REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

Ano VI/ - Outubro/Dezembro 1954

SUMÁRIO

Pá4. Agricultura mais IndÚl!tria Edgard Teixeira Leite 193 Bases Econômicas e Sociais na Formação das Alagoas .. Manuel Diégues Júniot 209 Valorização Intelectual do Município Nilo Pereira 217

Administração e Urbanismo Planos de Urbanização Francisco Burkinski 223

InquécitCf:l e Reportajens Flscalh:ação, pelos Municípios, dos Serviços das Em- prêsas Concessionárias de Energia Elétrica . . . . . Geraldo Silva Oliveira 225

Vida Rural A Missão Rural, Fator de Recuperação do Homem do Interior Luiz Rogério 227

Idéias em Fooo Os Estados e a Criação dos Municípios Otto Prazeres 233

Através da Imprensa Concentração e Valorização das Terrns Paulistas .... Brasília Machado Neto 234 Operação-Município •...... •...... • Osório Nunes 234

Vida Municipal ...... •. 236

242

Notícias e Comentários V Congresso lnteramericano de Munidpios ...... 243

EstliltÍstica Municipal Melhoramentos Urbanos em 1952 ...... 244

A REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS, publicação trimestral do Con se Ih o Nacional de EstatÍstica, é órgão oficial da Associação Brasileira dos Municípios. Di reto r responsável : \VALDEMAR LoPES Secretário: VALDEMAR C.-\.VALCANTI Assinatura anual: Cri 80,00. Tôda correspondência deve se.r encaminhada 2 sede do Conselho Nacional de Estatística, Avenida Franklin Roosevclr, 166. Telefone 43-4821. REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS N.o 2 8- Ano VII- Outubro/Dezembro- 1954

AGRICULTURA MAIS INDÚSTRIA

(A DESTINAÇÃO AGRO-INDUSTRIAL DO BRASIL)

EDGARD TEIXEIRA LEITE , MATÉRIA superada o debate que durou quase um século sôbre a destinação econômica do Brasil. De um lado, os que defendiam a tese de que devíamos ser país preponde­ E rantemente agrÍcola, fornecedores de alimento e de matérias-primas a povos indus­ trializados, o que equivaleria mantê-lo em semicolonialismo. De outro lado, os que julgavam indispensável à custa de quaisquer sacrifícios, realizar a sua industrialização. Esta disputa não se travava apenas no campo especulativo das tertúlias acadêmicas: revestia-se do mais vivo pragmatismo, quando uma das facções pugnava por tarifas protetoras para a indústria, e seus adversários exigiam taxas cambiais mais favoráveis para a lavoura . Sua origem repousa na infra-estrutura econômica. Vale mencioná-la ao menos de mo­ do sucinto, para melhor entendimento da matéria que constitui o temário do encontro nesta Escola, das mais altas e fecundas criações das fôrças a1 madas do nosso País. Pela extensão do território, das condições naturais, o Brasil tinha de iniciar sua vida econômica pelo extrativismo e pela produção agropecuária. Era imperativo a que não podia escapar, porque as leis da geopolítica são tão inflexíveis quanto as da gravidade. Quê se poderia fazer em terra tão vasta, de população tão esparsa, mergulhada ainda em plena idade da pedra, onde não havia produção escambável, capaz de criar corrente comercial, como ocorreu nas Índias? Bem sabemos o desaponto dos primeiros tempos da conquista, e o quase abandono de tão dilatadas áreas, cuja conservação se deveu, sobretudo, à esperança das minas de praia, de ouro e pedras preciosas e a preia do índio, como escravo. Os colonizadores aos poucos foram, porém, se radicando ao ecúmeno. Não podendo transplantar para aqui o sistema de cultura adotado na metrópole, pelo descompasso do clima, da abundância da terra, e o obstáculo da floresta, o reino! foi aprendendo com o indígena, métodos de plantio - matriculando-se na sua escola - porque esta foi a primeira escola da agricultura nacional, cujas lições ainda não foram esquecidas, porque a destruição das matas, pelo machado e pelo fogo, a coivara, a cultura itinerante, continuam a ser as bases da nossa lavoura. E criou-se, aos poucos, uma classe rural que dominou, na economia e na política, à medida que enriquecia e se tornava forte, todo um grande período da vida brasileira. Foi a era da hegemonia do barão-fazendeiro e do senhor de engenho; do prestígio da casa grande, da família patriarcal de que são expressões mais marcantes a cana e o café. Em tôrno dêles principalmente se plasmou a vida política nacional, se fortaleceu o regime imperial e obtivemos devido às condições conservadoras criadas pelo patriarcalismo agrícola a unidade pátria, apesar dos surtos revolucionários, que de vez em quando eclodiam - sintomas de vitalidade de organismo em formação - e do contratempo das lutas externas, de que a guerra do Paraguai foi o seu ponto mais alto. Daí, saíram as grandes expressões culturas do Brasil, em todos os ramos e, nesta Escola, se formaram os homens de maior projeção na vida pública e que tanto concorreram para dar ao País a feição agzária, que o caracterizou até o início dêste século Examinemos, agora, a outra face do problema: a da nossa industrialização. Bem longe nos levaria o estudo da história da sua evolução. Diferente, aliás, é o objetivo destas considerações que é o de examinar, em têrmos concretos, as condições da agricultura em face da industrialização do País. Apenas para situar o problema nos eeus exatos têrmos, façamos dêle rápido escôrço. Começou, como era natural em região nova sem capitais e sem técnica, pela indústria extrativa e pelo artesanato. Entre aquelas, a da madeira, de que a do pau-brasil constitui a primeira exploração regular; em seguida, a da erva-mate, a da cal, e a do curtume etc.

R B M -1 194 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

O artesanato - afora as atividades comuns à vida, mesmo incipiente, de qualquer sociedade humana - se organizou como artes mecânicas e manufaturas, de que se distin­ guem vários aspectos: um dêles, o rural, se tomou largamente disseminado. As propriedades agrícolas formavam, naquele período de nossa história, sociedades de economia fechada, conseqüência de seu isolamento, criada pela distância real e pela distância virtual, dadas as precariedades dos transportes. Proprietários, escravos agregados, compunham núcleos humanos consideráveis, cabendo-lhes organizar seu próprio suprimento. Daí o carpinteiro, o ferreiro, o oleiro e, em certas regiões, as manufaturas de pano e vestuário, como nos dão conta os relatos dos viajantes, que visitaram o interior do País nos três primeiros séculos depois da descoberta. A um dêles, um grande proprietário, como demonstração - como diríamos hoje - de sua auto-suficiência, declarava "produzir tudo que necessitava para alimentar, vestir e abrigar sua família e sua gente". Apenas tinha de comprar pólvora e sal. Embora algo exageradas, tais palavras dão idéia bem aproximada da situação então vigente na hinterlândia. Até pequena siderurgia, para uso exclusivo da propriedade, foi promovida. Certas formas de artesanato, que pe~manecem ainda hoje aqui e ali, formam remi­ niscências dêste período já longínquo. Tal é o caso da fiação da lã e a sua tecelagem, em teares primitivos, manuais, como pode ser encontrado em regiões afastadas de , no Sêrro, nascente do São Francisco, em Pi -í etc . Ao lado dêste artesanato, nos centros urbanos, adquirindo às vêzes considerável desenvolvimento, apareceram: a cerâmica, a exploração de cal, o curtume, nos pontos de comércio de gado, a tecelagem de corda na Amazônia etc. Na segunda metade do século XVIII, fundam-se em Minas, e também no , manufaturas de têxteis, relativamente grandes, - emprêsas autônomas, com organização comercial. Ao lado delas, a indústria de ferro, cuja abundância e excelente qualidade determina um rápido crescimento, explicável ainda pelo elevado consumo de instrumentos dêste metal na mineração de ouro para suprimento de tropas, e pelo preço escorchante do similar reino!. Mas, em 1785, a metrópole manda extinguir tôdas as indús­ trias, salvo a de panos grossos para vestuário dos escravos. Visava, dêste modo, a manter o País em situação de feitoria, impedindo tudo que pudesse torná-lo independente, não apenas política, mas econômicamente, ciosa de reservar para o seu comércio a exclusividade de suprimento de tecidos, artefatos de ferro etc. Nestas medidas, estavam incluídos os propósitos de fazer a emancipação política, que seria conseqüência do desenvolvimento do País Nesta ordem de idéias, - foi o caso especial pelo receio da fundição do ouro, facilitando fraudar o pagamento do quinto, - proibiu o ofício de ourives, sendo, já em 1751, expulsos de Minas todos os que exerciam êste ofício. Atenuada esta situação, pela melhor compreensão do problema, diante do desconten­ tamento das populações, prejudicadas por êste retrocesso, se foi atenuando o regime de proibição. Mas, o que fôra criado de indústria artesanal, sofreu tremendo colapso, com a abertura dos portos ao comércio exterior, em 1816. Tanto quanto esta providência, atuou a decretação de baixas tarifas alfandegárias ( 15% ad-valorem), possibilitando às mercadorias estrangeiras, produzidas em melhores condições, concorrer com as nacionais provenientes da indústria colonial mal equipada, sem organização técnica. E desapareceram, assim, a tradição e artífices, que se haviam aos p;:mcos formado nestes dois séculos na "escola ativa" do artesanato Como se pode bem imaginar, tôda esta primeira fase industrial não perturbou a nossa feição nitidamente agrária, antes a consolidou como já foi mencionado, permitindo o patriarcalismo rural de mais alto tipo. Re"!liniscência desta época, foi a situação encontrada ainda em 1865, por Louis Agassiz, geólogo de origem suíça, aliás naturalizado americano, que escreveu um livro famoso sôbre o Brasil, em maior parte aliás da autoria de sua espôsa, onde foi mencionada a famosa expressão, que fêz fortuna e corre mundo, tantas vêzes repetida, e que se incorporou ao nosso patrimonio cultural: que o Brasil continuava a ser um país essencialmente agrícola apesar, acrescentava êle, "do caráter e dos costumes dos brasileiros não serem os de um povo de agricultores". Esta ressalva, seja dita de passagem, pinta bem a impressão que causou a um europeu o sistema de saque a que viu submetida a terra posta em lavoura. A nova fase industrial do País teve de partir da estaca zero, lutando com a falta de energia num país em que 80% do combustível tem de ser buscado na lenha, com a distância que isola seus núcleos populacionais, pequenas ilhas econômicas distanciadas umas das outras e, até há pouco, sem comunicação pela hinterlândia, o que impecilha o transporte, impedindo a produção em larga escala; a ausência, até há pouco, da industria pesada, donde a impossibilidade da produção de máquinas e a necessidade de utilizar muitas vêzes maquinaria obsoleta importada e a dificultando em renovar o material desgastado; a inexistência de mercados de capitais de investimentos e para o financiamento das indústrias de tradição e de técnicos; a debilidade do nosso mercado interno: eis, em grandes linhas, os tremendos óbices com que se defronta a industrialização do País. Ê de inteira justiça, pois, mencioná-las, como reconhecimento aos que estão construindo a nossa economia, através de obstáculos que nem sempre são de vitórias, mas assinalados não raro de fracassos, de desastres financeiros, em que se esvai às vêzes o patrimônio familiar dos empresários. AGRICULTURA MAIS INDÚSTRIA 195

Foi, por isso, penosa a estrada percorrida, mas, olhando-se para trás, e o que foi vencido, sentimos o que poderá ser realizado pelos nossos chefes de indústria, que estão ajudando a criar o Brasil vigoroso, econômica e poll.ticamente forte, que é a grande tarefa de todos nós. Num livro, bem documentado e altamente informativo, O Pensamento Industrial no Brasil, o Conselheiro Humberto Bastos estudou esta evolução e lembra com razão como foi lenta. Além dêstes handicaps, havia a luta contra a mentalidade dominante, resíduos da nossa formação agrária. Dela, são expressões marcantes as disputas sôbre as taxas cam· biais, como já foi lembrado. A luta neste sentido foi tremenda, como era natural. Aos produtores de matérias-primas e de produtos alimentares, interessavam taxas que lhes permitissem fazer o maior número de cruzeiros por libra ou dólar de mercadoria vendida, e ao mesmo tempo receber, pelo menor número de cruzeiros, os bens de consumo do estrangeiro, em lugar dos fabricados no País, a preços mais elevados e de qualidade inferior. Os anais do parlamento, as coleções dos jornais e revistas estão cheios dos debates em tôrno dêste problema Se as tarifas alfandegárias, a partir de 1844, são progressivamente elevadas, há nelas, a par de certo sentido protecionista à industrialização, sobretudo, a necesidade de atender às condições do erário. É o que explica a sua adoção, numa época em que a hegemonia política pertencia às classes rurais. Sentimos até hoje os reflexos desta situação, quando com justiça se reclama especial tratamento para a nossa mais poderosa máquina de fazer dólares, que é o café, e para o cacau e outros grandes produtos de exportação. Mas não tinha apenas origem nacional. Havia também argumentos oriundos de fontes estrangeiras. Um exemplo concretiza bem êste pensamento: No Livro Verde n.0 2, Relatório sôbre condições econômicas e financeiras do Brasil, organizado por Ernest Ham­ bloch, cuja tradução foi permitida pelo Competroller do Stationery Service de S. M. Britânica ( 1924) lê-se o seguinte: "É incontestável que teria sido muito mais proveitoso, e econômicamente melhor para o País, menor concentração no desenvolvimento industrial e maior na expansão agrícola e pecuana e indústrias conexas. Uma grande proporção das chamadas indústrias nacionais podem ser classificadas como plantas de estufa, incapazes de suportar intensa concorrência de artigos estrangeiros, quando melhorassem o câmbio e as condições da Europa. Mesmo no momento atual, tais indústrias só florescem devido aos elevados direitos de importação sôbre os artigos estrangeiros e aos mesmos deve-se grande­ mente levar em linha de conta o excessivo custo-da-vida que, dia a dia, torna mais difíceis as condições das classes médias . As classes operárias sofrem menos, visto terem sido os seus vencimentos aumentados. Os únicos favorecidos por êsse estado de coisas são os donos de fábricas e acionistas. Está verificado com segurança que os seus lucros anuais são de 50% e, em alguns casos, mais. Conquanto não se possam verificar êstes cálculos, êles não são exagerados. Certamente os lucros obtidos são muito grandes. É inegável que há um grande e legítimo campo de desenvolvimento para as atividades industriais, tendo relação direta com os recursos naturais do País, facilitados pela fôrça hidrelétrica de baixo preço; de nenhum modo, porém, é êste o caso para a maioria das indústrias estabelecidas no Brasil. O resultado é que, em regra, são fornecidos ao público, em muitos casos, artigos de manufatura inferior, cujos preços não são proporcionais ao custo de sua produção. Acresce que a atração da já insuficiente população do País para os centros, tais como Rio e , está criando, no interior, séria falta de braços que não pode senão afet:>r, em geral, a situação econômica do País. O salário do trabalhador no interior aumentou sem motivo, além das dificuldades que o lavrador tem de enfrentar, as quais sãd as insuficientes facilidades de transporte e os altos preços em moeda nacional para maquinismos e instrumentos agrícolas . " Os exemplos dêste tipo são numerosos nos livros, em relatórios de missões oficiais ou privadas. Apenas, difícil a escolha. Mas o citado acima resume bem a argumentação dos estrangeiros, que pensam e julgam que o Brasil devia ser mantido em situação de produtor de matérias-primas e gêneros alimentícios, buscando no exterior o que necessita de bens de consumo, tornado numa grande feitoria, em suma, num país semicolonial. As duas guerras, porém, no seu brutal impacto sôbre a nossa economia, iriam demonstrar o quanto estava errada tal orientação Graças às nossas indústrias, mesmo incipientes, evitamos o colapso da vida nacional, em tantos e tão variados setores, abrindo os olhos aos mais displicentes e concorrendo para criar o sentimento da necessidade de incremento industrial, para que em conflitos, declarados ou latentes, o País possa sobreviver. Num mundo cada dia mais interdependente, ao lado desta solidariedade econômica, que o comércio internacional promove e estreita, desgraçadas das nações que dependem do suprimento total do estrangeiro, quer para a sua defesa militar, quer de bens de consumo. Não se pode pensar, assim, em país do tipo do nosso, em antagonismo entre agricultura e indústria. Alguns aspectos do problema valem ser especialmente acentuados e demons­ trarão que a infra-estrutura econômica da nação será, porém, sempre alicerçada na agricultura tomada no seu mais amplo sentido. Melhor do que longas explanações, um exemplo porá em evidência a verdade desta assertiva. Admita-se que por condições, difíceis de serem verificadas na prática, mas que 196 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

se podem conceber, as nossas grandes lavouras de exportação, as nossas máquinas de fazer dólar, desapareçam totalmente. O País, com sua exportação pràticamente anulada, veria paralisando o seu transporte rodoviário pela supressão de petróleo e o prejudicado ferroviái:ío, dado o crescente emprêgo de locomotivas diesel; não teríamos pão, êste alimento, cuja carência tem sido o detonador de tantas perturbações sociais, e que de tal modo influi na psicologia coletiva, como símbolo de fome; e tôda a nossa importação, em conseqüência, sofreria um completo colapso. Imagine-se, dentro da linha do mesmo raciocínio, idêntica situação no setor da indústria: que desaparecesse todo o nosso parque industrial. Tremenda seria a perturbação da nossa economia, mas incontestàvelmente bem menor que na primeira hipótese. Poderíamos com­ prar, com as cambiais obtidas pelo agricultor, os produtos que tivéssemos deixado de fabricar. O nível de vida baixaria enormemente, mas o colapso não atingiria o clímax como no caso de serem destruídas as grandes lavouras de exportação: e isso porque somos um País com enorme extensão territorial, cuja população, a oitava do mundo, cresce na proporção de 1 200 000 pessoas por ano, que tem de ser alimentado quase totalmente com recursos da própria economia, e cuja exportação, de onde lhe advêm cambiais, é constituída na proporção de 90% de produtos de origem agropecuária e apenas um DX por manufaturados, e que tem de buscar dentro dêle, para seu parque industrial, os têxteis, madeiras, borracha, oleaginosos etc. Basta o exame dêstes itens para sentir ao vivo, quanto é pura estultícia procurar escurecer a realidade, isto é, que na agricultura, tomada no seu amplo sentido, reside a infra-estrutura econômica da Nação.

INDUSTRIALIZAÇÃO COMO FATOR DE PROSPERIDADE AGRÍCOLA

MODERNIZAÇÃO rural do País está, entretanto, na mais estreita dependência de sua industrializacão . A A agricultura desenvolvtda stgmftca maténa-pnma a custos acessíveis e razoáveis, por isso que elas têm, sobretudo, origem agrícola. Significa ainda alimentação sadia e barata. Assim, o operário da indústria pode obter um dos elementos de trabalho eficiente que é alimentação adequada, em qualidade e em quantidade, adquirida dentro das possibi­ lidades do seu salário. Significa, ainda, mercado de alta capacidade aquisitiva para a produção industrial, não apenas no sentido de atender a necessidades elementares, mas, dotado de poder de compra capaz de adquirir bens de consumo, acima delas. É o que ocorre, na zona de agricultura próspera em que a população se veste melhor, usa calçado, requinta na alimentação, que passa a ser um prazer a mais, em vez de atender apenas à necessidade vital. Neste caso, incentivado pelo lucro, é-lhe possível a melhoria da técnica, de tôda sorte. E como ganha mais, pode tornar-se um bom cliente da indústria. Suponha-se um país dotado de matérias-primas, efetivamente ou em potencial, que possa industrializar-se, como é o nosso caso. As indústrias podem suprir a lavoura de maquinaria de tôda ordem, de fertilizantes e inseticidas. Melhor aparelhados, os lavradores têm possibilidade de aumentar, não apenas o volume de sua safra, mas, o que ainda é mais importante, a sua produtividade obtendo mais cruzeiros por quilo de produto colhido, e assim, adquirir muito além do estrito necessário, para a vida precária de simples subsistência, como ocorre com mais de dois terços da população rural do País . Há ainda outro aspecto em que nem sempre se atenta devidamente, mas que é da mais alta relevância. É o da transformação, no próprio País, da produção agrícoia. Industrializada dentro das fronteiras nacionais, asseguraria certo número de vantagens substanciais, dignas de menção . Suponha-se o caso do algodão, num país sem fábricas de fiação e tecelagem. O lavrador tem de se submeter às cotações do mercado internacional, que nem sempre se ajustam às condições internas, vítima, não raro, das manobras da especulação sem entranhas, que num simples jôgo de bôlsa pode aniquilar o esfôrço de todo um ano de trabalho. No caso inverso, em que há parque industrial capaz de adquirir a produção nacional, apure-se o que representa transformá-lo em fio e tecido. Quanto mais adiantada a indústria mais produzirá em cruzeiros esta mesma quantidade, o que significa salários, impostos, movi­ mentação bancária, tôda a longa cadeia de atividades remuneradoras das transformações da matéria-prima em produtos industriais. As vendas podem operar-se dentro de normas mais justas e equilibradas, assegurados preços em bases menos aleatórias, pois até limitações, visando ao equilíbrio dos mercados, podem ser introduzidas, do que temos exemplo na in­ dústria açucareira . Esta fixação de preços, que é fator da mais alta relevância na produção agrícola, só pode ser praticada na realidade, quando a industrialização se processa dentro do território nacional. De outro modo o sistema importa no sacrifício do consumidor, sem compensações de nenhum grupo produtor. No caso de um país industrial, elas, porém, se estabelecem, dentro de um sistema que às vêzes beneficia passageiramente um grupo, para, na fase seguinte, beneficiar o outro, mas com incontestável vantagem para a economia nacional, como um todo. E as situações podem ser reajustadas, através de providências, oficiais ou não. O Nordeste brasileiro oferece, para muitos de seus produtos, um exemplo típico da AGRICULTURA MAIS INDÚSTRIA 197 subordinação de reg1ao produtora de matérias-primas, na dependência dos mercados situados fora das suas fronteiras . É 0 caso do Ceará, região fornecedora de matérias-primas para indústria: algodão, fibras, óleos, cêras, peles e couros. É uma produção nitidamente colonial. Como a industrialização local é limitada, está na mais estrita dependência da exportação, como quase todos seus produtos estão entre os gravosos, para empregar-se o neologismo tão em uso, isto é, estando os preços inferiores às cotações internacionais, o Ceará luta, dentro do País, com a sêca, e, no estrangeiro, com preços ruinosos. Como sua lavoura de subsistência é insuficiente, tem de adquirir, com o dinheiro da exportação, o charque, carnes enlatadas, feijão, arroz, leite condensado, além de trigo, apenas para citar alguns dos bens de consumo mais indispensáveis. Com a sêca, em que tôda lavoura de subsistência desaparec'e, a situação atinge seu clímax, mas suas raízes profundas estão também em outras causas, das quais o colonia­ lismo de sua economia é uma das mais atuantes . Por isso, só a água não resolveria o problema das sêcas, mas tôda uma série de providências que evitem a depressão cíclica de uma região em permanente desajustamento de produção de preços e de esvaimento de material humano. Mas o problema tem outro aspecto, cujo brutal impacto tivemos de sofrer, na última guerra: o da ausência dos aparelhamentos para a nossa lavoura . Até a enxada e o machado, que continuam como a base instrumental da produção agrícola nacional, atingiram preços incríveis, pois ainda não havia sido criada a respectiva produção dentro do País. A êste exemplo poderíamos adicionar numerosos outros, - o dos arados e outros implementas agrícolas . Será por isso conveniente fixar melhor um dos aspectos mais imperiosos da organização, entre nós, da indústria mecânica em condições de atender ao constante problema da mecanização rural. É sem dúvida auspicioso o número crescente da importação de tratores pelo Brasil. Mas, se atentarmos no número de propriedades agrícolas do Brasil, da ordem de dois milhões, verificaremos o número de tratores já importados, isto é, cêrca de 30 000, e veremos como é ainda insignificante o número dêles, mesmo para o caso de um trabalho permanente e eficiente, o que não ocorre. Talvez estejam nestas condições menos de 50% dos que figuram nas estatísticas. O Dr. João Cleofas, num corajoso estudo sôbre o assunto, em que o Ministro de Estado desmentiu o aforismo de que "otimismo é uma virtude oficial" demonstrou que, no caso de trabalho eficiente de cada trator, teríamos necessidade da utilização, pelo menos, de 70 000, para o trabalho da atual área cultivada. Não se pode, porém, contar com uma revolução tecnológica agrícola, enquanto depen­ dermos do estrangeiro, para suprimento quer de máquinas, quer de seus sobressalentes. A indústria norte-americana dispõe de quotas limitadas de exportação para atender a clientela de 65 países, além do seu mercado interno, cujas necessidades são imperiosas, crescentes e preferenciais . E o nosso País não apresenta condições que justifiquem a criação de tipos especial­ mente fabricados para nós, ao nosso solo e a nossa mão-de-obra. Somos coagidos a adquirir o que existe, e que nem sempre nos serve, e que é entregue quando querem e como entendem os vendedores. E depois, pelas rápidas modificações de tipos de fabrico, quer para atender a aperfei­ çoamentos técnicos, quer por motivos comerciais para forçar a obsolência, não temos facilidade do suprimento dos sobressalentes. Isto cria o drama dos sobressalentes, a máquina paralisada na hora mais angustiante, quando mais dela se necessita. O exército tem conhe­ cimento bem exato dêste drama, mas não sofre nas proporções da agricultura, que só pode lavrar o solo em tempo exato, podendo a paralisação de um trator representar a perda de tôda uma safra. Assim, só a criação, dentro do Brasil, desta fabricação de tipos ade­ quados às nossas condições poderá resolver o problema. Temos, aliás, no País, tôdas as possibilidades para iniciá-la, pela colaboração de nume­ rosas indústrias, de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, cada uma fornecendo uma parte do material necessário, pois o trator é um produto de uma assembly plant. Só assim teremos dado, decisivamente, um passo à frente, neste setor da transformação agrícola, sem receio de falta de sobressalentes e evitada a multiplicidade de tipos, às vêzes inadequados, criando tôdas a sorte de dificuldades de ordem prática. A certeza de aquisição de certo número, pelo Govêrno, asseguraria ao fabricante a regularização da produção, que tem já hoje no aço de Volta Redonda e em breve no aço especial da Acesita os elementos indispensáveis para promover a motorização agrícola do País. Motorização agrícola, digo bem, mas não é tudo de que a agricultura necessita de indústria. Exemplifiquemos: Examine-se uma fazenda moderna adotando técnicas racionais e ver-se-á quanto o seu aparelhamento está na dependência da indústria: além das máquinas agrícolas, de diversos tipos, para lavrar a terra, para semeadura, tratos culturais e colheitas e beneficia- 198 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

mento, as instalações para estocagem dos produtos e o transporte das safras. De outro lado, os fertilizantes, os inseticidas, os produtos veterinários, o material para embalagem da produção . Compare-se esta fazenda, razoàvelmente equipada, com uma propriedade de agricultura rotineira, onde apenas se usa a enxada, o machado e a foice; onde o preparo dos cereais é feito por processos manuais; onde os fertilizantes não são utilizados, nem adotados meios para combater as pragas e o tratamento dos animais, onde o transporte é feito no carro de boi ou no lombo do burro - e ver-se-á como a modernização e rotina estão em estreita correlação com a produção industrial. Assim, sem ela, não podemos sair do mais extremo primitivismo agrícola, como bem disse Euvaldo Lódi, o eminente líder das classes industriais: , "O Brasil não poderá estru­ turar a sua economia, não poderá construir um ciclópico edifício econômico, não estabelecerá uma economia estável, harmônica, arquitetada sem que haja efetivamente uma agricultura desenvolvida, racionalizada como fundamento da riqueza comum . " E para sentirmos a grande ajuda que tem de ser dada pela indústria, recordemos o problema da mecanização agrícola: dois milhões de propriedades, com menos de 20 000 tratores em uso, empregando, em mais de um milhão e meio delas, como instrumento de trabalho, apenas a enxada e o machado, e o caso dos fertilizantes, indispensáveis para a restauração de nossas terras, degradadas por séculos de "mineração". Para o ano corrente, está previsto o emprêgo de trezentas mil toneladas de fertilizantes, incluídas nesta cifra cêrca de sessenta mil tonela~as de calcário, para corretivo. Calculando, grosso modo, 500 quilos de fertilizantes por hectare, teremos que apenas vão ser beneficiados seiscentos mil hectares, área insignificante em face da superfície cultivada do País, que atinge dezoito milhões de hectares. Êstes números na sua singeleza demonstram o enorme papel da indústria, só em maquinaria e fertilizantes, para a modernização rural do País.

DEBILIDADE DO NOSSO MERCADO INTERNO

GRANDE escoadouro da produção nacional será sempre o mercado interno, com cinqüenta e quatro milhões de consumidores, que crescem cada ano, não apenas em O razão do aumento demográfico, mas também pela capacidade aquisitiva das popu­ lações industriais . Mas, se o examinarmos mais de perto - veremos como é grande sua debilidade. Enorme parte de consumidores está em estado potencial . Prova desta situação são o "pé descalço" e a restrita indumentária das populações rurais. Se se generalizasse o uso do calçado, as fábricas dêste artigo seriam insuficientes para atender à nova clientela. A produção anual que em 1930 era de 15 819 000 pares, atingiu em 1949 37 812 000 pares, o que dá um consumo per capita de 0,73 pares. Se cada brasileiro consumisse pelo menos um par anualmente, as fábricas existentes seriam insuficientes para atender a demanda. O mesmo ocorre com o vestuário, cujas estatísticas situam o Brasil como país seminu. Como fortalecer o mercado interno? Não basta propaganda, estimulando o desejo de compra, mas é indispensável dar ao homem possibilidade de satisfazê-lo. Soma enorme de nossos patrícios, mais de 25 milhÕes pelo menos, vivem em regime de subconsumo, isto é, em situação inferior às necessidades vitais de alimentação, de vestuário, de moradia e de higiene a mais elementar. Ê alarmante o número de brasileiros que nunca dormiu em cama com colchão, que nunca calçou um par de sapatos, que nunca teve a noção de tratamentos de dentes, que vive aliás como numerosos milhões de outros sêres humanos, de países superpopulados da Ásia, em permanente subnutrição. O estudo que começou a ser feito, nas diversas regiões do País, mesmo das reputadas mais prósperas, das populações marginais, são de molde a deixar apreensivos os menos avisados e os mais otimistas. Dessa situação têm aliás as fôrças armadas um exemplo alarmante, pelo número de recusas que o serviço militar apura, anualmente, por moléstias e distúrbios de tôda sorte. Outro índice alarmante é o cálculo do que toca a cada brasileiro da produção industrial do País. Apesar de serem incompletos e por isso pouco seguras as nossas estatísticas, admite-se que o valor desta produção industrial é da ordem de Cr$116 000 000,00. Quase tôda ela se destina a bens de consumo, sendo ainda insignificante a produção de bens de capital. Calculado o valor do consumo per capita, encontramos os seguintes números, consi- der ando a população em: 1940 42 000 000 Cr$ 331,10 1950 52 000 000 Cr$ 1 662,51 AGRICULTURA MAIS INDÚSTRIA 199

Ou seja, em 1930, cada brasileiro despendia, com vestuário, calçado, fumo e outros artigos de consumo, de origem industrial, menos de 1 cruzeiro por dia ou exatamente Cr$ 0,90. Em 1950, com preços não deflacionados o dispêndio era, para o mesmo fim, de Cr$ 4,53. Por aí se vê que o nosso mercado interno é de extrema debilidade, pois cada brasi­ leiro só tem atendido um limitado número de necessidades e de modo muito precário, como se vê por êste levantamento, realizado pelo Departamento Econômico do Ccmselho Nacional de Economia, por uma equipe sob a chefia do Prof. Manoel Orlando Ferreira. Assim, vemos, por êste enunciado, traçado em linhas gerais para não enfadar êste paciente auditório com cifras e estatísticas minuciosas, que na organização, ou melhor, na criação de um poderoso mercado interno está o fundamento da nossa expansão industrial. E mercado interno tem de ser conseqüência de agricultura de alto grau de produtividade. Não basta, entretanto, mencionar verdade tão sediça mas é preciso, para completar o panorama da nossa situação industrial, em face da conjuntura agrícola brasileira, estudar os iatôres limitantes da sua produtividade. Poderíamos resumi-los numa única palavra: ROTINA. Rotina compreendida no seu mais amplo sentido: de métodos, de técnicas, de aparelhamento humano e material, cuja ausência ou escassez são a regra na agricultura nacional. É a rotina, assim compreendida que torna a nossa lavoura verdadeira mineração do solo, exaurindo-o pelas colheitas e pelas práticas mais irracionais de trabalho da terra, apressando a erosão: a mining agricultura dos americanos. A sua conseqüência foi a agricultura nômade, itinerante, que destruiu, em quatro séculos apenas de ocupação do território, extensões enormes, em busca sempre de novas jazidas, ainda virgens, de húmus e de materiais minerais nobres, e de que o exemplo mais dramático é o café. Introduzido no País, no início do século passado, a lavoura cafeeira percorreu, arra­ sando as florestas, criando uma prosperidade efêmera, deixando após si não raro cidades mortas, taperas e pastagens fracas, tôda a bacia do Paraíba do Sul, Minas, grande parte de São Paulo e também do Paraná, onde as zonas desbravadas já começam a dar sinais de esgotamento . A vaga cafeeira em 150 anos inundou milhares de quilômetros quadrados das encostas da Tijuca, de onde partiu em 1810, para conquista de imensos territórios, aproximando-se agora dos limites políticos da nação, desbordando para o Paraguai. É, entretanto, desta lavoura de extermínio que dependemos para manter a economia da nação, porque cada automóvel que roda nos campos ou nas cidades representa um pouco de café, com que o veículo foi comprado, e do petróleo que o move . No início da sua cultura, havia a crença da fertilidade sem limites das nossas terras. E o barão-fazendeiro da velha província fluminense, construiu, na ilusão de sua perma­ nência, casas imensas, que algumas são verdadeiros palácios, instalações custosas de beneficiamento, com terreiros, paióis, senzalas, capelas e cemitérios, como se não tivesse de ter fim o rico filão que estava minerando. O Palácio do Catete foi edificado com o café da bacia do Paraíba do Sul, no Município de Cantagalo, que em meados do século passado, detinha, com Vassouras, a hegemonia cafeeira da velha província . A produção era em tal volume que justificou a construção de uma dispendiosa estrada de ferro, a E. F. Cantagalo, que exigiu sistema especial de cremalheira e que é o atual ramal de Friburgo. As fazendas da família S. Clemente, a dos Barões de Nova Friburgo possuíam grandes palácios, de que ressalta pela grandeza e imponência a famosa fazenda do Gavião. Tudo fôra feito para durar eternamente. Entretanto, em menos de cinqüenta anos, a ilusão se desfez ao impacto da realidade. O ramal de Friburgo trafega vazio de carga cafeeira, deficitário como quase tôda a rêde da Leopoldina, criada para o transporte de café, pois a pecuária que substituiu a rubiácea, com pastagens fracas, só permite a exploração extensiva de dois bovinos por alqueire e baixo rendimento. E o café que se bebe hoje na região, outrora centro de prodigiosa lavoura cafeeira, vem do Rio de Janeiro. A riqueza da terra roxa de São Paulo, que era dada como tipo ímpar de solo no Brasil para a cultura do café, também não resistiu à mineração. São Paulo, cujas safras já atingiram 24 milhões, mal se mantém no nível de 7 milhões. E quando dentro de meio século talvez, acabarem as terras novas para café do Paraná, de Goiás e de Mato Grosso, tornando-se, pelo transporte, cada vez mais deficitária a produção cafeeira? Onde iremos buscar dólares para manter o comércio internacional, sem o qual não pode viver uma nação soberana? Jeremias Lunardelli, o atual rei do café, numa entrevista publicada em 1950, num grande jornal europeu, mostrou em sua plena evidência esta temível realidade. Neste sentido, também merecem especial atenção as palavras contidas na Mensagem do Governador do Paraná, em 1948: "Há um ponto sombrio na risonha perspectiva da 200 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

produção do café no norte do Paraná. É que os cafezais do Paraná continuam a ser plantados pelo mesmo processo como foram os de São Paulo e de todo o Brasil, ou seja, pela destruição da floresta virgem para explorar o filão do húmus, sem nenhum cuidado pela sua conservação. As madeiras de lei são aproveitadas em mínima parte e o resto queimado, em quantidades enormes. Essas florestas não são, de modo nenhum, substituídas. E, além de sua perda, há o prejuízo ainda maior, do enfraquecimento acelerado das terras pela erosão, êsse mesmo fenômeno que reduziu a zero os cafezais do Nordeste, os chapadões do Centro e que vai rudemente devastando todo o nosso hinterland. · Se êsse processo continua principalmente nas ferazes zonas do norte do Paraná e do vale do Rio Doce, pouca coisa nos restará em matéria de florestas, dentro de um quarto de século . " I· É imperioso, a menos que queiramos assumir atitude suicida, enfrentar esta situação, encarando-a de frente, como fazem os povos e os indivíduos fortes, sem ilusões e sem buscar falsas soluções. E ela está na larga industrialização agrícola; fazendo passar a nossa agricultura de seu estágio extensivo para o de semi-intensividade. O Conselho Nacional de Economia fêz um levantamento do saldo da produção agro­ pecuária per capita, de 1940-51, para apurar a situação de cada brasileiro, em face desta produção, subtraída a exportação e incorporada a do mesmo gênero importada. Êste levantamento foi realizado, ainda para a população e a área cultivada tomando como número índice, igual a 100, o ano de 1940.

LEVANTAMENTO DO SALDO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA "PER CAPITA" 1940/51

PRODUÇÃO PRODUÇÃO VEGETAL EXPORTAÇÃO ANIMAL

Da Da ANOS produção produção Volume Valor Volume Valor Área animal vegetal físico físico cultivada Volume Volume físico físico

1940 100 100 100 100 100 100 100 1941 102 113 102 111 103 71 81 1942 105 137 101 117 97 82 62 1943 95 156 105 159 107 43 73 1944 92 189 101 219 114 32 97 (1) 1945 92 218 113 247 118 21 92 1946 101 277 123 333 121 39 138 1947 107 315 124 376 123 23 138 1948 117 376 132 439 126 29 160 1949 122 410 134 512 132 22 121 1950 125 447 140 655 138 14 110 1951 133 575 142 711 138 8 137

FONTE: - Anuário Estatístico do Brasil NOTA: - Número índice 1940 - 100 ( 1) - Dêste ano em diante, os dados sôbre a Produção Vegeral, referem-se a 2 9 produtos.

PRODUÇÃO MENOS SALDO DA PRODUÇÃO EXPORTAÇÃO "PER CAPITA"

ANOS Da produção Da produção População animal vegetal média Da produção Da produção animal vegetal Volume Volume físico fisico ------1940 100 100 100 100 100 1941 106 102 102 106 100 1942 108 102 105 103 97 1943 101 107 108 97 99 1944 99 102 111 91 92 (1) 1945 102 114 113 91 101 1945 109 123 116 97 106 1947 118 124 118 100 105 1948 128 131 121 106 108 1949 134 134 124 110 109 1950 139 141 127 110 110 1951 149 142 131 116 108

FONTE: - Anuário Estatístico do Brasil. NOTA: - Número índice - 1950 - 100. (1) - Dêste ano em diante, os dados sôbre a Produção Vegeral, referem-se a 29 produtos. AGRICULTURA MAIS INDÚSTRIA 201

Em 1940, havia, para 100 de população, 100 de saldo per capita de produção animal e vegetal. Em 1951, havia, para 131, 116 de produção animal e 108 de produção vegetal. Ou, traduzindo em palavras, a população cresceu de 100 para 131, enquanto cada brasileiro que dispunha, em 1940, de 100, em 1951 teve respectivamente apenas 116 e 108 - isto é, o número de bôcas aumentou mais depressa que a disponibilidade para alimentá-Ias. O Conselho Nacional de Economia, na sua exposição geral do ano de 1952, demonstra através de cifras, esta situação, que tem suas raízes na rotina: "A feição nitidamente semicolonial de nossa agricultura, ressalta, em sua plena evidência, quando examinada sob o aspecto das disponibilidades energéticas. Grande parte da que é empregada tem, como fonte, o esfôrço muscular, humano e animal. O exame dêste setor explica muita coisa de seu atraso e rotina, e põe em seus exatos têrmos a importância da mecanização, que não deve apenas ser entendida como a utilização de motores de explosão, mas o emprêgo de outras fontes de energia que não a do esfôrço humano. A generalização do emprêgo de tração a sangue deve ser seriamente encarada como um dos instrumentos mais importantes para a revolução técnica que precisamos realizar. O que conta na agricultura moderna não é a produção por hectare (que pode ser muito grande, mas obtida por dispêndio enorme de energia) mas a produção por homem-hora. Tudo que aumenta o rendimento por homem-hora reduz o custo da produção. Para a passagem de uma agricultura de mineração para uma técnico-científica, a larga utilização de energia mecânica é fator decisivo. Daí a importância da eletrificação, embora se tenha de pensar, cada vez mais, dada a dispersão das propriedades, nos motores de explosão para as tarefas de bombeamento d'água, da manutenção das máquinas de beneficiamento de cereais e preparo de alimentos human;:J e animal, e tôda uma série de aplicações que exigem mão-de-obra de utilização temporária e, por isso mesmo, muito dispendiosa e de difícil obtenção." São também da mesma exposição os seguintes conceitos: "Entre os fatôres que mais atuam, negativamente, na produção agrícola brasileira está a semente não selecionada. A redução da produção tem sido, dentro de estimativas conservadoras, calculada entre 20% e 25%. Para exato conhecimento da matéria, vale recordar algumas cifras. Em 1951 nossa produção de cereais e de feijão foi a seguinte: Mil cruzeiros Arroz ...... 5 140 727 Centeio ...... 34 502 Cevada ...... 23 607 Feijão ...... 2 787 559 Milho ...... 6 157 673 Trigo ...... 1037 755

15 181823

Todo esfôrço despendido no preparo do solo, nos tratos culturais com fertilizantes e em outras técnicas de nada valerá, se a semente lançada à terra é inferior, se não germina ou germina mal, ou não é da variedade preferível. Assim - só na produção comercializada de cereais e de feijão - a perda anual é equivalente a Cr$ 3 036 364,60, na base de 20% . Mas é bem maior, pois a produção real de milho, arroz e feijão excede de muito a indicada pelas estatísticas, e a verificada nas pequenas propriedades e na dos colonos vai muito além de 20% . O nosso lavrador vende, em geral, o melhor produto, e reserva para o plantio a pior semente, guardando-a mal, em paióis, tulhas e armazéns abertos, sem expurgo ou proteção de qualquer espécie. A situação é a mesma para outros produtos. Daí, ser avaliado o preJUizo anual da agricultura brasileira, pela utilização da má semente, nas diversas culturas que explora, em Cr$ 5 500 000,00. A êsse prejuízo, que tem como base de cálculo e que deixou de ser produzido, cabe acrescentar outro, de difícil a:9uração e igualmente elevado. É o da baixa cotação do produto, de má qualidade, só conseguindo preços inferiores. Os exemplos são numerosos, na comercialização internacional, de prejuízos causados pela baixa qualidade da mercadoria vendida Ésse fato constitui sério handicap para a exportação de produtos agrícolas. Os resultados verificados nos casos do milho híbrido, cuja produção cresceu 30%, da cana-de-açúcar, do trigo, da batatinha e dos artigos hortícolas, dão a segurança de que, mantidos todos os demais fatôres e métodos de produção, poder-se-iam aumentar, de pronto, de 20% as safras agrícolas, caso houvesse utilização de semente de boa quali­ dade. A sua obtenção é tarefa difícil mesmo nos países de agricultura tecnicamente organizada. É realizada por estabelecimentos especializados, do poder público ou de iniciativa privada. O agricultor, consciente da importância da boa semente, tem interêsse em adquiri-la, embora a preços aparentemente mais elevados. O desperdício na produção agropecuária assume proporções enormes, mas que, tornando-se habituais e rotineiras, quase não despertam a atenção . 202 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

Estudos e observações permitem expressá-Ias em cifras. No setor da agricultura propriamente dita, vale recordar o que foi apurado no Rio Grande do Sul, na lavoura do trigo, onde, pela falta de armazenagem adequada e instalações de beneficiamento, as perdas atingem 11% da safra, ou seja, para uma colheita de 350 000 toneladas, 38 000 toneladas, no valor de Cr$ 95 000,00 (o preço fixado para a compra de trigo ao fazendeiro é de Cr$ 2 500,00 por toneladas). É geralmente considerado que, na lavoura de outros cereais e de leguminosas alimentares, por deficiência de estocagem, as perdas são de cêrca de 20%, chegando a 30% nas pequenas propriedades. Segundo verificação do Instituto Biológico de São Paulo, 30% dos prejuízos causados ao milho naquele Estado provêm dos ataques de insetos a êsse cereal, quando armazenado . A dificuldade não será resolvida apenas com a criação de uma rêde de silos e armazéns, nos grandes centros de produção. Será sem dúvida, auspicioso progresso, cujos resultados são consideráveis. Mas a verdade é que - salvo para o trigo, no Rio Grande do Sul, o arroz nesse mesmo Estado e no Triângulo Mineiro, e para outros poucos casos, onde a técnica e a densidade de produção alcançam feição industrial - a lavoura cerealífera se processa em áreas vastíssimas do nosso território, um pouco por tôda a parte, sobretudo no caso do milho e do feijão. O problema deve, assim, ser pôsto em têrmos de armaze­ namento nos meios rurais, com a modificação de métodos de trabalho. A estocagem, na primeira fase - na propriedade de onde se origina a produção - aparentemente não apresenta dificuldades, já que as colheitas, consideradas indivi­ dualmente, são pequenas. As temperaturas elevadas e a umidade são no Brasil um dos elementos favoráveis à proliferação dos insetos e pragas. O nosso agricultor, em 90% dos casos, não tem tulhas, armazéns e paióis, em condições que permitam o contrôle de pragas, insetos e roedores São sempre espaços abertos, ou recintos onde se apresentam as condições mais favoráveis para a destruição dos cereais. Um sério esfôrço, no sentido de esclarecer o lavrador, sobretudo o pequeno proprietário, da necessidade de adaptação de novo método de estocagem, e também de auxiliá-lo a criar um tipo adequado de paiol onde pudesse aplicar processos de expurgo, teria imediatamente repercussão no aumento das disponi­ bilidades em cereais . Ao lado do desperdício na estocagem de cereais e outros produtos agrícolas, cabe, num estudo sucinto dêsse problema, examinar as conseqüências do que se passa, num dos setores da pecuária - o da industrialização do charque. O abate nas charqueadas do País é de cêrca de 800 000 cabeças. O prejuízo pela falta de aparelhamento adequado é de:

Sangue ...... 2 000 000 kg Farinha de carne 16 000 000 " Farinha de ossos ...... 16 000 000 "

Dos abates nos matadouros municipais, calculando-se sôbre 3 000 000 de cabeças que teriam possibilidade de aproveitamento: Sangue sêco .... 7 500 000 kg Farinha de carne ...... 21 000 000 " Farinha de ossos ...... 45 000 000 "

Para ambas as classes de estabelecimentos, teríamos os seguintes totais: Farinha de sangue 9 500 000 kg a Cr$ 3,00 = 28 500 000 Farinha de carne .. 37 000 000 " " Cr$ 4,00 = 148 000 000 Farinha de ossos 61 000 000 " " Cr$ 2,50 = 152 500 000

329 000 000

Êstes números se referem apenas aos bovinos. O mesmo ocorre quanto aos suínos, dos quais são abatidos seis milhões, tendo apenas um milhão aproveitamento perfeito. O mau trabalho dos cinco milhões restantes, acarreta prejuízos de cêrca de 30 000 000 de quilos de subprodutos ( 6 quilos por cabeça, de farinha de carne, farinha de ossos, cerdas etc.) ou sejam Cr$ 90 000 000 por ano." Êsses números, na sua brutal realidade, explicam muita coisa da "carestia da vida", expressão que encerra no seu bojo todo um mundo de inquietação e desassossêgo, de intranqüilidade que se estende do chefe de família para o grupo familiar, e quando a inquietação se generaliza, se manifesta pelas greves, pios grandes movimentos, de revolta ou de indisciplina, atingindo o clímax com a revolução. Explicam ainda êstes números a necessidade de reajustamento de honorários, orde­ nados e salários, abono e outros meios de atenuar uma crise, que são ilusórios paliativos, pois ela não pode ser corrigida por êsse meio, como também resulta inútil a fixação de preços, o seu tabelamento, porque a escassez de produção tem suas raízes profundas na baixa produtividade da terra, a qual torna a agricultura, produtora de matéria-prima de alimentação, uma atividade precária, exigindo tôda sorte de medidas, muitas das quais constituem terapêuticas sistemáticas e não específicas. É como se a um doente de infecção tífica se desse aspirina para combater a febre. AGRICULTURA MAIS INDÚSTRIA 203

ftXODO RURAL E MIGRAÇÕES INTERNAS , A indústria e o Exército e a escassez de "braços para a lavoura" FREQÜENTE a menção de serem os salários altos da indústria fator dos mais atuantes para o esgotamento do campo e seus melhores elementos, tornando a indústria a E grande responsável pelo êxodo rural. Vemos constantemente repetida esta alegação, que adquiriu de tal modo foros de verdade incontestável, que está incluída entre os slogans que explicam a falta de braços com que luta a lavoura em tantas regiões do País. Não devemos,' entretanto, aceitá-la sem maior exame . Segundo a Sinopse Preliminar do Censo Industrial do Brasil, - era a seguinte a população operária nos seus dois grandes setores, respectivamente em 1940 e 1950.

1940 1950 Nas diversas classes de indústrias ...... 781185 1250 807 Nas diversas classes de serviços ...... 122 150 193 914

803 335 1450 621

1940 1950 População de fato ...... 41 236 315 52 632 577 Aumento de população ...... 11632 577 Aumento de operariado industrial em 10 anos .. 647 286 1940 População ocupada nos estabelecimentos agro- pecuários ...... 10 150 545

Assim, em dez anos, foram recrutados em todo o País apenas 647 286 operários novos, para a indústria, muitos dos quais de origem nitidamente urbana, dada a contribuição de escolas profissionais, à formação especializada, pela aprendizagem nas fábricas, e as próprias condições familiares dos operários que vão encaminhando para êsse setor seus parentes. Enquanto isso, a população do País aumentava de quase doze milhões. O operariado rural, cujo censo, para 1950, não está ainda concluído, deve ter crescido cêrca de quatro milhões. Não tem, portanto, cabimento a alegação de que no Brasil a indústria está despovoando o campo. Outra alegação, também sem base, é a que inclui entre os fatôres do êxodo rural, o serviço militar. É mesmo das mais repetidas, e de tal modo, que as fôrças armadas tomaram providências para pôr cabo a um mal . . . que não existe. Assim, pela Lei n.0 9 500 denominada "Lei do Decreto do Serviço Militar", permitiu-se a dispensa da incorporação, em cada ano, parcial ou totalmente dos alistados em Municípios que possuírem uma das seguintes condições: indústria extrativa de interêsse da defesa nacional; pronunciada atividade agrícola. Quantos homens são chamados para servir nas fileiras do nosso Exército? Não mencionarei os números exatos, colhidos em fontes militares, por um motivo compreensível, mas êles são bem menores que os criados pela imaginação do nosso lavrador, sobretudo os das zonas velhas, que, com a queda de produtividade de suas terras não permitindo salários compensadores, assistem a partida para "zonas novas" dos homens de suas fa­ zendas. De um velho e honrado fazendeiro, a lutar com a falta permanente de braços, ouvi que, só no seu Estado natal, saíam da lavoura para não mais voltar, levados pelo serviço militar, para mais de 100 000 homens todos os anos. E ficou surpreendido quando lhe mostrei as cifras exatas, que não atingiam nem a cinco mil, numa população de cêrca de dois milhões de habitantes. Perguntou-me: "Então para onde foi tanta gente que saiu da minha fazenda?" E deu êle mesmo a resposta: "Já sei, se não foi para o Exército, foi para Volta Redonda!" Na verdade, espalhou-se certa época, pelo Brasil afora, que todo homem que saía da lavoura, ia atraído pelos altos salários do grande centro siderúrgico brasileiro. Tive oportunidade de examinar as fontes estatísticas de recrutamento militar sob seus vários aspectos . Podem ser, sem inconveniente, divulgados, os números referentes aos reservistas das zonas rurais, visto que não voltaram às residências que tinham na época da incorporação. Em 1948 618 1949 499 1950 1830 1951 1495 204 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS ou seja, em quatro anos, o total de 4 442 homens apenas. Foi êste, assim, o número de braços que o exército nacional talvez tenha desviado da lavoura. Aliás, se todos os con­ vocados rurais dos anos referidos tivessem abandonado o campo, mesmo assim teria isso insignificante expressão econômica diante da população adulta· de cêrca de doze milhões de homens que representam o mercado de trabalho da nossa agropecuária. Não existe então o êxodo rural? Existe entre nós, como em todos os países, cujas populações camponesas são as matrizes que abastecem as cidades, quer para o seu cresci­ mento, quer para a renovação demográfica, sabido a baixa natalidade dos citadinos . E são diversas as causas dêste movimento populacional: sociais, políticas, de ordem religiosa etc. Mas entre nós, o fator decisivo é o de ordem econômica: o homem abandona o meio que não lhe permite condições razoáveis de vida. ' É o que, aliás, sempre aconteceu em todos os tempos e em todos os países. Nem tem outro motivo a partida do nordestino de regiões de relativa civilização para as selvas amazônicas; o homem do norte de São Paulo para as regiões bravias das matas paranaenses; do mineiro, para terras incultas de Goiás, etc. Aliás, estudos recentes de amplitude internacional estão demonstrando que o fator econômico prevalece, como causa determinante em 90o/o dos casos. Daí, seja dito de passagem, o aleatório da medida pretendendo estancar o êxodo rural apenas com medidas de caráter social. Entre nós, entre os melhores estudos a respeito, há um livro que vale ser, não apenas lido, mas meditado, escrito pelo nosso maior demólogo, o professor Castro Barreto, que estudou a fundo o problema na sua grande obra Os Problemas de Povoamento e Popu­ lação. Na verdade, há no Brasil grande deslocação de população, migrações internas, cujo exame começa a ser feito em bases científicas, sendo uma das melhores indagações a realizada pelo Instituto de Economia, da Fundação Mauá, hoje extinto e cujo encerramento de atividades foi deveras para lamentar. Estas migrações de regiões empobrecidas para zonas novas, mais ricas, são muito mais perturbadoras que o recrutamento, que faz à indústria ou ao pequeno contingente que até alguns anos atrás, saía do campo, para as fileiras do Exército. O Estado da Bahia e certas regiões de Minas estão perdendo, para Goiás, São Pauló e Paraná e já agora Mato Grosso, cifras enormes de elementos agrícolas, que abandonam a lavoura deficitária e, portanto, de salários baixos, em busca de terras novas. Entre 1872 e 1940, Minas Gerais perdeu 800 000 habitantes, o que não significou apenas uma redução líquida dêste número, mas temos de computar nêles a contribuição para a reprodução, e que não foram apenas para as indústrias do Rio e São Paulo, mas constituem um dos mais importantes elementos desbravadores das regiões novas de Goiás . Note-se, com particular cuidado, esta condição: numerosos dêles são proprietários de "pequena propriedade", que vai sendo apontada como a panacéia milagrosa capaz de remediar a precariedade da produção agropecuária nacional. Outro exemplo é a contribuição permanente que o nordeste semi-árido, mesmo quando não há crises climáticas, quando o êxodo assume proporções catastróficas. Só para o caso do Ceará, a movimentação é calculada, em anos normais, em mais de trezentas mil pessoas. Ainda recentemente, o professor francês Lucien Pauisel que, durante cinco anos, ensinou geografia humana na Faculdade de Filosofia do Recife, num excelente trabalho lido na Associação de Geógrafos Brasileiros, sôbre Pernambuco, pôs em evidência o problema destas migrações internas, do agreste para outras regiões do mesmo Estado e do País, e salientou a importância da destinação agrícola dos que partiam. :Éstes deslocamentos são assim ocasionados pela procura de melhores condições de fertilidade de solo e melhor salário de rurícolas que continuam rurícolas. É que a terra expulsa o homem que não mais o alimenta. Por um dos nossos poetas, foi considerado isso como vingança da "companheira maltratada" - vítima dos erros de uma agricultura de espoliação. A matéria é longa. Cuidá-la, em minúcias, nos levaria muito longe. Vamos fixá-la numa conclusão; é que, não apenas a indústria e o Exército determinam o desequilíbrio do fator energético humano de que dispõe a agricultura nacional, num país em que a população cresce em 1 200 000 pessoas por ano, e cujas matrizes, nas zonas rurais, são de cêrca de trinta milhões. Outra conclusão deve ser fixada: o deslocamento das populações rurais é, sobretudo, conseqüência de agricultura deficitária (de baixo rendimento e de baixo salário) para zonas novas (de fertilidade ainda não esgotada e que permite mais altos salários e, sobretudo, assegura ocupação permanente) . Assim, também sob êste aspecto não há antagonismo entre a industrialização e a agricultura. De outro lado, a industrialização da agricultura, de que é condição a indus­ trialização geral do País permite, mesmo com redução de braços, aumento de produção. O exemplo norte-americano é bem conhecido: diminuição de população rural e aumento de produção agrícola. É que o aumento de produtividade, determinado pelo emprêgo de AGRICULTURA MAIS INDÚSTRIA 205 melhores métodos tecnológicos, determina salários mais altos, permitindo, por isso, reter no campo a mão-de-obra mais qualificada. É, aliás, o caminho que teremos de seguir. Na verdade, quanto mais desenvolvido é um país, menor é a percentagem da mão­ -de-obra dedicada à produção primária, cujo alto índice ocupacional é sinal de baixo índice econômico. É o que ocorre na China, por exemplo, e também entre nós. Não se dispondo de outra fonte de energia, senão o esfôrço muscular, fica restringida a produção: a máquina multiplica a capacidade do homem.

