (TABELA 15). A agropecuária respondeu por 37,4% do PIB local.

36 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Tabela 15: Municípios onde a atividade de produção florestal, pesca e aquicultura foi a de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2016

PIB per capita em Participação da População Município RGINT PIB per capita (R$) relação a Minas Agropecuária no PIB (Nº de habitantes) Gerais (%) do Município (%) Alto Rio Doce Barbacena 11.693 13.862 50,8 37,4 Morada Nova de Minas Divinópolis 8.860 30.761 112,8 52,1 Estrela do Sul Uberlândia 7.981 47.064 172,5 74,7 Bom Jardim de Minas Juíz de Fora 6.644 18.241 66,9 31,3 Olhos-d'Água Montes Claros 5.943 20.332 74,5 58,3 Senador Modestino Gonçalves Teófilo Otoni 4.410 20.882 76,5 58,2 Casa Grande Barbacena 2.309 26.224 96,1 57,0

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Localizado na RGINT de Divinópolis, o município de Morada Nova de Minas foi o segundo mais populoso entre os de expressiva participação da PFPA (8.860 habitantes). O PIB per capita foi 12,8% superior à média do estado.

Estrela do Sul (da RGINT de Uberlândia) registrou o maior PIB per capita entre os que se destacam pela pecuária (o valor foi 72,5% superior ao de Minas Gerais). Com 7.981 habitantes, o município apresenta forte dependência do setor agropecuário (74,7% do PIB). A produção de lenha tem sido relevante nos últimos anos.

Com PIB per capita 33,1% inferior ao do estado, Bom Jardim de Minas (da RGINT de Juiz de Fora) é um grande produtor de madeira e teve na agropecuária 31,3% do PIB em 2017. A população do município foi de 6.644 habitantes.

Da RGINT de Montes Claros, Olhos-d’Água teve na agropecuária 58,3% do PIB em 2017. A economia local se baseia na produção de carvão vegetal. O PIB per capita do município foi 25,6% menor do que o do estado.

6.2 Indústria

A indústria apresentou a maior concentração espacial na geração do valor adicionado. Em ordem decrescente de participação, três municípios acumularam 21,58% do VAB na faixa dos 25% iniciais em 2017. O intervalo seguinte (25% a 50%) foi representado por 12 municípios. Na faixa dos 50% a 60%, posicionaram-se nove municípios. No acumulado, 24 municípios produziram 60% do VAB

37 Estatística & Informações n.23 industrial. Entre 60% e 70%, 14 municípios. O intervalo de 70% a 80%, com 10% da produção, teve 27 municípios. Na faixa entre 80% e 90% estiveram 57 municípios. Entre 90% e 95%, 74 municípios. O intervalo compreendido entre 95% e 99% contou com 248 municípios. Na última faixa, as participações de 409 municípios totalizaram 1% do VAB da indústria mineira (TABELA 16).

Tabela 16: Número de municípios, segundo faixas de participação decrescente no VAB da indústria – Minas Gerais (%) – 2010-2017

Faixa de distribuição do Valor Adicionado Bruto da 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Indústria em Minas Gerais 0 Ⱶ 25% 2 3 3 3 3 3 2 3 25% Ⱶ 50% 12 14 13 13 13 12 12 12 50% Ⱶ 60% 8 7 7 6 6 8 10 9 60% Ⱶ 70% 12 11 11 11 14 13 14 14 70% Ⱶ 80% 21 22 22 23 23 25 27 27 80% Ⱶ 90% 53 53 55 54 54 58 59 57 90% Ⱶ 95% 76 75 78 70 75 77 79 74 95% Ⱶ 99% 275 261 260 244 254 260 260 248 99% Ⱶ 100% 394 407 404 429 411 397 390 409

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

As participações dos 20 municípios de maior valor adicionado industrial em 2017 somaram 55,85%, total inferior ao verificado em 2016, de 56,06%. Betim, Belo Horizonte e Uberlândia ocuparam as três primeiras posições, com participações de 8,39%, 8,22% e 4,97% respectivamente. Dos 20 municípios de maior produção industrial, nove pertencem à RGINT de Belo Horizonte.

Localizado na RGINT de Belo Horizonte, o município de Betim foi responsável por 8,39% do VAB da indústria mineira em 2017, com perda de participação de 1,46 ponto percentual em relação ao ano anterior. O setor industrial apresentou considerável peso na estrutura econômica, 46,7% do PIB em 2017 (TABELA 18). As principais atividades se concentram na indústria de transformação, com a produção de automóveis e de autopeças e no refino de derivados do petróleo. Além de diversos outros segmentos, Betim possui siderúrgicas que produzem ferro, aço e ferrogusa.

Em Belo Horizonte, que ficou com a segunda posição no VAB industrial, o subsetor de construção civil foi o mais representativo, seguido do subsetor de transformação. Chama a atenção a perda de participação no último ano da série (1,83 p.p.). As atividades de alimentos e bebidas, metalurgia,

38 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 construção e produção de metal têm perdido fôlego nos últimos anos. O setor industrial representou 11,9% do PIB em 2017 (TABELA 18).

Tabela 17: Dez maiores municípios segundo posição e participação percentual no VAB da indústria – Minas Gerais – 2010-2017

VAB da Indústria em Minas Gerais Municípios RGINT 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Participação (%) 9,45 6,12 4,92 4,49 4,41 7,87 9,85 8,39 Betim Belo Horizonte Posição (MG) 2 2 2 3 4 2 2 1 Participação (%) 10,31 11,07 11,88 11,93 12,30 11,16 10,05 8,22 Belo Horizonte Belo Horizonte Posição (MG) 1 1 1 1 1 1 1 2 Participação (%) 5,68 4,50 4,83 4,80 5,03 5,26 5,30 4,97 Uberlândia Uberlândia Posição (MG) 3 4 4 2 2 3 3 3 Participação (%) 5,56 5,24 4,87 4,45 4,92 4,78 4,63 4,43 Contagem Belo Horizonte Posição (MG) 4 3 3 4 3 4 4 4 Participação (%) 3,31 3,87 4,00 4,44 3,98 2,96 3,19 3,74 Nova Lima Belo Horizonte Posição (MG) 5 5 5 5 5 6 5 5 Participação (%) 3,12 3,03 3,12 3,16 2,79 2,50 2,49 2,72 Ipatinga Ipatinga Posição (MG) 6 8 8 8 7 7 7 6 Participação (%) 2,28 2,10 2,27 2,40 2,56 3,08 3,18 2,45 Uberaba Uberaba Posição (MG) 10 10 10 10 9 5 6 7 Participação (%) 2,19 1,87 2,07 2,08 2,08 2,28 2,17 2,18 Juiz de Fora Juiz de Fora Posição (MG) 12 13 11 12 11 8 8 8 Participação (%) 2,19 1,97 1,96 2,10 2,00 2,07 1,87 2,16 Sete Lagoas Belo Horizonte Posição (MG) 11 11 13 11 12 9 9 9 Participação (%) 2,45 2,83 2,76 2,80 2,43 1,37 1,31 2,12 Itabira Belo Horizonte Posição (MG) 8 9 9 9 10 14 11 10 Participação (%) 2,38 3,26 3,14 3,40 2,88 1,83 1,23 2,12 Ouro Preto Belo Horizonte Posição (MG) 9 7 7 7 6 10 15 11 Participação (%) 1,13 1,39 1,47 2,02 1,77 1,32 1,23 1,85 Itabirito Belo Horizonte Posição (MG) 16 15 15 13 13 15 16 12 Participação (%) 1,47 1,96 1,98 2,02 1,55 1,00 1,21 1,77 São Gonçalo do Rio Abaixo Ipatinga Posição (MG) 13 12 12 14 15 22 17 13 Participação (%) 0,69 0,72 0,75 0,77 0,82 1,00 1,21 1,40 Extrema Pouso Alegre Posição (MG) 32 30 29 28 26 23 18 14 Participação (%) 0,99 1,15 1,31 1,20 1,34 1,46 1,26 1,32 Ouro Branco Barbacena Posição (MG) 19 17 17 18 18 13 13 15 Participação (%) 0,86 0,87 1,35 1,31 1,43 1,54 1,29 1,30 Araxá Uberaba Posição (MG) 23 22 16 17 16 12 12 16 Participação (%) 2,55 3,62 3,14 3,55 2,62 1,56 0,88 1,22 Mariana Belo Horizonte Posição (MG) 7 6 6 6 8 11 24 17 Participação (%) 1,14 1,10 1,07 1,14 1,31 1,27 1,33 1,21 Montes Claros Montes Claros Posição (MG) 14 18 19 20 19 17 10 18 Participação (%) 0,81 0,63 0,85 0,73 0,88 1,20 1,12 1,15 Araguari Uberlândia Posição (MG) 24 35 23 29 25 19 20 19 Participação (%) 1,00 0,95 1,03 1,16 1,18 1,29 1,25 1,12 Poços de Caldas Pouso Alegre Posição (MG) 18 21 20 19 20 16 14 20 Total dos 20 maiores Participação (%) 59,55 58,25 58,76 59,94 58,29 56,79 56,06 55,85 Minas Gerais 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O município de Uberlândia contribuiu com 4,97% do valor adicionado industrial em 2017 e ficou com a terceira colocação (mesma posição do ano anterior). Localizado na RGINT de mesmo nome,

39 Estatística & Informações n.23 o município conta com uma indústria bastante diversificada. A fabricação de cigarros e a produção de alimentos têm sido os principais destaques. A indústria têxtil e a indústria química também são importantes. O setor industrial foi responsável por 18,7% PIB local em 2017 (TABELA 18).

Tabela 18: PIB em percentual por setores de atividade econômica dos 20 municípios de maior valor adicionado industrial – Minas Gerais – 2017

Produto Interno Bruto Valor Adicionado Bruto Especificação Serviços Impostos Total Agropecuária Indústria Administração Demais Serviços Pública (APU) Betim 0,1 46,7 32,0 8,9 12,4 100 Belo Horizonte 0,0 11,9 61,2 12,9 14,1 100 Uberlândia 1,5 18,7 47,1 8,6 24,2 100 Contagem 0,0 19,6 53,4 9,2 17,7 100 Nova Lima 0,0 52,6 31,4 6,6 9,3 100 Ipatinga 0,0 36,2 41,2 11,0 11,6 100 Uberaba 6,0 23,9 46,9 10,1 13,2 100 Juiz de Fora 0,2 17,5 54,0 15,0 13,3 100 Sete Lagoas 0,2 33,5 39,2 12,4 14,6 100 Itabira 0,3 52,1 33,1 10,4 4,0 100 Ouro Preto 0,4 58,5 29,0 8,5 3,6 100 Itabirito 0,1 60,3 27,6 7,4 4,5 100 São Gonçalo do Rio Abaixo 0,2 72,9 21,7 3,7 1,5 100 Extrema 0,1 23,8 46,4 2,6 27,1 100 Ouro Branco 0,2 50,3 24,8 5,4 19,3 100 Araxá 1,7 32,4 41,7 9,5 14,7 100 Mariana 0,3 54,1 30,4 11,4 3,8 100 Montes Claros 1,3 17,4 53,2 16,7 11,5 100 Araguari 6,5 36,2 36,7 12,2 8,4 100 Poços de Caldas 0,6 22,7 48,2 13,0 15,6 100 Minas Gerais 5,0 22,3 44,7 15,6 12,4 100

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O município com o quarto maior valor adicionado industrial em 2017 foi Contagem, com participação de 4,43% na produção estadual. A composição econômica do município tem como principais destaques as indústrias de produtos de metal, minerais não metálicos e fabricação de alimentos, refratários para fins industriais, montagem de equipamentos de terraplanagem e pavimentação, elétrico, eletrônico e comunicações. A indústria respondeu por 19,6% do PIB do município em 2017 (TABELA 18).

