Habitação E Transportes Dominam Cada Vez Mais Apelos Para As
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Administrador José Rocha Dinis • Director Sérgio Terra • Nº 4721 • Segunda-feira, 23 de Março de 2015 10 PATACAS Subsídios atribuídos pela Alunos da EPM experimentaram Fundação Macau aumentaram a escrita criativa pela mão quase 40 por cento em 2014 de Maria Rosário Pedreira Pág. 5 Centrais UM remete para nova lei a acreditação dos cursos Segundo a Universidade de Macau, a solicitação de acredi- Habitação e transportes tação dos cursos no sistema de ensino superior português vai depender do que ficar decidido na nova Lei do Ensino Superior de Macau e das directivas do dominam cada vez mais Gabinete de Apoio ao Ensino Superior. Pág. 6 apelos para as LAG Pág. 7 Irlanda quer ajudar Hong Kong a melhorar o ambiente FOTO JTM lança alerta de O ministro do Ambiente da República Irlanda, Alan Kelly, ameaça terrorista encontrou-se com o Secretário para os Transportes e Obras O Chefe do Executivo de Públicas, Raimundo Rosário, Hong Kong, CY Leung, e o para debater questões ambien- Comissário Andy Tsang Wai- tais e soluções tecnológicas ofe- -hung, lançaram um alerta de recidas por empresas irlande- possível ameaça terrorista in- sas para esse sector. ternacional à região vizinha. Pág. 9 As preocupações devem-se ao facto de terem sido identi- ficados homens que exibiam o logótipo “IS”, associado ao Ciberataque motiva Estado Islâmico. Andy Tsang queixa judicial da CTM Wai-Hung garantiu ontem, durante uma conferência, que O ataque informático que terá a situação está a ser acompa- causado um problema na in- nhada de perto pelas auto- ternet fixa e móvel da CTM ridades. A polícia de Hong na noite de quinta-feira, levou Kong tem desenvolvido acti- a operadora de telecomunica- vidades anti-terrorismo nos ções a apresentar uma queixa últimos anos criando unida- judicial, referiu a empresa. des preparadas pare respon- Pág. 10 der ao fenómeno, referiu, de acordo com o South China Morning Post. Um relatório citado pela publicação indica “Leões” com nova vitória que alguns grupos terroristas sobre o Monte Carlo estavam a recrutar membros na região vizinha. Porém, o O Sporting de Macau alcançou MANUEL SILVÉRIO EM ENTREVISTA AO JORNAL TRIBUNA DE MACAU professor Yang Shu, da Uni- a segunda vitória da tempora- versidade de Lanzhou, perito da, enquanto o Monte Carlo fi- em assuntos referentes à Ásia cou agora mais distante dos da “Falta coragem e visão” Central, afirmou que “Hong frente. Benfica venceu a Polícia Kong não tem nada a temer”. e mantém-se na liderança numa Ressalva, ainda assim, que jornada em que o Ka I aplicou para desenvolver o desporto a problemática não deve ser “chapa 11” à Casa de Portugal. Págs. 2 a 4 descredibilizada por se tratar Pág. 15 “de uma questão global”. PUB 02 JTM | LOCAL Segunda-feira, 23 de Março de 2015 MANUEL SILVÉRIO EM ENTREVISTA AO JORNAL TRIBUNA DE MACAU “Houve inércia e preguiça para resolver” futuro de infra-estruturas desportivas Apesar de se ter aposentado há sete anos, Manuel Silvério continua a ser um observador atento da conjuntura actual do panorama do desporto local, considerando que, apesar de Macau ter “todas as condições”, existe “falta de visão” para o desenvolvimento sustentável deste sector. Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o antigo presidente do Instituto do Desporto lamenta “invenções de actividades desportivas que muitas vezes são mais lúdicas e de lazer” e o que considera ser um deficiente aproveitamento das 18 infra-estruturas criadas para os Jogos da Ásia Oriental, da Lusofonia e Asiáticos em Recinto Coberto. “Houve inércia e preguiça para resolver”, critica Silvério, para quem o Instituto do Desporto “perdeu um bocado a sua personalidade” nos últimos anos Pedro André Santos do que do desenvolvimento do despor- to propriamente dito. Isto sem falar no FOTOS JTM desporto escolar, que está dependente desporto é promovido em Ma- da Direcção dos Serviços de Educação cau de forma sustentável? e Juventude e sem falar do “Desporto - Obviamente que Macau tem para Todos”, dependente um bocado do O Instituto do Desporto, mas também do todas as condições para desenvolver um projecto sustentável na área do Instituto para os Assuntos Cívicos e Mu- desporto. Em primeiro lugar, não só nicipais. dispõe de um parque desportivo inve- - O que poderia ser feito para me- jável para muitos países desenvolvidos, lhorar nesse sentido? como também, em termos de verbas, é - Seria importante haver um depar- um território que não tem problemas tamento, que teria que ser neste mo- em relação a financiamento do Governo mento o Instituto