RENOVAÇÃO TECNOLÓGICA - O HOJV,lEM

NDAMOS por montes e vales, procurando fixar os problemas da agricultura brasileira em face da industrialização do País. A Chegamos à conclusão, aliás bem conhecida, de que somos um país em fase pré-industrial. Ela se caracteriza pela coexistência de atividades industriais, que se desenvolvem através de técnicas modernas, na indústria, ao lado do que o professor Kingslay Davis, no seu excelente ensaio sôbre o Mundo em Transição Demográfica, descreveu como illerato agriculturalism que caracterizou o período medieval. Neste estágio social, enquanto a população industrial aperfeiçoa suas técnicas de vida, com melhor habitação, alimentação, vestuário, defesa de saúde, hábito de poupança e, portanto, de previdência, de elevação cultural, através da leitura, do cinema, do rádio, a outra parte da população, que vive na lavoura, "não tem tempo para levantar seus olhos da terra que trabalha". Com os métodos rotineiros, a produção por unidade de área é reduzida, o lavrador não pode viver melhor. Seu baixo padrão de existência torna-o, eco­ nômicamente, um marginal, um elemento inexpressivo, no mercado consumidor. É dêste atoleiro que devemos safar a nossa máquina econômica, naquele belo sonho de Roberto Simonsen, que situava a redenção econômica do Brasil, quando não houvesse limites entre indústria e agricultura, pela alta industrialização de ambas. Mas, tudo isso não poderá ser obtido ou só será realizado com demora e consideráveis prejuízos de tôda sorte, se não cuidarmos, com decidido empenho, da criação do instrumento essencial de qualquer progresso que é o homem, que irá pôr em execução a "revolução técnica" que devemos iniciar com a maior urgência. A nossa formação intelectual foi sempre até aqui eminentemente literária. Nesta Escola - numa excelente conferência, que é, sôbre a matéria, dos melhores trabalhos escritos no País, - o General Macedo Soares, estudando a Indústria BraBileira e Auto-Suficiência Nacional, em junho de 1949, escreveu palavras da maior atualidade, e que devem ser meditadas: "Êsse lapso, na constituição de nossas elites dirigentes, deixou-nos desarmados diante do progresso tecnológico e devemos encarar o problema com tôda energia, se queremos sobreviver e prosperar num Mundo em que a competição entre as nações é áspera e contínua. O progresso tecnológico é, atualmente, a pedra de toque na organização da vida de um povo. Sem ela, não há estrutura econômica sólida possível e, sem isso, não há organização política estável. A primeira preocupação, portanto, deve ser a de dar à Nação uma base econômica, sôbre que ela possa viver e expandir seus meios de vida digna e proveitosa, em que a todos é facultada a aspiração de progredir intelectual e materialmente." A formação de homens, com base científica e tecnológica, é, sem dúvida, como bem assinala o grande brasileiro, criador de Volta Redonda, um dos problemas de base e dos mais urgentes, pala a sobrevivência nacional. Neste sentido, a famosa definição de Pitágoras, de que "o homem é medida de tôdas as coisas", a "homomensura" tão discutida sob outros aspectos, é uma verdade incontestável. Sobretudo, para a agricultura, a situação é premente. Não temos, na verdade, técnicos, de diversos graus e tipos, em quantidade e qualidade suficiente para a tarefa de renovação tecnológica dêste importante setor da economia nacional. É insuficiente o número de escolas e cursos, e as que existem, por circunstâncias várias, cuja menção exorbitaria do temário destas considerações, são freqüentados por número insignificante de alunos. Dois exemplos, apenas, porão em plena evidência esta inópia tecnológica . O Ministério da Agricultura, que tem de ser, por definição, o grande propulsor dessa renovação, dispõe, para atender a dois milhões de propriedades rurais, e às necessidades de um rebanho de cento e doze milhões de animais, apenas de 800 agrônomos e 300 vete­ rinários. Ainda mais insignificante é o número de auxiliares dêsses dois tipos de profis­ sionais. E se não fôsse fugir demasiado ao temário destas considerações valeria examinar a conveniência de promover, nas populações rurais, o preparo ativo, para sua integração eficiente como elemento produtor de técnicos para vida mais higiênica, do que cuidar de alfabetização de adultos e mesmo de crianças, cuja formação intelectual, não raro, constitui um motivo até de desajustamento com o meio, mais um fator de êxodo. Sobreviver com saúde é mais importante que saber ler. É êste, aliás, o pensamento de Alberto Torres. 206 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

Ainda neste sentido, quero fazer um caloroso apêlo aos oficiais do Exército Nacional, para que examinem a grande colaboração que pode ser dada pelo desenvolvimento das granjas militares, localizadas nas diversas regiões do País, onde o conscrito, além do rudimento da profissão militar, adquiriria tôda uma valiosa' cópia de conhecimentos em matéria de maquinarias e de processos aperfeiçoados de lavoura e pecuária. Sem sair do meio, receberia uma aprendizagem da mais alta valia, melhorando-o como agricultor. Nenhum maior serviço poderia prestar o Exército para organizar a chamada retaguarda econômica, que participar, dêste modo, para a renovação da tecnologia agrícola, pela valorização do homem rural. Vale repetir: passando pela aprendizagem das granjas militares, o egresso da fileira adquiriria, sobretudo, outra mentalidade. Temos o exemplo do que o SENAI e o SESI estão fazendo no campo da indústria. O que o Exército poderia, em colaboração com o Serviço Social Rural, realizar para modernização da nossa agricultura teria o mais benéfico dos resultados. Urge, porém, concluir. A matéria é de vasta e de extrema complexidade, por isso que apenas puderam ser explorados alguns de seus aspectos, mas que permitem tirar conclusões, capazes de traçar diretrizes para uma POLÍTICA.

Estas conclusões são: a) - a disputa entre o destino agrícola ou destino industrial do Brasil é uma tese superada; b) - o Brasil tem de ser uma nação industrializada, no mais alto grau, inclusive por motivos de defesa nacional; c) - o Brasil só poderá atingir a um grau elevado de industrialização quando tiver um grande, rico e bem organizado mercado interno; d) - a organização dêste mercado está na estreita dependência da retaguarda eco­ nômica, que é uma agricultura de alta produtividade; e) - para atingir êste objetivo, tem de ser combatida a rotina, isto é, criada uma agricultura industrializada; i) - agricultura industrializada importa no apoio, cada vez maior, de uma indústria organizada e diversificada, capaz de atender às múltiplas exigências de técnica em ma­ terial e produtos; g) - sem agricultura industrializada e indústria altamente desenvolvida, não poderá nossa Pátria atingir sua plena emancipação econômcia. Temos, assim, que o problema econômico do Brasil se equaciona em têrmos de "AGRICULTURA MAIS INDÚSTRIA", somando valores, criando uma única corrente de atividades, fôrças com mesmo sentido e direção, capazes de assegurar, cada vez mais, a grandeza do Brasil.

BIBLIOGRAFIA

MACEDO SOARES E SILVA - A Indústria Brasileira e a Auto-Suficiência Nacional (Con­ ferência proferida, em junho de 1949, na Escola do Estado Maior do Exército). CASTRO BARRETO - Problemas de Povoamento e População - Política Populacional Brasi­ leira. Ed. José Olímpio. CONSELHO NACIONAL DE ECONOMIA - Exposição Geral da Situação Econômica do Brasil - 1951 e 1952. CAIO PRADO JÚNIOR - História Econômica do Brasil - Ed. Brasiliense Ltda. - 1949 2.a ed. SOCIEDADE RURAL BRASILEIRA - Anais das Mesas Redondas do Algodão e do Café e da Conservação do Solo - 1948/1949. ALIM PEDRO - O Seguro Social. A Indústria Brasileira. O Instituto dos Industriários - 1950. ASSOCIAÇÃo COMERCIAL DO RIO DE jANEIRO- Anais do I Congresso Brasileiro de Economia, 1943. ROBERTO SIMONSEN Aspectos da Política Econômica Nacional - 1935. As Financas e a Indústria 1931. • ERNEST HAMBLOCK - Relatório sôbre as Condições Econômicas e Financeiras do Brasil. - 1925. EUVALDO LÓDI - A Indústria e a Economia Nacional - 1949. HUMBERTO BASTOS - O Pensamento Industrial no Brasil - 1952. EDGAR THOMAS - Introduction to Agricultura! Economics - ed. Nelson Agricultures Series. ]AMES E. PRESTON -A Geography oi Man - ed. Gun and Co. N. Y. KINGSLAY DAVIS - The World Demographic Transition, in Annals oi the Amerícan Academy oi Political and Social Series - January, 1945 - p. 1-11. AGRICULTURA MAIS INDúSTRIA 207 ------

INDÚSTRIAS DE BENS DE CONSUMO

1940 1950

Cr$ 1 000 Cr$ 1 000

ESPÉCIES Conservação Conservação Aparente Aparente Pro~ Impor~ Expor~ Pro- Impor- Expor- dução tação tação dução tação tação Per I Per Total Capita* Total Capita* Cr$ Cr$ ------~------~------

Metalurgia 987 168 534 977 959 1 521 186 36,22 8 074 834 1 470 615 48 177 9 497 272 182,64

Papel e papelão 274 409 108 003 350 382 062 9,10 2 141 698 294 443 787 2 435 344 46,83

Borracha 87 533 14 941 246 102 228 2,43 1 651 479 38 620 1871 1 688 228 32,47

Química e farmacêutica 1 424 016 290 814 7 173 1 707 657 40,66 8 856 884 1 173 760 65 826 9 964 818 191,63 Vestuário, calçado e arte- fatos de tecidos 729 792 4 133 280 733 645 17,47 4 662 119 2 777 170 4 6C4 726 89,71

Têxtil 3 562 316 55 639 30 289 3 587 666 85,42 19 309 611 319 185 367 900 19 258 896 370,36

Produtos alimentares 4 927 324 588 485 355 157 5 160 652 122,87 33 822 742 973 J 20 709 658 34 086 204 655,50

Fume 265 715 133 1 314 264 534 6,30 1 529 879 21 279 1 529 818 29,42

Bebidas 408 410 38 232 83 446 559 10,63 3 251 252 81 807 1 806 3 331 253 64,06

TOTAIS 12 666 683 1 635 357 395 851 13 096 189 331,1() 83 301 498 4 354 545 1 196 469 86 450 559 1 662,5

* A população, para efeito de cálculo do consumo per capita, era: { ~~ ~~~g. ~~ ggg g~g (Êste levantamento foi feito pelo Departamento Econômico do Conselho Nacional de Economia, pelo Prof. Orlando Fer­ reira, Olavo Miranda e Waldir Wanick)

íNDICES DA PRODUÇÃO DA INDúSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO - 1939-1950

INDÚSTRIAS 1939 1940 1941 1942 1943 1944 1945 19<6 1947 1948 1949 1950 ------Metalúrgicas 100 127 141 145 158 177 168 248 308 391 463 594

De material de transporte 100 121 139 48 16 17 49 139 219 291 363 367

De transformação de minerais não metàlicos 100 103 160 153 185 207 221 255 257 304 351 379

Do papel 100 108 115 120 113 125 127 140 153 168 194 222

Da borracha 100 159 258 282 343 341 492 549 538 623 761 902

De óleos e graxas vegetais 100 123 165 113 125 164 147 123 123 168 171 190

De couros e peles 100 100 102 105 94 80 85 98 105 114 117 119

Têxteis 100 96 111 120 153 151 143 152 143 153 160 175

De calçados 100 103 107 108 122 140 157 163 129 160 176 170

De produtos alimentícios 100 107 111 109 106 105 105 122 130 139 146 149

De bebidas e estimulantes 100 101 98 97 102 127 155 183 182 196 188 215

Editoriais e gráficas 100 99 106 83 95 104 114 134 139 144 163 162

Subtotal de indústrias de transfcr- mação 100 105 117 112 124 130 135 157 162 184 201 218

FONTE: Números índices do Desenvolvimento Físico da Produção Industrial no Brasil, 1939-1950. (Gustaaf F Loeb - Consultor-técnico do Instituto Brasileiro de Economia). BASES ECOI\TÔMICAS E SOCIAIS NA FORMAÇAO- DAS ALAGOAS

MANUEL DIÉGUES JÚNIOR

RETENDENDO estudar os fundamentos econômicos e soctats das Alagoas, é preciso examinar_, de início, entre os elementos que condicionaram a formação do hoje P Estado, a participação do elemento geográfico propriamente dito. A situação geo­ gráfica das Alagoas se, por um lado, facilitou a penetração e a ocupação do território, indicando as diretrizes do povoamento, atraindo os homens povoadores, por outro, constituiu um grande impecilho ao seu desenvolvimento. Isto porque, por sua posição geográfica, Alagoas se coloca sob a influência de duas grandes fôrças, Pernambuco e Bahia, os dois centros principais da vida colonial, que naquele tempo absorviam tudo, e conseqüentemente retiravam ao nosso território capacidade para aproveitamento de possibilidades e ampliação de seus recursos. O povoamento, partindo de Pernambuco, alcançou Alagoas através das vias fluviais. Os rios e seus vales permitiram a fixação das correntes povoadoras e sua expansão para o interior. Pôr to Calvo, Alagoas (atual Marechal Deodoro) e Penedo, os três centros da vida alagoana nos primeiros tempos da colonização, devem em grande parte sua importância - e deveram, evidentemente, sua localização - à situação topográfica em que foram fundadas, em pontos-chave em relação às vias fluviais. O primeiro núcleo fundou-se ao norte, à margem do Manguaba; Alagoas, ao centro, junto à lagoa do Sul; e Penedo, no São Francisco, no limite sul da Capitania duartina. Foram êstes os três focos iniciais da formação econômica e social das Alagoas, os pontos de partida de onde se irradiou o povoamento e se expandiu a atividade agrícola. De Pôrto Calvo os povoadores ocuparam os vales do Manguaba, do Camaragibe, do Santo Antônio, enquanto que, das Alagoas, a vila primitiva que recebeu modernamente o nome de Marechal Deodoro em homenagem ao filho ilustre que ali nasceu, penetram pelo Mundaú e pelo Paraíba. Penedo foi o ponto de partida da penetração pelo São Francisco e os vales de seus afluentes, nem sempre perenes, de onde o povoamento conquistou o medi­ terrâneo, utilizando já não a cana-de-açúcar, mas o criatório, o gado, cuja criação se alastrou pelas margens são franciscanas. Quando teria sido fundado Penedo? Há dúvidas a respeito. Acredita-se que Duarte Coelho, primeiro donatário, teria visitado a região e lançado os fundamentos da vila, como ponto de defesa do extremo sul de sua Capitania; isto em 1545 provàvelmente. Nenhuma documentação, todavia, o comprova; entretanto, nada contribui para negar a possibilidade desta viagem, sobretudo em face de referências, vagas embora, na correspondência de Duarte Coelho . Em 1695, com a extinção dos Palmares, deu-se a penetração para o centro, a partir de Atalaia, que foi o foco da luta contra os negros e que havia sido ocupada através do vale do rio Paraíba . As origens econômicas das Alagoas ligam-se à posição dêstes vários focos de povoa­ mento. Em Penedo, a fixação se fêz com base na pecuária, tendo por origem um pequeno povoado de defesa da Capitania criado justamente no ponto de penetração mais fácil - o vale do São Francisco. Com exceção dêste caso, foram sempre os canaviais que consolidaram a ocupação dos diferentes vales, através dos engenhos, responsáveis, realmente, pela fixação do colonizador. Esta expansão colonizadora, originada de Pernambuco, que a não ser no caso particular de Penedo teve por móvel principal a cultura canavieira, encontrou, nas Alagoas, regiões naturais bem diversificadas. Mas o canavial sustentou a ocupação humana, na margem litorânea, nos vales a que nos referimos. Aí se sedentarizaram os grupos humanos seduzidos pelo trabalho agrário da cana-de-açúcar. Para um conhecimento melhor das condições regionais procuraremos aqui dar uma idéia da divisão do território alagoano em áreas naturais ou zonas fisiográficas. A nossa sugestão foge um pouco da divisão oficial, muito embora se aproximem. A meu ver podemos distinguir, nas Alagoas, quatro grandes zonas fisiográficas, a Zona Litorânea, a da Mata, a do Sertão e a do Vale do São Francisco . A Zona Litorânea, que abrange tôda a faixa costeira das Alagoas, banhada pelo Atlân• tico, é baixa, arenosa, bem regada por numerosos rios e riachos; possui terrenos próprios para a plantação de coqueiros, algumas jazidas minerais ainda não devidamente exploradas.

R.B.M -2 210 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

O clima é quente, consideràvelmente modificado, porém, pelos ventos do mar; salubre, embora apresente alguns casos de febre intermitente. Esta Zona pode ser subdividida, de acôrdo com as feições próprias de cada trecho, em quatro sub.zonas: a) a dos pequenos rios (Municípios de Maragogi e Pôrto Calvo), caracterizada pelos rios de pequeno porte: o Persinunga, o Jacuípe, o Paus, o Maragogi, por exemplo; b) a dos grandes rios (Muni­ cípios de Pôrto de Pedras, Passo d~ Camaragibe e São Luís do Quitunde), cujo traço marcante na paisagem é a presença de grandes rios, por onde se fê.z a penetração: o Manguaba, o Camaragibe, o Santo Antônio, e, um pouco menores embora, o Tatuamunha, o Santo Antônio-Mirim etc.; c) a das grandes lagoas (Municípios de Maceió, Rio Largo, Marechal Deodoro, Pilar e São Miguel), onde dominam as grandes lagoas de Mundaú ou do Norte, Manguaba ou do Sul e Jequiá; e, finalmente, d) 'uma última subzona, a das pequenas lagoas ( Coruripe e Piaçabuçu), caracterizada pela existência de numerosas pe­ quenas lagoas, tais como Poxirn, Timbó, Escura, Niquim etc. A presença no litoral alagoano, ora de pequenos rios ou lagoas, ora de grandes rios, convidando à penetração e à agricultura, teve grande influência no tipo da ocupação humana da faixa litorânea. Assim os vales férteis facilitaram a expansão da cultura canavieira e, na faixa costeira arenosa, estende­ ram-se os coqueirais . A Zona da Mata segue-se, para o interior, à Zona Litorânea, estendendo-se cêrca de 25 léguas. Corresponde às encostas meridionais da Borborema, onde, graças à presença de solos férteis, se desenvolveu uma cobertura florestal que caracterizou a região. Embora atualmente devastada, a Zona da Mata ainda está perfeitamente individualizada, pois as condições do solo e umidade aí reinantes favoreceram o desenvolvimento agrícola da região com a cultura canavieira e também a do algodão. É um vasto tabuleiro, consideràvelmente acidentado por numerosos vales de erosão, mais ou menos largos, em várias direções, levando as águas dos rios principais que desaguam no Atlântico; regada pelos rios principais, seus afluentes, é própria para as culturas agrárias e, em parte, para o gado . O clima é tropical, bastante modificado pela elevação e pelas matas, havendo lugares que experimentam frio à noite. Condições salubres. É o habitat propício à cana-de-açúcar; o algodão encontrou igualmente excelentes condições nesta Zona. Na terceira Zona fisiográfica das Alagoas, ou seja, a do Sertão, pode-se distinguir duas paisagens bem definidas: a caatinga, nome que lhe aplico embora sujeito a ressalvas, e as serras. O que comumente se conhece por Sertão nas Alagoas compreende, na verdade, além da caatinga propriamente e das serras, tôda uma faixa de transição entre a caatinga e a mata. Abrange o que chamamos caatinga os Municípios de :Limoeiro de Anadia, Anadia, Arapiraca, Palmeira dos Índios e Quebrangulo. Por não pertencerem à Zona da Mata são sumàriamente considerados sertanejos. Aliás, a importância crescente da lavoura nestes Municípios, inicialmente dedicados à pecuária, vem comprovar esta afirmação. O que chamo, talvez impropriamente, caatinga, mas até que estudos mais pormeno­ rizados me permitam dar-lhe denominação mais adequada ou exata, é a continuação do grande tabuleiro da mata, sem, porém, a vegetação luxuriante desta. O solo é plano, com alguns sulcos por onde correm os rios que das serras vão desaguar no litoral ou no São Francisco. O terreno é, em grandes faixas, próprio à criação; por vêzes lhe falta a água necessária, o que é menos uma condição física insanável que a falta de recursos e de providência de particulares e dos Governos. É uma subzona propícia também para a cultura do algodão e dos cereais, sendo que êstes têm tido aí algum desenvolvimento. Quanto à subzona das serras, formada por cordilheiras de pequena elevação, nunca superior a 300 metros, apresentou outrora vasta floresta, hoje quase inteiramente devastada. O terreno é acidentado. A serra se torna favorável à cultura agrária, aí em franco desen­ volvimento com gêneros de subsistência. Há, porém, sensível deficiência de comunicações. O clima tropical é amenizado pelos ventos e pela neblina que refrescam a terra; a salubri­ dade excepcional; ausência de moléstias endêmicas. Algumas jazidas minerais aí se encontram, mas não são exploradas ainda. Compreende esta subzona os Municípios de Água Branca, Mata Grande, Major Isidoro e Santana do Ipanema. Por seu clima mais úmido, permitindo a existência de matas e de solos mais profundos, as serras constituem verdadeiro oásis no chamado sertão alagoano . Os Municípios ribeirinhos do São Francisco formam uma Zona caracterizada pela presença do grande rió; é por isto a Zona fisiográfica São-franciscana ou do São Francisco. Êste é que dita as condições de vida nesta região, povoada inicialmente por criadores de gado - um dêles o célebre Belchior Álvares Camelo, dono de grandes sesmarias no ter­ ritório alagoano marginal ao rio - mas que hoje está voltando-se para a lavoura de vários cereais, em uma parte, e particularmente para a de arroz, nas baixadas úmidas próprias para seu cultivo. Abrange os MuniCÍpios marginais do grande rio, de Penedo para cima. Voltando aos fundamentos da economia alagoana, pode-se dizer que, antes do domínio holandês,' a região apresentava urna grande diversificação econômica. Apenas cumpre lem­ brar nem sempre coincidiam as áreas econômicas daquele tempo com as atuais. Um relatório de 1630 nos fala da riqueza econômica daquele território, que vivia em função do grande centro que já era então Pernambuco. Dizia Adriano Verdonk, neste seu relatório de 1630, antes pois da ocupação holandesa nas Alagoas, que o gado criado ao longo do BASES ECONÔMICAS E SOCIAIS NA FORMAÇÃO DAS ALAGOAS 211

São Francisco era destinado ao abastecimento do Recife. Das Alagoas também saíam, com destino ao Recife e outros centros de consumo vizinho, peixes secos, mandioca, cereais e, ainda, fumo. Da mandioca produzida no território alagoano se fabricava também farinha, gênero de grande consumo pelas populações do Recife e de outros núcleos tanto pernam­ bucanos como alagoanos . E de grande uso mesmo pelos próprios holandeses invasores e dominadores do Recife. Quanto ao fumo, é interessante observar a localização da área fumageira naquela época, que não corresponde, aliás, à da atual. O centro fumageiro era então Barra Grande e, segundo consta, em relatório de Carpentier, já do domínio holandês, o fumo desta localidade era o melhor da região. Também Antonil, quase um século mais rtarde ( 1711), diz que o fumo alagoano era vendido a 30 e 40o/o a mais que o de outra~ procedências, "por ser melhor o tabaco". Verificamos, portanto, confrontando as áreas de cultivo de fumo em nosso território, que tanto no norte, em Barra Grande, cpmo no centro, em Arapiraca,, atualmente, é possível desenvolver-se uma excelente produção fumageira. A variedade dos produtos então cultivados enriquecia o território, servindo para abastecer os centros vizinhos dedicados exclusivamente à cultura canavieira. Com a restauração, em 1654, estendeu-se às Alagoas o domínio da monocultura açucareira. Ao fazer esta afirma­ tiva, longe de mim a idéia de ter sido esta influenciada pela situação política; ou, em particular, pela volta do domínio português. Foram, sim, as próprias condições de vida colonial que determinaram um maior desenvolvimento da cultura .canavieira. Primeiro, porque esta propiciava rendimentos mais elevados, e segundo porque havia mister incre­ mentar a produção para fazer frente à concorrência do produto das Antilhas, cujo progresso se verificara justamente com o deslocamento de judeus do Nordeste para aquela área da América Central. Sabe~se que levaram êles técnicas de produção de açúcar no Brasil, fôrmas de açúcar, mestres de açúcar, e a expansão do produto das Antilhas entrou nos mercados importadores do Brasil, em face de perturbação oriunda das lutas restauradoras em nossos engenhos e canaviais. Assim, restaurado o domínio luso, tornou-se necessário desenvolver, quase exclusivamente, a produção para recuperação dos mercados de consumo. Incrementou-se e manteve-se, desta forma, a monocultura da cana como a primeira atividade agrícola nas Alagoas, verificando-se a decadência da lavoura dos outros produtos. Pôrto Calvo, Alagoas e Penedo eram as três vil(ls por onde se podia medir o desenvolvi­ mento econômico da região. Em 1710 a criação da Comarca une territorialmente a área sob influência destas três vilas, os focos demográficos e sociais de onde se originaram as correntes de povoamento das Alagoas. No século XIX, em 1817, consolida-se a unidade territorial, com a formação da Capitania, mas a Comarca continua a representar a base daquela unidade, que se diversifica em 1833, com a criação de quatro Comarcas, já então constituída a Província. A unidade primária, não só nas Alagoas como em outras Capitanias, em todo o Brasil, foi, sem dúvida, a Paróquia. As vilas se dividiam em paróquias, e nesta residia a base da vida social, das relações entre pessoas e entre grupos . Era a unidade para recenseamentos . A contagem de pessoas, de fogos, de engenhos, de tropas de linha, se fazia com base na paróquia. Era a unidade social; a ela concorriam as famílias nas festas religiosas ou pro­ fanas. Era a unidade política; nela se processavam as eleições para as Câmaras, esco­ lhiam-se os homens bons para a administração e a representação. Era, sobretudo, a unidade espiritual; congregava os fiéis, reunia-os, mantinha-os na fidelidade dos sentimentos reli­ giosos. Nas sucessivas reorganizações da vida brasileira, a Paróquia foi pouco a pouco sendo relegada, e está hoje esquecida. Mas notável foi o papel por ela realizado entre nós, como unidade, de onde se irradiou, projetando-se, a vida social, a política, a espiritual. A distinção das áreas econômicas atuais das Alagoas mostra-nos as possíbílídades de desenvolvimento que seu território apresenta. Não chegaremos a considerar área econômica como área cultural, dentro do conceito de Franz Boas, isto é, entendendo-se como tal a zona de um território que apresenta identidade de condições geográficas e econômicas e semelhança de cultura material. Entretanto, poderíamos fazê-lo. São realmente áreas em que predomina a influência de um elemento econômico; em tôrno de uma atividade básica vivem as populações. Daí não ser muita a distância para a caracterização de área de cultura, pois as zonas que pretendemos delimitar caracterizam-se, em grande parte, pela existência em suas áreas de elementos geográficos e pela base econômica que marca a vida de cada uma. A vida humana em cada área por nós estabelecida está realmente ligada ao que a economia lhe propícia . Estas áreas econômicas a meu ver são as seguintes, que a seguir passaremos a apreciar embora resumidamente: I - área do coqueiro; II - área do açúcar, com uma subárea do algodão; III - área dos cereais; IV - área do arroz; V - área do fumo; VI área do algodão; VII - microárea pastoril. Estendendo-se pela faixa litorânea deve distinguir-se, de início, a área do coqueiro, que ocupa uma mancha de terra, à beira do mar, de todos os Municípios litorâneos e todo o de Píraçabuçu. As atividades humanas aí dependem da exploração do coqueiral: coleta dos côcos, indústrias domésticas, baseadas no emprêgo do côco nos doces, na utílízação da palha do coqueiro etc. É o côco o principal produto no Município de Piaçabuçu, e nas faixas litorâneas dos demais Municípios. 212 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

Segue-se a área do açúcar, abrangendo os Municípios de Maragogi, Pôrto de Pedras, Passo de Camaragibe, São Luís do Quitunde, Maceió, Rio Largo, Marechal Deodoro, Pilar, São Miguel, Coruripe, Pôrto Calvo, Colônia Leopoldina, Murici, Capela, Atalaia, São José da Laje, União e Viçosa. Tudo aí gira em tôrno da cultura da ·cana e do fabrico de açúcar. Encontram-se situadas nesta área as grandes unidades produtoras - as usinas de açúcar - bem como os canaviais, quase absorvendo a terra, dominando imperialmente a vida agrícola. Homens e coisas dependem do açúcar, sobretudo nos quinze primeiros Municípios citados. Em alguns dêles, como é o caso de Maceió, de Rio Largo, de Pilar, encontra-se atividade industrial têxtil. Todavia, a predominância do açúcar, mesmo em Rio Largo onde se con­ centra o mais importante centro têxtil do Estado - as fábricas da Cia. Alagoana de Fiação e Tecidos - é de grande extensão. Apesar de que, 'é bom ressaltar, a indústria têxtil é o ramo que mais concentra operariado. Segundo o censo de 1950, a fiação e tecelagem de algodão, nas Alagoas, contava uma ocupação média mensal de 8 072 operários, enquanto a fabricação de açúcar de usina, de açúcar instantâneo e de rapadura somavam tão só 4 240 operários . Dentro desta área, de predomínio do açúcar, nota-se a penetração de uma faixa algodoeira, compreendendo São José da Laje, União dos Palmares e Viçosa, e também o Município de Anadia, onde não há cultura de cana. Embora os preços altos do açúcar dêem maior riqueza, a cultura do algodão representa uma contribuição para maior equilíbrio, verificando-se disseminação da propriedade. De fato, embora aquêles três Municípios se dediquem bàsicamente à cultura da cana e ao fabrico de açúcar, possuindo inclusive importantes usinas, observa-se que a cultura do algodão encontra aí excelentes condições. No censo agrÍcola de 1950 eram Municípios que apresentavam grande número de proprie­ dàdes - 3 004 em Laje, 6 594 em União, e 2 858 em Viçosa; fato, saliente-se, que contrasta com o fenômeno verificado nos Municípios exclusivamente ou quase exclusivamente açu• careiros, como os demais desta área que possuem sempre pequeno número de propriedales. A área dos cereais - e aqui queremos esclarecer que, sob a designação genérica de cereais, se incluem, em nosso conceito regional, além do milho e do arroz, o feijão, a mandioca, a batata etc. - compreende os Municípios de Quebrangulo, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, Major Isidoro, Mata Grande e Água Branca. Aí cultivam feijão, mandioca, milho, batata etc. para abastecimento local e das áreas vizinhas. A expansão da policultura nestes Municípios tem sido muito grande nos últimos anos. As possibilidades de desenvolvimento destas culturas de subsistência verificaram-se, principalmente, quando, a partir de 1942, se incrementou a formação, no Estado, de uma rêde de cooperativas de produção, graças à obra realizada por Barreto Falcão, nome que declino sempre com grande saudade e grande estima. Esta rêde formou-se, não o nego, sob um certo "dirigismo", talvez um pouco produto da época; mas se deixarmos de lado êste aspecto, e nos concentrarmos na observação de seus resultados, verificaremos que êstes foram positivos. Comprova-se a necessidade de um estímulo direto governamental para o incremento das atividades agrárias. Formou-se, em base na rêde cooperativista, um sistema de conjugação de esforços, de tríplice cooperação: da Secção do Fomento Agrícola, chefiada por outro saudoso companheiro e querido amigo, que foi Lauro Montenegro, um paraibano que se enamorou das coisas das Alagoas e deu ao nosso Estado o melhor de sua inteligência, de seu trabalho, de seu descortino, através de uma obra que continua resistindo, firme, magnificamente iniciada; a Divisão de Cooperativismo, sob a direção de Barreto Falcão; e a Comissão de Abastecimento, no momento por mim chefiada, na qualidade de ocupante do cargo de Diretor-Geral do Departamento Estadual de Estatística, que então exercia. E por feliz coincidência está presente a esta reunião o grande animador daquelas atividades, o então interventor e hoje senador Ismar de Góis, cujo depoimento sôbre as possibilidades de incremento de nossa agricultura de subsistência poderá ser ouvido . A produção de cereais foi assim grandemente incrementada, a ponto de abastecer não somente o Estado, como também muitos Municípios de Estados vizinhos, e até do Rio Grande do Norte. Disso posso dar testemunho. Nos arquivos do D.E.E. encontrar-se-á a documentação que comprova o fato de havermos contribuído, numa hora grave para o Brasil, em plena luta contra o eixo totalitário, para o abastecimento de zonas diretamente ligadas à defesa nacional. Fato ainda que merece ressaltar-se é a transformação das atividades do criatório em atividades agrárias, verificada em grande parte desta zona. Municípios como Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios, Quebrangulo eram primitivamente dedicados à criação de gado que aí encontrava excelentes pastagens. Mas fatôres diversos levaram a essa mudança, e terras antes pastoris se reservaram às culturas agrárias, sobretudo de subsistência. É um fenômeno que merece mais aprofundado exame, infelizmente impossível de ser feito no momento, sem elementos suficientes para sua análise e interpretação . A quarta área é a do arroz, cuja cultura caracteriza a zona do Baixo São Francisco, sendo êste cereal o produto dominante nos Municípios de Penedo, Igreja Nova, Pôrto Real do Colégio e Traipu, graças às condições geográficas especiais das lagoas e vales dos afluentes do São Francisco. A cultura do arroz aí se faz propiciamente, sendo a fertilidade mantida anualmente pelas cheias do São Francisco. A área do fumo compreende o Município de Arapiraca, onde os solos de condições físicas peculiares e o clima apropriado permitiram o desenvolvimento da cultura do fumo, BASES ECONÔMiCAS E SOCIAIS NA FORMAÇÃO DAS ALAGOAS 213

de dàta, aliás, recente. O produto óbtido é de ótima qualidade, sem resultar, todavia, de influências adventícias; quero dizer, é local, não decorreu da aplicação de amostras de fumo de outras zonas . Surgiu aí a produção de charutos de excelente qualidade, segundo testemunho de alguns fumantes exigentes. Mas esta produção nã? teve ainda o estímulo que deveria receber, e tanto assim que, segundo informações, tem tendido a declínio, em conseqüência da exportação, em grande quantidade, da matéria-prima de charutos da Bahia. A área do algodão é caracterizada pela cultura dêste produto nos Municípios de Pão de Açúcar e Piranhas; é certo que a produção total desta área é muito inferior à da zona mista da lavoura canavieira e algodoeira. Mas a cultura dessa malvácea aí constituiu a principal base econômica da população. E temos, por fim, uma outra área, que chamo microárea pastaril, localizada em Jacaré dos Homens, no Município de Pão de Açúcar. Desenvolveu-se nessa área uma indústria de laticínios, sobretudo a partir da década de 40, complementando o criatório. Jacaré dos Homens era um povoado, onde se mantinha criação de gado leiteiro, porém, reduzida, e o leite apresentava valor muito baixo. Instalada, sob estímulo de organização cooperativista, a fábrica de laticínios em Jacaré dos Homens, desenvolveu-se ativamente a criação e valorizou-se o leite. Novas fábricas se fundaram nas vizinhanças, em Batalha, em Sertãozinho, por exemplo. Assim foi possível melhorar o gado leiteiro, aumentando-lhe o rendimento e valorizando-se a produção. O plantio da palma, nessa área, representou um grande estímulo ao fomento da criação refletindo no próprio desenvolvimento industrial. A palma se constituiu um elemento civilizador, transformando a paisagem da caatinga e criando novas condições de vida com o incremento do criatório, em bases melhores, e da produção de laticínios. Queijo, leite e manteiga de Jacaré dos Homens vendem-se em Maceió e em vários Municípios alagoanos; e durante o período de guerra foram exportados para Estados vizinhos, pela falta do produto do sul. Da enumeração das várias zonas econômicas atuais das Alagoas, pode-se concluir que a estreiteza de seu território não tem sido um fator de limitação; ao contrário: deve considerar-se um estímulo à diversificação de economia regional, que tão boas condições propicia. E daí se deduzirá igualmente que Alagoas não é essa coisa geogràficamente vaga que o romancista colocou na bôca de um de seus personagens. O desenvolvimento de novas áreas agrícolas como a dos cereais, a do arroz e a do fumo, tem tido conseqüências profundas para o Estado, pois muito contribuiu para a fixação demográfica. É que estas atividades produtoras se baseiam na propriedade média ou pequena, permitindo a condensação da população em condições estáveis. Não há dúvida que o açúcar e o engenho foram os grandes fixadores da população nos primórdios da colonização. Com o tempo, os latifúndios foram sendo subdivididos por herança, cessão de terras para pagamento de dívidas ou para ereção de novos engenhos, etc. Já no século XIX o engenho não correspondia mais ao que chamaríamos uma grande propriedade, e sim a uma propriede.de de tamanho médio. Foi bom que isto tivesse acon­ tecido, pois contribuiu êste tipo de engenho, propriedade média, para assegurar uma situa­ ção de equilíbrio na vida regional, que perdurou até os começos do século XX. Um único engenho, em Pôrto Calvo, ainda conservava, em nossos dias, sua extensa área de outros tempos, sendo por isso mesmo conhecido como "sesmaria". Pouco a pouco foram os engenhos sendo absorvidos pelas usinas. Estas representam o grande desenvolvimento técnico que viria reerguer a economia açucareira. Do ponto de vista fundiário, a usina contribuiu para a absorção de propriedades médias e pequenas e a reunião de extensas áreas. Desapareceram, em conseqüência, numerosas unidades produ­ toras, transformadas em propriedades apenas para plantio e fornecimento de cana à usina. Voltou-se, com a aglutinação da propriedade, à situação dos tempos das sesmarias, com o domínio, na área canavieira, das grandes propriedades monocultoras, com pessoal assala­ riado numeroso e pouco estável. Nas zonas de fumo, arroz e cereais, domina, ao contrário, a propriedade pequena ou média, esta sobretudo que é um fator de equilíbrio e de estabilidade. Tem concorrido para a fixação demográfica, prendendo a população que trabalha pelo mais fácil acesso à posse da terra. Ao que tudo indica, parece poder-se comprovar que dessas áreas pequeno é o contingente de emigrados que sai, por vias internas ou marítimas, para o sul do País, engrossando a população dos favelados do Distrito Federal. Se até aqui me referi tão só à vida agrícola, não quer isto dizer que não disponhamos de possibilidades industriais. Temos algumas, e bem boas. O que falta é apenas um estí• mulo maior às atividades que resultem em desenvolvimento industrial. Possuímos um parque industrial em que predominam as indústrias alimentares com 556 estabelecimentos e um capital aplicado de 297 3 76 mil cruzeiros. Para êste total concorre a indústria do açúcar com 148 estabelecimentos e o capital de 273 627 mil cruzeiros, ou seja, quanto ao valor dó capital, 95% do total do grupo. Dêste modo se verifica que, excluída a indústria açucareira, a mais importante é realmente a têxtil por isso que compreende 108 estabelecimentos com o capital de 156 534 mil cruzeiros. Ocupa 10 367 operários, quando tôda a indústria de produtos alimentares tem apen3s 6 621 operários. No valor da produção, a têxtil, ela só, é quase igual a todo o grupo de indústrias alimentares, ou seja 358 773 mil cruzeiros, na­ quela, contra 393 150 mil cruzeiros, nestas. 214 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

A indústria de fiação e tecelagem se iniciou em 1857, com a criação da Companhia Mercantil, no povoado Fernão Velho . Desenvolveu-se na segunda metade do século XIX, com a criação de novos estabelecimentos, sobretudo as fábricas da Companhia Progresso Alagoano e da Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos, mais tarde fundidas em uma só emprêsa sob êste último nome. Individualizando certos grupos de indústrias podemos ainda citar a de óleos vegetais, com um capital aplicado de 17 470 mil cruzeiros, a de beneficiamento de algodão, com o capital de 8 193 mil cruzeiros, a de fabricação de pão e produtos de padaria, com o capital de 7 417 mil cruzeiros, a de beneficiamento de arroz, com o capital de 4 475 mil cruzeiros, a de fabricação de tijolos, telhas etc., com o capital de 3 646 n:til cruzeiros, a de fabricação de fubá e farinha de milho, com o capital de 3 069 p1il cruzeiros, a de torrefação e moagem de café, com o capital de 2 781 mil cruzeiros, e outras ainda de pequeno porte, embora de significação pelo emprêgo dado à população. É o caso da fabricação de farinha de mandioca e polvilho, que, tendo apenas um capital aplicado de 264 mil cruzeiros, ocupa 615 operários, número superior ao de trabalhadores no beneficiamento de arroz, fabricação de tijolos, fabricação de sabão etc. É preciso considerar as nossas indústrias, não por sua importância no quadro nacional, mas pelo que representam na vida regional, pelo que proporcionam ao nosso homem de trabalho, pelo que concorrem para a prosperidade do Es~ado. Ressaltar sua presença na economia do Estado é principalmente fazê-lo neste sentido: o de sua importância regional. Apesar das possibilidades que apresenta, e de que procurei dar aqui um panorama muito geral embora, cumpre salientar que luta o Estado com certas dificuldades, oriundas de deficiências que lhe tolhem o progresso e perturbam o ritmo normal de seu desenvol­ vimento. É o que sucede com os transportes e as vias de comunicações, por exemplo; são ainda deficientes, precário o nosso sistema rodoviário, insuficiente a rêde ferroviária. Os próprios rios e as lagoas que poderiam ser excelentes vias de transporte, ressentem-se de dificuldades. No São Francisco encontramos, por exemplo, o problema de sua barra. De localização instável, pelas coroas que forma, em conseqüência dos ventos que a açoitam, a barra do São Francisco tem criado dificuldades à navegação em suas águas . Outrora, até tempos não muito distantes, navios a vapor transpunham a barra e iam até as proximidades da cachoeira de Paulo Afonso. Penedo era pôrto visitado por navios de grande calado, e até recentemente por vapores da Companhia Baiana. Hoje está quase abandonado, e com a construção da estrada de ferro até Pôrto Real do Colégio, está descolocando-se para esta cidade o eixo econômico do Baixo São Francisco . Também o rio São Miguel, que poderia ser uma das mais importantes vias de transporte no Estado, é perturbado, nas proximidades de sua foz, pela presença de uma grande pedra que impede a navegação . Além desta pedra, também a existência de balsas dificulta o tráfego, fato, aliás, já assinalado por Espíndola, em sua Geografia Alagoana. A lagoa do Sul, ou Manguaba, vem de maneira muito rápida perdendo sua capacidade de navegação. Em 1860 o imperador Pedro II foi a Pilar em navio a vapor; hoje nenhuma embarcação pode navegar no Manguaba, a não ser canoa, único meio de chegar-se ao Pilar por via lacustre. Se êstes, e ainda outros que a estreiteza de tempo não me permite minudenciar, são fatôres de natureza regional, a dificultarem o desenvolvimento do Estado, outros já são de caráter geral, superando a própria capacidade da população alagoana para removê-los . É o que sucede com a estrutura agrária. Trata-se de problema geral, não peculiar ao Estado, influindo na precariedade das condições econômicas regionais . Já nos começos dêste século, em estudo a respeito da estrada de ferro de penetração para a área da cachoeira de Paulo Afonso, pela qual se bateu através de sucessivos artigos de jornais, meu pai assinalava que a propriedade tem sido mal aproveitada no Estado. E salientava que êsse mal aproveitamento era oriundo da "extensão enorme de cada propriedade, pelo sistema feudal de culturas rotineiramente seguido pelos lavradores" . As condições de exploração agrária no Estado, de fato, se prendem ainda a condições rotineiras e retrógradas . O censo de 1950 encontrou no Estado um total de 51960 estabelecimentos agropecuários, ocupando uma área de 1 520 353 ha. A maior parte desta área, ou 459 864 ha ( 30,24%), era conservada inculta; 393 864 ha, eram de matas. A lavoura ocupava uma área de 281 823 ha ou 18,54%, sendo que 251433 ha de lavoura temporária e o restante de lavoura perma­ nente. A área ocupada por pastagens ultrapassava à das lavouras, chegando a 297 778 ha. Em relação à extensão dos imóveis, temos a seguinte distribuição:

EXTENSÃO DOS IMÓVEIS (ha) Número Área (ha) Área média (ha)

Até 50 ,,, 47 645 334 882 7,0 De 50 a 200 ... 2 968 282 056 95,0 De 200 a 1 000 1 150 489 573 425,7 Mais de 1 000 195 413 662 2 121,3 TOTAL...... 51 958 1 520 173 29,3 BASES ECONÔMICAS E SOCIAIS NA FORMAÇÃO DAS ALAGOAS 215

A simples enunciação dêstes números evidencia a forte concentração de propriedade verificada nas Alagoas. Enquanto 47 645 propriedades, ou 91,70% do total, com menos de 50 ha, ocupam 334 882 hectares, 1 345, ou 2,59%, com mais de 200 ha, ocupam uma área de 903 235 ha, que representam 59,42% da área total dos estabelecimentos agropecuá­ rios . Se isolarmos as propriedades com mais de mil hectares, verificamos que são apenas 195, mas detêm o domínio de uma área de 413 662 ha, somente inferior à área ocupada pelas propriedades entre 200 e 1 000 ha. Passando à apreciação da área média por estabelecimento verificaremos que ela cresce à proporção que cresce também a classe de extensão do imóvel. De fato, na classe de imóveis até 50 ha, a área média é representada por 7,0 mas na classe seguinte - de 50 a 200 ha - ascende a 95,0. Todavia, o crescimento se vai ac~ntuar na classe de 200 a 1000 ha, quando a área média é de 425,7, para evidenciar a concentração na classe de imóveis com mais de 1 000 ha, onde a área média atinge a 2 121,3. Seria inútil, diante dêsses números, qualquer comentário a mais, tão clara se mostra a tendência de concentração da propriedade nas Alagoas . Se estudarmos particularmente a distribuição da propriedade pelas Zonas fisiográficas (divisão oficial do C. N. G. ) , ainda mais ressalta o fenômeno da concentração fundiária. Em quaqro abixo encontram-se os respectivos ddos que permitem o conhecimento dêsse aspecto das condições atuais da exploração agrária nas Alagoas. Ainda outras deficiências na estrutura atual de nosso Estado se poderiam apontar. Apesar dessa dificuldade, a riqueza em potencial nas Alagoas pode ser aferida pelas condições ·de seu solo, com uma diversidade de recursos minerais, pela variedade de produtos que podem ser explorados, pela capacidade de trabalho do seu homem, construindo só, quase abandonado, o que aí está. A ociosidade que muitos vêem em nosso homem do campo, aquela preguiça que é antes doença, tem sua razão de ser. Já em 1862 um presi­ dente da Província, Dr. Antônio Alves de Sousa Carvàlho, antevia nisso menos uma ocio­ sidade que a circunstância de morarem êsses trabalhadores em terra alheia, que não oodem cultivar, sujeitos a abandoná-la, de trouxa às costas e a filharada atrás, a qualquer mo~ento.

AREA DOS IMÓVEIS Número (h a) ZONAS Classes de de FISIOGRAFICAS ârea dos imóveis (ha) imóveis Total Média por imóvel

~-~------~------~------~

Até 50 6 003 37 570 6,2 De 50 a 200 555 52 831 95,2 Litoral De 200 a 1 000 350 169 885 485,3 Superior a 1 000. 90 173 034 1 922,6 1 TOTAL 6 998 433 320 61,9

Até 50 13 343 79 729 5,2 De 50 a 200 692 71 036 102,6 Mata. De 200 a 1 000 408 170 350 417,5 Superior a 1 000 63 104 837 1 664,0 1 TOTAL 14 506 415 952 28,6

Até 50 19 515 162 710 8,3 De 50 a 200 1 001 87 771 87,6 Sertaneja De 200 a 1 000 194 75 343 388,3 Superior a 1 000 7 10 573 1 510,4 1 TOTAL 20 717 336 577 16,2

Até 50 1 616 15 877 9,8 De 50 a 200 159 15 987 100,5 Baixo São Francisco De 200 a I 000 54 21 124 431,1 Superior a 1 000 13 35 207 2 708,2 1 TOTAL 1 842 88 195 47,8

Até 50 7 168 48 996 6,8 De 500 a 200 561 54 431 97,0 Sertão São Francisco De 200 a 1 000 144 52 871 367,1 1Superior a 1 000 22 90 011 4 091,3 TOTAL 7 895 246 309 31,2 VALORIZAÇAO - INTELECTUAL DO MUNICÍPIO

NILO PEREIRA

UMA época em que tanto se fala em municipalismo, com uma constituição que é, sem dúvida, a mais municipalista das Constituições, e quando aqui nos reunimos para N celebrar os vinte e cinco anos de emancipação dêste Município de Ribeirão, ocorre-me falar-vos de um outro municipalismo, o da Literatura. E que não é menos importante, de certo, do que qualquer outro. Pois se o municipalismo é uma consciência da valorização de nossas Comunas, como integrantes da organização nacional, não vejo como se entenda o Município sem a ampla e definitiva manifestação de tôdas as suas atividades de recu­ peração, inclusive a atividade cultural. Atividade nada desprezível, embora se possa dizer que o melhor é realizarmos o nosso destino econômico, ainda e sempre nebuloso, pois, quanto mais exaltamos as nossas possibilidades, num velho e já surrado porque-me-ufanismo, mais a realidade escapa ao alcance de nossas mãos. E mais nos sentimos precários, instáveis, vacilantes. É típico o exemplo de Paulo Afonso, se realmente precisamos de exemplos para mostrar a nós mesmos que, num verdadeiro El-Dorado do lirismo nacional, temos vivido momentos de uma aspereza e de um desencanto invencíveis. Na verdade, ficamos assom­ brados ao travar contacto com Paulo Afonso, com o desperdício que tem sido todo êste dilatado tempo de não aproveitamento racional da energia hidrelétrica. Tudo aquilo a constituir apenas um espetáculo de beleza e de encantamento que a nós outros, de raça latina, tanto nos arrasta ao devaneio! Quando o jornalista e escritor Abel Bonnard estêve em Paulo Afonso, ocorreu-lhe uma interpretação que é, tipicamente, o comportamento de diferentes estados d'alma diante da prodigiosa riqueza econômica e também estética que ali campeia . Três homens de formação diversa imaginou-os o jornalista a contemplar Paulo Afonso: o francês, a dizer ditirambos sôbre a beleza da cachoeira, que é, realmente, um espetáculo telúrico de sedução e de arrebatamento; o indu, numa atitude muito sua de interiorização poética; e o norte-americano a perguntar: - "Quantos cavalos de fôrça estão os brasi~ leiros perdendo por dia, aqui?" A verdade é que todo êsse lirismo já não tem no nosso espírito a mesma ressonância; embora não nos devamos desapegar inteiramente das formas líricas da vida. Das formas ingênuas, que ainda são um refúgio e um alento. Pois, no dia em que o homem houvesse perdido o sentido poético da vida, ter-se-ia abismado no mais feroz negativismo, que é aquê!e com que renunciamos ao poder de recorrer à fantasia, ao sonho, à quimera O que equivale a dizer: a ilha interior que há em cada um de nós, que nos permite, como dizia Eça de Queiroz falando da geração do seu tempo, "plantar uma tenda em cada estrêla". Creio que já é tempo de assinalar, se não em cada Município, pelo menos em vários dos nossos mais importantes Municípios, o surto literário que vem caracterizando, antes de mais nada, o amor à terra. Êsse amor que é a face mesma do nosso provincianismo; e sem o qual, de resto, não poderíamos resistir à tentação dos meios maiores. Até parece um fenômeno que certos intelectuais permaneçam heroicamente na sua província. E que permaneçam com tanto amor que êles sejam a própria província, na sua fisionomia mais típica, mais particularmente representativa de uma ecologia políticS:, literária, econômica e social. Não ac,redito que haja quem consiga desenraizar Gilberto Freyre do seu retiro de Apipucos; co~o não acho que exista um milagre capaz de arrancar de Natal o meu amigo Luís da Câmara Cascudo; nem de separar do seu velho Diário de Pernambuco o incorrigível recifense que é Aníbal Fernandes; ou de sua solidão quase claustral de Duarte Coelho o escritor Luís 'Delgado. E, todavia, êsses homens são tão nacionais quais aquêles outros que registraram seus nomes nos cartórios literários do sul do País Porque o provincianismo, com e·efito, nada tem de um isolamento de uma ausência, de uma negação. Êle será, antes, uma maneira de integração no todo nacional.

* Conferência pronunciada em Ribeirão, Pernambuco. 218 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

Nesse todo que é constituído de uma admirável diversidade, quase de uma disparidade ou mesmo de uma contradição, como a se mostrar incompreensível e chocante ao entendi­ mento de nossa unidade espiritual e cultural.