40 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Nova Lima ocupou a quinta posição e teve como atividade econômica principal a extração de minério de ferro. A economia do município é extremamente dependente do setor industrial (52,6% do PIB em 2017).

O município de Ipatinga (localizado na RGINT de mesmo nome), sexto maior valor adicionado industrial no estado, tem como destaque a indústria de transformação, principalmente com a metalurgia voltada para a produção de aços planos. Em 2017, o setor industrial foi responsável por 36,2% do PIB do município, percentual 13,9 p.p. acima da média do estado (TABELA 18).

Ocupante da sétima posição e localizado na RGINT de mesmo nome, a indústria de Uberaba é mais concentrada no segmento da transformação, especialmente na produção de adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas. O setor industrial contribuiu com 23,9% do PIB do município em 2017 (TABELA 18).

Juiz de Fora ocupou a oitava posição, com participação de 2,18% da produção estadual. A metalurgia e a construção civil têm sido os principais destaques industriais. Com uma economia mais diversificada, o município não é tão dependente do setor industrial como os demais e contribuiu com 17,5% do PIB em 2017.

A cidade de Sete Lagoas (da RGINT de Belo Horizonte), nono maior VAB industrial, destaca-se na produção de alimentos (que tem crescido muito nos últimos anos) e na fabricação de veículos (que tem perdido fôlego). O peso da indústria em 2017 em relação ao PIB foi de 33,5%.

O município com o décimo maior VAB industrial em 2017 foi Itabira (também da RGINT de Belo Horizonte), que tem na indústria extrativa sua principal atividade econômica.

O Mapa 7 destaca os municípios de acordo com a colocação no ranking do estado em relação ao valor adicionado da indústria.

41 Estatística & Informações n.23 Mapa 7: Distribuição dos municípios, segundo valores adicionados da indústria – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Por meio do mapa, é possível notar o alto número de municípios com tonalidade mais clara, o que demonstra a forte concentração, característica da atividade industrial. Nas RGINT de Belo Horizonte, Divinópolis, Patos de Minas, Uberlândia e Uberaba, parte considerável dos municípios se encontram entre os 20% de maiores valores adicionados (quinto quintil) de Minas Gerais.

Na outra ponta, as RGINT de Teófilo Otoni, Montes Claros e Governador Valadares contam com muitos munícios com tonalidade branca (entre os 20% de menor VAB industrial).

O Mapa 8 apresenta os municípios onde a indústria de transformação tem importância destacada frente às demais atividades.

42 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Mapa 8: Municípios onde a indústria de transformação é a primeira, segunda ou terceira atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Em 2017, 31 municípios tiveram a indústria de transformação como principal atividade econômica no estado, dos quais seis pertencem à RGINT de Divinópolis; cinco, à de Juiz de Fora; quatro, à de Barbacena e quatro, à de Uberaba. Contaram com três municípios as RGINT de Belo Horizonte, Ipatinga e Pouso Alegre. As RGINT de Montes Claros, Patos de Minas e Varginha contaram com um município cada (TABELA 19).

Entre os principais municípios onde a indústria de transformação tem grande importância, pode-se destacar os seguintes: Betim, localizado a 34 quilômetros de Belo Horizonte, tem como principais atividades industriais a produção de veículo e as atividades de refino. O PIB per capita foi 98,1% superior ao do estado em 2017. , localizado a 130 quilômetros de Belo Horizonte, se

43 Estatística & Informações n.23 destaca pela produção de calçados. Timóteo, a 215 quilômetros de Belo Horizonte, compõe o Vale do Aço e, pela proximidade a Ipatinga, destaca-se pela produção de aço. O PIB per capita do município foi 18,6% superior ao do estado em 2017 (TABELA 19).

Tabela 19: Municípios onde a indústria de transformação foi a atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2016

PIB per capita em Participação da População (Nº Município RGINT PIB per capita (R$) relação a Minas Indústria no PIB do de habitantes) Gerais (%) Município (%) Betim Belo Horizonte 427.146 54.052 198,1 46,7 Nova Serrana Divinópolis 94.681 27.488 100,8 36,1 Timóteo Ipatinga 88.931 32.349 118,6 40,9 Visconde do Rio Branco Juíz de Fora 41.932 26.963 98,8 39,3 Ouro Branco Barbacena 38.935 86.254 316,1 50,3 Três Marias Belo Horizonte 31.687 52.626 192,9 43,0 Cambuí Pouso Alegre 29.165 46.223 169,4 29,2 Belo Oriente Ipatinga 26.158 78.972 289,5 57,8 Juatuba Belo Horizonte 25.874 46.450 170,3 43,0 Itamonte Pouso Alegre 15.391 46.952 172,1 47,8 Capitão Enéas Montes Claros 15.237 16.680 61,1 32,2 Itapagipe Uberaba 15.041 30.243 110,9 27,3 Astolfo Dutra Juíz de Fora 14.118 21.248 77,9 32,2 Santa Juliana Uberaba 13.380 47.871 175,5 30,9 São Gonçalo do Pará Divinópolis 11.985 19.405 71,1 31,2 São Geraldo Juíz de Fora 11.905 17.188 63,0 36,8 Juíz de Fora 10.876 54.137 198,4 38,2 Perdigão Divinópolis 10.846 19.678 72,1 33,0 Divinópolis 10.547 32.238 118,2 35,1 Barbacena 10.093 26.863 98,5 30,9 Delta Uberaba 9.904 34.947 128,1 44,8 Iguatama Divinópolis 8.172 38.760 142,1 35,7 Rodeiro Juíz de Fora 7.857 52.153 191,2 46,1 São Sebastião do Oeste Divinópolis 6.589 45.791 167,8 42,3 Silvianópolis Pouso Alegre 6.314 19.151 70,2 27,4 Pirajuba Uberaba 5.790 53.367 195,6 35,6 Jeceaba Barbacena 5.209 147.813 541,8 53,2 Ressaquinha Barbacena 4.861 35.318 129,5 42,3 Claraval Varginha 4.847 25.299 92,7 27,6 Jaguaraçu Ipatinga 3.158 20.563 75,4 38,6 Arapuá Patos de Minas 2.883 39.904 146,3 30,4

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O Mapa 9 apresenta os municípios onde a indústria extrativa tem importância destacada frente às demais atividades.

44 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Mapa 9: Municípios onde a indústria extrativa é a primeira, segunda ou terceira atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Em 2017, 19 municípios tiveram como principal atividade a indústria extrativa, dos quais dez se localizam na RGINT de Belo Horizonte (MAPA 9); três, na de Ipatinga; dois, na de Divinópolis. Três municípios completam o grupo, sendo das RGINT de Montes Claros, Patos de Minas e Uberaba. Itabira contou com a maior população entre eles: 119.285 habitantes (TABELA 20).

Entre os 19 municípios que se destacam pela extração, 14 apresentaram PIB per capita superior à média de Minas Gerais, com destaque para São Gonçalo do Rio Abaixo, Tapira, Catas Altas, Nova Lima e Itatiaiuçu, com valores que representam mais de 300% do estado (TABELA 20).

O município onde a indústria foi responsável pela maior participação no PIB foi São Gonçalo do Rio Abaixo (da RGINT de Ipatinga – 72,9%). Em seguida ficou Catas Altas, da RGINT de Belo Horizonte (70%); depois, Itatiaiuçu (61,8%), da RGINT de Divinópolis.

45 Estatística & Informações n.23 Tabela 20: Municípios onde a indústria extrativa foi a atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

População PIB per capita em Participação da PIB per capita Município RGINT (Nº de relação a Minas Indústria no PIB (R$) habitantes) Gerais (%) do Município (%) Itabira Belo Horizonte 119.285 43.764 160 52,1 Nova Lima Belo Horizonte 92.178 98.856 362 52,6 Ouro Preto Belo Horizonte 74.659 62.208 228 58,5 Mariana Belo Horizonte 59.857 48.407 177 54,1 Itabirito Belo Horizonte 50.816 77.497 284 60,3 Belo Horizonte 38.863 51.164 188 53,8 Santa Bárbara Belo Horizonte 30.690 24.958 91 38,8 Conceição do Mato Dentro Belo Horizonte 18.126 44.742 164 54,2 Raposos Belo Horizonte 16.390 18.181 67 47,5 Rio Piracicaba Ipatinga 14.624 34.935 128 54,8 Itatiaiuçu Divinópolis 10.979 87.447 321 61,8 São Gonçalo do Rio Abaixo Ipatinga 10.773 289.925 1063 72,9 Ipatinga 10.416 20.978 77 40,0 Riacho dos Machados Montes Claros 9.672 21.279 78 47,5 Lagamar Patos de Minas 7.795 33.701 124 41,8 Barbacena 7.334 16.191 59 32,3 Conceição do Pará Divinópolis 5.515 48.711 179 49,1 Catas Altas Belo Horizonte 5.316 114.739 421 70,0 Tapira Uberaba 4.650 146.515 537 60,2

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Nenhum município teve o setor de construção como a principal atividade econômica em 2017. Vale destacar que foram nove em 2010. Os dados do estado e desagregados por municípios mostram que esse setor tem sido um dos mais prejudicados pela crise econômica brasileira.

O Mapa 10 apresenta os municípios onde as atividades de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (energia e saneamento) têm importância destacada frente às demais atividades.

46 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Mapa 10: Municípios onde a eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (energia e saneamento) é a primeira, segunda ou terceira atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Em 2017, 15 municípios tiveram o subsetor de energia e saneamento como o de maior valor adicionado bruto; seis eram da RGINT de Uberaba. As RGINT de Ipatinga, Uberlândia e Varginha contaram com dois municípios cada. As de Governador Valadares, Juiz de Fora e Montes Claros, com um cada (TABELA 21).

Localizado na RGINT de Uberaba e a 765 quilômetros de Belo Horizonte, o município de Iturama registrou a maior população entre os 15 em destaque (38.484 habitantes). Seu PIB per capita foi 64% superior ao de Minas Gerais (TABELA 21). Além do setor de energia e saneamento, o município também tem se destacado na atividade de produção de alimentos.

Também localizado na RGINT de Uberaba, o município de Sacramento (distante 462 quilômetros de Belo Horizonte) teve o segundo maior número de habitantes (25.998). O PIB per capita local foi

47 Estatística & Informações n.23 116% superior ao do estado em 2017. Outra atividade de destaque no município é a produção agrícola, principalmente o cultivo de cereais.

Tabela 21: Municípios onde a eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (energia e saneamento) foi a atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

População PIB per capita em Participação da PIB per capita Município RGINT (Nº de relação ao de Indústria no PIB (R$) habitantes) Minas Gerais (%) do Município (%) Iturama Uberaba 38.484 44.831 164 46,8 Sacramento Uberaba 25.998 59.031 216 35,6 Fronteira Uberaba 17.072 61.933 227 79,9 Grão Mogol Montes Claros 15.931 17.933 66 29,5 Nova Ponte Uberaba 14.934 51.810 190 38,2 Ibiraci Varginha 13.575 46.006 169 53,9 Planura Uberaba 11.796 41.414 152 56,3 São José da Barra Varginha 7.374 92.869 340 82,2 Conquista Uberaba 6.960 62.876 230 48,1 Indianópolis Uberlândia 6.806 64.487 236 50,2 Araporã Uberlândia 6.774 175.526 643 70,0 Dores de Guanhães Governador Valadares 5.316 20.758 76 44,8 Braúnas Ipatinga 5.003 18.555 68 51,2 Joanésia Ipatinga 4.996 15.436 57 47,3 Simão Pereira Juíz de Fora 2.651 27.470 101 49,0

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A maior parte dos municípios se encontra a mais de 400 quilômetros de distância de Belo Horizonte. Oito deles dispunham de menos de oito mil habitantes em 2017. Dez registraram PIB per capita superior ao do estado.

