UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS

NATHALIA DINIZ ARAÚJO

MORFOANATOMIA FOLIAR DE SUBG. UROSTIGMA (GASP.) MIQ. () DE OCORRÊNCIA NA PARAÍBA E REVISÃO ETNOMEDICINAL DE FICUS L. PARA O BRASIL

João Pessoa-PB 2012 NATHALIA DINIZ ARAÚJO

MORFOANATOMIA FOLIAR DE FICUS SUBG. UROSTIGMA (GASP.) MIQ. (MORACEAE) DE OCORRÊNCIA NA PARAÍBA E REVISÃO ETNOMEDICINAL DE FICUS L. PARA O BRASIL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos da Universidade Federal da Paraíba, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, na área de concentração farmacologia.

Orientadora: Profª. Dra. Maria de Fátima Agra

João Pessoa/PB 2012

NATHALIA DINIZ ARAÚJO

MORFOANATOMIA FOLIAR DE FICUS SUBG. UROSTIGMA (GASP.) MIQ. (MORACEAE) DE OCORRÊNCIA NA PARAÍBA E REVISÃO ETNOMEDICINAL DE FICUS L. PARA O BRASIL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos da Universidade Federal da Paraíba, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, na área de concentração farmacologia.

Aprovada em 27/02/2012

BANCA EXAMINADORA

______Profª. Dra. Maria de Fátima Agra – Orientadora Universidade Federal da Paraíba

______Profª. Dra. Gladys Flávia de Albuquerque Melo de Pinna – Membro Universidade de São Paulo

______Profª. Dra. Tania Maria Sarmento da Silva – Membro Universidade Federal Rural de Pernambuco

______Profª. Dra. Maria Regina de Vasconcellos Barbosa – Suplente Universidade Federal da Paraíba

À Deus, acima de tudo

Agradeço

Ao meu marido Estevão, pelo amor, apoio e paciência

Dedico AGRADECIMENTOS

À Deus, pelo dom da vida e fidelidade, e por me dar forças para superar os momentos difíceis e vencer todos os obstáculos.

Aos meus pais Ivandro (in memoriam) e Goretti, que tanto me orgulho de ser filha, por toda compreensão e apoio e por terem sido meus primeiros educadores.

Aos meus irmãos Marina e Gusthavo, pela amizade e total apoio nesta caminhada.

Ao meu marido Estevão, pela compreensão, paciência e incentivo durante toda essa jornada.

Aos demais familiares, pelo apoio e incentivo.

À Profa. Dra. Maria de Fátima Agra, pela confiança depositada em mim, dedicação e rica transmissão de ensinamentos.

Aos amigos e companheiros do Labotarório de Farmacobotânica Kiriaki, Ionaldo, Niara, Sarah, Valéria, Rafael, Fernanda e Tarliane pela amizade, dedicação e ajuda neste trabalho, em especial à Niara e Ionaldo pelo companheirismo e valiosas sugestões e pela ajuda, sem medir esforços em todos os momentos que precisei.

A todos os colegas da turma de Mestrado 2010, pela convivência harmoniosa e amizade.

A todos os professores do Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, pelos ensinamentos e por contribuírem para a minha formação.

À Profª. Dra. Marília Contin Ventrella e aos colegas do Laboratório de Anatomia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa, Víctor, Pedro Paulo, Maria, Carol e Mateus pela colaboração e ajuda neste trabalho.

À Universidade Federal da Paraíba, pelo apoio institucional.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo apoio financeiro.

E por fim a todos aqueles que um dia acreditaram e torceram por mim.

Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento... Todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação.

Hc. 3: 17a-18

Morfoanatomia foliar de Ficus subg. Urostigma (Gasp.) Miq. (Moraceae) de ocorrência na Paraíba e revisão etnomedicinal de Ficus L. para o Brasil Araújo N.D. (2011) Dissertação de Mestrado, PgPNSB/UFPB ([email protected])

RESUMO

Ficus L., com cerca de 750 espécies, é o mais rico da família Moraceae, com ampla distribuição nas regiões tropicais do mundo. O gênero caracteriza-se por possuir plantas lactescentes, hábito arbóreo, arbustivo e lianas, muitas vezes hemiepífitas crescendo em ramos de árvores ou nas axilas das folhas de palmeiras. No Brasil, ocorrem cerca de 100 espécies de Ficus, popularmente conhecidas como “figueiras” e/ou “gameleiras”, muitas das quais aproveitadas como fontes de produtos têxteis, alimentícios e de uso na medicina popular. Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo da morfoanatomia foliar de três espécies de Ficus sugb. Urostigma (Gasp.) Miq. encontradas na Paraíba: Ficus cyclophylla (Miq.) Miq., Ficus elliotiana S. Moore e Ficus caatingae R.M. Castro, e uma revisão da etnomedicina das espécies brasileiras do gênero. Secções transversais de folhas (lâmina e pecíolo) foram realizadas em micrótomo, em material incluído em metacrilato, posteriormente coradas com azul de toluidina. O estudo da venação, das células epidérmicas, testes histoquímicos e MEV foram realizados seguindo os métodos usuais para cada análise. Foi realizada uma revisão da etnomedicina de Ficus, mediante uma pesquisa na bibliografia e em vários bancos de dados. As três espécies estudadas compartilham os seguintes caracteres: mesofilo dorsiventral, feixes vasculares colaterais, presença de inclusões citoplasmáticas do tipo drusas e cristais prismáticos (distribuídas em todos os tecidos da folha), colênquima do tipo angular, epiderme com paredes anticlinais poligonais retas, anfígena, hipoestomática e estômatos anomocíticos. Possuem caracteres diferencias que as distinguem de suas espécies afins, principalmente com relação à organização estrutural do mesofilo, bordo, contorno e vascularização do pecíolo. Com relação à revisão etnomedicinal, foram registradas 27 espécies (23,3%) utilizadas como medicinais no Brasil. Dentre as indicações terapêuticas mais comuns, destacaram-se aquelas referidas para o sistema digestório e contra verminoses intestinais (29%). As partes da planta mais utilizadas foram folhas (63%), seguidas do uso do látex (51,8%). O uso oral foi a principal via de administração (72,7%). A anatomia foliar foi mais relevante que a morfologia externa e pode ser usada para a caracterização das três espécies e para subsidiar o controle de qualidade de suas drogas vegetais, uma vez que forneceu caracteres distintivos para as mesmas. Além disso, o levantamento etnomedicinal forneceu o registro de plantas com usos populares que podem servir de base para a eleição de espécies que poderão ser empregadas como fonte de compostos biologicamente ativos.

Palavras-chaves: Etnomedicina. Figueira. Gameleira. Morfoanatomia de Ficus. Plantas medicinais. Morfoanatomia foliar de Ficus subg. Urostigma (Gasp.) Miq. (Moraceae) de ocorrência na Paraíba e revisão etnomedicinal de Ficus L. para o Brasil Araújo N.D. (2011) Dissertação de Mestrado, PgPNSB/UFPB ([email protected])

ABSTRACT

Ficus L., with about 750 species, is the richest of the family Moraceae, widely distributed in tropical regions of the world. The genus is characterized by lactescentes , woody, shrubs and lianas, often hemiepiphytes growing on tree branches or in the leaf axils of palms. In , there are about 100 species of Ficus, popularly known as "figueiras" and/or "gameleiras", many of which are exploited as sources of textiles, food and used in folk medicine. This study aimed to conduct an analysis of leaf morpho-anatomy of three species of Ficus sugb. Urostigma (Gasp.) Miq. Found in Paraíba: Ficus cyclophylla (Miq.) Miq., Ficus elliotiana S. Moore and Ficus caatingae R. M. Castro, and a review of the ethnomedicine of the species of the genus. Cross sections of leaves (blade and petiole) were performed in microtome in material embedded in methacrylate, stained with toluidine blue. The study of venation, epidermal cells, histochemical analysis and SEM were carried out using standard methods for each analysis. A review of the ethnomedicine of Ficus was performed, through literature search and various databases. The three species share the following characters: dorsiventral mesophyll, collateral vascularization, the presence of cytoplasmic inclusions of druses and prismatic crystals type (distributed in all tissues of the leaf), angular collenchyma, epidermis with straight polygonal anticlinal walls, hypostomatic and anomocytic stomata. They have characters that distinguish them from their related species, particularly with respect to the structural organization of the mesophyll, board, border and vascularization of the petiole. With respect to etnomedicinal revision, 27 species were reported (23.3%) used in traditional medicine in Brazil. Among the most common therapeutic indications, the most important were those reported for the digestive system and against intestinal worms (29%). The parts are used more sheets (63%), followed by the use of latex (51.8%). The oral use was the main route of administration (72.7%). Leaf anatomy was more relevant than the external morphology and can be used for the characterization of the three species and to support quality control of his herbal drugs, as it provided for the same distinctive characters. In addition, the survey provided the record etnomedicinal plants with popular uses that can serve as a basis for the election of species that can be employed as a source of biologically active compounds.

Keywords: Ethnomedicine. Figueira. Gameleira. Morpho-anatomy of Fiicus. Medicinal plants.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): A. Morfologia geral dos ramos e folhas; B. Detalhe da folha obovada. C-D. Ficus elliotiana (ND Araújo 03): C. Morfologia geral dos ramos e folhas; D. Detalhe da folha ovada-cordada. E-F. Ficus caatingae (ND Araújo 02): E. Morfologia geral dos ramos e folhas; F. Detalhe da folha obovada-oblonga...... 21 Figura 2 Epiderme da lâmina foliar em vista frontal. A-B. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): A. Face adaxial, evidenciando células com paredes anticlinais retas; B. Face abaxial, paredes anticlinais retas e estômatos anomocíticos. C-D. Ficus elliotiana (ND Araújo 03): C. Face adaxial, evidenciando células com paredes anticlinais retas; D. Face abaxial, paredes anticlinais retas e estômatos anomocíticos. E-F. Ficus caatingae (ND Araújo 02): E. Face adaxial, evidenciando células com paredes anticlinais retas; F. Face abaxial, paredes anticlinais retas e estômatos anomocíticos. Legenda: (es) estômato, (seta branca) células em roseta ao redor do litocisto. (Barra = 50 µm)...... 22 Figura 3 Micrografia eletrônica de varredura da epiderme da lâmina foliar. A-B. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): A. Face abaxial, detalhe de cera em forma de placas; B. Face abaxial, tricoma glandular claviforme e projeção da cutícula sobre os estômatos. C- D. Ficus elliotiana (ND Araújo 03): C. Face adaxial, detalhe de cera em forma de placas; D. Face abaxial, detalhe de tricoma glandular claviforme e estômatos. E-F. Ficus caatingae (ND Araújo 02): E. Face adaxial, detalhe de cera em forma de placas; F. Face abaxial, detalhe de tricoma glandular capitado e estômatos. Legenda: (es) estômato, (tr) tricoma, (seta branca) cera epicuticular...... 24 Figura 4 Padrão de nervação do tipo camptódromo-broquidódromo. A-B. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05). C-D. Ficus elliotiana (ND Araújo 03). E-F. Ficus caatingae (ND Araújo 02). (Barra = 300 µm)...... 25 Figura 5 Secções transversais da lâmina foliar. A-B. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): A. Aspecto geral do limbo na região intervenal; B. Região do bordo. C-D: Ficus elliotiana (ND Araújo 03): C. Aspecto geral do limbo na região intervenal; D. Região do bordo. E- F. Ficus caatingae (ND Araújo 02): E. Aspecto geral do limbo na região intervenal; F. Região do bordo. Legenda: (cp) cristal prismático, (ct) cistólito, (ep) epiderme, (es) estômato, (fv) feixe vascular, (pl) parênquima lacunoso, (pp) parênquima paliçádico. (Barra: A-F = 100 µm)...... 27 Figura 6 Secções transversais de folha evidenciando a nervura principal. A-B. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): A. Aspecto geral da nervura no terço médio; B. Detalhe do colênquima angular. C-D. Ficus elliotiana (ND Araújo 03): C. Aspecto geral da nervura no terço

