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[LOV •nmb^B v .*__», ^^rj___aii^¦waa^^^ SUPLEMENTO LITERÁRIO DE "A MANHA'' 26/4/942 Dol. II pUbiicm{0 semanalmente, sob a direção de Mucio ^Il_^ ______¦___¦______p ^jjjjjjjjjj|Hfe^*% Ano ,|^ej0 fj)^ Academia Brasileira de Letras) liúm. 13 Jmmvmmmm\w^ ám^m^m^m^m^m^m^Êtmmm,. Notícia sobre Joaquim Manuel de Macedo

Jnquim Manoel de Macedo nas- orador da venerando instituição, bléía Provincial do Rio de Janeira, c.»u ;m 5. João de Itaboraí, na pro- cargo em que sucedeu a Porto Ale- em 1854. Na 12.a Legislatura. He vinco do , em 24 de gre e onde foi substituído por Fran- i8t>*4-18ââ, representou, na Assem- filho de Seve- klin Tavora, lhe junho de 1820. Era que pronunciou o blôia Geral Legislativa, a sua provín- nnj da Macedo Carvalho e de d. elogio. Em 1876, sendo vice-presi- cio. Foi ainda deputodo na legislatu- G.Tigna Catarina da Conceição. Fe'- dente do Instituto Histórico, ex-ir- ro de 1367-1868 e no de 1878- WèÊÉèMêèwBF-- ¦ - lo-* ->s estudos primários e de prjpa- ceu interinamente a sua presidência. 1831. '* ra foros, matriculou-se na Facutda- Foi também durante olgum tempo o Sua carreira primordial foi, entre- I raiflK.« dá J-i Medicina do Rio de Janeira. seu primeiro secretário. No cargo de tanto, ao lado do de homem de le- Ak 24 anos e pouco, doutorava-se, orador, Macedo pronunciou no Ins- trás, a de professor. Foi ele mestre "A e-jcr-j vendo uma tese sobre Nas- tituto 20 discursos. De 1852 a 1856 de História e Coroa/afia do Colégio '. toe_e:¦•>s a tipografia, trazia estampjs neta Mágica", as algozes", livro intitulado de História PÁGINA 207: "Rio "Nina"; PÁGINA 199: e música adequada 1 bolada que i o do Quarto", «m do Brasil", para uso dos escolas de "A ²O de originalidade iVoroninha canta no rochedo. E' esse 1870, Namorodeira"; em 1811, instrução primária", e Mm assim jt ²Notícia solire Joaquim Ma- conceilo "Um "Noções um Jos livros que maior número de noivo e duas noivas"; em de Corografia do Brasil", nuel de Macedo. € outros, de D. Milano., "Os e-jiyj^s tem tido no Brasil, sendo fã- 1872, quatro ponto cardeais'; etc. ²Macedo, ²Armilavda, de Muri- "A julgado [Kjr Jack- poema Ci) afirmar que só estará abaixo das em 1876, Baronesa do Amor". "Pri*r>,iveras" Joaquim Manuel de Macedo ta- sou dc Figueiredo. lo Mendes, com ilustrarão de Casemiro de Abreu, Ao lado dessa produção incessante "Iracema" leceu no cidade do Rio de Janeira, ²Sumário. de E. Marciec, da "Guaroni", romancista, dava a sua larga e do de coma em I I de abril de 1882. Alencar. produção como teatró.oga, como e*»- PÁGINA 200; TÁGINA 208: FO- Macedo o orador de sua tur- tudioso de assuntos de história, co- Catorze anos depois de sua moi- te, ao constituir-se a Academia Bra- —,A li- ²Mundo sem ideal, de Dar- tm, tendo proferido, na solenidade, mo jornalista. posição de Macedo na si leira de Letras, foi ele escolhido um discurso, que depois tirou num Nessa última atividade, fundou teratura brasileira, de Lons- cy Azamlmja. Salvodor de Mendonça — seu fo-riit-o de oito páginas. ele, juntamente com Porto Alegre ¦* por Alves. ²Nomenclatura de "O "A conterrâneo, filho como ele de Ita- tàncio química, Ni) ono seguinte, publicava Gonçalves Dias, a revista Gua- boraí —¦ de uma das ²A morte de Macedo, de Antenor Nascentes. Mo-;-) Louro", livro que igualmente ngbaro", dos móis características do para patrono hoje ficju sendo dos mais famosos de sua seu tempo e cujos números os estu- cadeiras. Seu nome fulge so- . PÁGINA 209: Sal- ofVa bibliografia. Nesse mesmo diosos da historio literário do Brasil bre a poltrona n.° 20, na qual ²A de Macedo, de foi glória ²Beleza orgulhosa, conto dc or*o de 1345. foi Macedo admitido, sempre consultarão com vantagem. vador de Mendonça substituída Menezes, na Goulart de Andrade. comj membro efetivo do Instituto Joaquim Manuel de Macedo teve por Emilio de e qual José Rodrigues Migueis, se sentou Humberto ²0 de M. de Ms- Hi,t.?n_o. Ali esteve durante trinta Igualmente sua atividade politica. posteriormene /lassado, J. com ilustração de Osvaldo « «f- anos. De 1857 o 1831 foi o Iniciou-a como deputado *• Assem- de Campos. cedo. Goeldi. Macedo é, sem dúvida, um. doa P.ÃGINA 201T mais lidos da literatura bra- PÁGINA 210: autores ²Algumas dc si leira, nos dias de hoje, como o foi páginas Joa- —• A compensação io Amor, MACEDO, nos dias Tem si os mo- Manuel de Macedo; julgado por passados. por quim de Manuel de Ma- ços. os que começam a ler, os que A moagem — A Joaquim primeira cedo. nõo atingiram a um certo grau de vila de ltal/orai — O berç* Jackson de Figueiredo exigência e de requinte, em mate- -— Vm contentaria em torno — O Passeio Públt- ria literária. Escritor sem nenhuma pátrio de "Autores e Livros", de N*o teve Macedo a vi- teve em naturalidade e nto- ele em 1873. graça que profundidade, todo de superfície, co Múcio Leão. vj, ou a ironia stbilina e por vimento com que compensar o se deleita em narrar as coisas mais ²Joaquim Manuel de Mace- i ¦ > o r díçulo ²Raquete Pinto no Paraguai, de que usou ja- que lhe faltou de graça pro- simples da vida. O quadro vogo e in- do na opinião de Ronald mais feriu fundamente o que prlamente literária, delicadeza gênuo de um idílio de estudantes « de Gilberto Freyre. bi cie mais elevado nas nossas de expressão e v!gor meninas trafegas, a vago historia de de Carvalho. plctural. PÁGINA 211: tradi.çõas, e não há sair do seu Tendo pertencido às nossas um namoro qualquer sem malícia, ²Uma opinião de Sílvio Rí>* contacto, desmoralizado ou a duas geracõ?s <'e românticos, eis. entre outros, os temas em que mero sobre Macedo. ²Contra as forças da Incon- sjii!>i*ar, um coração, por mais em verdade conservou sempre ele se move, deliciado. ítaco PÁGINA 202; fidência, Uma entrevista do que seja. Macedo íoi sim- da primeira, sob todos os pon- Isso é — convenhamos — muito plismente "o verdadeiro fixa- tos de vista em o fl- escritor Ernest Robert Cur- -.os que queira pouco. E hoje, se quisermos julgar ²Bililiograíia de M. dc dor nossos costumes" como X9r a crítica, as características J. tiss, em 1935, defendendo a Macedo com o nosso gosto exigènt;, Macedo Artur o chamou o sr. Ronald de Car- essencia!s, poristo que, como arte complexa, (Segundo — **E' valho, sob um critério da cultura lmmantstica, e é este historiador da notou José Veríssimo, não há tendo em vista o romance depois das Mota). nossa literatura a sempre mau esquecer ou quem, se bem na sua obra um progresso as- trágicas e infindas sondagens que PÁGINA 203: <3'ie com certa irreverência, me- sinalar, sendo tão vasta e russos, os por de parte as lições que o nos ensinaram os autores ²Joaquim mor o caracteriza no quadro abrangendo tantos anos a sua ingleses e alguns franceses, iremos Manuel de Mace- nos legou'. d'»-s "Mace- passado nos os ficcionistas: produtividade literária. Foi considerar um coso totalmente perdi- do, de Filinto tie Almeida ²IValdo Vrank, de Lins d,J — "Moreninha" José diz o sr. Ronald — não igual, até o fim, não só na sua do o do autor de e de Academia Brasileira). amava "Moço (da do Rego. os escândalos, nem os desleixada plasticidade mas até Louro". ²0 ¦crimes sensacionais, intenções de mora- cajr, de Joaquim Manuel PAGINA 212: sua pena nas suas Esse é o de vista que tem a-rida tinha pudor, era socega- lista. ponto de Macedo.* - lei. bonach^rona sido adotado peios críticos brasilei- ²Correspondência ²Alfonsus de Guimaraens Vi- e católica. Mas a sua obra, a todas as ros da e daí essa de escrito- P us atrevimentos não iam lhe fazer a geração presente: lho — Ternura Biem restrições que possa desdenhosa intolerância, com quo res. Carta de Joaquim Ma- perigosa. de algumas considerações crítica mais autorzao'a, parece o velho ²Pequena teoria da bondade ch-^as de bom senso vemos quase sempre julgado nuel de Macedo a um ami- vulgar e fadada a resistir galhardamen- romancista. hrasileira, de Cassiano Ri- prático, desse bom senso apaná- tanto é verdade sob a das te, que Mas uma tal maneira de julgar -do Academia liraai- Rio pessoas de experiência, sua forma pouco cuidada, há PÁGINA 204: (da

^.^.^•r^iUi¦'•'¦¦' -.--¦:•¦*— '- ______- • ¦ ' ¦Wrmmx StPjP^rWaia-T-m*^!'"'!^^^~iainçrt^pvmvm^mr, - Bt?Wiga»'*i'CT

-a PAGINA (M svvinawTO umuio di jawa" — tol. n ¦OMNOO, M/4/lM2jÜ% O PASSADO /\ POS/Ç/40 DE MACEDO NA LITE- J. M. de Macedo A terra desapareceu a meus olhos; por mais que alongue a vista, somente descubro mar » RATURA BRASILEIRA - consta^io alves céu. Indizivel melancolia se apo- dera de almas, e não ter sabido aepa- mim: parece-me que já A Academia Brasileira de Letras Inicia hoje, eom a sessão por não ter descido ao fundo das não ao mundo — agora morto com pertenço que ha- em honra de Joaquim Manuel de Macedo, a comemoração do rar o duradouro do transitório parece quase bitava, como não vivo e fez rir e até chorar. no pre- centenário dos seus membros. Logo no periodo de formação, a sociedade morta que ele pintou sente; e, triste de mais cuidou a Academia em dar à sua vida a solenidade do passado. Mas se alguém se der ao trabalho de procurar o que ainda para — sonhar com o futuro, eu quero Presente e futuro ganhariam com esse acréscimo de glórias respire — no que parece domínio exclusivo da arqueologia ao menos recordar Pertence o passado remotas. encontrará sangue e vida num montão de pedras. O momento é "Namoradeira?" var- oportuno: „„ Os que vinham compor à coletividade dos quarenta, traziam acaso as espécies extintas a Já o progresso tenho a saudade no não ouvire- coração'e para enriquecer a instituição nascente nomes de outrora e com reu do mundo o capitão Tlbério? Escutando bem á saudade tanto letra, o amor pertence ao essa radiação de celebridades longínquas, Impunham ao novo mos ainda, sejam quais forem as alterações da passado como a esperança de Basilio: 6 a respeitabilidade de tradição. paterno, repetir o desvanecimento toda inteira do porvir. Cada acadêmico escolheu o seu padrinho. Assim se formou, Quero lembrar-me dos meus sábio é o med Jucá com essa eleição de mortos, uma outra Academia, academia de Oh! que belos anos já vividos! o pavsa- vivos rapaz! sombras que a simpatia, o respeito e a admiração dos Que cabeça de do é um lago mágico de rozos ressuscitavam. deleitosos quando a conciência nem Graças a essa ficção, a Academia, mal se Inaugurou, con- Nas multas e muitas páginas que consagrou à política, não tem de que acusar o ho- iam até deixaram de ser atuais. Não é necessário ainda o escla- tava já séculos: os seus anéis, na cadeia dos tempos, todas -Carteira mení, e os remorsos não posam dias em alvoreceu o brasileiro. E' certo recimento dos comentadores a interpretação da sobre o os que pensamento que "Memórias para coração; e em moma.ii-' eom os antepassados a quem a imorta'idade acadêmica não do meu tio", das do sobrinho de meu tio", dos lances tos de doce melancolia, a alma da premiou — talvez pudéssemos constituir — tuna outra Acade- de comédia em que aparecem eleitores e se assiste à obra deixa-se levar nas asas tia me- mia dos Esquecidos. Mas os novos eram quarenta e os velhos soberania nacional. mória a esses saudosos aparos excediam de muito esse número. Alguns haviam de ser sacrifi- Se me não engana a memória, ainda viçam, ainda florescem decorridos, e arroja-se no lor- eados às exigências do que, eom espírito, — em artigos de fundo e sátiras políticas — frases de Macedo, maso lago onde se banha toda denominou o metro acadêmico francês. Nem mais, nem menos. de Macedo. esquecida dos pezares do pilhérias"O "menu" pro- * pão de ló do Tesouro", — não desapareceu do sente, e ainda mesmo ros ie- * * ou cardápio cotidiano da imprensa. mores do futuro. reedita sempre o fú- Há sempre nessa A caricatura dos dins de agora "aqui gracejo vida. qne Joaquim Manuel de Macedo entrou pela mão de Salvador nebre da Constituição enterrada, com o jaz" do estilo. já se viveu, alguns dias

26/4/1M8SUPLEMENTO LITERÁRIO "A — II PAGINA Ml j% DOMINGO, DE MANHA" VOt. Algumas pagines de Joaquim Manuel de Môcedo A primeira moagemA VILA DE ITABORAHY -O berço pátrio Um celebre des- A vila de Itaboraí, cabeça de provincia; possue uma casa de poeta polaco, Cristiano quis marcar a pri- encaixe, observavam o tanque crevendo em magníficos versos de seu engenho do mel e a casa dos alambiques. uma das comarcas da província câmara municipal muito decen- ,,. ri moagem do Rio de Janeiro, está assenta- te, uma casa de mercado, um uma floresta encantada do seu com a solenidade religlo- Dominando país, imaginou que as aves e os n0vo os anti- todo o ruido oras da sobre uma graciosa colina, teatro, e, entre as principais sa c campestre, de que conversações alegres a ca- elevada, mas em situação a mais animais ali nascidos, se por nunca em que pouco habitações particulares, acaso longe achavam, Vos não precindiam da canto se travavam, as can- tào feriz que do alto dela se do- importante de todas, a casa ira se quan- f.u-ils casos, e, que alguns re- tigas agrestes do sentiam aproximar-se a ho- dia da moa- mas melancólicas mina e aprecia o mais beio qua- que se hospedaram el-rei Dom pelem no primeiro dos escravos ocupavam as dro da natureza campestre. Por e D. Pedro II, ra da morte, voavam ou cor- todos os anos. que João VI o sr. riam e vinham todos expirar à „(,,„ de almanjarras, se entornavam. qualquer lado que se dilatem, quando visitaram este ponto da No corpo principal da fábrica umas depois sombra das árvores do bosque altar singelo de outras, no seio os olhos se esquecem embebidos província. estava armado um do engenho. em imensos vales semeados de Uma formando imenso onde tinham nascido. grande praça, O amor da não (¦ pequeno. A alegria campos e estabelecimentos agrí- semicirculò em torno da ma- pátria pode amanhecera todo radiava em todos ser- explicado por mais beta e O engenho os semblantes e a esperança no colas, fazendas e sítios, e mon- triz, e quatro ruas quase fron- de ramos de palmeiras tes isolados; enfim, ao longe, das outras, comu- delicada imagem. ornado coração do fazendeiro. e, teiras umas Coração sem amor é um cam- c (ir í oves agrestes. muito ao longe, a serra dos Or- nicando com a praça, compõem Enfim! enfim!... exclamou alcantilada e imensa, re- a vila de Itaboraí. po árido, quase sempre, ou sem- D cio o romper da aurora, os este depois de gãos cheio de espinhos e sem armados de bandeiras e duas horas de mata esse painel magnifico, le- Dessas quatro ruas, uma to- pre, cains trabalho da fábrica; enfim, eis vantando uma trincheira se orago da uma única flor que nele se abra cobníos das áureas flores de que mou o nome do paro- e amenize. ramagens, aqui as massas da nossa- moa- perde nas nuvens, diante do chama-se de S. João e é o *somen ip: o cie graciosas gemi quia: Haverá te um homem coní.uziam canas para o pi- olhar cubiçoso e insaciável. nela que se levanta a Casa do E Formosa a segunda,' tem um em quem palpitasse coração tão ca(''ii'ü, ao som das rudes can- dizendo Isto, mostrava pela sua posição, Mercado; a seco, tão enregelado e sem vi- tr»;' r'os carreiros. triunfalmente um criado, que o vila, pequeno povoado que cons- nome triste, chama-se do Cerni- acompanhava, ta de mais de cem ca- tério; descendo-se da de sentimentos: o homem ,„;avos mostravam-se to- trazendo nos pouco porque, por não amasse o lugar de seu o braços uma bandeja. sas, oferece uma edificação ela, pobre rua sem casas, che- que du.s a Irares e vaidosos da sua e, dúvida, mortos, ao ce- nascimento. limpa, e atentos E logo, com tal efusão pouco regular sem ga-se ao asilo dos Depois dos recebem nmpu nova e de pra- defeituosa, como todas as cida- miério da vila, que prima pela pais que mi ,:,:o da fazenda, que repi- zer, que todos lho estavam len- é nosso primeiro grito, o solo pá- do nos olhos, des, vilas e povoações que tive- decência e pelo zelo com que ca.n rs:>:nalando a iesia do dia. começou a ofere- ram seu no tempo co- conservado. trio recebe nossos primeiros À.s ciez horas da manhã, cer a seus hóspedes taça- de cal- princípio passos: é um duplo receber, que do lonial; entretanto, ela se dis- A terceira rua fica fronteira Ctv.Ui.uio entrou no engenho se- de cana, que acabava de üngue alguns edifícios, re- à de São João, embora de uma é duplo dar. (ia sua familia e de todos sair fervendo da taxa. por As idéias grandes e genrosas (juiiici•¦¦ ¦; lalivamente dignos de menção; não se aviste a outra, porque a os r amigos. "Vicentina" — 3.» uma das dilatam o horizonte da pátria; ed. Garnier a sua igreja matriz é matriz o impede: chamava-se a a língua, os costumes, u..i sacerdote ajoelhou-se — Tomo II, pás. 56. melhores c mais espaçosas da outrora a do Senhor do Bom religião, as leis, o governo, as aspirações jLiiü i cio altar, e entoou uma la- Fim e chama-se agora do Tea- não só tendo fazem de uma nação uma gran- damiia, respondida pe- tro; porque este edifício, de familia, e de um imenso la.s senhoras e amigos de Cris- a sua frente para a praça, ofe- pais mas ainda todos os suas faces late- a pátria de cada membro dessa tiuüu, por rece uma das família. seu; ."-ravos. rais à rua que desce até termi- OP,dsseio PMico em 1783 nar junto da capela do Senhor Mas, deixem-me dizer assim, D ^jj o padre ergueu-se re- a não fazer as orações adequadas, do Bom Fim, cortando cm dois grande pode olvidar petinrto outra a pequena pátria; dessa árvore bon?eu, uma por uma, e asper- Penetrarei agora no seio do dos fora do seu ninho, mostra- ângulos retos pequena lançando rua, que não mencionei por majestosa que se chama a na- giu rom água benta todas as jardim. vam-se soberbos pela o. não há cm.; e da fábrica, con- boca aberta cópia dágua crarís- constar de cinco ou seis casas ção, país, quem náo peças apenas, e toma o nome de sinta que a raiz é a família e o cíuindo por pedir a proteção do Uma rua principal nascia a sima, que ia, com a que deita- que berço Alli.-.ámo a favor do fazendeiro entrada co Passeio e ia morrer vam as aves, ajuntar-se em um Senhor do Bom Fim. Defronte da pátrio. e c;" ívn, nascente lavoura, entre duas pirâmides e diante tanque semi-ciroular, que ro- porta lateral da capela há uma Há nesse santo amor uma es- duma cascata, de deava a cascata, e onde se re- casa com um limitadíssimo pá- cala ascendente, que vai do lar t.,'. iuldo o ato religioso, pequena que de logo falarei, deixando bem no produziam as imagens dos ja- teo, que eu não posso deixar doméstico à paróquia, da paro- Cr/Uiano deu a voz para o co- lembrar. ao município, mcr;o ria moagem. centro do jardim e no meio do carés. Sobre o cume do outeiro, quia do municí- seu correr um limitado terreiro, enfim, elevava-se um magnifico Essa casa foi, há perto de pio â provincia, da provincia ao Ai bestas já estavam presas quase circular, com quatro coqueiro de ferro, pintado ao quarenta anos, um pequeno tea- império: ama-se o todo porque no .seu posto, e as alm?.njarras, bancos de pedra separados por natural e tendo mais de vinte tro, e ai encetou a sua gloriosa se ama cada uma de suas par- quo elevariam ser ocupadas pe- ela e por mais duas ruas late- palmos de altura. carreira artística o primeiro tes. Ias escravos, foram de improvi- rais, que vinham abrir-se no do ator dramático brasileiro, o cé- Com efeito so conquistadas ("Um passeio pela cidade é impossível negar por Américo mesmo terreiro. Rio de Janeiro"; Tomo I — B. lebre e inspirado fluminense, que, em suas naturais e suavís- Camilo, Frederico e outro man- — João Caetano dos Santos. cebo. Diversas outras ruas largas e L. Garnier editor). simas predileções, o coração bem construídas concorriam .distingue, sempre, em todos os Benedito ofereceu, em uma com aque'as para dividir-se o distritos, cidades e diversos pon- Sfiva de prata, um feixe de três passeio em massiços de forma tos do pais o torrão limitado do mimosas canas, presas com la- regular, cercados por gradaria Manoel de berço pátrio; pobre ou mesqui- cos cio íita, a Adriana, para que de taboca e ostentando o tesou- Joaquim Macedo nho, esquecido ou decadente, ria fosso a primeira a dar ás ro de mimosos e floridos arbus- agreste ou devastado, é sempre morrndas o seu frutuoso ali- tos e a vegetação tropical, re- amado por nós e sempre grato mento. na opinião de presentada por árvores que ha- fará nós. E' isso e muito mais, Cristiano, trazendo nos bra- viam de ser corpulentas e fron- por por uma dosas e que teriam de oferecer de Carvalho é porque íoi meu berço, berço ços grande bandeja, cheia Ronald daqueles a mais amei e de outros iguais feixe.; de ca- sombra e frescor ainda nas ho- quem ras calmosas do dia. Cabe a Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) o primordial amo, é porque no seu solo ii as, 03 foi oferecendo e repar- Foi ele o ver- titulo lugar entre os fundadores do romance nacional. tenho sepulturas queridas, é pelas senhoras, que se Ao tocar a rua principal o costumes, naquela época ainda colo- desejo ter em seus cam- colocaram à distância conve? dadeiro fixador cos nossos porque ponto que a terminava, um lar- n!al na maioria dos seus aspectos. Na imensa galeria das suas pos um abrigo na minha velhi- iiientc, para suceder a Adriana espaçoso se fazia ver, e daí "Moreninha" "Moço Lou- das go personagens há algumas, como a e o ce que começa, e no seu cemité- junto moendas. duas mesas de pedra abriga- de todos, ainda teem pre- rio um leito dormir o últi- — Vamos! bradou Cristiano. ro" que ainda vivem na memória que para vam-se debaixo de um teto de embora os anos hajam corrido às dezenas, desde a mo sono, é, enfim, por todos es- Os mancebos e delas, e um sença" real, quatro tocaram jasmins, adiante sua ruidosa aparição.. ses laços da vida e da morte as Destas, e, ao som de alegres mais o centro, mos- da nos- a vila de Itaboraí me é tão cantos, pouco para Macedo compreendeu admiravelmente as tendências que começaram elas a tro- travam-se dois pequenos lagos sentimental e piegas, e tez, com pequenas in- querida. tur. artificiais, do meio de cada um sa alma popular, trigas ingênuas à maneira de um Bernardin de St. Pierre atra- ("O Rio do Quarto", 2.» ed., Adriana estendeu os braços e dos quais erguia-se uma pira- história íntima e simplória. Chorou e riu págs. 58). entregou mide de cantaria, de cada zado e rústico, a sua o seu feixe de canas que largamente, do mesmo modo que as suas melancólicas leitoras; as moendas; depois dela vieram face de tua base deixava correr sal nem sangue, com a dágua com doce mur contou as suas anedotas, sem pachorren- as outras senhoras fazer o mes- uma pena de um burguês, funcionário público e chefe de UMA OPINIÃO DE mo, e o múrio. Paralelos ás margens dos ta fantasia pacato precioso caldo começou numerosa prole, recatada e limpa. Não desceu ã escabrosa sargeta a correr no meio dos aplausos lados havia bancos de pedra. menos na conciência dos outros, SILVIO ROMERO de Ioda de Aluizio, não penetrou muito a sociedade. Uma das pirâmides tinha a fazia , com aquele seu ar de tímido desilu- "A do Rio" como SOBRE MACEDO Alguns momentos depois, as inscrição "Ao Saudade dido e indiferente, nem tampouco se elevou ao lirismo delicioso senhoras entregaram o cuidado a outra Amor do Público". de Alencar. Ficou entre duas águas, nem muito abaixo nem das sentiu a saudade e quem inocentes di- Os primeiros produtos do gê- moendas, e os mancebos as Quem muito acima. Seus namoricos, são por via de regra, nero devidos a Maga- almanjarras, aos se lembrou do amor do público da rua, ou, aca- (prosa) escravos dese- as versões, não passam do portão quando passam, Ihães, Teixeira e Souza t Ma- Josoj de tomar o seu lugar. a que foram consagradas bam em casamento, com todas as formalidades de um noivado duas pirâmides, não me é dado cedo, são hoje completamente A sociedade dividiu-se, então, honesto, vigiado por Irmãs soltelronas e tias velhas . ilegíveis, serem escritos no era dizer. os escândalos, nem os crimes sensacio- por diversos grupos: uns pas- Macedo não amava estilo mais pesado, chato, in- seavam conversando ao longo A'guns passos alem das pira- nais; sua pena a!nda tinha pudor, era sossegada, bonachelrona correto, incolor, é da iam de conslde- que possivel extensa varanda, que de- mides e fronteiro á rua principal e católica. Seus atrevimentos não alem algumas imaginar, o próprio Macedo, vassava toda a fábrica, ou, de- levantava-se um outeiro artifl- rações cheias <'.e bom senso vulgar e prático, desse bom senso no teatro revelou algum ta- nruçados chamado cas- "pessoas velhi- que sobre o parapeito, ciai, vulgarmente apanágio das de experiência", que se vingam da lento cômico, e no romance, que ••«companhavam cata, e era ali o mais belo dando conselhos, contrariando vonta- o movimento que ce achacada e valetudinàrla "inovações", "modas cultivou largamente, algum gei- do engenho, seguindo triunfo do mestre Valentim. des, rabujando e contra as as to de observador, não escapa à oino3 com os praguejando os escravos que corriam O outeiro fora todo formado audaciosas" e desmoralteadoras"... lei geral do mau estilo da épo- ao picadeiro ao cá. Nem ao menos lhe a "ivando para as moendas, de pedras sobrepostas como Nesse terreno ele sabia pisar como ninguém. Se nos permitem coube sobre os ombros mas com admirável efel- maneira enfática, mas até certo oos feixes pesa- acaso, a expressão, foi Macedo um escritor de rala de jantar, do recesso de canas, enquanto to, rebentando de entre elas brasileira, séria e sisuda, amiga de uns tantos ponto correta, de Magalhães, outros carregavam da familia precon- Porto Alegre, Monte-Alverne, montes para fora os ervas e arbustos apropriados; ceitos, muito mais louváveis, aliás, do que esse filoneismo peri- de bagaço resultante algumas aves graciosas, feitas certos casquilhos "tin de siécle", Sales Torres Homem, os melho- «as canas goso, posto em prática por pe- res escritores nossos da já moidas. de bronze, pousavam sobre as dantes e amorais. primei- Alguns pedras e soltavam dos bicos ra metade do século. O desali- examinavam as cal- se Seu estilo, a não se rna poesia enfática e palavrosa. é cor- nho e a incorreção de Macedo «««¦as e a lornalha água cristalina, que precipi- leve. dentro da tava mais murmurante que rui- rentio, agradável, flue serenamente, é vivo e Falta-lhe ape- sá encontram seus iguais em * lenha colorido, mas é sempre correto no desenho das cria- e Souta e Manuel d» Q^aT^ "» - dosa; quase na base do outeiro nas um certo Teixeira dois também de bronze, turas e na discrição das paisagens, posto lhe não seja castiça a Almeida. Outros jacarés do Centenário). visitavam a caiu de parecendo recrear-se entrelaça- dição. (livro