6.3 Serviços

O setor de serviços está diretamente integrado ao desempenho das demais, o que se reflete em uma estrutura de distribuição bastante próxima à apresentada para o PIB.

Considerando-se as participações no VAB dos serviços em ordem descendente, os municípios de Belo Horizonte e Uberlândia concentraram 24,4% da produção em 2017. O intervalo seguinte (25% a 50%) foi representado por 13 municípios. Na faixa dos 50% a 60%, posicionaram-se 17

48 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 municípios. No acumulado, 56 municípios produziram 70% do VAB dos serviços. O intervalo de 70% a 80% teve 56 municípios. O decil seguinte teve 149 municípios. A faixa entre 90% e 95% contou com 168 municípios. O intervalo entre 95% e 99% teve 290 municípios. No último intervalo, a participação de 132 municípios totalizou 1% do VAB dos serviços no estado (TABELA 22).

Tabela 22: Número de municípios segundo faixas de participação decrescente no VAB dos serviços – Minas Gerais (%) – 2010-2016

Faixa de distribuição do Valor Adicionado Bruto da 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Indústria em Minas Gerais 0 Ⱶ 25% 1 1 1 1 1 2 2 2 25% Ⱶ 50% 11 13 12 13 13 12 17 13 50% Ⱶ 60% 16 16 16 15 16 17 22 17 60% Ⱶ 70% 24 24 24 24 24 25 37 26 70% Ⱶ 80% 51 51 51 50 51 54 64 56 80% Ⱶ 90% 146 147 145 145 144 146 163 149 90% Ⱶ 95% 173 171 170 170 169 169 157 168 95% Ⱶ 99% 296 295 298 297 297 293 273 290 99% Ⱶ 100% 135 135 136 138 138 135 118 132

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A Tabela 23 traz os vinte municípios de maior VAB dos serviços em 2017. Belo Horizonte produziu 18,93% do VAB estadual dos serviços naquele ano. Em 2010, a participação tinha sido de 21,14%, ou seja, em sete anos a queda foi de 2,21 p.p. Os principais destaques desse setor no município foram: a intermediação financeira, o comércio e a administração pública.

A segunda posição foi ocupada por Uberlândia, com 5,48% de participação. Entre 2010 e 2017, houve ganho de 0,6 ponto percentual na participação (em 2010 era 4,88%). A principal atividade de serviços na cidade é o comércio, principalmente o segmento atacadista. Os serviços constituíram 55,7% do PIB do município em 2017 (8,6% de administração pública e 47,1% de comércio e outros serviços) (TABELA 23).

O terceiro maior VAB de Serviços foi registrado em Contagem (5,22% do total do estado). Em 2017, o setor de serviços respondeu por 62,7% do PIB do município. O município se destaca pelo comércio (tanto varejista quanto atacadista) e atividades imobiliárias.

49 Estatística & Informações n.23 Tabela 23: Dez maiores municípios segundo posição e participação percentual e posição no VAB dos serviços – Minas Gerais – 2010-2017

VAB dos Serviços em Minas Gerais Municípios RGINT 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Participação (%) 21,14 20,59 20,51 20,10 19,94 19,72 19,58 18,93 Belo Horizonte Belo Horizonte Posição (MG) 1 1 1 1 1 1 1 1 Participação (%) 4,88 4,78 4,97 4,98 5,09 5,17 5,42 5,48 Uberlândia Uberlândia Posição (MG) 3 3 3 3 3 2 2 2 Participação (%) 5,50 5,13 5,35 5,29 5,25 5,13 5,00 5,22 Contagem Belo Horizonte Posição (MG) 2 2 2 2 2 3 3 3 Participação (%) 3,19 3,07 3,06 3,11 3,17 3,12 3,10 3,17 Juiz de Fora Juiz de Fora Posição (MG) 5 5 5 5 5 5 4 4 Participação (%) 4,26 4,03 3,86 3,69 3,54 3,26 3,03 2,72 Betim Belo Horizonte Posição (MG) 4 4 4 4 4 4 5 5 Participação (%) 1,98 2,00 2,03 2,11 2,09 2,18 2,22 2,16 Uberaba Uberaba Posição (MG) 6 6 6 6 6 6 6 6 Participação (%) 1,64 1,65 1,67 1,71 1,74 1,79 1,88 1,80 Montes Claros Montes Claros Posição (MG) 8 7 7 7 7 7 7 7 Participação (%) 1,70 1,61 1,58 1,51 1,46 1,45 1,41 1,45 Ipatinga Ipatinga Posição (MG) 7 8 8 8 8 8 8 8 Participação (%) 0,98 1,01 1,04 1,13 1,23 1,30 1,30 1,37 Pouso Alegre Pouso Alegre Posição (MG) 14 14 14 14 12 10 10 9 Participação (%) 1,33 1,30 1,29 1,30 1,31 1,35 1,35 1,34 Governador Valadares Governador Valadares Posição (MG) 10 10 10 10 10 9 9 10 Participação (%) 1,34 1,37 1,34 1,38 1,34 1,27 1,20 1,23 Sete Lagoas Belo Horizonte Posição (MG) 9 9 9 9 9 11 11 11 Participação (%) 1,18 1,21 1,19 1,18 1,17 1,19 1,18 1,18 Divinópolis Divinópolis Posição (MG) 11 11 11 12 13 13 12 12 Participação (%) 1,15 1,18 1,18 1,24 1,25 1,24 1,10 1,12 Poços de Caldas Pouso Alegre Posição (MG) 12 12 12 11 11 12 13 13 Participação (%) 0,39 0,46 0,59 0,70 0,81 0,84 0,96 1,06 Extrema Pouso Alegre Posição (MG) 42 35 23 21 17 17 15 14 Participação (%) 0,90 1,01 1,05 1,17 1,12 0,98 0,99 1,00 Nova Lima Belo Horizonte Posição (MG) 15 15 13 13 14 14 14 15 Participação (%) 1,06 1,04 0,95 0,91 0,94 0,94 0,85 0,97 Varginha Varginha Posição (MG) 13 13 15 15 15 15 18 16 Participação (%) 0,66 0,69 0,75 0,78 0,83 0,85 0,85 0,86 Ribeirão das Neves Belo Horizonte Posição (MG) 19 18 17 17 16 16 17 17 Participação (%) 0,71 0,72 0,72 0,75 0,79 0,83 0,87 0,85 Patos de Minas Patos de Minas Posição (MG) 17 17 19 18 18 18 16 18 Participação (%) 0,68 0,67 0,74 0,71 0,75 0,77 0,75 0,76 Araxá Uberaba Posição (MG) 18 20 18 19 19 19 19 19 Participação (%) 0,77 0,82 0,80 0,80 0,73 0,62 0,60 0,65 Itabira Belo Horizonte Posição (MG) 16 16 16 16 20 20 20 20 Total dos 20 maiores Participação (%) 55,44 54,34 54,67 54,57 54,56 53,99 53,63 53,30 Minas Gerais 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Juiz de Fora apresentou o quarto maior valor adicionado na atividade de serviços em 2017 (3,17% do estado). No PIB do município, o setor representou 68,9% do total (TABELA 24). As maiores contribuições foram provenientes da administração pública, do comércio e das atividades imobiliárias.

50 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 A atividade serviços gerou 40,9% do PIB de Betim, quinto colocado. A contribuição para o agregado estadual foi de 2,72% (em 2010 havia sido 4,26%). As atividades de comércio, comércio atacadista de combustíveis e transportes têm sido bem representativas da atividade de serviços no município. As atividades imobiliárias, profissionais/técnicas/científicas e de administração pública apresentaram os maiores incrementos entre 2010 e 2017.

Em Uberaba (sexto colocado), os serviços constituíram 57% do PIB local e tiveram participação preponderante do comércio e das atividades imobiliárias. No agregado estadual, o município contribuiu com 2,16% (TABELA 24).

O sétimo maior VAB de serviços foi registrado no município de Montes Claros (1,8%), onde o setor gerou 69,9% do PIB em 2017 (53,2% por meio do comércio e demais serviços; 16,7% pela administração pública – TABELA 24). As atividades relevantes e com aumento de participação em 2017 foram serviços de informação, intermediação financeira, atividades imobiliárias e atividades profissionais, científicas e técnicas.

Ipatinga, da RGINT de mesmo nome, registrou o oitavo maior VAB de serviços em 2017, com participação de 1,45% (em 2010 havia sido de 1,7%). Entre 2010 e 2017, houve acréscimo de participação nas seguintes atividades: transporte, intermediação financeira, atividades imobiliárias, atividades profissionais, científicas e técnicas e administração pública.

A nona posição foi de Pouso Alegre. Entre 2010 e 2017, a participação do município no VAB de serviços saltou de 0,98% para 1,37%, o que provocou o ganho de cinco posições (em 2010, o município havia ficado na 14ª colocação). O comércio atacadista de combustíveis apresentou expressivo acréscimo em sete anos.

51 Estatística & Informações n.23

Tabela 24: PIB em percentual por setores de atividade econômica dos 10 municípios de maior valor adicionado do Setor de Serviços – Minas Gerais – 2017

Produto Interno Bruto Valor Adicionado Bruto Serviços Especificação Impostos Total Agropecuária Indústria Comércio e Administração Demais Serviços Pública (APU)

Belo Horizonte 0,0 11,9 61,2 12,9 14,1 100 Uberlândia 1,5 18,7 47,1 8,6 24,2 100 Contagem 0,0 19,6 53,4 9,2 17,7 100 Juiz de Fora 0,2 17,5 54,0 15,0 13,3 100 Betim 0,1 46,7 32,0 8,9 12,4 100 Uberaba 6,0 23,9 46,9 10,1 13,2 100 Montes Claros 1,3 17,4 53,2 16,7 11,5 100 Ipatinga 0,0 36,2 41,2 11,0 11,6 100 Pouso Alegre 0,9 17,8 55,2 9,2 16,9 100 Governador Valadares 0,6 10,1 58,2 21,0 10,2 100 Sete Lagoas 0,2 33,5 39,2 12,4 14,6 100 Divinópolis 1,0 18,3 52,3 15,9 12,5 100 Poços de Caldas 0,6 22,7 48,2 13,0 15,6 100 Extrema 0,1 23,8 46,4 2,6 27,1 100 Nova Lima 0,0 52,6 31,4 6,6 9,3 100 Varginha 1,2 19,2 51,3 10,4 18,0 100 Ribeirão das Neves 0,1 10,2 46,7 30,5 12,5 100 Patos de Minas 6,5 15,9 53,3 14,1 10,3 100 Araxá 1,7 32,4 41,7 9,5 14,7 100 Itabira 0,3 52,1 33,1 10,4 4,0 100 Minas Gerais 5,0 22,3 44,7 15,6 12,4 100 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O décimo maior VAB do setor de serviços foi registrado em Governador Valadares (1,34%). Os principais destaques têm sido as atividades de comércio, atividades imobiliárias e administração pública. O Mapa 11 mostra como a produção de serviços se concentra espacialmente no estado.

52 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Mapa 11: Distribuição dos municípios, segundo valores adicionados dos serviços – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O Mapa 12 apresenta os municípios onde o comércio tem importância destacada frente às demais atividades.

Apenas quatro municípios tiveram o comércio como atividade de maior valor adicionado bruto em Minas Gerais em 2017, todos localizados na RGINT de Pouso Alegre (TABELA 25).