médio; D. Detalhes do sistema vascular, dos feixes formados por floema e dos laticíferos. E-F. Ficus caatingae (ND Araújo 02): E. Aspecto geral da nervura no terço médio; F. Detalhe da região medular, evidenciando os feixes formados por floema e idioblastos fenólicos. Legenda: (co) colênquima, (fl) floema, (if) idioblasto fenólico, (lt) laticífero, (pf) parênquima fundamental, (rc) região cambial, (xl) xilema. (Barra: A, C-F = 100 µm; B = 50 µm)...... 28 Figura 7 Desenhos esquemáticos de secções transversais do pecíolo, regiões proximal, mediana e distal (de cima para baixo). A. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05). B. Ficus elliotiana (ND Araújo 03). C. Ficus caatingae (ND Araújo 02). (Barra = 100 µm)...... 30 Figura 8 Secções transversais do pecíolo. A-C. Ficus caatingae (ND Araújo 02): A. Detalhe do colênquima angular, evidenciando a presença de cristais prismáticos; B. Região do córtex, evidenciando as trabéculas; C. Região do feixe, evidenciando ilhotas de fibras circundando o floema. D-E. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): D. Região do feixe, evidenciando ilhotas de fibras circundando o floema; E. Detalhe do sistema vascular, evidenciando a presença de drusas e cristais prismáticos. F. Ficus elliotiana (ND Araújo 03), detalhe da região medular, evidenciando os feixes formados por floema e idioblastos fenólicos. Legenda: (co) colênquima, (cp) cristal prismático, (dr) drusa, (fb) fibra, (fl) floema, (if) idioblasto fenólico, (lt) laticífero, (rc) região cambial, (tb) trabécula, (xl) xilema. (Barra = 50 µm)...... 31 Figura 9 Secções transversais e longitudinais de folhas de Ficus cyclophylla (ND Araújo 05) (A, D, G, J, M, P, S), Ficus elliotiana (ND Araújo 03) (B, E, H, K, N, Q, T) e Ficus caatingae (ND Araújo 02) (C, F, I, L, O, R, U), submetidas a diferentes corantes e reagentes. A-C. Branco. D-F. Laticíferos corados em vermelho com sudan escarlate, indicando reação positiva para lipídios. G-I. Laticíferos corados de violeta pelo reagente de Nadi, indicando a presença de uma mistura de óleos essenciais e oleorresinas. J-L. Laticíferos e idioblastos corados de negro pelo cloreto de ferro III, indicando presença de compostos fenólicos. M-O. Laticíferos e idioblastos corados de vermelho pela vanilina clorídrica, indicando a presença de taninos. P-R. Laticíferos e idioblastos corados de castanho avermelhado pelo reagente de Dittmar, indicando reação positiva para alcalóides. S-U. Laticíferos e idioblastos corados de vermelho pelo oil red, revelando partículas de borracha. (Barra: A, D, E, G, P = 30 µm; B, C, F, H- M, O, Q-U = 50 µm; N = 200 µm)...... 34

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Dados dos testes histoquímicos em laticíferos e idioblastos de folhas de Ficus cyclophylla, Ficus elliotiana e Ficus caatingae...... 32 Quadro 2 Frequência das partes das plantas usadas para a preparação de remédios...... 35 Quadro 3 Informações etnomedicinais de espécies de Ficus L. ocorrentes no Brasil, com dados de parte usada, indicação e forma de uso...... 36

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...... 12 2 MATERIAL E MÉTODOS...... 16 2.2 Estudo Morfoanatômico...... 16 2.2.1 Expedições botânicas...... 16 2.2.2 Caracterização morfológica...... 16 2.2.3 Caracterização anatômica...... 16 2.2.4 Caracterização histoquímica...... 17 2.2.5 Microscopia eletrônica de varredura (MEV)...... 17 2.1 Revisão Etnomedicinal...... 18 3 RESULTADOS...... 19 3.1 Morfoanatomia foliar de Ficus subg. Urostigma (Gasp.) Miq. (Moraceae) de ocorrência na Paraíba...... 19 3.1.1 Morfodiagnoses macroscópicas...... 19 3.1.1.1 Ficus cyclophylla Miq., Flora Brasiliensis 4(1): 9. 1853...... 19 3.1.1.2 Ficus elliotiana S. Moore, Trans. Linn. Soc. London 2(4): 471. 1895...... 19 3.1.1.3 Ficus caatingae R. M. Castro, Neodiversity 1: 16-18. 2006...... 20 3.1.2 Morfodiagnoses microscópicas...... 20 3.1.2.1 Epiderme...... 20 3.1.2.2 Nervação...... 23 3.1.2.3 Mesofilo...... 23 3.1.2.4 Bordo...... 26 3.1.2.5 Nervura principal...... 26 3.1.2.6 Pecíolo...... 29 3.1.2.7 Laticíferos e idioblastos...... 32 3.2 Revisão etnomedicinal de Ficus L. para o Brasil...... 35 4 DISCUSSÃO...... 52 4.1 Morfoanatomia foliar de Ficus subg. Urostigma (Gasp.) Miq. (Moraceae) de ocorrência na Paraíba...... 52 4.2 Revisão etnomedicinal de Ficus L. para o Brasil...... 55 5 CONCLUSÕES...... 57 REFERÊNCIAS...... 58 12

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho faz parte de um projeto (Edital PNADB N°17/2009, CAPES) multidisciplinar e interinstitucional que integra vários Programas de Pós-Graduação do País (Programa de Pós-Graduação em Botânica e em Bioquímica Agrícola da Universidade Federal de Viçosa (UFV); Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo (IBT); e Agronomia/ Horticultura da Universidade Estadual Paulista (UNESP), intitulado “Estudos etnobotânicos, taxonômicos, anatômicos, fitoquímicos, farmacológicos e agronômicos de figueiras brasileiras (Ficus subgen. Pharmacosycea (Miq.) Miq.)”. Durante as duas últimas décadas o interesse pelos sistemas de medicinas tradicionais intensificou-se como um assunto de importância mundial, especialmente no que diz respeito ao uso das plantas medicinais. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (WHO, 1999), as estimativas atuais sugerem que em muitos países desenvolvidos há uma grande proporção da população que faz uso de práticas tradicionais de saúde, como a utilização de plantas medicinais. Embora o acesso à moderna medicina seja disponível nesses países, o uso de ervas medicinais tem mantido sua popularidade por razões históricas e culturais. Por outro lado, nos países em desenvolvimento, 65-80% da população depende exclusivamente das plantas medicinais nos cuidados básicos de saúde. De maneira geral, são poucas as espécies que têm sido cientificamente avaliadas por sua aplicação medicinal, em relação à grande diversidade vegetal. Dados relativos à segurança e eficácia são disponíveis para um pequeno número de plantas, algumas incluídas em duas monografias organizadas pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 1999; 2004). Segundo a ONG Conservation International, dos 17 países mais ricos em biodiversidade do mundo (entre os quais figuram EUA, China, Índia, África do Sul, Indonésia, Malásia e Colômbia), o Brasil está em primeiro lugar disparado, pois detém 23% do total de espécies do planeta. Entretanto, apenas 5% da flora mundial foi estudada e apenas 1% é utilizada como matéria prima. A biodiversidade brasileira, portanto, apresenta um patrimônio químico inexplorado de remédios, alimentos, fertilizantes, pesticidas, cosméticos e óleos, além de moléculas, enzimas e genes em número quase infinito. De acordo com Cordell e Colvard (2005), 75% dos remédios prescritos por médicos nos EUA são sintéticos, mas 25% são derivados semissintéticos de origem natural. Dentre esses últimos, 74% são usados de maneira similar ao seu uso etnobotânico. Das 14.317 13

espécies vegetais (~ 5,2% de vegetais superiores) com uso etnomedicinal, descritas na base de dados americana NAPRALERT (Natural Products Alert), um total de 8.387 espécies (58,6%) nunca foram submetidas a estudos biológicos ou tiveram qualquer composto químico isolado. Estudos etnobotânicos têm revelado descobertas importantes no mundo dos fármacos, como também têm demonstrado que dentre tantas espécies algumas têm propriedades peculiares e por isso são escolhidas como objeto de estudo. Com relação ao mercado nacional, ainda é necessário efetuar esforços na formação de pessoal qualificado, a fim de se estabelecer uma exploração racional e sustentável da biodiversidade do País, principalmente pela insuficiência de dados existentes que forneçam informações confiáveis sobre a eficiência e segurança das drogas empregadas como medicinais, disponíveis nos mercados e herbanários no Brasil (CALIXTO, 2005). Em todo o mundo, espécies de Ficus L., pertencentes à família Moraceae, destacam-se por seus usos medicinais para vários fins, inclusive empregadas contra o diabetes (WEIBLEN, 2000; 2001). Historicamente, as “gameleiras” e “figueiras” fazem parte da tradição cultural, religiosa e alimentícia de vários povos e já eram utilizadas pelos ameríndios como fonte de medicamentos no tratamento de verminoses. Além disso, o interesse tecnológico e científico por este grupo é facilmente compreendido pela presença de espécies produtoras de borracha, madeira, alimentos, tecidos, medicamentos, e também como elemento paisagístico (CARAUTA; SASTRE; ROMANIUC-NETO, 1996; CARAUTA; DIAZ, 2002). Estas informações evidenciam a importância da realização de estudos que possam contribuir com o registro de informações sobre formas e usos das espécies de Ficus que possuem importância etnomedicinal. Ficus L. é um grupo formado de espécies lenhosas, arbóreas, arbustivas e até hemiepifíticas, encontradas nas florestas tropicais e subtropicais de todo mundo, cujas espécies são marcadas pelas inflorescências (sicônios) e síndrome de polinização, altamente especializadas (WEIBLEN, 2000; 2001). Constitui um dos mais ricos gêneros, com cerca de 750 espécies (BERG, 1989), de taxonomia bastante complexa, cujo tratamento infragenérico mais atual reconhece cinco subgêneros: Ficus subg. Ficus, Sycidium, Sycomorus, Urostigma e Pharmacosycea, cujas relações filogenéticas ainda não estão esclarecidas. No Brasil, o gênero Ficus está representado por cerca de 100 espécies incluídas aquelas ainda não descritas, sendo 58 pertencentes ao subgênero Urostigma e oito ao subgênero Pharmacosycea (CARAUTA; DIAZ, 2002). São popularmente conhecidas como “figueiras” e “gameleiras” e indicadas como vermífugos (CARAUTA; DIAZ, 2002), com 14

