Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Estado de São Paulo Secretaria da Fazenda NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EXERCÍCIO DE 2015 Nota 1 - Normas e Legislação aplicável Os resultados apurados nos Demonstrativos Contábeis objetivam oferecer condições para uma ampla visão da situação econômica-financeira do Município que de modo geral, reflete toda administração dessa Prefeitura. A execução orçamentária e financeira foi elaborada em consonância com os dispositivos da Lei no 4.320/64, de 17 de março de 1964 e as diretrizes da Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei complementar no 101 de 4 de março de 2000 e as Normas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Nota 2 – Contextualização Organizacional O Município de Ribeirão Preto possui uma população estimada pelo IBGE de 658.059 habitantes1. Está situado a aproximadamente 315 km da Cidade de São Paulo e possui uma extensão territorial total de 650,916 km². Quadro demonstrativo da caracterização do município Quantidade Unidade Área da unidade territorial 650,916 km² Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística O município de Ribeirão Preto foi fundado em 19 de junho de 1856 e sua Região Administrativa, composta por 25 municípios, ocupa uma área de 9.348 km2 3,8% do território do Estado de São Paulo. São as regiões Administrativas de Ribeirão Preto: 1- Altinopólis 11 – Jardinópolis 21 –São Simão 2- Barrinha 12 – Luis Antônio 22 – Serra Azul 3 - Brodosqui 13 – Monte Alto 23 – Serrana 4 –Cajuru 14 – Pitangueiras 24 – Sertãozinho 5 – Cássia do Coqueiros 15 – Pontal 25 - Taquaral 6- Cravinhos 16 - Pradópolis 1 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Estimativas da população residente com data de referência 1o de julho de 2014 publicadas no Diário Oficial da União em 28/08/2014. 1 Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Estado de São Paulo Secretaria da Fazenda 7 -Dumont 17 – Ribeirão Preto 8-Guariba 18 – Sta Cruz da Esperança 9- Guatapará 19 – Sta Rosa do Viterbo 10 - Jaboticabal 20 – Sto. Antônio da Alegria A Região administrativa de Ribeirão Preto caracteriza-se como umas das principais regiões econômicas do país. O PIB do município de Ribeirão Preto, a preços correntes, segundo dados do IBGE (2012), foi de R$ 20.300.802 mil reais e o PIB per capita a preços correntes de R$ 32.756,65. Se comparado ao PIB (preços correntes) de 2012 ao de 2011 observa-se um crescimento de 9% no período. Nota 3 - Andamento da implementação da “Nova Contabilidade Aplicada ao Setor Público” A obrigatoriedade de implementação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, em convergência às normas internacionais, foi estabelecida pela Portaria no 184, de 25 de agosto de 2008 do Ministério da Fazenda. A Prefeitura do Município de Ribeirão Preto vem implementando de forma gradual essas novas regras e procedimentos e atendendo a todas às disposições e alterações posteriores da Secretaria do Tesouro Nacional. Em 2015, o Ministério da Fazenda publicou a Portaria no 548, de 24 de setembro de 2015, que estabelece os prazos-limite de adoção dos procedimentos contábeis patrimoniais aplicáveis aos entes da Federação, com vistas à consolidação das contas públicas da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Para atendimento aos normativos de implementação desde o exercício de 2014, foi feita uma análise do seu andamento que está evidenciada na Nota Técnica no 01/2015, 04 de fevereiro de 2015 da Secretaria da Fazenda. Como resultado desse trabalho também foi publicado o Decreto no 023/2015, de 03 de março de 2015, que dispõe sobre as datas de implementação do cronograma dos procedimentos contábeis e a Resolução no 01/2015, de 04 de fevereiro de 2015, que estabelece as taxas padrão de depreciação com vigência a partir de 2015. Esses documentos estão disponíveis no portal da transparência no site da Prefeitura do Município de Ribeirão Preto. Ressaltamos ainda que a contabilidade do Município de Ribeirão Preto atendeu integralmente a determinação de implantação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público - PCASP e 2 Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Estado de São Paulo Secretaria da Fazenda Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público - DCASP, no exercício de 2015, estabelecidas pela Secretaria do Tesouro Nacional. Nota 4 – Práticas e Critérios Contábeis adotados Os Balanços Públicos foram elaborados a partir da escrituração contábil realizada pelo método de partidas dobradas e por meio de classes de contas de natureza patrimonial, orçamentária e de controle/compensação, visando evidenciar os fatos ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial, em conformidade com a Lei Federal 4.320/64, em observância a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar no 101/2000) e aos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Todos os registros contábeis do exercício de 2015 foram realizados por meio de sistema informatizado, fornecido pela CODERP – Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto e adequado ao novo PCASP – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público. 