PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL

COORDENAÇÃO NACIONAL DO PRGRAMA Inácio de Medeiros Delgado

COORDENAÇÃO TEMÁTICA Nacional

Bases de Dados Nelson Custódio da Silva Filho Geofísica Mário J. Metelo Geologia Estrutural Reginaldo Alves dos Santos Geoquímica Carlos Alberto C. Lins e Gilberto José Machado Metalogenia/Geologia Econômica Inácio de Medeiros Delgado Petrologia Luiz Carlos da Silva Sedimentologia Augusto José Pedreira Sensoriamento Remoto Cidney Rodrigues Valente

Regional Superintendência Regional de

Coordenador Regional Adeilson Alves Wanderley Supervisor de Projetos Edilton José dos Santos Geofísica Roberto Gusmão de Oliveira Geoquímica Carlos Alberto Cavalcanti Lins Petrografia Carlos Benício Montenegro de Melo

FOLHA SERRA TALHADA (à época da execução da folha) CRÉDITOS DE AUTORIA

Capítulo1a6 Hermanilton Azevedo Gomes

Cartas: Geológica e Metalogenética/Previsional Hermanilton Azevedo Gomes

Revisão Final Hermanilton Azevedo Gomes

PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL PROJETO DE MAPEAMENTO GEOLÓGICO/METALOGENÉTICO SISTEMÁTICO Executado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM Superintendência Regional de Recife

Coordenação Editorial a cargo da Divisão de Editoração Geral – DIEDIG Departamento de Apoio Técnico – DEPAT

F383 Gomes, Hermanilton Azevedo

Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Serra Talhada. Folha SB.24-Z-C. Estados de , Paraíba e Ceará. Escala 1:250.000 / organizado por Hermanilton Azevedo Gomes. – Brasília: CPRM, 2001. 1 CD-ROM.

Executado pela CPRM – Serviço Geológico do Brasil. Superintendência Regional de Recife.

1. Geologia – Pernambuco – Mapas. 2. Geologia – Paraíba – Mapas. 3. Geologia – Ceará– Mapas. 4. Mapeamenro Geológico – Pernambuco. 5. Mapeamento Geológico – Paraíba. 6. Mapea- mento geológico – Ceará. I. Gomes, Hermanilton. II. Companhia de Pesquisa de Recursos Mi- nerais. III. Título.

CDD 558.13 Departamento de Apoio Técnico Giuseppina Giaquinto de Araújo

Divisão de Cartografia Paulo Roberto Macedo Bastos

Divisão de Editoração Geral Maria da Conceição C. Jinno

EQUIPES DE PRODUÇÃO

Cartografia Digital

Afonso Lobo José Pacheco Rabelo Carlos Alberto da Silva Copolillo Julimar de Araújo Carlos Alberto Ramos Leila Maria Rosa de Alcantara Elaine de Souza Cerdeira Luiz Guilherme Araújo Frazão Elcio Rosa de Lima Marco Antonio de Souza Hélio Tomassini de O. Filho Maria José Cabral Cezar Ivan Soares dos Santos Maria Luiza Poucinho Ivanilde Muniz Caetano Marília Santos Salinas do Rosário João Batista Silva dos Santos Paulo José da Costa Zilves João Bosco de Azevedo Regina de Sousa Ribeiro João Carlos de Souza Albuquerque Risonaldo Pereira da Silva Jorge de Vasconcelos Oliveira Sueli Mendes Sathler José Barbosa de Souza Valter Alvarenga Barradas José Carlos Ferreira da Silva Wilhelm Petter de Freire Bernard José de Arimathéia dos Santos

Editoração

Antonio Lagarde Marília Asfura Turano Edaloir Rizzo Pedro da Silva Jean Pierre Souza Cruz Sandro José Castro José Luiz Coelho Sergio Artur Giaquinto Laura Maria Rigoni Dias MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA

Minis tro de Esta do Ro dolp ho Tou ri nho Neto Secre tá rio Executivo He lio Vitor Ramos Filho Secre tá rio de Mi nas e Meta lur gia Luci a no de Frei tas Borges

COMPA NHIA DE PESQUI SA DE RECUR SOS MINERAIS – CPRM Ser vi ço Ge o ló gi co do Brasil

Di re tor-Presidente Umberto Rai mun do Costa Dire tor de Hidro lo gia e Gestão Terri to ri al Thales de Qu e i roz Sampaio Dire tor de Ge o lo gia e Recur sos Mi ne rais Luiz Au gus to Bizzi Dire tor de Ad mi nis tra ção e Fi nan ças José de Sam paio Porte la Nu nes Di re tor de Re la ções Institu ci o na is e Desen vol vi men to Pa u lo Antonio Car ne i ro Dias Che fe do De par ta men to de Ge o lo gia Sabi no Or lan do C. Lo guér cio

SU PE RIN TEN DÊN CIAS REGI O NAIS

Supe rin ten den te de Be lém Xafi da Sil va Jor ge João Supe rin ten den te de Belo Hori zon te Osval do Cas ta nhei ra Supe rin ten den te de Goiâ nia Má rio de Car va lho Supe rin ten den te de Manaus Fernan do Pe rei ra de Car va lho Supe rin ten den te de Porto Alegre Cla dis An to nio Presot to Supe rin ten den te de Reci fe Marce lo Soares Be zer ra Supe rin ten den te de Sal va dor José Car los Vi ei ra Gonçal ves da Silva Supe rin ten den te de São Paulo José Car los Gar cia Ferrei ra Che fe da Resi dên cia de For ta le za Clo di o nor Car va lho de Araújo Che fe da Resi dên cia de Por to Velho Rommel da Silva Sousa RESUMO

Esta Nota Explicativa contém informações geo- domínio ocorrem ainda intrusões de granitóides sintan- lógicas e metalogenético-previsionais da Folha Serra genciais (mesoproterozóicos) e granitóides neoprotero- Talhada (SB. 24-Z-C), na escala 1:250.000, que en- zóicos sin-transcorrentes calcialcalinos (tipos Itaporan- globa as regiões centro-norte do estado de Pernam- ga e Conceição) e tardi a pós-transcorrentes peralcali- buco, sudoeste do estado da Paraíba e extre- nos (tipos Catingueira e Triunfo). O Terreno ou Faixa de mo-sudeste do estado do Ceará. Geologicamente, a Dobramento Piancó-Alto Brígida contém as seqüências área situa-se na região central da Província Borbore- metassedimentares dos complexos Cachoeirinha e ma, em ambiência de quatro domínios ou terrenos , do Neoproterozóico e as sequências meta- geotectônicos: Terreno Granjeiro, no norte da folha; vulcano-sedimentares dos complexos Riacho Gravatá Terreno Piancó, ao sul do Lineamento Patos; Terreno e Poço dos Cachorros, de idade mesoproterozóica. No Alto Pajeú, no sudeste, e Terreno Piancó-Alto Brígida, interior dessa faixa ocorre um grande número de cor- na porção central. Sobre esses domínios ocorrem co- pos intrusivos de granitóides calcialcalinos. berturas litificadas paleo, meso e cenozóicas. Coberturas plataformais litificadas estão presen- O Terreno Granjeiro é constituído por duas unidades tes no oeste e sul da folha. Com idade eo-cambria- inter-relacionadas, sendo a primeira o Complexo Caicó na encontra-se junto à zona do Lineamento Patos a (metaplutônico tonalítico, contendo supracrustais) e a Bacia de Iara. Como representantes do Paleozóico outra, uma seqüência metavulcano-sedimentar e me- ocorrem a Formação , na Bacia de Fátima tassedimentar – Complexo Serra dos Quintos. O Terre- (sul de Afogados da ) e a Formação Mau- no Piancó é representado pelos xistos e gnaisses do riti, nas bacias do Araripe e São José do Belmonte, Complexo Piancó, com presença de migmatização, que representam seqüências terrígenas basais de bem como de intrusões meso e neoproterozóicas. Os li- idade siluro-devoniana. As bacias do Araripe e São tótipos do Terreno Alto Pajeú (parte norte do Cinturão de José do Belmonte estão recobertas por sedimentos Dobramentos Pajeú-Paraíba), compreendem os com- terrígenos transicionais do Mesozóico, que com- plexos Riacho da Barreira, Sertânia e São Caetano, que preendem as formações Brejo Santo e Missão Ve- compõem seqüências metassedimentares, por vezes lha, do Jurássico Superior. Ocorrem de modo restri- com presença de rochas metavulcânicas, com meta- to sedimentos lateritizados do Terciário e sedimen- morfismo de grau anfibolito; e com menor expressão o tos aluvionares quaternários. Do ponto de vista me- Complexo Irajaí, constituído por uma seqüência meta- talogenético a área apresenta-se diversificada, in- vulcano-sedimentar contendo intrusivas básicas. Neste cluindo:

- vii - 1 - jazimentos estratiformes relacionados a mine- e, secundariamente, no Complexo Sertânia , onde ralizações químicas, sedimentares e vulcanogêni- existe uma ocorrência de talco. cas. Trata-se de jazimentos de calcários dos com- 4 - jazimentos ligados a pegmatitos constituem plexos Serra dos Quintos e Sertânia, e com menor ocorrências minerais de pequeno significado, sen- importância, aqueles que ocorrem nos complexos do duas ocorrências de quartzo e uma de feldspa- Piancó, Poço dos Cachorros e Cachoeirinha; jazi- to, no Complexo Sertânia, e uma de ágata nos or- mentos de ferro em formações ferríferas bandadas tognaisses tonalíticos do Complexo Caicó. nos complexos Serra dos Quintos, Cachoeirinha, Sob o aspecto econômico e previsional foram in- Riacho Gravatá e Poço dos Cachorros e de ferro- dividualizados, na carta metalogenética-previsio- manganês-grafita no Complexo Riacho Gravatá. nal, nove áreas prospectivas com ênfase para cal- 2 - jazimentos filonianos-hidrotermais de ouro e cário, ferro e ouro, tendo sido indicadas as bacias sulfetos de chumbo, ferro e cobre relacionados a sedimentares em razão do potencial de água sub- zonas de cisalhamento ou níveis de skarn-anfibolito terrânea. Em virtude da abundância de granitóides (Itajubatiba); meso e neoproterozóicos, não foram indicadas áre- 3 - jazimentos ligados a rochas básicas/ultrabá- as previsionais para granitos, porém ressalta-se a sicas - níquel, asbesto e talco, no âmbito dos com- potencialidade desses granitóides para constru- plexos Caicó, Serra dos Quintos e Riacho Gravatá ção civil e pedras ornamentais.

- viii - ABSTRACT

This report concerns about the geologic and sions of mesoproterozoic age as well metallogenetic-previsional data of the Serra syntranscurrent calcalkaline granitoids Talhada sheet (SB.24-Z-C), on the scale (Itaporanga and Conceição type) and late to 1:250.000. That sheet comprises the central-north pos-transcurrent peralkaline granites (Catingueira sector of Pernambuco state, the southwest of and Triunfo types) of neoproterozoic age. The Paraíba and southeast of Ceará. Taking into con- Piancó-Alto Brígida Terrane presents two sideration the geological aspects, the area is posi- neoproterozoic metassedimentary complexes, tioned at the central region of Borborema Province, Salgueiro and Cachoeirinha, and two covering environments of four geotectonic do- metavolcano-sedimentary mesoproterozoic com- mains or terraines: the Granjeiros and Piancó on plexes, Riacho Gravatá and Poço dos Cachorros. the north, the Alto Pajeú on the south, and the At the interior of this domain occurs great number Piancó-Alto Brígida on the central part. Covering of calc-alkaline granitic bodies. these domains are found paleo-meso and ceno- Lithified platformal covers are present at the west zoic lithified sediments. and south of the Serra Talhada sheet: near the Patos The Granjeiro Terrane comprehends two units, Lineament is positioned the Iara basin of the Caicó (tonalite metaplutonic including Eo-Cambrian age; representing the Paleozoic are supracrustals) and the Serra dos Quintos com- found the Tacaratu formation at the Fátima basin plexes. The Piancó Terrane is represented by the and the Mauriti formation at the Araripe and S. José schists and gnaisses of the Piancó Complex, in- do Belmonte basins. Covering the Araripe and S. cluding the presence of migmatization as well José do Belmonte basins there occur transitional meso and neoproterozoic intrusions. The Alto terrigenous sediments of mesozoic age – the Brejo Pajeú Terrane comprises metassedimentary se- Santo and Missão Velha formations. Small amounts quences, sometimes including metavulcanic of detritic sediments of tertiary age are found, as rocks, corresponding to the Riacho da Barreira, well as quaternary alluvial deposits. Sertânia and São Caetano complexes, presenting Considering the metallogenetic aspects, the methamorphism at green schist to amphibolite fa- area presents diversified environments: cies. At this terrane occurs also the Irajaí Complex 1 - Stratiform deposits related to chemical, sedi- that corresponds to a metavolcano-sedimentary mentary and volcanogenic mineralizations sequence that includes basic and granitic intru- represented by limestones in the Serra dos Quintos

-ix- and Sertânia Complexes, and less signficant that at the Sertânia Complex where is found one oc- ones found in the Salgueiro and Cachoeirinha curence of talc. Groups, the iron deposits in the banded iron forma- 4 - Prospects related to pegmatites comprehend tions in the Serra dos Quintos, Cachoeirinha, Ria- mineral occurences of quartz and feldspar found in cho Gravatá and Poço dos Cachorros complexes the Sertânia Complex, with small significance, as and iron-manganese-graphite occurences in the well as agate prospect in the Caicó Complex. Poço dos Cachorros Complex. Concerning economic and previsional aspects, 2 - Lode-hidrotermal prospects of gold and sul- nine prospective areas have been selected, giving phides related to shear zones or skarn amphibolite emphasis to limestone, iron and gold, being indi- horizon (Itajubatiba Type). cated the sedimentary basins due to the groundwa- 3 - Mineral occurrences related to basic and ul- ter potencial. The Serra Talhada sheet presents trabasic rocks-nickel, asbestos and talc, at the envi- abundance of granitoids, the potentiality of these ronment of the Caicó, Serra dos Quintos and Riacho rocks are important for civil construction and as di- Gravatá complexes and Salgueiro Group and finally mension stones.

-x- SB.24-Z-C (Serra Talhada)

1

INTRODUÇÃO

1.1 Localização e Vias de Acesso dias de 25°C. A porção sul apresenta um clima Cwa, temperaturas máximas de 22°C, inverno seco A Folha Serra Talhada está situada entre os para- e verão chuvoso, com destaque para a área de Tri- lelos 7°00’e8°00’ de latitude sul e os meridianos unfo onde as temperaturas médias estão abaixo de 37°30’e39°00’ de longitude oeste de Greenwich, 20°C e mínimas em torno de 10°C. ocupando uma área de aproximadamente A vegetação dominante na região é do tipo 18.000km2 , nos estados de Pernambuco, Paraíba e “”, constituída por bromeliáceas e cactá- pequena porção do estado do Ceará (figura 1.1). A ceas, enquanto nos vales e ao longo dos rios ocor- área é bem servida por estradas asfaltadas que par- rem árvores de médio porte como angico, baraúna, tem de Recife e João Pessoa. Também apresenta aroeira etc. Nas regiões mais elevadas ocorrem uma considerável quantidade de estradas secundá- manchas de vegetação arbórea, principalmente na rias, que ligam as sedes dos municípios e vilas. porção sul, onde o clima é mais ameno. Na Folha Serra Talhada observam-se feições to- pográficas e geomorfológicas bastante variáveis, 1.2 Aspectos Fisiográficos e Socioeconômicos as quais refletem a heterogeneidade geológica. As bacias sedimentares ocupam, normalmente, áreas A área de estudo está localizada no sertão nor- mais aplainadas; as seqüências metavulca- destino, ou seja, no “Polígono das Secas”; apresen- no-sedimentares correspondem às áreas bastante ta na porção centro-norte um clima com temperatu- onduladas, enquanto as rochas granitóides nor- ras elevadas, chuvas escassas e mal distribuídas, malmente alcançam altitudes elevadas. Nesta últi- do tipo Bswh da classificação de Köppen (clima se- ma destaca-se o batólito de Triunfo, cujas altitudes mi-árido e quente). Esse clima se caracteriza pela estão em torno de 1.000m e com picos que alcan- alternância de duas estações definidas: a chuvosa, çam 1.185m, em contraste com as altitudes nas ba- denominada “inverno” pelo sertanejo, e a estação cias sedimentares em torno de 350 a 550m (fotos seca denominada “verão”, com temperaturas mé- 1.1 e 1.2).

–1– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

5º00' TERESINA RIO GRANDE DO NORTE NATAL MARANHÃO CEARÁ

PARAÍBA JOÃO PESSOA

PIAUÍ RECIFE PERNAMBUCO

R PAULO IO S JUAZEIRO AFONSO ÃO ALAGOAS F MACEIÓ RA NC IS 10º00' REPRESA DE CO SOBRADINHO SERGIPE ARACAJU IRECÊ

O C 40º S

I

C

N BAHIA

A R F 9º

O 9º

à S SALVADOR

O I

R

40º MINAS GERAIS ILHÉUS 44º00' 15º00' 39º00' 34º00'

100 0 100 200km

Folha Serra Talhada

Figura 1.1 – Mapa de localização.

Destacam-se duas bacias hidrográficas. A norte, a São José do Belmonte (PE), ouro em Boqueirão bacia do rio Piancó, que abrange vários municípios dos Cochos, Itajubatiba e Princesa Isabel (PB), do estado da Paraíba (Itaporanga, Piancó, Catinguei- além de garimpos de calcário e minerais de peg- ra, Nova , Conceição e outros), cujas águas es- matitos. Os setores de saúde e educação apre- tão represadas na barragem de Coremas. A segunda sentam-se razoavelmente bem servidos nas se- baciaéadorioPajeú, a qual está situada na porção des dos municípios, havendo carência nos distri- sul e abrange vários municípios do estado de Per- tos, vilas e zona rural. Serviços de telefonia e nambuco (, Flores, Serra Ta- energia elétrica estão disponíveis em toda a lhada, Triunfo e São José do Belmonte). região, enquanto que o abastecimento de água é Quanto aos aspectos socioeconômicos, obser- feito através de barragens e açudes públicos. va-se dependência em relação à variação climáti- Agências bancárias estão situadas nos princi- ca, com predominância de uma pecuária extensi- pais centros urbanos. va, com ênfase na criação de caprinos, e uma agri- cultura de subsistência com o plantio de milho, fei- jão, mandioca, algodão etc. Ocorre alguma agricul- 1.3 Histórico/Metodologia tura irrigável em Serra Talhada (PE), na região do Açude Coremas e do Açude Público Engenheiro A Folha Serra Talhada (SB.24-Z-C) faz parte do Ávidos (norte de São José de Piranhas, PB). Projeto Integração Geológica/Metalogenético-Previ- A atividade extrativa mineral tem sido intermi- sional, escala 1:250.000, pertencente ao Programa tente, com destaque na exploração de ferro em Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

–2– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

(PLGB), executado pela Companhia de Pesquisa de 1.2). Outros trabalhos serviram de subsídio para a in- Recursos Minerais – CPRM. Situa-se na área de ju- tegração geológico-metalogenética. risdição da Superintendência Regional de Recife A metodologia de trabalho consiste em compila- (SUREG-RE) e os trabalhos foram iniciados em abril ção e integração dos dados preexistentes (geológi- de 1994. Os principais trabalhos que serviram de cos, geoquímicos, geofísicos, geocronológicos, base para a carta geológica foram os mapas do Pro- petrográficos, metalogenéticos, cadastramento mi- jeto Cachoeirinha, escala 1:100.000 (folhas Piancó, neral etc.); interpretação de aerofotos, imagens de Itaporanga, Serra Talhada e São José do Belmonte) e radar e satélite; elaboração e integração de mapas o mapa geológico da Folha Afogados da Ingazeira, geológico-temáticos, e execução dos mapas defi- também na escala 1:100.000, ambos os projetos exe- nitivos e Nota Explicativa. As cartas Geológica e cutados pela CPRM em convênio com o Departa- Metalogenética /Previsional constituem os produ- mento Nacional da Produção Mineral – DNPM (figura tos finais que acompanham a Nota Explicativa.

SERRA TALHADA FOLHA SB.24-Z-C 39º00' 38º30' 7º00' 38º00' 37º30' 7º00' Projeto Cachoeirinha, folhas Piancó, Itaporanga, Serra Ta- lhada e S.José do Belmonte CPRM/DNPM, 1985 - escala 1:100.000.

Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PIANCÓ PLGB, Folha Afogados da Ingazeira, SC.24-Z-C-VI, CPRM/ DNPM, 1990 - escala 1:100.000.

MILAGRES Projeto Lavras da Mangabeira, Folha Milagres, SB.24-Z-C-I, CPRM/DNPM, 1980 - escala 1:100.000. ITAPORANGA

Projeto Mapas Metalogenéticos e de Previsão de Recursos Mi- nerais, Folha Serra Talhada, SB.24-Z-C - escala 1:.250.000. 7º30' 7º30' Evolução Tectono-Metamórfica durante o Proterozóico do Segmento Mediano do Domínio Estrutural Central,Nordeste Brasileiro. Tese do professor titular do DGEO/UFPE, Lima E.S., Recife - PE, 1989.

Magma mixing of potassic-alkaline pluton: The Itaporanga Batholith State of , NE . Mariano G; PhD Dissertation, USA, 1989. AFOGADOS DA INGAZEIRA Petrology and geochemistry of late proterozoic ultraputassic SÃO JOSÉ DO peralkaline Triunfo batholith and related dikes. State of BELMONTE Pernambuco, NE Brazil. Ferreira V.P., PhD Dissertation, USA, 1991.

8º00' SERRA TALHADA Principais cidades. 39º00' 38º30' 8º00' 38º00' 37º30'

PROJETO DE INTEGRAÇÃO GEOLÓGICO-MET ALOGENÉTICA

10 km 0 10 20km

Figura 1.2 – Principais fontes de informação.

–3– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

2

GEOLOGIA

2.1 Contexto Geológico Regional menor expressão, paralelos ou oblíquos àqueles, tais como as zonas de cisalhamento Jurú-Belém e A Folha Serra Talhada está inserida na porção Afogados da Ingazeira, delimitam as unidades tec- central da Província Borborema (Almeida et al., tônicas retromencionadas. Na porção norte da 1977), que compreende os terrenos do Nordeste área, junto a Zona de Cisalhamento de Patos, en- do Brasil submetidos à Orogênese Brasiliana. contram-se as unidades que pertencem aos terre- Nesta folha estão representados os terrenos nos Granjeiro e Piancó. Esses terrenos englobam o Granjeiro e Piancó e parte dos sistemas de Complexo Caicó, de Meunier (1964), subdivididos, dobramentos (recentemente denominados de neste trabalho, nos complexos Piancó e Serra dos terrenos por Santos,1996) Piancó-Alto Brígida e Quintos, de composição metassedimentar e meta- Pajeú-Paraíba, individualizados por Brito Neves vulcano-sedimentar, do Mesoproterozóico, e um (1975), os quais correspondem aos domínios embasamento de ortognaisses tonalíticos com pre- Cearense, Transnordestino e Extremo Nordeste, de sença de supracrustais de idade paleoproterozói- Santos et al. (1984). Sob uma visão mais específica, ca, o Complexo Caicó. esta folha está situada, na sua maior parte, na Como representantes do Terreno Alto Pajeú (por- denominada Zona Transversal de Ebert (1962) ou ção norte do Sistema ou Faixa de Dobramento Pa- Faixa Transversal de Mello & Assunção (1984), e jeú-Paraíba) encontram-se na porção sul-sudeste recentemente denominada de Domínio Tectônico da Folha Serra Talhada litótipos considerados origi- Rio Pajeú por Campos Neto et al. (1994 a,b), nalmente como pertencentes aos complexos Uauá limitada por extensos falhamentos denominados (Barbosa, 1970) e Caicó. Em estudos posteriores, por Kegel (1965) de lineamentos Paraíba (Patos) e Santos (1971,1977) os englobam no Complexo Alto Pernambuco, de direção E-W. Moxotó, reunindo num só conjunto três seqüências Refletindo a grande mobilidade tectônica no litoestratigráficas: Feliciano, São Caetano e Sertâ- Pré-Cambriano da região, esses extensos falha- nia. A seqüência do tipo Feliciano foi considerada mentos ou zonas de cisalhamento (ZC) e outros de como unidade migmatítica com herança máfi-

–5– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

co-ultramáfica, com paleossoma preservado como terpretação dos dados geocronológicos. O Com- pequenos relictos. A seqüência Sertânia está re- plexo Irajaí, quando da sua individualização, foi presentada por biotita gnaisses por vezes migmati- considerado correlacionável ao Complexo Sertâ- zados e com intercalações de anfibolitos, quartzi- nia, porém, à luz de novos dados geocronológicos, tos, leptinitos, mármores e calcissilicáticas; en- esse complexo foi posicionado no Neoproterozói- quanto a seqüência São Caetano corresponderia a co. As intrusivas ígneas estão posicionadas estrati- xistos e gnaisses a duas micas, leptinitos e quartzi- graficamente conforme os estudos efetuados por tos. Essas seqüências metassedimentares foram vários autores, segundo as datações geocronológi- englobadas neste trabalho com as denominações cas executadas pelos métodos K/Ar, Rb/Sr, U/Pb, de complexos São Caetano e Sertânia. Wanderley Ar/Ar e Pb/Pb, no âmbito da folha (figura 2.1). Veiga Jr.& Santos et al. (1992) descreveram neste contexto o Complexo Irajaí, constituído por metas- sedimentos clásticos e químicos, com máficas su- 2.3 Unidades Paleoproterozóicas bordinadas e depósitos vulcano-clásticos com pe- quenas intrusões gabro-dioríticas. 2.3.1 Complexo Caicó (Pc) Como representante do Domínio Transnordestino, ocorre o Terreno ou Faixa Piancó-Alto Brígida, repre- Trata-se da porção basal do Complexo Caicó, sentada pelos grupos Salgueiro e Cachoeirinha, de descrito por Meunier (1964), na região do Seridó. Barbosa (op. cit.), constituídos dominantemente por Ocorre na região centro-norte da folha e está inti- metassedimentos psamíticos e pelíticos. No Grupo mamente relacionado ao Complexo Serra dos Cachoeirinha, os trabalhos realizados pelo Projeto Quintos, tendo sido afetado pela Tectogênese Cachoeirinha (Silva Filho et al., 1985), revelaram a Transamazônica. Compreende ortognaisses tonalí- presença de conglomerados, quartzitos, filitos ardo- ticos contendo, por vezes, intercalações de anfibo- sianos, níveis de sericita xistos, níveis ferríferos, cal- litos, rochas calcissilicáticas, paragnaisses e even- cário etc. O Grupo Salgueiro é representado por uma tualmente metacalcários. Os ortognaisses tonalíti- faixa ao norte, onde dominam micaxistos granadífe- cos apresentam-se como biotita-hornblenda gnais- ros semelhantes aos do Seridó. Ao sul do Grupo Ca- ses de cor cinza e granulação média. Certos aflora- choeirinha ocorrem litologias variadas com quartzo- mentos mostram bandamento com alternância de muscovita xistos, quartzitos, rochas metavulcânicas bandas félsicas e máficas. ácidas e básicas, xistos grafitosos e presença de ní- A associação mineral é composta por oligoclá- veis ferríferos e calcários intercalados. sio-andesina, hornblenda, biotita, quartzo, pequena Nesta Nota Explicativa, as rochas pelíticas e psamí- presença de microclina, epidoto e ilmenita. A textura ticas, situadas ao norte das ZCs Jurú-Belém/Serra do milonítica mascara texturas primitivas reliquiares. Os Caboclo, foram englobadas nos complexos Cachoei- gnaisses calcissilicáticos são intercalações pouco rinha e Salgueiro, enquanto que as rochas metassedi- comuns e possuem espessuras desde centimétri- mentares e metavulcânicas ao sul destas ZCs, consti- cas até a métricas. Ocorrem em níveis com texturas tuem os complexos Riacho Gravatá e Poço dos Ca- heterogranoblásticas, constituídos por diopsídio, chorros, de Campos Neto et al. (1994a,b). microclina, plagioclásio e frações menores de esca- polita, quartzo, tremolita-actinolita, carbonato e epi- doto; enquanto outros níveis apresentam textura 2.2 Estratigrafia granoblástica e estrutura bandada, onde faixas ri- cas em hornblenda-epidoto alternam-se com faixas A Folha Serra Talhada apresenta unidades li- quartzo-feldspáticas. As intercalações anfibolíticas toestratigráficas pertencentes a vários comparti- também ocorrem desde a escala centimétrica até mentos tectônicos e de idades que variam desde o métrica, como bandas nos gnaisses, com cor negra Paleoproterozóico até o recente. As unidades pro- a levemente esverdeada e granulação média ou terozóicas inseridas nos sistemas de dobramentos fina. Os termos de granulação média possuem tex- encontram-se em posições estratigráficas por ve- tura granoblástica e são constituídos por hornblen- zes discutíveis quanto ao posicionamento ou à in- da, andesina, quartzo, biotita e acessórios; enquan-

–6– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

Aluviões (Qa) Coberturas detrítico-lateríticas (Tc) CENOZÓICO SUPERFICIAIS COBERTURAS

Formação Missão Velha (Jm) Arenitos grosseiros, conglomerados e arenitos finos sílticos e argilosos.

Formação Brejo Santo (Jb)

MESOZÓICO Siltitos, arenitos finos a médios, argilitos, calcários e margas laminadas.

DO ARARIPE E DE Formação Mauriti (SDm) Formação Tacaratu (SDt) Arenitos grosseiros, conglomeráticos e Conglomerados, arenitos DE BACIAS SEDIMENTARES SÃO JOSÉ DO BELMONTE BACIA

conglomerados. FÁTIMA e lentes de caulim. PALEOZÓICO

Conglomerados polimíticos, arenitos finos e conglomeráticos, arenitos arcosianos, folhelhos, clorita filitos, prováveis metavulcânicas (Î i). BACIA DE IARA

Complexos Metassedimentares e Metavulcano-sedimentares Rochas Intrusivas

Suíte peralcalina Diques sienitos – (ds) Sienitos alcalifeldspáticos – Ng 4 Granitóides de afinidade trondhjemítica e Paragnaisses, metagrauvacas, ortoanfibolitos, metatufos basálticos, meta- alcalina – Ng 3 vulcano-clásticas, calcários, metacherts e rochas calcissilicáticas. Intru- Suíte calcialcalina de médio e alto sões gabro-dioríticas. potássio – Ng 2 Dioritos potássicos – Nd 2 Granitóides de quimismo

COMPLEXO IRAJAÍ (Ni) indiscriminado – Ng 1 Intrusivas metaultrabásicas e metabásicas – Nd 1

Filitos sílticos, metarenitos finos, sericita xistos finos, arenitos feldspáticos intercalados com filitos ardosianos, metagrauvacas e metaconglomerados, (Nc)

NEOPROTEROZÓICO níveis ferríferos, rara presença de rochas metavulcânicas, ardósias, meta- conglomerados polimíticos, quartzitos e mármores. COMPLEXO CACHOEIRINHA

Muscovita xistos, quartzo xistos, quartzitos, xistos ferruginosos, talco-clori- ta xistos e filitos, intercalações de metacalcários. (Nsa) COMPLEXO SALGUEIRO

Figura 2.1 – Coluna estratigráfica simplificada.