distribuição ampla, encontradas na Amazônia, Floresta Atlântica e também no Bioma Caatinga. Os estudos de Weiblen (2000), baseados na morfologia e em dados moleculares (sequências de DNA), apresentaram níveis similares de homoplasia em Ficus, como também reforçam a importância dos caracteres morfológicos para o gênero, e a sua utilidade para o reconhecimento dos clados. Ficus ainda é pouco entendido do ponto de vista taxonômico, apresentando problemas com táxons infragenéricos e interespecíficos, em virtude da grande plasticidade morfológica de suas formas vegetativas e das inflorescências (sicônios) e síndrome de polinização, que são altamente especializadas (WEIBLEN, 2000; DATWYLER; WEIBLEN, 2004; VIANNA-FILHO 2007; CLEMENT; WEIBLEN 2009). No gênero Ficus, assim como nos demais representantes de Moraceae, uma das características diagnósticas é a presença de laticíferos, cujo látex é extraordinariamente diverso em sua composição (CRONQUIST, 1981). Em Ficus mexiae Standl., por exemplo, o látex presente nas folhas apresenta compostos fenólicos, alcaloides e terpenos (DE SOUZA, 2009). Informações, já existentes sobre os constituintes químicos aliadas a dados etnobotânicos, são relevantes em estudos de bioprospecção, pois a seleção de espécies para estudos farmacológicos com base em critérios quimiotaxonômicos tem demonstrado ser eficiente na descoberta de novos fármacos. Isso se deve ao conhecimento prévio da presença de certas classes de metabólitos secundários em um determinado táxon e também as possíveis atividades farmacológicas associadas. Assim, espécies de Ficus podem fornecer novos alvos, candidatos a fármacos de origem natural, possibilitando o acesso a inovações estruturais e tecnológicas de constituintes que possam ser empregados no tratamento de doenças, principalmente aquelas que se constituem em problemas para a saúde pública, em particular no Brasil e nos países da América Latina. De acordo com Brito (1996) e Marques (1999), a indústria farmacêutica tem dado ênfase na obtenção de padrões macro e microscópico de drogas vegetais, devido o baixo custo e o tempo reduzido dos ensaios e ao alto grau de reprodutibilidade. Esta prática contempla as resoluções que instituíram e normatizaram, desde a década de 90, o controle de qualidade das drogas utilizadas para a produção de fitoterápicos. De acordo com Metcalfe (1983), os caracteres anatômicos dos órgãos vegetativos das plantas podem servir como dados adicionais à caracterização da morfologia externa, que podem ser usados para resolver problemas taxonômicos e, consequentemente contribuem para o controle de qualidade de amostras comerciais, e na elaboração de monografias, para a incorporação de espécies em livros oficiais, como Farmacopeias. 15

Dessa forma, a análise morfoanatômica é um importante recurso para o controle de qualidade da matéria-prima vegetal na indústria farmacêutica, fornecendo subsídios que contribuem na padronização de insumos e permitem a diferenciação entre espécies inclusive botanicamente próximas (DI STASI, 1996). Dentre os ensaios anatômicos destacam-se os referentes à histoquímica, que auxiliam na caracterização de drogas e no monitoramento de análises fitoquímicas. A utilização de caracteres da epiderme e seus anexos, como a presença ou ausência de tricomas glandulares, tem sido relatada como útil na identificação e separação de gêneros e espécies na família Moraceae (METCALFE; CHALK, 1950; BERG, 2001). O padrão de deposição de cera epicuticular também tem sido ressaltado como caráter utilizado que pode apoiar a taxonomia das angiospermas (BARTHLOTT et al., 1998), o padrão de deposição de cera epicuticular foi usado recentemente para diferenciar espécies medicinais de Cissampelos do Nordeste do Brasil por Porto et al. (2011). Neste trabalho realizou-se um estudo da morfoanatomia foliar de três espécies de Ficus ocorrentes da Paraíba, Ficus cyclophylla (Miq.) Miq., Ficus elliotiana S. Moore e Ficus caatinga R. M. Castro, pertencentes ao subgênero Urostigma (Gasp.) Miq. As espécies deste gênero caracterizam-se pelas seguintes sinapomorfias: plantas monoicas, diâmetro da copa maior que a altura do tronco, o tronco emite raízes adventícias, o látex é adocicado, sicônios aos pares na axila foliar, flores masculinas crescem perto do ostíolo com um único estame, as flores femininas apresentam estilete em geral indiviso (CARAUTA; DIAS, 2002). Os dados acima expostos evidenciam a importância dos estudos morfoanatômicos em espécies de Ficus cuja associação com estudos histoquímicos das espécies são fundamentais para o esclarecimento de problemas taxonômicos em grupos onde os caracteres morfológicos são insuficientes ou inexistentes, auxiliando na elaboração de chaves de identificação e na eleição de novos caracteres diagnósticos, como também para o controle de qualidade de suas drogas vegetais. Este trabalho foi realizado com dois principais objetivos: 1) efetuar morfodiagnoses macroscópicas e microscópicas e testes histoquímicos de Ficus cyclophylla, Ficus elliotiana e Ficus caatingae, para subsidiar o controle de qualidade de suas drogas vegetais, como também contribuir para taxonomia dessas espécies e do subgênero Urostigma; 2) apresentar uma revisão da etnomedicina das espécies brasileiras de Ficus, que podem servir de base para a eleição de espécies que poderão ser empregadas como fonte de compostos biologicamente ativos. 16

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Estudo Morfoanatômico

2.1.1 Expedições botânicas

Foram realizadas expedições botânicas e observações de campo para coletas de amostras Ficus L. na Paraíba. Uma parte do material coletado foi fixada em FAA (50%) por 48 horas e, posteriormente, conservada em álcool etílico (70%). A outra parte foi herborizada, seguindo-se a metodologia descrita por Forman e Bridson (1989), e posteriormente as exsicatas depositadas no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier (JPB) com duplicatas no Herbário do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa (VIC) e na coleção de referência do Setor de Botânica da Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos. O material coletado foi empregado para as identificações botânicas, estudos morfológicos, anatômicos e histoquímicos. As identificações foram realizadas com apoio da bibliografia (MIQUEL, 1853; CASTRO; RAPINI, 2006) e de especialistas.

2.1.2 Caracterização morfológica

Foram realizados estudos morfológicos de folhas em material fresco, fixado em FAA (50%), como também em material seco da coleção do herbário JPB, para as morfodiagnoses macroscópicas, com o auxílio de estereomicroscópio binocular (Zeiss).

2.1.3 Caracterização anatômica

Amostras de folhas do segundo ao quinto nó, nas regiões proximal, mediana e distal do limbo e proximal, mediana e distal do pecíolo foram fixadas em FAA (50%) por 24 horas (JOHANSEN, 1940), para sua caracterização estrutural. Todo material foi estocado em etanol (70%). Posteriormente, as amostras foram desidratadas em série etílica crescente até álcool (95%) e incluídas em metacrilato (Historesin, Leica), de acordo com as recomendações do fabricante. Foram obtidas secções transversais e longitudinais em micrótomo rotativo de avanço automático (RM 2155, Leica), coradas com azul de toluidina (O’BRIEN; FEDER; MCCULLY, 1964) para metacromasia e montadas com resina sintética (Permount). 17

O estudo da nervação e das células epidérmicas foi realizado a partir de folhas fixadas imersas em clorofórmio durante 30 minutos, para retirada de cera epicuticular. Para diafanização foi utilizado hipoclorito de sódio comercial até a completa clarificação. Como coloração foi utilizada safranina (1%) em solução alcoólica (50%) ou fucsina (0,1%) em solução alcoólica (50%). A confecção de lâminas permanentes foi realizada com desidratação em série etanólica/xilólica crescente e montagem em resina sintética (Permount). Parte do material foi montado em água glicerinada 1:1 (v/v). A técnica de dissociação de epiderme com hipoclorito comercial ou solução de Jeffrey (JOHANSEN, 1940) foi aplicada para completar a análise do tecido epidérmico, tendo como coloração a safranina (1%) em solução alcoólica (50%) ou fucsina (0,1%) em solução alcoólica (50%) e água glicerinada 1:1 (v/v) como meio de montagem.

2.1.4 Caracterização histoquímica

Secções da região mediana do limbo e do pecíolo fixadas em FAA (50%) foram realizadas transversalmente e longitudinalmente em micrótomo de mesa (modelo LPC, Rolemberg e Bhering Comércio e Importação Ltda., Belo Horizonte, Brasil) e submetidas a diferentes corantes e reagentes: cloreto férrico (JOHANSEN, 1940) para compostos fenólicos, vanilina clorídrica (MACE; HOWELL, 1974) para taninos condensados, sudan escarlate (BRUNDRETT; KENDRICK; PETERSON, 1991) para lipídios, reagente de Nadi (DAVID; CARDE, 1964) para óleos essenciais e ácidos resínicos, reagente de Dittmar (FURR; MAHLBERG, 1981) para alcaloides e oil red (PEARSE, 1980) para detecção de partículas de borracha. Os controles foram conduzidos paralelamente aos testes utilizados. As observações e obtenção de imagens foram realizadas em fotomicroscópio (modelo AX70 TRF, Olympus Optical, Tokyo, Japão) com sistema U-PHOTO, acoplado a uma câmara filmadora (modelo Spot Insightcolour 3.2.0, Diagnostic instruments inc., New York, USA) com captura de imagem por meio de um microcomputador.

2.1.5 Microscopia eletrônica de varredura (MEV)

A microscopia eletrônica de varredura foi empregada na observação e descrição dos caracteres micromorfológicos associados à epiderme em material seco para otimizar a observação das ceras epicuticulares e tricomas. As amostras secas foram colocadas nos suportes com fita de carbono e posteriormente metalizadas com ouro. A captura de imagens 18

foi realizada em microscópio eletrônico de varredura (modelo Zeiss, LEO 1430 VP, Cambridge, Inglaterra).

2.2 Revisão Etnomedicinal

Foram realizados levantamentos bibliográficos nas seguintes bases de dados: Web of Science, Pubmed, SciFinder Scholar, Scopus e no banco de dados da Universidade de Illinois, Chicago, Natural Products Alert (NAPRALERT). Para isso, foram utilizados como palavras chaves os nomes das espécies e seus sinônimos associados às palavras: ethnomedicine, medical use, folk medicine, popular use. Os dados foram organizados em quadros. Para o registro de número de espécies de Ficus para o Brasil foram considerados a Lista de Espécies da Flora do Brasil (ROMANIUC-NETO et al., 2010) e os trabalhos desenvolvidos por Carauta (1989) e Carauta e Dias (2002). 19

3 RESULTADOS

3.1 Morfoanatomia foliar de Ficus subg. Urostigma (Gasp.) Miq. (Moraceae) de ocorrência na Paraíba

3.1.1 Morfodiagnoses macroscópicas

3.1.1.1 Ficus cyclophylla Miq., Flora Brasiliensis 4(1): 9. 1853.

Ficus cyclophylla possui folhas alternas, pecioladas, pecíolos planos no lado superior, 4-10 mm de comprimento; lâmina foliar coriácea, glabra ou glabrescente, obovada, 12-22 cm de comprimento, 8-13 cm de largura; margem inteira; ápice obtuso, arredondado ou emarginado; base obtusa ou ligeiramente cordada (Fig. 1A-B).

