O Risco Do Colapso

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O Risco Do Colapso REPORTAGEM Alexander Landau Alexander O risco do colapso Governadores de diferentes regiões do país alertam para a necessidade de renegociação da dívida dos estados, sob a eminência de colapso no funcionamento e investimento das unidades federativas. POR JADER MORAES Cinco governadores, de diferentes estados, que semanas desfavoráveis aos estados com o passar dos anos, antes estavam em lados opostos na definição dos rumos da especialmente no recente período de crescimento política nacional, estiveram unidos durante a 28ª edição do econômico. Fórum Nacional e entoaram o mesmo coro: sem resolução Villela destacou que a Lei de Responsabilidade para a crise fiscal dos estados, o país viverá um colapso dos Fiscal foi um instrumento correto e importante, serviços públicos nos próximos meses. Renan Calheiros Fi- ao criar metas fiscais quantitativas para os esta- lho, de Alagoas; Raimundo Colombo, de Santa Catarina; José dos, mas precisa de aperfeiçoamento para dar Ivo Sartori, de Porto Alegre; Fernando Pimentel, de Minas maior flexibilidade aos gestores durante momen- Gerais; e Francisco Dornelles, do Rio de Janeiro, fizeram o tos de crise aguda como a atual. alerta e pediram à União mais diálogo sobre a dívida dos es- “É muito difícil manter os limites de gastos es- tados, considerada impagável por alguns deles. tabelecidos na lei em momentos como esse, em Para o secretário de Fazenda do estado de São Paulo, Re- que a arrecadação cai e as contas naturalmente se nato Villela, que compareceu ao evento representando o go- deterioram. A lei é boa e importante, mas faltou vernador Geraldo Alckmin e fez um breve balanço da situa- os legisladores definirem saídas para que os ges- ção da situação dos estados, a renegociação da dívida desses tores não caiam numa armadilha nestas horas”, entes federativos com a União trouxe benefícios imediatos, defendeu. na década de 1990, mas as condições negociadas se tornaram As palavras do secretário paulista encontraram 34 MAIO | JUNHO 2016 eco e a crítica à falta de flexibilidade aos estados foi a tônica dos gover- “O que está acontecendo nadores que falaram em seguida. Renan Calheiros Filho lembrou que a no país é um desmonte do situação nos estados é distinta da União, que possui mais alternativas em momentos como esse. Ele também destacou que a negociação da serviço público. Vivemos dívida, na década de 1990, se mostrou positiva nos termos em que foi em um mundo de faz de negociada, mas a situação da economia brasileira, e especificamente da conta sem autonomia para taxa de juros Selic, se inverteu, em especial após o país alcançar o grau enfrentar a dívida e a crise” de investimento, em meados dos anos 2000. Renan Calheiros Filho, governador de “Obrigar os estados a fazer superávit sem condições para tal significa Alagoas não prover serviços públicos. Temos que ser claros: o que está aconte- cendo no país é um desmonte do serviço público. Vivemos em um mun- do de faz de conta sem autonomia para enfrentar a dívida e a crise”, alertou Renan Filho. emergência e vai nos dar possibilidade de ação. São três os pontos que, na opinião do governador, precisam ser en- Não adianta o mercado brigar quando buscamos frentados com urgência para aliviar a situação financeira dos estados: renegociar nossa dívida, pois da forma como está a negociação sobre a dívida com a União; a reforma da Previdência; e a não conseguimos prestar serviços eficientes para construção de um Plano de Recuperação Fiscal, “para que a União co- os contribuintes. Se não houver acordo, teremos bre contrapartidas, mas nos auxilie a sair da crise”. um colapso iminente e absoluto da máquina pú- blica”, afirmou o governador mineiro. REFORMAS O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, defendeu que é PROPOSTA preciso tomar medidas, mesmo impopulares, para corrigir o desequi- No fim de abril, o Supremo Tribunal Federal líbrio atual. Ele acredita que a Constituição de 1988 trouxe um proble- resolveu conceder 60 dias para que estados e ma ao aumentar a responsabilidade, e consequentemente os gastos, do governo federal cheguem a um acordo sobre a Estado em diferentes áreas. Para desfazer o nó em que se encontram as dívida, tentando evitar que o impasse seja re- administrações públicas nesse momento, ele argumenta que é preciso solvido pela Justiça. O governador em exercício votar um pacote de reformas, como na Previdência e também nos direi- do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, sugeriu tos do funcionalismo público. “Temos que votar já, antes que os deputa- uma extensão desse prazo e propôs uma carên- dos voltem para casa, no recesso parlamentar, e possam ser pressiona- cia de 12 meses para que os dois entes federati- dos pelos movimentos das ruas. A opinião pública hoje compreende os vos façam a discussão e cheguem a um acordo. benefícios do equilíbrio fiscal”, acredita. Caso a situação não melhore, No curto prazo, essa medida aliviaria a situação