Mas, êsse provincianismo se entretece da excelente contribuição que lhe traz 0 sentimento municipalista, o sentimento vivo do valor local, que se multiplica no valor re­ gional da província, numa afirmação esplêndida do esfôrço construtivo em que todos nos empenhamos, no sentido de uma revalidação de nós mesmos . E nisso não vai nenhuma atitude de egoísmo ou de absenteísmo. Nem também de separatismo, como se chegou a pensar quando Gilberto Freyre lançou, há vinte e cinco anos, o seu Manifesto Regionalista, agora reeditado. Pareceu a certos espíritos dados naturalmente a assombrações e duendes que Per­ nambuco tentava um movimento separatista; e por pouco o então presidente da República, o sr. Artur Bernardes, não teve que tomar providências para resguardar a unidade nacional ... E por que isso? Acaso a regionalismo divide, separa, fragmenta? Da maior evidência que não . O regionalismo é apenas uma feição, um aspecto, uma particularidade nessa diversidade brasileira de espíritos e de caracteres. E é também um movimento de revalorização da região, que não se torna apenas representativa quando se representa, lá fora, pelos valores culturais que envia ou que exporta, mas, também, pelos valores que permanecem provin­ cianamente, apaixonadamente fiéis ao seu meio. O mesmo acontece com os Municípios que não se fazem dignos de nota apenas porque remeteram para o Recife ou outros grandes centros urbanos as suas expressões de inteligência e de sensibilidade; mas, também, porque as conserva radicadas ao seu cenário emocional. Ou, se não as conserva deliberadamente, pois muito estímulo falta e muita injustiça se comete, ao menos encerra uma mensagem que pela sua importância ecológica se faz irresistível. Penso que já dissemos bastante de nossas possibilidades econômicas, de nossas riquezas ou de nossas necessidades . É certo que temos sempre falado num deserto, como estranhas vozes que ou se fazem otimistas em excesso ou pregam catástrofes que não chegam a impressionar os distantes ouvidos de uma Federação sempre surda aos reclamos mais dramáticos da nossa gente mais ou menos entregue à própria sorte. O certo é que, de uma ou de outra maneira, temos registrado a nossa presença no complexo político brasi­ leiro por uma tenaz resistência, que não é apenas física e econômica, mas também intelec­ tual e moral. E de tal modo que não valemos tão somente pelo que produzimos, mas pelo que fazemos no terreno de uma reconquista cultural que nos vem possibilitando um conhecimento mais exato dos nossos problemas e ansiedades. Não me cabe dizer, aqui, de que modo haverá o Município de levar por diante êsse plano de recuperação espiritual, ao lado do plano de reorganização econômica em que se baseia mais direta e propriamente o nosso municipalismo. Um municipalismo, que, afinal de contas, deixou de ser um movimento de fachada para se afirmar, já agora, pelo menos na sua configuração jurídico-constitucional, como uma consciência do papel das nossas Comunas na realização objetiva do princípio federativo que nos rege. Um muni­ cipalismo, repito, que vai perdendo, é certo que aos poucos, seu sentido eleitoralista primário, sua forma individualista em proveito do grupalismo econômico e social, que representa. Em proveito da organização comuna! como tal entendida, da qual não predominem os ranços do patriarcalismo político, mas as aspirações nítidas e legítimas do povo. Do povo no seu melhor sentido que não é o demagógico nem o eleitoralista. Os Municípios vão formando, nessa ordem de princípios, os seus líderes, que não são apenas aquêles homens, na verdade dignos do nosso melhor respeito, que souberam construir a riqueza municipal e souberam encarnar as aspirações de progresso local; mas, êsses outros que empunham a pena, que valorizam a inteligência, que discutem nos jornais de sua cidade problemas de interêsse imediato do povo: escritores, ensaístas e jornalistas, que podiam estar integrando, muitos dêles, as redações dos grandes diários recifenses. Êsses intelectuais, que fazem a chamada imprensa matuta, realizam uma das mais interessantes aspirações do municipalismo legítimo; são êles que, geralmente sem ambições políticas, embora não apolíticos, pois a política é um fenômeno envolvente, projetam os problemas de sua terra e de sua região; e se nisso há por vêzes alguma paixão essa, de certo, não será outra coisa, senão o amor que se exagera no culto mesmo do Município. Mas, do Município encarado não como privilégio de castas e categorias sociais, e sim como a conquista viva e cotidiana de ideais cotidianos e vivos do povo; e quase sempre da região. Notei, com satisfação, que, no último Congresso das Municipalidades, realizado em Pernambuco, em 1949, o problema cultural não foi desprezado no estudo que se fêz, não raro amplo e até definitivo, da nossa vida comuna!. Lembro, a êsse respeito, a contribuição de José Césio Regueira Costa, intitulada "Ins­ talação de Serviços Acessórios à Melhoria da Cultura das Populações do Interior", publicada no volume I dos Anais do aludido Congresso, Césio nos pinta, com um realismo às vêzes toldado de pessimismo, o quadro dessa vida comuna!, com os problemas que a VALORIZAÇÃO INTELECTUAL DO MUNICÍPIO 219 afligem - a doença, o pauperismo, o abandono mesmo, o desconhecimento da "técnica racional do tratamento do solo e da criação de riquezas agrícolas", o bairrismo negativista dos chamados donos-da-terra, a falta de assistência médica, enfim todo um cortejo de males acumulados, pelos quais é muito fácil responsabilizar os Governos, quando tudo isso, somado, não é mais do que um chamamento a tôdas as iniciativas de recuperação - as de cunho oficial, de certo, mas também as de cunho particular. Tudo isso é do nosso conhecimento íntimo; é a própria ambiência em que vivemos, a braços com múltiplas dificuldades, de que começamos a cuidar mais vivamente, com o nosso municipalismo mais chegado à realidade; e animado pela consciência intelectual dos que batalham pelas mesmas soluções - dos que pedem a assistência devida ao homem do interior, como pedem também que, ao lado dela se dê ao , povo com as bibliotecas populares, com uma instrução mais disseminada e mais adaptada ao meio, melhor conhe­ cimento de seu destino e do seu papel na restauração da vida nordestina. A nossa gente tem uma disposição natural para o progresso. Depois de acentuar, no seu já citado trabalho para o Congresso das Municipalidades, as dificuldades que entravam a cada passo o desenvolvimento das nossas populações do interior, exclama Césio Regueira Costa como a mostrar que tudo depende da iniciativa, da fôrça prodigiosa da vontade que venha a lançar nos Municípios, as bases do movimento de cultura, que há de soerguer o padrão-de-vida do nosso hinterland: - "Todavia, quanta reserva de boa vontade, quanta plasticidade nessa gente, quanta inteligência. Como sabem adaptar-se às funções mais diversas, como têm espírito inventiva, como têm uma larga capacidade para resistir, para sofrer!" Penso que essas palavras hão de soar no vosso meio, exatamente porque o que desejo demonstrar é que, pela valorização da cultura local, conseguimos, realmente, levar por diante, antes mesmo que o municipalismo fôsse uma campanha de larga envergadura, o movimento de compreensão do papel dos nossos Municípios na organização estatal. O municipalismo não é apenas a riqueza da Comuna, a base econômica e social em que assenta essa riqueza, a qual, muitas vêzes, e pela situação que temos ocupado na Federação brasileira, não tem passado de uma possibilidade. O capítulo da história muni­ cipal que estudará, um dia, detidamente o sacrifício da Comuna pernambucana em face da União, será longo e dramático. "Se nos detivermos em algarismos, dizia o ex-governador Barbosa Lima Sobrinho no discurso com que instalou o Congresso das Municipalidades, realizado na sua administração, teremos de certo motivo para estranhar a situação de fragilidade de nossos Municípios, em face da arrecadação pública. O grande beneficiário da arrecadação é a União, que soube reclamar as melhores fontes de receitas do País, o impôsto de importação, o de consumo e o impôsto sôbre renda". A quem se deve o grito de justiça que tantas vêzes se ergueu contra a espoliação de que somos vítimas? Somente aos homens da indústria e do comércio que, nos Municípios, lutam tenazmente pelo progresso local e pelo desenvolvimento das possibilidades econô• micas do meio? Não seria uma injustiça negarmos aos intelectuais do Município - ao jornalista, ao ensaísta, ao escritor, ao juiz de Direito, ao vigário, ao promotor público, à professôra - a participação que têm - viva, direta, atuante, - na valorização das nossas Comunas? Sou dos que intensamente admiram a atividade da nossa chamada imprensa matuta. Dessa imprensa que nunca chegou a se projetar propriamente no Recife, mas tem, de fato, uma irradiação regional indiscutível. Dessa imprensa quase anônima, de pioneiros e luta­ dores quase anônimos, feita de idealistas e de patriotas, com as suas paixões, é certo, mas com uma fôlha de serviços aos interêsses municipais tão relevantes que esconder a sua contribuição seria negar à inteligência o papel que desempenha na organização e desen­ volvimento da comunidade . Se eu vos disser, falando, como estou, na cidade pernambucana de Ribeirão, que os vossos esforços e lutas espirituais se somam, pot' exemplo, na atividade jornalística de um Alcides Nicéia, para citar apenas um nome entre outros tantos que podiam ser igualmente citados, acredito que esteja refletindo o vosso sentimento. Porque vós sabeis, com efeito, que o debate honesto e desinteressado dos problemas é a melhor maneira de os resolver. Ou pelo menos de os encaminhar. Uma coisa quero que fique aqui patente: nós outros, que estamos longe de vós, não desviamos um instante sequer a nossa atenção do vosso labor. Conhecemos bem a atividade dos homens de pensamento e de sensibilidade que, no interior do Estado, realizam uma obra de profundo sentido provinciano. Lemos atentamente os vossos trabalhos. E ficamos a dever a Mauro Mata e a Samuel Soares o grande serviço que prestaram à cultura per­ nambucana, revelando pelo Suplemento do velho Diário de Pernambuco os munici­ palistas que lutam por um verdadeiro municipalismo, e não por um municipalismo eleito­ ralista, de promessas mirabolantes às vésperas dos pleitos; e os intelectuais que nas suas Comunas constroem o seu mundo à imagem e semelhança da terra onde vivem e à qual 220 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

têm sabido consagrar as melhores emoções da inteligência e do espírito. É êsse trabalho silencioso, bravo, cheio de fecundas paixões, que eu louvo no momento em que um Muni­ cípio pernambucano - Ribeir~o - celebra os vinte e .cinco anos de sua emancipação. No momento em que vos reums sem aparato, sem esnobtsmo, sem obcessões de primasia para dedicar o vosso pensamento aos problemas que, aqui como por tôda parte, afligem ~ nossa alma, diante, vale repetir, da situação de flagrante injustiça em que se encontra Pernambuco, dando tudo à União e quase nada recebendo! Deixai que vos recorde, nesta altura, o que dizia em discurso de saudação ao ex-presidente Eurico Dutra 0 então gover­ nador de Pernambuco, o sr. Barbosa Lima Sobrinho, a propósito de tal injustiça: - "Permita-me, pois, que lhe diga - salientava o ex-goyernador - que Pernambuco apresenta uma série de problemas, resultantes do fato de vir êle fazendo, pela União, mais do que poderia legitimamente fazer. No decênio de 1936 a 1945 - e não vou a outras fases pela certeza de que o fato não se alteraria na sua substância - a União arrecadou em Pernambuco 1 556 331 000 cruzeiros e aqui despendeu apenas, nesse mesmo decênio, 380 137 000 cruzeiros. Um saldo, pois, a favor da União de 1178 194 000 cruzeiros. Pois nesse mesmo período, o saldo obtido em todo o Norte pela União é de apenas 728 675 000 cruzeiros, isto é, 61 por cento de saldo de Pernambuco. Chega a parecer inacreditável que o saldo obtido pela União em nosso Estado exceda, de tal forma, o que ela consegue em dez unidades federativas, isto é, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Bahia". Eis um quadro que vos lembro hoje, menos pelo desejo de toldar os vossos espíritos com o pessimismo de tão grave constatação num dia de festas e de entusiástica celebração do que para mostrar que o nosso dever, diante de nós mesmos e dos nossos interêsses vitais, é o de meditarmos profundamente no nosso destino. O municipalismo do nosso tempo, tendo embora os seus excessos - os excessos da descentralização, podendo configurar uma autonomia municipal desregrada e até funesta - se baseia em dados concretos e palpi­ tantes que não esfriam, de certo, na linguagem estatística. Porque esta linguagem, longe de ser fria, é calorosa; e sobretudo dramática pela eloqüência que encerra, mostrando que somos ainda uns enteados no regime federativo, como se tem visto, sobretudo, por ocasião das implacáveis estiagens, durante as quais a luta de sobrevivência, de tão isolada e heróica, chega a constituir uma epopéia. Mas, na hora em que nos reunimos para festejar a emancipação dêste Município, apreciando o papel que aos intelectuais cabe no soerguimento dos valores e das riquezas locais, o que nos compete, de certo, é renovar a nossa confiança no esfôrço isolado, mas fecundo, que desenvolvemos ao menos pma não sucumbir ao pêso de tantas dificuldades e de tantas injustiças. As nossas constatações são, na verdade, as mais graves. Se nos vol­ tamos, por exemplo, para o sertão, para a tragédia da estiagem inclemente, para "o mar­ tírio secular da terra", o que nos ocorre repetir, depois de mais uma experiência tão dolorosamente vivida, são aquelas palavras de Euclides da Cunha, com que assinalou, em Os Sertões, o tremendo destino ecológico que persegue: - "O heroísmo tem nos sertões, para todo e sempre perdidas, tragédias espantosas. Não há revivê-las ou episodiá-las. Surgem de uma luta que ninguém descreve a insurreição da terra contra o homem". Será essa "insurreição da terra contra o homem" um episódio peculiar apenas ao sertão devas­ tado pela estiagem? O agreste, a caatinga, a zona da mata sofre por igual o mesmo guante do implacável castigo climático, mesmo porque não é mais possível, de resto, restringir os efeitos da sêca apenas ao sertão. Êsse fenômeno se estende, no seu complexo econômico e humano, a tôdas as zonas e condições da vida pernambucana. E deixa tais vestígios, através daquelas "tragédias espantosas" da expressão de Euclides, que todos nós, homens de todos os quadrantes e situações, nos sentimos comprometidos no mesmo drama pungente. Mas, estamos reagindo contra o insulamento do Nordeste. E aí é que situo o trabalho dos nossos municipalistas e ensaístas, jornalistas e escritores da província, homens da pena e do pensamento, que não fazem menos pelo meio adverso e esquecido do que aquêles outros que tiram da terra as riquezas que ela ainda é capaz de fornecer Quem poderá desprezar o fator intelectual na restauracão de nós mesmos? Quem poderá dizer que sem os intelectuais é possível construir uma de~ocracia econômica, tanto quanto construímos uma democracia social e política? É admirável, por isso, nesse episódio histórico da emancipação e cresci­ mento das Comunas, a contribuição dos que, empunhando a bandeira das legítimas reivin­ dicações municipais, afirmam os valores da inteligência e da sensibilidade na luta denodada pela fixação dos nossos padrões-de-vida e de cultura . A verdade é que há, no Brasil dos nossos dias, uma ansiedade de renovação pelo trabalho persistente e honesto da inteligência; e pelo culto sinceramente devotado das realidades morais. Ê a reação contra o escândalo e a corrupção, contra a irresponsabilidade e a indiferença, contra o subôrno político e o eleitoralismo doméstico. É a reação contra a disponibilidade mental, contra o espírito de aventura, contra o arrivismo e o oportunismo. Contra males que podem ser velhos, mas se exacerbam pela estranha facilidade com que se VALORIZAÇÃO INTELECTUAL DO MUNICÍPIO 221 faz da vida pública, neste nosso País, uma exploração quase sistemática em proveito indi­ vidual ou de grupos inescrupulosos e vorazes, que dominam, impiedosamente, as posições de mando. Confio muito na ação que têm os intelectuais no comando dessa reação do bom senso e da moralização pública. Nisso reside, com efeito, a função por excelência organizadora e disciplinadora da inteligência na sociedade humana, desde que se exerça, é óbvio, sob a inspiração da liberdade e da dignidade, esta, por sinal, decorrendo daquela, porque sem liberdade - e sobretudo sem liberdade moral - a idéia perde o seu conteúdo e a sua grandeza. Afonso Arinos de Melo Franco, no seu livro Homens e Tempos do Brasil, analisando a essência do pensamento político e o sentido da reconstrução da democracia, afirma: - "Os intelectuais devem responder pelos crimes não das idéias, mas das falsas idéias, das paixões facciosas e desumanas erigidas em sistemas ideológicos mais ou menos coerentes e que são o contrário da inteligência, da mesma forma que a adesão a elas representa o contrário da verdadeira iniciativa da inteligência. Devem, portanto, responder pelos crimes que êles praticaram não pelas exigências da sua função social, mas em atos da infidelidade a ela". A fidelidade à inteligência é, assim, a grande fôrça criadora do intelectual a serviço das nobres causas em que se empenha. Não podemos ter dúvida quanto à revalorização provinciana e municipal pela inteligência livre de homens livres. É esta a tarefa de quantos, no seu Município, lutam pelos interêsses legítimos, num testemunho permanente de amor à terra. Foi êsse amor que vos emancipou há vinte e cinco anos; e será êle, pelos tempos futuros, que vos fará sempre dignos dessa conquista do espírito e do coração. Dessa conquista da terra e do homem. Administração e Urbanismo

PLANOS DE URBANIZAÇAO-

FRANCISCO BURKINSKI

Ão só o desenvolvimento caótico das cidades, Ora, conforme se verifica do anteprojeto de N mas também e, sobretudo, a necessidade de lei, quase todos os seus dispositivos gravitam em preservação da vida e da saúde públic.a, - uma tômo da desapropriação, uma vez que é impos­ vez demonstrada a correlação existente entre a sível a execução de qualquer plano de urbanização, densidade demográfica e a mortalidade nos cemtros que em última análise visa à proteção da saúde e urbanos, - impuseram ao Estado Moderno a ela­ preservação da vida, sem aquela providência pre­ boração de uma lei orgânica que formulasse as liminar. linhas gerais dos planos de urbanização e deter­ Tanto é verdade que o plano de urbanização minasse a sua adoção em todos os Municípios com visa ao bem-estar social e por isso está intimamente determinadas características. relacionado com a polícia sanitária e a polícia de segurança que, na Inglaterra, as plantas de remo­ Na França, há uma lei nacional que obriga delação, extensão e embelezamento das cidades, a tôdas as cidades com mais de 10 000 habitantes, devem ser aprovadas pelo Ministério da Saúde e, a terem o seu plano urbanístico; na Inglaterra, a na França e na Itália, pelo Ministério do Interior Town Planning Act, de 1932, obriga a tôdas as Não foi por outra razão, aliás, que o Congresso cidades com mais de 20 000 habitantes a terem o de São Vicente aprovou acertadamente uma reco­ seu plano de urbanização; na Itália, a lei atinge mendação no sentido de que as municipalidades tôdas as cidades com mais de 10 000 habitantes; mantivessem estreita ligação com a Comissão Na­ na Suécia, há uma lei sôbre preparação e exe~ução cional do Bem-Estar Social, do Ministério do Tra­ de planos urbanísticos, e, na Alemanha, tôdas as balho, Indústria e Comércio, principalmente no que cidades, seja qual fôr o seu tamanho e o número se refere aos trabalhos de elaboração de planos ur­ de habitantes, devem ter o seu plano de remo~ banísticos. delação, extensão e embelezamento. Os Estados Unidos não possuem nenhuma lei federal obrigando O insigne jurista Pontes de Miranda, na exe­ 0 as cidades a terem o seu plano urbaníst~co, em­ gese que faz do art. 5. , inciso XV, alínea b da bora conte com abundância de leis locais, máxime Constituição Federal de 1946, salienta que normas referentes a zoneamento. Todavia, isso constitui gerais são aquelas que a União considera essenciais uma lacuna sentida por quase todos os estudiosos a plano ou programa geral de defesa e proteção de Govêrno local, e mesmo por administradores da saúde. municipais em geral. No Chile, para só se falar Ora, como vimos, os planos de urbanização em um país da América do Sul, há uma lei geral estão perfeitamente enquadrados no programa geral sôbre construções e urbanização, de 1. 0 de abril de de defesa e proteção da saúde pela União e por 1932, a qual determina que tôdas as cidades com isso lhe compete estabelecer em leis as normas gerais mais de 8 000 habitantes devem ter um plano de sôbre o assunto, sem que haja atentado à autono­ urbanização, a ser aprovado pelo Presidente da mia estadual ou municipal. Repúblicà. Se de outra maneira se pensasse não se jus­ No Btasil poucas são as cidades que contam tificaria também a elaboração de um Código Tri~ com planos de remodelação, extensão e embeleze~ butário N acionai, cujo projeto ora tramita na Câ~ menta, bastan.1o dizer que o da Capital Federal, mara dos Deputados, no qual se regulam detalhada­ o mais importante da América do Sul, é de poucos mente os impostos da competência da União, dos anos atrás, tendo sido formulado pelo célebre ur­ Estados e dos Municípios, estabelecidos pela Cons­ banista francês Alfred Agache. tituição Federal. Êsse urbanista elaborou também um antepro­ A matéria, porém, só fica perfeitamente elu­ jeto de lei federal sôbre urbanismo, a ser aplicado cidada depois de examinarmos ligeiramente as ma­ a tôdas as cidades do Brasil com 10 000 habitantes nifestações do poder de polícia na órbita do Es­ ou mais, ou que revelassem um aumento anual de tado em geral, e na esfera municipal, em parti­ 4% ou mais na sua população cular. O anteprojeto mencionado contém interessan­ O poder de polícia, ou a polícia administra­ tes aspectos de ordem jurídica, administrativa e tiva é a ação direta que o Estado realiza para financeira, relativos a planos de urbanização. proteger, preventiva e repressivamente, a integridade Conquanto êsse anteprojeto esteja publicado física das pessoas e das coisas, bem assim a moral há mais de vinte anos pela Prefeitura do Distrito e a economia pública enquanto possam afetar dire­ Fedetal, o Congresso Nacional, por múltiplas razões, tamente aquela integridade De modo geral, como nenhuma importância até hoje lhe emprestou. acentua Rafael Bielsa, o poder de polícia do Es­ tado se estende à proteção integral da vida e bem­ Eis porque, tendo em vista o Regimento In­ -estar geral e se resolve num conjunto de limitações terno e o Temário elaborados para o III Congresso impostas ao indivíduo e à propriedade, para defesa Nacional de Municípios, onde se prevê a trans~ dêsses fins gerais, isto é, a segutança, a saúde, o formação das conclusões dos trabalhos apresentados confôrto, em suma, a prosperidade. em anteprojetos de lei, se resolveu exumar a mi­ O problema mais complexo a ser resolvido se nuta de anteprojeto de lei federal que adiante resume na formulação da seguinte pergunta: apresentamos, o qual, nas suas linhas gerais, obe­ deceu ao elaborado pelo urbanista Agache. - Até onde se estende a intervenção do poder central no domínio da polícia municipal? Êsse anteprojeto de lei federal se fundamenta 0 Louis Rolland, jurista francês, é quem nô-lo no art. 5. , inciso XV, alíneas b e g da Consti­ tuição Federal, que dispõe competir à União le­ responde com sua autoridade incontestável, ao es­ gislar sôbre defesa e proteção da saúde, bem como clarecer que as autoridades investidas da polícia sôbre a desapropriação geral podem intervir no domínio da polícia muni­ cipal tôdas as vêzes que a tranqüilidade, a segu~ No que se refere à defesa e proteção da saúde, rança e a salubridade estão em jôgo, acrescentando a competência para legislar sôbre a matéria não ainda que elas não exorbitam ao regulamenta!, para exclui a legislação estadual, supletiva ou comple­ o conjunto do território, sôbre pontos relevantes, mentar. Já quanto à desapropriação, a competência em cada Município, de polícia local, desde o mo­ para legislar é exclusiva da União. mento que o assunto interesse ao país inteiro 224 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

Ora, os planos de urbanização não podem Art. 5.0 -Em tôda a área atingida pelo plano deixar de interessar ao país inteiro, uma vez que de urbanização, poderão ser constituídas associações envolvem além de problemas de higiene urbana, de proprietários, tendo em vista uma recomposição também problemas de -e;egurança, sobretudo no e redistribuição dos terrenos . caso da política de construções e polícia sanitária Art. 6. 0 - A Prefeitura ficará com o direito municipal de reservat, durante 10 anos, qualquer terreno Daí a razão de ser fundamental do antepro­ edificado ou não, necessário à execução do plano de jeto de lei federal que se segue~ ora submetido à urbanização apreciação dos congressistas. Art. 7.o - Tôdas as vêzes que a realização de um plano de urbanização, ou parte dêle, pro­ ANTEPROJETO DE LEI FEDERAL vocar uma va!orizaç?o dos imóveis ou terrenos cir­ cunvizinhos, a municipalidade ficará autolizada a Determina a adoção de um plano de urbanização cobrar dos interessados uma contribuição de me­ para todos os Municípios do território nacional. lhoria. § 1. o - Na falta de acôrdo amigável entre O Congresso N acionai decreta: as partes interessadas, o beneficiado pela valoriza­ ção indicará um perito de sua escolha e cada pro~ Att. 1,o - O Município cuja população tiver prietário atingido pela contribuição de melhoria no­ um aumento de 4o/0 ou mais por ano, ou possuir meará igualmente o seu; no caso de desacôrdo o 1 O 000 habitantes ou mais, será obrigado a ter um juiz designará um perito desempatador. plano de urbanização § 2. o - As contribuições de melhoria não § Lo - O plano se fundamentará numa lei contestadas, assim como as que forem definitiva· aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo mente fixadas pelo poder judiciário, serão cobradas P1efeito. segundo as regras que regulam a cobrança de im­ § 2. 0 - O plano e a lei não poderão ser postos modificados por outra lei, antes do prazo de 1 O § 3.o - A contribuição de melhoria deverá ser anos utilizada para cobrir, na medida do possível, as des­ Art 2, o - Os limites do plano de urbanização pesas realizadas com as obras de melhoramento. poderão exceder os limites geográficos do Município, Art 8 o - Qualquer pessoa cuja propriedade abrangendo tôda a região econômicamente ligada a tiver sido realmente lesada pelo fato de aprovação determinado centro, bastando para isso a celebração ou de execução de plano de urbanização, poderá, de um convênio inte1municipal até um ano após a publicação da lei, pedir inde­ Art 3. o - A partir da promulgação da lei nização à autoridade competente. que aprovar o plano de urbanização, os proprietários Parágrafo único - O valor ria indenização sQrá dos edifícios atingidos pela execução total ou par­ fixado pelos meios judiciários competentes cial do plano deverão, antes de edificar novas Art. 9, o - Sob proposta do Prefeito ou ve­ construções ou melhorar as existentes, solicitar au­ reador, a Câmara Municipal deverá: torização à autoridade competente. a) designar a firma que se incumbirá do § 1 ° - As autoridades terão o direito de estudo e do preparo do plano de urbanização; fazer demolir, por conta dos proprietários, quaisquer b) instituir, depois da aprovação oficial do edifícios construídos ou em construção que trans­ plano, um serviço permanente para a execução do gredirem o presente artigo. mesmo e verificação das aplicações da legislação § 2. 0 - Em caso de litígio, a questão será adequada; decidida pela autoridade judiciária competente Art. 10 - Os Municípios que estiverem elaho· Art. 4 o - A Prefeitura terá o direito de rando um plano de urbanização, terão a faculdade comprar, desapropliar ou aceitar como doação qual­ de pagar as despesas dos estudos e de execução com: quer terreno compreendido nos limites do plano de urbanização a) contribuição de melhoria; b) empréstimos; § 1. 0 - A indenização de desapropriação terá por base o valor médio da propriedade nos últimos c) auxílio do Gpvêrno federal e estadual; 5 anos que antecederem à p1omulgação da lei. d) 25% da quota do impôsto de renda; § 2 ° - No caso de desapropriação parcial, o e) uma taxa de planejamento. cálculo da indenização devida será feito, tendo-se Art. 11 - Esta lei entrará em vigor na data em vista a valorização adqUirida pelo terreno que de sua publicação, revogadas as disposições em restar depois de realiJ:"adas as obras. contrário Inquéritos e Reportagens

FISCALIZAÇAO,- PELOS MUNICIPIOS,.. DOS SERVIÇOS DAS EMPRÊSAS CONCESSIO­ NÁRIAS DE ENERGIA ELÉTRICA

GERALDO SILVA OLIVEIRA

M dos mais graves problemas de tôdas as de Mato Grosso ou do Ceará, são controlados pelo U Capitais e cidades brasileiras é o referente ao Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica e de energia elétrica. Conhecidas a reconhecidas a pela Divisão de Águas do Departamento Nacional necessidade e a múltipla aplicação dêsse poderoso da Produção Mineral do Ministério da Agricultura. fator de progresso no mundo moderno, é justo que A fixação das tarifas e sua modificação estão, tôdas as Comunas brasileiras queiram ter bons ser­ aliás, sujeitas ao último órgão, à vista do disposto viços de luz e fôrça, o que representa um estí• no parágrafo 2. 0 do art. 5 ° do citado Dec.-lei mulo admirável a todos os ramos de atividade no 5 764, in verbis. humana. "§ 2.0 - Os novos preços de fornecimento São por demais evidentes e objeto de perma­ serão fixados pela Divisão de Águas do Departaw nente discussão as questões referentes ao forneci­ menta Nacional da Produção Mineral do Minis­ mento de energia elétrica em tôdas as regiões e, tério da Agricultura, pelo critério de semelhança, por isso, nos dispensamos de maiores considera­ atendidas a razoabilidade de seus valores e as novas ções a respeito. classes de consumidores". Mas, não basta para o Município obter a ins­ Ora, tal situação tem sido por demais emba­ talação da usina, nem a criação da companhia ou raçosa e prejudicial aos Municípios brasileirps, le­ emprêsa que explorará o serviço. Torna-se mister vantando, em todo o País, uma onda de protestos, o estabelecimento de condições que assegurem um aos quais deve juntar-se, agora, o do III Congresso fornecimento regular de energia, sempre com ten­ Nacional de Municípios, cuja finalidade, como os dência a aumentar, eis que as necessidades são anteriores, é a de fortalecer, prestigiar e pugnar sempre crescentes Devem ser consideradas, ainda, pelo crescente desenvolvimento das Comunas bra­ as peculiaridades da região, da cidade ou do Muni­ sileiras. cípio, bem como outros fatôres capazes de influen­ Dir-se-á que à vista da alínea "L" do art. 5. 0 ciar a criação, a manutenção e o crescimento do da Constituição Brasileira cabe à União legislar sô• serviço Daí os contratos entre o Poder Público bre águas e energia elétrica. Ninguém discute isto concedente e as emprêsas interessadas na explo­ ração. e o objetivo do disposto na Carta Magna é asse­ gurar uma legislação uniforme, segundo princípios Como decorrência dêsses próprios fatôres e rígidos e básicos para a exploração e concessão dos circunstâncias, os contratos devem ser elaborados e serviços referentes ou decorrentes daquelas rique­ devem ser fiscalizados por aquêles aos quais o ser~ zas. Não há, porém, determinação constitucional que viço se destina, attavés de seus órgãos próprios e imponha ser da União a competência para contra­ representantes eleitos. Em outras palavras: um con­ tar e fiscalizar os serviços de águas e energia elé­ trato de concessão dos serviços de luz e fôrça de trica. Isto poderá ser feito pelos Estados e Muni.. um determinado Município deve ser feito e fisca­ cípios, obedecidos aquêles princípios básicos que a lizado pelo Executivo e pelo Legislativo dessa cé­ legislação federal estabelecer. lula da organização nacional. Por outro lado, assegura a própria Constituição Assim foi no passado, por justas e evidentes Brasileira que "a autonomia dos Municípios será razões iJltimamente, porém, alterou-se êsse bené­ assegurada". fico sistema e um Decreto-lei da pior inspiração o Dec.-lei n.0 5 764, de 18-8-43 - atribuiu ao "Art. 28 .... Govêrno federal essa fiscalização. II - pela administração própria, no que con­ Dispõem os parágrafos 1.0 e 2.o do art. 1.0 do cerne ao seu peculiar interêsse s especialmente: citado Decreto-lei n.0 5 764, de 1943: a) "§ 1.0 ~ A União substituirá automàticamente b) à organização dos serviços públicos lo­ nesses contratos, desde a publicação desta lei, os cais". Estados, o Distrito Federal, o Território do Acre 0 e os Municípios, salvo quanto às obrigações e pa­ Daí sustentarem muitos que o Dec.-lei n. gamentos decorrentes do fornecimento de energia 5 764, que data do Estado Novo, está revogado elétrica para iluminação e outros serviços públicos em tudo o que contrarie a Carta Magna de 46. ou de natureza local. A verdade, porém, é que não dão as compa­ 0 § 2. - Até o máximo de seis meses, após nhias que exploram os serviços de energia elétrica a publicação desta lei, a fiscalização dêsses contratos - que são, no que diz respeito aos grandes cen­ permanecerá a cargo das autoridades que a exer­ tros, poderosíssimas - qualquer importância aos ciam anteriormente, cessando mediante simples co­ poderes municiPais, tratando todos os seus assuntos municação do Ministério da Agricultura às mesmas diretamente com os órgãos federais. Dos Muni­ autoridades e às emprêsas interessadas, a menos que cípios e dos Estados só querem dinheiro, o rece­ se proceda a delegação prevista no parágrafo se­ bimento de suas contas. guinte". Impõe-se, pois, uma vigorosa reação. Para ilus­ Essa transferência representou um rude golpe ttar o que afirmamos, citamos o caso de Belo nos Municípios brasileiros, já que os privou do Horizonte, onde a concessionária tem serviços sem­ exercício de poder de fiscalização, que era um dos pre falhos e deficitários quanto às necessidades da mais fortes elementos com que cantavam para a Capital míneira, mas francamente superavitários boa execução e mesmo a melhoria dos serviços das quanto à remuneração do capital da Companhia. emprêsas concessionárias. Não há iluminação pública em numerosas vilas e Atualmente, os serviços de luz e de fôrça das em vários bairros; os pedidos de energia para fins cidades do Amazonas ou do Rio Grande do Sul, industriais são de deferimento demorado e difícil;

R B.M.- 3 226 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNicJPIOS as calefações só são dadas por influências políticas kW fornecido e consumido, impondo novos sacri­ ou amizade com os diretores da emprêsa; e assim fícios a uma população mal servida de energia elé­ por diante. trica. Assim sucede, aliás, com os demais Municí• Mas, freqüentemente, são os consumidores belo~ pios brasileiros . rizontinos surpreendidos com elevações no preço Isto pôsto, convém, pelos motivos apontados das taiifas de luz e de fôrça. Tudo feito à socapa, que seja restabelecido aos Municípios o poder de mas, diz a Companhia, dentro da lei, isto é, me .. contratar e de fiscalizar, segundo os princípios bá­ diante expediente quanto àquela Divisão de Águas sicos estatuídos pela lei federal, os serviços e as do Ministério da Agricultura Quando os belori­ emprêsas concessionárias dos serviços de energia zontinos se assustam está tudo pronto; os cidadãos elétrica, revogando-se ou modificando-se, no que que estão sentados em seus gabinetes no Rio de fôr necessário, a legislação da União a respeito, Janeiro já autorizaram a elevação dos preços por especialmente o Dec -lei n.0 5 764, de 1943 Vida Rural

A MISSÃO RURAL, FATOR DE RECUPE- RAÇAO- DO HOMEM DO INTERIORI

LUIZ ROGERIO

1 - O PROBLEMA vitrola, lê jornais, escuta o rádio, chefia partidos políticos, faz-se vereadol, prefeito, deputado -­ UITO se tem debatido sôbre a situação de aban~ luta para melhorar e progredir Outro, o rurícola, M dono em que vive o homem do interior, so­ que vive na roça, tem as mãos calejadas do cabo bretudo o camponês. Isolado pelas distâncias, tan­ da enxada, pita o seu cigarro de palha, toma a tas vêzes insuperáveis, 1estringido, na vida cotidiana, pinga quando há tempo e dinheiro, toca viola, canta aos contactos da própria família e de um que outro abecês, enche a casa de filhos doentes e apitados vizinho, o camponês não encontra a oportunidade como êle, como êle sujos e maltrapilhos, vivendo de relações humanas, que caracterizam a vida social. em choças, dormindo em esteiras ou catres, comen­ Esta condição nos parece explicar as atitudes men­ do o que pode, sentindo que é miserável a sua vida, tais do rurícola - a rotina, a desconfiança, o mas convencido que não há possibilidade de trans­ conformismo - a carência, enfim, de tudo que formá-la :Êsse homem ainda é o "grande desco­ define o conceito de ptogresso. nhecido" . Êle é que constitui a população rural Não há dúvida que o homem sOmente progride a que se referem as estatísticas, êle, e não os mo­ se estimulado pelo exemplo e orientado pela edu­ radores das vilas e cidadezinhas, que representam cação. Ambos êsses elementos, no entanto, faltam o elo intermediário, mais ligados ao padrão de cima ao homem rural Na verdade, quê exemplos en­ (o das cidades), de que pretendem aproximar-se, contra? Em tôrno de si, enxerga os seus próprios do que à escala inferior, que desprezam e ridicu­ companheiros - com os mesmos processos de tra­ larizam balho, o mesmo sistema de vida, as mesmas preo­ O mesmo tipo de exploração absorvente que cupações, as mesmas idéias - nessa tortura da as metrópoles exercem contra o interior do País, "mesmice" desoladora que retrata o nosso ambiente realiza a cidadezinha contra a gente rural, boa pata rural Os seus contactos com o homem da cidade, o trabalho, mas sem outro direito senão o da co­ mais evoluído, são precários e inumanos - vai miseração platônica Do rurícola tudo se exige, ti­ vender a sua produção, comprar alguma coisa, pa.. rando-se-lhe o mais que seja possível. Se é ren­ gar o impôsto, batizar o filho (quando vai), aten­ deiro ou meeiro, explora-o o proprietário da terra; der à intimação da polícia, ou receber o cabo elei­ se é pequeno proprietário, explora-o - lesando~o - total Sempre relações de negócios, jamais o trato o intermediário comprador ou vendedor Apoio e compreensivo de pessoa a pessoa. Por isso, o ho­ garantia da lei não encontra, pois as autoridades mem da cidade, com os seus costumes diferentes, são H cidadãos", para quem êle é sempre o roceiro com o seu padrão-de-vida, com as suas idéias, não sem nome e sem títulos, enquanto o armazenista lhe pode servir de modêlo e de estímulo - é como ou o proprietário é alguém que tem, com um nome, se fôra outra gente e é por isso que vive de outra o prestígio social e a influência política. forma Se, um dia, êle (o camponês) conseguir Sem motivo de estímulo para o progresso, se­ enriquecer, então irá para a cidade, se t1 ansformará rá que o homem rural obterá recursos na educação? em "cidadão" e viverá como tal Mas na sua con­ Admitamos o conceito de educação, como a or:.en­ dição de camponês, tem de viver a sua vida pre­ tação dos indivíduos e das coletividades para a boa cária de roceiro Entre as duas situações, medeia comp1eensão dos problemas diversos que a vida um abismo - duas culturas diversas se entrechocam apresenta e o seu preparo mental para superá-los e se hostilizam surdamente O urbano dá nomes vantajosamente. Dentro dêsse conceito, poderemos específicos ao camponês - capiau, caipira, tabaréu, admitir duas modalidades de educação. be um lado, guasca, catingueiro, mateiro, brejeiro; zomba do seu a educação formal, orientada, sistematizada, con­ desajeitamento, menospreza os seus costumes, ridi­ seqüência de um plano educativo, e visando à pre~ culariza o seu linguajar, explora a sua timidez paração dos indivíduos, com objetivos e programas Vinga-se o 10ceiro, e critica os costumes urbanos, preestabelecidos, com metodologia próp1ia, - esta e arma ciladas ao "cidadão", quando o pega no constitui tarefa da escola, tomada em sentido am~ meio rural. plo. Doutra parte, vem a educação informal, even­ Nas regiões subdesenvolvidas do País, não se tual, sem sistema, resultante dos contactos que a pode englobar num conceito simplista o "homem do vida em sociedade oferece e das experiências pes~ interlcr" Há dois "homens do interior" - um, soais que o próprio indivíduo adquire, "tratando mais estudado e, por isso mesmo, mais conhecido, e pelejando" Dentro dessa conceituação, dentro o habitante da pequena cidade, o que absorve os dêsse pragmatismo, a escola passa a ser apenas um nossos sistemas e procura imitá-los, que deseja viver dos fatôres da educação, podendo proporcionar ao em boa casa, f~eqüenta o cinema, dança ao som da educando instrumentos para a aprendizagem, re- 228 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS cursos mentais que ampliem a capacidade e a com.. mentais, nem incutir-lhe um novo espírito sem que, preensão dos indivíduos para a melhor utilização ao mesmo tempo, se transforme o meio intelectual dessas outras oportunidades educativas, oportunida­ em que ela vive e do qual depende profundamente. des que, já o acentuamos, não encontra o rurícola. Mas estará a escola satisfazendo a êsses requisitos 2 - A EDUCAÇÃO DE BASE E OS SEUS mínimos e preparando o camponês para enfrentar OBJETIVOS as .situações novas e utilizá-las vantajosamente? E pretendemos, pois, criar condições de valo­ Se analisarmos os frutos da escola primária, a S rização da escola rural, temos de agir sôbre única acessível ao filho do rurícola, comprovare­ a comunidade, fornecendo-lhe "um mínimo de edu­ mos que ela está padecendo de duas grandes falhas, cação geral e ajud.ando crianças, adolescentes e adul­ de dois defeitos fundamentais. Em primeiro lugar, tos a compr~endkrem os problemas peculiares ao não oferece motivação adequada à criança campo­ meio em que vivem, a formarem uma idéia exata nesa, pois os mestres, o currículo, o programa, os de seus deveres e direitos individuais e cívicos, e a livros, os métodos, tudo, enfim, é de formação participarem eficazmente do progresso social e eco­ urbana, baseado nas formas de vida e nas aspira­ nômico da comunidade a que pertencem". É o que ções da criança da cidade. Nada da escola se liga se chama Educação de Base ou Fundamental, se­ ao ambiente rural, nada fala ao sentimento e à gundo definição da Unesco, e se denomina educação afetividade do jovem camponês. Em segundo lu­ de base, porque visa a "proporcionar aos indivíduos gar, mesmo êsse pouco que a escola está propor­ e às comunidades um mínimo de conhecimentos teó• cionando à criança - rudimentos da arte de ler, ricos e técnicos, indispensáveis a um nível de vida escrever e contar - morre na própria escola, não compatível com a dignidade humana e com os ideais transpõe os seus umbrais, pois o ambiente familiar democráticos, e porque, sem essa base, as atividades não tem capacidade nem formação para apoiar e dos serviços especializados (médicos, sociais, agrí• estimular o trabalho escolar. Enquanto a escola dá colas) não seriam plenamente eficazes" 1 4 horas de aprendizado e de orientação, o ambiente estratifica a mente e o caráter da criança, durante Para levar a bom têrmo êsse trabalho de Edu­ as 20 horas restantes, em cada dia Vale dizer cação de Base, a Campanha Nacional de Educação que a escola não está sendo um elemento de con­ Rural (Ministério da Educação e Cultura) utiliza solidação da mentalidade da criança rural; ao con­ os seguintes processos: Missões Rurais, Centros So­ trário, quase sempre a escola, localizada no campo, ciais de Comunidade, Campanhas Educacionais, Se­ sofre a influência regressiva do meio, caindo na ro­ manas Educativas, Centros de Treinamento de Lí• tina e na mesmice . deres Rurais e de Professôres e Auxiliares Rurais, dos quais exercem ação educativa prolongada e sis­ Fator primordial de formação da mentalidade tematizada - as Missões Rurais e os Centros So­ infantil, para cumprir a tarefa que dela se há de ciais de Comunidade. 2 exigir, a escola rural terá de transformar-se, ade­ quando-se aos seus objetivos específicos. Mesmo, 3 - A MISSÃO RURAL porém, sob nova orientação, mais ajustada e mais p1agmática, a escola há de ter suas limitações, será MISSÃO Rural é uma equipe de educadores, apenas um dos elementos da formação educativa do A especializados no conhecimento dos diferentes homem rural, pois, dirigindo-se direta e primor­ problemas que caracterizam a vida rural, e que dialmente à criança, há de chocar-se contra a re­ procuram, no próprio local em que vive a família sistência que oferece o ambiente ineducado. Para camponesa e onde êsses problemas se situam, orien­ que se obtenham os máximos resultados da ação tar os indivíduos e a comunidade, para lhes en­ da escola rural, cumpre que a comunidade esteja contrar a solução e resolvê-los, ao mesmo tempo que preparada para prestigiá-la e coadjuvar o seu es­ incentivam a organização dessa comunidade, para fôrço educativo; é necessário que a família, se não formular, equacionar e resolver, pela sua própria reforçar, ao menos não desfaça o que a escola iniciativa, os novos problemas que venham a realiza Sem essa reforma do espírito da gente surgir. camponesa, sem a organização da continuidade rural Para consecução dessa finalidade, a Missão no sentido do progresso e da aceitação dos novos Rural desenvolve o seu trabalho com os seguintes métodos, a escola continuará sendo um elemento objetivos: pouco produtivo no meio rural. a) investigação e pesquisa das condições eco­ De fato, a ação educativa não deve limitar-se nômicas, sociais e culturais do homem rural; ao âmbito escolar; tem de conseguir a ressonância b) reconhecimento e preparação dos líderes das comunidades rurais, permitindo-lhes, assim, mais do meio, pois é um êrro considerar o escolar como ampla e mais intensa participação nas diversas fases uma individualidade peculiar, cuja existência é ca­ do programa educativo; racterizada pelos problemas que a vida da escola c) formação de grupos sociais primordiais oferece; mas deve-se recebê-lo como realmente é - (clubes, núcleos etc). para o estudo, a apÍ'endi­ zagem e a convivência social; uma criança, que vem à escola, mas vive sob as d) colaboração e apoio às instituições e aos influências poderosas da família e dos seus costu­ serviços educativos existentes no meio rural e que mes, do grupo e das suas concepções, influências visem ao bem comum; e) preparação da mentalidade juvenil para as que são muito mais poderosas e mais constantes práticas agrícolas, como motivação à introdução de do que a da escola. Se no meio urbano, onde são hábitos higiênicos, sociais e econômicos, e como freqüentes as oportunidades para a educação in­ incentivo do amor à terra e confiança no êxito do bom trabalho; formal, proclamam todos os educadores as falhas /) orientação das moças para as lides do lar da escola primária, no meio rural, onde a criança e para o aproveitamento dos lazeres, num sentido está mais vinculada ao ambiente doméstico, os fa­ tôres de estratificação da sua mentalidade são ver­ 1 Regulamento da Campanha Nacional de dadeiramente decisivos. Mesmo quando se objetive Educação Rural. Itens 3·4. 2 Os Centros Sociais de Comunidade são ob­ educar sàmente a criança rural, não será possível jeto de tese apresert.tada a êste Congresso, pela consegui-lo, não se poderá modificar-lhe as atitudes Assistente-social Diamantina Conceição. VIDA RURAL 229

econômico e cultural, através de cursos de artesa.. cola, Cooperativismo, Serviço Social de Grupo e nato, de recreação popular, de economia doméstica, Organização de Comunidade, Psicologia Educacio­ de indústrias rurais etc; nal e Pedagogia Rural, Técnica de Missão Rural. g) contribuição para elevação do nível social, econômico e cultural da família rural, pela criação É finalidade dos cursos, não sàmente informar de Centros Sociais de Comunidade, por iniciativa cada técnico a respeito dos métodos e objetivos de e responsabilidade das populações interessadas, de trabalho de seus companheiros, como fornecer-lhe modo que cada comunidade tenha sua "casa do povo", onde encontre recursos e instrumentos para orientação sôbre os aspectos da vida rural e os a aprendizagem e para a recreação sadia; processos de ação pedagógica e, sobretudo, habi­ h) orientação dos lavradores, organizados em tuá~Ios ao trabalho em equipe e desenvolver o espí• grupos de trabalho, por meio de demonstrações prá­ rito ruralista, no sentido da exata compreensão hu­ ticas de agricultura racional e dos métodos auxilia­ res de educação áudio-visual, bem como palestras, mana do camponês, viVendo-se e sentindo-se os seus reuniões, seminários, círculos de estudos etc. ; padrões·de-vida e tomando contacto com suas rea­ i) criação de uma mentalídade cooperativista, ções diante dos fenômenos ambientais, pois, simul· através de pequenos cursos, debates e trabalhos ex­ perimentais; tâneamente às preleções informativas, aos debates i) amparo e estímulo às tradições locais, fes­ em círculos de estudos e seminários, realizam os tejos populares, divertimentos e outras manifesta­ técnicos, durante o curso, trabalhos de campo, ções do folclore; k) estímulo à organização e prática dos des­ supervisionados por professôres e monitores, de portos pelas comunidades rurais. modo a c~mprir um rápido programa experimental de técnica de Missão Rural, junto às comunidades 4 - MÉTODOS DE AÇÃO DA MISSÃO RURAL vizinhas ao Centro de Treinamento. Após êsse estágio de seleção, organiza-se a A CARACTERÍSTICA fundamental da Missão Rural equipe, atribuindo-se-lhe a área de trabalho, geral­ é o trabalho em equipe, isto é, a consciência mente um Município, em cuja sede se aloja. A de que o grupo de técnicos constitui uma unidade área sofre uma investigação preliminar, pelo Setor de ação para um único objetivo - elevação dos de Estudos e Pesquisas da CNER, que fornece padrões culturais das comunidades junto de que os resultados à Missão Rural. Esta examina cada agem Êsses técnicos - agrônomo, assistente so­ um dos grupos de vizinhança e, entre êles, seleciona cial, enfermeira, médico, operador cinematográfico, aquêles que lhe pareçam mais adequados ao tra­ professôres de a1 tes e indústrias rurais, de econo­ balho. Impõe-se esta seleção, porque a equipe não mia doméstica, de recreação etc. - embora espe­ pode agir eficazmente sôbre um número excessivo cializados na aplicação de suas técnicas profissio­ de comunidades e tem de limitar o seu campo de nais, colaboram intimamente uns com os outros, ação às possibilidades, da mesma forma que uma quer na organização dos planos de trabalho, de classe escolar tem de estabelecer um limite de ma­ modo que todos visem simultâneamente aos mesmos trículas. De fato, demonstra a experiência que o problemas, quer dando sua participação individual trabalho educativo, para ptoduzir bons resultados, ao trabalho específico que cada um dos outros exige duas visitas semanais a cada grupo, não de­ tealiza. vendo cada visita demorar menos de duas horas, Assim é que, se o agrônomo, por exemplo, su­ exclusive o transporte Como a equipe dá dois gere uma campanha pelo desenvolvimento da hor­ turnos obrigatórios de trabalho de campo e como ticultura, o assunto é debatido e planejado por tôda o dia de domingo tem de estar livre para traba­ a equipe, de modo que a atividade educativa se lhos eventuais, são doze turnos de visitas, o que movimenta em tôrno dêsse problema: - a ­ limita a seis (no máximo) as comunidades a serem tente social encaminha os grupos e clubes para o eficientemente trabalhadas, embora o número ótimo estudo da questão, em conversas e debates; os edu­ seja cinco, de modo a deixar horários para reuniões cadores sanitários (médico e enfermeira) organizam de estudo, revisão e planejamento Depois que o palestras, pequenos cursos e demonstrações a res­ processo educativo se vai desenvolvendo e as pe· peito do problema alimentar, focalizando sempre a quenas comunidades rurais começam a organizar e importância das hortaliças na dieta; a recreadora fazer funcionar os seus grupos de ação, a equipe pode estimula e sugere diversões em que se valorizam reduzir seu trabalho à supervisão dos núcleos e de as frutas e os legumes; a agente de economia do­ seus líderes, dispondo, assim, de tempo para agir méstica ensina a bem aproveitar as propriedades junto a outras comunidades. nuttitivas dos produtos hortícolas, pelo preparo ade­ Em cada comunidade, realiza a equipe um quado e pela boa apresentação, mostrando as téc­ levantamento social, quer dizer, investiga as condi­ nicas de sua conservação; projetam-se filmes sôbre ções de vida locais, através de um inquérito in· técnicas de horticultura, regime alimentar, fabrico formal, em visitas sucessivas, auscultando cada téc­ de conservas etc ; o agrônomo, enfim, assume a su­ nico, isoladamente, ou em reuniões de grupo, os indi­ pervisão das técnicas de formação e trato das hor­ vÍduos e as famÍlias, sôbre os problemas e dificul­ tas Em suma, a horta constituirá a motivação dades que os preocupam Anotados cuidadosament~ central do trabalho conjunto de todo o grupo. A os informes obtidos, são êles comentados, discu­ mesma tática se observa com referência a qualquer tidos, controlados, de modo a fornecerem elementos programa agrícola, sanitário, social etc. para o diagnóstico social da comunidade, e elabo­ Para conseguir êsse espírito de equipe, os tra­ ra-se um relatório em que se analisa a comunidade balhadores da Missão Ru1 al devem ser selecionados em todos os seus aspectos - geografia, economia, e treinados, o que se faz em cursos intensivos, du~ saúde, vida doméstica, reiações de vizinhança, cos­ rante 60 dias, em regime de internato, nos Centros tumes, tradições, história local, folclote, religiosi­ Regionais de Treinamento de Educadores de Base, dade - pois, do solo até o espírito, tudo tem de que a CNER vem mantendo em Pinhal (S. Paulo) , ser pesquisado e compreendido. Cruz das Almas (Bahia) e Florestal (Minas Ge­ Dessa análise é que surge o diagnóstico dos rais) , nos quais são ministradas as seguintes dis­ problemas fundamentais, discriminados e expostos ciplinas: Sociologia Rural, Geografia Agrícola, Hi­ numa seqüência natural de sua importância socm­ giene Rural e Educação Sanitária, Extensão Agrí- -econômica Dentre êles, faz a equipe uma dupla 230 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS seleção De início distingue os que podem ser re­ Estabelecido o planejamento, programa-se o solvidos pela ação direta da comunidade e os que horário do serviço, de modo que cada comunidade incumbem à administração, por sobreexcederem a seja visitada duas vêzes por semana, de preferência fôrça realizadora da ação local. Os problemas ad­ uma vez pela manhã e outra à tarde Durante a ministrativos irão constituir assunto de debate, no visita, já estabelecidos os laços de confiança e cor­ sentido de serem encaminhados aos Poderes Públicos dialidade pelos contactos anteriores entre a equipe ou diretamente ou por meio dos representantes na­ e a família rural, inicia-se o trabalho de organização turais da comunidade e com a colaboração da Mis­ da comunidade, objetivo primordial da Missão Ru­ são e dos órgãos diretivos da CNER Os outros (e ral. Utilizando as técnicas do Serviço Social de êstes são os mais numerosos) constituirão a moti­ Grupo, tôdas as conversas são encaminhadas no vação do trabalho de Missão Rural. Esta seleção é sentido da formação dos núcleos, primordiais, bus­ imperativa, pois os "grandes problemas" não podem cando agrupar homens, senhoras, moças, meninos ou ser atacados no programa educativo da Missão, de­ meninas, para debaterem algum problema ou algum vendo-se considerar especialmente os chamados "pe­ interêsse comum. Logo que há certa mobilização, quenos problemas". Sendo o objetivo do trabalho promove-se uma exibição de cinema educativo, en­ orientar a comunidade na solução das deficiências carregados os elementos mais entusiastas da co­ locais, usando os próprios recursos e criando o es~ munidade de fazerem os convites e adaptarem o pírito de iniciativa, êsses grandes problemas, cuja local (quase sempre a céu aberto) . Os filmes são execução é dispendiosa ou excessivamente demorada, selecionados em função do problema a atacar ( con~ acima dos recursos do grupo, são discutidos, com servação da saúde, fertilização do solo, deve1es so~ o propósito de encaminhá-los aos órgãos adminis­ ciais etc , além de filmes recreativos) ; o técnico trativos. comenta o filme, explica-o, ajustando-o ao centro de A fôrça de atuação da Missão Rural, porém, interêsse do grupo; ao final, há sempre uma turma tem de concentrar-se nas "pequenas coisas", que de interessados, para os quais se programa uma são as mais gerais, de que não cuidam os adminis­ reunião, no horário de visita da equipe. tradores e que podem ser decididas pela iniciativa Dessa reunião, sai a idéia da organização de local Se o abastecimento de água exige a constru­ um clube; dias sucessivos, é a questão debatida; ção de um açude, o assunto será levado ao conhe­ aparecem, no debate, os líderes naturais; processa· cimento da administração, mas se se trata de abrir -se a eleição de um diretoria (presidente, secretário, poços ou cisternas) ou de regularizar uma fonte, tesoureiro); fixam-se as contribuições; planeja-se um mobiliza-se a própria comunidade trabalho a executar A equipe da Missão Rural Depois dessa primeira seleção, fixados e deli~ está presente, mas se 1etrai o mais que pode, dei­ mitados os escopos a atingir, faz-se a segunda es­ xando a iniciativa e a direção aos membros da co~ colha, classificando-se os diversos problemas de munidade e limitando-se a estimular e supervisio~ acôrdo com a sua prioridade, de modo a seretn nar Surge a necessidade do local para reunião e, atingidas e superadas aquelas deficiências funda­ alugada ou cedida, obtém-se uma sala. Os vários mentais, cuja solução irá ensejar condições para tra­ clubes se associam nessa tarefa, e, enquanto os ho­ balhos ulteriores, ou aquelas que mais intensamente mens cuidam da reforma e adaptação da casa) as preocupam os rurícolas. moças planejam e executam leilões; fabricam-se mó~ Essa pesquisa leva ao planejamento geral do veis rústicos, adornam-se as pa1edes, fazem-se re­ trabalho, planejamento que constitui, na realidade, posteiros A equipe orienta e ensina, colaborando um esquema e um roteiro, pois tem de ser extre­ para a boa execução dêsses trabalhos. Durante todo mamente flexível, de modo a atende1 a novas con­ o período de formação e organização dos clubes, pe~ dições que o próprio trabalho venha a criar Neste ríodo que pode ser mais ou menos longo conforme a planejamento, cada técnico toma a seu cargo as receptividade do grupo, a equipe vai realizando suas questões que lhe são especialmente afetas; e das demonstrações - com os lavradores sôbre práticas quais se constitui o supervisor, pois todo o ser­ agrícolas, construção de fossas sanitárias, captação viço tem de estar entrosado, de modo que o pro­ de água; com as senhoras, sôbre arranjos do lar, cesso de recuperação do camponês não se tente cuidados com os filhos, preparo dos alimentos; com sob aspectos particulares - da economia, da saúde, as moças, sôbre corte e costura, fabrico de objetos da educação - mas em globo, como a 1ealidade a de uso doméstico ou pessoal; com as crianças, na apresenta, em interdependência íntima, condicionada escola e fora dela, em atividades de classe (junto a elevação econômica pela melhoria de saúde e da à professôra local) ou extra-classe educação e, vice-versa, dependentes os mais altos Seria um nunca acabar, se fôssemos enumerar padrões de saúde, da base econômica e da valori­ tôdas as pequenas coisas que a vida apresenta e zação educacional A questão de saber se êste ou que a Missão Rural contübui para melhorar. Bas~ aquêle setor é mais ou menos importante, é um ta dizer que não há assunto que escape ao inteN problema inteiramente fora das cogitações da Mis­ rêsse do trabalho, não há problemas pequenos, pois são Rural, que enca1a o homem como uma perso­ tudo interessa, já que tudo diz respeito à vida do nalidade indivisível, cujas necessidades tôdas têm de rurícola ser consideradas simultâneamente, pois o seu obje­ tivo é a recuperação do homem rural, pela elevação 5 - RESULTADOS OBTIDOS de suas condições de vida, o que se tem de fazer por etapas, mas integralmente, obtendo-se sempre CNER iniciou o seu programa de ação em uma melhoria, pequena que seja, mas em todo o A 1952, com prudência, buscando experimentar as seu status, e firmando-se nessa base para obter con~ técnicas e ajustar os técnicos Não tem havido pte­ dicões favoráveis a novos progressos. A Missão cipitação. Procuram-se acordos com entidades e ins­ Rutal considera a educação no seu conceito mais tituições que já viessem atuando no meio rural, as­ lato - preparação para a vida - e, assim, tem sociando-as ao trabalho e utilizando as suas ante· de levar na mesma conta todos os aspectos com r:ores experiências Nem tudo tem dado certo, é que a vlda se apresenta verdade, erros têm sido cometidos e insucessos têm-se VIDA RURAL 231