–7– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Quartzitos, gnaisses quartzíticos e granada-biotita xistos com interca-

(Nrb) lações de metacalcários, de rochas metamáficas e metaultramáficas. DA BARREIRA COMPLEXO RIACHO NEOPROTEROZÓICO

Biotita-clorita-anfibólio xistos, filitos grafitosos, quartzo-clorita xistos, formações ferríferas, rochas metabásicas, rochas calcissilicáticas,

(Mpc) Biotita augen-ortognaisses – Mg metacherts e vulcânicas básico-intermediárias. 4 POÇO DOS COMPLEXO CACHORROS

Quartzitos, xistos, metarenitos, metavulcânicas ácidas intermediárias e básicas, formações ferríferas e metacalcários. (Mrg) Hornblenda-ortognaisses e biotita RIACHO GRAVATÁ

COMPLEXO ortognaisse – Mg 3

Cordierita-sillimanita xistos com intercalações de biotita-hornblenda gnaisses e anfibolitos. (Mp) Ortognaisses tonalíticos, anfibolitos e rochas calcissilicáticas. PIANCÓ COMPLEXO

Muscovita-biotita gnaisses com ou sem granada, biotita gnaisses e in- tercalações de leptitos, muscovita xistos, metacalcários e quartzitos. Presença de metavulcano-clásticas ácidas-intermediárias metamorfi- (Msc) MESOPROTEROZÓICO zadas. COMPLEXO SÃO CAETANO

Ortognaisses monzograníticos Biotita gnaisses xistosos com intercalações de quartzitos, calcários, Protomiloníticos – Mg 2 rochas calcissilicáticas e anfibolitos. (Mse) SERTÂNIA COMPLEXO

Hornblenda augen-gnaisses granodioríticos – Mg Paragnaisses, quartzitos, anfibolitos, rochas calcissilicáticas; intercala- 1 ções de biotita xistos, formações ferríferas e metacalcários. (Msq) QUINTOS COMPLEXO SERRA DOS

Ortognaisses de composição granodiorítica, monzongranítica e sienogranítica,

(Pi) intercalações de anfibolito e leptitos parcialmente migmatizados. COMPLEXO INDISCRIMINADO METAPLUTÔNICO

PALEOPROTEROZÓICO Ortognaisses tonalíticos com intercalações de anfibolitos, paragnaisses, rochas calcissilicáticas e metacalcários. CAICÓ (Pc) COMPLEXO

Figura 2.1 (continuação) – Coluna estratigráfica simplificada.

–8– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

to aqueles de granulação fina apresentam textura ir- minância” foram: paragnaisses, anfibolitos/calcissi- regular, porém com caráter granoblástico orienta- licáticas, quartzitos e formações ferríferas, ocorren- do, sendo constituídos por hornblenda, actinolita, do ainda biotita xistos, níveis de quartzo e metacal- oligoclásio, epidoto e clorita. cários inseridos nos paragnaisses (foto 2.3). Devido à proximidade com a Zona de Cisalhamento de Pa- tos, estas rochas mostram diferentes graus de defor- 2.3.2 Complexo Metaplutônico Indiscriminado (Pi) mação, ocorrendo por vezes total modificação das feições estruturais pretéritas, sobressaindo-se uma Esta unidade, que está distribuída na Folha Afo- trama planar milonítica verticalizada, com fortes line- gados da Ingazeira (1:100.000), foi considerada ações de estiramento de baixo rake, porfiroblastos como embasamento por Veiga Jr. & Ferreira (1990) sigmoidais, foliações S/C etc., que indicam movi- e denominada de Complexo Gnáissico-Migmatíti- mentos transcorrentes dextrais. Os anfibolitos domi- co. Dominam ortognaisses granodioríticos, monzo- nam na região oeste de Carrapateira, sendo que em graníticos e sienograníticos, geralmente com evi- outros locais têm ocorrência marcante, como na re- dentes sinais de anatexia. Observam-se intercala- gião de Itajubatiba, onde se associam a metacalcá- ções centimétricas a métricas de anfibolitos e lepti- rios e rochas calcissilicáticas, e apresentam minera- tos e, localmente, ocorrem paragnaisses (biotita lização de ouro. Os tipos mais comuns de anfibolito gnaisses) e enclaves de rocha básica (foto 2.1). possuem cor negra e são compostos por hornblen- Em geral as rochas apresentam coloração cinza e da, por vezes com actinolita, andesina, diopsídio, granulação média, com pronunciado bandamento quartzo e carbonato; outros anfibolitos são pratica- gnáissico com leitos félsicos (quartzo-feldspato) e máfi- mente monominerálicos, finos, esverdeados, com- cos (biotíticos e anfibolíticos). Nas áreas migmatizadas postos por tremolita-actinolita e associam-se com ní- observam-se estruturas do tipo schlieren, estromáticas e veis ferríferos onde se alternam bandas quartzosas nebulíticas, sendo o neossoma granítico-granodiorítico e e bandas com grünerita e, às vezes, granada. relacionado a um evento de anatexia parcial sin-deformacional. Mesoscopicamente, observa-se nes- 2.4.2 Hornblenda Augen-gnaisses (Mg1) sas rochas a presença de quartzo, feldspato, biotita e hornblenda, enquanto em lâmina delgada foi determina- Ocorrem como intrusões alongadas e subpara- da a seguinte assembléia mineral: oligoclásio, microcli- lelas à ZC do Lineamento Patos nos ortognaisses na, quartzo, biotita e hornblenda, além dos acessórios tonalíticos e em paragnaisses do Complexo Serra apatita, zircão, titanita, epidoto e opacos. dos Quintos. Apresentam aspecto oftálmico e pos- Esta unidade granítica-migmatizada foi submeti- suem uma composição semelhante aos ortognais- da a metamorfismo na fácies anfibolito alto, confor- ses encaixantes (oligoclásio, andesina, hornblen- me verifica-se nas paragêneses minerais dos dife- da, biotita, quartzo e, secundariamente, microclina, rentes litótipos, com presença de hornblenda está- epidoto e ilmenita), diferindo apenas pela presença vel, por vezes com evidência de retrometamorfismo. de grandes cristais de microclina. Na matriz grano- lepidoblástica também se destaca a microclina que ocorre em cristais límpidos, com relíquias turvas de 2.4 Unidades Mesoproterozóicas plagioclásio. Compreendem, em geral, granodiori- tos de granulação grosseira, gnaissificados. 2.4.1 Complexo Serra dos Quintos (Msq)

Este complexo compreende parte dos litótipos 2.4.3 Ortognaisses Monzograníticos mapeados com a denominação de Grupo Seridó Protomilonitizados (Mg2) por Medeiros (1995), Ferreira & Albuquerque (1969) e Lima et al., (1980). Ocorre no norte da Folha Serra Trata-se de rochas de aspecto gnáissico ortode- Talhada e, recentemente, a nordeste desta área, foi rivadas que ocorrem em janelas estruturais, possi- denominado de Serra dos Quintos, por Ferreira velmente remanescentes de núcleos mais antigos. (1995). Os litótipos cartografados por “áreas de do- Afloram em duas porções na região centro-sul da

–9– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

folha, a cerca de 5 km a oeste de Manaíra e em Pelo anatexia permitem concluir que as rochas foram Sinal, ao norte de Manaíra. afetadas por um metamorfismo regional na fácies Esses ortognaisses são de cor cinza e bastante anfibolito médio a alto, superposto por metamorfis- compactos, embora possuam certa heterogenei- mo na fácies xisto-verde. dade composicional; estruturalmente apresen- tam-se como protomilonitos e milonitos, podendo ser derivados de granitóides e/ou de rochas mig- 2.4.5 Complexo São Caetano (Msc) matíticas. O estudo petrográfico de lâmina mostra a dominância de quartzo, microclina e plagioclásio, e Compreende a seqüência de São Caetano, de como acessórios: biotita, muscovita, epidoto e opa- Santos (1971) e metassedimentos (paragnaisses), cos, com textura finamente porfirítica. considerados por Veiga Jr. & Ferreira (1990) como pertencentes ao Complexo Irajaí. Esse pacote aflo- ra ao norte da ZC Afogados da Ingazeira e a SW da 2.4.4 Complexo Sertânia (Mse) Bacia de Fátima, sendo caracterizado pela presen- ça de muscovita-biotita gnaisses, por vezes grana- Este complexo ocorre na porção sudeste da Folha díferos; biotita gnaisses, localmente com intercala- Serra Talhada, no contexto do Terreno Alto Pajeú, ções de leptitos e camadas possantes de muscovi- correspondendo à Seqüência Sertânia definida por ta xistos, quartzitos e calcários. Os paragnaisses Santos (1971). Compreende um pacote pelítico com apresentam granulação fina a média e, às vezes, intercalações carbonáticas e presença de biotita estrutura xistosa devida à abundância de micas, gnaisses que, às vezes, apresentam variação para sendo os principais minerais: quartzo, feldspato biotita gnaisses xistosos, rochas calcissilicáticas, cal- potássico, muscovita e biotita. Exibem relevo aplai- cários, quartzitos e anfibolitos. Os biotita gnaisses, nado e afloramentos geralmente de pequeno porte, que constituem o litótipo dominante, se apresentam comumente intemperizados. Neste complexo têm numa seqüência monótona e relevo aplainado; são sido encontradas recentemente metavulca- rochas de granulação média a grosseira, cor cinza e no-clásticas e rochas vulcânicas ácidas-interme- estrutura gnáissica, por vezes contendo granada que diárias metamorfizadas (Santos, inf. verbal). ocorre como porfiroblastos e raramente sillimanita; os Os leptitos constituem rochas de granulação fina principais constituintes minerais são quartzo, micro- a média e estrutura bandada, e compostas por clina e oligoclásio-andesina, tendo como acessórios, quartzo e microclina, contendo biotita como aces- além de granada e sillimanita, hornblenda e muscovi- sório. Segundo Veiga Jr. & Ferreira (op. cit.) devem ta, sendo esta retrometamórfica. tratar-se de pretéritos arcóseos; apresentam aflora- As rochas calcissilicáticas constituem intercala- mentos de pequeno porte e sem expressão topo- ções freqüentes nos paragnaisses e exibem estru- gráfica, estão intercalados nos biotita gnaisses e turas bandadas milimétricas, com leitos máficos e gradam para estes pelo incremento na quantidade félsicos, com presença de hornblenda, microclina, de mica. Quartzitos ocorrem em forma lenticular, oligoclásio, quartzo, diopsídio, epidoto, tremolita- principalmente a SW da Bacia de Fátima, estando actinolita, allanita, escapolita, apatita, titanita, pista- encaixados em biotita gnaisses e muscovita-biotita cita, carbonatos, biotita e acessórios. Os metacal- gnaisses granadíferos; apresentam granulação cários geralmente compreendem horizontes delga- fina a média e cor creme-esbranquiçada, sendo o dos, com granulação média e textura sacaroidal. quartzo o mineral essencial, constituindo cerca de Níveis de quartzitos são raros, tal como ocorre no 85% da rocha com presença de biotita, muscovita e sítio Saco da Serra, a sudeste de Afogados da Inga- alterações (sericita). Várias lentes de calcário ocor- zeira, que contêm 90% de quartzo, 9% de muscovi- rem no âmbito deste complexo, geralmente sem ta e como acessórios biotita, opacos e rutilo. Esse destaque topográfico, com estrutura compacta complexo está situado a SSE da ZC Afogados da e/ou bandada e cor cinza-clara (foto 2.4). Ocorrem Ingazeira e as paragêneses minerais dos diferen- ainda intercalações centimétricas de rochas calcis- tes litótipos, bem como a presença de mobilizados silicáticas e anfibolitos, além de veios de quartzo, quartzo-feldspáticos relativos aos processos de pegmatitos e sheets graníticos. A assembléia mine-

–10– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

ral dos diferentes litótipos do Complexo São Caeta- nomórfica-heterogranular, tendo como constituin- no indica que o mesmo foi afetado por um metamor- tes essenciais: microclina, por vezes pertítica; oli- fismo regional da fácies anfibolito baixo a médio. goclásio, hornblenda e quartzo, com proporções subordinadas de biotita e muscovita. Esses ortog- naisses são cortados por veios pegmatíticos que 2.4.6 Complexo Piancó (Mp) se apresentam em diferentes espessuras e cortam os litótipos já descritos. São homogêneos e consti- Sob esta denominação informal estão engloba- tuídos por alcalifeldspato, plagioclásio, biotita das as rochas metapelíticas e metagrauváquicas e/ou muscovita e, localmente, turmalina negra presentes no Terreno Piancó, as quais fazem parte (foto 2.2). do Complexo Caicó, de Meunier (1964). Corres- Biotita augen-ortognaisses (Mg 4) – Trata-se de ponde a um complexo metamórfico alóctone, com granitóides de cor cinza-esbranquiçada a cin- transporte para sudeste, situado na região de Ita- za-rosada, que ocorrem sob a forma de lajedos poranga, Piancó e Ibiara-PB (parte deste domínio com destaque topográfico e contêm, por vezes, xe- ou arcabouço tectônico foi denominado de Nappe nólitos das encaixantes. Têm granulação fina a de Piancó, por Campos Neto et al., 1994a). grosseira e textura granoblástica a lepidoblástica Embora às vezes ocorra um aparente zonea- com variações para porfiroblástica e/ou augen;a mento interno, foi possível separar duas zonas me- estrutura é gnáissica planar, encerrando na matriz tamórficas nesse complexo, sendo uma mais pro- porfiroblastos deformados de feldspato potássico, funda e outra mais rasa; a primeira é representada levemente rosados a esbranquiçados, com até por ortognaisses tonalíticos com intercalações de 4cm de comprimento. A associação mineral é for- anfibolitos e rochas calcissilicáticas. Compreen- mada por microclina, oligoclásio, quartzo, biotita e dem as porções mais a norte e nordeste do terreno muscovita, como essenciais, além de epidoto, zir- e está referenciada pela sigla Mp1. Em torno da uni- cão, apatita e titanita, como acessórios; tendo ain- dade anterior ocorrem cordierita-sillimanita xistos, da clorita, zircão, carbonatos, fluorita, granada e com intercalações de anfibolitos, que gradam para turmalina. O plagioclásio apresenta cristais xeno- o sul e oeste para cordierita xistos com intercala- mórficos e hipidiomórficos, podendo alterar-se ções de biotita-hornblenda gnaisses e níveis des- para sericita e argila. A biotita forma agregados contínuos de metacalcário, estando esta unidade bem orientados que definem a xistosidade. indicada pela sigla Mp2. Esses ortognaisses fazem parte da suíte peralu- O baixo grau metamórfico (zona da biotita) encon- minosa tipo “S” do complexo colisional de Santos & tra-se preservado na região de Santana da Manguei- Britos Neves (1993). Trata-se de granodioritos e ra, onde predominam filitos placosos, cinza-esver- monzogranitos à biotita ou duas micas, representa- deados, homogêneos, por vezes com bandas sub- dos pelos metagranitóides do tipo Recanto, que centimétricas carbonosas. Nos filitos ocorrem ainda têm grauvacas e vulcano-clásticas como protólitos. intercalações de quartzo-biotita-muscovita xisto, com Segundo Santos & Brito Neves (1993) estes grani- bancos de muscovita quartzito. Segundo Campos tóides assemelham-se àqueles sin-colisionais de Neto et al., (op. cit.), a passagem para a zona da gra- Batchelor & Bowden (1985). Entretanto, as ano- nada com presença de biotita está preservada ao sul malias negativas de Nb e Ti em aranhograma do de Piancó, na frente cavalgada do nappe ou imposta manto primaveral normalizado e os padrões de ETR sobre a zona da sillimanita, na inflexão transtativa da refletem uma tendência calcioalcalina, possivel- ZC Itaporanga; enquanto que a zona da sillimanita mente relacionada com granitos de arco vulcânico, aparentemente segue a zona da granada. coerente com a natureza dos protólitos.

2.4.7 Suíte Granítica Cariris Velhos (Mg3 eMg4) 2.4.8 Complexo Riacho Gravatá (Mrg)

Hornblenda ortognaisses e biotita ortognaisses A designação deste pacote é atribuída a Cam-

(Mg 3) – Estes granitóides apresentam textura xe- pos Neto et al. (1994), compreende uma faixa

–11– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

ENE-WSW, limitada a norte e a sul por falhas, cor- nância da natureza pelítica dessa unidade e sua respondendo à porção diferenciada do Complexo associação com metacalcários mostra que se de- Salgueiro (Silva Filho, 1985), e apresenta os seguin- positaram em ambiente subaquático, enquanto a tes litótipos: quartzitos, xistos, metarenitos, meta- associação com níveis ferríferos também confirma vulcânicas básicas e ácidas, formações ferríferas e o ambiente citado. metacalcário. Ocorre na região de Bernardo Vieira, Por vezes individualizada, encontra-se uma se- Luanda, norte do povoado de Belém e ao sul da ZC qüência constituída por metavulcânicas ácidas e Serra do Caboclo, apresentando um relevo bastan- intermediárias, rochas ortoquartzíticas (meta- te irregular. O metamorfismo dominante é de baixo cherts?) e prováveis metatufos. As metavulcâni- grau, com uma fase regressiva superposta. cas ácidas e básicas são os litótipos mais abun- A unidade considerada basal é constituída por dantes. Os tipos ácidos são de cor cinza quando quartzitos, que normalmente apresentam destaque frescos e cor creme quando intemperizados; ge- topográfico e balizam estruturas dobradas; sendo ralmente contêm micropórfiros de quartzo ligeira- constituídos por quartzo e muscovita, possuem mente azulado e determinados níveis são ricos em granulação média e coloração branco-acinzenta- milimétricos micropórfiros de feldspato. Por vezes da. É provável que o empilhamento ora apresenta- ocorrem cristais de magnetita, disseminados ou do seja de caráter tectônico, não refletindo a estrati- em níveis definidos. A associação mineral desses grafia original. litótipos é constituída por quartzo, ortoclásio, oli- Repousando sobre os quartzitos ou engloban- goclásio-andesina, seguidos por muscovita, seri- do os mesmos e apresentando uma maior expres- cita e biotita. Os tipos intermediários são metande- são em superfície encontram-se muscovita xistos, sitos de cor cinza escura e textura granolepido- por vezes grafitosos, com metavulcânicas básicas blástica, contendo esporádicos porfiroclastos re- e intercalações de metacalcário e níveis ferríferos. manescentes de uma textura pretérita. São com- Os muscovita xistos apresentam granulação fina, postos por oligoclásio, quartzo e biotita, contendo cor cinza e contêm clorita, biotita e quartzo, com ainda epidoto e muscovita. A estas metavulcâni- eventual presença de granada, feldspato e mag- cas associam-se rochas de cor cinza e granulo- netita; ocorrem intercalações de sericita-clorita metria também fina, prováveis metatufos e metas- xistos. As metavulcânicas básicas transformadas sedimentos tufáceos. Essas rochas vulcânicas fo- em anfibolitos ocupam o segundo lugar em volu- ram também estudadas por Lima et al. (1996). So- me dentro desta unidade (em região da presença bre as rochas metavulcânicas encontram-se me- de magnetita disseminada ocorrem nessas ro- tarenitos calcíferos, por vezes conglomeráticos, chas anomalias aeromagnéticas). Apresentam com intercalações subordinadas de metavulcâni- cor esverdeada, granulação fina e são compostas cas básicas. Os metarenitos calcíferos são por andesina, hornblenda e actinolita, podendo feldspáticos e apresentam cor cinza, granulação conter tremolita, epidoto, biotita, clorita e quartzo. fina e estrutura maciça, com discreta orientação, Metagabros e metaultramáficas ocorrem como algo protomilonítica. Os principais constituintes pequenos corpos não mapeáveis, podendo repre- são quartzo e feldspato (albita-oligoclásio), con- sentar intrusões subvulcânicas. As rochas ferrífe- tendo ainda carbonato, clorita, muscovita e biotita. ras em geral estão associadas às metavulcânicas Estas rochas podem ser denominadas leptinolitos, básicas e apresentam uma fácies constituída por quando apresentam alguma estrutura gnáissica. rocha de granulação fina com bandamento irregu- Nos níveis conglomeráticos ocorrem seixos de lar de faixas ricas em óxidos (hematita e magneti- quartzo e de metavulcânicas ácidas. Considerada ta) e faixas ricas em quartzo. Um segundo tipo de como unidade superior desta associação, ocorre rochas ferríferas apresenta alternância regular da uma seqüência intimamente relacionada com a fácies quartzosa e da fácies com grünerita e mag- unidade anterior e constituída por litótipos pelíti- netita. A nordeste de Água Branca ocorre um nível cos, com metavulcânicas ácidas e básicas subor- do primeiro tipo, que se destaca pelas dimensões dinadas. Trata-se de quartzo-muscovita xistos de e pelo bandamento muito regular, constituindo-se cor cinza e granulação média. Os minerais domi- em autêntico BIF – Banded Iron Formation. A domi- nantes são quartzo e muscovita que, junto com clo-

–12– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

rita, formam leitos subparalelos, ocorrendo ainda 2.5 Unidades Neoproterozóicas biotita, granada e feldspatos (albita-oligoclásio). Esta pilha vulcano-sedimentar, segundo Cam- 2.5.1 Complexo Riacho da Barreira (Nrb) pos Neto et al. (op. cit.), corresponde a espesso pa- cote de depósitos marinhos pouco profundos, Este pacote ocorre de modo mais extensivo na onde níveis psamíticos foram cobertos por leitos Falha Belém do São Francisco e foi designado infor- carbonáticos em meio a grauvacas vulca- malmente por Santos (no prelo).Compreende um no-clásticas. Passam lateralmente para pelitos com pacote de rochas metassedimentares com presen- intercalações de metarritmitos psamo-pelítica e ça de quartzitos, gnaisses quartzíticos e granada- hospedando expressivo vulcanismo bimodal, com biotita xistos, com intercalações de metacalcários e predominância da série ácida alcalina-peralcalina, de rochas metamáficas e metaultramáficas. Na com características de um ambiente tectônico dis- região da Folha Serra Talhada, esse complexo apre- tensivo, relacionado à evolução de um rifte. senta-se em apenas dois locais: a oeste da cidade Com a finalidade de representação cartográfica, de Serra Talhada e ao sul de Bernardo Vieira; e foi este complexo foi dividido em duas áreas de domi- anteriormente considerado como pertencente ao nância: Mgr1 – onde predominam as metavulcâni- Grupo Salgueiro. Na Folha Belém do São Francisco, cas ácidas-intermediárias e quartzitos; e Mrg2 – região de maior extensão “areal”, segundo Santos onde predominam quartzitos, xistos, filitos, meta- (op.cit.), ocorre também a presença de rochas máfi- vulcânicas básicas e metarenitos. cas e ultramáficas intercaladas e de estauroli- ta-sillimanita-granada xisto, indicando que esse pa- cote foi metamorfizado na fácies anfibolito alto. 2.4.9 Complexo Poço dos Cachorros (Mpc)

Trata-se de um pacote espacialmente relaciona- 2.5.2 Complexo Salgueiro (Nsa) do ao Complexo Riacho Gravatá, e cuja designição também é atribuida a Campos Neto et al. (1994a). Este complexo corresponde ao Grupo Salgueiro Apresenta-se na parte central do mapa e alóctone de Barbosa (1970), constituído por metassedimen- para sudeste. As rochas dominantes são biotita- tos de médio grau metamórfico. Compreende uma clorita-anfibólio xistos esverdeados e associam-se associação da fácies com dominância psamítica, lateralmente com filitos grafitosos, especialmente caracterizada por quartzo-plagioclásio-muscovita na região de Juru-PB, onde existem ocorrências de xistos com alternâncias de muscovita xistos. Nas Fe-Mn e de grafita. Ocorrem ainda intercalações de porções mais micáceas ocorrem biotita ou granada quartzo-clorita xistos. Ao norte e nordeste da serra e, por vezes, carbonato. Ocorrem ainda quartzo xis- da Borborema encontram-se níveis de formações tos com estrutura xistosa ou laminada e abundantes ferríferas. segregações quartzosas concordantes, além de in- Verifica-se também a presença de rochas meta- tercalações de quartzitos. Registra-se também a básicas por vezes associadas a rochas calcissili- presença de xistos ferruginosos, por vezes associa- cáticas (metamarga) e níveis de metacherts; seixos dos a talco-clorita xistos ou a talcititos e filitos. esparsos de quartzito feldspático e microgranito a Alguns horizontes desse pacote são aluminosos, duas micas hololeucocráticos, que possivelmente caracterizados pela presença de cordierita xisto, denunciam a presença de vulcanismo ácido. Se- onde a cordierita constitui porfiroblastos deforma- gundo Campos Neto et al. (1994a), o vulcanismo dos. Embora a associação mineral com presença básico-intermediário que afetou este pacote apre- de muscovita, biotita e granada indique metamor- senta afinidades com basaltos andesíticos e ande- fismo de baixo grau, o aparecimento de cordierita sitos; o enriquecimento seletivo de elementos como em determinados horizontes mostra que foram al- K, Rb e Ba e um relativo enriquecimento em Y, de- cançadas condições metamórficas de médio grau. monstram nestas rochas certa semelhança com os A presença de inclusões de quartzo, clorita e mus- padrões de arcos vulcânicos calcialcalinos potás- covita em cordieritas deformadas, que se orientam sicos. em posições transversais à foliação das rochas, são,

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segundo Silva Filho (1985), condicionadores de su- decimétricos de metarenito de granulação fina, la- perposição metamórfica em condições de baixa a minação plano-paralela, laminações pelíticas con- média pressão. Embora não ocorram estruturas se- volutas e ardósias de cor cinza; dimentares, a presença de carbonato pode indicar 6 - ardósia acinzentada, com poucos metros, em que a deposição ocorreu em ambiente marinho. forma lenticular sigmoidal; 7 - o nível superior da coluna contém seixos que compõem uma seqüência de estratos de ambiente 2.5.3 Complexo Cachoeirinha (Nc) turbidítico (Ta, Tb, Tc). Características de retraba- lhamento ou processo erosivo na sedimentação. Constitui um conjunto litológico onde predomi- O grande volume de conglomerado com estratos nam metapelitos com feições de turbiditos e se ca- de espessura métrica e a presença de uma grano- racteriza por apresentar um baixo grau metamórfi- decrescência ascendente indica que esses depó- co. Esse conjunto metassedimentar apresenta uma sitos se deram através de fluxos turbulentos de alta ampla distribuição na Folha Serra Talhada, tendo densidade; essas características juntamente com a sido designado originalmente de Grupo Cachoeiri- presença de metapelitos e metarenitos indicam nha, por Barbosa (1970). Existe a possibilidade que esse pacote como um todo é condizente com deste complexo vir a ser datado como de idade um sistema deposicional turbidítico, localizado na neoproterozóica. transição entre talude e lobos.

A parte basal constitue a unidade Mc1, ora A unidade Mc2 corresponde à porção dominante designada informalmente de seqüência Serra Olho desse complexo e apresenta-se constituída de me- d’Água, ocorre na porção central da Folha Serra Ta- tarenitos feldspáticos finos e filitos sílticos com in- lhada e compreende metaconglomerados polimíti- tercalações de sericita xistos finos (foto 2.5). A por- cos, metagrauvacas, metarenitos, quartzitos e me- ção intermediária da coluna é composta pela se- tacalcários. Segundo Silva Filho (1985), esses litóti- guinte associação litológica: metarenitos feldspáti- pos se interdigitam, até mesmo em escala de aflo- cos muito finos a médios, intercalados com filitos ramento. Apesar disto, verificou-se acamamento e ardosianos em leitos centimétricos a métricos e de granodecrescência ascendente. Os seixos são ge- cor cinza-chumbo. Ocorrem também metassiltitos, ralmente subarredondados e elipsoidais, de 0,5cm níveis sericítico-carbonosos e lâminas de quartzi- a 15cm, constituídos de quartzitos, quartzo, már- tos fino que variam de 2mm a alguns decímetros. more e aglomerados quartzo-feldspáticos e ocor- Registra-se também intercalações de metagrauva- rem dentro de uma metagrauvaca microconglome- cas (rochas xistosas esverdeadas a biotita e mus- rática, com dominância de grânulos de quartzo e covita) e metaconglomerados intraformacionais quartzitos e presença de clorita muito fina, conferin- com seixos de até 2cm, constituídos de quartzitos do uma matriz de cor esverdeada a cinza-escuro. ou metacherts e matriz da mesma composição, Essa seqüência constitui uma coluna com cerca de contendo às vezes cristais de magnetita. Os meta- 1.000m de espessura e segundo Campos Neto et conglomerados quase sempre estão associados a al., (1994a), apresenta da base para o topo a se- níveis ferríferos. Ocorrem seqüências ferríferas guinte distribuição: bandadas com presença das fácies óxido e sulfeto. 1 - nível de metaconglomerado basal, com sei- Trata-se de uma alternância de níveis de magnetita xos de 1 a 5cm e matriz de metagrauvaca; quartzito fino, sericítico e níveis de magnetita filito, 2 - ardósias cinzas laminadas com intercalações sericítico, bandado, no qual, bandas siltosas com de lâminas de arenito finos e grauvacas; magnetita, segundo Campos Neto et al. (1994a), 3 - camada com ± 100m de metaconglomerado atingem até 10% do volume. Encontra-se ainda fili- semelhante ao da basal; tos siltosos, esverdeados, contendo lâminas ricas 4 - metaconglomerado com matriz xistosa (meta- em pirita, que às vezes associam-se a turmalinitos grauvaca), seixos de quartzitos e veios de quartzo, bandados. Os níveis de magnetita quartzito apre- mármore, ardósia e microconglomerados; sentam teores subordinados de hematita. Estas se- 5 - metaconglomerado suportado por clastos, qüências ferríferas apresentam espessuras em com seixos arredondados e fragmentos angulares torno de 1m, com exceção da região de Carmo,

–14– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

onde ocorre lavra e a espessura atinge cerca de a forma de intercalações métricas, têm cor escura e 10m e onde Santos (1967), reconhece a presença granulação fina, pouco laminados, com cristais de oólitos em metacherts. fragmentados de hornblenda e plagioclásio, em Na região do Carmo, ao norte de São José do uma matriz afanítica de composição anfibolítica. Belmonte, ocorre também a presença de uma lente Metacherts são litótipos de ocorrência restrita sob a de calcário dentro da Seqüência Cachoeirinha. Em forma de intercalações centimétricas, de cor cin- alguns níveis, os filitos ardosianos encontram-se za-claro, granulação fina e textura granoblástica, impregnados de grafita. A origem sedimentar des- constituídos por quartzo, tremolita-actinolita, epi- ses litótipos é bastante evidente e, embora não te- doto e plagioclásio. nham sido encontradas estruturas sedimentares, As rochas calcissilicáticas têm espessuras cen- as características litológicas desse conjunto (ritmi- timétricas a métricas, apresentam cor cinza, traço cidade psamo-pelítica, níveis de quartzito e/ou me- esverdeado, granulação fina a média, são geral- tassiltitos e a presença de grauvacas com evidente mente bandadas e com textura granoblástica, e retrabalhamento) indicam que foram depositados constituídas por hornblenda, epidoto, plagioclá- em ambiente marinho e por corrente de turbidez. sio, carbonato, pouco quartzo e rara granada. As Registra-se ainda nesse conjunto a presença de ro- componentes ígneas desse complexo são princi- chas metavulcânicas ácidas e intermediárias, pre- palmente equivalentes de basaltos, ocasional- dominando metadacitos cinza-escuros com ban- mente picríticos, com menor participação de tra- das inferiores a 1cm, contendo porfiroclastos de quiandesitos e dacitos. Compreende uma série plagioclásio sericitizado de até 5mm. As rochas subalcalina com enriquecimento em ferro nos ter- metavulcânicas ácidas são de aspecto gnáissico e mos intermediários, tratando-se portanto de uma associam-se com rochas graníticas, ocorrendo série toleiítica, Wanderley (op.cit.). Segundo es- também metatufos e metapiroclásticas. As seqüên- tes autores o diagrama TiO2 -K2O-P2O5 aplicado cias ferríferas bandadas e os metaturmalinitos, aos metabasaltos, sugere uma natureza oceânica. possivelmente estão relacionados ao vulcanismo. É possível que os centros vulcânicos identificados pelos mesmos autores constituam remanescentes de arcos magmáticos e a ambiência como um 2.5.4 Complexo Irajaí (Ni) todo, uma bacia de retroarco. Segundo Brito Ne- ves (informação verbal) idades-modelo Tdm em A designação deste complexo foi feita por Wan- metatufos deste complexo, pelo método Sm/Nd, derley et al. (1992), no contexto do Terreno ou Faixa fornecem datação de 1,4Ga, que significa a idade Pajeú-Paraíba, sendo encontrado na região sudes- de individualização no manto. Van Schmus et al., te da Folha Serra Talhada. Trata-se de uma seqüên- (1993) efetuaram nos mesmos metatufos uma da- cia vulcano-sedimentar, constituída por paragnais- tação U/Pb em zircão, a qual forneceu uma con- ses, metagrauvacas, ortoanfibolitos, metatufos ba- córdia com idade ca. 720Ma, que seria a idade de sálticos, metavulcano-clásticas, calcários e rochas colocação na crosta, posicionando o Complexo calcissilicáticas, interacamadados concordante- Irajaí no Neoproterozóico. mente, ocorrendo ainda pequenas intrusões ga- bro-dioríticas e metacherts. Ortoanfibolitos são os litótipos dominantes da fácies metavulcânica, apre- 2.5.5 Intrusivas Metaultrabásicas e Metabásicas (Nd1) sentando cor verde, granulação média e textura ne- matoblástica, tendo como minerais constituintes Metaultrabásicas (Nd 1a) – Estes litótipos ocorrem hornblenda, plagioclásio, feldspato potássico, ao sul de Catingueira e estão associados a dunitos quartzo, epidoto e ainda zircão e biotita como aces- e piroxenitos serpentinizados e muito alterados, daí sórios. A hornblenda é o mineral mais abundante e a dificuldade de se encontrar afloramento com lito- apresenta tons verde-claros em áreas onde está logia primária, havendo domínio dos serpentinitos. transformando-se em actinolita. O plagioclásio Constituem dois corpos medindo cerca de 1km2 e ocorre em agregados finos comumente saussuriti- 0,6km2, alinhados respectivamente nas direções zados. Os metatufos basálticos apresentam-se sob leste-oeste e nordeste. Do ponto de vista morfológi-