53 Estatística & Informações n.23 Tabela 25: Municípios onde o comércio foi a atividade de maior valor adicionado bruto em 2016 – Minas Gerais

PIB per capita Participação de Comércio População PIB per capita Município RGINT em relação a e Demais Serviços no PIB (Nº de habitantes) (R$) Minas Gerais (%) do Município (%) Extrema Pouso Alegre 34.344 219.239 804 46 Careaçu Pouso Alegre 6.757 22.028 81 56 São Sebastião da Bela Vista Pouso Alegre 5.438 62.462 229 57 Albertina Pouso Alegre 3.046 27.797 102 52 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Mapa 12: Municípios onde o comércio é a primeira, segunda ou terceira atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Localizado a 482 quilômetros de Belo Horizonte e com 34.344 habitantes, o município de Extrema se destaca pelo fato de ter tido PIB per capita oito vezes superior ao do estado em 2017. A cidade

54 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 tem recebido vultosos investimentos de empresas de eletroeletrônicos e se desenvolvido nas atividades de comércio varejista e atacadista. A proximidade à rodovia Fernão Dias tem sido fundamental na atração de capital.

Com 6.757 habitantes, o município de Careaçu tem no comércio atacadista de combustíveis uma das principais atividades, tendo apresentado notável crescimento entre 2010 e 2017.

Localizado a 366 quilômetros de Belo Horizonte, o município de São Sebastião da Bela Vista (5.738 habitantes) tem se destacado principalmente nas atividades de comércio atacadista. Teve o PIB per capita 129% superior ao do estado em 2017.

O Mapa 13 apresenta os municípios onde a administração pública tem importância destacada frente às demais atividades.

Mapa 13: Municípios onde a administração pública é a primeira, segunda ou terceira atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

55 Estatística & Informações n.23 Entre os 853 municípios, 471 (55,2%) registraram a atividade de administração pública como de maior valor adicionado bruto em 2017. Essas localidades somaram 4,26 milhões de habitantes no mesmo ano. Dessa forma, um quinto da população vive em cidades com predominância do setor público na geração de riquezas.

Uma característica marcante desses municípios é o baixo valor do PIB per capita. Dos 471, apenas um registrou valor superior à média de Minas Gerais (Cachoeira Dourada, da RGINT de Uberlândia). O PIB per capita foi inferior a R$ 10 mil (36,7% do valor do estado) em 44,2% dos municípios (GRÁFICO 6). Além disso, em 89,6% deles a cifra não chegou aos R$ 15 mil.

Gráfico 6: Distribuição do PIB per capita dos municípios onde a administração pública é a principal atividade econômica local – 2017 – Minas Gerais

16,0 120 14,2 14,4 14,2 14,0 99,2 99,2 99,6 100,0 96,0 97,0 97,5 98,7 98,7 99,4 99,8 99,8 93,2 100 11,7 89,6 12,0 10,8 84,3 76,4 80 10,0 69,2 58,4 7,9 8,0 7,2 60 44,2

6,0 5,3 Porcentagem 29,7 40 3,8 3,6 4,0 2,8 15,5 20 2,0 1,1 1,3 3,8 0,4 0,4 - - 0,2 0,2 0,2 - 0,2

- 0

Até 7.000 Até

8.000,01 a 9000 a 8.000,01

7.000,01 8.000 a 7.000,01

9.000,01 a 10.000 a 9.000,01

10.000,01 11.000 10.000,01 a 14.000 13.000,01 a 17.000 16.000,01 a 20.000 19.000,01 a 23.000 22.000,01 a 26.000 25.000,01 a 28.000 27.000,01 a 11.000,01 12.000 11.000,01 a 13.000 12.000,01 a 15.000 14.000,01 a 16.000 15.000,01 a 18.000 17.000,01 a 19.000 18.000,01 a 21.000 20.000,01 a 22.000 21.000,01 a 24.000 23.000,01 a 25.000 24.000,01 a 27.000 26.000,01 a Título do Eixo

Porcentagem Porcentagem Acumulada

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A RGINT com maior número de municípios com predominância da administração pública foi Juiz de Fora (101). Ela foi seguida por Montes Claros, Teófilo Otoni e Governador Valadares (74, 73 e 49

56 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 municípios respectivamente). As RGINT de Uberaba, Uberlândia e Patos de Minas contaram com o menor número de municípios nessa situação (um, quatro e oito, respectivamente).

A Tabela 26 apresenta os 20 municípios de maior população onde a administração pública é a principal atividade.

Tabela 26: Municípios (20 mais populosos) onde a administração pública foi a atividade de maior valor adicionado bruto – Minas Gerais – 2017

PIB per capita em Participação da População Município RGINT PIB per capita (R$) relação a Minas Administração Pública (Nº de habitantes) Gerais (%) no PIB do Município (%) Ribeirão das Neves Belo Horizonte 328.871 11.723 43,0 30,5 Ibirité Belo Horizonte 177.475 12.227 44,8 31,9 Esmeraldas Belo Horizonte 69.010 9.796 35,9 40,4 Januária Montes Claros 68.584 9.860 36,1 38,2 São Francisco Montes Claros 56.805 8.714 31,9 43,2 Porteirinha Montes Claros 38.741 8.663 31,8 42,0 Jaíba Montes Claros 37.939 14.639 53,7 26,4 Teófilo Otoni 34.661 11.648 42,7 33,2 Brasília de Minas Montes Claros 32.732 9.231 33,8 45,3 Espinosa Montes Claros 32.214 8.513 31,2 44,3 Minas Novas Teófilo Otoni 32.009 7.845 28,8 47,2 Novo Cruzeiro Teófilo Otoni 31.884 7.328 26,9 51,3 Rio Pardo de Minas Montes Claros 31.016 8.382 30,7 45,8 Buritizeiro Montes Claros 28.335 14.823 54,3 25,2 Mutum Juíz de Fora 27.528 13.595 49,8 28,0 Coração de Jesus Montes Claros 27.052 7.399 27,1 49,3 Francisco Sá Montes Claros 26.428 11.452 42,0 33,7 São João da Ponte Montes Claros 25.856 7.580 27,8 50,6 Jequitinhonha Teófilo Otoni 25.560 8.806 32,3 45,9 Teófilo Otoni 24.748 11.031 40,4 37,5

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Entre os municípios onde a administração pública se destaca, o mais populoso é Ribeirão das Neves. Localizado a 31 quilômetros de Belo Horizonte, seu PIB per capita foi 57% menor do que o do estado. As atividades de comércio também se destacam na economia local. A agropecuária praticamente inexiste, e a indústria teve participação bastante limitada em 2017.

O segundo mais populoso foi Ibirité (da RGINT de Belo Horizonte). A administração pública foi responsável por 32% do PIB do município em 2017. Seu PIB per capita foi 55,2% inferior ao de Minas Gerais.

57 Estatística & Informações n.23 O terceiro mais populoso foi Esmeraldas (também da RGINT de Belo Horizonte), com PIB per capita 64,1% menor que o do estado.

Localizado a 613 quilômetros da capital mineira, o município de Januária (da RGINT de Montes Claros) registrou a quarta maior população entres aqueles de economia dominada pelo setor público. Seu PIB per capita foi 63,9% menor do que o do estado.

58 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

7 ECONOMIA DAS REGIÕES GEOGRÁFICAS INTERMEDIÁRIAS (RGINT)

A análise do produto interno bruto por RGINT revela forte concentração, uma vez que apenas cinco delas concentraram 68% da riqueza produzida no estado em 2017, com destaque para as de Belo Horizonte, Uberlândia, Juiz de Fora, Pouso Alegre e Varginha, com participações de 37%, 8,6%, 8,3%, 7,2% e 6,9% respectivamente (GRÁFICO 7).

Gráfico 7: Participação das RGINS no PIB – Minas Gerais – 2017 (Porcentagem e Porcentagem acumulada)

40,0 120,0 37,0

35,0 100,0 95,6 98,0 92,6 100,0 88,5 30,0 84,4 79,5 73,8 80,0 25,0 68,0 61,1 20,0 53,9 60,0 45,6 15,0 40,0 10,0 8,6 8,3 7,2 6,9 5,8 5,7 4,9 4,1 4,0 20,0 5,0 3,0 2,4 2,0

0,0 0,0

Ipatinga

Uberaba

Varginha

Barbacena

Uberlândia

Divinópolis

Juíz Fora Juíz de

Teófilo Otoni Teófilo

Pouso Alegre Pouso

Montes ClarosMontes

Belo Horizonte Belo

Patos dePatos Minas GovernadorValadares

Porcentagem Porcentagem Acumulada

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

As RGINT de Uberlândia, Uberaba, Varginha e Pouso Alegre fazem fronteira com o estado de São Paulo, o que potencializa as transações econômicas industriais, agropecuárias e comerciais (MAPA 14).

Já entre as de Montes Claros, Teófilo Otoni e Governador Valadares, pode-se destacar a proximidade com o sul da Bahia e o Espírito Santo. Apresentam distância considerável das RGINT mais ricas, o que desfavorece o escoamento da produção interna. São regiões extremamente

59 Estatística & Informações n.23 dependentes dos fluxos de renda provenientes das transferências governamentais. Além disso, apresentam indicadores sociais piores do que a média do estado.

Mapa 14: Distribuição das RGINS segundo participação no PIB – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O PIB de Minas Gerais em 2017 foi composto da seguinte forma: 22,3% pelo setor industrial, 15,6% pelos serviços de administração pública, 44,7% pelos demais serviços, 5% pelo setor agropecuário e 12,4% pelos impostos.

As RGINT de Ipatinga, Uberaba, Belo Horizonte e Barbacena foram as quatro com maior participação do setor industrial na composição do PIB (36,1%, 29,6%, 25,4%, e 22,7% respectivamente – GRÁFICO 8). Todas, portanto, apresentaram nível de industrialização acima da média do estado (22,3%).

60 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 As RGINT de Teófilo Otoni, Governador Valadares, Montes Claros e Patos de Minas registraram as quatro menores participações na indústria em suas respectivas estruturas econômicas (GRÁFICO 8).

As RGINT com maior participação da atividade agropecuária no PIB em 2017 foram Patos de Minas (20,9%), Uberaba (12,4%), Varginha (10,3%) e Teófilo Otoni (9,2%) – (GRÁFICO 9).

Gráfico 8: Composição do produto interno bruto em porcentagem por atividade econômica e impostos – Minas Gerais e Regiões Geográficas Intermediárias – 2017

100% 6,1 9,4 10,3 11,1 11,1 8,3 9,5 7,8 12,9 11,9 11,4 16,1 12,4 90% 1,8 19,2 6,1 9,2 4,9 7,3 12,4 5,4 7,2 10,3 5,0 80% 15,1 12,9 4,1 20,9 6,2 15,6 10,7 19,3 16,5 13,6 20,5 29,0 70% 10,3 17,2 28,1 36,5 15,3 60% 37,5 50% 37,0 48,4 39,5 42,3 43,6 45,9 44,7 40% 44,7 46,8 39,7 41,0 47,8 30% 40,0

20% 36,1 29,6 25,4 10% 23,8 22,7 20,6 20,3 22,3 16,7 16,7 15,8 14,1 9,4 8,3

0%

Ipatinga

Uberaba

Varginha

Barbacena

Uberlândia

Divinópolis

Juíz Fora Juíz de

MinasGerais

Teófilo Otoni Teófilo

Pouso Alegre Pouso

Montes ClarosMontes

Belo Horizonte Belo

Patos dePatos Minas GovernadorValadares

Indústria Comércio e Demais Serviços Administração Pública Agropecuária Impostos

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A RGINT com maior participação da administração pública em sua estrutura econômica em 2017 foi a de Teófilo Otoni (36,5%). Em seguida ficou a de Governador Valadares (29%). A terceira maior participação foi registrada na RGINT de Montes Claros (28,1%); a quarta maior, na de Juiz de Fora (20,5%).

A atividade agropecuária caracteriza-se pela maior distribuição territorial na comparação com os demais setores econômicos (GRÁFICO 9).

