Plano de Desenvolvimento do Alto - Desafio 2020 Diagnóstico Estratégico Março 2012 Ficha Técnica

Título

Plano de Desenvolvimento do - Desafio 2020

Diagnóstico Estratégico | Março 2012

Promotor

Comunidade Intermunicipal do Alto Minho - CIM

Autoria

Augusto Mateus & Associados | Sociedade de Consultores (AM&A)

Coordenação Global

Augusto Mateus

Coordenação Executiva

Vânia Rosa

Gestor de Projecto

Márcio Negreiro

Consultores

António Marques, Dalila Farinha

Hermano Rodrigues, Joana Mateus

Mafalda Correia, Márcio Negreiro

Paulo Madruga

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 2 Índice

O Diagnóstico Estratégico nas Fases 5 4. Estrutura produtiva e dinâmica económica 25 do Plano de Desenvolvimento do Alto Minho

1. Leitura do posicionamento do Alto Minho 7 Dinamismo da actividade económica 26

Os contornos de uma leitura actual e prospectiva para o Alto 8 Modelo de crescimento 27 Minho

A incorporação das escalas de posicionamento do Alto Minho 9 Especialização produtiva na óptica da produção de riqueza 28

2. Demografia e perfil da população 10 Especialização produtiva na óptica da concentração do 29 emprego

A dinâmica populacional 11 Especialização produtiva na óptica da concentração sectorial 30 do emprego

O sentido global das variações da população 12 O sector agrícola 31

As alterações na estrutura etária 13 A actividade piscatória 32

O nível de instrução 15 Articulação e relevância regional do perfil de especialização 33 produtiva

A educação e a qualificação 15 Articulação dos espaços de localização empresarial entre o 35 Alto Minho e a Galiza

3. Dinâmica e potencial turístico 16 Áreas de localização empresarial 36

Inserção do Minho-Lima na “região turística do e Norte” 18 5. Mercado de trabalho 37

Inserção no mercado de trabalho e perfil de habilitações do Oferta turística 19 38 emprego

Turismo natureza e oferta turística em espaço rural 20 Nível salarial 39

Procura turística 21 Nível salarial praticado ao nível concelhio 40

Recursos emblemáticos e distintivos 22

Hierarquia do património natural, paisagístico e construído 23

Potencialidades turísticas 24

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 3 Índice

6. Articulações funcionais, mobilidade e circulação 41 8. Resposta social e dotação de equipamentos e infra- 59 estruturas

Pendularidade e articulações funcionais 42 Apoio e resposta social 60

Movimentos pendulares – saídas e entradas de mão-de-obra, 44 Dotação e acessibilidade a equipamentos culturais e 61 por concelho e sector de actividade desportivos

Acessibilidades e mobilidade 46 Questões ambientais e infra-estruturas básicas 62

Acessibilidades e mobilidade rodoviária 47 9. Directrizes e orientações de carácter territorial e 63 sectorial

Acessibilidade e mobilidade ferroviária 48 Objectivos e directrizes dos instrumentos de gestão territorial 64

7. Dimensão urbana e ocupação do território 49 Orientações de documentos estratégicos de âmbito nacional e 65 regional/sectorial

A dimensão urbana e a dinâmica urbanística 50

Especificidades territoriais e paisagísticas 53

Tipologia de ocupação do território 54

Áreas naturais 55

Áreas protegidas de excelência no contexto nacional e 56 transnacional

Sistema urbano 57

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 4 O Diagnóstico Estratégico nas Fases do Plano de Desenvolvimento do Alto Minho O diagnóstico estratégico nas fases do Plano de Desenvolvimento do Alto Minho

• A metodologia de trabalho adotada pela Augusto Mateus & • Ao longo do período de construção do Plano de Desenvolvimento do Associados na elaboração de Planos de Desenvolvimento Territorial Alto Minho, cada uma destas temáticas será discutida em detalhe não contempla uma definição rígida e sequencial das etapas de com os agentes económicos e sociais com intervenção relevante na trabalho, preferindo adotar um processo em “espiral” como garantia região, através da realização de reuniões de trabalho (focus-group) de uma permanente disponibilidade para, durante o tempo de orientadas para identificar as questões e desafios a que a estratégia elaboração do Estudo, aperfeiçoar, corrigir e integrar novos a delinear deverá dar resposta. elementos quer ao nível de diagnóstico quer em termos de elementos estratégicos ou projetos e ações estruturantes. • Este processo de “diagnóstico específico” a efetuar para cada temática de intervenção culminará na apresentação e discussão de • O documento Diagnóstico Estratégico corresponde a uma fase da propostas de intervenção estratégica, em Seminários específicos a etapa de Diagnóstico (Fase 1) do Plano de Desenvolvimento do Alto cada temática. Minho, em que se constrói um retrato abrangente da região, através de óticas de abordagem que focam: a leitura do posicionamento do Alto Minho, a demografia e perfil da população, a dinâmica e Figura 1: Dimensão económica e populacional do Minho-Lima

potencial turístico, a estrutura produtiva e dinâmica económica, o mercado de trabalho, as articulações funcionais mobilidade e circulação, a dimensão urbana e a ocupação do território, a resposta social e a dotação de equipamentos e infraestruturas, e as diretrizes e orientações de carácter territorial e sectorial.

• O documento Diagnóstico Estratégico pretende, pois, dar resposta prévia à questão “Quem somos e como chegámos aqui?” e ajudar a “compreender o que se passou na nossa envolvente”.

• As etapas seguintes do Plano de Desenvolvimento do Alto Minho, quer de definição da Visão e Estratégia (Fase 2) quer de definição do Plano de Ação (Fase 3), permitirão aprofundar e complementar os enfoques temáticos considerados relevantes. A abordagem metodológica adotada elege quatro temáticas de intervenção em relação às quais a região deverá ter capacidade de definir objetivos e prioridades de intervenção, isto é: como tornar a região mais competitiva, mais atrativa, mais conectada e mais resiliente.

• O processo de trabalho em espiral garantirá que, para cada uma destas temáticas, sejam convidados a intervir e participar no processo de definição estratégica, as entidades que intervenção ativa no território, e que, por esta via, possam ser incorporados os respetivos contributos e experiência de trabalho, quer em termos de diagnóstico, quer em termos da formulação de propostas de intervenção estratégica ou da definição de projetos e iniciativas de intervenção.

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 6 1. Leitura do posicionamento do Alto Minho 1. Leitura do posicionamento do Alto Minho

Os contornos de uma leitura actual e prospectiva para o Alto Minho

• O Alto Minho é actualmente interpretado como um território de • O Alto Minho posiciona-se “a Norte” dos principais corredores de articulações, que derivam do reconhecimento inequívoco que a circulação ibérica. Por outro lado, a sua dimensão populacional e região assume a três níveis: económica, bem como o seu modelo de inserção no quadro mais alargado da economia portuguesa, diferem consideravelmente das • No domínio da natureza, pela referência ambiental e patrimonial regiões espanholas galegas com quem mantém ligações funcionais: que constitui a conjugação mar-rios-serra, e donde derivam • Dimensão do Minho-Lima no contexto da região Norte de leituras na óptica da conservação e protecção destes “recursos”, mantém um patamar constante em termos populacionais e mas também recomendações direccionadas para a valorização do económicos (5% a 7%); seu potencial de criação de riqueza, emprego e de desenvolvimento de atividades complementares; • Dimensão do Minho-Lima face à região da Galiza é equilibrado em termos de população, postos de trabalho e unidades empresariais • No domínio da qualidade de vida, pela singularidade e distinção de (9% a 11%), mas não acompanha o mesmo patamar de criação de um modelo de vivência que beneficia da plena “inserção da cidade riqueza (VAB do Minho-Lima atinge apenas 4% do VAB da Galiza); no campo”, onde se percepciona um alastramento das vilas/cidades e sedes de concelho às zonas envolventes, dando • O modelo económico galego diverge consideravelmente do modelo corpo a uma realidade que oferece formas de vivência plenamente económico característico da região Norte de Portugal, com a integradas no campo (onde se conjuga o “verde” dos espaços de Galiza a apresentar uma estrutura empresarial com maior nível de produtividade e capacidade de criação de riqueza. produção agrícola e pecuária com o “verde” dos territórios de preservação e proteção); • Coloca-se ao Alto Minho a oportunidade de conjugar recursos e vocações que lhe confiram a posição de espaço de convergência • No domínio da sua posição de região bem posicionada para entre actividades logísticas e produtivas (entre cadeias de valor intermediar um processo de abertura e de articulação estreita globais e recursos específicos valorizados internacionalmente) e de entre Portugal-Espanha, via Norte-Galiza, que confira expressão espaço de intercâmbio cultural e civilizacional (projectando os económica e maior vínculo aos processos relativamente recursos naturais e culturais emblemáticos, em canais de espontâneos de interpenetração de usos, costumes e hábitos valorização turística e de promoção da atractividade urbana). culturais que se fazem sentir nos territórios junto às duas

margens do rio Minho, entre os concelhos portugueses e as Quadro 1: Dimensão económica e populacional do Minho-Lima províncias galegas. População Emprego Empresas VAB • O Alto Minho parte de uma posição de “território de articulações” que recomenda que se ultrapasse uma evolução em regime de (em milhares) relativo status-quo (ou, de outra forma, de imobilismo ou Minho Lima 245 109 22 2.290 estagnação) para uma evolução que assuma o objectivo de “ter de ser um território de convergências” (ou, de outra forma, de pró- Norte (NUTS II - Portugal) 3.690 1.718 342 42.096 actividade), dando unidade aos vectores de articulação que se Galiza (NUTS II - Espanha) 2.733 1.210 197 51.461 encontram espartilhados e fragilizados. % Minho-Lima/Galiza 9% 9% 11% 4% • Ultrapassar a posição de fronteira (no limite de Portugal) e de % Minho-Lima/Norte 7% 6% 6% 5% passagem (de Portugal para Espanha, ou do Norte para a Galiza) % Galiza/Norte 74% 70% 57% 122% são objectivos que se materializam através da consolidação de teias complexas entre agentes económicos e recursos, que conjuguem as Nota: dados referentes à população reportam-se a 2011; dados referentes a emprego, melhores vocações. empresas e VAB reportam-se a 2008. Fonte: INE, Censos 2011 – Resultados provisórios

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 8 1. Leitura do posicionamento do Alto Minho

A incorporação das escalas de posicionamento do Alto Minho

• A posição de fronteira do Alto Minho imprime à análise deste • As escalas de análise do posicionamento do Alto Minho combinam: território a percepção do seu posicionamento no contexto das suas • A escala interna, cuja abordagem se orienta para salientar as regiões envolventes que, no quadro de Portugal, abrangem as NUTS especificidades e pontos de contacto entre os diversos concelhos III do Ave, Cávado e Alto-Trás-os-Montes, no contexto mais da região; alargado da região Norte, e que, no quadro de Espanha, abrangem • A escala nacional de análise, cuja abordagem relativiza a dimensão as províncias de Corunha, Lugo, Ourense e Pontevedra, no dos fenómenos segundo o seu posicionamento à escala nacional, contexto mais alargado da região da Galiza. concertando objectivos de desenvolvimento regional e sectorial; • A escala ibérica, que introduz a abordagem face aos grandes • O diagnóstico do Alto Minho exige a incorporação de diferentes corredores ibéricos de circulação, na relação com a Europa; perspectivas de articulação e posicionamento relativo da região, que • A escala europeia, que introduz a recomendação de equilíbrio assumem escalas de abordagem diferenciadas, consoante a entre as dimensões da competitividade e da coesão e, em natureza dos fenómenos; particular, a percepção da coesão nas ópticas da coesão económica e social.

Figura 2: Escalas de análise do posicionamento do Alto Minho – as perspectivas interna, nacional, ibérica e europeia

Corredores ibéricos de circulação

Legenda

Minho-Lima Regiões europeias NUTS III

Escala Ibérica Escala Europeia Escala Interna Escala Nacional (articulação à escala de Espanha (articulação à escala (especificidades concelhias) (articulação à escala e da relação Portugal-Espanha) das regiões europeias) de Portugal)

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 9 2. Demografia e perfil da população 2.Demografia e perfil da população

A dinâmica populacional

• A Região do Alto Minho acolhe cerca de 245 mil habitantes (2011), Gráfico 2: Densidade populacional e variação da população residente o que representa cerca de 2% da população do país e cerca de 7% da Região Norte. A população residente no Alto Minho decresceu 10% cerca de 2% entre 2001 e 2011, o que se compara, a um nível territorial mais alargado, à evolução populacional nas regiões 8% NUTSII Centro e Alentejo.

6% • A grande maioria dos Concelhos abrangidos pela Região do Alto V.N. Cerveira

Minho registaram, ao longo do período intercensitário 2001-2011,

2001) - um decréscimo populacional, que se afigura tendencialmente mais 4% expressivo nos Municípios menos densamente povoados. Esta constatação é corroborada por uma análise mais detalhada, ao nível V. Castelo de , onde emergem como demograficamente mais 2% Minho-Lima dinâmicas as com um pendor urbano mais evidente, Valença nomeadamente as coincidentes com as sedes de Concelho. 0%

Caminha Gráfico 1: Enquadramento populacional da Região Norte e do Alto -2% Minho no contexto nacional Pte. Lima P. -4% Monção 4000 1,5% Portugal: 10,6 milhões hab. tmva: 0,2% -6%

2011 Pte. Barca

3500 - Variação da população residentepopulação (2011da Variação

3000 1,0% -8% A. Valdevez

Melgaço (mil (mil hab.) 2500 -10% 0 50 100 150 200 250 300 350 2000 0,5% Densidade populacional 2011 (nºhab/km2) 1500

1000 0,0% Nota: A dimensão da bolha representa a população dos concelhos.

Fonte: INE, Censos 2011 - Resultados provisórios População residente

500 • Na análise da dinâmica populacional a nível concelhio, a prestação 0 -0,5% do Município de V.N. Cerveira no período 2001-2011 demarca-se

Taxa médiaTaxa variaçãode anual (tmva) 2001 das restantes, traduzindo-se a sua atractividade num crescimento

Lima

Norte

- Lisboa

Centro da população residente de cerca de 5% ao longo do período

Alentejo considerado. Por seu turno, a estabilidade demográfica de V.

R.A.Açores Minho R.A. Castelo ao longo do período influenciou, de forma determinante, a

População residente 2001 População residente 2011 Taxa média de variação anual - eixo direito evolução da Região como um todo.

Fonte: INE, Censos 2011 - Resultados provisórios

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 11 2.Demografia e perfil da população

O sentido global das variações da população

• O decréscimo populacional observado no Alto Minho ao longo da • Assumindo-se a dinâmica populacional como um recurso basilar para o última década contrasta com uma evolução favorável para o país desenvolvimento de uma Região, importa, de igual modo, aferir as na sua globalidade ao longo do mesmo período, bem como para a potencialidades e a capacidade do Alto Minho para renovar a sua Região da Galiza. população. A estrutura etária da população residente nos concelhos do Minho-Lima não diverge substancialmente, revelando uma forte • A densidade populacional do Minho-Lima equipara-se à média preponderância dos escalões etários mais elevados, os quais reúnem nacional, mas revela-se, em paralelo, substancialmente inferior à pelo menos cerca de 75% dos residentes na maioria dos concelhos. da Região Norte e evidencia situações bastante díspares a nível concelhio (A. Valdevez e V. Castelo como extremos neste • Os dois grupos etários mais jovens, que reúnem indivíduos até aos 24 indicador). Comparativamente, de entre as províncias da Galiza anos, assumem proporções modestas no total da população do que confinam com a Região do Alto Minho, assinala-se a elevada respectivo Município e revelam perdas substanciais ao longo do densidade populacional observada na Província de Pontevedra. período 2001-2011, o que permite perspectivar alguma dificuldade da Região na renovação da sua população, com reflexos particulares na dimensão da bolsa de mão-de-obra disponível para o trabalho.

Quadro 2: Caracterização e perfil global da população

Índices de dependência 2011 Estrutura etária da população residente 2011 Taxa de Densidade Índice Indicadores gerais Área População (1) 2 crescimento populacional 2011 de envelhecimento de população (km ) (mil hab.) (1) 2 0 a 14 15 a 24 25 a 64 populacional (hab/km ) 2011 Jovens Idosos Total 65 e mais anos anos anos anos

Portugal 92.212 10.562 2,0% 115 129 23 29 52 15% 11% 55% 19% Norte 21.286 3.690 0,1% 173 114 22 25 48 15% 12% 56% 17% Minho-Lima 2.219 245 -2,2% 110 175 21 37 58 13% 10% 53% 23% A. Valdevez 448 23 -7,7% 51 274 20 54 73 11% 9% 49% 31% 137 17 -2,3% 122 195 19 37 56 12% 11% 53% 24% Melgaço 238 9 -7,8% 39 413 16 68 84 9% 8% 46% 37% Monção 211 19 -3,6% 91 261 18 46 64 11% 9% 52% 28% P. Coura 138 9 -3,9% 67 220 20 44 65 12% 10% 51% 27% Pte. Barca 182 12 -6,6% 66 198 21 41 61 13% 11% 51% 25% Pte. Lima 320 43 -1,9% 136 128 24 31 55 15% 12% 53% 20% Valença 117 14 -0,4% 121 172 21 36 56 13% 10% 54% 23% V. Castelo 319 89 0,1% 278 139 21 30 51 14% 11% 56% 20% V.N. Cerveira 109 9 4,5% 85 178 21 37 59 13% 10% 53% 24% Galiza 29.575 2.798 2,4% 95 176 19 33 52 11% 9% 57% 22% Corunha 7.950 1.146 3,4% 144 170 19 32 50 12% 9% 58% 21% Lugo 9.857 354 -3,3% 36 271 16 44 60 9% 9% 54% 28% Ourense 7.273 335 -2,9% 46 274 17 45 62 9% 9% 53% 29% Pontevedra 4.495 962 5,5% 214 133 21 27 48 13% 10% 58% 19%

Nota: (1) Para Portugal, os dados da população reportam a 2011 (Censos), ao passo que os de Espanha reportam a 2010, pelo que as respectivas taxas de crescimento populacional respeitam aos períodos 2001-2011 e 2000-2010, respectivamente. Fonte: Dados relativos a Portugal: INE, Censos 2011 - Resultados provisórios; Dados relativos a Espanha: INE – Instituto Nacional de Estadística

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 12 2.Demografia e perfil da população

As alterações na estrutura etária

• Os índices de envelhecimento e de dependência evidenciam níveis Gráfico 3: População em idade activa e não activa e índice de particularmente desfavoráveis no Alto Minho, superando os valores envelhecimento médios nacionais e da Região Norte. A tendência de envelhecimento é preocupante quando se constata que atingem entre 10% e 30% 100 000 450 as perdas populacionais de população jovem nos diversos 413 concelhos. A perda populacional no Alto Minho é maioritariamente 90 000 400 explicada por um modelo de renovação populacional que não repõe população jovem com a intensidade necessária à manutenção do 80 000 perfil etário da população. 350

• Constata-se ainda que os municípios que configuram de forma mais 70 000 determinante a valência da Região no que respeita à população 300 activa (V. Castelo e Pte. Lima) detêm os índices de envelhecimento 60 000 274 261 mais baixos no contexto dos 10 concelhos da Região. Os índices de 250 envelhecimento e dependência dos concelhos de Melgaço, A. Valdevez e Monção prefiguram situações particularmente 50 000 220 desvantajosas. Na comparação com as províncias da Galiza, 195 198 200 Pontevedra revela-se mais favorável nestes domínios. 40 000 172 178

150

envelhecimento Índicede 30 000 139

Quadro 3: Estrutura etária e variação da população Portugal: 129 128 População em idade activa e não activa não e activa Populaçãoidade em

100 População com menos de 24 anos População com 25 anos ou mais 20 000 % no total Taxa de variação % no total Taxa de variação

2011 2001-2011 2011 2001-2011 10 000 50 Portugal 26% -11% 74% 8% Norte 27% -16% 73% 8% 0 0 Minho Lima 24% -19% 76% 6%

A. Valdevez 20% -28% 80% 1%

Monção Valença

Caminha 23% -21% 77% 6% Melgaço

P. CouraP.

Caminha

Pte. Lima Pte. V. CasteloV.