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"A — VOL. II DOMINGO, M/4/lMi PAGINA 202 SUPLEMENTO LITERÁRIO DE MANHA" BIBLIOGRAFIA DE J. M. DE MACEDO - *•¦***-¦*> — n.° 1 Só foi o _ Poi na ris, E. Belhatte), 1873, VII-400 so por Mínimo Severo publicado l.o volume — A MORENINHA roman- pes ís Cia. publicado ²"Voragem", verso — Rio 48— MEMÓRIAS — Inno- "Revista Guanabara", tomo 2o, pags. (é a que figura na minha em DA RUA DO ce A l.a ed., segundo Tip. do Imperial OUVIDOR — folhetins e M. Fleiuss, e representado a 7 de setembro coleção). Foram publicados an- de Janeiro, semana- cencio, s. Blake Artístico, 1867, VII-103 rios, no "Jornal 1844, Rio de Janeiro, de 1859, no teatro S. Pedro, por tes, como colaboração das sec- Instituto publicados do é de no "Semana" "Crônica oferecido como pré- Comércio" _ Rio de 255 in 8.° e estam- João Figura no tomo ções e da pags. Foi "Sema- Janeiro com pags. Caetano."Teatro "Jornal aos assinantes da Tip. Perseverança, 1878 e música adequada à ba- 2° do de Macedo". Semana", do do Comer- mio 332 pas 1858. na Ilustrada", sendo declinado pags. A 2.» edição c também lada que Moreninha cantava 10— COBE' — drama em 5 cio", de 1855 a — Rio de Janel- 21— LIÇÕES DE HISTORIA o nome do autor. do Rio, H. Garnier, 250 pags lio rochedo. Nenhum deles atos, em verso PANTA- data). A 2." "Revista Gua- DO BRASIL, para uso dos alu- 33— LITERATURA (sem menciona a tipografia. ro, editado pela — abestruzes 49— MULHERES 3.a ed. de 1849; na Biblioteca Guana- nos do imperial Colégio de Pe- GRUÉLICA (Os CÉLEBRES ed. é de 1845; nabara", — ninhada — Rio de B. das Damas do Arquivo Mé- dro II. — Rio de Janeiro, 1861. no ovo e no espaço Janeiro, L Gar- 4." da Biblioteca bareirse (Tip. — Rio Janeiro, nier, 1878, 152 1854; 5.a de Brasileiro) em 1849, 88 136 pags. in 8.°, com 11 quadros de poetas) de pags. lio Porto, de dico 1868, 32 50— ANTONICA DA 318 Foi também, sinótlcos, abrangendo os fa:os Tip. Progresso, pags. SILVA _ 1800; 6.1', com páginas, pags. publicado, anônima atribui- burleta em 4 atos — Rio dc 1S60; 6.-\ com 318 na "Revista Guanabara", tomo até 1851. Foram publicados por E' publicação de Ja- 5." pags., Macedo. Tancredo de neiro, Tip. da Escola, de em Paris, de 1872. Muitas ou- 2.o. Domingos José Gomes Brandão, da a "Questão Será- — romance editor (Tip. de C. A. de Mello). Barros Paiva, diz: Co- fim José Alves, 1880, 88 pags, trás teem logrado, não só da Li- 11— VICENTINA de ²Rio de Esse compêndio foi ampliado, imbrã", por Joaquim Manoel Foi representada pela primci.1 vraria Garnier, como de outras. de Janeiro, Francisco Ma- Dois de De- em 2» edição: Rio, 1863, 390 Macedo, José de Alencar e ra vez no Teatro da phenix Há edições populares. A de que Paula Brito (Tip. Dramática, a 29-1-1880. momento em zembro), 1853 — 3 tomos em pags. in 8°, com 22 quadros-si- chado de Assis. me sirvo, no que MÁGICA — 51— UMA PUPILA estudo, é de volume; 2.» edição, idem. nóticos. A 3,a edição é de Pa- 34— A LUNETA RICA — escrevo o presente — Rio de Janeiro, B. comédia inédita — original 1913, da Livraria Garnier, sem 1859, em 3 tomos com 146, 237 ris, 1875, 363 pags. ln 8.°. com Romance p L. Garnier (Tip. de João Igna- se encontra no instituto dos menção do número da edição. e 221 pags.; a 3." ed. é da Tip 33 quadros sinóticos. Outras "Notícia", 1870, em 3 edições teve essa obra, sendo cio da Silva), 1809, 2 vols. de Bacharéis em Letras. £' precedida de uma Franco-Americana, de ROMANCE DE Francisco Dutra e de 145. 223 e 210 uma de 1884, por B. L. Gar- 187 c 205 págs.. E' um livro 52— UMA VE- por Antônio tomos pags. — em do n.° 24 da _ A 4.a edição, é nier, em 2 volumes. Possuo a sátira. LHA comédia 5 atos — Mello, extraída que possuo, Janeiro, Liv. "Mínerva-Brasiliense". Conta do Rio H. Garnier. 8.a edição, do Rio de janeiro. 35— AS VÍTIMAS ALGOZES Rio de dc Cruz de Janeiro, — Coutinho, 49 (sem dr.ta) Livreiro-Editor, em 2 vols. de H. Garnier, com 44 lições, 393 __ Quadros da escravidão pags. XXIII-248 pags. — Janeiro. 52 — OS DOIS MINEIROS Entre as edições há 277 e 270 dc 1896. pags.: e a de 1907, também de romances Rio de NA populares págs., e 389 CORTE — comédia em 1 ato _ da Livraria Editora de C. 12— O FORASTEIRO — ro- H. Garnier, completada de 1869,2 tomos de 347 pags. & Tip. America- Rio de Janeiro,... Teixeira & Cia. — S. Paulo. mance — Rio de Janeiro, Fran- 1323 a 1905, por , (O Io vol. 6 da SOBRE Paula Brito, 1855, em inspetor escolar do Distrito Fe- na e o 2.° da Tip. perseveran- 54_ DÍVIDAS SOBRE AL- _ CONSIDERAÇÕES cisco de DA — tese apre- simultaneamente deral, Qúm 61 lições em 513 pags. ça). A 2." edição, de que pos- GUNS PONTOS HISTÓRIA A NOSTALGIA 3 vols. Foi H. — à Faculdade de Medi- na "Marmota", revis- 22— LIÇÕKS DE HISTÓRIA suo um exemplar, é do Rio, PÁTRIA Encontra-se no 25° sentada publicado de da "Rev. Trimensa] Rio de Janeiro, defen- ta editor. AS.1 edição, DO BRASIL, para uso das esco- Garnier, 1S90, em 2 vols. tomo do cina do do que — — Hist. e Geogr. do a 11 dezembro de 1844. é do Rio Janeiro, B. las de instrução primária. XV-270 e 307 pags._ São três Inst. Bra- «lida de possuo, de "Simeao, o creou- — 1.° trimestre de 1862, _- 54 in 4.» — Rio de L. Garnier (Tip. de c. A. Mel- Rio de Janeiro, sem data. A 2-a romancetes: sil" pags. "Pai o feiticeiro" e 3 a 41. Janeiro, Tip. de p. Paula Bri- Io), sem data, em 3 tomos de edição é de 1865; a 3.n, de 1875: lo"; Raiol, pags. a 4.", de 1877; a 5.*, de 1880; "Lucinda. a mucama". 55— TERCEIRA EXPOSIÇÃO to. 204, 201 e 230 pags. — — DO MEU e mais outra edição melhorada. 36-V O RIO DO QUARTO BRASILEIRA EM 1873 nia- — DISCURSO proferido ao 13— A CARTEIRA — Tio — romance fan- 23— UM PASSEIO PELA CI- romance Rio de Janeiro, 1869, tório do Secretário Geral do ju- tomar o grau de doutor em me- (viagem — de Exposição — tásttca) — Rio de Janeiro, Tip. DADE DO RIO DE JANEIRO — 283 pags. A 2.» edição, ri da Rio de Ja- dicina. — Rio de Janeiro, 1845, — do neiro, Reforma, 1875. 31 Dois de Dezembro, de Francis- Primeira série Rio de Janei- que possr.o um exemplar, é Tip. da pags. in 4.° (Havre. Tip. co de Paula Brito, 1855, 2 vols.; ro, 1862-1863, 2 vols. de 371 e Rio, B. L. Garnier páginas. — PARECER SOBRE A IN- 12 1.° Ainé). 1880, 287 56— 0 ANO BIOGRÁFICO NO 2." edição, idem, idem, 1859, em 362 pags. com estampas; A.Lemale págs. TRODUÇÃO DA VACINA vol. impresso na Tip. Impar- 37_ NINA — romance — Rio BRASILEIRO — Rio de Janeiro — S. vols. de 117 e 171 pags.; a BRASIL Segundo Blake, ciai de J. M. Nunes Garcia; o de Janeiro, 1869, 2 tomos; 2." Tip. do Imp. Instituto Artisti- o autógrafo de 19 folhas, assi- 3.a edição é de 1867; a 4.a (fi- na minha biblioteca), em 2.» vol. na Tip. de c. A. Mel- edição, 1871, em 2 tomos de 203 co, 1876, em 3 vols. de 542. 543 nado de parceria com Joaquim gura sem No mesmo ano 2 lolhetos, é do Rio de Janeiro, lo, Nào houve continuação. A e 153 pags.; 3." edição, e 627 páginas. Norberto de Souza e silva, per- em fo- data. em um volume, é de H. e na mesma tipografia, foi pu- Instituto B. L. Garnier, 1880, 114-164 obra foi antes publicada tence à biblioteca do "Mar- "Jornal Comer- Garnier, com 289 blicada a tradução inglesa dos- Brasilei- pags. Foi publicado na lhetins do do pags. Histórico e Geográfico cio". Possuo a nova edição, em 38— AS MULHERES DE MAN- sa obra que foi escrita para ser ro. mota Fluminense", desde o n° até n.o 644. vols., de VIII-354 e 362 pags. TILHA — romance histórico — apresentada à Exposição de Fi* — 541, de 19-1-1855. o — O MOÇO LOURO ro- de 2-11-1855. do Rio de Janeiro, B. L. Gar- Rio de Janeiro, B. L. Gamier ladélfía. mance — Rio de Janeiro, 1845, nier (nao é citada por S. Bla- (Tip. e Lit Esperança), 1870- 57— SUPLEMENTO AO ANO 14— O FANTASMA BRANCO — em 2 tomos; 2.» ed., Rio. Tip. ²ópera em 3 atos — Rio de ke nem por Max Fleiuss). 1871, em 2 vols. de 238 e 215 BIOGRÁFICO Rio dc Janei- l.° Brasiliense de Maximiano Go- Janeiro, Paula Brito, Tip. 24— CÂNTICO — Rio de Ja- uagi. ro, Tip. Perseverança, 1880, 2 de p. de 498 mes Ribeiro, 1854, tomos Dois de Dezembro, 1856. 150 neiro. Tip. de F. de Paula Bri- 39— REMISSÃO DE PECADOS volume (único) publicado. e 272 3.» ed. da ²comédia 5 atos — Rio de IX-246 pags.; pags. — A 2.a edição, que pos- to. São 13 estrofes recitadas em páginas. Biblioteca das Damas, Porto, é de B. Garnier (Imp. quando se inaugurou a estátua Janeiro, A. A. da Cruz Coutl- 58— O MACACO DA VIZINHA Tip. C. suo, L. — 1855-50; 4.a ed., Rio, de Raçon), 1863, 161 de D. Pedro I. nho (Tip. Perseverança) — comédia — Rio de Janeiro, com Simon "O A. de Mello, 1802, 2 tomos com a íantas- 25— 0 NOVO OTHELO — CO- 1870,120 pags. Foi representada Livraria cruz Coutinho. IS». 5S 5." ed., Havre. pags- grafia — 248 e 286 pags.; ma branco". Acha-se no 3.° média em 1 ato Rio, 1863, 35 no Teatro S. Luiz. páginas 'publicação póstuma . 1876, 2 tomos com 205 e 293 vol. do "Teatro" de Macedo. pags. Figura no 3.° vol. do 40— A NAMORADEIRA — ro- 5S — VORAGEM — PAMPHI- Mui- "Teatro" pags., do editor Garnier. representada l.íl vez de Macedo. mance — Rio de Janeiro, 1870, LO — lOiTuncetcs — Rio dr Ja- teem dado Foi' pela tas outras edições a 22-0-1851. 26— A TORRE EM CONCUR- 3 tomos de 239, 236 e 225 pags.. neiro, Jacinto Ribeiro dos San- Garnier, alem de ou- a Livraria 15— A NEBULOSA — .poema SO — comédia burlesca em 3 editor Garnier (Tip. Franco- tos, 235 páginas (sem dota). como C. Teixei- — tros editores, em 6 cantos e 1 epílogo, em atos Rio de Janeiro. 1863, 130 Americana). Há outra edição Fazem partf da Biblioteca Eco- ra & Cia., de S. Paulo brancos ou soltos — Rio pags. Acha-se incluída no 2.° do Garnier, em 2 vols, (sem nõmica Universal, em — ro- versos "Teatro" pequeno — OS DOIS AMORES Tip. imp. e vol. do de Macedo. data), de 335-367 pags. volume de — 1848, de Janeiro, const. publicarão póstuma- mance Rio de Janeiro, de J. Villeneuve & Cia., 1857, 27— LUSBELA — drama em 1 41— UM NOIVO E DUAS NOI- 60 — AMORES DE UM MEDI- F. — 2 tomos; 2.a ed., Rio, Tip. VI-293 Possuo a nova edi- prólogo e 4 atos — Rio de Ja- VAS — romance Rio de Ja- CO — romance — S. Paulo. c. de pags. A. de Almeida, 1854, 2 tomos do Rio de H. Gar- neiro, B. L. Garnier (Imp. de neiro, 1871, em 3 tomos de 300, Teixeira & Cia., 223 pags. 3.a ed., Rio, ção janeiro, 230 e 254 pags.; nier, 280 sem data. O Simon Raçon), 1863, 140 pags. 332 e 258 pags. A 2." edição, de (obra de Mello (editor pags., póstuma). Tip. C. A. foi lido em presença de Foi incluída no 3.° vol. do B.L. Garnier (Tip. Franco- José Gomes), 1802; poema "Teatro" Domingos D. Pedro II, a quem o dedicou de Macedo. Americana^, é de 1872, em 3 Encontram-so muitas procíu- Havre, Garnier, 2 volu- — 4.a ed., o autor que mereceu o oficiala- 28— TEATRO DE MACEDO tomos de 300, 242 e 258 pags. ções de Macedo nas revistas e mes. A Livraria Garnier publi- tomos — Rio de Janeiro, 1863; a to da Ordem da Rosa. (é que possuo). - nos jornais em que ele colabo- cou muitas outras edições, co- 16— O PRIMO DA CALIFÓR- 301, 380 e 337 pags., in 8°, 42— OS QUATRO PONTOS rou: "Revista Trim. do Inst, Edi- "Luxo - mo a de 1914. A Livraria NIA — ópera em 2 atos, imita- contendo: vol 1 — e vai- CARDEAIS E MISTERIOSA Hist. e Geogr. Eras."; alem Teixeira & Cia. (S. "O — tora C. cão do francês — Rio de Janei- dade", primo da Califórnia" romances Rio de Janeiro. B. dos dois trabalhos já citados, Paulo) preparou a edição po- e "Amor e pátria"; vol. II: "A L. Garnier (Tip. Franco-Ame- ro, Tip. de F. de Paula Bri- "o pois Macedo foi orador oficial pular. to, 1858. 142 Al.1 edição torre em concurso", cego", ricana), 1872, 348 pags. e secretário dessa importante GLÓRIA — hi- pags. "Cobé" "O "Jornal — AMOR DA de 1863. Acha-se no tomo 1.° e sacrifício de 43— CINCINNATO QUEBRA- instituição; no do Co- — "Rev. do Inst. é "Teatro" — "Lusbe- no bíblico Na do e foi representa- Ispac": no vol. III: LOUÇA — comédia em 5 atos mércio" onde pub.icru muitos Hist., tomo XI, 1848 (suple- "O "O ²Rio da pela primeira vez, em Ia", fantasma branco" e de Janeiro, B. L. Gar- trabalhos literários e a!?u:ís dos mentar), pags. 276 e 284. Foi 12-4-1855, ocasião da aber- novo Othelo". — Possuo a edi- nier (Tip. Georges Chamerot), livros, e escrevia os folhe- por seus *A lido na sessão pública de tura do Ginásio Dramático; ção de 1805. em 3 vols., conten- 1873, 177 pags. tins hebdomadários d sema- 6-4-1848. inauguração dos do as mesmas — Rio de 44— NOÇÕES DE para DE peças COROGRA- na". Foi também colaborador bustos do conego Januário da 17— O SACRIFÍCIO Janeiro, com os mesmos nú- FIA DO BRASIL — Rio "GJobo", as — drama sacro em 1 de Ja- do onde escrevia Cunha Barbosa e do marechal ISA AC meros de neiro, 1873 (Tip. Franco-Ame- "Minerva 2 em verso — páginas. efemérides; da Bra- Raimundo José da Cunha Mat- ato e quadros, "Jornal 29—0 CULTO DO DEVER — ricana) — 2 tomos de IV-223 e as Saiu em folhetim no siliense", onde sc en?ontram tos. romance — Rio de Janeiro, Do- 424 páginas. — No mesmo ano, A ILU- do Comércio", do Rio de Janei- poesias CAMPESINA e _ ROSA — romance — Rio mingos José Gomes Brandão de 1873, foram feitas 3 edições (inmo $ "Revista ro, n.° 111, de 1859. Foi reim- SAO DO BEIJA-FLOR "OS- de Janeiro, Editora (Tip, de C. A. de Mello), com em Leipzig, Imp. de F, A. 2°, 496 e 4981; no presso em 1863 e figura no tomo pags. Guanabara", sob o titulo Bi- "Teatro" capa de J3. L- Garnier. E' de Brockhaus: uma na língua in- tensor Brasileiro": AMOR no 2° do de Macedo. 1865, 311 bliôteca Guanabarense (Tip. na com pags. glesa, tradução de H. L. Sage; VATE (poesia) e INCÓGNITA 18— DISCURSO proferido 30— EXTRATO DO DISCUR- outra no idioma alemão, Re- do Arquivo Médico Brasileiro) Rio de por ícanto), ?. pafrs. 190 e 293 — 2a Assembléia provincial do SO do orador do instituto His- M. T. A. Nogueira e Schisfler; "Guanabara", 1849, 329 pags., in 4.°; a sessão 13-10-1859 digiu a revista Janeiro, na de tórico e Geográfico Brasileiro, a terceira, vertida o fran- e li- ed., Rio, editor Domingos Jo- do "Jornal do comer- para mensal, artistica, cientilica Brandão, 1851, em 2 (extraído proferido na sessão solene de cês, J. F. Halbout, com 1250 c re- íé Gomes cio" de 27-10-1859) — Rio de por terária. fundada en. Inno- 15-12-1866, sobre D. José Affou- 504 pags. e 5 demons- Macedo, tomos (considerada por Janeiro. Tip. Imparcial de J. quadros digida até 1852 por cencio P. da Silva, como sendo so de Moraes Torres, bispo re- trativos, da qual possuo um Porto Alegre e Gonçalves Dias, M. Nunes Garcia, 1859, de 58 signatário do Pará, falecido em J> a l.a); 3.» ed.. Rio, Tip. Flu- exemplar. Max Fleiuss refere- passando dep ás a direção dc de D. L. dos Santos, pags. 25-11-1865, em Minas Gerais. - se a uma 2.» edição em lingua Pinheiro. Nossa minense — C. Fernandes de 1854, 2 tomos de 261-284 19— LUXO E VAIDADE co- Rio, 1867, 14 pags., Tip. de .1. portuguesa, de 1877, em 1 vol. revista escreveu: COSTUMtó — Ja- IW- pags. in 8°; 4.a ed-. idem, de média em 5 atos Rio de Villeneuve & Cia. (com o re- de 294 pags. CAMPLSTRES DO BRASIL neiro, Tip. de Francisco de trato do bispo). Esse elogio fú- 45— BE1- 1861. 2 tomos de 260-284 pags. A BARONESA DO AMOR mo 1.°, pags. 25G c 287), O Paula Brito, 1860, 150 pags. nebre também foi no ²rorcanc? biasileiro — DA ln 8.°; 5.a edição de Lisboa; 6.a -Teatro" "Diário publicado Rio de JO INOCENTE, O A.M.TO edição U.a de H. Garnier que reimpressa em 1863 no Oficial", de 1-4-1867. Janeiro, Tip. Nacional, 1876, em GUARDA. A INCÓGNITA (poe- menciona eomo sendo a 4.* e representada peia primeira 31— MEMÓRIAS DO SOBRI- 2 vols. dc 251 e 305 pags. A 2.B sias, nos tomos l.c e 2.°K na — "Bibücttca edição) é do Rio de Janeiro, H. vez, a 23-9-1860. NHO Do MEU TIO romance edição, também do Rio de Ja- "Rc-orma". Brasi- Garnier, Livreiro-Editor, 1895, 20— ROMANCES DA SEMANA (continuação da CARTEIRA DO neiro, dc H. Garnier, é de 1896, leira", "Semana Ilustrada. — foi em 2 vols. de 279-294 pags.íé publicados por Domingos José MEU TIO). Rio de Janeiro, em 2 tomos de 283 e 337 pags. '¦Ilustração Brasi.eira". etc. Impar- Tip. Universal Laemmert, -orgao oo * que possuo). Outras edições Gomes Brandão (Tip. de 46— VINGANÇA POR VIN- redator d'"A Naçãc" de J. M. Nunes Garcia) — 1867-1868, em 2 tomos de 300 GANÇA — — i» existem, mesmo da livraria ciai drama em 4 atos partido liberal - dc 1852 Rio de Janeiro, 1861, 378 pags., e 340 págs- E' um livro dc sáti- Rio de Janeiro. 1877, in 8°. de F. Sa He» Oarnier. ém companhia i» — O CEGO — drama em S in 8.°. Ignoro a data da 2.a ra política e social. 47— EFEMÉRIDE HISTÓRICA Torres Homem. A sua vicia atos, em verso — Niterói, 1849, edição. A 3.» é do Rio de Ja- 32— MAZELAS DA ATUAU- DO BRASIL — Rio de Janeiro, L. — romances de improvi- "Globo", na pág- 21" 15 pags. Tip Fluminense, de Lo- neiro, Liv. B. Garnier (Pa- DADE Tip. do 1877, 265 pags. (Continua ^.^^«••«wwit^^