verificado Mas o volume de resultados obtidos de~ Almas; a campanha pela silvicultura e o reflores­ monstra que a técnica de Missão Rural produz tamento, em Paraíba do Sul; a racionalização do frutos e conduz o homem rural a melhor compreen­ plantio do milho, pelo alinhamento e espaçamento são dos seus problemas) desperta-lhe o espírito de adequados, em Serrinha; a vitória sôbre o curu­ iniciativa, melhorando a sua capacidade produtiva querê, em Palmeira dos índios; a intensificação da e elevando os seus padrões de vida. Estão em fun­ pomicultura (laranjeiras, mamoeiros e coqueiros), cionamento as Missões Rurais de Osório e Alegrete em Feira de Santana; para só referir resultados de.. (Rio Grande do Sul) , Paraíba do Sul (Rio de finitivos de Missões que completaram um ano de Janeiro), Januária (Minas Gerais), Cruz das Al­ atividade, bastam para demonstrar a profundidade mas, Serrinha e Feira de Santana (Bahia) , Pinhal e extensão da recuperação econômica. (São Paulo), Palmeira dos índios (Alagoas), So­ Se avaliarmos !o setor médico-sanitário, com.. bral (Ceará), em diferentes regiões do País, de provatemos a larga disseminação de privadas hi .. modo a proporcionar, em diversas condições, ele­ giênicas ao lado de cada casa de campônio, cons.. mentos comprovadores de sua eficiência. truídas por sua iniciativa e utilizadas na certeza de Quê conclusões fundamentais pode dar-nos o que, assim, se evita a verminose; os pequenos ma­ trabalho já apurado? Enumerar cada uma das Mis­ nanciais de água potável estão protegidos, cisternas sões e analisar os seus efeitos é emprêsa de alto e poços são abertos; famílias e famílias adquirem porte e que detnandaria mais espaço que o limi­ o hábito de ferver a água, enquanto outras, com tado por esta tese Citar um que outro exemplo, mais recursos, usam o filtro; os pátios e terreiros não nos datia uma impressão real do que se vem estão livres de lixo (usado nas pilhas de adubo or­ fazendo e seria injustiça para os que não fôssem gânico); faz-se a vacinação antivariólica, antitíf.ica referidos Expor números não seria um bom mé­ e pelo BCG; abrem-se janelas nos quartos de dor­ todo, pois o trabalho educativo é daqueles que nem mir; começam a ser vencidos os tabus alimentares; sempre podem ser medidos, devendo, antes, ser sen­ acostumam-se a procurar, confiantes, o Centlo de tido e compreendido Quê adiantaria dizer, por Saúde e o Hospital, esclarecidos sôbre os benefícicf> exemplo, que no Município de Osório há tantos da boa assistência médica; as parteiras curiosas, clubes agrícolas e tantos pelotões de saúde, se êsse orientadas e informadas, já se apercebem dos pre­ número não nos informa do espírito que anima ceitos da higiene, fazem uma assepsia rudimentar, cada uma dessas instituições? realizam um co1reto penso umbilical, aplicam o ni­ trato de prata nos olhos do recém-nascido, dão o Melhor será, talvez, um depoimento pessoal, banho com acêrto; os cursos de puericultura, de sem discriminação, abertos que estão os trabalhos noivas, de mãezinhas, têm fornecido um esclare­ à visita e à comprovação dos interessados cimento seguro sôbre o cuidado com a criança, a Em conseqüência do trabalho educativo reali­ amamentação materna passa a ser habitual, o betço zado pela Missão Rural, observa-se completa mo­ infantil, construído de material rústico, acessível dificação no espítito do camponês Habituando-se, a todos, começa a tornar-se peça obrigatória do mo­ através de pequenas experiências, a ensaiar novos biliário - e já se percebe que as crianças assim métodos de trabalho, outras formas de vida, ma­ cuidadas vivem sadiamente e que a mortalidade in­ neiras diferentes de pensar, comprovando os bené­ fantil, nessas comunidades, começa a declinar. ficos efeitos das inovações que vai praticando, con­ A escolinha da roça, animada e ajudada a pro~ seguindo aquela oportunidade de relações humanas fessôra (que sempre viveu abandonada a si mesma), com pessoas de outro padrão cultutal, o campo­ cria um novo elã e retira da equipe tôda a cola­ nês supera o espírito de rotina, passa a confiar na boração possível; fazem-se palestras e demonstra­ sua própria iniciativa e, tendo vencido dificuldades ções, dentro do currículo ou nos intervalos; orga­ que lhe pareciam insuperáveis, conquista a auto­ nizam-se clubes agrícolas e pelotões de saúde, cul­ confiança. A vida social assume novo aspecto; os tiva-se a horta, faz~se a expetiência da sopa escolar; clubes - embriões do Centro Social de Comuni­ começamMse pequenos projetos de artes manuais; dade - recebem os diferentes grupos, que ata rea­ faz-se a boa recreação, em rodas, canções, dramati­ lizam um trabalho conjunto, ora freqüentam pe­ zações diversas, teatrinhos de fantoches (prepara­ quenos cursos de aprendizagem, ora escutam pa­ dos os bonecos pelas me&mas crianças) ; os cursinhos lestras dos técnicos da Missão ou de outras institui­ de costuras e bordados absorvem o interêsse e o ções, ora discutem e planejam assuntos do seu in­ entusiasmo das e:arôtas - a escola começa a viver tcrêsse Por fôrça dessas oportunidades, modifica-se c atrair a criança~a a paisagem humana, transforma-se a paisagem fí• O ambiente reflete o novo conceito de vida. ska. Os mais pobres buscam esforçar-se por melhorar a A agricultura assume uma nova feição: utili­ casa e consertam uma pat ede, abrem uma janela, zam-se, à medida que chegam os recursos, máquinas fabricam um móvel (a equipe mantém cursos de agrícolas; ensaiam-se novas culturas e modernizam­ fabricação de móveis rústicos), caiam a casa; en~ -se e ampliam-se as que estavam decadentes; fa­ quanto os menos desprovidos de meios, iniciam brica-se o adubo orgânico e aprende-se a sua boa obras de reconstrução, e as novas casas se fazem utilização; começa-se a combater a erosão; prati­ com mais higiene e mais confôrto, tendo utn fogão, ca-se a rotação de culturas; cuida-se da criação de um banheiro, uma latrina; a preocupação pela lim­ animais sob os ensinamentos da técnica; comba­ peza e pelo bem-estar vai surgindo e os quadros tem-se as pragas e os insetos daninhos; seguem-se e os jarros de flores vão adotnando o lar; no quin­ os preceitos da defesa sanitária vegetal e animal; tal cultiva-se a horta, à frente da casa plantam-se vai-se substituindo, através de demonstrações e ex­ flores. As jovens aprendem a fazer os utensílios e periências, o uso da enxada pelo arado e pelo os adornos domésticos, com arame, contas, fibras, cultivadot, como passo inicial para a mecanização. pedaços de madeira, tampas de garrafa, usando O cultivo extensivo da batata e do tomate, em Osó• tôda essa porção de coisas .inúteis que a arte femi­ rio; as lavouras de hortaliças. a adubação genera­ nina sabe transformar em beleza, e surgem os cen­ lizada, a correção no cultivo do fumo, em Cruz das tros de mesa, os tapetes e capachos, as toalhas e 232 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS portawtoalhas, os paninhos para o pote ou para o paga a pena". A gente rural está aprendendo a moringue, as cestas de ovos, as peneiras, as bôlsas, encarar de frente os seus problemas, e a resolvê-los frutos do trabalhO, cujas sobras começam a ser le­ com proveito. É, na verdade, confortador ver os vadas ao mercado, dando, assim, um sentido eco­ rurícolas - homens, mulheres, crianças - organi­ nômico aos la.zeres • zados em grupos, discutindo com espírito crítico e A fall).Ília é valorizada como elemento funda­ entusiasmo, debatendo questões de interêsse ime­ mental da vida social, regularizam-se e legalizam-se diato, mas também preocupados com os problemas situações conjugais, cria-se a consciência da ne­ gerais da coletividade - a construção da igreja, o cessidade do registro civil. Suavemente, através da ajardinamento da praça, a abertura de uma estrada recreação e dos desportos, vai-se atacando o grave de rodagem. O que entusiasma é sentir que se problema do jôgo e da bebedeira rompe aquela crosta de pessimismo e desalento com Isto o que nos mostra um pouco mais de doze que se costuma apresentar o camponês, e desco­ meses de ação educativa Mas o que sobreleva a brir o homem novo, que se revela descontente com tudo, o que realmente impressiona a quem se ha­ a vida de miséria e desconfôrto, palpitando de an­ bituou a tratar com o nosso camponês, é o novo seios de progresso, pronto a arriscar-se para me­ espírito que nêle desperta. Nas comunidades onde lhorar, sequioso por aprender, olhando para as novas vem agindo uma Missão Rural, já não é aplicável iniciativas com o desejo de experimentá-las, e expe­ a imagem do jeca-tatu a retrucar sempre que "não rimentando-as. Idéias em Foco

os ESTADOS E A CRIAÇAO- DOS MUNICÍPIOS

EGRÉGIO Supremo Tribunal Federal ocupou-se, O eminente Ministro Luís Gallotti aceita uma O na sua sessão de segunda-feira última, da ques­ manifestação plebiscitária das populações interessa­ tão da criação de novos Municípios ou, melhor, do das quando se tiverem de fazer divisões de Muni­ direito dos Estados à mesma criação, sem inter­ cípios, desmembramentos. Deve caber à União Fe­ venção alguma ou iniciativa dos Municípios interes­ deral regular em lei o assunto: primeiro porque se sados. trata de conceder um direito político, uma nova O eminente Ministro Luís Galloti, relator, apre­ forma de voto; segundo, porque não se pode com­ sentou o seu parecer apoiando a ação livre dos Es­ preender que haja plebiscito em uns Estados e em tados ou apenas consentindo que haja um possível outros não ..• plebiscito nas localidades em causa. O voto está Afirmam alguns autores que a Constituição as­ admiràvelmente fundamentado e magnificamente segura aos Municípios autonomia tão sOmente no apoiado no que seja o ~istema federalista clássico, que diz respeito ao seu peculiar interêsse e que a no qual os Estados são Unidades Federadas e os criação de novos Municípios ou desmembramentos Municípios meras entidades administrativas. No de Municípios não é de peculiar interêsse e sim ponto-de-vista em que se colocou, com procedência do interêsse estadual, quiçá federal. A realidade perfeita, o voto do eminente relator é um trabalho afirma outra coisa. elevado e magnificamente apoiado com argumentos Salientemos um caso freqüente e freqüentíssimo de alta valia. no momento. O Município deseja estabelecer servi­ Mas, em face da Constituição brasileira pre­ ço de água e esgostos na sua sede. Faz empréstimo, sente e que continuou a tendência brasileira fun­ assume compromissos, na base das suas rendas. De damente acentuada em favor dos Municípios, em um dia para outro, uma lei tira dêsse Município o talhar um novo e forte figurino para os Muni­ melhor ou os melhores Distritos, os mais rendosos cípios - estamos sob o regime do federalismo clás­ Claro está que as rendas do Município ficam seria­ sico? mente afetadas e não mais pode êle satisfazer aos Em primeiro lugar, ouso negar, mirando a rea­ compromissos assumidos. Está, ou não ferido, no seu lidade, que não há sistemas absolutos no govêmo peculiar interêsse? dos povos, cada nacionalidade introduzindo no go­ Quando há o desmembramento de Municípios, vêrno adotado modificações próprias que alteram a regra é a perda justamente dos territórios mais de modo sensível o sistema clássico tão teOrica­ importantes em rendas e população. Já houve um mente traçado nos livros pelos tratadistas .•. desmembramento que reduziu um Município a um A verdade é que, no Brasil - nas últimas têrço das rendas próprias, isto é, não contado o constituições, a União foi levada aos Municípios e impôsto de renda dado pela União. êstes trazidos para a União. Aliás, êsse mesmo pro­ Verifica-se, pois que a alteração do território cedimento pode ser registrado de duas dezenas de de um Município influi de maneha decisiva na sua anos para cá nos Estados Unidos, o criador do mo .. administração, isto é, naquilo em que se baseia ou derno federalismo. que consiste a administração municipal autônoma O eminente Ministro Luís Gallotti sente isto Não há dúvida que estando o Brasil trilhando mesmo e, no seu magnífico voto, transcreve o dizer caminho novo no assunto temperando a seu modo de Levi Carneiro, no seu último trabalho o qual o sistema federativo - dá lugar a que possam ser diz recear que - "os Municípios brasileiros passem expostas, com argumentos sérios, as mais variadas a ser verdadeiras Unidades Federativas, criando-se no Brasil uma Federação de nova espécie em que opiniões. os Estados se dissolveriam em Municípios ... ". Vem isto, porém, demonstrar, ainda mais acen­ Ainda não chegamos até lá, porém caminhan­ tuadamente, a necessidade de uma lei federal que do bastante, estamos muito longe da Constituição de complemente a Constituição no que diz respeito aos 1891, sob a qual os Estados ou melhor, cada Es­ Municípios. tado tinha amplos poderes de fazer com os Muni­ Não havendo esta lei, ince1 tos ou duvidosos cípios o que bem entendesse e variando muito de continuarão sendo na espécie os poderes da União, tipo. Os Municípios possuíam então uma autono­ dos Estados e dos Municípios Talvez não baste mia administrativa nominal, porque não pode haver uma lei complementar, tornando-se precisa uma autonomia administrativa digna dêsse nome sem emenda constitucional ... recursos reais e garantidos para a auto-adminis­ E tanto mais se torna necessária uma medida tração. legislativa federal reguladora do assunto, quanto se As novas Constituições brasileiras começaram apura que, na grande maioria dos casos, a criação por garantir aos Municípios rendas próprias e mais de Municípios novos tem sido praticada com o in­ cotas das rendas da União e dos próprios Estados; tuito de receber maior quantia do impôsto de renda. e a êstes p1oibiu, de fato, buscar novos recursos São Paulo e Minas já encaminharam, cada um, para em novos impostos .•. os seus Municípios recentemente criados mais de Tôda a complicação que vem surgindo sôbre a sessenta milhões de cruzeiros criação de Municípios provém da falta de uma lei federal que complete os dispositivos da lei básica ÜTTO PRAZERES

* Transcrito do Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, edição de 1.0 de agôsto de 1954 Através da Imprensa

CONCENTRAÇAO- E VALO.RIZAÇAO- DAS TERRAS PAULISTAS

S dados preliminares do censo agrícola de 1950 de 213 cruzeiros, havendo, por conseguinte, um au~ O e referentes ao Estado de São Paulo assinalam menta de sete vêzes Como, de acôrdo com os es­ dois fenômenos importantes: a concentração e a va~ pecialistas, no mesmo período a desvalorização da lotização da propriedade. moeda atingiu a cêrca de cinco vêzes, conclui-se que, No período intercensitário de 1920 a 1940, ve­ num decênio, a terra paulista experimentou apre­ rificou-se fenômeno inverso - fragmentação e des­ ciável valorização. valorização - tendo o tamanho médio das explo­ Em 1920 o hectare de tena no Estado cus­ rações agrícolas descido de 172 para 118 hectares. tava em média 161 cruzeiros Vinte anos depois, Os dados de 1950, no entanto, contrariam a subira a 213 cruzeiros Confrontados os dois va­ tendência ao distributismo, que os partidários da lores acima, registra~se um aumento de 32%, ma­ pequena ptopriedade registraram com tanto júbilo nifestamente inferior à depreciação da moeda. Basta Entre 1940-1950, a área dos estabelecimentos rurais lembrar - como registra o Serviço Nacional de Re­ aumentou de 3% aproximadamente, enquanto o seu censeamento - que no citado período o índice do número diminuiu de cêrca de 12o/o custo-da-vida cresceu de cêrca de duas vêzes. Evi­ As propriedades de mais de mil hectares, que dencia-se, pois, que entre 192 O e 1940 depreciou-se eram em número de 2 222 em 1940 - informa a a propriedade da terra paulista. Conjuntura Econômica (edição de junho) passa­ O fenômeno exige investigação, e minuciosa, ram para 2 558 para conhecer-lhe as causas reais Numa primeira Em tloca, as de 100 hectares, que somavam dedução, os estudiosos da economia agrícola atri~ em números redondos, 223 mil em 1940, caíram buem o fenômeno à depressão econômica que se ve­ para 190 mil em 1950, apresentando aparente re­ rificou em 1929, com a crise da superprodução do cuo das pequenas propriedades O tamanho médio café e conseqüente queda de preço e cujos reflexos da propriedade, no período em aprêço, subiu de se prolongaram por uma década. 118 a 139 hectares Nos últimos trinta anos, teria, pois, a economia Em 1940, o índice de concentração, de acôrdo agrícola bandeirante atravessado duas fases: a pri~ com o Plocesso Carrada Gini, era de O, 76o/o, as­ meira de depressão, que se reflete nos resultados cendendo a 0,83 em 1950 censitários de 1940 A segunda de ascensão, no Outro fato interessante consiste no paralelismo período de 1940 a 1950 Em ambas assinala-se a entre os fenômenos fragmentação - desvalorização e presença dominadora do café * concentração - valorização, que a estatística re­ vela BRASILIO MACHADO NETO Em 1950, de acôrdo com os dados do Serviço Nacional de Recenseamento, um hectare de terra em São Paulo estava valendo, em média, 1 563 * Do jornal do Comércio, Rio, edição de cruzeiros A média 1egistrada dez anos antes fôra 25 de agôsto de 1954

OPERAÇAO- MUNICÍPIO

MA poderosa fôrça a serviço do País está sendo boravam êsse plano que, depois de fartamente es­ U mobilizada com o lançamento na Câmara Fe­ clarecido, foi aprovado, por unanimidade, nas co­ deral, esta semana, da Operação-IVlunicípio, o gran­ missões técnicas e no plenário do III Congresso Na­ de plano de obras e serviços municipais, que os cionai de Municípios, de que é a mais alta con­ prefeitos e vereadores de todo o B1asil, reunidos no quista. Congresso de São Lourenço, solicitaram à Nação Quê é a Operação-Município? Uma incursão A Operação-Município é a mais séria e audaciosa no terreno dos empreendimentos estatais, arrojada contribuição dos últimos anos à so­ porém r~vestida de todos os cuidados da mais mo· lução dos problemas das Prefeituras do in­ derna técnica de planejamento e com um objetivo terior e, 1epresenta a marca da inquietação certo, a curto e a longo prazo: o estabelecimento ou criad01 a de uma geração É um divisor de águas a recuperação de condições estáveis de progresso nos entre o municipalismo de palavras e o municipa­ dois mil e quinhentos Municípios brasileiros. A lismo de ação Destina-se a encerrar, definitiva­ 1esolução aprovada em São Lourenço, em seus dois mente, o ciclo de discurseiras cívicas inconseqüentes, únicos artigos, demonstra que o plano é de uma para definir o surpreendente momento que começa clareza meridiana, não é oneroso e desempenhará a viver o Brasil, onde, à margem da política parti­ um papel eminentemente anti-inflacionário Reco­ dália e das competições pessoais, homens jovens de mendaram os administradores e legisladores das Pre­ tôda a parte não se contentam apenas com a con­ feituras, congregados na estância mineira: a "orga­ templação ou dissecação dos fenômenos, mas pro­ nização e estabelecimento de um plano nacional de curam os meios práticos para combater os erros e obtas e serviços municipais, com fundo financeiro armar as soluções indispensáveis Os jovens turcos próprio e administração especial, aprovado em pré­ do municipalismo, com paciência de frades medie­ vio acôrdo interpartidário específico, para ser exe­ vais, devotaram longas noites e dias inteiros ao es· cutado mediante convênio, devendo os Governos mu­ tudo da - Operação-Município - Enquanto mi­ nicipais, estaduais e federal se entenderem para o lhões de brasilehos dormiam ou se entregavam às fim colimado nessa recomendação"; e, "enquanto não suas ocupações habituais e milhares de outros goza­ fôr elaborado e incorporada ao orçamento da União vam os ócios pagos pelas instituições em decadência, a Operação-Município, os prefeitos e vereadores do os moços que, há dez anos, lutam desinteressada e Brasil, reunidos no Congresso de São Lourenço, rei­ abnegadamente pela sorte do interior do Brasil ela- vindicam, um programa de emergência na ordem de ATRAVÉS DA IMPRENSA 235

3 biliões de cruzeiros, como antecipação do investi­ e envelhecetn as instituições, por falta de sólida mento total da Operação, solicitando ao Govêrno base em cada comunidade federal a abertura do crédito especial competente. Teremos, assim, uma espécie de Plano Salte Os investimentos serão feitos na base de convênios para os Municípios Uma fórmula de atomizar pro­ entre a União, os Estados e os Municípios, êstes dutivamente recursos da União, levando recursos com reduzida ou quase simbólica contribuição, dada para o interior mas organizadamente, programada­ a exigüidade de seus recursos, tendo a primeira mente Seu caráter é objetivamente anti-inflacioná­ participação majoritária na formação da receita do rio, porque cria ou permite o aparecimento de con­ Fundo". dições indispensáveis ao aumento da produção, a O unânime pronunciamento de São Lourenço única forma certa de combater o excesso dos meios ecoou no Congresso e já o deputado Jarbas Mara­ de pagamento. Não é oneroso, porque desvincule nhão apresentou quinta-feira última, projeto de lei do orçamento federal uma série de despesas até dispondo sôbre as bases e diretrizes para a organi­ agora dispersivamente atendidas. Representa me­ zação do plano, com glande receptividade por parte nos de 6o/o do total do orçamento da União para de seus colegas. Grande número de parlamentares 1955 o custeio anual do plano, bem como do pro­ já assinou a emenda ao orçamento mandando in­ grama de emergência A depressão econômica na cluir a verba para o programa de emergência, em hinterlândia será diretamente combatida pelos in­ cumprimento da resolução do Congresso Nacional vestimentos que se fizerem, no montante de 15 de Municípios Na marcha em que se segue, a Ope­ biliões de cruzeiros, divididos em cinco anos Cons­ ração-Município, pela sua expressão de unanimi­ truir-se-á uma poderosa base para a organização dade nacional, na afirmação de conquistas positivas nacional sôbre a plataforma dos Municípios prós• dêsse legítimo movimento pan-brasileiro que é a peros e bem aparelhados. campanha municipalista, aproxima-se dos momentos Necessitava o Brasil de um instrumento de culminantes, a que não faltará o apoio de todos conquista efetiva de seu vasto império continental. É impossível decepcionar os homens do interior do Aí está a Operação-Município, que é uma vigoro­ Brasil, numa compacta e esclarecida afirmação de sa expressão da vontade dos milhares de Municípios sua vontade, sem que sejam sacrificados os inte­ de nossa Pátria no sentido de que lhe sejam asse­ rêsses da conjuntura política urbana e sem que o gurados os meios para progredir livremente e digR intetior caia, ainda mais, na sua conhecida des­ namente contribuir para a grandeza do Brasil. graça Tornar v:toriosa a Operação-Município é um imperativo da hora presente em que tombam OSÓRIO NUNES V ida Municipal

AMAZONAS TERESINA - Inaugurada a Maternidade São Vicente. * Fundou-se a Sociedade Piauiense de Ca.rauari Em construção uma estrada de Combate ao Câncer. * Entrou em funcionamen­ rodagem que ligará a sede municipal ao povoado to o Sanatório Meduna, para doentes mentais. de Simpatia . Codajá.s - Realizado o levantamento topográ~ CEARA fico da cidade para a instalação do serviço de águas e esgotos. Anacetaba - Em construção o prédio desti­ Itapiranga - Instalada a Associação Rural de nado à Maternidade Nossa Senhora das Graças. Itapiranga. Baturité - Inauguradas as barragens Ponte Governador Raul Barbosa, no Candeia, e Tijuquinha PARA e o Aprendizado Agrícola Pe. Luís de Brito. Canindé - Realizou-se a inauguração da Ma­ Abaetetuba - Entrou em funcionamento o ternidade Dr. Rocha Lima e a criação de quatro Ginásio Nossa Senhora dos Anjos. escolas estaduais no D' &.trito de Paramoti. * Ele­ Gurupá - Inaugurado o Grupo Escolar Dr. vadas à categoria d-'.: vila as localidades de Espe­ jain1e jacinto Aben~Athar. rança e Bonito. * Criada utna escola primária IQ.Q.rapÕ-Açu - TnodAlAI'io o ~Prviço de áe:ua P<;t::ldual na fazenda Monte Orebe. da sede municipal. Cratéus - Inaugurado o edifício do Forun1. Nova Timboteua - Dotado de serviço telegrá­ Farias Brito - Instalado o Distrito de Nova fico o Município. Betânia, com sede no povoado de Barreiros. Pôrto de Moz - Inaugurado o prédio desti­ FORTALEZA - Instalou-se mais uma escola nado à escola rural da vila de Sousel. do SESI, situada no Distrito de Parangaba. * Em Salinópolis - Inaugurada, em São Vicente, a funcionamento a Bôlsa de Valores do Ceará. Escola Primária Padre Antônio Vieira. * Sancionada a lei rnunicipal que autoriza a doa­ Santarérn - Tiveram início os serviços de ção de dois milhões de cruzeiros e utna área de instalação dos telefones automáticos. terras à Fundação Júlio Pinto. * Realizado o Soure - Inaugurado, na vila de Salvaterra~ XII Congresso Estadual dos Estudantes. o Matadouro Municipal. lpu - Inaugurado o prédio da Maternidade Dr. Francisco Araújo. MARANHÃO Limoeiro do Norte - Criadas as Escolas Mu­ nicipais Francisco José Rodrigues e Luís José Ma­ Ararí - Fundado o Ginásio Santa Maria Go~ chado, localizadas nos Distrito~ de Limoeiro do rete. Norte e n~ sede distrital de Bica. Babaca} - Fundada a Cooperativa Agrope­ Maranguape - Lançada a pedra fundamental cuária Bacabal Ltda. * Instalou-se uma agência do prédio do Círculo Operário, . * Criadas duas do Banco do Estado do Maranhão SI A. escolas primárias estaduais, localizadas na vila de Brejo - Inaugurado o Cine-Tcatro Fax, do Jubaia e Distrito de Tanques. Educandário Pio XII . * Fundada a Associação Quixeramobim Lançada a primeira pedra da Rural de Brejo. Maternidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro . Carutapera - Instalada a Escola Rural Pre­ * Em funcionamento o Pôsto Médico. sidente Dutra. Russas - Inaugurado o prédio da Prefeitura Grajaú Tiveram início os serviços de insw Municipal. talação de luz e energia elétrica. * Criada a Santa Quitéria - Instalado o Pôsto de Pue­ Escola Humberto de Campos, no Distrito-sede. ricultura. Guimarães Inaugurado o Grupo Escolar Dr. São Gonçalo do Amarante - Instaladas três Urbano Santos. escolas mistas estaduais em Chaves, Pecém e Acen­ Mirador - Iniciada a construção de uma es­ de Candeia. cola rural, na vila de Ibipira. Sobral - Instalada a linha telefônica Meruo­ Monçiio - Fundou-se a Associação de Proteção ca-Massapê . * Inaugurado o Abrigo Sagrado Co­ à Maternidade e à Infância de Monção. ração de Jesus, destinado q velhice desamparada. Passagem - Instalada a Escola Dias Tauá - Instalado o Subposto de Saúde da vila Carneiro, em Lagoa Redonda. de Parambu. Pastos Bons - Criadas escolas primárias nas localidades de Anajás, Sobradinho, Várzea do Meio, Sucupira e Maribondo e povoado de Santa Fé. RIO GRANDE DO NORTE Primeira Cruz - Criadas escolas municipais nos povoados de Pedras, Buriti e Cauã. Açu - Inaugurada a Escola Profissional Mas~ Rosário - Criada uma escola municipal em culina de Açu, de ensino gratuito. Centrinho. Angicos Em atividade o Pôsto Agropecuá- Timon - Iniciado o assoalhamento da ponte rio, a Casa do Lavrador e a Patrulha motomeca­ n1ctálica da Ferrovia São Luís-Teresina, sôbre o nizada. rio Parnaíba, para a ligação rodoviária Fortaleza­ Arês - Instalada a agência postal-telegráfica -Teresina-Peritoró. do povoado de Estivas. Urbano Santos - Fundada a Cooperativa Mis­ Goianinha Inaugurada a poníe de concreto ta Agropecuária de Urbano Santos Ltda. sôbre o rio do Salto. jardim de Piranhas - Entregue ao tráfego a PIAUí ponte sôbre o rio Piranhas, que mede 300 metros de extensão por 5, 90 de largura. Barras - Instalado um serviço de táxis aéreos NATAL - Lançada a pedra fundamental de entre esta cidade e a Capital do Estado. um sanatório para tuberculosos. Buriti dos Lopes Construída uma ponte Parelhas Teve início a construção do campo sôbre o rio Piranji, no trecho da estrada de roda­ de aviação . * Instalou-se a Escola Comercial gem que liga a sede municipal a Parnaíba. de Parelhas. Pôrto - Inauguradas, no povoado de Peixe, as São José de Mipibu Inaugurada a iluminação Escolas Sagrado Coração de Jesus e Sete de Se­ elétrica pública e domiciliar da vila de Vera Cruz. tembro, esta última em cooperação com a Cam­ São Tomé - Iniciada a construção do aero~ panha de Educação de Adultos. porto civil, cuja pista medirá 833 metros de com­ Regeneração - Iniciada a construção do grupo primento por 30 de largura. * Tiveram início escolar da cidade. as obras de construção do Instituto de Menores. Ribeiro Gonçalves - Criadas· duas escolas mu­ Serra Negra do Norte - Criada uma escola nicipais rurais em Buriti Torto e Baixa Grande. municipal no sítio Aroeiras. VIDA MUNICIPAL 237

PARAíBA Pôrto Real do Colégio - Iniciada a construção de um campo de pouso. Brejo do Cruz - Realizadas as inaugurações Santana do lpanema - Inaugurado, no bairro do Mercado Público de São José e serviço de luz da Camoxinga, o Grupo Escolar Rural Ormindo elétrica da vila de Belém. Barros. Campina Grande - Inaugurados a Estação Te~ São Brás - Criado o Município de Feira lefônica, o Grupo Escolar Pedro Otávio e a em­ Grande, ex-Distrito de igual nome. prêsa de luz, do Distrito de Boa Vista, e o Grupo São José da Laje - Instaladas seis escolas Escolar de Campinote, Distrito de Lagoa Sêca. primárias municipais nas zonas urbana, suburbana e Catolé do Rocha - Iniciada a construção dos rural. prédios do Ginásio Leão XIII, Escola de Iniciação Agrícola e Escola Profissional. SERGIPE Guarabira - No ar a Rádio Independência de Guarabira. ARACAJU - Iniciada a construção de mais JOÃO PESSOA - Lançada a pedra funda­ cem casas populares 1no Conjunto Residencial Aga­ mental do orfanato do Centro Social Padre Debon. menon Magalhães. * Inaugurado o Hospital-Sa­ * Instalados os serviços de abastecimento d'água natório de Aracaju, da Campanha Nacional Contra do Jardim Miramar. * - Instalou-se a Bôlsa de a Tuberculose, em colaboração com o Govêmo es­ Valores da Paraíba. * Inaugurados os serviços tadual, e do Mercado Municipal Intendente Alcino da Rádio Internacional do Brasil. Barros, localizado na bairro de Cidade Nova. Teixeira - Instaladas as agências telefônicas * Instalada a Escola de Serviço Social do Estado das vilas de Imaculada e Destêrro. de Sergipe. Canhoba - Inaugurado o Mercado Público PERNAMBUCO Municipal do povoado de Nossa Senhora de Lourdes. Carmópolis - Inaugurada a Escola Pública n, 0 Amaraji - Iniciada a construção do prédio 3 da sede municipal destinado à Cooperativa Agropecuária. * Funda­ Muribeca - Inaugurado o Pôsto Fiscal Virgílio do o primeiro jornal da cidade, A Voz de Amaraji. Pacheco. Belém de São Francisco - Inaugurados o Ma­ Riachão do Dantas - Teve início a construção tadouro e o Açougue Público. * Inaugurado o Gi­ de um pôsto de combate à helmintose * Ins­ násio Menino Deus. talado o Pôsto de Puericultura. Buíque - Instalado o Pôsto Infantil. Salgado - Iniciado o funcionamento da escola Canhotinho - Em construção o Pôsto de Pue­ rural do povoado de Arauari. ricultula. Escada - Inaugurados os prédios do SESI BAHIA e do SASE. Gameleira - Inaugurado o serviço de abaste­ Alagoinhas - Em conshução a rodovia muni­ cimento d'água da sede municipal cipal que ligará a cidade à vila de Araçás. * Ins­ Glória do Goitá - Instalou-se um pôsto de talada a Associação Rural de Alagoinhas. * Inau­ combate ao tracoma. gurado o Cine Afa. * Em construção o 3.0 mer­ Igaraçu - Inaugurada uma colônia penal na cado público municipal. localidade de Macacheira, anexa à Penitenciária Angical - Procedido o levantamento topográ­ Agrícola de Itamaracá. fico da cidade para instalação do serviço de água. ]aboatão - Inaugurado o serviço de ilumina­ Boa Nova - Elevado à categoria de Comarca ção pública e domiciliai do Distrito de Muribeca o Município. dos Guararapes. Cachoeira - Criadas escolas municipais nas Lagoa dos Gatos - Em funcionamento o Pôs• fazendas Nova Aldeia, Distrito de Santiago do to de Higiene. Iguape, e Pinguela, no de Belém da Cachoeira. Olinda - Inaugurado o Instituto Histórico de Casa Nova - Criado o Pôsto de Puericultura. Olinda e instalada a Biblioteca Municipal. Cícero Dantas --- Entregues ao tráfego 30 qui­ Ouricuri - Em construção os prédios desti­ lômetros de estrada de rodagem ligando a cidade ao nados aos Ginásio de Ouricuri, Escola Ruial e Pôs• arraial de Ilha Caxias e à vila de Fátima (Mon­ to Florestal. talverne). Pedra - Inaugurada a maternidade da As­ Conceição do Almeida - Iniciados os trabalhos sociação Pedrense de Amparo à Maternidade e à para o fornecimento de água encanada à cidade. Infância. Correntina - Tiveram início as atividades do Pesqueira - Instalados o Município de Poção, Pôsto Médico do SESP. ex-Distrito do mesmo nome e o Distrito de Mu- Cotegipe - Iniciada a construção do prédio tuca. · destinado ao Quartel de Polícia e Cadeia Pública RECIFE - Inaugurados o Centro de Saúde Ilhéus - Instalada a agência da Equitativa Agamenon Magalhães e, na sede do SAMDU, o Seguros de Vida. * Inaugurados o Grupo Es­ Banco de Sangue. * Lançada a pedra funda­ colar Santa Ângela e a Escola Profissional D. mental do Hospital da Restauração, futuro Pronto Eduardo, anexos ao Orfanato D. Eduardo, e o pré­ Socorro do Recife * Entregue ao público o dio da Escola Pedro Vilas Boas Catalão. Mercado de Água Fria. Ipiaú - Instalou-se a agência do Banco do Sertânia - Em funcionamento o Pôsto de Vi­ Brasil. gilância Sanitária Animal. Irará - Inaugurado o Ginásio São Judas Ta­ Sirinl1aém - Inaugurados o Colégio Nossa Se­ deu, da Campanha Nacional de Ensino Gratuito, nhora das Graças e a Cadeia Pública. em colaboração com a Prefeitura. * Iniciados o Vicência - Inaugurada a Casa de Saúde Nos­ assentamento das linhas telegráficas e a construção sa Senhora de Fátima, destinada à assistência e da rodovia que ligarão os Distritos de Tupim e Ibi­ amparo dos necessitados. quera Itabuna - Em funcionamento a Escola Téc­ ALAGOAS nica de Comércio e o Ginásio Noturno Firmino Al- ves. Capela - Em construção o prédio destinado jacobina - Inaugurados o Ginásio Diocleciano à Cadeia Pública. Barbosa de Castro e o Núcleo Escolar. Limoeiro de Anadia - A vila de Taquarema ]equié - Inaugurado o edifício da Recebedo­ passou a ser denominada Cana Brava dos Pais. ria de Rendas do Estado . Major lsidoro - Inaugurados os açudes Major ]eremoabo - Inaugurado o serviço de ilumi­ Isidoro, Curral Novo e Riacho do Sertão. * As­ nação elétrica do Distrito de Santa Brígida. sentadas as pedras fundamentais dos Açougue Pú­ Livramento do Brumado - Criada a Escola blico, Pôsto de Saúde, Pôsto de Defesa Sanitária Comercial de Livramento. Animal e Pôsto Agropecuário. Mucugê - Inaugurados o Pôsto de Higiene Palmeira dos índios - Em construção o Gru­ da sede e as pontes sôbre os rios Cumbucas, Mo­ po Escolar estadual e quatro escolas municipais nos reira e Paraguaçu, nos Distritos de Mucugê e Ibi­ povoados de Lagoa do Capim e Ipueiras e sítios coara; os mercados públicos da vila de Ibicoara e Caraibinhas e Lagoa da Canafístula. * Instala­ do povoado de Brejo de Cima e o Cemitério Pú­ das as escolas municipais dos sítios Nova Esperança blico do povoado de Cascavel. e Lagoa da Areia. Mutuípe - Inaugurado o prédio da Escola Piaçabuçu - Em construção o prédio des­ Maria Júlia da Silva, na zona suburbana tinado aos Correios e Telégrafos. Coletoria Federal N azaré - Iniciada a construção do cais à e outras repartições. margem dileita do rio Jaguaripe. 238 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

Nilo Peçanha - Criou-se uma escola muni­ Caxambu - Entrou em funcionamento uma cipal no povoado de Itiúca. linha de ônibus ligando o Município ao de Var­ Pojuca - Inaugurado o Mercado Municipal de ginha. Cereais. Conceição da Aparecida - Inaugurada a Pon~ Queimadas - Entregue ao tráfego a ponte de te do Roncador, sôbre o tio Claro. concreto no trecho da estrada de rodagem entre a Conceição das Alagoas - Iniciada a constru~ sede municipal e Cansanção. ção do prédio destinado à Cadeia Pública. Riachão do ]acuípe - Lançada a pedra fun­ Congonhas - Criada uma escola rural no po~ damental do Colégio Seminário Vocacionista voado de Dr. Joaquim Murtinho, Distrito de Alto Rio de Contas - Instalada a Associação de Maranhão. Proteção à Maternidade e à Infância. Contagem - Instalou-se a Escola Municipal SALVADOR - Fundada a Sociedade Pesta­ Confrade João Ribeiro, no povoado de Água Branca. lozzi da Bahia, com finalidade de recuperação de Corinto - Em construção a P1aça de Esportes. crianças anormais ou desajustadas Coromandel --:- Inaugurado o conjunto resi· Santo Estêvão - A Municipalida.de vem de dencial da Casa Popular. * Em construção, por criar escolas em Morim, Ari e Serrote, Distritos de iniciativa da população local, o Ginásio Nossa Se .. Santo Estêvão e lpecaetá. nhora das Graças. São Filipe - Inaugurada a Casa de Detenção. Diamantina - Instalado o serviço telefônico São Sebastião do P assé - Entregue ao trân~ automático urbano. * Criadas escolas rurais nos sito a ponte sôbre o rio Jacuípe, no povoado de Distritos de Senadot Mourão e São João da Cha­ Grama pada. * Teve início o funcionamento da Facul­ Seabra - Iniciada a conhução dos prédios dade de Odontologia. dos Correios e Telégrafos e Pôsto de Higiene e a Dom Silvério - Inaugurado o Pôsto de Saúde abertura de uma estrada de rodagem que ligará estadual. o Município ao de Piatã, passando pela vila de Estiva - Lançada a pedra fundamental da Baraúnas Santa Casa de Misericórdia. Vitória da Conquista - Inaugurou-se a Colô• Estrêla do Sul - Criadas escolas estaduais nas nia Agrícola de Barra do Choça localidades de Água Emendada e Mutum de Cima Xique-Xique - Inaugurado o Pôsto de Pue­ e instaladas nos Distrito~sede e no de Chapada de ricultura e fundada a Associação de Proteção à Minas. Maternidade e à Infância. * Tiveram início os Extrema - Instalado o Município de Toledo, trabalhos de instalação de energia elétrica no Dis~ ex-Distrito do mesmo nome trito de Tiririca. Ferros - Construídas a rodovia que liga a sede municipal à fazenda Bonfim e uma ponte sôbre o MINAS GERAIS tibeirão do Borba. Grão Mogol - A Municipalidade criou hês Abaeté - Iniciado o calçamento da cidade escolas nas fazendas Roça Velha, São João e Tico­ Aiuruoca - Instalado o Município de Serranos, roró ex-Distrito do mesmo nome. Guanhães - Instalado o Município de Braúnas, Alfenas - Inauguradas oficialmente a Rodovia desmembrado de terras dêste Município Alfenas-Serrania e a ponte sôbre o rio São Tomé. Guaxupé - Instalada a agência da Caixa Eco­ Alto Rio Doce - Elevado à categoria de Mu­ nômica Federal. nicípio o Distrito de Cipotânea. * Instalada a Guidoval - Inaugurado o Asilo Frederico Oza­ Estação radiotelegráfica nam Ataléia - Inaugurados os mercados municipais lbiá - Iniciada a construção do trecho rodo­ de Fidelândia e Ouro Verde. * Em construção viário que ligará o Município ao de Campos Altos. as estradas da sede a São Mateus e Lajedão Ibiraci - Elevado à categoria de Município Baependi - Instalado o Ginásio Nossa Senhora o Distrito de Garimpo das Canoas, sob a denomi~ de Montserrat. * Lançada a pedra fundamental nação de Claraval. da Praça de Esportes lndianópolis - Inaugurados os prédios das Es­ Baldim - Em construcão a Estrada Fazenda cola Rural Cel. José Barbosa de Miranda e Escola da Fortuna-Córrego da ExÍ.rema, nas divisas do Rural Padrão, situadas nas fazendas dos Angicos Município de Santana de Pirapama * Instalada e Onças, respectivamente. uma agência postal na vila de São Vicente. Itabira - Inaugurado o Pôsto de vendas da * Const,ruído um trecho de estrada de rodagem COAP que liga o povoado de Vargem G1ande à Estrada­ ltaguara - E1n locação a eshada que ligará ~tronco Rótulo-Belo Horizonte o Município ao de Formiga. Barbacena - Elevadas à categoria de cidade Itamarandiba - Iniciados os serviços de ca~ as vilas de Oliveira Fortes, Paiva, Ressaquinha e nalização de água e rêde de esgotos. Angoritaha, esta última com a denominação de Se­ I tinga - Instalado o serviço de luz elétrica nhora dos Remédios * Em circulação o Correio da vila de Santana do Arassuaí. da Serra. ltueta - Inaugurado o prédio da Escola Rural Betim - Estabelecendo a ligação dêste Muni· Municipal de Córrego do Chapéu cípio com o de Mateus Leme, acha-se em tráfego a Ituiutaba - Instalada a 30.a Circunscrição do ponte sôbre o rio Paraopeba, na Estrada Fernão Servico Rutal de Defesa e Fomento da Secretaria Dias * Realizada a inauguração do Grupo Es· da Agricultura. colar de Ibireté. Itumirim - Instalada a Comarca de Itumi· Bom Despacho - Inaugurado o prédio dos rim * Elevado à categoria de Município o Dis­ Correios e Telégrafos e uma ponte ferroviária sôbre trito de Itutinga * Instalados os prédios das o rio Lambari, ligando êste Município ao de Escolas Rurais Saturnino Pereira e Emerenciana Pitangui Andrade. Bom Jardim de Minas- Em construção o pré­ Juiz de Fora - Inaugu1ado o novo transmissor dio do Grupo Escolar de Arantina. de ondas curtas da Rádio Industrial de Juiz de Bom Sucesso - Instalada uma escola muni­ Fora, prefixo ZYV-32 . cipal no povoado de Morais, no Distrito-sede Ladainha - Instalado o Distrito de Concórdia Brasópolis - Instalado o Distrito de Dias. do Mucuri, ex-povoado de Concórdia Caeté - Em construção a Estação Rodoviária Lima Duarte - Iniciadas as atividades do Municipal * Inaugurado, na vila de União de Grupo Escolar Pedro Paz, da Escola Rural Nomi­ Caeté, o prédio destinado às escolas primálias lo­ nato Duque e de duas escolas rurais localizadas em cais. Mogol, Se1rote e Gavião Camanducaia - Levantado o empréstimo de Cr$ 1 500 000,00 para a realização dos serviços de Luz - Instalado um pôsto de abasteciffiento da COAP. abastecimento d'água da sede municipal * En~ trou em funcionamento o Ginásio Dr. Gomes Neto. Maria da Fé - Elevado a vila o povoado de Campestre - Inaugurado o prédio do Grupo Pintos dos Negreiros Escolar Cel. José Custódio. Mariana - Tiveram inauguração um pôsto de Campo Belo ~ Iniciadas as obras do Ginásio abastecimento da COAF e o Ginásio Gratuito Frei Dom Cabral. Dom Manoel da Cruz Canápolis - Em construção o Forum. Martinho Campos - Entregue ao trânsito o Caraí - Criado um grupo escolar no Distrito trecho de estrada que liga esta cidade à de Abaeté de Padre Paraíso Mateus Leme - Criado o Pôsto de Saúde Carlos Chagas - Instalou-se o ginásio do Edu~ * Realizou-se em Juatuba o lançamento da pedra candário Brasil fundamental da Igteja de São Sebastião. VIDA MUNICIPAL 239

Matias Barbosa - Inaugurados o Pôsto da - Iniciada a construção da estra­ COAP, na sede, e o serviço de iluminação pública da que ligará a sede do Município ao povoado e domiciliar do povoado de Cotegipe . de Mendonça. Mercês - Inaugurada a Escola Rural Fran­ Ubá - Criado o Pôsto de Combate à Esquis­ cisco de Paula Homem de Faria, na fazenda Santa tossomose Amélia. Uberaba - A Associação de Combate ao Cân• Monsenhor Paulo - Criada uma escola rural cer do Brasil Central iniciou a construção do Hos­ na localidade de São Domingos. pital Mário Palmério. * Instalado o Município Monte Carmelo - Inaugurada a Rádio Cul­ de Água Comprida, desmembrado do de Uberaha tura de Monte Carmelo, prefixo ZYV-42, freqüên• e elevado à categoria de vila o povoado de Baixa cia de 1 55 O quilociclos . * Inaugurado o Ginásio Dr. José Ferreira, da Monte Santo de Minas - Autorizadas as obras Campanha N acionai de Educandários Gratuitos de construção do Grupo Escolar Lucas Magalhães * Instalada a Faculdade de Medicina do Triângu• e do campo de pouso. lo Mineiro. * No ar a Rádio Difusora Triangu- Morada Nova de Minas - Criadas as Escolas Hna I Rurais Duque de Caxias, Ministro Salgado Filho, Viçosa Inaugurada a Escola Superior de Tiradentes e Cristiano Machado. Economia Doméstica, filiada à Universidade Ru1al Muriaé - Inaugurado o prédio destinado às de Minas Gerais. escolas estaduais de Boa Família e iniciada a ins­ Virgínia - Instaladas uma agência do Banco talação do serviço de esgotos da mesma vila de Itajubá na sede municipal e uma escola rural N atércia - Em construção uma estrada de ro­ no povoado de Estiva. dagem que ligará a sede municipal aos povoados de Varginha, Usina e Bocaina. ESPíRITO SANTO Oliveira - Realizada a inauguração da Usina Hidrelétrica de Morro do Ferro. * Fundada a sociedade anônima Companhia Fôrça e Luz de Oli­ Alegre - Iniciada a construção de um asilo veira para a velhice desamparada do sexo masculino P araopeba - Inaugurou-se a agência do Banco * Inaugurada, na vila de Celina, uma ponte de Agrícola cimento armado sôbre o ribeirão Cucuí. * Em Patrocínio - Realizada a instalação do Mu­ circulação o semanário O Progressista nicípio de Setra do Salitre Cariacica - Realiz~da a inauguração do Hos­ Perdões - Inaugurado o Pôsto de Saúde. pital-Colônia Adauto Botelho, destinado ao trata­ Pirapetinga - Inaugurada a Escola Rural Ma­ mento de psicopatas. jor Afonso de Sousa, no Distrito de Caiapó Domingos Martins - Inaugurada a colônia agrícola denominada Obra Social de Formação Agrí• Pompeu - Iniciadas as obras de construção cola Darci Vargas da rodovia que ligará êste Município ao de Pitangui. Fundão - Inaugurado o Pôsto de Saúde es­ Poté - Inaugurado o prédio do Mercado Mu­ tadual. nicipal Guaçuí - Criadas as escolas municipais de Presidente Olegário - Realizada a inaugura­ São João da Serra e Barra da Forquilha. ção da agência dos Correios e Telégrafos e do Ce­ lbiraçu - Em construção o Grupo Escolar da mitério de Lagamar. cidade. * Assinados contratos para os serviços de Rio Paranaíba - Inaugurada a Estação Ro~ abastecimento d'água da sede municipal e constru­ doviária da sede municipal cão do Pôsto de Saúde Rio Prêto - Iniciada a construção da Rodovia - Itaguaçu - Criada a Escola Municipal de Al- Rio Prêto-Juiz de Fora. to Bananal, Distrito de Itarana Rio Vermelho - Inaugurados os serviços de Itapemirim - Iniciada a construção de uma abastecimento d'água da cidade e a Rodovia Rio ponte de concreto sôbre o 1io Itapemirim, ligando V ermelho-Itamarandiba. a localidade de Cabral à zona de Piabanha do Norte Rubim - Realizada a instalação do Grupo e ao Município de Iconha Escolar da cidade. J abaeté - Realizadas as inaugurações do pré­ Sabará - Em tráfego a Ponte Saldanha Ma­ dio destinado à Prefeitura e da Fazenda Experi­ rinho, sôbre o rio das Velhas. mental de Frutas Tropicais, localizada em Glória. Sabinópolis - Instalado o Ginásio Monsenhor Linhares - Em construção um campo de José Amantino dos Santos pouso. Salinas - Instalado o Município de Taiobeiras. Mantenópolis - Instalada a Coletoria Esta­ Santana de Pirapama - Instaladas as escolas dual rurais de Morro Grande e Po1 teiras. Mimoso do Sul- Inaugurado o se1viço de abas­ Santa Rita de ]acutinga - Iniciada a constru­ tecimento d'água da sede distrital de Santo Antô• ção da rodovia que ligará esta cidade à de Bom nio do Muqui * Em construção um grupo es­ Jardim de Minas colar na vila de Ponte de Itabapoana. * Insta­ São João dei Rei - Inaugurado o abasteci­ lado o Pôsto de Higiene estadual da vila de Apiacá. mento d'água da vila de Santa Cruz e a Faculdade Rio Novo do Sul - Inaugurados a estrada de de Filosofia, Ciências e Letras Dom Bosco na sede rodagem que liga a sede distrital de Princesa à lo­ municipal. calidade de Vargem Alta, no Município de Ca­ choeira de Itapemirim, o Pôsto de Saúde e a Ca­ São João Evangelista - Instalado o Município deia Pública. de Coluna Santa Leopoldina - Fundada a Cooperativa São João Nepomuceno - Elevado à categoria de Industrialização do Tomate de Município o Distrito de Descoberto VITóRIA - Tiveram lugar as seguintes inau­ São Joaquim - Iniciada a construção do cam­ gurações: Casa de Fôrça e Oficina Mecânica do po de pouso e do prédio destinado à Estação Me­ Pôrto, em Bento Ferreira; Fábrica de Tubos de Ci­ teorológica mento, da Prefeitura; Parque Infantil Ernestina São Lourenço - Inaugurada a filial da Caixa Pessoa; Banco de Ossos; novo edifício-sede da Le­ Econômica Federal. gião Brasileira de Assistência; Terminal Oceânica; São Sebastião do Paraíso - Inaugurada a Es­ Depósito de Inflamáveis, da Texas Co. em cola­ tação Rodoviária e iniciada a construção do edifício boração com o Govêtno estadual. * Instalada a dos Correios e Telégrafos Universidade do Espírito Santo * Fundada a São Tiago - Criada a escola rural mista da Federação do Comércio do Espírito Santo. * Rea­ localidade de Gamelas lizou-se o Congresso de Defesa da Monazita e do Sete Lagoas - Em tráfego a Estrada Bento Minério de Ferro. Gonçalves, de acesso à sena de Santa Helena. Silvianópolis - Lançado o jornal quinzenal RIO DE JANEIRO O Silvianópolis. Soledade de Minas - Criada a Escola São Cachoeiras de Macacu - Em construção o gru­ Sebastião, no bairro de Olaria. po escolar do Distrito de J apuíba Tarumirim - Criada a Escola Federal de Ini­ Campos - Inaugurados os Postos do SAPS, do ciação Agrícola. Patque Leopoldina e de Italva Tiradentes - Inaugurados os serviços de abas­ I taguaí - Inaugurado o serviço de energia tecimento d'água da vila de Santa Cruz e criado o elétrica da sede do Distrito de Coroa Grande Pôsto de Higiene Itaocara - Teve início a construção, na fa­ Tiros - Iniciados os trabalhos de instalação zenda Serraria, da ponte intermunicipal que ligará de água encanada para a sede municipal éste Município ao de São Sebastião do Alto 240 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