Melgaço 17% -26% 83% -1% BarcaPte. A. ValdevezA. Monção 20% -22% 80% 4% CerveiraV.N. População em idade activa 2011 P. Coura 22% -16% 78% 2% População em idade não activa 2011 Pte. Barca 24% -28% 76% 4% Índice de envelhecimento 2011 (eixo direito) Pte. Lima 27% -19% 73% 8%

Valença 23% -14% 77% 6% Nota: O índice de envelhecimento retrata a relação entre a população idosa e a população V. Castelo 25% -17% 75% 8% jovem, definida como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o V.N. Cerveira 23% -11% 77% 12% número de pessoas com idades compreendidas entre 0 e 14 anos (expressa por 100 pessoas). Galiza 21% -20% 79% 11% Fonte: INE – Censos 2011 Corunha 21% -20% 79% 12% Lugo 18% -24% 82% 3% Ourense 18% -23% 82% 3% Pontevedra 23% -18% 77% 15%

Fonte: INE, Censos 2011 e 2001 Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 13 2.Demografia e perfil da população

O nível de instrução

• A população residente na Região do Alto Minho é relativamente • A proporção de população com níveis de instrução mais elevados menos escolarizada do que a população portuguesa na sua atinge valores mais expressivos em V. Castelo (13%) e Caminha globalidade e do que a população da Região Norte. (11%), que correspondem a concelhos de mais forte pendor urbano. É também nestes concelhos que a parcela da população sem qualquer • Nesta comparação, o Alto Minho distingue-se essencialmente nos nível de instrução é menos significativa. dois níveis extremos considerados: a proporção da população residente no Alto Minho sem qualquer nível de ensino (cerca de • Em posição menos favorável no que à instrução da população diz 22%) é mais elevada e a que atinge níveis de instrução ao nível do respeito, em P. Coura cerca de 27% da população não apresenta Pós-Secundário/Superior (cerca de 21%) é inferior às qualquer nível de instrução, ao passo que apenas 5% atingiu o nível de correspondentes médias nacionais e para a Região Norte. instrução mais elevado aqui considerado. Situações relativamente similares são evidenciadas pelos concelhos de Melgaço e Pte. de Barca. • A análise mais detalhada revela situações bastante díspares entre os vários concelhos, balizadas pela posição favorável de V. Castelo e, no extremo oposto, pela prestação de P. Coura neste indicador.

Gráfico 4: População residente segundo o nível de instrução mais elevado completo

5% 10% 6% 7% 9% 7% 7% 7% 9% 13% 11% 11% 13% 9% 10% 9% 10% 10% 12% 11% 12% 12% 12% 13% 13% 13% 12% 11% 14% 14% 12% 17% 16% 15% 15% 16% 16% 11% 16% 10% 16% 13% 13% 12% 17% 15% 14% 14% 15% 13% 13% 15% 32% 35% 30% 31% 31% 28% 27% 31% 27% 28% 25% 28% 25%

30% 27% 27% 22% 24% 25% 23% 22%

19% 19% 18% 19% 18%

Lima

Norte

-

Monção

Valença

Melgaço

Portugal

P. CouraP.

Pte.Lima

Caminha

V.Castelo

Pte.Barca

A.Valdevez Minho Nenhum 1º Ciclo Básico 2º Ciclo Básico 3º Ciclo Básico Secundário Pós-Secundário/Superior V.N.Cerveira

Fonte: INE, Censos 2011 – Resultados provisórios Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 14 2.Demografia e perfil da população

A educação e a qualificação

• Os níveis de pré-escolarização relativos ao ano lectivo 2009/2010 Gráfico 5: Taxas Brutas de Escolarização (TBE) no pré-escolar e nos reportam uma posição muito favorável da generalidade dos ensinos básico e secundário e participação em cursos profissionais Municípios da Região do Alto Minho, sendo que a respectiva taxa 150 (96%) supera, em cerca de 10 p.p., as médias nacional e da Região Norte de Portugal (85% em ambos os casos).

• Os níveis de escolarização do ensino básico e do secundário superam, de igual modo, as referências nacionais e regionais, chegando o respectivo diferencial a atingir 16 p.p. na vertente de 100 escolarização do ensino secundário.

• Os dados relativos ao ano lectivo 2007/2008 indiciam uma apetência dos alunos da Região para a participação em cursos profissionais no ensino secundário regular, predominantemente 50 orientados para o ingresso no mundo do trabalho: os valores médios para o Distrito superam em cerca de 10 p.p. as médias nacional ou da Região Norte.

• Ao nível do ensino superior, a proporção de diplomados em áreas científicas e tecnológicas revela-se, ao invés, bastante desfavorável 0 para a Região do Alto Minho (9,6 diplomados por 1000 habitantes), quer comparativamente com o país na sua globalidade (16,3), quer inclusivamente com a Região Norte (13,6).

Quadro 4: Indicadores de educação referencial a nacional face (p.p.) Diferenciais -50

Escolaridade Taxa de Taxa de Ensino

obrigatória retenção/desistência transição/ concl. superior Norte

Monção

Valença Melgaço

Educação Coura P. Caminha

(pelo menos) ensino básico ensino secundário completo LimaPte.

V. Castelo V. Pte. Barca Pte.

(1) (1) LimaMinho 2001 2009-10 2009-10 2001 Valdevez A. Taxa de pré-escolarização TBE no ensino básico Cerveira V.N. Portugal 38,0% 7,9% 80,7% 8,6% TBE no ensino secundário Partic.cursos prof.ES regular Norte 32,7% 7,6% 81,1% 7,1% Nota: os dados reportam ao ano lectivo 2007/2008 Minho-Lima 28,0% 4,6% 85,9% 5,4% Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Norte 2010 A. Valdevez 18,2% 5,7% 81,6% 3,0% Caminha 32,0% 4,1% 83,2% 6,4% • A performance global da Região no que concerne à percentagem da Melgaço 19,6% 3,7% 82,0% 4,1% população que detém pelo menos os 12 anos de escolaridade Monção 24,3% 3,6% 87,7% 4,3% obrigatória beneficia das boas prestações de V. Castelo e Caminha; P. Coura 19,8% 7,8% 89,1% 2,3% a média para a Região não atinge, contudo, os referenciais para a Região Norte e diverge, em 10 p.p., da média nacional. Pte. Barca 22,2% 6,9% 87,8% 3,6%

Pte. Lima 21,9% 3,1% 89,0% 3,5% • Pelo contrário, a retenção/desistência no ensino básico e a Valença 26,2% 5,8% 83,4% 3,6% transição/conclusão do ensino secundário atingem, na Região, V. Castelo 37,3% 4,8% 87,2% 8,2% níveis bastante confortáveis, com praticamente todos os Concelhos V.N. Cerveira 24,8% 4,1% 78,5% 4,3% a superar as referências nacionais e para a Região Norte. Notas: (1) Em percentagem da população residente. Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Norte 2010

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 15 3. Dinâmica e potencial turístico 3. Dinâmica e potencial turístico

O perfil da oferta turística da região Norte

• O Alto Minho é um dos destinos turísticos do Norte de Portugal, que • O turista galego tem uma forte relação com os destinos Porto e se diferencia pelos recursos turísticos que possui e pela sua Norte de Portugal, pela proximidade geográfica mas também pelo localização privilegiada na zona de fronteira com a região espanhola acesso ao aeroporto internacional Francisco Sá Carneiro, havendo da Galiza, sendo por isso fundamental conhecer o perfil do potencial companhias aéreas com serviço de transfer entre este aeroporto e turista galego. Assim, no contexto da região Norte e no que as principais cidades da Galiza; concerne ao sector do turismo, os principais dados disponibilizados pelo INE e pela entidade nacional de Turismo, Turismo de Portugal • O turismo cultural e religioso, de negócios, de sol e praia e de saúde I.P., relativamente ao ano de 2009, permitem fazer a seguinte e bem-estar são as principais motivações da deslocação dos galegos caracterização genérica do sector; a Portugal;

• A categoria hotéis concentra cerca de 60% das dormidas, seguida de • Os estabelecimentos de turismo de habitação e no espaço rural na pensões (23%) e de Apartamentos-turísticos (1%); região Norte representam 41% do valor nacional, correspondendo a 28% das dormidas. A taxa de ocupação permite verificar que a • A taxa de sazonalidade nas dormidas em estabelecimentos hoteleiros modalidade agro-turismo, hotel rural e turismo da aldeia são as mais atinge 36% e o índice de amplitude sazonal é de 1,85. Os meses representativas, 23%, 21% e 17%, respectivamente; de Julho, Agosto e Setembro atingem os picos máximos da sazonalidade; • Os 52 parques de campismo existentes na região Norte representam 23% do valor nacional. O número de campistas • As dormidas nos estabelecimentos hoteleiros da região, por país de corresponde a 31.000, cerca de 17% do valor nacional; residência, mostram que a seguir a Portugal (57%), surge a Espanha (14%), a França (5%), a Alemanha (4%) e o Reino Unido (3%); Gráfico 6 – Número de estabelecimentos hoteleiros por tipologia

• O REVPAR – Revenue Per Available Room representa 28,3 euros de 900

média diária, encontrando-se em linha com a média diária nacional. 800 Em 2007, a região Norte apresentava um valor abaixo do nacional, 700 26 Euros contra cerca de 32 euros do valor nacional; 600 • Os passageiros movimentados em “low-cost” no aeroporto Francisco 500 Portugal Norte Minho-Lima Sá Carneiro representam 44%, sendo que os passageiros 400 desembarcados por aeroporto/cidade de origem mais 300 representativos são: Orly (Paris) (11%), Lisboa (10%) e Barajas (Madrid) (8%); 200 100 • Segundo dados do Instituto de Estudos Turísticos da Galiza (IET), 0 em 2009, as dormidas dos galegos em estabelecimentos hoteleiros estabelecimentos de Número

portugueses representaram mais de 29% das dormidas totais de

Hotéis

Motéis

Ald.

apart.

Hotéis- Apart.

espanhóis, tendo o consumidor galego gerado 7,53% do total das Pensões

turísticos turísticos Pousadas

receitas portuguesas; Estalagens

• O destino Portugal é comercializado por 10 operadores turísticos da Galiza, 7 dos quais situados na província de Pontevedra; Fonte: INE – Inquérito à Permanência de Hóspedes e Outros Dados na Hotelaria, 2009,

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 17

3.Dinâmica e potencial turístico

Inserção do Minho-Lima na “região turística do Porto e Norte”

Caixa 1: Recursos do Minho-Lima nas estratégias nacionais • O Minho-Lima insere-se na região turística do Porto e Norte que, (PENT) e regionais (PROT-N) de desenvolvimento turístico segundo o PENT deverá ser o destino do País com um dos melhores

desempenhos em termos de crescimento, prevendo-se que cresça

anualmente a uma taxa de 8,5%, atingindo mais de 1,7 milhões de PENT – os principais recursos da região Norte

dormidas de estrangeiros em 2015. • Cidade do Porto;

• Caves de Gaia - Vinho do Porto; • O turismo natureza possui elevado potencial em Portugal, sendo a região Norte uma das prioritárias para investimentos neste domínio. • Cidades históricas (Guimarães, Braga e Viana); Em 2015 espera-se que o Turismo Natureza dirigido a Portugal • Rio ; motive 43,3 milhões de viagens (crescimento anual de 7%, • Alto Douro Vinhateiro; segundo o PENT), sendo a Alemanha e a Holanda os principais • Parques Naturais (ex: Parque Nacional da Peneda –Gerês); mercados emissores (representando 25% e 21% desse mercado). • Património arqueológico (Foz Côa);

• Gastronomia e Vinhos (ex: Vinho do Porto) • Concentravam-se na região Norte 44% das Unidades de Turismo em Espaço Rural (TER) existentes em Portugal em 2008. PROT Norte – os principais recursos da região Norte • O PROT Norte identifica e considera essenciais para o desenvolvimento turístico Quadro 4: Factores distintivos e acções a desenvolver na região turística do Porto e Norte, segundo o PENT regional, os objectivos “Excelência, Competitividade e inovação e a Sustentabilidade”; Saúde e Bem-estar, City break Touring/T. Turismo de • Este Instrumento assume o Norte de Portugal como uma Região Turística com Gastronomia e natureza negócios vinhos quatro destinos: Porto, Minho, Trás-os-Montes e Douro; • O Programa de Acção centrado nos produtos turísticos prioritários da Região • Património cultural • Cidades com e paisagístico • Oferta hoteleira • Qualidade Norte assume o Turismo Natureza, o Turismo Náutico, e a Gastronomia & escala humana de referência gastronómica • Quintas do vinho Vinhos-Enoturismo como grau de prioridade muito elevado e o Turismo de e autênticas; centrada na do Porto Boavista (Porto) Saúde e Bem-Estar, o Turismo Histórico-Cultural (Touring) e o Golfe como grau • Vinho do Porto • Rio Douro • Notoriedade do de prioridade elevado. • Interesse vinho do Porto • Cruzeiros no • Arquitectura cultural e eno- Fonte: Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), Ministério da Economia e da Inovação, 2007 e Douro contemporânea gastronómico na • Qualidade e PROT- Norte, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

• Parques Naturais cidade diversidade das Factores distintivos • (…) águas termais • O Minho-Lima possui recursos turísticos que se enquadram nos • Desenvolver rotas • (…)infra- • (…) cluster factores distintivos que o PENT, pelo seu potencial de projecção • Desenvolver ZTIs temáticas (ex: estrutura para gastronomia e e impacte à escala nacional, segmenta para a região do Porto e no Porto Vinho do Porto) congressos de vinhos

grande dimensão Norte: destacam-se as cidades históricas e os parques naturais, • (…)oferta de (+ 1000 • (…) Pólo turístico do nomeadamente o Parque Nacional da Peneda Gerês e ainda a conteúdos nos pessoas) na Douro gastronomia e os vinhos. museus e cidade do Porto monumentos • (…) spas para o • (…)captação com Douro • Em termos regionais, O PROT Norte, em linha com o instrumento desenvolver • Marketizar as outras regiões anterior acrescenta ainda o turismo náutico, o turismo saúde e

Principaisa acções caves do vinho • Requalificar e bem-estar, o turismo histórico-cultural e o golfe como produtos do Porto dinamizar as estâncias termais turísticos a empreender para o destino turístico Alto Minho.

potencialidades turísticas do Alto Minho que se podem articular com os objectivos da estratégia nacional de turismo definidos para a região Porto e Norte de Portugal Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 18 3.Dinâmica e potencial turístico

Oferta turística

• A região do Alto Minho revelou uma diminuição de 4% do número • A capacidade de alojamento do Minho-Lima aumentou 10% entre de estabelecimentos hoteleiros, entre 2002 e 2010, resultante do 2002-2010 (diferencial de 3.192 para 3.504 camas), sendo este equilíbrio entre o aumento de unidades hoteleiras em A. Valdevez, acréscimo inferior ao observado no país e na região Norte. Os Melgaço, Valença e V. N. Cerveira, e o encerramento de unidades concelhos que mais aumentaram a sua capacidade de alojamento hoteleiras em Caminha, Pte. Barca e V. Castelo. Esta tendência foram os concelhos de Pte. Lima e V. N. Cerveira; em contrapartida, insere-se num quadro de um ténue crescimento do número de o encerramento de unidades hoteleiras em Pte. Barca e Caminha estabelecimentos hoteleiros da região Norte 1% (passando de 436 reduziu a capacidade de alojamento destes concelhos em cerca de para 441 unidades hoteleiras), abaixo do resultado obtido a nível 22% e 35%, respetivamente. nacional (6%). • A capacidade de alojamento por habitantes no Minho-Lima (14 • A tipologia de unidades hoteleiras prevalecente no Alto Minho é a de camas por 1.000 habitantes) é superior ao referencial da região “pensões” (31) seguida de “hotéis” (15), sendo que Pte. Barca, P. Norte (10 camas por 1.000 habitantes), embora fique aquém do Coura e Monção não possuem nenhum hotel. As outras tipologias patamar nacional (26 camas por 1.000 habitantes). V. Castelo é o não apresentam quaisquer ocorrências, ou são bastante residuais concelho que concentra maior número de estabelecimentos e para o conjunto dos concelhos. capacidade hoteleira (17 estabelecimentos com uma capacidade de 1.483 camas), denotando os reflexos da sua capacidade de atracção enquanto maior pólo urbano da região, cabendo a V. N. Cerveira a maior intensidade de nº de camas por cada 1.000 habitantes (31 camas). Quadro 5: Oferta turística

Estabelecimentos Hoteleiros (Nº) Capacidade de Alojamento (Nº) Capacidade de alojamento por 1.000 habitantes (2010) 2002 2010 Var. (02/10) 2002 2010 Var. (02/10)

Portugal 1.890 2.011 6% 239.903 279.506 17% 26

Norte 436 441 1% 31.308 38.386 23% 10 Minho Lima 57 55 -4% 3.192 3.504 10% 14 A. Valdevez 3 4 33% 181 188 4% 8 Caminha 12 7 -42% 674 437 -35% 27 Melgaço 2 4 100% 166 224 35% 24 Monção 3 3 0% 100 100 0% 5 P. Coura 1 1 0% 42 43 2% 5 Pte. Barca 5 4 -60% 125 98 -22% 8 Pte. Lima 3 3 0% 142 230 62% 5 Valença 6 7 17% 383 432 13% 30 V. Castelo 18 17 -6% 1.208 1.483 23% 16 V. N. Cerveira 4 5 25% 171 269 57% 31 Fonte: INE – Inquérito à Permanência de Hóspedes e Outros Dados na Hotelaria, 2010

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 19 3.Dinâmica e potencial turístico

Turismo natureza e oferta turística em espaço rural

• O PENT identifica o turismo natureza como um produto turístico • O Parque Nacional da Peneda Gerês, no ano de 2010, foi visitado prioritário para a região Norte. Actualmente este produto representa por mais de 48.000, representando cerca de um quarto do conjunto 22 milhões de viagens na europa, representando 9% do total da de visitantes de todas as áreas naturais de protecção nacional, viagens de lazer realizadas pelos europeus. Os turistas oriundos da visitadas nesse ano, num total de cerca de 190.000 visitantes. Alemanha e da Holanda são os que evidenciam maior preferência por este tipo de turismo. • O quadro representa o número de estabelecimentos nas modalidades de turismo de habitação e em espaço rural, permitindo • A oferta do Alto Minho é rica em termos de áreas naturais, sendo o verificar que os concelhos do Alto Minho, em sintonia com as suas Parque Nacional da Peneda Gerês o seu grande “embaixador”, não características naturais-rurais e o seu passado histórico têm vindo a apenas enquanto elemento natural, mas também enquanto espaço assumir a herança das casas senhoriais, palácios e quintas e as para a prática de desporto aventura, birdwatching, trilhos, entre suas aldeias típicas como forma de potenciar o turismo da região. outra modalidades. Das 12 áreas protegidas da região Norte, 4 • O turismo termal da região Norte representa 79% das inscrições pertencem ao território do Alto Minho: Parque Natural da Peneda (que se equiparam a estadias) nos estabelecimentos termais Gerês; Parque Natural do Litoral Norte; Paisagem Protegida das nacionais. Este tipo de turismo é exequível nas termas de Monção e Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, e Paisagem Protegida do Melgaço (em processo de reabilitação), sugerindo uma perspectiva Corno do Bico. Para além destas destacam-se ainda a serra D’Arga de articulação integrada e em rede com toda a região Norte. Em e o sistema hidrográfico associado ao rio Minho e Lima. Melgaço as termas encontram-se fechadas, contando-se que reabram a breve termo.

Quadro 6: Estabelecimentos em modalidade de turismo de habitação e de espaço rural Turismo Rural e Turismo Espaço Rural - TER Agro-turismo Turismo Habitação Agro-turismo Casas Rústicas Aldeias de Portugal Hotéis Rurais Quintas e Herdades Casas Antigas Casa no Campo Quinta de Cortinhas; 8 A. Valdevez 4 Sistelo; Soajo 2 5 17 Quinta de Parada do Vez Caminha 1 4 5 Castro Laboreiro; 2 Melgaço 1 Quinta da Calçada 1 Branda da Aveleira Monção 3 Quinta de Santo António 1 Casa de Rodas 1 P. Coura 9 Quinta da Casa do Paço 1 Pte.Barca Lindoso; Germil 2 Quinta da Prova 1 Casa do Correio Mor 1 17 5 1 9 23 Casa do Anquião; 5 Casa da Encruzilhada; Quinta da Arga; Casa do Barreiro; Moinho de Estorãos; Casa quinta da Aldeia; Quinta do Rei; Quinta Paço de Calheiros; Casa de Pte. Lima de Gaiba; Cabração da Roseira; Quinta de Santa Baía; Quinta Azenha do Rei Crasto; Casa de Fontão; Casa Casa do Salgueirinho; Casa do Rei; Quinta da Roseira; Quinta de da Lage; Casa do Outeiro; Casa de São Gonçalo Santa Baía da Várzea

Valença Casa da Eira 6 1 Casa do Ameal; V. Castelo Quinta do Paço de 1 2 Quinta do Monteverde Quinta de São V. N. Cerveira 2 Roque Número de alojamentos segundo as diferentes tipologias de TER. Fonte: Levantamento efectuado segundo consulta a aos sites oficiais das Câmaras Municipais, sendo possível que existam outros estabelecimentos que não foram identificados. Na tabela encontra-se a designação dos estabelecimentos que se encontram classificados pela Associação de Turismo de Habitação - TURIHAB. Ver www.turihab.pt.