j%. DOMINGO, 26/4/1M8 SUPLEMENTO LITERÁRIO DE "A MANHA" — VOL. II PAGINA MS A PEDRA DA MORE- Correspondência de escritores: Joaquim Manuel de Macedo NINHA FJLINTO I>K ALMEIDA (da Academia Brasileira) VEIGA MIRANDA Carta cie Joaquim Manuel Pode dizer-se, afinal, a A Academia vai celebrar na próxima quinta-feira, 24, em que centenário do nascimento de Joaquim nossa Academia de Letras esta scs'ii.0 solene, o Manoel definitivamente consolidada co- Macedo a um amigo de Macedo, que foi, depois de José de Alencar, o mais popular no de 1860 mo a República. Não há mais dos no.sos romancistas, período"Moço a "A1880. Quando eu sebastianistas, e cessaram os rapaz toda a gente lia o Loiro" e Moreninha", e "imortall- era Macedo eram representadas remoques oontra a ns' peças de teatro de "Fantasma com fre- dade". Uma e outra, das nobres principalmente o branco", de que toda gen- instituições, qíiência, as copias: começam agora a . te sabia de cor dar bons frutos, justificando os » "Que esforços dos que as propugna- talento, o de seu Jucá, ram, cabeça de rapaz!" afrontando cepticismos e Que hostilidades. Acham-se preetl- chidas, no vasto salão do Silo- Dus escritores nacionais da sua geração eu lembro-me de as 111 apenas três: geu, quarenta prestigiosas ter conhecido, de vista, Alencar, baixo e magro poltronas; estão a postos, esca- um í-.ni-o curvado, barba cerrada, grisalha; este eu o via pas- lados nos vários cargos admi- sar'anos, quase todos os dias pela minha porta, nos seus últimos nistrativos, os mais dedicados de óculos escuros, sempre de sobretudo e cachené, a ca- dentre esses grandes sacerdotes escritório da rua General Câmara; niiiilio do seu Francisco encarregados de manter o fogo +''"tf•¦ alto e delgado, multo moreno, pouca barba, óculos Çí Octaviano, sagrado das nossas Letras, e, ¦• "lachez-tout!", ;*•>,-*„{. < x* t <- #,",*/ &, */¦**¦!¦ '- JI ‡>r<*'-íwj dc oiro, de sabrecasaca e cartola, elegante e correto no traje; a voz de vai en- ^, Mecudo, de estatura meã. grosso, trigueiro-claro. barba cerra- trar a máquina, amanhã, em o — ' 'vtt-j da, grisalha, bigode raspado, o que lhe dava um ar de capi- positivo e regular funciona- í-,,,.*V %>- ,.S nu' -fí"^ t 'Vi* í* -. ^V-** <¦*"-"¦*¦ Alista português retirado dos negócios, tanto que eu por tal o mento. muito tempo; e fiquei deveras espantado Os tomei durante quando jornais se teem referido .<.»,» . »i <>.. • '^i-".*'' nma vez me disseram que aquele senhor, que eu freqüentemente sempre ao brilho mundano, à „».-,, ;».« t ^i."-' ..«--v na rua do Ouvidor, não era ne-n repercussão elegantemente so- encontrava "apenas" português "Moreninha"capita- lista, mas o famoso e popular autor da ciai, das festas da Academia. ,»** ^< í' *¦'<•¦.*,vi"i *<"¦%'¦• -.**-*-V «A,*A* *><*<# /.-¦"*"*-*^ da Baronesa", t'.e "Vicentina", das "Vitimas-Al- Longe de mim a temeridade de , du Argi-edo "Memórias go:c." c das da rua do Ouvidor". contestar ou siquer por em dú- *-»<¦" -\ ^^^ *"í ¦* -* -' A lx um escritor genuinamente romântico nas suas obras vida esse fato. Testemunhei-o, ->- -*- -..*-*-.>*" vVn> '**'*.**•**"<-** ^ÍX*.+ cio iuir.ginçaão, e um folhetinista ameno e jovial, de prosa fácil, pelo contrário, por algumas ve- e clara, sem nenhuma de estilo, som zes, e sob o mais vivo regosijo. ',¦¦ coiTcnUa pompa a mini- " *'*¦!'## ¦> mu sutileza de psicologia, despreocupado de toda observação. O que me faltava era convicção /«»•(*<* *n' ->* «»*- <"¦'¦''¦- aXw~ < í-«Vf'¦'-¦ Síib'n, '.orem, dizer com bonhomia e graça natural o que queria, quanto à origem, às causas pri- sen obrigar o seu leitor a pensar, mantendo-llie, não obstante, márias, de tal sucesso. Inclina- a ;r inião ao interesse da narrativa, sempre singela e va-me a atribuí-lo a circuns- presa táncias extranhas pito T.-.ca, sem um paradoxo, sem uma complicação, de língua- propriamen- [-J iras animada e fluente, com a água de um regato sem te ao valor e à significação M¦ pom, mental das funções da Acadc- pcdreçulhos, que corre límpida e apenas murmurante entre ci ves frescas e viçosas. mia, porquanto"festas cada uma da- tinha muita imaginação, provam-no, alem dos seus ro- quelas correspondia ã Que'. "Memórias cerimônia de recepção e mair e comédias, as da rua do Ouvidor", série posse i A/ no "Jornal do Comércio'', de um novo acadêmico. Ora, út,> nn 1878 páginas, de pe- novo elemento, as suas relações, quenos contos, historietas e episódios românticos, que empres- a ' 'f ' iam animação e côr à narração, vezes ingênua, da história curiosidade em torno de unia ' - ¦•.»¦*f . } por estréia muito concorriam para (lii ma famosa que a pompa da nova avenida Rio Branco não o êxito da sob o matar.• solenidade, logrou ponto de vista da assistência, F,1 este um livro muito curioso, nimiamente interessante desde os convidados "en ha- para todos que amam a cidade, pois nele rememoram casas e sacos. e "can-cons" tanto bit", até aos paletós casos antigos, anedotas poTíticas do tempo, Não creio, aliás, que a quês- do período colonial, como do reino e dos dois do império, tipos tão do sexos esquecidos de ho- vestuário, principalmen- Piiuiu, uuii£0 e irmuo populares de ambos os e alguns perfis te masculino, impressione a 18 186S. comércio, da literatura, Porto, de Janeiro de mens da política, da finança, do do jor- Academia. Não podemos ter Não é um liberal que lhe vai pedir todo o seu apoio a candidatura de nalismo e das artes. aqui as veleidades aristocráti- um conservador; é um amigo que pede instantemente por um amigo e fl- Academia Brasileira de Letras com ceie- lho de amigo. — O dr. Miguel José Tavares Filho foi meu discípulo, tem Faz muito bern a cas que ainda conserva, em re- comigo íntimas relações de amizade é tão distinto pela tntelisên-» brar solenemente as datas do nascimento ou da morte dos es- sultado ria como pelos dotes de coração, e é filho de um homem a quem devo M da tradição, a Academia "por conten- critores do passado, que foram em geral simp.es e bons, dignos Francesa. O jaquetão ou o fra- maiores obséquios, filho de um conservador que vezes" tem mesmo os não tinham desmar- tado tambcm a minha candidatara. Peço-lhe que na próxima eleição pro- da estima da posteridade, que que ouvirão, talvez, com mui- vincial faça pelo dr. T.ivares aí no llio Bonito quanto faria por mini. cadas ou grandes fulguraeões de talento. Honrando os seus no- to maior entusiasmo, as disser- Adeus. — Aceite as recomendações de minha mulher. mes relembrando as suas obras, a Academia manter vivaz E do seu amigo obrigadíssimo. pode tações beletrísticas do que mui- Manuel Ae Macedo* na alma do povo a tradição intelectual do pais, e estender uma ta casaca de "nouveau-riche"... Joaquim ponte espiritual de fácil passagem entre o passado e o presente, Suponho, pois, que, quando se teatral em compor cenas e ce- companheiro de viagem apon- nas regiões da inteligência e do pensamento brasileiro, que são referem ao brilho das festas nas, dando preferência à fisio- tar a outro, na praia listanta, as mais altas e as mais estimaveis da nação. os um rochedo, a so- na ala esquerda do Silogeu, nomia moral das personagens, quase pique"Olhe Estou certo que depois da cessão de quinta-feira, depôs de cronistas abstraiam, até certo despreocupado de qualquer es- bre as ondas, dizendo: fl ouvir o elogio de Macedo e da sua obra feito por Laet, Afranio ponto, da exterioridade "traje" boço físico. Quando, nas suas pedra da Moreninha !** E, ao Peixoto, e pelo atual ocupante da cadeira que o para atender à condição de re- novelas, se faz pintor, é para percorrer a ilhota, sugestiva e tem por patrono — Humberto de Campos, muita gente que só ceptividade mental do auditó- deixar um retrato muito vago, poética, recebe de todos < co- conhece Macedo de nome ou de catálogo, irá ler algum dos seus rio. E é, naturalmente, sob esSQ vulgai-íssimo de traços, ficando cheiros "ciceroni" a mesma in- livros e instruir-se nos costumes da época, que*eles fielmente prisma analítico que eu desejo ao encargo do leitor criar, para formação. E' a curiosidade de retratam ereração atual desconhece êxito das uso o tipo dos seus he- Paquetá a da Moreninha. e explicam e que a quase confrontar o sessões"far- próprio, pedra completamente; e verificar quão honesto era esse romancista futuras, sem o atrativo de róis ou das suas heroinas. Todos se lembram, natural- de há quarenta anos, um dos pais do romance brasileiro, que dão" neófito, com a clássica Ainda assim, ou talvez mes- mente, da lenda da formosa serviu as Letras com dignidade e talento, e que tendo sido mé- vitória de galanteria em que mo por causa dessa inaptidão, Tamoia, narrada pela velha d. dieo, professor, deputado, escritor e jornalista, tão despremiado redundavam invariavelmente Macedo deixou nas nossas le- Ana a Augusto: — Ahy, apaixo- trás uma encantadora nada Aoitin, ia teve o labor da sua vida, que, ao finar-se aos sessenta e dois as outras. "melindrosas"galeria pelo guerreiro anos, paupérrimo, não possuía um fato preto com que o ves- O saiau de quinta-feira, que de do meio se- esperá-lo, de pé sobre o roche- tlssem para a interminável, definitiva viagem da morte... considero a primeira demons- culo passado: Rosa, Nina, Ho- do. cantando.,. E a Moreninha, l"A Noite" — 21-6-920). tração pública da Academia, norina, Ericia, Rachel e, a mais trêfega e romanesca, dá para completa, em trabalho normal, célebre de todas, a "Moreni- ao vivo, parodiar a lenda. E' a tem um cunho extremamente nha"... E é através das dia- visão alvlssima que às madru- Manuel simpático. Celebrará o centena- bruras dessas meninas traves- gadas domingueíras, aguarda ••U/Y-TA TT^lí^ Joaquimde rio de Joaquim Manoel de Ma- sas, no decorrer de frívolos in- a aproximação do namorado, Otf^ Ej Macedo cedo. Esse escritor foi, como cidentes de namoros com estu- entoando a bailada feiticeira: Alencar, extremamente querido dantes sonhadores, como Au- Eu tenho quinze anos Escravas decentemente vesti- manchão, o equilíbrio e e popular, apresentando, sob gusto, ou desfrutaveis, como Eu sou morena e linda! _ perdeu faces curiosas e interessantís- Firmiano, que o panorama ge- das ofereciam chávenas de ca- caiu redondamente na relva. Está publicado o programa fé fora aplau- simas, a sociedade do seu tem- ral da época se distende, suge- do caramanchão; e, Uma gargalhada geral Cronista imaginoso e fulgu- rido no entrelaçar das conver- com que amanhã (24) a Aca- apesar disso, d. Carolina se di- diu o sucesso. po. demia de Letras e a Associação rifiiu ²Fabricio rante, como nas Memórias da sações e, aqui e acolá, vislum- com uma para Fabricio, espichou-se com- Romances brando entre disserta- de Imprensa solenizarão o cen- que exclamou Filipe. Rua Ouvidor e nos pesadas praticava com Augusto. pletamente! da Semana, quando o folhetim ções morais em que sermoneia tenário do nascimento de Joa- — Eu quero fazer as O pobre estudante ergueu-se "roda-pés" quim Manoel de Macedo. Dis- sr. pases, em era o maior o autor. Fabricio; vejo que deve es- com ligeireza, mas na verdade, atrativo das folhas; comedió- Seria curiosíssimo um cursos, conferências, sessões li- tar muito corrido do acabava de so- paralelo agastado comigo; e que grafo vivaz e formidável dra- entre as lindas criaturazinhas terárias... Ninguém se lem- venho trazer-lhe uma chávena brevir-lhe: as risadas conti- brou de uma romaria à pedra de maturgo, lançando ao tablado de 1850 e as de hoje, sendo fácil café temperado pela minha nuavam, as terriveis consola- alternadamente fontes copiosas demonstrar que a evolução so* lendária, na suave e encanta- mao. Fabricio recuou um passo ções o atormentavam; todas as lágrimas, como frida nossa menina ele- dora Paquetá. e colocou-se ca- de risos ou de pela à ilharga de Au- senhoras tinham saido do Cincinato Quebra-louca e A gante nesses sessenta ou oiten- Por que não havemos de cul- gasto; ele desconfiava das ten- ramanchão e riam-se, por sua Torre em concurso, entre as ta anos não absoluta- tivar esse lado material das Ções da Fabricio justifica tradições, o mais menina; sua primeira vez, desapiedadamente. primeiras, e Fantasma Branco mente a implacável campanha prendendo ideia foi esta: o café não tem muito daria para se livrar de Luxo e Vaidade, entre as se- se tem aberto ultimamente possivel a comemoração dos fa- açúcar. e que "senhorita" tor- Então começou entre os apuros em que se achava, quan- gundas; o que ele sobretudo contra a modelo tos aos sítios que deles se dois um duelo de cerimonias, do de repente soltou também a deixou foi um sereno e român- vigente. Esse r^sunto, será, tal- nam as últimas evocações? Co- que durou alguns instantes; fi- sua risada e exclamou: tico testemunho dos costumes vez, objeto de uma outra crò- mo seria encantadora, por iralmente, o homem de ce- ²Vivam as calças de Au- exemplo, junto à pedra da Ta- oer teve seus contemporâneos. Não que nica, sendo certo que a sua ex- à mulher. gusto! seja um observador tenaz de planação, rigorosamente, só em moia Ahy, uma festa de moças Fabricio ia Todos olharam. Com efeito, figuras e aspectos, decalcan- um livro de trezentas e meninas, recordando os amo- receber a chávena, um páginas res de Carolina, as suas atitu- quando esta estremeceu no Fabricio tinha encontrado do-os em minuciosas descri- se comportará. res.. pi- companheiro na desgraça; Au- antes, desdenha esses Dentre as faceiras raparigas des trêfegas e romanescas, a D. Carolina, temendo que ções; femi- sobre ela se gusto estava de calças brancas, pormenores, sem a faculdade, das novelas de Macedo, a ver- sua inocente precocidade entornasse o café, de café entor- nina!... recuou um pouco. Fabricio, tam- e a maior porção siquer, de apreender aqui ou dadeirámente imortal pela po- bem: nado havia caldo nelas. tons e é a "Moreninha". Está escrito, porem, que nos o café derramou-se tao- ali certos particularida- pularidade dos "Centenários" a pmadamente, Continuaram as risadas, re- des que tantas vezes elucidam Quem tenha, ao atravessar a programas Fabricio recuou Duas melhor parte é aquela que fica ainda mais com vivacidade; dobraram os motej os. e definem uma época. Os rjens baia do Rio de Janeiro, dei.on- •nas, encontrando eram as vítimas. livros são diálogos extensos, re- tado com a pitoresca Ilha de desprezada... enorao, a raiz de nm flexos tia escritpr. Paulistano, 24-6-820). que sombreava o cara- ("A Moreninha"!, habilidadej» .(Correio

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"A PAGINA 2M SUPLEMENTO LITERÁRIO DE MANHA" — VOL. II DOMINGO, M/4/194; jgjfc O teatro de Macedo - (™00)de - *«*•* * **

i ban-A rivalidade O sr. rir. Macedo Hoje educar o mediante obras soes mais curiosas, as cláusulastezia de Paschoal, que a de Galatéia 902a gosto, amarelo , ia reputação de cômico; de estudo e de observação. Sc miais burlescas. Se o autor qm-deira do partido passaBasilto, que podia fornecer al. poeta "Fan- leva-pare r»s do ver-ytiin»s cenas cômicas, é uma das mais belas ambições não víssemos no autor do sesse cingir-se à verdade, fileiras partido e ,úmnis Bo-melho. Insolente, diz Baptis-traços de costumes, literárias. Mas até que ponto é tasma Branco- elementos pró- rir. em conta que o escrivão degenera essa reputação ? Sem cometimentos desses, nifacio, homem de bom senso Hta, vao respeita, um dos chefescm uma troca de palav.a, wo_ legitima prios para dito e es-tescas, apostrofes no sr. dr. Macedo o outra seria a nossa linguagem; até certo ponto esclarecido, co-do seu partido!' Este de singulares, coníesfar completo Rsem resultado da comedia, é nosso de- mas o sr. dr. Macedo possuo o mo se vê no correr da comedia,ta passagem tinham algum. Do „,«. talento coisa demo e a ver defini-lo, e. se a palavra talento cômico; não está paten- nâo podia escrever aquele do-traço; havia alguma gênero cena em que os mas Baptista não sódois rapazes não â imodesta, aconselha-lo. te nas suas obras, vias adivi- cumento. Mas c inútil apelarcômico; fazem a deela-a- re- oura a verdade tratando-se deabandona as suas fileiras senãoção a Mariquinhas; o amor ,je O autor "Torre em concur- nha-se; pode, pois, se quiser, "Faço da da sá- uma obra que sc confessa pura-que moraliza o ato: o queFrancisco reduzido a ibelo so", arrastado uma nunciar às fáceis vitórias por predi- burlesco, c entrar 7ia mente burlesca. Assentado isto,muitos teem feito; arranjo Dacusatório, é uma idéia que p;-j. leção do espirito, pode não aten- tira e do larga vereda da comedia de cos^ o resto da peça desenvolve-sevida; estou passado". Esta ma-ma pelo burlesco, mas mio per- der todas as condições que ao para (times e de caráter Èm relação sob a «cão da mesma lei; o au-neira de repizar a observaçãotence domínio da comedia. exige a poesia cômica; é fora todavia, insistimos, no. costumes' e aos vicios nue tor declara-se e mantem-sc noscômica, tira-lhe a energia e RE, o or ._.' tie dúvida que lhe são familia- -Torre vastos limites de uma perfeitaeleito; cai na sátira; já não pMacedo podia fazer daquela res os modelos da co- vodem significar a em grandes concurso e o Fantasma Bran- inverossimilhança, Como exigiro personagem, é o autor quempeça urna coisa melhor. mojs tnèdia; mas a verdade é que, de co" ? A destas come- que as pretensões amorosas dazxprine por boca dele um juizoséria, mais digno alcance,' possuindo valiosos recursos, o primeira dias representada há pouco velha Anna, os seus ciuvies e ospolítico. Ora, quando se encon-Qizem-nos que o "Fa>i'aw autor não os emprega cm obras foi dessesgranc0" iemvo e está fresca na memõ- seus furores, apareçam ao pú-ira cm uma comédia um /0i escrito senía i'n de superior quilate. Até hoje lelizes, ria de todos; é um quadro bur- blico, não como uma caricatura,trocos o cuidado do poe-(Cnção da cena; isto poderia ,» não penetrou no domínio da al- "ias como um ridículo ? Se pre-tu deve aplicar-se cm não des-uma do Jp«-o uma caricatura animada atenuante, se o autor não ta comédia, da comédia ca- tendêssemos isto, se exigisse-noturá-lo. vejamos como Rhmwcsse mostrado rater; nas obras tem escri- de costumes politicos. Confcs- em 01, _¦„, que sondo «o Irontespício a nalure- nios a naturalidade das situa-grande mestre procedia em ca-pecas são as sutls ... to, atendeu sempre para um guais za da composição, o autor abre Ções. a rerãade das fisionomias,a este sucesso; Harpagon cha-cõcs em teatro. A leitura re ie- gênero menos estimado; e, se o cofre dosiida ..fantasma à na musa um caminho fácil « observarão dos costumes, Rse vm dia roubado; d0 Bravo- < lhe Tião faltam aplausos a es- autor responder-nos-ia vitorio-seus haveres desapareceu doda «Torrc • obras, vem isso assen- aos triunfos do dia, mas impôs- em concurs0 asta tas por somente que náo pretendeu es-lugar em que o avarento costu-para deixar ver tou ele etn bases seguras a repu- vivei ãs glórias duráveis. Se o quc c sl!s c'<"-er uma comédia, mas umamava guarda-lo; todos sabemdileçves merecem o rcnar0 tacão de verdadeiro poeta cô- bwlesco pudesse competir com justo o cômico o "Jodelet" de Scar- peça burlesca. Duvidamos, po-que cenas de desespero seguemda critica Nttda direm0;. do mico. Evitemos os circunló- '"Mulheres rem- responder com a este sucesso; Harpagon cha- "Novo o sr. dr. Macedo empre- ron esta>ia ao pé das 1ue Possa Othelo" que reivnr, cm çuios: igual vantagem quando lhe per- ma a justiça; trata-se de saber o nas suas deis ele- letradas'' de Molière. Mas não pequeno quadro, gêuc-n da ga comédias guntarmos por que motivo, onde para o cofre; não é um co- comédia do sr. dr. mentos explicam os aplau- acontece assim; a comédia Macedo, e que muito boa repugnam- poeta dc talento e futuro, escre- fre, è a alma ãe Harpagon, que bem assim, a imitação do '¦«>?- sos das platéias: a sátira e o fidalga; de um "Ó "burlesco. lhe estas alianças; trans- veu uma obra que não é de poe- se yeideu; o infeliz corre cês, denominado prim i tia Nem uma nem outra pode e, nessa tabu- "Amor com os tempos, des- ta, nem acrescenta o menor lad'- por aoutro, Califórnia". e pana'' exprimem a comédia. formar-se há na satã * vaturar-se não. Isto lustre ao seu nome tacão, repara que um ligeiro drama num no. e "Torre é que que velas acesas; apaga ma "Sacrifício A em concurso" defi- todos reconhecem, e o próprio Aceitando a peça, como ela é auas quanto ao de /s_ ne e resume as de- não há negar as Intenções quirnlrjicntc uma delas. Movi- quadro bíblico, compõe-: de perfeitamente sr. dr. Macedo compreende, que natural,„iguns tendências cômicas do sr. dr. via vo ânimo autor da "Torre em concur- mentç involuntário, ve,sos harmonioso: produzir do políticas mas isto Harpa-bre Macedo; demais, o próprio au- da "Torre cm concurso" um so" são de boa sátira. Sátira cômico; feito a jeil(ja f,ef,ráica vão diz palavra, porque a ter limitou as suas aspirações eleito salutar. E' cerlo que, burlesca, é verdade. Nada me- qun definindo essa como co- nos aquela sucessão sua idéia fixa é a perda da for-Tal é u teatro do sr. d . Ma- peça"O 7 esse caso, o autor linha de pe- cômico que au'or docedo, tnèdia burlesca. Fantasma tempo, ao estestudo, à ob- üe cenas mas, através PeloFel sistema do talento dramático. W air ao grotescas; ,',''""• Branco", Harpagonpodendo Branco", se não confessa as serrarão e á sia, os__ mate- de todas elas. não sc perde a Fantasm encher a biblioteca poesia, de dizer à Viesmas intenções, nem por isso riais das obras; mas os rc- intenção satírica do autor; deixaria parte cionaí com 0imts de pulso c "Torre sitas "Dias velas f estrago ! e de exclue de si o caráter da sultados desse esforço não ha- luta dos partidos, a eleição, a que ginalidade, abandonou maisf" em concurso". Finalmente, o viam de compensá-lo "fraude política, a intervenção doi primciro!i instantes nn "Novo busca dos efeitos e dos up:au- Othelo" rem em apoio da dc Anna, tudo isso forma um o exemplo de Molié- "Luxo O burlesco, embora suponha da Citando sos do dia; talento cômico, nao nossa apreciação. No c quadro, onde, à mingua de rc, não ê nossa intenção exigir de um autor ce to esfor- na esfera da comedia Vaidade" houve um tentamen parte cunho poético, sobram as tintas do sr. dr. Macedo arrojos im peneirou cômico; mas, aí mesmo, logo ao <_'•-> e certo talento, é todavia um carregadas, acumuladas no * nos.,_, ao„,. e deixou-se levar pela sedução possíveis; apenas aponta „ da tcnlnl çbrir do primeiro aio, entra cm iiieio fácil de fazer rir as pia- tuito de criticar os costumes "Cego" li- burlexco s"ilim "Torre distinto autor do as A a única ceva o bwlesco debaixo da figu- teias. A própria em políticos. Não é portanto a idéia manei- boa comédia, que ,.:o- ções da boa comédia, a de dar-lhe um nome, tah-v: ./ie- ra de um criado e de uma pro- concurso" fornece-nos uma pro- üa peça que nos parece conde- de as ob- va; desde se levanta o ra artística reproduzir nos ruidoso, inas com ccr.eza fessora. Somos justos; o autor que pa- navel; é a forma. A mesma servações cômicas, evitando nc, os espeladores riem logo ás mais seguro, essa não quis pra- não pretende dar ás suas peças idéia vazada em uma forma anllly, meio"de torneios "Torre assiste-se á leitu- /ini>irr%n «í-firfu^-it-i**r Miyjn iininnn." Upor . B- ticá-la o autor da em como verdadeiras comédias; o gargalhadas; cômica produziria uma eompo- e considerações, ócio ra de um edital. haverá de de frases concurso". Foi o seu erro. burlesco ê tão franco, a sátira Que sição üe merecimento. O juiz de enfim excluir cômico em um edital? Nada sem procurando tão positiva, que bem se vê a que paz João Fernandes, força se da cena, onde só devem ficar Acompanhar as alternativas ca- intenção do autor em reconhe- nãc seja o esforço da imagina- nem caráter, levado alternativa- os personaaens e a situação. prichosas da opinião, sacrificar eer-lhes apenas o caráter de sa- cão do autor; é um edital bur- mente ora pela irmã, ora pelas da a íe. "Fantasma a lei do gosto e a lição tiricas e burlescas. Ora, é exa- lerco, redigido na intenção de influências eleitorais, tem um O autor do Bran- ^ esquecer a nobre míssúo rins lamente essa intenção que nos produzir efeito tios espetadores; quê de cômico; mas, reduzido a Co", como fica dito, sacrifica musas. Da parte de um in ruso, parece condenável. Dotado de a fantasia do autor tinha cam- estas proporções, saía fora do muitas vezes a verdade de um seria coisa sem conseqüência; talento, estimado do público, o po vasto par redigi-lo como qui- circulo que o autor se traçou, e caráter um efeito é conde- -ima para produzir da parte de um poeta, tr. dr. Macedo tem o dever de sesse, para acumular as expres- não produziria o desejado efei- a situação; isto no drama, navel. to nas platéias. Que fez pois o jS/0 na comedia. Exemplo: os autor ? Deu-lhe proporções bur- (joís filhos do capitão Tiberio Atenderá o sr. dr. Macedo lescas, e as cenas do ediíal cs- suo rivais, de amor; pretendem para estas reflexões que iros ins- crito nas costas, do pleito dos ambos a mão da prima Mari- pira o amor da arte e o tince- 110 partidos para possuí-lo. da quinhas. Daqui origina-se um ro desejo de vê-lo ocupar cláusula do casamento, tudo ts- duelo: mas ambos são tâo co- teatro um lugar distinto? Não so retirou à do juiz de lhe a esperança; o figura Vatdes corno o pai; o provoca- perdemos-Fantasma paz o cunho original e cômico. dor arrepende-se, o outro che-autor do Branco a co- Esta comparação pode ser re- ga-se como para um patibulo:chegou á idade de cullicar em re'acão a uma duelo é marcado pa'ã a nol-média; o estudo da vida c 11 es- produzida o parte dos personagens; maste, na montanha do fantasma;tudo dos padrões que pa.^a- o nossoambos teem a idéia simétricado nos legou, levá-lo-á sem o»- basta uma para definir o .Vão ana-dc esconder-se no vão da esca-vida aos sérios cometimentos; pensamento. fazemos alguru íise, apreciamos em sun gene-dc. E' uma cena de apartes emdrama, de que nos deu ralidade us comédias do sr. dr.i;ue cada um deles mostra o re-lampejos, pode tambem receber e Macedo. O "Fantasma Branco"ceio de ser morto' pelo outro;das suas mãos formas puras Mas atingir fl não se confessa comédia bur-esbarra7n-sc, caem, pedem des-corretas. para ¦-lhe lesca. como a "Torre em con-culpas mutuamente, c os espe-tais resultados cumpri curso", mas aí mesmo o burles-cladores riem às o antigo caminli gargalhadas;abandonar ii co é o elemento principal. En-mas o que torna esta cena for-os meios usados até hoje, tf t-retanto, sem se impossível, sem cômicoescreveu páginas que rcaimenie que prestasse"Pautas-algum,cada, "™ a uma alta comédia, o é que ela destról intel-o honram, não fez ainda te-ramente caráter dos rapazes,quanto a nossa bela paira tem ma Branco" podia fornecer o ' --„,,, dc exigir-lhe. JViiiirn Ia par uma obra de mais alcan-<¦- ruiu cuc0'ar

j% DOMINGO, W/4/1MI SUPLÜMBITTO UTERARTO BB "A MANHA" — TOL. H PAGINA MS

$l__a__B___Í__m FALANDO AO CAVALO-^»-"»- i-^l_fll Sai da mesa com a barriga falar, nunca falam e apenas Eles mus dia menos dia $ào cheia, e com a alma cheia: duas gritam: — apoiado! ora entre despedidos pel( alugadores enchentes que realizam a beaU- um rtncho de cavalo e um «cansados de matar-lhes a fome tude humana neste mundo. apoiado de quem nunca diz ou- cavai»; e caem no esquecimen- Estômago e alma pediam-me tra cousa, não descubro dife- to, que é o justo castigo dos Ao* tempo para digerir a alimenta- renca que valha a pena. mens-cavalo, e tu ruço-queima- ção recebida: sob o pretexto de Tu recebes freio e selim e te do, nunca serás esquecido, por- iiiai______! despachar um portador que fos- deixas cavalgar, e carregar co- que quando morreres. hei-de te se procurar na estalagem a mo podes com o cavaleiro, e as mandar empilhar, e te remete- Carteira de Meu Tio, separei- vezes com aigum outro à garu- rei para o Museu Nacional para «P^iBSS^vwH me da companhia; despachei o pa; eles sujeitam-.se ao mesmo perpetuação d., tua memória. SU próprio, tr por distração fui ob- cativeiro; abrem a boca para Acabo, ruço-queimado, de servar como estava depois da- receber o seu freio especial, ofe- dar-te seguros fundamentos pa- quela viagem de quatro dias recém as costas ao selim da ra o teu orgulho; não quero po- (dois de ida e dois de volta), o mesma natureza; e são cavalga- rem que sejíis vaidoso, t ago- "' ruço-queimado. dos às vezes somente por seu ra te digo: — abaixa a cabeça t!m#' .^Aâni^ Atravessando o terreiro, to- dono reconhecido; mas às ve- que te mandei levantar; porque '••T"T -i£«; "'""^^PdMiiK* zes também levam a condescen- ¦ 'mnm IíS; dos os escravos me tomaram a há homens que são superiores a ..ilg^a. *\m\wÊÊ¥wi. kWm benção com sinais de requintado dência muito alem da tua; por- ti, embora sejam homens- cava- respeito; os cães da casa feste- que tu em caso extremo carre- los. ! K__ jaram-me; e fui encontrar gas um no selim e outro à ga- Há homens que são superiores '¦™* *,#mí* o costado tão ruço-queimado, que em toda rupa, e eles teem & ti; porque teem inteligência. sua vda pastara sempre des- grande, e tanta força cavalar, ilustração, ciência; porque «te- prezado no campo, recolhido que carregam até sete cavalei- vem à natureza talento brilhan- então à estrebaria recentemen- ros de cada vez!!! te, e ao estudo reconhecimen- te varrido, tendo a manjedoura Tu gostas de comer capim e tos, em alguns, muitas vezes atopetada de capim fresco, no- de roer milho, e eles também profundos. kW* , # v v.«- -*iéfeju - y*i__r' tando-se ainda pelo chão vesti- teem seu capim e seu milho e E entretanto superiores, mui- gios de boa e Já devorada ração comem, como o diabo. to superiores a ti. são homens- de milho. Tu tens cauda, que serve para cavalos, recebem e quase que O inteligente e grave .animal, espantar as moscas e os insetos pedem freio e selim, e deixam- sentindo os meus passos, fez que te perseguem, e às vezes co- se cavalgar. uma pausa de suspensão no mo um abano para te refrescar o Mas são cavalos aristocratas: trabalho suavíssimo de que se corpo e eles também teem cau- escolhem o cavaleiro e o dono; ocupava, estendeu o lado da mais ou menos comprida, e vaidade da mon- para muitos teem orgulho, da porta da estrebaria o seu em enorme; cauda que taria; mas por fim de contas enorme pescoço, olhou-me, in- não compõe, que nâo orna como são em todo caso homens-caws- cliiiou três vezes a cabeça, como a tua, cauda que envergonha, e los. se me cumprimentasse; mas ce- que assinala em uns fraquezas dendo ao instinto, logo depois inconfessáveis, em outros cri- Eu, para mim. ruço-queimado, continuou a comer o seu capim. mes que ficam impunes. julgo estes ainda mais nocivos Frue os gozos dessa estrebaria, Eis ai da cabeça à cauda qua- que os outros: os outros quase i,.*,>í\) iit' Jvaquim Manuel de Macedo, em Itaborai, cidade de seu ruço-queimado! come o teu mi- tro pontos de semelhança em que teem razão de ser, positiva- nascimento lho e o teu capim! cavalo do que não ficas abaixo de certas mente não exercem influência principal herdeiro de meu Tio, notabilidades, e a elas pelo me- na sociedade: animais de car- em tua de cavalo, tu nos te igualas. ga, fazem o seu oficio, vivem fa- qualidade zendo és uma peça muito ordinária, e Examinarei agora as diferen- rir, e morrem sem que ai- de merecerias meu ruço-queima- guem dè por falta deles; são Joõquim Manuel Macedo, na antes cangalhas do ças, e verás, constas muito que selim! mas em honra e con- do, que é nelas evidente a tua insignificantes sideracão de teu dono estás sen- superioridade. de ópera italiana, de quem os camarotes e a platéia não fa- apreciação de José Veríssimo do objeto de cuidados, que nun- Tu andas de c sa- ca recebeste tua quatro pés, zem caso; os outros porem são em vida já bem tisfazes assim as condições fí- cantores de carteio, o longa; goza e come! eu te saudo, primo pú- Cronológica e literariamente, Macedo pertencia à primeira sicas da tua natureza animal: blico ouve-lhes as árias, deixa- oh ruço-queimado! porque hoje és cavalo, e andas e sabes an- se levar ger;'ção romântica, Era um genuíno produto daquele momento admiro a imagem do encanto da pelas voia.as, trinados dar, como cavalo: eles andam e tenutas de suas gargantas e meio literário, e foi na sua plena vigência que estreou nas le- riqueza em ti, da maior parte de dois pés; muitas vezes po- magistrais, ilude-se com eles, tra.s. iniciando do mesmo com Teixeira Souza o roman- dos homens nos escravos que rem moralmente se tornamDate passo e te deram milho e capim fresco, palmas e aplaude, pen- ei* e com e Magalhães o teatro brasileiro. Escri- quadrúpedes e esquecendo D5ando que são gênios da sua es- e do mundo na tua estrebaria. sua natureza e dignidade de ho-pécie, 0 tor c;; osíssimo como, excetuado presentemente o sr. Coelho Neto, Ah! ruços-queimados que exaltam que o hon- quantos mens, se tornam homens-ca-ram que 0 nobilitam, servindo nao T.vmos outro Macedo, aliás sem jamais progredir, nem va* de dois pés passam vida mila- valos*ao na progresso e à civilização, c riar, u.Liapassou a sua época e foi ainda o mais abundante dos grosa e felicíssima terra, Tu nunca deste coices, masno meio ou no fim da de- porque seus pais. os seus padri- peça prusi.stas da segunda geração. Sem falar dos seus livros de his- tens natural direito de os dar,saponta, reconhecendo que ba- nhos, ou seus protetores estão teu e toria ou de crônica e numerosos escritos políticos e literários nas condições, em me acho e todos os esperam de ti, como palmas aplaudiu em vez de que se espera o arranhão de um ga- artistas concienciosos a ho- dispersos em jornais e revistas, tudo geralmente insignificante, depois que se abriu e foi lido o mens-cavalos testamento de meu Tio! to, e a dentada de um cão: eles e nada mais. sao da fase ocupada por esta geração (1850-1870) os Romances não são animais couceadores; Seja o cavaleiro peão ou rei, o tl.i Semana, O culto do dever, A luneta mágica, As vitimas ai- Ruço-queimado! és feio, velho, mas couceam, quando lhes fazanimal em que cavalgar é sem- e não prestas par-, nada; mas, conta como dez cavalos chu-pre cavalo. gozes, Nina, As mulheres de mautilha, A namoradeira, A baro- ainda assim, levanta a cabeça, cros-E nesa tl« tomo, mais por conseqüência, o meo amor, para não citar senão os, ao menos pelo e espera quem sabe o que ainda Tu e outro cavalo-ruço-queimado vale mais, te a fortuna?... qualquer me- consideráveis. E no teatro, excetuado o Cego, que é de 1849, é prepara cavalo em regra não dais coucesrece mais do que todos eles; de Ta mesma fase toda a sua abundante literatura dramática. Positivamente asseguro que em quem vos dá o capim e Rporque um cavalo não se avilta Mas no no teatro, Macedo não fez mais não és o cavalo que Buffon milho; e eles escouceam quempor isso; e os homens, ainda os quer romance, quer descreveu; a fortuna tem lhes dava o milho o capim,mais anuiu na con- porem e inteligentes e ilustrados, véspera ou já em pleno dia do naturalismo que caprichos; e não há quem pos- desde farejam que a man-que se abaixam a fazer o tinuar, que papel por inércia, o movimento adquirido com a primeira ge- sa determinar até onde pode jedoura vai passar à direção dedc cavalos, deshonram-se. o que ração romântica. Esta imobilidade, que não basta á inspiração chegar e subir um cavalo. outros senhores.é o menos; mas alem disso social de "Vítimas de sua de teatro, Já houve um cavalo que ehe- Tu és dirigido freio o cavaleiro, quá- algozes", e alguma peça a senador do _mpério ro- pelo quecomprometem desmentir, fixa neste sem em- gou recebes, e eles são dirigidos pe-se sempre inocente, o que é o para decididamente o geração, mano: o exemplo ficou na hls- los rabichos lhes tumais. bar»o dele ter escrevendo, até 1882. Nem a . a se- que p-Õem: vivido, e sempre tória, e o exemplo como obedeces pela cabeça e eles obe- Come portanto o teu milho e concepção do romance ou do teatro, nem o estilo de Macedo, mente, que tem o dom da re- decem pelas caudas.o teu capim, rvço-q eimado. co- variaram nunca o seu conceito primitivo de uma história in- produção. Em último resultado deste me-os a fartar, come-os com a Tentada e recontada ou o ele cria tal, Convenho em que a ex trava- exame comparativo aliás se certeza de que há por esse mun- com muita poesia, que de Calígula incomodou o que comover com gància poderia estender muito mais, do ruços-queimados e não fa- P»ia a sentlmentalldade do leitor ou do ouvinte, amor próprio dos animais ho- zendo o bem fazes, fazem e fim de o conhece-se que entre eles e ti, que o edificar moralmente. Com este conceito, que foi mens; porque o senador de Ca- ruço-queimado, a semelhança p° ma^ 1°* n*° f&zes. de todos os nossos românticos, sem engenho que o revelasse, a lígula foi mesmo cavalo de qua- surpreendente no procedimento,Cut-afo-eatxj/o, tu tro cava lo-cavalo. és melhor sua obra é, do puro aspecto literário, de somenos valia. Hã nela, pés, no ofício, e no modo de vida, Hdo qae todos os homens-cava- A coisa esteve no nome, e na a única diferença realmentelos. porem, alguma coisa que a levanta e faz viver da vida mesqui- que una impossibilidade física de sen- sensível real é que. debaixo do que ainda tem; primeiro a sua sinceridade, a sua ingenui- tar-se o bicho em uma cadeira de Fis estas reflexões em pé na ponto vista físico, eles são da estrebaria, fazendo-is oade na representação do primeiro meio século da nossa exis- parlamentar; não esteve porem bípedes e tu quadrúpede. porta ttocia nacional, agradável- na capacidade intelectual, nem Sois diferentes e se- porem (é cousa célebre!) com- segundo a alegria que há nela, e que pelos pés preendí, calculei todas as van- mente destoa todos os seus companhei- nas condições morais do cavalo. melhantes pela jabeça: a física da estranha tristeza de À o nome imposto vos separa; tagens, que pode fruir o homem, ros de ri- parte pelos mas a moral vos combina is duas con- geração. Como quer que seja, ele tem, sem grande naturalistas e pelo vulgo, eu te iguala. quando çueza e força aliás, imaginação e facilidade. Como autor de tea- afirmo, ruço-queimado, e fica dições de cavalo e cavaleiro, e Tu és o que és — cavalo-ca- atendendo ao seus Interesses, se tro foi talvez o que melhor o soube fazer aqui. O desleixo com sabendo para tua consolação e valo. tem havido resolve a ser hoje cavalo, para que geralmente escreveu, se não também as suas obras, teu orgulho, que ser cavaleiro amanhã. pensou muitos homens importantes, que Eles são o que não deviam ser prejudicou-as consideravelmente em o nosso atual conceito. reputar feitos à tua homens-cavalos, O selim e o freio e os bra- Mas se devem no chão um homem os seus defeitos de concepção e de forma, a que somos semelhança, e que todavia se Tu és melhor, mais digno do Ç°s para hoje que eles. ser cavalo, não poucas vezes são nimiamente sensiveis, não afrontavam os seus contempo- chamam homens. degraus onde ele sobe às ràneos, Levanta a cabeça, ruço-quet- por dos quais foi um favorito. Ainda hoje é dos nossos ro- Em consideração a ti, meu ca- grandezas sociais. mancistas valo, vou examinar os de madot rincha uma vez por ex- eu também mais lidos, se bem que às escondidas e em segredo. pontos mas_ Ah! ruço-queimado! E' semelhança, em que fraterni- ceção; rincha, solta um me parecerei contigo! para »a- o que tem sido mais re«petidamente editado. E Taunay, que rincho-trovao, um rincho de es- estreava zais tu e essas notabilidades. nhar e subir não hesitarei ea já na terceira geração, dedicando-lhe o seu romance Tu não tens o dom da palavra, cárneo lançado a essa súcia hu- ser homem-cavalo. "A mocidade mana degenerada. de Trajano", eomo a um mestre, apenas exprimiu e é de supor, ou deve-se adml- costume faz lei. • sentimento tens o dom O de comum apreço pelo opero» e divertido escritor. tir por hipótese, que Ah! esquecia-me nm ponto de rinchar: eles, as notabilida- muito' Importante de diferença (Das Memórias da sobnnho éo refira se (."História da Literatura Brasileira") des a uue me uodem entre eles e ti: aqui o consigna meu tioj ™-—srr"3-3——ri-—, ('^tygpmnjpg """""T<»"O ''"WU M m <-. - , .. ^nrn^rj.^.^jiw^^jfiI^Síp^'»!»^^?»»--..: -,

'LITERÁRIO PAGINA JPG SUPLEMENTO DE "A MANHA" — VOL. II POM1NGO, K7*/Kn '*\_ Um capítulo de "A Moreninha"-^«*ta MEiA HORA EM BAIXO DA CAMA