61 Estatística & Informações n.23

Gráfico 9: Participação das Regiões Geográficas Intermediária no VAB agropecuário – Minas Gerais – 2017 (Porcentagem e Porcentagem acumulada)

30,0 120,0

100,0 95,7 98,2 25,0 92,4 100,0 89,1 84,7 78,8 20,0 72,7 80,0 16,9 64,6 14,4 15,0 14,2 56,3 60,0

45,5 10,8 10,0 40,0 31,3 8,3 8,1 6,1 5,9 4,4 5,0 3,3 3,3 20,0 2,5 1,8

0,0 0,0

Ipatinga

Uberaba

Varginha

Barbacena

Uberlândia

Divinópolis

Juíz Fora Juíz de

Teófilo Otoni Teófilo

PousoAlegre

Montes Claros Montes

Belo Horizonte Belo

Patos dePatos Minas GovernadorValadares

Porcentagem Porcentagem Acumulada

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Em 2017, a RGINT de Patos de Minas gerou 16,9% do VAB agropecuário em Minas Gerais, mesmo tendo contado com o quarto menor PIB (4% do estado). As outras três RGINT de maior participação foram Uberaba (14,4%), Varginha (14,2%) e Uberlândia (10,8%) respectivamente (GRÁFICO 10).

Já a atividade industrial tende a apresentar maior concentração espacial. Cinco RGINT acumularam 72,3% da produção em 2017. São elas Belo Horizonte, Uberlândia, Ipatinga Uberaba e Pouso Alegre (GRÁFICO 10).

62 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Gráfico 10: Participação das Regiões Geográficas Intermediárias no VAB da indústria – Minas Gerais – 2017 (Porcentagem e Porcentagem acumulada)

45,0 42,2 120,0

40,0 98,3 99,2 100,0 95,7 92,8 100,0 35,0 89,5 84,4 78,5 30,0 72,3 80,0 65,8 25,0 58,1 60,0 50,2 20,0

15,0 40,0

10,0 8,0 7,9 7,7 6,6 6,2 5,8 5,2 20,0 5,0 3,3 2,9 2,6 0,9 0,8

0,0 0,0

Ipatinga

Uberaba

Varginha

Barbacena

Uberlândia

Divinópolis

Juíz Fora Juíz de

Teófilo Otoni Teófilo

PousoAlegre

Montes ClarosMontes

Belo Horizonte Belo

Patos dePatos Minas GovernadorValadares

Porcentagem Porcentagem Acumulada

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O Gráfico 11 apresenta a distribuição do valor adicionado do setor de serviços de acordo com a RGINT.

63 Estatística & Informações n.23

Gráfico 11: Participação das Regiões Geográficas Intermediárias no VAB dos serviços – Minas Gerais – 2017 (Porcentagem e Porcentagem acumulada)

40,0 37,6 120,0

35,0 97,4 100,0 94,5 100,0 91,5 87,8 30,0 83,5 79,0 74,2 80,0 25,0 68,6 61,6 20,0 54,5 60,0 46,8 15,0 40,0 9,2 10,0 7,7 7,1 7,0 5,6 4,7 4,6 20,0 4,3 3,7 5,0 3,0 3,0 2,6

0,0 0,0

Ipatinga

Uberaba

Varginha

Barbacena

Uberlândia

Divinópolis

Juíz Fora Juíz de

Teófilo Otoni Teófilo

Pouso Alegre Pouso

Montes Claros Montes

Belo Horizonte Belo

Patos dePatos Minas GovernadorValadares

Porcentagem Porcentagem Acumulada

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O Gráfico 12 apresenta o PIB per capita por RGINT.

64 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Gráfico 12: Relação entre o PIB da RGINT e o de Minas Gerais – 2010/2017 Porcentagem

180

160

140

120

100

80

60

Porcentagem 40

20

142,0 142,0 153,9 144,7 125,3 148,3 148,3 157,0 117,4 103,6 110,1 100,5

82,7 82,7 93,3 84,1 88,3 52,0 36,3 40,3 91,8 91,8 81,5 80,8 82,7 70,4 74,2 48,9 54,2 46,1

0

Ipatinga

Uberaba

Varginha

Barbacena

Uberlândia

Divinópolis

Juíz Fora Juíz de

Teófilo Otoni Teófilo

PousoAlegre

Montes Claros Montes

Belo Horizonte Belo

Patos dePatos Minas GovernadorValadares Região Geográfica Intermediária

RGINT em 2010 RGINT em 2017 Minas Gerais

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O Gráfico 13 apresenta a distribuição do PIB per capita por RGINT.

65 Estatística & Informações n.23 Gráfico 13: Distribuição do PIB per capita das RGINT – Minas Gerais (R$ 1.000)

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA

As próximas subseções apresentam dados de produção econômica para cada RGINT individualmente.

7.1 RGINT de Belo Horizonte

Os 15 municípios de maior PIB da RGINT de Belo Horizonte tiveram participação de 89,99% na RGINT. Belo Horizonte representou 41,69%; Contagem, 13,59%; Betim, 10,82%; Nova Lima, 4,27%; Sete Lagoas, 3,87%. Os cinco foram responsáveis por 74,24% da produção. No estado, eles tiveram participação de 27,49% (TABELA 27).

66 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Tabela 27: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Belo Horizonte e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Belo Horizonte 59.203 88.397 88.951 16,86 16,23 15,44 39,79 43,62 41,69 1 1 1 Contagem 19.143 26.491 28.988 5,45 4,86 5,03 12,86 13,07 13,59 2 3 3 Betim 23.385 25.156 23.088 6,66 4,62 4,01 15,72 12,41 10,82 4 4 4 Nova Lima 5.383 7.848 9.112 1,53 1,44 1,58 3,62 3,87 4,27 15 9 8 Sete Lagoas 5.821 7.268 8.263 1,66 1,33 1,43 3,91 3,59 3,87 9 10 10 Itabira 4.137 3.727 5.220 1,18 0,68 0,91 2,78 1,84 2,45 16 20 17 Ouro Preto 3.714 3.046 4.644 1,06 0,56 0,81 2,50 1,50 2,18 22 25 19 Itabirito 1.879 2.788 3.938 0,54 0,51 0,68 1,26 1,38 1,85 51 29 22 Ribeirão das Neves 1.734 3.620 3.855 0,49 0,66 0,67 1,17 1,79 1,81 19 21 23 Santa Luzia 2.231 3.303 3.785 0,64 0,61 0,66 1,50 1,63 1,77 21 23 24 Mariana 3.690 2.230 2.898 1,05 0,41 0,50 2,48 1,10 1,36 26 43 30 1.561 2.820 2.596 0,44 0,52 0,45 1,05 1,39 1,22 52 28 40 Sabará 1.357 2.322 2.524 0,39 0,43 0,44 0,91 1,15 1,18 45 38 42 Ibirité 1.407 1.997 2.170 0,40 0,37 0,38 0,95 0,99 1,02 37 50 48 Brumadinho 1.335 1.616 1.988 0,38 0,30 0,35 0,90 0,80 0,93 68 60 53 Total dos 15 Maiores 137.989 184.646 194.039 38,73 33,52 33,33 91,38 90,12 89,99 Total da RGINT 148.800 202.660 213.372 42,38 37,20 37,03 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O Gráfico 14 apresenta a distribuição do PIB per capita da RGINT de Belo Horizonte. É possível traçar comparações com o Brasil e Minas Gerais.

Os cinco municípios de maior PIB per capita na RGINT de Belo Horizonte em 2017 foram Confins (quarto colocado no estado), Catas Altas, Nova Lima, Itabirito e Ouro Preto, com valores superiores a mais R$ 50.000,00 (GRÁFICO 14).

Pode-se destacar ainda que metade dos municípios apresentou valor inferior a R$ 15.394,00 na RGINT, enquanto, no estado, a cifra foi menor (R$ 13.721,00). Entretanto, na comparação com o Brasil, o valor foi inferior (R$ 16.599,00 no país).

67 Estatística & Informações n.23 Gráfico 14: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Belo Horizonte (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O Mapa 15 aponta os municípios de economia mais importante em cada RGINT. O destaque vai para a de Belo Horizonte.

68 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Mapa 15: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Belo Horizonte – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

7.2 RGINT de Uberlândia

Com participação de 8,61%, a RGINT de Uberlândia registrou a segunda maior contribuição para o PIB estadual. Sua contribuição para o setor industrial foi de 7,97% e para o setor de serviços, de 7,7%. A participação da RGINT no VAB agropecuário foi de 10,8%, a quarta maior. Na composição do PIB, agropecuária, indústria, administração pública, comércio e demais serviços e impostos representaram, respectivamente, 6,2%, 20,6%, 10,3%, 43,6% e 19,2%.

As participações dos cinco municípios de maior PIB, Uberlândia (68,93%), Araguari (8,25%), Ituiutaba (5,84%), Araporã (2,4%) e (2,2%), totalizaram 87,61% do PIB da RGINT em 2017. A participação desses municípios no PIB do estado correspondeu a 7,54% (TABELA 28).

69 Estatística & Informações n.23 Tabela 28: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Uberlândia e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Uberlândia 18.951 32.553 34.202 5,40 5,98 5,94 67,77 68,44 68,93 3 2 2 Araguari 2.148 3.851 4.092 0,61 0,71 0,71 7,68 8,10 8,25 25 19 21 Ituiutaba 1.689 2.868 2.895 0,48 0,53 0,50 6,04 6,03 5,84 20 27 31 Araporã 996 1.083 1.189 0,28 0,20 0,21 3,56 2,28 2,40 141 79 79 Monte Carmelo 743 1.038 1.092 0,21 0,19 0,19 2,66 2,18 2,20 63 81 82 Prata 541 946 929 0,15 0,17 0,16 1,94 1,99 1,87 94 86 91 Santa Vitória 315 691 721 0,09 0,13 0,13 1,13 1,45 1,45 124 109 113 Tupaciguara 283 649 689 0,08 0,12 0,12 1,01 1,36 1,39 127 115 116 Monte Alegre de Minas 265 576 552 0,08 0,11 0,10 0,95 1,21 1,11 166 134 144 Campina Verde 284 543 509 0,08 0,10 0,09 1,01 1,14 1,02 151 143 150 Total dos 10 Maiores 28.225 46.815 48.886 7,47 8,22 8,13 93,75 94,18 94,46 Total da RGINT 27.962 47.567 49.618 7,96 8,73 8,61 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Os municípios da RGINT que se destacam em termos de PIB per capita são Araporã e Indianápolis. Os valores dos outros municípios apresentaram um padrão bastante distinto do conjunto do estado e do país. Enquanto o PIB per capita mediano do Brasil foi de R$ 16.599 e o de Minas Gerais, de R$ 13.721, o da RGINT de Uberlândia foi de R$ 27.344,00. Note que o terceiro quartil do estado foi menor do que o primeiro quartil da RGINT (GRÁFICO 15).

Gráfico 15: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Uberlândia (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

70 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 O Mapa 16 aponta os municípios de economia mais importante em cada RGINT; o destaque é para a de Uberlândia.

Mapa 16: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Uberlândia – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

7.3 RGINT de Juiz de Fora

A RGINT de Juiz de Fora gerou 8,27% do PIB estadual, terceira maior contribuição. Apresentou a sexta maior participação na agropecuária (8,13%), a sexta maior na indústria (6,2%) e a segunda maior nos serviços (9,21%). Na decomposição setorial do PIB, a agropecuária contribuiu com 4,9%; a indústria, 16,7%; a administração pública, 20,5%; os demais serviços, com 46,8%; por último, os impostos, com 11,1%. Os dez municípios de maior PIB do foram responsáveis pela geração de 65,53% da produção econômica. A contribuição de Juiz de Fora foi de 33,56%; a de Ubá, 6,01%; a

71 Estatística & Informações n.23 de Manhuaçu, 5,01%; a de Muriaé, 4,41%; a de Ponte Nova, 3,46%. No estado, a participação dos dez maiores da RGINT em 2017 foi de 5,42% (TABELA 29).

