Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Comunicação Social Mercado Português: Tendências e Modelos

Julho de 2019

1 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Ficha técnica

Título Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Data da edição Julho de 2019

Coordenação Científica Gustavo Cardoso Vania Baldi

Autoria Gustavo Cardoso Vania Baldi Miguel Paisana Pedro Caldeira Pais Paulo Couraceiro

Design Gráfico Matilde Reis

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Índice

1. Introdução 14

2. Sumário Executivo 17

3. Estado dos Media: Conteúdos e utilizadores na era da distribuição acelerada 29

4. O mercado publicitário em Portugal 37 4.1 INE – Instituto Nacional de Estatística 38 4.2 OMNICOM 43 4.3 Um mercado e duas medidas 46 4.4 Publicidade digital e o duopólio Google e Facebook em Portugal 52 4.5 O valor de mercado de Google e Facebook em Portugal 55

5. Mercado e Serviço Público de Media 66 5.1 Conceptualizar Serviço Público de Media 67 5.2 RTP – Indicadores de performance financeira 78

6. Operadoras de Televisão 83 6.1 Televisão por subscrição 85 6.2 Pacotes de serviços 88

7. Vídeo, Televisão e Streaming Video-on-Demand 101 7.1 A visualização tradicional 102 7.2 Audiências online 116 7.3 Streaming Video-on-Demand e o impacto das novas formas de visualização 121

8. Mercado do Áudio 159 8.1 Audiências de Rádio 160 8.2 Streaming de Áudio 169

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9. Mercado da Imprensa 177 9.1 Sector das publicações periódicas - Caracterização 178 9.2 Audiências de Imprensa 183 9.3 Dinâmicas de crescimento do mercado – Circulação Impressa paga 188 9.4 Dinâmicas de crescimento do mercado – Circulação digital paga 200 9.5 Circulação principais grupos de media 208 9.6 Quotas de mercado: evolução da repartição do poder no mercado impresso 211 9.7 As dinâmicas de financiamento no sector da imprensa – Análise de pormenor 218

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Índice de figuras

Figura 1: Composição de receitas operacionais (%) Google e Facebook, 2018 18 Figura 2: Repartição do investimento publicitário por Sector / meio – INE e Omnicom, 2017 20 Figura 3: Composição de receitas no Mercado digital português, empresas nacionais e plataformas Facebook e Google (Inclui Youtube) (Milhares de €), 2018 21 Figura 4: Estimativa OberCom de encaixe fiscal para o Estado Português caso a Google e Facebook assumissem as mesmas obrigações fiscais que as empresas portuguesas (Milhares de €), 2018 22 Figura 5: Circulação impressa paga (CIP) e Circulação digital paga (CDP) no Mercado relevante (Portugal, 2002 a 2017) 25 Figura 6: Posse de software de adblocking em algum dispositivo (Portugal, 2016 a 2018) 26 Figura 7: Players transnacionais na indústria da mediação 31 Figura 8: Composição de receitas Google (em Mil Milhões de Dólares), 2003 a 2018 34 Figura 9: Composição de receitas Facebook (em Mil Milhões de Dólares) 2003 a 2018 35 Figura 10: INE - Venda total de suportes publicitários (Milhares de €), 2008 a 2017 39 Figura 11: INE - Venda de suportes publicitários (Milhares de €) por tipo de suporte publicitário, 2008 a 2017 40 Figura 12: INE - Venda de suportes publicitários (Milhares de €) por tipo de suporte publicitário excluindo Televisão, 2008 a 2016 41 Figura 13: INE - Venda de suportes publicitários (%) por tipo de suporte publicitário excluindo Televisão, 2008 e 2017 42 Figura 14: Omnicom - Investimento publicitário (Valor estimado em Milhares de €), 2002 a 2017 43 Figura 15: Omnicom - Repartição do investimento publicitário por meio (Valor estimado em Milhares de €), 2002 a 2017 44 Figura 16: Omnicom - Repartição do investimento publicitário por meio (% com base em valor estimado em Milhares de €), 2002 e 2017 45 Figura 17: Dimensão do mercado publicitário Português–INE (2008 a 2017) e Omnicom, 2002 a 2017 (Milhares de €) 46 Figura 18: Repartição do investimento publicitário por Sector / meio – INE e Omnicom, 2017 48

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Figura 19: Síntese de dinâmicas do mercado publicitário Português 51 Figura 20: Receitas publicitárias globais (fonte: Magna Global) e para os E.U.A (eMarketer) (%), 2018 54 Figura 21: Omnicom - Investimento publicitário digital em Portugal (Milhares de €), 2002 a 2018 56 Figura 22: Estimativas OberCom para a dimensão do mercado publicitário digital português e peso do duopólio Google e Facebook (milhares de €), em 2018 58 Figura 23: IVA (23%) sobre os valores estimados OberCom com base em informação Dinheiro Vivo para a dimensão de Google e Facebook no mercado publicitário português (Milhares de €), 2018 60 Figura 24: IRC (21%) sobre os valores estimados OberCom com base em informação Dinheiro Vivo para a dimensão de Google e Facebook no mercado publicitário português (Milhares de €), 2018 61 Figura 25: Estimativa OberCom de encaixe fiscal para o Estado Português caso a Google e Facebook assumissem as mesmas obrigações fiscais que as empresas portuguesas (Milhares de €), 2018 62 Figura 26: Estimativa global OberCom de Investimento publicitário em Portugal (com base em valor estimado por Omnicom em Milhares de €), 2002 a 2018 (valor de 2018 com soma do valor extrafronteiriço pertencente a Google e Facebook) 64 Figura 27: Diferença conceptual entre financiamento estatal e licença televisiva 72 Figura 28: Berg e Lund (2012) Tipologia de política para serviços públicos de media 73 Figura 29: Indicadores operacionais RTP (Milhões de €), 2009 a 2017 78 Figura 30: Composição de rendimentos e ganhos RTP (Milhões de €), 2009 a 2017 79 Figura 31: Composição de rendimentos e ganhos RTP (%), 2009 a 2017 80 Figura 32: Composição de gastos e perdas RTP (Milhões de €), 2009 a 2017 81 Figura 33: Composição de gastos e perdas RTP (%), 2009 a 2017 82 Figura 34: Assinantes de serviço de distribuição de televisão (em Milhares), 2002 a 2018 85 Figura 35: Assinantes de serviço de distribuição de televisão por tipo de tecnologia (em Milhares), 2002 a 2018 86

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Figura 36: Evolução dos prestadores de serviços em pacote, 2011 a 2018 88 Figura 37: Evolução de subscritores de serviços em pacote, 2011 a 2018 90 Figura 38: Quotas de subscritores no mercado dos serviços em pacote por tipo de serviço (%), 2018 92 Figura 39: Evolução das receitas de serviços em pacote (Milhares de €), 2015 a 2018 93 Figura 40: Quotas de receitas no mercado dos serviços em pacote por tipo de serviço (%), 2013 95 Figura 41: Total de subscritores (Unidade =1) e receitas (Unidade = 1€) por operadora, 2018 97 Figura 42: Receitas anuais e mensais das operadoras por subscritor, 2018 99 Figura 43: Meios de Acesso ao sinal de Televisão, 2017 102 Figura 44: Número de Canais televisivos das marcas Portuguesas em operação, 1999 a 2018 104 Figura 45: Contraste na progressão do número de canais activos por marca clássica de televisão entre 1999 e 2018 107 Figura 46: Evolução total do número de canais das marcas clássicas por género entre 1999 e 2018 (sinal aberto e cabo) 108 Figura 47: Número total de aberturas e fechos de canais entre as marcas clássicas entre 1999 e 2018 110 Figura 48: Evolução do Share Global das marcas portuguesas, 1999 a 2018 112 Figura 49: Evolução do Share em “Prime-time” das marcas Portuguesas, 1999 a 2018 114 Figura 50: Utilizadores únicos em páginas RTP / RDP, Impresa, Media Capital e Cofina em milhares (000), 2002 a 2018 116 Figura 51: Páginas visitadas RTP / RDP, Impresa, Media Capital e Cofina em milhares (000), 2002 a 2018 117 Figura 52: Rácio de páginas visitadas por utilizador, 2002 a 2018 119 Figura 53: Fenómeno de cord-cutting nos E.U.A, 2017 a 2022 (estimativas eMarketer) 123 Figura 54: Tráfego global de dados por tipo de aplicação (%), 2018 124 Figura 55: Distribuição do tráfego downstream global, por aplicação (2018) 126 Figura 56: Distribuição do tráfego downstream na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), por aplicação (2018) 127

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Figura 57: Distribuição do tráfego upstream na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), por aplicação (2018) 129 Figura 58: Subscrições de Netflix e de televisão por Cabo nos E.U.A (em milhões (2012 Q1 a 2017 Q1) 133 Figura 59: Canais subscritos e canais vistos por agregado doméstico nos E.U.A. (2008 a 2013) 135 Figura 60: Dimensão dos catálogos Netflix nos E.U.A., Espanha e Portugal (em final de 2018) 138 Figura 61: Receita global de SVoD em Milhões de Dólares, 2016 a 2022 140 Figura 62: Variação da receita global de SVoD, 2016 a 2022 141 Figura 63: Utilizadores de SVoD em Milhões, 2016 a 2022 143 Figura 64: Taxa de penetração de SVoD, 2016 a 2022 144 Figura 65: Receita média por Utilizador de SVoD, 2016 a 2022 145 Figura 66: Utilizadores de SVoD por Género, 2017 145 Figura 67: Utilizadores de SVoD por Idade, 2017 146 Figura 68: Receita de SVoD na Europa (Milhões de €), 2018 147 Figura 69: Receita de SVoD na Europa, análise de pormenor aos países com menor receita (Milhões de €), 2018 148 Figura 70: Taxa de Penetração de SVoD na Europa, 2018 150 Figura 71: Evolução estimada da receita de SVoD em Portugal (Milhões de €), 2018 a 2022 152 Figura 72: Estimativa de utilizadores de SVoD em Portugal, 2018 a 2022 153 Figura 73: Evolução da taxa de penetração de SVoD em Portugal, 2016 a 2022 155 Figura 74: Venda de cartões pré-pagos Netflix entre Janeiro e Agosto de 2017 e 2018 na cadeia de retalho líder em Portugal na venda de cartões pré-pagos 157 Figura 75: Evolutivo anual da audiência acumulada de véspera (%), 2002 a 2018 160 Figura 76: Evolutivo do share de audiência médio (%), 2003 a 2018 161 Figura 77: Audiência acumulada de véspera (%) por bimestre, 2018 162 Figura 78: Share de audiência (%) por bimestre, 2018 163

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Figura 79: Audiência acumulada de véspera (%) por Género, 2018 164 Figura 80: Audiência acumulada de véspera (%) por idade, 2018 165 Figura 81: Audiência acumulada de véspera (%) por Regiões Marktest, 2018 166 Figura 82: Audiência acumulada de véspera (%) por dia da semana, 2018 167 Figura 83: Tempo médio de audiência (hh:mm), 2002 a 2018 168 Figura 84: Evolução das receitas globais da indústria da música, por segmentos, 2016 a 2018 168 Figura 85: Receitas do streaming de música na Europa, em milhões de €, 2017 a 2023 170 Figura 86: Evolução de receitas de streaming de música na Europa 171 Figura 87: Top 5 (com Portugal) de países com maior receita de streaming de música em 2019, em milhões de € 172 Figura 88: Taxa de penetração de utilizadores de streaming de música por top 5 (com Portugal) de países, em 2019 173 Figura 89: Taxa de crescimento de receitas digitais (streaming) e físicas de música por regiões, em 2018 173 Figura 90: Receita média por utilizador na indústria do streaming de música na Europa, em €, 2017 a 2023 174 Figura 91: Utilizadores de streaming de música na Europa, em milhões 175 Figura 92: Taxa de penetração de utilizadores de streaming de música na Europa, 2017 a 2023 176 Figura 93: Evolução das publicações periódicas (nº), 1997 a 2017 178 Figura 94: Evolução do suporte de publicação (nº), 2004 a 2017 179 Figura 95: Evolução das tiragens, vendas e circulação gratuita do total das publicações (milhões), 2002 a 2017 180 Figura 96: Evolução das tiragens, vendas e circulação gratuita dos jornais (milhares), 2002 a 2017 181 Figura 97: Evolução das tiragens, vendas e circulação gratuita das revistas (milhares), 2002 a 2017 182 Figura 98: Evolução dos jornais, revistas e outros (milhares), 2002 a 2017 183 Figura 99: Evolução anual da audiência média de publicações de Informação / Jornais Diários (%), 2004 a 2018 184

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Figura 100: Evolução anual da audiência média das publicações de informação geral (%) (pagas e gratuitas), 2004 a 2018 185 Figura 101: Audiência média de publicações por Género (%), 2018 186 Figura 102: Audiência média de publicações por Idade (%), 2018 186 Figura 103: Audiência média de publicações por Região (%), 2018 187 Figura 104: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos diários de informação geral, 1998 a 2018 188 Figura 105: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento de informação geral (%), 1998 a 2018 189 Figura 106: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos diários desportivos, 1998 a 2018 190 Figura 107: Taxa de crescimento anual da Circulação paga por edição paga no segmento dos diários desportivos (%), 1998 a 2018 191 Figura 108: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos diários de Economia e Finanças, 1998 a 2018 192 Figura 109: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento dos diários de Economia e Finanças, 1998 a 2018 193 Figura 110: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos semanários de Economia e Finanças, 1998 a 2018 193 Figura 111: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento dos semanários de Economia e Finanças, 1998 a 2018 194 Figura 112: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos semanários e “newsmagazines” de informação geral, 1998 a 2018 195 Figura 113: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento dos semanários e “newsmagazines” de Informação Geral, 1998 a 2018 196 Figura 114: Evolução da circulação por edição dos jornais gratuitos, 2001 a 2018 197 Figura 115: Taxa de crescimento anual da circulação por edição no segmento dos jornais gratuitos, 2001 a 2018 197 Figura 116: Evolução da circulação média por publicação nos diferentes segmentos (%), 1998 a 2018 198

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Figura 117: Circulação paga agregada (por edição) do “mercado relevante” (milhares), 1998 a 2018 199 Figura 118: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento dos diários de informação geral, 2011 a 2018 201 Figura 119: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição no segmento dos diários de informação geral, 2011 a 2018 202 Figura 120: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento dos diários desportivos, 2011 a 2018 203 Figura 121: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição no segmento dos diários desportivos, 2011 a 2018 203 Figura 122: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento dos diários de Economia e Finanças, 2011 a 2018 204 Figura 123: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição no segmento dos diários de economia e finanças, 2011 a 2018 205 Figura 125: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento dos semanários e “newsmagazines” de informação geral, 2011 a 2018 205 Figura 126: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição no segmento dos semanários e “newsmagazines” de informação geral, 2011 a 2018 206 Figura 127: Evolução da circulação digital média por publicação nos diferentes segmentos (milhares), 2011 a 2018 207 Figura 128: Circulação digital paga agregada do “mercado relevante” (milhares), 2011 a 2018 208 Figura 129: Circulação paga de jornais do grupo Controlinveste Media, 2018 209 Figura 130: Circulação paga de jornais do grupo Cofina Media, 2018 209 Figura 131: Circulação paga de jornais do grupo Trust in News, 2018 210 Figura 132: Circulação de jornais nos principais grupos de media, 2018 210 Figura 134: Evolução das quotas de mercado no segmento dos diários de informação geral, 1998 a 2018 212 Figura 135: Evolução das quotas de mercado no segmento dos diários desportivos, 1998 a 2018 213

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Figura 136: Evolução das quotas de mercado no segmento dos diários de Economia e Finanças, 1998 a 2018 214 Figura 137: Evolução das quotas de mercado no segmento dos semanários de Economia e Finanças, 1998 a 2018 215 Figura 138: Evolução das quotas de mercado no segmento dos semanários e “newsmagazines” de informação geral, 1998 a 2018 216 Figura 139: Evolução das quotas de mercado no segmento dos jornais gratuitos, 2001 a 2018 217 Figura 140: Circulação impressa paga (CIP) e circulação digital paga (CDP) no Mercado relevante (Portugal, 2002 a 2017) 218 Figura 141: Pagamento por notícias em formato tradicional e digital (Portugal, 2015 a 2018) 220 Figura 142: Pagamento por notícias online no ano anterior (Amostras RDNR, 2018) 221 Figura 143: Tipo de pagamento por notícias online no ano anterior (Portugal, 2018) (Resposta múltipla) 222 Figura 144: Posse de software de adblocking em algum dispositivo (Portugal, 2016 a 2018) 223 Figura 145: Posse de software de adblocking em algum dispositivo (Amostras RDNR, 2018) 223 Figura 146: Utilização de Software de adblocking por dispositivo (Portugal, 2016 a 2018) (resposta múltipla) 224 Figura 147: Exemplos de publicidade no The Guardian ao pagamento por notícias 225 Figura 148: Ecrã de bloqueio da plataforma Nónio no Website do Correio da Manhã 227 Figura 149: Apelo à desactivação de software de adblocking no website do Observador 228 Figura 150: Estimativas Omnicom para formatos publicitários digitais em Portugal em 2018 229

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1. Introdução

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O documento Comunicação Social, Mercado Português: tendência e modelos, produzido entre Abril e Junho de 2019 visa dar a conhecer a evolução do mercado dos media em Portugal nos últimos 10 anos, cruzando o conhecimento coligido pelo OberCom com a experiência dos actores mais relevantes no sector. Em simultâneo, aborda os principais vectores de mudança, a nível nacional e internacional, na fileira dos media.

Nos últimos anos, temos assistido ao desenvolvimento de ecossistemas mediáticos cada vez mais dinâmicos em termos concorrenciais e agressivos para os actores histórica e economicamente relevantes, situação motivada sobretudo pela ascensão das grandes plataformas de distribuição de conteúdos.

Este documento explora de forma imediata a complexidade desta questão: o que são estas plataformas? como monetizam os seus conteúdos? de que forma é gerida a relação entre distribuição e produção de conteúdos? quanto valem? que implicações têm para os actores nacionais? que mudanças estão a acontecer ao nível da governança, da política, da regulação? E que distorções existem na esfera concorrencial, face aos diferentes contextos em que os diferentes actores, nacionais e internacionais, públicos e privados, se movem? Por fim, como garantir a viabilidade de um mercado cujos grandes números, dos actores globais, escapam ao escrutínio público?

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Este relatório surge na tentativa de responder a todas estas questões. As estimativas OberCom, feitas com base em fontes com integridade reconhecida, são aproximações à realidade sustentadas por 20 anos de experiência na área das Ciências da Comunicação e pelo trabalho de proximidade realizado junto dos actores mais relevantes na área dos media em Portugal, na esfera pública e privada.

Não existem, numa área tão dinâmica como a dos media, respostas ou soluções definitivas. Este esforço visa dar início a uma discussão urgente, que deve ser contextualizada por informação relevante. Estamos cientes de que uma boa parte das respostas face ao perigo de insustentabilidade do sector carece de iniciativas de âmbito comunitário, mas igualmente de escolhas públicas acertadas em sede de regulação. Queremos evidenciar as questões mais prementes e colocar as perguntas certas, procurando caminhos que salvaguardem a integridade dos media nacionais, pilar fundamental da identidade dos portugueses e da sua sociedade.

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Comunicação Social 2. Sumário Executivo

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1 . A fileira dos media tem sofrido alterações profundas com o surgimento das grandes plataformas globais, cujos efeitos se têm revelado avassaladores para os players históricos da Comunicação Social. Essas plataformas, cujo impacto não se cingeaos media, conquistaram rapidamente um poder dominante de mercado, tirando partido das suas principais características distintivas: (i) genética fortemente tecnológica, assente na net e numa rede relacional de largo espectro, (ii) capacidade de ler as audiências tradicionais e de criar walled gardens, isto é, ecossistemas fechados de utilizadores dentro das próprias plataformas que só elas podem medir, e (iii) capacidade de diluir as fronteiras entre a produção e a distribuição de conteúdos. Este último aspecto é fundamental, dado que as torna verdadeiramente globais e praticamente imunes a esforços regulatórios ao nível nacional, mesmo nos países onde tiveram origem.

Figura 1: Composição de receitas operacionais (%) Google e Facebook, 2018

Fonte: Statista.

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2. O mercado publicitário é o cavalo de Tróia e principal motor da dominação exercida pelos grandes actores transnacionais. A criação de estruturas monopolistas de distribuição de conteúdos publicitários a nível global é uma ameaça em duas frentes: pela concentração de receitas em menos players e pelo acesso diferenciado aos consumidores e à forma como interagem nos ecossistemas mediáticos. Esta dominação do mercado publicitário é fundamental para o modelo de negócio de empresas como Google e Facebook, na medida em que estão fortemente dependentes dessa parcela para garantir a integridade da quase totalidade das suas receitas.

3. As duas fontes utilizadas para medir o mercado publicitário (Omnicom e INE) apresentam valores semelhantes, apesar de adoptarem abordagens diferentes na recolha da informação.

A Omnicom recolhe dados junto de anunciantes e vendedores de espaço publicitário e o INE recorre a inquéritos de largo alcance para recolher os valores reais. Omnicom e INE indicam valores (2017) de 570,8 M€ e 855,2 M€, respectivamente. As duas fontes referem diferentes composições para o mercado português da publicidade. O INE sugere uma grandeza de 46,7% para o mercado da televisão sendo que a Omnicom aponta para valores na casa dos 54 pontos percentuais. A Omnicom sugere que o mercado digital, Internet, terá uma grandeza superior a 20%, sendo que o INE atribiu a esta subcategoria uma grandeza de 17,2%. As duas fontes coincidem na atribuição das diferentes grandezas, sendo de salientar que o INE atribui uma grandeza de 14% à categoria “Outros”.