Não tardou que Felipe, como bom amigo e hóspede, ²Ainda que estivesse na moda. não há nada que ²Ora!... eu tenho muita vergonha... antes quero TieFsj tm auxilio de Augusto. Em verdade oue em im- nela assente bem. «assim; até parece romântico. inteira possível passar c resto da tarde e a noite com ²Ora... é um páu vestido!... tem uma testa maior ²São caprichos de namorados! «falou d. Qui.iuinai aqucia calca, manchada pelo café; e portanto os dois es- a rampa do largo do Paço. havia tanto tempo para isso! mas enfim, de futilidades tudanies voarão à casa. Augusto entrando no que gabinete ²Um é que o amor se alimenta. Querem ver uma dessas? o destinado nos homens, ia tratar de despir-se, quando loi nariz com tal cavalete, que parece o morro meu está de luto, e isso exige do Corccvado!... predileto por que eu vá por Felipe interrompido. á festa de... com uma fita preta no cabelo, em sina] ²Augusto, uma idéia feliz! vai vestir-te no gabinc- ²E a boca? ah! ah! ah! de sentimento; exige ainda que eu não valse mais. qno te das moças. ²Parece que anda sempre pedindo boquinhas, eu não tome sorvetes para nâo constipar, que' nào dè "dominus tecum" a moço nenhum espirrar ²Mas íjuc espécie de. felicidade achas tu nisso? ²E que lingua ela tem! que ao pé ²E' uma víbora! de mim, e que jamais me ria quando ele estiver sério- ²Ora! tu deixas uma tão bela ocasião tudo isso ele ter direito ser pois passar ²Eu e a julga por tenente clã de te inirares no mesmo espelho em que se elas mi- não sei porque as outras não hâc-de ser como Guarda Nacional! pois porisso mesmo anda agora de apioveitares das mil comodidades e n«ós, que náo dizemos mal de nenhuma delas. no cabelo, valso todas as vezes rpm?... dc te das fita branca "dominusque posso m*l superfluidades que formigam no toueador de uma mo- ²E' verdade; porque, se eu quisesse falar... tomo sorvetes até não poder mais. dou tecum'1' Vai.., jsoú eu to digo: ali acharás banhas aos moços mesmo eles não espirram. e não ça?... que ²Diga sempre, d. Quinquina. quando possu e pomadas naturais de todos os paises; óleos aremáticos, ver o sr. tenente Gusmão sério sem soltar uma garga- essências de formosura, e de todas as qualidades; á^uas ²Não,., não quero. Mas passando a outra coisa... lha da. os lábios, D. Josefina aplaude com razão a moda dos vestidos cheirosas, pós vermelhos para as faces e para ²Olhem lá o diabinho da sonsa!... (murmurou con- baeta íina para esfregar o rosto e enrubecer as pálidas; compridos. sigo mesmo Augusto em baixa da cama). e escovinhas, flores murchai e outras viçosas... escovas ²Por quê?... ²E ²Basta, você, mana, não diz nada?... (perguntou ain- basta; eu vou: mas lembra-te que és tü ²Ora. . porque tem pernas de caniço de sa- da ela a d. Joaninha». «fuem me fazes ir, e que o meu coração adivinha... cristão. ²Eu?... hei de dizer?... (respondeu ²Anda, ²Pernas finas também é moda o que esta) que o teu coração sempre foi um p«edaço presentemente. digo que ainda não amo. dasno. ². neus me livre!... íacudiu d. Clementina* pelo ²E' a única que ama deveras (pensou o estudante, E isto dizendo, Felipe empurrou Augusto para o ga- menos j..ara mim nunca deve ser; pois não posso emen- & quem já rioiam as cadeiras de tanto agachar-se). trinele das moças, e se foi reunir ao rancho delas. dar a natureza, que me deu pernas grossas. ²E o sr. Fabrlcio?... e o sr. Pabricio?... fexcla- Ai do pobre Augusto!... mal tinha acabado de tirar ²Náo lhe fico atrás, juro-lhe eu (exclamou d. Quln- maram as três). as calças e a camisa, que também se achava manchada, quina . ²Pois bem «tornou d. Joaninha); «sentiu rumor, que faziam algumas pessoas que entravam ²Nem eu! nem eu! (disseram as outras duas>, é o único de na sala. ²rsso é bom de dizer (tornou a mas le- quem gosto. primeira); ²Mas lizmei te podemos tirar as dúvidas. que temos nós feito hoje nesta ilha?... mie Augusto conheceu logo que eram moças, porque es- triunfos havemos conseguido?... vaidade fazem conversando ma- ²Como?... para o lado, tes anjinhos quando se ajuntam, moças «bonitas como somos, devemos ter conquistado ni- tinada tal que a um quarto de légua se deixam adivi- ²Facilmente: vamos medir nossas pernas. corações! mesmo insólito compará-las a um guns nhar: se é sediço e Ouvindo tal proposição, -o nosso estudante, apesar ²Juro bando de lindas maitacas. não há remédio senão dizer que estou completamente aturdida com 03 de se ver em apuros em baixo da cama, arregalou os de eterna que muito se assemelham a uma orquestra de peritos in:>- olhos de maneira lhe saltai- das protestos paixão do sr. Leopoldo fdisse d. Quin- que pareciam querer quina); mas é uma verdadeira desgraça ser hoje trumentístas,' na hora da afinação. órbitas: porem d. Gabriela, que não parecia contar con- meda — ouvir com paciência quanta frivolidade vem à cabeça — Ora o nosso estudante estava, por sua esdrúxula fi- sigo, e que só por honra da firma dissera o seu nem não direit eu! — veio deixá-lo com água na boca. à cabeça, porque parece que os tolos como gura, incapaz de aparecer ã pessoa alguma: em ceroulas, não a teem — aos lábios de um cima, faria recuar de espanto, que porem desenxabido e nú da cintura para ²Havia de ser engraçado! > disse ela) arregaçar- namorado. O tal sr. Leopoldo... não é graça; eu ainda horror, vergonha, e não sei que mais, ao belo .povinho mos aqui nossos vestidos. não vi estudante mais detestável. que acabava de entrar em (asa. e que certamente, se ²Que ²Você, o encontrasse, teria de cobrir o rosto com as tinha isso?... íacudiu d. Quinquina) não d. Joaninha íacudiu d. Clementina), tem- assim não temos dormido «ite mãos; e portanto o pobre rapaz seguiu o primeiro pen- somos todas moças?.,, dir-se-ia que regalado hoje com c incomparavel Fabricio: não lhe toda a sua roupa, juntas. gabo o gosto... so as perninhas que ele tem... ¦amento que lhe veio à mente: a juntou ²Ora enrolou-», e com ela em baixo do braço escondeu-se atrás ²E' verdade (acrescentou d. Clementina); e alem "respondeu aquela», ainda não tive tempo dc de tuna linda cama, se achava no fundo do gabi- de não veria demais, senão ou cinco saias olhar para as pernas; mas também você parece que náo que que quatro se arripia Bete, cuidando que cedo se veria livre rie tão inlempes- por baixo do segundo vestido. muito com a corcova de nariz de metí primo; confessamos, minha amiga, todas nós de tiva visita: mais, ainda outra vez. pobre estudante!... ²E talvez algum saiote... vamos a isto! gostamos ser teve logo de agachar-se, e espremer-se baixo da conquistarioras. para ²Não... «ama: pois quatro moças entraram no quarto. E eram não... fdisse por sua vez d. Joaninha). ²Pois confessemos... isso é verdade, elas d. Joaninha, d. Quinquina. d. Clementina, e uma ²Pois por mim não era a dúvida tornou d. Cie- ²Pela outra, nome Gabriela, muito adocicada, muito es- minha parte não digo nada: (assobiou d. Cia- por mei.tina, com ar de triunfo. lecostando-sc mole e vo- briela, mirando-se no espelho) mas enfim... eu não partilhada, muito estufada, e que seria tudo quanto ti- luptuosamente nas almofadas. e deixando escorregar de mi vesse vontade de ser, menos o mais acreditava que se sou bonita: mas, onde quer que esteja, vejo-me sem- que propósito uma das pernas para fora do leito, até tocar cercada de adoradores; hoje era, isto é, bonita. com o no chão, de modo ficou ã mostra até o pre por exemplo, tenho-me pé que visto doida... perseguiram-me constantemente seis... era Depois que todas quatro se miraram, compuseram joelho. impossível ter tempo de mangar com todos a preceito. to- ²Quem cabelos, enfeites, e mil outros objetos, que estavam me dera já casar!!! fsuspirou ela). ²Mas, d. Gabriela. onde está o seu talento?... dos muito em ordem, mas que as maozinhas destas qua- "demoiseíles" Pobre Augusto!... não te chamarei eu feli?,?... cie ²Pois bem, se outra no tro não puderam resistir ao prazer, muito dos seus olhos a mais bem tor- que ponha meu lugar habitual nas moças, de tiesarranjar outra vez arran- vê a um palmo perna para ne«da que é possivel imnpinar!... através da finiisima ²Alguns homens zombariam de doze de nó- outras Jar; foram, por mal dos pecados ãe Augusto, sentar-ue — meia aprecia uma mistura de cor rie leite cnm a cor n um temoo... houve já nm. que nào «teve vergonha ue da maneira seguinte: d. Clementina e d. Joaninha na de rosa e rematando este interessante rosa, escrever isto em um papel: cama, em baixo da estava ele; d. de um painel pézi- qual Quinquina nho um. que só se poderia medir a polegadas, apertado lado. em uma cadeira; e d. Gabriela exatamente dc fron- c nue estava mesmo não tirava os olhos, em outra ca- em um sapatinho de setim, pe- te dc espelho, do qual dinrio um... dez... cem e mil beijos; mas. quem o Num din. numa hora deira, que. apesar de ser de braços e larga, pequena era pensaria? não foram beijos c que desejou o estudante nu- No para lhe caber sem incomodo toda a coleção dc saias, àquele objete, veiu-llie ao o mesmo lugar. vestidos de baixo, e enorme variedade de enchi- torgar precioso pensamento saiotes. qne sentiria dando-lhe uma dentada.,. Ouase «mie Eu gosto dc amar mentos. que lhe faziam de suplemento a natureza, que prazer Já se não podia suster.,. já estava de boca aberta e para Qur-rcnta, tom d. Gabriela. segundo suas próprias camaradas, tinha «saltar...: exótica figura em oue mesquinha a certos respeitos. porem, lembrando-1*; da lido um pouco se via, metpu a roupa, que tinha enrolada, entre os den- Cinqüenta, Depois de respirar um momento, as meninas, jul- les. e apertando-«ns com força contra ela, procurava ilu- Sessenta: fando-se sós. começaram a conversar livremente, en- dlr sua imaginação. Ce mil forem b^las, quanto Augusto, com sua roupa em baixo do braço, co- ²Quem 'repetia d, Clementina). frios, comprimia a me dera já casar! Amo a todas elas. berto de teias de aranha, e suores ²Isso é fácil (disse d. Gabriela), principalmente «se respiração, e conservava-se mudo e quedo, medroso de dar crédito aos tanto nos com descobrir; seu devemos que perseguem «jue o mais pequeno ruido o pudesse para flnesas. Olhem, que vejo-me doida! mais de vinte me ²Que pateM... mór infortúnio, a barra da cama era incompleta, e havia saber o me sucedeu ultimamen- ²Que tolo!... descobertos, atormentam! Querem que ¦eguramente dois palmos e meio de altura te?... Eu confesso que me correspondo com cinco... ²Que vaidoso!... por onde se alguma das moças olhasse, seria ele impre- Isto i só ver dos cinco casar primeiro: ²Essa opinião segue também o Augusto! A do estudante era para qual quer terivelmente visto. posição penosa pois bem: ontem uma preta que vende empadas, e nue ²Oh!... e esse papelão?! certamente; por último saltou-lhe uma pulga à ponta m encarrega das minhas cartas, recebeu da minha mão ²Ei-las comigo «murmurou entre dentes o nosso es- do nariz, e por mais que o infeliz a soprasse, & teimosa duas... continuou a chuchá-lo «com a mais descarada impuni- . tudante. estendendo o pescoço a modo de cagado). «dade. ²Logo duas?.. ²Como lhe fica mal aquela cabeleira!... assemelha- * se muito a uma preguiça. ²Antes «sabatinas em tem- Ora pois; apesar de todas as minhas explicações, a ²Tem • mil vezes cinco seguidas maldita estava dc mona: mesmo dizendo-lhe eu dez as pernas tortas.. po de barracas no Campo!... tdizia ele consigo). — é do sr. Joãozinho; e a de verde ²Eu creio que ele é corcunda. vezes a de lacre azul ²Não; Mai as moças falam já há cinco minutos: façamos e do sr. Jucá. — sabem o que fez!... Trocou as cartas. aquilo é magreza. por colher algumas belezas; o que é na verdade um ²E o resultado?... ²Forte impertinente! falando, é um Lucas... difícil; segundo o antigo costume, falam to- ²Há de ser interessante dansando!... pouco pois, ²Ei-lo (respondeu d. tirando um das quatro ao mesmo tempo. Todavia alguma «coisa se aqui Gabriela, pa- ²Vamos nós tomá-lo à nossa conta? aproveitai á. pel do seio); ao vir embarcar, e quando descia a escada, ²Vamos: nos meios de zombar dele cruel- N a destreza entregou-me este es- pensemos ²Que no a tal preta, com precisa, menu... calor!... (exclamou d. Gabriela, afetando, crito do sr. Joãozinho: — Ingrata! Ainda tremem mi- ²Pois abanar de seu leque, todo o donaire de uma hespanhola) no corpo de delito da tua pensemos... nhas mãos, pegando perfídia! ne^se oh! não parece que estamos no mês de julho; mas, por Escreves a outro?! Compareces por tão horrível crime Mas elas não tiveram tempo de pensar, porque Biinha vida. vale bem o incomodo que sofremos o regalo o do meu coração; e bem tenhas nesse momento ouviu-se um grilo de dor, ao qual seguiu-se viva perante júri que agitação no interior há que «teem tido nossos olhos. tribunal a tua beleza por advogada, o meu ciúme e justo daquela casa. onde ainda pouco —Bravos, então «seus olhos... ressentimento, são os te condenarão ás só se respirava prazer e delícias. As quatro moças levan- d. Gabriela!... que juizes, per- taram-se espantadas. pétuas galés do desprezo; e só poderás livrar delas, se ²Teem visto muita coisa boa; olhe, não é por falar; ²Pareceu-me '¦' Sf 1 * • -,, -i^r .ra|,f-j?,a5,rv.«ir~-í,.0'r,a,.,|.„„!, ,,».:,»„ «,„a^

M/4/1M» SUPLEMENTO LITERÁRIO DE "A MANHA" — VOL. II PAGINA 2*7 0% DOMINGO, >2'f/' ht*iUZ*Jr.*- >i~W í"L\ i _*>i_!ÍiV /v (k&È&fSÈ^r

Nos!,.i'litiade, época tem a mania da alguns poetas, é desejo dc éter- — exagero deque nidade. .,. Vnccas anteriores se defen- Ym evitando to; a dispersão imitii da atividade do espírito ,. llHio de regras certas e in- A linguagem nos torna anti- '" na exem- ficais ? li.li ,is, uma d'scipl oue impedia as liberdades pli, exigia uma iii' mi gosto e' continuada sobre o dairo objsto da Arte. DáSá, aluno do curso prlmâ- rio de literatura Infantil, A u-iginalidade é um mau laz (Tome-se essa palavra uso tíe uma espécie de pr miti- ^SrJ^SBBU wSÊBÊ/^^! X/K acepção de inecitis- vismo não desprovido de csrta ],n atual ingenuidade feliz. Porem *m¦ 7,u 'ra.-tacueras,Recurso de provinc anos, essa ^ÊBt^MWSÊÊ^B^Lft*Y' (/ de arrivistas obra denota ausência de senti- ' ,V mento e um curto nivel intele- 7«M (,iii nm rm fazer sucesso, cau- chamar a aten- ctual, —o que é, entr:tanto /lfflH9H $ jar M-nsação, substituído rim sobre si. Tornou-se assim por uma forte Cose uma procura de de cinismo e inconcicncia que c i,ij,.,mal!dade tornam eleitos superficiais. Por isso o mdviduo temível, mesmo í desprezada pelos no- porque a audácia, mesmo a do ispiritos, puros, pe- ignorante, nunca se dá por ven- bri.« pelos cida. Ir* melhores. E' faeil inventar íormas e atitudes poéticas sem conse- idéias ab- uuénca. fantasiar Os antigos meditavam, nó? surdas. Bafta desvirtuar e In- analisamos. verter o sentido plástico das ft>ish.s. Disto os modernos teem abusado sni proveito algum. originalidade Não tenhas medo d? pensar, Não há possivel nem do os outros don i;-andes temas da vida, — que pensarão em beleza, em poe- dos teus pensamentos. im rrliüião."obediência", Píü. Há compre- fliVlll'. O ni! cil é perceber o miste- Ou o homem olha para o mai rk.so se«,Udo da vida. seguir a como quem vai assenhorear-se íiniíTi religião verdadeira, e em dele. ou contempla-o amesqui- o caminho certo. nha do diante da sua WÊÊÈÈÈS^ T lAitíia iwensi- < lie. São eitas as duas atitudes diante da vida.

A poesia è uma força elemen- devesse até "antiga" t; r Talvez o po:ta "idé*a", Como considerar -MW^TlL õViv.*oííir a "frase", a uma obra de arte vai ser j trm/7WwKlÇ^y^- a Je$mE$F-í 'Virüiijem". "pela que v O que o cerca sâo v'sta primeira vez" por Jorrai elementares: a água, o futuras gerações e provocar- loiiü. i»? mundos, as formas, os lhes o estu nor e a admiração ? cor]X)K. as pedras, o amor. a Tal obra é antiga, moderna e dor. Af "idéias" í;cam fracas futura. (iíinte dessas forças que não peruam inutilmente. Exniplos de "verso elemen- ' Lú':rmas de imortal con- tur: "Transporás A vida interior deve ser um ttmimento"; a debate dos problemas eternos, riurmir esses espaços". Exemplo nüo uma esvoaçante fantasia. di vcr-o-lrase: "Sob o manto «atrelado tio luar". — Não sei bem. O ARMILAVDA se me fiz entender que ümuobiece o perna é a frase, a Ao contrário do A sim- que poderia li1);;;, a imagem inútil. parecer, quem sr pn ocupa com Anniiavda, ó doce Armilavda. jJir «iade é uma coisa dura. co- o "detalhe" é é sintético; j.1)ríamos o universo só que rm a vida do monge. E não exemplo: a "Vaga" de Hokusai, Qualquer pra- p uma mulher viva, porem ça, mas aplicado, pode ser uíii Sei (|ut te lembras do tempo* Jnenos bela se nâo (a qual. bom gramático, um bom nisto- ]liii oue íamos para o campo assistir ao germ.nar da semente existisse, o mundo nada perde- riador, etc. Mas uma bailarina ri» com isso) é sem dúvtía in- (Corrias. solta a cabeleira ao vento. representa muito mais. Pare- 'I fortes e íjiiiiamente preferível ã exis- cindo frivola, é muito mais nas pernas eram polidas téncia vestido da Venus. profunda. K os .acarotes azuis do teu Ass m com a Poesia. Embora Se conliindiani com as borboletas (lo mato). imiti) para os homens práticos, Sei jogo mundo sem poesia seria um tjiie surgisté dc dominó naquele baile tle máscaras, twjK- sem ))t noile ein beleza, matéria gros- No vereo-livre, a cada linha a mãos, seira, objeto sem valor. o autor acorda, hestantr, ante Di.' uos^as primas tocando piano quatro Poderão inventar todas as um novo problema a resolver, D.-i- íiiandi-s chuvas de pedra e da surpreza ilo arco-iris «Ias nnvena, máquina? que quiserem, ne- um novo ritmo a formar. Há Oue te lembras dc Indo... Has nossas respirações em suspenso, Bhuma substituirá a poesia. um hiato, um lapso, uma sepa- ])as luneiis confidencias no ile magnólias, can- jardim ração de verso a verso, que Do movimento das ondas, lá fora, despenteanclo a fa ainda mais o leitor do que praia... Sei colecionaste todas as imagens, Todo a monotonia do verso r'guiar, que poeta principia avan- e o faz olhar com certa indife- Uue dc vez em quando sobe-te ãs narinas o cheiro das ina£*nó1ías çantío demais e t?rmina vol- enfaro essa inútil di- do entrelaçamento de dois seres. tiindo vagarosamente. rença e Í". qne lentas reconstitui, a era vers:dai.e de ritmos ftíinâmi- Anniiavda Creio mesmo que a Poesia é Airnilavila, 11m cos ? i essa dispersão de forças, nos campo? a semente dc caminho para traz, um ca- cor^ r curiosidade logo sacada, O lempo v o mesmo, germina outrora, minho *ntre para dentro. pois o oue ele deseja e procura A lua iliega esla noite rendas dc nuvens, é nm ritmo que o arraste e sub- As ondas iá iora dtispentciam a praia. Ingnc ao seu poder e encanto. Anniiavda, Anniiavda, o tempo é o mesmo!... Por issoo verso-livr? tem sempre Nos monumentais da Índia o "poeta" escreve» o uma tendência a divaga- palácios ^Quandohomem" para Lutam tropas de e soldados nua, está bem no centro ção, sem grandes cons>?quên- párias «o si mesmo, em iusão com o do ritmo Na China da profundidade c o mistério mistério cia?. A irregularidade do espirito, com a es- produz a desoreem do espírito. Morrem crianças e velhos metralbados. sentia da vida. Dai defeitos snmentos esses pen- Tal verso tem todos os Consuliáramo* tantos mapas, lêramos tantos livros...- constantes do poeta e dificuldades da pro-a, sem em torno das imagens M'is nâo tínhamos lido a história dc Abel t Caim. 'o da mor- ter a sua qualidade prinrpal: e da imortalidade. _ o que a união, a linha constante que «enilica, não vontade atento. ii mo, de sui- mantém o espirito r«iaç snneração de si pró- O verso-livie é a lira par- MURILLO MENDES P"o- O t.es:jo de morrer, em tida.

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"A — DOMINGO, PAGINA 2M SDPLEMENTO UTERARIO DR MANHA" VOL. n Z6/4/1M. Antenor Mundo sem id

Aorindo os cursos da Universi- Os nomes triviais e alguns país não è levado a sério como gua Grega, Rio, 1909, s. y chrâ âade de Porto Alegre, o professor nomes pitorescos criados pe - químico pelos seus colegas; fi- mio). Darcy Azambuja, que ali rege a bas- ca completamente desmoraliza- Dai as formas argônio Constitucional los alquimistas puderam cripto cadeira de Direito aos no do na classe. neo, neônio, e tantas outras tía Faculdade de Direito, pronun- tar primeiros químicos, uma notável tempo em que o número de cor- Acaba não sendo considerado Para os sais binârios esUn ciou, em março findo, sendo oração endereçada. à mocidade. pos para denominar era bas- químico pelos filólogos nem fi- banidas as letras ur ,,„, vinham da adaptação Desse trabalho, em Que com tanta tante restrito e suas relações lólogo pelos químicos. rio suiiil verdade e tanto destemor, é ana- de constituição eram desconhe- Imaginemos um Berthelot eto és formas francesas em ure lizado o atormentado mundo dc cidas. tratando das raizes célticas Assim, já se dia corren'emm'. hoje. "data idoeto, transcrevemos aqui, ve- A situação, porem, não pode existentes em francês ou um te brometo, cloreto cie" nia", os três pequenos capítulos continuar, principalmente de- Ostwale ocupando-se com em vez de iodureto, bromúreto que seguem: pro- pois da maravilhosa floração de blemas de filologia germânica' clorureto. embora algumas ctal a teo- tas formas e ainda \ MORTE DE PAN compostos sintéticos que Felizmente o mesmo se passa carbureto ria atômica provocou. aqui. apresentem em cedas camadas anos os sociais extraordinária Se através da tenda, a filosofia dos Há mais de cinqüenta Não conheço nenhum dos vi^alida' que é primeira povos, se com o de. *e exprimir o sinal dos tempos atuais, causa da químicos preocupam nossos verdadeiros químicos que "Só quisesse a assu?ito. para os compostos ie sua angústia e as razões dos seus desvarios, seria com a se dê o ridículo de querer pas- m. quo Os principais dados atuais se xofre, diz Wanda Alves de sou- Plutarco recolheu sobre a morte de Pan, o grande deus da na- '-Trai- sar por füòlogo. "Da encontram cm Grignard, se ocupam com suas sa no capitulo importância tureza e da energia que anima todas as coisas- Eles té de Chimic Organique", Pa- técnicas e o tempo nâo pedagógica da iioiaçáo c n0- No reinado de Tiberio, um marinheiro grego de nome Ta- questões menclatura -nia.? ris, 1935, tomo I, pags. 1.073 e se- chega para frioleiras filológicas. "A químicas", no livra ouviu, dentro de sua galera e no meio do oceano, em plena Química no Curso Secunda- água negro guintes, a que vamos recorrer Continuemos. noite, uma voz prodigiosa, que saia da negra do na do artigo. rio", Porto Alegre, 193S, dirir.to deus, feitura presente Em matéria de hidrocarbone- céu, e lhe mandava anunciar ao mundo que Pan, o grande O de pelo sr. Pecegueiro do Amaral manhã seguinte, Congresso Internacional ios. adotou-se a desinència ane morrera. Entre o pavor e a dúvida, Tamas, na reunido em Paris, em só para os compostos de enxo- aproximar-se da costa, à e — Química, para os hidrocarbonetos satttra- "sullure. ao subiu proa da galera gritou: instituiu comissão es- fre seria correto usar Pan 1889. uma dos. "r" O grande morreu! continuada uma co- to" porque o não pertence E das azues do Mediterrâneo, dos bosques, das mon- pecial, por Os nomes atuais dos quatro "su;nr\ praias missão internacional permanen- hidrocarbonetos nor- ao sufixo, mas à raiz tanhas, das fontes, dos vales e dos rios. um imenso clamor de primeiros Mesmo neste caso, entretanto, toda a terra. te, composta de sábios parti- mais saturados (méthane, étha- pranto e desespero se derramou por a aconselhamos a expressão -sul- lenda, do simboliza a morte cularmente qualificados, qual ne, propane e butane), foram Essa derradeira flor gênio grego, encarregada de estudar a feto", pois que os oxíssais cor- Em vão o Partenon alvejava ainda no foi conservados. cia Antigüidade clássica. nomenclatura e de respondentes não se chamam, topo da Acrópole, debalde o Capitólio ainda lembrava o formular, Nos hidrocarbonetos não sa- "sulfurito", poderio a construção dos nomes da também, de nem de de Roma, o espírito criara os monumentos, as aca- para tarados, de cadeia aberta, que "'sulfurato". por que que química orgânica, regras tão uma só ligação dupla, demias e as instituições da Grécia e Roma tinha desaparecido. possuem A adaptação simples e gerais quanto possi- substituir-se-d a terminação da terminação O mundo antigo morrera e nascia o mundo novo. ane, relativa aos hidrocarbone- vel. ane do hidrocarboneto saturado Hoje, no reino das oceanides, das ninfas e aerides, tritões, tos saturados, a agora As desta correspondente pela terminação qual va- cragões e leviatãos de aço rugem e estrondeiam, vomitando propostas comissão cila entre ano e ana, deve discutidas numa conte- ène. Ex.: propène, hexène, etc. ser b morte. No estridor da batalha universal nenhuma voz existe foram fixada em ano, como em esm- rència internacional se re- Quanto aos radicais, estatuiu- mais paia anunciar que Pan morreu de novo- Mas os poetas, que nhol e no português de Portu- augures sensíveis ás transformações tios tempos, compreende- uniu em Genebra, em 1892, e se que os radicais univalentes cujas decisões constituíram o derivam de hidrocarbonetos gal. ram que um mundo ia morrer outra vez. Um deles, o maior que Assim : metano, se denominou a Nomencla- alifáticos saturados pela supres- protano, pro- de nossa Pátria, pressentiu o cataclismo e, como o marinheiro que tritano, butano, tetraua, tur a de Genebra. são de um átomo de hidrogênio, pano, grego, exclamou; etano, deutano, pentano, hexa- Infelizmente, as dificuldades serão denominados substituta- do a terminação ane do hidro- no, etc. "Bocas bradando ao céu de minuto em minuto, eram grandes e o Congresso de A adaptação os "Olhos, carboneto pela terminação yle. para não sa- velando a terra em sudários de pranto,. Genebra só ponde resolver um turados deve ser em eno, como "Corações, num rufar de tambores em luto, número Os nomes dos radicais biva- pequeno lentes, derivados dos hidro- em espanhol e no português de Estabeleceu regras muito pre- Portugal. "Guaiai, e ecoai de a ló- carbonetos alifáticos pela su- carpí, gemei! porto porto, cisas e, em geral, de grande Assim "De mar a mar, de mundo a mundo a e o espanto: tudo o diz respei- pressão de um átomo de hidro- : eteno, meteno. pro- queixa ç/ica, para que buteno, etc. "O Pan morreu de novo! O ideal é morto!" to aos compostos alifáticos,' de gênio em cada um dos dois áto- peno, grande mos de carbono terminais da Quanto aos radicais deve função simples, mas deixou dc ylc cadeia, serão : ser adaptado para ilo, igualmen- AUSÊNCIA DE IDEAL lado os corpos de função com- tetra- te ao espanhol e ao português Sem luteis se dizer que a civilização con- plexa. ocupando-se apenas com éthylène, triméthylène, pessimismos pode méthylène. de Portugal : etilo, metilo, etc. temporânea, iniciada com os descobrimentos e inven- a série aroinática e nada com grandes Tais são as mais importantes Ao lado de formas em ilo, do século XVI, não tem ideal, é de uma grandeza ilusória, as heferociclos. Coes resoluções úe caráter interna- aparecem outras em ila, que náo de esplendor aparente, e, por isso, se está desagregando com Conseqüência : a necessidade devem subsistir. de uma nomenclatura completa eional. fragor. A radical, exata de Davenson, é uma con- e universalmente aceitável tor- assunto não tem sido des- própria palavra i Ideal, segundo a definição O do masculino. eepçiio da vida, do homem e do mundo. Essa concepção pode nou-se cada vez mais imperiosa. curado pelos nossos químicos. gênero aceita como verdadeira, a vida dos Desde 1912, uma Associação O 1.° Congreso Brasileiro de Deste gênero são os radicais «er falsa, mas desde que italiano, a adotam, adquire sentido Internacional das. Sociedades aprovou, moção do dr. em espanhol e sendo Indivíduos e das coletividades, que Química neutros torna-se fecunda. Sem ideal, o esforço em via de criação, ti- Alfredo de Andrade, na se em inglês e alemão. e harmonia,- amplia-se e Químicas, qual A bem da in- uma agitação inútil, as civilizações nao nha trazido em seu a solicitava a unificação da no- uniformidade humano é estéril, a vida programa temacional, devem ser afasta- teem originalidade nem força. Só o ideal faz o homem feliz, reforma da nomenclatura. menclatura química em nosso das as formas em iiio que Ramii porque llie dá energias para longas empresas e lhe transform.1 A guerra de 1914 interrompeu pais, tomando por base a que se homem de todas as estes e a encontra nos trabalhos de Sea- Galvão propõe, (op. cit., s. v. em estímulo os próprias infortúnios. O gran- preliminares questão methylio). ces épocas históricas, diz Berdiaev, tinha um ideal: o ideal da nâo poude ser retomada senão bra e caldeira, os primeiros que antigüidade císissica era o filósofo, o dos primeiros séculos rio em 1922, pela União internado- na Brasil escreveram compén- Alem de ilo, conformar-se cristianismo era o .santo, o da Idade Média era o cavaleiro. Mas v.al de Química, por iniciativa dios didáticos sobre a matéria. mais aos modelos internacionais • homem do século XX nsft) tem ideai nenhum. de seu. presidenle, sir William No 2.° Congresso, o dr. José a final io deve ficar reservada Durante algum tempo o homem moderno acreditou que a Pope. de Carvalho dei Vecchio para os corpos simples. propôs casos eiêucia lhe daria uma concepção harmônica do mundo o da comissão trabalho, moção em apelava o Amônio e cianogênio são A de presi- que para mait Tida. No entanto, pondera Davenson, com razão, como poderia ãida pelo sr. Holleman, apre- Ministério da Educação no sen- especiais que não se podem »» ciência nos auxiliar a resolver os problemas que a vida dt lido de nomear-se uma comis- alterar. sentou um projeto que foi dis- Mos hoje nos apresenta? Não será com a teoria cinética dos gazes, cutido e modificado nas sào se*'encarregasse de ada- radicais bivalentes deri- confe- que alifá- nem com a da relatividade de Einstein, que se resolverá a quês- réncias de Varsóvia (.1927), e de ao nosso idioma a nomen- vados de hidrocarbonetos ptar adaptado tão social e a da divisão das matérias primas. A ciência pro- Haia (1928), e ado- clatura aceita Comitê In- ticos ylène deve ser finalmente pelo em espanhol t cura a verdade, mas uma verdade parcial, e desgraçadamente tado, de modo um apres- temacional de Química Pura t para ileno, como pouco no «>.s progressos da mecânica, da física e da química vieram tor- sado, na de Liege, (1930). Aplicada. português de Portugal nar ainda mais cruéis as lutas entre os homens. A Nomenclatura de Liège é Assim : acetileno, metiletia, Entre outras considerações fez eíe. "TÉCNICO** ainda muito incompleta e im- preceder das seguintes a sua O DEUS perfeita. moção : O francês, o italiano, o inglie Se melhorou, com efeito, em e o alemão conservaram o ene do "A empresa do estabelecimen* Nos últimos decênios, foi a Técnica o deus e o ideal alguns pontos de mi?iúcia, a de da conferência de Liege. homem moderno. Ela jorrou sobre o mundo miriades de apa- Genebra, outro lado auto- to de uma nomenclatura unifi- Abandone-se o enio proposto o por cada, ser hoje muito reinos e produtos para tornar a vida melhor, O automóvel, rizou variantes sancionam parece-nos pelo barão de Ramiz, (amylenio, que mais do então avião o rádio e os remédios, eram como o ideal materializado. em grande parte a falta de uni- fácil que (no methylcnio), pelos mesmo? mo- captados do- tempo de Seabra e Caldeira), h." distâncias suprimidas, os sons de toda a terra dade da nomenclatura corren- tivos que noi fizeram preferir t uma vez que seja adotada, como eilmente, a saúde em vidros e comprimidos... te. "Comitê ilo a iii. Foi mais uma ilusão. Os home-.is empregaram para o mal base, a proposta do In- Miiifo menos se adule ene, fe- Vejamos as principais regras temacional Pura t esses maravilhosos produtos da técnica, exigiram deles uma de Química que se ouve em metilene, por^ de suas propostas pela Conferência In- Aplicada", estabelecendo re- heidade que somente poderiam encontrar dentro pro- exemplo, na expressão comam: os de hoje, temacional de Liège: universalizem a urias almas. Por lhes faltar essa luz interior, homens gras gerais que azul de metilene. mais infortunados que antes, Em matéria de tradução para o nosso idioma, renhores de tantos prodígios, são generalidades, Submeto as sugf causariam do aos seus ante- preponderam as regras l t III. do que está aceito no original presentes seres enfermicos e nervosos, que toes à competência dos nossos século de Pericles ou de Augusto. A 1 estabelece se trará o francês. Uma comissão de pes- à So- passados do que soas químicos e especialmente menor numero possível de mu- criteriosas, conhecedoras A arte poderia ter sido o ideal de todos, mas foi apenas a da ciência ciedaáe Brasileira de Química.' "que danças à terminologia univer- e respeitadoras da mu,»» paixão de poucos, porque a beleza, é a força e a graça índole do 7iosso idioma, em que sou muito grato pelu nào atingir formas superiores sal. pou- na simplicidade", conseguiria em cas horas encerrar a que me tem prestado. e banal. A moderna, poderia minhas pro-\ uma civilização apressada arte salvo ra- A III, qne é importantíssima as regras Emendem-se as ou vegetou na mais chata vulgaridade, ou questão, propondo-nos as minhas ríssimas exceções, para cada povo, estabelece que que de vez solucionassem a an- postas;preencham-se em disformes, "que espantam e deteem a dos um pro/«» explodiu novidades a forma precisa vocábulos, tiga questão". lacunas, prepare-se multidão como um monstrengo numa feira", na frase cáustica das terminações, etc, serão completo possa ser aprese»' que Não que mas exata dc Eça de Queiroz. prescritas nas regras, deverá sei que destino teve a tado a um terceiro congresso será uma civilização sem ideal, não terá ser adaptada ao moção Del Vecchio. ™PCC'"L Jamais grande gênio de cada brasileiro de química, m nunca aquela harmonia fecunda, aquele perene esplendor que língua, Enquanto isso, vivemos no mente convocado para tratar caracteriza as eras de plenitude da vida. Porque o ideal é que Aqní cessa a ação do quími- meio da maior confusão, embo- importante questão da nome" a verdade com a beleza e torna possível a felicidade: co para entrar em cena a do té- ra umas tantas normas se vão clatura.„...-„ harmoniza «t* de é a luz para a inteligência e a asa para a Imaginação, sem cnico, que cultiva o estudo da fixando de modo natural. O que é preciso é que rnintrito* es quais nenhuma delas se ergue do lodo e do pó. Ao seu apelo língua. Assim, para os corpos simples mica, a esrempto do * Irresistível, o homem quebra os grilhões do limitado e do efê- Os químicos devem preo- vem sendo preferida a termina- e da geologia, veja *'»/

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J1*ttr Ilustração de BELEZA ORGULHOSA - Oswaldo 6oeldi 'A José Rodrigues Migueis é um meninos, gritos de aflição... Os gritos calaram-se, um süên- plena testa. Belas, unidas, pro- ram-no sô, a porta aberta. pítritor português, dos mais carac- E' a América, é o monstro dos cio mortal sobe lá dos fundos, fissionais, as suas pernas teem cabeça toda cm sangue. Coisa ieri.*iico5 de sua geração. Reside contrastes, lutando... A rádio da cave. Impossível passar, é um brilho estranho na luz crua mais triste. (Então, fazem fa- tics K.*.iarios Unidos, e alt trabalha não se cala, ansiosa e fanhosa, desço à rua. Ali adiante uma dos projeiores, como num vor, falam mais baixo), Schiu, ativ;* mente, no sentido literário e infinito a an- ambulância espera, magote "shotii". nesta os detetives estão a ouvir a jio .*-,< niido político. multiplicando ao vm (Abafa-se casa). Amigo do Brasil, tendo aqui siedade da gente. Seis horas, de gente espreita, murmurando: Descobertas na morte sem pu- mãe. pr;*iuíe número de afeições, entre noite fechada. Os bars cheios, a pela janela da cave (fica um dor. O seu orgulho. Miami, Ba- ... Ah então ela estava se- humciis rie letras e jornalistas, Jo- luz velada, a música langue. pouco abaixo do passeio) vejo hamas. Bermuda, mus cinquen- parada do marido ? Há seis me- .*•*¦'¦ Rodrigues Migueis deliberou dar Seis horas, e um vendaval corno um corpo estendido no tapete, diabo. ii o nos.10 do seu ta é tal de Nova York... Desta ses. Vm pobre A fami- pais as pr.mícias não há memória. Aqui mesmo, um corpo de mulher, as pernas vez seu retrato virá na pri- lia não fazia caso nenhum dele. pn-ximo livro de contas. E è assim suspensa arranha-céu, a descoberto, brilhando na luz "Mirror", c-'ie tm breve tempo deverá sair de como do meira página do do Gente rica. sabe, O pai era puxada pelo vento, aos estalos e intensa. Que se passa? Mas "News", "New banqueiro. E ti mu de nossas editoras o seu livro o do York-Ameri- ele tão pobre ? Pa- C.iiCfís dc Incêndio e outras hisló- aos uivos, a imensa cortina da que se passa ? E de repente can". Publicidade ! — tarde de- recia um mendigo, os sapalos médico, os agentes trazem íoíjs, coletânea preciosa de novelas, chuva cerrada dá volta à esqui- para mais. Polidas e frias, causarão escangalhados... Não queria eni que o escritor traça penetran- na do hospital, e desfaz-se no fora um homem em braços. só horror: a sensação do belo- trabalhar, um doente. Educa- \n retratos psicológicos dos seus pavimento, em baixo, com uma Carregam-no para dentro da cães! a mulher espera. Dei- horrível de que as porteiras Queria que vol- ptrwnagens. fumarada raivosa que o vento ambulância que gostam. Os cabarés vão esque- tasse para o pé dele. Mas aque- i.rósL- livro de José Rodrigues dissipa O asfalto da rua xam-no só, a porta aberta. To- M;:ui.i.s, Autores Livros leva e cê-la depressa, o negócio não les ciúmes ?... Não a deixava e publica parece um rio negro e oleoso. da a gente continua a espreitar bo- trabalhar, e ela tinha o hcije a novela que se vai ler — casa. Deixam- pode parar, há tanta perna que Br!r~a orgulhosa. '/erA o loitor {-.ue Temporal assim. Ninguém na para dentro da nita, tanta sede de manhattans. sustentar! A paixão dela foi e uma rua. Os arranha-céus zumbem no só. Vm tipo novo, a cabeça de "swing" e es- sempre a dansa. Desde página impressiva, enérgi- toda em sangue, e ma- de cuba-libres, peque- cu f viva, demonstrando-nos que o no vento musical. E as janelas pálido Não haverá mais nina. Fizeram tudo para lhe vi-üio Ficam voltados para fo- quecimento. Portugal tem na nova gera- batem por ai como queixadas, gro... grínaldas lúbricas de olhares nas dar uma educação. Nunca su- Cito, um conlcur intenso, digno de de terror. A cidade parece alu- ra os sapatos escangalhados. suas (exceto de jou aquelas máos. Ele então vi- oinbroar com Fialho de Almeida e Mas deixam-no então só ? Es- pernas puras Raul cinada. ambição e orgulho). Só vermes nha vê-la, suplicar. Não, eu Brandão. ouço uns brados de tara morto. Tem um braço, o Em silêncio, sem de a minha Nisto direito, caido, a mão lívida, ma- em procissão. preciso governar Por essa costa acima vai um aflição, que se confundem com gorgetas aos porteiros. (Em vida, tenho a minha carreira, o temporal os estalos grinha, sem pinga de sangue. meu vinte desfeito. Livido e )u- os uivos do vento e E nisto — meteu-me um susto, que está o senhor a pensar?) futuro... Coitada, e rivuo, o Atlântico varre as da chuva. Olho as janelas do — le- Estendida no tapete. Os policias dois anos. Tinham a casa e vaias desertas, onde sempre vêem julguei que estava morto olham, na cabeça, tudo, ela a renda. engole inteiras hospital, de vanta a mão e mexe-a frouxa- de chapéu pagava-lhe frotas de barcos er- gritos: fechadas, serenas, ra- aborrecidos, fumando charuto Pena dele, sabe. Mas aqueles

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"A PAGINA 210 SUPLEMENTO UTERAMO DE MANHA" — VOL. n DOMINGO, Wi/WK #& "Autores BELEZA ORGULHOSA., Um comentário em torno de e Livros" - ««mi* "Folha (Continuação da piff. anterior) ele começou na do costume: que A da Manhã", de São ta digno da homenagem, como e Antônio), Jaseguai Varnh. voltasse pró pé dele, já tinha Paulo, teve, outro dia, acerca de chegará ò suplemento de cada gen , Alexandre horas, vou-não-vou. E não foi. arranjado emprego tmentira). AUTORES E LIVROS, palavras escritor brasileiro, de qualquer de Gusmão, Homem de Mrt? Imagine, a morte aqui à espera que se deixasse de dansas, de que muito lisongearam o dire- região que ele se]a. Matias Aires, Paulo Setuhii dela! Mas porque não foi? Não cabarés, de companhias. Mas tor desta publicação. Um ponto Valdomiro Silveira, Rodr.X queria andar com judeu. Que quem diria ? Conversa mais na- existe, entretanto, no editorial de Abreu - eis alguns outras reputação, Mas tural! Foram a sala e de ali es- A amável nota a aludo escritores era mau para a para "Então publicado, que precisaser que paulistas aos ouak eu julguei que eram judeus? repente diz ele assim: clarecido. E' a observação, que, sugere a AUTORES E LIVROS com o desenvolvimento dos nm Não, são russos, são da Ucrânia, tu não queres voltar pró pé de a AUTORES E LIVROS, faz o vários nomes paulistas, dignos sos trabalhos, havemos de de os sacrifícios por mim?'' Como se não nada, de só ter até da nossa antologia — Vicente ditfar suplementos. Coitadinhos, "Nãofosse jornalista paulista, aquela filha... Veio o empresa- A pequena sorriu. se fala agora o suplemento literário de de Carvalho, , mister Goldstein, acho eu, mais nisso, Bob, e ficamos ami- A MANHA tratado de uma fi- Batista Cepelos, Ricardo Gon- A nota acabei rio, "Então que de comen e ela, — pego desculpa mas o gos". Puxou ãa pistola: gura de S. Paulo, que é Fran- calvas, Adolfo Araújo, Wences- tar, e que apareceu na "Folhn tempo está tão mau! Ele foi- mato-te". Julgaram que fosse cisca Julia. lau de Queiroz, Antero Bloem, da Noite", no dia 14 deste mês se embora no autornovel, fica a brincar! Arapariga ia abrir a Ora, uso não ê propriamente Moacir Pisa, Gustavo Teixeira, me deu a oportunidade, que „„' para outro dia, passe muito boca, e ele deu-lhe o tiro mesmo a verdade. De certo o autor da Ciro Costa, Martins Fontes. São desejava há muito, de acentuar bem. Esteve a mudar áe vesti- entre os olhos. Foi logo a ma- nota em apreço não tem acom- os nomes ali citados. Quanto a um ou dois aspectos da organi. tio, calçou as sandálias para tar. Agora já não se vè, tapa- panhado os vários números de Amadeu Amaral, já foi incui- zação e da vida de AUTORES v úansar. Doiradas, olhe para ram-na com a serapilheira. Mas AUTORES E LIVROS, que vem do como vimos acima, em LIVROS.* aquilo. Uma fortuna só o que porque nào lhe tapam as per- sendo publicados. Porque, se os uma de nossas primeiras anto- O principal desses aspectos ela comprou par ir a Bcrmuda. nas, coitaâinha ? E' uma des- houvesse visto, teria verificado logias. Quanto a Vicente de que desejo fique de uma vez pa-! Vm guarda-roupa. Talvez se humanidade, tudo à mostra... que, se o nosso número 14 era, Carvalho, seu suplemento já ra sempre fixado no espirito ae possain vender. Uni ror ãe di- Levou as mãos à cara, parecia em parte, dedicado a Francisca está organizado ã espera do dia todos os leitores, é este: c eme esta chuva — ver a nheiro. Bom, com a pobre que não queria Julia, o nosso número 6 era, em em que há-de sair. Os de Ba- AUTORES E LIVROS faz quês- dia- dizer ai! Não chega o marido, um pobre viorte. Caiu sem parte dedicado a Amadeu Ama- tista Cepelos, Ricardo Gonçal- tão essencial de ser uma publi- bo. Queria vê-la. Viam-se às podiam acreditar. Ele pôs-se a ral, e o nosso número 3 era to- ves e Gustavo Teixeira, estão cação brasileira, no grande sen- vezes. Ela evitava se podia, andar ã roda da casa, como tido, livre do menor do dedicado a Eduardo Prado. quase prontos. "Folha vislumbre Aparecia por ai, davam-lhe de tonto, com a arma na mão, a E Amadeu Amaral e Eduardo Mas ao redator da da de qualquer regionalismo, e de- jantar, tinham pena dele. Não falar sózinlw.. Parecia contra- Prado são — a não ser que es- Noite" escaparam vários no- sejando apenas cumprir este Iam-se a sen- morria se era mau rapaz. riado, não sabia se tejam erradas todas as infor- mes ilustres das letras paulistas programa que se traçou — a tar à mesa para jantar ,. que não morria, o pequeno e a mãe mações até agora existentes — cujos suplementos já estão em de ser um veículo honesto, aceitou, tão jantasse também, e ele desataram aos gritos. Foi um tão paulistas quanto Francisca nossa pasta, ou já organizados, exato quanto possivel, de todas Muito sossegado. Comeram san- instante. Virou a pistola à ca- Julia. ou ainda ein organização, de- as informações que sobre a ovo- úuiches e beberam café, ali na beca, — vê ali o sinal ãa bala ? A verdade, é AU- pendendo apenas da marcha do lução literária do Brasil não se porem, que po.snm cozinha. Olhe a cadela, Atravessou-lhe os iniolos e foi- TORES E LIVROS não tem, tempo, para serem publicados. desejar ter as novas gerações de tem tirado do mesmo lugar: Se espetar no alisar da porta, de Azsvedo, José Boni- estudantes, tão desprevenidas oito nunca teve, nem terá jamais, Alvares seis cacliorrinhos, teem um doido, que até já se andou regional. íacio, Diogo Feijó, S. Leopoldo, de livros completos e de baixo Bom, qualquer preocupação dias! Ali ficou a ganir. q tratar. Sempre armado, era Considera-se uma Martim Francisco (o autor de preço, que lhes ensinem o ciue aquela mania, médicos, publicação "Contribuindo"), e os feita para o Brasil, e é nesse Paulo Eiró, os foi a vida e o que foi a obra não preveniram a familia ? Pois, sentido brasileiro que existe e dois Alcantaras Machados, (José dos nossos autores eminentes. mas quem faz caso ? Podiam procura realizar-se. Poderiamos, A compensação tê-la salvo. Era ter dado parte a esse respeito, fazer, já hoje, à polícia. Isso sim, pena dele! uma curiosa excursão entre os Um dia lá em casa estava me- números da estatística. PINTO do Amor tido no quarto, e ouviu-se um Se a fizéssemos, veríamos o ROQUETTE NO tiro. A rapariga correu logo. seguintes AUTORES E LIVROS, Ele estava ãe revolver na mão até hoje, 35 escritores, - Gilberto Freyre Joaquim Manuel a rir: "Sabia logo vinhas". reuniu, PARAGUAI que postos em foco em nossas pe- de Macedo Tinha dado uni tiro no traves- e semanais antologias. seiro ãa cama! Coisas mesmo quenas De Roquete Pinto já tive oca- Joaquim Nabuco, que magnifi- áe doido. Estes escritores se distribuem sião de dizer, ao regressar dos camente reunira à representa- Tudo neste mundo é mais ou Falava de acabar com assim, Estados: Pará, um: a vida. Mas não quis ir só por países do Prata o do Paraguai, ção oficial do Brasil a de ho- menos compensado; o amor Inglez de Souza; Maranhão, é a figura de intelectual e mem representativo du nossa de fazer Olhe que já é egoísmo... Es que não podia deixar par- cute, é o telefone. Chegou no- oito: , Artur homem de ciência brasileiro de cultura. te da regra: ele, que de um na- Azevedo, , Gon- se encontram recordações o tícia do hospital. Morreu ? Aca quem Homem representativo da dazinho tira motivos para bou-se. Agora mesmo. Não tor ça.ves Dias, Humberto de Cam- mais profundas no espirito dos — "embaixa- prazer de dias inteiros, que de pos, Maranhão Sobrinho, Gra- nossos vizinhos do Sul; seu nossa cultura ou o 7iou a falar, o agente que foi à dor extraordinário das nossas uma flor já murcha engendra casa dele encontrou-lhe dois re- ça Aranha, e Aluizio Azevedo; curso de fisiologia na líniversi- — mais vivo contentamento; que Ceará, três: Araripe Júnior, Assunção ainda hoje — idéias e sentimentos" é o que vólveres, ambos carregados. dade de "vinte foi Roquette Pinto no Pa». por um só cabelo faz escarcéos Deixou um bilhete a irmã: José de Alencar e Franklin Tá- mais de anos depois", sorte "Tinha para Paraíba, um: Augusto — guai; e não apenas o professor tais que nem mesmo a de ser". E outro para a vora; dos como no romance célebre é au- os causaria; "Peço Anjos; Pernambuco, um: Joa- lembrado antigos discípulos esplêndido de ciência, cujas grande que por polícia: desculpa de in- por Ias se tornaram verdadeiro en- uma cartinha de cinco linhas comoãar os senhores". Vinha quim Nabuco; Sergipe, um; ou simples ouvintes, com enor- canto para os intelectuais e põe os lábios de um pobre então premeditando... Jackíon de Figueiredo; Baía, me simpatia e até entusiasmo. aguda três: França Júnior, Francisco E o é um de para a mocidade universitária amante em inflamação A GENTE vai saindo. Os de- paraguaio povo de Assunção- Não apenas o pes* com o estalar de tantos beijos; teiives parecem aliviados. Os de Castro e ; entusiasmo difícil. Estado do Rio, oito: Fagundes Vejo agora não há exa- quisador, de espírito científico se não produzisse também agás- jornalistas acabaram de tomar que completado artístico, ciue vezes algumas notas Varela, , Raul gero nenhum nas palavras de pelo tados arrufos, às teve a pachorra de estudar e a eólicas, outras amargores de Beleza orgulhosa, beleza loira, dc Leoni, Salvador de Mendon- Dou Modesto Guggiari acerca tios Raul Pompéia, Alberto de do mestre brasileiro. Guggiari alegria de esclarecsr um boca, palpitações, ataques de duzentos vestidos, o futuro, uma ça, mistérios mais sutis da arte carreira. Estendida no tapeie Oliveira, Castro Menezes, Joa- chamou ao professor Roquette hypocondria, prurido de cane- "Embajador guarani do Paraguai: os signi- Ias, etc. seria tão completa íe- onde üansava silenciosamente, quim Manoel de Macedo; Dis Pinto de Extraor- — ou, mais trito Federal, cinco: dinario de Ias ideas sentimi- ficados místicas licidade cá em baixo, que a olhando os calcanhares das Laurindo y os motivos de si- chegaria a lembrar-se de sandálias doiradas. E os sacri- Rabelo, Machado de Assis, Ola- enfcos dei pueblo brasileiro". E precisamente, terra vo Bilac, Mario de Alencar, Vis- destacou a missão gnificação simbólica icleográfi; ser competidora do Céu. fícios dos pais: Toda a vida pe- que pura- ca — dós recortes de inhanduti, Ias conde de Taunay; São Paulo, mente docente de Roquette caves dos prédios acendendo a renda tradicional das inulhe- lumes, despejando lixo, meten- três: Eduardo Prado, Amadeu Pinto na capital paraguaia Amaral e Francisca Julia. fora completada verdadeira res paraguaias. Só os resultados BIBLIOGRAFIA DE J. do carvão, o molho das chaves por dessa — revelados no mostrando casa ação de homem de Estado no pesquisa M. DE MACEDO a que está para XXI Congresso Internacional alugar, ouvindo reclamações, Ai está. O diretor de AUTO- sentido de nossa maior aproxi- 1924 - mação com a hispano- de Americanistas em arranjando as torneiras que RES E LIVROS é pernambuca- gente bastariam marcar os dias (Continuação da pág. 202) E a Ucrânia no guarani! para pingam. fun- no, teria, como qualquer outro "embaixa- que o professor Roquette Pinto do deles, irremediável. E aque- Muitas vezes esses telectual foi ativa, profícua e brasileiro, direito a cultivar os passou no Paraguai como dias de rara intensidade. Ia filha de cara dura e fechada, seus naturais sentimentos de dores extraordinários", desde- etno- "Revista nhosamente chamados de "poe- luminosos na história da Ein o n" 19 da do bela, orgulhosa, que nunca fa- bairrismo, direito a procurar americana. MAR- lava, olhando os calcanhares tas" pelos outros — que no caso grafia Brasil" há ura estudo: colocar o seu Estado acima dos do ilustre doiradas. Era mesmo a girl de seiiam, sem malícia nenhuma, Mas o contado TIt/S. demais, pelo menos nesses as- — brasileiro No tomo ?.l. pefí. 447, vol. 141, cabaré que vocês sonham, dc suntos de literatura. Entretan- os ordinários realizam obra cientista e intelectual "Revista muito mais segura no sentido com o Paraguai teve resultados da tio ír.stitutb H alta classe. Beleza profissional to, até agora, só organizou pa- há uma Sonhando um futuro. Morta. A do melhor entendimento entre mais profundos e mais largos: Geogr. BtuEueiio, pro- ra o seu querido Pernambuco, de Roque.ts posta para serem reunidos em mãe nunca quis uuz cia sujasse um suplemento: — o de Joa- dois povos do que a diplomacia é do professorado aquelas mãos- "Olha as convencional com todas as suas Pinto na Universidade cie Asi volume os discursos c relatórios unhas..." quim Nabuco. E quantos já po- atual cio romancista. E agora ai eslá. A América, o zumbaias e todas as suas sunção que data a fase deria ter organizado se se dei- "resultados de melhor entre futuro, retratos nos jornais, xasse influir preocupa- preocupações pelos entendimento pelas práticos". Tal o caso de Olireira paraguaios e brasileiro?, à qual uma carreira, as pernas incom- locais! Oliveira Lima, Me- novo varáveis, uma educação como çúes Lima em Washington. Durante o presidente G. Vargas, deu deiros e Albuquerque, Silva Ra- de ampla cies lhe deram. E esse vento, Monteiro, Barbosa anos o Itamaratí como que se e decisivo vigor, alem mos, Maciel especializara cm enviar significação. Caminhamos para nunca vi nada assim. Diz que Lima, Martins Júnior, Sousa para rom o vai por ai muito destroço, mor- | aquele posto figuras bem pen- o dia em que a guerra i Bandeira, Alfredo de Carvalho, toadas, bem barbeadas, bem Paraguai será lembrada qua>e tes, inundações. A chuva Laurindo Le\xo, Teotônio Freire, — cai como no cinema. Uma chu- calçadas e mesmo — justiça como uma guerra civil tantas Paria Neves Sobrinho, Pinto de lhes seja feita — bem educadas são as afinidades quis tenue.a va mesmo americana. E os vi- Campos, Artur Orlando, Dantas dia o zinhos a olhar, Que esperam I e bem comportadas. Mas sem a nos aproximar. Nesse Barreto, Abreu e Lima, eis, en- relevo intelectual nenhum. Oii- trabalho de Roquette Pinto e™ eles ? O pai sai, em mangas de tre muitos outros, alguns no- f camisa: São horas de ir limpar veira Lima, tendo feito da ca- Assunção no ano já remoto mes pernambucanos, ilustres dos Estados lembrado aqui e no as cinzas da fornalha, sacudir pitai Unidos sua 1020, será ¦ (de na esfera do pensamento filo- residência, Paraguai, como uma espécie as grelhas, recolher o lixo do tanto prestou ao Brasil w elevador onde sopra um sófico ou literário, e que, este serviço que não deve ser inhanduti em ponto grande por os autores já teem sentimen vento que cheira a podridão. quanto que esquecido nunca: foi ali o ele- cido só com idéias e "AU entrado em nossos suplementos, mento de compensação à me- tos fraternos. As idéias anima right! Let it go !" O jan- homena- senu serviço a morta merecem essa modesta diocridade inexpressiva dos di- das principalmente pelo tor vai ao seu e O diretor do suplemento fica morta. A chuva amainou. gem. plomatas ordinários. Represen- mento de um interamericaiiisro» A cansada pretende, sem dúvida, incluí-los tou o Brasil _ nossas idéias, cujas raizes vêem de a1'»"1?",: noite parece do tem-- antologias vem tao pr» poral. O ar está morno. todos, nas que nossa cultura, nossos sentimen- ameríndia de cultura "Gee", organizando. Nunca se apressou — de um P»B a esta noite vai tos junto às universidades, fundas que diante * gente em fazê-lo, esperando tem qu?» mas é no cinema, distrair um porem, como Harward, junto aos júris- guaio o brasileiro ae migalho. A casa cheia do que cada um chegue a seu tem- tas, como Brown Scott, junto impressão de estar diante ficou O suplemento de cada um de um cearei crime. po. aos intelectuais, junto à elite um paraense ou r. deles chegará, não tenham dú- católica dos de um missioncro do Estados Unidos. se. íam (1939) vida, como chegará o suplc- Retomou, nesse particular, o fio Grande do Sul ou de um Macedo, no Umpo da mocidade O CHAPELINHO AMARELO. mento de cada escritor paulis- de uma tradição partida: a de do Brasil Central. i.^Wl»'»!»^^^^^

M/vua SUPLEMENTO "A jHk noMiwao. LITERÁRIO DE MANHA" — VOL. II PAGINA Ht Contra õs forçds c/a Inconfidência DO ESCRITOR ERNST ROBERT Wâldo Frank TIMA ENTREVISTA CURTIUS, EM 1935, DEFENDENDO A CULTURA HUMANÍSTICA Nenhum escritor ãa Norte-América tem mais sentido a nós -E' SEMPRE MAU ESQUECER OU POR DE PARTE AS LIÇÕES QUE outros do que Waldo Frank. Vem ele de uma geração de revolta O PASSADO NOS LEGOU" declarada, da geração que começou a olhar para dentro de si mesma e descobrir vícios de origens, conflitos tremendos na na biblioteca de Línguas Romãnisas — tribuna va apenas a formação áe uma sociedade gue se constituía sobre erros, pre- folheando, forma e não o conceitos, desigualdades. Frank alem de romancista, é critico, é animo, a coleção do jornal sempre aberta para a defesa ão conteúdo moral das suas perso- um "Bandarra", Espírito. homem de sensibilidade feita áe constrastes. na literário de Lisboa, nagens. Balzac foi sempre e Quando poesia no n." 17, de 6 de Mas não é só como Mestre e através de tudo, um criador de americana quebra-se inteiramente a tradição clássica, ele pro- cn-onlramos — cura os clássicos com o "Mooãs", na busca do ritmo, ão julho dc 1935, uma entrevista pensador que temos ãe encarar verdade e de idéias. grupo me- o escritor alemão Ernst este complexo temperamento ²A que alribue então a pou- tro, porque para eles o ritmo era íntimo áa natureza, ãa vida. com intelectual. Ernst ca Robert Curtiu!, entrevista que Robert Cur- influência das obras ãe Bal- Fora-se o tempo áe se querer a América como um áe não é conhecida this conhece como raros a tios- rrne na moderno, literatura proáuto ge- possivelmente fran- ração espontânea. Whitmann que viera como um profeta áe um nós c merece divulgação. sa História e, com cia, a cultura cesa? Porque indiscutivelmente entre ocidental. "La mundo inacabado parecera um gigante que só dera filhos anões. Curti''*, cm 1935, foi convidado Autor de trabalhos o autor áe femme de trente admiráveis — ans" Ute criara o seu ritmo que era como o ritmo ãe um Deus, ritmo vel-, governo português para vi- sobre Proust cuja não exerce a menor im- icual nas da cida- obra lhe foi objeto dum estudo pressão nos escritores da Fran- ao fluxo e refluxo da reprodução. Whitmann bem merecia sitar'Lisboa festas as "Os de. Naquele tempo, o ilustre es- cuidadoso — a personalidade li- ça ãs hoje... palavras ãe Emerson: americanos que estão desterrados crilur estava debaixo de vigi- terária de Balzac sugeriu-lhe ²Mas isso é a lei fatal das podem voltar: nasceu um artista na América." Este artista se com- não havia aderi- um livro é um depoimento coisas, diz-me Curtius. mun- parava a Cristóvão Colombo, era um místico como lãnciu, porque que "Balzac", O o genovês. De- do uo vazismo. Não havia per- notabilissitno. o seu do tem sempre necessidade ie yois dele toãos acharam que podiam ter descoberto a América, dido n esperança de ver desmo- gue um francês se orgulharia novidades, de inédito- Tuáo o que tuáo que ele fizera era bem fácil. Vieram então os pequenos rtvntr-sc o juiso edifício de de ter escrito, revela-nos um que foi ontem dogma assente í iolaãores da lei sem o não ou que gênio passaram nunca da médio- Adolf Hitler. Já alguns profes- Curtius diferente, mais huma- verdade aceite, desaparece criáaáe áo crime. Contra estes reagiram os homens áe "Mooãs". sqtcs\ ainda que não israelitas. no, mais ocidental, c é trabalho amanhã.,. Waldo Frank vinha para tomar as dores expressão. R e>:A;; homens" e a todos os floresta ão Buçaco. Era, de fato, perde em recuar — desde que se exóticos e mestiços sentimentais. A outra América dos indios, poros" que lutam pelos mes- o prof. Curtius, de Bonn, quem saiba depois avançar com os ãos espanhóis, ãos negros, dos portugueses, dos mestiços represen- mos fins. com efeito, nem é só falava conosco. Simplesmente, ensinamentos colhidos... ta para Frank um mundo complexo, um mundo áe uma impor- o novo britânico que estava e em vez das montanhas cobertas Não creio que a civilização se tãncia humana que é mais representativa, culturalmente, que o está empenhado nessa luta; de neve Unhamos perante nos- salve — e grita-se tanto que ê munáo norteamericano. E por isto, Frank nos diz-. nem tampouco devemos esque- sos olhos toão o panorama ma- necessário salvá-la! — sem uma "Nosso cer intensa humanista. verdadeiro aliado na América Latina è o seu povo. E quç nas próprias terras on- gnifico que da Cruz Alta se ai- preparação seus são Nossos de nasceu a lon- verdadeiros porta-vozes seus escritores. esforços tirania nazista, há cança com a vista, há para VIVEMOS UM MUNDO QUE para nos aliarmos a eles e para empreender um intercâmbio homens oprimidos pela máqui- ge, quase onde o horizonte ter- SE TRANSFORMA nn tia cestapo. frutífero, teem sido criminosamente débeis. Nesta necessidade Curtivs, na Ale- mina para nós, a Serra ãa Es- ²E na Alemanha? Nota-se a América Latina se nos adiantou. Seus escritores manha de Aãolj Hitler, era um trela e o Caramulo recortavam- premente, desses, entre as modernas correntes li- aprenderam com nossos mestres, abeberaram-se nas fontes de e a sua entrevista, cm se a prumo na serenidade imen- terárias esse mesmo interesse nossos Demonstraram aptidão e capacidaãe assimi- vulto dc 1935, i cheia de sub- sa. poetas. para entendidos... pelos clássicos de que me falou? lar nossa pujança intelectual muito mais que nós mesmos, atè pode ser que ele E em vez ão Reno e dessa Co* ²Na '•"ie esteia reduzido lônia encanto e maravilha, Alemanha não há hoje vara aáivinhar seus valores. Talvez isto não seja senão natural, ao silêncio, de correntes literárias definidas ¦— suas vidas estão arraigaãas em culturas mais mus espera, com certeza, a hora quase vizinha de Bonn, áivisá- posto que profun- tu libertação a ou pelo menos não se vêem. das; porquanto, apesar de ioâas as suas divisões, foram muito do seu povo e aa vamos lá em baixo o Luso, nomes? Talvez Thomas máquina — conservaram muito mais sue. Europa. ., Cúria, as terras férteis de Águe- Quer menos desintegrados pela e A entrevista Mann — que descende, aliás, ãe o contacto consigo mesmos, com seu solo e com o povo, que ê a que reproduzi- da ou, jnais perto, o Vale dos —¦ mais... m°s loi escrita Fetos, Fonte Fria, a Porta das portugueses e poucos vzãa e o começo ãa sabedoria. Mas agora ê chegada a hora áe pelo sr. Luiz q ²Poesia?... nós — os norteamericanos — alguma coisa a respeito,'* Forjaz Trigueiros, jovem escn- Lapas... fazermos m português, uma ²Morreram os dois primeiros tiatidades das perso- BALZAC mais sedutoras da — tanto poetas da Alemanha contempo- *°ra Julgo conhecer, rânea: Stefan George e Hugo geração de jomulistas lis- quanto possivel —diz-me Ernst JOSÉ LINS DO REGO bodas. — Von Hofmannsihal. E hoje o R. Curtius a literatura fran- do meu cesa. Para mim há nela um no- panorama poético pais ''ara in- é áesolaâor, árido, nu... bem se compreender n me que especialmente me ²A atríbue isso? Personalidade literária do teressa-, Balzac. E porque vi que que vastiáão i-rnst pro). ²Nós vivemos num mundo versa que começara na Cruz ão panorama com os Robert Curtius é preciso. nunca nenhum escritor estu- busca Alta para morrer aqui, junto às seus olhos claros, como a lalre-, enquadrar áara seu resol- que se transforma, que que- «osso primeiro o o pensamento, ansioso novos rumos e áiretrí- escadas do hotel — e ressuscitar rer abatcar o munáo, o prof. entrevistado de hoje no vi-me a preencher essa lacuna. colunas áo "Bondar- Ernst ™ ambiente zes. E o mundo moderno tem agora nas Robert Curtius, áe Bonn, ãe trabalho-, a O pensamento de Balzac—pen- mais com se do ra". pedagogo e pensador, Ernst ãisse-nos: ""'venidade de samente religioso e so- que preocupar margens Bonn, nas politico, que com a poesia... Curtius quis âar-nos uma lição — Saliente bem que é neces- do Reno — com a in- ciai — abraça tudo e é a chave — e não uma entrevista. Como sârío manter "',.íc conhece- E, gentilmente, o prof. Cur- vivo o espirito áa ãa sua vida mental e da sua obra. E' preciso tius acrescenta: a recebemos, tão áepressa irô- cultura antiga. Sem ele nada veaat/ogica. Figura, de alto re- lo para comprenáer a sua uni- assim levo no ²Talvez que em Portugal, nica como amarga, a se conseguirá fazer áe verdaâei- panorama intelectual daáe espiritual e literária! idílico e bucólico transmitimos aos nossos leito- ramente novo. E eu, amo a aa Alemanha, Ernst Todos os livros áe Balzac es- neste pais que que "r'"

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PAGINA 318 SUPLEMENTO LITERÁRIO DE "A MANHA" — VOL. II DOMINGO, 88/4/1M; -"^fc Pequena teoria dd Bondade Brasileira- S±e£2*

Wão ê a /orça gue é a^íi-brasi- ajuste de contas de que o mun- turalismo, mesmo já enriqueci- de dez de novembro, foi feita com incrível cordialidade- m„, íeira; é a violência. Amamos os ao dJ i-r.dos os tempos tem no- do pelo espirito é essa bondade sem uma gota de sangue. no coKÍücío puro e emotivo ,-,*,- governos 'corajosamente auto- ticia. O clima social e sentimen- brasileira que mais contribuiu Não seria tão sem propósito, o Brasil no original. eróticos"; o que detestamos são tal 7iosso c, tipicamente, o opôs- para aquilo que poderíamos cha- pois. uma pequena teoria da Cs governos atrabiliários. Só os to a tudo isso. O nosso povo for- mar nossa democracia senti- bondade brasileira, que ainda governos fracos é que são vio- mou-se pela conciliação de to- mental. Situada a questão na pretendo garatujar. * lentos e, contrários à dos os conflitos humanos numa "bondade natural" havia ela Será uma bondade temor Bertrand portanto, "bomjá por Russell pergunta. nossa indole pacífica e cons- só forma de convivência, num dado o mito do selvagem" de Deus, por ausência de atritos como salvar o mundo.' c rí trutiva. estilo de vida que consiste em e entrado no maior movimento econômicos por mestiçamento ponde-, pela bondade. Mas A * ter criado o máximo de felici- de idéias do século XVIlt. conciliador de arestas psicolô- mo salvar a bondade oras 77 * * dade social até hoje sonhado Transposta para um plano eul- gicas e raciais, por indole her- coníra um mundo enfermo' "blUz" .4 violência —. que é a por teorias e profetas. Desde o tural, poderíamos mesmo falar dada âo português, pela soma cruel, atravancado de "quinta* do mundo atual — só se enrique- primeiro momento, abrigou o numa técnica de bondade, em de tendências contrárias mas colunas", de quislings e de 7 ceu de um mérito que é o da nosso cê1", os oprimidos, os desa- contraposição à técnica da vio- coincidentes na direção de cer- 7IUSÚS, ensandecido pela foml instantaneidade em sua pró- justados, os atirados às praias. lência. E' a técnica de quem, tos objetivos, por euforia espa- canina de espaços vitais, diri. pria auto destruição- A força A bondade brasileira é, por as- pèia bondade, consegue desar- ciai, por sentimento de hospl- dido pelos ódios de raça e ie sim dizer, a base de nossa eul- mar antagonismos, ou melhor, talidade do aborígene, religião, corrompido vlvifica a autoridade, mas a vio- "equilibrios provindo pelos ';n* lência não faz outra coisa se- tura. desfazer os tais de por nenhuma filosofia sobre o terialismos atrozes, minado Mr antagonismos'1 destino. Seia lá determinisntos não destrui-la. Qual o meio, * a que aludem "bondade" pelo que for. dt toda espJc.'. e pois, de evitar que os paises os sociólogos. Ao invés de eul- Mas como a se?itl- nue tripudia sobre todo-, o* 7 americanos tivessem que recor- Em toda parte o que se vè ê tivar antagonismos para conse- ram Freircyss, SainVHelaire reitos do coração c da I>c.v- rer à violência para defender os o brasileiro que recebe a gente guir o equilíbrio e, através des- Beyer, Ziveig e outros espíritos A bondade não exclue *> *i». com caraiho, no seu rancho. nâo nos sa- roismo- Ao princípios históricos e culturais se equilíbrio, a harmonia social, que a observaram, "se contrário, o hc „*j. que ?ios regem? O meio não Deixar de nos oferecer qual- o brasileiro é o mediador neces- lôes, onde os convivas detes- mo de ser bom faz parte. ¦ -¦¦,? seria outro senão aquele que já quer coisa, uma laranja macota sário, o conciliador plástico en- tam cordialmente", não nas lu- do que nunca, Ce toda* os 7:;^ ou um café mesnw zurrapa ou os tas c intelectuais, cujos coníra a naldade estava na mais pura tradição tre todos conflitos sociais, políticas "se "sanguinário desie séctih americana: o governo forte, au- marca três efes?... capaz que ideológicos, étnicos, econômicos; comparsas entredevoram e tfcspdíico". toritário. A indicação não vinha um caboclo fizesse isso. Nunca. o árbitro entre nações desavin- de fora-, vinha de Bolívar com Como naquelas casas antigas, das, no sentido de reconciliá-las. "presidencialis- em que o quarto do hóspede era Já no drama da conquista, passagem pelo "os mo" ianque. E, se quisermos uma coisa obrigatória, a maior capitães não perdiam por buscá-la em nossa própria for- alegria do brasileiro é hospedar serem magnânimos e liberais'*. viação, veremos que vinha de alguém, mesmo um desconheci- O bandeirante, ao contrário do mesmos, islo clan do que lhe um nu- muita é o TERNURA PERIGO nós é, do pa- peça pouso "soldadoque gente pensa, triarcal e, principalmente, do ma noite de chuva. Sô quem não pacificador do gentio", chefe de bandeira que repre- viajou pelo interior, onde há é o conquistador que se caia Alphonsiis dc Gtiitiniraenx Filho I sentava, num erisaio de mais Brasil do que nas cidades, com a do morubixaba, "self-government",primeiro filha um governo não terá observado esse costa- que assimila os processos cultu- Há uma ternura perigosa que experimentalismo muito utih. co- dísciplinador, humano, capaz de me que faz parte do sangue e rais indígenas, que se faz, mui- importa mima espécie de perdão mo e principalmente, na pr.iprà manter inquebrantavel a unida- que é uma forma viva de solida- ias vezes, chefe da tribu ou anteci;iíu:o a tecias as imperfeições. inspiração, pois de-versos ine - "cidade "caminho dizer iãto, agora, de da sua em marcha", riedade social ou de indivíduo- traz o selvícola pelo Posso bem •Casa quan- mente belos descamba sem : ,j lismo corrigido pela bondade da do acabo de reler a Deste- para outros de nenhuma bs. a, paz". Ihada" e "A Sala dos Passos Per- capengas e hesitantes. E' um cie- pTópria do brasileiro que nasceu Que fas hofe um norteamerl- de assim e não muda mesmo. didos", do nosso Rodrigues feito que percebemos sem diücMl- Há quem diga que os ideais que cano quando assiste a uma bri- Abreu, e me vejo inclinado a acel- dade e não podemos esconder. ;.'i> anti- Já a hospitalidade do nosso in- ga? Aposta num dos contendo- tar totalmente os versos desse pau- sar da ternura... Mas. ao t-:-;ni- pacifistas são angélicos, üio decantada biológicos. A guerra é um fe- foi por observ- res. lista de que nos ficou uma tradição nar a leitura destes livros, que nômeno essencialmente bioló- dores astutos como Jean de Le- O brasileiro, ao contrário, in- de homem purificado, ia dizer mes- sugestão macia de mansidão •¦ ;•- ry. Outro cronista andou "apaziguar mo: santificado pelo sofrimento. pouso não permanece em nós. ins- Çico ("in not an absoluto biolo- que tervem para os àni- Ele escreveu uin dia: • visitando a terra, no começo mos", E' o "apartador de bri- •Santifiquei-mepróprio cida desses versos cariciosos t; en- gical necessity") no dizer de pelo sofrimento!" charcados de uma poesia pura. na- Pearl. A teoria da ainda das coisas, fala dos in- firas" por excelência. Todos Raymond dios choram aos que conviveram com o poeta tural! aglutinação é de idêntico pare- que pés dos enfermo e humilde não se esque- Então, já o poeta é paia nu. um cer: a vida desapareceria se hóspedes: maneira triste e ale- * * cem da sua bondade, da sua tris- companheiro, um velho canuracia gre (no dito pitoresco de Fer- teza que no fundo era uma doçura que tivéssemos reencontrado E, não ocorressem a reprodução Lembro-me de Tristão de individual e, nos organismos não Cardim) de receber visitas. que permanente para sentir e viver as sobretudo, é um legitimo :;o:u Na Baia, conta ele andou Ataide, em recente e luminoso coisas deste inunde, o sr. Silveira que acrescentamos ao nosso num- coletivos, a aglutinação que se que "Diretrizes Eueno, a edição com qurenta pessoas sem coisa ensaio, intitulado do "Casaque lhe prefaciou -A do. Sentimos-lhe a figura pruria, realiza pela guerra. No Brasil, brasileiro", afirma-, de Destelhada", escreve: apesar das influências e mesmo dis todos sabemos não alguma de comer nem dinheiro; pensamento"O viveu sempre no porem, "degrada-que onde chegas- brasileiro vence e é vencido jovialidade seu suas deficiências, contrabalança:iLu ee terá dado ainda a porem, quer que traço dominante. Aqui mesmo, nos por momentos da mais pura e mais sem e a qualquer hora eram pelo coração. Mas sabemos to- últimos tempos de sua vida, con- alta Arrastando-se no mun- Ção do potencial vital", em ra- agasalhados dos o do sentimen- poesia. tão do surge a necessidade 2om toda a gente que primado versando conosco, e.e era de extro- do, buscando a cura, humildem ..'iHe. qual de todo o necessário para co- to é o mais perigoso dos privi- ma jovialidade, amigo de rir, de nenhuma revolta o dominavn A::- guerreira.., mer. Em S. Paulo de Piratinin- lêgios". A esta última parte de rir até afogar-se"'. E o sr. Menotti tes, bendizia a "fonte de psesii" A própria doutrina soreliana a mesma coisa-. morado- sua observação oponho as dei Picchia nos conta, no prefacio que o Senhor ocultara em seu .ser. — baseada num "ricorso" con- ga, 20 "est-ce pa- de "A Sala dos Passos Perdidos": res foram a cavalo para rece- lavras de Ramuz: qu'il "Rodrigues Apenas uma vez se revoltou e íoi tra a decadência pelo refina- n'y un capital sentiment de Abreu inda vivo, ar- ainda para se dirigir ao Senhor e da civí- bê-lo. E obsequiaram-no tanto a pas rastando a sua humilde agonia mento e complexidade ele chegou a exclamar: nos- qui est naturel et qui, nétaní confessar: lização — pregando o retorno ao que pela terra, r.üo cia mais do que so Senhor Deus, porque tanta pas utilisé, va demander a être uma alma. uma alma pura, crista- bárbaro ou instituindo o sindica- caridade utilisé?" lina, sensível, " lismo as "performances" e amor? Em casos di- que se desmanchava Até penso. Senhor, e isto ma para ficeis tinha-se até direito de Outro escritor, Bertrand Rus- em versos". Não gosto é de ver o •¦¦ili. da violência oficializada, é o assinar p. R. (príncipe Regente) sell, já por mim várias vezes ei- sr, Menotti dei Picchia, entre pa- (horrl fruto de uma enfermidade so- ninguém então, tado a este lavras tão simples e comovidas, Que me fizeste assim surgir do 6 podia, recu- propósito, pergunta:"fabri- mencionar o -cabelo díscolo" do ciai que não ocorre, evidente- sar a hospedagem. não haverá um meio de I n.idíi mente, num mundo inaugural Não foi pre- poeta, palavra de honra! ..inda re- ciso tal liberdade pois na maior car" bondade para salvar o centemente, na sua '-Balada de Para o prazer brutal de ver .-oírer como ê o nosso onde se proces- mundo do cataclismo o es- sam tranqüilamente as refor- parte do interior de São Paulo que Campos do Jordão-', Ari de An- [alguém! (informa outro visitante) a hos- pera? Não haverá jeito de ins- drade recordou o "São Benedito mas que, em outros paises, eus- "qtie tituir uma secreta de de Abreu". E é fácil amar este rios sangue. pitalidade é tão grande junta fi- "tímido tavam de não nos deixaram pagar coisa siólogos para descobrir o meio poeta desde criança", co- Por circunstâncias que todos alguma, do criar bondade? Como arran- mo se confessou ele próprio, arre- E eu preciso. Senhor, viver conhecemos, o brasileiro não so- parecendo que conside- dio e solitário, mas enternecido ram isso um tributo devido ao jar um remédio que tome os com o inundo e com a vida, apesar [bem!, fre os problemas que identifi- estrangeiro constantemente homens menos ferozes? eam a ensangüentada paisagem que de todas as provações. recebe as mais significativas Roquete cita o alvitre de Diante de semelhante material e espiritual da Euro- de e benevo- Keith, chama as supra-re- poeta, po- E' um momento forte, e que Não lhe copiar esses provas bondade que de alguém assumir uma atitude de contrasta com a sua resignação pa. cabe tencia". Nicolau Dreys, na sua nais as glândulas de guerra. Já ciuem se s-ntf* i-'' -. problemas, pelo simples gosto c-naz d-1 constante, com os seus versos deli- noticia descritiva da província Jiouve mesmo quem propusesse, implacáveis? Começo por pensar cados ou então exaltados noutro maligno de trazer para aqui o do Rio Grande, nos o "para obter a na Europa — no Cjstino njcH/iiauo ua reeu.uie- de raça, desigualdades conta ca- paz iwjJtl. sentido, numa atitude de ódio as so do sino que servia para avisar problema de alta importância gues de Abreu, na sua vidinha cimento e de humilde alegri.i. Mas econômicas, o parigato dos pai- o viajante ou desválido da e altíssima sociologia — a in- melancólica em Bauru, onde tra- é um momento passageiro, pjique, superlotados, drama, en- o balhava num cartório, uma tes o vizinhança que era hora do ai- tervencáo cirúrgica sistemática depois a sua quase sempre, o poeta mostra tristecedor do pão e do espirito, diminuir os impulsos bé- doença, o seu completo abandono aceitação completa do seu destiro. — moço ou do jantar; assenta-se para à poesia... E não me esqueço de E toda a sua se caracteriza as ideologias sinistras oue se quem a essa mesa da licos daquelas poesia áigladlam, hofe, no mais quiser gentes pugnazes". que este poeta, tão cedo morto, por uma melancolia levemente iro- feroz hospitalidade. O dono, explica o A biologia oficial de certos pai- deixou-nos uma obra farta, mas nica, uma doçura transparente. escritor, não deseja saber siquer ses procura, sob vários aspe- que ainda assim não nos satisfaz um amor íncontido pela simpüç1* quem è o seu hóspede. ctos, responder à pergunta an- de todo, apagado reflexo dessa dade. Tudo nesse poeta foi muito O AMOR Beyer, o sueco assustado e trágica. No entanto, grande alma. Morreu cedo, e só simples e as suas queixas traz?"'. fica gustiada este fato bastaria sincen* com o costume de fazer presen- o caso brasileiro ê bsm outro. para que o lês- antes de mais nada, uma Joaquim Manuel Aqui esperança obriga a semos com a maior ternura, igual dade que o conduz a deliciosas te de um objeto que a pessoa a ser à que me vence quando leio os conlidíncias. Já ai escrevera* de Macedo gaba. Na viagem a Minas, diz bom, na terra onde tudo é uma versos na sua quase totalidade in- ele, novidade. encontrei u,n capitão Fer- A facilidade da hie- característicos e imperfeitos do 'Eu tenho a cer- Assim como o grito tem o éco, reira que montava bonito cava- rarquização pelo próprio esfor- mineiro Artur França, desapare- irei para o céu. a flor o aroma e a dor o gemi- lo, de andar excelente e como ço não deixa crescer o ódio. A cido em Diamantina em 1902, com [teia. do, tem o amor o suspiro; ah! eu por acaso o dissesse, queria liberdade de movimentos de- 22 anos incompletos. Estou livre de todo o meu pecaiH O amor é um demoninho, que ele presentear-me com o ani- sembaraça os gestos fecundos, Figura de uma fase de transiçlo. mínima imP> no cora- "largar sofrendo varias Influências, Limpei-me até da não pede para entrar mal do que com muita dificul- convidando o homem a bem (reza". ção da gente, e, hóspede quase dade pude declinar". a sua ruim naturesa" — como visíveis nos seus versos, Rodrigues sempre importuno, tra- Como se vê, o homem brasl- dizia o cronista. Fomos um legou-nos uma obra irregular. Na por pior já "Sala dos Passos Perdidos", com E quando escreve: to que se lhe dê não desconfia, leiro não hospeda apenas; dá o dos primeiros povos do mundo exceção de não se despede, vai-se colocan- tem, muitas vezes, e não o abolir a de morte. < > xra- pouquíssimos poema3. *'J» a beleza de sofrer. que a pena "no o poeta ainda não utiliza o verso perdi do e. deixando ficar, sem vergo- faz senão por aquele espírito de sileiro não gosta da justiça livre. Viri a utilizá-lo. muito mais Minha tristeza vem deste mal "* nha nenhuma, faz-ce dono da desprendimento que seria — duro", inflexível na aplicação freqüentemente, na 'Casa Deste- [sico!" casa alheia, toma conta de to- como eu ia dizendo — o melhor da lei que condena o próximo lhada", embora estivesse sempre sem vacilando entre a forma a escolher. Pot-se o bem de ser doente das as ações, leva s3u domínio corretivo do nosso individualis- Amamos a equidade, que não é Sinto-o muitas multo cedo aos olhos, e às ve- mo econômico, em confronto invenção nossa mas que traduz vezes meio sem Jcl. [saber... to para manejar o verso-llvre, afei- que sou ti- les dá tais saltos no coração, com o individualismo burguês a bondade no plano da justiça. coado à metrificaç&o. Náo apenas Anta nunca soubesse que chega a ir encarapitar-se que tem feito a infelicidade de A idéia de matança de inocen- no metro o poeta foi irregular (o [sico" em nos arripia no Juízo; e então, adeus minhas tantos povos. tes, tão voga, o que, aliás, lhe valoriza a poesia e !'4' encomendas! Parece ainda que, em seu na- cabelo. A vitima revolução, a o mostra capai de se renovar, num (Cortina* n» P*!""»

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DOMlWfi-V M/*/W» SUMJMENTO UTEKARIO DK »A MANHA» — VOI. II PAGINA tit

Ribeiro Couto Baliria le somes ilnstr» num certo bem-querer - (Da Academia Inicidção ttrtUM leira)

deste velho de Bragança oferecia aos meus *^RpPPw*«i^3 Knnea me separei-Corografia va o ouro da serra de Urubu- Pajeú, Goltá, Tapacurá, Bituri, do olhos uma rua chamada Sena- »ai»"ar da retama e fazia os açudes. Moxotó. O compêndio, prosse- trinta anos, dor Pinheiro. Casas baixas e "O u \<ú" Vai para Não me parecia muito entu- guia prosaicamente: poder <** *U,SL-Tenho ain" meninos à porta, brincando. I a tnèu B«» siástico o meu compêndio no exercutivo é exercido por um frescas »s emoções novas Como eu naquele tempo, deviam tocante ao Rio Grande do Nor- i" deu*, brincar governador, eleito por quatro t-Le inc Iwhmw, iniciando-me também de barra-man- te. A informação a respeito dc anos, e não "tlum teira, de pode ser reeleito no IIIIS^&I^ certo bem-querer. Em pegador, de amareli- Natal, por exemplo, era um tan- nha, de "Tem período governamental seguin- das suas páginas, com sela e de chicote-quei- to desdenhosa: alguns te". Por muitas mado. que, se ele governar am*aw'lecida, encontro as Ainda no capítulo do edifícios públicos de certa im- bem? tmta* Pará, muito «w *» 'omava na clas" me impressionava portância; uma fábrica de fia- Fotografias notas o do Recife, com os *>¦ iu>:iW> de r^ e montanhas panorama de Macapá, à beira ção e tecidos, de algodão e ou- rios, as e, ao os do rio: tantas pontas fundo, RLit- ò '«"finas"wffssor acrescentava ao palmeiras! As pai- tra de sabão". Era sem sobradões de meiras «que pouco, janelas quadradas, de estatística; eu chamava indis- dúvida. Parecia o autor es- com de cantaria! Iguais wxti'*. tintamente: que poiais conreçõts; ou esclare- coqueiros), davam tava com delicadeza ao falar aos sobrados de Santos, no Lar- rfíTtttUAs "Ungú à minha infância o amor :.., cli-sie gênero: é das desses alguns edifícios públicos go do Rosário e na rua S. An- frH.s terras setentrionais; vegetação "certa" fruta sertaneja saborosa" de importância. Ele o que tonio. Eu também devia ter u.-ui que provava o Brasil se trie ¦^¦winlo de Pernambuco*. quanto estava pensando é que o Natal uma alma igual à dos meninos parecia, do Norte até o sul; pois não valia nada. Mesmo de Pernambuco, da ou do naquela "... porque, praia O .twve-nw. ainda agora, per- boa cidade de Santos continuava: salvo o sal e o sertão; de Pernambuco e de to- «tantas havia r f-T si.< gravuras vezes também palmeiras, das açúcar, são objeto de da parte no Brasil; to- as que gran- pois por i,.'-LntTft,t:à.s e ingênuas) que quais mais be'as eram as im- de comércio, as operações co- da parte havia os mesmos so- Relendo estas na biquinha ,**^'-.'; v tcxíQ. periais, de Itororó. merciais são escassas". Entre- bradões, igrejas como a de Nos- p ns motas manuscritas Eu sentia, sem saber explicar Augusto ãe Lima, poeta e jor- rv..p":*u<" tanto, o Rio Grande do Norte sa Senhora do Rosário, meninos nalista, ;, i ¦r\i,:u*f adolescente, pare- porque, que os coqueiros todos descalços, parlamentar e mestre dc possuia a cidade de nome mais casas de porta e ja- Direito. No dia 22 passou a doía pc <-¦>¦ :i:e rodeiam os mesmos do Brasil deviam estar de açor- bonito de todo o Brasil: Jardim nela e coqueiros. Por toda ãe seu ¦,,-];-¦-• par- falecimento, ocorrido em ,:: saía do colégio, com do, trocando confidencias no do Seridó. O livro dizia só Jar- te havia companhias de nome 1934. -¦ - vento. rí :¦;¦; atentos ou distrai- Esse Estado do Pará. dim; mas o professor, homem estrangeiro, com cabos telegrá- -v-;;a Albuquerques. descenden- Manaus. Na Aveni- tanto que os franceses haviam Os ruido parecido com o ribombo '7-' gr^u-a. é tes deviam andar lá ainda; v. Jf /ImZ \. u^Lw da F.:..;. :do Ribeiro vai passan- querido ficar com ele. Era po- por do trovão, ou com o retum * 'Oii " talvez funcionários daquela Al- ^ I ou ¦ arranho, puxado por um bre agora? Não fazia mal. Des- bante fragor dum vulcão em através- crevendo S. Luiz, o compêndio fàndega; mas haviam de ser erupção". Nas margens do rio. e;tv;!Transeuntes "Numa os mesmos Albuquerques, sum a ¦.¦.veiada, uns-em mangas informava: das formo- para junto à cachoeira, rochedos e sas ergue-se a estátua o que desse e viesse. furnas, Na dos Morcegos, infor- ce n-:;^, outros.de guarda- praças "podem st>: atvrUD. Est-arão morta» es- do insigne e malogrado poeta Na paraíba existia um rio que mava o livro, abrigar sas ^ssca?, Nem souberam lírico Gonçalves Dias...". Tinha dava a impressão de grito de se 2,000 pessoas". Era o Rio S i;u" ¦ *. «tne uma fotografia de morrido num naufrágio, eu sa- vitória no campo de futebol do Francisco que fazia tudo aqui- rXtwíCOJ bia. D. Pedro II de- colégio: Mamanguape. Nós, lo — o bom, o meigo, o Vicente de Carvalho, o c-r',u' w-?!al espalhou pelo gostava '-match" podero* grande - :r'V;':ro a imagem do seu le; mandara-o conhecer a Eu- quando o juiz do mar- so rio S. Francisco, natural de lírico de Rosa, Rosa de Amor. p;i Suas datas de nascimento t ffírr?:-(£» sr.ovlsneíi-to, numa tar- ropa. Eu também havia de ir cava o fim do jogo, tínhamos o Minas Gerais, da serra da Ca- de nosso canto de triunfo: Aleguá., nastra. Vinha de longe aquele morte passaram este mês, a pri- et c-f ü*alor equatorial. ã Europa. Eu também havia meira no dia 5 a se.gunãa_ no dia 22. Nn Fs^íío rio Pará. a cidade cantar a minha terra. guà. guá! Mamanguape podia rio comprido e fiel; vinha mui- servir exprimir os mes- to quieto enquanto atravessa meu or- para O Piauí despertava o mos sentimentos: Mamangua- va Minas e Baía; mas logo que São ti- gulho bairrista. Paulo pe, guape. guape! Canto beli- chegava na fronteira de Per- nha chegado até lá. O livro re- "Ò coso. De resto, era a terra it* Na wj-ao, os mais missanga, mas português tinha peito uma doce rigoso. Domingos Jorge Velho afeição í"'i i'*9ífiiw woitóííos,' todo* outro jeito de arranjar as coi- pelo Estado de Sergipe '¦¦::. -í;.»í, estava absolvido de culpas, por- sas. foi o tamanhinho do seu terri- ç ?;fío ftà çuem dei fora homem de coragem. ".•- i'í*&Twj«rmío: que Pernambuco me deslumbrava tório. Mas havia, também, o '"! çV¦¦"tí-.Mí" o ref/io Agora, havia na margem do nome <íos mutuei sua história. Aqueles sim- das suas cidades: Laran- es e das Parnaiba uma capitai, Teresina, pela Lagarto, æ^'-*í' «o ?ri; ícwpo, c o 7íio- engenhos de cana, de 1526, jeiras. Capela. Nome: com de governo e dele- pies de árvores, de ?«>;« fiwfos os regales da sua palácio num instante cresceram; e num bichos, de coisa: '<<•:: gada fiscal. Das outras cidades "gente religiosas. A cidade de Capela c,$ mvitis sâo 7ío saráu Piauí, havia uma me instante )á havia ali "»'' d* do que de dava o desejo de ficar noiva dc esfrcí-ns no Cèw; cs/õ.o inspirava um afeto especial: muita", um povo verdade. >«";í não houve uma moça da localidade e ca- ^ cÍcímoííío: fi*?,/: u;ija "Oeiras, capitai do Estado até Pouco mais tarde, José critico dos mais ¦:ú'e".*íio scorc holandês se agüentasse sar com ela. Já o nome estava Veríssimo, coDO-firm, eíe* 1852, época cm que, perdendo que por mostrando autorizados que o Brasil tem pos- -íc rai-tíosa »ffs lá. Pernambuco, para mim, era que só havia uma suido. Nasceu oscs dos esta tornou-se solução: a capela, no dia 8 de abril de ''''^ii'. ic-or entre prerrogativa, a valentia. Desde a escola pri- o padre, a 1857, em Óbidos, no Pará. '«:*¦ os quais uma cidade triste, sem vida e benção, e logo o cortejo, èy re^es j;m b^ouíssiííio mária que os meus professores com ¦;pi-_ p*n7;?;*nr s.*to partida de associação de idéias com inva- «¦'"íf. gênero de criação e mesmo pa- mesmo nome). . Wfswio jjí, oca.çiÃo c?n cana são holandesa, Felipe Camarão »' k kíh»^ *«p ra a cultura de algodão, Por razão espicha comple- Naquela e também um cozinheiro que eu que a Baia não da- -fícíf de açúcar e tabaco". va um Sergipe? àhtsfinfífído um suste- haver meni- conheci, chamado Fabriciano pedaço para -*' í2fji cidade triste devia avó dizia era ho- Podia parecer uma traição em o jdo3,'co rão outras. nas Com certeza sem (minha que !"fws tristes. mem terrível, um "pernambu- negócios de família; não'era da \1K de sciw pnres, sc noivo, mesmo tivessem ¦"í'!:«'"*ífl quando cano"), a idéia de valentia bra- minha conta. Tanto mais que pc/n saífl, c T?iar- doto: fazendas desertas, sem «h:i;y ríjj sc«- j7iíi?s a sileira sempre se identificou em em Salvador já houvera bom r'^';vv'1 pos.-ieio, plantação e sem gado. bardeios CMC qualquer de nos- meu espírito de menino, com a do governo federal. A Na capital do Ceará havia idéia de Pernambuco. Valentia Baia! Ainda que meu berço na i &^f V"*<55- 'tt. en- tal fosse aquele e 8o vã oo ííjcí-tíío tempo que uma praça simpaticíssima: pra- de padres, de senhores de porto do sul, ^r;-j(ji!i .^ntpre nessa de homens do povo, de no cemitério do Paquetá esti- 1 sobre oh.ie- ça dos Mártires; e praça, genho, i"í«M-cí^fes. moue77i França. O nome das libertários, de mártires públi- vessem as cinzas de todos os r«3 çhc o//ía- o Hotel de e rizadfrihas apreoiaveis. serras era delicioso: Cariris No- cos e de capoeiras, tudo fazen- meus, eu sentia no sangue um *'.'- as apelo Insistente, meu e-ifirj?» dc uma gordu- vos. Crateús. Araripe, Camará, do um corpo só com sílabas porque e ,«,-<,. w „„„,,„ Apodí... Nomes de santos tam- ameaçadoras: Per-nam-buuuu- pai nascera na Baía. Eu per- ' *r*'s"*'" ,los bo!. dera men Ixuwieía de doce bem: S. Joaquim, Santa Rita. co. Havia, porem, a Serra das pai nos primeiros ?«™ que anos da infância: mal o conhe o r*iõ. e que ela leva S. Pedro. S. Estevão. O mais Mocas em Pernambuco. A Ser- - cí; mas em casa subsistia aque oeçiieuos (jne. di*;. 1/ie /i- musical de todos era Baturité. ra das Moças, por que é que «w e», his- la tradição das conversas de ro.,,,. Ali rí_sc ,(m Parecia de passarinho: Ba- se chamava assim? Alguma ",™° "«"•«n-ís", pio Sa- funtas, histórias conselhei çuc dirige turité! As secas matavam o ga- tória de rapto, como o das de encantação ros. oradores, igrejas Inúmera- sc ti'"* " "'"a sfnhora ido- do e matavam os sertanejos. binas? Para fazer w c!,w» haveria um meio de lazer na Serra das Moças (e elas apa- veis, feitiços de pretas gordas si»kl Preqàdos na Não e i-aes do Rio, engenheiro eifti- w"f<,-»e «o '«*>. muitos açudes e acabar com recendo, envoltas em véus, no comidas com azeites de den ral.L'1'!'' Fí- "riquis- dê. nente, diretor-tesoureiro do Jor- "o snrau ndo elas? O livro falava de luar da serra), devia bastar a Só o que eu não compre- Acaba "fii™'f- c es- endia nal do Brasil. de aparecer, ,rr ™»«*o nem boco; simas minas de ouro na serra repetição dos nomes de rios per- é que o governo tivesse em segunda edição, O Combusti- de e nos municí- nambucanos, nomes de feitiça- um dia bombardeado Salvador vel na Economia Universal, de sua '»Xe,r^I?'",S,í re"m du- Uruburetama Por de Pacujá e Muquem". Lo- ria: Tracunhém, Capiberibe. que é que o governo tinha autoria, livro oáaioo da cultura pios unga, Mundaú, bombardeado Salvador! oratiitva. go, se o governo quisesse, Ura- Beberibe, Pérsio

"--*"*-.,,j^afaa»« "A — PAGINA 211 SUPLEMENTO I.ITFPAR10 DE MANHA" VOL. II DOMINGO, M/i/t!M, jWj.. - DlRCEU E MARILIA Afonso Arinos de Melo Firanço (SCENA FINAL) GONZAGA (-depois de alguns instantes Mas, embora ignorados, são pedaços vivos HELENA (ajoelhada junta ao preguiçara) de rerJexjof Do amor que fez de mim um poeta brasileiro.,. Ai! mau senhor! Ide com Deus, voltai com Deus' Está bem, meu amigo, (A Heleno) Estou ao seu dispor. Posso falar a Helena? (0 oficial passo as algemas em (,„„_ Helena, vou partir para longe e o primeiro ühi/ii e joga-lhe o seu capai,. s„;„, nJ O OFICIAI. Encargo que te deixo é cuidar da senhora; ombros. Gonzaga vai alé à p„r „ ,„ Consegui acalmá-fa e está dormindo agora quarto, ahre-a com cuidado e, da .>*,.¦',-„„ No minha vista, sim. Creia que tenho pena Como uma criancinha. . . Assim que elo acordar olha longamente Marília adorna;;.!,,' D* usar de tal rigor, mas a instrução que trag*-, Dtze-lhe que partí, mas que espero voltar, Fm seçiivda se dirige a p„r a ,1, rnl. E' que me faz cumprir este dever amargo. Ç)ue não me despedi para evitar-lhe a cena Quando esto se abre aparecem ,>/-.(»,),¦ Seus trastes e serão arrecadados, A estás assistindo, minha boa Helena. Sadadiis, estavam papéis que qu,' do ladj da ja.a. A casa ficará guardada por soldados. Diz-lhe também que me entreguei de ânimo Iistd niiseentlo o sol.) Só poderá levar a roupa que vestir. . . [forte, Oue a levo dentro do meu peito e até a morte GONZAGA GONZAGA < interrompendo-oi Guardarei com fervor sua amada lembrança Que é mais que uma saudade, pois é uma 0 sol^nasce... Que belo! Esvai-se a treva, e o dia Pois ainda prefiro isto tudo a fugir! [esperança. Em breve há-cle surgir. Que importa a tiran-g Os meus trastes não contam, e os papéis guar- Qualquer qus seja a direção da minha vida Que tem no crime e na opressão o seu poder? [dados Pairará sobre mim suo imagem querida Nada pode impedir o sol de aparecer! São simples versos, pobres versos ignorados Como uma estrela, que a brilhar no céu distante E de nenhum valor, a não ser para mim Orienta, sem saber, a roto do viajante. . . (Cai o pano lentamente, ethfu.tni^ E' para aquela que os inspira. .. Mesmo assim Se acaso eu não voltar, fica sempre com e'a Consaga sc afrsta mt m i» d i .*.,- w-i Sinto vê-los-entregues a maledicentes Por todo o resto dos teus dias. . . cuida de^a e Helena continua de joelhos, rer.-m.i -j Leitores ou confiados a indiferentes Como de mim cutdaste. .. Adeus Heleno, •ANO Empregados que os meterão pelos arquivos. . . [adeus... FINAL

Efemérides da Acad emiâ Um poemd de Afonso Arinos de Melo Franco

IS DE ABRIL Afonso Arinos de Melo Franco é um dos espíritos mais pod«- Nascimento, em Sabara, Minas, de Júlio Ribeira, pa- rosos da trono da cadeira n. 24. atual geração brasi- 19 U Falecimento de Hecaclito Graça. leira. Professor e jornalsta. era " >l ll»» . Eleição do sr. Pedro Calmo», ua vaga de Felix Pacheco. sua cátedra e em sua coluna v 7 táF*-^ diária vem ele criando a sua 19 DE ABRIL ~~Í^~F"\*\ obra e alguns dos seus livro* < IMS æNascimento, nesta capital, de Joaquim José da França constituem verdadeiras colu- Junior, da cadeira n. 12. patrono na-í-mestras do nosso 1V4U æFalecimento, em Petrópoli-s, de Luiz Guimarães Filho. pensa- mento, hoje em dia. Está nesse 20DE ABRIL caso, por exemplo, o seu livro sobre o selvagem brasileiro, ²Na.scimenlo, em Alagoas, de Tavares Bastos, patrono obra indispensável todos os da cadeira n. 35. a 1Í45 ²Nascimento, nesta capital, do Barão do Rio Branco- estudiosos do Brasil e da Amé- 1927 ²Recepção do sr. Olegario Mariano, pelo sr. Gustavo rica, e na qual ele nos demons- Barroso. tra o reflexo na 21DE ABRIL grande que evolução das idéias filosóficas 4151 æNjuclmanto, em Sergipe, de Silvio Romero. e sociais da Europa teve o abo- rigene americano. nota à parte, comovida s poé* 22DE ABRIL (Livraria Martins Editora, São Agora, Afonso Arinos de Melo Paulo). Construído em versos tica, na obra do publicista. ‡Fallecimento, MaríKa reprodtl- M24 em Santos, de Vicente de Carvalho. Franco publica o seu lindo dra- alexandrinos, de uma fluidsz De Dirceu e Urj-, . æFalecimento, nesta capital, de Augusto de Lima. ma, em 3 atos, Dirceu e Marítia rara, esse livro ficará como uma zlmos aqui algumas das úiimo* 23DE ABRIL

Falecimento, em Lisboa, do naturalista Alexandre Ro- ~^\"-Wr drigues l •——"vi. Ferreira, patrono da cadeira n. 11, do quadro dos correspondentes. . 1931 ‡Eleição de Alcântara Machado, na vaga de Silva Ramos 1931 æFalecimento, nesta capital, de Gregorio Fonseca. . ‡Falecimento, 1940 em Lisboa, do correspondente Alberto d/Oliveira. 25 DE ABRO. ilír\ffl .1852 Falecimento de Alvares de Azevedo, patrono da cadei- ffMm ra n 2. 1822 Falecimento, em Paris, do correspondente Jean Finot. 26DE ABRIL TERNURA PERIGOSA MSS — Falecimento, em Portugal, de João Francisco Lisboa, patrono da cadeira n. 18. (Continuação da página 21?) nia que. embora como sombra té- Sente-se é outro mo- nue, não deixa de participar da que um sua maneira de viver. Recordemos oi 27DE ABRIL mento especial do poeta e que estw amava a vida (."Estranho amor', que Rodrigues não hesitou em in- *A cluir num dos seus mais beos po- 17M — Nascimento, na Baia, de página 29, e minha vid*?", pa- — "Mar Jardim. Alexandre Rodrigues Ferreira. 31, ambas de "A emas Desconhecido" — sas ilustrações de Luiz 182» — Nascimento de Herbert giua Sala d-m Spencer, que foi membro cor- Passos Perdidos"), mesmo com to- estes versos atualissimos; lhe ilusjfam o texto. E da- re^pondente. que das as suas adversidade». fina-' 28DE ABRIL Poderia falar ainda da sua iro- "Descobriria mos, acima, o episódio um mundo desconhe- d« do poema, que é o da piisáai 1829 — Nascimento, em Santiago do Chile, de Guilherme [cida Blest Gonzaga. Gana, que foi correspondente. HELENA DE TRÓIA Para onde fossem os Japoneses 1«S7 — Nascimento, em Palmital de Saquarema, de Alberto de Num diálogo de Luciano, um Que teimam em vir para o Bra- Oliveira. ?alo. que na guerra de Traia fora tiú...- 192-8 — Inauguração no jardim da praia do Russell, do busto de Eufórbio, [aa assim a respeito de Helena: . "Ela Um poeta como este terá sempre 1937 — Sessão pública em homenagem à memória de Alberto não era tão bela quanto nós os seus amigos fiéis. A irrealiza agora acreditamos. Eu a vejo »in- de sua vida completou-se de Oliveira. da, com a sua face ção na 29DE ABRIL pálida, seu poesia e é nela que encontraremos pescoço longo, a que lhe dera o o homem docemente melancólico apelido de filha de um cisne. De — em Patt que foi Rodrigues de Abreu. Nem 1870 Nascimento, do Alferes, de Osório Duque resto, era velha, e quase da mesma mais reagiremos à idade perigosa ter- Estrada. de Hecuba. Tinha sido ra- nura. Que ela nos domine. Nio 1937 — Eeição do sr. , na vaga de Gou- pfcada por Teseu, contemporâneo Importa. Aceitaremos o poeta sem lart de Andrade. de Hércules. Ora, esse havia já to- indecisão e o teremos como um no- mado Tróia no tempo de nossos vo amigo, para sempre. Um amigo M DE ABRIL pais, que existiam precisamente que noa trouxe, com a sua poesia, nessa época. Ouvi tudo isso de uma llçio de infância e de liiimil- Panteus, que me disse ter sido Hér- de alegria. UM — fJa»s"imento, em Pernambuco, de Antônio Peregrino Ma- eules na infância". (Luciano. "O ciei Monteiro, patrono da cadeira n. 2T- sonho ou o (falo"). (Belo Horirmnte. abril de MUI.