4.1 Créditos de Curto Prazo e Longo Prazo Os direitos, os títulos de créditos de curto e longo prazo são mensurados ou avaliados pelo valor original, os riscos de recebimento de direitos são reconhecidos em conta de ajuste. No ano de 2015, por força da Portaria no 548, de 24 de setembro de 2015, da Secretaria do Tesouro Nacional, que estabeleceu o prazo para “Reconhecimento, mensuração e evidenciação da Dívida Ativa tributária e não-tributária e respectivo ajuste para perdas”, o exercício de 2015, a divisão de contabilidade procedeu um estudo com base nas diretrizes dos Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP – 6a Edição, Capítulo 5 - Contabilização da Dívida Ativa, no item ajuste para perdas da dívida ativa define que os créditos inscritos em dívida ativa, embora gozem de prerrogativas jurídicas para sua cobrança, apresentam significativa probabilidade de não realização em função de cancelamentos, prescrições, ações judiciais, entre outros. Assim, as perdas esperadas referentes à dívida ativa devem ser registradas por meio de uma conta redutora do ativo. A mensuração do ajuste para perdas deve basear-se em estudos, de modo a não superestimar e nem subavaliar o patrimônio real do ente público. Tais estudos deverão considerar, entre outros aspectos, o tipo de crédito (tributário ou não tributário), o prazo decorrido desde sua constituição, o andamento das ações de cobrança (extrajudicial ou judicial), dentre outros. 3 Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Estado de São Paulo Secretaria da Fazenda Com base nessas diretrizes a área de contabilidade realizou um estudo considerando o histórico de saldos de inscrição e pagamento dos créditos da dívida ativa, divididos em tributários (IPTU, ISS, Outros Créditos) e não tributários no período de 2000 a 2012. Para os saldos anuais considerou o que não foi recebido até o ano de 2015 e assim calculou os percentuais de não recebimento. Posteriormente foi aplicado a média de não recebimento por tipo de tributo entre o período e a média global para a Dívida Ativa Tributária e Não Tributária. Os percentuais de não recebimento estão descritos na tabela de resultados a seguir: TABELA DE RESULTADOS Percentual dos saldos não recebidos até 2015 Média Global 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 % Por item Dívida Ativa Tributária 38% IPTU 19% 17% 24% 20% 17% 14% 9% 13% 12% 14% 19% 51% 63% 23% ISS 52% 43% 50% 44% 30% 17% 47% 78% 47% 69% 41% 47% 47% 47% Outros créditos tributarios 65% 54% 48% 42% 32% 26% 22% 42% 45% 66% 55% 45% 45% 45% Dívida Ativa não Tributária 51% 20% 48% 50% 39% 23% 66% 41% 46% 39% 53% 64% 50% 45% 45% MÉDIA GLOBAL APURADA 40% Esse percentual de não recebimento foi aplicado aos saldos total da Dívida Ativa Tributária e Não tributária e contabilizado como conta redutora do ativo (-) Ajuste para Perdas, no Ativo Não Circulante Créditos de Longo Prazo e sua contrapartida está refletida nas Variações Patrimoniais Diminutivas. Ressalta-se que esse estudo foi realizado com base nos históricos e relatórios de recebimento do setor da Dívida Ativa da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. Essa adoção inicial não impede a Prefeitura de realizar estudos técnicos posteriores mais apurados ou mais detalhados que considerem um maior nível de profundidade do crédito, como por exemplo, a característica judicial do recebimento. 4.2 Imobilizado 4.2.1. Critérios de Mensuração de Ativos: os ativos estão avaliados pelo custo de aquisição ou produção. No exercício de 2014 os Bens Imóveis tiveram seus valores atualizados de acordo com os relatórios do Departamento de Tributos Imobiliários (Cadastro Físico). Esses relatórios foram utilizados para proceder a reavaliação desses bens, e ainda para que o cadastro contábil x patrimonial ficassem equivalentes. O procedimento foi realizado embasado nas regras e procedimentos para adequação da Nova Contabilidade do Setor Público - conforme o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público da Secretaria do Tesouro Nacional. 4 Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Estado de São Paulo Secretaria da Fazenda Para todo ativo imobilizado foi estabelecido uma data de corte em 2015, de forma a partir dessa data os bens adquiridos possam ser depreciados conforme Resolução da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto no 01/2015. A opção do estabelecimento da data de corte deve-se a conclusões de estudos internos da Prefeitura expostos na Nota Técnica 01/2014 – Divisão de contabilidade, dos quais é importante ressaltar: “ Para os bens móveis anteriores a 2014 estarão segregados para que posteriormente, quando forem definidos os prazos de forma gradual pela Secretaria do Tesouro Nacional, seja possível a Administração avaliar se procederá ou não a reavaliação desses bens, considerando principalmente dois pontos: i) que esses bens atualmente representam 2% do Patrimônio da Prefeitura; e ii) que como órgão público deve ser realizado uma análise do custo-benefício que essa ação gerará. Para os bens imóveis: atualmente no balanço da prefeitura os bens imóveis são formados por Edifícios e Terrenos, sendo os valores mais relevantes do patrimônio 98%.
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