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 20 3.Dinâmica e potencial turístico

Procura turística

• O número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros do Alto Minho registou, entre 2002 e 2010, um acréscimo percentual abaixo Quadro 7: A procura turística dirigida ao Alto Minho dos valores nacionais e da região Norte (9% e 36%, respetivamente), representando apenas 6% das dormidas da região Dormidas Dormidas em Norte. Este ténue crescimento parece ser marcado por uma Hóspedes Estabelecimentos por habitante Hoteleiros por tendência de contração da procura turística, em alguns concelhos, 2010 Variação 100 habitantes que teve início em 2007, e tem-se vindo a agravar. É o caso de (milhares) (02/10) Monção e Valença, em que se registou uma quebra de 69% e 10% nas dormidas, respetivamente. A. Valdevez e V. N. Cerveira Portugal 37.391,3 9% 1,3 351,5

aumentaram de forma significativa o número de dormidas. Norte 4.437,8 36% 0,7 118,6

• Os hóspedes permanecem menos de 2 dias nos estabelecimentos Minho Lima 274,9 8% 0,7 110,3 hoteleiros do Alto Minho. Pte. Barca é o concelho em que a estadia A. Valdevez 10,7 90% 0,3 44,9 média é mais prolongada, sendo que o concelho de A. Valdevez é Caminha 32,1 - 1,2 195,3 aquele em que a estadia média é mais reduzida. Melgaço - - - • Os concelhos de V. N. de Cerveira, V. do Castelo e Caminha atingem Monção 2,3 -69% 0,1 12,1 as taxas líquidas de ocupação mais elevadas, por oposição a Pte. P. Coura - - Barca e Monção. O facto de Pte. Barca estar numa posição favorável quando se faz referência à estada média e numa posição Pte. Barca 2,6 - 0,1 19,9 desfavorável quando se analisa a taxa de ocupação das camas Pte. Lima 17,6 20% 0,3 39,7 disponíveis, sugere que a oferta poderá estar sobredimensionada. Valença 32,4 -10% 1,7 226,3

V. Castelo 129,1 25% 0,8 141,4 Gráfico 7: Estada média e taxa líquida de ocupação das camas dos concelhos do Alto Minho V. N. Cerveira 26,2 61% 1,8 304,5

Fonte: INE – Inquérito à Permanência de Hóspedes e Outros Dados na Hotelaria, 2010 3,0 Tx. Líquida Ocupação 45% Estada Média 40% 2,5 • Existe capacidade instalada para acomodar um aumento da 35% procura dirigida ao Alto Minho, conforme sugere o facto do 2,0 30% número de dormidas por 100 habitantes do Minho Lima ser 25% inferior ao referencial da região Norte (110,3 e 118,6 dormidas 1,5 20% por 100 habitantes, respetivamente), num quadro em que a capacidade de alojamento por 1.000 habitantes é superior (14 e 1,0 15% 10 camas por 1.000 habitantes, respetivamente). 10% Número de diasde Número

0,5 ocupação líquida Tx. 5% • A proporção de 24% de hóspedes estrangeiros no Alto Minho 0,0 0% está abaixo dos 37% atingidos na região Norte e em Portugal (51%), tendo havido um decréscimo entre o período 2002 a

2010 para todos os territórios em análise. Os concelhos de V.

A.

Norte

Lima

V. N. V.

Minho-

Monção Valença

P.Coura Castelo e Pte. Lima são aqueles que evidenciam maior proporção

Melgaço

Portugal

Cerveira

Pte.Lima

Caminha

Valdevez V. Castelo V. Pte. Barca Pte. de hóspedes estrangeiros, respectivamente, 34% e 26%. Em

Nota: não existem dados disponíveis para os concelhos de Melgaço e P. Coura oposição, Pte. Barca e A. Valdevez são aqueles que apresentam Fonte: INE – Inquérito à Permanência de Hóspedes e Outros Dados na Hotelaria, 2010 menor proporção.

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 21 3.Dinâmica e potencial turístico

• Património Natural (Rio Minho) Recursos emblemáticos e distintivos • Fortaleza e Centro Histórico • Gastronomia e Vinho Alvarinho • Termas • Património Natural (Rio Minho) • Fortaleza e Centro Histórico • Solares • Gastronomia • Ecovias • Termas • Património Natural (PNPG, Rio • Património Natural (Corno do Bico e Rio • Solares • Artesanato Minho e Rio Castro Laboreiro) Coura) • Ecovias • Eventos • Fortaleza e Centro Histórico • Centro Histórico • Comércio Local • Gastronomia e Vinho Alvarinho • Festival musical de • Eventos • Solares • Praias Fluviais • Ecovias • Gastronomia • Termas • Solares • Artesanato • Ecovias • Eventos • Eventos • Arqueologia Melgaço • Património Natural (PNPG, Rio Monção Lima) • Património Natural (Rio Minho) Valença • Centro Histórico • Fortaleza e Centro Histórico • Rio Vez e Praias Fluviais • Bienal de Cerveira • Gastronomia • Gastronomia • Eventos • Solares • Solares V.N. Cerveira • Ecovias • Ecovias P. Coura • Eventos Culturais

• Património Natural (Serra D’Arga, Caminha Rio Minho, Coura e Âncora) • Centro Histórico • Património Natural • Festival musical (PNPG e Rio Lima) • Centro Histórico • Mar e Praias P. Barca • Gastronomia P. Lima • Praias Fluviais • Eventos • Eventos • Gastronomia • Ecovias V. Castelo • Arqueologia • Solares • Ecovias

• Património Natural (Serra d’Arga, • Património Natural (Serra D’Arga, Lagoas de Bertiandos e São Pedro e Rio Lima, Neiva e Âncora) Rio Lima) • Centro Histórico • Centro Histórico • Mar e Praias • Festival Internacional de Jardins • Património Natural (Serra D’Arga) • Vinho Legenda: • Eventos • Praias Fluviais Recursos emblemáticos • Ecovias • Eventos de cada concelho • Vinho e Gastronomia • Gastronomia Presença em cada • Solares • Solares concelho dos principais • Ecovias recursos da região Nota: os recursos não são assinalados de forma exaustiva. O objectivo é tipificar • Cavalo um conjunto de recursos que actualmente se reconhecem ao território, • Artesanato independentemente do seu grau de orientação para a exploração turística. Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 22 3.Dinâmica e potencial turístico

Hierarquia do património natural, paisagístico e construído do Alto Minho

Pólo de Atractividade Imediata 1º Nível – Parque Nacional Peneda Gerês 2º Nível – Área Protegida de Corno do Bico e Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos Rio Minho e Rio Lima

Pólo de Atratividade Embrionária Serra D’Arga  Fortalezas e Centros Históricos   Alojamento Turístico (natureza e rural)  Vinho e Gastronomia     Pólo de Atratividade Complementar    Património histórico (arqueológico, religioso) Serra da Peneda Caminhos de Santiago    Património cultural e artesanato Serra do Soajo Praias marítimas e fluviais    Termas 

     Serra D’Arga  Serra  Amarela       

 

Nota: esta hierarquização corresponde a uma aproximação ao interesse e potencial de atratividade projetado junto dos visitantes/turistas.

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 23 3.Dinâmica e potencial turístico

Potencialidades turísticas

• O Alto Minho reúne um conjunto relativamente diferenciado de • O turismo natureza permite desenvolver actividades que vão desde recursos turísticos, identificando-se, no conjunto dos 10 concelhos, a contemplação paisagística, aos trilhos, ao birdwatching, aos algumas similaridades que podem ser potenciadas e promovidas em desportos radicais e que facilmente pode ser integrado com outras conjunto, e/ou em agrupamentos mais restritos de concelhos, numa formas de turismo valorizadoras do alojamento, permitindo uma perspectiva integrada e a diferentes escalas. maior estada do turista neste território.

• Reconhece-se a pertinência actual da necessidade identificada de • Destaque para a exploração da possibilidade de incorporar numa promover o território na base de plataformas de actuação comuns, a estratégia comum de promoção, de nível internacional, a mais-valia nível nacional e internacional, garantindo a existência de uma decorrente do grande número de emigrantes e luso-descendentes estrutura de coordenação e gestão que possa representar todo o com origem no Alto Minho e que constituem um público-alvo com território numa perspectiva institucional e efectivamente operativa. bastante potencial a nível turístico e de investimento.

• A transformação do conjunto de recursos em produtos turísticos é um processo complexo e dinâmico, que envolve estratégias de Figura 3: Estratégia conjunta de promoção turística do Alto marketing territorial de base alargada, ao nível da gestão, Minho operacionalização e promoção do território, que de outra forma ficam aquém das potencialidades identificadas. Plataformas comuns de • Este facto está patente em diversas iniciativas que cada concelho articulação de projectos leva a cabo de forma isolada e que, se desenvolvidas numa e iniciativas perspectiva integrada de base comum, poderiam ter maior alcance. A título exemplificativo, podem referir-se: eventos que ocorrem nas mesmas datas em concelhos diferentes, tornando-se concorrenciais entre si; a realização dos festivais de P. Coura e Vilar de Mouros, ambos reconhecidos internacionalmente, sem que se beneficie da Recursos Estratégia promoção de outros produtos que lhes poderia ser associada; a falta turísticos de Produtos de uma aposta conjunta na promoção dos desportos de natureza, dos 10 marketing turísticos do concelhos nomeadamente os náuticos, associados aos rios Lima e Minho e territorial Alto Minho do Alto seus afluentes e ainda à costa marítima; os trilhos ou percursos; a comum Minho gastronomia; os vinhos; o património histórico construído e a sua história; os caminhos de Santiago, entre outros, de índole cultural como sejam a Bienal de V. N. Cerveira, ou o próprio Festival Internacional de Jardins de .

• O património natural existente no Alto Minho merece um destaque Entidade particular, porquanto possui uma dimensão e importância que coordenadora permitem uma atracção turística muito específica e com cada vez comum mais adeptos em todo mundo, nomeadamente vindos da Europa, mas que necessita de ser potenciado numa óptica alargada e conjunta, ainda que em respeito pela preservação dos elementos naturais, a sua maior valia.

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 24 4. Estrutura produtiva e dinâmica económica 4.Estrutura produtiva e dinâmica económica

Dinamismo da actividade económica

• Crescimento do número total de unidades empresariais alinhado • Relevância industrial tendencialmente menos expressiva no Alto com o País e a região Norte, superado apenas pelas NUTSIII do Minho face às NUTSIII do Cávado e do Ave, consubstanciada pelo Cávado e do Alto Trás-os-Montes. O número de unidades industriais menor peso relativo dos estabelecimentos e emprego industriais. apresenta uma evolução em sentido inverso, alinhada com a Ritmos de criação de postos de trabalho na indústria em contraciclo redução do número de estabelecimentos generalizada à envolvente com as dinâmicas do emprego total, ainda que as perdas líquidas de (com excepção do Alto de Trás-os-Montes). Os estabelecimentos emprego industrial (1,1%, entre 2000 e 2009) sejam inferiores ao industriais localizados no Minho-Lima têm uma dimensão média referencial nacional, à NUTSII Norte e às NUTS III do Cávado e do superior ao País, à região Norte e às NUTSIII de proximidade (com Ave, num contexto onde apenas o Alto de Trás-os-Montes apresenta excepção do Ave). ganhos líquidos do emprego industrial.

• O ritmo anual de crescimento do emprego é inferior ao ritmo de • A dependência do emprego face às grandes unidades empresariais crescimento das unidades empresariais, indiciando uma tendência no Alto Minho é inferior à verificada no País, na NUTSII Norte e nas de diminuição da dimensão média das unidades empresariais. No NUTSIII de proximidade. Contudo, a concentração do emprego em caso da indústria torna-se ainda mais nítida esta tendência de grandes estabelecimentos na indústria é mais expressiva no Alto redução da sua dimensão média, comprovada pelo facto do ritmo Minho do que nas NUTS em análise. da diminuição do número de estabelecimentos industriais ser acompanhado por um ritmo ainda mais intenso de redução dos postos de trabalho que lhes estão associados.

Quadro 8: Dimensão da actividade económica

Taxa média anual de crescimento Nº Estabelecimentos Nº Postos de trabalho Dimensão média Estrutura do emprego por dimensão de Estabelecimentos e Emprego % emprego (2009) (2009) dos estabelecimentos do estabelecimento (2009) (TMAC 2000-2009) industrial em estab. grandes Total Estab. Emprego Emprego (2009) Total % Indústria Total % Indústria Total Indústria 1 a 9 10 a 49 50 a 249 + 250 Estab. industriais total industrial

Portugal 407.172 11,9% 3.110.139 21,9% 7,6 14,1 2,7% -0,2% 1,4% -2,4% 32,7% 30,8% 22,1% 14,4% 3,4% Norte 140.324 16,9% 1.063.382 32,5% 7,6 14,6 3,0% -0,8% 0,9% -2,6% 32,5% 33,0% 23,1% 11,4% 4,4% Minho-Lima 9.603 11,5% 58.980 28,5% 6,1 15,3 2,9% -0,4% 2,0% -1,1% 39,8% 32,0% 15,9% 12,4% 8,1% A. Valdevez 832 11,1% 4.321 35,4% 5,2 16,6 3,9% 4,2% 4,7% 6,5% 46,5% 22,8% 22,3% 8,4% 8,4% Caminha 657 8,7% 3.417 16,0% 5,2 9,6 2,6% 2,9% 2,5% -0,6% 47,5% 27,7% 24,8% - - Melgaço 276 9,4% 1.060 14,8% 3,8 6,0 4,2% 3,2% 4,9% 5,6% 60,4% 34,0% 5,7% - - Monção 732 13,9% 3.315 25,3% 4,5 8,2 2,9% 0,4% 3,2% 1,4% 52,7% 37,2% 10,1% - - P. Coura 270 10,0% 1.228 32,6% 4,5 14,8 3,4% -1,0% -1,0% -4,5% 49,5% 25,3% 25,2% - - Pte. Barca 465 7,7% 2.025 12,8% 4,4 7,2 3,7% 0,9% 2,2% -2,0% 55,7% 37,4% 7,0% - - Pte. Lima 1.746 11,1% 9.412 25,4% 5,4 12,3 3,5% -1,1% 0,9% -1,1% 43,9% 37,1% 15,0% 4,1% 4,1% Valença 721 9,0% 4.788 21,4% 6,6 15,8 1,4% -0,3% 4,9% 2,6% 38,6% 22,0% 15,9% 23,5% 6,8% V. Castelo 3.545 12,8% 25.941 31,0% 7,3 17,7 2,7% -1,3% 1,4% -2,6% 34,0% 35,0% 12,5% 18,5% 11,7% V. N. Cerveira 359 13,9% 3.473 47,3% 9,7 32,9 2,5% -1,5% 2,6% -0,5% 26,3% 18,1% 36,8% 18,8% 18,8% Cávado 17.196 18,7% 122.993 33,3% 7,2 12,8 3,5% -0,9% 1,6% -2,3% 34,5% 36,0% 21,8% 7,8% 3,6% Ave 19.619 25,3% 165.163 51,9% 8,4 17,2 2,5% -1,1% -0,3% -3,0% 29,7% 33,2% 26,6% 10,4% 7,8% Alto Trás-os-Montes 6.735 10,5% 31.128 15,2% 4,6 6,7 3,6% 1,8% 2,8% 0,5% 53,1% 34,5% 12,5% - -

Fonte: Elaborado com base em dados dos Quadros de Pessoal, 2000 e 2009 Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 26 4.Estrutura produtiva e dinâmica económica

Modelo de crescimento

• O nível de vida atingido pelas NUTSIII Minho-Lima e Alto Trás-os- • O patamar de qualidade de vida proporcionado pelos níveis de PIB Montes fica aquém dos referenciais nacionais e, em 2008, ficou per capita da Galiza e das províncias da Corunha, Lugo, Ourense e abaixo desse patamar de referência em mais de 30%. A evolução Pontevedra superam claramente o patamar português, com real do PIB per capita das NUTSIII do Minho-Lima e do Cávado dinâmicas de crescimento cerca de duas vezes superiores para o apresenta ritmos anuais de crescimento inferiores a 1%/ano entre período em análise, embora o seu posicionamento relativo esteja 2000 e 2008, ainda que ligeiramente superiores ao País. Alto Trás- abaixo do referencial espanhol, com a Corunha a registar maior os-Montes, embora se posicione abaixo do patamar nacional de aproximação ao PIB per capita espanhol, ainda assim inferior em qualidade de vida em cerca de 40%, atingiu neste período um ritmo cerca de 13% ao PIB per capita de Espanha. O modelo de de crescimento ligeiramente superior (acima de 1%/ano). A crescimento que sustenta o ritmo mais acelerado de crescimento do tendência no Ave de perda de riqueza ao longo deste período é PIB per capita destas regiões espanholas é explicado por uma contra cíclica face ao País. conjugação cumulativa de aumentos dos níveis de produtividade e da intensidade de utilização dos recursos humanos, com a • A trajectória de crescimento da região do Minho-Lima acompanha o intensidade de contributo dos níveis de utilização de recursos padrão nacional, em que os ligeiros avanços obtidos em termos de humanos a superar o da produtividade. O modelo de crescimento aumento dos níveis de produtividade mais do que compensam os económico destas regiões espanholas difere do português na ligeiros recuos na intensidade de utilização dos recursos humanos medida em assenta, maioritariamente, no aumento dos níveis de (justificados, em larga medida, pelo processo de envelhecimento emprego do que no aumento da produtividade, principal alavanca populacional). do crescimento económico português neste período.

Gráfico 8: PIB per capita e evolução real do PIB per capita Gráfico 9: Evolução da taxa de utilização dos recursos humanos e da produtividade aparente do trabalho 3,5% Corunha 3,0% 3,0%

Galiza 2008)

- 2,5% Pontevedra Lugo 2,5% 2,0% Ourense 2,0% 1,5%

1,5% 2008) - 1,0% Alto Trás-os- Montes 1,0% 0,5% Cávado (2000 Minho-Lima 0,5% 0,0%

Norte -0,5%

0,0% Taxas médias Taxas médias anuais de crescimento Ave -1,0%

-0,5%

Ave

Taxa média Taxa média anual de crescimento (2000

Lugo

Norte Galiza

-1,0% Cávado

Portugal

Ourense Corunha

40 60 80 100 120 140

Pontevedra Minho-Lima PIB pc em 2008 (PT = 100) Produtividade aparente do trabalho Legenda: NUTS II NUTS III de enquadramento Taxa de utilização dos recursos humanos Fonte: Eurostat | 2010 Alto Trás-os-Montes

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 27 4.Estrutura produtiva e dinâmica económica

Especialização produtiva na óptica da produção de riqueza

• O sector primário representa cerca de 3% da riqueza produzida no • As indústrias e a construção assumem um peso no Alto Minho Alto Minho, ligeiramente superior ao peso deste sector na riqueza (33%) superior ao registado no País e alinhado com a região Norte, produzida no País (2,4%). O Alto Minho revela uma especialização num contexto em que as NUTSIII do Cávado (37%) e Ave (47%) mais vincada que a região Norte e as NUTSIII do Cávado e do Ave apresentam um pendor mais industrial e o Alto Trás-os-Montes neste sector. O Alto Trás-os-Montes destaca-se das unidades demonstra um alinhamento com a estrutura verificada no País. territoriais nacionais, revelando uma especialização produtiva, na óptica da criação de riqueza, mais de três vezes superior ao País. A • O sector dos serviços é responsável por cerca de 65% da riqueza Galiza e as províncias que a constituem apresentam uma produzida no Alto Minho, valor inferior ao registado no País e especialização produtiva na agricultura tendencialmente mais alinhado com a região Norte, sendo apenas superado pelo Alto Trás- vincada face ao contexto espanhol, com a província do Lugo a os-Montes. A Galiza e as suas províncias evidenciam um menor destacar-se com uma especialização cerca de quatro vezes superior pendor do sector terciário, no contexto espanhol. A especialização a Espanha, e com contributos para a produção de riqueza produtiva do Alto Minho, quando analisada na óptica da criação de superiores aos verificados nas regiões portuguesas. riqueza, evidencia que, em geral, esta é uma região onde os sectores ligados à produção de bens (agricultura, indústria e • A Galiza revela especialização mais forte no sector primário e construção) são mais representativos, antecipando-se um percurso moderada no sector secundário em relação ao padrão espanhol, em evolutivo onde os serviços deverão ganhar terreno. contraste com o Alto Minho, com especialização mais acentuada nas indústrias e construção e moderada no sector primário, face ao País.

Gráfico 10: Composição sectorial da riqueza criada (VAB) Quadro 9:Especialização produtiva por grandes sectores de actividade (QL do VAB) Portugal 25% 73% Agricultura, produção animal, Indústrias Serviços Norte 33% 66% caça, floresta e pesca e Construção

Norte 70 133 90 Minho-Lima 32% 65% Minho-Lima 111 131 89 Cávado 37% 61% Cávado 93 148 84

Ave 47% 52% Ave 48 192 71

Portugal Portugal = 100 Alto Trás-os-Montes 315 101 93 Alto Trás-os-Montes 25% 68%

Galiza 167 113 92 Galiza 32% 64% Corunha 130 113 94

Corunha 32% 65% Lugo 380 97 91 Ourense 173 108 94 Lugo 28% 62% Agricultura, produção animal, Espanha = 100 Pontevedra 139 120 90 caça, floresta e pesca Ourense 31% 65% Indústrias e Construção Nota: Quociente de localização do VAB utilizado como indicador do grau de especialização Pontevedra 34% 62% Serviços produtiva de uma determinada região face ao país. Se QL > 100, o sector tem mais peso na região do que a nível nacional; Se QL < 100, o sector tem menor peso nessa região do

que a nível nacional. Dados reportados ao ano 2008 Nota: o VAB (Valor Acrescentado Bruto) reporta ao ano 2008. Fonte: INE Portugal, Contas regionais, e INE Espanha | 2010 Fonte: INE Portugal, Contas regionais, e INE Espanha | 2010

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 28 4.Estrutura produtiva e dinâmica económica

Especialização produtiva na óptica da concentração do emprego

• Alto Minho revela níveis de especialização do emprego mais • Indústrias extractivas, têxtil, vestuário e calçado, metálicas, abrangentes (em mais sectores) e menos vincados (com menor material de transporte e construção com maior concentração do dependência sectorial) que as NUTSIII do Cávado e do Ave. Os emprego do Alto Minho, quando se estabelece comparação com o concelhos de Monção e Pte. Barca denotam maior abrangência patamar de referência concedido pela estrutura nacional do sectorial, com especialização em pelo menos 10 sectores: Monção emprego por sectores de actividade. evidencia níveis de especialização ligados com a exploração de recursos naturais (indústria extractiva, com extensão à sua • Especialização mais vincada na indústria do material de transporte, utilização na construção); Pte. Barca sobressai pela sua dimensão com peso do emprego no Alto Minho mais de quatro vezes superior agrícola. ao registado a nível nacional. Este sector representa cerca de 5,3% do emprego gerado no Alto Minho e cerca de 1,1% do emprego gerado no País.

Quadro 10: Especialização concelhia do emprego (QL do emprego)

Alto Minho- A. Pte. Pte. V. V. N. Norte Caminha Melgaço Monção P. Coura Valença Cávado Ave Trás-os- Galiza* Lima Valdevez Barca Lima Castelo Cerveira Montes Agric., Silvic. e Pesca 0,70 1,29 1,14 2,45 1,86 1,01 1,93 2,46 2,27 0,88 0,91 0,26 0,55 0,32 0,81 1,62 Extractivas 0,98 1,90 0,24 - - 7,86 - 1,29 5,29 2,12 0,75 0,75 0,88 0,71 4,51 2,02

Alimentares 0,91 0,90 0,77 0,86 2,37 1,36 0,95 1,41 0,98 1,22 0,55 1,85 0,53 0,99 1,66 1,27 Têxtil, Vest. e Calçado 2,51 1,36 2,32 1,32 - 0,98 3,61 0,04 2,03 0,18 1,41 0,43 3,38 6,31 0,16 1,42 Madeira, Cortiça e Mobil. 1,69 0,87 0,82 0,69 0,79 1,21 0,20 1,36 1,21 0,38 0,90 0,25 0,88 0,63 0,55 2,48 Papel e Publicações 0,97 0,75 0,36 0,33 - 0,58 0,36 0,07 0,16 0,03 1,45 0,02 0,77 0,72 0,24 0,64 Químicas 1,05 0,76 2,85 - 2,49 0,26 3,89 0,39 0,20 0,61 0,60 0,80 0,49 1,65 0,21 0,54 Metálicas 1,30 1,47 3,57 1,12 0,18 1,34 0,26 1,01 0,55 1,46 1,71 1,15 1,21 1,42 0,67 0,95 Mecânicas e Electrónicas 1,18 0,95 0,17 0,03 - - 0,50 0,05 0,22 0,15 1,83 1,19 1,28 1,00 0,19 0,54

Material de Transporte 1,14 4,95 0,02 - - 1,36 0,08 - 1,88 7,47 5,35 27,37 0,63 0,83 0,46 2,22 Indústrias Indústrias Construçãoe Material de Construção 0,70 0,97 1,32 0,22 0,96 2,03 0,66 0,54 1,10 0,69 0,92 0,98 1,05 0,65 1,65 1,31 Construção 1,14 1,48 1,50 1,70 1,32 1,61 1,21 2,48 2,38 0,61 1,33 0,58 1,78 0,86 1,40 1,06 Energia, Água e Saneam. 0,90 0,75 0,05 1,81 - 0,52 - 1,23 0,01 1,16 1,05 0,22 0,79 0,71 2,26 1,00

Transp., Logística e Comunic. 0,69 0,62 0,53 0,29 0,94 0,51 0,93 0,42 0,73 1,06 0,45 1,48 0,45 0,34 0,64 0,91

Distribuição e Comércio 0,95 0,94 0,88 1,09 1,05 1,15 0,67 0,84 0,92 0,97 0,99 0,38 0,92 0,81 1,25 0,98 Serviços Empresariais 0,74 0,53 0,31 0,37 0,38 0,39 0,32 0,46 0,35 1,65 0,52 0,32 0,48 0,40 0,52 0,82

Serviços Hotelaria e Restauração 0,66 0,83 0,72 1,27 1,27 0,87 0,72 1,03 0,69 1,08 0,78 0,74 0,63 0,39 1,01 0,80 Educação, Saúde e Cultura 0,87 0,98 1,09 1,31 1,92 1,13 1,49 1,05 0,66 0,40 1,06 0,95 0,79 0,69 1,51 0,99 Administrações Públicas 0,91 1,92 0,80 3,65 1,96 1,21 3,39 6,57 0,80 0,90 1,04 10,10 0,64 0,80 2,25 0,98

Nº sectores 7 7 7 9 8 11 6 10 7 8 9 6 5 3 9 8 Com especialização forte 1 1 3 2 2 2 3 3 4 2 1 2 1 1 3 4 Com especialização moderada 6 6 4 7 6 9 3 7 3 6 7 4 4 2 6 4

Nota 1: Os dados de Portugal reportam-se a 2009; os dados da Galiza reportam-se a 2008. Sector com especialização forte (QL >2) Nota 2: Deve analisar-se com reserva o patamar de especialização atingido pelo sector produtivo da agricultura, Sector com especialização moderada (QL >1) silvicultura e pesca e pelos sectores não produtivos ligados à educação, saúde e cultura e administrações públicas. A não obrigatoriedade de entrega das declarações dos quadros de pessoal para as entidades públicas e para as entidades em nome individual retiram consistência aos dados obtidos para estes sectores. Fonte: Elaborado com base em dados dos Quadros de Pessoal| 2009

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 29 4.Estrutura produtiva e dinâmica económica

Especialização produtiva na óptica da concentração sectorial do emprego

• A dinâmica do emprego no Alto Minho assentou num ritmo médio • P. Coura (20%), A. Valdevez (13%) e Pte. Lima (11%) denotam um anual de criação de postos de trabalho de cerca de 2% entre 2000 e elevado peso relativo e forte especialização face ao País no sector do 2009, tendência induzida, essencialmente, pelo sector terciário, têxtil, vestuário e calçado, ainda que apenas o concelho dos Arcos responsável por cerca de 52% do emprego na região. Esta indicie uma dinâmica favorável, inversa ao País, na criação de preponderância está fortemente alicerçada em sectores que emprego neste sector. evidenciam elevados ritmos de crescimento do emprego na região, como a educação e saúde (11%) e os serviços empresariais (13%), • Os concelhos de Caminha (87%), Melgaço (85%), Monção (77%) com crescimento superior ao verificado no País, e em sectores com evidenciam uma maior concentração do emprego nos sectores de crescimentos moderados, em linha com o padrão nacional, mas com especialização, revelando também maior dependência sectorial, expressiva dimensão, como a distribuição e comércio (19%) e a tendencialmente mais vincada no sector terciário e na construção. hotelaria e restauração (6%). Gráfico 11: Dimensão e crescimento dos sectores de especialização • A agricultura, silvicultura e pesca, onde a região se revela do Minho-Lima especializada face ao País, demonstrou um crescimento acelerado 35 (9%) na criação de emprego, num contexto de crescimento (3%) no Material país, representando, em 2009, cerca de 3% do emprego gerado no de transporte Alto Minho.

• Os sectores industriais têm dinâmicas contrastantes. As indústrias metálicas (9%), de material de transporte (7%) e as químicas (3%), que representam cerca de 16% do emprego do Alto Minho, 2 destacam-se como as únicas responsáveis pela criação de postos Extractivas Administrações trabalho, apresentando o material de transporte uma dinâmica em públicas contra ciclo com o país, onde se registam perdas dos postos de Construção trabalho de 4%. As indústrias do têxtil, vestuário e calçado (-4%) e Metálicas as extrativas (-2%), foram os únicos sectores de especialização da Têxtil, vestuário e calçado Agricultura, região com perdas no emprego, ainda que tenham acompanhado a silvicultura e pesca Mecânicas e Material Educação, saúde tendência nacional. As indústrias da madeira, cortiça e mobiliário (- electrónicas de construção Distribuição e cultura 9%) e das mecânicas e electrónicas (-9%) registam perdas mais 1 e comércio Alimentares significativas de postos de trabalho, superiores às registadas no Madeira, cortiça Energia, água País, respondendo por cerca de 4% do emprego no Alto Minho. emprego do localização de Quociente e mobiliário e saneamento Papel e publicações Químicas Serviços empresariais Transporte, logística e • Na generalidade dos concelhos do Minho-Lima a estrutura do comunicações emprego é dominada pela distribuição e comércio, pela construção e Hotelaria pela educação, saúde e cultura. A distribuição e comércio apresenta- e restauração se como o sector predominante nos concelhos de Monção (23%), 0 Caminha (22%), V. Castelo (20%) e A. Valdevez (18%), registando -10% -5% 0% 5% 10% 15% 30%20% Taxa média anual de crescimento (2000-2009) um decréscimo do emprego apenas no concelho de Pte. Barca. O A dimensão da bola representa o peso do sector no total do emprego do Alto Minho sector da construção é responsável por mais de 20% do emprego nos concelhos de Pte. Barca, Pte. Lima e Caminha, apenas Pte. Lima Legenda: sectores de especialização do emprego do Alto Minho sectores de não especialização do emprego do Alto Minho regista perdas de postos de trabalho neste sector, num contexto de criação de emprego no País (3%). Fonte: Elaborado com base em dados dos Quadros de Pessoal| 2000 e 2009

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 30 4.Estrutura produtiva e dinâmica económica

O sector agrícola

• Os 72 mil ha, de superfície agrícola utilizada ocupam 34% da área • A actividade agrícola é tipicamente exercida em Portugal numa total do Alto Minho. As explorações agrícolas de pequena dimensão lógica onde predomina o emprego familiar, acentuando-se no Alto representam mais de um quarto desta superfície, sendo Pte. Lima, P. Minho, onde a proporção do emprego familiar no total do emprego Coura e Monção os concelhos onde mais se repercute na paisagem o agrícola é de 94% (superior à média nacional de 81%). efeito do “mosaico” das pequenas explorações agrícolas. Melgaço, Caminha e Monção são os concelhos onde é mais expressiva a grande • 37% dos produtores do Alto Minho assumem a actividade agrícola a exploração agrícola. tempo completo e, ainda que sejam expressivos os restantes 63% de produtores que exercem esta actividade numa lógica • Mais de 70% da superfície agrícola do Alto Minho é utilizada como complementar à principal fonte de rendimentos, torna-se evidente a prado ou pastagens permanentes, destacando-se claramente do País, dimensão económica e social do sector no Alto Minho. da região Norte e das NUTSIII envolventes. • Os produtores agrícolas do Alto Minho apresentam um perfil • A expressão social da actividade agrícola no Alto Minho reflecte-se no envelhecido e com baixo nível médio de formação. A idade média é facto de 15 em cada 100 habitantes exercer actividade agrícola numa de 61 anos e apenas 5% têm formação superior. lógica familiar (este valor desce para 8/100 hab. no País).

Quadro 11: Indicadores da actividade agrícola

Superfície agrícola utilizada (2009) População Produtores agrícolas Emprego (2009) Dimensão da exploração agrícola Tipo de utilização agrícola familiar A tempo Com Total Superior Prados Agrícola Agrícola (Por cada completo formação 5 a < 20 20 a <50 Terra Horta Culturas < 5 ha ou igual e pastagens Total familiar não 100 na secundária ha ha arável familiar permanentes a 50 ha permanentes (%) familiar habitantes) exploração ou superior

Portugal 3.668.145 10,8% 13,4% 9,8% 66,0% 32,0% 0,5% 18,8% 48,7% 367.393 80,1% 19,9% 8 21% 9% Norte 644.027 25,2% 32,3% 14,6% 28,0% 29,1% 1,3% 33,9% 35,7% 148.088 85,8% 14,2% 8 27% 9% Minho-Lima 72.206 25,8% 6,9% 3,5% 63,8% 18,7% 0,9% 7,1% 73,3% 19.355 93,7% 6,3% 15 37% 5% A. Valdevez 18.478 17,9% 3,6% 2,0% 76,5% 10,4% 0,6% 2,9% 86,1% 3.196 95,8% 4,2% 24 31% 4% Caminha 3.292 16,1% 2,7% 0,0% 81,2% 12,7% 0,8% 1,8% 84,7% 731 92,1% 8,1% 8 59% 4% Melgaço 15.810 8,4% 1,4% 0,7% 89,5% 1,6% 0,2% 3,5% 94,7% 1.307 94,0% 6,0% 29 45% 8% Monção 6.801 37,8% 3,7% 2,9% 55,5% 17,4% 1,0% 18,7% 62,9% 2.997 94,7% 5,3% 30 30% 6% P. Coura 3.949 40,7% 12,5% 5,7% 41,0% 33,0% 0,7% 1,1% 65,2% 1.247 96,4% 3,5% 30 11% 3% Pte. Barca 3.830 32,6% 16,1% 5,1% 46,2% 16,5% 1,3% 9,1% 73,1% 1.286 97,2% 2,8% 18 41% 4% Pte. Lima 8.842 49,2% 15,9% 5,0% 30,0% 43,7% 2,5% 16,6% 37,1% 4.550 92,9% 7,1% 20 42% 5% Valença 2.759 34,5% 7,9% 10,4% 47,2% 31,2% 1,2% 10,8% 56,9% 1.132 89,8% 10,1% 14 23% 4% V. Castelo 7.073 32,7% 12,5% 7,1% 47,7% 36,1% 1,2% 7,0% 55,6% 2.490 90,4% 9,6% 6 54% 5% V. N. Cerveira 1.373 29,5% 12,2% 13,8% 44,6% 34,6% 1,4% 2,8% 61,2% 417 95,0% 5,0% 10 52% 4% Cávado 30.598 39,7% 31,5% 8,5% 20,2% 65,1% 1,7% 10,1% 23,2% 13.810 89,3% 10,7% 7 54% 5% Ave 24.799 39,9% 33,2% 12,3% 14,6% 58,9% 1,7% 14,4% 25,0% 10.513 85,4% 14,6% 4 48% 8% Alto Trás-os-Montes 307.703 16,4% 37,8% 19,8% 26,0% 29,6% 1,1% 32,2% 37,1% 36.232 92,6% 7,4% 41 16% 9%

Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Norte| 2011

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 31 4. Estrutura produtiva e dinâmica económica

A actividade piscatória

• As capturas nominais de pescado no porto de V. Castelo atingiram, • A posição geoestratégica e a morfologia da Região do Alto Minho em 2010, um volume de cerca de 2.300 toneladas e um valor de 6 conferem à actividade piscatória e ao sector das pescas uma milhões de euros, representando cerca de 6% e 15%, valorização económico-social não inteiramente coincidente com os respectivamente, da Região Norte. A representatividade deste porto dados reportados nas estatísticas oficiais sobre o sector. assume, porém, uma dimensão acrescida quando se analisam as Efectivamente, à semelhança de outras regiões a nível nacional onde capturas em águas salobras e doce, onde o porto de Viana assume a pesca assume um significativo peso socioeconómico, a cerca de 88% do volume e 92% do valor pescado a nível nacional. componente informal da actividade - não quantificável, por natureza

• V. Castelo acolhe cerca de 3% do número de pescadores – inviabiliza a valoração integral do peso económico da actividade na matriculados em Portugal e 8% da Região Norte, com a Região. A sazonalidade da actividade da pesca e a lógica de emprego particularidade de, ao contrário do que se observa a nível regional e familiar ao longo da cadeia de valor que lhe está subjacente são nacional, a grande maioria (64%) se dedicar à pesca em águas características que deverão, por conseguinte, estar bem presentes no diagnóstico do sector na Região. interiores não marítimas. Os concelhos de V. Castelo, com o seu porto de mar, e Caminha (Vila Praia de Âncora) dominam a • A valorização económica e social das comunidades piscatórias da actividade pesqueira da Região. região e o reforço da competitividade do sector, num quadro de

• A actividade desenvolvida na rede hidrográfica regional, embora de desenvolvimento sustentável, esteve na base da criação do Grupo carácter mais informal e familiar, não deverá, porém, ser de Acção Costeira do Litoral Norte, o qual pretende, através da subestimada: os indicadores apresentados atestam a relevância da promoção do estabelecimento de parcerias público-privadas, pesca de rio na Região. No Rio Minho, em particular, a actividade desenvolver projectos que beneficiem as comunidades locais, pesqueira, de natureza sazonal, envolve espécies como o meixão, a criando redes de colaboração e valorizando os produtos tradicionais enguia, a lampreia, o salmão ou o sável. Não obstante as acções de mais relevantes ligados à pesca na região. fiscalização e controlo, essencialmente desenvolvidas a montante, não é possível apurar o verdadeiro valor do rio em termos de pescado e do rendimento que gera para os pescadores da Região.