–15– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

co apresentam relevo saliente e extremamente aci- oligoclásio, biotita e porções subordinadas de dentado. Os dunitos e piroxenitos, onde observa- muscovita e outros minerais secundários e acessó- dos, são na realidade “ilhas” cercadas de serpenti- rios. Ocorrem ao norte de Curral Velho - PB. nitos. Ambos os corpos têm composição e aspec- Quartzo sienitos e quartzo monzonitos (Ng 1b)– tos variáveis, estrutura maciça, sendo desprovidos Constituem os granitóides situados a norte de Ibia- de orientação; estão bastante fraturados, em siste- ra (PB), os quais apresentam destaque topográfi- mas complexos. Possuem cor verde e, em lâmina co, ocorrendo sob a forma de amplos batólitos. Tra- delgada, observam-se texturas que são reflexos ta-se, em geral, de biotita leucogranitos constituí- dos hábitos dos protominerais. Farina (1969) afirma dos de microlina, plagioclásio, quartzo e secunda- ser comum a mesh texture resultante de substitui- riamente por biotita, muscovita, epidoto, zircão e ção da olivina pela antigorita. Domina a serpentina opacos. São rochas comumente de granulação mas, ocasionalmente, encontra-se flogopita, antofi- média a grosseira, apresentam menor ou maior lita, clorita, talco, brucita e magnetita. grau de deformação, podendo mostrar uma textura

Metagabros (Nd 1b) – Ocorrem na Folha Itaporan- protomilonítica, como verifica-se no batólito de ga (escala 1:100.000), a cerca de 5Km ao norte de Monte Orebe e outros corpos menores situados Curral Velho, cortando xistos do Grupo Salgueiro, próximos do Lineamento Patos. enquanto na Folha Serra Talhada (escala Sienogranitos e monzogranitos (Ng 1c) – Trata-se 1:100.000) ocorrem pequenos corpos não mapeá- de um conjunto de corpos semi-arredondados ou veis. Apresentam cor verde-escura a negra, estru- alongados e de diversos tamanhos, situados ao sul tura maciça e granulação grosseira, com textura da ZC de Afogados da Ingazeira e nordeste da Ba- granular tendendo para hipidiomórfica. Os princi- cia de Fátima, mapeados por Veiga Jr. & Ferreira pais minerais são biotita, hornblenda, diopsídio e (1990). Alguns destes corpos estão intrudidos em oligoclásio; existem tipos em que o plagioclásio ortognaisses mesoproterozóicos, são alongados e atinge quase 50% da rocha, e outros em que este estão balizados pela ZC Afogados da Ingazeira; mineral ocorre em pequena proporção, quando en- mostram-se foliados segundo esta cinemática trans- tão o piroxênio está presente. O retrometamorfismo corrente; apresentam pequeno destaque topográfi- é observável nessas rochas através da substituição co, cor cinza-claro e granulação fina a média. Apre- do piroxênio por biotita e hornblenda e desta por sentam como constituintes mineralógicos microcli- biotita. na, oligoclásio, quartzo e biotita e os seguintes aces-

Hornblenditos (Nd 1c) – Estas rochas são repre- sórios: titanita, apatita, zircão e opacos. Alguns des- sentadas por dois corpos subarrendondados situa- tes corpos foram datados por Silva et al. (1996). dos a oeste do açude Coremas (NE de Aguiar), en- Os demais corpos englobados também na sigla caixados em ortognaisses tonalíticos protomiloníti- Ng 1c apresentam composição petrográfica asse- cos, no contexto do Lineamento Patos. Apresentam melhada aos primeiros, sendo porém considera- cor verde-escura e são constituídos, quase exclusi- dos tardi a pós-transcorrência. O granitóide da ser- vamente, por hornblenda; apresentam granulação ra dos Pereiros apresenta-se porfirítico e com xenó- média. litos de rocha máfica, sendo constituído de quartzo, plagioclásio, K-feldspato (microclina e por vezes microclina + ortoclásio), biotita e hornblenda, além

2.5.6 Granitóides de Quimismo Indiscriminado (Ng1) de clorita e carbonatos como minerais secun- dários, mais os seguintes acessórios: allanita, zir-

Metagranitos microporfiríticos (Ng 1a) – São tipos cão, apatita, epidoto, titanita e opacos (magnetita). petrográficos homogêneos, róseos e grosseiros, lo- O corpo do serrote do Boqueirão possui granula- calmente com foliação protomilonítica, apresentan- ção média a grosseira (ineqüigranular) e como os do pórfiros feldspáticos transformados em porfiro- anteriores apresenta coloração cinza-esbranqui- clastos pela milonitização. Sua textura é xenomórfi- çado, sendo constituído pela seguinte assembléia ca granular com texturas cataclásticas mortar ou mineral: plagioclásio, quartzo, microclina, biotita, mesmo protomiloníticas, posicionando-se próximo hornblenda e minerais acessórios, podendo tam- a falhas. São constituídos por microlina, quartzo, bém conter magnetita.

–16– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

Finalmente, apresentam-se os batólitos de gra- corpos, localizado a nordeste da cidade de Itapo- nulação média, de coloração rósea a creme-es- ranga (PB), mostra uma estrutura circular com os branquiçada denominados por Santos & Vascon- mergulhos da foliação para o seu interior. Estão em celos (1977), como os granitóides de São João dos associação íntima com os dioritos potássicos des- Leites e Fátima, e respectivamente de serra do Mi- critos adiante. São orientados, têm cor cinza, grã nador e serra do Zusa-Saco-Oitis, por Melo & Gui- grosseira, destacando-se pórfiros euédricos de mi- marães (1995). Esses granitóides apresentam-se croclina com até 10cm de comprimento e estrutura formados por microclina, oligoclásio, quartzo e bio- zonada, devida a inclusões de biotita. Possuem tex- tita, contendo como acessórios: zircão, sericita, tura xenomórfica-granular e composição mineraló- clorita, apatita e allanita. gica dada pela associação de oligoclásio, raramen- Os granitóides que apresentamos como tardi a te andesina, hornblenda, biotita, quartzo e microcli- pós-transcorrência foram referenciados por Melo & na em proporções variáveis (Barriga, 1983). Guimarães (op. cit.) como plútons pós-tectônicos. Mariano (1989) demonstrou que o plúton de Itapo- Estes autores através de análises geoquímicas de ranga foi colocado diapiricamente segundo uma zona dezessete amostras demonstram que as mesmas de abertura do tipo pull-apart em zona de cisalhamento caem no campo das rochas calcialcalinas no dia- transcorrente. Este autor identificou três zonas litológi- grama AFM de Irving & Barragar (1971), e ainda cas no batólito; uma zona félsica porfirítica – constituída que nos diagramas discriminantes de ambientes de quartzo monzonito a (com megacristais de tectônicos de Pearce et al. (1984), os mesmos plo- feldspato potássico de até 10cm); uma zona híbrida – tam no campo dos granitóides intraplacas e no com alto grau de interação entre magmas monzodioríti- campo dos granitóides tardi-orogênicos no diagra- cos, monzoníticos e graníticos, e uma zona commin- ma R1 xR2 de La Roche com campos de Batchelor gling – máfica (diorito a monzodiorito) e félsica (granito a & Bowden (1985). quartzo monzonito). Enclaves, estruturas pillow e estro- máticas evidenciam que os magmas interagirameoci- salhamento promoveu a interação entre as duas câma- 2.5.7 Suíte Calcialcalina Brasiliana de Médio a ras magmáticas.

Alto Potássio (Ng2/Nd2) Outro grande batólito deste tipo é o batólito da serra da Lagoinha, estudado por Sobreira et al.

Dioritos potássicos (Nd 2) – Estas rochas apre- (1993) e Mariano (1994), que mostraram a existên- sentam granulação média-fina, sendo constituídas cia de quatro litofácies: a) fácies félsica porfirítica; de biotita, anfibólio e plagioclásio; situam-se no b) fácies potássico-diorítica; c) fácies híbrida; e d) prolongamento leste do batólito de Itaporanga e, fácies grosseira, de biotita monzonito a quartzo dio- segundo os estudos realizados por Mariano (1989), rito. Entre as fácies b,cedocorre uma complexa sugerem a coexistência de magmas diferenciados rede de veios onde uma íntima associação de ro- do mesmo evento. Trata-se de rochas dioríticas chas félsicas e máficas sugere coexistência de que apresentam textura, mineralogia e química magmas. Evidências petrográficas observadas por idêntica aos enclaves e diques máficos que ocor- Mariano (1989) nas fácies b e c indicam mudanças rem dentro do plutão de Itaporanga. Rochas seme- de temperatura e na composição química destes lhantes a estas ocorrem na região da serra Grande magmas, causadas possivelmente por pulsos do ao norte de S. José de Caiana (PB), intrudidos em magma máfico a intermediário, durante estágios xistos da unidade Mp2 do Complexo Piancó. distintos de cristalização do magma félsico. Sial (1981) classificou esses granitóides como Monzonitos e granitos porfiríticos (Ng 2a) – Distribu- em-se amplamente por toda a área, especialmente Grupo Potássico Calcialcalino, posicionados sin- nas bordas da Faixa Piancó-Alto Brígida (figura 2.2). tectonicamente à fase F2 de deformação. Posterior- Cortam os litótipos das várias unidades e são conhe- mente Sial (1984), identificou uma zonação geográ- cidos na literatura como tipo Itaporanga, de Almeida fica dos granitóides da região do Sistema de Do- et al. (1967). Formam corpos de dimensões batolíti- bramento ou Terreno Piancó-Alto Brígida, afirman- cas, desenvolvendo uma foliação magmática inter- do que aqueles do Tipo Itaporanga ocorrem nas na, segundo a qual se alinham os enclaves. Um dos margens deste cinturão de dobramento. Em 1987,

–17– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

20º

10º

30º

RECIFE

8º00'S

OS,

40ºW

AVUL-

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SÃO PAULO C

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M 20 30 40km

OS

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A

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50ºW N A

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R PESQUEIRA

E 10 BRASÍLIA A

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TO PAJEÚ: COM-

0

ARES E MET

60ºW

OS E INTRUSÕES

OS E ANFIBOLIT

MAPA DE SITUAÇÃO

OS E FILIT

70ºW

37º00'W

S

OS, XIST

ASSEDIMENT

ICA

ARCOVERDE

ASSEDIMENT

S

VATÁ E POÇOS DOS CACHORROS:

OGNAISSES, XIST

TEIXEIRA

PATOS

TRABÁ

/UL

S

ICA

S

PALMEIRA

OGNAISSES, MET

AR

37º30'W

EBÁ

S

CATINGUEIRA

CUSTÓDIA

SOLIDÃO

BR-232

Sto. ANTÔNIO

Patos

METALUMINOSA

INCLUINDO GRANITÓIDES E ROCHAS BÁSICAS

COMPLEXOS PIANCÓ: ORT

CANO-SEDIMENT COMPLEXOS RIACHO GRA COMPREENDEM SEQÜÊNCIAS MET

LITOLOGIAS DOS TERRENOS GRANJEIRO E AL PREENDEM ORT GRANÍTICA

GRANITÓIDES COM AFINIDADES TRONDHJEMÍTICAS OU ALCALINA

COMPLEXOS SALGUEIRO E CACHOEIRINHA, CONSTITUÍDOS DE METACONGLOMERADOS, QUARTZIT

MANAÍRA

38º00'W

38º00'W

PIANCO

TRIUNFO ento

TALHADA

SERRA Lineam

OLÓGICAS

ITAPORANGA

SÃO GONÇALO

CONCEIÇÃO

BERNARDO VIEIRA

O

2

BOM A

B NOME Í

A UNIDADES LIT

Á

R R

A A

P E C O MAGMÁTICO

JOSÉ

DO

S.

BELMONTE

CANA

AURORA

BRAVA

39º00'W

39º00'W

7º00'

SALGUEIRO

BREJO SANTO

Pernambuco BR-116

BR-318

AR PALEOZÓICA

AR CRETÁCICA

TINGUEIRA )

JUAZEIRO DO NORTE

BARBALHA

BRAVA

O C

Á Figura 2.2 – Mapa geológico simplificado do Cinturão de Dobramentos Piancó-Alto Brígida, NE do Brasil. U R Lineamento Fonte Sial (1984a, 1984b, 1986, 1987 e 1993). Foram inseridas novas unidades e efetuadas modificações. A B E M CABROBÓ

C A

CRATO N PE-80 R APORANGA) PE

-316

EXU

R

B

Cavalos Quandu

GRANITÓIDES CALCIALCALINOS COM EPIDOT (TIPO CONCEIÇÃO)

CORPOS PERALCALINOS E COM AFINIDADES PERALCALINAS GRANITÓIDES CALCIALCALINOS ENRIQUECIDOS EM K COBERTURA SEDIMENT (TIPOS TRIUNFO E CA (TIPO IT

COBERTURA SEDIMENT

N

BODOCÓ

8º00'S

Casé Quandu

Livramento Paulo

40º00'W

40º00'W

–18– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

o mesmo autor, estudou a fugacidade de oxigênio do batólito de Teixeira e ao stock de Palmeira (PB); nesses litótipos, e comparando com a baixa razão situam-se na região limítrofe entre os cinturões de inicial de 87Sr/86Sr indicou esses granitóides como dobramentos Pajeú-Paraíba e Piancó-Alto Brígida, do tipo “I”. Mariano & Sial (1993) classificaram es- intrudindo augen-ortognaisses (figura 2.2). Formam ses granitóides como Associação do Tipo Itaporan- relevo geralmente arrasado, devido ao elevado grau ga e identificaram distintos pulsos de magmas má- de intemperismo, e apresentam aspecto homogê- ficos a intermediários durante sua evolução petro- neo. Compreendem granodioritos leucocráticos, fa- genética, estudo de terras-raras, e os classificaram neríticos, com grã média a grosseira. São constituí- como pertencentes a um Arco Continental Calcioal- dos por plagioclásio, microclina e quartzo, tendo calino Normal. como acessórios biotita, muscovita, titanita, zircão e Granodioritos, quartzo dioritos e tonalitos com epidoto, conforme estudo petrográfico efetuado por epidoto magmático (Ng 2b) – Estes granitóides, co- Medeiros (1995) e Medeiros et al. (1995). nhecidos na literatura como do tipo Conceição (foto Granitóides de filiação alcalina metaluminosa

2.6), apresentam uma ampla distribuição geográfi- (Ng 3b) – Trata-se de monzonitos e granodioritos de ca e, provavelmente, são relacionados genetica- filiação alcalina metaluminosa que ocorrem no ba- mente aos granitóides do tipo Itaporanga, dos tólito de Solidão, identificado por Sial (1993), consi- quais diferem pela ausência de porfiroblastos, pe- derado originalmente como de afinidade shoshoní- raluminosidade elevada; não são ricos em potás- tica. Apresentam certa semelhança com aqueles sio, diferentes em termos de fugacidade de oxigê- do tipo Itaporanga, sendo constituído por quartzo, nio e razão isotópica de oxigênio, posicionam-se no plagioclásio, feldspato potássico, anfibólio (horn- interior da Faixa Piancó-Alto Brígida (figura 2.2). blenda) e clinopiroxênio verde, e como acessórios Em sua maioria não constituem corpos de gran- esfeno, biotita, allanita, apatita e zircão; essa fácies des dimensões. São do tipo circunscritos, desar- dominante apresenta granulação média a grossei- mônicos, desenvolvendo pequenas auréolas horn- ra, esporádicos fenocristais de K-feldspato, colora- félsicas nas encaixantes. Contêm enclaves mela- ção rósea a esbranquiçada, agregados ripiformes nocráticos, geralmente arredondados e com a de máficos e cristais avermelhados de esfeno. O mesma composição dos dioritos descritos (Ferrei- granitóide Solidão apresenta uma forma em cornue ra,1986). Essas rochas são calcioalcalinas e con- com uma terminação em calda, indicando movi- têm ilmenita e epidoto magmático. Possuem cor mento no sentido ENE, relativo ao cisalhamento cinza, são grossseiras e geralmente isotrópicas, dextral na sua borda norte e relacionado a estrutu- mas às vezes exibem tênue lineação. Apresentam ras D3 relativas à Orogênese Brasiliana. Ocorrem textura xenomórfica granular a hipidiomórfica, con- por vezes, xenólitos de xistos gnaissificados e de tendo quartzo, oligoclásio, restos de piroxênio, granitóides sin-tangenciais encaixantes e raramen- hornblenda, tremolita-actinolita, biotita, clorita e te enclaves máficos microgranulares. São comuns epidoto. Os acessórios são carbonato, zircão, tita- bolsões pegmatíticos, veios aplíticos e micrograni- nita, sericita, muscovita e apatita. Esses granitóides tos com clots máficos orientados. Segundo Araújo constituem o Grupo Calcialcalino, de Sial (1981). et al. (1996a) no setor SW o corpo de Solidão mos- Embora o epidoto primário sugira uma característi- tra um fabric magmático e suborizontalizado e con- ca de granitóides metaluminosos e a assinatura de cordante com a foliação da encaixante, ambas foli- isótopos de oxigênio seja típica daqueles do tipo ações mergulhando suavemente para o interior do “S”, a mineralogia, principalmente a titanita e o anfi- corpo. Para leste o fabric torna-se submagmático e bólio, direcionam para uma origem de granitóides em direção ao setor ENE sofre inflexão e evolui para do tipo “I”, segundo estudos de Sial (1987). um fabric formado no estado sólido paralelo à folia- ção subverticalizada, alcançando em condições de temperatura mais alta um proeminente fabric

2.5.8 Granitóides Tardi-Brasilianos (Ng3) SC. Os mesmos autores concluem que os vários fa- tores observados apontam para o sincronismo da

Granitóides de afinidades trondhjemítica (Ng 3a)– zona de cisalhamento com o alojamento e cristali- Compreende os litótipos situados na porção oeste zação daquele batólito (figura 2.2).

–19– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

2.5.9 Suíte Peralcalina Tardi a Pós-Brasiliana (Ng4) Diques sieníticos (ds) – Trata-se de um enxame de diques que cortam litótipos do batólito de Triunfo,

Sienitos Catingueira (Ng 4a) – São corpos relativa- bem como suas encaixantes supracrustais a oeste, mente pequenos situados na região de Catingueira norte e nordeste, e ainda os outros granitóides situa- (PB), no nordeste da Folha Serra Talhada. Estes dos a norte e nordeste (Ng 2b eMg 4). No âmbito do corpos são supersaturados em sílica e representa- batólito de Triunfo esses diques, embora sejam de dos por sienitos alcalifeldspáticos e granitos alca- composição sienítica, apresentam texturas e rela- lifeldspáticos. Trata-se de rochas mesocráticas de ções intrusivas diferentes daquelas do batólito, pos- leve foliação nas bordas, granulação fina ou média, suem granulação mais fina e exibem uma maior vari- eqüigranular e de cor rósea a cinza. São isótropos abilidade petrográfica e mineralógica. Nesse con- no centro e, por vezes, apresentam pórfiros aleató- texto, os diques são estreitos com até 20cm de lar- rios de feldspato potássico, bem como pequenos gura (Ferreira & Sial, 1987 e Ferreira et al.,1987). enclaves esverdeados, ricos em anfibólio, às vezes O enxame de diques encontrado nas supracrustais cloritizado. Alguns destes corpos são cortados por e granitóides ao norte e nordeste do batólito de Triunfo finos veios pegmatíticos. Apresentam textura hipi- são denominados diques de Manaíra-Princesa Isabel. diomórfica granular, constituída por uma assem- Consistem em cerca de cinco dezenas de diques sub- bléia mineral diversificada – ortoclásio ou microlina, paralelos, com orientação NE-SW, largura em torno de albita, augita ou aegerina-augita, arfvedsonita, rie- 10m e comprimento variando de poucos metros a 2km beckita, quartzo, biotita e acessórios. (em alguns locais atingindo 5km), por vezes apresen-

Sienitos Triunfo (Ng 4b) – Trata-se de rochas peral- tando destaque topográfico. Em alguns lugares ocor- calinas ultrapotássicas saturadas em sílica e repre- rem xenólitos angulares de granodiorito de até 2cm de sentadas principalmente por sienitos alcalifeldspá- diâmetro. São formados por rochas hipoabissais, ticos, tendo como destaque o batólito da serra da apresentam-se com mineralogia simples, consistindo Baixa Verde ou batólito de Triunfo, afora alguns ou- em feldspato potássico e minerais máficos tratan- tros pequenos corpos no sul da folha. Consistem do-se, portanto, de alcalifeldspato traquito (ou alcali- numa assembléia de sienitos e piroxenitos, estes feldspato sienito), sendo que algumas amostras pos- como inclusões co-magmáticas e sob a forma de suem bastante quartzo para serem classificadas diques sin-plutônicos tardios, segundo Ferreira como quartzo-alcalifeldspato sienito e quart- (1991). Essas rochas exibem a mesma composição zo-alcalifeldspato granito. Apresentam textura que va- mineralógica (clinopiroxênio, feldspato potássico, ria de afanítica, eqüigranular até ineqüigranular e mi- esfeno, apatita e magnetita), diferindo apenas nas croporfirítica, e cores cinza-esverdeado até marrom. proporções relativas. Estruturas primárias podem ser observadas, principalmente estruturas de fluxo, reconhecidas pela orientação linear e planar de pi- 2.6 Unidades Paleozóicas roxênios e feldspato potássico, e pelo alinhamento de enclaves piroxeníticos paralelos à lineação mi- 2.6.1 Bacia (Graben) de Iara (Îi) neral. Geralmente são eqüigranulares, de granulação Compreende sedimentos considerados de idade média, leucocráticos, porém algumas vezes apre- eo-cambriana e que ocorrem em pequeno graben sentam-se grosseiros e com cristais de microlina balizado por ramos do Lineamento Patos. Esta bacia de até 2cm. Ainda segundo Ferreira (op. cit.), estes corresponde ao Graben de Iara, constituída de con- litótipos são resultantes de dois magmas de mesma glomerados polimíticos, arenitos de granulação fina temperatura, porém imiscíveis durante a intrusão. a conglomerática, arenitos arcosianos e folhelhos As altas percentagem de LILE e dos isótopos de Sr roxos, além de agregados quartzo-feldspáticos sem e Nd destes magmas requerem derivação de uma orientação e sem cimento, tratando-se possivelmen- fonte mantélica enriquecida, como proposto para te de metavulcânicas. Ocorrem ainda clorita filitos outras províncias ultrapotássicas. Xenólitos de flo- esverdeados que parecem originar-se de sedimen- gopita piroxenito são considerados como fragmen- tos clásticos (siltitos e areias finas) e um membro tos desta fonte mantélica. muito micáceo, derivado de pelitos. Originalmente,

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Barbosa (1970) considerou esses metassedimentos quartzo e siltitos esverdeados. As estruturas sedi- como pertencentes ao Grupo Cachoeirinha, en- mentares presentes são plano-paralelas e cruzadas quanto os sedimentos clásticos (conglomerados, ar- planares de médio porte. Aflora na bacia sedimentar cóseos e folhelhos) foram considerados pertencen- de São José do Belmonte, na extremidade leste da tes à Formação Tacaratu (Siluro-Devoniano). Bacia do Araripe. Os contatos com as supracrustais Prado (1980) advogou uma possível origem vul- dobradas subjacentes são discordantes e muitas ve- cano-sedimentar ácida para algumas rochas. Fu- zes por falhas. Braun (1966) cita ocorrências de os- ros de sonda executados nesta pesquisa atraves- tracóides jurássicos nos arredores de São José do saram arenitos conglomeráticos, folhelhos e filito Belmonte, demonstrando a possibilidade de ocorre- cloritoso porfirítico, e nesses testemunhos verifi- rem outras formações na região, mapeadas como cou-se a presença de pirita e calcopirita, com mala- Formação Cariri. Os aspectos litológicos, aliados às quita em fraturas, contudo com fraca mineralização estratificações cruzadas de médio porte sugerem (abaixo de 0,2% Cu). que esses sedimentos foram depositados por fluxo de alta competência e que sistemas fluviais acanala- dos foram responsáveis pela sua deposição. 2.6.2 Bacia de Fátima - Formação Tacaratu (SDt) Ponte (1991) estudando a Bacia do Araripe, consi- derou que estes sedimentos grosseiros indicam que Ocorre na parte sudeste da Folha Serra Talhada, sua história geológica remonta ao Siluro-Devoniano. ao sul da cidade de Afogados da Ingazeira. Trata-se Essa seqüência faz-se presente na bacia, apenas por de um pacote de sedimentos denominados de For- remanescentes de sua parte basal, que formava ex- mação Tacaratu (Barbosa, 1970), também encon- tensa cobertura sobre vastas áreas do Nordeste. trados nas bacias Tucano Norte e Jatobá. Na borda leste da Bacia do Jatobá, apresentam um relevo bastante acidentado com encostas abruptas, ocor- 2.7 Unidades Mesozóicas rendo o mesmo comportamento na Bacia de Fátima. Litologicamente essa formação é constituída por 2.7.1 Bacia do Araripe - Formação Brejo Santo (Jb) conglomerados e arenitos grosseiros a médios. Na Bacia de Fátima a Formação Tacaratu apresenta O termo Brejo Santo é atributo a Gaspary & Anjos arenitos grosseiros a conglomeráticos, quase sem- (1964), sendo usado para designar a parte basal pre oxidados; observam-se estratificações cruza- da Formação Missão Velha, de Beurlen (1963). A das acanaladas e tabulares, típicas de um sistema Formação Brejo Santo repousa sobre a Formação fluvial braided. Localmente ocorrem níveis com re- Cariri ou sobre supracrustais dobradas. É compos- trabalhamento pelo vento. Essa unidade apresenta ta por siltitos laminados, verdes e vermelhos, com direções de paleocorrentes para nordeste. Ghigno- estreitos níveis de calcário e margas intercaladas, ne et al. (1986), propõem que a origem da fácies Ta- ambos contendo uma rica fauna de ostracóides caratu pertença ao domínio continental com carac- atribuídos a ambiente parálico. Aos litótipos citados terísticas de transporte torrencial. No entanto, Me- sobrepõem-se arenitos finos ou médios, micáceos, nezes Filho (1988), estudando as estruturas primá- bem selecionados e de cor cinza esverdeada. É rias, concluiu que os clásticos grosseiros indicam provável que o seu ambiente de sedimentação te- sedimentação continental a partir de um sistema nha se relacionado a uma bacia marinha restrita, fluvial entrelaçado (braided). desenvolvida durante o Jurássico.

2.6.3 Bacias do Araripe e de São José do 2.7.2 Bacias do Araripe e de S. J. do Belmonte- Belmonte - Formação Mauriti (SDm) Formação Missão Velha (Jm)

É constituída por arenitos grosseiros conglomeráti- O termo Formação Missão Velha foi definido por cos e conglomerados, com matriz arenosa, contendo Beurlen (1963) com abrangência muito ampla, sen- seixos e blocos de feldspato, rochas graníticas, do posteriormente restrito por Gaspary & Anjos

–21– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

(1964) e por Braun (1966). A litologia é composta rebaixadas e situadas junto aos interflúvios de pe- de arenitos grosseiros mal selecionados, de colora- quenos cursos d’água. Essas coberturas ter- ção branca ou amarela, com estratificações cruza- ciárias, apresentam espessuras reduzidas, sendo das e leitos conglomeráticos. Nas boas exposições constituídas por areia fina a média, argilas e, local- observam-se superposições de ciclos deposicio- mente, blocos de arenitos com cangas e níveis de nais fluviais granodecrescentes, com arenitos con- cascalho. Possivelmente trata-se de coberturas glomeráticos na base e leitos delgados de arenitos lateríticas que foram erodidas. finos, argilosos e sílticos avermelhados no topo. Nos leitos conglomeráticos é comum a ocorrência de troncos silicificados. Segundo Ponte & Appi 2.8.2 Aluviões (Qa) (1990) a Formação Missão Velha foi encontrada com espessura de 187m. Essa formação, também Na Folha Serra Talhada, à semelhança do que atribuída ao Jurássico, repousa sobre a Formação ocorre em quase toda região semi-árida, as alu- Brejo Santo em contato normal e gradacional. viões geralmente são de pequeno porte, com exce- ção daquelas situadas ao longo das drenagens de maior expressão. Destacam-se as aluviões do rio 2.8 Unidades Cenozóicas Piancó e seus principais afluentes: riachos Croatá e Oitis. Na porção sul encontram-se as aluviões da A Folha Serra Talhada apresenta uma baixa taxa bacia do rio Pajeú, enquanto no extremo-oeste es- de coberturas tércio-quaternárias, cerca de 5% de tão situadas as aluviões do riacho São Cristovão, toda a folha. que drena a Bacia de São José do Belmonte, e as aluviões do riacho dos Porcos na Bacia do Araripe. Estas aluviões cartografáveis são constituídas por 2.8.1 Coberturas Detrítico-Lateríticas (Tc) lençóis de areias de granulações variáveis, por ve- zes com estratificação cruzada, e por sedimentos Ocorrem sob a forma de manchas localizadas no finos, onde os rios apresentam maior planície de leste e no sudoeste da folha, tratando-se de áreas inundação.

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3

GEOLOGIA ESTRUTURAL E GEOTECTÔNICA

3.1 Domínios Tectônicos (também chamada de Faixa Cachoeirinha-Salguei- ro). Finalmente, na parte leste-sudeste da folha en- Em uma macroanálise da Carta Geológica da Fo- contra-se a porção representante do Terreno Alto lha Serra Talhada, verifica-se que o arcabouço re- Pajeú, onde observa-se uma significativa presença gional reflete uma grande mobilidade tectônica de ortognaisses mesoproterozóicos e intrusivas proterozóica. O modelado atual foi implantado atra- graníticas neoproterozóicas (figura 3.1). vés de um regime de caráter dúctil transcorrente, que culminou com a implantação das zonas de ci- salhamento transcorrentes (ZCTs), as quais, por 3.1.2 Descrição Estrutural por Compartimento vezes, constituem limites aos domínios tectônicos. O Terreno Granjeiro compreende na Folha Ser- ra Talhada uma estreita faixa leste-oeste que si- 3.1.1 Compartimentos Estruturais tua-se no extremo-norte da folha e apresenta ca- racterísticas estruturais modeladas, quase que Na Folha Serra Talhada, além das coberturas exclusivamente, pela zona de cisalhamento do plataformais paleozóicas e mesozóicas que com- Lineamento Patos. preendem as bacias de Iara, Fátima, São José do Os tipos litológicos existentes pertencem aos Belmonte e Araripe, observa-se a presença de qua- complexos Caicó e Serra dos Quintos, os quais tro domínios ou terrenos tectono-estratigráficos, li- apresentam a predominância de fortes mergulhos mitados por zonas de cisalhamentos. Nas porções e presença de lineações de estiramento suborizon- norte e centro-norte situam-se os terrenos Granjeiro tais. Ocorre também a presença de alguns dobra- e Piancó, delimitados entre si pelo denominado Li- mentos paralelos à direção do cisalhamento e com neamento de Patos. Na região central, e com ampla planos axiais verticais e subverticais. distribuição na folha, encontram-se complexos me- O Terreno Piancó está limitado ao norte pelo Linea- tassedimentares e metavulcano-sedimentares que mento Patos e domina a porção centro-norte da folha; constituem o Terreno ou Faixa Piancó-Alto Brígida engloba o arcabouço tectônico denominado de Nappe

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39º00' 37º30' 7º30' mento oblíquo. Segundo Campos Neto et al. I (1994a), estas faixas miloníticas sinistrais antece- dem as grandes faixas miloníticas dextrais; as- sociadas às primeiras ocorrem rampas frontais A para sudoeste, como observa-se a leste de Itapo- ranga e ao sul de Bonito de Santa Fé. Também ocorrem zonas de caráter transtensivo que alter- A nam-se em locais de encurvamento das zonas de B F cisalhamento, como verifica-se ao sul de Piancó. 8º00' Relacionados aos longos domínios transpressivos dextrais verifica-se a existência de cavalgamentos Coberturas Plataformais Litificadas oblíquos para nordeste, tais como na região de Ca- Bacias: Iara (I), Fátima (F), choeirinha - Vazante e a leste de Curral Velho. Araripe (A), S.José do Belmonte (B). O Terreno Piancó-Alto Brígida é a compartimen- Terreno tação tectônica de maior distribuição superficial na Granjeiro Folha Serra Talhada. Contorna a Nappe de Piancó e está limitada a sudoeste pela Bacia Sedimentar Piancó de São José do Belmonte, e ao sul pelas ZCs de Santa Cruz e Jurú-Belém; estando constituída pe- Piancó-Alto Brígida los complexos metassedimentares e metavulca- Pajeú-Paraíba no-sedimentares com forte presença de granitói- (Alto Pajeú) des intrusivos da suíte calcialcalina neoproterozói- Figura 3.1 – Compartimentação tectônica ca. No ambiente dos metassedimentos a foliação da Folha SB.24-Z-C. S1 que por vezes pode ser observada em certos lo- cais está paralela à estratificação plano-paralela da de Piancó, já referenciado, e compreende o pacote me- deposição original, sendo que ocorrem também tassedimentar denominado neste relatório de Comple- estruturas sedimentares que definem uma seqüên- xo Piancó, bem como ortognaisses mesoproterozóicos cia turbidítica. Os metassedimentos sofreram pe- e granitóides neoproterozóicos (Gomes,1997). quena influência dos movimentos tangenciais para A foliação reliquiar S1 nesse terreno foi substituída, sudeste, verificando-se apenas dobramentos nor- sendo observados eixos de dobras B2 com orienta- mais com foliações S2 encurvadas, com planos ção NE-SW, com fracos caimentos e por vezes reori- axiais S3. Observa-se ainda nos metassedimentos entados na direção NW de transporte, devido aos en- a presença de cavalgamento oblíquo para nordes- curvamentos por dobras em bainha. Muitas vezes te, como ocorre a leste de Pedra Branca. dobras intrafoliais são observadas com essas dire- O ambiente metavulcano-sedimentar apresen- ções. Fatias crustais mais profundas, que chegam à ta-se altamente dobrado e cisalhado, com presen- anatexia, são transportadas e se dispõem em um pa- ça de dobramentos regionais de 2ª geração com drão metamórfico invertido, devido aos sistemas in- planos axiais de clivagem S2, por vezes recumben- ternos de cavalgamentos, que ocorreram durante a tes, denunciando vergências para sudeste, relati- Orogênese Cariris Velhos, designação proposta por vas aos movimentos tangenciais Cariris Velhos; Brito Neves et al. (1996) para os eventos litogenéticos ocorrem também, em alguns locais, vergências e colisionais desde o Mesoproterozóico Superior (ca. que podem indicar a ocorrência de movimentos 1.100Ma) até o início do Neoproterozóico (ca. tangenciais posteriores para noroeste ou inversão 950Ma.), que antecedem aos eventos do Neoprote- de mergulhos. Neste terreno, os indícios de movi- rozóico, pós ca. 750Ma da Orogênese Brasiliana. mentos transpressivos para nordeste ou para su- Durante a Orogênese Brasiliana ocorreram movi- deste, relacionados às zonas de cisalhamento si- mentos de cisalhamento transcorrentes; as primei- nistrais e dextrais, estão bem expostos neste con- ras movimentações foram de caráter sinistral, exis- texto metavulcano-sedimentar, principalmente na tindo evidências de transpressão com cavalga- região entre Belém, Manaíra, Luanda e Umbuzeiro.

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(A) Representando a Faixa de Dobramentos Pajeú- C Paraíba, que foi recentemente desmembrada por Santos (1996) em Terrenos Alto Pajeú e Alto Moxo- tó, encontra-se na região sudeste da Folha Serra S Talhada, litótipos do Terreno Alto Pajeú. A unidade mais antiga, Complexo Metaplutônico Indiscrimina- do, apresenta ao sul da ZC Afogados da Ingazeira, juntamente com os litótipos dos complexos Sertâ- T nia e São Caetano, com vergência para sudeste, re- (B) lacionada ao tectonismo tangencial Cariris Velhos. O modelado atual desse terreno foi implantado no evento brasiliano, de caráter transcorrente, onde zonas de cisalhamento sinistrais e com direção (C) NE-SW foram também responsáveis por estruturas C' transpressivas e rampas frontais para sudoeste. (D) A deformação mais antiga acha-se impressa nos ortognaisses do Complexo Metaplutônico Indiscrimi- (E) nado, como um bandamento gnáissico de alto grau C' (Sn). Os metassedimentos dos complexos Sertânia e São Caetano e os gnaisses mesoproterozóicos que Figura 3.2 – Resumo dos principais critérios cinemáti- os intrudem (além do Complexo Metaplutônico Indis- cos. (A) Superfície S/C em micaxistos; (B) Augen criminado), foram afetados de um modo geral pelo assimétricos, microjuntas de extensão - T, Estruturas tectonismo tangencial já mencionado, o qual é inter- em delta sigma; (C) Shear Bands ou C’; (D) Boudinage pretado, segundo Veiga Jr. & Ferreira (1990), a partir assimétrica S/C (E) Boudinage assimétrica com C’. de foliações de baixo ângulo, de caráter penetrativo, Fonte: Veiga Jr. & Ferreira (1990). associados a critérios cinemáticos (Lx) tais como su- perfícies S/C, boudins rotacionados e assimétricos, “mica fish” e estruturas delta e sigma, observadas NNW S nas orto e paraderivadas de rake geralmente forte (fi- 1+2 SSE gura 3.2). Pelo menos duas fases de deformação es- tão relacionadas a esse tectonismo; a fase D éca- 1 S racterizada por uma xistosidade ou discreto banda- 2 ou S mento composicional (S1), truncando em baixo ân- 1+2 gulo o acamamento (S ); em outros locais observa-se 0 (A) um ângulo com S2 e, excepcionalmente verificam-se dobras F2 afetando S0 já com foliação paralela (S0 + Figura 3.3 – Ortognaisse leucogranítico intrudindo nos S1). Nesses últimos casos, D2 será uma foliação de micaxistos e paragnaisses. Foliação do ortognaisse crenulação pouco espaçada que evolui até a trans- concordande com o fabric S1+2 do paragnaisse. posição; ainda associada a D2, ocorre lineação de in- Fonte: Veiga Jr. & Ferreira (1990). terseção (S1/S2), rods de quartzo e eixos de minido- bras. Em geral, nos afloramentos dos complexos Ser- ra domina a fácies anfibolito baixo a médio, por ve- tânia e São Caetano observa-se, um plano composto zes com presença de porfiroblastos de cordierita e S1 +S2 (constituído por quartzo, biotita, plagioclásio sillimanita, indicando condições de metamorfismo ± sillimanita) ao qual se associam os indicadores cine- mais alto. A sul da ZC Afogados da Ingazeira os fe- máticos mencionados (figura 3.3). nômenos de migmatização podem ser explicados A variação regional de grau metamórfico, possi- pelo empilhamento de nappes. Como testemunho velmente está relacionada à deformação D1 +D2. da cinemática do Evento Brasiliano ocorre a defor- Entre o limite NNW desse terreno (ZCs de Ju- mação D3, que inclui dobramentos e zonas de cisa- rú-Belém e Stª Cruz)eaZCdeAfogados da Ingazei- lhamento, aos quais se associam granitóides sin,

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tardi e pós-tectônicos. Esse evento redobrou e refoli- mente, condicionaram a implantação das bacias de ou as estruturas anteriores, modificando a estrutura Fátima, São José do Belmonte e Araripe. Segundo original de S1 +S2. Esses dobramentos têm plano Campos Neto et al. (1994a), no Cambriano Superior axial verticalizado a levemente inclinado e variam de ocorreu a transição entre o ambiente compressivo abertos a apertados com eixos suborizontais. O fa- colisional do Cinturão Transpressivo, de cisalhamen- bric D3 inclui clivagem espaçada (S3) e lineações de to dúctil-rúptil dextral, Patos-Floresta e a distensão crenulação (Lb3), bem como lineações minerais e in- pós-orogênica. Predominam as estruturas distensi- dicadores cinemáticos de baixo rake (figura 3.4). vas, de fraturamento T noroeste, remanescente de Como plano-axiais de F3, ocorrem mobilizados peg- tensores do período colisional, seguindo-se uma mi- matóides que apresentam boudinage assimétrica gração horária na orientação da direção trativa, de no plano horizontal, os quais, em concordância com NE-SW para SE-NW, gerando fraturas anti-Riedel NE o paralelismo dos elementos lineares (Lx/Lb) permi- que foram preenchidas pelos diques ultrapotássicos. tem relacionar esses dobramentos às transcorrênci- Ocorreram: reativação dos tensores e uma nova reo- as. Estruturas menores, shear bands e kinks, afetam rientação da direção trativa, surgindo as falhas nor- a foliação S3 e superfícies pretéritas. Possivelmente mais na direção NE e um intenso fraturamento. trata-se de variações de taxa de strain/deslocamen- to das deformações D3, ou são eventos posteriores (D4) e de pouca penetratividade. No Terreno Alto Pa- 3.1.3 Geocronologia e Geotectônica jeú ressalta-se a presença de estruturas de regime dúctil-rúptil, como pseudotaquilitos e fraturas exten- A Província Borborema (PB) apresenta uma evo- sionais sigmóides preenchidas por quartzo, em coe- lução geotectônica bastante complexa, tendo sido rência cinemática com as transcorrências e, ainda, caracterizada ao norte do Lineamento Patos por um observa-se evidência de reativação da ZC Afoga- embasamento paleoproterozóico, enquanto que, dos da Ingazeira em regime rúptil, com catáclase ao sul do mesmo, estudos recentes indicam a cola- associada e estrias que indicam falhamentos exten- gem de terrenos à margem norte do Cráton do São sionais. Francisco, principalmente durante os eventos Cari- Nos terrenos Piancó-Alto Brígida e Alto Pajeú, fa- ris Velhos e Brasiliano. lhas e fraturas na direção NE-SW e em menor intensi- Conforme as tabelas 3.1, 3.2 e 3.3, a Folha Serra dade NW-SE, sucedem as deformações dúcteis. Talhada dispõe de datações radiométricas pelos Destacam-se as falhas normais, as quais, provavel- métodos K/Ar, Rb/Sr, U/Pb, Ar/Ar e Pb/Pb, as quais são principalmente de rochas graníticas, sienitos, S ortognaisses, metavulcânicas ácidas, xistos e 3 quartzito. Essas datações, juntamente com os estu- S1+2 dos petrológicos, de metamorfismo e estruturais, têm proporcionado um aumento considerável de informações geológicas e tectônicas da região S 0 onde está inserida a área objeto desta nota explica- tiva, bem como permitido um avanço nas interpre- tações de modelos geotectônicos. W Os registros do Evento Cariris Velhos (CV) se es- tendem preferencialmente ao sul do Lineamento Patos, entre 1.200Ma e 950Ma, e compreendem a interação de placas litosféricas, incluindo diver- gências e convergências. As rochas plutônicas e vulcano-sedimentares geradas nesse evento apre- sentam protólitos de idade mesoproterozóica. Brito Figura 3.4 – Padrão de interferência entre F eF . O plunge Neves et al., (1996), caracterizam uma proposta 3 1+2 afirmando que todo o Sistema Pajeú-Paraíba, bem dos eixos F1+2 pode ser forte, enquanto F3 é sempre suave. Fonte: Veiga Jr. & Ferreira (1990). como a Faixa Piancó-Alto Brígida, que correspon-

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Tabela 3.1 – Dados Geocronológicos: Folha Serra Talhada 1:250.000. Nº de Nº de Nº de Material Localização em Rocha Idade (Ma) Unidade estratigráfica ordem campo/referência laboratório analisado UTM 543750 mE Ng a 1 PV-78-PB-C 603 Biotita Granito hb 532± 16 2 9137000 mN Granito Itaporanga 594750 mE Ng b 2 GRS 2410 Sienito RT 543± 15 4 9125250 mN Sienito Triunfo 592500 mE 3 OB-T-17 278 Granito bt 547± 16 Mg 9203500 mN 4 539250 mE Pg 4 PV-104-RN 623 Granito px 1.220± 220 1 9215000 mN Ortognaisse tonalítico 5395000 mE Ng a 5 0B-P64 338 Granito bt 537± 16 2 9135500 Granito Itaporanga Ferreira, V.P. 587500 mE Ng b 6 –– Sienito fd 575± 23 4 1991 9124500 mN Sienito Triunfo Ferreira, V.P. 588500 mE Ng b 7 –– Sienito af 610± 24 4 1991 9130750 mN Sienito Triunfo 539500 mE Mrg 8 ERB –– Basalto RT 173 9135500 mN Complexo Riacho Gravatá 608750 mE Msc 9 –– –– Muscovita xisto RT 675± 10 2118500 mN Complexo São Caetano Ferreira, V.P. 607500 mE Ng b 10 –– Feldspato sienito fd 526,84± 8,55 4 1991 9136000 mN Sienito Triunfo Mariano, G. 527750 mE Ng a 11 –– Biotita granito RT 561,83± 10,42 2 1989 9143000 mN Granito Itaporanga Método K/Ar hb - hornblenda bt - biotita fd - feldspato RT - Rocha Total px - piroxênio af - anfibólio

Tabela 3.2 – Dados Geocronológicos: Folha Serra Talhada 1:250.000. Idade Nº de Nº de Nº de Localização em Rocha Material convencional Unidade estratigráfica ordem campo/referência laboratório UTM (Ma) 561000 mE Msq Complexo 12 Mh - 110D 4303 Quartzito RT 1.399± 35 92245000 mN Serra dos Quintos (Piaus) Metavulcânicas 601500 mE Mp Complexo 13 –– RT 950± 7 Brito Neves et al. 1996 ácidas 9166500 mN Poço dos Cachorros Granito monzonítico 596500 mE Ng 14 Mariano G. 1989 –– RT 619± 21,7 2 porfirítico 9196750 mN Granito Itaporanga V.P. 590000 mE Ng 15 –– Sienito RT 583± 12 4 Ferreira 1991 9133250 mN Sienito Triunfo Brito Neves, 655750 mE Mg Biotita 16 –– Ortognaisse RT 973,5± 16 4 Geocronol USP 9178000 mN augen-ortognaisse Método Rb/Sr RT - Rocha Total

Tabela 3.3 – Dados Geocronológicos: Folha Serra Talhada 1:250.000. Nº de Nº de Localização em Rocha Material Idade (Ma) Unidade Estratigráfica ordem campo/referência UTM (Piaus) 601250 mE Mpc Complexo 17 Metarriolito zr 1.070± 30 B. Neves et al. 1996 9166750 mN Poço dos Cachorros (Manaíra) 589000 mE Mrg Complexo 18 Xisto biolítico zr 1.126± 16 B. Neves et al. 1996 9155250 mN Riacho Gravatá Método U/Pb zr - zircão

Nº de Nº de Localização em Rocha Material Idade (Ma) Unidade estratigráfica ordem campo/referência UTM 594500 mE Ng a 19 Mariano, G. 1989 Granito hb 584± 5,5 2 9194250 mN Granito Itaporanga 594500 mE Ng a 20 Mariano, G. 1989 Granito bt 540± 4,7 6 9194250 mN Granito Itaporanga Método Ar/Ar hb - hornblenda bt - biotita

Nº de Nº de Localização em Rocha Material Idade (Ma) Unidade Estratigráfica ordem campo/referência UTM (Afogados da Ingazeira) 651.000 mE Complexo Metaplutônico 21 Monzogranito foliado zr 1.969± 29 Silva et al., 1996 9142.250 mN Indiscriminado Método Evaporação de Chumbo zr - zircão

–27– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

dem à Zona Transversal, foram submetidos aos mo e granitização sin-cinemática (figura 3.5). Segundo processos orogenéticos Cariris Velhos e defendem Brito Neves (1983) seguiram-se ainda dois eventos de- de forma comedida o CV como marco de constru- marcados pela geocronologia: há 540 ± 30Ma ocorreu ção orogenética no domínio da Zona Transversal, o evento termotectônico tardio, com instalação de inú- parte norte da Zona de Dobramento Riacho do Pon- meros corpos graníticos e sienitos circunscritos, e movi- tal e a porção ocidental do Maciço/Terreno PE-AL. mentação ao longo dos lineamentos e falhas profundas; A discriminação do evento CV e sua retomada em e, finalmente, entre 510 e 460Ma, deu-se o surgimento eventos subseqüentes do Neoproterozóico atesta gradativo da região dobrada e incorporação da mesma o caráter policíclico das faixas móveis. à plataforma brasileira. O Evento Brasiliano, responsável pelo modelado Na tese de livre docência na USP, Brito Neves atual de toda a Província Borborema, está caracte- (1983), revê os conceitos e metodologias usados na rizado na Folha Serra Talhada por datações em tor- concepção do Mapa Geológico do Nordeste Orien- no de 750-550 Ma; pela implantação de um regime tal, efetua uma síntese histórica da documentação dúctil-rúptil transpressivo e profusão de um pluto- cartográfica geológica do Nordeste e ainda executa nismo calcialcalino, concluindo com um regime uma análise do mapa de integração apresentado, distensivo e instalação de uma suíte peralcalina no que contém a Província Borborema e partes das pro- Cambriano. víncias confinantes. Na análise efetuada, o autor dis- A fim de fornecer uma visão global da evolução criminou cinco principais elementos geológicos na geotectônica da Província Borborema, e em especial Borborema, sendo, os dois primeiros, os tipos de ter- do Domínio da Zona Transversal, onde situa-se a Fo- renos pré-cambrianos sem conotação geotectônica: lha Serra Talhada, apresenta-se a seguir os principais a) terrenos gnáissico-migmatítico-graníticos; modelos do pensamento geocientífico na província. b) terrenos metassedimentares e metavulcano- sedimentares ou cinturões metamórficos; c) lineamentos ou geofraturas são marcados 3.2 Principais Modelos da Evolução Geotectônica pela linearidade e por vezes delimitam os tipos de terreno acima assinalados; Segundo Brito Neves (1975), o estudo geotectônico d) rochas magmáticas apresentam alta expressi- realizado na região permitia considerá-la como o pro- vidade no mapa geológico, principalmente as lito- duto de tectogênese final do Pré-Cambriano, de “uma logias graníticas e afins; região geossinclinal em mosaico entre as porções cra- e) as coberturas da Província Borborema estão tônicas do São Francisco, ao sul, e São Luís/Gurupi, ao esparsamente distribuídas e representam marcos norte. O autor dividiu a região do Pré-Cambriano nor- de importantes eventos da evolução geológica, des- destino em faixas de dobramentos e maciços, relacio- de o Pré-Cambriano até o Cenozóico, e muitas ve- nados a seguir: faixas de dobramentos Sergipana, Ria- zes refletem descontinuidades do embasamento. cho do Pontal, Pajeú-Paraíba, Piancó-Alto Brígida e Se- Com base no conceito dos elementos geológicos ridó e a região do Médio Coreaú. Foram individualiza- principais, o autor propôs para a Província dos cinco maciços medianos: PE-AL (de maior exten- Borborema uma subdivisão territorial em cinco do- são areal), Rio Piranhas, Tróia, Santa Quitéria e Granja, e mínios, utilizando fundamentos geológicos, os quais a Zona Geoanticlinal de Teixeira. O autor considerou o também refletem aspectos geotectônicos, magnéti- Ciclo Transamazônico (2.000 ± 200Ma) como etapa cos, metalogenéticos etc. Trata-se de um arranjo si- principal de cratonização do embasamento da região métrico dos domínios geológicos, conforme obser- dobrada, incluindo os núcleos cratônicos que a delimi- va-se no mapa condensado na figura 3.6. Nesse tam e os maciços medianos, e destacou alguns even- contexto, a Folha Serra Talhada situa-se principal- tos posteriores. Uma importante etapa termotectônica mente no Domínio Central, e pequena porção no Do- regional há 1.100 ± 150Ma, salientada por rejuvenesci- mínio Centro-Oriental. mento isotópico nos maciços medianos é considerada Jardim de Sá et al. (1992), em trabalho publicado como de provável instalação da região geossinclinal. na Revista Brasileira de Geociências, intitulado Em 650 ± 30Ma, teria ocorrido a etapa principal de tec- “Terrenos Proterozóicos na Província Borborema e togênese brasiliana, fecho do dobramento, metamorfis- a Margem Norte do Cráton do São Francisco”, fa-

–28– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

42ºW 40ºW P R O Parnaíba V h Í N F C I h A Fortaleza 38ºW 4ºS E C O S T D E 36ºW g I R A f

Natal

6ºS A B

Í C B

A N

R B A João Pessoa P 44ºW A 8ºS I d C b N Recife Í c V O A R P A G

CRÁTON DO S. FRANCISCO Maceió 10ºS a

Aracaju

Sistemas de Dobramentos Maciços Gnáissico - Migmatítico - Graníticos

Marginais a) Sergipano h) Médio Coreaú Convencionais Interiores A - Pernambuco - Alagoas c) Riacho do Pontal B - B' - Caldas Brandão - São José do Campestre C - Rio Piranhas d) Piancó – Alto Brígida D - Tróia - Tauá e) Seridó E - Santa Quitéria F - Granja b) Pajeú – Paraíba G - Marginal do Cráton do São Francisco Vestigiais f) Jaguaribeano g) Rio Curú – Independência

Folha Serra Talhada

Figura 3.5 – Elementos geológicos da Província Borborema. Fonte: Brito Neves (1983).

–29– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

42ºW 41ºW 38ºW 3ºS I

P R O V 35ºW Í N C 5ºS III a I ARNAÍBA A C O S T E I R

A Va

7ºS PROVÍNCIA P b Vb IV

Vc f IV 35ºW 9ºS II II a PROVÍNCIA e CRÁTON DO c SÃO FRANCISCO d II b 11ºS

Folha Serra Talhada

I – Domínio Rio Coreaú SISTEMAS BACIAS SEDIMENTARES II – Domínio Sergipano CONVENCIONAIS PROVÍNCIA PARNAÍBA V – Domínio Central ()OROGENIC BELTS PROVÍNCIA COSTEIRA Va – Seridó a – Apodi ou Potiguar Vb – Piancó - Alto Brígida b – Saliente Oriental Vc – Riacho Pontal - Rio Preto c – Sergipe - Alagoas d – Tucano Sul e – Tucano Centro III – Domínio Jaguaribeano SISTEMAS f – Jatobá IV – Domínio Centro - Oriental VESTIGIAIS E MACIÇOS

Figura 3.6 – Domínios geológicos da Província Borborema. Fonte: Brito Neves (1983).

–30– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

zem uma revisão das concepções aventadas por to-verde a fácies anfibolito, com visível associação com vários autores acerca da Província Borborema. maciços granitóides e zonas de cisalhamento. A boa Lembram que a noção clássica de uma extensa re- quantidade de informações acerca de ortognaisses gião geossinclinal neoproterozóica na província, com idades de 1,0Ga e 2,0Ga, relacionados a contex- deformada durante o Ciclo Brasiliano, havia sido tos com deformações tangenciais, em diferentes locais, postulada nos trabalhos de Almeida (1967), Almei- com a conotação de suítes orogenéticas e com o su- da et al. (1977) e Brito Neves (1975 e 1983); com porte adicional de estudos geoquímicos, levou os auto- ocorrência de sistemas de empurrões com vergên- res à interpretação de um contexto policíclico para as cia para o Cráton do São Francisco. Os autores re- metaplutônicas e supracrustais encaixantes. Os auto- cordam que nos anos seguintes pesquisas estrutu- res também afirmam que além das feições cronoestrati- rais e radiométricas conduziram ao questionamen- gráficas e deformacionais contrastantes entre as faixas to sobre o papel do Ciclo Brasiliano na Província supracrustais, a idade do embasamento de alto grau Borborema, como gerador ou retrabalhando dife- pode diferir entre setores distintos da Província Borbo- rentes faixas supracrustais. Por conseguinte, pro- rema e lembram que a existência de suítes TTG de ida- curou-se distingüir faixas com evolução monocícli- de arqueana (2,7 - 2,5Ga), ocorrem em lugares distintos ca brasiliana (ex. Faixa Sergipana) daquelas com da província. Finalmente, concluem que os dados dis- registro de estruturas de um ciclo prévio. Jardim de poníveis são sugestivos de que, em lugar de uma litos- Sá et al. (op. cit.), concluem que muitos argumentos fera continental contínua, a Província Borborema é bas- conduziram a proposição de uma evolução policí- tante heterogênea e se compõe de terrenos (domínios clica transamazônica-brasiliana para a Faixa Seri- etc.) de evolução distinta, que apresentam retrabalha- dó e outras seqüências julgadas correlatas e lem- mento e acresção magmática brasiliana. bram que outros autores defenderam uma evolu- Concluindo o trabalho, os autores levantam duas ção monocíclica brasiliana. questões para discussão: se ocorreram suturas pro- Considerando que a Folha Serra Talhada encontra- terozóicas na Província Borborema (?) e qual o con- se no contexto da porção central da Província Borbore- texto geodinâmico dos terrenos pré-brasilianos na ma, é importante verificar que os autores discutem esta Província Borborema (?). Os trabalhos de detalhe região com um questionamento bastante pertinente: se efetuados no continente africano permitem avaliar teria ocorrido acresção de terrenos ou existiu uma litos- que a zona de sutura pan-africana, localizada a leste fera continental única durante o Proterozóico. As pes- do Cráton Oeste Africano deve-se prolongar no Bra- quisas desenvolvidas nesse amplo setor, ao norte do Li- sil, encoberta pelos sedimentos da Bacia do Parnaí- neamento Pernambuco, têm conduzido à interpretação ba. Quanto à porção central da Província Borbore- de que o Ciclo Brasiliano caracterizou-se pelo estabele- ma, surgem várias questões. Qual o significado da cimento (ou a simples deformação ?) de uma faixa com tectônica transcorrente que apresenta continuidade feições ensiálicas (caso da Faixa Orós), pela adição de na África? Seria ela relacionada a escoamento late- magmas juvenis (provavelmente mais significante na ral (escape tectônico), tardio à colisão dos escudos crosta inferior), especialmente pelo retrabalhamento de do Hoggar/Nigéria/Borborema com o Cráton Oeste unidades e terrenos mais antigos. Por outro lado, obte- Africano/São Luís? Ou a resultante de convergência ve-se evidências compatíveis com uma litosfera conti- oblíqua dessas placas? Ou ambos os fenômenos fo- nental formada por blocos distintos (terrenos suspeitos ram contínuos no tempo? Se a aglutinação de terre- ou alóctones?), cuja amalgamação pode ter ocorrido no nos se deu durante o Ciclo Brasiliano, envolvendo Ciclo Brasiliano e/ou creditada a evento(s) pré-brasilia- movimentos transcorrentes/transformantes, algu- no (s). No setor delimitado entre o Lineamento Pernam- mas das grandes zonas de cisalhamento na Provín- buco e a região central do Ceará, o Ciclo Brasiliano tem cia Borborema são candidatas a representarem zo- a sua melhor expressão no plutonismo granitóide con- nas de sutura, principalmente aquelas associadas a temporâneo ao sistema de cisalhamentos transcorren- anomalias gravimétricas demarcadas por corpos tes e zonas transpressivas com predominância de cine- máfico-ultramáficos e separando setores com geo- mática dextral, fato esse claramente observado na Fo- logia/geocronologia contrastantes. Quanto à história lha Serra Talhada. Por sua vez, o metamorfismo brasilia- pré-brasiliana, parece haver continuidade evolutiva no é, em geral, de pressões baixas e varia da fácies xis- entre as suítes magmáticas datadas ca. 2,0-1,9Ga e

–31– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

aquelas 1,8-1,7Ga Por outro lado, quanto às se- blocos situados entre as ZCs de Patos e Pernambuco, qüências 1,2-1,0Ga, resta definir se o atual nível o arranjo dominó (figuras 3.7 e 3.8). O modelo dominó crustal desses terrenos orogênicos já apresentava proposto é corroborado pelos dados estruturais relati- feições de intensa deformação tangencial (± alto vos ao alojamento de alguns plútons brasilianos. Nas grau metamórfico) em tempos pré-brasilianos ou se funções dos cisalhamentos NE e E-W, o modelo domi- representavam faixas intracontinentais afetadas por nó prevê a abertura de espaços e a formação de cu- processos orogênicos de menor importância. nhas transtracionais, adequadas para entrada e aloja- Em sua tese de doutorado em 1994, Jardim de Sá mento de magmas. fez reavaliação dos inúmeros estudos realizados na Campos Neto et al. (1994b) em relatório intitula- Província Borborema, tratando com especial atenção do “Domínio Tectônico Rio Pajeú: Orogêneses Su- a Faixa do Seridó. Dentre as suas concepções e/ou perpostas no Ciclo Brasiliano/Pan-Africano” afir- afirmativas, destacamos aquelas de maior importân- mam que o acúmulo de informações existentes de- cia no contexto geotectônico da Província Borborema. monstra um quadro tectônico no qual sistemas oro- Os ortognaisses do embasamento representam, qua- gênicos se superpõem na aglutinação do Gondwa- se totalmente, magmas juvenis extraídos da cunha do na. Este trabalho, realizado na Zona Transversal, manto metassomatizado acima de zonas de subduc- que compreende os terrenos que encontram-se ção. Portanto, considera-se que o Complexo Caicó foi preservados entre as zonas de cisalhamentos dúc- originado pela sucessiva acresção de arcos magmáti- teis dextrais dos sistemas Patos e Pernambuco, cos, gerando uma protocrosta siálica, ao longo de um procura discutir, a partir da geologia deste domínio evento orogênico (D1), informalmente referido como da Província Borborema, os registros de estágios Paleotransamazônico (2,3-2,15Ga). Nappes e dobras do ciclo de aglutinação do supercontinente, no recumbentes perfazem um evento contracional de caso do Ciclo Brasiliano/Pan-Africano; desde a grande penetratividade (D2), em condições da fácies abertura mesoproterozóica até o fechamento neo- xisto-verde a anfibolito e com transporte para SSE, en- proterozóico-cambriano do oceano Brasilides. No quanto suítes graníticas sin a tardi-tectônicas (G2) âmbito desse domínio, duas orogêneses maiores constituem uma feição marcante desse evento tectôni- se superpuseram os estágios de subducção e coli- co, o qual é atribuído a um processo colisional datado são de um evento orogênico mesoproterozóico ter- em 1,9 ± 0,1Ga e referido como Neotransamazônico. A minal e a Orogênese Cariris Velhos, e os estágios ocorrência de supracrustais e deformação tangencial semelhantes que no Neoproterozóico III e no Cam- de idades distintas (meso e paleoproterozóicas), se- briano levaram ao fechamento completo desse se- paradas por zonas de cisalhamento e associadas a fe- tor do oceano Brasilides, denominados de Orogê- ições geofísicas específicas, sugere que a Província nese Transnordestina por esses autores. Borborema é composta de vários terrenos alóctones, Campos Neto et al.(op. cit) consideram que o aglutinados no curso da Orogênese Brasiliana e, pos- Domínio da Zona Transversal, chamado por estes sivelmente, de um evento ca. 1,0Ga. Numa etapa final, autores de Domínio Tectônico Rio Pajeú (DTRP) ca- todo o bloco situado entre as suturas principais que racteriza-se pela reunião de sistemas orogênicos margeiam os crátons foi submetido a retrabalhamento superpostos em uma assembléia tectônica distinta transcorrente com extrusão lateral de blocos (tabela das existentes nos sistemas setentrionais e meridi- 3.4 – Modelos de Evolução em Faixas Orogênicas, se- onais. Essa assembéia seria constituída de distin- gundo Jardim de Sá, 1994). Esse autor, considerando tos terrenos metassedimentares, metavulca- a rede de cisalhamentos transcorrentes brasilianos e a no-sedimentares e metaplutônicos, relacionados à dificuldade de interpretação integrada devida à carên- história do Sistema orogênico Cariris Velhos, sobre cia de informações estruturais-cinemáticas, lembra os quais incidiu expressivo magmatismo e as estru- que no Domínio da Zona Transversal o movimento (ou turas do Sistema transpressivo dextral Pa- o principal incremento) nas ZCs de trend NE a ENE é tos-Floresta, da Orogênese Transnordestina. Nes- sinistral. Esse autor afirma que o rejeito sinistral nas zo- se contexto, os autores consideram o Terreno ou nas NE parece ser sincrônico ao funcionamento dex- Faixa de Dobramentos Piancó-Alto Brígida tral das ZCs E-W, podendo ser interpretado como um (FDPAB) constituída por um complexo metavulca- movimento antitético conjugado com a rotação dos no-sedimentar do tipo rifte, seguido por um com-

–32– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

Tabela 3.4 – Modelo de evolução crustal em faixas orogênicas na Províncias Borborema (Fse, DCC e DZT). Fonte: Jardim de Sá (1994).

Jardim de Sá et al. (1998, 1990) Caby (1998) Brito Neves et al. (1990) Caby et al. (1991)

OROGÊNESE E GRANITOGÊNESE (G3) BRASILIANA (600 ± 100Ma.) Deformação transcorrente ou transpressiva, associada a metamorfis- Deformação transcorrente ou transpressiva, contemporânea ou pene- mo predominante de tipo BP/AT. conteporânea a zonas de deformação tangencial. Metamorfismo BP/AT lateral ou subseqüente a evento de P média as- sociado às nappes.

Supracrustais neoproterozóicas ausentes. Deposição de turbiditos flyschóides (Seridó, Cachoeirinha). (lapso de tempo importante) OROGÊNESE TRANSAMAZÔNICA (2,0-1,9Ga.) (Ou ca. 1,0-0,9Ga. no DZT ?)

Deformação tangencial e metamorfismo de P média associado. Grani- Granitóides anorogênicos (tipo g 2 e associados). Seqüências platafor- tóides sin-origênicos g 2 e similares. mais paleo a mesoproterozóicas (Jucurutu, Equador; correlatadas no Turbiditos flyschóides sucedendo a depósitos pré-orogênicos (Seri- DZT; parte do Ceará e Independência). dó, Salgueiro-Cachoeirinha, parte do Ceará e Independência), de ida- de paleoproterozóica (ou mesoproterozóica no DZT). (lapso de tempo) OROGÊNESE ca. 2,2 ou 2,7Ga. REGISTRO LOCAL DE OROGÊNESE Embasamento de idade arqueana ou paleoproterozóica, previamente Embasamento com protólitos vulcano-sedimentares e plutônicos de deformado e migmatizado em vários setores. baixo grau e unidades de alto grau localizadas. Fse, Formação Seridó, DCC-Domínio Ceará Central, DZT-Domínio da Zona Transcorrente.

"Linha Sienitóide" ZC Patos 0 100km

Patos

(A) BACIA DO ARARIPE

N Afogados da Salgueiro Ingazeira RECIFE Floresta ZC Pernambuco Figura 3.7 – Modelo de funcionamento integrado Figura 3.8 – A deformação transcorrente brasiliana no DZT é das ZCs dextraisE-Wesinistrais NE, interpretada como modelo “dominó”, com rotação de blo- no Domínio da Zona Transversal. cos e ciração de espaços para alojamento de magmas. Fonte: Jardim de Sá (1994). Fonte: Jardim de Sá (1994). plexo metaturbidítico com metavulcânicas espar- arco vulcânico calcialcalino potássico, associado sas e de filiação desconhecida e sobreposto por com metagrauvacas vulcano-clásticas e com uma metapelitos em uma nappe de cavalgamento; reco- seqüência metapelítica, constituindo a Faixa de nhecendo informalmente as seguintes unidades: Dobramento Pajeú-Paraíba (figura 3.9). Quanto ao Complexo Metavulcano-Sedimentar Riacho Grava- tectonismo, consideram a Orogênese Cariris Ve- tá, Complexo Metavulcano-Sedimentar Poço dos lhos com domínio de estágio colisional, ocorrendo, Cachorros, Complexo Metaturbidítico Serra do posteriormente, a Orogênese Transnordestina, a Olho D’Água e Nappe Piancó e considerando suas qual apresenta expressivo volume de rochas plutô- unidades basais como pré-orogênicas ao Sistema nicas que marcam entrada do Neoproterozóico III, Cariris Velhos. Por outro lado, as unidades orogêni- compreendendo plútons com tendência calcialca- cas desse sistema predominam no sudeste do Do- lina potássica e shoshonítica com assinatura quími- mínio Tectônico e correspondem a um complexo ca sugestiva de origem relacionada a subducção metavulcano-sedimentar com afinidade de um de placa orogênica, em que as rochas sugestivas

–33– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

de arco magmático teriam se desenvolvido pelo nismo de rifteamento, acresção, amalgamação e consumo da placa oceânica. Por outro lado, caval- dispersão de terrenos, conforme padrões verifica- gamentos oblíquos para NE se superpuseram a dos em faixas orogênicas mais jovens, como na nappes para SE da Orogênese Cariris Velhos e, Cordilheira Americana e nos Apalaches. Dois epi- ainda, pares sinistrais de zonas de cisalhamento di- sódios orogênicos podem ser reconhecidos nessa recionais estão ligados às rampas frontais de ca- região: Cariris Velhos (1,1-0,95Ga) e Brasiliano valgamento para SW. Finalmente, os autores afir- (0,75-0,55Ga). Afirmam também que dados isotópi- mam que o caráter transpressivo geral do Cinturão cos e geofísicos confirmam a existência dessa tectô- de Cisalhamento Patos-Floresta está evidenciado nica de terrenos, cujos limites estão expressos por não só pelo arranjo em flor positiva de suas princi- zonas de cisalhamento e anomalias gravimétricas. pais zonas de cisalhamento, como pela presença Esse autor definiu na Folha Floresta (1:250.000) os de uma foliação milonítica de baixo ângulo e asso- terrenos tectono-estratigráficos Alto Pajeú (TAP) e ciada a cavalgamentos oblíquos. Mais tarde, a tran- Alto Moxotó (TAM) que apresentam contrastes entre sição ao regime distensivo favoreceu ambientes si, tais como características petrológicas e geocro- propícios ao magma ultrapotássico, seguido no fi- nológicas, que refletem diferenças de rochas-fonte nal por enxames de diques, que ocorreu no Cam- e de eventos tectônicos. O Complexo Granítico La- briano Superior, com a modificação do campo de goa das Pedras (CGLP), que constitui o foco do tra- esforços, o que veio a facilitar posteriormente o balho apresentado, faz parte de um conjunto de in- aparecimento de fraturamentos e falhas normais, trusões graníticas múltiplas, situadas no TAP, junto provavelmente responsáveis pela instalação das ao limite com o TAM. No TAP, as supracrustais do- bacias siluro-devonianas (vide tabela 3.5 – Quadro minantes são de origem sedimentar e pertencem Tectônico do Domínio Rio Pajeú, concebido por ao Complexo Sertânia, existindo ainda uma contri- aqueles autores). buição vulcânica ou vulcano-clástica, enquanto Segundo Santos (1995) a parte sul da Província que o TAM é constituído por rochas metavulca- Borborema parece ter evoluído através de meca- no-sedimentares do Complexo Cabrobó, uma suíte

Back - Arc Arco Domínio Tectônico Faixa Piancó - Alto Brígida Alto Teixeira Faixa Pajeú-Paraíba Pernambuco - Alagoas

Faixa Piancó - Alto Brígida Alto Teixeira

Sistemas deposicionais turbidíticos tipo Serra Olho d'Água (1.050Ma) Bacia marinha profunda Plataforma

Seqüência vulcano-sedimentar Seqüência tipo rifte tipo Poço dos Cachorros Riacho Gravatá (1.100Ma)

Figura 3.9 – Hipótese paleogeográfica (Cariris Velhos). Fonte: Campos Neto et al. (1994).

–34– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

Tabela 3.5 – Quadro tectônico do Domínio Rio Pajeú. Fonte: Campos Neto et al. (1994). FAIXA FAIXA MA ALTO TEIXEIRA EVENTO TECTÔNICO PIANCÓ-ALTO BRÍGIDA PAJEÚ-PARAÍBA

355 Regime distensivo com direção trativa principal a NW-SE, fraturamento e falhas Bacias extensionais intra- Tafrogênese. 438 normais - bacias siluro-denovianas. placa.

500 Plutonismo peralcalino e ultrapotássico Estágio colisional tardio a 438 Tração NW-SE. pós-colisional. 540 Plutonismo calcioalcalino de alto potássio, subalcalino e peraluminoso Estágio colisional. Orogênese 555 Cinturão transpressivo de cisalhamento dúctil dextral Patos-Floresta. 580 Plutonismo calcioalcalino Plutonismo álcali-cálcico Estágio controlado por Transnordestina 620 (Tipo Conceição) e cal- de afinidade shoshonítica subducção para sudeste cioalcalino potássico (Tipo Teixeira). de placa oceânica. (Tipo Itaporanga).

750 Plutonismo calcioalcalino Estágio colisional tardio. potássico e subalcalino. 950 Pilhas de cavalgamentos Pilhas de cavalgamentos Estágio colisional. 1.000 para sudeste, como a es- para sudeste, como a es- trutura da Nappe Piancó. trutura na Nappe Piancó Metamorfismo regional. Metamorfismo regional. Orogênese

Granitos peraluminosos Cariris Complexo São Caetano. 1.050 Unidade da Nappe Pian- Associação plutônica de Estágio controlado por Velhos có e Complexo Metaturbi- raiz de arco magmático. subducção para noroeste dítico Serra Olho d’Água. de placa oceânica. Complexo Metavulcano- Complexo Metavulcano- sedimentar Poço dos Ca- sedimentar Irajaí-Sertânia. chorros. 1.050 Complexo Metavulcano- Estágio rifte. sedimentar Riacho Gravatá. Oceano 1.200 Adelgaçamento e Under- Adelgaçamento e Under- Estágio dômico. Brasilides 1.700 plating. plating. 2.000 Migmatitos à mesossoma Aglutinação continental. 2.200 de hornblenda-biotitato- nalito-gnaisses. 2.500 Acresção máfico-ultramáfica, metagranitóides leucograníti- Santos, 1995). A Folha Serra Talhada engloba uma cos e trondhjemíticos e um bloco do embasamento parte do Terreno Alto Pajeú e, conforme esses auto- granulítico. O autor demonstrou também que estru- res, no TAP, ambos os ciclos, Cariris Velhos e Brasi- turalmente existem diferenças significativas entre liano, produziram segmentos acrescionados e os terrenos TAP e TAM e reforçam as diferenças en- amalgamados. tre eles, analisando as características geoquímicas Santos, em 1996, apresentou no Congresso Bra- do magmatismo Cariris Velhos. No TAP, a Suíte Ser- sileiro de Geologia, o “Ensaio Preliminar sobre Ter- rote das Pedras é toleiítica, com padrões geoquími- renos e Tectônica Acrescionária na Província da cos similares aos de um MORB enriquecido, en- Borborema”, onde faz uma revisão conceitual acer- quanto o complexo contracional apresenta carac- ca da evolução de mecanismo de colagem de ter- terísticas dos granitos tipo S. Os granitos brasilia- renos de natureza variada, a qual é referida às ve- nos ocorrem apenas no TAP. Enquanto o granodio- zes como tectônica acrescionária; explanando que rito Riacho do Icó trata-se de uma suíte híbrida de margens continentais fanerozóicas, tais como a arco continental, o leucogranito São João possui Cordilheira Americana e os Apalaches, compreen- características de uma suíte crustal colisional intru- dem uma história bem mais complexa do que aque- siva, segundo a classificação de Barbarian (1990 in la concebida no modelo clássico da tectônica de

–35– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

placas. Visto que os terrenos metamórficos rara- ou Zona Transversal, que engloba os terrenos Alto mente preservam suas relações estratigráficas ori- Moxotó e Alto Pajeú e o Terreno ou Faixa Piancó- ginais, a caracterização dos mesmos envolve o re- Alto Brígida. A Zona Transversal é limitada ao sul conhecimento de blocos com a análise evolutiva in- pelo Lineamento Pernambuco (LPE). Ao sul do LPE dividual, identificação de similaridades e diferen- encontram-se os terrenos Riacho do Pontal, Per- ças, bem como a análise cinemática de seus limi- nambuco-Alagoas e Sergipano (figura 3.10). Os es- tes, com apoio da geocronologia U/Pb em zircão e tudos estruturais e geocronológicos têm demons- Sm/Nd. Santos lembra que a Província Borborema trado a importância dos ciclos Cariris Velhos e Bra- tem sido considerada por outros autores como uma siliano no desenvolvimento da colagem orogênica colagem de blocos. Porém, só recentemente, esse da região. e outros autores têm suscitado o reconhecimento A subdivisão da Província da Borborema em ter- de terrenos de afinidade oceânica e a evidência de renos tectono-estratigráficos efetuada por Santos uma tectônica acrescionária ao sul do Lineamento (1996), foi adotada nesta nota explicativa como o Patos, onde encontra-se o Superterreno Rio Pajeú modelo mais atualizado.

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PO - Riacho do Pontal Terrenos de afinidade oceânica: SE - Sergipano CM - Canindé - Marancó PA - Pernambuco - Alagoas MO - Monte Orebe AM - Alto Moxotó BS - Brejo Seco AP - Alto Pajeú LC - Lagoa das Contendas/Ste. Pedras Pretas PB - Piancó - Alto Brígida Fragmentos antigos JC - São José do Campestre IT - Itabaiana SE - Seridó JP - Jirau do Ponciano RP - Rio Piranhas IC - Icaiçara JG - Jaguaribe MU - Microcontinente Mulungu CE - Cearense Provável limite do Cráton do São Francisco MC - Médio - Coreaú marcado com trama “randômica”

Figura 3.10 – Terrenos tectono-estratigráficos da Província Borborema (preliminar). Fonte: Santos (1996).

–36– SB.24-Z-C ( Serra Talhada)

4

GEOLOGIA ECONÔMICA E METALOGENIA

4.1 Jazimentos Minerais São Caetano, na região sudeste. Esses últimos de- pósitos, que se situam preferencialmente nos mu- Na Folha Serra Talhada (escala 1:250.000) estão nicípios de Flores e Carnaíba, compreendem o cadastrados 111 jazimentos minerais, os quais re- principal distrito de calcário cálcico puro do esta- presentam uma significante variedade de minerali- do de Pernambuco, com teores de CaO entre 52% zações de interesse econômico. Estão presentes e 55% e teores de MgO normalmente abaixo de 14 tipos de substâncias minerais que demonstram 3%. Possuem reservas demonstradas (medidas + a existência de variados ambientes mineralizantes. indicadas) superiores a 80 milhões de toneladas, Como destaque, verifica-se a presença de jazimen- que podem ter seu uso direcionado para aplica- tos de calcário (40), ouro (12) e ferro (21). Existem ções nobres e, portanto, mais rentáveis, tais como ocorrências de chumbo, cobre e níquel; e de mine- clarificação de açúcar, indústria de cerâmica rais não-metálicos ligados a rochas ultrabásicas branca, siderurgia etc. (asbesto e talco) e ainda grafita, pirita, coríndon, ágata, cristal-de-rocha e feldspato. A locação des- ses jazimentos encontra-se na Carta Metalogenéti- 4.1.2 Ouro ca Previsional, a qual inclui também a listagem das substâncias minerais. A tabela 4.1 apresenta as ca- A partir de 1980 vários projetos de prospec- racterísticas dos jazimentos. ção de ouro e de outros bem minerais foram exe- cutados pela CPRM e outras empresas. Como resultado obteve-se o cadastramento e avalia- 4.1.1 Calcário ção de 12 garimpos, constatação de indícios de ouro em aluviões do rio Piancó e determinação Os 40 jazimentos deste mineral estão encaixa- de muitas anomalias de ouro em concentrados dos em rochas metassedimentares, principalmen- de bateia em sedimentos de corrente, sobre vá- te nas rochas mesoproterozóicas dos complexos rias unidades geológicas, bem como a delimita- serra dos Quintos, e Piancó na porção norte da fo- ção de zonas anômalas de ouro em sedimento lha e nas rochas mesoproterozóicas do Complexo de corrente.

–37– rgaaLvnaetsGoóio áio oBrasil do Básicos Geológicos Levantamentos Programa Tabela 4.1 – Listagem dos Jazimentos Minerais.

LOCALIZAÇÃO CARACTERES DOS JAZIMENTOS DADOS ECONÔMICOS

Nº DE SUBSTÂNCIA COORDENADAS REF. IDADE/ REF. MINERAL GEOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO CLASSE DO ROCHA ENCAIXANTE/ STATUS DA BIBL. LOCAL MUNICÍPIO UF MORFOLOGIA TEXTURA UNID. MINERALÓGICA JAZIMENTO HOSPEDEIRA MINERALIZAÇÃO GEOL. LATITUDE LONGITUDE

Hematita, magnetita, S. José do Sedimentar químico, Clorita xisto e filitos/ Mina a céu aberto, paralisada 8 1 Ferro Malhada Branca PE 9.147.929 N 536.146 E quartzo,clorita,limoni- Estratiforme Bandada Mc Belmonte metamorfizado lentes hematíticas Reserva Total= 7.847.509t 9 ta

S. José do Hematita, magnetita, Sedimentar químico, Clorita xisto e filitos/ Mina a céu aberto, paralisada 8 2 Ferro Carmo PE 9.147.930 N 534.002 E Estratiforme Bandada Mc Belmonte quartzo metamorfizado lentes hematíticas Reserva Total= 7.372.765t. 2

S. José do Hematita, magnetita, Sedimentar químico Clorita xisto e filitos/ 3 Ferro Tapuia PE 9.148.000 N 543.200 E Estratiforme Bandada Mc Ocorrência – Belmonte quartzo exalativo lentes hematíticas

Hematita, martita, Sedimentar químico Filitos e clorita xisto/ Ocorrência - Fe O = 53,83% 8 4 Ferro Morro Saco Dange Pedra Branca PB 9.176.389 N 604.829 E Estratiforme Bandada Mc 2 3 magnetita , quartzo exalativo lentes hematíticas V2O5= 0,16% 6

Hematita, magnetita, Sedimentar químico Filitos e clorita xisto/ 5 Ferro Vassouro Pedra Branca PB 9.178.200 N 608.800 E Estratiforme Bandada Mc Ocorrência – quartzo exalativo lentes hematíticas

Hematita, magnetita, Sedimentar químico Filitos e clorita xisto/ 6 Ferro Riacho Campos Pedra Branca PB 9.177.000 N 612.500 E Estratiforme Bandada Mc Ocorrência – quartzo exalativo lentes hematíticas

Hematita, magnetita, Sedimentar químico Filitos e clorita xisto/ 7 Ferro Pedra Redonda Pedra Branca PB 9.177.200 N 616.900 E Estratiforme Bandada Mc Ocorrência – quartzo exalativo lente hematítica -38- Sedimentar químico, Metapelitos, vulcânicas 8 8 Ferro Serrote do Diamante Aurora CE 9.224.404 N 512.425 E Hematita, quartzo Estratiforme Bandada? Mc Ocorrência metamorfizado ácidas/ canga? 7

Chert hematítico, Sedimentar químico, Metassedimentos 8 9 Ferro Sítio Arapiraca Barro CE 9.219.791 N 528.529 E Estratiforme Bandada Mc Ocorrência pirita metamorfizado /canga? 7

Hematita, magnetita, Sericita xisto/ rochas 10 Ferro Travessia Manaíra PB 9.152.900 N 553.600 E Estratiforme Disseminada Vulcanogênico Mp Ocorrência – pirita, quartzo metabásicas

S. José do Hematita, magnetita, Clorita xisto/metavulcâ- 11 Ferro Icós PE 9.118.300 N 536.200 E Estratiforme Bandada Vulcanogênico Mrg Ocorrência 12 Belmonte pirita, quartzo nicas básicas

Magnetita, pirita, “Amas” e dissemi- Sericita-clorita xisto/ Ocorrência 3.000ppm/Cu 12 Ferro São Gregório PE 9.123.400 N 504.900 E Disseminada Vulcanogênico Mrg 12 limonita nada metavulcânicas básicas 300ppm/Ni

Tonalitos/ rochas 8 13 Ferro Faz. Bartolomeu Cajazeiras PB 9.222.084 N 543.257 E Hematita, grunerita Lenticular Disseminada Vulcano-sedimentar Pc Ocorrência Metabásicas 7

Migmatito/ rochas 14 Ferro Faz. Maria Costa Coremas PB 9.223.190 N 595.600 E Magnetita, grunerita Estratiforme Disseminada Vulcano-sedimentar Msq Ocorrência 12 calcissilicáticas?

Migmatito/magnetita- 15 Ferro Saco do Pinto Aguiar PB 9.223.300 N 600.700 E Magnetita, quartzo Estratiforme Disseminada Vulcano-sedimentar Msq Ocorrência 12 quartzitos

Magnetita, grunerita, Migmatito/magnetita- 16 Ferro Bom Jesus S. José de Piranhas PB 9.224.000 N 566.800 E Estratiforme Disseminada Vulcano-sedimentar Msq Ocorrência 12 quartzo grunerita-quartzito

Estratiforme, Biotita gnaisse 17 Ferro Olho D'Água S. José de Piranhas PB 9.225.200 N 576.450 E Magnetita, grunerita Disseminada Vulcano-sedimentar Msq Ocorrência 12 disseminado migmatizado/ ?

18 Ferro Sítio Mocó S. José de Piranhas PB 9.222.500 N 580.600 E Magnetita, quartzo Estratiforme Disseminada Vulcano-sedimentar Biotita gnaisse/ ? Msq Ocorrência 12

Ferro e Sítio Barra Hematita, psilomelano, Sedimentar químico Ocorrência 19 Jurú PB 9.170.000 N 631.200 E Estratiforme Bandada Sericita xisto Mpc 13 Manganês dos Lúcios pirolusita, quartzo /metamorfizado Lente com 150 x 4m

1-Amaral (1968); 2-Batista & Andrea (1975); 3-Dantas (1980); 4-Cunha et al. (1981); 5-Lins et al. (1981), 6-Muniz & Santos (1980); 7-Pedrosa et al. (l978); 8-Prado et al. (1980); 9-Santos (1982); As referências bibliográficas obedecem a seguinte ordem: 10-Santos (1967); 11-Sheid & Lins (1976); 12 -Silva Filho (1985); 13- Veiga Júnior & Ferreira (1990). Tabela 4.1 – Listagem dos Jazimentos Minerais (continuação).

LOCALIZAÇÃO CARACTERES DOS JAZIMENTOS DADOS ECONÔMICOS

Nº DE SUBSTÂNCIA COORDENADAS ROCHA IDADE/ REF. ASSOCIAÇÃO CLASSE DO STATUS DA REF. MINERAL LOCAL MUNICÍPIO UF GEOGRÁFICAS MORFOLOGIA TEXTURA ENCAIXANTE/ UNID. BIBL. MINERALÓGICA JAZIMENTO MINERALIZAÇÃO LATITUDE LONGITUDE HOSPEDEIRA GEOL.

Ferro e Hematita, psilomelano, Sedimentar-químico/ Ocorrência Lentes com 13 20 Sítio Serra Branca Jurú PB 9.166.500 N 628.700 E Estratiforme Bandada Sericita-muscovita xisto Mpc Manganês pirolusita, quartzo metamorfizado 80x4me 100x5m 13

Ferro e Hematita, psilomelano, Sedimentar-químico/ Ocorrência 21 Malhada Real Jurú PB 9.165.400 N 627.200 E Estratiforme Bandada Sericita-muscovita xisto Mpc 13 Manganês pirolusita, quartzo metamorfizado D=100x4m

Sedimentar 7 22 Calcário Faz. Arruido Cajazeiras PB 9.222.545 N 543.257 E Minerais de skarn? Lenticular Granular Biotita gnaisse Msq Ocorrência metamorfizado 8

Carbonatos, epidoto, Sedimentar 7 23 Calcário Faz. Caboclo Cajazeiras PB 9.222.542 N 546.478 E Lenticular Bandada Biotita gnaisse Msq Ocorrência diopsídio, granada, quartzo metamorfizado 8

Carbonatos e minerais Sedimentar Garimpo paralisado 8 24 Calcário Caieira Caldeirão S. José de Piranhas PB 9.220.215 N 568.105 E Lenticular Granular Biotita gnaisse Msq de skarn metamorfizado RE = 60.000m³ p/cal. 11

Carbonatos e minerais Sedimentar 8 25 Calcário Sítio Saco do Retiro Conceição PB 9.183.840 N 555.180 E Lenticular Granular Biotita gnaisse Mc Garimpo paralisado de skarn metamorfizado 11

Carbonatos e minerais Sedimentar 26 Calcário Serra da Caieira S. José do Belmonte PE 9.146.089 N 532.469 E Lenticular Granular Clorita xisto e filitos Mc Garimpo paralisado 8 de skarn metamorfizado

Carbonatos e minerais Sedimentar 8 27 Calcário Sítio Jitirana Piancó PB 9.199.883 N 604.879 E Lenticular Granular Biotita xisto e gnaisses Mp Garimpo paralisado de skarn metamorfizado 11

Carbonatos e minerais Sedimentar 8 28 Calcário Sítio Tatú Piancó PB 9.205.587 N 630 649 E Lenticular Granular Gnaisse e biotita xistos Mp Garimpo paralisado -39- de skarn metamorfizado 11

Sedimentar 8 29 Calcário Sítio Brotas Piancó PB 9.198.487 N 611.317 E Carbonatos, muscovita Lenticular Granular Biotita xisto e gnaisse Mp Garimpo ativo metamorfizado 11

Sedimentar 8 30 Calcário Sítio Bomfim Piancó PB 9.198.479 N 614.997 E Carbonatos, muscovita Lenticular Granular Biotita xisto e gnaisses Mp Garimpo paralisado metamorfizado 11

Sedimentar 8 31 Calcário Sítio Carneiro Piancó PB 9.199.392 N 618.679 E Carbonatos, muscovita Lenticular Granular Xistos e gnaisses Mp Garimpo paralisado metamorfizado 11

Sedimentar 8 32 Calcário Sítio Minas Princesa Isabel PB 9.162.113 N 602.040 E Carbonatos, micas Lenticular Granular Biotita-muscovita xisto Mpc Garimpo paralisado metamorfizado 11

Sedimentar Garimpo ativo 8 33 Calcário Sítio Piaus Princesa Isabel PB 9.161.649 N 603.878 E Carbonatos, micas Lenticular Granular Biotita xisto Mrg metamorfizado RE = 600.000m3 11

Afogados da Sedimentar Depósito 4 34 Calcário Carnaubinha PE 9.149.995 N 653.949 E Carbonatos, micas Lenticular Granular Biotita gnaisse Mg Ingazeira metamorfizado 3 RE = 30.000m3 8

Carbonatos e minerais Sedimentar Ocorrência 4 35 Calcário Ibitiranga Carnaíba PE 9.151.193 N 644.301 E Lenticular Granular Biotita xisto Msc de skarn metamorfizado RE = 150.000t 8

Carbonatos, grafita, Sedimentar Muscovita-biotita Garimpo ativo- CaO=38,92%; 4 36 Calcário Caieiras Afogados da Ingazeira PE 9.145.625 N 646.888 E Lenticular Granular Mg flogopita metamorfizado gnaisse 3 MgO=13,98%; RE= 800.000m³ p/cal. 8 B2-- SraTalhada) (Serra SB.24-Z-C Carbonatos, grafita, Sedimentar Garimpo paralisado 4 37 Calcário Sítio Nazaré Afogados da Ingazeira PE 9.146.787 N 648.424 E Lenticular Granular Gnaisse Mg flogopita metamorfizado 3 RE = 300.000m³ 8

Sítio Santa Rosa/ Carbonatos, grafita, Sedimentar Muscovita-biotita Garimpo ativo p/cal- CaO=54,74% 4 38 Calcário Carnaíba PE 9.136.700 N 629.600 E Lenicular Granular Msc Poço Grande calcopirita metamorfizado gnaisse SiO2=0,94%; RE= 42.000t 8 Sítio Rodeador/ Carbonatos, grafita, Sedimentar Muscovita-biotita Garimpo- CaO=53,20; Mg=-0,70 4; 8 39 Calcário Carnaíba PE 9.133.600 N 635.900 E Lenticular Granular Ni Lagoa Campos calcopirita metamorfizado gnaisse SiO2=0,90; PF=42,44; RE= 2.652.000 13 Sítio Novo/ Carbonatos e minerais Sedimentogênico Garimpo ativo p/cal - CaO = 55,44% 8 40 Calcário Flores PE 9.132.960 N 626.860 E Lenticular Granular Biotita paragnaisse Msc Riacho Fundo de skarn metamorfizado PF=42,82%; RE= 11.988.000t 13

Sítio Góes/ Carbonatos, grafita, Sedimentogênico Muscovita-biotita Garimpo paralisado - CaO=51,94%; 8 41 Calcário Carnaíba PE 9.138.000 N 638.900 E Lenticular Granular Msc Poço Redondo calcopirita metamorfizado gnaisse MgO=1,65; SiO2=2,23; PF= 42,33 13 Sedimentar Garimpo paralisado- CaO= 54,54% 4 42 Calcário Sítio Pedra de Cal Flores PE 9.132.000 N 622.000 E Calcita, dolomita Lenticular Granular Biotita gnaisse Msc metamorfizado MgO= 0,70; SiO2=1,12; PF= 43,07 8 rgaaLvnaetsGoóio áio oBrasil do Básicos Geológicos Levantamentos Programa Tabela 4.1 – Listagem dos Jazimentos Minerais (continuação).

LOCALIZAÇÃO CARACTERES DOS JAZIMENTOS DADOS ECONÔMICOS

Nº DE SUBSTÂNCIA COORDENADAS ROCHA IDADE/ REF. ASSOCIAÇÃO CLASSE DO STATUS DA REF. MINERAL LOCAL MUNICÍPIO UF GEOGRÁFICAS MORFOLOGIA TEXTURA ENCAIXANTE/ UNID. BIBL. MINERALÓGICA JAZIMENTO MINERALIZAÇÃO LATITUDE LONGITUDE HOSPEDEIRA GEOL.

Sedimentogênico Muscovita-biotita Garimpo paralisado- CaO=52,71%; 4; 8 43 Calcário Sítio Pedreira Flores PE 9.133. 500 N 613.400 E Calcita, dolomita Lenticular Granular Msc metamorfizado gnaisse MgO=3,55; SiO2=0,32; PF=43,72 13 Riacho das Barrei- Sedimentar Biotita xisto 4 44 Calcário Flores PE 9.122.020 N 607.924 E Calcita, dolomita Lenticular Granular Pi Garimpo ativo p/cal ras metamorfizado migmatizado 8

Faz. Retiro/Quitim- 1) Calcita, dolomita, quartzo, Sedimentar Muscovita-biotita Depósito de 3 45 Calcário PE 9.121.150 N 654.890 E Lenticular Granular Mse bu biotita, actinolita; 2) Carbonatos metamorfizado gnaisse mármore e cal:1.100.000t 8

Sedimentar Biotita gnaisse 46 Calcário Faz. Zamba Aguiar PB 9 .211.350 N 591.400 E Carbonatos, flogopita Lenticular Bandada Mp Ocorrência 12 metamorfizado migmatizado

Sedimentar Biotita gnaisse 47 Calcário Rch. do Saco Aguiar PB 9. 214.100 N 598.200 E Carbonatos, micas Lenticular Granular Mp Ocorrência 12 metamorfizado migmatizado

Boqueirão dos Sedimentar 48 Calcário Sítio Coruja PB 9.210.000 N 599.500 E Carbonatos, micas Lenticular Granular Biotita xisto Mp Ocorrência 12 Cochos metamorfizado Sedimentar 49 Calcário Riacho Jatobá Piancó PB 9.205.400 N 622.550 E Carbonatos, micas Lenticular Granular Biotita xisto Mp Ocorrência 12 metamorfizado Sedimentar 50 Calcário Sítio Jatobá Piancó PB 9.203.000 N 623.300 E Carbonatos, micas Lenticular Granular Xisto granatífero Mp Ocorrência 12 metamorfizado Carbonatos, Sedimentar 51 Calcário Riacho dos Bois Piancó PB 9.217.600 N 624.100 E Lenticular Granular Xisto granatífero Mp Ocorrência 13 minerais de skarn metamorfizado -40- Sedimentar Muscovita-biotita 52 Calcário Faz. Carnaíba PE 9.154.000 N 632.250 E Carbonatos, micas Lenticular Granular Msc Ocorrência 13 metamorfizado gnaisse

Sedimentar Hornbleda orto- 53 Calcário Faz. Rosário Carnaíba PE 9.151.800 N 632.250 E Carbonatos, micas Lenticular Granular Mg Ocorrência 13 metamorfizado gnaisse 3

Carbonatos de Sedimentar Muscovita-biotita Garimpo- CaO=51,72%; MgO=3,70%; 54 Calcário Saquinho/Serafim Flores PE 9.131.500 N 616.600 E Lenticular Granular Msc 13 cálcio e Ca/Mg metamorfizado gnaisse SiO2=2,29; PF=42,19- RE= 476.000t Carbonatos de Sedimentar Muscovita-biotita Garimpo- CaO=54,19%; MgO=2,70%; 55 Calcário Sítio Calu/Parada Flores PE 9.132.000 N 620.600 E Lenticular Granular Msc 13 cálcio e Ca/Mg metamorfizado gnaisse SiO2=0,55; PF=42,45-RE= 4.881.500t Carbonatos de Sedimentar Muscovita-biotita Mina - CaO=54,60%; MgO=1,06%; 13 56 Calcário Catinga Grande/ Flores PE 9.132.000 N 623.000 E Lenticular Granular Msc cálcio e Ca/Mg metamorfizado gnaisse SiO2=0,17; PF=43,20 RE=13.040.000t 13 Carbonatos de Sedimentar Muscovita-biotita Garimpo- CaO=52,36%; MgO=1,16%; 13 57 Calcário Lagoa do Mato/ Flores PE 9.133.600 N 624.500 E Lenticular Granular Msc cálcio e Ca/Mg metamorfizado gnaisse SiO2=2,55; PF=42,01- RE=3.097.000t 13 Carbonatos de Sedimentar Muscovita-biotita Garimpo- CaO=53,48%; MgO=1,66% 58 Calcário Serrinha Flores PE 9.132.000 N 630.500 E Lenticular Granular Msc 13 cálcio e Ca/Mg metamorfizado gnaisse SiO2=0,48%; PF=43,06- RE=558.500t Sítio Pereiros/ Carbonatos de Sedimentar Muscovita-biotita Garimpo- CaO=54,11%; MgO=0,74%; 13 59 Calcário Flores PE 9.134.000 N 631.900 E Lenticular Granular Msc Riacho cálcio e Ca/Mg metamorfizado gnaisse SiO2=0,28; PF=42,99- RE=8.450.500t 13 Carbonatos de Sedimentar Muscovita-biotita Garimpo- CaO=54,88%;MgO=0,24%; 13 60 Calcário Varjota/Eusébio Carnaíba PE 9.139.800 N 627.900 E Lenticular Granular Msc cálcio e Ca/Mg metamorfizado gnaisse SiO2=0,78; PF=42,60- RE= 8.910.000t 13 Afogados da Carbonatos de Sedimentar 61 Calcário Riacho da Onça PE 9.136.700 N 654.800 E Lenticular Granular Biotita gnaisse Mse Ocorrência 13 Ingazeira cálcio e Ca/Mg metamorfizado Biotita-muscovita Grafita, muscovita, Garimpo inativo- Carbono fixo = 6,5% 8; 11 62 Grafita Barra dos Costas/ Jurú PB 9.170.333 N 631.943 E Lenticular Disseminada Metamorfogênico xisto/grafita-sericita Mpc quartzo e manganês cinzas= 92,1%; Área= 100 x 2m 13 xisto Grafita, sericita e Xistos e filitos/ 8 63 Grafita Serra Branca Jurú PB 9.166.202 N 626.415 E Irregular Disseminada Metamorfogênico Mpc Ocorrência quartzo grafita xisto 10

Sericita-muscovita Ocorrência 64 Grafita Sítio Malhada Real Jurú PB 9.165.200 N 628.300 E Grafita, quartzo Irregular Disseminada Metamorfogênico Mpc 13 xisto/grafita xisto Área= 40 x 13m 3 65 Grafita Sede do Município Serra Talhada PE 9.119.315 N 578.984 E Grafita, mica e quartzo Irregular Disseminada Metamorfogênico Xistos/grafita xisto Mse Ocorrência 8 Tabela 4.1 – Listagem dos Jazimentos Minerais (continuação).

LOCALIZAÇÃO CARACTERES DOS JAZIMENTOS DADOS ECONÔMICOS

Nº DE SUBSTÂNCIA COORDENADAS ROCHA IDADE/ REF. ASSOCIAÇÃO CLASSE DO STATUS DA REF. MINERAL LOCAL MUNICÍPIO UF GEOGRÁFICAS MORFOLOGIA TEXTURA ENCAIXANTE/ UNID. BIBL. MINERALÓGICA JAZIMENTO MINERALIZAÇÃO LATITUDE LONGITUDE HOSPEDEIRA GEOL.

Gnaisses/calcissilicática/ 66 Cobre Itajubatiba Catingueira PB 9.223.276 N 646.659 E Pirita, calcopirita Estratiforme Disseminada Vulcano-sedimentar? Msq Ocorrência 8 anfibolito

malaquita, quartzo, Vulcano-sedimentar Filonitos e diamictitos/ 7 67 Cobre Sítio Taveira Barro CE 9.224.649 N 516.199 E Filoniana Multivenulada e Ocorrência hematita, azorita ou vulcanogênico? metavulcânicas ácidas 1 8

Malaquita, quartzo, Vulcano-sedimentar Metaconglomerados 7 68 Cobre Vila Iara Barro CE 9.219.794 N 523.468 E Estratiforme Multivenulada Mc Ocorrência hematita ou vulcanogênico brechóides 8

Malaquita, quartzo, Vulcano-sedimentar Metachertes ferríferos 7 69 Cobre Sítio Milagres Aurora CE 9.219.396 N 520.185 E Estratiforme Bandada Mc Ocorrência hematita ou vulcanogênico brechóides 8

Malaquita, quartzo, Vulcano-sedimentar Filitos, metaconglomerado 7 70 Cobre Sítio Suçuarana Barro CE 9.218.872 N 525.768 E Estratiforme Multivenulada Mc Ocorrência hematita ou vulcanogênico brechóide/metachert hematitítico 8

Malaquita, quartzo, Vulcano-sedimentar Filitos, metaconglomerado 7 71 Cobre Sítio Taveira Aurora CE 9.225.325 N 514.266 E Estratiforme Multivenulada Mc Ocorrência azurita, hematita ou vulcanogênico brechóide/metachert hematítico. 8

Sulfetos de cobre, malaqui- Vulcano-sedimentar Filonitos e chert ferrífero/ 7 72 Cobre Oiticica Velha Aurora CE 9.223.697 N 514.081 E ta Estratiforme Multivenulada Mc Ocorrência ou vulcanogênico Preenchimento de fraturas 8 quartzo, hematita

Sítio Calcocita, calcopirita, Metapelitos filonitizados,meta- 7 73 Cobre Aurora CE 9.224.865 N 510.584 E Estratiforme Multivenulada Vulcanogênico? Mc Ocorrência São Geraldo bornita, pirita vulcânicas/ preench. de fraturas 8

Calcocita,calcopirita,borni- Metapelitos filonitizados, meta- 7 74 Cobre Sítio Verdete Barro CE 9.220.501 N 521.995 E ta, Estratiforme Multivenulada Vulcanogênico? e Ocorrência vulcânicas/ preench. de fraturas 1 8 -41- malaquita, quartzo

Sulfetos Filitos/ metavulcânicas 75 Cobre Água Grande Manaíra PB 9.161'.750 N 589.400 E Amas Disseminada Vulcano-sedimentar Mc Ocorrência 12 (não especificados) básicas milonitizadas

Filitos catacláticos/ 76 Cobre Luanda Serra Talhada PE 9.147.800 N 567. 600 E Sulfetos Amas Disseminada Vulcano-sedimentar Mpc Ocorrência 12 metavulcânicas básicas

Faz. S. José de Vulcanogênico 7 77 Pirita PB 9.210.800 N 539.000 E Pirita Estratiforme Disseminada Filitos/ rochas metavulcânicas? Mc Ocorrência Santa Luzia Piranhas exalativo 8

Faz. S. José de Vulcanogênico 7 78 Pirita PB 9.210.000 N 539.600 E Pirita Estratiforme Disseminada Filitos/ rochas metavulcânicas? Mc Ocorrência Santa Luzia Piranhas exalativo 8

Boqueirão dos 79 Ouro Lagoa Seca PB 9.212.869 N 539.569 E Ouro, quartzo, sulfeto Estratiforme Disseminada Sedimentar skarn (?) Biotita xisto/ anfibolitos Mp Garimpo Paralisado 7 Cochos

Ouro, carbonatos, serpenti- Ouro em skarn Calcário dolomítico e xistos/ 5 80 Ouro Itajubatiba Catingueira PB 9.223.272 N 648.194 E Estratiforme Disseminada Msq Garimpo Paralisado na, tremolita, diopsídio Sedimentar rocha calcissilicática 8

Ouro, micas, silicatos, Ouro em skarn Anfibólio gnaisse e granada- 5 81 Ouro Caieira Catingueira PB 9.223.730 N 649.116 E Estratiforme Disseminada Msq Garimpo Paralisado tremolita-actinolita, antofilita Sedimentar quartzito/ anfibolito 8

Tremolita, actinolita, Ouro em skarn Hornblenda-granada gnaisse 5 82 Ouro Ferro Velho Catingueira PB 9.225.111 N 648.580 E Estratiforme Disseminada Msq Garimpo Paralisado granada, quartzo, ouro Sedimentar rocha calcissilicática 8 B2-- SraTahada) (Serra SB.24-X-C Quartzo, magnetita, ouro, Disseminada Cordierita-granada xisto/ Garimpo intermitente 5; 8 83 Ouro Pedra Preta Princesa Isabel PB 9.148.074 N 617.053 E Filoniana Hidrotermal Msc pirita, galena, granada boxwork veio de quartzo 0,4ppm Au, 3ppm Ag 13

Quartzo, arsenopirita, Filito, metassiltito, xisto/ 84 Ouro Ibiara Ibiara PB 9173.691 N 567.122 E Filoniana Disseminada Hidrotermal Mp Garimpo inativo 8 ouro veio de quartzo

Faz. Serrote Magnetita, pirita, ilmenita, Filito, álcali-riolito/ Garimpo paralisado 5 85 Ouro Catingueira PB 9.212.171 N 662.429 E Filoniana Disseminada Hidrotermal Msa Branco (Tapera) scheelita, apatita, ouro veio de quartzo 100ppb Au 8

Pirita calcopirita, covelita Filito, metarenito, rocha ácida/ Garimpo intermitente 5 86 Ouro Faz. Cambraia Catingueira PB 9.210.337 N 659.508 E Filoniana Disseminada Hidrotermal Msa ouro veio de quartzo 140ppm Au, 15ppm Ag 8

Quartzo, opacos, pirita, Disseminada Filito, riodacito pórfiro, Garimpo paralisadoo 5 87 Ouro Deserto Catingueira PB 9.209.909 N 659.047 E Filoniana Hidrotermal Msa magnetita, galena, scheelita boxwork vulcânica silicosa/quartzo 0,003ppm Au 8

Quartzo, ouro, pirita, Garimpo paralisado 5 88 Ouro Garapa Mãe D'Água PB 9.198.341 N 664.685 E Filoniana Disseminada Hidrotermal Borda de granitóide Mg magnetita, galena, esfalerita 3 3ppmAu; 3.000ppmZn; 1,5ppmAg 8 rgaaLvnaetsGoóio áio oBrasil do Básicos Geológicos Levantamentos Programa Tabela 4.1 – Listagem dos Jazimentos Minerais (continuação).

LOCALIZAÇÃO CARACTERES DOS JAZIMENTOS DADOS ECONÔMICOS

Nº DE SUBSTÂNCIA COORDENADAS REF. ROCHA IDADE/ REF. MINERAL GEOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO CLASSE DO STATUS DA BIBL. LOCAL MUNICÍPIO UF MORFOLOGIA TEXTURA ENCAIXANTE/ UNID. MINERALÓGICA JAZIMENTO MINERALIZAÇÃO HOSPEDEIRA GEOL. LATITUDE LONGITUDE

Cachoeira de Garimpo ativo 89 Ouro Princesa Isabel PB 9.158.650 N 603.100 E Ouro, pirita, galena Filoniana Disseminada Hidrotermal Xistos e filitos Mpc 8 Minas 10kg Au/mês

90 Ouro Brilhante Princesa Isabel PB 9.160.056 N 602.036 E Ouro, pirita, galena Filoniana Disseminada Hidrotermal Xistos e filitos Mpc Garimpo paralisado 8

Clorita (penina), rutilo, Ligado a rocha Filitos,micaxistos/ clorititos, 6 91 Níquel Faz. Lavrada Catingueira PB 9.202.036 N 661.936 E Irregular Disseminada Mrg Ocorrência 0,24% Ni opacos,talco, olivina, pirox. básica-ultrabásica serpentinitos, talco xistos 8

7 92 Chumbo Sítio Conselho Barro CE 9.210.268 N 534.505 E Galena, quartzo Filoniana Bandada Hidrotermal ? Filito/ veio de quartzo Mc Indício 8

7 93 Chumbo Sítio Morro S. José de Piranhas PB 9.211.028 N 544.627 E Galena, quartzo Filoniana Disseminada Hidrotermal ? Xisto/ finos veios de quartzo Mc Indício 8

Xistos e filitos/ 7 94 Chumbo Sítio Maia S. José de Piranhas PB 9.213.022 N 546.930 E Galena, quartzo Filoniana Disseminada Hidrotermal ? Mc Indício veios de quartzo 8

Clorita-xisto/ 7 95 Chumbo Sítio Lagoinhas S. José de Piranhas PB 9.212.865 N 551.071 E Galena, quartzo Filoniana Disseminada Hidrotermal ? Mc Indício veio de quartzo 8

Venulada Ligado a rocha 7 96 Asbesto Monte Alegre Barro CE 9.224.858 N 528.839 E Antofilita, talco Lenticular Migmatitos/anfibolitos Pc Ocorrência (slip-fiber) básica-ultrabásica 8

Venulada Ligado a rocha 7 -42- 97 Asbesto Monte Alegre Barro CE 9.222.739 N 529.390 E Antofilita, talco Lenticular Migmatitos/anfibolitos Pc Ocorrência (slip-fiber) básica-ultrabásica 8

Ligado a rocha 7 98 Asbesto Sítio Tamanduá S. José de Piranhas PB 9.217.438 N 553.713 E Antofilita Lenticular Venulada Migmatitos/anfibolitos Pc Ocorrência básica-ultrabásica 8

Ligado a rocha 8 99 Asbesto Sítio Cobra Pombal PB 9.225.620 N 631.629 E Antofilita Lenticular Venulada Biotita xisto/serpentinitos Pc Garimpo inativo básica-ultrabásica 11

Sítio Campo Ligado a rocha Garimpo inativo 8 100 Asbesto Emas PB 9.222.377 N 638.525 E Antofilita Lenticular (sills?) Venulada Biotita xisto/anfibolitos Pc Grande básica-ultrabásica fibras: 5-10cm 11

Ligado a rocha Metacalcários, rochas cal- Ocorrência (fibras c/ 1cm) 101 Asbesto Sítio Serra Catingueira PB 9.222.300 N 629 600 E Antofilita Bolsões Venulada Pc 12 básica-ultrabásica cissilicáticas /serpentinitos Espessura: 1,5m

Ligado a rocha 102 Asbesto Faz. Velho Belo Pombal PB 9.223.300 N 620 700 E Antofilita Bolsões Venulada Xistos/serpentinitos Pc Garimpo paralisado 12 básica-ultrabásica

Ligado a rocha 8 103 Asbesto Pedra de Fumo Pedra Branca PB 9.178.230 N 605.293 E Antofilita Lenticular Venulada Xistos, filitos / ? Msa Ocorrência básica-ultrabásica 10

Ligado a rocha 104 Asbesto Sítio Sossego Conceição PB 9150.644 N 563.107 E Antofilita Lenticular Venulada Xistos, filitos / ? Mpc Ocorrência 8 básica-ultrabásica

Ligado a rocha Migmatitos/ rochas 7 105 Talco Sítio Tamanduá S. José de Piranhas PB 9.217.009 N 552.455 E Talco,? Lenticular Disseminada Pc Ocorrência básica-ultrabásica ultrabásicas 8

Ligado a rocha Ortognaisses/ rochas 3 106 Talco Baixa Grande Custódia PE 9.123.730 N 654.322 E Talco,? Lenticular Disseminada Mg Ocorrência básica-ultrabásica ultrabásicas 4 8

S. José das Ocorrência- Espessura: 0,40m 7 107 Coríndon Cachoeira dos Índios PB 9. 224 700 N 535.150 E Coríndon, magnetita Lenticular Disseminada Hidrotermal Migmatitos/ biotita xisto Pc Marimbas Comprim.: 50m, (safira) 8

Ágata, quartzo, 7 108 Ágata Sítio Garguelo Cachoeira dos Índios PB 9.222.548 N 539.575 E Filoniana Maciça Pegmatítico Migmatito/pegmatito Pc Ocorrência feldspato+I18:I27 8

Afogados da Biotita-muscovita gnaisse/ 3 109 Quartzo Serra Branca PE 9.134.819 N 644.710 E Quartzo, feldspato Filoniana Maciça Pegmatítico Mse Ocorrência Ingazeira pegmatito 8

Afogados da Biotita-muscovita gnaisse/ 3 110 Quartzo PE 9.143.081 N 654.846 E Quartzo, feldspato Filoniana Maciça Pegmatítico Pi Ocorrência Ingazeira pegmatito 8

Afogados da Feldspato, quartzo, 3 111 Feldspato Lage do Gato PE 9.156.925 N 647.996 E Filoniana Maciça Pegmatítico Ortognaisse/migmatito Mg Ocorrência Ingazeira muscovita 3 8 SB.24-Z-C ( Serra Talhada)

Os 12 garimpos de ouro cadastrados são jazi- zo, podendo conter ainda martita e limonita. Os mentos primários e encontram-se paralisados em depósitos de ferro estudados no distrito do Carmo sua maioria. Desses jazimentos apenas quatro apresentam o seguinte potencial: reserva medida são estratiformes, o de nº 79, denominado Lagoa 3.860.367t., com teor de 60,62% e, portanto, com Seca e situado no município de Boqueirão dos Co- 2.340.009t. de metal contido; reserva indicada chos e aqueles que têm como hospedeira a cha- 5.082.437t. e reserva inferida 8.281.648t. Durante mada “Seqüência Itajubatiba” do Complexo Serra a lavra, o ferro produzido era enviado ao Recife dos Quintos (nos 80 a 82), no município de Catin- para a Siderúrgica Aço Norte e era utilizado em gueira (PB). Estes depósitos foram intensamente blending juntamente com sucata na fundição e garimpados nas décadas de 40 e 50 (figura 4.1). produção de ferramentas de aço, tendo sido tam- Os demais jazimentos de ouro são filonianos e en- bém utilizado como complemento químico na pro- contram-se dispersos nos litótipos metassedimen- dução de cimento portland em fábricas da Poty e tares e metavulcano-sedimentares mesoprotero- da Nassau. zóicos. Chama-se atenção para o jazimento de nº No total, os jazimentos de ferro são em número 88 que está hospedado na extremidade do grani- de 18. Existem ainda, no âmbito da seqüência me- tóide de Teixeira, em rochas granodioríticas de afi- tavulcano-sedimentar do Complexo Poço dos Ca- nidade trondhjemítica. Dois dos jazimentos filonia- chorros, três ocorrências da associação Fe/Mn nos têm sido trabalhados de forma intermitente: o (nos 19, 20 e 21), que apresentam um caráter estra- de Pedra Preta (nº 83)eodeCachoeira de Minas tiforme bandado, encaixados em serici- (nº 89), ambos no município de Princesa Isabel. ta-muscovita xistos e com a seguinte associação Esse último está atualmente em atividade e apre- mineralógica: hematita, psilomelano, pirolusita e senta-se em dois filões paralelos e, conseqüente- quartzo. O relatório temático de geofísica da Folha mente, duas frentes de lavra, uma no nordeste e Serra Talhada de Oliveira & Silva Júnior (1994), chamada de área de Farias e a outra no sudoeste e apresenta, de modo interpretativo, a existência de denominada área de Covico, situadas ao sul da corpos magnéticos tabulares ao longo do trend zona de cisalhamento transcorrente dextral de Ju- dos jazimentos de São José do Belmonte (PE) e ru-Belém. Segundo informações não oficiais, o ga- Nova Olinda (PB), encaixados no Complexo Ca- rimpo de Cachoeirinha de Minas chegou a produ- choeirinha. zir 10kg de ouro por mês (figura 4.2).

4.1.4 Cobre 4.1.3 Ferro Está presente sob a forma de ocorrências de três Jazimentos ferríferos são conhecidos na região tipos. O primeiro tipo(nº66), ocorre no jazimento es- de São José do Belmonte (PE) há algumas déca- tratiforme da denominada “Seqüência Itajubatiba”, das, tendo sido descritos por Santos em 1967 e associada ao jazimento de ouro, em xistos grafito- posteriormente por Viana (1978). Na Folha Serra sos, na capa da interface metacalcário/skarn/anfi- Talhada, como foi mostrado na descrição dos bolito. No segundo grupo estão os jazimentos filoni- complexos serra dos Quintos, Riacho Gravatá e anos (nos 67 a 74), com textura multivenulada de Cachoeirinha, ocorrem níveis ferríferos, quer asso- malaquita, quartzo e hematita, em metacherts e ciados a metavulcânicas básicas, anfibolitos ou metaconglomerados ferríferos, brechóides, do talco xistos; apresentando, portanto, uma origem Complexo Cachoeirinha, que ocorrem na região de vulcanogênica/vulcano-sedimentar, ou um cará- Barro e Aurora (CE), tendo-se constatado a presen- ter mais sedimentogênico, onde o minério ocorre ça de metavulcânicas ácidas estratiformes em al- lenticular e estratiforme, concordante com as en- gumas destas ocorrências, onde aparecem tam- caixantes e formando serrotes que se destacam bém sulfetos de cobre. na topografia. Os depósitos do primeiro tipo apre- O terceiro tipo de jazimento de cobre apresen- sentam como associação mineralógica magnetita, ta-se como sulfeto sob a forma de amas, dissemi- grunerita e quartzo, enquanto os do segundo tipo, nado em metavulcânicas básicas em dois locais: os quais são mais representativos na região e fo- em Água Grande, município de Manaíra – PB (nº 75) ram explotados no distrito do Carmo, município de e no distrito de Luanda – PE (nº 76). O principal jazi- São José do Belmonte até o final da década de 80, mento é o de Luanda, que se encaixa em metavul- são constituídos por hematita, magnetita e quart- cânicas básicas e filitos do Complexo Poços dos

–43– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

150m

Veios quartzo-feldspáticos e de turmalinitos.

Anfibólio gnaisse leucocrático com horizontes de leptitos e metarcóseos. A oeste de Itajubatiba ocorre um horizonte de tremolita-actinolita quartzito (CL-286).

Granada-anfibólio quartzito (CL-148 G).

Xistos grafitosos, biotíticos, com granada e sillimanita (CL-279 A e B); presenca de pirita e calcopirita.

Rochas calcissilicáticas e anfibolitos, evideciando intensa ação hidrotermal e metassomatismo – Processos de sericitização, quartzificação, silicificação, carbonatação, serpentinização. Estão localizadas preferencialmente nos contatos de calcário com as encaixantes, e nas zonas de

AJUBATIBA fraturamento e falhamento – Tipos litológicos ricos em anfibólio (tremolita-actinolita), diopsídio, flogopita, forsterita, serpentinita, clorita e espinélio. Os tipos mais anfibolíticos são mineralizados em ouro – Seqüência muito dobrada, predominando mergulhos para sul. CL-273, CL-279 D, CL-289AaG,CL-290AeB.

Calcário dolomítico com tremolita, diopsídio, forsterita, espinélio, flogopita, serpentina, braunerita (CL-275 e CL-279 C).

SEQÜÊNCIA IT Gnaisse e xisto não-granatíferos, por vezes epidotíferos, com intercalações de quartzitos e leptitos.

Gnaisse fino, granatífero.

Migmatito homogêneo não-granatífero.

Fonte: Projeto Ouro de Pernambuco e Paraíba Convênio SUDENE/CPRM

Figura 4.1 – Perfil esquemático da Seqüência Itajubatiba.

–44– SB.24-Z-C ( Serra Talhada)

MINA DO FARIAS SETOR CACHOEIRA DE MINAS

TRINCHEIRA PEQUENA (FRENTE SW)

AB-M-017

SE NW 01m0,5 AMOSTRA PVC - AB- M - 017: Teor de Au = 5,673g/ t

PLANO INCLINADO I (FRENTE NE)

AB-M-018 Plano

inclinado

NW SE 02m1

AMOSTRA PVC - AB-M-017: Teor de Au = 9,809g/ t

Muscovita Xisto Entulho e rejeito

Filão de quartzo aurífero Fratura / junta

Salbanda Fonte: Projeto Ouro Vale do Piacó Convênio CPRM - SUDENE Figura 4.2 – Cortes esquemáticos em escavações antigas.

–45– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Cachorros. A Billington Metais executou trabalhos encaixados concordantemente em xistos e filitos de pesquisa via geoquímica, geofísica, escava- grafitosos do Complexo Poço dos Cachorros, ções e sondagem numa área de 1.820km2.Empe- constituindo lentes de pequena possança. A grafi- queno gossan foi detectada anomalia geoquímica ta é do tipo laminar e ocorre de forma maciça ou com 3.800ppm de zinco, tendo sido executados disseminada em grafita xistos, em associação dois furos de sonda, os quais atravessaram rochas com quartzo, muscovita e manganês. A ocorrên- metavulcânicas ácidas e intermediárias, metabasi- cia de Vargem (nº 62) foi garimpada na década de tos, metatufos, clorita calcixistos e xistos grafitosos 40, através de duas pequenas escavações. A com pirita disseminada. O intervalo piritoso situa-se quarta ocorrência está situada a NW da cidade de entre 50m e 68m, no primeiro furo de sonda, e entre Serra Talhada (nº 65) e tem como encaixante xis- 92,54m e 93,65m no segundo (Barros,1984). A cita- tos do Complexo Sertânia, não apresentando inte- da empresa considerou os resultados an- resse econômico. tieconômicos e paralisou a pesquisa.

4.1.7 Chumbo 4.1.5 Asbesto e Talco Veios de quartzo com presença de galena disse- As ocorrências destes minerais estão prefe- minada ocorrem em quatro locais, nos municípios rencialmente distribuídas no âmbito dos comple- de São José de Piranhas (PB) e Barro (CE), no âm- xos Serra dos Quintos e Caicó. Estão sendo relacio- bito de cloritaxistos e filitos do Grupo Cachoeirinha nadas a processos de serpentinização das rochas (nos 92 a 95). O hidrotermalismo responsável por ultrabásicas, que constituem as hospedeiras des- estes veios deve estar relacionado à Zona de Ci- tes jazimentos (nos 98 a 101). A asbestificação des- salhamento de Patos, sendo também responsável ta faixa foi resultante da percolação de líquidos hi- por duas ocorrências de pirita. Nessa região ocor- drotermais favorecidos pela Zona de Cisalhamento re, associada às litofácies do Complexo Cachoei- de Patos. A ocorrência da fazenda Velho Belo (nº rinha, uma ampla zona de anomalia geoquímica 102) já foi garimpada e os entulhos das escavações de 2ª ordem para Cu, Pb e Zn, assim como, na dificultam qualquer prognóstico do seu potencial. mesma grandeza, outra zona anômala para Zn e Porém, as pequenas dimensões e a variedade do Cu também é observada nessa região. amianto desse e dos demais jazimentos desta faixa (antofilita) apresentam pequenas perspectivas econômicas. Existem ainda duas outras ocor- 4.1.8 Coríndon, Ágata, Quartzo e Feldspato rências de amianto (nos 103 e 104) que estão encai- xadas em rochas dos complexos Salgueiro e Poços Ocorrências desses minerais apresentam pe- dos Cachorros, as quais não apresentam interesse queno interesse econômico e indicam a presen- econômico, mas contribuem para um melhor co- ça de fluidos hidrotermais ou pneumatolíticos. nhecimento da ambiência onde estão situadas. Uma ocorrência de coríndon e outra de ágata As ocorrências de talco cadastradas são também (nos 107 e 108), encontram-se no NW da Folha de pequeno significado, estando uma no município Serra Talhada, no município de Cachoeira dos de São José de Piranhas (PB), encaixada em rochas Índios (PB), em migmatitos/ortognaisses tonalíti- ultrabásicas/migmatitos, no âmbito dos ortognais- cos do Complexo Caicó. O coríndon está as- ses tonalíticos do Complexo Caicó. A segunda en- sociado à magnetita e há notícia de que foi de- contra-se no município de Afogados da Ingazeira tectada safira no local. Existem duas ocorrênci- (PE), hospedada em xenólitos de rocha ultrabásica, as de quartzo em rochas pegmatíticas, a de nº encaixada por augen gnaisse mesoproterozóico. 109, encaixada em biotita gnaisses do Comple- xo Sertâniaeadenº110, encaixada em biotita gnaisse migmatizado do Complexo Metaplutôni- 4.1.6 Grafita co Indiscriminado, das quais se têm poucas in- formações. Está também cadastrada uma ocor- Foram cadastradas quatro ocorrências de grafi- rência de feldspato em pegmatito situado na bor- os ta, três das quais (n 62 a 64) estão concentradas da de um corpo de ortognaisses Mg 3, a qual apre- no município de Jurú (PB). Esses jazimentos estão senta pequena importância econômica.

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4.2 Metalogenia Previsional tos (subárea IVa) e ocorrências de ouro aluvionar (in- dícios de ouro em concentrado de bateia na subá- A Carta Metalogenética/Previsional foi executa- rea IVb). Na Área V encontram-se filões quart- da sobre uma base tectono-estratigráfica, tendo zo-auríferos e também indícios de ouro em aluvião, como suporte a integração de todos os dados geo- no âmbito de xisto e filitos do Complexo Salgueiro lógicos, geoquímicos, geofísicos e de cadastra- (subárea Va); a subárea Vb engloba indícios geoquí- mento mineral disponíveis sobre a área. Merecem micos de ouro em aluviões que drenam rochas dos destaque na concepção das áreas metalogenéti- complexos Cachoeirinha e Salgueiro. No geral, to- cas/previsionais as zonas de cisalhamento e as lito- dos os jazimentos existentes nas cinco áreas descri- logias e/ou associações litológicas que atuaram tas (calcário, ferro, ouro, asbesto e talco) apresen- como metalotectos comprovados, prováveis e pos- tam um controle litológico-estratigráfico. Nas áreas II síveis. Nessa carta estão plotadas anomalias geo- e V observa-se a influência do controle estrutural nas químicas de diversos elementos, em sedimento de mineralizações de ouro, sendo que na Área V os fi- corrente, concentrado de bateia e solo, bem como lões quartzo-auríferos estão provavelmente também zonas geoquímicas anômalas. Estão também plo- relacionados ao sienito de Catingueira. tadas zonas de alta susceptibilidade magnética, li- O Terreno Piancó-Alto Brígida é constituído pe- neamentos magnéticos e indicação de corpos los litótipos mesoproterozóico e metavulca- magnéticos tabulares em superfície ou subsuperfí- no-sedimentares dos complexos Riacho Gravatá e cie. Finalmente, estão presentes todos os jazimen- Poço dos Cachorros e pelas seqüências metasse- tos minerais cadastrados, representados pela clas- dimentares dos complexos Salgueiro e Cachoeiri- se do jazimento, status e morfologia. nha, do Neoproterozóico. Estes pacotes estão in- Na porção norte e centro-norte da Folha Serra trudidos por granitóides calcialcalinos e peralcali- Talhada dominam os terrenos Granjeiro e Piancó. nos neoproterozóicos. Dentro desse terreno, no No primeiro encontram-se os litótipos dos comple- âmbito dos filitos e clorita xistos do Complexo Ca- xos Caicó e Serra dos Quintos e foram individuali- choeirinha, no noroeste da folha, encontra-se uma zadas as subáreas Ia, b e IVa, enquanto no segun- área com ocorrências de chumbo e pirita, engloba- do domina o Complexo Piancó e ocorre a presença da por uma zona anômala de concentrado de secundária dos complexos Salgueiro e Cachoeiri- bateia de 2ª ordem de Cu, Pb e Zn. Trata-se da Área nha, além de ortognaisses mesoproterozóicos e ro- VI, a qual apresenta-se apenas com potencial para chas intrusivas neoproterozóicas, tendo sido indivi- depósito de sulfetos de metais básicos. No âmbito dualizadas as áreas prospectivas IIa, b; IIIeVa,b. do Complexo Cachoeirinha também estão presen- Trata-se de áreas prováveis de conter jazimentos tes vários depósitos e ocorrências de ferro banda- econômicos. do (BIF) que, corroborado pela indicação de cor- A Área I está subdividida nas subáreas a e b, que pos magnéticos tabulares em superfície e subsu- são quase contínuas e apresentam lentes de calcá- perfície, constituem o mais longo trend ferrífero rio, ocorrências de ferro estratiforme, asbesto e tal- existente no âmbito dos estados de Pernambuco e co. A subárea II a, apresenta-se apenas com o po- da Paraíba (± 100km de extensão). Considera-se tencial de conter mineralização aurífera associada ainda, neste contexto, ocorrências de calcário e co- a sulfetos e arsenietos de Cu, Pb e Zn, como ele- bre e zonas anômalas de 2a ordem de ouro, que mentos acessórios. Na subárea II b ocorrem o ga- constituem a Área VII, a qual engloba as subáreas rimpo de ouro de Boqueirão dos Cochos (que foi VIIa, b e c. O trend ferrífero, corresponde a uma fai- trabalhado na década de 40), zonas anômalas para xa prospectiva que poderá vir a ser pesquisada ouro de 1ª e 2ª ordem e calcário. A Área III contém com maior detalhe, com vistas a mineralizações fer- lentes de calcário em níveis estratigráficos do Com- ríferas de sulfetos polimetálicos e ouro. Com base plexo Piancó. Ocorrem ainda indícios de ouro e no contexto geológico favorável a alguns tipos de scheelita em concentrado de bateia e anomalias mineralizações, e a presença de ocorrências mine- geoquímicas de Ag, BeeWemsedimentos de cor- rais e de indícios geoquímicos e geofísicos, todo o rente, os quais, possivelmente, estão relacionados pacote metavulcano-sedimentar dos complexos à granitogênese Cariris Velhos que afetou os me- Riacho Gravatá e Poço dos Cachorros é considera- tassedimentos do Complexo Piancó. A Área IV con- do como favorável a mineralizações de ferro, ouro e tém o nível estratiforme de skarn/anfibolito com ga- sulfetos, com associações polimetálicas de Cu, Co, rimpos de ouro (atualmente inativos) da Seqüência V, Ag, Zn etc., constituindo portanto a Área VIII. Itajubatiba, encaixada no Complexo Serra dos Quin- Inserida no contexto dessa área está delimitada a

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Área IX, a qual compreende as subáreas IXa, IXb e presença de água subterrânea e foram delimita- IXc. Na primeira estão presentes mineralizações de das no mapa metalogenético como áreas previsio- ferro, ouro e cobre; na subárea IXb encontram-se nais. Nessas bacias já existem poços tubulares jazimentos de ouro e calcário, enquanto que na su- utilizados em irrigação. Na Bacia do Araripe exis- bárea IXc existem ocorrências de grafita e fer- tem várias áreas irrigadas, sendo que a maior de- ro-manganês. las está situada a sudeste de Mauriti e abrange O domínio correspondente ao Terreno Alto Pa- uma área de 146 hectares e utiliza seis poços tu- jeú compreende metassedimentos mesoprotero- bulares, com profundidade média de 130m e va- zóicos e metavulcânicas neoproterozóicas. Esse zão média por poço em torno de 30m3/hora, o que domínio corresponde a 25% da Folha Serra Talha- perfaz um total de 180m3 de água por hora, usa- da e apresenta jazimentos de grafita, talco, quart- dos no cultivo de 112 hectares de manga e 34 hec- zo, feldspato, ouro e calcário, bem como ano- tares de banana. Na Bacia de São José do Bel- malias geoquímicas em sedimento de corrente de monte ocorrem várias áreas de irrigação que tota- vários elementos (Ba, Sr, Nb, B, Y, La, Pb, Ni, Co, lizam cerca de 200 hectares, com uso de poços tu- Cu,Cr,SneAu).OSneoAuaparecem também bulares com vazão similar àquelas dos poços da em concentrado de bateia, tendo sido encontrada bacia do Araripe, porém com profundidades que cassiterita em uma estação anômala de ouro. Em variam de 100m a 250m, sendo utilizadas no culti- torno do jazimento de ouro de Princesa Isabel vo de frutas e verduras, principalmente manga, ocorre uma anomalia de ouro de 1ª ordem. A maio- banana, melancia, tomate, feijão verde e milho ria dos jazimentos deste terreno está encaixada para indústrias de conserva. Tanto na Bacia do nos metassedimentos dos complexos São Caeta- Araripe quanto na Bacia de São José do Belmonte, no e Sertânia, possuindo um controle estratigráfi- o aqüífero utilizadoéodaFormação Mauriti, que co-metamórfico, com exceção dos jazimentos de apresenta ótimas perspectivas de abastecimento quartzo e feldspato, relacionados a líquidos finais de água em áreas encravadas do sertão (Men- (pegmatíticos) da granitogênese que afetou este te,1994). A Bacia sedimentar de Fátima está situa- domínio, e do ouro, que possui um controle estru- da ao sul da cidade de Serra Talhada e apresenta tural-termal responsável pela mobilização dos lí- uma área com cerca de 300km2 .Com base nos es- quidos hidrotermais. A presença de Sn em anoma- tudos hidrogeológicos de Moraes (1995), apre- lias geoquímicas e cassiterita em concentrado de senta-se na (figura 4.3) os dados previsionais para bateia, também está relacionada à granitogênese a captação de água subterrânea naquela bacia se- da área, provavelmente sem perspectivas econô- dimentar. Conforme pode-se observar, existe exce- micas. Foi delimitada apenas uma área metaloge- lente perspectiva para abastecimento dos municí- nética/previsional favorável a depósitos importan- pios de Custódia, Sítio dos Nunes, Carnaíba e Flo- tes de calcário, tratando-se da Área X, que se situa res, com água de boa qualidade. nos municípios de Flores e Carnaíba. Essa área A Folha Serra Talhada apresenta uma quantida- engloba lentes de calcário cálcico puro, intercala- de apreciável de corpos granitóides, por vezes ver- das em metassedimentos do Complexo São Cae- dadeiros batólitos, os quais demonstram conside- tano. Trata-se da mais importante reserva de cal- rável potencial para explotação de rochas para fins cário de excelente qualidade do estado de Per- ornamentais, pedra-de-talhe e brita. Por causa da nambuco. As anomalias geoquímicas de ouro, ampla dispersão desses corpos na área, não foram cassiterita, estanho e chumbo em concentrado de delimitadas áreas previsionais. Outrossim, verifi- bateia e de Au, Cu, Co, Cr, Ni, Zn, Nb, Ba e Sr em ca-se que os granitóides mesoproterozóicos, em- sedimento de corrente, devem ser resultantes da bora por vezes possam vir a ser utilizados como pe- percolação de fluidos hidrotermais devido a intru- dras ornamentais, em razão de se apresentarem sões de granitóides (ortognaisses) e à existência normalmente foliados, tendem a ser usados na de zonas de cisalhamento tangenciais e transcor- construção civil como brita e pedra de talhe em ge- rentes que serviram de condutos para os referidos ral. Por sua vez os granitóides neoproterozóicos, fluidos. por se apresentarem mais homogêneos, normal- As três bacias paleo-mesozóicas existentes na mente poderão vir a ser utilizados como pedras or- Folha Serra Talhada (Fátima, São José do Belmon- namentais, principalmente aqueles do tipo Itapo- te e Araripe), constituem áreas com importante ranga e tipo Conceição.

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BACIA DE FÁTIMA

RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS

N

ÁREAS PREVISIONAIS

ÁREA PROVÁVEL ÁREA POSSÍVEL ÁREA POTENCIAL Poços com profundidade de 50 Poços com profundidade Desfavorável à exploração de água a 200m e vazões de 50 a 50m3 /h máxima de 100m e vazão subterrânea. Ocorrência de fontes 3 de até 8m /h naturais com vazão de 500 a 1.200m3 /h

Poço manual Poço tubular (Cacimba)

Figura 4.3 – Aqüífero intergranular, contínuo, livre. A espessura máxima pode atingir 500m. Permeabilidade no intervalo de 0 a 135m, classificada como algo permeável. Água de boa qualidade. Adaptado de Moraes (1995).

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5

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A integração dos trabalhos existentes no con- cos, foi redefinida como pertencente ao Complexo texto da Folha Serra Talhada, escala 1:250.000, Caicó, sendo constituída de ortognaisses tonalíti- permitiu uma avaliação abrangente da geologia re- cos com presença de supracrustais. gional e algumas conclusões e recomendações im- 3) As unidades denominadas complexos Sal- portantes. gueiro, Cachoeirinhas e Irajaí, à luz de novas infor- mações geocronológicas, foram consideradas nesta nota explicativa como pertencente ao Neo- 5.1 Conclusões proterozóico. 4) Embora tenham ocorrido avanços nos conhe- 1) Os litótipos do Complexo Riacho Gravatá, do- cimentos geológicos e geotectônicos no âmbito da brados, falhados e cisalhados, considerados anteri- Folha Serra Talhada, trabalhos geológicos de deta- ormente como pertencentes ao Grupo Salgueiro e si- lhe serão necessários para um melhor conheci- tuados entre os complexos Cachoeirinha (ao norte) e mento e caracterização das áreas favoráveis a mi- o Terreno Alto Pajeú (ao sul), discutidos nos capítulos neralizações. 2 e 3, tiveram sua deposição relacionada a um episó- dio de rifteamento e acresção de arcos magmáticos, próximo ao final do Mesoproterozóico (± 1.100Ma). 5.2 Recomendações 2) As unidades litoestratigráficas situadas no norte da folha e anteriormente consideradas (Proje- 1 – Levantamento geológico-geoquímico na to Cachoeirinha, 1985) como pertencentes ao Gru- faixa do Terreno Piancó-Alto Brígida, principal- po Seridó (formações Equador e Parelhas/Quixa- mente no âmbito dos complexos metavulcano- ba), bem como a Unidade Ai2 do Grupo Inferior, fo- sedimentares Riacho Gravatá e Poço dos Ca- ram reagrupadas neste trabalho como represen- chorros, considerando o alto potencial dos mes- tantes do Complexo Serra dos Quintos. De modo mos para conter depósitos econômicos de ouro e semelhante, a Unidade Ai1 do Grupo Inferior, repre- jazidas polimetálicas de Au-Ag, Cu-Pb-Zn, Co e sentada dominantemente por ortognaisses tonalíti- V, bem como depósitos de ferro, grafita e manga-

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nês. Dentro desse levantamento, seria realizada dicam a existência, em superfície ou subsuperfície, uma reavaliação dos trabalhos efetuados pela de corpos magnéticos tabulares. Billington S.A., com uma complementação na 4 – Estudo específico da faixa dos jazimentos de amostragem geoquímica dos sedimentos de cor- calcário cálcico de Flores - Carnaíba (Área X), com rente e solo. a finalidade de orientar os mineradores quanto à 2 – Um estudo geológico-geoquímico seme- melhor utilização desse bem mineral, segundo a lhante ao anterior deve ser executado no âmbito composição química, conforme foi discutido no Ca- do Complexo Serra dos Quintos, acompanhado pítulo 4.1, compreendendo também uma reavalia- de uma reavaliação dos jazimentos de ouro, as- ção das reservas existentes. besto-talco, ferro e calcário, com perspectiva da 5 – Um estudo específico para avaliar a potencia- existência de jazimentos polimetálicos e/ou do lidade nos litótipos da porção do Complexo Ca- tipo Itajubatiba. choeirinha situada a norte e noroeste de Monte Ore- 3 – Reavaliação dos depósitos de ferro conheci- be - PB, onde existem ocorrências de pirita, ferro e dos no Complexo Cachoeirinha e pesquisa de todo cobre e indícios de chumbo, além de zonas geoquí- o nível estratigráfico onde os estudos geofísicos in- micas anômalas de Cu-Pb-Zn e de Au.

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–54– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

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–55– Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

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–56– SB.24-Z-C (Serra Talhada)

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–57– Foto 1.1 Relevo colinoso na cabeceira do rio Pajeú, sul de Triunfo, PE.

Foto 1.2 Áreas aplainadas das formações Mauriti e Brejo Santo (leste da Bacia do Araripe). Foto 2.1 Anatexia, dobras intrafoliais e vergência para SE resultante de empurrões do Evento Cariris Velhos. Complexo Metaplutônico Indiscriminado, sul de Afogados da Ingazeira, PE.

Foto 2.2 Ortognaisse Mg3 de cor cinza e granulação fina. Ocorrem lineações B com 8°/260° Az. Afloramento junto a Carnaíba, PE. Foto 2.3 Foto 2.4 Rocha básica intercalada em paragnaisses Dobras intrafoliais em Z, indicando movimento dextral (Complexo Serra dos Quintos). (Complexo São Caetano). Na zona do Lineamento Patos, ao norte Afloramento de calcário na região de Flores, PE. de Aguiar, PB.

Foto 2.5 Foto 2.6 Filitos do Complexo Cachoeirinha, mergulhando Quartzo dioritos do Tipo Conceição submetidos para sul. Rodovia BR-116, próximo a Barro, CE. a cisalhamento transcorrente. NE Vazante, PB. na , sienitos e quitos. erados trusões gabro- ocha básica. has básicas intercalações de CARTA GEOLÓGICA lcânicas ácidas e cc - calcário cor - coríndon fd - feldspato gf - grafita pi - pirita qz - quartzo tl - talco cáticas e anfibolitos. ESCALA 1:250.000 - CPRM, 2000 FOLHA SERRA TALHADA - SB.24-Z-C Cu - Cobre Fe - Ferro Mn - Manganês Ni - Níquel Pb - Chumbo aa - ágata as - asbesto Traços de superfície S Dique Filão de quartzo Nível ferrífero Transporte de massa 1-Cariris Velhos 2-Brasiliano Datação geocronológica numera- da conforme a tabela no texto Seção geológica Transcorrência dextral Transcorrência sinistral Mina ativa cc- calcário Mina paralisada Fe - ferro Garimpo ativo Au - ouroGarimpo intermitente ou paralisado Au - ourocc - calcário cc - calcário Ocorrência mineral as gf - - asbesto grafita Limite interestadual Estrada de ferro Curso de água periódico Barragem, açude B A metacherts metacherts a a a a a 2000 CPRM CENOZÓICO MESOZÓICO Sinforme invertidoindicado com caimento Sinforme invertido de 3caimento indicado geração com Sinforme invertido horizontal Antiforme normalhorizontal de 2 geração Antiforme normal de 2caimento indicado geração com Antiforme normal de 3caimento indicado geração com Antiforme invertidoindicado com caimento Antiforme invertidocom caimento indicado de 3 geração Antiforme invertido horizontal Foliação com mergulho indicado ou medido Foliação miloníticamedido com mergulho Foliação Vertical Lineação B com caimento medido Lineação demento medido estiramento com cai- Estrada pavimentada Estrada sem pavimentação, tráfego permanente Estrada sem pavimentação, tráfego periódico Foliação S1, S2, S3 com mergulho medido PALEOZÓICO Serviço Geológico do Brasil ESCALA 1:250.000 30 NEOPROTEROZÓICO 20 20 PALEOPROTEROZÓICO 38 3 Datum horizontal: Córrego Alegre, MG. 80 Evento/Ciclo Brasiliano: 550-750Ma Evento/CicloTransamazônico: 1.900±100Ma 3 MESOPROTEROZÓICO 3 3 2 2 Bacias do Araripe e de São José do Belmonte Evento/Ciclo Cariris Velhos: 950-1.100Ma Bacias de Fátima, do Araripe e de São José do Belmonte CARTA GEOLÓGICA acrescidas as constantes: 10.000km e 500km, respectivamente. PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR Origem da quilometragem UTM: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr., Declinação magnética no centro da folha em 1998:22º 12' W, cresce 3,1' anualmente 5 0 5 10 15 20km rift augen- -ortognaisses, de cor cinza-rósea e grã fina a grosseira , compreendem granodioritos e monzogranitos. Contato Contato aproximado Contato transicional ou gradativo Falha ou zona de cisalhamento indiscriminada Falha ou zona de cisalhamento provável Falha extensional Falha transcorrente sinistral Falha transcorrente dextral Zona de cisalhamento Zona de cisalhamento aproximada Zona de cisalhamento contracional Zona de cisalhamento contracional provável Zona derente dextral cisalhamento transcor- Zona derente sinistral cisalhamento transcor- Zona de cisalhamento extensional Sinforme normal horizontal Sinforme normalindicado com caimento CIDADE Vila Outras localidades Campo de pouso Arenitos grosseiros a conglomeráticos, com estratificações cruzadas e lentes de caulim. Arenitos grosseiros a conglomeráticos e conglomerados com matriz arenosa, com seixos e blocos de composição variável. Conglomerados polimíticos, arenitos finos a conglomeráticos, arenitos arcosianos, folhelhos, metavulcânicas e clorita filitos. Aluviões Coberturas detríticas Arenitos grosseiros com leitos conglomeráticos; no topo ocorrem leitos delgados de arenitos finos, sílticos e argilosos. Siltitos laminados com níveis de calcários e margas, com arenitos finos ou médios no topo. Diques sieníticos, ocorrem no batólito de Triunfo, nasSienitos supracrustais alcali-feldspáticos e tendo nos como granitóides destaque mais o ao batólito norte, de sendo Triunfo, classificados contendo como autólitos alcalifeldspato e tra diques sin-plutônicos de piroxenito (Tipo Triunfo- ) Dioritos potássicos de granulação média a fina. dioríticas. Ortognaisses granodioríticos, monzograníticos e sienograníticos, com anatexia e presença de anfibolitos, leptitos, paragnaisses e enclaves de r Ortognaisses tonalíticos (biotita-hornblendaintercalações de gnaisses), anfibolitos, paragnaisses, calcissilicáticas faixas e ricas metacalcários. em hornblenda e epidoto que se alternam com faixas quartzo-feldspáticas; granitos alcali-feldspáticos, isótropos; por vezes ocorrem pórfiros de feldspatoGranitóides potássico de e afinidade enclaves trondhjemítica, ricos compreendendometaluminosa, em granodioritos anfibólio leucocráticos com (Tipo com Catingueira grã xenólitos - média das a encaixantes grosseira e ( enclaves máficos (N 3b). ). ),Granodioritos, granitóides quartzo de dioritos filiação e alcali tonalitosgranodioritos com porfiríticos, epidoto magmático, com grosseiros foliação contendo magmática, autólitos contendo de enclaves rochas e máficas pórfiros (Tipo de Conceição microclina - com estrutura zonada (Tipo Itaporanga - ); granitos e ). Sienitos e monzogranitos de cormetagranitos rósea microporfiríticos e granulação grosseiros fina a de média cor (N rósea (N 1c), quartzo 1a). sienitos e quartzo monzonitos com deformaçãoHornblenditos protomilonítca de (N cor verde-escura 1b), edunitos granulação e média piroxenitos ( serpentinizados ( c), metagabros de a). cor verde-escura a negraParagnaisses, e metagrauvacas, ortoanfibolitos, granulação metatufos grosseira basálticos, ( metavulcano-clásticas, b), metaultrabasitos, , metacalcários, rochas calcissilicáticas e inr polimíticos, metarenitos, metagrauvacas, quartzitos (qt) e metacalcários ( Nc1). Muscovita xistos com intercalações de quartzitos, xistos ferruginosos, talco-clorita xistos e filitos. Granada-muscovita-biotita paragnaisses e sillimanita-granada-biotita paragnaisses, contendo quartzitos, metacalcários, rochas calcissili Filitos, metarenitos, metagrauvacas, metaconglomerados intraformacionais, níveis ferríferos e presença de metavulcânicas (Nc2), metaconglom Quartzitos (qt), gnaisses quartzíticos e granada-biotita xistos com intercalações de metacalcários. Biotita-clorita-anfibólio xistos, filitos grafitosos, níveis de formações ferríferas, rochas metabásicas eXistos, filitos, rochas vulcânicas básicas(Mrg1). e intercalações de metarenito ( Mrg2), rochas metavulcânicas . ácidas, quartzitos e intercalações de roc Paragnaisses, anfibolitos/calcissilicáticas (ac), quartzitos (qt), formações ferríferas, biotita xistos e metacalcários (cc). Ortognaisses monzograníticos protomilonitizados a milonitizados. Hornblenda gnaisse de composição granodiorítica. Augen Hornblenda ortognaisses e biotita ortognaisses com boa foliação. Cordierita xistos com intercalações deanfibolitos gnaisses tonalíticos, e anfibolitos rochas e raros calcissilicáticas metacalcários (Mp2), (Mp1). migmatitos e ortognaisses tonalíticos com Muscovita-biotita gnaisses às vezes granadíferos,intermediárias. leptitos, muscovita xistos, metacalcários (cc), quartzitos, metavulcano-clásticas e metavu 1 2 b 2 a a 1 a a b b a de Iara b qt b 1 cc qt cc qt Pi Ni Ci Tc Jb Pc Nc Jm Qa Mp Nrb ds SDt Mrg Nsa Msq Mse Mpc Msc SDm 2 c c llll ac Granitóides de Quimismo Indiscriminado Complexo Sertânia Suíte Calcialcalina de Médio e Alto Potássio Complexo Serra dos Quintos Complexo Metaplutônico Indiscriminado Suíte Peralcalina Formação Missão Velha Suíte Granítica Cariris Velhos Complexo Piancó Complexo Riacho Gravatá Complexo São Caetano Complexo Caicó Quaternário Terciário Jurássico-Seqüência Pré- Formação Brejo Santo Siluro-Devoniano Formação Mauriti Formação Tacaratu Eocambriano Graben Intrusivas Metaultrabásicas e Metabásicas Complexo Irajaí Complexo Cachoeirinha Complexo Salgueiro Complexo Riacho da Barreira Complexo Poço dos Cachorros

s 3 nd s Gr a e s . 75

ch a Pajeú s C s s 7º00' 8º00' 9º00' Rch. s 6º00' s s

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s CAICÓ PATOS SB.24-Z-B SB.24-Z-D SC.24-X-B

GARANHUNS a

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BELÉM DE SÃO R d SERRA TALHADA

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P 2 ARTICULAÇÃO DA FOLHA

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s CARTA GEOLÓGICA - ESCALA 1:250.000 - ANEXO I Helton Heleri Falcão Torres 2 IGUATU NORTE SB.24-Y-B SB.24-Y-D SC.24-V-B

s SALGUEIRO Pajeú JUAZEIRO DO 40º30' 39º00' 37º30' 36º00' Coordenador Regional do PLGB: Marinho AlvesAlves da Wanderley Silva Filho e Adeison Autor: Hermanilton Azevedo Gomes Supervisores: Edilton José dos Santos O Programa Levantamentosexecutado Geológicos pela Básicos CPRM do -unidades Brasil regionais, Serviço sob - Geológico a PLGB, do coordenaçãoDEGEO/Diretoria do é Brasil, de Departamento através Geologia de Geologia de efoi - Recursos suas executado Minerais-DGM. Este pela projeto tendo Superintendência sido concluído em Regional abril de de 1996. Diretor da Recife-SUREG/RE, DGM: Luiz Augusto Bizzi Chefe do DEGEO: Sabino Orlando C. Loguercio Coordenador Nacional do PLGB: 40º30' 39º00' 37º30' 36º00'

s 6º00' 7º00' 8º00' 9º00'

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PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL

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t 7º00’

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s RIO GRANDE DO NORTE

ALAGOAS s SE

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s

39º00’ 36º00’ 3 39º00’ LOCALIZAÇÃO DA FOLHA s s

s CEARÁ

s aa

s BAHIA

s

s s PIAUÍ 3

s Base planimétrica e tema digitalizadospartir pela da Divisão carta de imagem Cartografia - de1:250.000, 1 DICART radar a . da edição, 1 folhaA . SB.24-Z-C impressão, digitalização DSG, Serra 1981. dos Talhada, dados natransferidas, temáticos escala e visualmente, atualização dacampo, pelos base a partir planimétrica de técnicos fotografias foram aéreas eCompilação responsáveis imagens e de orientação radar na e pelos SUREG/RE: satélite. Marina Nóbrega. Esta trabalhos carta foi de produzida em meiode digital e 2001, para publicação utilizando naCartografia-DICART/Departamento Internet os em março de mesmosRelações dados Institucionais Apoio e da Desenvolvimento - DRI. Diretor carta Técnico-DEPAT/Diretoria da DRI: impressa, Paulo Antônio de Carneiro pela Dias Chefe do Divisão DEPAT:Giuseppina Giaquinto de Araujo de Chefe da DICART:Paulo Roberto Macedo Bastos Editoração cartográfica: WilhelmJosé Cabral Cezar Peter eDigitalização: Valter Marília Alvarenga de Barradas Santos Salinas do Freire RosárioSilva (coord.) Bernard e Risonaldo Pereira (coord.), da Revisão: Carlos Alberto Maria da S.Copolillo eRevisão na DIEDIG: Paulo Antonio José Lagarde da Costa Zilves

Piancó

s Rio 7º00’ 9º00’

s

s

s s s

Açude Coremas s s s s s 3

s s s s

s

s D'água

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Açude Gravatá

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do Pajeú

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA s

s s

s Açude s Cachoeira SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL

s

s s

s

s s

10

s

Fartura

da Rch.

s s Engº Ávidos Piranhas Açude Público

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s Rio s

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Humaitá s

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Açude

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de

Aningas Rch.

Rch. das

Salgado Rio FOLHA SB.24-Z-C SERRA TALHADA 6º00' 7º00' 8º00' 9º00' CAICÓ PATOS SB.24-Z-B SB.24-Z-D SC.24-X-B ESCALA 1:250.000 - CPRM, 1998 FOLHA SERRA TALHADA SB.24-Z-C Limite interestadual Estrada de ferro Curso de água periódico Barragem, açude Zona de cisalhamento transcor- rente dextral Zona de cisalhamento transcor- rente sinistral Zona desional cisalhamento exten- Transporte de massa Veio de quartzo CARTA METALOGENÉTICA/PREVISIONAL lll l l Inácio de Medeiros Delgado augen SOUZA SC.24-X-A SB.24-Z-C SB.24-Z-A FRANCISCO BELÉM DE SÃO Granitóides crustais, sintectônicos (sintangenciais) Ortognaisses de composição monzogranítica, textura porfirítica e estrutura protomilonítica Hornblendatextura oftálmica gnaisses granodioríticos e Granitóides tardi a pós- transcorrênciaperalcalina, (suítes: de afinidade trondhjemíticafiliação e alcalina de metaluminosa) Granitóides sintranscorrência calcialcalinos, de quimismo indiscriminado e intrusivas básicas/ ultrabásicas GRANITÓIDES BRASILIANOS GRANITÓIDES CARIRIANOS SERRA TALHADA l ARTICULAÇÃO DA FOLHA Helton Heleri Falcão Torres 6 5 13 17 18 Geofísica: Roberto Gusmão de Oliveira Geoquiímica: Frederico Campelo de Souza Cadastramento Mineral: Ivo Pessato Paiva IGUATU NORTE SB.24-Y-B SB.24-Y-D SC.24-V-B Autor: Hermanilton Azevedo Gomes Supervisores: Edilton José dos Santos Colaboradores: O Programa Levantamentosexecutado Geológicos pela Básicos CPRM do -unidades Brasil regionais, Serviço sob - Geológico a PLGB, do coordenaçãoDEGEO/Diretoria do é Brasil, de Departamento através Geologia de Geologia de efoi - Recursos suas executado Minerais-DGM. Este pela projeto tendo Superintendência sido concluído em Regional abril de de 1996. Diretor da Recife-SUREG/RE, DGM: Luiz Augusto Bizzi Chefe do DEGEO: Sabino Orlando C. Loguercio Coordenador Nacional do PLGB: Coordenador Regional do PLGB: Adeison Alves Wanderley SALGUEIRO JUAZEIRO DO 40º30' 39º00' 37º30' 36º00' 40º30' 39º00' 37º30' 36º00' 6º00' 7º00' 8º00' 9º00' 1998 CPRM

9º00’ 7º00’

Falha extensional Zona de cisalhamento Zona decional cisalhamento contra- Zona demada cisalhamento aproxi- Zona de cisalhamento contracio- nal provável Estrada pavimentada Estrada sem pavimentação, tráfego permanente Estrada sem pavimentação, tráfego periódico

O

C

I

T

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A

Serviço Geológico do Brasil E

ESCALA 1:250.000 C

l O l Datum horizontal: Córrego Alegre, MG. llll l UNIDADES TECTONO-ESTRATIGRÁFICAS 36º00’ acrescidas as constantes: 10.000km e 500km, respectivamente. PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR PARAÍBA Origem da quilometragem UTM: Equador e Meridiano Central 39ºW.Gr., RIO GRANDE DO NORTE ALAGOAS Complexo metaplutônico tonalítico, calcialcalino, contendo supracrustais (Complexo Caicó) Seqüência metamórfica de natureza mista,orto com e para rochas eMetaplutônico com Indiscriminado) anatexia (Complexo SE Declinação magnética no centro da folha em 1998: 22º12'W, cresce 3,1' anualmente 21 20 5 0 5 10 15 20km PERNAMBUCO Seqüência metassedimentar, terrígena, marinha, comcalcialcalino vulcanismo de arco vulcânico (Complexo Poço dos Cachorros) Seqüência metassedimentar, terrígena, marinha, comdistais turbiditos (8b) e seqüência metassedimentar,(8a) turbidítica (Complexo Cachoeirinha) proximal Sedimentos aluvionares, recentes (1a) Sedimentos detrítico-lateríticos (1b) Seqüência terrígena, continental e transicional Seqüência terrígena, continental basal Seqüência pelito-grauváquica (molássica) com participação vulcânica ROCHAS SUPRACRUSTAIS Seqüência metavulcano-sedimentar com vulcanismo bimodal intraplaca (Complexo Riacho Gravatá) Seqüência metassedimentar, podendo conter rochas metaplutônicas tonalíticas (Complexo Piancó) Seqüência metassedimentar, psamo-pelítica e presença rara de rochas metavulcânicas (Complexo São Caetano) Seqüência metassedimentar de natureza duvidosa, em parte migmatizada (Complexo Sertânia) EVENTO TECTONO-MAGMÁTICO CARIRIS VELHOS Seqüência metassedimentar, terrígena psamo-pelítica (Complexo Salgueiro) Seqüência metassedimentar, pelito-psamítica (Complexo Riacho da Barreira) Seqüência metavulcano-sedimentar com vulcanismo emáfico plutonismo (Complexo Irajaí) Seqüência metavulcano-sedimentar marinha, com vulcanismo máfico (Complexo Serra dos Quintos) GRABEN 39º00’ 36º00’ 39º00’ LOCALIZAÇÃO DA FOLHA 9 2 4 8 3 7 11 14 10 16 15 19 12 1a 1b CEARÁ EVENTO TECTONO-MAGMÁTICO TRANSAMAZÔNICO COBERTURAS PLATAFORMAIS BACIAS DO ARARIPE, DE SÃO JOSÉ DO BELMONTE E DE FÁTIMA ROCHAS SUPRACRUSTAIS EVENTO TECTONO-MAGMÁTICO BRASILIANO BACIA ( ) DE IARA CARTA METALOGENÉTICA/PREVISIONAL Contato Contato aproximado Falha ou zona de cisalhamento indiscriminada Falha transcorrente sinistral Falha transcorrente dextral CIDADE Vila Outras localidades Campo de pouso

BAHIA

aa

NEOPROTEROZÓICO

PALEOPROTEROZÓICO MESOZÓICO CENOZÓICO PALEOZÓICO 65 MESOPROTEROZÓICO 235 570 PIAUÍ Ma 1.800 1.000 Base planimétrica e tema digitalizadospartir pela da Divisão carta de imagem Cartografia - de1:250.000, 1 DICART radar a . da edição, 1 folhaA . SB.24-Z-C impressão, digitalização DSG, Serra 1981. dos Talhada, dados natransferidas, temáticos escala e visualmente, atualização dacampo, pelos base a partir planimétrica de técnicos fotografias foram aéreas eCompilação responsáveis imagens e de orientação radar na e pelos SUREG/RE: satélite. Marina Nóbrega. Esta trabalhos carta foi de produzida em meiode digital e 2001, para publicação utilizando naCartografia internet - os em março DICART/ mesmos DepartamentoRelações de dados Internacionais e Apoio Desenvolvimento da - Técnico DRI. -Diretor carta da DEPAT/ DRI: Diretoria impressa, Paulo Antônio de Carneiro pela Dias Chefe do Divisão DEPAT:Giuseppina Giaquinto de Araujo de Chefe da DICART:Paulo Roberto Macedo Bastos Editoração Cartográfica: WilhelmJosé Cabral Peter Cezar, MariaMaria de Luiza Rosa Poucinho de FreireRibeiro, , Alcantara, Bernard Valter Afonso João Henrique Alvarenga de Souza (coord.), Batista Barradas, Lobo Digitalização: Maria Marília Silva Leila Santos dos Salinasda Santos, do Silva Rosário Regina (coord.) de eRevisão: Risonaldo Carlos Sousa Alberto da S.Copolillo Pereira eRevisão na DIEDIG: Paulo Antonio José Lagarde da Costa Zilves 7º00’ 9º00’ 9220 7º00' 9200 15' 9180 30' 9160 9140 8º00' 9120 45' 37º30' 1b 7 s 37º30' V 16 6 R.F.N. 7 85Au Cu,Zn Nb BR-361 Sr,Cu

5 d s

1b n s a e M Gr 7

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91Ni h t t

c t Au Pajeú

6 s IVb a Au 88Au C TABIRA ativo intermitente paralisado M s s UNIDADE Ni,Cr

16

14

sc

M Au Au,Cu,Zn PE-292 7 M 86Au

19 Rch. s s 5 660

s 660 O 2

Au,sc

6 Cu D 5 20

IGUARACI s s A Cu

Ba

M Au,Sn

I B,Nb Rio X

13

Ni18.000 Cr12.000 O

R 6 Au

s 16 Sr

P

Au PE-320 A 5 VIII Au Serra . IVa 87Au GRANDE 5 61cc Saco da Cu

M

Cu Au a

9

r 7 i 12 M

M Sa. da Pedra Atravessada e >10 >10 >1.000

Zn

b

16 LIMITE SITUAÇÃO ATUAL 106tl a 1

i Au 2 6 Au o 110qz Pb Cr

G Ba Sn1 34cc Au 45cc o 13 8b M mina depósito garimpo Au i Sn,Au AFOGADOS DA INGAZEIRA 82Au a Sn n B MÉDIO d ô 15 6 37cc t Au Cr,Pb,Zn n 13 Va Pb,Ba

A 6 . 15 Au Au 16 h 9

o Sn

Au c r Palmeira

5 <2

Zn,Ba <10 <5 x 10 R d 111fd Zn CATINGUEIRA 20

Zn,F

e s

P 22 CATEGORIAS Pb 6 ÁGUA Sr ,Ba . 13

h BRANCA B DADOS ECONÔMICOS 81Au Au Au c Sn,Pb Pb

80Au R

s PEQUENO 35cc M 3 SOLIDÃO cs,Au,Sn Au Zn 36cc Au Ba,Sr B 6 Zn Itajubatiba Nb 66Cu Au

Sn s

Au0,16 Pajeú 21 M 109qz Sn pequeno grande médio Au0,16

V,Sr

16 Cu,Au sc Pereiros dos Sa. 13

Pb,Sn X Porcos

s sc,F,W 14 Sn M 100as TAMANHO

F,Sr o 640 7 640 La,Y

Ba h

s 15 Zn

M

dos Zn 1 n 6 Ag Ouro Ferro PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL Calcário Vb

B i 45'

Zn

Au

39cc

SUBSTÂNCIA é 45'

l b

o C t a 5 Ni,Sn Au Zn m Zn

é 6

l 41cc 1b Au a 16 CARTA METALOGENÉTICA/PREVISIONAL - ESCALA 1:250.000 - ANEXO II o Nb

Rch. Rio

t Zn Zn

Zn c a Rch. s C a Ba,Sr . 13 Rc h 53cc Nb M

cs,Sn 15 Au2,3 Co Cr,B M 13 Au

sc Au 62gf

6 CARNAÍBA F,Sn,Sr,V Sn,Sr,V Zn Au,cs,Sn Zn M

sc s 59cc 99as IXc s 1a M Zn 1b Au 20 Rch. Ni Sn 58cc JURU 13 Fátima Au

s 13 Sa.do Melado 101as 6 6

64gf s 52cc Zn M Co,Sr,W,sc,Ba

M s s 13 6

s

Au Zn A 21Fe,Mn Au Au

19Fe,Mn

Zn B

38cc

s Í 13 Ib

s

B A 20Fe,Mn s R s

Au

13 A 60cc P cs,Sn,Pb

40cc

2 M PERNAMBUCO

51cc s V 63gf Sn

56cc 2 s

50cc

M s

s 57cc 9

Co 11 B-348

13 P 20 49cc Au,sc 8b s Au,Sr 102as s Sn 6 Au4,7 s 55cc 12 1 6 s Au

M s 15 Au Au B

TAVARES s Ag,sc Belém

M s 620 Zn 620 13 M 42cc 13 s Au Au

Au s 13 sc 20 s 20 Co,Cu,Cr,Nb

Au s Cu Au M 83Au 7Fe Au 11 s Sn Au PIANCÓ 14

M

sc 31cc V Pb Piancó

COREMAS s

X 6 Rio s Cu

15 30cc Au s s

6

Co,Au1,2

Sn s s

M 13

M s

Açude Coremas s

Ag s

6 s

M 43cc Au,sc s Nb 28cc 54cc s 13 6 Be 6Fe 14 s SANTANA

O s

s

D s 13

DOS GARROTES

Au0,14

A Sn M s Au

M Zn 21

B,V I 222 s Ba,Sr Nb X Au V ,Co ,Cu 5Fe

s M O

9 s R 6

13 M D'água 6 P Au 38º00' 38º00'

A 15 FLORES s s M 29cc 6 6 11

VIIc Au Mãe IIb

19 M ISABEL PRINCESA PB-348 s 6 15 s 6 NOVA LIMITE

OLINDA contorno de zona de susceptibilidade magnética anômala lineamento magnético devido a zona de cisalhamento lineamento magnético relacionado a falha ou fratura corpo magnético tabular em superfície ou subsuperfície

IXb Croata 6 INDÍCIOS GEOFÍSICOS 33cc M s 44cc 89Au M 1 5

13

11 Açude 6 Gravatá M 103as M M Au 90Au

s

PB-366

s

27cc ch. BR-361 6

R 12 4Fe s 79Au Rch. 32cc 2 M 6 6 1a 15Fe 17 PEDRA

BRANCA s 13

Au M

6 s 6 8a TRIUNFO

600 600 M 1

14 s M 21 s

Au

Au

a loD'água Olho Sa. s 2

3

5 2 s 48cc Au 6

M

Au 14Fe M . Au

5 bira .N 47cc 6

M .F

11 6

2 s R

acam Au Verde M 6 Boqueirão

Tapuio ITAPORANGA

Au dos Cochos

MANAÍRA 2 da Sa. 9 13 M 6

IIb 6 Au s INDÍCIOS INDIRETOS DE MINERALIZAÇÕES Au Au do 6 Cu M M 75Cu 14

6 M

14

14 5

s s M

s Piancó Bruscas

6

Au s AGUIAR M 1a

46cc Cu Grande

Ag

Rch. Pajeú

Sa. de Stª Catarina

As,Au,Cu,Pb,Zn

Rio

14 edéia Rch. s

M Capim

Rch. do

8b s 1a s

17 M Santana Sa.

Rch. Rio

6 s

VELHO 12 O 6

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11 Au 15' s 6

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Cu,Zn PB-372 t

A

C 15 2 IIa s n 11

N 18Fe

a Açude 10Fe Au do Saco 6 Au

Au S R s 15 14 PARAÍBA 2 .

Rch. h 6 E c s Au 580

6 P R 580

M

M

5 Estações Anômalas Zonas Anômalas anomalias de 1ªordem X+3DP(logs)anomalias Ex.: de Au1 2ªordem X+2DP(logs) Ex.: Ba2 valor de destaque em ppm - Ex.: Ni 18.500 em sedimento de corrente para(B), berílio arsênio (Be), (As),estanho nióbio (Nb), (Sn), lantânio estrôncio (La),(F), ítrio cálcio (Sr), (Y), (Ca), boro bário zinco (Ba), (Zn), chumbo (Pb),ouro flúor (Au), níquel prata (Ni), (Ag), cobalto cromo (Co), (Cr), cobre vanádio (Cu), (V), sheelita (sc) tungstênio (W), em concentrado de bateia(Sr), para scheelita cassiterita (sc), (cs), ouro (Au), báriocobalto prata (Co), (Ba), estanho (Ag), (Sn), boro cromo zinco (Zn) (B), (Cr), cobre estrôncio (Cu), chumbo (Pb), em solochumbo para (Pb), tungstênio (W), sheelita ouro (sc), prata (Ag) (Au), cobre (Cu), zinco (Zn), flúorem (F), sedimento de corrente arsênio e/ou concentradobário de bateia (As), e/ou (Ba), solo, para níquel ourovanádio (Au), (V), boro (Ni), (B), estrôncio (Sr) cromo (Cr), cobreem (Cu), concentrado de bateia cobalto para ouro (Au), (Co), cobre (Cu), chumbo chumbo(Pb), (Pb), zinco (Zn) em solo para ouro (Au), zinco (Zn) e cobre (Cu) SERRA TALHADA M

M M s s

12 6 Rch. s 5 15

17Fe

M

1 s s

s 5

s 6 s Ni

6 Au

Zn 5 Au s 65gf M

Au

M s

VIIb 6 IXa

s

s INDÍCIOS GEOQUÍMICOS 6 Au s CAIANA

a aBorborema da Sa. Açude s MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

S. JOSÉ DE Cachoeira MANGUEIRA s 1a SANTANA DE Au

s 18 5 Au 5 Cachoeirinha 12 SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA CARRAPATEIRA

CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL s s M 14

s 11 M 11 Vazante Ag 21 14

M 2

24cc

3

-23 s Cu,Pb,Zn 6 8a Luanda 76Cu Au

Cu

6 BR Au 6 M 84Au Zn3.800 12 16Fe M

SERRA

6

GRANDE s

As,Cu,Pb M IBIARA

6

M 6 Fartura

5 M

104as

9 11 da 19

Au 6 8 18 Rch. 6 14 Ia 15 10

6 PB-388 M 6 M 560 560

s s 6 Piranhas

12 M 6 6 sedimentar-químico pegmatítico s filoniano-hidrotermal 6

s Rio 25cc s 6 s VIII 8

PIRANHAS

30' s S. JOSÉ DE 98as Mestiço do Sa. 30' 6 lenticular irregular

Humaitá M s

s s Engº Ávidos Cu Açude Público PB-400 12

s s CONCEIÇÃO Rch. 12 2 95Pb 8

Inês s 8 s M Au 14 14 14 M 21 2 s SANTA FÉ s BONITO DE Au

Umbuzeiro s

s Cu 105 tl

s 6 M s s 6 Vieira 15 M s Bernardo 6 23cc 10

8a MONTE

HOREBE PB-400 PARAÍBA

8a 6

CEARÁ 14 PB-404 9 s Au CLASSE DOS JAZIMENTOS

M Piancó 3 Au 6 18 Santa

2 s 94Pb 6 21

Rio 2 filoniana s estratiforme 3Fe 2 3 22cc

MORFOLOGIA (orientado na direção dos corpos)

14 s 8a

93Pb M 8a s 22 M

13Fe 5

detrítico em placer s vulcanogênico e/ou associado a seqüência vulcano-sedimentar associado a rocha básico-ultrabásica 12

Cu , Pb , Zn 6 78pi

Rch. 540

3 540 6 M

M a

n 6 M

o

77pi h

l Palha e

108aa m 8b 107cor

r 11Fe BR-232 2 e 1Fe 21 V da O Cristóvão D A 8a

IM 2Fe Sa. 26cc

X 12

Rch.

O M

R 2 VIII

P Cuncas 92Pb A

M

VI São M 12

9Fe PE-430 M 6 1b a M r

LIMITE i 9

e M g u Rch. n 8b S. JOSÉ

i DO BELMONTE

t Carmo

a 97as 69Cu 45'

45' C 3 VIIa

2

a

CARACTERES DOS JAZIMENTOS Alegre 16 6 d

.

e

BR-1 t

3 n M o h M 1a Iara

67Cu c

das 2

R

6 96as Rch. 3 3 5 calcita dolomita

CEARÁ 74Cu

4 ± micas ± granada, etc 3 M MAURITI calcita dolomita

BARRO PERNAMBUCO 3

3

6 Flecheira 2 520 metachert magnetita hematita psilomelano pirolusita Au 520kmE

Rch. antofilita pirofilita hematita magnetita malaquita azurita calcocita calcopirita bornita malaquita galena ouro ouro magnetita 3 ± antofilita ± granada ± micas ± espinélio ± turmalina ± epidoto ± apatita grafita 70Cu 68Cu

CE-196 2

8 ,Zn Açude 8 Cruz M Santa hematita

Arrudeiro

hematita

72Cu s o ,Pb c r o

Rio 222 P 71Cu e

Cu d

1b

12

Fe (13,14,16,17) :Fe (15 e 18) :Fe, Mn (19 a + 21) grunerita : ± quartzo cc (22 a 31, 33, 34, ± 46 quartzo a 51) :cc + (32, 35 a 45, 52 a 61)Au : (79 ± a 82) :Au (83 a ± ± 90) tremolita + : - actinolita ± ± serpentina epidoto ± ± diopsídio, diopsídio Pb forsterita (92 a ± 95) magnetita : ± galena ± ± piritaas grafita ± (96 ± ± calcopirita a flogopita quartzo ± 104) ± esfarelita : calcopirita Cu + (66 quartzo a 71) :Cu (72 a 76) ± :gf (62 a 65) : ± ± tremolita ± + actinolita ± serpentina ± ± opacos micas ± + quartzo quartzo + hematita ± ± pirita ± ± quartzo . Fe (1 a 7, 11) :Fe (9) :Fe(12) : + + + pirita + (pirita ± ± quartzo limonita) ± pirita ASSOCIAÇÃO MINERALÓGICA (mineral-minério sublinhado)

3 h

c 6

M R M Porcos M 1b 3

1a 8Fe M

de M M 73Cu 2

8b M 8

Aningas Rch. fd - feldspato qz - quartzo pi - pirita Mn - manganês Ni - níquel gf - grafita tl - talco 12Fe Rch. das 2 M 3 M MILAGRES

3 VIII Salgado 6

6 6

16

VERDEJANTE BR-1 PE-430 METAIS NOBRES Au - ouro GEMAS E MINERAIS DE PEGMATITO aa - ágata cor - coríndon Cu - cobre Fe - ferro Pb - chumbo as - asbesto cc - calcário NÃO-METÁLICAS BREJO METÁLICAS SANTO 6 2 12 SUBSTÂNCIA MINERAL PE-450 9

3

2 Rio 6 FOLHA SB.24-Z-C SERRA TALHADA 39º00' 39º00' W.GREENWICH 15' 45' 30' 8º00' 7º00' 9220 9160 9180 9140 9200 9120kmN , s 2 2 as ea de 2 ro- 2 nclui 2 Ia 2 rte desta 3 3 3 POTENCIAL: 3 área de rochaestrutura hospedeira e/ou favorável,raridade de com indíciosindiretos de diretos mineralizações. ou STATUS graben 225 3 DADOS ECONÔMICOS a - 2 lentes com áreas de 80 x 4m e 100 x 5m METAIS NOBRES Vb 56 =0,55%; PF = 42,45%; RE = 4.881.500t ab 2 MgO = 0,70%; SiO2 = 1,12%; PF = 43,07% Mina a céu aberto, paralisada/REMina total a = céu 7.847.509t aberto, paralisada/REOcorrência total = 7.372.765t Ocorrência - Fe OOcorrência = 53,83% - VOcorrência OOcorrência = 0,16% Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência - 3.000ppm/Cu - 300ppm/Ni Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência - Área = 150Ocorrênci x 4m Ocorrência - Área 100 xOcorrência 4m Ocorrência Garimpo paralisado /RE = 60.000mGarimpo paralisado para cal. Garimpo paralisado Garimpo paralisado Garimpo paralisado Garimpo ativo Garimpo paralisado Garimpo paralisado Garimpo paralisado Garimpo ativo - RE =Depósito 600.000m de mármore - REOcorrência = RE 30.000m = 150.000t Garimpo ativo CaO = 38,92%;RE= MgO 800.000m = 13,98% paraGarimpo cal. paralisado para cal. RE:Garimpo 300.000m ativo para cal. -MgO CaO = = 1,5%; 54,74% SiO =Garimpo 0,94%; paralisado PF - = CaO 42,00% =SiO2 53,20%; = MgO 1,90%; = PF 0,70%; =Garimpo 42,44%; ativo para RE cal. = -PF 2.652.000t CaO = = 42,82%; 55,44%; RE =Garimpo 11.988.000t paralisado para calMgO - =1,65%; CaO SiO2 = = 51,94%; 2,23%;Garimpo PF= paralisado 42,33% CaO = 54,54%; Garimpo paralisado - CaO =MgO 52,71%; = 3,55%; SiO2 =Garimpo 0,32%; ativo PF para = cal. 43,72% Depósito de mármore e calcárioOcorrência RE = 1.100.000t Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Garimpo ativo - CaO2,29%;PF = = 51,72%; 42,19%; MgO RE = =Garimpo 3,70%; 476.000t paralisado SiO - CaOSiO = = 54,19%; MgO =2,70%; Mina ativa - CaO0,17%;PF = = 54,60%; 43,20%; MgO RE = =Garimpo 1,06%; 13.040.000t - SiO CaO = 52,36%;PF = MgO = = 42,01%; 1,16%; RE SiO =Garimpo 3.097.000t ativo - = CaO 2,55%; =0,48%; 53,48%; PF MgO = = 43,06%; 1,66%; REGarimpo SiO = ativo 558.500t - CaO = =0,28%; 54,11%; PF MgO = - 42,99%; 0,74%; REGarimpo SiO = ativo 8.450.500t - CaO = -0,78%;PF 54,88%; = MgO 42,60%; - RE 0,24%; =Ocorrência SiO 8.910.000t; = Garimpo paralisado - Carbono fixocinzas = = 6,5%; 92,1%; Área =Ocorrência 100 x 2m Ocorrência - Área = 40Ocorrência x 13m Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Garimpo paralisado Garimpo paralisado Garimpo paralisado Garimpo paralisado Garimpo intermitente 0,4ppm Au, 3ppmGarimpo Ag paralisado Garimpo paralisado 100ppm Au Garimpo intermitente 140ppm Au, 15ppmGarimpo Ag paralisado 0,003ppm Au Garimpo paralisado 3ppm Au;3.000ppm Zn;Garimpo 1,5ppm ativo Ag 10kg Au/mês Garimpo paralisado Ocorrência 0,24% Ni Indício Indício Indício Indício Ocorrência Ocorrência Ocorrência Garimpo paralisado Garimpo paralisado - fibras deOcorrência 5 (fibras -10cm com 1cm) -Garimpo espessura paralisado = 1,5m Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência - espessura: 0,40m Ocorrência Ocorrência Ocorrência Ocorrência IVa VIIc POSSÍVEL: IVb área de rochaestrutura hospedeira favorável, e/ou compo, garim- além de depósito ecias minerais. ocorrên- Indícios e/ou ano - malias geoquímicas/geofísicas. metachert metachert VIIa VIIb skarn IXc LISTAGEM DOS RECURSOS MINERAIS CARACTERÍSTICAS DAS ÁREAS METÁLICAS NÃO-METÁLICAS CONVENÇÕES METALOGENÉTICAS ÁREAS MINERALIZADAS/PREVISIONAIS ferríferos brechóides chert ROCHA ENCAIXANTE/HOSPEDEIRA quartzitos micaxistos/cloritito, serpentinito, talco xisto Clorita xisto e filitos/lente hematítica Clorita xisto e filitos/lente hematítica Clorita xisto e filitos/lente hematítica Filitos e clorita xisto/lente hematítica Filitos e clorita xisto/lente hematítica Filitos e clorita xisto/lente hematítica Filitos e clorita xisto/lente hematítica Metapelitos, vulcânica ácidas/canga? Metassedimentos/canga? Sericita xisto/metabásicas Clorita xisto/metavulcânica básica Sericita-clorita xisto/metavulcânicas básicas Tonalitos/metavulcânicas Migmatitos/calcissilicática? Migmatitos/magnetita quartzitos Migmatito/magnetita-grunerita quartzito Biotita gnaisse migmatizado/? Biotita gnaisse/? Sericita xisto Sericita-muscovita xisto Sericita-muscovita xisto Biotita gnaisse Biotita gnaisse Biotita gnaisse Biotita gnaisse Clorita xistos e filitos Biotita xisto e gnaisse Gnaisse e biotita xisto Biotita xisto e gnaisses Biotita xisto e gnaisses Xistos e gnaisses Biotita-muscovita xisto Biotita xisto Biotita gnaisse Biotita xisto Muscovita-biotita gnaisse Gnaisse Muscovita-biotita gnaisse Muscovita-biotita gnaisse Biotita gnaisse Muscovita-biotita gnaisse Biotita gnaisse Muscovita-biotita gnaisse Biotita xisto migmatizado Muscovita-biotita gnaisse Biotita gnaisse migmatizado Biotita gnaisse migmatizado Biotita xisto Biotita xisto Xisto granadífero Xisto granadífero Muscovita-biotita gnaisse Hornblenda ortognaisse Muscovita-biotita gnaisse Muscovita-biotita gnaisse Muscovita-biotita gnaisse Muscovita-biotita gnaisse Muscovita-biotita gnaisse Muscovita-biotita gnaisse Muscovita-biotita gnaisse Biotita gnaisse Biotita-muscovita xisto/grafita-sericita xisto Xistos e filitos/filito grafitoso Sericita-muscovita xisto/grafita xisto Xisto/grafita xisto Gnaisses/rochas calcissilicáticas e anfibolitos Filonitos e diamictito Metaconglomerado brechóide Metacherts Filitos/metaconglomerados brechóides eFilitos/metaconglomerado brechóide eFilonitos eMetapelito filonitizado, metavulcânicas ácidas/preench. deMetapelito filonitizado, fraturas metavulcânicas/preench. ferrífero/preeenchimento de hematítico deFilito/metavulcânicas fraturas fraturas básicas milonitizadas hematítico Filito cataclástico/metavulcânicas básicas Filitos/metavulcânicas? Filitos/metavulcânicas? Biotita xisto/anfibolitos Calcário dolomítico e xistos/rochas calcissilicáticas Anfibólio gnaisse e granadaHornblenda-granadas quartzito/anfibolitos gnaisse e rochas calcissilicáticas Cordierita-granada xisto/veios de quartzo Filitos, metassiltitos, xistos/veios de quartzo Filitos, alcali-riolito/veio de quartzo Filitos, metarenitos, rochas ácidas/veios deFilitos, quartzo riodacito pórfiro, vulcânicas silicosas/veiosBorda de de quartzo granitóide Xistos e filitos/veios de quartzo Xistos e filitos/veios de quartzo Filitos,Filitos/veios de quartzo Xisto/finos veios de quartzo Xisto e filitos/veios de , quartzo Clorita xisto/veios de quartzo Migmatitos/ anfibolitos Migmatitos/ anfibolitos Migmatitos/ anfibolitos Biotita xisto/serpentinito Biotita xisto, anfibolitos Metacalcário, calcissilicáticas/serpentinitos Xistos/serpentinitos Xistos, filitos Xistos, filitos/rochas básicas Migmatitos/ultrabásicas Ortognaisses/rochas ultrabásicas Migmatitos/biotita xisto Migmatitos/pegmatitos Biotita-muscovita gnaisse/pegmatitos Biotita-muscovita gnaisse/pegmatitos ,Ortognaisses/migmatitos piroxenitos PROVÁVEL: área de rochaestrutura hospedeira favorável, e/ou comgarimpo, mina, jazidamineral, e/ou além depósito minerais. de Indícios ocorrências anomalias e/ou geoquímicas/ geofísicas. Ib MINERAL Va,b Va VIIa,b,c IIa, b IIa IV a, b IX a, b, c Ia,b VIII VI X SUBSTÂNCIA Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro e manganês Ferro e manganês Ferro e manganês Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Calcário Grafita Grafita Grafita Grafita Cobre Cobre Cobre Cobre Cobre Cobre Cobre Cobre Cobre Cobre Cobre Pirita Pirita Ouro Ouro Ouro Ouro Ouro Ouro Ouro Ouro Ouro Ouro Ouro Ouro Níquel Chumbo Chumbo Chumbo Chumbo Asbesto Asbesto Asbesto Asbesto Asbesto Asbesto Asbesto Asbesto Asbesto Talco Talco Coríndon Ágata Quartzo Quartzo Feldspato III Áreas - lentes de calcário, ocorrências de ferro estratiforme, de provável origem vulcano-sedimentar, e ocorrências de asbesto e talco ocorrem no no folha, encaixados na seqüência metavulcano-sedimentarSubárea do Complexo Serra dos existem Quintos garimpos de e asbesto hospedados em em ortognaisses rochas ultrabásicas, tonalíticos encaixadas nos do complexos Complexo citados. CaicóÁreas (SubáreaComplexo ). Piancó, onde Na ocorrem intrusões de granitóides calcialcalinos - e uma na zona Subárea de cisalhamento. A Subárea IIb, além de um garimpo ocorrem inativo anomalias de ouro, geoquímicas i de Au, As, Cu, Pb e Zn, incluindo zonas anômalas de 1ª e 2ª ordem para ouro em rochas do zonas anômalas de 1ª a 2ª ordem para ouro e lentes de calcário, também em rochas doÁrea Complexo Piancó. - esta área apresenta lentes de calcário em rochas do Complexo Serra dos Quintos, que incluem ocorrências de ouro aluvionar e anomalias geoquímic de Ag, Ba ehidrotermais. scheelita, que podem ter se concentrado devido às intrusões ígneas; e aÁreas presença de cisalhamento tangencialtendo e como encaixantes das litótipos do rochas Complexo Serra reativas dos aos Quintos (Subárea fluído - mineralizações de ouro em ). Áreas nível estratiforme dealuvionar, associados à filitos e vulcânicas ácidas /anfibolito pertencentes (Subárea ao de - Complexo Itajubatiba- Salgueiro, na enquanto Subárea na Subárea ), e ocorrências existe de ouro a ocorre aluvionar presença (paleoplaceres?), ouro de e filões scheelita de em concentrado quartzo-auríferos já garimpados, como também anomalias geoquímicas e ocorrências de ouro bateia, além de anomalias geoquímicas de Au, F,Sn, Zn e Ag em sedimentos de corrente na ambiência do mesmo Complexo. Áreaocorrências de - pirita, possivelmente ocorrências deencontra-se de origem também a galena vulcanogênica presença de exalativa, hidrotermal prováveis duas rochas em vulcânicas. de veios ferro e de oito quartzo de encaixados cobre. em rochas Esta área engloba filito-xistosas o do Complexo Cachoeirinha, incluindo também duas eocambriano de Iara onde Áreasexistem corpos magnéticos tabulares em superfície oucom subsuperfície: indícios magnéticos, ocorrênciatabulares de em subsuperfície. cobre e parte -Subárea de - de depósitos Belmonte, zonas e onde ocorrências anômalas existiu de lavra de ferro de bandado ferro ouro. (BIF's), durante estratiformes, três que décadas. se extendem aoÁrea longo de extensa faixa do Complexo Cachoeirinha, na - qual Subárea - Subár com - ocorrências compreende toda de a faixa ferro aflorante e dos Complexos indícios Riacho Gravatá magnéticos e de Poço dos corpos Cachorros, a qual apresenta potencialidade por conter depósitos de Au manganíferas bandadas, com anomalias de Nb e Au, encaixadas nos litótipos do Complexo Poço dos Cachorros. ÁreaComplexo São - Caetano. trata-se Trata-se da mais de importante uma área de área reserva de que calcário de engloba excelente qualidade lentes no Estado de de Pernambuco. calcário cálcico puro, de tamanho médio a grande (>10 e <10 ), intercaladas em metassedimentos do Fe, Fe/Mn, grafita e sulfetos de Cu-Fe, conforme atestam as anomalias geoquímicas, magnéticas e os jazimentos minerais existentes naquela faixa. ÁreasCo, além de ocorrênciaComplexos e Riacho indícios Gravatá e de Poço ferro, dos Cachorros. e Na zonas subárea de - susceptibilidade presença magnética de ocorrência anômalas de nas cobre, Subáreas lentes ocorrem de concentrações calcário, de filões ocorrências quartzo-auríferos, de anomalias grafita e e/ou de zonas morfologia anômalas de irregular , 1ª e e em ocorrências 2ª fer rochas ordem metavulcano-sedimentares para dos Au, V, Cu, 1 2 3 4 5 6 7 8 9 11 10 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 111 110 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 - REF. METAIS NOBRES METAIS NOBRES NÃO-METÁLICAS METÁLICAS ÁGUA SUBTERRÂNEA RT: Reserva total; RE: Reserva medida, indicada ou inferida; PF: Perda ao fogo. Nº DE