do Desporto, a definir ou do sector privado. Neste momento, a política do desenvolvimento despor- há estabelecimentos do ensino superior tivo de uma forma sustentável. É claro que podem aprofundar o desporto de que existem Linhas de Acção Governa- uma forma científica e organizada. Pelo tiva do Governo da RAEM, mas não são facto de ser uma Região Administrativa mais do que linhas muitas vagas, sem Especial da China, sem falar de outras uma definição. Para o bem do desporto grandes potências aqui ao lado, como o e para o desenvolvimento das diversas Japão e a Coreia, Macau tem todas as modalidades, bem como a formação de condições para criar um projecto muito talentos e bons desportistas, tem que se sustentável para o verdadeiro desen- obedecer a um calendário muito pró- volvimento do desporto, apesar de o prio para haver sustentabilidade. tema não ser pacífico, inclusivamente - Esse departamento seria algo den- entre académicos e especialistas nas tro do Instituto do Desporto ou o pró- mais diversas áreas do desporto. Há prio organismo? que definir uma política de desenvolvi- - Acho que neste momento, como as mento do desporto quadrienal seguin- coisas são, terá que ser o Instituto do do o ciclo olímpico, do desporto nacio- Desporto. Existe um Conselho de Des- nal chinês e das diversas competições porto que não é mais do que um órgão em que Macau está melhor inserido e consultivo, cujos membros estão lá ape- representado. Julgo que, neste momen- nas a representar associações. O Institu- to, pelo facto de haver a liberdade do to do Desporto deve ouvir as opiniões associativismo e do abuso dos próprios mas desenvolver um plano de desen- jovens participarem hoje no futebol e volvimento. Mas, o desenvolvimento amanhã no basquetebol, sem um regi- de qualquer modalidade não acontece me enquadrado e pensado, nada pode- se não houver instalações para as asso- rá ser feito para o projecto sustentável. ciações, formação, iniciação e o resto. - Por falta de planeamento? Alguém tem que fazer essa definição - Sim. Também se deve dizer que o de- e esse alguém é o Instituto do Despor- senvolvimento desportivo, de uma for- to. Há associações que se queixam com ma organizada, só começou depois do 25 frequência que há falta de instalações, de Abril. Antes dessa data todos nós sa- umas com razão, outras sem, mas o bemos que Macau não tinha livre associa- que confunde às vezes são iniciativas tivismo, ninguém aqui estava autorizado do próprio Governo e diversos servi- a constituir clubes ou associações, muito ços públicos, inclusivamente do pró- menos a participar em eventos regionais prio Instituto do Desporto. Promovem ou internacionais. Era uma coisa impen- actividades desportivas, umas de uma sável. Esse modelo alterou-se com o 25 determinada modalidade, outras de de Abril e isso também quer dizer que Pelo facto de Macau ter essa abundância e todas forma lúdica, e tudo isto vem subtrair este processo de desenvolvimento des- horas de disponibilidade das instala- portivo em Macau começou tardiamente, essas facilidades, entrou-se numa fase de invenção ções para o uso exclusivo do desenvol- comparando com outros países e regiões vimento do desporto escolar, formação da zona. Entretanto, principalmente nos de actividades desportivas que muitas vezes são mais de talentos, representações territoriais, últimos anos da administração portu- competições locais e assim por diante. guesa e nos primeiros do Governo da lúdicas e de lazer do que do desenvolvimento do Desde o Governo da RAEM foram cria- RAEM, recuperou-se todo o tempo per- desporto propriamente dito dos mais de 500 mil metros quadrados, dido. Acompanhei essas duas dinastias, o que é muito significativo num territó- a portuguesa e a chinesa, e uma série de rio tão pequeno, só que, infelizmente, projectos que na altura a administração não houve seguimento nem um refor- portuguesa lançava para fazer, assim sinto-me à vontade para analisar tudo essas facilidades, entrou-se numa fase de ço para a continuidade. Fizeram-se 18 como concretizei as instalações despor- isto. Julgo que neste momento, pelo fac- invenção de actividades desportivas que infra-estruturas desportivas e, depois tivas existentes neste momento, por isso, to de Macau ter essa abundância e todas muitas vezes são mais lúdicas e de lazer dos Jogos [Ásia Oriental, Lusofonia e JORNAL TRIBUNA DE MACAU Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Dinis • Director: Sérgio Terra • Grande Repórter: Fátima Almeida • Redacção: André Jegundo e Pedro André Santos (Editores), Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. 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