Quadro 12: Indicadores da pesca: capturas, pescadores e embarcações de pesca (2010)

Capturas nominais de pescado Pescadores matriculados

Em águas Águas Embarcações Zona geográfica TOTAL Peixes marinhos Crustáceos Moluscos salobra e doce Total de interiores Águas de pesca / Porto de pesca pescadores não marítimas (Nº.) Valor Quant. Valor Quant. Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor (31Dez) marítimas (%) (mil (ton) (mil EUR) (ton) (ton) (mil EUR) (ton) (mil EUR) (ton) (mil EUR) (%) EUR) Portugal 166.304 271.972 74 896 145.693 196.350 1.649 16.867 18.885 57.858 16.920 11% 89% 8.492 Norte 36.764 39.750 49 667 33.589 29.472 67 395 3.058 9.216 4.530 19% 81% 1.442 V. Castelo 2.298 5.972 43 610 1.393 2.870 10 35 852 2.457 1.338 64% 36% 804 Póvoa do Varzim 2.129 3.914 1 2 1.634 2.521 15 125 479 1.266 2.462 0% 100% 271 32.337 29.864 6 55 30.562 24.081 42 236 1.727 5.493 730 0% 100% 367 V. Castelo / Portugal 1,4% 2,2% 58,1% 68,1% 1,0% 1,5% 0,6% 0,2% 4,5% 4,2% 7,9% - - 9,5% V. Castelo / Norte 6,3% 15,0% 87,8% 91,5% 4,1% 9,7% 14,9% 8,9% 27,9% 26,7% 29,5% - - 55,8%

Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Norte 2010

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 32 4.Estrutura produtiva e dinâmica económica

Articulação e relevância regional do perfil de especialização produtiva (I)

Extractivas Alimentares Emprego no Alto Minho: 429 Emprego no Alto Minho: 1.728 % emprego no País: 4% % emprego no País: 2% % emprego no Alto Minho: 1% % emprego no Alto Minho: 3% Monção, Pte Lima, Valença Melgaço Pte Barca Monção, Pte Barca, Valença, V.N. Cerveira

Indústria Alimentar Agricultura Agricultura Emprego no Alto Minho: 1.542 % emprego no País:2% % emprego no Alto Minho: 3% Caminha, Pte. Barca, Pte. Lima A. Valdevez, Melgaço, Monção, P. Coura

Material de construção Material de construção Emprego no Alto Minho: 839 % emprego no País: 2% % emprego no Alto Minho: 1% Monção A. Valdevez , Pte Lima Indústria Extractiva Legenda: Agricultura Extractivas Alimentares Madeira, cortiça e mobiliário; papel e publicações Madeira, cortiça e mobiliário; Papel e publicações Material de construção Emprego no Alto Minho: 1.645 Têxtil, vestuário e calçado % emprego no País: 2% % emprego no Alto Minho: 3% Material de transporte Madeira, cortiça e mobiliário; Mecânicas e electrónicas Monção, Pte Barca, Pte. Lima, V. Castelo papel e publicações Químicas Metálicas Sector de especialização forte no Concelho (QL > 2)

Sector de Especialização moderada no Concelho (QL > 1) Nota1: Critério de selecção dos sectores com relevância em cada concelho – ser um sector de especialização Concelhos que partilham relevância produtiva no mesmo (QL > 1) no concelho e ser, em simultâneo, um sector com peso expressivo no emprego do concelho. Nota2: Por facilidade de leitura optou-se por representar os sectores com relevância produtiva em dois grupos. sector Nota3: Os dados relativos ao QL e à estrutura sectorial de emprego reportam ao ano 2009. Fonte: Elaborado com base em dados dos Quadros de Pessoal| 2009 Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 33 4.Estrutura produtiva e dinâmica económica

Articulação e relevância regional do perfil de especialização produtiva (II)

Metálicas Químicas Emprego no Alto Minho: 2.766 Emprego no Alto Minho: 627 % emprego no País: 3% % emprego no País: 1% % emprego no Alto Minho: 5% % emprego no Alto Minho: 1% A. Valdevez A. Valdevez, Melgaço, P. Coura Caminha, Monção, Pte Barca, Valença, V. Castelo, m V. N. Cerveira Químicas

Material de transporte Emprego no Alto Minho: 3.118 % emprego no País: 9% % emprego no Alto Minho: 5% Valença, V. Castelo, V. N. Cerveira Monção, Pte Lima

Têxtil, vestuário e calçado Têxtil, vestuário Emprego no Alto Minho: 4.493 e calçado % emprego no País: 3% % emprego no Alto Minho: 8% A. Valdevez, P. Coura, Pte. Lima Caminha, V. Castelo

Legenda: Agricultura Extractivas Mecânicas e electrónicas Alimentares Emprego no Alto Minho: 1.187 Madeira, cortiça e mobiliário; Papel e publicações % emprego no País: 2% Material de construção % emprego no Alto Minho: 2% Mecânicas e Têxtil, vestuário e calçado Material de transporte V. Castelo, V. N. Cerveira electrónicas Mecânicas e electrónicas Químicas Metálicas Sector de especialização forte no Concelho (QL > 2)

Sector de Especialização moderada no Concelho (QL > 1) Nota1: Critério de selecção dos sectores com relevância em cada concelho – ser um sector de especialização Concelhos que partilham relevância produtiva no mesmo (QL > 1) no concelho e ser, em simultâneo, um sector com peso expressivo no emprego do concelho. Nota2: Por facilidade de leitura optou-se por representar os sectores com relevância produtiva em dois grupos. sector Nota3: Os dados relativos ao QL e à estrutura sectorial de emprego reportam ao ano 2009. Fonte: Elaborado com base em dados dos Quadros de Pessoal| 2009 Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 34 4.Estrutura produtiva e dinâmica económica

Articulação dos espaços de localização empresarial Figura 4: Zonas de localização empresarial no Minho-Lima e Galiza entre o Alto Minho e a Galiza

Interface de fronteira com o Alto Minho • A ligação à Galiza, com raízes histórico-culturais, continua a exercer um papel decisivo nas dinâmicas sociais, económicas e culturais do Alto Minho. Os concelhos do Alto Minho apresentam uma posição Ferrol privilegiada para a captação de investimento galego, não só pela sua proximidade geográfica, mas também pela competitividade salarial Corunha do fator trabalho. As próprias condicionantes sindicais espanholas servem de motivação à deslocalização de empresas para regiões onde essa pressão seja menos vincada.

• A afirmação da Euro-região da Galiza/Norte de Portugal passa, em grande medida, pelo desenvolvimento do triângulo Valença– Tui/Monção-Salvaterra/Plataforma Logística de Salvaterra-As-Neves /Porriño e pela ligação a Vigo, principal pólo dinamizador das actividades económicas da região galega. Santiago

Galiza • Apresenta cerca de 100 áreas de localização empresarial, dispersas Vilagarcía pelas quatro províncias, que disponibilizam uma superfície total de cerca de 47 milhões m2, com uma taxa média de ocupação de cerca de 73%,estando previstas ampliações dos parques já existentes ou construção de novos parques, traduzidas num aumento da área Marín oferecida em cerca de 25 milhões m2. A generalidade dos parques está vocacionada para os sectores da indústria e comércio, existindo Vigo um parque ligado à indústria e investigação, o Parque Tecnológico da Galiza, situado em Ourense, e dois ligados à logística, a Plataforma Logística de Salvaterra-As-Neves e a Central de Linha Transportes, ambos em Pontevedra. férrea

• A região ocupa uma posição marítima estratégica com 127 portos, destacando-se Ferrol, Corunha e Vigo, localizados nas principais rotas marítimas internacionais, com especialização em cargas e descargas de grandes quantidades a granel, pescado fresco e congelado e mercadoria diversa, contando ainda com serviços de feeder e actividades de cruzeiro.

• Vigo assume-se como a única zona franca de Espanha no Atlântico Norte. A zona industrial dos Balaídos, especializada no sector automóvel, e em torno da qual se criou o cluster Automóvel da Galiza, emprega cerca de 40.000 mil trabalhadores. A área comercial de Bouzas, situada em pleno coração da cidade, funciona como plataforma logística e de serviços para grandes empresas exportadoras, como é o caso do Grupo PSA.

Fonte: Xunta de , Consellería de economía e industria| 2011 Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 35 4.Estrutura produtiva e dinâmica económica

Áreas de localização empresarial

Eixo Vale do Minho • Conta com uma área de acolhimento empresarial que supera os dois milhões m2, localizada nos concelhos de Caminha, V.N. Cerveira, Valença, P. Coura, Monção e Melgaço. Linha férrea • As mais de 400 parcelas disponibilizadas estão vocacionadas para acolher empresas do sector da indústria e armazenagem. As parcelas variam entre 300 e 70.000 m2.

Eixo Vale do Lima

• Disponibiliza cerca de dois milhões de m2 para acolhimento empresarial, repartidos por V. Castelo, Pte Lima e A. Valdevez.

• A maioria das cerca de 400 parcelas, que variam entre 397 e 64.708 m2, destinam-se a instalar empresas dos sectores indústria, armazenagem e serviços.

Acessibilidades

• Rede viária principal: A3, A27, A28, IP9, IC1.

• Aeroportos: Vigo (60 km), Francisco Sá Carneiro (100 Km), e Santiago de Compostela (130 Km).

• Via férrea com ligação a Pontevedra e Ourense.

• Portos marítimos: V. Castelo, Leixões, Vigo, Corunha e Ferrol.

Incentivos à instalação

• Os municípios disponibilizam medidas de incentivo à instalação das empresas, desde a redução do preço por m2, indexada ao número de postos de trabalho criados, até a incentivos fiscais, como a isenção do

pagamento de taxas nas obras de construção Fonte: CEVAL: Concelho empresarial dos Vales do Lima e Global Parques, Aicep| 2011 civil nos lotes.

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 36 5. Mercado de trabalho 5.Mercado de trabalho

Inserção no mercado de trabalho e perfil de habilitações do emprego

• A maioria dos concelhos do Alto Minho apresentam níveis de • O “ensino básico obrigatório” é o nível mais representativo na desemprego registado e níveis de actividade inferiores aos estrutura nacional de habilitações da população empregada, registados em Portugal continental, denotando resistência do ganhando maior expressão no Alto Minho, com destaque para os território aos efeitos potenciais gerados pela deterioração do concelhos de Valença (64%) e Pte. de Lima (62%). contexto socioeconómico. • O Alto Minho apresenta maiores desfasamentos nas remunerações • Em V. Castelo denota-se maior sensibilidade ao agravamento do dos trabalhadores detentores de níveis habilitacionais mais elevados desemprego verificado a nível nacional (cerca de 8% da população (secundário e superior). Estes diferenciais podem explicar baixos em idade activa). Um posicionamento inverso é evidenciado por níveis de atractividade na fixação de mão-de-obra qualificada. Melgaço que, não obstante o mais baixo nível de actividade da sua população em idade activa, revela níveis de desemprego (cerca de Gráfico 13: Estrutura de habilitações do emprego e correspondente 3%) substancialmente inferiores aos valores de referência a nível níveis salarial praticado (2009) regional (cerca de 7%) e de Portugal continental (cerca de 8%).

Gráfico 12: Taxa de actividade e desemprego registado Diferença salarial face ao País (€) 10% Portugal 19% 42% 22% 15%

Norte 21% 47% 18% 12% -30 -62 -87 -132

Taxa média do Minho-Lima 15% 54% 20% 10% -23 -62 -145 -242 Continente: V. Castelo 8% 7,8% Pte. Barca A. Valdevez 20% 50% 20% 9% -63 -116 -220 -327

Out 2011) Out P. Coura Valença

- Caminha 19% 48% 20% 12% -9 -106 -239 -74 Pte. Lima A. Valdevez

(Jan Minho-Lima

Out 2011) Melgaço 14% 53% 23% 10% -85 -134 -233 -387 - 6% Caminha -43 -103 -235 -489 (Jan Monção 18% 51% 21% 9% Inferior ao 1º Ciclo do Ensino Básico V.N. Cerveira 1º Ciclo do Ensino Básico P. Coura 17% 58% 16% 7% -105 -117 -260 -333 Ensino Básico Obrigatório Monção Pte Barca 25% 49% 18% 8% -38 -110 -234 -174 Portugal 19% 42% 22%Ensino15% Secundário 4% Melgaço Pte Lima 15% Norte 62%21% 47%14% 8% 18%Ensino-66 12% Superior-84 -157 -354 Portugal 19% 42% 22% 15% Valença 12% Minho-Lima 64%15% 54%18% 6% 20%-8 10%-61 -136 -250 Norte 21% 47% 18% 12% Portugal 19% 42% 22% 15% A. Valdevez 20% 50% 20% 9% V. Castelo 13% 52% 22% 12% 6 -21 -112 -234 Taxa de desemprego de desemprego Taxa 2% Minho-Lima 15% 54% 20% 10% Norte 21%Taxa média do47% 18% 12% Caminha 19% 48% 20% 12% A. ValdevezV. N. Cerveira 49 11 -64 -59 Continente: 20% 15% 50% 54% 20% 9% 20% 10% Minho-Lima 15% 54% 20% 10% Melgaço 14% 53% 23% 10%

Nível de desemprego registado registado desemprego de Nível 66,6% Caminha Cávado19% 18% 48% 53%20% 12% 18% 11% -20 -81 -148 -215 A. Valdevez 20% 50% 20% 9% Monção 18% 51% 21% 9% Inferior ao 1º Ciclo do Ensino Básico Melgaço 14% 53% 23% 10% Ave 23% 51% 16% 9% -69 -108 -1º139 Ciclo -do164 Ensino Básico 0% Caminha 19% 48% 20% 12% P. Coura 17% 58% 16% 7% 55% 60% 65% 70% Monção 18% 51% 21% 9% Inferior ao 1º Ciclo do Ensino BásicoEnsino Básico Obrigatório -70 -117 -201 -386 Melgaço 14% 53% Alto Trás-os-Montes23% 10% 22%Pte Barca 44%25% 21%49%12% 18% 8% 1º Ciclo do Ensino Básico Ensino Secundário Taxa de actividade (2011) P. Coura 17% 58% 16% 7% Nota: o nível de desemprego registado obtém-se pela relaçãoMonção entre18% a média dos valores51% 21% 9% Inferior aoPte 1º Lima Ciclo do15% Ensino Básico 62%Ensino2º e 3º Básico Ciclo EnsinoObrigatório14% Básico8% Ensino Superior Pte Barca 25% 49% 18% 8% do desemprego registado nos centros de emprego do IEFP ao longo dos 10 primeiros 1º Ciclo do Ensino Básico Ensino Secundário meses de 2011 e o total da população em idade activaP. (população Coura 17% entre 15 e 64 anos).58% 16% 7% Valença 12% 64% 18% 6% Ensino Superior Não pode ser interpretado como taxa de desemprego, uma vez que apenas retrata as Pte Lima 15% Ensino Básico62% Obrigatório 14% 8% Pte Barca 25% 49% 18%Fonte:8% Quadros de PessoalV. Castelo | 2009 situações de desemprego manifestadas junto dos centros de emprego do IEFP. Ensino Secundário 13% 52% 22% 12% Valença 12% 64% 18% 6% Fonte: IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, Estatísticas Mensais; Pte Lima 15% 62% 14% 8% EnsinoV. N. Superior Cerveira 15% 54% 20% 10% INE, Censos 2011 - Resultados provisórios V. Castelo 13% 52% Plano22% de Desenvolvimento12% do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 38 Valença 12% 64% 18% 6% Cávado 18% 53% 18% 11% V. N. Cerveira 15% 54% 20% 10% V. Castelo 13% 52% 22% 12% Ave 23% 51% 16% 9% Cávado 18% 53% 18% 11% V. N. Cerveira 15% 54% 20% 10% Alto Trás-os-Montes 22% 44% 21% 12% Ave 23% 51% 16% 9% Cávado 18% 53% 18% 11% Alto Trás-os-Montes 22% 44% 21% 12% Ave 23% 51% 16% 9%

Alto Trás-os-Montes 22% 44% 21% 12% 5.Mercado de trabalho

Nível salarial

Gráfico 15: Níveis salariais praticados no Alto Minho e Portugal, • Nível salarial praticado no Alto Minho não acompanha os patamares por sectores de actividade nacionais, sendo inferior em cerca de 14% para a globalidade das remunerações. As comparações nos patamares mais altos e mais Alto Minho Portugal baixos sugerem uma rigidez à subida de salários no Alto Minho (o Agric.,Agric., Silv. Silv. e ePesca Pesca Agric., Silv. e Pesca +12% diferencial é mais expressivo no percentil superior de remunerações, -21%,do que no percentil inferior, -6%). ExtractivasExtractivas Extractivas +15% AlimentaresAlimentares Alimentares +13% • Os sectores de especialização do Alto Minho parecem não explicar as diferenças salariais medianas face ao País, ainda que o nível Têxtil,Têxtil, Vest. Vest. e eCalçado Calçado Têxtil, Vest. e Calçado +1% salarial praticado no Alto Minho nas indústrias têxtil, vestuário e Madeira,Madeira, Cortiça Cortiça e eMobiliário Mobiliário Madeira, Cortiça e Mobiliário +9% calçado e nas indústrias de material de transporte, sectores com forte exposição concorrencial, seja praticamente equiparado ao PapelPapel e ePublicações Publicações Papel e Publicações+38% padrão nacional do sector. As indústrias extractivas, material de QuímicasQuímicas Químicas +28% transporte e mecânicas e electrónicas revelam menor diferencial para as remunerações medianas praticadas no País. MetálicasMetálicas Metálicas +9%

MecânicasMecânicas e eElectrónicas Electrónicas Mecânicas e Electrónicas +3% • O sector do papel e publicações é o único em que os níveis remuneratórios superam os praticados no País. Indústrias MaterialMaterial de de Transporte Transporte Material de Transporte +2% mecânicas e electrónicas e material de transporte demonstram MaterialMaterial de de Construção Construção Material de Construção +18% maior resistência à baixa, superando o percentil inferior de remunerações em 9 e 7%, respectivamente. ConstruçãoConstrução Construção +11%

Energia,Energia, Água Água e eSaneam. Saneam. Energia, Água e Saneam. +15% Gráfico 14: Diferenças dos patamares de remunerações praticados, face ao País (PT =100) Transp.,Transp., Logística Logística e eComunic. Comunic. Transp., Logística e Comunic. +15%

110 DistribuiçãoDistribuição e eComércio Comércio Distribuição e Comércio +14%

100 PT = 802 € ServiçosServiços Empresariais Empresariais Serviços Empresariais +21%

90 HotelariaHotelaria e eRestauração Restauração Hotelaria e Restauração +9%

80 Educação,Educação, Saúde Saúde e eCultura Cultura Educação, Saúde e Cultura +8%

70 AdministraçõesAdministrações Públicas Públicas Administrações Públicas +6% +14% 60 TotalTotal Total

50 0 0 5005001.0001.0001.5001.5002.0002.0002.5002.5000 500 1.000 1.500 2.000 2.500 Legenda:

Patamar de Remunerações: Inferior (perc. 25) Mediano Superior (perc. 75)

Monção

Valença

Melgaço P.Coura

Caminha Salário mediano praticado no Alto Minho superior à mediana nacional do sector

Pte.Lima V. V. Castelo

Pte.Barca Salário mediano do sector em Portugal superior ao praticado no Alto Minho A. A. Valdevez

Sectores de especialização do Alto Minho (emprego) V. V. N. Cerveira Nota: os dados reportam a 2009. Fonte: Elaborado com base em dados dos Quadros de Pessoal| 2009

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 39 5.Mercado de trabalho

Nível salarial praticado ao nível concelhio

• Para a totalidade dos sectores analisados os níveis remuneratórios • O perfil de especialização dos concelhos não se reflecte na praticados no Alto Minho, ainda que inferiores aos registados no generalidade dos salários praticados, ainda assim, ocorre uma País, estão mais alinhados com a região Norte do que com as resistência à baixa salarial na agricultura silvicultura e pesca, que NUTSIII do Ave e Alto-Trás-os-Montes, superando ligeiramente supera o percentil inferior nacional em cerca de 4% nos concelhos (2%) as remunerações medianas do Cávado. A resistência à subida de Arcos, P. Coura e Pte. Barca, e nas indústrias do material de dos níveis salariais constitui-se, por um lado, como um obstáculo à transporte, superando o percentil inferior nacional nos concelhos de fixação de pessoas na região e, por outro lado, pode garantir maior Valença (+24%), V. Castelo (+16%) e V.N. Cerveira (+4%). As competitividade, no custo do trabalho, para a instalação de indústrias do têxtil, vestuário e calçado e do material de transporte empresas, nomeadamente face a Espanha. apresentam níveis remuneratórios medianos superiores ao País nos concelhos de A. Valdevez, P. Coura, Pte. Lima e V.N. Cerveira, • O patamar salarial mediano praticado nos concelhos do Alto Minho sectores onde estes concelhos revelam uma forte especialização do posiciona-se abaixo do patamar nacional, sendo os que mais se emprego, com excepção de V.N. Cerveira onde este patamar de aproximam do patamar nacional de referência. Melgaço, P. Coura, remuneração não é explicado pela especialização. A. Valdevez, Pte. Barca e Monção registam a maior diferença, mais de 20%, para as remunerações medianas praticadas no País.

Quadro 11: Diferenças dos salários medianos praticados por sectores de atividade, face ao País

Alto Trás- Minho- A. Pte. Pte. V. V. N. Norte Caminha Melgaço Monção P. Coura Valença Cávado Ave os- Lima Valdevez Barca Lima Castelo Cerveira Montes Agric., Silvic. e Pesca -12% -12% 0% -17% -11% -6% 8% -3% -19% -17% -14% -12% -12% -11% -11% Extractivas -23% -15% -11% - - -9% - -14% -22% -26% 18% -10% -24% -26% -33%

Alimentares -7% -13% -23% -16% -21% -9% -14% 8% -12% -14% -14% -13% -15% -11% -16% Têxtil, Vest. e Calçado 0% -1% 6% -10% - -9% 11% -9% 5% -10% -6% 11% 3% 1% 0% Madeira, Cortiça e Mobil. -6% -9% -16% -11% -16% -14% -14% -6% -7% -15% -8% 1% -11% -10% -14% Papel e Publicações -18% 38% -45% -45% - -47% -50% -49% -57% -23% 53% - -28% -30% -43% Químicas -12% -28% -14% - -40% -50% -18% -58% -58% -43% -31% -15% -25% 25% -48% Metálicas -7% -9% -9% -30% -34% -21% -34% -28% -15% -4% 9% -20% -10% -9% -31% Mecânicas e Electrónicas -5% -3% -40% -54% - - -34% -29% -36% -43% 0% -9% 1% -15% -11%

Material de Transporte -9% -2% 112% - - -37% - - -27% 5% 10% -11% -1% -1% 0% Indústrias Indústrias Construçãoe Material de Construção -14% -18% -9% -34% -11% -15% 9% -23% -26% -23% -20% 8% -25% -20% -19% Construção -8% -11% -21% 3% -18% -13% -26% -14% -14% -14% -7% -15% -4% -14% -18% Energia, Água e Saneam. -20% -15% -40% -41% - -3% - 85% - 6% -6% -63% -27% -24% -29%

Transp., Logística e Comunic. -13% -15% -42% -19% -25% -37% -35% -10% 9% -16% -7% -15% -17% -22% -34%

Distribuição e Comércio -8% -14% -19% -19% -29% -16% -29% -23% -18% -15% -8% -21% -10% -13% -19% Serviços Empresariais -12% -21% -20% -23% 15% -32% -13% -17% -23% -30% -14% -30% -19% -23% -14%

Serviços Hotelaria e Restauração -9% -9% -13% -13% -16% -6% -12% -19% -8% -8% -5% -7% -10% -13% -15% Educação, Saúde e Cultura -3% -8% -16% 6% -18% -18% -21% -19% -11% -14% -3% -12% -8% -6% -18% Administrações Públicas -12% -6% -15% -3% -4% -13% -20% -10% -6% -11% -8% 9% -18% -14% -1% Total -12% -14% -22% -18% -25% -20% -25% -22% -19% -14% -7% -4% -16% -21% -22% Fonte: Elaborado com base em dados dos Quadros de Pessoal | 2009

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 40 6. Articulações funcionais, mobilidade e circulação 6. Articulações funcionais, mobilidade e circulação

Pendularidade e articulações funcionais

• O Alto Minho gera 90.386 postos de trabalho, com V. Castelo e Pte. • A bolsa de trabalho do Alto Minho é composta por 96.973 Lima a oferecerem 57,2% do total do emprego do Alto Minho. A. trabalhadores. V. Castelo e Pte. Lima respondem por 57,3% desta Valdevez (84,3%) e V. Castelo (83,4%) são os concelhos com bolsa de trabalho, sendo que a representatividade individual dos maior autonomia no preenchimento de postos de trabalho por outros concelhos não ultrapassa os 10%. A. Valdevez e V. Castelo residentes. revelam a menor taxa de mobilidade extra-regional, com apenas 15,7% e 16,6% dos trabalhadores residentes a sair do concelho • Valença e V.N. Cerveira são os concelhos que apresentam maior para trabalhar. taxa de emprego preenchido por residentes noutros concelhos (21,7% e 34,4%, respectivamente), embora as motivações sejam • Dos dez concelhos do Alto Minho apenas V.N. Cerveira se apresenta diferentes: no caso de V.N. Cerveira explica-se pela inferioridade da como importador líquido de mão de obra, não havendo no concelho bolsa de população activa face ao número de postos de trabalho quantidade de população disponível para trabalhar que preencha o gerados no concelho, o que obriga à “importação” de força de número de postos de trabalho gerados no concelho. Os restantes trabalho; no caso de Valença pode explicar-se quer pelo seu concelhos não geram postos de trabalho para a mão de obra que posicionamento de fronteira com Espanha quer pela especificidade detêm. Pte. Lima apresenta o maior diferencial (3.449) entre os de sectores de actividade que absorvam um perfil de recursos postos de trabalho gerados no concelho e a oferta de mão de obra. humanos inexistente (em qualificação ou quantidade) no concelho.

Quadro 12: Movimentos pendulares

V. N. Indicadores de mobilidade A. Valdevez Caminha Melgaço Monção P. Coura Pte Barca Pte Lima Valença V. Castelo Cerveira

População residente e empregada

(nº de pessoas residentes no concelho que têm 7.794 6.502 3.005 6.968 3.532 4.483 17.511 5.726 38.044 3.408 de empregos, dentro ou fora do concelho) Entradas (nº de pessoas que trabalham no

939 917 244 542 344 606 1.817 1.197 5.922 1.394 concelho mas que residem noutros concelhos) Saídas (nº de pessoas que residem no concelho 1.225 1.800 543 1.228 839 1.140 5.266 1.410 6.304 754 mas que trabalham noutros concelhos) Saldo de emprego População (se negativo - concelho fornecedor líquido -286 -883 -299 -686 -495 -534 -3.449 -213 -382 640 (nº pessoas) de de mão-de-obra; se positivo – concelho importador líquido de mão-de-obra)

Movimentos Movimentos Pendulares Emprego 7.508 5.619 2.706 6.282 3.037 3.949 14.062 5.513 37.662 4.048 (nº de postos de trabalho gerados no concelho) Taxa de mobilidade extra-regional (% da população residente empregada 15,7% 27,7% 18,1% 17,6% 23,8% 25,4% 30,1% 24,6% 16,6% 22,1% que sai do concelho para trabalhar) Taxa bruta de atracção

(% dos postos de trabalho do concelho 12,5% 16,3% 9,0% 8,6% 11,3% 15,3% 12,9% 21,7% 15,7% 34,4% preenchidos por população não residente) Grau de atractividade/repulsão

(em %) (em (taxa de repulsão, se inferior a 100%; 96,3 86,4 90,0 90,2 86,0 88,1 80,3 96,3 99,0 118,8 taxa de atracção, se superior a 100%) Grau de localização do emprego (% da população que trabalha 84,3% 72,3% 81,9% 82,4% 76,2% 74,6% 69,9% 75,4% 83,4% 77,9%

Importância Importância dos Movimentos e simultaneamente reside no concelho)

Fonte: INE | Censos 2001

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 42 6. Articulações funcionais, mobilidade e circulação

Pendularidade e articulações funcionais

• Os fluxos de saída de mão-de-obra do concelho de residência são • Os movimentos pendulares da bolsa de trabalho são condicionados mais evidentes em Pte. de Lima (30%), Caminha (27%), Pte. da pela proximidade geográfica. Observa-se uma sobreposição sectorial Barca (26%), P. Coura (24%), Valença (24%) e V.N. Cerveira na oferta de emprego que é tendencialmente preenchida pela bolsa (22%), indiciando um desajuste entre o perfil da oferta e as de trabalho dos concelhos de maior proximidade, como comprova o exigências, em qualificação e competência técnica, impostas pelos facto de em todos os concelhos mais de 70% dos trabalhadores postos de trabalho disponíveis. Pte. Lima, Pte. Barca, V. Castelo e residentes encontrarem emprego no próprio concelho. Melgaço são os principais concelhos fornecedores de mão-de-obra para fora da região. • O comércio por grosso e a retalho, a construção e a reparação de automóveis são os sectores com maior intercâmbio de mão-de-obra • Em sentido inverso, V. Castelo é o concelho com maior capacidade entre os concelhos, sugerindo níveis mais baixos de qualificação. de recrutamento fora da região: 9% do emprego tem origem fora do Melgaço, V. Castelo e Caminha recebem mão-de-obra qualificada no Alto Minho, e os concelhos de Valença (17%) e Caminha (14%) os sector da educação. V.N. Cerveira e Valença fornecem mão-de-obra que mais mão-de-obra conseguem captar dos concelhos vizinhos. nas administrações públicas, sector mais dependente de mão de obra qualificada.

Gráfico 16: Destino laboral da população residente nos concelhos do Gráfico 17: Origem residencial da população que trabalha nos Alto Minho concelhos do Alto Minho

100% 100%

80% 80%

66% 72% 70% 76% 75% 75% 60% 78% 78% 82% 82% 83% 60% 84% 84% 85% 84% 87% 87% 91% 91% 89%

40% 40%

11% 20% 20% 17% 13% 32% 16% 17% 14% 7% 8% 4% 17% 7% 8% 14% 11% 7% 19% 9% 9% 13% 13% 7% 6% 10% 11% 9% 9% 8% 8% 7% 8% 3% 4% 6% 4% 0% 3% 2% 2% 3% 3%

0%

Monção

Valença

Melgaço

P.Coura

Caminha

Monção

Valença

Pte.Lima

Melgaço

P. Coura P.

Caminha

V.Castelo

Pte. Barca Pte.

Pte.Lima

V.Castelo

Pte.Barca

V.N.Cerveira

A.Valdevez

V.N.Cerveira A. de Valdevez A.de Pessoas que trabalham e residem no concelho Pessoas que trabalham e residem no concelho Pessoas que trabalham e residem fora do concelho mas dentro do Minho-Lima Pessoas oriundas de fora do concelho mas dentro do Minho-Lima Pessoas que saem do concelho e do Minho-Lima para trabalhar Pessoas oriundas de fora do concelho e do Minho-Lima

Fonte: INE | Censos 2001

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 43 6. Articulações funcionais, mobilidade e circulação

Movimentos pendulares – saídas e entradas de mão-de-obra, por concelho e sector de actividade (I)

"Saídas de mão-de-obra“ "Entradas de Mão-de-Obra“ [Saídas do concelho para trabalhar, [Entradas no concelho para trabalhar, Concelhos por ordem decrescente de importância no fluxo total de saída] por ordem decrescente de importância no fluxo total de entrada]

Principais concelhos de destino Principais sectores de destino Principais concelhos de origem Principais sectores de entrada

Construção Construção Pte. Barca Pte. Barca Comércio grosso e retalho Comércio grosso e retalho Pte. Lima Pte. Lima Reparação de automóveis Reparação de automóveis Braga A. Valdevez Porto Administração pública, defesa e segurança social Administração pública, defesa e segurança social V. Castelo Braga Educação Educação Vila Verde V. Castelo Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Monção Saúde e acção social Saúde e acção social

Comércio grosso e retalho Comércio grosso e retalho V. Castelo V. Castelo Reparação de automóveis Reparação de automóveis V.N. Cerveira V.N. Cerveira Educação Educação Valença Caminha Porto Administração pública, defesa e segurança Social Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Pte. Lima Valença Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Administração pública, defesa e segurança social Monção Lisboa Saúde e acção social Indústria têxtil P. Coura Indústria têxtil Agricultura, produção animal, caça e silvicultura

Construção Construção Monção Monção Comércio grosso e retalho Comércio grosso e retalho Pte. Lima Porto Reparação de automóveis Reparação de automóveis A. Valdevez Melgaço Valença Administração pública, defesa e segurança social Administração pública, defesa e segurança social V. Castelo Braga Educação Educação Braga V. Castelo Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Vila Nova de Famalicão Transportes, armazenagem e comunicações Saúde e acção social

Construção Comércio grosso e retalho Valença Valença Comércio grosso e retalho Reparação de automóveis Melgaço Melgaço Reparação de automóveis Construção A. Valdevez Monção Porto Administração pública, defesa e segurança social Educação P. Coura Lisboa Educação Administração pública, defesa e segurança social V. Castelo V. Castelo Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Braga Saúde e acção social Indústria têxtil

Construção Construção Pte. Lima V.N. Cerveira Comércio grosso e retalho Comércio grosso e retalho V. Castelo Valença Reparação de automóveis Reparação de automóveis V.N. Cerveira P. Coura V. Castelo Administração pública, defesa e segurança social Educação A. Valdevez Pte. Lima Educação Administração pública, defesa e segurança social Valença Porto Indústria do couro e dos produtos do couro Indústria do couro e dos produtos do couro Monção Saúde e acção social Saúde e acção social

Fonte: AM&A com base em dados do INE | Censos 2001

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 44 6. Articulações funcionais, mobilidade e circulação

Movimentos pendulares – saídas e entradas de mão-de-obra, por concelho e sector de actividade (II)

"Saídas de mão-de-obra“ "Entradas de Mão-de-Obra“ [Saídas do concelho para trabalhar, [Entradas no concelho para trabalhar, Concelhos por ordem decrescente de importância no fluxo total de saída] por ordem decrescente de importância no fluxo total de entrada]

Principais concelhos de destino Principais sectores de destino Principais concelhos de origem Principais sectores de entrada

Agricultura, produção animal, caça e silvicultura Agricultura, produção animal, caça e silvicultura A. Valdevez A. Valdevez Comércio grosso e retalho Comércio grosso e retalho Pte. Lima Braga Reparação de automóveis Reparação de automóveis Vila Verde Pte. Barca Porto Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Educação Braga Pte. Lima Administração pública, defesa e segurança social Alojamento e restauração (restaurantes e similares) V. Castelo Vila Verde Educação Administração pública, defesa e segurança social Vila Nova de Famalicão Saúde e acção social Saúde e acção social

Comércio grosso e retalho V. Castelo Comércio grosso e retalho; reparação de automóveis V. Castelo Reparação de automóveis Barcelos Agricultura, produção animal, caça e silvicultura Barcelos Agricultura, produção animal, caça e silvicultura Braga Indústria têxtil Pte. Lima Porto Indústria têxtil Vila Verde Educação Braga Administração pública, defesa e segurança social A. Valdevez Indústria do couro e dos produtos do couro Vila Verde Educação Pte. Barca Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Alojamento e restauração (restaurantes e similares)

Construção Monção Construção V.N. Cerveira Administração pública, defesa e segurança social V.N. Cerveira Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Monção Alojamento e restauração (restaurantes e similares P. Coura Administração pública, defesa e segurança social Valença V. Castelo Agricultura, produção animal, caça e silvicultura V. Castelo Agricultura, produção animal, caça e silvicultura Caminha Fabricação de material de transporte Caminha Educação Porto Educação Pte. Lima Transportes, armazenagem e comunicações

Comércio grosso e retalho Pte. Lima Construção Porto Reparação de automóveis Barcelos Indústria têxtil Pte. Lima Educação Esposende Educação V. Castelo Barcelos Indústria têxtil Caminha Administração pública, defesa e segurança social Caminha Administração pública, defesa e segurança social Braga Saúde e acção social Esposende Saúde e acção social Porto Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Alojamento e restauração (restaurantes e similares)

Comércio grosso e retalho Comércio grosso e retalho Valença Valença Reparação de automóveis Reparação de automóveis Caminha Caminha Administração pública, defesa e segurança social Construção P. Coura V. N. Cerveira V. Castelo Fabricação de material de transporte Administração pública, defesa e segurança social V. Castelo Porto Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Indústria têxtil Pte. Lima Lisboa Agricultura, produção animal, caça e silvicultura Educação Monção Indústria têxtil Agricultura, produção animal, caça e silvicultura

Fonte: AM&A com base em dados do INE | Censos 2001

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 45 6. Articulações funcionais, mobilidade e circulação

Acessibilidades e mobilidade

A sub-região do Alto Minho encontra- se bem dotada de infra-estruturas rodoviárias gozando de óptimas A-52 acessibilidades e de uma localização Vigo geográfica privilegiada no contexto E-01 da euroregião Galiza-Norte

Linha do Minho

EN-202

V. Castelo A-3

A-27

Braga

A-28

EN-101

Caixa 2: Distância entre os principais pólos urbanos

Distância V. Castelo Braga Porto Linha do (km) Minho A. Valdevez 48 58 99 A-3 Caminha 33 86 101

Melgaço 115 124 165

Valença 66 75 116

Monção 92 101 142 EN-201 A-27 P. Coura 50 69 110 A-28 Pte. Barca 46 57 98

Pte. Lima 30 43 83

V. N. 37 80 106 Cerveira

Fonte: Dados Via Michelin, distâncias rodoviárias segundo o percurso mais curto

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 46 6. Articulações funcionais, mobilidade e circulação

Acessibilidade e mobilidade rodoviária

• A A28 constitui o eixo estrutural da região Norte litoral, ligando o transporte por aluno para deslocação para os aglomerados urbanos Porto a Caminha, estando previsto o seu prolongamento até mais próximos suportado pelas autarquias e implicando elevados Valença, em que se constituirá nessa altura como alternativa à A3 custos. na ligação fronteiriça com Espanha. • Os centros urbanos de fronteira do Alto Minho, possuem uma • No conjunto das sedes de concelho do Alto Minho, Melgaço é a localização privilegiada no eixo Porto-Vigo-Corunha, sendo que a única que não se encontra a menos de 30 minutos de um IP ou IC, cooperação transfronteiriça assume um papel estratégico no modelo tal como previsto no PRN 2000. de organização do território. Actualmente todos os concelhos fronteiriços possuem boas conexões aos concelhos vizinhos • A A27, conhecida como auto-estrada do Vale do Lima faz a ligação espanhóis, com excepção de Caminha, que reivindica uma ponte de entre a A28 (junto a V. do Castelo) e a A3 (junto a Pte. Lima), ligação a La Guardia. tendo seguimento através do IC 28 em direcção ao interior e ao Parque Nacional da Peneda Gerês. • A fronteira de Valença, mais especificamente a “ponte nova”, é o ponto fronteiriço entre Espanha e Portugal com maior intensidade • A A3 é o eixo fundamental de ligação ao norte de Espanha e à média diária de tráfego, sendo a maioria de veículos ligeiros. Galiza. Esta via faz parte da estrada europeia E01 que prossegue Figura 5: Esquema das acessibilidades e mobilidade do PROT-Norte até à cidade da Corunha.

• Este anel (A28, A27, A3) estrutura o território a nível interno assumindo três contínuos urbanos: eixo V. Castelo-Caminha- Valença; eixo V. Castelo-Pte. Lima e eixo A. Valdevez-Pte. Barca.

• A relação de contiguidade territorial entre A. Valdevez/Pte. Barca e Monção /Melgaço é geradora de complementaridades específicas internas suportadas nas infra-estruturas rodoviárias e gerando novos contínuos urbanos ainda que de menor centralidade.

• A proximidade e facilidade de acesso dos concelhos do Alto Minho interior à cidade de Braga, faz com que estes registem uma forte polarização com esta cidade.

• O concelho de P. Coura, é o que se encontra a maior tempo de distância face aos principais pólos urbanos do Alto Minho e corredores de grande distribuição rodoviária, nomeadamente a A28.

• A mobilidade rodoviária é efectuada preferencialmente segundo o modo de transporte individual, em detrimento do transporte público. Nas áreas de menor densidade populacional a retracção do transporte público aumenta o isolamento das populações, nomeadamente dos idosos e das crianças, sendo o custo de Território do Alto Minho

Fonte: PROT - Norte: Relatório Sectorial Acessibilidades, Mobilidade e Logística, Junho 2009

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 47 6. Articulações funcionais, mobilidade e circulação

Acessibilidade e mobilidade ferroviária

Quadro 13: Níveis de serviço/procura na rede ferroviária na região • A rede ferroviária da região Norte apresenta alguma debilidade Norte quando comparada com o quadro nacional e com a Galiza, sendo a Tempo parte da Euro região Norte de Portugal-Galiza com piores Serviços Km/ Ligação Km menor Comboios Procura hora indicadores (quilómetros de extensão de via férrea por mil (min.) habitantes e por milhares de quilómetros quadrados). Alto Minho • O movimento transfronteiriço de passageiros por caminho-de-ferro na fronteira de Valença decresceu 40% entre 1999-2001. Essa • Regional 81 56 10 Porto-V. quebra em parte ficou a dever-se à abertura do IP1 entre Braga e 76 Castelo • Valença/Tui. Entre 2003 e 2004 o movimento anual de passageiros Inter-Regional 90 51 3 125 mil desceu de cerca de 34.400 para 18.000 passageiros. passageiros V. (Maio, 2006) • Regional 62 52 4 • Em termos do tipo de serviço proporcionado, a está Castelo- 54 Valença classificada como rede complementar para a ligação entre Nine e V. • Inter-Regional 41 79 3 Castelo e rede secundária para a ligação entre V. Castelo e Valença. Actualmente reivindica-se a melhoria do serviço prestado à Porto- 48.000 (2001) população, seja pela adequação dos horários/percursos à realidade • Internacional Valença- 187 191 59 2 34.400 (2003)

quotidiana das populações, seja pela electrificação da via férrea, (Vigo) 18.000 (2004) que se encontra algo obsoleta.

• Relativamente à integração na rede ferroviária de altas prestações, que será construída em bitola europeia e está incluída na Rede Quadro 14: Serviço ferroviário no território do Alto Minho Transeuropeia de Transportes (RTE-E) encontrava-se prevista para 2013 a entrada ao serviço do troço Braga-Valença da linha de alta Sedes de concelho com paragem velocidade (Categoria II) entre Porto e Vigo, mas devido ao Serviços Ligações (2 sentidos) (na zona de estudo) enquadramento económico que se vive actualmente, encontra-se adiada a sua construção. O fecho desta ligação com a remodelada Alto Minho linha entre Vigo e Corunha possibilitará o fecho da malha ferroviária e a conexão com a nova ligação em alta velocidade entre Santiago e Tipo de Ferrovia: pesada em bitola ibérica Madrid. Inter-Regional Porto-V.Castelo-Valença V. Castelo e V. N. Cerveira

• A remodelação da rede ferroviária convencional, o fecho da malha e Nine-V. Castelo; a perspectiva de integração das actuais linhas de bitola métrica na Caminha, Valença, V. Castelo Regional Viana-Valença; e V. N. Cerveira rede de bitola ibérica constituem desafios com importantes graus de Nine-Valença incerteza que importa considerar na estratégia a desenvolver para a região do Alto Minho. Caminha, Valença, V. Castelo Internacional Porto-Valença-(Vigo) e V. N. Cerveira

Fonte: PROT - Norte: Relatório Sectorial Acessibilidades, Mobilidade e Logística, Junho 2009

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 48 7. Dimensão urbana e ocupação do território 7. Dimensão urbana e ocupação do território

A dimensão urbana e a dinâmica urbanística

• O dinamismo da Região no que respeita ao aumento do número de Gráfico 18: Forma de ocupação dos alojamentos familiares do parque alojamentos e de edifícios reflecte-se em variações de cerca de 13% habitacional dos Concelhos e da Região do Alto Minho e 11%, respectivamente, ao longo do período 2001-2011. Esta intensidade de crescimento não atingiu, contudo, o patamar 50.000 Região Minho-Lima 32% nacional. Foi ainda expressivo o crescimento do número de famílias residentes na Região, o que reflecte uma tendência para a redução 9% da dimensão média das famílias, alinhada com a tendência nacional. 40.000 • A ocupação dos alojamentos familiares no Alto Minho destina-se, na 32% sua grande maioria (cerca de 59%), a residência habitual dos 59% habitantes da Região, emergindo ainda uma parcela substancial do 30.000 total (cerca de 32%) como residência secundária. A significativa proporção da segunda habitação no território poderá estar associada à expressão dos fluxos migratórios de naturais da Região, 15% que têm por destino, quer países europeus, quer as principais áreas 20.000 11% metropolitanas do país. A parcela de alojamentos vazios cinge-se a 9% cerca de 9% do total de alojamentos familiares. 9%

Número de alojamentos familiares alojamentos de Número Quadro 15: Alojamentos, edifícios e famílias 5% 5% 10.000 5% 4 4% Tx.var. Tx.var. Tx.var. Local de Alojamentos Edifícios Famílias Alojam. Edifícios Famílias residência 2011 2011 2011 2011-01 2011-01 2011-01 0

Portugal 5.877.991 16% 3.543.595 12% 4.048.932 11%

Monção

Valença

Melgaço P. Coura P.

Norte 1.850.813 15% 1.209.830 10% 1.332.301 10% Caminha

Pte. LimaPte.

V. Castelo V.

Pte. Barca Pte. A. Valdevez A.

Minho-Lima 150.894 13% 120.882 11% 89.681 8% Cerveira V.N. A. Valdevez 17.297 7% 15.350 4% 9.152 0% Residência habitual Residência secundária Vago % no total Minho-Lima

Caminha 13.951 16% 9.318 16% 6.265 10% Fonte: INE, Censos 2011 – Parque habitacional, Resultados Pré-preliminares Melgaço 7.603 6% 7.004 4% 3.844 2% • Os concelhos mais populosos da região – V. Castelo e Pte. Lima - Monção 13.407 12% 11.713 7% 7.449 5% concentram praticamente metade (47%) do total de alojamentos P. Coura 6.081 14% 5.722 13% 3.508 0% familiares. A significativa expressão do crescimento, entre 2001 e Pte. Barca 7.968 15% 6.800 12% 4.474 4% 2011, do número de alojamentos a nível concelhio deve, porém, ser analisada no contexto do já referido decréscimo demográfico Pte. Lima 21.976 18% 19.653 17% 14.417 9% da generalidade dos concelhos da Região, indiciando, por Valença 8.150 8% 6.817 6% 5.311 6% conseguinte, o peso crescente da segunda habitação no território. V. Castelo 48.290 14% 32.925 14% 31.767 13% Esta constatação é inclusivamente válida para os dois concelhos que revelaram um acréscimo da sua população (V. Castelo e V. N. V.N. Cerveira 6.171 21% 5.580 20% 3.494 12% Cerveira), uma vez que as taxas de crescimento do número de alojamentos assumem proporções muito mais significativas. Fonte: INE, Censos 2011 - Resultados provisórios

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 50 7. Dimensão urbana e ocupação do território

A dimensão urbana e a dinâmica urbanística

• Ocupando apenas cerca de um terço da superfície total do Alto Gráfico 20: Evolução da população e do número de alojamentos, Minho, as freguesias com perfil urbano concentram cerca de 75% edifícios e famílias, segundo as tipologias de áreas urbanas da população da região. A dinâmica populacional no período 2001- 2011 revela uma clara tendência para a concentração da população nos pólos mais urbanos do território: apenas as Áreas 20% Predominantemente Urbanas verificam um acréscimo da respectiva 17% população, em paralelo com crescimentos significativos no número 15% 14% 16% registado de alojamentos, edifícios e famílias. 15% 13% • Os níveis de urbanização assumem proporções diferenciadas entre

os concelhos da região: Melgaço e P. Coura emergem como 10% 10% 2001 concelhos de cariz predominantemente rural, concentrando nesta - 7% tipologia cerca de 68% e 64% da respetiva população; ao invés, V. 7% Castelo e Pte. Lima são os concelhos mais urbanizados, 5% concentrando cerca de 92% e 84% da respectiva população em Áreas Mediana e Predominantemente Urbanas. 2% 0% • A consideração conjunta da evolução da população, por um lado, e -2% -1% do número de famílias e alojamentos, por outro, permite concluir por uma tendência para a redução da dimensão média das famílias, -5% que assume maior intensidade nas zonas urbanas. Por questões que deTaxa variação 2011 se prendem com o estilo de vida ou com o conceito habitacional adoptado, as zonas rurais continuam, ao invés, a revelar modelos -10% -9% familiares mais alargados.

Gráfico 19: Formas de ocupação dos alojamentos familiares -15% Portugal 68% 19% 13% APR AMU APU Norte 71% 18% 11% População Alojamentos Edifícios Famílias Minho-Lima 59% 32% 9% Nota: APR- Áreas Predominantemente Rurais, AMU – Áreas Medianamente Urbanas; A. Valdevez 52% 39% 8% APU – Áreas Predominantemente Urbanas Residência Fonte: INE, Censos 2011 - Resultados provisórios Caminha 44% 49% 7% habitual Melgaço 50% 46% 4% • O arrendamento assume, na Região do Alto Minho, uma Monção 56% 31% 13% Residência expressão bastante limitada, correspondente a cerca de 7% do secundária total de alojamentos e equivalendo a cerca de metade da média P. Coura 57% 34% 10% nacional (13%) e para a Região Norte (14%). Pte. Barca 56% 34% 10% Alojamentos vagos • No que respeita à forma de ocupação dos alojamentos familiares, Pte. Lima 65% 29% 6% a expressão da segunda residência assume proporções Valença 65% 24% 11% comparativamente mais significativas (face à repartição do número total de alojamentos) nos concelhos de A. Valdevez, V. Castelo 65% 25% 9% Caminha e Melgaço. V.N. Cerveira 57% 34% 9%

Fonte: INE, Censos 2011 – Parque habitacional, Resultados Pré-provisórios Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 51 7. Dimensão urbana e ocupação do território

A dimensão urbana e a dinâmica urbanística

• A Região do Alto Minho apresenta um parque habitacional Gráfico 22: Idade média e índice de envelhecimento dos edifícios relativamente jovem: a idade média dos edifícios é de cerca de 30 anos, sendo inferior aos valores médios nacionais e para a Região 40 200 Norte. Caminha, Pte. Lima e V. Castelo são os concelhos mais 180 modernos no que concerne à idade média do respectivo parque 160 habitacional. 30 140 • Similarmente, o índice de envelhecimento da globalidade dos edifícios 120 do Alto Minho (81) é também inferior aos valores de referência a nível nacional (99) e para o Norte (87). Alguns concelhos da Região 20 100 registam, todavia, valores bastante elevados para este indicador, 80 como Melgaço, Monção e A. Valdevez, casos em que os edifícios 60 construídos até 1945 superam, em número, os edifícios construídos 10 40 depois de 1991. média dos edifícios Idade 20 • Os encargos médios mensais com a habitação na Região do Alto

Minho variam entre 112 euros (correspondente ao valor médio das 0 0 envelhecimento de edifícios Índicedos

rendas em Pte. Barca) e 292 euros (equivalente aos encargos com

Lima Norte

aquisição de habitação própria em V. Castelo). -

Monção

Valença

Melgaço

Portugal

P. Coura P.

Caminha Pte. LimaPte.

Barca Pte

V. Castelo V.

A. Valdevez A. Minho Gráfico 21: Encargos médios mensais com a habitação Cerveira V.N. Idade média dos edifícios Índice de envelhecimento dos edifícios (eixo da direita) 350 Nota: Índice de envelhecimento dos edifícios = Edifícios construídos até 1945 / Edifícios 300 construídos após 1991 * 100 Fonte: INE, Censos 2001 250 • À semelhança do apurado para Portugal e para a Região Norte, os custos com habitação própria são significativamente superiores aos 200 valores médios das rendas. A compra de habitação acarreta custos mensais mais onerosos em Caminha, V. Castelo e Pte. Lima, ao passo 150 que o arrendamento é mais caro em Melgaço, Valença e Caminha.

100 Para explicar esta hierarquia de encargos mensais com a habitação contribuirão factores como a área e a tipologia das casas, que não 50 são publicados desagregadamente.

Emcargos médios mensais (EUR) médios Emcargos 0 • Distingue-se um menor diferencial – considerando globalmente os

concelhos do Alto Minho - entre a responsabilidade associada aos

Lima Norte

- encargos com aquisição de habitação própria e os valores médios das

Monção

Valença

Melgaço Portugal

P. Coura P. rendas dos alojamentos familiares arrendados, comparativamente à

Caminha

Pte. LimaPte.

Pte Barca Pte

V. Castelo V. A. Valdevez A.

Minho média nacional e à Região Norte. Valença emerge como o Concelho V.N. Cerveira V.N. onde este diferencial assume menor expressão, por oposição às Aquisição de habitação própria Rendas dos alojamentos familiares clássicos arrendados situações de V. Castelo, Caminha ou Pte. Barca. Fonte: INE, Censos 2001

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 52 7. Dimensão urbana e ocupação do território

Especificidades territoriais e paisagísticas

• A diversidade territorial do Alto Minho abrange uma fisiografia • É um território composto pela trilogia urbano-rural-natural, onde a variada, combinando o litoral atlântico com vales, serras e a dispersão do tecido construído, a difícil separação entre natural de montanha interior. Possui um relevo dinâmico que se faz produção e de preservação e a coexistência de uma agricultura em acompanhar de grandes extensões de coberto florestal e natural, regime de minifúndio, maioritariamente com o propósito de atingindo a pluviosidade valores elevados. Os territórios mais altos complemento de rendimento e subsistência, fomentam a existência reúnem a maior parte das cabeceiras de linhas de água, com de um mosaico complexo e dinâmico de interdependências que particular destaque para a cabeceira montanhosa do rio Lima; influenciam a tipologia de ocupação associada a cada espaço;

• Dois vales transversais, o vale do Minho e o vale do Lima, • A análise do espaço artificializado permite verificar uma grande desenvolvem-se ao longo da direcção nascente-poente, dominados dispersão do espaço construído, onde se percepciona a consolidação pelos rios Minho e Lima, suportando eixos de povoamento (numa de dois sistemas urbanos contínuos, em que as freguesias urbanas continuidade em fase de consolidação) e corredores rodoviários; das sedes de concelho constituem nós centrais que se alastram progressivamente às freguesias vizinhas: • Este território constitui uma porta de entrada para o Parque • e o sistema urbano de fronteira: Caminha - V.N. Cerveira – Nacional da Peneda Gerês, único no país, metade do qual se inclui Valença, Monção – Melgaço; nesta região; • e o sistema urbano interior: V. Castelo – Pte. Lima – Pte. Barca - A. Valdevez – P. Coura; • A faixa litoral tem uma extensão de cerca de 60 km, a que correspondem os territórios de mais baixa altitude, razoavelmente • A continuidade que se identifica entre Caminha e V. Castelo povoados, com praias de qualidade balnear e paisagística, e permitem perspetivar uma continuidade urbana entre as sedes dos albergando um porto marítimo – V. Castelo; concelhos do Minho-Lima;

• A análise da ERPVA – Estrutura Regional de Protecção e Valorização Quadro 16: Tipologia de ocupação do solo-Corine Land Cover Ambiental permite verificar que, das 6 unidades de gestão territorial Área do território Área que identifica, duas delas incidem sobre o território do Alto Minho. Alto Minho do Alto Minho (hectares-ha) São elas a unidade territorial das “Grandes Montanhas do Norte”, (%) onde se incluem as serras da Peneda-Gerês, e as “Serras e Vales Tecido urbano 8.358 4 do Noroeste”, onde se incluem os vales do rio Minho e do Lima (figura na página seguinte), com vocação maioritariamente Indústria, comércio, equipamentos 558 0,3 conservacionista; gerais

Redes viárias, ferroviárias e áreas 811 0,4 • O território do Alto Minho é maioritariamente ocupado por um portuárias coberto florestal e natural (cerca de 68%), seguido de áreas Áreas em construção e extracção de agrícolas heterogéneas e culturas temporárias (28%), espaços estes 422 0,2 inertes maioritariamente afectos a figuras conservacionistas de protecção e Equipamentos desportivos, culturais com escasso povoamento; 71 0 e zonas históricas • Identificam-se grandes desafios ao ordenamento do solo disponível Culturas temporárias, pastagens no Alto Minho, nomeadamente no que concerne aos solos permanentes e áreas agrícolas 61.079 28 heterogéneas periurbanos, bem como ao desenvolvimento de modelos territoriais que alavanquem novas actividades e funções económicas, que Florestas, meios naturais e zonas 150.532 68 húmidas e corpos de água coexistam em patamares de sustentabilidade com o meio natural e rural, sem que haja compromisso dos mesmos; Fonte: Corine Land Cover, 2006

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 53 7. Dimensão urbana e ocupação do território

Tipologia de ocupação do território

Serra da Peneda

Serras Serra do Soajo Grandes Montanhas Serras e Vales do do Norte (ERPVA - Estrutura Noroeste Regional de Proteção (ERPVA - Estrutura e Valorização Regional de Proteção e Ambiental) Valorização Ambiental)

Serra Amarela

Serra D’Arga Corredor Ecológico do rio Minho

Corredor Ecológico do rio Lima

Fonte: PROT-Norte: Relatório Sectorial Acessibilidades, Mobilidade e Logística, Junho 2009

Nota: ERPVA designa a Estrutura Regional de Proteção e Valorização Ambiental Fonte: AM&A, com base em dados Corine Land Cover Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 54 7. Dimensão urbana e ocupação do território

Áreas Naturais

• O território do Alto Minho é singular no que concerne aos seus • A área SIC afecta ao Parque Nacional da Peneda-Gerês é o grande valores naturais e ecológicos. O sistema paisagístico alia, à sua “ex-libris” do Alto Minho representando a sua área cerca de 40% beleza natural, uma vasta e rica biodiversidade que apresenta deste território. Em 2010, o Parque da Peneda Gerês contabilizou potencial para transformar este território num espaço de interesse um total de 48.433 visitantes, o que comprova a sua capacidade de ecológico, cultural e económico nacional e transnacional. A aptidão atração; para a prática do turismo de natureza, turismo em espaço rural e enoturismo, entre outras actividades complementares, encontra-se • O Alto Minho possui um conjunto natural que, para além das Áreas bem patente na quantidade e qualidade de valores naturais Naturais classificadas (ver quadro abaixo), contabiliza outros classificados; valores naturais de grande relevância, de que são exemplo as dunas ao longo da costa nomeadamente Moledo, Âncora, e Castelo do • A Rede Natura 2000 subdivide-se em duas classificações: Zona de Neiva e as zonas agrícolas ou pinhais, destacando-se o pinhal de Protecção Especial (ZPE) e Sítio de Interesse Comunitário (SIC). No Camarido, pinhal e pinhal da Gelfa; Alto Minho cerca de 18% do seu território está afecto a ZPE e 27% a SIC; • Os vales dos rios Minho e Lima constituem importantes corredores ecológicos de ligação do interior montanhoso ao oceano. O vale do • Os sítios da Rede Natura 2000 ocupam 60%, 47% , 44% e 34%, Minho destaca-se como território transfronteiriço de grande valor respectivamente da área, dos concelhos de Pte. Barca, A. Valdevez, ecológico que estabelece uma relação privilegiada com a região Melgaço e P. Coura. Relativamente à ZPE, esta representa cerca de espanhola da Galiza. O vale do Lima é envolvido por um conjunto 8%, 5% e 4%, respectivamente dos concelhos de A. Valdevez, montanhoso grandioso e imponente, constituído pelas serras do Melgaço e Pte. Barca; Gerês, Peneda e Amarela, Soajo, Arga e Corno do Bico.

Quadro 17: ZPE e SIC da Rede Natura 2000

Código Área (ha) Concelhos Abrangidos Sítios Interesse Comunitário (SIC) A. Valdevez, Amares, Montalegre, Terras de Bouro, Vieira Serra da Peneda -Gerês PTCON0001 88.845 do Minho, Vila Verde, Melgaço, Pte. Barca

Litoral Norte PTCON0017 2540 (área terrestre 2.048; área marinha 492) Caminha, Esposende e V. Castelo

Rio Minho PTCON0019 4.554 Caminha, Melgaço, Monção, Valença e V.N. Cerveira A. Valdevez, Pte. Barca, Pte. Lima, Vila Verde e V. Rio Lima PTCON0020 5.382 Castelo Corno do Bico PTCON0040 2.175 P. Coura Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos (PTCON00020) 365 Pte. Lima e São Pedro de Arcos "Zona adjacente ao rio lima" Serra de Arga PTCON0039 4.493 Caminha, Pte. Lima e V. Castelo

Zona Proteção Especial (ZPE) Estuários do Rio Minho e Coura PTZPE0001 3393 (área terrestre 3081; área marinha 312) Caminha, Valença e V.N. Cerveira A. Valdevez, Melgaço, Monção, Montalegre, Pte. Barca e Serra do Gerês PTZPE0002 63.438 Terras do Bouro Fonte: ICNB – Rede Natura 2000

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 55 7. Dimensão urbana e ocupação do território

Áreas protegidas de excelência no contexto nacional e transnacional

Zona de Proteção Parque Nacional Especial do Rio da Peneda-Gerês Minho

Zona de Proteção Especial dos estuários do Minho e do Coura

Zona de Proteção Especial de Corno Serra da Peneda do Bico Serra do Soajo

Serra D’Arga

Paisagem Protegida Serra D’Arga Serra Amarela das Lagoas de Bertiandos e São Pedro “Zona adjacente ao Rio Lima”

Rio Lima conservação de espécies piscícolas

Parque Natural do Litoral Norte

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 56 7. Dimensão urbana e ocupação do território

Sistema urbano

• De acordo com o Programa Nacional da Política e Ordenamento do Figura 6: Povoamento e eixos existentes interiores no Noroeste Território - PNPOT, o território do Alto Minho caracteriza-se por ser Português - PNPOT um “espaço intermédio entre a região urbano-metropolitana do noroeste e a Galiza”, sendo uma região de transição entre as áreas metropolitanas de Porto e Vigo, podendo este “efeito costura” ser responsável por uma contenção no seu desenvolvimento;

• O território do Alto Minho encontra-se no limite de áreas de elevada densidade populacional, constituindo-se a Área Metropolitana do Porto – AMP, como sua grande área de influência. De acordo com o PNPOT (ver esquema) uma fracção da região é definida como “área intermédia” de densidade populacional, ficando uma outra definida como “área crítica” (área correspondente ao território do Parque Nacional da Peneda Gerês);

• A região metropolitana do Porto (Arco metropolitano do Norte Litoral no PNPOT) organiza-se em vários subsistemas, destacando-se para o presente estudo, o subsistema urbano do Minho-Lima e a cidade de V. Castelo como o pólo urbano de maior relevância;

Fonte: Relatório PNPOT, 2007 Território do Alto Minho • O PNPOT assinala como principais opções para o Alto Minho: • o reforço do papel regional de V. Castelo e a consolidação dos Figura 7: Esquema do modelo territorial do PROT - Norte sistemas do Vale do Minho até Valença e do Vale do Lima até Pte. Lima/Pte. Barca, explorando as acessibilidades rodoviárias atuais; • o desenvolvimento de acções que se direccionem para o aproveitamento da localização privilegiada no eixo Porto-Vigo- Corunha, reforçando a implementação de novas funções para os centros urbanos fronteiriços e dinamizando a cooperação transfronteiriça estratégica, nomeadamente no que concerne à organização do território nas redes de infra-estruturas e equipamentos; • a promoção da consolidação e estabilização das actividades e usos nas áreas de montanha e a sua valorização ambiental e turística, com destaque para o PNPG; • e ainda a valorização turística do território;

• O PROT-Norte, relativamente ao modelo do sistema urbano regional, assinala a existência de duas dimensões que emergem no relacionamento interurbano com os territórios de proximidade: o relacionamento inter-regional entre a região Norte e a região Centro e o relacionamento transfronteiriço do Norte de Portugal com a Território do Alto Minho Galiza e com Castela e Leão; Fonte: PROT – Norte: Relatório Sectorial Sistema Urbano, Junho 2009

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 57

7. Dimensão urbana e ocupação do território

Corredor transfronteiriço Sistema urbano Potencial do turismo /ambiente, do Vale do Minho da economia do vinho e da (Caminha-V. N. Cerveira- complementaridade de ofertas Valença-Monção-Melgaço) urbanas; novas funções CORUNHA económicas associadas à PONTEVEDRA logística (reforço da articulação Vector estratégico no VIGO com a plataforma logística de relacionamento de Portugal Salvaterra/As Neves) com a Galiza, sendo a sua prioridade estruturar um cluster inter-regional em Vale do Minho torno das actividades do mar e da segurança marítima

Capacidade de reforço da coesão Grande eixo interna e articulação com outros urbano do Litoral subsistemas (especificamente Eixo A. Valdevez – Monção Norte/Galiza com a aglomeração de Braga) V. N. Cerveira – P. Coura – A. Valdevez

Capacidade de polarização capaz V. Castelo, pólo urbano de amarrar e qualificar o espaço de atracção regional rural de baixa densidade do relevante que assume interior do Lima funções de turismo e Eixo A. Valdevez – Pte. Barca lazer, produção tradicional e emergente

V. Castelo Eixo Pte. Lima – Pte. Barca

Vale do Lima

Eixo V. Castelo – Pte. Lima

Eixo sistema estruturante Vale do Lima/Vale do Minho Eixos estruturantes - PNPOT

Eixos estruturantes identificados V. Castelo exerce atracção sobre no PROT - Norte Pte. Lima pela sua proximidade geográfica, boas acessibilidades e Sistemas urbanos contínuos aumento populacional em consolidação Funções Urbanas

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 58 8. Resposta social e dotação de equipamentos e infra-estruturas 8.Resposta social e dotação de equipamentos e infra-estruturas

Apoio e resposta social

• A evolução da capacidade de respostas sociais no apoio a crianças e Gráfico 24: Evolução das respostas sociais na Região do Alto Minho e jovens, por um lado, e à população mais idosa, por outro, na Região em Portugal Continental entre 2000 e 2010 do Alto Minho tem acompanhado de perto a tendência nacional neste domínio, evidenciando um reforço significativo da oferta do número de 100% equipamentos sociais e respectiva capacidade ao longo do período 2000-2010. A única tipologia de resposta social que, no Alto Minho, 80% não seguiu a tendência nacional foi os “Centros de Actividades Ocupacionais”, cujo número de respostas decresceu e cuja capacidade 60%

se manteve ao longo do período em análise. 2000 - 40% • Ambas as vertentes de intervenção emergem como respostas a níveis crescentes de procura, em particular a decorrente do reforço do 20% escalão etário da população com mais de 65 anos. Foi com o intuito de

fazer face a tais solicitações que os serviços de apoio domiciliário a 2010 Variação 0% idosos duplicaram a sua capacidade de resposta, em paralelo com um significativo reforço da intervenção a nível de lares residenciais, sendo -20% os primeiros, porventura, a tipologia de apoio que melhor se enquadra na forma de organização familiar da Região do Alto Minho. -40% Creche Centro de Lar Centro de Lar de idosos Apoio Gráfico 23: Capacidade de respostas no apoio a crianças/jovens e actividades residencial dia domiciliário idosos: diferenciais face ao referencial de Portugal Continental ocupacionais a idosos

60 Alto Minho - Número de respostas Alto Minho - Capacidade 40 Continente - Número de respostas Continente - Capacidade

20 Fonte: Equipa de projecto, com base em informação constante da Carta Social - Ministério do Trabalho e da Segurança Social, GEP - Gabinete de Estratégia e Planeamento (2010)

0 • Quando relativizadas pelos respectivos públicos-alvo, o -20 posicionamento evidenciado pela Região do Alto Minho no que concerne às capacidades de resposta social revela-se ligeiramente -40 desfavorável relativamente aos referenciais calculados para o Continente. Os concelhos de P. Coura, Pte. da Barca e V.N. Cerveira -60 são os que prefiguram situações mais robustas no que concerne às suas capacidades de resposta social. -80 • O apoio social a crianças e jovens e a idosos parece, contudo, ter

atingido um patamar de equilíbrio na Região do Alto Minho, sendo

Diferenciais face ao referencial do do referencialContinente (p.p.) ao faceDiferenciais

P.Coura

Valença Monção

Melgaço relativamente contidas as manifestações quanto à necessidade do

Pte.Lima

Caminha

V.Castelo

Pte.Barca A.Valdevez Alto Minho Alto seu eventual reforço no território. Para este facto contribuirá V.N.Cerveira certamente a coexistência de formas alternativas de inclusão e apoio Apoio a crianças e jovens Apoio a idosos social, em contextos de maior proximidade entre as populações e de Fonte: Equipa de projecto, com base em informação constante da Carta Social - Ministério núcleos familiares mais alargados. do Trabalho e da Segurança Social, GEP - Gabinete de Estratégia e Planeamento (2010)

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 60

8.Resposta social e dotação de equipamentos e infra-estruturas

Dotação e acessibilidade a equipamentos culturais e desportivos

• A riqueza patrimonial do Alto Minho, a par das iniciativas e dos Gráfico 25: Despesas em actividades culturais e de desporto na investimentos realizados no passado mais recente, têm proporcionado, Região do Alto Minho aos habitantes da Região, um acesso mais fácil e expedito a actividades culturais e desportivas, o que foi amplamente reconhecido pela 12 generalidade dos responsáveis municipais auscultados. V. Castelo P. Coura

• Os indicadores do domínio cultural que ilustram o posicionamento 10 Pte. Lima V.N. Cerveira relativo da Região do Alto Minho no contexto nacional e da Região Norte PT permitem concluir pela boa dotação do território a nível de Norte Caminha equipamentos culturais que, regra geral, se encontra em linha com ou 8 supera a representatividade populacional da Região. Minho-Lima A. Valdevez Monção • Numa perspectiva estritamente financeira, a aferição das despesas em 6 actividades culturais e desportivas dos Municípios da Região do Alto Minho destaca os concelhos de P. Coura e V.N. Cerveira, os quais conjugam os valores per capita dispendidos mais elevados com as mais altas proporções de despesas em cultura e desporto no total de 4 Melgaço despesas dos respectivos municípios. Pte. Barca • Neste domínio, destaque-se a notoriedade alcançada pela Bienal de 2 Cerveira e pelos Festivais de P. Coura e Vilar de Mouros, que têm Valença contribuído para a dinamização da economia regional e têm desporto (%do total)em cultura e Despesas proporcionado à Região uma projecção nacional e internacional 0 assinalável. 0 50 100 150 200

Despesas em actividades culturais e de desporto por habitante • Os desafios mais prementes que, na vertente cultural e desportiva, se (EUR) colocam na generalidade dos Municípios respeitam, não tanto à dotação, mas ao usufruto dos equipamentos disponíveis e à sua exploração de Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Norte 2010 forma sustentada, para o que a valorização da componente turística emergiria como um precioso contributo.

Quadro 18: Enquadramento nacional e regional da Região do Alto Minho na área da cultura

Recintos de Museus, jardins zoológicos Galerias de arte e Publicações Cinema Espectáculos ao vivo espectáculos e botânicos e aquários outros espaços periódicas Bens Indicadores Valor Taxa de Lotação das quais, imóveis de cultura Expectado Expectador médio dos ocupação Nº de média Nº de em suporte culturais Sessões res por es por bilhetes Número Visitantes Número Visitantes Total das salas recintos total das sessões papel e habitante habitante vendidos (%) salas electrónico (EUR) Portugal 670.315 1,6 12,7 367 463 30.088 1,0 18,4 360 13.839.829 881 9.077.521 1.852 489 3.845 Norte 184.997 1,3 13,7 88 426 7.495 0,7 9,0 103 3.833.342 255 3.066.623 411 89 1.203

Minho-Lima 5.733 0,6 13,6 3 318 756 0,8 12,4 7 125.205 19 255.432 31 6 181 Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Norte 2010

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 61 8.Resposta social e dotação de equipamentos e infra-estruturas

Questões ambientais e infra-estruturas básicas

• O serviço de abastecimento de água encontra-se garantido em todo • A quantidade de resíduos urbanos recolhidos selectivamente o Alto Minho, contudo esta região ainda não consegue atingir o nível aumentou expressivamente no período considerado (375%), de cobertura total, posicionando-se em cerca de 95%. Particular atingindo uma performance acima dos valores nacionais e da região enfoque para o concelho de Pte. da Barca que apresenta um nível de Norte, embora o patamar de cobertura se mantenha aquém do cobertura de apenas 74%; desejado;

• No Alto Minho, as águas balneares interiores e costeiras/transição • O nível de cobertura dos sistemas de drenagem de águas residuais encontram-se todas classificadas entre as categorias boa e no Alto Minho (55%) é ainda deficitário posicionando-se abaixo dos excelente. As águas superficiais encontram-se na sua maioria valores registados a nível nacional e para a região Norte. classificadas entre razoáveis e excelentes (19 num conjunto de 21 Os concelhos de P. Coura e A. Valdevez são os que apresentam superfícies consideradas), sendo que, uma em Pte. de Lima e outra valores mais penalizadores: 27% e 38%; em Monção, apresentam qualidade “muito má” e “má”,

respectivamente; • Os valores assumidos pela cobertura das ETAR’s é ainda mais problemático porquanto a cobertura para o Alto Minho situa-se em • O aumento da superfície de área ardida no Alto Minho, entre 2002 52%, havendo concelhos que apresentam valores nitidamente mais e 2010, aumentou 126%, cerca de duas vezes acima do valor da baixos: P. Coura (27%), A. Valdevez (31%) e Monção (33%); região Norte e cerca de quatro vezes acima do valor nacional. Para o Minho Lima estes valores foram acompanhados do aumento do número de incêndios (mais 171), o que parece evidenciar dificuldades na monitorização dos sistemas de vigilância e extinção;

Quadro 19: Nível de cobertura de infra-estruturas básicas

População servida por sistema População servida por sistemas População servida por estações Resíduos urbanos recolhidos selectivamente por público de abastecimento de de drenagem de águas residuais de tratamento de águas habitante (Kg/hab.) água (%) (%) residuais- ETAR’s (%) 2002 2009 2002 2009 2002 2009 2002 2009 Var (02/09) Portugal 91 - 72 - 57 - 21 67 219%

Norte 81 92 56 76 43 65 19 60 216% Minho Lima 85 95 40 55 37 52 16 76 375% A. Valdevez 64 91 16 38 16 31 16 82 413% Caminha 99 94 55 69 55 58 20 51 155% Melgaço 80 98 23 57 23 57 14 62 343% Monção 85 100 16 46 0 33 13 36 177% P. Coura 99 98 16 27 16 27 9 30 233% Pte. Barca 95 74 45 42 45 36 11 80 627% Pte. Lima 60 92 20 41 17 36 10 83 730% Valença 100 - 55 61 55 67 15 31 107% V. Castelo 94 98 61 70 56 69 22 100 355% V. N. Cerveira 100 - 40 - 40 60 17 43 153%

Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Norte 2010

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 62 9. Directrizes e orientações de carácter territorial e sectorial de instrumentosgestãoObjectivose dosterritorial directrizes Programa Nacional de Plano Regional de Ordenamento do Política de Ordenamento Território do Norte (PROT-Norte) do Território (PNPOT) sistemas urbanos Vale Vale do Lima até até até Valença doe Reforçar Reforçar o papel polinucleares do instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional, respeitando os princípios Lima/Ponte da rede rede de pólos de excelência em espaço rural específicas, valorizar as suas especificidades Vale Vale do Minho transatlânticas; afirmando a região como plataforma de internacionalização da Definir Definir as opções estratégicas de base territorial: concretizando as opções dos valorizando a posição geoestratégica da região, na articulação com o restante consolidar os economia, reforçando os factores de inovação, competitividade atracçãoe de de de Viana do naturais naturais e da qualificação ambiental, urbanística e paisagística do território; Minho, Minho, Trás gerais gerais de coesão, equidade, competitividade, sustentabilidade dos recursos territoriais territoriais e gerar complementaridades, competitividade e coesão regionais uma Grande Porto como unidades territoriais Castelo Castelo e relevantes relevantes para a operacionalização do Ponte Ponte de PROT Identificar os espaços sub Barca território território nacional, as regiões fronteiriças e as rotas transeuropeias e investimento estrangeiro; reforçando a cooperação transfronteiriça e com vista ao reforço conjunto da transnacional; desenvolvendo uma política integrada para o litoral; , considerando as sub

salvaguardando e valorizando os recursos patrimoniais - os - Montes e Alto Douro doe controlo e contenção urbanística, que vierem a ser definidos para esta Região. Os PDM dos 10 concelhos da Região encontram Explorar Explorar o novo indústria naval, (comercial e de acessibilidades valorizar valorizar a sua componentes marítima nas de de Viana do aquicultura quadro de dimensão Castelo Castelo e portuária recreio), recreio), pesca pesca e - - regionais regiões do no que respeita à aplicação de princípios, critérios de gestão e adequação na implementação de acções de

Deverão Deverão ser compatibilizados com o orientações, quer no que respeita à classificação e à qualificação dos usos do solo, quer

de montanha e a estabilização das consolidação e a destaque para o sua sua valorização usos nas áreas turística, turística, com actividades e ambiental e Promover a diferentes diferentes no processo de revisão destes instrumentos de gestão territorial habitacionais ou actividades não difusa para fins 9 fenómenos de urbanização e Contrariar Contrariar os instalação de PNPG . . Directrizes e orientações de carácter territorial e sectorial edificação rurais

qualidade de vida as situações mais ambientais, com e e de diminuição potencialidades prioridade para de de valorização turística turística dos das áreas classificadas de e Superar os outras outras áreas ou corredores graves em termos termos de florestal do território, bem territórios valorização da paisagem, Promover um adequado ordenamento agrícola e défices défices

como a salvaguarda e ecológicos relevantes PROT das - Norte

localização empresarial; organizando uma rede de pólos de excelência em urbano e reforçar o policentrismo, com a qualificação funcional do Porto e urbanos no interior; reforçando a rede regional de instituições de ensino coerência das intervenções; reordenando e qualificando os espaços de sistema de protecção e valorização ambiental; estruturando o sistema , por forma a reflectirem as suas propostas e Definir Definir o modelo de organização do território regional: consolidando o acessibilidades, reforçando o papel dos pontos nodais e garantindo a estruturantes estruturantes na conurbação do litoral e o reforço dos pólos e eixos superior, I&D e centros tecnológicos; organizando o sistema de da sua área metropolitana, o desenvolvimento de polarizações explorações de produtos agro viabilidade das competitivos e produção a e Preservar Preservar as naturais naturais de florestal do sistema agro montanha condições pecuários

- silvo

de de - Plano de Desenvolvimento Plano Desenvolvimento de Minho doAlto

uso dos espaços condicionando o arquitectónico e - inventariados e arqueológico, envolventes património valorizar valorizar o Proteger Proteger e das suas para os centros Vigo privilegiada no novas funções capacidade de espaço espaço rural em em particular de de reforço da atracção de urbanos de eixo eixo localização Explorar a fronteira –

Corunha Porto

-

, desenvolvimento dos sectores modelo territorial, bem como Identificar e hierarquizar os dos investimentos públicos projectos projectos estruturantes do racionalização coerência e os que contribuam para o

orientações para a a valorizar; definir rede rede de aglomeração transfronteiriça, com do Norte litoral e da insiram nos território; criar uma tradução tradução no modelo tecnológicos que se -

Assumir o carácter de de organização do

Desafio 2020 | | 2020 Desafio empresariais e estratégico da - cooperação de de parques se em Galiza

fases fases clusters

AM&A

|

64

9. Directrizes e orientações de carácter territorial e sectorial

Orientações de documentos estratégicos de âmbito nacional e regional/sectorial

Estratégia Nacional para o Mar Estratégia Nacional Plano Estratégico Nacional Plano Estratégico Nacional

de Desenvolvimento do Turismo de Desenvolvimento Rural Criar os mecanismos indispensáveis e Sustentável proporcionar aos vários agentes as condições Aumentar a competitividade dos sectores Potenciar as valências de todo necessárias para o aproveitamento agrícola e florestal; promover a Preparar Portugal para a “sociedade o país, desenvolvendo novos sustentável do Mar, em benefício das sustentabilidade dos espaços rurais e dos do conhecimento”; crescimento pólos de atracção turística e os populações; valorizar definitivamente a recursos naturais; revitalizar económica e sustentado, competitividade à escala produtos estratégicos; afirmar importância do mar como elemento socialmente as zonas rurais global e eficiência energética; melhor a Marca Portugal Turismo e diferenciador, projectando-o no futuro como ambiente e valorização do consolidar e desenvolver um importante motor de desenvolvimento património; mais equidade, igualdade mercados alvo; qualificar serviços e destinos; assegurar

de oportunidades e coesão social; um papel activo de Portugal na o ajustamento das empresas Bases para a Estratégia de Gestão Integrada da Zona Costeira Nacional construção europeia e na nacionais aos novos modelos Reforço e promoção da articulação institucional; conservação de recursos e do património cooperação; uma administração de negócio; gerar natural e paisagístico; qualificação da zona costeira e desenvolvimento sustentável de pública mais eficiente e modernizada conhecimento para decisão actividades e usos específicos; minimização de situações de risco e de impactos ambientais, sociais e económicos; concepção de políticas integradas

Nacional Estratégia Nacional para as Florestas Plano Estratégico Nacional para a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Minimizar riscos associados a Orientações Estratégicas Pesca 2007-2013 Biodiversidade incêndios e agentes bióticos; para o Sector Marítimo Portuário promover uma nova Promover a competitividade do sector, com especialização do território, Reforçar a centralidade euro-atlântica de adequação aos recursos disponíveis; Conservar a natureza e a diversidade aproveitando as suas vocações Portugal; aumentar fortemente a reforçar, inovar e diversificar a indústria biológica; promover a utilização naturais; melhoria da competitividade do sistema portuário aquícola; incentivar a certificação do sustentável dos recursos biológicos e produtividade através da nacional e do transporte marítimo; produto; diversificar a indústria contribuir para a prossecução dos gestão florestal sustentável; disponibilizar ao sector produtivo transformadora, promover a extensão a objectivos visados pelos processos de redução de riscos de mercado e nacional cadeias de transporte novos mercados; assegurar o cooperação internacional na área da aumento do valor dos competitivas e sustentáveis desenvolvimento sustentável das zonas conservação da natureza produtos; melhoria da dependentes da pesca

eficiência e competitividade

Programa Territorial de Planos Plano de Ordenamento Polis Litoral Desenvolvimento do de Ordenamento da Orla Costeira - Litoral Norte - Minho-Lima da Áreas Protegidas Caminha-Espinho

Norte 2020 – Plano de Ordenamento Plano Estratégico do Sítio Plano Sectorial Programa Regional da Bacia Hidrográfica da Rede Natura da Rede Natura 2000

de Reformas do Rio Lima do Litoral Norte Sectorial/Regional

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 | AM&A | 65 AM&A Lisboa AM&A Porto Rua Laura Alves, 12 - 3º Andar Rua Júnior, 41-A, 2.º 1050-138 Lisboa 4250-186 PORTO T. +351 21 351 14 00 T. +351 22 508 98 55 F. +351 21 354 43 12 F. +351 22 508 98 57

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