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Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos 3 As duas fontes utilizadas para medir o mercado publicitário (Omnicom e INE) apresentam valores semelhantes, apesar de adoptarem abordagens diferentes na recolha da informação. A Omnicom recolhe dados junto de anunciantes e vendedores de espaço publicitário e o INE recorre a inquéritos de largo alcance para recolher os valores reais. Omnicom e INE indicam valores (2017) de 570,8 M€ e 855,2 M€, respectivamente.

As duas fontes referem diferentes composições para o mercado português da publicidade. O INE sugere uma grandeza de 46,7% para o mercado da televisão sendo que a Omnicom aponta para valores na casa dos 54 pontosNo entanto, percentuais. as composições A Omnicom sugere semelhantes que o mercado ajudam-nos digital, Internet, não só terá a ter uma uma grandeza visão superiormais a 20%, sendocompleta que o INEdo mercadoatribiu a esta publicitário subcategoria como uma acabamgrandeza depor 17,2%. conferir As duas legitimidade fontes coincidem às duas na atribuição dasfontes. diferentes grandezas, sendo de salientar que o INE atribui uma grandeza de 14% à categoria “Outros”. No entanto, as composições semelhantes ajudam-nos não só a ter uma visão mais completa do mercado publicitárioFigura 2: como Repartição acabam por do conferir investimento legitimidade publicitário às duas fontes. por Sector / meio – INE e Omnicom, 2017 Figura 2: Repartição do investimento publicitário por Sector / meio – INE e Omnicom, 2017

100% 1,0%

90% 14,0% 20,4%

80% 17,2% 7,2% 0,3% 70% 5,4% 11,7% 60% 9,5% 6,3% 50% 6,3%

40% 30% 54,1% 46,7% 20% 10% 0% INE Omnicom

Televisão Imprensa Outdoor Rádio Cinema Internet Outros Eventos

Fontes:Fontes: INE INE (Inquérito (Inquérito aos Serviços aos Serviços Prestados Prestados às Empresas, às versão Empresas, 2.1) e Omnicom.versão 2.1) Edição: e Omnicom. OberCom. Edição:Nota: Categorização Ober- INE exclui o Com. Nota: Categorização INECinema exclui e adiciona o Cinema as categorias e adiciona “outros” as categorias(inclui cinema) “outros” e “Eventos. (inclui cinema) e “Eventos. 4 Sinteticamente, há duas forças a motivar as mudanças no mercado publicitário português. Uma, de movimentação intersectorial, que motiva a fuga de investimento dos sectores tradicionais para os ecossistemas digitais online. Esta fuga observou-se, nos últimos anos, no sector da imprensa, esfera mais atingida entre as clássicas. Por outro lado, existe uma dinâmica de movimentação transfronteiriça que determina a saída de investimento nas marcas portuguesas para os grandes players internacionais, com Google e Facebook a liderar a captação de investimento publicitário com origem em Portugal.

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4. Sinteticamente, há duas forças a motivar as mudanças no mercado publicitário português. Uma, de movimentação intersectorial, que motiva a fuga de investimento dos sectores tradicionais para os ecossistemas digitais online. Esta fuga observou-se, nos últimos anos, no sector da imprensa, esfera mais atingida entre as clássicas. Por outro lado, existe uma dinâmica de movimentação transfronteiriça que determina a saída de investimento nas marcas portuguesas para os grandes players internacionais, com Google e Facebook a liderar a captação de investimento publicitário com origem em Portugal. As estimativas OberCom determinam que Google e Facebook valerão por si só cerca de 70% do mercado publicitário digital real em Portugal, tendo atraído em 2018 mais de 300 Milhões de € de investimento para fora do nosso país.

As estimativas OberCom determinam que Google e Facebook valerão por si só cerca de 70% do mercado publicitárioFigura digital 3: real Composição em Portugal, tendo atraídode emreceitas 2018 mais de 300no Mil hõesMercado de € de investimento digital para foraportuguês, doempresas nosso país. nacionais e plataformas Facebook e Google (Inclui Youtube)

(MilharesFigura 3: Composição de €), 2018de receitas no Mercado digital português, empresas nacionais e plataformas Facebook e Google (Inclui Youtube) (Milhares de €), 2018

Empresas 133 967 30% nacionais

70% 312 590

Total

Fonte e Edição: OberCom. 446 557

Fonte e Edição: OberCom. Milhares

5 Após comparação das diversas fontes, o OberCom estima que o mercado nacional valha, em 2017, 571 Milhões de €, excluindo Google e Facebook, empresas internacionais21 que não estão obrigadas a prestar informação sobre a sua dimensão nos mercados nacionais onde operam. Este mercado invisível, composto pelas receitas de Google e Facebook, representa cerca de 50% do mercado constituido pelas empresas portuguesas de comunicação social, atingindo os 312 Milhões de € em 2018 (estimativa OberCom)

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5. Após comparação das diversas fontes, o OberCom estima que o mercado nacional valha, em 2017, 571 Milhões de €, excluindo Google e Facebook, empresas internacionais que não estão obrigadas a prestar informação sobre a sua dimensão nos mercados nacionais onde operam. Este mercado invisível, composto pelas receitas de Google e Facebook, representa cerca de 50% do mercado constituido pelas empresas portuguesas de comunicação social, atingindo os 312 Milhões de € em 2018 (estimativa OberCom).

Figura 4: Estimativa OberCom de encaixe fiscal para o Estado Português caso a

GoogleFigura e Facebook 4: Estimativa OberComassumissem de encaixe asfiscal mesmas para o Estado obrigações Português caso afiscais Google e que as empresas portuguesasFacebook assumissem (Milhares as mesm deas obrigações €), 2018 fiscais que as empresas portuguesas (Milhares de €), 2018

Valor estimado de IVA Encaixe fiscal estimado

71,866 M€ 2018

Valor estimado de IRC 104,188 M€

32,322 M€

Fonte: Omnicom (dados base). Dinheiro Vivo (peso percentual de Google e Facebook no mercado publicitário digital em Portugal). Edição Fonte: Omnicom (dados base).e estimativas: Dinheiro OberCom. VivoNota: IVA (peso a 23% e IRCpercentual a 21%. de Google e Facebook no mercado publicitário digital em Portugal). Edição e estimativas: OberCom. Nota: IVA a 23% e IRC a 21%. Se essas empresas fossem tributadas da mesma forma que as empresas portuguesas, o Estado Português teria tido em 2018 um encaixe estimado de 104 Milhões de €. Esta não capitalização do mercado para o Estado é Se potenciadaessas peloempresas vazio regulatório fossem face à actividade tributadas das grandes plataformasda mesma de distribuição, forma que fomentaque as empresas desigualdade concorrencial no mercado português de media. portuguesas, o Estado Português teria tido em 2018 um encaixe estimado de 104 Milhões6 Nos últimos de €. 10 Estaanos, a situaçãonão capitalização económico-financeira dos do medi mercadoa nacionais deteriorou para -ose substancialmente,Estado é potenciada pelo em resultado das profundas transformações do contexto global e industrial, com implicações relevantes no vazioconsumo regulatório de produtos de face comunicação à actividade social e no desvio das de fontes grandes de receita paraplataformas operadores de plataformas de distribuição, que fomentacom poder desigualdade dominante de mercado. concorrencial no mercado português de media.

No período em análise, as receitas operacionais das empresas que constituem a Plataforma de Media Privados (PMP) reduziram-se de 802 M€ (2009) para 472 M€ (2018). No mesmo período, os activos totais passaram de 1 325,9 M€ (2009) para 899,5 M€ (2018). Todos os indicadores de rendibilidade se deterioraram severamente, assim como o emprego no sector.

As receitas publicitárias, fundamentais para o funcionamento e para a sobrevivência dos media em Portugal (representam mais de 60% dos seus proveitos), registaram uma forte quebra, superior a 40%. Esta situação é particularmente preocupante no caso da imprensa, em que a diminuição do investimento publicitário acompanha a queda acentuada da circulação impressa paga e a fraca adesão dos portugueses a conteúdos noticiosos digitais pagos. 22

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6. Nos últimos 10 anos, a situação económico-financeira dos media nacionais deteriorou-se substancialmente, em resultado das profundas transformações do contexto global e industrial, com implicações relevantes no consumo de produtos de comunicação social e no desvio de fontes de receita para operadores de plataformas com poder dominante de mercado.

As receitas publicitárias, fundamentais para o funcionamento e para a sobrevivência dos media em Portugal (representam mais de 60% dos seus proveitos), registaram uma forte quebra, superior a 40%. Esta situação é particularmente preocupante no caso da imprensa, em que a diminuição do investimento publicitário acompanha a queda acentuada da circulação impressa paga e a fraca adesão dos portugueses a conteúdos noticiosos digitais pagos.

7. O Serviço Público de Radiodifusão tem nos fundos públicos a sua maior fatia de financiamento. No horizonte temporal da análise (2009-2018), o seu valor agregado anual variou entre os 75% e os 82% do total de rendimentos operacionais. Após o fim das indemnizações compensatórias (transferências directas do Orçamento de Estado para compensar défices de exploração), em 2014, seguiu-se um período de aumento progressivo da contribuição audiovisual (aplicado a todos os consumidores de electricidade), a qual representou em 2017 81,7% dos ganhos do operador público. As receitas publicitárias mantiveram-se, desde 2013, relativamente estáveis, após um período de quebra acentuada (2010-2012).

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8. A dependência face às receitas publicitárias acentua o efeito das novas dinâmicas concorrenciais no mercado dos media – os players nacionais não competem somente entre si, intra-muros, mas crescentemente com outros actores transnacionais que vivem em condições económicas, fiscais e de escala, de esmagadora vantagem. Na medida em que as restantes fontes de financiamento se encontram em regressão e que as receitas publicitárias tendem a estabilizar ou diminuir, o efeito de estrangulamento causado pelas grandes plataformas tecnológicas tenderá a agravar-se. A sua dimensão e a invulnerabilidade face a constrangimentos regulatórios e fronteiriços permite que estas empresas tenham acesso a economias de escala a que os actores nacionais não conseguem aceder, o que lhes permite maximizar as vendas de espaço publicitário e forçar, a remuneração marginal, a presença dos concorrentes nacionais nas suas plataformas.

Neste ambiente desregulado e desigual, os media nacionais vêem-se confrontados com uma difícil equação económica. A nebulosidade no âmbito de negócio dos grandes actores transnacionais não esconde a sua verdadeira natureza: a de empresas globais, não reguladas, capazes de potenciar as suas capacidades de gerar oligopólios (ou mesmo monopólios) de distribuição de conteúdos informativos ou de entretenimento.

24 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

9. No mercado da Imprensa, entre 2002 e 2017, as vendas de publicações passaram de 442 Milhões de exemplares para 188 Milhões, uma quebra de 58%. Os jornais, em particular, tiveram uma descida ainda mais acentuada, próxima dos 60%.

Figura 5: Circulação impressa paga (CIP) e Circulação digital paga (CDP)

Figurano Mercado 5: Circulação relevante impressa (Portugal, paga (CIP) e 2002 Circulação a 2017) digital paga (CDP) no Mercado relevante (Portugal, 2002 a 2017)

1000000 924563 891837 869285 900000

800000

700000

600000

500000 399264

400000

300000

200000 66686 100000 8101

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

CIP - Circulação impressa paga CDP - Circulação digital paga

FonteFontes:s: APCT APCT e OberCom e OberCom - Anuário da- AnuárioComunicação da 2017. Comunicação Edição: OberCom. 2017. Nota: Valores CIP incluem dados relativos ao mercado relevante, incluindo Público, Correio da Manhã, 24 Horas, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Record, O Jogo, Jornal de Negócios, Edição:Diário Económico, OberCom. Oje, Vida Nota: Económica, Valores Semanário CIP Económico, incluem O Jornaldados Económico, relativos Courrier ao Internacional, mercado Orelevante, Crime, Tal & Qual,incluindo Expresso,Público, O Independente, Correio da Sábado, Manhã, Focus, 24 Visão, Horas, Jornal Jornal i, Sol. Valores de Notícias, CDT incluem Diário Público, de Correio Notícias, da Manhã, Record, Jornal de O Notícias, Jogo, Jornal Jornal i, Diário de Notícias, Record, O Jogo, Jornal de Negócios, Diário Económico, Courrier Internacional, Expresso, Sábado, Visão, Sol. Para deinformação Negócios, mais detalhada Diário relativaEconómico, ao sector Oje,da imprensa Vida Económica,conferir Anuário daSemanário Comunicação Económico,2017 disponível emO Jornalwww.obercom.pt. Económico, Courrier Internacional, O Crime, Tal & Qual, Expresso, O Independente, Sábado, Focus, Visão, Jornal i, Sol. Valores CDT incluem Público, Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Jornal i, Diário de Notícias, Record, O Jogo, Jornal de Negócios, Diário Económico, Courrier Internacional, Expresso, Sábado, Os dados obtidos no contexto do Reuters Digital News Report1, produzidos pelo Reuters Institute for the Study of Visão, Sol. Para informação mais detalhada relativa ao sector da imprensa conferir Anuário da JournalismComunicação ajudam 2017-nos a disponível aprofundar em ainda www.obercom.pt. mais a nossa compreensão face à realidade do sector. Os resultados obtidos no âmbito de quatro edições do referido projeto revelam que em 2015, 39,3% dos inquiridos compraram um jornal impresso na semana anterior à da resposta ao inquérito, face a 6,6% que pagaram por notícias digitais no ano anterior. Em 2018, o valor referente à compra de jornal impresso caiu 8,3 p.p. para os 31%, sendo que o pagamento por notícias digitais se situa no 8,6%, depois de se ter posicionado nos 9,2% em 2016 e nos 9,5% em 2017. A situação torna-se ainda mais preocupante ao verificarmos que a utilização de software de adblocking se encontra em sustentado crescimento, tendo aumentado 5,2 p.p., dos 25,9% em 2016 para os 31,1% em 2018. Esta é, como se sabe, uma prática legal que permite 25uma navegação isenta de conteúdos publicitários e que ameaça diretamente o financiamento das marcas de imprensa através da publicidade.

1 Para mais informação sobre as dinâmicas associadas ao consumo de notícias em formato digital consultar o relatório Reuters Digital News Report Portugal 2018 disponível em www.obercom.pt.

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Os dados obtidos no contexto do Reuters Digital News Report1, produzidos pelo Reuters Institute for the Study of Journalism ajudam-nos a aprofundar ainda mais a nossa compreensão face à realidade do sector. Os resultados obtidos no âmbito de quatro edições do referido projeto revelam que em 2015, 39,3% dos inquiridos compraram um jornal impresso na semana anterior à da resposta ao inquérito, face a 6,6% que pagaram por notícias digitais no ano anterior. Em 2018, o valor referente à compra de jornal impresso caiu 8,3 p.p. para os 31%, sendo que o pagamento por notícias digitais se situa no 8,6%, depois de se ter posicionado nos 9,2% em 2016 e nos 9,5% em 2017.

A situação torna-se ainda mais preocupante ao verificarmos que a utilização de software de adblocking se encontra em sustentado crescimento, tendo aumentado 5,2 p.p., dos 25,9% em 2016 para os 31,1% em 2018. Esta é, como se sabe, uma prática legal que permite uma navegação isenta de conteúdos publicitários e que ameaça diretamente o financiamento das marcas de imprensa através da publicidade.

Figura 6: Posse de software de adblocking em algum dispositivo (Portugal, 2016 a 2018) Figura 6: Posse de software de adblocking em algum dispositivo (Portugal, 2016 a 2018)

35% 31,1% 28,0% 30% 25,9% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 2016 2017 2018 Fonte: RDNR 2016 a 2018. Edição: OberCom. n2016=2018; n2017=2007; n2018=2008. Fonte: RDNR 2016 a 2018. Edição: OberCom. n2016=2018; n2017=2007; n2018=2008.

10 Na esfera das operadoras privadas de televisão e do fornecimento de serviços de comunicação em geral, a fibra óptica é cada vez mais a ligação preferida dos portugueses. O mercado dos pacotes é dominado pela MEO1 e NOSPara sendo mais que informação a Vodafone sobre surge asem dinâmicas terceiro plano, associadas atingindo ao quota consumo de mercado de notícias mais expressivem formatoa no digital consultar o relatório Reuters Digital News Report Portugal 2018 disponível em www.obercom.pt. mercado do triple-play.

A NOS é a empresa que mais receitas obtém por subscritor26 em termos anuais (€455), seguida da MEO (€419), da (€329) e da Vodafone (€295). Os dados coligidos revelam que uma grande fatia das receitas das operadoras de telecomunicações reside na venda de serviços adicionais, já que os valores acima referidos respeitam apenas a serviços constantes do contrato base, estando excluídas outras valências tais como subscrição de canais premium, pacotes de dados extra para telemóvel, chamadas não incluídas nos planos iniciais, etc.

11 No mercado da televisão, a evolução do share em prime-time das marcas portuguesas, em 2018, colocava os operadores de TV da PMP – SIC, TVI e Cofina - com uma quota agregada de 52,6%, a RTP com 15,9% e as restantes marcas com 31,4%. Estes dados permitem inferir que, em 2018, cerca de 70% dos portugueses estão expostos a publicidade nas marcas televisivas nacionais, menos 19% do que em 2009.

Em 2018, o tráfego online de upstream referente a práticas de pirataria atinge quase um quarto do tráfego total (22,1%), sendo de observar que nos anos anteriores este tipo de prática se encontrava em queda. A saturação de serviços de streaming de vídeo, que deverá acentuar-se ainda mais com o lançamento de Apple TV e Disney+, deverá motivar o aumento do download ilegal de ficheiros, na medida em que a primazia de conteúdos exclusivos aos diversos players irá bloquear os consumidores em termos de visualização.

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10. Na esfera das operadoras privadas de televisão e do fornecimento de serviços de comunicação em geral, a fibra óptica é cada vez mais a ligação preferida dos portugueses. O mercado dos pacotes é dominado pela MEO e NOS sendo que a Vodafone surge em terceiro plano, atingindo quota de mercado mais expressiva no mercado do triple-play.

A NOS é a empresa que mais receitas obtém por subscritor em termos anuais (€455), seguida da MEO (€419), da NOWO (€329) e da Vodafone (€295). Os dados coligidos revelam que uma grande fatia das receitas das operadoras de telecomunicações reside na venda de serviços adicionais, já que os valores acima referidos respeitam apenas a serviços constantes do contrato base, estando excluídas outras valências tais como subscrição de canais premium, pacotes de dados extra para telemóvel, chamadas não incluídas nos planos iniciais, etc. 11. No mercado da televisão, a evolução do share em prime-time das marcas portuguesas, em 2018, colocava os operadores de TV privada – SIC, TVI e Cofina - com uma quota agregada de 52,6%, a RTP com 15,9% e as restantes marcas com 31,4%. Estes dados permitem inferir que, em 2018, cerca de 70% dos portugueses estão expostos a publicidade nas marcas televisivas nacionais, menos 19% do que em 2009.

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Em 2018, o tráfego online de upstream referente a práticas de pirataria atinge quase um quarto do tráfego total (22,1%), sendo de observar que nos anos anteriores este tipo de prática se encontrava em queda. A saturação de serviços de streaming de vídeo, que deverá acentuar-se ainda mais com o lançamento de Apple TV e Disney+, deverá motivar o aumento do download ilegal de ficheiros, na medida em que a primazia de conteúdos exclusivos aos diversos players irá bloquear os consumidores em termos de visualização.

No universo do Streaming Video on Demand, e assumindo que o nosso mercado crescerá nos próximos anos ao mesmo ritmo que o mercado global, Portugal deverá apresentar em 2022 receitas de SVoD próximas dos 8 M€, uma variação de 22% face a 2018, enquanto o número de utilizadores poderá crescer 28% (tendências Statista para o mercado global)., Saliente-se que em 2018, face a 2017, a venda de cartões pré-pagos da plataforma Netflix aumentou em média 191% por mês. A dimensão do mercado de streaming vídeo é, todavia, três vezes inferior ao do streaming de música.

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3. Estado dos Media: Conteúdos e utilizadores na era da distribuição acelerada

29 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A análise da evolução do investimento publicitário é de extrema relevância, não só pela forma como reflete a evolução dos tempos e das práticas como, também, pela multiplicidade de fontes relevantes para a referida análise.

A publicidade é um sector fundamental na compreensão das dinâmicas dos restantes campos da ciência da comunicação, pelo facto de permitir um entendimento alargado sobre a evolução destes e dos seus horizontes de sustentabilidade.

Temos assistido, nos últimos anos, a mudanças muito significativas ao nível do funcionamento das indústrias culturais e de comunicação, mudanças essas que coincidem com a falência dos modelos de negócio tradicionais e com a rápida ascensão de players capazes de relativizar as barreiras fronteiriças e nacionais, recorrendo a complexos mecanismos de monetização de conteúdos e sua distribuição. Com efeito, tal capacidade é garantida pela própria escala das empresas que operam a esse nível, uma economia de grande escala inacessível a intervenientes de nível nacional.