Itaverá - Iniciada a abertu1a da rodovia entre São Joaquim - Realizou-se a III Exposição Lídice e Coqueiros. * Criadas as escolas mu­ Agropecuária. * Em construção o campo de pou­ nicipal de Monjolinho, em Passa Três e estadual so e a Estação Meteorológica. de Pouso Sê co. * Tiveram início os trabalhos Turvo - Teve início a abertura de uma es­ de construção da Rodovia Itaverá-Mangaratiba. hada de rodagem ligando a vila de Meleiro ao -- NITERói - Tiveram início as atividades da Município de Criciúma. Zimotérmica do Brasil, a primeira usina da América Videira Instalado o Distrito de Pinheiro do Sul destinada à produção de adubo orgânico Prêto. pela transformação do lixo * Inaugurado o Ci­ nema São Jorge, no bairro do Fonseca, com capa­ cidade para 2 800 pessoas * Instalados o La­ RIO GRANDE DO SUL boratório de Higiene Industrial e o Dispensário de Higiene Mental Alegrete - Jnstalados oficialmente os serviços especializados de saúde pública e economia rural, Nova Friburgo - Inaugurado o Estádio Eduar­ do Guinle, do Fluminense Atlético Clube, situado conforme convêflr10 firmado entre as três órbitas administrativas do País. no Parque São Clemente. Nova Iguaçu - Inaugurado, na vila de Mes­ Antônio Prado - Em tráfego o trecho de es­ quita, o Grupo Escolar Dr. Manoel Reis. trada ligando o Município de Nova Prata à sede Paraíba do Sul - Entrou em circulação o desta Comuna. Correio de Paraíba do Sul. Aparados da Serra - Inaugurado o Ginásio Piraí - Alterada a denominação da Usina Nossa Senhora das Graças . Forçacava para Nilo Peçanha. Arroio Grande - Em construção a rodovia que Resende - Iniciadas as obras de construção ligará esta cidade à de Rio Grande. do Ginásio Municipal. Cacequi - Inaugurado o edifício da Prefei­ São Fidélis - Inaugurada a agência do DeN tura. * Entregue ao tráfego a ponte sôhre o rio partamento dos Correios e Telégrafos. Cacequi. Teresópolis - Inaugurado o Ambulatório CarN Cachoeira do Sul - Inaugurado o Pôsto do meta Dutra, anexo ao Hospital São José. SAMDU. Três Rios - Inaugurada a Inspetoria do DCT Caí - Autorizado pelo Executivo federal o * Deu-se o lançam~nto d:;t pedra fundamental do empréstimo de um milhão de cruzeiros para a cons­ Asilo da Sociedade de São Vicente de Paula. trução da rêde elétrica Nova Palmira-Vale Real­ -Feliz. PARANÁ Candelária - Lançada a pedra fundamental da Hidráulica municipal. Francisco Beltrão - Instalada a Comarca de Canela - Lançada a primeira pedra da Hi­ Francisco Beltrão. dráulica, destinada ao suprimento de água potável Ponta Grossa - No ar a Rádio Centlal do da cidade Paraná, prefixo ZY-S 34. Canoas - Instalado o Tribunal de Justiça Ribeirão do Pinhal - Iniciadas as obras de * Inaugurado o edifício do Banco Agrícola Mer­ instalação da rede telefônica urbana e interurbana. cantil. Santo Antônio - Instalada a Comarca de SanN Caràzinho - Inaugurada a filial do Banco do to Antônio. Brasil. Tomazina - Iniciados os trabalhos de consN Caxias do Sul - Realizadas a I Exposição• trução da estrada estadual ligando esta cidade à de -Feira Industrial do Rio Grande do Sul e Festa da Siqueira Campos. Uva de 1954 * Inaugurado o Monumento Na­ cional ao Imigrante, à margem da Estrada Federal. SANTA CATARINA * Instalou-se um pôsto do SAMDU * Lança• da a pedra fundamental do Asilo Bom Pastor, de Araranguá - Em circulação o semanário Fô• recuperação de mulheres. Iha Sulina. Biguaçu - Iniciada a construção do Pdsto de Encruzilhada do Sul - Firmado contrato para Saúde e Escola Agropecuária. a execução do calçamento da cidade. * Em fun­ Bom Retiro - Lançada a pedra fundamental cionamento o Ginásio Municipal. do Grupo Escolar de Barracão, Distrito de Catuíra. Erval - Em construção o Grupo Escolar da Caçador - Tiveram inauguração a Escola ProN sede municipal. fissional Feminina, estadual, e o Centro de Inicia­ Farroupilha - Iniciada a abertura da Rodo­ ção Profissional, federal. * Enhegue ao tráfego a via Farroupilha-Caxias do Sul. ponte sôbre o rio São Pedro, no DWtrito de Maw Garibaldi - Inaugurada a Escola de Ensino cieira. * Realizado o I Congresso das Associa­ Rural, localizada em São João da Cruz. * Em ções Rurais do Estado. tráfego a rodovia que liga o povoado de Tamandaré Campos Novos - Instalou-se o Colégio Nossa à sede municipal e o trecho da estrada geral à al­ Senhora de Fátima, de ensino primário tura de Santa Clara, Distrito de Carlos Barbosa. Criciúma - Criadas as escolas municipais de Guaíba - Inaugurados o edifício do Forum, Vila Próspera, no Distrito-sede, Balneário Arroio na sede municipal e o Ginásio São José, no DisN do Rincão, Distrito de Içara e Rio Guarapari, Dis­ trito de Barra do Ribeiro * Construídas duas trito de Nova Veneza. pontes de alvenaria em Passo da Estância, com a Curitibanos - Em circUlação o semanário finalidade de ligar o Distrito de Barra do Ribeiro ]ornai de Curitibanos. à Estrada Federal de Jaguarão. Guaramirim - Criadas escolas municipais no Guaporé - Inaugurado, na vila de São Do­ Distrito-sede e no de Massaranduha. mingos do Sul, o Hospital Paroquial Beneficente Ibirama - Em construção o Grupo Escolar de São Domingos. Nova Bremen ]aguari - Fundada a Sociedade de Amparo à Imaruí - Lançada a primeira pedra do Pôs• Maternidade e à Infância * Inaugurada a pon­ to de Saúde estadual. te situadas à altura do Rincão de Santo Isidro, que Ituporanga - Em construção uma rodovia mu­ une êste Município ao de São Francisco de Assis. nicipal ligando as localidades de Rio Batalha e Ga­ Marcelino Ramos - Inaugurado o edifício do biroba Ginásio Sinodal Júlio de Castilhos. ] aguaruna - Teve início a construção da es­ Novo H.amburgo - Inaugurada a Escola Mu­ trada de rodagem que ligará Mono Grande a ôlho nicipal Adolfina Josefina Mayer Diefenthaeller, lo­ d'Água calizada no Distrito de Hamburgo Velho. ]araguá do Sul - A Mitra Episcopal iniciou Osório - Lançado o semanário O Litoral. a construção de mais um hospital * Em funcionamento, em caráter experimental, a ]oinvi11e - Sob a denominação de Max Colin, Rádio Atlântica de Osório. foi criado um curso normal regional. * Entrou em circulação o jornal A Voz do Estudante. Passo Fundo - Inaugurada a Rádio Muni­ cipal de Passo Fundo. Fundado o Instituto Laguna - Iniciada a construção do grupo es­ * Histórico de Passo Fundo. colar localizado no bairro de Campo de Fora. Lajes - Instaladas escolas municipais nos Dis­ Piratini - Inaugurada a Escola Normal Re­ tritos de Anita Garibaldi, Campo Belo do Sul, Ca­ gional Ponche Verde. pão Alto, Palmeira, Painel, Correia Pinto, Lajes Quaraí - Iniciadas as obras de construção da e Cêrro Negro e estaduais no Distrito-sede. Hidráulica, situada na Granja Jardim. VIDA MUNICIPAL 241

Santa Cruz do Sul - A Caixa Econômica Fe· GOlAS deral inaugurou uma filial . Santa Marua Inaugu,'rado o Pôsto do Araguacema - Inaugurado o prédio da escola SAMDU. * Inaugurado o Hospital da Brigada rural localizado em Paredão. Militar. Dianópo~is - Instalada a Comarca de Dianó• São Borja - Em tráfego a estrada de roda­ polis. gem municipal ligando a sede do Município à do [porá - Inaugurada a Escola Normal Regio­ Distrito de Garruchas . nal N assa Senhora do Rosário . ltapaci - Inaugurado o edifício do Forum e São Francisco de Paula - Inaugurado o Par­ Prefeitura . que Rural, da Associação Rural * Deu-se a Itumbiara - Iniciados os serviços da Usina criação da Paróquia de São Sebastião, na vila de Hidrelétrica de Cachoeira Dourada * Criada a Jaquirana Casa de Saúde e Maternidade de Santa Maria São Gabriel - Instalada a Escola Normal Leopoldo de Bujhões - Instaladas as Escolas Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. * Inaugu­ Municípios Palmital, Padre Silvino, Rui Barbosa e rado o Balneário da Alegria, às margens do rio Bartolomeu Bueno. Vacacaí. Mineiros - Inaugurada, pela Cia. de Trans­ Sobradinho - Lançada a primeira pedra do portes Aéreos Nacional Ltda., uma escala nesta ci­ Ginásio Municipal. * Teve inauguração o pré­ dade, ligando-a aos Estados de Minas Gerais e Ma­ dio do Grupo Escolar Lindolfo Silva to Grosso e a outros Municípios do Estado Viamão - Inaugurado o Seminário Nossa Se­ Monte Ale~re de Goiás - Iniciados os traba­ nhora da Conceição. * Assinado convênio para lhos para o fornecimento dé luz elétrica à sede a construção de uma ponte que ligará êste Muni­ municipal. cípio ao de Gravataí. * Lançada a pedra fun­ Porangatu - Elevado a vila o povoado de damental da Hidráulica. Mutunópolis. Pôrto Nacional - Fundou-se a Associação Ru­ MATO GROSSO ral de Pôrto Nacional. * Instalados os Muni­ cípios de Pium e Cristalândia, ex-Dishitos do mes­ Campo Grande - Realizada a XVI Exposição mo nome e de Chapada, respectivamente, e os Dis­ Agropecuária e Feira de Amostras do Sul do Es­ tritos de Novo Acôrdo e Dueré. Quirinópolis - Elevado à categoria de Muni­ tado * Em circulação o semanário O Munici­ palista Ilustrado. cípio o Distrito de Mateira Rio Verde - Iniciados os trabalhos de cons­ Guia Lopes de Laguna - Instalado êste Mu­ trução da estrada que vai dêste Município ao de nicípio com área desmembrada do Município de Caiapônia, passando pela vila de Montividiu. Nioaque Tocantinópolis - Inaugurado o Ginásio Norte Ladá-tio - Instalado êste Município, desmem­ Goiano brado do de Corumbá. Trindade - Em construção a rodovia que, par­ Rio Grande - Inaugurada a Escola Normal tindo do povoado de Campestre até a ponte do rio Juvenal Miller. dos Bois, ligará o Município ao de Palmeira de Rio Pardo - Assinado contrato para a cons­ Goiás trução do pôrto . Uruana - Instalado o serviço radiotelegráfico.

R.B.M.- 4 Bibliografia

OFICINA DE CIENCIAS SOCIALES (Union Pa­ Algumas inovações introduzidas, sem prejutzo namericana) - Guia para Ia Classificacion de da uniformidade de apresentação mantida na sé­ los Datos Culturales - Washington, D C. - rie dos Anuários, rvalorizam o volume agora lança• 1954. do, destacando-se entre elas a inclusão de sete ma~ pas do País e a ibserção de notas introdutórias a A Oficina de Ciencias Sociales da União cada capítulo, visando a facilitar a interpretação dos Pan-americana e o Instituto Indigenista Nacional de conceitos adotados na elaboração da matéria pu­ Guatemala acabam de publicar o Guia para la re­ blicada. clasificacion de los datas culturales, do maior in­ O Anuário Estatístico do Brasil - 1954 in­ terêsse para os especialistas e estudantes de ciências clui ainda, em suas 670 páginas, numerosas tabelas sociais da América Latina, bom como para os ame­ internacionais, selecionadas segundo o critério de ricanistas de outros países Trata-se de uma tra­ sua importância, através das quais se oferece um dução do Outline oi Cultural Materiais, da "Human confronto entre as diversas atividades desenvolvi~ Relations Area Files, Inc." dos Estados Unidos. das no Brasil e no mundo A versão em língua espanhola incfui vátias adap­ tações, algumas modificações ligeiras e um novo índice analítico. DEPARTAMENTO ESTADUAL DE ESTA­ A obra representa apreciável contribuição para TíSTICA DE MINAS GERAIS Prontuário o desenvolvimento das ciências sociais na América Geral da Divisão judiciária e Administrativa do Latina, de que será importante instrumento Estado - Belo Horizonte, 1954 Segundo depoimento dos editôres, durante a tradução do Guia surgiram muitos problemas de ter~ Visando à divulgação atualizada da divisão judiciária e administrativa do Estado, profundamen­ ne~ minologia, que demonstraram mais uma vez a 0 cessidade de se unifotmizarem os conceitos básicos te alterada pela Lei n. 1 039, de 12-12-953, o dos têrmos empregados nas ciências sociais. Muitos DEE de Minas Gerais fêz publicar êste trabalho, técnicos já estão de acôrdo em que se deve fazer do qual constam não só as 51 Comarcas, os 9 7 um esfôrço para unificar a terminologia científica Municípios e 113 Distritos criados por aquela lei, na América Latina, devendo assim, também sob êsse como também o quadro das localidades que muda­ ram de nome, o quadro dos novos Municípios se­ ângulo, ser preciado o trabalho da União Pan~ gundo os Municípios a que pertenciam e as Comar­ ~americana, que é o primeiro passo para a completa consecução daquele objetivo. cas e zonas geográficas a que pertencem, o qua­ dro geral da divisão do Estado e ainda as caracte­ rísticas dessa divisão no qüinqüênio 1954-1958. SIMAS FILHO, América - Ângulos do Pro­ blema da Habitação Popular em Salvador - Bahia, PELUSO JúNIOR, Victor A., O relêvo do Es­ 1954 tado de Santa Catarina, Departamento Estadual de Esta é uma tese apresentada pelo A. em con~ Geografia e Cartografia de Santa Catarina, Floria­ curso para livre~docente da Escola de Belas-Artes da nópolis Universidade da Bahia (Curso de Arquitetura) para O volume, que reproduz uma conferência pro­ a cadeira de Organização do Trabalho - Prática nunciada no Curso de Expansão Cultural, tem 42 Profissional páginas, numerosos mapas e gráficos, e foi impres­ O trabalho é constituído de duas partes. Na so em multilith. primeira, é sucintamente estudada a evolução, no O Autor examina a orografia de Santa Cata­ ocidente, das relações de trabalho e do desenvol­ rina, analisando sua influência sôbre a vida social, vimento urbano; na segunda, é feita uma tentativa econômica e cultural do Estado, bem como aspec­ de aplicação do planejamento ao problema da habi­ tos da colonização e da história catarinenses tação popular em Salvador. O volume, de cêrca de 150 páginas, é ilus­ CONSELHO NACIONAL DE ESTATíSTICA, trado com mapas e fotografias I B G E. - (Monografia). O Conselho Nacional de Estatística pôs em circulação mais um folheto da série de monogra­ CONSELHO NACIONAL DE ESTATíSTICA, fias regionais, focalizando desta vez o Município I B. G E - Anuário Estatístico do Brasil, 1954. de Sorocaba, um dos centros mais importantes do Foi lançado pela Secretaria-Geral do Conse­ interior de São Paulo lho Nacional de Estatística o décimo quinto vo­ A publicação reúne dados atualizados, abran­ lume do Anuário Estatístico do Brasil, correspon­ gendo os principais aspectos da vida municipal, dente a 1954. desde os antecedentes históricos até os mais re­ Muitas das tabelas incluídas na publicação centes resultados das apurações estatísticas. de 1954 registram informações concernentes :.ao A monografia de Sorocaba, agora lançada, próprio ano em curso, o que representa esfôrço é a sétima da coleção organizada pela Diretoria apreciável no sentido da atualização das estatísti• de Doc~mentação e Divulgação, tendo sido já cas brasileiras e para atender ao crescente interêsse publicadas as referentes aos Municípios de Ilhéus, do público pela pronta difusão dos resultados apu~ Itabuna e Campos, e as dos Territórios do Guaporé rados e do Rio Branco. Notícias e Comentários

V CONGRESSO INTERAMERICANO DE MUNICÍPIOS

OM a presença de cêrca de 60 delegados, re~ sagem do Ministro das Relações EP

MELHORAMENTOS URBANOS EM 1952

NQUADRANDO-SE em uma série de expressivos repositórios numencos, divul­ gados com pontualidade e segundo um plano sistemático que focaliza e combina E os dados referentes aos serviços de maior utilidade realizados em benefício das popula­ ções localizadas na vasta rêde de cidades e vilas do País, a publicação Melhoramentos Urbanos - 1952 apresenta aos estudiosos do problema municipalista uma base de informações obje­ tivas, de evidente interêsse e da mais palpitante atualidade. O valor da publicação referida, concernente às sedes municipais, está na importância dos aspectos apreciados: a caracterização dos logradouros, a localização dos prédios e as serventias de que êstes desfrutam, a distribuição dos melhoramentos urbanos de maior relevância, como sejam a iluminação pública e domiciliária, o abastecimento d'água canalizada e as instalações de esgotos sanitários. Nos resultados do inquérito estão compreendidas tôdas as Unidades e Territórios da Repú­ blica, não só as que já atingiram a sua maturidade e se acham no pleno gôzo da autonomia polí• tica, como também as que, ainda em marcha para a mesma situação, dependem do amparo e da vigilância da União, empenhada em lhes facilitar e apressar o acesso, em condições de igual­ dade, à constelação de Estados que constituem a Federação brasileira. Focalizando pràticamente as condições da quase totalidade das sedes administrativas correspondentes a nada menos de 1 933 Municípios, discriminando-as uma a uma na indicação dos recursos de confôrto e bem­ -estar oferecidos às respectivas populações, a estatística dos melhoramentos urbanos elaborada pelo Ministério da Educação e Cultura não tem apenas a vantagem de propriciar o estudo iso­ lado dos dados referentes às nossas cidades, mas ainda as projeta no panorama em que se mul­ tiplicam as demais aglomerações urbanas, fixando-lhes a situação relativa e patenteando, pela possibilidade de confrontos expressivos, a verdadeira significação do progresso de cada uma e, sobretudo as causas responsáveis pelos atrasos em que muitas se encontram, como conseqüência de condições mesológicas de dificílima superação. Segundo um trabalho inédito realizado à base dos dados provisórios do Recenseamento de 1940, verifica-se que, naquele ano, havia, num total de 1 574 Municípios, nada menos de 13 com superfície superior de 100 000 quilômetros quadrados, inclusive 2, com mais de 250 000. A escala descendente das áreas terminava em três células municipais com área compreendida entre 40 e 50 quilômetros quadrados. Os dois Municípios mais populosos do País superavam o limite de 1 000 000 de habitantes e se encaminhavam para atingir a quota de 2 000 000, liderando uma escala de comunidades da qual a de menor população absoluta não chegava a conter 3 000 habitantes. A escala de densidade da população das 1 574 células da Federação iniciava-se em ordem decrescente com um Município de mais de 2 000 habitantes por quilômetro quadrado e terminava com 60 circunscrições municipais onde aquela relação não chegava a atingir a unidade. A estatística em escala decrescente das receitas municipais registrava circunscrições onde os réditos se elevavam a dezenas de milhões de cruzeiros e terminava em certa Comuna, da região Centro-Oeste, cuja renda anual não excedia a Cc$ 10 200,00. De 1940 para 1950 as alterações verificadas na situação acima assinalada não denunciam transformações radicais e decisivas. Um sintoma de progresso será sem dúvida o parcelamento municipal que atualmente se expressa pelo aumento de 22,8%, do número de municipalidades existentes no País no primeiro daqueles dois anos. Onde a criação de Municípios novos reflete, de fato, a acessão de Distritos às condições que os indicam para receber o benefício da emancipação administrativa, será o parcelamento um sinal de melhoria das condições demográficas, contanto que o aumento da população não proceda de causas transitórias ou não se processe sob a ameaça do êxodo rural que no Brasil, até agora, não tem sido eficientemente combatido. A verdade continua a ser a dispersão de características que torna o têrmo Município uma vã expressão de significação empírica, pela qual se equiparam coisas heterogêneas e que, só como convenção, pode ser admitida. O mesmo se pode dizer das 1 933 cidades brasileiras que por definição legal, aberrante da realidade dos fatos, receberam essa classificação não justificada pelos atributos da extensão, população e progresso econômico e social. ESTATÍSTICA MUNICIPAL 245

ESTATÍSTICA PREDIAL

ONDO de parte dez sedes municipais cuja situação, no que respeita ao número de prédios não pôde ser suficientemente esclarecida na estatística de 1952, as 1 933 "cidades" P restantes admitem a seguinte distribuição: Sedes Número de prédios existentes em 1952 municipais Até 99 ...... 33 De 100 a 499 810 500 » 999 513 1 000 » 4 999 476 5 000 » 9 999 54

)) 10 000 )) 49 999. o 32 » 50 000 » 99 999 2 mais de 100 000 3 TOTAL. 1 923 A classificação das sedes municipais segundo o número de prédios existentes, considerada a divisão política do País, aparece em o Anexo n. 0 1 no qual estão computados os dados do Distrito Federal, de 20 Estados e de 4 dos cinco Territórios Federais existentes. O Território de Fer­ nando Noronha, devido à sua natureza militar e condições sui generis, não foi incluído no plano do inquérito relativo aos Melhoramentos Urbanos em 1952. Assinala a estatística de 1952 a existência de 33 sedes municipais de menos de 100 prédios sendo que 5 não chegam a atingir a metade dêsse limite. Em contrast"t! com essa pobreza de construções, registra a mesma estatística 3 cidades com mais de 100 000 prédios, 2 com menos de 100 000 e mais de 49 999, e 32 com efetivos prediais menores, mas acima de 10 000. Ê evidente a enorme dispersão que se verifica entre os extremos da escala formada pelas 1 933 sedes municipais computadas no quadro segundo os respectivos efetivos prediais, o que sugere uma primeira medida da importância relativa dos núcleos populacionais comparados. As cidades brasileiras de 100 a 4 999 prédios alcançam o total de 1 799 unidades e atingem 93,55% da soma de tôdas as sedes municipais em relação às quais o número de prédios é conhe­ cido. As Capitais das Unidades da Federação entram tôdas na estatística com efetivos prediais acima de 1--000 edificações, obedecendo à seguinte escala crescente: Número Unidades da Federação Capitais de prédios Território do Rio Branco Boa Vista 1 042 Território do Acre Rio Branco 1 357 Território do Guaporé Pôrto Velho 2 385 Território do Amapá Macapá 2 590 Mato Grosso Cuiabá 4 633 Piauí Teresina 7 057 Goiás Goiânia 7 969 Santa Catarina Florianópolis. 8 871 Espírito Santo Vitória . 10 001 Maranhão São Luís. 12 576 Sergipe Aracaju 15 518 Amazonas Manaus 16 502 Paraíba João Pessoa 20 147 Rio Grande do Norte Natal 21 990 Alagoas Maceió 26 545 Paraná Curitiba 29 092 Rio de Janeiro Niterói . 37 484 Pará Belém 41 470 Ceará ... Fortaleza 45 686 Minas Gerais Belo Horizonte .. 49 055 Rio Grande do Sul Pôrto Alegre 54 041 Bahia Salvador 84 188 Pernambuco Recife 103 815 São Paulo São Paulo 399 312 Distrito Federal 447 110

Vê-se que, das 25 Capitais brasileiras, 5 (compreendendo tôdas as sedes municipais das Capitais dos Territórios e a cidade de Cuiabá) incluem-se entre as 476 aglomerações urbanas que contam menos de 5 000 prédios e mais de 1 000; 3 (Teresina, Florianópolis e Goiânia) entram no grupo de 54 aglomerações com 5 000 prédios, ou mais, até 9 999; 12 (Manaus, Belém, São Luís, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Maceió, Aracaju, Belo Horizonte, Vitória, Niterói e Curitiba) participam da classe de 32 cidades onde o número de prédios existentes está entre 10 e 49 999; 246 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

2 (Salvador e Pôrto Alegre) ultrapassam o limite mínimo de 50 000 prédios, sem que, entretanto atinjam o mâximo de 100 000; 3, finalmente, apresentam-se com mais de 100 000 prédios, inclu­ sive entre essas grandes metrópoles, a própria Capital da República com cêrca de quatro e meia centenas de milhares de prédios.

ESTATÍSTICA DOS LOGRADOUROS

COMPLEMENTO natural do estudo da estatística das cidades, no que respeita à quantidade de construções que refletem a sua importância demogrâfica e econômica, O é a caracterização dos logradouros públicos de que elas dispõem, os quais, de certo modo, facultam também uma expressiva medida do progresso atingido e revelam, pelos cuidados de que são objeto, o zêlo das administrações locais pelo confôrto das populações subordinadas à sua autoridade. A estatística dos melhoramentos urbanos elaborada pelo S.E.E.C., não omite êsse interes­ sante aspecto no qual se deparam novos elementos para aferir o desigual crescimento das nossas sedes municipais, as 1 933 cidades em cujo número se incluem núcleos populacionais que se equi­ param às vilas pela insignificância de suas âreas e recursos e verdadeiras Babilônias, como as metrópoles da Capital da República e a do Estado de São Paulo. O resumo seguinte apresenta a classificação das sedes municipais segundo os logradouros que possuem.

Sedes com menos de 10 logradouros . 61 onde existem de 10 a 49 logradouros. 1 455 50 » 99 276 100 » 499 125 500 » 999 4 1 000 » 3 000 4 mais de 4 000 2 não informantes ou de sedes municipais não instaladas .... 6 Total das sedes municipais . 1 933

Entre as 1 927 sedes municipais de que se conhece o número de logradouros existentes, incluem-se 741 que se apresentam sem qualquer espécie de pavimentação. As 1 186 cidades onde existem logradouros pavimentados comportam a classificação seguinte: Sedes municipais com menos de 10 logradouros pavimentados . 629 Sedes municipais onde existem de 11 a 49 logradouros pavimentados 480 50 » 99 50 100 » 999 25 » 1 000 )) 1 999 1 » 2 000 )) 2 999 1 Total 1 186

No Anexo n. 0 2 encontra-se a classificação de tôdas as sedes municipais, segundo o número de logradouros pavimentados existentes nos respectivos perímetros. Na linha de cada Unidade da Federação estâ assinalada com um asterisco o grupo de clas­ sificação em que figura a Capital respectiva. Vê-se que 2 dessas sedes figuram entre as 741 que não dispõem de logradouros pavimentados; que entre as 629, com menos de 10 logradouros pavi­ mentados, inclui-se uma Capital; 5 outras situam-se no grupo das 480 sedes tendo de 10 a 49 logradouros com pavimentação; no grupo de 50 cidades com 50 logradouros pavimentados ou mais, até 99, inclusive, situa-se a Capital do Estado de Santa Catarina. As 16 Capitais restantes estão compreendidas nos grupos de sedes municipais onde existem 100 ou mais logradouros pavi­ mentados. Entre as 1 927 sedes classificadas segundo os logradouros existentes e que os possuem em número superior a 200 incluem-se as mais importantes cidades do Brasil quer em extensão, quer no que se refere à sua expressão demogrâfica. O grupo se constitui de 50 cidades, a saber: duas de mais de 2 000 000 de habitantes (Rio de Janeiro e São Paulo); 1 de mais de 500 000 habi­ tantes (Recife); 3 cidades de mais de 300 000 habitantes (Salvador, Pôrto Alegre e Belo Hori­ zonte); 2 de mais de 200 000 habitantes (Belém, Fortaleza); 3 de mais de 100 000 habitantes (Santos, Niterói e Curitiba); 18 onde a população excede a 50 000 habitantes e não atinge a 100 000 (Maceió, , Santo André, Natal, Manaus, João Pessoa, Juiz de Fora, São Luís, Pelotas, Duque de Caxias, Campina Grande, Sorocaba, Ribeirão Prêto, Campos, Petrópolis, Nova Iguaçu, São Caetano do Sul e ); de 16 com população entre 30 000 e 50 000 habitantes (Vitória, Florianópolis, , Santa Maria (Rio Grande do Sul), São José do Meriti, Caruaru, Ponta Grossa, Uberaba, Goiânia, Olinda, São José do Rio Prêto (S. P.), Taubaté, Bagé, Jaboatão, Londrina, ); de 5 finalmente com população superior a 19 000 habitantes e infe­ rior a 30 000 (São Vicente, , Presidente Prudente, Barbacena e São Gonçalo). Estão integrados nesse grupo 19 Capitais, vârios núcleos tradicionais que jâ atingiram ou ultrapassaram o período de sua maior prosperidade e alguns centros urbanos que se vêm povoando ràpida• mente, seja devido à proximidade de grandes metrópoles (Santo André, Duque de Caxias etc.) sob cuja influência evoluem, como subúrbios, seja por se loca!i2.arem em zonas novas de produção, como acontece em Londrina, no Estado do Paranâ. ESTATÍSTICA MUNICIPAL 247

Entre as sedes municipais servidas por mais de 100 e menos de 200 logradouros destacam-se a cidade de Rio Grande com 63 235 habitantes e a de Teresina, Capital do Estado do Piauí; com 51 418 habitantes; 9 cidades dêsse grupo contam mais de 30 000 e menos de 40 000 habi­ tantes, (Parnaíba, Nilópolis, Uberlândia, , Jundiaí, Marília, Rio Claro, São Carlos e Campo Grande); 21 têm populações que se situam entre 20 000 e 30 000 habitantes, figurando nessa classe, com mais de 25 000 habitantes, as tradicionais cidades de Feira de Santana e Itabuna, na Bahia; a de Nova Friburgo no Estado do Rio e as de Araçatuba, Franca e São José dos Campos, no Estado de São Paulo; Cachoeira do Itapemirim, no Estado do Espírito Santo; Araguari e São João de! Rei, em Minas Gerais; e Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, contam mais de 24 000 habitantes e menos de 25 000. Com mais de 24 000 habitantes e menos de 25 000 entram na classificação as conhecidas cidades de Garanhuns e Paulista (ambas em Pernambuco); as ci­ dades baianas de Alagoinhas e Jequié; a de Barra do Piraí, no Estado do Rio; a de Itajubá, em Minas Gerais; as de e Lins, em São Paulo; as de Blumenau e Joinvile, em Santa Catarina, ILUMINAÇÃO PÚBLICA

O TOTAL de 1 933 sedes municipais arroladas pela estatística dos melhoramentos urbanos publicada pelo S.E.E.C. e referente ao ano de 1952, 11 não prestaram informações D sôbre o número de logradouros dotados de iluminação pública e 24 eram cidades que dispunham dêsse serviço sem que todavia dêle se pudessem prevalecer no ano aludido. Entre as 1 898 sedes restantes contavam-se nada menos de 130 que careciam daquela espécie de melho­ ramentos urbanos. O Anexo n. o 3 apresenta uma classificação das sedes municipais segundo o número de logra­ douros que dispunham de serviço de iluminação pública em 1952. Das 1 768 cidades em que funcionaram serviços de iluminação pública, apenas 78 dispunham de mais de 100 logradouros dotados de serviço de iluminação e com menos de 100 e mais de 50 logradouros nas mesmas condições existiam 158 sedes municipais. Excluindo-se do cálculo geral (1 933 sedes), a respeito das quais não há informações sôbre os serviços de iluminação pú­ blica e outras em que êsses serviços existem mas não funcionaram no ano de referência da esta­ tística, verifica-se que, das 1 898 sedes restantes, 6, 85% não dispunham de logradouros com aquêle melhoramento, 80,72% contavam menos de 50 logradouros servidos, 8,32%, eram sedes tendo entre 50 e 99 logradouros iluminados e 4,11% constituíam-se de cidades com mais de 100 logra­ douros dotados de iluminação pública. As Capitais das Unidades da Federação figuram no quadro de classificação nas colunas onde estão indicadas por um asterisco. As dos Territórios Federais, em número de 4, possuem entre 10 e 50 logradouros iluminados; com mais de 50 e menos de 100 logradouros com iluminação :ncluem-se as Capitais dos Estados do Piauí e de Sergipe; no grupo seguinte (de 100 a 499 logra­ douros servidos por iluminação pública) classificam-se as Capitais dos Estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. As Capitais do Estado da Bahia e do Rio Grande do Sul formam com a cidade de Santos o grupo das cidades onde o número de logradouros dotados de serviço de iluminação excede de 500 sem atingir a 1 000. As Capitais de Pernambuco e de Minas Gerais, com mais de 1 000 logradouros iluminados e menos de 2 000, constituem o grupo seguinte acima de cujos limites se registram São Paulo e o Rio de Janeiro (D.F.) com mais de 2 000 logradouros servidos de iluminação. A classificação das cidades onde existem logradouros com iluminação domiciliária acompanha de perto a distribuição segundo os logradouros servidos de iluminação pública. Assim, conside­ rando os logradouros onde havia serviços de luz, pode-se fazer o confronto seguinte:

ILUMINAÇÃO PÚBLICA E DOMICILIÃRIA EM 1952

CIDADES

Com Tendo Tendo Tendo Tendo Tendo Tendo Tendo Sem mais de de de de de de de Tendo ser~ de 2 000 1 000 500 100 50 10 1 ser~ ILUMINAÇÃO viço 4 000 a a a a a a a viço Sem de logra- 3 999 1 999 999 599 99 49 9 que Total infor- ilu- douras logra- logra- logra- logra· logra· logra- logra- não mação mina- ser ... douras douras douras douras doures douras douras funci- ção vidas ser- ser- ser- ser- ser- ser- ser- onou vi dos vidas vidos vi dos vidas vidos vi dos ------Pública 130 1 1 2 3 71 158 1 319 213 24 1 922 11 Domiciliária 128 1 - 5 I 3 76 154 1 299 238 17 1 921 12

ABASTECIMENTO D'ÁGUA AS 1 933 sedes municipais arroladas na estatística de 1952, faltam informações de 14 no que diz respeito aos logradouros servidos com abastecimento d'água; na sede do D Município de Jaguaquara, na Bahia, o serviço existente não funcionou em 1952, tendo sido também excluída da apuração a sede do Município de Catrimani, no Território do Rio Branco, que ainda não foi instalada. Restam 1 917 sedes municipais das quais 1 090 não 248 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS dispõem de serviçós de abastecimento d'água. Quanto às demais cidades beneficiciadas pela exis­ tência daquele melhoramento essencial ao confôrto das populações predominam as cidades (780) com menos de 100 logradouros servidos. As cidades onde há serviços de abastecimento em 100 logradouros ou mais são em número de 47, além da Capital do Estado de São Paulo, cidade em relação à q~al a est~tística de 1952 não registra o efetivo de logradouros abastecidos, os quais devem ser em número muito elevado, considerando-se á quantidade de prédios que recebem água encanada. As 47 cidades onde há maior número de logradouros servidos de abastecimento de água são as seguintes: Rio de Janeiro, D. F. com mais de 5 000, Recife com 1 470, Salvador e Belo Horizonte com mais de 700; Pôrto Alegre, mais de 600; Niterói e Santos, mais de 500; Campinas mais de 400; Santo André, mais de 300; Ribeirão Prêto, São Luís, Belém Juiz de Fora e Vitória mais de 200; Curitiba, Sorocaba, Maceió, São Gonçalo, Nova Iguaçu, S. Vicente, S. João dei Rei, Campina Grande, Nova Friburgo, Campos, Itajubá, Florianópolis, Barbacena, João Pes­ soa, Olinda, Manaus, Jundiaí, Petrópolis, Cachoeira do Itapemirim, Ilhéus, Natal, Nilópolis, Passos, Uberaba, São João da Boa Vista, Campos do Jordão, Guaratingüetá, Sete Lagoas, Join­ vile, Bragança Paulista, Araxá, Caruaru e Limeira, mais de 100. As 16 sedes não incluídas na distribuição apresentada compreendem: a do Município não instalado de Catrimani, no Território do Rio Branco; a do Município de Licânia, no Estado do Ceará onde se sabe existiram 200 prédios com serviço de água canalizada, mas não se conhece o número de logradouros servidos; a do Município de Jaguaquara, no Estado da Bahia, onde o serviço de abastecimento d'água não funcionou em 1952; as dos Municípios de Juruaia e de S. Sebastião do Maranhão que não informaram quanto ao número de logradouros abastecidos; e a do Município de S. João do Meriti, no Estado do Rio de Janeiro, onde existem 9 040 prédios servidos de água canalizada em logradouros cujo número não foi especificado; as dos Municípios da Capital do Estado de São Paulo e a dos Municípios de Cubatão e de Turiúva, no mesmo Es­ tado; a primeira com 224 596 prédios abastecidos com água canalizada, a segunda com 1 219 e a última com 332 prédios nas mesmas condições, tôdas não informantes quanto ao número de logradouros servidos; as dos Municípios de Piraquara, Santa Amélia e Santo Antônio, no Estado do Paraná, que não declararam o número de logradouros servidos com abastecimento de água canalizada; a do Município de Passo Fundo com 1 688 prédios abastecidos, sem indicação do número de logradouros servidos de água canalizada; a do Município da Capital do Estado de Mato Grosso que apenas informou quanto ao total de prédios abastecidos em número de 2 700; as do Município de Anápolis (1 339 prédios abastecidos) e de Itauçu (36 prédios abastecidos) também não informantes quanto ao número de logradouros servidos com água canalizada. A falta de dados quanto ao número de logradouros onde existe abastecimento de água preju­ dica e diminui, infelizmente, de forma sensível, o valor dos algarismos referentes às Unidades da Federação onde se situam as Capitais excluídas da apuração. No quadro que se segue figura um confronto entre o número de logradouros servidos de água canalizada nas Capitais das Unidades da Federação e nas sedes dos demais Municípios.

LOGRADOUROS SERVIDOS DE ÁGUA CANALIZADA NAS CAPITAIS DAS UNIDA­ DES DA FEDERAÇÃO E NAS DEMAIS SEDES MUNICIPAIS

LOGRADOUROS COM RELAÇÃO % AGUA CANALIZADA

UNIDADES DA FEDERAÇÃO Em tôdas Na sede Na sede Na sede Na sede as do dos do dos sedes Município demais Município demais municipais da Capital Municípios da Capital Municípios

Território do Guaporé 42 37 5 88,10 11,90 Território do Acre - - - - - Amazonas . 190 134 56 70,53 29,47 Território do Rio Branco .. 25 25 - 100,00 - Parã, 369 250 119 67,75 32,25 Territó~io' do. Amapá 39 39 - 100,00 - Maranhão. 284 226 58 79,58 20,42 Piauf .. 50 50 - 100,00 - Ceará. 140 56 84 40,00 60,00 Rio Grande do Norte 160 126 34 78,75 21,25 Paraíba., 325 138 187 42,46 57,54 Pernambuco, 2 173 1 470 703 67,65 32,35 Alagoas. .. 360 179 182 49,72 50,28 Sergipe 127 89 38 20,08 29,92 Bahia 1 304 721 583 55,29 44,71 Minas Gerais 9 293 776 8 517 8,35 91,65 Espírito Santo .. ... 930 297 633 31,94 98,06 Rio de Janeiro. , 2 598 520 2 078 20,02 79,98 Distrito Federal .. 5 500 5 500 - 100,00 - São Paulo . 9 088 ...... Paranã. .. 839 191 648 22,77 77,23 Santa Catarina . 530 150 380 28,30 71,70 Rio Grande do su't .. 2 021 645 1 376 31,91 68,09 Mato Grosso 169 ... .. Gol ás 218 82 136 37,61 62,39 ESTATÍSTICA MUNICIPAL 249

O quadro abaixo apresenta a distribuição pelas Unidades da Federação, em números abso­ lutos e percentuais, dos logradouros que possuem ou não servit;-os de água canalizada.

LOGRADOUROS NÚMEROS EXISTENTES PERCENTUAIS UNIDADES DA FEDERAÇÃO Sedes municipais Com Sem Com Sem Em serviço serviço serviço serviço geral de água de água de água de água canalizada canalizada canalizada canahzada

Território do Guaporé 2 68 42 ' 26 61,76 38,24 Território do Acre ... .. 7 180 - 180 - 100,00 Amazonas ... 25 722 190 532 26,32 73,68 Território do Rio' É~a~co ... 1 51 25 26 49,02 50,98 Pará .. 59 1 516 369 1 147 24,34 75,76 Território do Ámapâ 4 88 39 49 44,32 55,68 Maranhão 72 2 638 284 2 354 10,77 89,23 Piauí 49 1 691 50 1 641 2,96 97,04 Ceará . 78 2 737 140 2 597 5,12 94,88 Rio Grande do Norte 48 1 792 160 1 632 8,93 91,07 Para!ba 42 2 009 325 1 684 16,18 83,82 Pernambuco 90 7 441 2 173 5 268 29,20 70,80 Alagoas .. 37 1 785 360 1 425 20,17 79,83 Sergipe 42 1 589 127 1 462 8,00 92,00 Bahia 149 6 532 1 304 5 228 19,96 80,04 Minas Gerais 386 17 742 9 293 8 449 52,38 47,62 Espirito Santo . .. .. 36 1 254 930 324 74,16 25,84 Rio de Janeiro. 55 4 098 2 598 1 500 64,40 36,60 Distrito Federal 1 7 448 5 500 1 948 73,85 26,15 São Paulo. 366 19 575 9 088 10 487 46,43 53,57 Paraná 116 4 499 839 3 660 18,65 81,65 Santa Catarina 52 2 078 530 1 548 25,51 74,49 Rio Grande do Sul .. 91 6 417 2 021 4 396 31,50 68,50 Mato Grosso 34 1 045 169 876 16,17 83,82 Goiás 75 2 545 218 2 327 8,57 91,43

BRASIL 1 917 97 540 36 774 60 766 37,80 62,20

Considerando as sedes de governos regionais quanto ao número de logradouros servidos com água encanada, observa-se que uma dentre elas - a Capital do Território do Acre - não possui aquela espécie de melhoramento urbano; as três Capitais dos restantes Territórios figuram na coluna das cidades tendo de 10 inclusive até 49 logradouros servidos. Na coluna das sedes de 50 a 99 logradouros abastecidos, incluem-se as Capitais dos Estados do Piauí, Ceará, Sergipe e Goiás. Com o mínimo de 100 logradouros servidos e o máximo de 99 incluem-se 9 Capitais estaduais (Manaus, Belém, São Luís, Natal, João Pessoa, Maceió, Vitória, Curitiba e Floria­ nópolis). Seguem-se no grupo imediato (sedes com 500, ou mais até 1 000 logradouros abaste­ cidos) as grandes metrópoles de Salvador, Belo Horizonte, Niterói e Pôrto Alegre. Acima de 1 000 logradouros servidos sem atingir a 2 000 isola-se a Capital de Pernambuco, apenas supe­ rada entre cidades informantes pela metrópole brasileira onde os logradouros com água cana­ lizada excedem de 5 000. É interessante notar-se que os logradouros servidos com água canalizada nas Capitais das Unidades da Federação, confrontados, respectivamente, com o total de logradouros de tôdas as sedes minicipais dessas Unidades, representam 100% nos Territórios do Rio Branco, do Amapá e no Estado do Piauí; mais de 80%, no Terriótrio de Guaporé; mais de 70% nos Estados do Ma­ ranhão, Rio Grande do Norte e Amazonas; mais de 60% nos Estados do Pará e de Pernambuco; mais de SO% no Estado da Bahia; 40% ou mais nos Estados de Alagoas, Paraíba e Ceará, mais de 30% nos de Goiás, Espírito Santo e Rio Grande do Sul; mais de 20% nos de Santa Catarina, Paraná, Sergipe e Rio de Janeiro; e finalmente menos de lO% em Minas.

ESGOTOS SANIT ARIOS

M 1 933 sedes incluídas na estatística dos serviços de esgotos sanitários referentes ao ano de 1952, uma corresponde a um Município ainda não instalado, quatro a cidades E sôbre as quais não foi possível obter informações e 1 928 a cidades que puderam ser incluídas na apuração relativa aos logradouros servidos por melhoramentos da categoria consi­ derada. Dessas 1 928 sedes entre as quais infelizmente não puderam ser incluídas, encontra-se a Capital de Sergipe e a grande metrópole progressista do Estado de São Paulo; as que possuíam serviços de esgotos sanitários perfazem o total de 415, elevando-se conseqüentemente de 1 513 o número de cidades privadas daquele melhoramento. Considerando como 100 o total das ci­ dades apuradas, a parcela das que possuem logradouros servidos de esgotos sanitários expressa-se na relação de 21,52% contra a de 78,48% que representa as cidades onde não existem serviços daquela natureza. O quadro que constitui o Anexo n. o 5 apresenta discriminadamente, segundo as unidades da Federação, a estatística das sedes municipais classificadas na base do número de logradouros onde há serviços de esgotos sanitários. 250 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

Para o total do País é a seguinte a classificação daquelas cidades:

Com menos de 10 logradouros servidos .... 90 10 e mais até 50 exclusive 249 50 » » 100 48 » 100 » » 500 25 500 » 1 000 2 1 000 logradouros ou mais 1

TOTAL ... 415

Entre as cidades que não possuem rêde de esgotos sanitários, figuram 5 Capitais de Unidades da Federação: (Rio Branco, Boa Vista, Teresina, Maceió e Cuiabá); entre as que registram 10 ou mais logradouros servidos até 50 exclusive, incluíam-se as Capitais dos Territórios de Guaporé e Amapá e a do Estado do Amazonas; no grupo dos que entravam de 50 a 99 logradouros ser­ vidos estavam as Capitais do Ceará, Rio Grande do Norte e Goiás, Belém do Pará, S. Luís do Maranhão, João Pessoa, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba; Florianópolis e Pôrto Alegre participavam do grupo de 25 sedes onde o número de logradouros servidos ia de 100 a 499. Só três sedes municipais contavam mais de 500 logradouros beneficiados pela existência de esgotos sanitários. Duas eram Capitais de Unidades da Federação (Recife e Niterói) e a ter­ ceira era a própria Capital da República, com um total de 197 636 prédios esgotados e 2 112 logradouros servidos. Entre as 5 sedes excluídas da apuração figura a cidade de São Paulo onde ascende a 149 453 o número de prédios esgotados. ESTATÍSTICA MUNICIPAL 251

ESTATÍSTICA DOS MELHORAMENTOS URBANOS- 1952

Anexo N.0 1

SEDES MUNICIPAIS

Informantes UNIDADES DA número de prédios FEDERAÇÃO Total Segundo o Ni geral in f< Total 1 50 100 500 1 000 '5 000 10 000 50 000 100 000 man a a a a a a a a e 49 99 499 999 4 999 9 999 49 999 99 999 mais ------'erritório do Guaporé 2 2 - - - 1 (*) 1 - - - - -

'erritório do Acre .. 7 7 - - 5 1 (*) 1 - - - - -

(*) ~mazonas .. .. 25 25 - 5 16 1 2 - 1 - - -

'erritório do Rio Branco 2 1 - - - - (*) 1 - - - -

'ará . .. 59 59 2 6 32 11 7 - (*) 1 - - -

'erritório do Amapá 4 4 - - 3 - (*) 1 - - - -· -

[aranhão 72 72 - 3 49 IO 9 - (*) I - - -

'iauí 49 49 - 3 3I 8 5 (*) 2 - - -- -

:eará .. 79 79 - - 25 3I 20 I (*) 2 - - -

~io Grande do Norte 48 48 - - 24 I4 8 I (*) I - - -

'araíba 42 42 - - 12 I4 14 - (*) 2 - - -

'ernambuco 90 90 - - 20 3I 34 3 I - (*) I -

.lagoas 37 37 - - 9 I2 I5 - (*) I - - - ergipe 42 42 - - I4 I3 I4 - (*) I - - - ahia .. ISO ISO - - 61 47 35 6 - (*) 1 - - linas Gerais 388 387 - - 161 121 96 7 (*) 2 - -

:splrito Santo 36 34 - 1 18 10 4 - (*) 1 - -

~i o de Janeiro 56 56 - 1 20 11 17 2 (*) 5 - - - listrito Federal 1 1 ------(*) 1 -

ão Paulo 369 369 - 4 156 82 102 15 9 - (*) 1 - aranã 119 114 3 3 51 25 29 1 (*) 2 - - anta Catarina 52 52 - - 26 9 14 (*) 3 - - - -

~i o Grande do Sul 92 92 - - 11 37 31 10 2 (*) 1 -- - f:ato Grosso .. 35 34 - 1 19 5 (*) 8 1 - - - roi ás 77 77 - I 47 19 8 (*) 2 - - - -

BRASIL 1 933 1 923 5 28 810 513 476 54 32 2 3

( * ) Inclu1da a respectwa Capital. ESTATÍSTICA MUNICIPAL 251

ESTATÍSTICA DOS MELHORAMENTOS URBANOS - 1952 Anexo N.o 1

SEDES MUNICIPAIS

Informantes UNIDADES DA FEDERAÇÃO Total Segundo o número de prédios Não geral infor- Total 1 50 100 500 1 000 5 000 10 000 50 000 100 000 mantes a a a a a a a a e 49 99 499 999 4 999 9 999 49 999 99 999 mais ------~ ------~------Território do Guaporé 2 2 - - - 1 (*) 1 - - - - -

Território do Acre 7 7 - - 5 1 (*) 1 - - - - -

Amazonas. .. .. 25 25 - 5 16 1 2 - (*) I - - -

Território do Rio Branco 2 I - - - - (*) I - - - - I

Pará .. 59 59 2 6 32 11 7 - (*) 1 - - -

Território do Amapá 4 4 - - 3 - (*) 1 - - - -~ -

lVlaranhão 72 72 - 3 49 10 9 - (*) 1 - - -

Piauí 49 49 - 3 3I 8 5 (*) 2 - - - -

Ceará ... .. 79 79 - - 25 3I 20 I (*) 2 - - -

Rio Grande do Norte 48 48 - - 24 14 8 I (*) 1 - - -

Paraíba 42 42 - - I2 14 14 - (*) 2 - - -

Pernambuco 90 90 - - 20 31 34 3 1 - (*) 1 -

Alagoas 37 37 - - 9 12 I5 - (*) 1 - - -

Sergipe 42 42 - - I4 I3 14 - (*) 1 - - -

Bahia 150 I 50 - - 6I 47 35 6 - (*) 1 - -

Minas Gerais 388 387 - - I6I 12I 96 7 (*) 2 - - 1

Espírito Santo 36 34 - 1 18 10 4 - (*) 1 - - 2

Rio de Janeiro 56 56 - 1 20 11 17 2 (*) 5 - - -

Distrito Federal 1 1 ------(*) I -

São Paulo 369 369 - 4 I 56 82 I02 15 9 - (*) I -

Paraná 119 114 3 3 51 25 29 I (*) 2 - - 5

Santa Catarina 52 52 - - 26 9 14 (') 3 - - - -

Rio Grande do Sul 92 92 - - 11 37 31 10 2 (*) 1 -- -

Mato Grosso 35 34 - 1 19 5 (*) 8 1 - - - 1

Goiás 77 77 - 1 47 19 8 (*) 2 - - - -

BRASIL 1 933 1 923 5 28 810 513 476 54 32 2 3 10

(') Incluída a respectiva Capital. 252 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

ESTATÍSTICA DOS MELHORAMENTOS URBANOS- 1952

Anexo N. 0 2

SEDES MUNICIPAIS

Infofmantes UNIDADES DA FEDERAÇÃO Total Segundo o número de logradouros pavimentados Não geral infor· Total I IO 50 IOO. I 000 2 000 3 000 4 000 mantes Nenhum a a a a a a a e 9 49 99 999 1 999 2 999 3 999 mais ------Territ6rio do Guaporé 2 2 1 - (*) 1 ------

