CIES e-Working Paper N.º 226/2019 Modelos de Autoridade Marítima no mundo: Reino Unido e Estados Unidos da América Jorge Silva Paulo CIES e-Working Papers (ISSN XXXX) Av. das Forças Armadas, Edifício ISCTE, 1649-026 LISBOA, PORTUGAL,
[email protected] 1 Jorge Silva Paulo é doutorando em Políticas Públicas no ISCTE-IUL e é capitão-de- mar-e-guerra na reforma. Começou a sua carreira militar como profissional de engenharia de máquinas, tendo passado para a arquitetura naval após um mestrado nesse âmbito na University College, London; depois de um MBA na Heriot-Watt University lecionou economia na Escola Naval, e acabou a sua carreira a chefiar o combate à poluição do mar da Autoridade Marítima. Tem estudado a gestão pública, sobretudo no âmbito da defesa, e desde 2007 que se dedicou à Autoridade Marítima e à Polícia Marítima em especial. Tem alguns livros e vários papers publicados, alguns em revistas com peer review, destacando a Revista de Direito e Segurança e a Nação e Defesa. RESUMO Este artigo descreve sucintamente o modelo de exercício da autoridade do Estado no mar no Reino Unido e nos EUA. Estes modelos representam a abordagem anglo- saxónica, e definem uma referência essencial para comparar políticas públicas de Autoridade Marítima. A influência do modelo inglês sobre o americano foi importante na Independência, mas depois cada Estado seguiu o seu percurso próprio. No presente, ambos têm uma guarda costeira, mas a americana exerce mais funções do que a britânica. O modelo americano foi rejeitado pelos britânicos nos anos 1970s, mas estão a convergir nos últimos vinte anos.