30 Estado dos Media: Conteúdos e utilizadores na era da distribuição acelerada

A análise da evolução do investimento publicitário é de extrema relevância, não só pela forma como reflete a evolução dos tempos e das práticas como, também, pela multiplicidade de fontes relevantes para a referida análise. Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos A publicidade é um sector fundamental na compreensão das dinâmicas dos restantes campos da ciência da comunicação, pelo facto de permitir um entendimento alargado sobre a evolução destes e dos seus horizontes de sustentabilidade. Temos assistido, nos últimos anos, a mudanças muito significativas ao nível do funcionamento das indústrias culturais e de comunicação, mudanças essas que coincidem com a falência dos modelos de negócio tradicionais e com a rápida ascensão de players capazes de relativizar as barreiras fronteiriças e nacionais, recorrendo a complexos mecanismos de monetização de conteúdos e sua distribuição. Com efeito, tal capacidade é garantida pela própria escala das empresas que operam a esse nível, uma economia de grande escala inacessível a Figura 7: Players transnacionais na indústria da mediação intervenientes de nível nacional.

Figura 7: Players transnacionais na indústria da mediação

Retalho Música Vídeo Mobilidade Sociabilidade

Amazon Spotify Netflix Uber Facebook

Amazon AliBaba Soundcloud Lyft Twitter Play

Apple Music HBO Glovo Tinder

Google Play Hulu Google Music AirBnb

Disney +

Apple TV

Fonte e Edição: OberCom. Fonte e Edição: OberCom.

19 Observando a paisagem da mediação patente da Figura anterior, há quatro conclusões óbvias a retirar dessa análise.

a) Todas as empresas patentes deste esquema têm uma base fortemente tecnológicas ou melhor, são empresas chamadas “technology based”, capazes de potenciar a sua influência e recursos recorrendo a dinâmicas de melhoramento tecnológico muito detalhadas e minuciosas.

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b) Nenhuma destas empresas tem no centro do seu negócio a criação de conteúdos. São empresas que visam atingir o estatuto de monopólio nos respectivos segmentos ou, pelo menos, criar um mercado oligopolista suficientemente estruturado para estabelecer dominação. Podemos argumentar que esta conclusão é errada, que empresas como a Netflix, Amazon ou HBO são criadoras de conteúdos. No entanto, é importante salientar que o core do negócio está na capacidade de inovar e de criar mercado, e nesse aspecto a criação de conteúdos exclusivos da Netflix é secundária face à inovação ao nível da distribuição. O aspecto que todas estas empresas têm em comum, com as devidas nuances, é que todas elas são extremamente eficazes em fazer chegar o “produto” ao consumidor, e todas elas o fazem numa lógica algorítmica. c) As empresas constantes desta análise são relevantes não pela sua capacidade de conhecer as audiências, mas pelo facto de serem capazes de as criar e medir de forma exclusiva. Na sua operação, estas entidades visam criar ecossistemas de movimentação dentro do contexto da sua oferta. Um bom exemplo disso é a forma como a Apple monetiza os seus produtos: o que verdadeiramente está a ser comercializado não é o telefone ou o computador ou o tablet mas o acesso ao ecossistema da marca, expresso em software ou hardware. Uma vez entrado nesse ecossistema, o utilizador fica domesticado dentro de um “walled garden” criado pela própria marca. Voltando atrás no tempo, observamos que a venda de computadores não era por si só suficiente para potenciar o estabelecimento da hegemonia da Apple. Foi o iPhone que se estabeleceu por si só e que, posteriormente, pelo facto de permitir a entrada do consumidor no chamado “walled garden”, potenciou todo o ecossistema de hardware e software da empresa. Estes jardins privados são extremamente úteis por duas razões: porque garantem a fidelização dos utilizadores aos produtos da marca e porque permitem à marca medir de forma extremamente eficaz a sua audiência de forma exclusiva. O segundo aspecto é mais importante que, mas não seria possível sem o primeiro.

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d) Todas estas empresas são empresas de media, cujo funcionamento não se restringe a campos específicos. A mediação comunicativa era um património, até há pouco tempo, exclusivo das empresas de comunicação social pois tanto produziam conteúdos como permitiam o acesso a conteúdos de terceiros, através da publicidade e entretenimento. Hoje em dia, as empresas listadas permitem ou o acesso a conteúdos de notícias, entretenimento e anuncios ou produzem-nos.

Estas conclusões, em particular esta última, são fundamentais para inaugurar a base analítica deste documento, nomeadamente o facto de as empresas portuguesas que analisamos, empresas fechadas dentro da sua própria área de operação, estarem na verdade a competir com grandes actores transnacionais cuja estrutura não se encontra circunscrita a campos de influência concretos. São grandes empresas fluidas na sua génese de construção e cuja existência coloca sérios desafios à sua compreensão, controlo e regulação. O melhor exemplo deste estado de mercado e estado dos media é sem dúvida o monopólio exercido pela Google e pelo Facebook, dois walled gardens perfeitamente definidos mas com muros invisíveis.

Na base do sucesso destas duas empresas estão duas lógicas diferentes mas semelhantes num aspecto, o da indexação. O Google começou por ser um projecto com um objectivo simples na sua concepção mas complexo na sua execução, o de ser o índice da Internet, a plataforma a partir da qual a nossa experiência digital se inicia. O Facebook criou o monopólio da sociabilidade ao tornar-se no ponto de partida para todos os nossos elos relacionais. Criada a base de utilizadores, a monetização é exponencial na medida em que apenas as duas empresas têm acesso ao conhecimento dos respectivos grupos de utilizadores. Outras lógicas semelhantes podem ser observadas noutras empresas presentes na figura que iniciou este capítulo: a Amazon indexa tudo o que é comprável, a Netflix tudo o que é visualizável (onde quer que seja), o Spotify tudo o que é audível, o AirBnB todos os sítios onde podemos ficar, a Uber todas as nossas movimentações (e tudo o que queremos comer, graças ao Uber Eats).

33 Estas conclusões, em particular esta última, são fundamentais para inaugurar a base analítica deste documento, nomeadamente o facto de as empresas portuguesas que analisamos, empresas fechadas dentro da sua própria área de operação, estarem na verdade a competir com grandes actores transnacionais cuja estrutura não se encontra circunscrita a campos de influência concretos. São grandes empresas fluidas na sua génese de construção e cuja existência coloca sérios desafios à sua compreensão, controlo e regulação. O melhor exemplo desteComunicação estado de mercado Social e— estadoMercado dos Português: media é sem Tendências dúvida o monopólio e Modelos exercido pela Google e pelo Facebook, dois walled gardens perfeitamente definidos mas com muros invisíveis. Na base do sucesso destas duas empresas estão duas lógicas diferentes mas semelhantes num aspecto, o da indexação. O Google começou por ser um projecto com um objectivo simples na sua concepção mas complexo na sua execução, o de ser o índice da Internet, a plataforma a partir da qual a nossa experiência digital se inicia. O Facebook criou o monopólio da sociabilidade ao tornar-se no ponto de partida para todos os nossos elos relacionais. Criada a base de utilizadores, a monetização é exponencial na medida em que apenas as duas empresas têm acesso ao conhecimento dos respectivos grupos de utilizadores. Outras lógicas semelhantes podem ser observadas noutras empresas presentes na figura que iniciou este capítulo: a Amazon indexa tudo Figura 8: Composição de receitas Google (em Mil Milhões de Dólares), o que é comprável, a Netflix tudo o que é visualizável (onde quer que seja), o Spotify tudo o que é audível, o AirBnB2003 todos a os 2018 sítios onde podemos ficar, a Uber todas as nossas movimentações (e tudo o que queremos comer, graças ao Uber Eats).

Figura 8: Composição de receitas Google (em Mil Milhões de Dólares), 2003 a 2018

19,9

15

10,6

7,15 6,05 116,32 4,44 1,37 6,49 95,38 1,06 79,38 0,81 67,39 59,62 0,08 0,19 0,67 51,07 0,06 43,69 1,42 0,03 0,11 36,53 22,89 28,24 3,14 16,41 21,13 10,49 6,07 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Lucros publicidade Outros

Fonte: Statista. Edição: Obercom. Fonte: Statista. Edição: Obercom.

Note-se que estes monopólios da indexação foram apenas a primeira fase do desenvolvimento destas empresas. A segunda fase, a que chamamos 21 de monetização acelerada, consiste na venda do acesso de terceiros às respectivas pools de utilizadores que cada vez mais entram de forma voluntária nestes cosmos circunscritos. Com efeito, a grande mais-valia de empresas como a Google e o Facebook é efectivamente a distribuição de conteúdos produzidos por terceiros, bem como a comercialização de espaço publicitário de forma altamente eficiente, com conteúdos altamente direccionados e personalizados, que aumenta a exposição dos conteúdos reduzindo de forma altamente eficaz a margem de erro e a perda de valor. O acesso aos produtos das duas empresas de forma fluída, entre vários dispositivos e nas mais variadas situações, garantem uma presença quase permanente dos utilizadores nos referidos

34 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Note-se que estes monopólios da indexação foram apenas a primeira fase do desenvolvimento destas empresas. A segundacontextos fase, ea queneste chamamos contexto, de monetização os lucros acelerada, das empresas consiste na comvenda ado venda acesso de terceirosespaço às respectivaspublicitário pools de nasutilizadores suas que plataformas cada vez mais entram atingem de forma valores voluntária nestesmuito cosmos elevados circunscrito ems. Comtermos efeito, a de grande composição mais-valia de empresasdos lucros como globais.a Google e Noo Facebook caso éda efectivamente Google, ema distribuição 2018, ade conteúdos produzidos por terceiros, bem como a comercialização de espaço publicitário de forma altamente receita total foi de 136 mil milhões de dólares, dos quais 116 têm origem na eficiente, com conteúdos altamente direccionados e personalizados, que aumenta a exposição dos conteúdos venda de espaço publicitário, ou seja, mais de 85% da receita da empresa reduzindo de forma altamente eficaz a margem de erro e a perda de valor. O acesso aos produtos das duas empresastem origem de forma nesta fluída, entrefonte. vários dispositivos e nas mais variadas situações, garantem uma presença quase permanente dos utilizadores nos referidos contextos e neste contexto, os lucros das empresas com a venda de espaço publicitário nas suas plataformas atingem valores muito elevados em termos de composição Figura 9: Composição de receitas Facebook (em Mil Milhões de Dólares) dos lucros globais. No caso da Google, em 2018, a receita total foi de 136 mil milhões de dólares, dos quais 1162003 têm origem a 2018 na venda de espaço publicitário, ou seja, mais de 85% da receita da empresa tem origem nesta fonte.

Figura 9: Composição de receitas Facebook (em Mil Milhões de Dólares), 2003 a 2018

825

711

753 55013

849 39942 974 26885 886 13 106 810 17079 764 1868 557 11492 6986 4279 3154 Fonte:2009 Statista.2010 Edição:2011 Obercom.2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Lucros publicidade Outros Fonte: Statista. Edição: Obercom.

No caso do Facebook, em 2018 a empresa atingiu lucros de 55 838 mil No caso do Facebook, em 2018 a empresa atingiu lucros de 55 838 mil milhões de dólares, sendo que quase 99%milhões dos mesmos de (55dólares, 013 mil sendomilhões) sãoque oriundos quase de 99% receitas dos publiticárias mesmos digitais. (55 013 mil milhões) são oriundos de receitas publiticárias digitais.

22

35 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Em termos globais, algumas fontes indicam que em 2017 o investimento publicitário digital ultrapassou o da Televisão, com previsão de crescimento para 2018 sendo que, no mundo inteiro, a Internet deverá atingir os 237 mil milhões de dólares, ou seja, 44% da quota de mercado2.

Neste aspecto, o mercado português da mediação assume ainda uma estrutura tradicional em termos de composição da distribuição do investimento, com a Televisão a ter ainda um papel preponderante. No entanto, o investimento publicitário digital ultrapassou já o investimento na publicidade na imprensa tradicional, e a tendência é para que essa evolução perdure.

2 ZenithOptimedia, Magna Global e Group M, 23/03/2018, Investimento em publicidade, previsões para 2018: DOOH, Google e Facebook impulsionam o crescimento.

36 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

4. O mercado publicitário em Portugal

37 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Observam-se, neste capítulo, duas perspectivas sobre o investimento publicitário em Portugal, com fonte na consultora Omnicom e no INE - Instituto Nacional de Estatística (ambos baseados em valores praticados, de mercado). Iremos analisar os dados provenientes de cada uma das fontes, isoladamente, e iremos refletir sobre esses mesmos dados de forma comparativa entre as duasfontes, no final do capítulo.

4.1 INE – Instituto Nacional de Estatística

Os dados INE – Instituto Nacional de Estatística relativos à Venda total de suportes publicitários (Milhares de €) possibilitam-nos uma análise longitudinal com tendências distintas. É de salientar que, em termos comparativos, estes dados apenas nos possibilitam a análise a partir do ano de 2008, factor que deve ser tido em conta quer na leitura e interpretação dos dados apresentados, quer na retirada de conclusões mediante comparação de fontes disponíveis.

Os dados relativos à Venda total de suportes publicitários (milhares de €) entre 2008 e 2017 permitem-nos identificar os efeitos da crise financeira que pode ser situada no ano inicial da análise. Com efeito, em 2008 registavam- se 1.472 milhões de € na venda total de suportes publicitários. Esse valor apresentou uma diminuição muito acentuada até 2011, ano em que o INE registou 1.000 milhões de € em vendas totais.

38 O mercado publicitário em Portugal

Observam-se, neste capítulo, duas perspectivas sobre o investimento publicitário em Portugal, com fonte na consultora Omnicom e no INE - Instituto Nacional de Estatística (ambos baseados em valores praticados, de mercado). Iremos analisar os dados provenientes de cada uma das fontes, isoladamente, e iremos refletir sobre esses mesmos dados de forma comparativa entre as duasfontes, no final do capítulo.

Comunicação SocialINE – — Instituto Mercado Português: Nacional Tendências de Estatística e Modelos

Os dados INE – Instituto Nacional de Estatística relativos à Venda total de suportes publicitários (Milhares de €) possibilitam-nos uma análise longitudinal com tendências distintas. É de salientar que, em termos comparativos, estes dados apenas nos possibilitam a análise a partir do ano de 2008, factor que deve ser tido em conta quer na leitura e interpretação dos dados apresentados, quer na retirada de conclusões mediante comparação de fontes disponíveis. Os dados relativos à Venda total de suportes publicitários (milhares de €) entre 2008 e 2017 permitem-nos Figuraidentificar 10: os INEefeitos - daVenda crise financei totalra de que suportes pode ser situada publicitários no ano inicial (Milhares da análise. Comde €),efeito, 2008 em 2008 aregistavam 2017 -se 1.472 milhões de € na venda total de suportes publicitários. Esse valor apresentou uma diminuição muito acentuada até 2011, ano em que o INE registou 1.000 milhões de € em vendas totais.

Figura 10: INE - Venda total de suportes publicitários (Milhares de €), 2008 a 2017

1 600 000 1 472 464 1 282 300 1 400 000 1 257 629

1 200 000 1 000 649

894 952 1 000 000 855 710 800 709 790 248 762 657 743 114 800 000

600 000

400 000

200 000

0 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: INE - Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1. Edição: OberCom. Nota: Unidade – Vendas em Milhares de €.

Fonte: INE - Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1. Edição: OberCom. Essa evolução negativa prologar-se-ia por mais 4 anos, até 2015, ano em que as vendas totais de suportes Nota: Unidade – Vendas em Milhares de €. publicitários totalizaram 743 milhões de euros, uma dimensão quase duas vezes menor do que em 2008, representando uma quebra de 42% do valor de mercado. Os dois anos seguintes – anos finais da análise – apontam para uma inversão da tendência anterior, com 855 milhões de euros em vendas de suportes Essa evolução negativa prologar-se-ia por mais 4 anos, até 2015, ano em que as vendas totais de suportes publicitários totalizaram 743 milhões de euros, 24 uma dimensão quase duas vezes menor do que em 2008, representando uma quebra de 42% do valor de mercado. Os dois anos seguintes – anos finais da análise – apontam para uma inversão da tendência anterior, com 855 milhões de euros em vendas de suportes publicitários no ano de 2017 mas, tendo em conta o espectro temporal limitado com que estamos a trabalhar, é difícil prever tendências futuras de continuidade ou quebra em termos de recuperação. À semelhança da fonte Omnicom, como veremos adiante, também o INE atribui neste contexto de análise um maior peso à televisão enquanto suporte publicitário. Veja-se que, apesar de afectada pela crise de 2008, a televisão subsiste como o suporte mais significativo em termos de vendas.

39 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

No primeiro ano da análise, a televisão representava 758 milhões de € face a 399publicitários no ano no final,ano de de2017 2017, mas, tendouma em quebra conta o espectrode 48% temporal no valor limitado de com mercado). que estamos A aInternet trabalhar, assumeé difícil prever o segundo tendências lugarfuturas nade continuidade transição ou entre quebra 2014 em termos e 2015, de recuperação. ano em que ultrapassa À semelhança da fonte Omnicom, como veremos adiante, também o INE atribui neste contexto de análise um o suporte Outdoors sendo que a Imprensa escrita ficaria relegada para segundo maior peso à televisão enquanto suporte publicitário. Veja-se que, apesar de afectada pela crise de 2008, a planotelevisão dois subsiste anos como antes, o suporte na transição mais significativo entre em 2011 termos e de2012. vendas. Veja-se No primeiro que ano a categoria da análise, a Outrostelevisão temrepresentava particular 758 milhões relevo de €enquanto face a 399 no terceiro ano final, desuporte 2017, uma mais quebra significativo de 48% no valor deem termosmercado). de vendas, sendo de salientar que esta inclui também o Cinema. A Internet assume o segundo lugar na transição entre 2014 e 2015, ano em que ultrapassa o suporte Outdoors sendo que a Imprensa escrita ficaria relegada para segundo plano dois anos antes, na transição entre 2011 e 2012. Veja-se que a categoria Outros tem particular relevo enquanto terceiro suporte mais significativo em Figuratermos de 11: vendas INE, -sendo Venda de salientar de suportes que esta inclui publicitários também o Cinema. (Milhares de €) por tipo de suporte publicitário, 2008 a 2017 Figura 11: INE - Venda de suportes publicitários (Milhares de €) por tipo de suporte publicitário, 2008 a 2017

800 000 758 309

700 000

600 000

500 000 399 271

400 000

300 000 265 438

200 000 147 247

216 854 119 825 100 000

42 593 0 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Televisão Imprensa escrita Rádio Internet Eventos Outdoors Outros

Fonte: INE - Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1. Edição: OberCom. Nota: Unidade – Milhares de €.

Fonte: INE - Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1. Pela da exclusão do suporte Televisão, podemos observar com maior detalhe as dinâmicas entre os suportes Edição: OberCom. Nota: Unidade – Milhares de €. de grandeza secundária neste plano de análise. Com efeito, a imprensa escrita tem em 2017 uma grandeza quase 5 vezes menor do que em 2008, evolução que é compensada pelo aumento em quase 3,5 vezes da venda de publicidade na Internet, no qual as marcas de imprensa online tiveram um papel preponderante.

25

40 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Pela da exclusão do suporte Televisão, podemos observar com maior detalhe as dinâmicas entre os suportes de grandeza secundária neste plano de análise. Com efeito, a imprensa escrita tem em 2017 uma grandeza quase 5 vezes menor do que em 2008, evolução que é compensada pelo aumento em quase 3,5 vezes da venda de publicidade na Internet, no qual as marcas de imprensa online tiveram um papel preponderante. Por sua vez a Rádio terá, de acordo com o INE, perdido relevância, tendo um peso quase 2 vezes menor em 2017 do que em 2008.

Por sua vez a Rádio terá, de acordo com o INE, perdido relevância, tendo um peso quase 2 vezes menor em Figura2017 do que 12: em INE 2008. - Venda de suportes publicitários (Milhares de €) por tipo de suporte publicitário excluindo Televisão, 2008 a 2016 Figura 12: INE - Venda de suportes publicitários (Milhares de €) por tipo de suporte publicitário excluindo Televisão, 2008 a 2016

300 000

265 438 250 000

200 000 216 854 147 247 150 000 98 523 119 825 100 000 81 629 88 019 50 000 53 606 45 792 42 593 0 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Imprensa escrita Rádio Internet Eventos Outdoors Outros Fonte: INE - Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1. Edição: OberCom. Nota: Unidade - Milhares de €.

Fonte: INE - Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1. Edição: Com efeito,OberCom. os dados relativosNota: Unidade a Venda de- Milhares suportes publicitáriosde €. em 2017 por tipo de suporte apontam para um mercado distribuído de forma mais equitativa pelos diversos tipos de suporte. A Internet tem, em 2017, um peso de 17,2% sendo que a Rádio e a Imprensa escrita apresentam medidas aproximadas.

Figura 13: INE - Venda de suportes publicitários (%) por tipo de suporte publicitário excluindo Televisão, 2008 e 2017 100% 6,7% 14,0% 90% 14,7% 9,5% 80% 0,2% 2,9% 1,0% 6,0% 70% 17,2% 60% 18,0% 5,4%

50% 6,3%

40%

30% 51,5% 46,7% 20%

10% 41 0% 2008 2017

Televisão Imprensa escrita Rádio Internet Eventos Outdoors Outros

Fonte: INE - Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1. Edição: OberCom. Nota: Unidade - Milhares de €.

26 Por sua vez a Rádio terá, de acordo com o INE, perdido relevância, tendo um peso quase 2 vezes menor em 2017 do que em 2008.