Tabela 29: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Juiz de Fora e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Juiz de Fora 9.913 14.525 15.986 2,82 2,67 2,77 35,62 32,63 33,56 5 5 5 Ubá 2.031 2.468 2.861 0,58 0,45 0,50 7,30 5,54 6,01 36 36 33 Manhuaçu 1.109 2.077 2.385 0,32 0,38 0,41 3,99 4,67 5,01 43 46 45 Muriaé 1.218 2.037 2.100 0,35 0,37 0,36 4,38 4,58 4,41 31 48 50 Ponte Nova 782 1.485 1.650 0,22 0,27 0,29 2,81 3,34 3,46 58 64 61 1.016 1.484 1.580 0,29 0,27 0,27 3,65 3,33 3,32 57 65 67 Viçosa 797 1.508 1.557 0,23 0,28 0,27 2,87 3,39 3,27 54 62 69 Visconde do Rio Branco 628 1.054 1.131 0,18 0,19 0,20 2,26 2,37 2,37 90 80 80 Leopoldina 577 981 1.039 0,16 0,18 0,18 2,07 2,20 2,18 73 85 85 Além Paraíba 565 819 922 0,16 0,15 0,16 2,03 1,84 1,94 74 98 92 Total dos 10 Maiores 20.646 30.454 33.228 5,31 5,22 5,42 66,97 63,88 65,53 Total da RGINT 27.827 44.514 47.632 7,93 8,17 8,27 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Os municípios de Pirapetinga, Rodeiro e registraram os maiores valores de PIB per capita na RGINT. Pode-se destacar a baixa dispersão dos dados, uma vez que o intervalo interquartil 3 foi menor que R$ 5 mil. É possível notar também de forma visual (GRÁFICO 16).

Os municípios da RGINT apresentaram valores de PIB per capita em geral mais baixos do que o do estado e do país (tanto o terceiro quartil quanto a mediana foram menores).

3 Diferença entre o terceiro e o primeiro quartil.

72 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Gráfico 16: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Juiz de Fora (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

73 Estatística & Informações n.23 Mapa 17: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Juiz de Fora – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

7.4 RGINT de Pouso Alegre

A participação da RGINT de Pouso Alegre no PIB mineiro foi de 7,19% em 2017. Por atividades, agropecuária, indústria e serviços geraram, respectivamente, 5,91%, 6,55% e 7,09% do total do estado. As maiores participações no PIB da RGINT foram de Extrema (18,16%), Pouso Alegre (17,82%), Poços de Caldas (15,36%), Itajubá (7,26%) e Santa Rita do Sapucaí (3,76%), totalizando 62,37% do território. A representação desses municípios no PIB do estado correspondeu a 4,49%. Os dez maiores foram responsáveis por 73,42% na RGINT e 5,28% no estado (TABELA 30).

74 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Tabela 30: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Pouso Alegre e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Extrema 1.885 6.176 7.530 0,54 1,13 1,31 9,55 16,22 18,16 42 12 11 Pouso Alegre 3.123 6.826 7.388 0,89 1,25 1,28 15,83 17,92 17,82 14 11 12 Poços de Caldas 3.742 6.123 6.366 1,07 1,12 1,10 18,96 16,08 15,36 12 13 13 Itajubá 1.994 2.644 3.011 0,57 0,49 0,52 10,10 6,94 7,26 29 30 29 Santa Rita do Sapucaí 936 1.633 1.560 0,27 0,30 0,27 4,74 4,29 3,76 75 56 68 Cambuí 471 1.001 1.348 0,13 0,18 0,23 2,39 2,63 3,25 98 84 74 São Lourenço 519 917 977 0,15 0,17 0,17 2,63 2,41 2,36 70 92 88 Andradas 484 855 873 0,14 0,16 0,15 2,45 2,24 2,11 87 96 97 Itamonte 266 722 723 0,08 0,13 0,13 1,35 1,90 1,74 185 104 112 Ouro Fino 399 636 658 0,11 0,12 0,11 2,02 1,67 1,59 96 120 122 Total dos 10 Maiores 15.829 29.550 32.449 3,94 5,05 5,28 70,02 72,30 73,42 Total da RGINT 19.735 38.080 41.451 5,62 6,99 7,19 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A composição setorial se deu da seguinte forma: 20,3% da riqueza foram gerados pelo setor industrial; 45,9%, pelo comércio e demais serviços; 13,6%, pela administração pública; 4,1%, pela agropecuária; 16,1%, pelos impostos.

O PIB per capita mediano da RGINT foi de R$ 14.641 em 2017, valor 6,7% maior que a mediana estadual. A distribuição dos valores apresentou comportamento parecido com o do estado. Os municípios de Extrema, São Sebastião da Bela Vista, Pouso Alegre e Itamonte contaram com as maiores cifras nesse indicador (GRÁFICO 17).

Gráfico 17: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Pouso Alegre (R$) Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

75 Estatística & Informações n.23 Mapa 18: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Pouso Alegre – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

7.5 RGINT de Varginha

A RGINT de Varginha registrou a quinta maior contribuição para o PIB estadual, com participação de 6,9%. As participações no VAB estadual nos setores agropecuário, indústria e serviços foram, respectivamente, 14,2%, 5,2% e 7%. As participações dos cinco municípios de maior PIB na RGINT foram Varginha (13,73%), Alfenas (6,72%), (6,27%), Passos (6,02%) e Três Corações (5,82%). Os dez maiores 56,13% do PIB da RGINT. A participação desses municípios no PIB do estado correspondeu a 3,86% (TABELA 31).

76 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Tabela 31: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Varginha e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Varginha 3.234 4.493 5.443 0,92 0,82 0,94 13,94 11,83 13,73 13 17 16 Alfenas 1.284 2.296 2.664 0,37 0,42 0,46 5,54 6,05 6,72 35 41 38 Lavras 1.494 2.274 2.486 0,43 0,42 0,43 6,44 5,99 6,27 28 42 43 Passos 1.409 2.300 2.388 0,40 0,42 0,41 6,07 6,06 6,02 27 40 44 Três Corações 1.509 2.211 2.216 0,43 0,41 0,38 6,50 5,82 5,59 39 44 47 São Sebastião do Paraíso 1.061 1.629 1.937 0,30 0,30 0,34 4,57 4,29 4,89 55 57 54 Guaxupé 1.003 1.851 1.914 0,29 0,34 0,33 4,32 4,88 4,83 49 53 55 Três Pontas 663 1.272 1.254 0,19 0,23 0,22 2,86 3,35 3,17 69 74 75 525 936 984 0,15 0,17 0,17 2,26 2,47 2,48 78 90 87 Machado 597 942 962 0,17 0,17 0,17 2,57 2,48 2,43 77 87 89 Total dos 10 Maiores 14.788 22.219 24.266 3,64 3,71 3,86 55,07 53,21 56,13 Total da RGINT 23.203 37.965 39.635 6,61 6,97 6,88 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O setor industrial gerou 16,7% do PIB da RGINT, enquanto o de comércio e outros serviços foi responsável por 44,7%; a administração pública, por 17,2%; agropecuária, por 10,3%; impostos, por 11,1%.

A distribuição do PIB per capita mostra menor dispersão na comparação com o estado e maiores valores do primeiro, segundo e terceiro quartis. A mediana da RGINT superou a do estado em 36,3% a do estado e em 12,7% a do país (GRÁFICO 18).

Os municípios com maiores valores de PIB per capita foram São José da Barra, Ijaci, Ibiraci e Varginha com valores superiores a R$ 40 mil.

77 Estatística & Informações n.23 Gráfico 18: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Varginha (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Mapa 19: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Varginha – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

78 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

7.6 RGINT de Uberaba

A RGINT de Uberaba registrou a sexta maior contribuição para o PIB estadual, com participação de 5,8%. As participações dos cinco municípios de maior PIB na RGINT foram: Uberaba (39,44%), Araxá (15,42%), Frutal (5,52%), Iturama (5,17%) e Sacramento (4,6%). Juntas, totalizaram 70,16%. A participação dos dez maiores no PIB do estado correspondeu a 4,8% (TABELA 32).

79 Estatística & Informações n.23 Tabela 32: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Uberaba e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Uberaba 7.300 13.464 13.153 2,08 2,47 2,28 40,18 41,08 39,44 6 6 6 Araxá 2.573 4.765 5.141 0,73 0,87 0,89 14,16 14,54 15,42 18 16 18 Frutal 776 1.625 1.842 0,22 0,30 0,32 4,27 4,96 5,52 66 58 56 Iturama 1.529 1.987 1.725 0,44 0,36 0,30 8,42 6,06 5,17 79 51 58 Sacramento 568 1.346 1.535 0,16 0,25 0,27 3,13 4,11 4,60 109 72 70 Fronteira 809 1.117 1.057 0,23 0,20 0,18 4,45 3,41 3,17 207 76 84 Ibiá 486 894 920 0,14 0,16 0,16 2,68 2,73 2,76 113 93 93 Conceição das Alagoas 490 777 844 0,14 0,14 0,15 2,70 2,37 2,53 115 101 100 Nova Ponte 618 842 774 0,18 0,15 0,13 3,40 2,57 2,32 190 97 104 Tapira 250 579 681 0,07 0,11 0,12 1,37 1,77 2,04 330 131 118 Total dos 10 Maiores 17.408 29.410 29.690 4,39 5,03 4,80 84,76 83,59 82,98 Total da RGINT 18.167 32.773 33.347 5,17 6,02 5,79 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

As participações no PIB da RGINT se deram da seguinte forma: nos setores agropecuário, indústria, outros serviços, administração pública e impostos foram, respectivamente, de 12,4%, 29,6%, 37%, 10,7% e 10,3%.

O valor mediano do PIB per capita da RGINT foi bem superior ao do estado: R$ 37.779 contra R$ 13.721, ou seja, 175% a mais (GRÁFICO 19). Tapira registrou o maior valor.

80 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Gráfico 19: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Uberaba (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Mapa 20: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Uberaba – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

81 Estatística & Informações n.23 7.7 RGINT de Divinópolis

A RGINT de Divinópolis produziu 5,73% do PIB mineiro em 2017. A agropecuária da região contribuiu com 8,31% do estado. O VAB da indústria representou 5,84%; o setor de serviços, 5,58%. Somando-se as participações de Divinópolis (18,27%%), Itaúna (9,17%), Pará de Minas (8,31%), Nova Serrana (7,88%) e (4,59%), foram obtidos 48,56% do PIB da RGINT. Relativamente ao PIB estadual, a contribuição desses municípios foi de 2,78% (TABELA 33).

82 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Tabela 33: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Divinópolis e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Divinópolis 3.417 5.639 6.037 0,97 1,04 1,05 19,48 18,80 18,27 11 15 14 Itaúna 1.657 2.620 3.029 0,47 0,48 0,53 9,45 8,73 9,17 32 32 28 Pará de Minas 1.577 2.489 2.745 0,45 0,46 0,48 8,99 8,30 8,31 34 35 34 Nova Serrana 1.011 2.102 2.603 0,29 0,39 0,45 5,76 7,01 7,88 62 45 39 Lagoa da Prata 787 1.377 1.631 0,22 0,25 0,28 4,48 4,59 4,94 67 69 64 Formiga 879 1.486 1.620 0,25 0,27 0,28 5,01 4,95 4,90 56 63 65 Arcos 640 1.104 1.230 0,18 0,20 0,21 3,65 3,68 3,72 82 77 76 Bom Despacho 630 1.150 1.212 0,18 0,21 0,21 3,59 3,83 3,67 72 75 77 Itatiaiuçu 976 773 960 0,28 0,14 0,17 5,56 2,58 2,91 106 102 90 Oliveira 434 778 848 0,12 0,14 0,15 2,48 2,59 2,57 86 100 99 Total dos 10 Maiores 14.019 21.535 23.931 3,42 3,58 3,80 68,45 65,06 66,32 Total da RGINT 17.543 30.003 33.042 5,00 5,51 5,73 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

O PIB das dez maiores economias somou 66,32% da RGINT e 3,8% do estado. Dessa forma, houve pequeno acréscimo de participação uma vez que no ano anterior os percentuais haviam sido de 65,06% e 3,58% respectivamente. O ganho foi puxado principalmente pelos municípios de Itaúna, Nova Serrana e Lagoa da Prata.