Colombo também acredita que o país possa viver um colapso dos servi- dos estados, que poderiam voltar a investir em ços públicos. serviços públicos como saúde e educação, que Já José Sartori, do Rio Grande do Sul, chamou a atenção para o as- hoje têm seus gastos contingenciados em gran- pecto maior da crise, que não é apenas econômica, mas também política de parte dos estados. e social. Ele clamou por uma solução, que passe pela descentralização “Existem dois problemas centrais: os juros da dos recursos para a União, e argumentou que enfraquecer os estados dívida e a Previdência. Se não os atacarmos, não significa, na prática, desatender as pessoas. “Precisamos de uma dis- teremos solução para a questão fiscal dos esta- tribuição mais racional e eficiente do bolo tributário”, reivindicou. “A dos”, argumentou. difícil situação dos estados não pode ser entendida apenas pelo aspecto O economista João Paulo dos Reis Velloso, financeiro. Estamos em meio a um processo que gera desintegração so- coordenador do Fórum Nacional, avaliou que o cial”, completou. painel com os governadores supriu uma lacu- Outro que utilizou a expressão “colapso” para definir os riscos da na existente nas discussões econômicas atuais. situação atual foi o chefe do executivo de Minas Gerais, Fernando Pi- “Geralmente falamos dos problemas do Brasil, mentel. Ele criticou as análises destacadas na mídia e no mercado fi- em geral se referindo à União. Acontece que nanceiro de que os governadores buscam substituir a cobrança de juros ninguém vive no Brasil; vivemos em estados e compostos por juros simples na negociação da dívida com o governo municípios. Isso tem que ser ponderado antes federal. Segundo Pimentel, são análises simplistas e falsas, pois o cál- de fazermos elucubrações sobre o Brasil, sem culo proposto é mais complexo e não se trata de simples substituição que pensemos de modo mais profundo nos pro- de juros. blemas dos espaços onde realmente vivemos”, “Essa negociação não resolve tudo, mas estamos em situação de finalizou. RUMOS 35 “VÁLVULAS DE ESCAPE JÁ ESTÃO PREVISTAS” Entrevista com José Roberto Afonso, pesquisador do Ibre/FGV e professor do mestrado do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). RUMOS – Quando da elaboração da Lei de Responsabilidade prevê excepcionalidades quando o país está Fiscal (LRF) buscava-se coibir os gastos excessivos dos estados em recessão, como duplicar prazos para se e aprimorar a destinação dos recursos. Entretanto, diante do ce- enquadrar em caso de desajuste dos limites nário atual, percebemos que não houve um aprendizado nesse de dívida e de pessoal. E a qualquer momen- sentido. O que faltou? to podem mudar e relaxar as metas fiscais de JOSÉ ROBERTO AFONSO – Primeiro, o objeto da LRF é a sua Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), federação como um todo; ela tratou igualmente as três esferas como está fazendo agora a União. de governo e cada uma das unidades de governo. É um equívoco RUMOS – Quais mudanças poderiam ser achar que a lei era só para estados. Segundo, o objetivo nunca executadas, sem alterar o espírito da lei, para foi coibir gastos, mas sim buscar um equilíbrio no longo prazo permitir maior folga aos entes federativos das contas públicas. Terceiro, o cenário atual revela, sem dúvi- nestes momentos? da, deficiências na aplicação da LRF, mas é condicionado por um fator não institucional que é a AFONSO – Como já disse, a LRF já prevê maior recessão da história da várias válvulas de escape e me parecem sufi- República e que, obviamente, cientes. O que se precisa é de outra coisa: evi- afeta as finanças públicas. tar que durante a fase de bonança econômica não se acelerem os gastos além da receita RUMOS – Para a lei funcio- nem se endivide sem ter capacidade de pa- nar em sua plenitude seria gamento futuro. Os desacertos (e os maiores preciso capacitar os gestores erros) se dão na fase expansiva do ciclo e não públicos nos quatro funda- na recessiva. A LRF pode e deve ser aperfei- mentos da LRF: planejamen- çoada, mas não é para relaxar e sim para ter to, transparência, controle e mais austeridade. responsabilização. Como fa- zer isso com a mudança dos RUMOS – Os estados também reclamam da governantes de quatro em concentração de recursos tributários para Noel Joaquim Faiad quatro anos? a União, em desequilíbrio com o aumento AFONSO – A capacitação constante da responsabilidade dos estados depende da gestão e não da lei. Eu acho que se avançou muito desde a Constituição de 1988. Este ponto re- nos últimos anos, numa construção de cultura de melhor gestão, mete diretamente ao nosso pacto federativo. mas ainda são precisos novos esforços. Os bancos de desenvolvi- Ele pode ser revisto? Como? mento poderiam ser mais agressivos em financiar investimen- AFONSO – Sim. Eles têm razão, sobretudo tos na modernização de gestão, inclusive usando linhas do BN- porque os governos estaduais ficaram para trás DES e do BID, excepcionalizadas do controle.
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