Figura 12: INE - Venda de suportes publicitários (Milhares de €) por tipo de suporte publicitário Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos excluindo Televisão, 2008 a 2016

300 000

265 438 250 000

200 000 216 854 147 247 150 000 98 523 119 825 100 000 81 629 Com efeito,88 019 os dados relativos a Venda de suportes publicitários em 2017 50 000 53 606 45 792 por tipo42 593de suporte apontam para um mercado distribuído de forma mais 0 equitativa2008 pelos2009 diversos2010 tipos2011 de 2012suporte.2013 A Internet2014 tem,2015 em2016 2017, um2017 peso de 17,2%Imprensa sendo escrita que aRádio Rádio e Interneta ImprensaEventos escrita apresentamOutdoors Outros medidas aproximadas.Fonte: INE - Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1. Edição: OberCom. Nota: Unidade - Milhares de €.

Com efeito, os dados relativos a Venda de suportes publicitários em 2017 por tipo de suporte apontam para um mercado distribuído de forma mais equitativa pelos diversos tipos de suporte. A Internet tem, em 2017, um pesoFigura de 17,2% 13: sendo INE que- Venda a Rádio ede a Imprensa suportes escrita publicitários apresentam medidas (%) aproximadas.por tipo de suporte

publicitário excluindo Televisão, 2008 e 2017 Figura 13: INE - Venda de suportes publicitários (%) por tipo de suporte publicitário excluindo Televisão, 2008 e 2017 100% 6,7% 14,0% 90% 14,7% 9,5% 80% 0,2% 2,9% 1,0% 6,0% 70% 17,2% 60% 18,0% 5,4%

50% 6,3%

40%

30% 51,5% 46,7% 20%

10%

0% 2008 2017

Televisão Imprensa escrita Rádio Internet Eventos Outdoors Outros

Fonte: INE - Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1. Fonte: INE - Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1. Edição: OberCom. Nota: Unidade - Milhares de €. Edição: OberCom. Nota: Unidade - Milhares de €.

26

42 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

4.2 OMNICOM

A consultora Omnicom, que produz dados sobre o investimento publicitário em Portugal tendo em conta estimativas baseadas não em preços de tabela, mas no que a própria fonte entende serem os preços reais praticados em Portugal. Do ponto de vista conceptual, a tese que suporta a diferença entre os preços tabelados OMNICOM e os preços praticados tem algum mérito, na medida em que é prática comum a

venda de serviços publicitários em pacote, a preço reduzido em termos unitários A consultora Omnicom, que produz dados sobre o investimento publicitário em Portugal tendo em conta no contexto de, por exemplo, campanhas ou serviços de comunicação ao longo de estimativas baseadas não em preços de tabela, mas no que a própria fonte entende serem os preços reais praticadosum determinado em Portugal. período. Do ponto de vista conceptual, a tese que suporta a diferença entre os preços tabelados e os preços praticados tem algum mérito, na medida em que é prática comum a venda de serviços publicitários em pacote, a preço reduzido em termos unitários no contexto de, por exemplo, campanhas ou serviços de comunicaçãoFigura 14: ao Omnicom longo de um - Investimentodeterminado período. publicitário (Valor estimado em Milhares de

€), 2002 a 2017 Figura 14: Omnicom - Investimento publicitário (Valor estimado em Milhares de €), 2002 a 2017

900 000 797 349 759 153 772 046 800 000 680 708 644 228 806 536 617 594 700 000 768 802 570 786 600 000 522 197 667 625 690 782 463 273 500 000 507 949 541 856 512 722 400 000 300 000 200 000 100 000 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Omnicom. Edição:Fonte: Omnicom. OberCom. Edição: Nota: OberCom. Unidade Nota: -Unidade Milhares - Milhares de € de €

De acordo com a Omincom, o investimento publicitário em Portugal totalizou 570 milhões de € em 2017, sendo que no ano inicial da análise em que o valor correspondia a 644 milhões de € (uma quebra de 12%). De acordo com esta fonte verifica-se a tendência de recuperação pós-crise de 2008, em linha com os dados do INE: atingido os 797 milhões de € em 2008, o investimento publicitário em Portugal cai para os 512 milhões em 2013, apresentando sinais de relativa melhoria até 2017. A televisão subsiste como meio preponderante para o mercado publicitário Português, o impacto da crise no sector da imprensa parece ter causado danos estruturais no seu significado no contexto mais global do mercado, e a Internet tende a consolidar o seu papel.

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27 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

De acordo com a Omincom, o investimento publicitário em Portugal totalizou 570 milhões de € em 2017, sendo que no ano inicial da análise em que o valor correspondia a 644 milhões de € (uma quebra de 12%).

De acordo com esta fonte verifica-se a tendência de recuperação pós-crise de 2008, em linha com os dados do INE: atingido os 797 milhões de € em 2008, o investimento publicitário em Portugal cai para os 512 milhões em 2013, apresentando sinais de relativa melhoria até 2017.

A televisão subsiste como meio preponderante para o mercado publicitário Português, o impacto da crise no sector da imprensa parece ter causado danos estruturais no seu significado no contexto mais global do mercado, e a Internet tende a consolidar o seu papel.

Figura 15: Omnicom - Repartição do investimento publicitário por meio (Valor estimado em Milhares de €), 2002 a 2017 Figura 15: Omnicom - Repartição do investimento publicitário por meio (Valor estimado em

Milhares de €), 2002 a 2017

450 000 416 252 400 000 322 355 350 000 308 763

300 000

250 000 193 611 200 574 200 000

150 000 116 530

100 000

50 000

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Televisão (Sinal aberto e Cabo) Imprensa (Diária e Não diária) Rádio Outdoor Cinema Internet

Fonte: Omnicom.Fonte: Edição: Omnicom. OberCom. Edição: OberCom. Nota: Nota:Unidade Unidade Valor Valor estimado estimado milhares milhares de €de €

Em termos de peso relativo dos diversos sectores, os dados Omnicom tendem a confirmar as grandezas apresentadas pelo conjunto de dados oficiais INE: a televisão compreende cerca de metade do investimento publicitário em Portugal, as quebras da imprensa assumem uma dimensão bastante pronunciada (menos 4,8 vezes o peso relativo em 2017 face a 2002) e a Internet têm uma importância acrescida, com um crescimento 44 de menos de 1% para 20%.

Figura 16: Omnicom - Repartição do investimento publicitário por meio (% com base em valor estimado em Milhares de €), 2002 e 2017

0,7%

11,7% 0,7% 20,4%

6,7% 0,3% 11,7% 30,1% 7,2% 6,3%

54,1% 50,0%

2002 2017

Televisão (Sinal aberto e Cabo) Imprensa (Diária e Não diária) Rádio Outdoor Cinema Internet

Fonte: Omnicom. Edição: OberCom. Nota: (% com base em valor estimado em Milhares de €).

28 Figura 15: Omnicom - Repartição do investimento publicitário por meio (Valor estimado em Milhares de €), 2002 a 2017

450 000 416 252

400 000 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos 322 355 350 000 308 763

300 000

250 000 193 611 200 574 200 000

150 000 116 530

100 000

50 000

Em0 termos de peso relativo dos diversos sectores, os dados Omnicom tendem 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 a confirmar as grandezas apresentadas pelo conjunto de dados oficiais Televisão (Sinal aberto e Cabo) Imprensa (Diária e Não diária) Rádio Outdoor Cinema Internet INE: a televisão compreende cerca de metade do investimento publicitário em Portugal, Fonte:as quebrasOmnicom. Edição: da OberCom. imprensa Nota: Unidade assumem Valor estimado uma milhares dimensão de € bastante

Em pronunciada termos de peso relativo(menos dos 4,8 diversos vezes sectores, o peso os dadosrelativo Omnicom em tendem2017 face a confirmar a 2002) as grand e aezas apresentadasInternet pelo têm conjunto uma importânciade dados oficiais acrescida,INE: a televisão com compreende um crescimento cerca de metade de menosdo investimento de publicitário1% para em 20%.Portugal, as quebras da imprensa assumem uma dimensão bastante pronunciada (menos 4,8 vezes o peso relativo em 2017 face a 2002) e a Internet têm uma importância acrescida, com um crescimento de menos de 1% para 20%. Figura 16: Omnicom - Repartição do investimento publicitário por meio (%

com base em valor estimado em Milhares de €), 2002 e 2017 Figura 16: Omnicom - Repartição do investimento publicitário por meio (% com base em valor

estimado em Milhares de €), 2002 e 2017

0,7%

11,7% 0,7% 20,4%

6,7% 0,3% 11,7% 30,1% 7,2% 6,3%

54,1% 50,0%

2002 2017

Televisão (Sinal aberto e Cabo) Imprensa (Diária e Não diária) Rádio Outdoor Cinema Internet

Fonte: Omnicom. Edição: OberCom. Nota: (% com base em valor estimado em Milhares de €). Fonte: Omnicom. Edição: OberCom. Nota: (% com base em valor estimado em Milhares de €).

28

45 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

4.3 Um mercado e duas medidas

O exercício analítico constante deste capítulo visa cumprir dois objectivos: em

primeiro lugar, procurar atribuirUm mercado ao mercado e duas publicitário medidas português uma dimensão de valor global e, em segundo lugar, perceber como se encontra dividido tendo Oem exercício conta analítico os diversos constante destesectores capítulo / visameios cumprir que dois para objectivos: ele contribuem. em primeiro lugar, procurar atribuir ao mercado publicitário português uma dimensão de valor global e, em segundo lugar, perceber como se encontraFigura dividido 17: Dimensão tendo em conta do osmercado diversos sectores publicitário / meios que Português–INE para ele contribuem. (2008 a 2017) e

Omnicom, 2002 a 2017 (Milhares de €) Figura 17: Dimensão do mercado publicitário Português–INE (2008 a 2017) e Omnicom, 2002 a 2017 (Milhares de €)

1 600 000 1 472 464

1 400 000

1 200 000

1 000 000 797 349 855 710 800 000 644 228

600 000 570 786 400 000

200 000

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 INE - Venda de suportes publicitários (Milhares de €) das Empresas

Omnicom - Estimativas de investimento publicitário total (Milhares de €)

Fontes: INE (Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1) e Omnicom. Edição: OberCom. Nota: Unidade - Milhares de €.; Fontes: INE (Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1) e Omnicom. NumaEdição: primeira OberCom. linha Nota: de análise, Unidade observa - Milhares-se que de €.; os valores fornecidos pelo INE e pela Omnicom são relativamente aproximados. No entanto, verifica-se que a distinção entre as duas fontes não diz respeito apenas à grandeza dos valores em análise mas, também, à sua variação ao longo do período da análise. Os dados INE apontam para uma quebra mais acentuada do investimento no rescaldo da crise financeira de 2008, uma contracção para quase metade do valor no período final da análise. Os dados Omnicom apontam para uma contracção menor, dos quase 800 milhares de € em 2008 para os 570 em 2017. O cruzamento de dados e de fontes é fundamental para averiguar a diferença entre os estabelecimentos formais e as práticas quotidianos do funcionamento dos mercados. Veja-se até, que em muitos casos a venda de espaço publicitário poderá até estar associada à negociação de outros produtos paralelos e, portanto, não ser contabilizada e inquirida de forma exaustiva, o que adiciona um carácter relativo aos dados disponíveis. No entanto, as diferenças entre as duas fontes conduzem também a visões discrepantes relativamente ao peso de cada um dos sectores / meios no contexto global do mercado publicitário português. INE e da Omnicom coincidem na medição do peso de sector da televisão, registando grandezas 46,7% e 54,1%, respectivamente. 46

29 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Numa primeira linha de análise, observa-se que os valores fornecidos pelo INE e pela Omnicom são relativamente aproximados. No entanto, verifica-se que a distinção entre as duas fontes não diz respeito apenas à grandeza dos valores em análise mas, também, à sua variação ao longo do período da análise.

Os dados INE apontam para uma quebra mais acentuada do investimento no rescaldo da crise financeira de 2008, uma contracção para quase metade do valor no período final da análise. Os dados Omnicom apontam para uma contracção menor, dos quase 800 milhares de € em 2008 para os 570 em 2017.

O cruzamento de dados e de fontes é fundamental para averiguar a diferença entre os estabelecimentos formais e as práticas quotidianos do funcionamento dos mercados. Veja-se até, que em muitos casos a venda de espaço publicitário poderá até estar associada à negociação de outros produtos paralelos e, portanto, não ser contabilizada e inquirida de forma exaustiva, o que adiciona um carácter relativo aos dados disponíveis.

No entanto, as diferenças entre as duas fontes conduzem também a visões discrepantes relativamente ao peso de cada um dos sectores / meios no contexto global do mercado publicitário português.

INE e da Omnicom coincidem na medição do peso de sector da televisão, registando grandezas 46,7% e 54,1%, respectivamente. Coincidem, também, na dimensão atribuída ao sector da Internet (17,2% e 20,4%, respectivamente), do Outdoor (9,5% e 11,7%) e da Imprensa (6,3% de acordo com as duas fontes).

47 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Coincidem, também, na dimensão atribuída ao sector da Internet (17,2% e 20,4%, respectivamente), do OutdoorFigura (9,5% 18: Repartição e 11,7%) e doda investimentoImprensa (6,3% publicitário de acordo com por as Sectorduas fontes). / meio – INE e Omnicom, 2017

Figura 18: Repartição do investimento publicitário por Sector / meio – INE e Omnicom, 2017

100% 1,0% 90% 14,0% 20,4% 80% 17,2% 7,2% 0,3% 70% 5,4% 11,7% 60% 9,5% 6,3% 50% 6,3%

40%

30% 54,1% 46,7% 20% 10% 0% INE Omnicom

Televisão Imprensa Outdoor Rádio Cinema Internet Outros Eventos

Fontes: INE (Inquérito aos Serviços Prestados às Empresas, versão 2.1) e Omnicom. Edição: OberCom. Nota: Categorização INE exclui o Fontes: INE (Inquérito aos ServiçosCinema ePrestados adiciona as às categorias Empresas, “outros” versão (inclui 2.1) cinema) e Omnicom. e “Eventos. Edição: OberCom. Nota: Categorização INE exclui o Cinema e adiciona as categorias “outros” (inclui cinema) e “Eventos. Para além do valor nominal oferecido por estas duas fontes, a diversidade de resultados atesta também, do pontoPara dealém vista do metodológico,valor nominal aoferecido necessidade por de estas contem duasplar fontes, diferentes a diversidade parâmetros de na resultados análise do mercado publicitárioatesta também, português. do Desta ponto forma, de asvista conclusões metodológico, obtidas devem a necessidade ser aprofundadas de contemplar numa lógica, não de oposição,diferentes mas parâmetros de complementaridade. na análise do mercado publicitário português. Desta forma, as conclusões obtidas devem ser aprofundadas numa lógica, não de oposição, mas de

complementaridade.Figura 19: Receitas publicitárias do Universo PMP (Milhares de €), 2009 a 2018

417 030 423 700 378 672

317 268 312 452 310 292 310 391 307 601 303 168 294 430

2009 2010 2011 2012 482013 2014 2015 2016 2017 2018 Fonte: PMP. Edição e análise: OberCom. Nota: para o ano de 2018 não existe informação relativa para os grupos Global Media e Renascença Multimédia pelo que a informação respeitante ao ano final da análise neste dois elementos foi estimada tendo por base a média da variação anual observada nos quatro anos anteriores (2014 a 2017).

30 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Uma outra variável que fica fora desta análise diz respeito ao peso dos gigantes Google e Facebook e ao seu contributo para a distribuição da real dimensão actual do mercado publicitário português.

A forte dependência das empresas e anunciantes em actuação no mercado português face a estes veículos de distribuição de conteúdos implica não só a reestruturação da gestão de audiências como também alterações drásticas ao nível da estrutura de lucros e rendimentos da comunicação social.

A Google e o Facebook não revelam o valor das receitas publicitárias por país, mas fontes no sector dos media apontam para que as duas empresas americanas detenham entre 60% a 75% das receitas publicitárias em Portugal, com tendência para aumentar3.

3 Jornal de Negócios, 23/03/2017, Google e Facebook dominam publicidade online.

49 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Para além da disparidade de critérios concorrenciais entre os grupos de media nacionais e as duas multinacionais, existe também a questão das obrigações fiscais a que as empresas portugueses estão obrigadas no nosso país, face a grandes actores sem residência fiscal em Portugal. Uma outra fonte, estima que em 2018, 84% dos gastos em publicidade digital no mundo inteiro tenham sido feitos em ecossistemas Google ou Facebook (estando excluída desta análise a China).4

As questões da competitividade e do livre mercado não estão, portanto, fora do contexto desta análise nas suas mais diversas vertentes, financeiras ou das próprias práticas de produção e distribuição de conteúdos. Neste plano de análise, colocam-se portanto duas questões que não podem ser analisadas de forma isolada na medida em que se constituem como um ciclo vicioso: por um lado, a quebra de receitas no sector dos media nacionais força a procura de novos públicos e de novas formas de lhes fazer chegar conteúdos, solução que é oferecida de forma optimizada por soluções como a publicidade digital em redes sociais e motores de busca. Esta dependência resolve o problema mas de forma precária, no imediato, na medida em que o investimento em publicidade digital vai canalizar receitas para fora do país criando propensão para publicar anúncios nessas plataformas e, portanto, para fora do ecossistema publicitário (e fiscal) português, agravando ainda mais as condições que estiveram na base da solução digital.

Para além dos dados analisados nesta secção, é importante salientar um outro dado que nos ajuda a analisar o peso do mercado publicitário português. Com efeito, a observação da informação disponível indica a existência de duas dinâmicas de movimentação de investimento.

4 ZenithOptimedia, Magna Global e Group M, 23/03/2018, Investimento em publicidade, previsões para 2018: DOOH, Google e Facebook impulsionam o crescimento.

50 grupos de media nacionais e as duas multinacionais, existe também a questão das obrigações fiscais a que as empresas portugueses estão obrigadas no nosso país, face a grandes actores sem residência fiscal em Portugal. Uma outra fonte, estima que em 2018, 84% dos gastos em publicidade digital no mundo inteiro tenham sido feitos em ecossistemas Google ou Facebook (estando excluída desta análise a China).4 As questões da competitividade e do livre mercado não estão, portanto, fora do contexto desta análise nas suas mais diversas vertentes, financeiras ou das próprias práticas de produção e distribuição de conteúdos. Neste plano de análise, colocam-se portanto duas questões que não podem ser analisadas de forma isolada Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos na medida em que se constituem como um ciclo vicioso: por um lado, a quebra de receitas no sector dos media nacionais força a procura de novos públicos e de novas formas de lhes fazer chegar conteúdos, solução que é oferecida de forma optimizada por soluções como a publicidade digital em redes sociais e motores de busca. Esta dependência resolve o problema mas de forma precária, no imediato, na medida em que o investimento em publicidade digital vai canalizar receitas para fora do país criando propensão para publicar anúncios nessas plataformas e, portanto, para fora do ecossistema publicitário (e fiscal) português, agravando ainda mais as condições que estiveram na base da solução digital. Para além dos dados analisados nesta secção, é importante salientar um outro dado que nos ajuda a analisar o peso do mercado publicitário português. Com efeito, a observação da informação disponível indica a existênciaFigura de duas19: dinâmicasSíntese de movimentaçãode dinâmicas de investimento. do mercado publicitário Português

Figura 21: Síntese de dinâmicas do mercado publicitário Português

Movimentação Movimentação intersectorial transfronteiriça

Saída de investimento do Fuga de investimento da ecossistema das marcas

imprensa escrita para os portuguesas para os grandes ecossistemas digitais players internacionais (Google e Facebook)

Fonte e Edição: OberCom. Fonte e Edição: OberCom.

Estas duas vagas de movimentação de investimento podem ser discutidas 4 ZenithOptimedia, Magna Global e Group M, 23/03/2018, Investimento em publicidade, previsões para 2018: DOOH, Google e Facebook impulsioname pensadas o crescimento. de forma independente, no entanto, os dados coligidos indicam que estarão fortemente relacionadas: em Portugal, entre 2002

e 2017, entre 15% e 20% ou entre32 1/6 ou 1/5 do investimento publicitário terá passado directamente para os grandes actores transnacionais do ecossistema digital, em virtude das perdas de investimento na imprensa escrita. Nesse período, os ganhos modestos no sector da televisão (de acordo com a Omnicom), sustentam esse argumento. Os dados Omnicom, enquanto fonte, parecem-nos particularmente relevantes, na medida em que reflectem preços praticados entre empresas a operar no meio, em condições reais.

51 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

4.4 Publicidade digital e o duopólio Google e Facebook em Portugal

O carácter estratégico do sector digital no mercado da publicidade tem vindo a acentuar-se nos últimos anos. A migração das audiências tradicionais para os ecossistemas digitais, bem como as mais-valias tecnológicas que permitem uma medição mais precisa das dinâmicas de consumo de conteúdos fazem da arena digital o principal foco de competição e concorrência no mercado dos media contemporâneos. Simultaneamente, a publicidade tradicional tenderá a ter cada vez mais um papel secundário, pelas razões acima enunciadas.

A indisponibilidade de dados concretos por parte da Google e do Facebook tornam a tarefa de medir o mercado publicitário digital muito complexo. Sabe-se, por um lado, que estas duas companhias por si só detêm mais de metade do mercado digital global. Por outro, é muito difícil obter números concretos, pelo que tal só é possível através do cruzamento de fontes que, não só fornecem dados dimensionalmente diferentes, como, muitas vezes, dizem respeito a definições geográficas díspares.

As três fontes que exploramos neste subcapítulo, a Magna Global, a eMarketer e a publicação Dinheiro Vivo, correspondem a esta descrição. A Magna Global fornece dados para o mundo inteiro, excluindo China, estimando que Google e Facebook detenham, em 2018, cerca de 84% das receitas publicitárias globais. A publicação dinheiro confirma esse dado e vai mais além, sendo que no decorrer da sua investigação aponta para que o duopólio americano detenha cerca de 70% das receitas publicitárias digitais em Portugal. A eMarketer, por outro lado, anuncia estimativas mais baixas, na ordem dos 56,8%, apenas para os E.U.A.

52 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Apesar de os dados eMarketer serem circunscritos a um só país, as estimativas da agência são muito interessantes na medida em que esta tem um conhecimento aprofundado do mercado americano e a investigação do mesmo acompanha o seguimento de uma tendência muito interessante: o share da Google e do Facebook dentro do mercado da publicidade tem vindo e tenderá a diminuir ainda mais, não pelo ressurgimento das plataformas tradicionais mas pela rápida ascensão de novos players com aspirações monopolistas, como por exemplo Amazon e Snapchat5. O duopólio Google e Facebook tenderá a ser a ser cada vez mais frágil e essa perda já se verificou na transição entre 2017 e 2018, com uma quebra de 1,7 pontos percentuais dos 58,5% para os já referidos 56,8% em 2018.

5 eMarketer: Data suggests surprising shift – Duopoly not-all powerfull - https:// www.emarketer.com/content/google-and-facebook-sdigital-dominance-fading-as-rivals- share-grows

53 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

cada vez mais frágil e essa perda já se verificou na transição entre 2017 e 2018, com uma quebra de 1,7 cada vez mais frágil e essa perda já se verificou na transição entre 2017 e 2018, com uma quebra de 1,7 pontoscada vezpercentuais mais frágil dos e 58,5% essa perda para osjá jáse referidos verificou 56,8% na transiçã em 2018.o entre 2017 e 2018, com uma quebra de 1,7 pontos percentuais dos 58,5% para os já referidos 56,8% em 2018. pontos percentuais dos 58,5% para os já referidos 56,8% em 2018.

Figura 22: Receitascada vez mais publicitárias frágil e essa globaisperda já se(fonte: verificou Magna na transiçã Global)o entre e 2017 para e os2018, E.U.A com (eMarketer)uma quebra de 1,7(%), Figura 20: Receitas publicitárias globais (fonte: Magna Global) e para os Figura 22: Receitas publicitárias globais (fonte: Magnapontos Global) percentuais e para dos os58,5% E.U.A para (eMarketer) os já referidos2018 56,8% 6(%), em 2018. Figura 22: Receitas publicitárias globais6 (fonte: Magnacada vez Global) mais frágil e parae essa osperda E.U.A já se verificou(eMarketer) na transiçã (%),o entre 2017 e 2018, com uma quebra de 1,7 6E.U.A (eMarketer) (%), 2018 2018 6 2018 pontos percentuais dos 58,5% para os já referidos 56,8% em 2018. Figura 22: Receitas publicitárias globais (fonte: Magna Global) e para os E.U.A (eMarketer) (%), 6 2018Figura 22: Receitas publicitárias globais (fonte: Magna Global) e para os E.U.A (eMarketer) (%), 16,0% 20186 16,0% 16,0% 16,0% 84,0% 16,0%

84,0% 84,0%

84,0% 84,0%

Google e Facebook global Outros

Google e Facebook global Outros Google e Facebook global Outros Google e Facebook global Outros Google e Facebook global Outros

43,2% 56,8% 43,2% 43,2% 43,2% 56,8% 56,8% 56,8% 43,2% 56,8%

Google e Facebook E.U.A Outros Google e Facebook E.U.AGoogle e Facebook E.U.A OutrosOutros

Google e Facebook E.U.A Outros Google e Facebook E.U.A Outros 30,0% 30,0% 30,0% 70,0%

30,0% 30,0% 70,0% 70,0%

70,0% 70,0% Google e Facebook Portugal Outros

Google e Facebook Portugal Outros Fonte: Magna Global e eMarketer. Edição: OberCom. Nota: as estimativas Magna Global para 2018 dizem respeito ao mundo inteiro,

excluindo China. As estimativas eMarketer para o mesmo ano dizem respeito apenas aos E.U.A. Google e Facebook Portugal Outros Fonte: Magna Global e eMarketer. Edição: OberCom. Nota: as estimativas Magna Global Fonte: Magna Global e eMarketer. Edição: OberCom. Nota: as estimativas Magna Global para 2018 dizem respeito ao mundo inteiro, Google e Facebook Portugal Outros Em 2019, a Amazon deverá aumentar as suas receitas publicitárias em 63,5%, ultrapassando a barreira dos 2 para 2018 Google e Facebook Portugaldizemexcluindo respeito China. aoAs estimativas mundo OutroseMarketer inteiro, para excluindo o mesmo ano dizemChina. respeito As apenas estimativas aos E.U.A. eMarketer

Mil Milhões de dólares e garantindo uma quota do mercado publicitário digital a rondar os 2,7%. A plataforma para o mesmo ano dizem respeito apenas aos E.U.A. Fonte: Magna Global e eMarketer. Edição: OberCom. Nota: as estimativas Magna Global para 2018 dizem respeito ao mundo inteiro, Snapchat deverá atingir um share mais modesto, na ordem de 1,0% do mercado digital norte americano mas Em 2019,excluindo a Amazon China. Asdeverá estimativas aumentar eMarketer as suas para rec oeitas mesmo publicitárias ano dizem em respeito 63,5%, apenas ultrapassando aos E.U.A. a barreira dos 2 Fonte: Magna Global e eMarketer. Edição: OberCom. Nota: as estimativas Magna Global para 2018 dizem respeito ao mundo inteiro, Fonte: MagnaMil Global Milhões e eMarketer. de dólares Ediçã e garantindoo: OberCom. uma Nota: quota as estimativasdo mercadoessa Magnameta, publicitário a Global ser atingida digitalpara 2018 em a rondar 2019, dizem significará os respeito 2,7%. umao A plataformamundoaumento inteiro, de 81,7% das receitas face a 2018, um valor que excluindo China. As estimativas eMarketer para o mesmo anoexcluindo dizem respeito China. apenasAs estimativas aos E.U.A. eMarketer para o mesmo ano dizem respeito apenas aos E.U.A. ultrapassa mil milhões de dólares. Em 2019, a AmazonSnapchat deverá deverá atingiraumentar um share as suas mais recmodesto,eitas publicitáriasna ordem de 1,0%em 63,5%, do mercado ultrapassando digital norte americanoa barreira mas dos 2

6 Fontes: Magna Global (Mundo inteiro excluindo China), eMarketer (E.U.A) e Dinheiro Vivo (Portugal). Em 2019, a Amazon deverá aumentar as suas recMilEmeitas Milhões 2019, publicitárias ade essaAmazon dólares meta, em deverá ea 63,5%,garantindoser atingida aumentar ultrapassando em uma 2019, as quota suas significará adorec barreira mercadoeitas um aumentopublicitárias dos publicitário 2 de 81,7% em digital 63,5%,das receitas a rondarultrapassando face os a 2018,2,7%. uma Abarreira valorplataforma que dos 2 ultrapassa mil milhões de dólares. Mil Milhões de dólares e garantindo uma quota SnapchatdoMil mercado Milhões deverá publicitáriode dólares atingir eumdigital garantindo share a rondar mais uma modesto, os quota 2,7%. do naA mercado plataformaordem de publicitário 1,0% do mercadodigital a rondardigital osnor 2,7%.te americano A plataforma mas 34 6 Snapchat deverá atingir um share mais modesto,essaSnapchat na meta, ordem deveráa deser Fontes: 1,0% atingida atingir Magna do Global mercadoumem (Mundoshare2019, inteiro digitalmaissignificará excluindo modesto, norte China),um americano aumentona eMarketer ordem (E.U.A)mas de de 81,7% e1,0% Dinheiro dodas Vivo mercado receitas(Portugal). digitalface a nor2018,te americanoum valor que mas 6 Fontes: Magna Global (Mundo inteiro excluindo China), eMarketer (E.U.A) e Dinheiro essa meta, a ser atingida em 2019, significará umultrapassaessa aumento meta, Vivomil ade milhõesser (Portugal). 81,7% atingida de das dólares. em receitas 2019, face significará a 2018, um um aumento valor que de 81,7% das receitas face a 2018, um valor que 34 ultrapassa mil milhões de dólares. ultrapassa mil milhões de dólares. 6 Fontes: Magna Global (Mundo inteiro excluindo China), eMarketer (E.U.A) e Dinheiro Vivo (Portugal).

6 Fontes: Magna Global (Mundo inteiro excluindo China), eMarketer6 Fontes: (E.U.A) Magna e GlobalDinheiro (Mundo Vivo (Portugal). inteiro excluindo China), eMarketer (E.U.A) e Dinheiro Vivo (Portugal). 34 34 34

54 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Em 2019, a Amazon deverá aumentar as suas receitas publicitárias em 63,5%, ultrapassando a barreira dos 2 Mil Milhões de dólares e garantindo uma quota do mercado publicitário digital a rondar os 2,7%. A plataforma Snapchat deverá atingir um share mais modesto, na ordem de 1,0% do mercado digital norte americano mas essa meta, a ser atingida em 2019, significará um aumento de 81,7% das receitas face a 2018, um valor que ultrapassa mil milhões de dólares.

A estimativa dos jornalistas de economia do Dinheiro Vivo, feitas com base em investigação jornalística e entrevista com actores-chave na Google e Facebook, indicam que no nosso país o duopólio Google- Facebook deterá cerca de 70% das receitas publicitárias.

4.5 O valor de mercado de Google e Facebook em Portugal

Procurando chegar a números concretos, que nos permitam estimar o share das duas empresas americanas no nosso mercado, recorremos aos dados fornecidos pela Omnicom para o mercado português. Esses dados incluem apenas o investimento feito em empresas portuguesas, deixando de parte o valor de investimento que sai do nosso país para Google e Facebook.

A opção pelos dados da Omnicom, em detrimento do INE, justifica-se pelo facto de o INE não ter ainda dados relativos a 2018 para a venda de suportes publicitários, ainda que esses coincidam, através de inquirição, com o critério já referido de não incluir o valor que sai de Portugal para empresas estrangeiras. Do ponto de vista metodológico, os dados Omnicom tendem a reflectir uma dimensão mais próxima da realidade, dizendo respeito aos preços efectivamente praticados pelas empresas em Portugal.

55 A estimativa dos jornalistas de economia do Dinheiro Vivo, feitas com base em investigação jornalística e entrevista com actores-chave na Google e Facebook, indicam que no nosso país o duopólio Google-Facebook deterá cerca de 70% das receitas publicitárias.

O valor de mercado de Google e Facebook em Portugal

Procurando chegarComunicação a números Social concretos, — Mercado que nos Português: permitam estimarTendências o share e Modelos das duas empresas americanas no nosso mercado, recorremos aos dados fornecidos pela Omnicom para o mercado português. Esses dados incluem apenas o investimento feito em empresas portuguesas, deixando de parte o valor de investimento que sai do nosso país para Google e Facebook. A opção pelos dados da Omnicom, em detrimento do INE, justifica-se pelo facto de o INE não ter ainda dados relativos a 2018 para a venda de suportes publicitários, ainda que esses coincidam, através de inquirição, com o critério já referido de não incluir o valor que sai de Portugal para empresas estrangeiras. Do ponto de vista metodológico, os dados Omnicom tendem a reflectir uma dimensão mais próxima da realidade, dizendo respeito aos preços efectivamente praticados pelas empresas em Portugal. Figura 21: Omnicom - Investimento publicitário digital em Portugal (Milhares

de €), 2002 a 2018 Figura 23: Omnicom - Investimento publicitário digital em Portugal (Milhares de €), 2002 a 2018

160 000

140 000 133 967

116 530 120 000

98 967 100 000 85 430

80 000 70 344

60 000 55 600

35 579 37 363 40 000 32 127 26 638 22 398 16 622 20 000 9235 4 800 4 342 4 212 5686 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

OMNICOM - Investimento publicitário Internet

Fonte: Omnicom. Edição: OberCom. Fonte: Omnicom. Edição: OberCom.

A Omnicom estima que os investimento publicitário digital em Portugal tenha aumentado em quase 28 vezes entreA Omnicom 2002 e 2018, estima dos 4 800 que e os os 133 investimento 967 milhares de publicitário€. Este aumento digital segue as em tendências Portugal observadas tenha nos aumentado em quase 28 vezes entre 2002 e 2018, dos 4 800 e os 133 967 milhares de €. Este aumento segue as tendências observadas nos mercados

internacionais, que reflecte a mudança35 de paradigma e a ascensão do digital enquanto arena privilegiada para o mercado publicitário7

No cálculo para estas estimativas, feitas com base numa regra de proporcionalidade directa, foi utilizado o valor do investimento publicitário em Portugal para 2018 (133 967) como base, sendo estimado o valor absoluto de Google e Facebook com base nas três estimativas percentuais fornecidas por eMarketer, Dinheiro Vivo e Magna Global, e assumindo que o mercado português segue as mesmas tendências que o mercado global.

7 Nota: estes dados, relativos a 2018, só foram disponibilizados na fase final da produção deste documento, pelo que só puderam ser incluídos neste capítulo e não no capítulo anterior que analisa em pormenor a evolução estimada pela Omnicom.

56 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A inclusão do valor e estimativa eMarketer nesta análise foi incluída por oferecer uma proporção mais conservadora, apesar de esta dizer na sua origem respeito ao mercado norte americano que é, como já foi dito, mais competitivo que o português e portanto o duopólio Google / Facebook tem menor peso. Por essa razão, acreditamos que as estimativas do Dinheiro Vivo e da Magna Global serão mais aproximadas à realidade nacional.

Em todo o caso, estas três fontes atribuem dimensões muito diferentes ao mercado publicitário português em termos da sua dimensão. No caso da Magna Global, assumindo que a estimativa da consultora de que Google e Facebook detêm 84,0% do mercado publicitário digital, essas duas empresas deverão representar no seu conjunto mais de 703 327 milhares de €, tendo o mercado digital no seu total uma dimensão superior a 837 milhões de €. Portanto, seria superior ao conjunto do total do mercado português digital e não digital (de acordo com valores Omnicom, semelhantes aos coligidos por INE). No caso da estimativa feita com base no valor avançado pelo Dinheiro Vivo (70% para Google e Facebook), o valor global do mercado rondará os 446 milhões de €, com Google e Facebook a controlar, em 2018, cerca de 312 milhões de € de receitas publicitárias digitais no nosso país.

A estimativa feita com base na proporção da eMarketer que, voltamos a lembrar, diz respeito exclusivamente ao mercado americano, atribui ao mercado digital português um valor total de 310 109 milhares de €, sendo que os 56,8% do Google e Facebook correspondem a 176 142 milhares de €.

Como dito anteriormente, existe justificação metodológica para assumir que as percentagens fornecidas pelo Dinheiro Vivo andarão mais próximas da realidade, uma realidade que não podemos efectivamente medir na medida em que as duas empresas americanas não divulgam os seus dados relativos aos mercados nacionais em que operam.

57 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 22: Estimativas OberCom para a dimensão do mercado publicitário digital português e peso do duopólio Google e Facebook (milhares de €), em Figura2018 24: Estimativas OberCom para a dimensão do mercado publicitário digital português e peso do duopólio Google e Facebook (milhares de €), em 2018

84,0%

70,0% 133 967

56,8%

133 967 703 327 133 967 312 590 176 142

Estimativa conservadora Estimativa provável Estimativa sobreavaliada Est. Shr. Google e Facebook OMNICOM - Investimento publicitário Internet em empresas portuguesas

Fonte: Omnicom (dados base). eMarketer, Dinheiro Vivo e Magna (peso percentual de Google e Facebook no mercado publicitário digital Fonte: Omnicom (dados base).em Portugal) eMarketer,. Edição e Dinheiroestimativas: OberCom.Vivo e Magna (peso percentual de Google e Facebook no mercado publicitário digital em Portugal). Edição e estimativas: OberCom. Em todo o caso, esta situação de mercado coloca uma série de questões válidas do ponto de vista económico, financeiro, fiscal e regulatório. Com efeito, e seja com base em qualquer dos três cenários, a maioria do investimento publicitário digital em Portugal sai das fronteiras para duas empresas internacionais, levantando- se questões tributárias extremamente urgentes. Por outro lado, o duopólio estabelecido (que se tenderá a

37

58 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Em todo o caso, esta situação de mercado coloca uma série de questões válidas do ponto de vista económico, financeiro, fiscal e regulatório. Com efeito, e seja com base em qualquer dos três cenários, a maioria do investimento publicitário digital em Portugal sai das fronteiras para duas empresas internacionais, levantando-se questões tributárias extremamente urgentes. Por outro lado, o duopólio estabelecido (que se tenderá a tornar num oligopólio no curto prazo, de acordo com a eMarketer) deixa uma margem de manobra muito reduzida para os actores nacionais intervirem de forma eficaz, que garanta a sua sobrevivência futura.

Saliente-se que esta análise, focada na estimativa do Google e Facebook no mercado publicitário em Portugal, exclui por consequência o peso de outras plataformas tais como a Amazon ou o Snapchat, que acreditamos serem diminutas faze ao tamanho das duas empresas duopolistas em análise.

O valor de mercado digital será neste relatório assumida como de cerca de 446 Milhões de €, sendos as receitas de media nacionais de 133 Milhões e as do Google e Facebook de cerca de 300 Milhões.

59 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

tornar num oligopólio no curto prazo, de acordo com a eMarketer) deixa uma margem de manobra muito reduzida para os actores nacionais intervirem de forma eficaz, que garanta a sua sobrevivência futura. Saliente-se que esta análise, focada na estimativa do Google e Facebook no mercado publicitário em Portugal, exclui por consequência o peso de outras plataformas tais como a Amazon ou o Snapchat, que acreditamos serem diminutas faze ao tamanho das duas empresas duopolistas em análise. FiguraO valor 23: de IVA mercado (23%) digital será sobre neste relatórioos valores assumida estimados como de cerca de OberCom 446 Milhões de com €, sendos base as receitas de media nacionais de 133 Milhões e as do Google e Facebook de cerca de 300 Milhões. em informação Dinheiro Vivo para a dimensão de Google e Facebook no

mercadoFigura 2publicitário5: IVA (23%) sobre português os valores estimados (Milhares OberCom de €),com 2018base em informação Dinheiro Vivo para a dimensão de Google e Facebook no mercado publicitário português (Milhares de €), 2018

71866

312590

Valor estimado de IVA não cobrado anualmente

71,866 M€

Fonte: Omnicom (dados base). Dinheiro Vivo (peso percentual de Google e Facebook no mercado publicitário digital em Portugal). Edição e estimativas: OberCom. Nota: IVA a 23%. Fonte: Omnicom (dados base). Dinheiro Vivo (peso percentual de Google e Facebook no mercadoProcurando publicitário estimar, em digital termos em fiscais, Portugal). as implicações Edição destes e estimativas: valores de receitas OberCom., caso o Google Nota: e IVA Facebook a 23%. fossem taxados em território nacional, chegamos à conclusão estimada de que Google e Facebook contribuiriam, caso houvesse lugar à tributação nacional em sede de IVA da totalidade deste valor, com cerca Procurando estimar, em termos fiscais, as implicações destes valores de 71 Milhões de € / ano, tendo por base a estimativa do Dinheiro Vivo de que representam cerca de 70% de receitas,das receitas publicitárias caso odigitais Google no nosso epaís. Facebook fossem taxados em território nacional, chegamos à conclusão estimada de que Google e Facebook contribuiriam, caso houvesse lugar à tributação nacional em sede de IVA da totalidade deste valor, com cerca de 71 Milhões de € / ano, tendo por base a estimativa do Dinheiro Vivo38 de que representam cerca de 70% das receitas publicitárias digitais no nosso país.

60 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 24: IRC (21%) sobre os valores estimados OberCom com base em informaçãoFigura 26 Dinheiro: IRC (21%) Vivosobre os para valores a dimensãoestimados OberCom de Google com base eme Facebook informação Dinheiro no mercado publicitárioVivo para portuguêsa dimensão de G oogle(Milhares e Facebook de no €), mercado 2018 publicitário português (Milhares de €), 2018

312 590

Valor estimado de IRC

(Tributação sobre 50% das

receitas líquidas)

32,322 M€

Fonte: Omnicom (dados base). Dinheiro Vivo (peso percentual de Google e Facebook no mercado publicitário digital em Portugal). Edição e estimativas: OberCom. Nota: IRC a 21%. Fonte: Omnicom (dados base). Dinheiro Vivo (peso percentual de Google e Facebook no mercado publicitárioA estes digital 71,866 Milhõesem Portugal). de Euros teríamos Edição de e somar estimativas: ainda um valor OberCom. conservador Nota: de IRCIRC (tributandoa 21%. 50% das receitas líquidas de 156 295 M€), de 32,322 Milhões de € no ano de 2018, relativos ao imposto sobre as receitas estimadas de cerca de 313 Milhões de Euros, num total potencial de 104 Milhões de € a mais A estespara 71,866 os os cofres Milhões do estado de sobre Euros esta fatiateríamos do mercado de publicitário somar ainda português um. valor conservador de IRC (tributando 50% das receitas líquidas de 156 295 M€), de 32,322 Milhões de € no ano de 2018, relativos ao imposto sobre as receitas estimadas de cerca de 313 Milhões de Euros, num total potencial de 104 Milhões de € a mais para os os cofres do estado sobre esta fatia do mercado publicitário português.

39

61 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 25: Estimativa OberCom de encaixe fiscal para o Estado Português caso a Google e Facebook assumissem as mesmas obrigações fiscais que Figura 27: Estimativa OberCom de encaixe fiscal para o Estado Português caso a Google e as empresas portuguesas (Milhares de €), 2018 Facebook assumissem as mesmas obrigações fiscais que as empresas portuguesas (Milhares de €), 2018

Valor estimado de IVA

71,866 M€ Encaixe fiscal estimado

2018

Valor estimado de IRC 104,188 M€

32,322 M€

Fonte: Omnicom (dados base). Dinheiro Vivo (peso percentual de Google e Facebook no mercado publicitário digital em Portugal). Edição e estimativas: OberCom. Nota: IVA a 23% e IRC a 21%.

Fonte: Omnicom (dados base). Dinheiro Vivo (peso percentual de Google e Facebook no É demercado salientar publicitárioque estes valores digital tenderão em Portugal). a assumir proporções Edição e estimativas:cada vez maiores OberCom. nos próximos Nota: anos, IVA com a 23% o e aumentoIRC a 21%. exponencial do peso do mercado digital no bolo total do sector da publicidade no nosso país. A notória disparidade concorrencial a que assistimos hoje em dia tem portanto duas vertentes distintas, igualmente negativas. Por um lado, fomenta uma desigualdade económica que impacta negativamente as empresas,É de salientar por um lado, que e o Estado,estes porvalores outro, comtenderão uma dupla a perdaassumir de impostos proporções (IVA e IRC). cada Simultaneamente,vez maiores torna nos muito próximos difícil uma anos, análise com prática o e aumento concreta sobre exponencial a dimensão de do um peso sector do fundamentalmercado para digital a economia no portuguesa.bolo total Olhando do sector para os dadosda publicidade disponíveis da Omnicom, no nosso estamos país. na A verdade a esquecer que existe uma dimensão invisível do mercado que tem uma proporção muito notória disparidade concorrencial a que assistimos hoje em dia tem portanto significativa em termos de receitas e que pode inclusivamente ter implicações ao nível da regulação e planeamenteduas vertentes político face distintas,ao mesmo mercado: igualmente a verdade negativas.é que estamos Pora presenciar um lado, um mercado fomenta que nã umao só desigualdade se erodiu com a crise económica financeira de que 2008, impacta como na recuperação negativamente da mesma umaas empresas,parte expressiva por das um receitas recuperadas saíram das nossas fronteiras – o valor transitou não só de um sector da imprensa em lado, e o Estado, por outro, com uma dupla perda de impostos (IVA e IRC). decadência para o digital, transitou também para fora do nosso controlo nacional. ComoSimultaneamente, já foi dito, na fase de produção torna muitodeste relatório difícil apenas uma tivemos análise acesso prática a dados ecom concreta origem Omnicom sobre a atédimensão 2017. Já na fase de finalum foram sector disponibilizados fundamental dados relativos para aa economia2018 que nos possibilitaramportuguesa. esta análise complementar. Tendo por base as estimativas Omnicom para o investimento publicitário em Portugal e a estimativa de 70% do Dinheiro Vivo face ao peso de Google e Facebook em termos de receitas, estas duas empresas deverão, representar, face à totalidade do mercado português cerca de um terço do investimento publicitário.

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62 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Olhando para os dados disponíveis da Omnicom, estamos na verdade a esquecer que existe uma dimensão invisível do mercado que tem uma proporção muito significativa em termos de receitas e que pode inclusivamente ter implicações ao nível da regulação e planeamente político face ao mesmo mercado: a verdade é que estamos a presenciar um mercado que não só se erodiu com a crise financeira de 2008, como na recuperação da mesma uma parte expressiva das receitas recuperadas saíram das nossas fronteiras – o valor transitou não só de um sector da imprensa em decadência para o digital, transitou também para fora do nosso controlo nacional.

Como já foi dito, na fase de produção deste relatório apenas tivemos acesso a dados com origem Omnicom até 2017. Já na fase final foram disponibilizados dados relativos a 2018 que nos possibilitaram esta análise complementar. Tendo por base as estimativas Omnicom para o investimento publicitário em Portugal e a estimativa de 70% do Dinheiro Vivo face ao peso de Google e Facebook em termos de receitas, estas duas empresas deverão, representar, face à totalidade do mercado português cerca de um terço do investimento publicitário.

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Figura 26: Estimativa global OberCom de Investimento publicitário em Portugal (com base em valor estimado por Omnicom em Milhares de €), Figura2002 28 : aEstimativa 2018 global (valor OberCom de de 2018 Investim entocom publicitário soma em do Portugal valor (com extrafronteiriçobase em valor estimado por Omnicom em Milhares de €), 2002 a 2018 (valor de 2018 com soma do valor pertencente a Googleextrafronteiriço e Facebook) pertencente a Google e Facebook)

70% 34,8%

= mercado = mercado total

digital nacional publicitário

+ 90 713 face a 2007 / + 11,2%

312590

808 799 774 770 761 692 682 669 543 357 646 052 807

157 619 586 572 792 717 543 628 524 514 509 230 605

465 666 803 872 212 736 961

286

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Total Estimativa Google e Facebook Fonte: Omnicom (dados base). Dinheiro Vivo (peso percentual de Google e Facebook no mercado publicitário digital em Portugal). Edição Fonte: Omnicom (dados base).e estimativas Dinheiro: OberCom. Nota:Vivo IVA (pesoa 23% e IRC percentual a 21%. de Google e Facebook no mercado publicitário digital em Portugal). Edição e estimativas: OberCom. Nota: IVA a 23% e Assumindo que estas estimativas estão correctas, e que o valor que estimámos de 312 590 milhares de € se IRC a 21%.aproxima da realidade, em 2018 o mercado publicitário português terá sido, em termos de investimento, 90 713 milhares de € superior ao valor máximo observado em 2007 com base em estimativas Omnicom. Não nos é possível estimar os dados para os anos anteriores, pelo já referido facto de não termos acesso a Assumindoinformação queconcreta (ouestas estimada) estimativas da dimensão de Google estão ou Facebook correctas, no mercado nacional e peloque que sóo é valor que possível elaborar estes cálculos com base na já referida estimativa de 70% relativa a 2018. Como referido estimámosanteriormente, de estes312 dados 590 são relevantesmilhares não só de pela €sua sedimensão aproxima como também da pelo realidade,facto de revelarem em 2018 o mercadoque 34,8% publicitário do mercado publicitário português português estar terá invisível sido, aos olhos em dos concorrentes, termos dos de agentes investimento, políticos 90 e dos reguladores. Estes dados suportam a tese de que o decréscimo de valor do sector da imprensa no total 713 milhares de € superior ao valor máximo observado em 2007 com base em estimativas Omnicom. 41

64 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Não nos é possível estimar os dados para os anos anteriores, pelo já referido facto de não termos acesso a informação concreta (ou estimada) da dimensão de Google ou Facebook no mercado nacional pelo que só é possível elaborar estes cálculos com base na já referida estimativa de 70% relativa a 2018. Como referido anteriormente, estes dados são relevantes não só pela sua dimensão como também pelo facto de revelarem que 34,8% do mercado publicitário português estar invisível aos olhos dos concorrentes, dos agentes políticos e dos reguladores. Estes dados suportam a tese de que o decréscimo de valor do sector da imprensa no total do mercado publicitário português não terá desaparecido mas migrado para uma parcela do mercado digital que é detida por empresas estrangeiras.

Em conclusão, os dados explorados neste capítulo relativamente aos efeitos do duopólio Google e Facebook no mercado publicitário Português terão tido um efeito concreto não só no crescimento do mercado em virtude do investimento publicitário que saiu do nosso país, como têm sem dúvida um impacto na forma como olhamos para esse mercado e para a informação disponível sobre o mesmo.

Em todo o caso, a existência de uma parcela do mercado que permanece invisível coloca sérios entraves ao reconhecimento das dinâmicas do mesmo e aos recursos que os diferentes intervenientes têm em termos de construção competitiva e respeito pelas configurações concorrenciais.

65 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

5. Mercado e Serviço Público de Media

66 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

5.1 Conceptualizar Serviço Público de Media

A definição de serviço público de media (SPM) varia de país para país, sendo os factores de divergência conceptual da mais diversa ordem – geográficos, económicos, políticos, sociais, etc. No que diz respeito ao financiamento de SPM, a discussão sobre diferentes modelos vai para lá da mera definição sobre quais os meios financeiros necessários para o desempenho das obrigações que estabelecem o que é o “serviço público” em si.

Em termos de mercado, de regulação e competitividade é importante considerar os formatos de financiamento, não só pela forma como estes afectam a qualidade da estrutura e produto final como também o mercado e a posição da esfera privada em termos de competição.

Seja na esfera pública ou privada dos media, os profissionais estão cada vez mais conscientes da necessidade de satisfazer as audiências e as dificuldades de atingir elevados níveis de satisfação, num ecossistema mediático em que a atenção dos consumidores se dispersa por um número cada vez maior de conteúdos e formatos de consumo. As discussões em torno das estruturas de financiamento e das dinâmicas do mercado publicitário são também relevantes neste contexto de dispersão tendencial das audiências, na medida em que são aspectos fundamentais para a sustentabilidade dos projectos de media, públicos ou privados.

67 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Neste último aspecto, quanto mais dependente está uma entidade de lucros publicitários ou patrocinios, maior será a pressão para atingir níveis de audiência elevados, com especial enfoque para as subamostras que interessam ao mercado publicitário. Esta adaptação das grelhas e conteúdos pode ser apelidada como um enviesamento ou, de forma extrema, uma “deformação” das estruturas programáticas, de forma a favorecer formatos comerciais, unânimes e baratos, evitando simultaneamente conteúdos controversos, reduzindo a experimentação e inovação e negligenciando os interesses e necessidades de amostras (muitas vezes minoritárias) menos capitalizáveis em termos comerciais. “Subsistem exemplos que questionam esta lógica, como é o caso da BBC no Reino Unido, que inclui na sua oferta programática conteúdos e formatos que respondem directamente ao interesse dos espectadores sem incluir conteúdos publicitários nos seus canais e no seu serviço de programas.

Com efeito, os factores de diferenciação de SPM na Europa afectaram significativamente os contornos do mercado e a diversidade de modelos de financiamento, em grande parte pela tentativa de responder às necessidades de sustentabilidade dos projectos. Essa diversidade pode ser explicada de várias formas: a) Na maioria dos países, a existência de uma única fonte de financiamento (fosse ela qual fosse), não permitia a obtenção de fundos suficientes para os projectos; b) a existência de uma única fonte de financiamento poderia colocar sérias questões em termos de independência política / comercial; c) A diversidade de fontes de financiamento poderia potenciar uma maior atenção a uma maior diversidade de aspectos prementes na vida pública. d) Modelos de financiamento mistos poderão hipoteticamente ser considerados mais robustos, sustentáveis, permitindo margem de manobra em caso do desaparecimento de uma ou mais fontes.

68 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Diga-se, no entanto, que não existem modelos perfeitos de financiamento de SPM, na medida em que muitas vezes o sucesso (ou sobrevivência) de um modelo é determinada também pela relação histórica entre os cidadãos e as marcas de SPM.

A investigação sobre a performance de modelos de financiamento de SPM é escassa e ineficaz precisamente pelo facto de ser muito difícil identificar parâmetros comuns entre países e, portanto, realizar análise comparativas que permitam compreender quais os melhores modelos.

A definição de “modelos bem sucedidos” costuma ser, portanto, determinada por critérios mínimos de operacionalidade e conceito: prevê-se que um projecto privado de media seja rentável em termos operacionais, enquanto que se espera que um projecto público de media atinja, pelo menos, um valor “break-even”; existe uma maior elasticidade na compreensão dos limites da independência política e comercial nos meios privados, sendo que no caso dos meios públicos tende a consolidar-se uma conceptualização social que favorece estruturas de media tendencialmente independentes.

Veja-se que esta “independência total” é sempre um conceito fluido, na medida em que os próprios modelos de financiamento público, seja na universidade ou no serviço público de media, são determinados pela esfera política e, portanto, destilam de escolas de pensamento e formação ideológicas específicas. O mesmo acontece noutras esferas da nossa sociedade, como por exemplo no sector da saúde, dos transportes ou do apoio social, em que determinadas paisagens políticas se tendem a distanciar ou congregar em torno de visões semelhantes (ou não) sobre como estes sectores devem funcionar.

Em termos de diferenças entre modelos, observa-se que na Europa existem diferentes tipos de estruturas mas que estas se dividem entre dois grupos fundamentais, países com e sem licença televisiva.

69 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Entre os tipos de modelo com base em licenças televisivas, sobressem Noruega, Suécia e Dinamarca, enquanto países em que o SPM é financiado exclusivamente através de licença televisiva. No modelo híbrido de financiamento através de licença e receitas publicitárias destacam-se Reino Unido (e Irlanda), Itália, Polónia, Grécia, República Checa e Roménia. Na Europa central, os SPM de França e Alemanha assumem um formato mais livre, sendo que os respectivos SPM obtêm financiamento não só de licenças televisivas como também através de receitas publicitárias e de financiamento directo do Governo (valor previsto em orçamento de Estado anual).

Portugal surge, neste quadro de análise, ao lado de países como a Holanda, Bélgica, Rússia e Hungria. Note-se que a contribuição ou taxa audiovisual não é considerada financiamento público mas sim uma outra forma de contribuição.

A taxa televisiva é, na sua génese, um imposto regressivo em que todos os cidadãos pagam o mesmo valor, sendo que a cobrança do mesmo está a cargo de organizações não governamentais (regra geral impopulares, como no Reino Unido ou Alemanha). No caso do financiamento através do estado, o imposto é na sua base progressivo, sendo que todos os cidadãos pagam o imposto respectivo através das suas contribuições fiscais que depois são alocadas para o financiamento pelo Estado do sistema de media público.

Em todo o caso, e dependendo do formato da discussão, a contribuição pode também ser considerada uma forma de licença televisiva que se materializa através de imposto progressivo. As nuances conceptuais em discussão provam não só a diversidade de modelos no espaço europeu como, também, a dificuldade em encontrar padrões de definição comuns aos diversos países. Em todo o caso, e procurando isolar o parâmetro de finaciamento através de receitas publicitárias, veja-se que apenas Noruega, Suécia, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Lituânia e Islândia dispõem de modelos que excluem o financiamento de SPM através de receitas publicitárias.

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Neste quadro de análise destacam-se Luxemburgo e Mónaco, que surgem listados como “commercial only” mas que se constituem como situações distintas. Luxemburgo nunca teve uma emissora pública de TV ou rádio nem um sistema de licença. A primeira entidade a operar no país foi a RTL Télé Lëtzebuerg, uma rede comercial operada pela RTL. A maioria dos canais no país é operada por esta rede, que transmite também para Bélgica, França e Holanda, através do Luxemburgo. No caso do Mónaco, e à semelhança do caso do Luxemburgo, também nunca estabeleceu um regime de licença televisiva mas dispõe efectivamente de um canal público (Télé Monte Carlo) que é explorado por terceiros, através de licença de exploração.

71 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

para Bélgica, França e Holanda, através do Luxemburgo. No caso do Mónaco, e à semelhança do caso do Luxemburgo, também nunca estabeleceu um regime de licença televisiva mas dispõe efectivamente de um canal público (Télé Monte Carlo) que é explorado por terceiros, através de licença de exploração.

FiguraFigura 27: 38Diferença: Diferença conceptualconceptual entre entre financiamento financiamento estatal e licença estatal televisiva e licença televisiva

LicençaTaxa televisiva Financiamento governamental

Imposto regressivo em que todos os Parte do orçamento de estado na cidadãos pagam o mesmo valor e forma de um Imposto progressivo esse é cobrado por organizações em que todos os cidadãos pagam

não governamentais directamente ao estado que depois

efectua o financiamento

Implementação varia de país para

país. Em alguns países só pagam os

cidadãos que tenham televisão, noutros se utilizarem Internet a partir de casa

Edição: OberCom. Edição: OberCom.

A problemática da relação monetária entre os consumidores, os SPM e o Estado tem sido debatida de forma A problemática da relação monetária entre os consumidores, os SPM9 e o Estado tem mais intensa no Reino Unido. Em 2004, o Departamento de Cultura, Media e Desporto promoveu um inquéritosido debatida para aferir ade opinião forma dos mais cidadãos intensa quanto aosno modelosReino deUnido. financiamento. Em 2004, 59% doso Departamento inquiridos concordaramde Cultura, que aMedia publicidade e Desporto interfere com8 apromoveu experiência de um visualização, inquérito contra para 31% aferir que discordaram. a opinião dos 71%cidadãos concordam quanto que o financiamentoaos modelos através de financiamento. da subscrição seria 59% injusta dos para inquiridos cidadãos em concordaram situação económica frágil, contra 16% que discordaram. Outro estudo, independente, revelou que mais de dois terços que a publicidade interfere com a experiência de visualização, contra 31% que da população concordava com a abolição das licenças de televisão em virtude da crescente oferta de televisãodiscordaram. por subscrição. 71% Em concordamtodo o caso, as decisõesque o dofinanciamento Departamento de Cultura,através Media da e subscriçãoDesporto tem seria defendidoinjusta a manutençãopara cidadãos da licença em televisiva situação no país económica com o argumento frágil, de que contra é “a melhor 16% opçãoque discordaram.entre as másOutro opções” estudo, independente, revelou que mais de dois terços da população Numa sugestão mais estruturada sobre como encarar os sistemas de financiamento de Media público, Berg e Lundconcordava (2012) sugerem com uma tipologiaa abolição tripartida das de modelo licenças político. de televisão em virtude da crescente oferta de televisão por subscrição.

9 Department for Culture, Media and Sport, Julho de 2004, Review of the Royal Charter – What you said about the BBC. Em todo o caso, as decisões do Departamento de Cultura, Media e Desporto tem 54 defendido a manutenção da licença televisiva no país com o argumento de que é “a melhor opção entre as más opções”.

8 Department for Culture, Media and Sport, Julho de 2004, Review of the Royal Charter – What you said about the BBC.

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Numa sugestão mais estruturada sobre como encarar os sistemas de financiamento de Media público, Berg e Lund (2012) sugerem uma tipologia tripartida de modelo político.

Figura 28: Berg e Lund (2012) Tipologia de política para serviços públicos Figura 39: Berg e Lund (2012) Tipologia de política para serviços públicos de media de media

De Mercado Convencional Competitiva

Orientação Fomento de Regime de outsourcing Proteção de Meios estatais política competitividade

- Organizações - Busca de soluções - Organização pública ou estruturadas de serviço privadas como híbrida autorizada a público de media, que salvaguarda de interesse provisionar serviços satisfazem interesse público. particulares de interesse público.

Implicações público - Promover a diversidade - Competição directa com de soluções e respostas - Pode haver mais do que media privados nacionais através de subsídios uma organização de SPM e internacionais (favorece estatais / soluções pública SPM multinacionais, Ex. regulatórias. BBC)

- Concursos públicos, fundos para diferentes fins ou serviços. - Media detidos pelo - SPM mandatado para Estado, mandatados para -Outsourcing directo de suprir directamente garantir interesse público serviços específicos de necessidades de interesse mas com direito a tomar Método interesse público através / necessidade pública. decisões executivas de de concurso mercado com vista a - Soluções de media competir - Outsourcing de inovação híbridas (intersectoriais). internacionalmente. (desenvolvimento tecnológico, criação de plataformas, etc.)

Fonte:Fonte: Berg e Berg Lund (2012) e Lund Financing (2012) Public Financing Service Broadcasting: Public A Service comparative Broadcasting: Perspective. Journal A of comparative Media Business Studies, Perspective. 9(1), 7- 21. Edição: OberCom. Journal of Media Business Studies, 9(1), 7-21. Edição: OberCom. Os três modelos apresentados reflectem diferentes práticas políticas face aos media públicos, com base nas políticas observadas pelos autores. No entanto, não são sub-divisões estanques, podendo ser combinados em virtude das especificidades de cada mercado.

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Os três modelos apresentados reflectem diferentes práticas políticas face aos media públicos, com base nas políticas observadas pelos autores. No entanto, não são sub-divisões estanques, podendo ser combinados em virtude das especificidades de cada mercado.

Os autores sugerem por exemplo, que os SPM nórdicos no modelo convencional, ainda que no final da primeira década dos milénio tenham surgido diversas soluções híbridas, para serviços específicos e regimes de outsourcing que atribuem cadernos de interesse público a media privados. Ou seja, no caso dos países nórdicos o modelo convencional tende a aproximar do chamado modelo de mercado, pelas características enunciadas. Este exemplo é particularmente interessante no caso Islandês e Finlandês. No primeiro, o governo aboliu completamente o sistema de licença televisiva, sendo o SPM financiado directamente pela esfera fiscal. No segundo, também foram dados passos nesse sentido, mas a abolição das licenças foi travada por razões políticas.

Apenas a Suécia subsiste, entre os países nórdicos como o melhor exemplo de sistema convencional, havendo não um mas três actores de SPM independentes, financiados por um sistema de licença televisiva. Estas organizações são financiadas directamente pelos pelos Lares (uma licença por Lar), não existindo qualquer tipo de publicidade. No entanto, também aqui o sistema de licença pode estar próximo do fim, com vários actores políticos a sugerir um sistema que acompanhe as tendências observadas na Islândia e Finlândia.

O modelo Norueguês é francamente mais complexo: coexistem diversas organizações de serviço público de media, uma delas financiada por licenças televisivas e algumas organizações privadas, com dever de serviço público mas a que é permitida a venda de espaço publicitário.

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Também na Dinamarca o modelo convencional tem progredido no sentido do modelo de mercado, adoptando soluções de financiamento publicitário e estando cada vez menos dependente de fundos obtidos por licença. Em 2002, parte do financiamento obtido com as licenças passou a estar disponível para marcas privadas através de concurso público. Na observação dos diferentes modelos de financiamento de SPM, o caso nórdico é talvez o mais interessante de observar na medida em que é, em si, um cosmos de possibilidades que extravasam os limites dos modelos pré-definidos. Veja- se, também, que é nesta região da Europa que tende a haver uma abertura maior para experimentação de novas formas de governança e de política económica.

Pensar o caso português à luz de outros países com soluções tão diferentes é um exercício muito útil, na medida em que é um país onde a televisão representa uma fatia muito substancial do mercado publicitário e onde a taxa de penetração da televisão por subscrição é muito elevada. À data de Janeiro de 2018, apenas 17,8% dos lares portugueses acediam em exclusivo à Televisão Digital Terrestre9. Dados ANACOM relativos ao primeiro semestre de 2019 indicam que esse valor terá decrescido para os 13%, sendo de considerar ainda que cerca de 30% dos lares portugueses acedem à TDT em complementaridade com um serviço de televisão por subscrição. As taxas reduzidas de utilização no nosso país poderão estar relacionadas com vários factores, entre os quais se destacam a fraca qualidade do sinal e a escassa oferta em termos de serviços programáticos (canais).

9 ANACOM, 16 de Janeiro de 2018: Estudo sobre alargamento adicional da oferta de serviços de programas na televisão digital terrestre (TDT)

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A observação da figura da página anterior permite-nos também encontrar de forma directa outros exemplos de SPM que nos são familiares e que extravasam a definição tríptica sugerida. Um bom exemplo disso é o caso Inglês, onde a BBC, aproveitando a enorme vantagem que é ser o principal meio de comunicação da Anglofonia, dispõe de recursos competitivos não só a nível nacional mas, também, Internacional.

Ao longo dos anos a emissora britânica tem feito inúmeras investidas competitivas com vista à sua valorização nos mercados internacionais, tendo também adoptado iniciativas no sentido de monetizar digitalmente os seus conteúdos através de iniciativas como o BBC iPlayer. Mais recentemente, e pela liberdade de que dispõe, foi anunciada uma eventual parceria com a ITV, principal competidora nacional no Reino Unido, no sentido de construir uma plataforma de Streaming Video on Demand no país.

A plataforma, que aparentemente se chamará BritBox, resulta de uma visão conjunta para travar o crescimento exponencial de Netflix e Amazon Prime Video, prometendo ser a maior plataforma de conteúdos produzidos no Reino Unido.

Veja-se que esta iniciativa é particularmente agressiva por parte da operadora britânica, na medida em que vai contra a decisão de vender direitos para séries BBC na plataforma Netflix. Mesmo na sua vertente tradicional, televisiva, a BBC tem promovidos parcerias com competidores directos na produção de conteúdos de ficção e entretenimento, tais com a ITV.

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Lógica económica e competitiva à parte, serve este exemplo para demonstrar a liberdade negocial de que o SPM britânico goza, liberdade essa que só é possível pelo facto de a BBC ter um património arquivado colossal, bem como disponibilidade financeira para investimento em conteúdos com elevado valor de produção.

O caso português tende a favorecer um posicionamento mais estanque da RTP e RDP no seio da tipologia de mercado convencional. Por um lado, a mesma entidade gere as vertentes televisiva e radiofónica do SPM em Portugal. Em termos de progressão, a dimensão do nosso país não tende a favorecer uma abordagem de tipo competitivo (de acordo com a Figura em análise, duas páginas atrás), mesmo com as possibilidade oferecidas pelo mercado da lusofonia e diáspora. Por outro lado, a ineficácia das estratégias de mercado em Portugal, baixa monetização de conteúdos digitais e a incapacidade de criar plataformas de dinamização de conteúdos em ecossistemas digitais nacionais sugere a necessidade de repensar modelos mas a falta de empresas com capacidade tecnológica no sector da grande distribuição de conteúdos digitais implicaria o estabelecimento de parcerias inovadoras entre o serviço público de media português e empresas não-nacionais.

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5.2 RTP – Indicadores de performance financeira

RTP – Indicadores de performance financeira Figura 29: Indicadores operacionais RTP (Milhões de €), 2009 a 2017

Figura 40: Indicadores operacionais RTP (Milhões de €), 2009 a 2017

350,0 50,0

317,1 45,0 308,6 307,5 300,0 306,6 294,5 289,6 40,0

259,0 250,0 35,0 240,0

234,7 216,0 215,2 213,5

211,5 30,0 210,3 204,7 200,0 204,4 201,1 196,5 25,0 150,0 20,0 19,0 19,0 24,4 15,0 15,0 100,0 13,0 12,4 11,3 10,5 10,0 10,8 50,0 5,0

0,0 0,0

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Rendimentos e ganhos Gastos e perdas EBITDA

Fonte: Relatórios de Contas RTP, 2009 a 2017. Edição: OberCom. Nota: Valores em Milhões de €. Fonte: Relatórios de Contas RTP, 2009 a 2017. Edição: OberCom.

Nota: Valores em Milhões de €. Dados fornecidos pela RTP, no âmbito dos Relatórios anuais de contas respeitantes ao período entre 2009 e 2017 indicam que os rendimentos e ganhos terão diminuido, na globalidade, em 91,5 Milhões de €, dos 307,5 emDados 2009 para fornecidos os 216,0 em 2017. pela RTP, no âmbito dos Relatórios anuais de contas No período considerado, a emissora pública nacional registou sempre resultados positivos, com ganhos acima respeitantes ao período entre 2009 e 2017 indicam que os rendimentos e das perdas, e com um indicador EBITDA a variar entre os 10,5 (registados em 2011) e os 24,4 (registados em 2013).ganhos terão diminuido, na globalidade, em 91,5 Milhões de €, dos 307,5 em O 2009ano de 2011para marca os 216,0 o pico emmáximo 2017. de ganhos para a RTP, com ganhos na ordem dos 317 Milhões de € e gastos a rondar os 306. Em termos de composição dos rendimentos e ganhos, observa-se que os fundos públicos são, com efeito, a principal receita. No ano inicial da análise, a RTP recebeu 237,2 Milhões de € de No período considerado, a emissora pública nacional registou sempre financiamento público, valor que foi decrescendo ao longo dos anos, atingindo os 168 Milhões de 2015 e resultados positivos, com ganhos acima das perdas, e com um indicador fixando-se nos 176,4 Milhões em 2017. Veja-se, no entanto, que a composição desse financiamento é muito relevanteEBITDA para a avariar compreensão entre dasos grandezas10,5 (registados em questão. em Até 2011) 2013, ae RTPos 24,4 beneficiou (registados de indemnizaçõs em compensatórias:2013). de 119,3 M€ em 2009, subindo para 121 M€ no ano seguinte e decrescendo nos anos seguintes até aos 42,3 M€ em 2013, ano final em que a RTP declarou as referidas indemnizações em sede de Relatório de Contas.

7858 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

O ano de 2011 marca o pico máximo de ganhos para a RTP, com ganhos na ordem dos 317 Milhões de € e gastos a rondar os 306. Em termos de composição dos rendimentos e ganhos, observa-se que os fundos públicos são, com efeito, a principal receita. No ano inicial da análise, a RTP recebeu 237,2 Milhões de € de financiamento público, valor que foi decrescendo ao longo dos anos, atingindo os 168 Milhões de 2015 e fixando-se nos 176,4 Milhões em 2017. Veja-se, no entanto, que a composição desse financiamento é muito relevante para a compreensão das grandezas em questão. Até 2013, a RTP beneficiou de indemnizaçõs compensatórias: de 119,3 M€ em 2009, subindo para 121 M€ no ano seguinte e decrescendo nos anos seguintes até aos 42,3 M€ em 2013, ano final em que a RTP declarou as referidas indemnizações em sede de Relatório de Contas.

Figura 30: Composição de rendimentos e ganhos RTP (Milhões de €), 2009 a 2017

Figura 41: Composição de rendimentos e ganhos RTP (Milhões de €), 2009 a 2017

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fundos Públicos 237,2 230,6 240,1 211,0 194,2 164,9 168,3 168,6 176,4

Contribuição audiovisual 117,9 109,6 151,1 137,8 151,9 164,9 168,3 168,6 176,4

Indemnização compensatória 119,3 121,1 89,0 73,2 42,3 - - - -

Receitas comerciais 70,3 75,8 60,3 46,3 39,8 48,6 43,2 46,6 39,7

Publicidade 48,6 49,9 39,6 26,4 18,4 19,8 19,4 20,0 18,4

Distribuição 12,1 14,0 13,7 14,7 13,2 12,7 12,9 12,8 12,3

Prest. de serviços terceiros - 3,0 4,0 2,5 1,9 - - - -

Venda conteúdos - 6,6 0,8 0,6 0,6 - - - -

Outras receitas 9,6 2,4 2,1 2,2 5,7 - - - -

Outros - 2,2 16,7 1,7 0,6 16,1 10,9 13,7 8,9 Total Rendimentos 307,5 308,6 317,1 259,5 234,7 213,5 211,5 215,2 216,0 Operacionais

Fonte: Relatórios de Contas RTP, 2009 a 2017. Edição: OberCom. Nota: a RTP deixou de receber indemnizações compesatórias em 2014. Fonte: Relatórios de Contas RTP, 2009 Valoresa 2017. em Edição:Milhões de OberCom.€. Nota: a RTP deixou de receber indemnizações compesatórias em 2014. Valores em Milhões de €.

Veja-se que estas indemnizações tiveram, no conjunto do financiamento público, um elevado peso. Em 2009 e 2010, constituíam quase 40% dos rendimentos totais, sendo que essa fonte foi perdendo importância em termos relativos face ao total. A Contribuição Audiovisual, que em 2010 valia apenas 36% do total, vale em 2017 mais do dobro, perfazendo 81,7% dos rendimentos totais da operadora pública portuguesa.

Figura 42: Composição de rendimentos e ganhos RTP (%), 2009 a 2017 0,7% 5,3% 0,7% 0,3% 79 7,5% 5,2% 6,4% 4,1% 17,0% 22,9% 17,8% 24,6% 19,0% 20,4% 18,4% 22,8% 21,7% 18,0% 28,2% 28,1% 38,8% 39,2%

81,7% 77,2% 79,6% 78,3% 64,7% 53,1% 47,7% 38,3% 35,5%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Contribuição Audiovisual Indemnizações compensatórias Receitas comerciais Outros

Fonte: Relatórios de Contas RTP, 2009 a 2017. Edição: OberCom. Nota: a RTP deixou de receber indemnizações compesatórias em 2014. Valores em % do total re rendimentos e ganhos.

59 Figura 41: Composição de rendimentos e ganhos RTP (Milhões de €), 2009 a 2017

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fundos Públicos 237,2 230,6 240,1 211,0 194,2 164,9 168,3 168,6 176,4

Contribuição audiovisualComunicação 117,9 Social —109,6 Mercado 151,1 Português: 137,8 Tendências 151,9 e Modelos164,9 168,3 168,6 176,4

Indemnização compensatória 119,3 121,1 89,0 73,2 42,3 - - - -

Receitas comerciais 70,3 75,8 60,3 46,3 39,8 48,6 43,2 46,6 39,7

Publicidade 48,6 49,9 39,6 26,4 18,4 19,8 19,4 20,0 18,4

Distribuição 12,1 14,0 13,7 14,7 13,2 12,7 12,9 12,8 12,3

Prest. de serviços terceiros - 3,0 4,0 2,5 1,9 - - - -

Venda conteúdos - 6,6 0,8 0,6 0,6 - - - -

Outras receitas 9,6 2,4 2,1 2,2 5,7 - - - -

OutrosVeja-se que estas indemnizações- 2,2 tiveram,16,7 no1,7 conjunto0,6 do16,1 financiamento 10,9 13,7 público, 8,9 Total Rendimentos um elevado peso. Em307,5 2009 308,6e 2010, 317,1 constituíam 259,5 quase234,7 40%213,5 dos rendimentos211,5 215,2 totais,216,0 Operacionais sendo que essa fonte foi perdendo importância em termos relativos face ao total. Fonte: Relatórios de Contas RTP, 2009 a 2017. Edição: OberCom. Nota: a RTP deixou de receber indemnizações compesatórias em 2014. Valores em Milhões de €. A Contribuição Audiovisual, que em 2010 valia apenas 36% do total, vale em Veja2017-se que mais estas doindemnizações dobro em tiveram, termos no conjuntorelativos, do financiamento perfazendo público, 81,7% um doselevado rendimentos peso. Em 2009 e 2010,totais constituíam da operadora quase 40% pública dos rendimentos portuguesa. totais, sendo que essa fonte foi perdendo importância em termos relativos face ao total. A Contribuição Audiovisual, que em 2010 valia apenas 36% do total, vale em

2017Figura mais do 31: dobro, Composição perfazendo 81,7% de rendimentos dos rendimentos e totaisganhos da operadora RTP (%), pública 2009 portuguesa. a 2017

Figura 42: Composição de rendimentos e ganhos RTP (%), 2009 a 2017 0,7% 5,3% 0,7% 0,3% 7,5% 5,2% 6,4% 4,1% 17,0% 22,9% 17,8% 24,6% 19,0% 20,4% 18,4% 22,8% 21,7% 18,0% 28,2% 28,1% 38,8% 39,2%

81,7% 77,2% 79,6% 78,3% 64,7% 53,1% 47,7% 38,3% 35,5%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Contribuição Audiovisual Indemnizações compensatórias Receitas comerciais Outros

Fonte:Fonte: Relatórios Relatórios de Contas de RT P,Contas 2009 a RTP,2017. Edição:2009 aOberCom. 2017. Edição: Nota: a RTP OberCom. deixou de receber indemnizações compesatórias em 2014. Nota: a RTP deixou de receberValores indemnizações em % do total recompesatórias rendimentos e ganhos. em 2014. Valores em % do total re rendimentos e ganhos. O peso relativo das receitas comerciais situa-se sempre, nos anos em análise, num intervalo de 7,6 pontos percentuais, entre os 24,6% de peso relativo observados em 2010 e os 17% registados em 2013. Nesses anos, as receitas59 comerciais foram de 75,8 M€ e de 39,8 M€, respectivamente.

80 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

O peso relativo das receitas comerciais situa-se sempre, nos anos em análise, num intervalo de 7,6 pontos percentuais, entre os 24,6% de peso relativo observados em 2010 e os 17% registados em 2013. Nesses anos, as receitas comerciais foram de 75,8 M€ e de 39,8 M€, respectivamente. Figura 32: Composição de gastos e perdas RTP (Milhões de €), 2009 a 2017

Figura 43: Composição de gastos e perdas RTP (Milhões de €), 2009 a 2017

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Grelha 107,6 114,2 105,4 96,6 68,5 84,1 80,0 89,0 81,5

Fornecimento de serviços 54,0 49,7 47,3 39,9 35,6 - - - -

FSE's 18,8 17,6 40,4 20,0 22,8 37,9 38,6 38,7 42,6

Gastos com pessoal 113,0 102,9 108,0 78,7 80,7 75,8 74,3 73,9 77,2

Outros 1,1 5,1 5,4 4,9 2,7 3,3 3,6 2,8 3,4

Total 294,5 289,6 306,6 240,0 210,3 201,1 196,5 204,4 204,7

Fonte:Fonte: Relatórios Relatórios de de Contas Contas RTP, 2009RTP, a 20092017. Edição: a 2017. OberCom. Edição: Nota: OberCom. a partir de 2013 Nota: não asão partir fornecidos de 2013dados relativosnão a são fornecidos dados relativosFornecimento a Fornecimento de serviços. de Valores serviços. em Milhões Valores de €. em Milhões de €.

EmEm termos termos de estrutura de estrutura de gastos ede perdas, gastos as variáveis e perdas, que mais as pesamvariáveis nos resultados que mais finais pesam da operadora nos sãoresultados a manutenção finais da grelha da operadoraprogramática esão os gastos a manutenção com pessoal. Entre da 2009grelha e 2013 programática é de registar também e os o peso dos gastos com fornecimento de serviços e entre 2014 e 2017 o peso da variável FSE (Finantial gastos com pessoal. Entre 2009 e 2013 é de registar também o peso dos gastos Service Exchanges), que nestes anos vale quase um quinto dos gastos. com fornecimento de serviços e entre 2014 e 2017 o peso da variável FSE

(FornecimentoFigura de Serviços44: Composição Externos), de gastos que e perdasnestes RTP anos (%), vale 2009 quase a 2017 um quinto dos gastos. 0,4% 1,8% 1,8% 2,0% 1,3% 1,6% 1,8% 1,4% 1,7%

38,4% 35,5% 35,2% 32,8% 36,2% 38,4% 37,7% 37,8% 37,7%

8,3% 6,4% 6,1% 13,2% 10,8% 18,8% 18,9% 16,6% 19,6% 20,8% 18,3% 17,2% 15,4% 16,9%

39,4% 40,3% 41,8% 40,7% 43,5% 39,8% 36,5% 34,4% 32,6%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Grelha Fornecimento de serviços FSE's Gastos com pessoal Outros

Fonte: Relatórios de Contas RTP, 2009 a 2017. Edição: OberCom. Nota: a partir de 2013 não são fornecidos dados relativos a Fornecimento de serviços. Valores em % do total de gastos e perdas.

60

81 O peso relativo das receitas comerciais situa-se sempre, nos anos em análise, num intervalo de 7,6 pontos percentuais, entre os 24,6% de peso relativo observados em 2010 e os 17% registados em 2013. Nesses anos, as receitas comerciais foram de 75,8 M€ e de 39,8 M€, respectivamente.

Figura 43: Composição de gastos e perdas RTP (Milhões de €), 2009 a 2017

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Grelha 107,6 114,2 105,4 96,6 68,5 84,1 80,0 89,0 81,5

Fornecimento de serviços 54,0 49,7 47,3 39,9 35,6 - - - -

FSE's 18,8 17,6 40,4 20,0 22,8 37,9 38,6 38,7 42,6

Gastos com pessoal 113,0 102,9 108,0 78,7 80,7 75,8 74,3 73,9 77,2

Outros 1,1 5,1 5,4 4,9 2,7 3,3 3,6 2,8 3,4

Total Comunicação294,5 Social 289,6 — Mercado 306,6 Português: 240,0 Tendências210,3 201,1 e Modelos 196,5 204,4 204,7

Fonte: Relatórios de Contas RTP, 2009 a 2017. Edição: OberCom. Nota: a partir de 2013 não são fornecidos dados relativos a Fornecimento de serviços. Valores em Milhões de €.

Em termos de estrutura de gastos e perdas, as variáveis que mais pesam nos resultados finais da operadora são a manutenção da grelha programática e os gastos com pessoal. Entre 2009 e 2013 é de registar também o peso dos gastos com fornecimento de serviços e entre 2014 e 2017 o peso da variável FSE (Finantial Service Exchanges), que nestes anos vale quase um quinto dos gastos.

Figura 33: Composição de gastos e perdas RTP (%), 2009 a 2017 Figura 44: Composição de gastos e perdas RTP (%), 2009 a 2017

0,4% 1,8% 1,8% 2,0% 1,3% 1,6% 1,8% 1,4% 1,7%

38,4% 35,5% 35,2% 32,8% 36,2% 38,4% 37,7% 37,8% 37,7%

8,3% 6,4% 6,1% 13,2% 10,8% 18,8% 18,9% 16,6% 19,6% 20,8% 18,3% 17,2% 15,4% 16,9%

39,4% 40,3% 41,8% 40,7% 43,5% 39,8% 36,5% 34,4% 32,6%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Grelha Fornecimento de serviços FSE's Gastos com pessoal Outros

Fonte:Fonte: Relatórios Relatórios de Contas de ContasRTP, 2009 RTP, a 2017. 2009 Edição: a OberCom.2017. Edição: Nota: a partir OberCom. de 2013 não Nota: são fornecidosa partir dadosde 2013 relativos não a são fornecidos dados relativosFornecimento a Fornecimento de serviços. Valores de serviços.em % do total Valores de gastos em e perdas. % do total de gastos e perdas.

A análise financeira da RTP surge num contexto separado da do Universo 60 privado na medida em que, pela sua especificidade, é fundamental fazer um contexto inicial à forma de funcionamento do mesmo, nomeadamente face às mais-valias do funcionamento público e dinâmicas de mercado.

Analisando a RTP à luz da sugestão tripartida de Berg e Lund, o SPM português é de tipo tradicional, tendo a particularidade de lhe ser permitido, na sua variante televisiva, a venda de espaço publicitário ainda que de forma limitada face aos competidores no sector privado. No caso da RTP2, não existe venda de espaço publicitário de todo e, no da RTP3 e da RTP Memória estes canais não podem emitir conteúdos publicitários (apenas nas suas grelhas disponíveis na televisão paga. No caso da RTP1, principal recurso do SPM em Portugal, a venda de espaço publicitário está limitado a 6 minutos por hora, pelo que a competição com os canais privados de televisão se encontra fortemente condicionada.

82 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

6. Operadoras de Televisão

83 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A exploração das dinâmicas associadas ao mercado da televisão, Internet e telecomunicações é um exercício exigente em termos conceptuais e empíricos pela complexidade da sua operação. Se para o consumidor final as ofertas em pack se tornaram a norma, a elevada procura motivou um exponencial aumento da oferta e da sua qualidade. Dos pacotes Dual Play (2P) que apelam a um público menos conectado, concorrendo directamente com a oferta de Televisão Digital Terrestre, aos pacotes Quadruple e Quintuple play (4P e 5P) que apelam a indivíduos (ou famílias) mais conectadas, os argumentos principais são, precisamente, a alta conectividade e a qualidade das diversas sub-ofertas dentro dos pacotes: oferta de canais de televisão diversificada, internet rápida (a estabilidade é talvez mais relevante, mas esse não é um aspecto que as operadoras tendam a publicitar), planos de dados, chamadas e mensagens praticamente ilimitados no telemóvel e, também, oferta de hardware mais eficiente e esteticamente apelativo.

Os dados debatidos neste capítulo demonstram que existem diversas sub- arenas concorrenciais dentro do mercado das operadoras de televisão e telecomunicações. De forma a compreender melhor a complexidade destas dinâmicas, recorremos a dados ANACOM que contemplam a vertente da televisão e, posteriormente, a das telecomunicações em que a televisão é uma componente fundamental do argumento de oferta.

84 Operadoras de Televisão

A exploração das dinâmicas associadas ao mercado da televisão, Internet e telecomunicações é um exercício exigente em termos conceptuais e empíricos pela complexidade da sua operação. Se para o consumidor final as ofertas em pack se tornaram a norma, a elevada procura motivou um exponencial aumento da oferta e da sua qualidade. Dos pacotes Dual Play (2P) que apelam a um público menos conectado, concorrendo directamente com a oferta de Televisão Digital Terrestre, aos pacotes Quadruple e Quintuple play (4P e 5P) que apelam a Comunicaçãoindivíduos (ou famílias)Social — maisMercado conectadas, Português: os argumentos Tendências princip e Modelosais são, precisamente, a alta conectividade e a qualidade das diversas sub-ofertas dentro dos pacotes: oferta de canais de televisão diversificada, internet rápida (a estabilidade é talvez mais relevante, mas esse não é um aspecto que as operadoras tendam a publicitar), planos de dados, chamadas e mensagens praticamente ilimitados no telemóvel e, também, oferta de hardware mais eficiente e esteticamente apelativo. Os dados debatidos neste capítulo demonstram que existem diversas sub-arenas concorrenciais dentro do mercado das operadoras de televisão e telecomunicações. De forma a compreender melhor a complexidade destas dinâmicas, recorremos a dados ANACOM que contemplam a vertente da televisão e, posteriormente, a das6.1 telecomunicações Televisão em quepor a televisão subscrição é uma componente fundamental do argumento de oferta.

Televisão por subscrição Figura 34: Assinantes de serviço de distribuição de televisão (em Milhares),

2002Figura a 520180: Assinantes de serviço de distribuição de televisão (em Milhares), 2002 a 2018

3 932 3 792 3 673 3 528 3 352 3 123 3 180 2 937 2 733 2 487 2 244 1 976 1 825 1 677 1 716 1 778 1 551

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: ANACOM. Edição: OberCom.

NosFonte: 16 anos ANACOM. que separam Edição: o OberCom. período inicial e final da análise (2002 e 2018), o número de assinantes do serviço de televisão por subscrição mais do que duplicou, dos 1.551 mil assinantes para os quase 4 milhões (3 Nos932). 16 anos que separam o período inicial e final da análise (2002 e 2018), Oso númerosnúmero são, de emassinantes si, um test doemunho serviço ao papel de televisão central da por televisão subscrição no quotidiano mais comunicacional do que português. duplicou, dos 1.551 mil assinantes para os quase 4 milhões (3 932). Os números são, em si, um testemunho ao papel central da televisão no quotidiano 64 comunicacional português.

Note-se que há, pelo menos fora de Portugal, mudanças significativas no mercado da televisão, sendo que nos E.U.A, por exemplo, o número de assinantes de serviços de streaming de vídeo já ultrapassou o número de subscritores de serviços de televisão, e o número de utilizadores a “cortar o cabo” aumenta de ano para ano. Por essa razão, estes dados devem ser lidos em paralelo com os que são explorados no capítulo relativo ao streaming de vídeo. Nesse contexto, chegamos a uma conclusão que é muito útil no debate dos dados apresentados neste capítulo, de que a tecnologia é um aspecto fundamental na institucionalização dos conteúdos televisivos na nossa sociedade.

85 Note-se que Comunicaçãohá, pelo menos Social fora —de Mercado Portugal Português:, mudanças Tendências significativas e Modelos no mercado da televisão, sendo que nos E.U.A, por exemplo, o número de assinantes de serviços de streaming de vídeo já ultrapassou o número de subscritores de serviços de televisão, e o número de utilizadores a “cortar o cabo” aumenta de ano para ano. Por essa razão, estes dados devem ser lidos em paralelo com os que são explorados no capítulo relativo ao streaming de vídeo. Nesse contexto, chegamos a uma conclusão que é muito útil no debate dos dados apresentados neste capítulo, de que a tecnologia é um aspecto fundamental na institucionalização dos conteúdos televisivos na nossa sociedade. O negócio da televisão em Portugal não é alheio à centralidade da tecnologia, muito pelo contrário. Veja-se o poder do argumento do marketing por trás da oferta de Fibra óptica,O negócio associado da a televisão uma ideia deem rapidez, Portugal qualidade não é e, alheio de forma à centralidade mais abstracta, da a tecnologia,um sentimento muito de “up -to- date”.pelo contrário. Veja-se o poder do argumento do marketing por trás da oferta de Fibra óptica, associado a uma ideia de rapidez, qualidade e, de forma mais abstracta, a umFigura sentimento 51: Assinantes de “up-to-date”. de serviço de distribuição de televisão por tipo de tecnologia (em Milhares), 2002 a 2018 Figura 35: Assinantes de serviço de distribuição de televisão por tipo de

tecnologia (em Milhares), 2002 a 2018

499

464

1 627

41 31 289

1 262 1 343

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Cabo Fibra óptica Outros Satélite

Fonte:Fonte: ANACOM. ANACOM. Edição: Edição: OberCom. OberCom. Nota: A categoria Nota: OutrosA categoria inclui outras Outros tecnologias inclui paraoutras além tecnologias das maioritárias, para entre além as quais das estão maioritárias, entre as quais estãoformas formas tecnologicamente tecnologicamente antigas como antigas ADSL e comoRDIS. ADSL e RDIS.

EmEm 2002, 2002, o panorama o panorama da televisão da televisão paga era dominadopaga era pelo dominado Cabo (1 262pelo milhares Cabo (1de 262 assinantes) milhares e, de de forma menosassinantes) relevante (ee, tambémde forma menos menos estética relevante nos telhados (e também país fora) menospelo Satélite estética (289 Milhares).nos telhados O mercado empaís 2018 fora)é bastante pelo mais Satélite dinâmico (289 em termosMilhares). de concorrência O mercado tecnológica, em 2018 com a éFibra bastante a ultrapassar mais o Cabo em termos numéricos mas sem conseguir travar um aumento consistente do Satélite, ao longo dos anos. dinâmico em termos de concorrência tecnológica, com a Fibra a ultrapassar o A reflexão sobre a tecnologia nunca pode esquecer a esfera da procura. Por essa razão, o Satélite é uma Cabo em termos numéricos mas sem conseguir travar um aumento consistente tecnologia extremamente relevante no nosso país. Apesar de qualitativamente limitada em comparação com a do Satélite, ao longo dos anos.

A reflexão sobre a tecnologia nunca pode esquecer a esfera da procura. Por essa 65 razão, o Satélite é uma tecnologia extremamente relevante no nosso país.

86 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Apesar de qualitativamente limitada em comparação com a fibra óptica, permite aos utilizadores aceder a uma oferta diversa, acesso que de outra forma seria impossível. fibra óptica, permite aos utilizadores aceder a uma oferta diversa, acesso que de outra forma seria impossível. Evolução das quotas de assinantes de TV por subscrição e por operadoras Figura(Grupos) 52: Evolução (%), 2008 das aquotas 2018 10de assinantes de TV por subscrição e por operadoras (Grupos) (%), 2008 a 201811

5,3% 4,8% 4,8% 4,5% 10,1% 9,2% 7,2% 6,4% 14,3% 12,5% 11,6% 7,6% 10,5% 12,8% 14,3% 15,1% 0,7% 1,2% 1,4% 3,8% 0,3% 13,9% 23,4% 30,4% 35,5% 39,2% 41,3% 42,1% 40,5% 38,9% 38,3% 39,2%

71,8% 63,8% 57,3% 53,2% 50,2% 47,7% 43,9% 43,7% 43,5% 42,6% 41,2%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Outros

Fonte: ANACOM. Edição: OberCom. 10 Fonte: ANACOM. Edição OberCom. Notas: ao longo do período da análise houve O históricoalterações das substanciaismarcas é verdadeiramente no mercado complexoportuguês pelas de dinâmicasTV por subscrição económicas e telecomunicações.e empresariais subjacentes Ao longo dos anos as marcas e grupos mudaram de designação e propriedade diversas vezes, pelo à sua operação. Em todo o caso, em termos de assinantes de televisão, o universo MEO, detinha em 2002 que adoptamos aqui a designação comum pela qual as marcas são conhecidas actualmente. Sobre alterações significativas de mercado: 1) Existem operadores que actuam em segmentos

11 Fonte:específicos ANACOM. Edição de OberCom.mercado. Notas: A aoposição longo do períodorelativa da análiseque houveos operadores alterações substanciais ocupam no mercado neste português quadro de TV não por subscriçãodeve e telecomunicações. Ao longo dos anos as marcas e grupos mudaram de designação e propriedade diversas vezes, pelo que adoptamos aqui a designação comum pela qual seras marcas interpretada são conhecidas actualmente.como um Sobre indicador alterações significativas da qualidade de mercado: 1)dos Existem serviços operadores prestadosque actuam em seougmentos da específicosperformance de mercado. A posição relativa que os operadores ocupam neste quadro não deve ser interpretada como um indicador da qualidade dos serviços prestados ou da performance desses operadoresdesses nos segmentos operadores em que actuam. nos 2)segmentos Não se consideraram, em para que efeitos actuam. de contabilização 2) Nãode assinantes se consideraram, e quotas, os serviços prestados para aoefeitos abrigo do protocolode celebrado entre o Governo da República, os Governos Regionais, a ANACOM, a NOS Açores e a NOS Madeira e que visa garantir aos cidadãos dos arquipélagos o acesso gratuitocontabilização aos canais generalistas de deassinantes âmbito nacional e bem quotas, como a gradualos serviços migração d aprestados tecnologia analógica ao abrigo para a digital. do Osprotocolo serviços prestados celebrado ao abrigo dos mencionadosentre protocoloso Governo abrangiam da cerca República, de 31 mil alojamentos os Governos no 3T16, dos Regionais, quais 5,8 mil através a ANACOM, de serviço de a televisão NOS porAçores cabo e 25,4 e a mil NOS através Madeira de DTH. 3) Em 27 de agosto de 2013 ocorreu a fusão por incorporação da sociedade OPTIMUS - SGPS, S.A. na sociedade ZON Multimédia - Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS,e S.A. que (que visa alterou garantir a designação aos social cidadãos para ZON OPTIMUS, dos SGPS,arquipélagos S.A.). 4) Em 16 ode acessomaio de 2014, gratuito a sociedade aos Zon TV canais Cabo Portugal, generalistas S.A. foi incorporada, de por fusão, na sociedade Optimus - Comunicações, S.A. (sociedade incorporante). Também nesta data a Optimus - Comunicações, S.A alterou a sua designação para NOS Comunicações,âmbito S.A.. nacional A 24 de junho bem de 2014como a ZON a TVgradual Cabo Madeirense migração alterou a da sua tecnologiadesignação para NOSanalógica Madeira – Comunicações, para a digital. S.A e a ZONOs TVserviços Cabo Açoreana alterou a sua designação para NOS Açores – Comunicações, S.A., constituindo o Grupo NOS. 5) A ZON Multimédia integra desde Novembro de 2008, as empresas adquiridasprestados ao Grupo Parfitel ao abrigo(Bragatel, Pluricanal dos mencionados Leiria e Pluricanal Santarém), protocolos assim como abrangiama TVTel. 6) No dia cerca31 de Julho de de 2009,31 mil ocorreu alojamentos a fusão por incorporação no na ZON TV CABO das sociedades TV Tel, Bragatel, Pluricanal Santarém e Pluricanal Leiria. 7) Em 2 de Junho de 2015, a Altice completou a aquisição de 100 por cento do capital3T16, da PT Portugal,dos quais SGPS que 5,8 detém mil a MEOatravés - Serviços de de serviçoComunicações de e Multimédiatelevisão S.A., portendo caboa Direção e da 25,4 Concorrência, mil através da Comissão de Europeia, DTH. imposto 3) o desinvestimentoEm 27 de da Alticagostoe nos seus de negócios 2013 portugueses, ocorreu a ONIa fusão e a Cabovisão. por incorporação8) Em 29 de dezembro dade 2014 sociedade ocorreu a fusão OPTIMUS por incorporação - SGPS, da socied adeS.A. MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. na sociedade PT Comunicações, S.A., e verificou-se a alteração da denominação social desta para MEO – Serviços de Comunicaçõesna sociedade e Multimédia, ZON S.A. 9) Multimédia Em 15 de setembro - deServiços 2015, a Altice de anunciou Telecomunicações que acordou com o fundo e deMultimédia, investimento APAX SGPS, France a S.A. alienação (que das suas operadoras portuguesas, ONI e Cabovisão. A 12 de outubro de 2015, a Autoridade de Concorrência foi notificada da aquisição do controlo exclusivo das sociedades Cabovisãoalterou-Televisão a designaçãopor Cabo, Winreason social e Oni SGPS para pela Cabolink,ZON OPTIMUS, sociedade controlada SGPS, pela Apax S.A.). Partners Midmarket SA e pela Apax France. No dia 11 de novembro de 2015, a ERC deliberou que não se opunha à operação de concentração. No dia 27 de novembro de 2015, a Autoridade da Concorrência deliberou também a não oposição à mesma operação. No dia 21 de dezembro de 2015, foi noticiado que a Comissão Europeia aprovou a Apax como compradora adequada para a Cabovisão e a Oni. No dia 20 de janeiro de 2016, a Altice anunciou a conclusão da alienação da ONI e da Cabovisão ao fundo de investimento Apax France. 10) A partir do dia 18 de outubro de 2016, a Cabovisão – Televisão por Cabo S.A. passou a ter como denominação87 social «Nowo Communications, S.A.».

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O histórico das marcas é verdadeiramente complexo pelas dinâmicas económicas e empresariais subjacentes à sua operação. Em todo o caso, em termos de assinantes de televisão, o universo MEO, detinha em 2002 sete em cada dez das assinaturas de televisão no nosso país. A evolução cronológica aponta-nos várias tendências: a constituição de um mercado tripartido, com o Universo MEO e NOS a partilhar a liderança, e com a Vodafone em terceiro plano; e também nos permite chegar à conclusão de que esta evolução tende a eliminar completamente outros potenciais players, cuja fatia de sete em cada dez das assinaturas de televisão no nosso país. A evolução cronológica aponta-nos várias assinaturas tende a diminuir cada vez mais. Naturalmente, os argumentos e tendências: a constituição de um mercado tripartido, com o Universo MEO e NOS a partilhar a liderança, e comoferta a Vodafone destas em terceiro empresas plano; eé tambémdiferenciada, nos permit aspectoe chegar à queconclusão exploramos de que esta de evolução seguida. tende a eliminar completamente outros potenciais players, cuja fatia de assinaturas tende a diminuir cada vez mais. Naturalmente, os argumentos e oferta destas empresas é diferenciada, aspecto que exploramos de seguida. 6.2 Pacotes de serviços Pacotes de serviços

Figura 36: Evolução dos prestadores de serviços em pacote, 2011 a 2018 Figura 53: Evolução dos prestadores de serviços em pacote, 2011 a 2018

13 13 12 12 12 12 12 11

9 9 8 8 8 7 6 6 6 6 6 5 5

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

2P (Double Play) 3P (Triple Play) 4P / 5P (Quadruple e Quintuple Play)

Fonte: ANACOM. Edição: OberCom. Nota: Unidade = 1 prestador. Contabilizam-se entidades que, de acordo com a informação estatística disponível,Fonte: registaram ANACOM. subscritores Edição: no períodoOberCom. em análise. Nota: Mudança Unidade de conceito: = 1 prestador. Até 2010 consideraram Contabilizam-se-se pacotes de entidadesserviços todas as ofertas comerciais de um único operador que incluem dois ou mais serviços e dispõem de um tarifário integrado e uma fatura única. Entrque,e 2011 de e acordo 2013 a definição com ade informação pacote passou a estatística ser uma oferta disponível,comercial de um registaram único operador subscritores que inclua dois ou no mais período serviços, comercializadaem análise. como Mudançaoferta única e decom conceito: uma única fatura. Até A2010 partir deconsideraram-se 2014, eliminou-se a referência pacotes a "único de serviços operador". Atodas partir de as 2018 a contabilização dos serviços que integram os pacotes foi alterada. A designada "Internet no telemóvel" que, até então, era classificada ofertas comerciaiscomo banda larga de móvel um único(BLM), passou operador a integrar que os incluem "serviços móveis dois ou- ofertas mais suportadas serviços em e telemóvel". dispõem de um tarifário integrado e uma fatura única. Entre 2011 e 2013 a definição de pacote passou a ser A ofertauma ofertapor pacotes comercial tem-se de mantido um único estável operador nos últimos que inclua 7 anos, dois em ou termos mais serviços,de número comercializada de prestadores de como oferta única e com uma única fatura. A partir de 2014, eliminou-se a referência a “único serviços.operador”. Havia, A em partir 2002, de 2018apenas a contabilização12 prestadores dosde serviços serviços em que 2P integrame 8 em 3P. os EMpacotes 2014, foi esses alterada. números mantinhamA designada-se, somando “Internet-se nomais telemóvel” 5 prestadores que, de até pactores então, 4P/5P.era classificada Nos dois anos como finais banda da análise, larga móvel observa - se que(BLM), a oferta passou estabilizou, a integrar existindo os “serviços em Portugal móveis 12 - prestadoresofertas suportadas de 2P, 6 deem 3P telemóvel”. e também 6 de 4P/5P. A diferenciação da oferta em função do número de serviços contidos em cada tipologia de pacote é útil para compreender a alteração substancial que ocorreu na esfera da procura: sabemos que os portugueses estão cada vez mais conectados em termos móveis, pelo que a comodidade da inclusão da mobilidade na oferta 88 comunicacional das operadoras é uma evolução lógica. Soma-se, a este aspecto da oferta, um universo de negócios mais ou menos centrais em torno do hardware e da disponibilização de opções contratuais que permitem satisfazer a sede do consumidor em termos de artefactos móveis e conectados.

67 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A oferta por pacotes tem-se mantido estável nos últimos 7 anos, em termos de número de prestadores de serviços. Havia, em 2002, apenas 12 prestadores de serviços em 2P e 8 em 3P. EM 2014, esses números mantinham-se, somando-se mais 5 prestadores de pactores 4P/5P. Nos dois anos finais da análise, observa-se que a oferta estabilizou, existindo em Portugal 12 prestadores de 2P, 6 de 3P e também 6 de 4P/5P. A diferenciação da oferta em função do número de serviços contidos em cada tipologia de pacote é útil para compreender a alteração substancial que ocorreu na esfera da procura: sabemos que os portugueses estão cada vez mais conectados em termos móveis, pelo que a comodidade da inclusão da mobilidade na oferta comunicacional das operadoras é uma evolução lógica. Soma-se, a este aspecto da oferta, um universo de negócios mais ou menos centrais em torno do hardware e da disponibilização de opções contratuais que permitem satisfazer a sede do consumidor em termos de artefactos móveis e conectados.

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Figura 37: Evolução de subscritores de serviços em pacote, 2011 a 2018

Figura 54: Evolução de subscritores de serviços em pacote, 2011 a 2018

2 000 000 1 796 807 1 800 000

1 600 000 1 365 541 1 400 000 1 620 488

1 200 000 1 046 137 1 000 000

642 176 800 000 600 000

400 000 464 223

200 000

0

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

2P (Double Play) 3P (Triple Play) 4P / 5P (Quadruple e Quintuple Play)

Fonte: ANACOM. Edição: OberCom. Nota: Unidade = 1 subscritor. Mudança de conceito: Até 2010 consideraram-se pacotes de serviços Fonte:todas as ofertasANACOM. comerciais Edição: de um únicoOberCom. operador Nota: que incluem Unidade dois ou =mais 1 subscritor. serviços e dispõem Mudança de um tarifário de conceito: integrado e Até uma 2010fatura única. Entre 2011 e 2013 a definição de pacote passou a ser uma oferta comercial de um único operador que inclua dois ou mais consideraram-seserviços, comercializada pacotescomo oferta deúnica serviços e com uma todas única fatura. as ofertas A partir de comerciais 2014, eliminou- sede a referênciaum único a "único operador operador". que A incluempartir de 2018 dois a contabilização ou mais dosserviços serviços quee dispõem integram os depacotes um foi tarifário alterada. