Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Estado de Secretaria da Fazenda

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

EXERCÍCIO DE 2015

Nota 1 - Normas e Legislação aplicável Os resultados apurados nos Demonstrativos Contábeis objetivam oferecer condições para uma ampla visão da situação econômica-financeira do Município que de modo geral, reflete toda administração dessa Prefeitura. A execução orçamentária e financeira foi elaborada em consonância com os dispositivos da Lei no 4.320/64, de 17 de março de 1964 e as diretrizes da Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei complementar no 101 de 4 de março de 2000 e as Normas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Nota 2 – Contextualização Organizacional

O Município de Ribeirão Preto possui uma população estimada pelo IBGE de 658.059 habitantes1. Está situado a aproximadamente 315 km da Cidade de São Paulo e possui uma extensão territorial total de 650,916 km².

Quadro demonstrativo da caracterização do município Quantidade Unidade Área da unidade territorial 650,916 km² Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

O município de Ribeirão Preto foi fundado em 19 de junho de 1856 e sua Região Administrativa, composta por 25 municípios, ocupa uma área de 9.348 km2 3,8% do território do Estado de São Paulo. São as regiões Administrativas de Ribeirão Preto:

1- Altinopólis 11 – Jardinópolis 21 –São Simão 2- 12 – Luis Antônio 22 – 3 - Brodosqui 13 – Monte Alto 23 – Serrana 4 –Cajuru 14 – Pitangueiras 24 – Sertãozinho 5 – Cássia do Coqueiros 15 – 25 - Taquaral 6- 16 - Pradópolis

1 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Estimativas da população residente com data de referência 1o de julho de 2014 publicadas no Diário Oficial da União em 28/08/2014.

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7 -Dumont 17 – Ribeirão Preto 8-Guariba 18 – Sta Cruz da Esperança 9- Guatapará 19 – Sta Rosa do Viterbo 10 - 20 – Sto. Antônio da Alegria

A Região administrativa de Ribeirão Preto caracteriza-se como umas das principais regiões econômicas do país. O PIB do município de Ribeirão Preto, a preços correntes, segundo dados do IBGE (2012), foi de R$ 20.300.802 mil reais e o PIB per capita a preços correntes de R$ 32.756,65. Se comparado ao PIB (preços correntes) de 2012 ao de 2011 observa-se um crescimento de 9% no período.

Nota 3 - Andamento da implementação da “Nova Contabilidade Aplicada ao Setor Público” A obrigatoriedade de implementação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, em convergência às normas internacionais, foi estabelecida pela Portaria no 184, de 25 de agosto de 2008 do Ministério da Fazenda. A Prefeitura do Município de Ribeirão Preto vem implementando de forma gradual essas novas regras e procedimentos e atendendo a todas às disposições e alterações posteriores da Secretaria do Tesouro Nacional. Em 2015, o Ministério da Fazenda publicou a Portaria no 548, de 24 de setembro de 2015, que estabelece os prazos-limite de adoção dos procedimentos contábeis patrimoniais aplicáveis aos entes da Federação, com vistas à consolidação das contas públicas da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Para atendimento aos normativos de implementação desde o exercício de 2014, foi feita uma análise do seu andamento que está evidenciada na Nota Técnica no 01/2015, 04 de fevereiro de 2015 da Secretaria da Fazenda. Como resultado desse trabalho também foi publicado o Decreto no 023/2015, de 03 de março de 2015, que dispõe sobre as datas de implementação do cronograma dos procedimentos contábeis e a Resolução no 01/2015, de 04 de fevereiro de 2015, que estabelece as taxas padrão de depreciação com vigência a partir de 2015. Esses documentos estão disponíveis no portal da transparência no site da Prefeitura do Município de Ribeirão Preto. Ressaltamos ainda que a contabilidade do Município de Ribeirão Preto atendeu integralmente a determinação de implantação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público - PCASP e

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Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público - DCASP, no exercício de 2015, estabelecidas pela Secretaria do Tesouro Nacional.

Nota 4 – Práticas e Critérios Contábeis adotados

Os Balanços Públicos foram elaborados a partir da escrituração contábil realizada pelo método de partidas dobradas e por meio de classes de contas de natureza patrimonial, orçamentária e de controle/compensação, visando evidenciar os fatos ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial, em conformidade com a Lei Federal 4.320/64, em observância a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar no 101/2000) e aos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Todos os registros contábeis do exercício de 2015 foram realizados por meio de sistema informatizado, fornecido pela CODERP – Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto e adequado ao novo PCASP – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público.

4.1 Créditos de Curto Prazo e Longo Prazo

Os direitos, os títulos de créditos de curto e longo prazo são mensurados ou avaliados pelo valor original, os riscos de recebimento de direitos são reconhecidos em conta de ajuste. No ano de 2015, por força da Portaria no 548, de 24 de setembro de 2015, da Secretaria do Tesouro Nacional, que estabeleceu o prazo para “Reconhecimento, mensuração e evidenciação da Dívida Ativa tributária e não-tributária e respectivo ajuste para perdas”, o exercício de 2015, a divisão de contabilidade procedeu um estudo com base nas diretrizes dos Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP – 6a Edição, Capítulo 5 - Contabilização da Dívida Ativa, no item ajuste para perdas da dívida ativa define que os créditos inscritos em dívida ativa, embora gozem de prerrogativas jurídicas para sua cobrança, apresentam significativa probabilidade de não realização em função de cancelamentos, prescrições, ações judiciais, entre outros. Assim, as perdas esperadas referentes à dívida ativa devem ser registradas por meio de uma conta redutora do ativo. A mensuração do ajuste para perdas deve basear-se em estudos, de modo a não superestimar e nem subavaliar o patrimônio real do ente público. Tais estudos deverão considerar, entre outros aspectos, o tipo de crédito (tributário ou não tributário), o prazo decorrido desde sua constituição, o andamento das ações de cobrança (extrajudicial ou judicial), dentre outros.

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Com base nessas diretrizes a área de contabilidade realizou um estudo considerando o histórico de saldos de inscrição e pagamento dos créditos da dívida ativa, divididos em tributários (IPTU, ISS, Outros Créditos) e não tributários no período de 2000 a 2012. Para os saldos anuais considerou o que não foi recebido até o ano de 2015 e assim calculou os percentuais de não recebimento. Posteriormente foi aplicado a média de não recebimento por tipo de tributo entre o período e a média global para a Dívida Ativa Tributária e Não Tributária. Os percentuais de não recebimento estão descritos na tabela de resultados a seguir:

TABELA DE RESULTADOS Percentual dos saldos não recebidos até 2015 Média Global 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 % Por item Dívida Ativa Tributária 38% IPTU 19% 17% 24% 20% 17% 14% 9% 13% 12% 14% 19% 51% 63% 23% ISS 52% 43% 50% 44% 30% 17% 47% 78% 47% 69% 41% 47% 47% 47% Outros créditos tributarios 65% 54% 48% 42% 32% 26% 22% 42% 45% 66% 55% 45% 45% 45% Dívida Ativa não Tributária 51% 20% 48% 50% 39% 23% 66% 41% 46% 39% 53% 64% 50% 45% 45% MÉDIA GLOBAL APURADA 40%

Esse percentual de não recebimento foi aplicado aos saldos total da Dívida Ativa Tributária e Não tributária e contabilizado como conta redutora do ativo (-) Ajuste para Perdas, no Ativo Não Circulante Créditos de Longo Prazo e sua contrapartida está refletida nas Variações Patrimoniais Diminutivas. Ressalta-se que esse estudo foi realizado com base nos históricos e relatórios de recebimento do setor da Dívida Ativa da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. Essa adoção inicial não impede a Prefeitura de realizar estudos técnicos posteriores mais apurados ou mais detalhados que considerem um maior nível de profundidade do crédito, como por exemplo, a característica judicial do recebimento.

4.2 Imobilizado

4.2.1. Critérios de Mensuração de Ativos: os ativos estão avaliados pelo custo de aquisição ou produção. No exercício de 2014 os Bens Imóveis tiveram seus valores atualizados de acordo com os relatórios do Departamento de Tributos Imobiliários (Cadastro Físico). Esses relatórios foram utilizados para proceder a reavaliação desses bens, e ainda para que o cadastro contábil x patrimonial ficassem equivalentes. O procedimento foi realizado embasado nas regras e procedimentos para adequação da Nova Contabilidade do Setor Público - conforme o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público da Secretaria do Tesouro Nacional.

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Para todo ativo imobilizado foi estabelecido uma data de corte em 2015, de forma a partir dessa data os bens adquiridos possam ser depreciados conforme Resolução da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto no 01/2015. A opção do estabelecimento da data de corte deve-se a conclusões de estudos internos da Prefeitura expostos na Nota Técnica 01/2014 – Divisão de contabilidade, dos quais é importante ressaltar:

“ Para os bens móveis anteriores a 2014 estarão segregados para que posteriormente, quando forem definidos os prazos de forma gradual pela Secretaria do Tesouro Nacional, seja possível a Administração avaliar se procederá ou não a reavaliação desses bens, considerando principalmente dois pontos: i) que esses bens atualmente representam 2% do Patrimônio da Prefeitura; e ii) que como órgão público deve ser realizado uma análise do custo-benefício que essa ação gerará.

Para os bens imóveis: atualmente no balanço da prefeitura os bens imóveis são formados por Edifícios e Terrenos, sendo os valores mais relevantes do patrimônio 98%. A divisão de contabilidade recebeu do Departamento de Tributos Imobiliários (Cadastro Físico) os valores desses bens atualizados pelo INPC para 2014. A proposta para esse grupo de bens é registrar essa variação de acordo com os documentos recebidos. O procedimento a ser realizado está embasado nas regras e procedimentos do Manual de Contabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional.”(Nota Técnica 01/2014 – divisão de contabilidade)

Assim, todos os procedimentos foram realizados seguindo o direcionamento das regras contábeis vigentes de registro e mensuração de ativo imobilizado. Cabe ressaltar que de acordo com a Portaria no 548/2015 da STN, o prazo para “ Reconhecimento, mensuração e evidenciação dos bens móveis e imóveis; respectiva depreciação, amortização ou exaustão; reavaliação e redução ao valor recuperável (exceto bens do patrimônio cultural e de infraestrutura) é até 01/01/2020.

4.2.2 Critérios de Depreciação: No exercício de 2015 foi publicada Resolução no 01/2015, de 04 de fevereiro de 2015, publicada no Diário Oficial do Município em 13/02/2015, que estabelece as taxas padrão de depreciação a serem utilizadas pela Prefeitura do Município de Ribeirão Preto, no exercício de 2015. Dessa forma, iniciou-se o registro da depreciação dos ativos adquiridos após janeiro de 2015. As taxas foram fixadas com base em um Modelo Padrão que também foi utilizado por outras prefeituras, tais como: São Paulo e Bauru. Essa solução e adoção inicial não impede a Prefeitura de realizar estudos técnicos posteriores e fixar taxas diferentes das adotadas inicialmente, inclusive a revisão periódica das taxas é recomendada pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

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4.3 Demonstrações Contábeis - Financeiras evidenciadas

Os Balanços Consolidados da Prefeitura de Ribeirão Preto refletem os dados dos órgãos da Administração Direta e também os dados das entidades da Administração Indireta: Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto – DAERP, Fundação de Educação para o Trabalho – FUNDET, Fundação Instituto do Livro, Fundação Dom Pedro II, Fundação Instituto Pólo Avançado de Saúde – FIPASE, Fundação de Formação Tecnológica de Rib. Preto – FORTEC, Guarda Civil Municipal, Instituto de Previdência dos Municipiários – IPM e Serviços de Assistência à Saúde dos Municipiários – SASSOM, compondo o Orçamento Consolidado Municipal. A seguir estão apresentados os órgãos que compõe a Administração Direta:

ADMINISTRAÇÃO DIRETA Gabinete do Prefeito Secretaria Municipal da Administração Secretaria Municipal da Assistência Social Secretaria Municipal da Casa Civil Secretaria Municipal da Cultura Secretaria Municipal da Educação Secretaria Municipal do Esportes Secretaria Municipal da Fazenda Secretaria Municipal do Governo Secretaria Municipal da Infraestrutura Secretaria Municipal do Meio Ambiente Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos Secretaria Municipal das Obras Públicas Secretaria Municipal do Planejamento e Gestão Pública Secretaria Municipal da Saúde Secretaria Municipal do Turismo

As Notas explicativas apresentarão maiores detalhes dos resultados da Prefeitura de Ribeirão Preto, devido à relevância e impacto que seus valores conferem aos demonstrativos consolidados em questão.

Nota 5 –Balanço Orçamentário – Anexo 12

5.1 – Aspectos Gerais O Balanço Orçamentário previsto no art. 102 e no anexo 12 da Lei Federal 4.320/64 apresenta as receitas estimadas e as despesas fixadas no orçamento em confronto com as receitas arrecadadas e as despesas executadas, respectivamente. A partir do confronto entre as receitas

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Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Estado de São Paulo Secretaria da Fazenda executadas com as estimadas é possível avaliar o desempenho da arrecadação no exercício em questão. 5.2 – Critérios de Reconhecimento e Classificação das Receitas Orçamentárias As receitas orçamentárias, cujos valores constam do orçamento, são caracterizadas conforme o artigo 11 da Lei Federal nº 4.320/64 e seguem o regime contábil de caixa, sendo consideradas realizadas quando da sua efetiva arrecadação (art. 35 da Lei Federal nº 4.320/94). As receitas são apresentadas sem ajuste inflacionário, ou seja, em moeda corrente do ano de realização, expressos em reais. As receitas orçamentárias constantes do Balanço Orçamentário estão apresentadas conforme classificação econômica (natureza da receita) constante na Portaria STN/SOF nº 163/2001 e atualizações posteriores, detalhadas até a fonte da codificação da natureza da receita orçamentária. As receitas estão listadas no Balanço Orçamentário pelos valores líquidos arrecadados, quando tiverem alguma receita redutora atrelada a sua classificação. As deduções de receita atualmente prevista pela legislação são: Dedução para o FUNDEB, Restituições Diversas, Isenção e Descontos Concedidos.

5.3 – Critérios de Reconhecimento e Classificação das Despesas Orçamentárias As despesas orçamentárias resultantes da autorização legislativa seguem o regime contábil da competência e a respectiva execução orçamentária prevista no Capítulo III da Lei Federal nº 4.320/64, sendo consideradas realizadas quando do seu empenho (art. 35 da Lei Federal nº 4.320/64) para efeito orçamentário, e quando da sua liquidação para efeito contábil. As despesas são apresentadas sem ajustes inflacionários, ou seja, em moeda original do ano de realização, expressos em reais.

5.4 – Balanço Orçamentário Apurado – Prefeitura de Ribeirão Preto (Anexo 12)

Receitas O total de receitas previstas para o período de 2015 (previsão inicial) foi de R$ 1.994.380.566,00 (Um bilhão, novecentos e noventa e quatro milhões, trezentos e oitenta mil, quinhentos e sessenta e seis reais) posteriormente atualizados para R$ 2.028.704.566,00 (Dois bilhões, vinte e oito milhões, setecentos e quatro mil e quinhentos e sessenta e seis reais). Já a arrecadação atingiu a importância de R$ 1.681.380.074,71 (Um bilhão, seiscentos e oitenta e um

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Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Estado de São Paulo Secretaria da Fazenda milhões, trezentos e oitenta mil, setenta e quatro reais e setenta e um centavos). Dessa forma apresenta um déficit de arrecadação em relação à previsão de receita atualizada de R$ 347.324.491,29 (Trezentos e quarenta e sete milhões, trezentos e vinte e quatro mil, quatrocentos e noventa e um reais e vinte e nove centavos), o que representa 17% da receita atualizada.

Despesas O total das despesas fixadas para o período de 2015 (dotação inicial) foi de R$ 1.861.356.556,00 (Um bilhão, oitocentos e sessenta e um milhões, trezentos e cinqüenta e seis mil, quinhentos e cinqüenta e seis reais). Com a abertura de créditos adicionais, o orçamento das despesas atingiu o montante de R$ 1.937.100.067,00 (Um bilhão, novecentos e trinta e sete milhões, cem mil e sessenta e sete reais), tendo finalizado o ano com valores empenhados na importância de R$ 1.628.100.148,11 (Um bilhão, seiscentos e vinte e oito milhões, cem mil, cento e quarenta e oito reais e onze centavos), obtendo assim uma economia de dotações no valor de R$ 308.999.918,89 (Trezentos e oito milhões, novecentos e noventa e nove mil, novecentos e dezoito reais, e oitenta e nove centavos) que representa uma economia de 19% do total de créditos orçados.

Assim, o resultado apurado no Balanço Orçamentário de 2015 foi um superávit orçamentário (considerando as Receitas Realizadas e as Despesas Empenhadas) no valor de R$ 53.279.926,60 (Cinqüenta e três milhões, duzentos e setenta e nove mil, novecentos e vinte e seis reais e sessenta centavos).

Balanço Orçamentário Apurado – Consolidado

No Balanço Orçamentário Consolidado as Receitas Realizadas atingiram um montante de R$ 2.256.930.790,79 (Dois milhões, duzentos e cinqüenta e seis milhões, novecentos e trinta mil, setecentos e noventa reais e setenta e nove centavos), enquanto as Despesas Empenhadas atingiram um montante de R$ 2.292.809.226,65 (Dois milhões, duzentos e noventa e dois milhões, oitocentos e noventa mil, duzentos e vinte e seis reais e sessenta e cinco centavos) o que resulta num Déficit de R$ 35.878.435,86 (Trinta e cinco milhões, oitocentos e setenta e oito mil, quatrocentos e trinta e cinco reais e oitenta e seis centavos).

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Nota 6 –Balanço Financeiro – Anexo 13

6.1 – Aspectos Gerais

O Balanço Financeiro está previsto no art. 103 e no anexo 13 da Lei Federal 4.320/64 demonstra as receitas e as despesas orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária e os que se transferem para o exercício seguinte, sendo que os Restos a Pagar do exercício são computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.

6.2 – Critérios de Reconhecimento e Classificação das Receitas e Despesas Orçamentárias

No Balanço Financeiro, as receitas e as despesas orçamentárias estão elencadas por sua fonte/destinação de recurso. As receitas são reconhecidas pelo regime de caixa e as despesas são reconhecidas de acordo com o seu empenho, ou seja, antes mesmo do fato gerador da despesa ter ocorrido, conforme art. 60 da Lei Federal nº 4.320/64. De forma que as despesas empenhadas e não pagas, reconhecidas como restos a pagar, são acrescidas do lado dos “Ingressos” como “Recebimentos Extra-Orçamentários”, conforme parágrafo único do art. 103 da Lei Federal nº 4.320/64.

6.3 – Critérios de Reconhecimento e Classificação dos Recebimentos Extra- Orçamentários

As contas listadas como Recebimentos Extra-Orçamentários são todas aquelas cujos valores transitaram positivamente em contas do sistema financeiro. Receitas Extra – Orçamentárias – Representam os ingressos de recursos que se constituem obrigações relativas a consignações em folha, depósitos e cauções, etc. Resto a Pagar (Inscritos no Período) – Representam todos os valores inscritos em restos a pagar no final do exercício de 2015, processados ou não processados.

6.4 – Critérios de Reconhecimento e Classificação dos Pagamentos Extra- Orçamentários

As contas listadas no grupo de Pagamentos Extra-Orçamentários são todas aquelas cujos valores transitaram negativamente em contas do sistema financeiro. Nesse grupo são evidenciados os pagamentos que não precisam se submeter ao processo de execução orçamentária, como:

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Despesas Extra-Orçamentárias – Representam o pagamento de todos os ingressos extra- orçamentários, como o pagamento das consignações em folha, outros depósitos e cauções, etc. Restos a Pagar (Pagamentos no Período) – Representam todos os valores pagos de restos a pagar durante o exercício de 2015.

6.5 – Resultado Apurado – Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto

O Balanço Financeiro têm como objetivo predominante preparar os indicadores que servirão de suporte para a avaliação da gestão financeira. Tal demonstrativo parte do saldo final do exercício anterior e demonstra a entrada e saída de recursos financeiros do exercício em análise e suas equivalências, até chegar no saldo final disponível em bancos conta movimento, ao término de 2015. Segue resumidamente a demonstração da composição e movimentação do saldo financeiro:

Resultados Balanço Financeiro - Anexo 13 (R$ )  Saldo em espécie em exercício anterior 55.165.851,42 Caixa e equivalentes de caixa 55.165.851,42  Entradas de Recurso 2.268.021.176,11

 Saídas Recurso 2.227.189.116,31

Saldo em espécie para o exercício seguinte 95.997.911,22

Nota 7 –Balanço Patrimonial – Anexo 14

7.1 – Aspectos Gerais

O Balanço Patrimonial é um demonstrativo que está previsto no artigo 104 e no Anexo 14 da Lei Federal 4.320/64. É a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública, por meio de contas representativas do patrimônio público, além das contas de compensação.

7.2 – Critérios Contábeis de Mensuração dos Ativos

Os ativos estão segregados em “circulante” e “não circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade.

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De acordo com o art. 105 da Lei nº 4.320/64, estabelece que no Balanço Patrimonial demonstrará: Ativo financeiro, Ativo Permanente, Passivo Financeiro, Passivo Permanente Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação. Ativo Financeiro – O ativo financeiro está demonstrado pelo seu valor de realização. Das contas que compõem o ativo financeiro, nenhuma foi atualizada a valor presente e nem monetariamente, constando de seus valores originais. Ativo Permanente – Os bens do ativo permanente estão demonstrados ao custo de aquisição, sem correção monetária e com dedução da respectiva depreciação.

7.3 – Critérios Contábeis de Mensuração dos Passivos

Os passivos estão segregados em “circulante” e “não circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade. Já a Lei nº 4.320/64, em seu artigo 105, estabelece que no Balanço Patrimonial demonstrará separados os passivos em dois grandes grupos, em função da sua dependência ou não de autorização orçamentária para realização, sendo eles: Passivo Financeiro – O passivo financeiro da entidade está demonstrado ao custo de aquisição ou realização, referem-se aos restos a pagar e aos depósitos e consignações, ou seja, à Dívida Flutuante da entidade, bem como o valor referente ao saldo de precatórios depositado ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em face da EC 62/2009. Passivo Permanente – O passivo permanente está representado pelas dívidas de longo prazo contraídas pela entidade, conforme o Anexo 16 – Dívida Fundada.

Dessa forma, considerando essa característica da Lei 4.320/64, o Saldo Patrimonial de 2014 e 2015, está apresentado conforme tabela a seguir:

Quadro Saldo Patrimonial 2015 2014 2015 2014 Ativo Financeiro 98.374.940,48 55.238.392,44 Passivo Financeiro 319.979.454,69 272.914.045,31 Ativo Permanente 4.284.810.021,00 4.551.192.657,70 Passivo Permanente 835.883.059,95 762.650.320,38 Saldo Patrimonial 3.227.322.446,84 3.570.866.684,45 TOTAL 4.383.184.961,48 4.606.431.050,14 TOTAL 4.383.184.961,48 4.606.431.050,14

Observa-se pelos resultados apresentados que o Saldo Patrimonial de 2014 para 2015 teve uma redução de R$ 343.544.237,61 (Trezentos e quarenta e três milhões, quinhentos e quarenta e

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Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Estado de São Paulo Secretaria da Fazenda quatro mil, duzentos e trinta e sete reais e sessenta e um centavos) representando uma redução de 7% em relação ao exercício anterior. Esse fato deve-se ao procedimento realizado em atendimento a Portaria no 548/2015 – da Secretaria do Tesouro Nacional – STN, que estabeleceu que os Ajustes de perdas esperadas da Dívida Ativa deveriam ser realizadas no exercício de 2015 e registradas por meio de uma conta redutora do ativo. A mensuração do ajuste para perdas deve basear-se em estudos, de modo a não superestimar e nem subavaliar o patrimônio real do ente público. Os percentuais calculados estão demonstrados no item 4.1 dessa Nota Explicativa. O ajuste contábil realizado na Dívida Ativa Total foi de R$ 375.348.797,00 (Trezentos e setenta e cinco milhões, trezentos e quarenta e oito mil, setecentos e noventa e sete reais).

7.4 – Balanço Patrimonial

Comparativo do Balanço Patrimonial apurado em 2015 com o apurado em 2014 2015 % 2014 % Ativo Circulante 153.229.071,55 3% 105.643.658,47 2% Ativo não Circulante 4.229.955.889,93 95% 4.500.787.391,67 98%

TOTAL 4.383.184.961,48 100% 4.606.431.050,14 100%

2014 % Passivo Circulante 255.884.892,36 6% 184.107.150,98 4% Passivo não Circulante 835.858.775,60 19% 762.648.050,38 17% Patrimônio Líquido 3.291.441.293,52 75% 3.659.675.848,78 79%

TOTAL 4.383.184.961,48 100% 4.606.431.050,14 100%

O ativo total da entidade apresentou uma redução de 2014 para 2015 da ordem 343.544.237,61 (Trezentos e quarenta e três milhões, quinhentos e quarenta e quatro mil, duzentos e trinta e sete reais e sessenta e um centavos) representando 7% de redução em relação ao exercício anterior.

Nota 8 – Demonstração das Variações Patrimoniais - Anexo 15

8.1. Aspectos Gerais

Demonstração das Variações Patrimoniais está prevista no art. 104 e Anexo 15 da Lei Federal nº 4.320/64, que assim define esse demonstrativo: “A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.” Contudo, com o advento das

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NBCASP – Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, e de acordo com o MCASP – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público da STN – Secretaria do Tesouro Nacional, as variações patrimoniais quantitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido, e são divididas em Variações Patrimoniais Aumentativas e Diminutivas. As variações patrimoniais qualitativas são aquelas decorrentes da execução orçamentária que consistem em incorporação e desincorporação de ativos, bem como incorporação e desincorporação de passivos.

8.2. As Variações Patrimoniais

Os quadros a seguir demonstram a composição das Variações Patrimoniais Aumentativas e Diminutivas do Exercício de 2015.

VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA % de Part. R$ no Total IMPOSTOS TAXAS E CONTRIBUICÕE DE MELHORIA 720.832.357,89 40% CONTRIBUICÕES 1.667.414,30 0% EXPLORACÃO E VENDA DE BENS, SERVIÇOS E DIREITOS 3.401.726,08 0% VARIACOES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS FINANCEIRAS 112.433.457,64 6% TRANSFERÊNCIAS E DELEGACÕES RECEBIDAS 772.249.938,62 42% VALORIZAÇÃO E GANHOS COM ATIVOS 20.415.640,19 1% OUTRAS VARIAÇÔES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS 189.806.635,25 10% SUBTOTAL 1.820.807.169,97 100%

VARIAÇÃO PATRIMONIAL DIMINUTIVA R$ % PESSOAL E ENCARGOS 842.474.206,58 38% USO DE BENS SERVICOS E CONSUMO DE CAPITAL FIXO 585.667.437,33 27% VARIACOES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS FINANCEIRAS 125.582.813,15 6% TRANSFERÊNCIAS E DELEGACOES CONCEDIDAS 92.078.955,69 4% DESVALORIZACAO E PERDA DE ATIVOS 422.143.459,87 19% TRIBUTÁRIAS 16.134.513,82 1% OUTRAS VARIACÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS 109.582.787,77 5% SUBTOTAL 2.193.664.174,21 100%

O resultado econômico apurado pelo confronto entre as Variações Patrimoniais aumentativas e diminutivas no exercício em exame foi um Déficit no valor de R$ 372.857.004,14 (Trezentos e setenta e dois milhões, oitocentos e cinqüenta e sete mil, quatro reais e quatorze centavos).

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Nota 9 – Composição da Dívida Fundada – Anexo 16

A dívida fundada apresenta a seguinte composição no encerramento do exercício de 2015:

Movimento do Período DESCRIÇÃO 2014 Inscrição Baixa 2015 % OBRIGACÕES TRABALHISTAS PREVIDENCIÁRIAS E ASSIST. A PAGAR LONGO PRAZO 98.474.210,34 23.871.730,22 45.760.277,54 76.585.663,02 9% EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO 78.014.530,39 21.239.589,42 2.912.313,38 96.341.806,43 12% FORNECEDORES/ PRECATÓRIOS DE FORNECEDORES NACIONAIS ( REGIME ESPECIAL) 29.946.920,50 26.473.694,16 12.854.951,42 43.565.663,24 5%

DEMAIS OBRIGACÕES À LONGO PRAZO 556.212.389,15 261.536.254,54 198.383.000,78 619.365.642,91 74%

TOTAL GERAL 762.648.050,38 333.121.268,34 259.910.543,12 835.858.775,60

O Aumento Líquido na Dívida Fundada do Município foi de R$73.210.725,22 (Setenta e três milhões, duzentos e dez mil, setecentos e vinte e cinco reais e vinte e dois centavos). O item mais representativo (74%) do total da dívida fundada é a rubrica “Demais obrigações à longo prazo” que tem como principal item o Acordo 28% - Lei complementar 2.294/2008.

No exercício de 2015 foi incluído na dívida fundada do Município, decorrente de apontamento do Tribunal de contas do Estado – TCE-SP referente ao exercício de 2014, a dívida de R$ 36.372.753,48 (Trinta e seis milhões, trezentos e setenta e dois mil, setecentos e cinqüenta e três reais e quarenta e oito centavos) com a CODERP. O registro foi realizado com base nos valores constantes no relatório de trabalho da comissão formada pela Portaria no 001/2014, de 02/01/2014. Também no Exercício de 2015, em decorrência da Lei no 12.810/2014, que disciplina sobre os parcelamentos e consolidação dos débitos previdenciários, foi realizada a consolidação no mês de abril de 2015, que resultou em baixa nos processos previdenciários nos 35.116808-7 e 35.447806-0.

Nota 9 – Composição da Dívida Flutuante – Anexo 17

A Dívida Flutuante apresenta a seguinte composição no encerramento do exercício de 2015 e em comparação ao exercício de 2014 a seguinte movimentação:

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TÍTULOS 2014 2015

Obrigações trabalhistas, previdenciária e assistências a pagar 51.368.846,10 65.304.644,96

Empréstimos e Financiamentos de Curto Prazo 0,00 22.014,35

Fornecedores de Curto Prazo 102.506.189,57 98.724.782,99

Demais Obrigações a Curto Prazo 30.232.115,31 91.833.450,06 Restos a pagar não processados a liquidar 88.809.164,33 64.118.846,68

272.916.315,31 320.003.739,04

A movimentação líquida da Dívida Flutuante de 2014 para 2015 foi de R$ 47.087.423,73 (Quarenta e sete milhões, oitenta e sete mil, quatrocentos e vinte e três reais e setenta e três centavos).

RIBEIRÃO PRETO, 31 DE DEZEMBRO DE 2015

CIBELLE M. AMORIM FERREIRA MAÍRA ASSAF ANDERE Contadora Contadora CRC - 1DF - 014700/O-0 T – SP CRC -1SP234.831/O-9

FRANCISCA BERNARDO RODRIGUES CARMEM LUCIA GOUVEIA ZEOTI Chefe da Divisão de Contabilidade Diretora Depto. Contadoria Geral CRC 1 SP 178.759/O-4

FRANCISCO SERGIO NALINI Secretário Municipal da Fazenda

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