Comentários: é uma espécie endêmica para o Brasil, com distribuição nos estados litorâneos do Nordeste e do Sudeste. Esta espécie é conhecida popularmente como “gameleira-grande” e apresenta uma característica típica que se refere à persistência das estípulas, o que se apresenta como um dos caracteres distintivos para esta espécie (CARAUTA; DIAS, 2002). Até o momento, trabalhos referentes à anatomia desta espécie são inexistentes, destacando a importância deste estudo no presente trabalho.

3.1.1.2 Ficus elliotiana S. Moore, Trans. Linn. Soc. London 2(4): 471. 1895.

Ficus elliotiana possui folhas alternas, pecioladas, pecíolos sulcados na superfície superior, 3,5-12,5 cm de comprimento; lâmina foliar coriácea, glabra ou glabrescente, ovada- cordada, 10-20 cm de comprimento, 8-16 cm de largura; margem inteira, às vezes mostrando- se ondulada; ápice obtuso-arredondado; base cordada (Fig. 1C-D).

Comentários: é uma espécie neotropical, encontrada no Brasil (Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Ceará e Pernambuco) e no Paraguai, conhecida popularmente como “figueira-do-pantanal” por ter sido encontrada pela primeira vez no ecossistema do Pantanal (CARAUTA; DIAS, 2002). Dados sobre a morfoanatomia desta espécie são preliminares, e não fornecem informações que possam apoiar uma caracterização adequada da mesma. 20

3.1.1.3 Ficus caatingae R. M. Castro, Neodiversity 1: 16-18. 2006.

Ficus caatingae possui folhas alternas, pecioladas, pecíolos sulcados, 1-2 cm de comprimento; lâmina foliar coriácea, glabra, obovada ou obovada-oblonga, 11-23 cm de comprimento, 5-9 cm de largura; margem inteira; ápice obtuso-subapiculado; base atenuada ou ligeiramente emarginada acima do pecíolo (Fig. 1E-F).

Comentários: é endêmica para o Brasil, e até o momento possuía registros apenas para a região semiárida da Bahia, sendo restrita a caatinga, sendo sua ocorrência, registrada pela primeira vez na Paraíba. Trata-se de uma espécie que não possui trabalhos referentes à anatomia ou histoquímica, visto que foi descrita recentemente (CASTRO; RAPINI, 2006).

3.1.2 Morfodiagnoses microscópicas

3.1.2.1 Epiderme

Nas espécies estudadas, a epiderme, em vista frontal, apresentou células com paredes anticlinais retas em ambas as faces (Fig. 2) e cistólitos, também em ambas as faces, sendo anfígena. As células epidérmicas que circundam o cistólito apresentam disposição radial (Fig. 2E). Em secção transversal, nas três espécies analisadas, a epiderme é unisseriada, formada por células tabulares e apresentam uma série subepidérmica formada por células irregulares e maiores. Entretanto, em F. caatingae observou-se algumas áreas com duas séries. A epiderme é revestida por uma cutícula delgada, em ambas as faces, em F. caatingae, enquanto que em F. cyclophylla e F. elliotiana a cutícula é espessa, principalmente na face abaxial formando estrias em toda a superfície e cristas cutinizadas nas células guardas (Figs. 5A, C, E). Nas três espécies, as folhas são hipoestomáticas, com estômatos do tipo anomocítico (Fig. 2). Em secção transversal, os estômatos estão situados no mesmo nível das células epidérmicas em todas as espécies analisadas (Figs. 5A, C, E). Embora a presença de tricomas não seja evidente a olho nu ou em microscópio óptico, a análise em microscopia eletrônica de varredura evidenciou tricomas glandulares-estipitados, do tipo claviforme em F. cyclophylla e F. elliotiana, diferentemente daqueles observados em F. caatingae que são do tipo pluricelular, capitado (Figs. 3B, D, F). Os tricomas glandulares possuem apenas uma célula alongada do pescoço e uma célula da cabeça, são escassos, mas estão presentes em ambas as faces, embora em menor quantidade na face adaxial. 21

Figura 1 – A-B. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): A. Morfologia geral dos ramos e folhas; B. Detalhe da folha obovada. C-D. Ficus elliotiana (ND Araújo 03): C. Morfologia geral dos ramos e folhas; D. Detalhe da folha ovada-cordada. E-F. Ficus caatingae (ND Araújo 02): E. Morfologia geral dos ramos e folhas; F. Detalhe da folha obovada-oblonga. 22

Figura 2 – Epiderme da lâmina foliar em vista frontal. A-B. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): A. Face adaxial, evidenciando células com paredes anticlinais retas; B. Face abaxial, paredes anticlinais retas e estômatos anomocíticos. C-D. Ficus elliotiana (ND Araújo 03): C. Face adaxial, evidenciando células com paredes anticlinais retas; D. Face abaxial, paredes anticlinais retas e estômatos anomocíticos. E-F. Ficus caatingae (ND Araújo 02): E. Face adaxial, evidenciando células com paredes anticlinais retas; F. Face abaxial, paredes anticlinais retas e estômatos anomocíticos. Legenda: (es) estômato, (seta branca) células em roseta ao redor do litocisto. (Barra = 50 µm).

23

A microscopia eletrônica de varredura também revelou a presença das ceras epicuticulares, que se apresentam em forma de placas, nas três espécies estudadas, distribuídas de forma aleatória, sendo mais abundantes na face adaxial e distribuídas de forma esparsa na face abaxial (Figs. 3A, C, E).

3.1.2.2 Nervação

Nas três espécies estudadas, o padrão de nervação é do tipo camptódromo- broquidódromo, com nervura de primeira ordem reta, não ramificada. As nervuras de segunda ordem possuem ângulo de divergência agudo. As nervuras de terceira, quarta e quinta ordem apresentam padrão de ramificação reticulado ortogonal delimitando aréolas bem desenvolvidas que apresentam as nervuras terminais com ramificações dicotômicas (Fig. 4). No entanto, em F. ellitiana o padrão de ramificação apresenta-se mais reticulado quando comparado às demais espécies estudadas (Fig. 4C-D).

3.1.2.3 Mesofilo

Em secção transversal, as três espécies analisadas apresentaram o mesofilo heterogêneo do tipo dorsiventral (Figs. 5A, C, E). O parênquima paliçádico é bisseriado em F. cyclophylla e F. caatingae, em ambas, a primeira série é formada por células maiores e mais compactas que a série interna. Por outro lado, em F. elliotiana o parênquima paliçádico é unisseriado, sendo em algumas áreas bisseriado. Em F. cyclophylla e F. elliotiana o parênquima lacunoso possui células de formato variado, com tendência a ser braciforme, distribuídas de modo espaçado e irregular, conferindo ao tecido um aspecto miceliforme. Em F. caatingae, o parênquima lacunoso também é miceliforme, no entanto, as células são menores e estão distribuídas de forma mais compacta comparando-se com as demais espécies estudadas (Figs. 5A, C, E). Nas três espécies, células esclerenquimáticas estão presentes associados às nervuras secundárias e em F. cyclophylla e F. elliotiana encontram-se também distribuídas por todo o mesofilo. As folhas, em todas as espécies analisadas, são anfígenas, ou seja, litocistos encontram-se distribuídos em ambas as faces, estando em maior concentração na face adaxial, os quais se apresentam em geral mais volumosos (Figs. 5A, C, E). 24

Figura 3 – Micrografia eletrônica de varredura da epiderme da lâmina foliar. A-B. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): A. Face abaxial, detalhe de cera em forma de placas; B. Face abaxial, tricoma glandular claviforme e projeção da cutícula sobre os estômatos. C-D. Ficus elliotiana (ND Araújo 03): C. Face adaxial, detalhe de cera em forma de placas; D. Face abaxial, detalhe de tricoma glandular claviforme e estômatos. E-F. Ficus caatingae (ND Araújo 02): E. Face adaxial, detalhe de cera em forma de placas; F. Face abaxial, detalhe de tricoma glandular capitado e estômatos. Legenda: (es) estômato, (tr) tricoma, (seta branca) cera epicuticular. 25

3ª 4ª 2ª

3ª 4ª

3ª 2ª 4ª

4ª 3ª 3ª 4ª

Figura 4 – Padrão de nervação do tipo camptódromo-broquidódromo. A-B. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05). C-D. Ficus elliotiana (ND Araújo 03). E-F. Ficus caatingae (ND Araújo 02). (Barra = 300 µm). 26

Em F. cyclophylla e F. elliotiana e F. caatingae, idioblastos cristalíferos contendo drusas de oxalato de cálcio estão distribuídos ao longo do parênquima paliçádico e lacunoso, podendo ainda se apresentar junto às células da bainha dos feixes, bem como nas células da camada subepidérmica. Monocristais prismáticos também ocorrem, principalmente, em células adjacentes a epiderme.

3.1.2.4 Bordo

O bordo foliar, em secção transversal, apresenta-se revoluto em F. cyclophylla (Fig. 5B), fletido em F. elliotiana (Fig. 5D) e levemente revoluto em F. caatingae (Fig. 5F). Nas três espécies, os parênquimas paliçádico e lacunoso tornam-se gradativamente mais homogêneos na região do bordo, com células mais arredondadas e compactas, com paredes mais espessadas, sendo a porção distal ocupada por colênquima do tipo angular.

3.1.2.5 Nervura principal

A nervura mediana, no nível do terço médio, em secção transversal, possui contorno biconvexo, mais proeminente na face abaxial em todas as espécies estudadas (Figs. 6A, C, E). Em F. cyclophylla ocorrem 5-7 camadas de colênquima, 6-8 em F. elliotiana e 5-9 em F. caatingae, do tipo angular, geralmente lignificado (Fig. 6B), em ambas as faces, seguido de células parenquimáticas. Em todas as espécies estudadas, o sistema vascular da nervura mediana é constituído por feixes vasculares colaterais (Fig. 6D), intercalados por células parenquimáticas formando um anel, sendo a porção interna ao tecido vascular constituída por células parenquimáticas dentre as quais se localizam cordões de floema (Fig. 6F). A região perivascular é marcada pela presença de um anel esclerenquimático descontínuo circundando os feixes vasculares em F. cyclophylla e F. caatingae, sendo ausente em F. elliotiana. Os laticíferos estão concentrados nas regiões externa e interna ao tecido vascular nas três espécies analisadas (Fig. 6D).