Territ6rio do Acre 7 7 4 3 ------

Amazonas 25 25 9 15 - - (*) I - -- - -

Território do Rio Branco 2 1 (') I ------

Parã 59 59 40 I5 3 - (*) 1 - -- - - Territ6rio do Amapá .. 4 4 (*) 4 ------

Maranhão 72 72 45 22 4 - (*) I - - - - -

Piauí 49 49 26 I6 (*) 7 ------

Ceará 79 79 12 4I 25 - (*) I - - - - -

Rio Grande do Norte 48 48 23 17 7 - (•) I - - - - -

Para!ba 42 42 I4 I8 8 I (*) I - - - - -

Pernambuco 90 90 I2 47 29 - (*) 2 - -- - -

Alagoas 37 37 6 IS 15 - (*) I - - - - -

Sergipe 42 42 9 20 (*) I3 ------

Bahia .. ISO ISO 24 52 67 5 (*) 2 -- - - -

Minas Gerais 388 388 144 I22 110 8 (*) 4 - -- - -

Esp!rito Santo 36 34 I7 7 8 I (*) 1 - -- - 2

Rio de Janeiro 56 56 6 2I 2I 6 (*) 2 -- ~ - - -

Distrito Federal .. I I ------(*) I - - -

São Paulo 369 369 153 I09 ço I2 4 (*) I -- - ~

Paraná 119 117 78 19 I6 3 (*) I - -- - ~

Santa Catarina 52 52 11 21 I5 (*) 4 I - - - - -

Rio Grande do Sul 92 92 17 32 32 IO (*) I - -- - -

Mato Grosso 35 34 26 4 (*) 4 ------l

Goiás 77 77 59 I3 (*) 5 ------

BRASIL I 933 1 927 741 629 480 50 25 I 1 - - I

(*) Inclu1da' a respect1va Cap1tal. ESTATÍSTICA MUNICIPAL 253

ESTATÍSTICA DOS MELHORAMENTOS URBANOS- 1952 Anexo N.o 3

SEDES MUNICIPAIS

Apuradas UNIDADES DA FEDERAÇÃO Segundo o número de logradouros cqm iluminação pública Excluídas Total 50 1 10 100 500 I 1 000 2 000 3 000 4 000 Nenhum a a a a a a a a e mais 9 49 99 499 999 1 999 2 999 3 999 ------~ ------Território do Guaporé 2 - - (*) 2 ------

Território do Acre 7 -- 2 (*) 5 ------

Amazonas 24 - 13 10 - (*) 1 - - - - - 1

Território do Rio Branco. 1 - - (*) 1 ------1

Pará 59 - 22 36 - (*) 1 ------

Território do Amapá 4 - 2 (*) 2 ------

Maranhão 70 28 8 32 1 (*) 1 - - - - - 2

Piauí 49 7 7 33 (*) 2 ------

Ceará 79 - 13 64 1 (*) 1 ------

Rio Grande do Norte 48 - 6 39 2 (*) 1 ------

Paraíba .. 42 - 4 33 3 (*) 2 ------

Pernambuco 89 - 5 72 8 3 - (') 1 - - - 1

Alagoas 37 - 5 29 2 (*) 1 ------

Sergipe 41 1 4 32 (*) 4 ------1

Bahia 149 3 21 108 15 1 (') 1 - - - - 1

Minas Gerais 381 20 25 272 49 14 - (*) 1 - - - 7

Espírito Santo 35 3 3 27 - (') 2 - - - - - 1

Rio de Janeiro 56 - 2 37 10 (') 7 ------

Distrito Federal 1 ------(") 1 -

São Paulo 365 5 25 271 36 26 1 - (*) 1 - - 4

Paraná 114 34 14 60 4 (*) 2 - - - - - 5

Santa Catarina 51 1 11 32 4 (•) 3 ------1

Rio Grande do Sul 91 1 1 71 12 5 (') 1 - - - - 1

Mato Grosso 33 8 8 16 1 ------(*) 2

•Goiás 70 19 12 35 4 ------(') 7

BRASIL 1 898 130 213 1 319 158 71 3 2 1 - 1 35

(*) lncluida a respectiva Capttal. 254 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

ESTATÍSTICA DOS MELHORAMENTOS URBANOS- 1952

Anexo N. 0 4

SEDES MUNICIPAIS

UNIDADES DA Segundo o número de logradouros servidos de água FEDERAÇÃO canalizada Total 1 10 50 100 500 1 000 2 000 3 000 4 000 Nenhum a a a a a a a a e ______, __ 9 49 99 499 999 1 999 2 999 3 999 mais ------' ------Território do Guaporé 2 - 1 (*} 1 ------

Território do Acre 7 (*) 7 - ~ ------

Amazonas 25 21 - 3 - (*) 1 -- - - -

Território do Rio Branco 1 - - (*) 1 ------

Pará 59 50 4 4 - (*) 1 - - - - -

Território do Amapá 4 3 - (*) 1 ------

Maranhão 72 68 2 - I (*) 1 - - - --

Piauí 49 48 - - (*) 1 ------

Ceará 78 68 6 3 (*) 1 ------

Rio Grande do Norte 48 43 2 2 - (') 1 - - -- -

Paraíba 42 37 2 1 - (*) 2 - - - - -

Pernambuco 90 66 6 13 2 2 - (*) 1 - - -

Alagoas .. 37 26 3 7 - (*) 1 -- - - -

Sergipe 42 3S 1 2 (*) 1 ------

Bahia 149 131 4 9 3 1 (*) 1 - -- -

Minas Gerais 386 77 49 215 35 8 (*) 1 - - - -

Espírito Santo 36 7 2 25 - (*) 2 - - - - -

Rio de Janeiro 55 3 2 35 8 6 (*) 1 - - - -

Distrito Federal 1 ------(') I

São Paulo 366 140 20 160 34 11 I - - --

Paraná 116 87 6 20 2 (*) 1 - - - - -

Santa Catarina 52 40 4 5 1 (*) 2 -- - --

Rio Grande do Sul 91 41 8 33 8 - (*) 1 - - - -

Mato Grosso 34 24 5 5 ------

Goiás 75 65 2 7 (*) 1 ------

BRASIL 1 917 1 090 129 552 99 40 5 1 -- 1 I NOTA - As Capttats dos Estados de Sao- Paulo e Mato Grosso nao- estao- 1nclutdas no quadro por falta de tnformaçoes- sôbre o nu. mero de logradouros com, serviço de abastecimento d'água canalizada (*) Incluida a respectiva Capital ESTATÍSTICA MUNICIPAL 255

ESTATÍSTICA DOS MELHORAMENTOS URBANOS - 1952 Anexo N.o 5

SEDES MUNICIPAIS

Apuradas UNIDADES DA FEDERAÇÃO Segundo o número de logradouros que dispõem de serviço de esgôto sanit:lrio Excluldas Total ' 1 10 50 100 500 1 000 Nenhum a a a a a e 9 ggg ____. ____ 49 99 499 mais ----~------~------~--~------Território do Guaporé 2 1 - (*) 1 - - - - - Território do Acre 7 (*) 7 ------

Amazonas 25 24 - (*) 1 - - - - -

Território do Riq Branco 1 (*) 1 ------(*) 1 Pará 59 57 - 1 - '*) 1 - - -

Território do Amapá 4 3 - (*) 1 - - - - -

Maranhão 72 71 - - - (*) 1 - -- -

Piauí ~ 49 (*) 49 - - - ~ -

Ceará 79 77 1 - (*) 1 - - -- -

Rio Grande do Norte 48 47 - - (') 1 - - - -

Paraíba 42 40 - - - (*) 2 - - -

Pernambuco 90 89 - - - - (*) I - - Alagoas 37 (*) 36 - 1 - - - I - -

Sergipe 41 41 ------(*) 1

Bahia 150 138 3 6 1 (*) 2 - - -

Minas Gerais 388 215 55 96 16 (*) 6 - - - Espírito Santo 36 19 7 9 - (*) 1 - - - Rio de Janeiro 56 26 8 16 4 1 (*) 1 - -

Distrito Federal 1 ------(*) 1 -

São Paulo 367 235 14 89 21 8 - - (*) 2

Paraná. 118 106 - 9 2 (*) 1 - - I

Santa Catarina 52 48 1 2 - (*) 1 - - - Rio Grande do Sul 92 73 1 15 2 (*) 1 - - -

Mato Grosso 35 (*) 34 - 1 - - - - - Goiás 77 76 - (*) 1 - - - - -

BRASIL 1 928 1 513 90 249 48 25 2 1 5

(*) Inclutda a respectiva Cap1tal. 256 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Al!Juns Aspectos Estatísticos - i952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PR!l:- Abastecimento Dos quais Iluminação d'água Esgotos DIOS sanitários EXIS- canalizada TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS riza~ (nas Em dos e zonas geral Logra- Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Número Logra- Número Prédios Prédic Logra- de fo- douras douras a baste- douras esgo- menta- riza- dina- dina- e douras de servi- servi- dos dos dos dos rural) cos ou servi- liga- dos c idos dos tados servi- combus- dos simul- dos ções tânea- tores mente

TERRITÓRIO DO GUAPOR!l:

1- Guajará-Mirim .. 2 3857631 32 1361750 32 1861900 680251 11 2 - P6RTO VELHO 23145 -111 111 111 -101 1~1 -:1 3~1 TERRITÓRIO 68 11 16 :I 3 148 43 886 43 1 086 42 705 lO 11 TERRITÓRIO DO ACRE

1 - Brasiléia . . 29 4 464 8 130 8 146 2- Cruzeiro do Sul 37 780 30 84 29 268 3 -Feijó ... 12 1 264 8 108 8 65 4 - RIO BRANCO 43 7 1 3 1 357 38 740 38 760 5 - Sena Madureira 20 3 1 414 12 450 11 111 6- Tarauacá 21 404 17 156 17 133 7- Xapuri 18 3 428 17 198 15 176 TERRITÓRIO 180 6 19 4 4 4 111 130 1 866 126 1 659

AMAZONAS

1- Barcelos 7 2 139 (1)- (1)- (1)- (1)- 2- Barreirinha. . 14 3 7 57 8 150 8 28 3- Benjamim Consta.nt 9 290 6 120 6 100 4 - Bôca do Acre 7 390 2 88 2 185 5- Borba 11 194 11 105 11 32 6- Canutama 14 91 6 62 3 48 7- Carauari 13 117 7 155 7 44 8- Coari 33 3 514 17 600 17 143 9- Codajãs. 15 233 4 96 4 160 10 - Eirunepé 22 461 9 635 9 106 11 - Fonte Boa 12 134 10 230 12 95 12 -Humaitã 17 5 5 1 165 8 110 6 40 13 - Itacoatiara 51 7 6 4 1 066 37 970 36 525 26 210 14- Itapiranga 7 56 7 62 7 33 15- Lábrea 15 5 4 187 5 202 8 62 16- Manacapuru 14 5 421 14 450 14 98 17- MANAUS 257 115 43 3 16 502 198 720 198 11 879 134 10 421 40 8 2! 18 - Manicoré 52 2 7 1 390 22 191 16 75 19- Maués 23 1 440 15 155 15 125 10 118 20 - Parintins. 33 4 6 1 087 19 132 19 229 20 154 21 - São Paulo de Oli- vença 22 162 15 200 13 150 22- Tefé . 34 355 28 139 26 121 23- Uaupés. 10 64 6 144 6 22 24- Urucará 15 3 184 6 60 5 53 25 - Urucurituba 15 1 4 84 8 75 8 40

ESTADO 722 160 87 9 7 23 783 468 5 851 456 14 393 190 10 903 40 8 2~

TERRITÓRIO DO RIO BRANCO l-BOA VISTA _2101 _4201 2 - Catrimani (2). -511 ~0421 -281 -211 -251 _!121 TERRITÓRIO 51 I :I I I 1 042 28 210 21 420 25 512 PARÁ

1 - Abaetetuba 36 12 1144 36 317 36 420 27 143 2- Acará 8 8 113 8 180 8 34 3- Afuá 18 13 161 15 70 11 70 4 - Alenquer . 32 3 891 24 880 24 255 5- Almeirim 14 1 189 6 100 7 50 6- Altamira 22 5 542 16 145 13 125 7- Anajás .. 22 2 2 37 2 69 1 25 8 - Ananindeua 9 2 207 4 90 4 61 9- Anhanga 6 2 253 6 90 6 86 lO- Arariúna 14 4 345 11 168 11 126 11- Araticu .. 6 52 1 6 1 3 ESTATÍSTICA MUNICIPAL 257

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PR:E:- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d'água Esgotos ·' EXIS- canalizada sanitários TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS Em riza- (nas geral dos e zonas Logra- Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Número Prédios Logra- Logra- Número douras douras Prédios menta- riza- dina- dina- de fo- a baste- e douras douras de servi- servi- esgo- dos dos dos dos rural) cos ou servi- liga- dos cidos ta dos serVi- combus- dos simul- dos dos ções tânea- tores mente

PARÁ (conclusão)

12 -Baião 19 4 347 13 127 13 55 47 13 - Barcarena 12 56 8 50 8 18 14-BELÉM 363 105 56 15 41 470 353 5 410 353 18 800 250 23 000 140 4 838 15- B:ragança 53 13 4 1 587 38 453 45 436 16- Breves 15 3 2 234 7 220 7 46 17- Bujaru 9 5 141 8 110 7 70 18- Cametá 36 16 3 696 31 135 31 162 24 92 15 71 19 - Capanema 41 7 1 228 27 290 25 351 20- Capim. 5 2 79 5 40 5 27 21- Castanha! 18 14 739 17 235 17 242 4 41 22- Chaves 19 123 9 150 9 61 23 - Conceição do Ara- gua~a 22 7 459 15 90 90 78 24 - Curralinho 9 84 8 57 8 13 25- Curuçá 27 -- 4 541 22 1 020 20 197 26- Faro 12 6 176 11 88 10 61 27 -Guamá 16 6 266 13 330 13 140 28- Gurupá . 15 161 4 82 4 56 29 - Igarapé-Açu 22 11 655 15 201 15 229 30 - Igarapé-Miri 17 3 233 16 150 16 90 31 - Inhangapi 6 42 5 30 5 20 32- Irituia 13 1 154 13 121 13 45 33 - Itaituba 15 4 164 9 !56 9 90 34 - Itupiranga 8 2 204 8 54 8 29 35 - João Coelho 24 4 591 24 143 23 265 36- Juruti 17 1 196 16 65 17 94 37- Marabá 33 2 3 1 179 32 232 29 486 38 - Maracanã 34 473 13 325 12 78 39 - Marapanim 23 1 538 16 270 16 200 40- Mocajuba 16 2 155 10 102 10 71 41- Moju 8 4 94 7 67 6 41 42 - Monte Alegre 28 1 726 24 140 14 120 6 70 43- Muaná. lO 7 99 10 125 10 39 44- Nova Timboteua 14 6 382 7 718 6 142 45- Õbidos 27 s 3 753 27 234 27 290 19 220 46 - Oriximiná 20 1 613 11 185 11 175 47 -Ourém 17 225 13 826 13 49 48 - Ponta de Pedras 20 1 309 17 210 17 93 49- Portei 8 2 108 3 140 3 40 50 - Pôrto de Moz 12 5 155 8 106 8 34 51 -Prainha 12 2 109 7 134 7 17 52 - Salinóp:Jlis 35 345 12 85 12 78 53 - Santarém 58 16 7 2 901 52 780 52 857 32 760 54- São Caetano de Odi­ velas. 25 301 16 183 13 80 55 - São Sebastião da Boa Vista 10 3 143 10 50 10 50 56- Soure 53 6 1 381 10 118 10 135 57- Tucuruí 9 3 287 8 102 8 94 41 58- Vigia 39 1 229 25 325 25 308 59- Viseu 25 275 17 87 12 109 ESTADO I 5I6 I74 257 IO 30 67 340 I 179 17 466 I I43 26 5I6 369 24 4I4 I 55 4 909

TERRITÕRIO DO AMAPÁ

14 259 10 147 10 99 ~=~~t!f>A. 55 11 1 (3) 2 590 48 900 48 977 39 438 22 72 3- Mazagão 8 2 174 8 57 8 81 4 -Oiapoque 11 156 7 68 6 80 TERRITÓRIO 88 I3 3 I79 73 I I72 72 I 237 39 438 22 72

MARANHÃO

1 - Alcântara 4801 2 - Alto Parnaíba 43123 - 341 302 15211 2931021 1581 67281 3 - Anajatuba . 23 - 398 4 50 (1)- (!)-

R B M.- 5 258 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Aiguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

Abastecimento PRÉ- Esgotos quais Iluminação d'água Dos DIOS sanitários _).:1., - - EXIS- canalizada TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS riza~ (nas Em dos e zonas r Logra- Logra- geral Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Número Prédios Prêdios Logra- Logra- Número douras douras esgo- menta- riza- di na- dina- e douras de fo- douras de servi- a baste- servi- cos ou cidos tados dos dos dos dos rural) servi- servi- liga- dos combus- dos simui- dos ções tânea- dos tores mente ESTATÍSTICA MUNICIPAL 259

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952 - -·---·

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PúBLICOS

PR:ll:- Abastecimento ' Dos quais DIOS Iluminação d'água Esgotos EXIS- canalizada sanitários TEN-- Pública Don;liciliãria SEDES MUNICIPAIS Arbo- TES rizaw (nas Em dos e zonas geral Logra- Logra- Pavi~ Arbo- Ajar- ajar- urbana Logra- Número Logra- Número Prédio• Prédios menta- riza- di na- dina- e douras douras douras de fo- douras abaste- esgo- dos dos rural) de servi-. servi- dos dos cos ou cidos tados simul- servi- servi- liga- dos dos tânea- dos combus- dos ções tores mente

MARANHÃO (conclusão)

69 - Urbano Santos 33 - - - - 197 ------70 - Vargem Grande 40 - - - - 409 16 300 10 50 - - - - 71- Viana 65 6 1 - - 1 023 (1)- (1)- (1)- (1)- - - - - 72 - Vitória do Mearim. 26 1 1 - - 295 20 118 10 37 - - - - ESTADO. 2 638 266 141 2 8 49 633 883 7 975 858 13 435 284 8 244 129 4 063

PIAUÍ 1 - Alto Longá 9 - 1 - - 148 7 50 7 32 - - - - 2- Altos 50 - 4 - - 512 16 240 16 67 - - - - 3- Amarante 48 5 1 - - 507 34 146 34 159 - - - - 4 -Barras 20 1 1 - 1 625 19 282 19 105 - - - - 5- Batalha 33 - - - - 358 25 150 19 60 - - - - 6 - Beneditinos 22 - 3 - - 82 11 47 11 35 - - - - 7 - Bertolinia 14 - 4 - - 123 9 64 3 19 - - - - 8- Bom Jesus. 23 - - - - 250 7 250 5 12 - - - - 9 - Buriti dos Lopes 16 3 - - - 247 13 216 10 54 - - - - 10 - Campo Maior. 43 18 12 - 1 1 695 40 900 40 386 - - - - 11 - Canto do Buriti 25 1 3 - - 364 15 71 15 54 - - - - 12 -Caracol 8 - 1 - - 238 ------13 - Castelo do Piau! 18 - 3 - 1 117 18 105 12 58 - - - - 14-Cocal 43 - 2 - - 243 11 80 11 53 - - - - 15- Corrente. 30 - - - - 370 ------16 - Esperantina 40 1 3 - 1 187 15 170 15 90 - - - - 17 - Floriano 77 14 14 - 1 2 372 13 160 19 262 - - - - 18 - Fronteiras 11 3 - - - 205 3 200 3 93 - - - - 19- Gilbués 8 - - - - 101 ------20 - Guadalupe 19 1 - - - 126 11 50 11 8 - - - - 21- Jaicós 29 - 1 - - 231 23 49 15 46 - - - - 22 - Jerurnenha 20 4 3 - - 171 10 60 10 160 - - - - 23 - José de Freitas 60 3 8 - 1 391 30 495 30 124 - - - - 24 - Luis Correia 37 - - - - 261 12 145 11 85 - - - - 25 - Luzilândia 22 8 - - - 490 20 140 18 88 - - - - 26 - Miguel Alves 20 - 4 - - 454 18 112 9 63 - - - - 27- Oeiras. 46 4 - - 2 1 084 36 319 36 260 - - - - 28 - Palmeirais 17 - - - - 94 ------29 - Parnaguâ - - 15 - - 71 ------~- 30 - Parnafba 132 38 2 - 4 5 980 92 1 575 92 2 405 - - - - 31- Paulistana 19 - - - - 304 15 74 14 75 - - - - 32- Pedro II 33 5 5 - - 507 13 109 13 74 - - - - 33- Picos .. 47 11 - - 1 1 251 18 175 18 410 - - - - 34-Pio IX 15 5 1 - - 290 9 102 9 85 - - - - 35- Piracuruca 85 15 7 - 2 632 43 210 43 170 - - - - 36 - Piripiri 52 11 3 - - 1 182 25 180 23 162 - - - - 37 -Pôrto 24 - - - - 231 14 96 5 45 - - - - 38 - Regeneração 20 1 - - - 350 14 106 9 51 - - - - 39- Ribeiro Gonçalves 28 - - - - 122 ------40 - Santa Fi!omena 14 - 2 - - 140 ------41 - São João do Piau! 21 - 4 - - 425 13 75 12 110 - - - - 42 - São Miguel do Ta- puio. .. 18 - - - - 158 8 88 7 29 - - - - 43 - São Pedro do Piau! 21 - 1 - - 352 66 65 6 51 - - - - 44 - São Raimundo No- nato .. 43 2 10 - - 722 22 140 22 166 - - - - 45 - Simpl!cio Mendes 18 - - - - 363 18 80 10 147 - - - - 46 - TERESINA 167 35 18 - 3 7 057 87 1 900 87 4 379 50 2 784 - - 47 -União 46 2 4 - 1 723 24 300 24 90 - - - - 48- Uruçui .. 35 - - - - 491 19 170 ]9 60 - - - - 49- Valença do Piauí 30 - - - - 527 12 119 12 81 - - - - ESTADO. I 691 191 125 - 19 33 924 868 10 065 804 10 963 50 2 784 - -

CEARA

1- Acaraú 6'!31 3101 2- Acopiara 26231 948 17151 78 17151 2351431 3- Anacetaba 12 296 12 104 12 57 260 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PúBLICOS

Abastecimento PRJ;;- Esgotos quais Iluminação d'água Dos DIOS sanitários EXIS- canalizada TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS riza- (nas Em dos e zonas Logra- Logra- geral Número Prédios Prédio Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Logra- Logra- Número douras douras menta- riza- dina- cHna- e de fo- a baste- esgo- douras douras de servi- servi- tados dos dos dos dos rurall cos ou liga- dos cidos dos servi- combus- servi- simul- dos dos ções tânea- tores mente

CEARÁ (continuação)

4- Aquiraz 21 6 5 294 7 55 7 75 5 - Aracati. 31 14 7 3 2 256 26 260 8 2 360 6 - Aracoiaba 25 7 2 571 16 250 25 115 7- Araripe 13 3 4 353 11 105 10 87 8- Assaré 15 1 4 555 11 700 11 236 9- Aurora 24 7 1 688 11 98 11 166 10- Baixio. 13 4 236 9 55 9 50 11 - Barbalha 29 15 4 1 267 14 165 11 274 7 32 12 - Baturité 38 25 9 1 209 26 293 26 436 18 368 4 u 13 - Boa Viagem 18 3 4 357 10 90 9 130 14 - Brejo Santo 22 12 6 954 16 185 15 290 15- Camocim. 35 7 2 2 088 20 426 20 586 16- Campos Sales. 22 4 5 777 11 148 12 254 17- Canindé 35 10 6 1 241 20 151 12 366 18- Cadré 16 4 1 336 16 148 12 103 19 - Caririaçu 14 5 481 9 98 9 182 20 - Cascavel 26 6 7 674 26 180 26 187 21- Caucaia 22 15 917 16 196 16 230 22- Cedro. 30 8 17 1 434 27 360 27 927 23- Coreaú 17 5 357 17 101 17 135 24- Crateús 43 7 1 2 163 40 671 40 395 25- Crato ... 67 23 8 3 4 200 44 442 44 1 459 19 978 26- FORTALEZA 617 334 60 12 45 686 494 7 736 494 26 441 56 6 800 55 6 00 27- Frade 15 3 200 9 80 8 110 28- Granja 43 4 1 993 23 224 23 279 29 - Ibiapina 25 12 2 338 17 134 17 153 30- Icó 30 6 5 1 176 14 253 14 440 31- Iguatu 55 22 5 2 980 52 620 52 1 250 32 - Independência 18 7 235 9 218 6 60 33- Inhuçu 25 5 250 13 100 13 90 34- !pu 51 16 8 1 025 27 150 27 330 35 - Ipueiras 30 7 4 673 17 180 16 173 36- Itapagé 25 14 9 681 29 166 24 153 37- Itapipoca 29 5 3 1 107 25 253 25 145 38 - Jaguaribe 22 1 1 741 14 320 13 100 39 - Jaguaruana 23 1 3 550 14 120 14 134 40- Jardim 43 15 1 769 18 118 18 229 4 12 41- Juàzeiro do Norte 78 35 43 11 600 42 1 343 42 2 485 42- Jucás 10 5 5 379 5 78 5 170 43 - Lavras da Manga- beira 23 20 4 608 15 156 12 160 44 -Licânia 37 3 15 1 181 17 480 17 250 200 45 - Limoeiro do Norte 44 3 19 1 205 12 450 12 362 6 15 46 - Maranguape 40 23 4 1 248 28 320 28 637 14 368 47- Massapê 42 5 10 1 293 30 250 30 335 48- Mauriti 24 5 634 19 149 16 26 49- Milagres. 24 7 4 797 16 110 14 184 50 - Missão Velha 44 13 13 1 460 18 360 14 490 51- Mombaça. 28 5 3 513 20 150 17 188 52- Morada Nova 32 15 7 467 19 80 19 146 9 68 53- Nova Russas 21 5 1 681 15 143 15 23 54 -Pacajus 21 7 440 12 130 10 138 55 - Pacatuba 16 8 563 9 120 9 112 56- Pacoti 13 13 303 13 80 13 124 57 - Pedra Branca 13 1 13 537 13 200 13 256 58 - Pentecoste 20 4 220 8 59 8 59 59- Pereiro 13 323 8 43 8 101 60- Quixadá 32 15 14 1 516 32 800 30 300 61- Quixará 14 5 377 5 65 2 49 62 --- Quixeramobim. 45 6 857 23 270 23 220 63 - Redenção 33 12 8 496 18 282 18 180 64 - Reriutaba 25 3 3 600 19 80 19 154 65 -Russas 36 6 17 1 620 36 1 000 36 500 3 95 66- Saboeiro 18 1 7 263 11 64 9 68 67 - Santanópole . 15 10 7 517 10 128 10 85 68 - Santa Quitéria 14 3 2 437 10 104 10 121 69 - São Benedito 16 7 4 915 15 243 15 228 70 - Senador Pompeu 26 10 2 1 694 26 1 669 26 537 ESTATÍSTICA MUNICIPAL 261

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS

Alguns Aspectos Estatísticos ~ 1952

- LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

Abastecimento Dos quais PR!t- Iluminação d'água Esgotos DIOS canalizada sanitários EXIS- TEN- Arbo- Pública Domiciliária TES SEDES MUNICIPAIS riza- (nas ; Em dos e zonas Logra- geral ajar- Número Logra .. Pavi- Arbo- Ajar- Logra- Logra- Número douras Prédios Prédio dina- urbana de fo- douras menta- riza- dina- e douras douras de servi- a baste- esgo- dos cos ou servi- dos dos dos rural) servi- servi- liga- dos cidos tados.. si mui- combus- dos dos dos ções tânea- tores mente

CEARA (conclusão)

71 ~Sobral 84 34 14 3 5 651 48 320 42 860 72 ~ Solonópole 11 9 132 6 220 6 56 73 ~ Tamboril 13 365 13 60 13 80 74 ~ Tauá 30 4 6 815 13 100 9 180 75 ~ Tianguá 9 8 504 8 100 8 108 76 ~ Ubajara 21 16 458 18 310 18 166 77 - Uruburetama 39 9 7 778 20 189 20 238 4 26 78- Várzea Alegre 34 6 850 8 125 8 66 79 - Viçosa do Ceará 28 13 594 21 185 21 130

ESTADO 2 774 956 499 I5 56 I26 560 I 90I 27 356 I 830 50 346 I40 8 956 59 6 I2'

RIO GRANDE DO NORTE

1- Acari 35 7 8 607 19 360 19 213 2-Açu 71 8 11 1 417 32 240 32 479 3 - Alexandria 16 3 484 13 120 13 125 4- Angicos 15 4 8 434 12 134 11 145 5- Apodi .. 21 1 344 19 120 12 60 6 - Areia Branca 35 5 2 157 30 350 29 530 7- Arês 25 1 405 9 75 9 90 8 8 - Augusto Severo 22 4 186 7 86 7 69 9- Baixa Verde 23 4 1 946 17 98 17 230 10- Caicó 66 14 25 2 336 58 840 58 652 11 - Canguaretama 36 1 693 6 44 6 39 12 - Caraúbas 24 3 588 20 148 20 140 13 - Ceará-Mirim 41 13 2 1 248 29 180 29 288 14- Currais Novos 51 10 4 1 504 24 150 24 513 15- Florânia 17 2 6 380 16 81 16 140 16- Goianinha 27 1 1 394 18 170 9 125 17 - Ipanguaçu 10 2 176 7 110 7 86 18- Itaretama 24 575 12 106 12 110 19 - Jardim de Piranhas 16 5 322 16 135 16 102 20 - Jardim do Seridó 18 6 11 405 18 135 18 273 21- Jucurutu 25 6 450 17 261 17 130 22- Luís Gomes 21 3 326 9 88 6 108 23- Macaíba 53 16 4 1 575 32 413 32 478 24- Macau 69 17 3 2 065 22 212 21 439 25- Martins 19 3 506 14 110 14 120 26- Mossoró 103 29 25 4 5 922 94 1 000 94 1 920 16 68 27 -NATAL 405 107 16 7 21 990 162 1 224 332 9 219 126 8 608 77 1 93 28 - Nísia Floresta 11 3 236 7 64 6 82 29- Nova Cruz 56 8 3 1 578 43 860 43 463 30 - Parelhas 20 1 10 951 20 240 20 335 31- Patu 25 414 ?.0 100 20 141 32 -Pau dos Ferros 25 3 779 22 310 21 207 33 - Pedro Avelino 27 511 24 165 22 139 34- Pedro Velho 20 2 507 19 152 19 82 35 - Portalegre 20 3 272 12 40 12 41 36 - Santa Cruz 27 6 5 978 16 300 13 256 37- Santana do Matos 29 11 7 486 16 250 16 200 3 15 38- Santo Antônio .. 21 1 738 10 85 15 120 39- São José de Mipibu 47 2 5 712 28 220 28 560 14 58 40- São João do Sabugi 21 4 319 13 103 13 92 41 - São José do Cam- pestre. 12 408 12 80 12 125 42 - São Miguel 25 409 19 120 19 112 43 - São Paulo do Poteng,i 15 453 11 100 11 110 44 - São Rafael 19 5 300 19 135 19 85 45- São Tomét 17 4 523 11 140 8 130 46 - Serra Negra do Norte 26 3 6 274 17 134 15 82 47- Taipu ... 22 2 324 12 64 9 75 48- Touros 19 4 463 10 84 10 82 I ESTADO I 792 277 223 3 30 60 070 I 093 10 740 I 231 20 342 1601 8 757 77! 1 9:i 262 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatisticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTI!:S PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PúBLICOS

PR:tl:- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d'ãgua Esgotos EXIS- canalizada sanitários TEN- Arbo- TES Pública Domicíliária SEDEs Ml,TNICIPArS riza- (nan Em dos e zonas Logra- Logra- geral ajar- urbana Número Prédios Pavi- Arbo- Ajar- Logra- Logra- Número douras douras Prédio• di na- de fo- a baste- esgo- menta- ríza- dina- e douras douras de servi- servi- dos dos dos dos rural) cos ou ciclos tados servi- combus- servi- liga- dos dos simul- dos dos ções tânea- tores mente

PARAíBA

1 - Alagoa Grande 44 11 2 1 984 24 460 24 309 8 247 2- Alagoa Nova 29 5 1 797 15 400 15 256 3- Antenor Navarro 20 1 3 626 18 260 18 235 4- Araruna 26 3 1 2 650 16 110 16 132 5- Areia 32 10 1 215 26 320 26 371 6 - Bananeiras . 35 8 1 715 35 260 35 220 18 121 7 - Bonito de Santa Fé 27 4 413 16 115 12 140 8- Brejo da Cruz 24 2 302 12 120 12 108 9 - Cabeceiras 9 3 193 9 90 9 67 10- Caiçara 18 2 448 14 120 12 150 11- Cajàzeiras. 64 29 24 3 375 60 1 100 55 991 12 - Campina Grande 260 89 25 17 240 206 12 465 205 7 008 153 3 137 116 2 23: 13 - Catolé do Rocha 37 4 708 26 160 26 272 14 - Conceição 10 401 10 200 6 211 15- Cruz do Espírito ~ ' Santo 16 2 1 2 406 14 150 12 178 16- Cuité 19 4 3 1 1 279 14 120 14 195 17 - Esperança 46 11 2 191 23 616 23 535 18- Guarabira 76 22 4 3 154 33 1 973 33 1 251 19- Ingã 35 7 3 904 22 235 22 276 20 - Itabaiana 65 12 7 2 420 40 627 40 759 21- Itaporanga .... 36 1 240 28. 116 27 169 22- JOÃO PESSOA 442 101 62 10 (5)20 147 293 3 313 393 12 547 138 7 304 148 4 10: 23 - Mamanguape 46 12 1 1 444 26 300 26 380 24 - Monteiro 27 2 16 3 873 22 306 ?.2 354 8 22 25 -Patos. 78 8 3 1 4 506 72 1 685 72 978 26- Piancó 16 1 1 770 10 530 8 430 27- Picuí 26 4 10 2 782 22 78 20 400 28- Pilar 20 6 1 1 366 12 200 8 125 29 -Pombal 66 15 1 1 572 33 840 33 351 30 ~Princesa Isabel 20 10 7 974 20 1 140 20 234 31- Santa Luzia 36 10 789 22 230 22 345 32- Santa Rita 86 6 3 3 582 50 398 50 793 33 ~São João do Cariri 10 7 423 10 113 10 148 34 - São José de Piranhas 22 8 426 10 160 10 118 35- Sapé 47 18 2 102 33 417 33 521 36 ~ Serraria 12 341 10 85 10 153 37- Soledade 5 ,- 3 278 5 96 5 110 38- Sousa 54 6 22 3 1 470 35 540 29 459 39- Sumé 9 9 676 9 120 9 235 40- Taperoã 23 1 3 890 23 250 23 305 41- Teixeira. 19 2 2 692 8 100 6 65 42 - Umbuzeiro 17 3 4 276 10 522 10 160 ESTADO 2 009 384 291 9 44 84 040 I 396 31 440 1 461 33 044 325 10 831 264 6 34

PERNAMBUCO

1 - J\fogados da Ingà- zeira 33 6 4 3 1 454 23 360 23 370 2 - Agrestina 33 2 701 13 105 12 133 3 - Água Preta 31 7 4 946 31 168 19 168 4 - Águas Belas 31 4 3 908 16 200 16 220 5 - Alagoinhas 19 2 559 1 97 11 152 6- Aliança 16 6 2 615 13 160 13 350 7- Altinho 21 1 3 1 063 18 410 18 150 10 85 8- Amaraji 32 3 716 21 141 21 225 9- Angelím 17 4 1 421 13 160 13 127 10 - Araripina 34 3 930 19 115 17 270 11 - Arcoverde 83 18 4 3 700 24 291 24 980 14 300 12- Barreiros .. 71 14 1 2 169 36 331 38 772 13 - Belo Jardim 45 10 1 1 2 056 35 500 35 805 14- Bezerros 69 16 5 4 2 862 48 310 48 606 35 401 15- Bodocó 15 5 440 15 144 12 211 16 - Bom Conselho 43 13 4 3 1 842 27 178 27 510 11 232 17 - Bom Jardim 27 8 6 3 714 22 145 22 274 18 -Bonito 52 1 2 1 1 058 40 254 30 387 ESTATÍSTICA MUNICIPAL 263

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estat1sticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PRÊ- Abastecimento Iluminação d'água Esgotos Dos quais DIOS sanitários E XIS- canalizada TEN- Arbo- TES Pública J:?omiciliária SEDES MUNICIPAIS :riza~ (nas Em dos e zonas geral Logra~ Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Número Prédios Prédios Logra- Logra- Número douras douras esgo- menta- riza- dina- dina- e de fo- douras de servi- a baste- servi- douras cos ou ciclos tados dos dos dos dos ruran servi- liga- dos dos servi- combus- simul- dos dos ções tânea- tores mente i

PERNAMBUCO (continuação)

9- Brejo da Madre de Deus 33 3 720 27 340 21 299 O -Buique 36 19 2 3 609 6 29 5 150 1- Cabo 45 11 1 1 1 638 35 205 35 601 7 72 2- Cabrobó 13 2 251 12 80 12 100 3 - Canhotinho 28 9 4 747 15 300 15 300 4- Carpina 71 5 7 2 3 3 210 27 250 27 445 5- Caruaru 237 41 9 6 4 13 387 136 1611 136 3 388 103 4 300 6- Catende 78 20 4 1 1 936 47 298 52 1 520 18 305 7- Coripós 20 4 5 241 9 303 9 51 8 - Correntes 31 11 3 1104 22 143 22 420 9- Custódia 13 1 621 11 215 11 260 O- Escada 67 23 3 2 034 52 220 52 1 090 8 99 1-Exu 28 7 6 435 21 130 21 100 2- Flores 41 4 6 687 17 129 14 180 3- Floresta 13 2 4 643 13 550 12 250 4 - Gameleira 45 11 1 1 130 33 420 33 372 5 - Garanhuns. 111 22 12 4 5 770 82 820 82 1 672 80 1 421 6 - Glória do Goitá 32 5 2 1 571 15 119 19 286 7-Goiana 90 17 1 7 3 267 37 180 37 483 8- Gravatá 106 10 11 2 3572 48 218 48 673 27 222 9- lgaraçu 20 3 715 13 90 12 88 O- Inajá 4 232 3 32 3 60 1- Ipojuca 36 568 21 135 18 245 2- Jaboatão 281 29 13 8 822 157 584 167 3 560 3- Jatinã. 13 1 379 10 115 10 87 4 - João Alfredo 20 5 3 695 12 80 12 125 5- Jurema. 47 4 1 439 26 260 24 214 6 - Lagoa dos Gatos 37 737 19 400 21 254 7- Lajedo 27 4 722 23 745 23 150 8- Limoeiro 61 21 4 4 776 39 623 39 1 721 16 536 9 - Macaparana 28 5 444 13 110 13 115 6 44 O - Maniçobal 19 1 537 50 6 1- Maraial 21 3 424 2- Moreno 89 22 6 1 2 673 60 241 60 1 481 3- Nazaré da Mata 72 16 2 I 1 769 54 285 47 572 14 42 4-0linda 254 125 11 8 356 143 1 900 150 4 300 135 4 285 5- Orobó 10 4 207 8 85 6 92 6- Ouricuri 33 4 3 352 14 115 14 110 7- Palmares 94 26 3 2 993 73 360 73 983 8 - Palmeirina 25 454 13 68 13 80 f.-..- 9- Panelas. 18 4 422 17 155 17 115 O - Parnamirim 15 211 13 68 13 103 1- Paudalho 49 9 10 3 1 456 49 216 40 400 14 150 2- Paulista 130 9 8 2 3 251 35 495 38 644 18 167 3- Pedra 26 2 426 12 154 11 90 4- Pesqueira. 105 21 5 3 672 52 414 58 1 058 38 644 5 - Petrolândia 22 3 3 555 16 240 16 400 6- Petrolina 37 20 9 2 087 37 352 .37 538 7- Quipapá. 37 5 1 672 16 67 15 144 8 -RECIFE 3 138 383 191 30 36 103 815 1 217 10 325 1 195 49 820 1 470 47 394 908 18 554 9- Ribeirão 46 19 2 1 500 38 1 840 38 674 27 510 O - Rio Formoso 17 4 I 437 12 173 12 186 8 52 1 - Salgueiro 45 11 8 1 180 20 164 16 431 2- Sanharó 22 1 457 6 60 6 130 3- São Bento do Una 59 8 5 1 210 33 282 33 339 4 - São Caitano . 30 4 1 228 21 171 14 277 ~- 5-São Joaquim do Monte 22 3 3 668 16 116 16 100 6 76 6 - São José do Egito 30 9 888 21 200 21 265 7- São Lourenço da Mata. 40 15 10 1 206 17 400 17 400 8 - Serra Talhada 30 6 2 162 22 699 14 800 9- Serrita 18 196 12 223 12 45 O- Sertânia 40 15 4 1 523 29 512 29 602 1 - Sirinhaém 21 3 3 587 10 126 10 200 2- Surubim 38 5 2 1 362 25 162 25 425 3- Tabira 43 5 837 26 1 200 21 301 l

264 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatisticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PRJ;;- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d'água Esgotos EXIS- canalizada sanitários TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS nza- (nas Em dos e zonas Logra- geral Número Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Logra- Logra- Número douras Prédios Prédios de fo- douras menta- riza- dina- dina- e douras douras de servi- a baste- esgo- dos dos dos dos rural) cos ou ciclos servi- servi- servi- liga- dos dos tados simui- dos combus~ dos ções tânea- teres mente

PERNAMBUCO (conclusão)

84- També . 41 3 1 932 28 197 26 265 85 - Taquari.tinga do Norte 29 3 343 16 150 12 165 86- Timbaúba 98 10 11 3 000 69 408 65 1 000 47 452 87- Triunfo 30 23 3 810 30 260 30 353 88 - Vertentes 28 1 3 663 10 100 10 194 89 - Vicência . 37 8 4 1 677 37 103 24 167 6 55 90 - Vitória de Santo Antão 99 31 1 6 4 468 61 720 61 2 700 55 1 490

ESTADO 7 44I I 252 46I 68 I29 245 932 3 8I4 37 659 3 725 96 9I8 2 I73 63 334 908 I8 554

ALAGOAS

1 - Água Branca 10 9 4 442 8 59 8 135 2- Anadia 23 3 742 18 200 18 155 3 - Arapiraca 61 9 2 727 39 425 39 900 4- Atalaia 19 11 496 15 212 15 249 5- Batalha 12 2 358 9 68 9 6- Capela . 31 11 836 20 180 20 250 7 - Colônia Leopoldina 15 526 10 70 10 100 8- Coruripe 20 2 809 15 120 15 240 9- Igreja Nova 41 22 3 749 29 115 19 198 LO - Junqueiro 14 1 3 1 375 5 130 5 135 L1 - Limoeiro de Anactia 9 1 316 8 94 8 116 12 -MACEIÓ 495 114 32 3 16 26 545 373 1 916 373 9 262 179 9 059 13 - Major Isidoro 17 6 1 1 329 10 84 10 79 L4- Maragogi .. 20 3 389 18 115 15 111 LS- Marechal Deodoro 41 7 2 1 397 31 2 800 22 654 7 130 16 - Mata Grande 25 7 4 658 10 80 10 195 L7- Murici 23 10 1 1 221 16 293 16 340 8 245 18 - Palmeira dos Índios 78 22 5 2 768 55 346 55 638 34 477 19- Pão de Açúcar 38 10 4 1 181 23 139 22 428 11 106 20 - Passo de Camaragibe 33 4 610 33 116 12 124 21- Penedo 124 40 14 3 4 085 61 420 61 1 257 35 452 24 1 288 22- Piaç•buçu 51 15 4 1 275 26 145 26 220 23- Pilar 54 25 1 3 2 082 48 400 48 938 31 332 24 - Piranhas 15 13 271 7 80 7 77 ~5 - Pôrto Calvo 27 784 12 140 12 162 26 - Pôrto de Pedras 19 5 551 11 114 11 147 !7 -Pôrto Real do Co- Iégio 33 1 2 1 973 14 204 14 166 28 - Quebrangulo 25 10 7 1 1 052 10 140 10 220 ~9 - Rio Largo 125 37 5 4 3 301 43 273 43 837 W - Santana do Ipanema 35 7 6 1 1 073 23 160 23 320 ll- São Brás 16 5 1 411 16 82 11 75 12 - São José da Laje 48 19 4 2 1 455 45 178 34 626 13 124 J3 - São Luís do Quitunde 29 3 2 715 22 181 22 173 4 69 14- São Miguel dos Cam- pos 40 6 2 2 1 125 37 290 37 553 18 224 ~5 ~ Traipu 28 9 1 3 618 20 160 20 130 ~6 -União dos Palmares 48 15 4 2 2 071 32 210 32 595 20 173 17- Viçosa 43 16 1 4 1 1 689 31 270 25 487 ESTADO I 785 470 116 26 53 67 005 I 203 11 009 I I37 2I 292 360 11 39I 24 I 288

SERGIPE

1 - Aquidabã. 28 1 1 833 13 154 2 70 2 -ARACAJU 210 47 13 6 15 518 97 1 667 97 8 145 89 7 273 1 868 3- Arauá 14 3 2 476 13 53 13 61 4-Buquim 51 6 1 003 20 130 20 157 5- Campo do Brito 19 1 3 870 13 130 12 140 6- Canhoba 20 325 15 97 8 35 7- Capela 91 17 9 1 446 22 188 22 196 8 - CarmópoÜs 14 444 14 67 14 80 9 - Cotinguiba 13 471 13 110 13 103 .O - Cristinápolis 16 482 13 13 ll - Darcilena . 19 5 923 70 1001 ~2 -Divina Pastõra 16 3 392 14 61 11 74 .3 - Estância 114 33 3 3 4 218 98 700 98 504 ESTATÍSTICA ?\IUNICIPAL 265

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PR:ft- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d'água Esgotos EXIS- canalizada sanitários EXIS- Arbo- Pública Domiciliãria MUNICIPAIS TES SEDES rizaM Em (nas dos e zonas Logra- geral Número Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Logra- Logra- Número doures Prédios Prédios de fo- douros menta- riza- dina- di na- e doures doures de servi- a baste- esgo- cos ou servi- dos dos dos dos rural) servi- servi- liga- dos cidos tadcs simul- combus- dos dos dos çõe~ tânea- torcs mente I

SERGIPE (conclusão)

14 - Frei Paulo 22 31 790 18 175 18 196 15- Gararu. 14 1 296 6 100 5 37 16 - Indiaroba 13 282 4 70 4 33 17 ~ Itabaiana 38 20 4 2 514 27 680 27 504 18 - Itabaianinha 27 5 4 840 fl)- (1)- (1)- (1)- 19 - Itaporanga d' Ajuda 27 12 1 827 24 146 24 174 21 110 20 - Japaratuba 25 7 4 793 14 134 14 101 21- Japoatã 21 1 1 605 10 155 10 58 22- Lagarto 46 34 6 1 697 41 330 41 462 23 - Laranjeiras 49 20 4 1 537 30 236 30 254 24- Maruim 54 12 3 1 521 50 350 46 496 25- Muribeca 19 1 372 6 52 6 59 26- Neópolis. 69 22 4 1 662 51 284 40 395 27- Nossa Senhora da Glória . 26 478 14 100 14 144 28- Nossa Senhora das Dores 38 5 1 210 16 165 16 186 29 - Parapitinga 15 6 478 15 100 9 34 30 - Pôrto da Fôlha 18 5 1 1 132 17 135 15 125 31- Propriá 109 49 5 3 3 956 36 200 36 880 32 - Riachão do Dantas 39 3 3 1 487 13 125 13 70 33 - Riachuelo 48 11 1 4 879 16 136 16 260 34 - Ribeirópolis 23 2 799 19 158 12 170 35 - Rosário do Catete 23 599 23 200 19 134 36- Salgado 15 679 15 131 13 81 37- Santa Luzia do Itanhi 8 241 6 75 6 73 3 18 38- Santo Amaro das Brotas 15 1 3 514 13 120 13 100 39 - São Cristóvão 61 17 6 1 929 44 275 44 385 14 128 :tO - Siinão Dias 44 20 2 1471 33 325 32 370 :tl- Siriri 12 2 2 388 11 10 65 42 - Tobias Barreto 46 8 3 1 190 21 230941 21 205 ESTADO 1 589 384 usl 11 27 57 567 938 8 709 877 15 716 127 7 529 1 868

BAHIA

1 - Alagoinhas 109 28 14 6 517 54 705 54 940 2- Alcobaça 33 4 473 32 420 32 78 3- Amargosa 38 27 15 1 695 28 352 28 427 4- Andaraí 50 41 11 1 266 22 102 20 206 5- Angical 21 7 294 12 110 12 157 6- Aratuípe 24 12 2 448 10 53 9 45 7 - Baixa Grande 16 1 467 14 82 6 63 8- Barra 38 7 1 628 26 391 26 391 9 - Barra da Estiva 28 8 3 227 i4) 11 26 1 O - Barreiras 50 11 9 1 220 50 200 50 570 11 - Belmonte 45 8 3 1 569 39 251 20 280 12- Boa Nova 33 2 1 365 15 80 15 104 13 -Bom Jesus da Lapa 38 22 2 1 380 23 366 17 145 14- Brejões 14 13 3 416 10 101 lO 98 15 - Brotas de Macaúbas 21 19 380 8 102 7 31 16- Brumado 21 15 891 20 150 20 535, 17 - Cachoeira 81 48 3 2 871 71 392 71 1 379 76 1 288 63 810 18- Caculé 55 21 4 760 14 200 14 160 19- Caetité 53 28 4 812 25 150 25 232 16 144 20- Cairu 18 4 3 296 7 100 6 98 21- Camamu 39 30 2 639 27 108 25 228 22 - Camassari 18 2 949 18 110 18 130 23 - Campo Formoso 31 10 4 847 17 186 17 195 24 - Canavieiras 45 11 6 3 2 513 25 488 25 590 25 - Caravelas 32 10 1 1 654 19 310 19 286 26 - Carinhanha 28 4 1 480 16 216 12 187 27 -Casa Nova 19 3 360 14 84 14 130 451 l8 - Castro Alves 70 19 4 2 283 33 195 32 H7 21 339 -141 l9 -Catu 26 11 5 981 24 95 24 158 I ~O- C!cero Dantas 12 487 9 130 9 lú4 ll- Cipó 20 12 10, 614 161 184 161 172 I 266 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDB:S MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PRll:- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d'água Esgotos EXIS- canalizada sanitários TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS riza- (nas Em dos e zonas Logra- geral urbana Número Logra- Prédios Pavi~ Arbo- Ajar- ajar- Logra- Logra- Número douras Prédios douras di e de fo- a baste- esgo- menta- riza- dina- na- douras douras de servi- servi- dos dos dos dos rural) cos ou servi- cidos tados servi- combus .. liga- dos dos simul- dos dos ções tânea- tores mente

BAHIA (continuação)

32 - Conceição da Feira 20 6 5 4 620 18 130 16 210 33 - Conceição do Almeida 33 8 2 2 634 15 160 15 180 34 - Conceição do Coité 21 7 5 1 558 20 138 20 160 35- Conde . 24 2 5 799 18 326 18 95 36 ~ Condeúba 31 20 456 29 210 29 93 37- Coração de Maria 15 2 272 7 81 7 65 38 - Correntina 43 11 427 39 - Cotegipe 13 232 40 - Cruz das Almas 46 16 15 1 910 27 402 28 603 41- Curaçá. 23 4 340 11 140 11 78 42 - Entre Rios 13 1 346 7 98 7 53 43 - Esplanada 19 1 1 058 10 242 10 398 44 - Euclides da Cunha 27 3 1 781 13 165 13 208 45 - Feira de Santana 112 51 14 7 075 80 748 80 2 731 46- Glória 17 2 323 4 35 4 33 47 - Guanambi 45 17 6 770 28 188 28 114 48 - Ibipetuba 35 6 553 18 140 15 74 49 - Ibitiara . 18 6 337 (4) 11 7 50- Ilhéus 128 112 22 10 5 177 90 775 90 2 436 128 2 060 100 600 51 - Inhambupe 40 7 8 2 2 1 177 42 602 42 240 52- Ipiaú 38 14 1 2 296 30 321 30 428 53- Ipirá 20 8 5 600 14 149 14 172 54- Irará 20 11 4 2 572 20 250 20 125 55- Irecê 11 319 11 126 7 53 56- Itaberaba 64 12 5 1 2 110 25 142 25 290 57- Itabuna 141 75 2 3 1 6 665 58 400 58 2 200 70 1 000 45 872 58- Itacaré 25 15 3 3 409 18 206 18 155 59- Itambé 47 13 4 1 1 345 25 300 25 250 60 - Itaparica 55 35 2 2 836 48 306 40 416 61 - Itapicuru 16 1 278 8 210 8 82 62 - !taquara 14 5 4 524 14 517 14 98 63- Itiruçu 27 5 620 21 150 21 110 64- Itiúba 15 9 6 728 122[ 258 12 268 65- Ituaçu. 19 6 4 (4) 356 (4) 4 10 66- Ituberá. 33 29 5 658 35 138 35 246 3 165 8 98 67 - Jacaraci 26 12 1 235 19 160 17 45 68 - Jacobina 71 50 5 2 139 30 1 100 30 793 69 - Jaguaquara 29 6 10 1 040 13 195 13 246 (6)- (6)- 3 30 70 - Jaguarari 28 1 4 519 5 57 7 92 71 - Jaguaripe 27 3 299 13 157 12 85 72 - Jandaíra 18 252 13 136 13 142 73- Jequié 116 16 4 3 5 747 93 1 067 8J 1 467 fj1 1 565 43 3 235 74 - Jeremoabo 22 8 11 649 8 98 8 164 75 - Jiquiriçá 16 5 2 279 9 96 9 109 76 - Juàzeiro 67 42 24 4 500 67 750 67 1 150 77- Laje 19 8 1 351 12 70 12 124 78- Lençóis 54 53 2 1 034 53 125 53 172 79 - Livramento do Bru- ma do 31 11 356 20 72 14 70 BO- Macajuba 22 5 410 12 67 7 65 g1 - Macarani 32 562 10 135 10 35 ~2 - Macaúbas 37 13 2 596 18 143 17 75 36 ~3- Mairi ,. 54 15 2 640 16 100 15 164 ~4 - Maracás. 31 3 1 1 514 15 190 14 162 35 - Maragogipe 68 37 5 2 2 558 50 331 50 700 23 920 12 35 l6- Maraú. 17 11 1 288 14 50 15 37 l7- Mata de São João 49 10 2 3 1 524 28 300 28 200 l8 - Miguel Calmon 50 5 3 1 1 175 28 217 28 235 l9- Monte Santo 42 12 3 648 28 267 16 121 lO - Morro do Chapéu 29 6 1 468 29 164 29 40 11- Mucugê 48 25 2 639 11 150 11 79 13"'- Mucuri .. 15 162 6 36 6 53 13- Mundo Novo .. 53 15 1 801 19 102 19 182 7 40 14 - Muritiba 31 19 7 2 2 238 22 260 30 703 13 76 15 -Mutuípe 14 8 3 470 14 140 14 168 t6 -Nazaré 103 43 6 3 082 59 369 61 1 748 36 (7) 531 17 - Nilo Peçanha 18 11 425 18 178 18 149 18 - Nova Soure 31 466 15 118 15 132 ESTATÍSTICA MUNICIPAL 267

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos E3tatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PúBLICOS

PRJ;:- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d'água Esgotos EXIS- cana1i.zada sanitários TEN- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS ArbJ- riza- (nas Em dos e zonas geral Logra- Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ejar- urbana Número Prédios Prédios Logra- Logra- Número douras douras menta- riza- dina- di na- e de fo- a baste- esgo- douras douras de servi- sen.:ri- dos dos dos dos rural) cos ou c idos tados servi- combus- servi- liga- dos dos símul- dos dos ções tânea- tores mente

BAHIA (conclusão)