Em termos setoriais, a indústria representou 22,7% da produção da RGINT em 2017. A administração pública foi responsável por 16,5%. Os impostos foram responsáveis por 11,4%; a agropecuária, por 7,2%; os demais serviços, por 42,3%.

83 Estatística & Informações n.23

O maior PIB per capita foi registrado no município de Itatiaiuçu (R$ 87.447). Em seguida ficaram Conceição do Pará (R$ 48.711), São Sebastião do Oeste (R$ 45.791), Iguatama (R$ 38.760) e Pains (R$ 37.080). O valor mediano da RGINT foi de R$ 20.112 (46,6% superior ao do estado), o que significa que metade dos municípios tiveram PIB superior a esse valor (GRÁFICO 20). De forma geral, os valores da RGINT são melhores do que os do estado e até do país.

Gráfico 20: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Divinópolis (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

84 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Mapa 21: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Divinópolis – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

7.8 RGINT de Ipatinga

A RGINT de Ipatinga produziu 4,9% do PIB mineiro em 2017. A agropecuária teve 1,81% de participação no estado. O valor adicionado da indústria representou 7,93%, ao passo que o setor de serviços contribuiu com 4,27%. Somando-se as participações de Ipatinga (34,25%), São Gonçalo do Rio Abaixo (11,07%), Timóteo (10,2%), João Monlevade (9,18%) e Belo Oriente (7,32%), foram obtidos 72,02% da produção econômica da RGINT. Relativamente ao PIB estadual, a contribuição desses municípios foi de 3,53% (TABELA 34).

85 Estatística & Informações n.23 Tabela 34: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Ipatinga e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Ipatinga 7.521 8.480 9.663 2,14 1,56 1,68 39,71 34,71 34,25 7 8 7 São Gonçalo do Rio Abaixo 1.952 2.075 3.123 0,56 0,38 0,54 10,31 8,49 11,07 71 47 27 Timóteo 2.037 2.633 2.877 0,58 0,48 0,50 10,75 10,78 10,20 33 31 32 João Monlevade 1.697 2.318 2.590 0,48 0,43 0,45 8,96 9,49 9,18 41 39 41 Belo Oriente 1.224 1.390 2.066 0,35 0,26 0,36 6,46 5,69 7,32 112 68 51 920 1.619 1.649 0,26 0,30 0,29 4,86 6,62 5,84 44 59 62 859 1.528 1.609 0,24 0,28 0,28 4,54 6,25 5,70 50 61 66 Rio Piracicaba 433 383 511 0,12 0,07 0,09 2,28 1,57 1,81 162 183 148 Santana do Paraíso 276 503 490 0,08 0,09 0,09 1,46 2,06 1,74 159 149 160 Nova Era 274 310 322 0,08 0,06 0,06 1,44 1,27 1,14 155 216 209 Total dos 10 Maiores 19.201 23.254 26.915 4,90 3,90 4,32 90,78 86,93 88,25 Total da RGINT 18.938 24.433 28.213 5,39 4,48 4,90 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Os dez municípios de maior produção econômica foram responsáveis por 88,25% do PIB da RGINT em 2017, 1,32 p.p. a mais do que no ano anterior, devido, principalmente, ao acréscimo na produção de São Gonçalo do Rio Abaixo e Belo Oriente.

A estrutura econômica da RGINT em 2017 se deu da seguinte forma: 1,8% foi gerado pela agropecuária; 9,4%, pelos impostos; 15,1%, pela administração pública; 37,5%, pelo comércio e demais serviços; o restante (36,1%), pela indústria.

86 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Os maiores valores de PIB per capita foram registrados nos municípios de São Gonçalo do Rio Abaixo (R$ 289.925, o maior do estado), Belo Oriente (R$ 78.972), Ipatinga (R$ 36.993), Rio Piracicaba (R$ 34.935) e João Monlevade (R$ 32.537). Apesar do bom desempenho dos cinco maiores, o valor mediano do PIB per capita da RGINT (R$ 10.754) foi 21,6% inferior ao do estado (GRÁFICO 21).

Gráfico 21: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Ipatinga (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

87 Estatística & Informações n.23 Mapa 22: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Ipatinga – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

7.9 RGINT de Montes Claros

A RGINT de Montes Claros representou 4,1% da produção estadual em 2017. A agropecuária teve 6,1% de participação; a indústria; 2,62%; os serviços, 4,74%. Cinco municípios responderam por 56,03% da produção da RGINT em 2017, com destaque para Montes Claros, que contribuiu com 37,56%. Os outros quatro municípios de maior participação foram , Janaúba, Bocaiúva e Várzea da Palma, com os seguintes percentuais: 7,69%, 4,59%, 3,34% e 2,84% respectivamente (TABELA 35).

88 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Tabela 35: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Montes Claros e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Montes Claros 4.844 8.770 8.966 1,38 1,61 1,56 37,27 37,75 37,56 8 7 9 Pirapora 1.151 1.682 1.837 0,33 0,31 0,32 8,86 7,24 7,69 65 55 57 Janaúba 490 1.025 1.097 0,14 0,19 0,19 3,77 4,41 4,59 76 82 81 Bocaiúva 393 728 797 0,11 0,13 0,14 3,03 3,13 3,34 102 103 103 Várzea da Palma 552 593 679 0,16 0,11 0,12 4,25 2,55 2,84 114 127 119 Januária 340 637 676 0,10 0,12 0,12 2,61 2,74 2,83 88 119 120 Jaíba 233 522 555 0,07 0,10 0,10 1,80 2,25 2,33 164 146 142 Salinas 299 545 554 0,09 0,10 0,10 2,30 2,35 2,32 108 141 143 São Francisco 249 481 495 0,07 0,09 0,09 1,92 2,07 2,07 116 155 157 203 396 440 0,06 0,07 0,08 1,56 1,70 1,84 149 180 171 Total dos 10 Maiores 10.765 17.396 18.112 2,49 2,82 2,79 67,37 66,21 67,42 Total da RGINT 12.996 23.230 23.873 3,70 4,26 4,14 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Os dez municípios de maior PIB somaram 67,42% da produção da RGINT em 2017 (1,21 p.p. a mais que no ano anterior) e 2,79% do estado.

O setor industrial gerou 14,1% do PIB local em 2017. Já a administração pública foi responsável por 36,5%. Os outros serviços ficaram com 40%, enquanto os impostos e a agropecuária produziram 9,5% e 7,3% respectivamente.

89 Estatística & Informações n.23

Os municípios de maiores PIB per capita foram Pirapora (R$ 32.392), Montes Claros (R$ 22.302), Riacho dos Machados (R$ 21.279), Olhos-d’Água (R$ 20.332) e Grão Mogol (R$ 17.933). O valor mediano foi bem inferior à média do estado (-24,22%). No geral, os valores foram baixos (GRÁFICO 22).

Gráfico 22: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Montes Claros (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

90 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Mapa 23: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Montes Claros – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

7.10 RGINT de Patos de Minas

A RGINT de Patos de Minas produziu 4% do PIB mineiro em 2017. A agropecuária da região teve 16,24% de participação no estado, consolidando-se como a maior. O valor adicionado da indústria representou 2,85% da totalidade do VAB industrial; o dos serviços, 3,68%. Somando-se as participações de Patos de Minas (18,84%), Paracatu (15,11%), Patrocínio (11,65%), Unaí (11,52%) e João Pinheiro (6,29%), foram obtidos 63,4% do PIB da RGINT. Relativamente ao PIB estadual, a contribuição desses municípios foi de 2,56% (TABELA 36).

91 Estatística & Informações n.23 Tabela 36: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Patos de Minas e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Patos de Minas 1.997 4.195 4.379 0,57 0,77 0,76 17,92 18,22 18,84 17 18 20 Paracatu 1.701 3.317 3.511 0,48 0,61 0,61 15,27 14,41 15,11 40 22 25 Patrocínio 1.282 2.546 2.708 0,37 0,47 0,47 11,51 11,06 11,65 38 34 35 Unaí 1.330 3.139 2.676 0,38 0,58 0,46 11,94 13,63 11,52 46 24 37 João Pinheiro 617 1.333 1.462 0,18 0,24 0,25 5,54 5,79 6,29 81 73 72 Coromandel 479 940 885 0,14 0,17 0,15 4,30 4,08 3,81 110 88 96 São Gotardo 346 721 758 0,10 0,13 0,13 3,10 3,13 3,26 100 105 107 Carmo do Paranaíba 360 699 737 0,10 0,13 0,13 3,23 3,03 3,17 107 108 108 Buritis 336 669 701 0,10 0,12 0,12 3,02 2,90 3,02 129 112 114 Vazante 340 582 645 0,10 0,11 0,11 3,05 2,53 2,77 152 129 125 Total dos 10 Maiores 10.798 20.157 20.478 2,50 3,33 3,20 78,87 78,79 79,44 Total da RGINT 11.143 23.024 23.240 3,17 4,23 4,03 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Os dez municípios de maior produção geraram 79,44% do PIB da RGINT e 3,2% do PIB de Minas Gerais em 2017.

O setor industrial contribuiu com 15,8% do PIB da RGINT. A administração pública gerou 15,3%; os demais serviços, 39,7%; a agropecuária, 20,9%; os impostos, 8,3%.

92 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Os cinco municípios de maiores PIB per capita em 2017 foram Guarda-Mor (R$ 50.502), Rio Paranaíba (R$ 40.105), Arapuá (R$ 39.904), Paracatu (R$ 38.001) e Bonfinópolis de Minas (R$ 34.946). O valor mediano da RGINT foi quase o dobro do de Minas Gerais (R$ 26.227 – GRÁFICO 23).

Gráfico 23: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Patos de Minas (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

93 Estatística & Informações n.23 Mapa 24: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Patos de Minas – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

7.11 RGINT de Barbacena

A RGINT de Barbacena representou 3,05% do PIB mineiro em 2017. A agropecuária representou 3,31%; a indústria, 2,69%; os serviços, 2,97%. Os cinco municípios de maior PIB no território responderam por 67,51% da RGINT, com destaque para Ouro Branco e Barbacena, com participações de 19,14% e 15,29% respectivamente. (12,11%), São João Del Rei (11,59%) e Congonhas (9,38%) completaram o conjunto das cinco principais economias da RGINT em 2017. Eles produziram 2,06% do PIB estadual (TABELA 37).