27

Figura 5 – Secções transversais da lâmina foliar. A-B. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): A. Aspecto geral do limbo na região intervenal; B. Região do bordo. C-D: Ficus elliotiana (ND Araújo 03): C. Aspecto geral do limbo na região intervenal; D. Região do bordo. E-F. Ficus caatingae (ND Araújo 02): E. Aspecto geral do limbo na região intervenal; F. Região do bordo. Legenda: (ct) cistólito, (ep) epiderme, (es) estômato, (fv) feixe vascular, (pl) parênquima lacunoso, (pp) parênquima paliçádico. (Barra = 100 µm). 28

Figura 6 – Secções transversais de folha evidenciando a nervura principal. A-B. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): A. Aspecto geral da nervura no terço médio; B. Detalhe do colênquima angular. C-D. Ficus elliotiana (ND Araújo 03): C. Aspecto geral da nervura no terço médio; D. Detalhes do sistema vascular, dos cordões de floema e dos laticíferos. E-F. Ficus caatingae (ND Araújo 02): E. Aspecto geral da nervura no terço médio; F. Detalhe da região medular, evidenciando os cordões de floema e idioblastos fenólicos. Legenda: (co) colênquima, (fl) floema, (if) idioblasto fenólico, (lt) laticífero, (pf) parênquima fundamental, (rc) região cambial, (xl) xilema. (Barra: A, C-F = 100 µm; B = 50 µm). 29

3.1.2.6 Pecíolo

O pecíolo, em secção transversal, possui formato circular a semicircular em F. cyclophylla (Fig. 7A) e F. elliotiana (Fig. 7B), entretanto, F. elliotiana possui ainda uma leve invaginação na face adaxial da porção proximal (Fig. 7B). Em F. caatingae o formato é reniforme (Fig. 7C). Em todas as espécies analisadas, a epiderme é bi ou unisseriada dependendo da região, sendo revestida por cutícula espessa e o córtex é formado por colênquima do tipo angular, contínuo, semelhante ao das nervuras, subjacente à epiderme (Fig. 8A). Em F. caatingae, o córtex é constituído de células parenquimáticas organizadas em trabéculas bem desenvolvidas, delimitando espaços vazios à maneira de um aerênquima (Fig. 8B). O sistema vascular é formado por 9-11 feixes colaterais livres em F. cyclophylla, 13-18 em F. elliotiana, e 8-12 em F. caatingae, distribuídos de forma circular. Células esclerenquimáticas agrupadas guarnecem o floema de cada feixe em todas as porções em F. caatingae (Fig. 8C) e F. cyclophylla (Fig. 8D), entretanto, em F. elliotiana a presença de células esclerenquimáticas só foi evidenciada na porção distal (Fig. 7B). Nas três espécies estudadas, os cordões de floema em número variável estão localizados entre os feixes ou próximos ao protoxilema (Fig. 8F). Em F. cyclophylla, F. elliotiana e F. caatingae, laticíferos e idioblastos cristalíferos contendo drusas e cristais prismáticos de oxalato de cálcio são encontrados em meio às células do tecido parenquimático e colenquimático, nas regiões adjacentes aos feixes e no floema (Figs. 8A-B, E). 30

Figura 7 – Desenhos esquemáticos de secções transversais do pecíolo, regiões proximal, mediana e distal (de cima para baixo). A. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05). B. Ficus elliotiana (ND Araújo 03). C. Ficus caatingae (ND Araújo 02). (Barra = 100 µm).

31

Figura 8 – Secções transversais do pecíolo. A-C. Ficus caatingae (ND Araújo 02): A. Detalhe do colênquima angular, evidenciando a presença de cristais prismáticos; B. Região do córtex, evidenciando as trabéculas; C. Região do feixe, evidenciando ilhotas de fibras circundando o floema. D-E. Ficus cyclophylla (ND Araújo 05): D. Região do feixe, evidenciando ilhotas de fibras circundando o floema; E. Detalhe do sistema vascular, evidenciando a presença de drusas e cristais prismáticos. F. Ficus elliotiana (ND Araújo 03), detalhe da região medular, evidenciando os cordões de floema e idioblastos fenólicos. Legenda: (co) colênquima, (cp) cristal prismático, (dr) drusa, (fb) fibra, (fl) floema, (if) idioblasto fenólico, (lt) laticífero, (rc) região cambial, (tb) trabécula, (xl) xilema. (Barra = 50 µm). 32

3.1.2.7 Laticíferos e idioblastos

Em F. cyclophylla, F. elliotiana e F. caatingae, laticíferos e idioblastos ocorrem ao longo de toda a folha, mas são mais abundantes na região das nervuras e no pecíolo. Os laticíferos são do tipo não articulado e ocorrem entremeados com o floema e entre células de colênquima e parênquima. Em geral, os laticíferos apresentam paredes primárias espessadas e encontram-se circundados por células parenquimáticas em disposição de roseta. Contêm substâncias lipídicas (Quadro 1, Fig. 9D- F), caracterizadas como uma mistura de óleos essenciais, oleorresinas (Figs. 9G-I) e partículas de borracha (Figs. 9S-U), e substâncias hidrofílicas como sais de alcaloides (Figs. 9P-R) e compostos fenólicos (Figs. 9J-L), especialmente taninos (Figs. 9M-O). Os idioblastos distribuem-se entre as células parenquimáticas das nervuras e do pecíolo e entre as células da bainha do feixe vascular. Os idioblastos apresentam alcaloides (Quadro 1, Fig. 9P-R) e compostos fenólicos (Figs. 9J-L) como taninos (Figs. 9M-O).

Quadro 1 – Dados dos testes histoquímicos em laticíferos e idioblastos de folhas de Ficus cyclophylla, Ficus elliotiana e Ficus caatingae.

F. cyclophylla F. elliotiana F. caatingae Reagente/Corante Lt. Id. Lt. Id. Lt. Id.

Sudan Escarlate + - + - + -

Reagente de Nadi + - + - + -

Cloreto de Ferro III + + + + + +

Vanilina clorídrica + + + + + +

Reagente de Dittmar + + + + + +

Oil Red + + + + + +

(Id.) idioblasto, (Lt.) laticífero, (+) presença, (-) ausência. 33

Figura 9 – Secções transversais e longitudinais de folhas de Ficus cyclophylla (ND Araújo 05) (A, D, G, J, M, P, S), Ficus elliotiana (ND Araújo 03) (B, E, H, K, N, Q, T) e Ficus caatingae (ND Araújo 02) (C, F, I, L, O, R, U), submetidas a diferentes corantes e reagentes. A-C. Branco. D-F. Laticíferos corados em vermelho com sudan escarlate, indicando reação positiva para lipídios. G-I. Laticíferos corados de violeta pelo reagente de Nadi, indicando a presença de uma mistura de óleos essenciais e oleorresinas. J-L. Laticíferos e idioblastos corados de negro pelo cloreto de ferro III, indicando presença de compostos fenólicos. M-O. Laticíferos e idioblastos corados de vermelho pela vanilina clorídrica, indicando a presença de taninos. P-R. Laticíferos e idioblastos corados de castanho avermelhado pelo reagente de Dittmar, indicando reação positiva para alcalóides. S-U. Laticíferos e idioblastos corados de vermelho pelo oil red, revelando partículas de borracha. (Barra: A, D, E, G, P = 30 µm; B, C, F, H- M, O, Q-U = 50 µm; N = 200 µm). 34

35

3.2 Revisão etnomedicinal de Ficus L. para o Brasil

A revisão etnomedicinal das espécies do gênero Ficus para o Brasil revelou o uso de 27 espécies, dentre as 116 ocorrentes no País, o que corresponde a 23,3% das espécies. As partes da planta mais frequentemente utilizadas foram as folhas (63%) e o látex (51,8%). A semente foi a parte menos indicada com apenas uma espécie citada utilizando esta parte da planta (Quadro 2).

Quadro 2 – Frequência das partes das plantas usadas para a preparação de remédios.

Parte usada Número de espécies medicinais Porcentagem

Folha 17 63% Látex 14 51,8% Casca 9 33,3% Raiz 9 33,3%

Fruto 7 26% Caule e ramos 4 14,8% Broto 2 7,4% Semente 1 3,7%

Com relação aos usos, se destacaram aqueles referidos para o sistema digestório e vermes intestinais (29%), como diarreia, laxativo, problemas ligados ao estômago e úlceras, problemas hepáticos e hemorroidas; para doenças de pele (13,5%), como dermatites, feridas, furúnculos, verrugas; doenças do sistema respiratório (12,8%), destacando-se tosses, bronquites, tuberculoses, pneumonias, resfriados; tratamentos do sistema urogenital (8,9%), como úlceras venéreas, gonorreia, regularização da menstruação; também foram registradas informações para o tratamento de doenças ligadas a problemas endócrinos, como o diabetes (8,2%); problemas bucais (4,6%); dores musculares e reumatismo (4,2%); picadas de cobra e de escorpião (3,2%), seguidos de outras indicações como antianêmico, diurético, analgésicos, anticâncer, entre outras (Quadro 3). A via de administração oral foi a mais comum com 72,7% das indicações, seguido do uso externo (25%), como escova de dente (1,4%), uso nasal (0,4%) e uso oftálmico (0,4%). 36

Quadro 3 – Informações etnomedicinais de espécies de Ficus L. ocorrentes no Brasil, com dados de parte usada, indicação e forma de uso. Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Ficus adhatodifolia Schott Látex seco Uso oral, infuso é usado contra Ramirez et al., ex Spreng. anemia e como anti-helmíntico 1988 =F. anthelminthica Mart. =F. vermifuga Miq. Folhas Uso oral, infuso é usado como Peckolt, 1942

anti-helmíntico Ficus auriculata Lour Látex fresco Uso oral para cárie dental Jain; Puri, 1984 =F. roxburghii Wall. ex Miq. Casca do caule Uso oral, suco da casca é usado Bhattarai, 1993a

para tratar diarreia Partes aéreas Uso oral, misturado com sal e Singh; Ficus benghalensis L. filtrado contra diabetes, Maheshwari, =F. indica L. diurético e para espermatorréia 1994 Casca Uso externo, decocto usado para John, 1984 limpar feridas e úlceras e cicatrização da vagina pós-parto Casca Uso oral, decocto para úlcera Kumar;

venérea Prabhakar, 1987 Casca Uso oral, infuso para diabetes Deshmukh; mellitus Shrotri; Aiman, 1960 Látex Uso oral para diabetes Cherian; Augusti,

1993 Casca Uso oral, infuso para diabetes Augusti et al.,

1994 Casca Uso oral, infuso para diabetes Geetha; Mathew;

Augusti, 1994 Casca Uso oral, decocto para diarreia Gupta; Yadava;

Tandon, 1993 Casca Casca seca com suco tomado Jain; Sharma,

para diabetes 1967 Ramos frescos Para escovar os dentes John, 1984 37

Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Fruto Uso oral para garganta Locher et al., Ficus benghalensis L. inflamada, bronquite, laxativo, 1996 estomatite Fruto Uso externo para furúnculos Locher et al.,

1996 Látex Uso externo para verrugas Reddy; Reddy;

Reddy, 1989 Látex O látex é espalhado sobre um Nagaraju; Rao, pedaço de pano e colocado no 1990 pescoço para dores de garganta Látex Uso oral para aumentar a Lal; Yadav, 1983

potencia sexual nos homens Látex Uso oral para bronquite aguda Singh et al., 1996

Látex Uso oral para espermatorréia Singh; Maheshwari, 1994 Látex Uso externo para dor muscular e Shah; Gopal,

reumatismo 1985 Látex Uso oral para espermatorréia Singh; Ali, 1992

Folha Uso oral para parar sangramento Reddy; Reddy;

após um aborto Reddy, 1988 Folha Uso oral, infuso como vermicida Bhattarai, 1992

Raiz Uso oral, decocto para Reddy; Reddy;

infestações por verme Reddy, 1989 Raiz Uso oral, decocto para diabetes Gurib-Fakim et

al., 1996 Raiz Uso oral, decocto para diabetes Shah; Gopal,

1985 Raiz Uso externo para fazer cabelo Tiwari; crescer Majumder;

Bhattacharjee, 1979 38

Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Raiz Uso oral, uma pasta feita da raiz Joshi; Patel; Ficus benghalensis L. com água é usada para Mehta, 1980 menorragia Raiz Uso oral, a raiz é misturada a Hemadri; outras plantas, é feita uma Sasibhushana

extração com água e tomada Rao, 1983 como abortivo Raiz Uso oral, decocto para diarreia Mukherjee et al,