99 -Oliveira dos Breji- nhos 23 3 420 :oo-Palmas de :rvtonte Alto 43 9 26S 1S 180 8 41 .01- Palmeiras 38 30 933 31 1S7 31 1S8 .02 - Paramirim 43 18 2 368 19 140 10 73 .03 - Paratinga 38 4 3 762 14 14 76 .04- Paripiranga 22 11 3 211 21 139 13 1S3 .OS- Piatã 34 s 3 272 (4) s s .06 - Pilão Arcado 16 371 16 600 13 40 .07- Poções 78 2 3 1 08S 42 23S 42 116 .08- Pojuca. 3S 4 1 891 21 13S 20 170 .09 - Pôrto Seguro 41 1 5 446 25 183 15 76 :10- Prado 18 437 18 169 18 68 .11 - Queimadas 36 10 16 917 21 106 21 178 .12- Remanso 70 7 1 172 30 220 30 316 .13- Riachão do Jacuípe 19 5 5 S43 14 127 6 68 L14- Riacho de Santana 17 17 4 416 14 131 14 44 115- Ribeira d·:> Pombal 48 5 805 20 226 20 206 .16- Rio de Contas 3S 10 s 372 11)- (1)- (1)- (1)- .17- Rio Real 23 6 2 784 20 100 20 200 .18- Rui Barbosa 33 11 6 1 650 21 218 21 299 .19- SALVADOR 909 S84 1S2 22 84 188 881 8 004 909 44 989 721 26 487 172 s 630 L20- Santa Cruz Cabrá1ia 31 1 165 19 66 12 37 ~21 - Santa Inês 39 2 9 949 15 150 15 150 12 1SO ,22 - Santaluz 43 4 4 766 38 250 32 160 .23- Santa Maria da Vi- tória 30 4 4 S60 16 140 14 80 124 - Santana 56 24 3 807 20 365 20 143 125 - Santa Teresinha 8 1 1 223 6 120 6 21 126- Santo Amaro. 10S 90 10 4 2 589 56 713 56 1 808 43 1 230 43 1 059 127- Santo Antônio de Jesus .. 62 14 6 3 3 236 29 800 29 639 l28- Santo Estêvão 24 3 439 1S 121 12 145 L29- Santo Inácio 15 8 4 219 lO 160 10 50 130 - São Félix 42 34 4 1 930 34 293 34 246 34 386 131 - São Filipe 20 5 3 380 13 95 9 68 l32 - São Francisco do Conde 19 13 444 13 90 13 135 133- São Gonçalo dós Campos 39 28 17 1 117 32 128 32 342 134- São Miguel das Matas 23 3 376 9 90 9 94 !35- São S.:! bastião do Passé 34 34 4 816 12 180 12 168 136- Saúde 33 1 488 8 190 8 180 137- Seabra 26 7 330 (4) 4 5 138- Senhor do Bonfim 65 16 5 3 2 644 62 600 62 730 30 200 139 - Sento Sé 10 3 2S9 7 65 7 32 140- Serrinha 18 19 4 1 990 32 300 32 295 141 - Taperoá 28 18 1 678 20 310 20 185 6 (7) 34 142- Tucano 27 11 9 845 26 372 26 247 143- Uauá 32 2 328 9 75 9 88 144- Ubaíra. 32 16 2 3 429 21 753 21 180 145 - Ubaitaba 27 14 3 3 630 8 105 8 280 146-Una . 13 223 13 99 13 57 147- Urandi 25 12 365 3 12 3 30 6 32 148- Valença 91 47 3 035 62 480 62 2 005 35 501 149- Vitória da Con- quista. 128 37 4 5 215 62 39S 45 680 ISO - Xique-Xique 35 3 6 1 444 19 960 19 310 ESTADO 5 561 2 560 705 52 146 243 426 4 208 41 105 4 026 87 882 1 304 :!6 619 545 13 385

MINAS GERAIS

1 - Abadia dos Dourados 261 2901 2141 1401 2- Abaeté. 36 960 36111 472 36111 483 -221 3271 3 - Abre Campo 20 I -~I 21 il 424 20 211 20 273 12 161 ,..1··, .. 1' 268 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS '~ .; '! MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PúBLICOS

PR!l:- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d 1água Esgotos EXIS·· canalizada sanitários TEN- Arbo- TES Pública Domici!iária SEDES MUNICIPAIS riza- (nas ' Em zonas geral dos e Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Nó mero Prédios Logra- Logra- Logra- Número douras douras Prédios menta- riza- dina- dina- e de fo- douras a baste- esgo- douras cos ou de servi- servi- dos dos dos dos rural) servi- liga- cidos tados servi- combus- dos dos simui- dos dos ções tânea- tores mente

MINAS GERAIS (continuação)

4- Açucena 22 146 11 62 45 5 - Águas Formosas 22 2 410 100 10 6- Aimorés 57 9 2 541 30 1 000 30 1 000 29 1 144 28 1 144 7- Aiuruoca 16 5 395 16 165 16 210 9 186 7 8! 8 - Além Paraíba 79 43 9 2 2 895 74 909 74 2 208 47 1 980 49 1 69( 9- Alfenas 63 2 3 2 2 775 63 757 63 1 708 52 1 244 33 74( 10- Almenara 26 4 1 940 22 250 22 325 11- Alpinópolis 40 1 700 28 321 28 253 20 145 12 - AI terosa 25 275 13 211 13 172 10 140 13 - Alvinópolis 34 742 25 170 25 395 18 256 14- Alto Rio Doce 19 12 411 17 252 17 224 17 253 9 61 15 - Andradas. 37 37 3 912 26 298 26 611 35 651 35 26t 16 - Andrelândia 29 2 736 27 284 27 420 29 460 5 2( 17 - Antônio Carlos 28 1 452 22 80 22 216 18 - Antônio Dias 13 10 227 12 100 12 189 8 164 10 10( 19 - Araguari 138 43 2 5 465 79 1 415 86 4 340 82 2 468 49 1 08( 20- Araçuaí 61 14 1 311 14 155 32 320 21- Araxá 123 33 3 4 3 138 95 1 000 95 2 875 103 1 985 29 51! 22 - Arceburgo 35 35 2 1 482 27 278 27 386 7 73 23- Arcos 24 3 1 767 24 433 24 351 15 313 24- Areado .. 51 718 40 472 29 301 12 230 25 - Astolfo Dutra 19 3 584 17 214 17 415 12 296 3 8: 26- Ataléia 12 503 27 - Baependi 40 4 1 801 40 308 40 507 19 217 21 131 28 -Baldim. 18 1 256 10 87 10 89 5 66 29 -Bambuí 82 8 1 1 255 53 513 53 828 3 5 614 35 421 30 - Barão de Cocais 61 6 1 1 132 30 180 30 522 30 342 11 17 31 -Barbacena 233 70 3 10 5 447 167 1 250 167 3 455 144 3 016 158 2 38: 32- Barra Longa .... 13 3 360 9 77 9 120 6 127 33 -BELO HORIZON- TE 1 597 83 222 13 45 49 055 1 331 9 491 1 248 65 319 776 37 914 398 25 04 34- Belo Vale 53 9 311 48 246 48 200 48 99 35- Betim. 47 1 3 1 267 29 280 29 555 10 174 36 - Bias Fortes 10 4 205 10 60 10 82 10 93 37-Bicas. 51 5 3 1 056 41 486 41 1 189 8 52 25 211 38 - Boa Esperança 52 15 3 1 628 45 315 45 671 52 616 18 33 39 - Bocaíúva 53 13 10 907 52 502 52 354 40 - Bom Despacho 52 3 1 1 655 41 290 41 1 040 45 641 41 -Bom Jardim de Mi- nas . 26 521 18 160 18 381 20 283 42 -Bom Jesus do GaÜ10 16 618 10 386 43 - Bom Sucesso 37 2 13 3 1 203 25 398 25 610 17 314 44 -Bonfim. 47 3 3 259 25 175 25 163 14 84 7 1: 45 - Borda da Mata 23 714 23 242 23 446 23 370 46 - Botelhos 40 1 2 599 18 32() 18 456 17 340 47- Brasiléia. 24 13 565 19 141 15 145 48 - Brasópo!is 63 26 4 077 54 365 54 691 54 720 33 55: 49 - Brumadinho . 21 5 272 21 105 21 155 20 85 50 - Bueno Brandão 32 5 325 17 204 17 278 17 228 12 12, 51- Buenópolis 32 3 596 (1)-- (1)-- 30 360 5 54 52 -Cabo Verde 31 510 24 300 24 360 19 320 1' 53 - Cachoeira de M.ir~as 27 6 2 284 25 223 25 200 6 67 54- Caeté 53 28 1 1 1 471 52 540 48 755 53 662 47 52, 55- Caldas 52 15 1 648 43 404 43 560 52 601 52 58, 56 - Camanducaia 26 3 2 564 20 885 20 575 20 375 5 57 -Cambuí 19 1 1 575 (1)- \1)- (1)- il)- 17 384 58 - Cambuquira 47 15 13 4 1 195 34 443 34 746 35 714 25 49 59 - Campanha 60 60 1 3 1 122 60 443 60 780 45 833 44 67' 60 - Campestre. 35 7 1 1 578 22 300 22 416 20 410 6 14, 61 -Campina Verde 26 439 17 250 17 223 62 - Campo Belo . 83 17 3 183 83 558 83 1 814 59 1 125 32 75 63 - Campo do Meio 29 618 1 5 19 19 64 - Campo Florido 25 227 13 200 13 145 65 - Campos Altos 19 572 15 400 15 260 13 349 66 - Campos Gerais 71 961 35 380 35 340 30 304 67 - Canápo!is 22 482 3 3 3 40 68 - Candeias 52 4 869 34 360 34 410 31 315 69 - Capelinha 25 21 521 24 132 24 170 12 921 ESTATÍSTICA J\IUNICIPAL 269

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PúBLICOS

PRlt- Abastecimento Esgotos Dos quais DIOS Iluminação d'água sanitários EXIS- canalizada TEN- TES Pública Domiciliári& MUNICIPAIS Arbo- SEDES I nza- (nas Em dos e zonas Logra- geral Número Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Logra- Logra- Número douras Prédios Prédios di na- de fo- douras menta- riza- dina- e douras douras de servi- a baste- esgo- rural) cos ou servi- dos dos dos dos servi- servi- liga- dos ciclos ta dos simul- combus- dos dos do~ ções tâneA- tores mente

MINAS GERAIS (continuação)

70 - Capetinga 17 252 16 124 16 219 12 100 71 - Capitólio 19 310 19 105 19 132 4 44 72- Caraí 10 312 10 59 10 42 73 - Carandaí 22 2 459 15 157 15 268 16 196 1 48 74 - Carangola 66 26 5 1 729 66 450 66 1 632 46 1 152 43 1 053 75- Caratinga 52 16 4 2 2 980 52 1 438 52 2 445 33 1 136 21 720 76 - Carlos Chagas 40 1 8 1 105 77- Carmo da Cacho- eira 24 2 320 17 200 24 178 12 153 78 - Carmo da Mata 54 11 827 32 283 32 367 35 310 12 108 79 - Carmo do Cajuru 25 593 10 95 10 200 17 250 80 - Carmo do Parana- íba 52 8 1 023 25 180 25 325 34 375 81 - Carmo do Rio Claro 50 1 028 46 344 46 522 45 250 13 80 82 - Carmópolis de Mi- nas 52 515 15 115 15 170 25 155 83 - Carrancas 12 182 8 22 8 22 9 58 6 10 84 - Carvalhos. 22 244 9 75 9 130 12 86 85 - Cascalho Rico 11 169 86- Cãssia 38 10 2 5 973 32 511 32 769 31 778 13 123 87 - Cataguases 124 61 22 6 2 512 112 674 112 2 422 97 1 644 97 1 644 88- Caxambu 77 28 13 3 1 624 67 622 70 1 353 65 906 51 638 89- Cláudio 39 1 533 30 348 30 364 24 263 1 15 90- Coimbra 11 517 9 120 9 348 9 30 8 22 91 - Comendador Gomes 1 119 8 30 8 71 92- Comercinho. 21 329 lO 118 10 58 93 - Conceição da Apa- reclda 32 652 23 153 23 238 11 200 94 - Conceição das Ala- goas 43 624 28 192 25 632 95 - Conceição do Mato Dentro. 59 8 764 37 300 37 350 21 220 3 17 96 - Conceição do Rio Ve1de 45 6 715 45 399 45 477 29 342 9 145 97 - Conceição dos Ouros 23 5 224 20 130 20 171 16 108 98 - Congonhas 56 22 1 934 47 263 47 343 37 317 23 26~ 99 - Conquista 31 2 20 582 30 350 30 280 18 158 100 - Conselheiro Lafai- 1•: e te 115 45 3 684 95 534 95 2 857 91 1 946 53 757 101 -Conselheiro Pena 33 990 4 27 4 42 25 420 102 - Contagem 43 720 43 180 43 210 19 207 103 - Coqueiral. 33 389 21 102 22 226 16 97 104 - Coração de Jesus 48 20 512 39 117 38 182 21 151 105- Cordisburgo 44 5 430 11 75 11 150 4 45 106 - Corinto 56 5 1 566 56 808 56 1 125 3 88 3 30 107 - Coroaci 22 534 22 132 22 220 11 44 108 - Coromandel 40 638 (1)- {1)- 19 370 109- Coronel Fabriciano 20 5 902 20 213 20 307 10 108 3 4C 110 - Córrego Danta 22 121 10 120 10 62 111 - Cristais 31 546 14 200 14 108 5 160 112 - Cristina 28 21 3 760 38 38 38 441 23 515 19 497 113- Crucilândia 24 364 9 95 9 130 11 115 114- Cruzília 28 3 481 18 97 20 264 11 218 11 109 115- Curvelo. 112 1 26 3 3 299 79 1 087 79 1 949 36 1 057 36 81j 116 - Delfim Moreira 29 11 1 313 21 148 21 279 17 170 16 113 117 - De1finópolis 22 639 15 186 15 182 118 ~Diamantina lOS 68 4 2 065 lOS 725 105 1 430 93 1 022 72 807 119- Dionísio 17 299 4 75 4 132 9 139 8 9S 120- Divino 15 294 11 93 11 266 121 - Divinópolis 148 10 5 4 812 62 320 86 3 000 40 1 583 12 41C 122 -Divisa Nova 28 2 223 12 136 12 164 6 54 123 -Dom Joaquim 34 1 397 18 66 18 lOS 14 109 3 15 124- Dom Silvério 28 6 3 609 27 167 27 441 16 195 125- Dores de Campos. 31 2 726 26 66 30 428 30 371 126- D.>res do Indaiá 62 4 2 1 366 49 395 50 910 39 511 127- Elói Mendes 59 10 4 2 835 46 355 46 497 46 450 128- Ervália .. 20 8 2 1 530 18 180 18 420 15 250 12 215 129 - Esmeraldas 27 1 515 19 241 19 230 9 62 130 - Espera Feliz 14 3 555 14 149 14 328 11 212 2( 131- Espinosa 30 13 2 330 12 142 12 127 270 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos E:statísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PRÉ- Abastecimento Esgotos Dos quais DIOS Iluminação d'água sanitários EXIS- canalizada TEN- Pública Domiciliária &DES MUNICIPAIS Arbo- TES Em riza- (nas dos e zonas geral I Logra- Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Número Prédios Prédios Logra- Logra- Número douras douras menta- riza- dina- dina- e de fo- esgo- douras douras de servi- a baste- servi- dos dos dos dos rman cos ou servi- liga- ddos tados simul- servi- combus- dos dos dos ções tânea- dos teres mente

MINAS GERAIS (continuação)

-Estiva 13 3 265 22 60 8 92 12 91 3 16 - Estrêla do Indaiá 24 307 12 685 12 130 - Estrêla do Sul 30 1 2 310 23 192 23 215 19 151 2 9 - Eugenópolis 13 7 1 328 10 146 10 199 10 185 7 116 , -Extrema 14 5 2 357 13 95 13 255 11 250 5 60 -Fama. 18 235 15 123 15 128 9 79 , - Felix\ândia 47 341 11 43 11 30 4 21 '-Ferros 24 15 1 395 15 140 15 189 13 233 15 288 -Formiga 102 31 3 3 3 539 57 742 57 1 815 51 1 368 -Francisco Sá 30 2 443 28 185 28 177 -Francisco Sales 29 2 408 24 228 24 198 15 127 -Fruta\ 34 1 817 28 324 28 410 20 256 6 30 -Galiléia 31 311 5 35 5 50 -Gimirim. 27 4 617 27 386 27 408 25 273 , - Governador Vala- dares .. 52 13 12 6 378 3 135 37 1 405 30 1 835 28 1 080 ' - Grão Mogol 21 13 221 12 438 12 86 3 2 : -Guanhães 26 646 25 264 25 523 25 310 1-Guapé .. 26 574 22 232 22 269 13 109 1 - Guaraciaba 11 281 10 180 10 116 10 86 - Guaranésia 35 8 5 1 1 021 35 593 35 930 15 250 15 99 -Guarani 35 4 6 1 467 30 138 31 420 24 279 24 252 - Guarará. 28 3 1 3 252 14 98 14 139 7 52 -Guaxupé 93 22 5 3 2 001 76 745 78 1 974 61 854 71 854 , - Guia Lopes 22 370 17 153 17 161 11 127 ~-Guidoval 27 2 389 16 75 16 298 ' - Guiricema 22 5 2 513 15 100 15 254 4 37 :-Iapu 11 224 8 50 8 77 1-lbiá 59 1 096 14 34 25 403 28 552 4 100 1- Ibiraci 23 457 16 220 16 308 12 214 - lguatama .. 28 655 12 206 12 178 2 28 : - Indianópolis 14 195 14 173 14 133 10 78 -Inhapim 20 533 18 178 20 416 - Inhaáma 29 236 13 65 13 85 - lpanema 21 3 707 21 282 21 410 14 518 -Itabira 51 21 1 477 42 450 42 768 34 580 - Itabirito 76 32 1 460 76 522 76 1 319 50 631 9 21 - Itaguara 32 6 478 23 78 22 197 20 159 - Itajubá 151 50 9 5 4 764 151 1 200 151 4 363 151 5 528 119 2 800 - Itamarandiba 65 20 2 569 28 156 28 176 4 12 - Itambacuri 27 550 14 94 14 195 14 340 - Itamogi 36 2 576 33 251 33 384 26 250 - Itamonte 16 3 1 428 10 75 10 210 10 298 10 260 - Itanhandu 23 9 2 802 23 240 23 512 23 543 - Itanhomi 23 334 10 150 10 153 - Itapagipe 28 182 - Itapecerica 68 5 3 1 422 60 384 48 605 50 525 43 264 - Itaúna 111 23 2 719 47 708 51 1 771 45 894 30 508 - Itinga 45 6 361 - Itueta 14 148 12 70 12 61 -- Ituiutaba 46 14 2 983 23 408 29 1 550 20 938 19 681 - Itumicim 22 270 21 90 21 135 14 76 8 17 - Iturama 10 190 - Jabuticatubas 21 1 233 14 120 14 98 8 85 -Jacinto 24 5 513 - Jacuí. 20 245 20 137 20 157 17 245 - Jacutinga 59 14 850 39 350 39 793 28 569 28 486 - Janaába 20 690 13 52 13 59 - Januária 92 21 1 680 45 390 45 325 - Jequeri.. 20 504 20 225 20 210 13 180 - Jequitaí. 81 9 331 - Jequitibá 18 246 11 140 11 72 3 31 -Jequitinhonha 62 12 1 076 37 226 34 272 - Jesuánia 16 1 269 12 104 14 163 12 206 11 30 - Joaima. 38 5 1142 25 712 25 305 - João Pinheiro 24 339 15 87 15 132 22 102 - João Ribeiro 23 12 691 23 170 23 400 20 296 20 172 - Jordânia .. 25 1 602 16 400 (1)- (1)- - Juiz de Fora 440 263 39 15 18 697 421 4 116 421 18 606 291 16 057 295 11 200 - Juruaia 25 163 12 102 12 127 1 ESTATÍSTICA J\IUNICIPAL 271

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos E:statísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PRÉ- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d'água Esgotos EXIS- canalizada sanitários TEN- Pública I;)omiciliária I SEDES MUNICIPAIS Arbo- TES Em riza- (nas dos e zonas geral Logra- Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Número Prédios Logra- Logra- Número douras Prédios douras menta- dina- di na- de fo- riza- e douras douras de servi- a baste- esgo-: rural) cos ou servi- dos dos dos dos servi- servi- liga- cidos ta dos simul- combus- dos dos ções tânea- dos tores dos mente

MINAS GERAIS (continuação)

101 - Ladainha 13 604 195 11 191 111 4 200 61 102 - Lagoa da Prata 16 16 960 16 220 16 380 15 242 103 - Lagoa Dourada 23 5 1 357 11 70 11 80 104 - Lagoa Santa 81 954 105- Lajinha. 9 4 333 9 100 9 200 8 228 !06- Lambari 42 19 7 1 1 225 36 640 37 450 34 992 3 400 107- Laranjal 20 2 1 2 225 19 77 18 217 16 159 8 146 !08 - Lavras . . 96 31 3 3 3 142 96 1 080 96 3 000 95 2 860 40 860 109 - Leopoldina 59 56 27 2 4 2 148 59 684 59 2 016 58 1 970 59 1 752 110- Liberdade. 18 259 14 135 14 lOS 7 100 !11- Lima Duarte 33 620 22 187 24 442 31 375 20 10~ !12- Luminárias 32 267 12 60 12 70 5 80 113- Luz 31 2 1 2 950 18 255 20 468 17 380 114 - Machado 56 21 3 4 1 552 55 542 55 1 292 56 891 35 356 115- Malacacheta 22 3 1 517 3 12 116- Manga 15 1 375 11 215 11 120 117- Manhuaçu. 39 17 1 265 39 454 39 1 291 30 700 16 496 !18 - Manhumírim 54 25 3 1 328 49 320 49 787 40 711 34 420 119- Mantena. 38 1 976 16 70 16 400 120 - Mar de Espanha 25 10 1 690 25 202 25 416 25 416 19 340 121 - Maria da Fé 26 6 1 427 26 178 26 317 16 138 16 96 !22 - Mariana 36 30 3 848 36 329 36 743 36 506 17 418 123 - Martinho de Cam- pos 39 478 36 230 36 208 17 105 124 - Mateus Leme 31 337 18 120 18 100 18 88 !25- Matias Barbosa 18 18 512 15 134 15 442 18 486 3 8 126 - Matip6 . 28 411 19 213 19 330 13 53 3 12 !27 - Matozinhos 32 594 9 102 19 231 15 115 128- Medina 38 9 1 843 14 80 14 80 !29- Mercês 14 6 2 432 14 225 14 321 14 432 9 392 130 - Mesquita 18 235 (1)- (1)- (1)·- (1)- 5 13 !31 - Minas Novas 6 24 3 1 394 26 100 26 68 !32- Miradouro 16 5 1 406 15 98 15 305 15 220 14 192 133 -Mirai 25 16 5 3 3 530 25 623 25 850 23 481 13 472 !34- Monsenhor Paulo. 26 5 241 25 100 25 96 10 52 135- Monte Alegre de Minas. 43 4 816 30 98 30 476 19 258 136 - Monte Azul 23 6 648 23 163 20 161 8 109 137- Monte Belo 22 351 14 127 14 161 6 152 138 - Monte Carmelo 66 1 116 52 476 52 770 22 505 139- Monte Santo de Minas 35 1 1 1 123 35 702 30 976 31 522 2 31 140 - Montes Claros 86 21 3 4 5 269 86 1 126 86 2 715 73 2 580 53 1 350 141- Monte Sião 18 3 1 313 14 200 14 220 15 245 13 205 !42 - Moravânia 39 300 16 140 15 120 143 -Muriaé 77 32 6 2 550 63 540 72 2 283 42 1 705 42 1 597 144 -Mutum .. 21 2 1 504 21 300 21 290 145 - Muzambinho 66 18 3 3 1 150 61 700 63 883 45 398 146- Nanuque 28 1 430 3 35 !47 - Nepomuceno 26 11 909 26 322 26 551 21 287 148 - Nova Era 52 6 1 063 30 172 30 539 16 415 !49- Nova Lima 144 lOS 4 384 144 7 200 144 3 480 57 2 805 34 1 394 ISO- Nova Ponte 24 360 22 172 20 164 18 76 !51 -Nova Resende 27 434 25 296 27 335 5 78 !52 -Novo Cruzeiro 18 438 (1)- (1)- (1)- (1)- ~53 - Oliveira 105 27 6 4 1 821 54 620 54 1 279 51 819 31 467 154 -Ouro Fino 52 14 7 6 1 924 52 606 52 1 452 34 825 28 822 155 - Outro Prêto 95 73 2 285 88 499 88 1 448 80 1 138 61 915 156- Pains 34 1 638 14 107 14 219 14 305 157 -Palma 19 3 4 1 376 19 123 12 282 19 215 !58- Paracatu. 50 25 10 1 1 715 39 400 39 574 2 20 159 - Pará de Minas 80 32 2 5 2 142 70 568 70 1 447 60 1 127 46 1 060 160 - Paraguaçu 32 18 1 1 1 083 27 347 27 608 25 640 12 199 161 - Parais6polis 35 17 4 4 1 319 35 496 35 963 33 821 18 362 162 - Paraopeba 46 7 1 807 46 419 46 592 24 362 10 105 !63 - Passa Quatro 74 27 46 8 1 104 71 540 71 710 74 910 74 760 164 - Passa Tempo 27 1 578 25 150 25 173 26 207 165- Passos 142 25 3 400 103 875 103 2 184 119 1 633 30 568 !66 - Patos de Minas. 67 13 2 3 048 58 1 850 58 1 384 67 1 318 33 980 !67 - Patrocínio 46 9 5 2 009 46 345 46 1 056 26 760 16 85 272 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguna Aspectos Es·tatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PRÉ- Abastecimento Esgotos Dos quais Iluminação d'água DIOS sanitários EXIS- canalizada TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária MUNICIPAIS SEDES riza- (nas Em geral dos e zonas Logra- Logra- Número Prédios Prédio1 Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Logra- Logra- Número douras douras de fo- a baste- esgo- menta- riza- dina- dina- e doures douros de servi- servi- rural) cos ou cidos ta dos dos dos dos dos servi- servi- liga- dos dos simul- combus- dos ções tânea- dos tores I mente MINAS GERAIS (continuação) 268 - Peçanha .. 34 28 8 629 25 262 25 315 14 95 6 51 269 - Pedra Azul 58 3 2 1 303 58 874 56 861 9 4 270 - Pedralva . 28 10 395 22 217 20 398 16 202 8 11: 271 - Pedro Leopoldo 24 12 864 24 240 24 600 16 347 13 26: 272- Pequi 42 403 17 142 17 74 10 68 273 - Perdizes 13 110 11 65 11 79 10 88 274 - Perdões 37 37 4 1 175 24 248 24 533 35 573 275 - Pimenta 25 421 13 145 13 121 276 - Piranga 28 4 1 364 22 231 22 261 22 203 277 - Pirapetinga 23 8 2 1 512 17 115 17 361 16 421 16 28: 278 - Pirapora 80 6 18 4 2 365 49 480 49 811 42 649 279 - Pitangui 67 20 1 309 48 631 48 863 66 495 30 23: 280- Piúí 51 1 547 51 1 200 51 780 46 967 281 - Pocrane 19 4 561 10 180 10 87 282 - Poços de Caldas 159 36 24 6 342 138 988 138 3 679 76 3 466 50 2 96: 28~- Pompeu. 31 6 465 28 214 28 184 284- Ponte Nova 103 24 6 2 736 43 740 43 2 019 46 1 254 37 1 09• 285 - Porteirinha 26 332 8 100 8 55 286- Pote 19 435 18 210 18 179 287 - Pouso Alegre 52 29 6 2 534 52 765 52 1 922 48 1 440 32 1 10: 288 - Pouso Alto 26 5 2 390 25 250 25 260 21 141 3 41 289- Prados 21 8 439 21 116 21 202 20 140 20 14: 290-- Prata 44 7 742 31 396 31 448 23 449 6 81 291 - Pratápolis 29 5 690 29 229 29 471 16 252 5 3' 292 - Pratinha 15 233 5 70 293 - Presidente Olegário 18 333 10 125 10 149 294 - Raposos 57 6 1 482 52 246 52 995 26 253 9 8: 295 - Raul Soares 22 1 276 21 360 21 900 21 981 16 98 296 - Recreio 35 13 10 789 34 190 34 661 35 573 20 321 297 -Resende Costa 39 28 5 587 25 119 25 252 21 120 298 - Resplendor. 33 2 891 23 280 23 424 12 212 12 16• 299- Ribeirão Vermelho 27 4 635 26 288 26 412 12 267 2 51 300 - Rio Acima 22 4 700 14 100 14 14 315 ?01 - Rio Casca 27 27 1 890 27 400 27 500 27 600 26 581 302 - Rio Espera 20 11 2 320 20 143 17 169 17 109 303 - Rio Novo 30 1 9 1 2 642 30 198 30 546 28 604 14 28 304 - Paranaíba 24 2 1 405 17 166 17 109 11 76 305 - Rio Pardo de Minas 26 9 265 204 25 110 306 - Rio Piracicaba 21 8 380 15251 145 15 202 15 146 3 1! 307 - Rio Pomba 39 13 3 859 37 320 37 734 35 680 30 431 308 - Rio Prêto 20 5 1 441 20 264 20 411 16 157 14 lQ, 309- Rio Vermelho 40 2 1 391 21 95 21 122 3 5 310-Rubim 29 623 311- Sabará 80 51 3 2 023 53 730 53 1 179 71 1 249 35 59: 312 - Sabinópolis 21 474 18 109 18 200 18 168 313 - Sacramento 42 10 1 012 42 330 42 519 31 407 13 26 314 - Salinas 52 52 4 932 52 400 52 282 27 300 315 - Salto da Divisa 24 8 1 413 13 77 8 25 316 - Santa Bárbara 39 20 3 2 720 26 171 28 423 29 412 23 291 317 - Santa Catarina 19 3 1 285 19 131 19 201 18 172 3 4• 318 - Santa Cruz do Es- calvado . 20 233 7 64 9 74 10 70 319 - Santa Juliana 26 209 12 85 15 116 12 143 320 - Santa Luzia 47 14 927 32 258 32 530 17 284 321- Santa Margarida 11 279 10 67 10 145 322 - Santa Mada de Ita- h ira 10 3 279 7' 100 137 8 102 323 - Santa Maria do Su- açuí 26 10 619 (1)- (1)- (!)- (1)- 324 -Santana do Pirapama 20 4 287 12 76 12 60 325 - Santa Rita de Cal- das 33 3 398 19 128 19 242 18 188 10 14 326 - Santa RÚ:a de Jacu: tinga . 33 3 325 32 165 28 263 17 137 12 130 327 - Santa Rita do Sa- pucaf .. 59 35 1 687 59 436 59 1 162 44 763 31 52 328 - Santa Vitória .. 12 178 4 48 4 118 329 - Santo Antônio do Amparo 54 7 5 624 20 177 19 215 14 180 330 - Santo Antônio do Monte 33 4 3 738 29 500 30 510 26 505 4 1· ESTATÍSTICA MUNICIPAL 273

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES- MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatisticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

Abastecimento Esgtoos PR:€- sanitários Dos quais DIOS Iluminação d'água EXIS- canalizada TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS riza- (nas Em dos e zonas Logra- Logra- geral Número Prédios Prédic Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Logra- Logra- Número douras douras menta- riza- dina- dina- e de f<1- a baste- esgo- douras douras de servi- cidos servi- ta dos dos dos dos dos rura]) cos ou servi- liga- dos dos servi- combus- simui- dos dos ções tânea- tores I mente MINAS GERAIS (conclusão) 331- Santos Dumont . 117 33 3 092 117 1 102 117 2 830 33 1 168 29 111 332- São Domingos do Prata 18 4 351 18 265 18 238 10 226 9 16 333 - São Francisco 29 1 731 20 236 18 125 14 130 334 - São Geraldo 25 3 354 24 148 24 375 13 381 13 15 335- São Gonçalo do Abaeté 10 163 3 74 336- São Gonçalo do Pará 42 597 23 184 23 249 337- São Gonçalo do Saoucaí . 67 35 4 1 150 58 418 58 734 59 603 16 22 338 - São- Gotardo. 44 3 881 29 310 29 410 15 246 3 9 339 - São João Batista do Glória. 32 451 24 112 24 224 9 126 340 - São João da Ponte 18 3 194 5 70 5 68 341- São João dei Rei , 159 71 4 8 5 698 159 1 176 159 6 084 156 4 625 104 3 70 342 - São João do Paraíso 14 192 8 55 8 30 343- São João Evange- lista. 31 478 27 197 26 219 344- Sã:> João Ne~om~: cena 65 20 2 1 326 64 398 64 1 275 60 1 109 53 84 345 - São Lourenço. . . . 119 28 8 1 802 64 871 64 1847 68 1 400 35 65 346 - São Pedro da União 32 218 18 141 18 93 2 12 347 - São Pedro dos Fer- ros . 20 750 17 200 17 360 17 538 348 - São Romão 24 316 10 87 6 66 349- São Sebastião do Maranhão 12 324 6 12 o 6 62 48 350- São Sebastião do Paraíso 85 15 2 485 85 751 85 2 069 14 1 300 5 8 351 - São Tiago 30 1 650 19 200 19 220 12 118 352 - São Tomás de Aquino 28 1 442 21 168 21 342 12 140 353 - Sapucal-Mirim 17 3 185 16 132 16 149 4 78 2 1 354 - Senador Firmino 27 1 336 16 139 16 205 4 32 3 3 355 - Senador Lemos 10 4 3 327 10 101 10 187 10 180 4 2 356 - Serrania 28 2 418 25 174 28 226 24 181 357- Sêrro. 72 41 3 3 905 33 160 33 392 18 250 358 - Sete Lagoas 140 34 9 2 7 4 344 128 1 125 140 3 015 110 2 403 38 68 359 - Silvestre Ferraz 32 12 3 1 1 614 25 190 25 426 25 435 24 32 360 - Silvianópolis 38 13 4 3 464 37 245 37 331 34 318 361 - Simonésia 7 240 7 56 7 85 6 100 362 - Soledade de Minas 24 3 495 19 180 19 393 13 355 4 8 363 - Tarumirim 13 2 3 559 13 128 13 150 13 143 13 14 364 - Teixeiras 23 11 1 633 22 250 22 398 19 288 19 28 365 - Teófilo Otôni 55 38 4 681 40 1 194 52 1 623 52 1 67 366 - Tiradentes 26 25 1 296 16 120 19 136 15 111 3 1 367- Tiros 18 1 10 369 10 204 8 173 368- Tocantins 16 6 1 1 411 11 92 11 290 369 -- Tombos 35 7 4 3 678 35 268 35 '97 24 302 24 27 3 70 - Três Corações 52 33 4 2 707 52 728 52 1 Ó< 1 52 1 345 49 78 371- Três Pontas 67 15 3 1 448 63 455 63 1 057 30 676 22 19 372- Tumiritinga 35 6 9 115 9 123 373- Tupaciguara 60 3 3 1 936 40 110 40 758 374- Turmalina 31 16 353 27 100 27 76 5 18 375- Ubá 73 43 10 3 1 3 397 52 766 52 2 298 52 1 912 57 1 98 376- Uberaba. 320 130 17 8 32 9 845 226 2 405 226 7 903 118 6 208 274 810 377 - Uberlândia 192 69 10 6 7 9 236 125 2 014 125 6 794 85 5 200 75 2 98 378- Unaí. 20 286 379- Varginha 129 47 3 6 3 408 129 992 129 2 846 86 2611 56 1 64 380- Verissimo 25 192 25 150 25 117 15 55 2 2 381- Vespasiano 27 376 20 170 20 165 19 166 382- Viçosa 31 15 4 1 442 31 430 31 1 105 31 714 20 71 383 - Virgem da Lapa 17 3 276 7 52 7 8 384 - Virginia 22 248 21 130 19 205 19 140 2 1 385 - Virginópolis 18 477 13 92 13 166 17 146 4 2 386 - Virgolândia 28 461 387 -Visconde do Rio Branco. 58 22 1 1 482 54 451 54 1 361 37 677 34 45 388- Volta Grande 17 5 6 262 17 234 17 434 10 104 10 13

ESTADO .... 17 779 4 757 994 262 454 444 627 13 124 134 679 13 250 310 449 9 293 216 917 4 884 123 05

R B M. -6 ESTATÍSTICA MUNICIPAL 275

M:'3:LHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PRÉ- Abastecimento Esgotos Dos quais DIOS Iluminação d'água sanitários EXIS- canalizada TEN- SEDES MUNICIPAIS Arbo- TES Pública Domiciliária Em riza- (nas dos e zonas geral Logra- Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Número Prédios Prédios Logra- Logra- Número douras douras menta- riza- dina- dina- e de fo- esgo- doures douros de servi- a baste- servi- dos dos dos dos rural) cos ou cidos tados servi- combus- servi- liga- dos dos simul- dos ções tânea- dos teres mente

RIO DE JANEIRO (conclusão)

:6- Marquês de Valença 98 50 3 3 2 686 71 683 98 2 331 68 2 059 32 888 :7 - Miracema 48 25 2 1 1 519 46 371 40 1 193 38 1 198 :8 - Natividade do Ca- rangola 50 7 5 1 648 39. 241 39 535 14 577 14 255 :9- Nilópolis .. 124 7 1 1 8073 87 580 84 7 350 120 5 110 20 732 :o- NITERÓI 622 190 55 14 37 484 276 4 134 622 27 836 520 29 586 524 18 308 :1- Nova Friburgo 157 69 10 7 4 991 131 1 232 135 4 482 151 4 252 127 3 405 .2 -Nova Iguaçu. 250 42 7 3 9 260 104 665 170 5 407 161 3 517 46 1 461 ,3 - Paraíba do Sul 45 16 13 2 1 466 42 454 45 983 36 918 27 675 4- Parati. 27 21 1 1 373 19 126 19 216 19 288 3 30 ,5 - Petrópolis 238 169 14 5 45 11 366 210 2 520 238 15 238 131 6 344 ·Ó- Piraí 27 13 1 3 285 23 148 23 229 11 156 19 48 ,7- Porciúncula 37 12 9 685 30 181 30 584 29 598 .8 - Resende. 79 27 7 4 1 731 55 421 57 1 154 59 1 252 67 986 :g - Rio Bonito 55 14 6 3 2 163 32 358 32 822 40 975 ·O - Rio das Flores. 18 8 1 162 18 126 18 170 18 147 ·1 - Santa Maria Mada- lena 24 285 21 140 21 216 14 202 ·2- Santo Antônio de Pádua ... 33 14 7 1 752 21 299 30 765 14 605 9 149 3 - São Fidélis 27 15 4 6 835 27 305 27 862 23 624 17 519 ·4 - São Gonçalo. 247 8 5 1 4 693 114 967 14 048 162 2 802 ·5 - São João da Barra 39 1 1 780 28 300 28 385 ·6- São João de Meriti 291 11 2 1 17 530 85 588 83 5 370 9 040 27 950 ·7- São Pedro da Aldeia 29 1 8 269 14 112 14 115 lO 90 8- São Sebastião do Alto 6 2 58 5 50 5 58 5 50 ·9 - Sapucaia 17 13 3 381 17 460 17 275 15 223 13 165 •Ü - Saquarema 20 8 220 19 19 86 ,J - Silva Jardim 14 2 1 138 11 107 11 70 11 108 ·2 - Sumidouro 16 1 1 153 16 98 16 153 16 139 ·3 -- Teresópolis 170 62 33 5 4 564 102 980 95 3 710 84 2 024 4 - Trajano de Morais 13 1 217 13 107 13 136 13 135 3 121 ,5 - Três Rios 66 35 18 2 2 839 58 598 58 2 291 60 1 505 56 1 505 ·6- Vassouras 85 38 37 5 2 374 85 436 63 1 345 59 1 345 ESTADO 4 389 1277 431 17 163 166 939 2 664 26 513 3 205 134 659 2 598 99 142 I 349 43 347

DISTRITO FEDERAL

1 - Rio de Janeiro 1(9)7 4481 2 3971 1 3561 451 1(10)447 llOI 5 8631 46 6221 5 1341391 6081 5 5001243 0101(11)2 1121 197 636

SÃO PAULO

1 - Adamantina 27 2 070' 27 628 271 1 717 2- Aguaí . 42 887 42 358 42 931 3 - Águas da Prata 27 27 264 27 180 27 435 24 255 23 255 4 - Águas de São Pedro 24 8 60 4 200 4 60 4 58 1 58 5- Agudos 29 12 2 881 29 293 28 772 26 835 17 460 6- Alfredo Marcondes 17 325 7 - Altinópolis 24 558 22 183 22 501 23 479 8 ----:- Álvares Florence 36 225 8 55 8 60 9 - Álvares Machado 50 912 28 267 30 710 O - Álvaro de Carvalho 15 180 1 - Americana 130 40 3 2 995 62 971 75 3 354 90 1 865 90 106 2 - América de Campos 17 168 12 52 3 80 3- Amparo. 79 39 2 3 12 2 437 79 343 77 2 261 71 1 860 67 1 790 4 - Analândia 12 1 1 239 11 106 JJ 191 12 225 1 15 5 - Andradina 44 6 1 1 957 27 493 22 2 188 6- Angatuba 29 2 382 19 140 19 327 27 323 7- Anhembi JJ 138 11 65 11 102 8 - Aparecida 36 16 4 910 36 338 36 328 25 1 900 6 1 200 9- Apiaí 17 17 276 15 80 15 290 11 197 :o - Araçatuba , 180 40 17 7 5 620 130 1 368 159 4 518 94 3 399 90 2 375 :1- Araçoiaba da Serra 20 1 1 250 17 112 14 206 :2- Araraquara 102 51 25 4 5 6 962 94 1 803 99 7 467 79 6 650 79 6 190 :3- 64 37 1 3 2 791 61 769 63 2 700 52 2 035 37 1 3.33 :4- Arealva 16 271 11 78 13 181 :5- Areias. 22 236 19 98 19 105 22 122 26 :6 - 27 243 17 79 18 206 276 REVISTA BRASILEIRA DOS i\IUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PúBLICOS

PRÉ- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d'água Esgotos EXIS- canalizada sanitários TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS riza- (nas Em dos e zonas geral INúmero Logra- Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Logra- Logra- Número douras Prédios Prédios de fo- douras menta- riza- dina- di na- e douras douras de servi- a baste- esgo- rural) cos ou servi- dos dos dos dos servi- servi- liga- cidos tados combus- dos dos simul- dos dos ções tânea- tores mente I

SÃO PAULO (continuação) 27- Artur Nogueira 19 1 1 183 16 143 16 188 28- Assis 192 25 1 4 564 101 440 101 3 549 40 2 285 5 190 29- 64 13 5 1 560 55 455 61 1 600 43 1 340 40 1 150 30- Avaí 19 I 385 19 146 17 234 31- Avanhandava 19 I 411 16 235 16 350 32- Avaré 52 24 5 2 718 52 I 002 52 2 632 42 1 727 38 1 448 33- Bananal 27 5 1 391 22 166 26 381 22 346 11 200 34- Batiri 46 5 2 I 307 34 352 32 I 069 35 797 35 - Barra Bonita 36 9 5 2 747 36 280 36 718 36 664 15 330 36 - Barreiro 28 6 I 2 169 18 71 18 163 16 132 18 81 3 7 - SI 20 !O 2 4 727 51 1 139 SI 4 283 44 3 640 37 2 585 38- 14 2 436 8 64 14 558 39- Bastos 22 I 672 22 130 22 380 40 - Bata tais 86 26 3 7 2 323 76 886 60 1 886 79 I 888 49 I 231 41- Bauru 252 57 42 3 10 932 252 2 283 252 11139 80 7 355 74 4 937 42 - Bebedouro 45 23 I 4 2 278 44 630 42 2 343 39 2 012 23 I 040 43 - Bento de Abreu 13 2 200 10 60 !O 165 44 - Bernardino de Cam- pos 39 3 I 1 431 39 406 39 1 268 29 860 45- Bilac 20 I I 381 18 292 18 273 46- Birigüi 114 23 3 2 532 59 582 81 2 221 29 925 23 ISO 47- Boa Esperança do Sul 30 311 20 104 20 235 18 206 48- Bocaina 25 9 573 18 204 21 498 25 562 22 394 49- Bofete 18 I 287 17 106 16 165 17 147 50- Boituva 28 402 23 138 23 386 24 378 51-- Borborema 21 2 I 482 21 208 19 302 52 - Botucatu 148 50 I 7 4 902 142 I 405 142 4 035 87 2 365 55 1 551 53 - Bragança Paulista 129 55 !O 4 4 721 129 1 003 129 4 900 104 3 920 95 3 750 54 ~ Brodósqui 28 3 2 414 18 162 18 337 23 400 55~ Brotas 28 2 2 733 18 219 22 576 27 615 56- Buri 33 2 449 33 161 33 266 57~ Buritama 20 400 58 ~ Cabrália Paulista 16 260 lO 76 !O 181 7 54 59 - Cabreúva 14 I 110 !O 180 lO 193 lO 193 50 - Caçapava 70 24 2 1 571 60 570 70 1 851 50 1 386 23 614 51~ Cachoeira Paulista 60 16 3 I 373 60 349 60 1 203 42 930 26 530 52 - Caconde. 31 3 780 28 28 597 28 549 53 - Cafelândia 64 8 3 1 316 56 462 57 I 115 5 (7) 81 54- 25 3 277 lO 117 11 178 55- Cajuru 28 I 772 28 304 28 652 28 567 56 - Campinas. 416 275 75 4 15 23 212 416 5 031 416 24 624 416 19 934 416 15 481 57- Campos do Jordão 198 4 2 1 2 1 285 117 818 116 I 719 112 I 114 39 238 58- Campos Novos Pau- lista 27 191 15 115 15 60 59 - Cananéia. 18 348 12 109 12 121 12 151 70 - Cândido Mota 24 8 4 943 19 196 19 704 71 - Capão Bonito 39 13 1 I 036 29 240 27 552 13 411 72 - Capivari 31 13 3 I 225 31 320 31 1 160 29 I 200 19 1 100 73 - Caraguatatuba 42 I 514 15 197 15 307 24 385 r4- Cardoso 20 285 r5- Casa Branca 59 25 4 3 I I 509 59 641 49 I 800 53 I 418 47 I 056 16 - 87 37 29 5 5 550 83 I 230 83 4 254 49 3 369 40 I 928 17- 25 5 1 360 22 171 22 409 rs - Cerqueira César 38 12 864 38 271 38 529 38 600 19- Cerquilho 25 289 17 106 18 318 14 70 W- Chavantes 20 15 1 390 20 204 20 421 20 390 n- Colina 36 1 32 4 654 26 288 36 486 31 443 !2- Concha! 20 I 278 20 116 20 245 !3- Conchas 20 I 704 19 240 19 586 16 313 ~4 - Cordeirópolis 12 2 513 12 239 12 437 12 513 lS - Coroados 31 286 19 106 18 170 ~6 - Corumbataí 18 273 18 110 18 176 9 200 !7 - Cosmópolis 30 5 490 24 315 22 450 ~8 - Cosmorama 22 2 346 8 50 8 140 !9- lO 6 228 10 135 10 185 8 172 )0 - 37 16 3 880 (!)- (!)- 28 809 33 662 20 573 n- Cruzeiro 80 9 1 3 106 77 620 80 2 787 40 I 920 37 1 750 12- Cubatão 30 5 900 26 100 30 913 1 219 13- Cur.ha 30 2 411 19 84 19 189 20 140 1 6 14 - Descalvado 38 10 3 1 040 31 407 31 1 036 27 1 040 27 918 ESTATÍSTICA "MUNICIPAL 277

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatisticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PúBLICOS

PRÉ- Abastecimento Esgotos Dos quais DIOS Iluminação d'água sanitários EXIS- canalizada TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS Em riza- (nas geral dos e zonas Logra- F avi- Arbo- Ajar- Número Logra- ajar- urbana Logra- Logra- Número Prédios Prédios"' menta- de fo- douras douras riza- dina- dina- e douras de a baste- esgo- dos douras cos ou servi- servi- dos dos dos rura1'1 servi- liga- dos cidos tados- servi- combus- dos simul- dos dos ções ttlnea- tores mente

SÃO PAULO (continuação) 95 - Dois Córregos 29 15 3 1 203 26 337 29 1 137 29 1 055 29 804 96- Dourado 23 3 1 441 19 199 19 441 19 441 97- Dracena 61 12 1 419 13 160 13 395 98 - Duartina 20 13 877 20 200 20 687 16 513 13 330 99 - Echaporã 25 1 3 305 25 430 25 280 00 - Eldorado 27 337 24 190 24 208 17 142 13 84 01 - Elías Fausto 15 333 15 86 14 252 02 - Estréia d 'Oeste 18 366 8 95 8 180 03- Fartura 37 617 22 156 22 393 45 04 - Fernandópolis 59 1 715 25 120 11 372 OS -- Fernando Prestes 26 201 15 91 15 170 06 - Flórida Paulista 60 1 668 10 130 10 204 07- Franca 196 30 8 3 3 5 517 132 1 433 114 5 200 78 4 432 59 3 288 08 - 35 1 3 060 35 452 35 1 493 09- Gália 30 1 2 603 16 238 16 477 19 524 10- Garça . 88 2 3 2 919 42 844 49 2 257 11 - 13 337 10 150 10 107 12- Getulina 20 572 15 135 15 592 18 300 13- Glicério 33 3 450 25 157 25 181 14- Gracianópolis 28 854 3 150 150 220 15- Guaíra 25 925 17 243 18 405 16 - Guapiara 22 185 17- Guará 26 611 19 211 21 516 18 420 18 - Guaraçaí 38 411 8 218 8 208 19- Guaraci 23 3 491 17 232 15 264 20 - Guarantã 32 2 1 393 17 333 17 277 21 - Guararapes 60 11 1 817 24 350 24 1 209 22 - Guararema 21 1 448 21 165 21 306 21 335 23 - Guaratingüetá 142 71 1 3 4 176 119 888 131 3 507 110 4 885 115 4 062 24- Guaref 21 1 259 9 63 9 126 8 51 25- Guariba 22 4 1 1 394 22 166 22 382 14 363 14 289 26- Guarujá 74 22 17 5 1 047 74 490 74 1 006 74 1 092 25 325 27- . 128 13 2 1 5 339 61 569 128 2 506 18 310 28 - Herculândia 28 1 203 11 125 11 156 29- Iacanga 21 1 514 17 192 17 308 30- Ibirá 30 2 589 14 211 14 394 31- Ibiracema 22 3 1 362 22 522 22 287 32- Ibitinga 35 7 1 1 1 425 24 310 26 1 053 19 1 020 8 572 33 -Ibiúna 31 2 2 2 3266 18 186 15 341 34- Iepê 12 407 12 123 12 320 35 - Igarapava 34 11 7 2 1 557 30 531 30 1 110 32 1 150 28 923 36- Iguape 60 6 4 2 846 38 310 36 450 23 459 10 120 37 - Ilhabela 11 3 1 297 9 97 9 80 7 80 38 - 33 9 4 1610 28 464 33 1 111 33 1 300 39- Indiana 32 1 551 14 190 13 330 40- Ipauçu 21 16 2 569 19 340 19 715 18 510 11 185 41 - Iporanga 18 78 18 70 16 74 6 50 42- lpuã 29 419 13 104 13 229 43- Irapuã 17 215 13 77 13 119 44- Itaberá 19 283 16 140 16 160 14 124 45- Itaí . 18 1 271 5 12 12 150 46- . 22 1 2 397 15 150 19 331 47- Itanhaém 84 8 5 573 31 200 31 350 33 451 48 - I tapecerica da Serra 31 2 290 25 91 31 369 21 222 49 - I tapetininga 57 23 6 3 135 57 762 57 2 507 lO 2 757 28 2 417 50- Itapeva 48 28 1 1 322 43 272 43 1 245 30 876 20 654 51- ltapita 68 19 7 1 2 197 62 593 49 1 948 38 1 086 36 1 037 52 - Itápolis 34 25 2 1 248 22 326 28 976 24 730 20 460 53 - ltaporanga 23 274 13 110 13 157 54- Itapuí. 24 6 2 620 23 246 22 530 20 620 55- Itararé 37 9 1 2 353 37 385 37 1 732 29 1 385 21 374 56- Itariri 52 285 12 97 12 115 57- Itatiba 27 27 14 3 2 114 27 430 27 1 865 25 1 970 25 1 989 58 - Itatinga 21 2 1 319 21 159 21 261 15 225 59 - I tirapina 20 1 1 541 20 141 20 508 20 542 60 - Itirapuã 21 1 371 19 152 19 165 61- Itu 71 32 4 3 2 844 71 947 71 3 395 50 2 409 49 1 982 62 - Ituverava 40 18 2 1 708 40 535 26 1 261 37 983 40 983 63 - Jaborandi 27 5 1 275 17 136 16 186 64 - Jabuticaba! 50 27 3 4 3 317 50 862 50 2 834 49 2 442 37 1 866 65- Jacareí, ...... 100 11 1 3 3 630 100 901 100 3 069 65 2 010 60 1 670 278 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PR!l:- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d'água Ese:otos EXIS- canalizada sanitários TEN- Arbo- TES Pública Domiciliãria SEDES MUNICIPAIS ~ (nas Em riza· geral dos e zonas Logra- Ajar- ajar- urbana Número Prédios Logra- Prédios Pavi· Arbo- Logra· Logra- Número douras douras menta- riza- dina- dina- e de fo- douros de a baste- esgo- douras cos ou servi- servi- dos dos dos dos rural) servi- liga- cidos ta dos servi- combus- dos dos simul- dos dos ções tânea- tores mente I SÃO PAULO (continuação) 166- Jacupiranga 15 236 10 80 10 90 8 (7) 85 167- 18 17 497 10 130 10 150 168- Jambeiro 14 1 2 170 14 79 14 96 13 158 169- Jardin6polis 35 8 3 790 26 319 26 713 33 880 20 630 170- Jarinu 19 1 112 10 44 10 109 10 109 171- Jaú 97 42 18 6 4 263 80 1 171 97 4 160 84 4 145 49 2 285 172- Joanópolis (2) 26 3 1 261 20 120 20 200 21 220 21 147 173 - José Bonifácio 30 766 16 147 18 564 174- Júlio Mesquita 38 194 50 105 175- Jundiaí 196 93 8 8 715 193 2 255 196 10 899 132 8 426 98 4 572 176- Junqueirópolis 18 515 11 161 11 217 177 - Juquiá ... 14 6 188 14 95 14 140 40 40 178 - Laranjal Paulista 35 745 35 287 35 731 32 694 34 684 179 - Lavínia 33 819 15 120 15 308 180 - Lavrinhas 13 13 163 7 32 8 57 8 81 181- Leme 36 13 7 3 1 589 35 375 35 1 386 36 1 010 19 412 182 - Lençóis Paulista 28 12 1 809 17 225 17 605 24 650 18 500 183 - Limeira 284 39 3 5 657 127 1 270 112 6 278 100 4 880 83 3 732 184 - Lindóia 11 2 1 1 126 11 73 11 258 8 128 1 21 185- Lins 176 24 17 2 5 714 128 727 114 4 526 44 2 429 28 1 868 186- Lorena 128 30 2 5 3 490 127 821 128 3 141 96 3 450 88 2 060 187 - Lucélia 64 1 2 234 46 443 46 1 235 188- Lutécia. 19 2 220 19 160 19 143 189 - Macatuba 13 5 1 255 13 97 13 195 12 175 12 140 190- 19 367 9 80 9 97 191 - Mairiporã 40 1 356 34 1{)6 28 335 21 265 21 207 192 - Manduri 15 2 197 15 156 15 225 15 194 193 - Maracaí 17 1 340 16 86 16 200 194- Marília. 126 46 33 2 7 951 99 1 227 119 7 156 86 4 366 64 2 790 195- Martin6polis 35 10 3 2 1 379 27 322 27 857 196- Matão 26 4 5 1 705 24 293 15 680 16 534 16 500 197- Miguelópotis 28 663 15 75 15 234 198- Mineiros do Tietê 21 4 339 15 192 15 263 17 291 16 216 199 - Miracatu 14 98 11 75 11 74 11 49 200 - Mirandópolis 50 2 1 350 28 254 28 700 201 - 40 4 8 2 1 717 32 532 30 1 494 28 890 202- Mococa 65 19 7 1 5 1 902 65 434 65 2 046 65 1 790 60 1 630 230 - Mogi das Cruzes 214 55 2 4 2 10 348 207 1 584 214 7 427 86 3 880 74 3 794 204 - Mogi-Guaçu 43 8 1 963 35 271 35 721 25 394 21 336 205 - Mogi-Mirim 105 25 4 5 2 267 69 575 71 2 128 39 1 493 39 1277 206 - Monte Alegre do Sul 19 12 2 409 18 53 18 266 3 226 207 - Monte Alto 32 11 7 1 820 21 327 23 828 22 820 21 72C 208 - Monte Aprazível 29 2 2 1 054 20 277 21 763 209 - Monte Azul Paulista 61 9 3 781 29 306 28 624 42 630 19 2so 210- Monteiro Lobato 15 2 1 104 11 65 11 72 11 82 211- Monte·Mor. 18 1 1 430 19 149 18 348 17 364 15 234 212- . 37 4 2 652 18 287 18 449 7 75 213 -Natividade da Serra 18 1 256 16 397 16 214 11 44 214- Nazaré Paulista 18 2 203 16 62 16 132 16 168 215- 23 4 515 16 242 15 536 216- 27 7 2 485 25 180 25 317 217- Nova Aliança 21 2 1 231 12 270 12 207 218- 28 2 1 735 15 199 14 618 20 397 219- Novo Horizonte 35 2 4 1 750 29 439 29 1 075 220- Nuporanga 23 1 239 18 198 18 175 16 132 221- Óleo 15 1 1 139 11 118 11 136 222 -Olímpia 44 29 8 5 2 033 39 677 39 1 900 20 916 20 691 223 -Oriente 20 3 1 349 14 102 14 281 244 - Orlândia 25 12 11 888 25 367 18 837 25 791 16 442 225 - Oscar Bressance 16 1 152 16 78 16 58 226 - Osvaldo Cruz 45 I 570 38 467 38 1 317 227 - 114 28 3 990 104 761 104 3 742 69 2 142 26 722 228 - Pacaembu 197 722 10 50 10 100 !29 - Palestina 15 343 6 60 6 170 !30 - Palmital 30 13 4 974 25 225 25 711 21 621 !31 -Paraguaçu Palliista 34 1 2 2 160 34 402 34 1 620 !32 - Paraibuna 28 8 1 434 22 125 22 359 22 358 !33 - Paranapanema 14 265 9 87 8 158 !34- Parapuã. 35 3 489 19 303 20 356 ?35 - Patrocínio Paulista 41 460 25 248 26 276 41 264 !36 - Paulicéia 7 176 7 89 7 40 ESTATÍSTIC\ MUNICIPAL 279

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

Abastecimento PRÉ- Esgotos Dos quais Iluminação d'água DIOS sanitários EXIS- cat>alizada TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS _, riza- (nas Em dos e zonas Logra- Logra- geral NAmero Prédios. Prédios Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Logra- Logra- NAmerc douras de fo- a baste- douras esgo- menta- riza- dina- dina- e douras douras de servi- rural) cos ou c idos servi- ta dos dos dos dos dos servi- servi- liga- dos combus- dos sin1ul- dos dos ções ti r~ea- tores mente

SÃO PAULO (continuação) 37- 32 1 521 32 36 25 110 10 84 38 - Pederneiras 24 14 2 1 169 21 334 21 1 135 18 880 18 790 39 - Pedregulho 34 1 1 541 28 181 29 498 23 354 :40 - Pedreira 26 2 4 1 611 18 148 18 579 '41- Pedro de Toledo 13 1 2 I 200 9 60 9 112 9 80 42 - Penápolis 31 7 7 2 2 406 31 507 31 1 635 24 1 340 302 801 43 - Pereira Barreto 26 2 I 611 3 134 6 505 44 - Pereiras 23 263 23 120 23 260 45- Piedade 41 2 653 41 274 41 754 24 247 46 - Pilar do Sul 18 I I 506 12 230 12 352 47- 88 22 6 3 2 494 88 841 88 1 959 51 I 047 39 906 48 - Findorama 30 I 3 1 623 27 212 19 549 49- Pinhal 104 58 I 9 1 957 75 769 70 2 091 80 2 456 74 1 628 50- Piquerobi 26 2 660 23 120 23 530 51- Piquête 63 15 9 4 1 590 39 300 39 1 194 51 I 465 37 1 305 52 - Piracaia 34 18 3 561 31 312 25 528 32 409 27 373 53 - Piracicaba 300 159 10 11 11 634 208 2 461 185 9 381 81 7 925 101 6 282 54- Piraju, 25 2 I 1 418 25 583 25 I 559 22 985 22 985 55- Pirajuí 29 18 2 3 I 260 29 502 29 I 413 18 I 191 18 769 56- Pirangi 25 4 I 391 15 203 15 307 57 - Pirapôzinho 28 8 I 886 16 168 !6 480 58 - Pirassununga 65 10 3 2 2 898 56 828 56 2 559 57 2 715 65 2 585 59 - Piratininga 20 1 2 2 541 20 294 18 503 20 420 60 - Pitangueiras 29 I 2 687 17 226 18 573 16 250 61 - Planalto 15 2 171 5 76 5 43 62- Poá 47 6 1 622 47 343 47 I 479 63- Pompéia 101 14 1 426 75 293 55 I 121 55 594 64- Pongaí 20 I 287 12 96 11 !52 65- 22 6 4 507 15 129 13 490 15 439 66 - Porangaba 14 I 236 14 97 12 160 67 - Pôrto Feliz 73 9 I 2 092 54 471 55 I 529 45 989 68 - Pôrto Ferreira 48 6 2 I 247 27 299 27 I 055 27 865 17 606 69 ...:.....--- 30 I 2 529 19 183 16 489 70 - Presidente Alves 21 2 8 354 17 108 19 267 71 - Presidente Bernardes 8 4 6 1 067 8 312 8 892 72 - Pre'>idente Epitácio 16 I 893 15 235 16 430 73 - Presidente Prudente 213 57 7 3 7 320 !54 2 104 145 5 440 48 2 362 35 I 800 74- Presidente Venceslau 47 5 20 2 1 883 34 698 34 I 305 75- Promissão 52 I 4 2 I 670 30 430 33 1 270 76- Quatá 29 I 5 I 570 25 247 25 562 77- Queluz 29 19 I 1 447 24 140 25 340 18 194 13 176 78 - Quintana 46 4 I 539 25 300 25 409 79 - Rancharia 65 2 2 I 795 27 275 27 I 238 80 - Redenção da Serra 9 249 9 141 9 110 99 3 60 81- Regente Feijó. 28 8 3 789 28 326 25 711 82 - Reginópolis 30 I 216 1 70 I 100 83 - Registro 47 600 20 160 20 215 84- Ribeira 14 2 I 1 93 11 42 9 44 85 - Ribeirão Bonito 21 4 3 I 375 20 174 18 409 19 425 17 357 86 - Ribeirão Branco 16 6 I I 184 !I 70 11 71 6 72 87 - Ribeirão Prêto 302 62 18 10 12 525 !lO 2 102 201 12 471 202 14 799 120 12 289 88 - Rifaina .. 12 I 163 11 70 11 111 89- Rincão(!) 20 2 403 19 260 16 425 13 304 12 622 90 - Rinópolis 16 1 414 16 ISO 16 205 91 - Rio Claro !57 33 4 3 5 8 368 118 I 894 118 7 428 77 8 002 45 4 404 92 - Rio das Pedras 27 I 2 394 20 186 20 326 19 369 93 - Rubiácea 18 149 110 8 120 94 - Sales de Oliveira 28 2 317 23 176 19 256 24 295 95 - Salesópolis 12 I 376 13 123 13 249 5 82 96- Salto 46 12 2 042 38 481 38 1 728 30 I 634 28 1 112 97 -- Salto Grande 30 538 14 182 14 369 98 - Santa Adélia 26 446 19 207 20 456 17 350 99- Santa Bárbara d' Oeste 36 11 3 I 216 22 385 23 I 250 25 1071 18 628 00- Santa Bárbara do Rio Pardo 10 169 !O 152 10 114 01 -Santa Branca 27 3 337 22 195 22 318 18 207 02 - Santa Cruz das Pai- meiras. 28 4 3 629 27 290 27 608 25 629 21 629 03 - Santa Cruz do Rio Pardo 65 27 4 5 1 809 49 696 491 1 703 60 1 137 22 749 280 REVISTA BRASILEIRA DOS i\IUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatisticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

Abastecimento Esgotos PRÉ- sanitários Dos quais DIOS Iluminação d'água EXIS- canalizada TEN- Arbo- TES Pública Domiciliária SEDES MUNICIPAIS (nas Em riza- dos e zonas Logra- geral Número Prédios Logra- Prédios Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Logra- Logra- Número douras de fo- a baste- doures esgo- menta- riza- di na- dina- e doures douras. de servi- c os ou ciclos servi- ta dos dos dos dos dos rural) servi- servi- liga- dos combus~ dos simul- dos dos ções tânea- teres mente

SÃO PAULO (continuação) 304 - Santa Gertrudes 17 3 410 16 120 16 316 305- Santa Jsabel 40 1 527 37 220 37 320 9 137 306 - Santana de Parna- íba 28 302 24 127 28 274 19 261 17 183 307 - Santa Rita do Pass~ Quatro 33 11 1 177 30 400 30 1 076 24 900 11 572 308 - Santa Rosa do Vi- te1bo 36 19 1 3 490 24 216 24 640 33 490 309 - Santo Anastácio 51 6 7 I 1 I 437 26 342 29 1 300 18 650 310- Santo André 1 033 63 11 3 2 19 975 94 856 639 14 875 39 6 419 314 6 575 311 --Santo Antônio da Alegria 16 1 273 13 155 13 147 312 --Santos 673 330 233 55 33 600 548 7 351 673 34 474 592 32 634 362 19 946 313 -São Bento do Sapu- caí 34 10 471 34 236 34 372 34 345 314- São Bernardo do Campo 151 17 8 3 175 19 157 98 I 741 30 869 315 - São Caetano do Sul 236 30 14 010 61 562 236 9 362 68 4 200 35 316 - São Carlos 118 49 10 7 147 75 2 498 75 7 231 83 5 169 83 3 802 317- São João da Boa Vista. 152 43 15 3 613 125 1 290 125 4 015 116 3 210 86 2 100 318- São Joaquim da Barra 33 10 1 708 36 395 29 1 277 27 I 225 24 I 050 319- São José da Bela Vista. 21 281 11 106 9 151 13 230 320- São José do Rio Pardo 57 17 8 4 2 055 57 669 57 2 200 23 1 835 1 835 321- São José do Rio Prêto 230 30 20 6 7 852 101 1 795 103 7 336 36 2 742 32 2 260 322 - São José dos Campo3 111 23 8 4 5 4 833 1 155 111 3 812 84 2 948 76 2 167 323 - São Luís do Parai- tinga. 27 2 430 I::J 120 27 350 21 360 324 ~ São Manuel 29 26 2 1 335 22 376 22 1 432 29 1 200 25 1 000 325 - S~3 Mi6uel Arcanjo 34 1 I 873 26' 360 26 720 (9)1 937 387 838 224 596 149 453 326- SAO PAULO 5 058 1 595 876 149 31 399 312 2 1191 29 734 327- São Pedro 41 4 1 044 24 367 24 781 25 776 22 48 328 - São Pedro do Turvo 25 229 9 123 22 248 329- São Roque. 64 27 I 944 61 448 63 2 081 55 1 502 36 889 330 - São Sebastião 31 455 26 223 26 410 9 318 331- São Sebastião da Grama 20 2 1 412 20 182 20 360 16 216 332 - São Simão 45 12 2 3 646 32 328 39 830 31 593 31 454 333 - São Vicente 376 66 38 9 5 226 104 891 197 6 855 160 5 800 70 1 638 334 - Sarapuí 21 1 162 111- (J)- (1)- (1\- 9 l30 6 11 335 - 24 I 311 16 144 16 250 20 208 )36- Serrana. 23 1 I 272 11 82 11 254 6 105 33 7 - Serra Negra (I) 56 19 4 2 957 31 354 40 864 46 730 338 -- Sertãozinho 48 lO I 1 401 29 332 34 1311 23 1 064 20 744 339- Silveiras 15 1 243 14 191 14 156 14 243 340 - S::Jcorro 49 12 2 1 200 41 676 59 903 38 734 341- Sorocaba 454 142 4 10 15 1&0 347 3 314 454 14 653 180 13 790 177 4 805 H2- Suzana . 40 2 1 1 730 40 335 40 1 OIS 343- Tabapuã 21 1 361 15 154 15 344 344 - Tabatinga 18 4 I 339 15 180 17 290 HS -- Taiúva 1 347 3 145 3 325 332 3 530 346- Tambaú 41 15 3 810 40 354 40 699 33 700 147 - . 29 1 977 22 331 20 786 ~48- Tapilatiba 1 311 20 275 20 305 15 232 20 1 170 ~49- Ta.quaritinga 33 16 4 2 852 y, 502 32 1 731 34 1 470 22 18 213 18 320 ~50 - Taquarituba 18 1 1 1 496 380 832 74 3 615 74 3 300 15 151- Tatuí . 74 8 2 6 2 653 74 3 591 152 - Taubaté 442 37 18 5 8 919 232 1 785 235 7 675 98 3 764 104 ~53 - Terra Roxa 12 2 208 12 69 12 189 32 1 ISO 154 --Tietê 43 36 1 1 288 43 354 43 1 417 39 1 510 ISS - Timburi 16 146 14 113 16 178 156 - Tnrrinha 20 433 16 143 17 411 18 433 157- Tremembé 42 700 42 307 42 557 23 480 158- Tupã 143 3 6 2 4 496 35 656 78 2 978 159 - Ubatuba 46 1 400 26 328 18 667 13 600 160- Ubirajata 14 2 303 9 80 9 146 11 141 161- 26 3 1 465 22 193 22 443 14 :'.32

i _j ESTATÍSTICA MUNICIPAL 281

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

Abastecimento PRÉ- Esgotos Dos quais Iluminação d'água DIOS sanitários EXIS- canalizada TEN- Arbo- Pública Domiciliária MUNICIPAIS TES SEDES I"iza- (nas Em dos e zonas Logra- Logra- geral Prédios Prédios Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana NAmero NAmero doures Logra- Logra- a baste- douras esgo- menta- riza- di na- dina- e de fo- doures de servi- servi- douras cos ou cidos ta dos dos dos dos dos rural) servi- servi- liga- dos dos sin1ul- combus dos dos ções tTnea- tore3 mente

SÃO PAULO (conclusão)

362- Urupês 31 3 618 22 165 22 459 363 - 36 396 5 32 i 35 364- Valparaiso 62 10 1 477 29 239 35 1 020 365- Vargem Grande do Sul 58 2 3 1 056 34 386 36 891 39 730 42 663 366- Vera Cruz 40 3 1 1 078 35 309 32 887 367 -- Vinhedo 11 1 644 11 210 11 460 11 501 9 400 368 - Viradouro 25 5 2 662 20 252 21 558 12 230 369 - 77 5 2 2 485 34 510 34 1 048 ESTADO 24 666 5 565 2 184 307 715 976 885 15 4:!7 173 049 16 643 883 832 9 088 568 212 5 620 358 606

PARANÁ

1- Abatiá 17 455 9 160 2- Alvorada do Sül 9 8 251 50 25 3- Amoreira 15 257 10 21 10 43 4- Andirá 24 1 672 16 175 17 493 5- Antonina 47 32 3 1 433 38 378 38 784 32 370 36 603 6 - Apucarana 86 2 3 163 6 3 ISO 7 - Arapongas 527 1 448 8- Araruva 29 281 9 - Araucária 16 5 363 16 216 16 270 10- Assaí 37 28 1 846 22 22 310 37 660 11- Astcrga 38 1 500 12 - Bandeirantes 18 1 370 18 322 18 740 13 - Barracão 5 30 14- Bela Vista do Paraíso 23 790 16 243 20 382 15 - Bocaiúva do Sul 16 3 4 46 4 38 16- Cambará 36 12 1 616 36 284 36 1 085 26 465 23 465 17- Cambé 33 2 l 799 19 387 19 1 103 28 945 18 - Campo Largo 24 11 694 24 155 24 402 19- Campo Mourão 39 1 337 3 42 10 156 20 - Capanema 21- Carlópolis 41 8 342 18 18 182 22 -Cascavel 14 140 5 41 8 32 23- Castro 119 35 3 1 792 631 49 168 49 481 44 481 24 - Centenário do Sul 13 353 25 - Cêrro Azul 19 1 298 14 103 12 103 26 - Clevelândia 38 4 260 9 207 20 125 27- Colombo. 8 117 28 - Congonhinhas 26 331 29 - Contenda. 1 193 1 30 I 40 30 - Cornélio Procópio 72 13 2 623 62 481 65 1 812 46 700 38 341 31- Cruz Machado 20 64 7 43 7 44 32- CURITIBA 586 566 39 14 29 092 307 4 712 262 26 330 191 17 010 (12) 165 12 764 33- Curiúva 5 5 240 34- Faxina\ 35 213 35 - Florestópolis 5 5 293 36 - Foz do Iguaçu 39 4 763 13 140 26 500 3 7 - Francisco Beltrão 17 300 4 64 38- Guaíra 13 12 214 13 200 13 228 13 208 13 39 - Guaraniaçu 3 40 -- Guarapuava 49 1 231 48 395 48 978 16 147 41 - Guaraqueçaba 9 130 5 132 5 20 42- Guaratuba 50 365 15 150 15 204 20 228 43- Ibaiti 28 432 28 71 16 182 44- Ibiporã 55 850 22 235 21 554 19 856 45 - Imbituva 36 7 592 36 300 36 280 46 - lpiranga 29 296 18 60 18 140 47- Irati . 42 11 1 817 76 1 793 32 367 35 986 27 343 48 -- Jacarêzinho 32 15 2 365 32 453 32 1 941 25 858 25 828 49- Jaguapitã 31 1 058 20 20 235 50 - Jaugariaíva . 45 1 098 45 442 45 560 28 509 51 - Jandaia do Sul 78 2 558 1 52- Japira 10 109 10 24 10 44 53 - Jatalzinho .. 26 280 10 88 10 89 54- Joaquim Távora 21 554 19 274 19 420 REVISTA BR \SILElRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAME:r-.TOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspe::tos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PR!t- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d'água Esgotos EXIS- canalizada sanitârios TEN- Arbo- TES Pública pomiciliãria SEDES MUNICIPAIS riza- (nas Em dos e zonas Logra- geral Número Logra- Paviw Arbo- Ajar- ajar- urbana Logra- Logra- Número Prédios Prédios de fo- douros douros menta- riza- dina- dina- e douras de a baste- esgo- cos ou douras servi- servi- dos dos dos dos rural) liga- cidos tados servi- combus- servi- dos dos simul- dos dos ções tãnea- tores mente ! !

PARANÁ (conclusão)

55- Lapa . 42 26 4 1 571 40 512 40 683 18 217 56 - Laranjeiras do Sul 32 318 10 89 12 166 4 50 50 57- Leópolis 14 141 58 - Londrina 233 50 14 8 412 80 1 975 100 6 236 31 (13:4000 59 - Lupionópolis 17 400 60- Malé 31 417 21 165 22 225 61 - Mangaguaçu 29 588 62 - Mandaguari 61 4 1 366 890 63 - Mangueirinha 19 168 19 90 18 64 - Marialva 29 810 65- Maringá 48 2 460 66 - Morretes 25 19 5 472 25 120 25 365 21 150 21 130 67- Nova Esperança. 12 352 68 -Nova Fátima 27 393 27 222 27 724 69 - Ortigueira 2 160 70 -Palmas 37 641 32 362 18 220 71 - Palmeira 27 19 6 1011 27 291 27 650 72 - Paranaguá 91 91 25 3 985 69 589 72 2 341 62 1 950 52 973 73 - Paranavaí 17 821 74 - Pato Branco 39 4 108 75 - Paulo Frontin 10 108 76- Peabiru 23 1 300 77 - Pinha!ão . 11 139 10 47 10 101 78 - Piraí do Sul 37 13 747 24 305 24 465 79 - Piraquara 14 1 260 11 98 11 213 80 - Pitanga. 28 273 14 100 14 110 81 - Ponta Grossa 529 60 6 10 665 188 1 989 286 8 892 75 3 462 57 2 161 82 - Porecatu 33 9 1 1 101 7 150 15 250 83 - Pôrto Amazonas 18 574 2 28 9 156 84 - Primeiro de Maio. 22 751 (1)- 1(1)- (1)- (1)- 85 - Prudentópolis 29 687 15 115 151 334 10 86 - Quatiguá 41 352 41 128 36 218 87 - Rebouças 27 518 171 210 17 252 9 90 88- Reserva 14 170 91 700 89- Ribeirão Claro. 27 602 25 278 25 619 90 - Ribeirão do Pinhal 38 9 828 9 60 9 220 91- Rio Azul 16 525 -161 220 16 263 92 -Rio Bom 2 38 93 - Rio Branco do Sul 7 246 7 70 7 141 5 70 94 - Rio Cim~as 14 335 13 143 12 160 95 - Rio Negro 81 41 3 1 361 52 373 46 1 005 96 -- Rolândia 48 14 1 1 915 22 421 22 855 97 - Santa Amélia 16 1 1 80 1 52 73 98 - Santa Mariana 21 743 161 210 16 700 12 365 99 - Santo Antônio 6 98 100- Santo Antônio da Platina . 25 1 197 290 25 980 540 22 519 251 lOl - Santo Inácio 22 280 c02- São Jerônimo da Serra 28 122 6 78 103- São João do Tri- unfo 13 257 12 93 12 90 104- São José dos Pinhais 36 8 1 194 36 192 36 893 :os - São Mateus 22 648 22 220 22 370 .06- Sengés . 43 260 18 95 20 137 12 94 107- Sertaneja . 18 364 10 137 lOS- Sertanópolis 30 889 13 300 13 485 109 - Siqueira Campos 38 10 875 24 268 24 441 llO -Teixeira Soares 33 256 13 122 23 112 111-Tibagi 29 313 17 78 17 137 10 68 112- Tijucas do Sul 3 76 113 -Timbu 9 33 l14 - Timoneira 2 177 115- Toledo. 16 180 l16- Tomasina .. 19 272 19 141 19 187 4 12 .17- União da Vitória 52 27 1 679 47 491 49 1 432 l18-Uraí 800 25 200 26 463 9 218 119- VencesÍau Brás ~~I 549 21 140 21 325 ESTADO 4 554 1 181 118 24 94 132 647 2 161 25 355 2 324 81 438 839 35 274 518 19 618 ESTATÍSTICA MUNICIPAL 283

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatisticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PRJ;:- Abastecimento Esgotos Dos quais DIOS Iluminação d'água EXIS- canalizada sanitários TEN- Arbo- TES Pública D~miciliãria :EOES MUNICIPAIS riza- (nas Em dos e zonas geral Logra- Logra~ Arbo- Ajar- ajar- Número Prédios F avi- urbana Logra- Logra- Número doures Prédios douros menta- riza- di na- de fo- esgo- dina- e douras douras de servi- a baste- servi- dos dos dos dos rural) cos ou ciclos tados servi- combus- servi- liga- dos dos simul- dos dos ções tânea- teres mente

SANTA CATARINA l- Araguari 14 174 14 72 14 130 ! - Araranguá 20 13 3 1 1 005 20 300 20 499 ! -Biguaçu 19 2 2 1 404 8 50 8 155 ~ -Blumenau 128 17 4 3 5 513 128 1 609 128 5 124 92 2 739 ; - Bom Retiro 11 2 1 198 8 100 8 102 ) - Brusque 87 82 2 404 57 643 87 1 974 7- Caçador 97 16 1 781 48 492 50 1 473 ~- Camboriú 26 3 655 6 61 23 570 I - Campo Alegre 11 11 129 9 76 9 93 ) -Campos Novos 22 1 450 18 320 18 318 L - Canoinhas 31 8 I 127 31 584 31 910 ~- Capinzal 39 3 470 25 180 25 272 ! - Chapecó 25 1 636 16 242 21 468 ~ - Concórdia 32 4 1 476 28 288 26 443 i- Criciúma 39 10 1 1 740 29 350 29 1 085 17 503 ) -Curitibanos ..... 22 5 2 578 22 220 22 820 r- FLORIANÕPOLÍS 227 81 8 3 8 8871 105 1 470 204 8 062 150 5 223 112 3 117 ! -Gaspar 13 13 1 1 408 12 152 12 317 } - Guaramirim 12 12 291 2 67 2 240 ) - Ibirama 27 27 463 18 191 20 413 L -Imaruí 20 281 15 70 15 72 ! -- Indaial. 14 14 387 13 153 13 297 J - Itaiópolis 18 192 9 136 9 192 f- Itajaí 92 22 7 4 506 70 773 94 3 539 42 1 209 16 104 ; ~ Ituporanga 15 1 323 10 141 15 262 ) - Jaguaruna 18 1 230 8 67 8 70 r - Jaraguá do Sul 31 5 2 929 25 306 31 1 147 ! - Joaçaba 30 15 1 1 182 30 325 30 1 150 I- Joinville 171 171 2 1 6 096 141 1 943 171 6 306 105 2 575 ) ~Laguna 66 64 3 1 1 748 48 523 49 1 416 21 562 I- Lajes 62 21 4 3 3 864 44 534 56 2 865 40 1 105 11 270 ~ ~ Mafra. 79 9 2 1 801 50 532 56 1 314 ~ -Nova T.rento 32 2 424 8 70 24 127 ~ ~ Orieães 21 590 16 127 16 301 ; -Palhoça 22 4 393 1 28 9 205 50 i- Piratuba 14 2 292 10 85 10 383 r - Pôrto Belo 20 5 3 277 39 J - Pôrto União 50 11 1 1 140 44 430 46 935 l-Rio do Sul 39 9 1 461 32 423 32 1 381 )-Rodeio 7 7 149 7 57 7 127 I - São Bento do Sul. 35 613 33 295 35 592 ~-São Francisco do Sul. 66 63 1 880 50 581 52 1 648 ~- São Joaquim 34 1 498 22 65 24 365 f- São José 29 2 378 15 51 15 474 7 77 8 ;-Taió 3 1 248 (1)- (I)- (1)- (1)- i- Tangará 16 329 13 112 13 266 7- Tijucas 49 855 28 332 25 468 !-Timbó. 17 16 3 536 16 139 17 423 •- Tubarão 44 16 3 2 2 269 44 595 43 1 767 35 848 ) -Turvo 17 3 138 4 60 4 95 l - Urussanga 19 252 18 98 18 232 9 175 ~-Videira 26 802 23 138 24 588 ESTADO 2 078 763 53 1:! 51 62 836 1 451 16 656 1 718 52 480 530 15 105 141 3 499 RIO GRANDE DO SUL I- Alegrete 46 20 6 2 3 694 35 534 35 2 343 46 2 494 38 1 437 ~ - Antônio Prado. 32 5 1 478 15 325 15 333 1- Aparados da Serra 19 4 1 569 15 110 15 400 12 216 ~ - Arroio do Meio 18 1 316 18 152 18 264 i - Arroio Grande 22 5 1 801 22 304 22 461 18 300 ; -- Bagé 204 5 8 14 6 786 69 672 69 4 299 50 4 198 45 2 961 r-- Bento Gonçalves . 65 29 3 3 1 528 40 520 60 2 095 36 650 ! - B>m Jesus do Tri- unfo 38 6 4 3 2 724 20 382 17 133 •- Caçapava do Sul 28 1 3 879 20 300 20 600 •- Cacequi 52 5 1 1 393 32 60 32 609 3 133 . - Cachoeira do Sul 96 82 6 3 5 149 57 1 030 53 3 218 32 2 293 32 1 412 !-Caí 36 10 9 1 880 31 280 21 750 10 156 ~- Camaquã 23 3 2 597 18 620 18 602 16 475 284 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PRÉ- Abastecimento Esgotos Dos quais DIOS Iluminação d'água sanitários EXIS- canalizada TEN- Pública Domiciliária MUNICIPAIS Arbo- TES SEDES riza- Em tnas dos e zonas ' geral Logra~ Ajar- ajar- Número Logra- Pavi- Arbo- urbana Logra- Logra- Número doUtos Prédios Prédios menta- di na- de f o- doures riza- dina- e douras douras de servi- a baste- esgo- cos ou servi- dos dos dos dos rural) servi- liga- ciclos tados servi- combus- dos dos simul- dos dos ções tânea- to1 es mente

RIO GRANDE DO SUL (conlmuaçao)- 14 - Candelária 29 1 407 29 140 29 359 15- Canela 30 11 6 1 1 056 30 500 30 1 019 16- Canguçu 24 1 1 560 20 140 20 250 17- Canoas 135 6 2 5 724 68 459 129 7 006 18 - Caràzinho 122 20 2 1 3 218 114 726 114 2 322 20 355 19 -Caxias do Sul 94 76 13 3 5 999 80 735 88 6 560 55 3 108 20 - Cruz Alta 73 15 5 5 4 962 72 498 72 3 443 32 1 823 19 1 512 21 -Dom Pedrito 38 28 6 1 2 531 18 437 38 1 217 16 995 16 730 22 -Encantado 18 13 1 506 12 130 12 452 23 - Encruzilhada do Sul 36 4 741 24 360 24- Erechim 89 21 5 6 3 528 72 800 87 2 563 56 1 166 25 --Erva! 26 5 1 487 13 103 12 183 16 125 26- Estréia 32 9 7 1 810 32 234 32 1 281 18 355 13 140 27 ---Farroupilha. 32 10 6 1 663 24 235 28 735 28- Flores da Cunha 35 1 4 1 455 28 196 29 295 29- Garibnldi. 67 18 7 1 787 29 377 29 764 5 129 7 185 30 - General Câmara 40 2 2 607 18 182 21 577 15 343 14 297 31 - General Vargas 20 1 1 335 9 30 8 107 32- Getúlio Vargas 22 8 8 767 18 301 21 501 33 - Gravataí 31 19 2 2 673 29 224 29 681 34- Guaíba 69 9 5 1 128 25 430 56 872 35- Guaporé 32 11 10 1 964 32 470 32 699 36- Ijuí 47 23 9 1 2 277 22 419 34 2 053 25 807 37- Iraí 20 8 7 1 333 11 ISO 16 295 14 ISO 14 103 38- ltaqui 57 14 1 1 717 40 450 40 964 15 516 39 - Jaguarão 56 26 12 1 2 232 42 230 41 1 415 18 1 042 18 801 40- Jaguari 36 1 3 3 609 21 260 21 376 1 30 41- Júlio de Castilhos 38 14 5 3 758 34 360 34 650 16 318 42 -Lagoa Vermelha 40 11 1 1 1 172 28 275 28 716 43- Lajeado 45 45 6 1 047 45 436 45 1 039 44 - Lavras do Sul 22 2 2 691 19 138 22 320 3 23 45 -Livramento. 79 65 6 6 5 365 56 788 67 3 282 40 2 264 40 1 296 46 - Marcelino Ramcs 34 8 593 33 100 33 380 32 200 47 - Montenegro 61 23 3 2 1 970 37 447 37 1 783 26 1 081 48 -Nova Prata 27 17 6 1 503 23 246 23 532 49- Novo Hamburgo 128 63 20 3 5 306 107 1 800 107 5 215 83 1 609 50- Osório 45 5 1 841 15 115 15 330 51- PalmeiradasMissões 27 9 5 827 22 480 22 454 52 -Passo Fundo 180 30 6 3 5 916 156 895 110 4 815 1 688 21 60! 53- Pelotas 236 99 13 16 17 074 116 1 824 149 10 055 99 11 563 65 8 43ó 54 - Pinheiro Machado 18 1 2 543 18 !fiO 18 318 55 - Piratini 19 4 184 19 60 19 118 56- PÓRTO ALE:GRE (9)1 545 685 217 4 39 54 041 798 8 196 1 231 72 433 645 51 947 331 23 011 57- Quaraí 20 1 7 1 797 16 150 16 630 58 - Rio Grande 177 67 31 3 29 14 718 ISS 1 257 ISS 12 031 95 8 338 87 5 24! 59 - Rio Pardo 74 4 9 2 078 47 370 47 995 60 - Rosário do Sul 44 2 7 1 2 745 20 195 24 1 260 24 1 022 61 - Santa Cruz do Sul 51 59 2 3 3 112 46 805 46 2 810 48 1 432 62 - Santa Maria 206 98 15 3 5 8 345 66 807 66 6 896 62 5 002 47 2 47! 63 -- Santa Rosa. 54 9 1 2 1 180 50 400 50 1 061 8 114 64- Santa Vitória do Palmar 38 1 1 716 34 270 34 536 65 - Santiago 46 25 1 938 25 240 25 852 66 - Santo Ângelo 96 20 13 2 3 320 41 300 43 2 232 28 1 695 17 551 67 - Santo Antônio 31 8 8 3 552 13 150 23 317 6 53 68 - São Borja 87 60 5 3 2 573 87 200 87 I 450 31 680 69 --São Francisco de Assis. 24 4 715 14 180 14 238 70- São Francisco de Paula 47 10 1 2 595 29 188 33 354 3 14 71 - São Gabriel 98 16 4 3 3 312 38 300 38 1 319 21 1 469 72- São Jerônimo. 47 4 1 830 33 104 37 453 73- São José do Norte 24 6 2 1 372 19 40 19 173 17 310 74 - São Leopoldo 104 36 9 6 5 056 98 1 815 98 5 027 51 2 664 22 l 21< 75 - São Lourenço do Sul 47 7 4 2 1 159 (1)- (1)- (!)- (1)- 76- São Luís Gonzaga 73 5 2 1 1 718 30 80 34 820 77 - São Pedro do Sul 41 4 622 18 160 38 260 78- São Sepé 26 584 21 120 21 379 79- Sarandi 22 530 11 120 20 472 80 - Sobradinho 56 394 17 80 44 242 30 187 81 - So!edade 26 3 686 18 180 181 474 82- Tapes 27 9 699 17 311 17 364 15 3251 ESTATÍSTICA J\fU:-.JICIP AL 285

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos Estatisticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PR:É- Abastecimento Esgotos Dos quais DIOS Iluminação d'água sanitários EXIS- canalizaâa TEN- Pública Domiciliária MUNICIPAIS Arbo- TES ;EDES riza- (nas Em dos e zonas geral Logra- Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- urbana Número Prédios Logra- Logra- Número douras douras Prédios menta- riza- dina- dina- e de fo- a baste- douras douras de S;ervi- servi- esgo- dos dos dos dos rural) cos ou liga- dos cidos tados servi- combus- servi- dos sirnul- dos dos ções tànea- teres mente

RIO GRANDE DO SUL (conclusão) 3- Taquara 64 6 2 1 875 42 375 45 1 464 28 964 4- Taquari 65 14 8 6 827 28 450 34 525 5- Tôrres 46 28 1 1 1 050 15 100 17 420 24 410 6 - Três Passos 57 3 457 18 240 15 300 7 - Tupanciretã 57 13 5 1 318 57 255 57 801 B - Uruguaiana 60 14 17 4 6 457 48 619 42 4 003 34 2 320 22 1 392 g- Vacaria 42 7 1 1 212 37 250 34 1 173 19 655 [)-Venâncio Aires 35 15 760 25 255 25 710 1- Veranópnlis 19 6 8 625 16 300 16 412 2- Viamão 33 9 777 20 125 22 371 4 69

ESTADO 6 597 2 179 653 42 259 241 405 4 095 42 256 4 801 207 730 2 021 I20 275 868 53 82I MATO GROSSO L - Alto Araguaia 15 254 10 93 10 98 2- Amambaí 36 427 3 - Aparecida do Tabu- a do 18 324 10 150 10 86 4- Aquidauana 50 4 1 809 25 330 25 732 35 742 5- Aripuanã 5 - Barra do Bugres 13 98 8 59 6 12 7- Barra do Garças 18 234 9 60 9 60 ~ - Bela Vista 48 8 1 134 4 180 4 60 ) -Bonito 6 122 ) - Cáceres 53 6 1 026 16 180 16 200 9 200 L- Camapuã 24 8 218 ! - Campo Grande 121 15 10 7 6 800 52 1 141 112 4 607 35 3 234 22 1 842 ~-Corumbá 68 3 33 3 4 131 20 582 20 2 593 42 3 000 l-Coxim. 19 16 100 5 40 5 42 ; -CUIABÁ 70 47 10 4 633 850 1 817 2 700 5 - Diamantino 15 12 111 7- Dourados 37 11 1 586 (11- 11)- 23 380 ~ - Guiratinga 27 1 647 16 216 16 263 95 ) - Maracaju 55 4 393 ) - Mato Grosso 12 115 8 65 4 26 l- Miranda 25 3 431 13 141 13 96 9 118 ~- Nioaque. 16 2 246 10 77 10 43 J- Nossa Senhora do Livramento 10 202 5 95 5 39 l - Paranaíba 17 321 17 200 17 153 16 5- Poconé. 39 35 611 28 221 26 157 ) - Ponta Porã 39 1 220 19 310 19 398 7 -Pôrto Murtínho 36 565 30 160 30 132 12 129 ~ -Poxoreu 26 691 17 1 022 16 346 l - Ribas do Rio Pardo 21 122 9 90 12 61 3 17 l-Rio Brilhante 36 3 264 L- Rochedo 16 106 ~ - Rosário Oeste 24 359 16 145 16 62 I- Santo Antônio do Leverger 26 248 15 154 15 52 ~ - Três Lagoas 42 6 1 777 28 480 28 920 14 750 i- Várzea Grande 27 650 8 200 8 80

ESTADO I 105 123 I25 4 24 31 975 398 7 241 475 I3 SIS I69 I I 001 22 I 842 GOIÁS l- Anápolis 70 16 6 4 110 70 1 842 70 2 700 1 339 ~- Anicuns 24 493 24 280 21 273 ~ - Araguacema 14 171 t - Araguatins 9 103 i- Arraias 19 3 241 13 52 13 96 ) - Aurilândia 30 347 7- Bahsa 13 246 6 300 6 62 ~ - Buriti Alegre 28 12 950 17 353 17 457 ) - Caiapônia 19 451 10 150 12 180 180 J- Caldas Novas 21 282 21 300 21 173 L- Catalão 80 1 465 42 268 62 580 ~ - Cavalcante 16 88 1- Chapéu 17 120 ~ - Corumbá de Goiás 37 323 17 90 17 78 12 52 i - Corumbaíba 25 378 10 130 19 90 5 - Cristalina 38 616 16 567 16 184 286 REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICÍPIOS

MELHORAMENTOS URBANOS NAS SEDES MUNICIPAIS Alguns Aspectos E3tatísticos - 1952

LOGRADOUROS EXISTENTES PRINCIPAIS MELHORAMENTOS PÚBLICOS

PR:l;:- Abastecimento Dos quais DIOS Iluminação d'água Esgotos EXIS- canalizada sanitários TEN- Pública Domiciliária MUNICIPAIS Arbo· TES SEDES Em riza- geral (nas dos e zonas i Logra- Pavi- Arbo- Ajar- ajar- Número Logra- urbana Logra- Logra· Número douros Prédios Prédios menta- riza- dina- dina- de fo- douras e doures doures de servi- abaste- esgo .. dos dos dos dos rural) cos ou cidos servi- tados servi- combus- servi- liga· dos dos simul- dos dos ções tânea· teres mente

GOIÁS (conclusão) 17- Cumari 16 - - - - 363 - - 11 301 - - - - 18 - Díanópolis 16 - - - - 208 11 50 11 90 - - - - 19- Edéia .. 9 - - - - 173 7 85 7 36 - - - - 20 -Filadélfia 9 - - - - 219 9 83 8 40 - - - - 21 - Firminópolis 26 - - - - 468 ------22- Formosa 34 1 - - 1 835 - - 260 - - - - 23 - Goiandira 27 - 5 - 1 651 13 148 13 191 - - - - 24 -GOIÂNIA 419 29 28 - 5 7 969 (1)- (1)- 139 4 501 82 2 794 74 1 791 25- Goiás 75 18 2 3 - 1 729 75 381 75 928 37 574 - - 26 - Goiatuba 19 6 - - - 249 15 180 15 315 - - - - 27- Guapó. 12 - - - - 240 8 65 8 80 - - - - 26 - Hidro!ándia 19 - - - - 337 11 75 11 86 - - - - 29- Inhumas 38 - - 1 - 995 19 200 19 450 - - - - 30- Ipameri 57 - 1 - 1 1 550 52 560 52 1 200 - - - - 31- !porá 34 - - - - 481 ------32 - Itaberaí 27 - 2 - - 470 380 18 180 - - - - 33 - Itaguatins 15 - - - - 414 (1)- (1)- (1)- (1)- - - - - 34- Itapaci 17 - - - - 414 ------35 -ltauçu 28 - - - - 517 (1)- (1)- 9 86 36 - - 36 - Itumbiara 66 11 - - 1 1 165 35 2 200 40 600 - - - - 37- Jaraguá 58 - - - -- 583 58 253 58 430 - - - - 38- Jataí 36 4 5 - - J 122 25 289 28 685 21 780 - - 39 - Leopoldo de Bulhões 20 - - - - 546 ------40 - Luzi!ándia 44 - - - - 521 10 114 - - - - 41 - Mineiros 36 - 1 - - 594 18 150 18 380 - - - - 42 - Miracema do Norte 13 - - - 1 267 ------43 - Moi-rinhos 38 4 3 1 - 1 498 17 250 34 586 19 340 - - 44 -.,... Natividade 21 7 ~ - - 240 ------45- Nazário. 31 ~ - - - 403 13 260 13 120 - - - - 46- Nerópolis. 21 - 2 - -- 594 - - 6 172 - - - - 47 - Niquelândia 22 - ~ - - 305 15 110 15 70 - - - - 48- Orizona 21 - - - - 328 18 230 18 165 - - - - 49 - Palmeiras de Goiás 19 - - - - 320 12 355 12 129 - - - -- 50- Paranã 10 - - - - 126 ------~ 51~ Paraúna 12 - - - - 140 9 80 9 81 - - - - 52 - Pedro Afonso 21 - - - - 574 6 140 6 115 - - - - 53- Peixe. 18 - 1 - - 189 9 80 6 22 - - - - 54 - Petrolina de Goiás 20 - - - - 314 6 48 6 93 - - - - 55 ~ Piracicaba 26 3 - - 1 590 23 145 22 200 - - - ~ 56 - Pirenópolis. 44 2 1 - ~ 576 21 180 21 180 12 94 - - 57- Pires do Rio 48 3 14 - 1 1 183 22 300 22 531 - - - ~ 58 - Planaltina 35 - - - - 358 7 100 7 100 - - - - 59 ~ Pontalina 18 - 1 - - 392 12 150 18 180 - - - - 60- Porangatu. 25 - - - - 153 6 6 60 - - - - 61- Pôrto Nacional 50 - - - - 840 14 145 14 148 - - - - 62 -Posse 20 - - - - 204 11 105 11 62 - - - - 63 - Quirinópolis 19 - 3 - - 274 9 300 9 100 - - -- - 64 - Rio Verde 46 2 - - 1 1 490 (1)- (1)- 40 750 7 200 - - 65 - Santa Cruz de Goiás 17 - - - - 158 ------66- Santa Helena de Goiás 70 - - - - 435 (1)- (1)- (1)- 11)- - - - - 67 - São Domingos 20 - - - - 127 5 30 5 49 - - - - 68 - Silvânia 32 - - 2 - 474 30 926 30 135 13 105 - - 69- Sítio da Abadia 17 - - - - 103 ------70 - Suçuapara 35 - 3 - 2 418 19 180 19 247 14 50 - - 71 - Taguatinga 38 2 6 - - 205 (1)- (1)- (1)~ (1)- - - - - 72 - Tocantinópolis 29 - - - - 873 22 550 22 130 - - - - 73 - Trindade 34 - - - 1 938 34 180 34 377 1 145 - -- 74- Uruaçu 65 - - - - 501 ------75- Uruana 27 - 1 - - 678 - ~ ------76 -Urutaí 30 ~ - - - 260 20 100 20 117 - - - - 77 - Vianópolis 14 - - - - 401 13 96 13 210 - - - - ESTADO 2 643 126 97 8 19 50 126 985 14 471 I 252 20 955 218 6 509 74 1791

NOTA - Salvo anotação em contrário, a iluminação pública e domiciliária a que o quadro se refere é a eletricidade. (1) Não funcionou o serviço de iluminação. - (2) O Município não foi instalado. - (3) Dados estimativos. - (4) A i!uminaçãc xistente é a querosene. - (5) Dados fornecidos pelo S.N F.A. do Distrito Federal. - (6) Não funcionou o serviço de abastecimento d'água - (7) A rêde de esgotos sanitários existentes, funciona com água de fontes naturais e cisternas. - (8) Com território em litígio entre os Es· ados de Minas Gerais e Espirito Santo. - (9) Dados do ano anterior. - (10) Inclusive os dados da zona suburbana. - (11) Dados reti· icados. (12) Referem-se apenas ao total de ruas servidas. ~ (13) Suprimidas diversas ligações. INSTITUTO BRASILfiRO Df GfOGRAfiA f fSTATÍSTICA PRESIDENTE ELMANO CARDIN

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, criado pelo Decreto n ° 24 609, de 6 de julho de 1934, é uma entidade de natureza federativa, subordinada diretamente à Presidência da República. Tem por fim, mediante a progressiva articulação e cooperação das três ordens administrativas da organização política da República e da iniciativa particular, promover e fazer executar, ou orientar tecnicamente em regime racionalizado, o levantamento sistemático de tôdas as estatísticas nacionais, bem como incenÍivac e coordenar as at!'vidades geográficas dentro do País, no senti-lo de estabelecer a cooperação geral para o conhecimento metódico e sistematizaria do território brasilt:iro. Dentro do seu campo de ativldades coordena os diferentes serviços de estatístice. e de geografia, fixa diretivas, estabelece norrnas técnicas' faz divulgação, propõe reforrnas, recebe, analisa e utiliza sugestões, forrna especialistas, prepara ambient~ favorável às iniciativas necessárias, reclamando, em benefício dos seus objetivos, a colaboração das três órbitas de Govêrno e os esforços conjugados d~ todos os brasileiros de boa vontade.

ESQUEMA ESTRUTURAL

A formação estrutural do Instituto compreende dois 3 - "ORGANIZAÇÃo LocAL", isto é, Agências Mu­ sistemas permanentes - o dos Serviços Estatísticos e nicipais de Estatística, existentes em todos os Municípios, o dos Serviços Geográficos - e um de organização perió· subordinadas administrativamente à Secretaria-Geral do dica - o dos Serviços Censitários. C. N. E., através da respectiva Inspetoria Regional das Agências Municipais e, tecnicamente, ao Departamento I - SISTEMA DOS SERVIÇOS ESTATÍSTICOS Estadual de Estatística.

O Sistema dos Serviços Estatísticos compõe-se do li - SISTEMA DOS SERVIÇOS GEOGRÁFICOS Conselho Nacional de Estatística e do Quadro Executivo

A - CONSELHO NACIONAL DE EsTATÍSTICA, Órgão de O Sistema dos Serviços Geogrãficos compõe-se do orientação e coordenação geral, criado pelo Decreto Conselho Nacional de Geografia e do Quadro Executivo. n.• 24 609, de 6 de julho de 1934, consta de: A - CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA, Órgão de 1 - Um "ÓRGÃO ADMINISTRATIVO", que é a Se· orientação e coordenação, criado pelo Decreto cretaria-Geral do Conselho. n.• 1 527, de 24 de março de 1937, consta de:

2 - uÓRGÃOs DELIBERATivos", que são: a Assem­ 1 - Um "ÓP.GÃO ADMINISTRATIVO", que é a Secre­ bléia-Geral, composta dos membros da Junta Executiva taria-Geral do Conselho Central, representando a União, e dos Presidentes das Juntas Executivas Regionais, representando os Estados. o Distrito Federal e Territórios (reúne-se anualmente 2 - "ÓRGÃOS DELIBERATIVOS" ,ou sejam a Assern .. no mês de julho); a ]unta Executiva Central, composta bléia·Geral. composta dos membros do Diretório Cen­ do Presidente do Instituto, dos Diretores das cinco trA.l, representando a União, e dos Presidentes dos Repartições Centrais de Estatística, representando os Diretórios Regionais. representando cs Estadoq e Terri respectivos Ministérios, e de representantes designados tórios (reúne-:...e anualmente no mês de julho); o Diretório pelos Ministérios da Viação e Obras Públicas, Relações Central. composto do Presidente do Instituto, do Exteriores, Guerra, Marinha e Aeronáutica (reúne-se Secretário-Geral do C. N. G., de um delegado técnico ordinàriamente no primeiro dia útil de cada quinzena e de cada Ministério, de um representante especial do delibera "ad referendum" da Assembléia-Geral); as Ministério da Educação e Saúde pelas instituições do ]untas Executivas Regionais, no Distrito Federal, ensino da Geografia. de um representante especial do nos Estados e Territ6rios, de composição variável, mas Ministério das Relações Exteriores, de um representante guardada a possível analogia com a J.E.C. (reúnem-se do Govêrno Municipal da Capital da República e de ordinàriamente no primeiro dia útil de cada quinzena). um representante do C. N. E. (reúne-se ordinàriamente no terceiro dia útil de cada quinzena); os Diretórios 3 -"ÓRGÃOS OPINATIVOS", subdivididos em Co­ Regionais, nos Estados e Territórios, de composição missões Técnicas, isto é, "Comissões Permanentes'" variável, mas guardada a possível analogia com o D. C. (estatísticas fisiogrâficas, estatísticas demográficas, esta· (reúnem-se ordinàriament!: uma vez por mês). tísticas econômicas etc.) e tantas Comissões Especiais quantas necessárias, e Corpo de Consultores- Técnicos. 3 - "ÓRGÃOS OPINATIVOS", isto é, Comissões composto de 36 membros eleitos pela Assembléia-Geral. Técnicas, tantas quantas necessárias, e Corpo de Consultores-Técnicos, subdividido em Consultoria Na­ B - QUADRO EXECUTIVO (cooperação federativa): cional, articulada com o D. C., e 21 Consultorias Re .. gionais, articuladas com os respectivos D. R. 1 - "ORGANIZAÇÃO FEDERAL", isto é, as cinco Repaftições Centrais de Estatística - Serviço de Esta- B - QUADRO EXECUTIVO (cooperação federativa): 1stica Demográfica, Moral e Política (Ministério da justiça), Serviço de Estatística da Educação e Saúde (Ministério da Educação), Serviço de Estatística da 1 -"ORGANIZAÇÃO FEDERAL", com um Órgão exe­ Previdência e Trabalho (Ministério do Trabalho), Ser­ cutivo central, - o Serviço de Geografia e Estatística viço de Estatística da Prodt.J.ção (Ministério da Agricul­ Fisiográfica e órgãos cooperadores - Serviços espe~ tura) e Serviço de Estatfstica Econômica e Financeira ctalizados dos Ministérios da Agricultura, Viação, Tra­ (Ministério da Fazenda), e 6rgãos cooperadores: Serviços balho, Educação, Fazenda, Relações Exteriores e Jus­ t! Secções de estatística especializada em diferentes tiça, e dos Ministérios Militares (colaboração condi­ departamentos administrativos. cionada).

2 -"ORGANIZAÇÃO REGIONAL", isto é, as Repar· 2 - "ORGANIZAÇÃO REGIONAL", isto é, as reparti­ tições Centrais de Estatística Geral existentes nos ções e institutos que funcionam como órgãos centrais Estados - Departamentos Estaduais de Estatística, e de Geografia nos Estados. no Distrito Federal e no Território do Acre - Depar­ tamentos de Geografia e Estatística, mais os órgãos cooperadores: Serviços e Secções de estatística espe­ 3 - "ORGANIZAÇÃO LocAL", isto é, os Diretórios cializada em diferentes departamentos administrativos Municipais, Corpos de Informantes e Serviços Municipais egionais. com atividades geográficas.

Sede do INSTITUTO: Av. Franklin Roosevelt, 166 RIO DE JANEIRO PUBLICAÇÕES DO I CONSELHO NACIONAL DE ESTATÍSTICA

Encontram-se à venda na Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Esta­ tística (Avenida Franklin Roosevelt, 166, térreo) as seguintes publicações:

ESTATÍSTICA GERAL E APLICADA- CROXTON e CoWDEN . . . 500,00

MÉTODOS ESTATÍSTICOS APLICADOS À ECONOMIA E AOS NEGÓCIOS - MILLS ...... 230,00

INTRODUÇÃO À TEORIA DA ESTATÍSTICA- YuLE e KENDALL 200,00 ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - 1953 ...... esgotado ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL- 1954 ...... 100,00 CURSO ELEMENTAR DE ESTATÍSTICA APLICADA À ADMI- NISTRAÇÃO - GIORGIO MORTARA ...... 80,00 EXERCÍCIOS DE ESTATÍSTICA - LAURO SODRÉ VIVEIROS DE CASTRO ...... 80,00 PONTOS DE ESTATÍSTICA - Idem ...... 80,00 ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL- 1952 ...... 80,00 GRÁFICOS - CONSTRUÇÃO E EMPRÊGO - ARKIN e CoLTON 80,00 ESTATÍSTICA DO COMÉRCIO EXTERIOR (janeiro a junho de 1953) ...... • . 70,00 IDEM (janeiro a setembro de 1953) ...... 70,00 IDEM (janeiro a dezembro de 1953) ...... 60,00 IDEM (janeiro a março de 1954) ...... 60,00 A TEORIA DA INDUÇÃO ESTATÍSTICA- JoRGE KINGSTON . . . 50,00 DIVISÃO TERRITORIAL DO BRASIL ...... 50,00 TÁBUAS ITINERÁRIAS BRASILEIRAS- 1950 ...... 50,00 SINOPSE ESTATÍSTICA DO BRASIL ...... 50,00 SINOPSE ESTATÍSTICA DE SÃO PAULO ...... 50,00 SÉRIES ESTATÍSTICAS MENSAIS ( 1938/47) ...... 40,00 MONOGRAFIA HIS fÕRICA DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS . . 50,00 DATILOGRAFIA - MÁRIO LEOPOLDINO SAMPAIO ...... 30,00 NOMENCLATURA BRASILEIRA DE MERCADORIAS (2.a edição) 30,00 ÍNDICE ALFABÉTICO DA NOMENCLATURA BRASILEIRA DE MERCADORIAS ...... 20,00 PRODUÇÃO AGRÍCOLA (Separata do "Anuário" de 1952) ...... 20,00 FINANÇAS PúBLICAS (idem) ...... 20,00 COMÉRCIO (idem) ...... 20,00 MOEDA, BÓLSAS e BANCOS (idem) ...... 20,00

Vendas pelo reembôlso postal ou mediante remessa do numerário corres­ pondente, por cheque, vale postal ou carta com valor declarado. Os funcio­ nários de Órgãos do sistema estatístico e os professôres e alunos de cursos oficiais de estatística têm direito a um desconto de 50%.