94 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Tabela 37: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Barbacena e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Ouro Branco 2.048 2.974 3.358 0,58 0,55 0,58 19,45 18,35 19,14 53 26 26 Barbacena 1.579 2.563 2.683 0,45 0,47 0,47 15,00 15,81 15,29 23 33 36 Conselheiro Lafaiete 1.130 1.999 2.126 0,32 0,37 0,37 10,73 12,34 12,11 30 49 49 São João del Rei 1.025 1.830 2.034 0,29 0,34 0,35 9,74 11,29 11,59 47 54 52 Congonhas 1.923 1.357 1.646 0,55 0,25 0,29 18,26 8,37 9,38 48 70 63 Jeceaba 129 593 770 0,04 0,11 0,13 1,22 3,66 4,39 438 126 105 Carandaí 398 563 499 0,11 0,10 0,09 3,78 3,47 2,84 146 139 155 Barroso 265 314 385 0,08 0,06 0,07 2,51 1,94 2,19 173 213 187 Dores de Campos 111 223 271 0,03 0,04 0,05 1,05 1,38 1,54 355 276 246 Nazareno 102 247 205 0,03 0,05 0,04 0,97 1,52 1,17 432 257 302 Total dos 10 Maiores 10.718 14.680 15.995 2,48 2,32 2,43 82,72 78,14 79,65 Total da RGINT 10.527 16.207 17.549 3,00 2,97 3,05 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A indústria gerou 23,8% do PIB da RGINT em 2017. Já a administração pública correspondeu a 19,3%, enquanto os outros serviços somaram 39,5%. Os impostos e a agropecuária foram responsáveis por 11,4% e 5,4% respectivamente.

95 Estatística & Informações n.23

Os cinco municípios de maior PIB per capita foram Jeceaba (R$ 147.813, um dos maiores do estado), Ouro Branco (R$ 86.254), Ressaquinha (R$ 35.318), Congonhas (R$ 30.574) e Madre de Deus de Minas (R$ 30.539). O valor mediano da RGINT ficou um pouco acima do de Minas Gerais: R$ 14.299 versus R$ 13.721 (GRÁFICO 24).

Gráfico 24: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Barbacena (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

96 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Mapa 25: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Barbacena – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

7.12 RGINT de Teófilo Otoni

A participação da RGINT de Teófilo Otoni no PIB mineiro foi de 2,37% em 2017. No VAB da agropecuária estadual, ela participou com 4,38%; no da indústria, com 0,88%; no dos serviços, com 3%. As participações dos cinco municípios de maior PIB totalizaram 35,41% da produção da RGINT: Teófilo Otoni (17,32%), Diamantina (5,31%), Nanuque (4,71%), (4,44%) e Almenara (3,63%). No PIB de Minas Gerais, essa representação correspondeu a 0,84% (TABELA 38).

97 Estatística & Informações n.23 Tabela 38: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Teófilo Otoni e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Teófilo Otoni 1.466 2.344 2.366 0,42 0,43 0,41 18,94 17,85 17,32 24 37 46 Diamantina 382 712 726 0,11 0,13 0,13 4,94 5,42 5,31 83 107 111 Nanuque 526 644 644 0,15 0,12 0,11 6,79 4,91 4,71 93 116 126 Capelinha 256 543 606 0,07 0,10 0,11 3,31 4,14 4,44 123 142 133 Almenara 265 474 496 0,08 0,09 0,09 3,42 3,61 3,63 120 156 156 Itamarandiba 226 361 404 0,06 0,07 0,07 2,92 2,75 2,96 161 190 184 Araçuaí 195 366 393 0,06 0,07 0,07 2,53 2,79 2,87 145 189 186 Carlos Chagas 254 356 320 0,07 0,07 0,06 3,28 2,71 2,34 188 192 212 Turmalina 139 238 309 0,04 0,04 0,05 1,79 1,81 2,26 217 263 220 Pedra Azul 137 210 273 0,04 0,04 0,05 1,76 1,60 2,00 211 288 242 Total dos 10 Maiores 5.855 8.265 8.553 1,09 1,15 1,13 49,69 47,59 47,85 Total da RGINT 7.738 13.133 13.659 2,20 2,41 2,37 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A composição econômica da RGINT em 2017 se deu da seguinte forma: 8,3% foram gerados pela indústria; 36,5%, pela administração pública; 36,5%, pelos outros serviços; 9,2%, pela agropecuária; 6,1%, pelos impostos.

98 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Os cinco municípios de maior PIB per capita em 2017 foram: Senador Modestino Gonçalves (R$ 20.882), Divisa Alegre (R$ 18.690), Teófilo Otoni (R$ 16.667), Águas Vermelhas (R$ 16.271) e Carlos Chagas (R$ 16.204). O valor mediano da RGINT foi bem inferior ao do estado: -35% (GRÁFICO 25).

Gráfico 25: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Teófilo Otoni (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

99 Estatística & Informações n.23 Mapa 26: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Teófilo Otoni – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

7.13 RGINT de Governador Valadares

A RGINT de Governador Valadares produziu 2,01% do PIB mineiro em 2017. A agropecuária da região teve 2,46% de participação no estado, o valor adicionado da indústria representou 0,84%, e o setor de serviços, 2,55%. Somando-se as participações de Governador Valadares (50,89%), Guanhães (5,34%), Aimorés (3,75%), Mantena (3,21%) e (2,6%), foram obtidos 65,83% do PIB da RGINT. Relativamente ao PIB estadual, a contribuição desses municípios foi de 1,33% (TABELA 39).

100 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Tabela 39: Dez municípios de maior PIB da RGINT de Governador Valadares e participação relativa no PIB do estado e da RGINT – Minas Gerais – 2017

Participação relativa no PIB (%) PIB (R$ milhões) Posição no estado Municípios do estado da RGINT 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 2010 2016 2017 Governador Valadares 3.454 5.664 5.887 0,98 1,04 1,02 52,77 50,48 50,89 10 14 15 Guanhães 314 609 618 0,09 0,11 0,11 4,80 5,43 5,34 105 124 130 Aimorés 254 401 434 0,07 0,07 0,08 3,89 3,58 3,75 143 178 174 Mantena 206 360 377 0,06 0,07 0,07 3,15 3,21 3,26 137 191 189 Conselheiro Pena 160 268 300 0,05 0,05 0,05 2,44 2,39 2,60 187 240 230 168 233 222 0,05 0,04 0,04 2,57 2,08 1,92 199 268 283 Sabinópolis 96 180 182 0,03 0,03 0,03 1,47 1,60 1,58 279 324 330 Peçanha 101 174 179 0,03 0,03 0,03 1,55 1,55 1,55 292 334 335 São João Evangelista 85 176 169 0,02 0,03 0,03 1,30 1,57 1,46 287 330 342 Virginópolis 66 136 140 0,02 0,02 0,02 1,01 1,21 1,21 332 391 378 Total dos 10 Maiores 6.916 10.218 10.525 1,40 1,51 1,48 74,96 73,10 73,55 Total da RGINT 6.545 11.221 11.568 1,86 2,06 2,01 100 100 100 Total de Minas Gerais 351.123 544.810 576.199 Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

A composição econômica da RGINT em 2017 se deu da seguinte forma: 9,4% foram gerados pela indústria; 29%, pela administração pública; 47,8%, pelos outros serviços; 6,1%, pela agropecuária; 7,8%, pelos impostos.

101 Estatística & Informações n.23

Os cinco municípios de maior PIB per capita em 2017 foram Santa Rita do Itueto (R$ 22.114), Governador Valadares (R$ 20.917), Dores de Guanhães (R$ 20.758), Guanhães (R$ 18.134) e Aimorés (R$ 16.878). O valor mediano da RGINT também foi bem inferior ao do estado (R$ 11.062 contra R$ 13.721). Notam-se valores bem baixos para esse indicador (GRÁFICO 26).

Gráfico 26: Distribuição do PIB per capita dos municípios do Brasil, de Minas Gerais e da RGINT de Governador Valadares (R$)

Com valores discrepantes Sem valores discrepantes

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

102 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017 Mapa 27: Municípios de maior PIB por RGINT com destaque para a de Governador Valadares – Minas Gerais – 2017

Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

103 Estatística & Informações n.23 GLOSSÁRIO

Atividade econômica: conjunto de unidades de produção caracterizado pelo produto produzido, classificado conforme sua produção principal.

Impostos sobre produtos: impostos a pagar sobre os bens e serviços quando são produzidos ou importados, distribuídos, vendidos, transferidos ou de outra forma disponibilizados pelos seus proprietários.

Produto Interno Bruto (PIB): bens e serviços produzidos no país descontadas as despesas com os insumos utilizados no processo de produção durante o ano. É a medida do total do valor adicionado bruto gerado por todas as atividades econômicas.

Valor Adicionado Bruto (VAB): valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. É a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades.

104 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

REFERÊNCIAS

EUROPEAN COMMUNITIES et al. System of national accounts 2008. New York: European communities et al., 2009. 662p. Disponível em: https://unstats.un.org/unsd/nationalaccount/docs/SNA2008.pdf. Acesso em: nov. 2018. FIÚZA, Patrícia. Fiat vai investir R$8,5 bilhoes na fábrica de Minas Gerais. G1 MG, Belo Horizonte, 22 maio 2019. Disponível em : https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/05/22/fiat-vai- investir-r-85-bilhoes-na-fabrica-de-minas-gerais.ghtml. Acesso em : 18 dez. 2019. FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Contas regionais de Minas Gerais : ano de referência 2017. Belo Horizonte: FJP, 2019. (Série Estatística & Informações, 20). INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Coordenação de Contas Nacionais. Contas regionais do Brasil: ano referência 2010. 2. ed. Rio de Janeiro, 2016a. (Série Relatórios Metodológicos, v. 37). INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Coordenação de Contas Nacionais. Sistema de contas nacionais: ano referência 2010. 3. ed. Rio de Janeiro, 2016b. (Série Relatórios Metodológicos, v. 24). UNITED NATIONS. Statistics division. National accounts: a practical introduction. In: UNITED NATIONS. Studies in methods. Handbook of national accounting. New York: United Nations, 2003. (Series F, n. 85).

105 Estatística & Informações n.23

Série Estatística & Informações

ISSN 2595-6132

Números divulgados Volume 1 – Economia do Turismo de Minas Gerais: 2010-2014 Volume 2 – Metodologia do PIB trimestral de Minas Gerais: referência 2010 Volume 3 – Déficit Habitacional no Brasil: resultados preliminares 2015 Volume 4 – Produto Interno Bruto de Minas Gerais: 2015 Volume 5 – Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: 2015 Volume 6 – Déficit Habitacional no Brasil: 2015 Volume 7 – Fluxos migratórios dos territórios de desenvolvimento de Minas Gerais e grandes regiões do Brasil: 2010 Volume 8 – Projeções populacionais: Minas Gerais e territórios de desenvolvimento 2010-2060 Volume 9 – Perfil dos Jovens em Áreas de Vulnerabilidade Social: Educação e Trabalho Volume 10 – Tabela de Recursos e Usos e Matriz Insumo-Produto de Minas Gerais: 2013 Volume 11 – Matriz Insumo-Produto dos Territórios de Desenvolvimento de Minas Gerais: 2013 Volume 12 – O PIB e os Indicadores das Finanças Públicas de Minas Gerais: triênio 2015-2017 Volume 13 – Diagnóstico da previdência pública dos servidores do Estado de Minas Gerais Volume 14 – A produção de café em Minas Gerais: desafios para a industrialização Volume 15 – Estrutura e Evolução da Ocupação Formal de Minas Gerais: 2000-2017 Volume 16 – Produto Interno Bruto de Minas Gerais: 2016 Volume 17– Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: 2016 Volume 18 – Vulnerabilidade e condições de vida no Brasil e em Minas Gerais: o que revelam a Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) e o Cadastro Único – 2016 e 2017 Volume 19 – A Economia de Minas Gerais no primeiro semestre de 2019 Volume 20 – Contas Regionais de Minas Gerais – Ano de Referência 2017

106 Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de referência 2017

Volume 21 – Delimitação e caracterização da cadeia produtiva da moda de Minas Gerais a partir da Matriz de Insumo Produto 2013 Volume 22 – Metodologia para o cálculo do PIB do Agronegócio de Minas Gerais Referência Matriz insumo-produto 2013 Volume 23 – Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais Ano de Referência 2017

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