1998 Raiz Uso oral, decocto para diarreia Bhattarai, 1993a Raiz Uso oral para diabetes Khan; Singh,

1996 Raiz Pó usado oralmente como tônico Reddy; Reddy;

Reddy, 1988 Casca do caule Uso oral, decocto para diabetes Kar; Choudhary; Bandyopadhyay, 1999 Casca do caule Uso oral, infuso para Tosse, Bhattarai, 1993b

asma e expectorante Casca do caule Uso nasal para epistaxe Bhattarai, 1993b Casca do caule Uso oral, decocto para diabetes Khan; Singh,

1996 Casca do caule Uso oral para dores no corpo Bhattarai, 1991 Raiz Para escovar dentes Ramachandran;

Nair, 1981 Ficus benjamina L. Látex Uso externo para tratar Singh; Ali; Siddioui, 1996 =F. nitida Thunb. leucoderma =F. retusa L. Parte não Uso oral, infuso como agente Womersley, 1974

especificada anti-fertilidade Folha Uso oral, infuso como anti- Ramirez et al.,

helmíntico 1988

39

Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Raiz seca A raiz é misturada com látex e Nagaraju; Rao, Ficus benjamina L. sal e tomada para cárie dental 1990 Raiz seca Uso oral, infuso para doenças do Yanfg et al., 1987

fígado Casca Uso oral, decocto para Zagari, 1992 Ficus carica L. hemorragia, diarréia Ramos Uso oral, decocto para edema Zagari, 1992 Planta inteira Uso oral, infuso como laxativo Ashy; El-Tawil,

seca 1981 Fruto Uso oral, decocto contra tosse De Feo; Senatore,

1993 Fruto Usado para câncer, preparo não Takeuchi et al.,

descrito 1978 Fruto Uso oral como laxativo Bellakhdar et al.,

1991 Fruto Uso externo, mama inflamada Sezik et al., 1997 Fruto Uso oral para diarreia Sezik et al., 1997 Fruto cozido Uso oral, decocto para tosse Ghazanfar; Al-

Sabahi, 1993 Fruto seco Uso externo para tratar Malamas;

furúnculos Marselos, 1992 Fruto seco Uso externo para tratamento de Siddiqui; Husain, inflamação dos gânglios 1994 linfáticos e tumores Fruto seco Uso externo, aplicado como uma Zagari, 1992 pasta para dor, dartro, inchaço, queimaduras, dermatites Fruto seco Uso oral como laxativo, Zagari, 1992 digestivo, pleurisia, bronquite, nefrite, inflamação na bexiga Fruto seco Uso oral, o pó é usado para Zagari, 1992 catarro, pleurisia, bronquite, coqueluche

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Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Fruto seco Uso oral, decocto para Zagari, 1992 bronquite, nefrite, inflamação na Ficus carica L. bexiga, secreção pulmonar, resfriados, sarampo e varíola. Fruto seco Uso externo, o decocto é Zagari, 1992 gargarejado para garganta inflamada, estomatite, gengivite Fruto seco Uso externo, decocto é usado Lokar; Poldini,

para tratar abscesso dental 1988 Fruto seco Decocto usado como Lokar; Poldini,

desinfetante oral 1988 Fruto seco Uso oral, decocto com laxativo Amico, 1972 Fruto seco Uso oral, infuso para adenite, Ramirez et al.,

como laxativo e diurético 1988 Fruto seco Uso oral para resfriado Martinez-Lirola; Gonzalez-Tejero;

Molero-Mesa, 1996 Fruto seco Uso oral para hemorroidas Boukef; Souissi;

Balansard, 1982 Fruto seco Uso oral como demulcente e Anon, 1931

laxativo Fruto seco Uso oral para cólicas Giordano; abdominais, constipação e Levine, 1989 desordens intestinais Fruto fresco A seiva do fruto é usada Novaretti;

externamente para verrugas Lemordant, 1990 Fruto fresco Uso oral para gangrena, Liebstein, 1927 escrófula, câncer, escorbuto e doenças hepáticas Látex Uso externo para tratamento de De Feo et al.,

verrugas 1992

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Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Látex Uso oral, decocto usado como De Feo et al., Ficus carica L. digestivo e diurético 1992 Látex Uso externo para remoção de Ghazanfar; Al-

espinho Sabahi, 1993 Látex Uso externo para dor e picada de Fujita et al., 1995

escorpião Látex Uso externo para maturação de Yesilada et al., abscesso, verrugas, picadas de 1995 escorpião, hemorroidas Látex Uso externo para verrugas Lokar; Poldini,

1988 Látex fresco Uso externo para furúnculos e Sebastian;

erupções Bhandari, 1984 Látex Uso externo pra verrugas, Zagari, 1992

lesões, feridas e ulceras Látex Uso oral como laxativo Zagari, 1992 Látex fresco Uso externo para tratar verrugas Boukef; Souissi;

Balansard, 1982 Látex fresco Uso externo para picadas de Honda et al.,

escorpião 1996 Folha Uso oral, decocto para tosse Giron et al., 1991

seca Folha Uso externo para tratamentos de Ghazanfar; Al-

pele Sabahi, 1993 Folha Uso oral, decocto para tratar Perez et al., 1996

diabetes Folha Uso oral, infuso para tratar Dominguez et al.,

diabetes 1996 Folha seca Uso externo, decocto aplicado Zagari, 1992 para reduzir inflamação e hemorroidas Folha seca Uso oral como laxante Zagari, 1992

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Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Folha fresca Uso oral, infuso como anti- Ahmed; Ahmed; Ficus carica L. helmíntico, demulcente, Malik, 1990 diurético Folha fresca Uso externo, infuso como Ahmed; Ahmed;

emoliente Malik, 1990 Parte não Para induzir a menstruação Jochle, 1974

especificada Parte não Uso oral, infuso para induzir a Razzack, 1980

especificada menstruação Parte não Uso oral, infuso para neuralgia, Han; Lee; Lee, especificada anemia, tosse, secreção, 1984

disenteria, hematêmese, incontinência, hemorroidas Parte não Uso externo para micose e Han; Lee; Lee,

especificada ulceração produzida pelo frio 1984 Brotos secos Uso oral, infuso para problemas Darias et al.,

bucais e de faringe 1986 Látex fresco Uso externo para mordida de Yazicioglu;

abelha Tuzlaci, 1996 Folha seca Uso oral para hemorroidas e Yazicioglu;

eczema Tuzlaci, 1996 Folha seca As folhas são fumadas para Yazicioglu;

tratar tuberculose Tuzlaci, 1996 Folhas Uso externo para feridas Yazicioglu;

Tuzlaci, 1996 Ficus citrifolia Mill. Látex Uso externo para tratar feridas Duke, 1994 =F. tapajozensis Standl. infectadas Látex Uso oral como vermífugo Duke, 1994 Ficus deltoidea Jack Folha Uso oral, decocto usado para Ahmad; =F. diversifolia Blume manter aparência jovem Holdsworth, 1994 Látex O látex é misturado com mel e Nagaraju; Rao, Ficus elastica Roxb. 1990 tomado oralmente para tênia, =F. warburgii Glaz lombriga e vermes estomacais

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Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Ficus eximia Schott Látex Uso oral como anti-helmíntico Dragendorff, =F. glabra Vell. 1998 Folha Uso oral, infuso usado para Baoua; Fayn; Ficus gnaphalocarpa (Miq.) estimular contrações no parto e Bassiere, 1976 A. Rich. para promove o fluxo da bile para o intestino Ficus gomelleira Kunth & Folha Uso oral, infuso como anti- Peckolt, 1942 C.D.Bouché helmíntico =F. doliaria Mart. =F. fulvistipula Warb. ex Glaz Ficus insipida Willd. Látex Uso oral como purgativo Desmarchelier et =F. glabrata Kunth al., 1996 Látex fresco Uso oral como anti-helmíntico e Phillips, 1990

digestivo Folhas e Uso oral, decocto para dores, Lentz et al., 1998 caules secos verminoses e parasitas instetinais e cólicas mentruais Parte não Uso oral, decocto como Luna, 1984

especificada alucinógeno Seiva Uso externo para dores Coee; Anderson,

1996a Seiva Uso oral, decocto como Coee; Anderson,

digestivo 1996a Seiva seca Uso oral, decocto para dores e Coee; Anderson,

como digestivo 1996b Látex Uso oral como vermífugo Duke, 1994 Látex Uso externo para tratar Duke, 1994

inflamações reumáticas Látex seco Uso oral como anti-helmíntico Hansson et al.,

1986 Látex Uso externo para picadas e Hansson et al.,

feridas 1986

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Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Ficus leprieurii Miq. Casca Uso oral para promover a Watt; Breyer- =F. triangularis Warb. lactação Brandwijk, 1962 =F. natalensis Hochst. Raiz Uso e preparo não especificado, Selvanayahgam

como um antiveneno et al., 1994 Ficus lutea Thonn. Casca Uso externo, infuso para úlceras Watt; Breyer- =F. vogelii (Miq.) Miq. leprosas e como adstringente Brandwijk, 1962 =F. quibeba Welw. ex Ficalho Casca Uso oral, infuso para diarreia e Watt; Breyer-

disenteria e dor estomacal Brandwijk, 1962 Casca seca Uso oral, decocto para Hedberg et al.,

constipação e dor de estômago 1983 Casca seca Uso oral, infuso para úlceras Hedberg et al., leprosas, diarreia e disenteria, 1983 tratar esterilidade, adstringente Casca seca Uso externo, infuso para dor Hedberg et al.,

estomacal 1983 Raiz seca Uso oral, decocto para hérnia Hedberg et al.,

1983 Ficus maxima Mill. Látex Uso externo contra reumatismo Duke, 1994 =F. ulei Warb. =F. laurifolia Lam. =F. radula Humb. & Bonpl. ex Willd. =F. suffocans Griseb. =F. dahniphylla (Miq.) Miq. =F. glaucescens (Liebm.) Miq. =F. guapoi D. Parodi. =F. morongii Hassler =F. grandaeva (Mart. ex Miq.) Miq.

45

Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Folha seca Uso oral, infuso como Diaz et al., 1997 Ficus maxima Mill. antipirético, anti-helmíntico, anti-anêmico, anti-reumático Folha seca Uso oral, decocto para gengivite Lentz et al., 1998 Seiva Uso oral para parasitas Barrett, 1994 Seiva Uso oral para gengivite Lentz, 1993 Látex Uso externo para tratar feridas e Duke, 1994

dor de estômago Látex Uso oral para tratar cárie Duke, 1994

dentária Ficus microcarpa L. f. Raiz seca Uso oral para febre tifóide Anis; Iqbal, 1986 Partes aéreas Uso oral, decocto para picada de Otero et al., Ficus nymphaeifolia Mill. cobra 2000a Partes aéreas Uso externo, infuso para picada Otero et al.,

de cobra 2000b Ficus obtusifolia Kunth Folha e casca Uso oral para tratar injúrias Dominguez; =F. involuta (Liebm.) Miq. fresca traumáticas e dor de cabeça Alcorn, 1985 =F. urbaniana Warburg =F. mattogrossensis Standl. Látex fresco Uso oral para dor de dente e dor Dominguez;

de cabeça e injúrias traumáticas Alcorn, 1985 Ficus paraensis (Miq.) Miq. Casca Uso oral, infuso para tratar Boom; Moestl, =F. uberrima Standl. diarreia 1990 =F. myrmecophylla Warb. ex Ule Látex Uso oral, para vermes e diarreia Duke, 1994 Látex Uso externo para tratar feridas Duke, 1994

infectadas Ficus pumila L. Pó seco Uso externo, na hidropsia o pó Alam, 1992 =F. longipedicellata Perr. da planta é esfregado no corpo

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Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Casca Uso oral, o pó da casca é usado Vedavathyk; Rao, Ficus racemosa L. para tratar leucorréia 1995 =F. glomerata Roxb. sanguinolenta, menorragia e Atique; Iqbal; sangramento pós-parto Ghouse, 1985 Casca seca Uso oral, decocto usado para Kumar;

úlceras venéreas Prabhakar, 1987 Casca seca Uso oral, infuso para varíola e Jain; Verma,

diabetes 1981 Casca seca Uso externo, infuso para lepra Jain; Verma,

1981 Casca seca Uso oral, decocto para diarreia Mukherjee et al.,

1998 Fruto e casca Uso oral, infuso para diabetes Jain; Sharma,

seca 1967 Fruto Uso oral, decocto usado para Sharma et al.,

tratar dor no estômago 1992 Fruto seco Uso oral, infuso para prevenir Jain; Verma,

varíola e para tratar diabetes 1981 Fruto seco Uso externo, infuso para lepra Jain; Verma,

1981 Fruto seco Uso oral, infuso para dor no Sharma et al.,

estômago 1992 Fruto Uso oral, pó é usado para Singh; diarreia Maheshwari, 1994 Látex Uso vaginal para gonorreia Diddiqui; Husain,

1993 Látex Uso oral com açúcar para Singh; disenteria Maheshwari, 1994 Folha O suco da folha é tomado Sebastian;

oralmente para pneumonia Bhandari, 1984 Raiz O suco da raiz é tomado para Ramachandran;

doenças venéreas Nair, 1981 47

Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Raiz O suco da raiz é tomado como Mukherjee; Ficus racemosa L. tranquilizante e para dor no Namhata, 1990 estômago Fruto Usado como comida para tratar Mukherjee;

anemia Namhata, 1990 Caule Uso oral, decocto como Nisteswar, 1988 contraceptivo Billore; Audichya, 1978 Casca seca Uso oral, infuso para diarreia Wasuwat, 1967 Fruto Uso oral para diabetes Akhtar, 1992 Látex Uso oftálmico para tratar Singh et al., 1996 inflamação e vermelhidão nos olhos Parte não Uso oral, infuso para tratar Jain; Tarafder, especificada espermatorreia, menorragia e 1970 insuficiência na lactação Parte não É feito um óleo vegetal e usado Perera et al., especificada externamente como antisséptico 1984 e adstringente Raiz Uso oral, decocto para diabetes Kar; Choudhary; Bandyopadhyay, 1999 Raiz Uso oral, infuso como Wasuwat, 1967 antipirético Mokkhasmit et al., 1971 Casca Uso oral para tratar resfriado Sharma et al., Ficus religiosa L. 1992 Casca Uso oral, infuso para escabiose Bajpai; Ojha;

Sant, 1995 Casca O suco é tomado oralmente Selvanayahgam

como um antiveneno et al., 1994 Partes aéreas Uso oral para induzir a Sharma et al.,

concepção 1992

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Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Casca O pó da casca é aplicado Singh, 1986 Ficus religiosa L. externamente na área afetada para tratar gonorreia Casca Uso oral, o pó é tomado para Diddiqui; Husain,

gonorreia 1993 Casca Uso oral, decocto usado para Kumar;

úlceras venéreas Prabhakar, 1987 Casca Uso oral, decocto para diabetes Jain; Sharma,

1967 Folha e casca Uso externo, decocto para lepra Singh, 1986 Casca, folhas e Uso oral, infuso para icterícia Singh, 1986

sementes secas Fruto seco Uso oral para paralisia, febre e Khanom; tuberculose Kayahara; Tadasa, 2000 Fruto seco Uso retal para hemorroidas Khanom; Kayahara; Tadasa, 2000 Fruto seco Uso oral, infuso como laxante Shah, 1982 Fruto seco Uso oral, infuso como tônico Kakrani; Saluja,

uterino 1993 Folha Uso oral, misturado com Singh; Ali; pimenta preta e água e tomado Siddioui, 1996 como vermífugo Folha seca Uso oral, infuso para desordens Singh, 1986

do coração Folha seca Uso oral para tuberculose Jain, 1989 Folha seca Uso oral, infuso como purgativo Ahmad; Beg,

2001 Folha seca Uso oral como abortífero Lal; Lata, 1980 Folha seca Uso oral, o suco das folhas é Singh, 1986

usado para inconsciência

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Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Parte não Uso oral, infuso para Jain; Tarafder, Ficus religiosa L. especificada espermatorreia 1970 Parte não Uso oral, infuso para asma, Han; Lee; Lee, especificada diabetes, edema cardíaco, 1984 disenteria e gastrite aguda Parte não Uso externo como hemostático Han; Lee; Lee,

especificada 1984 Raiz seca Uso oral, decocto para papeira Singh, 1986 Raiz Uso oral para malária Anis; Iqbal, 1986 Raiz Uso oral, infuso para diabetes Mueller- Oerlinghausen; Ngamwathana; Kanchanapee, 1971 Raiz Uso oral, o pó é usado para Singh; Ali, 1994

febre malarial Semente seca Uso oral, infuso para febre e Arseculeratne; disenteria Gunatilaka; Panabokke, 1985 Semente seca Uso externo como adstringente Arseculeratne; Gunatilaka; Panabokke, 1985 Casca do caule Uso externo para furúnculo Singh, 1995 Casca do caule O pó da casca é misturado com Reddy; Reddy; água e tomado oralmente para Reddy, 1989 tratar polidipsia Casca do caule Uso oral, o suco da casca é Bhattarai, 1993a

tomado para tratar diarreia Casca do caule Uso oral, o suco da casca é Dangol; Gurung, tomado para regularizar a 1991 menstruação

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Continuação Quadro 3

Espécie Parte usada Indicação e forma de uso Referência Sinônimo Casca do caule Uso oral, infuso usado para Dragendorff, Ficus religiosa L. tratar diabetes e como 1998 antisifílico Ramos Usados para escovar os dentes Singh, 1986 Ficus semicordata B. Ham. Folha Uso oral como tônico e Anderson, 1986b ex Smith fortificante Folha Uso oral, infuso para tratar Anderson, 1986a

pessoas com “pernas fracas” Broto Uso oral, as folhas do broto são Holdsworth; Ficus septica N. L. Burm. comidas para dores de cabeça, Gideon; Pilokos, diarreia e dor de estômago 1989 Fruto seco Uso oral para tosse Holdsworth; Pilokos; Lambes,1983 Folha seca Uso oral, infuso para febre, Baumgartner et infecção por bactéria, infecção al., 1990 por fungo e resfriado Folha Uso oral, infuso para tratar dor Holdsworth, 1980

de estômago Folha Uso externo como compressa Holdsworth, 1992

para tratar dor Folha Uso externo, a folha macerada é Holdsworth, 1984 usada para massagear o pescoço par tratar tosse Folha Uso externo para tratar feridas Holdsworth, 1992 Folha jovem Uso oral, o suco das folhas é Holdsworth; tomado para tosse Pilokos; Lambes,1983 Folha seca Uso oral, decocto para febre Holdsworth, 1975 Folha e caule Uso oral para tratar dor de Holdsworth, 1974

cabeça Raiz Uso externo para dores no corpo Holdsworth, 1993

51

Continuação Quadro 3

Espécie Parte Indicação e forma de uso Referência Sinônimo usada Raiz Uso oral, maceração com água para Holdsworth, 1993 Ficus septica N. L. Burm. tratar infecção urinária e diarreia Raiz Uso oral como antídoto contra Holdsworth, 1974

veneno Raiz Uso oral, o suco da raiz é tomado Holdsworth, 1984

para tosse Holdsworth, 1992 Fruto Uso oral, a polpa do fruto é Bourdy; Walter, misturada com água e tomada para 1992 extrair fragmentos de placenta Fruto seco Uso oral, infuso para tuberculose Arnold; Ficus sycomorus L. Gulumian, 1984 Folha ou Uso oral, infuso para diarreia Chifundera; raiz Mbuyi; Kizungu, 1990 Raiz Para aumentar a contração uterina, Mitchell, 1938 forma de uso não descrita Samuelsson et al., 1992 Casca Uso oral, decocto para dor de Samuelsson et al., garganta, tosse, escrófula, 1992

inflamação do peito, diarreia, disenteria, para induzir a lactação Casca Uso oral, infuso para diarreia Chifundera; Mbuyi; Kizungu, 1990 Ficus trigona L. f. Parte não Para diarreia, forma de uso não Duke, 1994 =F. euomphala (Miq.) Miq. especificada descrita =F.fagifolia (Miq.) Miq. =F. cotoneaster Warb. ex Ule. =F. regularis Standl. Fruto Uso oral, o pó do fruto seco é Alam; Siddiqui; Ficus virens Aiton comido para diabetes Husain, 1990 52

4 DISCUSSÃO

4.1 Morfoanatomia foliar de Ficus subg. Urostigma (Gasp.) Miq. (Moraceae) de ocorrência na Paraíba

Do ponto de vista macroscópico, F. cyclophylla, F. elliotiana e F. caatingae podem ser facilmente diferenciadas pela forma da lâmina foliar, tamanho e contorno do pecíolo. Entretanto, as folhas de F. cyclophylla apresentam grande semelhança morfológica com as folhas de Ficus catappifolia Kunth (CARAUTA; DIAS, 2002) e Ficus noronhae Oliver (ISAIAS, 1992), distinguindo-se destas apenas pela persistência das estípulas em F. cyclophylla (CARAUTA; DIAS, 2002). O mesmo ocorre com Ficus elliotiana e Ficus nymphaeifolia Mill., podendo ser confundidas em amostras secas, no entanto, existem diferenças quanto às estípulas, dimensões e forma das bases das lâminas (CARAUTA; DIAS, 2002). As folhas de Ficus caatingae também apresentam grande semelhança com as folhas de Ficus enormis Miq. e Ficus mexiae Standl (CASTRO; RAPINI, 2006). Além disso, nas três espécies estudadas foi observada uma polimorfia na forma das folhas, com folhas diferentes no mesmo indivíduo. Essa característica é bastante comum em espécies de Ficus (CARAUTA, 1989). A variação de forma e tamanho de folha entre exemplares diferentes de uma mesma espécie ou no mesmo indivíduo torna a determinação de uma figueira um procedimento difícil (CARAUTA; DIAS, 2002). Os caracteres macroscópicos diferenciais entre as espécies estudadas neste trabalho e suas espécies consideradas afins, com base na morfologia, são reforçados pelos microscópicos, dentre os quais destacam-se: organização estrutural do mesofilo, bordo e contorno do pecíolo. No entanto, o estudo anatômico de F. cyclophylla, F. elliotiana e F. caatingae também mostrou características comuns, tais como: mesofilo dorsiventral, anfígena, hipoestomática, com estômatos do tipo anomocítico. Em F. cyclophylla, F. elliotiana e F. caatingae, a anatomia foliar em vários aspectos, correspondeu ao padrão registrado para a família Moraceae (METCALF; CHALK, 1950). Com relação à epiderme da lâmina foliar, as três espécies possuem células com paredes anticlinais poligonais retas em ambas as faces, não constituindo um caráter diferencial entre as mesmas, e já referido também para outras espécies de Ficus como Ficus lyrata Warb. 53

(MELLO-FILHO; NEVES, 1978), Ficus religiosa L. (MELLO-FILHO; NEVES, 1982), Ficus benghalensis L. (MELLO-FILHO; NEVES; ISAIAS, 1990) e F. noronhae, (ISAIAS, 1992), entre outras. O tipo poligonal reto é um dos mais frequentes em Ficus, como registrado por Ogunkunle e Oladele (2008) com base na análise da epiderme de vinte espécies pertencentes a vários subgêneros. Características da epiderme de Ficus são importantes tanto taxonomicamente, quanto filogeneticamente, pois diferem entre as espécies quanto ao tamanho, forma das células, número de estratos celulares, presença de tricomas e posição dos litocistos (VAN GREUNING, 1984). Segundo Metcalfe e Chalk (1950), a epiderme de Moraceae é constituída por apenas uma camada de células e de acordo com Van Greuning (1984) espécies de Ficus subg. Urostigma apresentam apenas uma camada de células quadrangulares ou alongadas anticlinalmente. Em certas espécies de Artocarpus J.R. Forst. & G. Forst., Cecropia Loefl. e Ficus, os estratos celulares subsequentes ao estrato mais externo podem não ter sido originados das divisões periclinais das células epidérmicas, e sim derivar do mesofilo, originando uma hipoderme com uma ou mais camadas (METCALFE; CHALK, 1950; BUVAT, 1989). Em F. cyclophylla, F. elliotiana e F. caatingae, esse estrato foi denominado de camada subepidérmica, visto que não foram realizados estudos ontogenéticos para determinar a origem dessas células para as espécies estudadas. Ficus cyclophylla apresentou a organização do mesofilo muito próximo do observado em F. noronhae (ISAIAS, 1992), possuindo ambas a mesma organização do parênquima paliçádico e presença de idioblastos portadores de drusas de oxalato de cálcio próximos à paliçada, imersos no lacunoso e junto às células da bainha dos feixes. Entretanto, não é relatada a presença de cristais prismáticos e de esclereídes distribuídos pelo mesofilo em F. noronhae. A organização do mesofilo em F. elliotiana difere do encontrado em F. nymphaeifolia por na segunda espécie o parênquima paliçádico ser unisseriado (MELLO-FILHO; LEITÃO, 1975). Em F. caatingae o mesofilo é dorsiventral com paliçádico bisseriado e lacunoso miceliforme, semelhante ao encontrado em F. mexiae, diferindo desta por as células do parênquima lacunoso estarem organizadas de forma mais compacta em F. caatingae (DE SOUZA, 2009). As diferenças são mais marcantes entre F. caatingae e F. enormes, nesta última o parênquima lacunoso se apresenta de forma não-miceliforme, diferente do encontrado na primeira espécie (BERTOLDO, 1995). 54

A organização estrutural do mesofilo em Ficus se apresenta dorsiventral (SOLEREDER 1908; METCALFE; CHALK, 1950), o que foi confirmado nas três espécies estudadas neste trabalho. Entretanto, o tipo isobilateral já foi referido para algumas espécies do gênero, tais como Ficus gnaphalocarpa (Miq.) Steud ex A. Rich (MELLO-FILHO; FIGUEIREDO; NEVES, 1980) e F. benghalensis (MELLO-FILHO; NEVES; ISAIAS, 1990). O bordo foliar, em secção transversal, apresenta-se revoluto em F. cyclophylla com porção distal ocupada por colênquima angular, enquanto que em F. noronhae é referido que o bordo mostra-se levemente fletido com porção distal ocupada por colênquima anelar (ISAIAS, 1992). Em F. elliotiana o bordo é fletido com porção distal ocupada por colênquima angular, semelhante ao encontrado em F. nymphaeifolia (MELLO-FILHO; LEITÃO, 1975). Ficus caatingae apresenta o bordo levemente revoluto, semelhante ao encontrado em F. enormis (BERTOLDO, 1995), e diferente do encontrado em F. mexiae, o qual distingue-se de F. caatingae por apresentar dois pontos pronunciados de curvatura (DE SOUZA, 2009). A análise do pecíolo se mostrou um caráter diferencial entre as espécies estudadas e suas espécies afins. Ficus cyclophylla exibe contorno do pecíolo circular a semicircular, com 9-11 feixes vasculares, enquanto que F. noronhae possui o pecíolo, em secção transversal, plano-convexo, com 13-16 feixes vasculares (ISAIAS, 1992). Ficus elliotiana exibem contorno do pecíolo circular a semicircular, com uma leve invaginação na face adaxial na porção proximal, colênquima angular e 13-18 feixes, diferindo de F. nymphaeifolia por esta apresentar contorno circular com duas goteiras na face adaxial, colênquima lamelar e 16-18 feixes vasculares (MELLO-FILHO; LEITÃO, 1975). Em F. caatingae o formato é reniforme com 8-12 feixes vasculares, semelhante ao encontrado em F. mexiae (DE SOUZA, 2009) e F. enormes (BERTOLDO, 1995), diferindo de F. mexiae apenas pelo colênquima do tipo anelar apresentado por esta espécie. Segundo Metcalfe e Chalk (1950), o pecíolo sofre pouca influência do ambiente e representa uma estrutura de grande importância taxonômica. Valente e Carauta (1977) enfatizaram a importância taxonômica da disposição dos feixes vasculares no pecíolo em trabalho realizado com espécies de Dorstenia L.. O sistema vascular do tipo colateral é um caráter comum às espécies da família Moraceae (METCALFE; CHALK, 1950), portanto, não constitui um caráter diferencial entre as espécies estudadas. Laticíferos estão presentes na maioria dos gêneros de Moraceae, estando bem desenvolvidos nas folhas e caules jovens (SOLEREDER, 1908; METCALFE; CHALK, 55

1950). Cronquist (1981) destaca a presença de laticíferos no tecido parenquimático do caule e da folha, com conteúdo extraordinariamente diverso em diferentes membros de Moraceae. Laticíferos encontrados em Brosimum gaudichaudii Trécul, por exemplo, apresentam substâncias lipídicas (JACOMASSI; MOSCHETA; MACHADO, 2007). Em F. cyclophylla, F. elliotiana e F. caatingae também foi detectada a presença de substâncias lipídicas, como partículas de borracha, além de alcaloides e taninos. Com relação aos anexos epidérmicos, estômatos dos tipos anomocítico, restritos a face abaxial, observados nas três espécies estudadas, são comuns a Ficus já observados em F. enormes, Ficus hirsuta Schott e Ficus luschnatiana (Miq.) Miq. (BERTOLDO, 1995), F. mexiae (DE SOUZA, 2009), F. semicordata B. Ham. ex J. E. Smith (NEVES et al., 1991), F. sycomous L. (MELLO-FILHO; FIGUEIREDO; NEVES, 1980), entre outras, e também em outros gêneros da família como Dorstenia L. (VALENTE; CARAUTA, 1977). A presença de tricomas glandulares-estipitados claviformes observados em F. cyclophylla e F. elliotiana, e capitados em F. caatingae, já foi relatada para outras espécies de Ficus tais como em F. nymphaeifolia (NEVES, 1981; MELLO-FILHO; LEITÃO, 1975), F. noronhae (ISAIAS, 1992), F. lyrata (MELLO-FILHO; NEVES, 1978), F. semicordata (NEVES et al., 1991) e F. obtusiuscula (Miq.) Miq. (LEITÃO, 1984), entre outras. De acordo com Berg (2001), tricomas glandulares pluricelulares, capitados ou claviformes, observados nas espécies estudadas, constituem uma característica comum às espécies de Ficus. Nas três espécies estudadas observou-se o padrão de deposição de ceras epicuticulares em placas, semelhante ao referido para F. mexiae (DE SOUZA, 2009). Outros trabalhos de anatomia encontrados na literatura sobre o gênero não relatam características a respeito de sua micromorfologia foliar, não sendo possível fazer outras comparações com os padrões de deposição de ceras epicuticulares apresentados no presente estudo.

4.2 Revisão etnomedicinal de Ficus L. para o Brasil

Dentre as 27 espécies de Ficus referidas como medicinais no Brasil, destacaram-se como as mais citadas: Ficus carica L. (33 citações), Ficus benghalensis L. (31), Ficus religiosa L. (26), Ficus racemosa L. (22), Ficus septica Burm. f. (10), Ficus insipda Will. (8), Ficus maxima Mill. (5) e Ficus sycomours L. (5). Estas espécies foram as mais citadas, provavelmente por apresentarem uma distribuição ampla em várias partes do mundo, ou no Brasil (CARAUTA, 1989; CARAUTA; DIAS, 2002). 56

Dentre as indicações terapêuticas mais comuns para as espécies de Ficus ocorrentes no Brasil, destacaram-se aquelas referidas para o sistema digestório e vermes intestinais. A proporção de remédios referidos para o tratamento de doenças relacionadas ao sistema gastrointestinal também é elevada na maioria dos estudos realizados no Brasil para outras famílias e espécies (AMOROZO; GÉLY, 1988; AMOROZO, 2002; VENDRUSCOLO; MENTZ, 2006; AGRA et al., 2007; MONTELES; PINHEIRO, 2007) e em outros países como na Etiópia (TESSEMA; GIDAY; AKLILU, 2001; TEKLEHAYMANOT; GIDAY, 2007), em comparação a outros tipos de indicações que foram registradas como sendo usadas contra afecções humanas. A maioria das plantas é usada oralmente, sendo preparadas em forma de decocto, infuso, maceração e sumo que é extraído após maceração das folhas ou outras partes da planta com água. Essa forma de uso foi referida por Agra et al. (2007) como a mais utilizada em levantamento realizado no Cariri paraibano. Alguns indidações das plantas para uso externo são preparadas como decocto e são usados para lavar as áreas afetadas por doenças de pele ou no banho por todo o corpo. Este modo de uso foi documentado também em uma pesquisa de plantas medicinais comercializadas na Bolívia por Macía, García e Vidaurre (2005). Além disso, algumas indicações para uso externo baseiam-se na aplicação direta do látex da planta. Um exemplo desta utilização é referido para o látex de Ficus carica L. que é aplicado sobre verrugas, lesões, feridas e úlceras (ZAGARI, 1992). 57

5 CONCLUSÕES

A anatomia foliar forneceu caracteres distintivos para as espécies estudadas, podendo ser empregada como um recurso adicional a estudos taxonômicos como também para subsidiar o controle de qualidade de suas drogas vegetais.

O levantamento da etnomedicina das espécies de Ficus forneceu informações importantes sobre as espécies do gênero e seus usos populares no Brasil, que poderão ser empregadas como fonte de compostos biologicamente ativos. 58

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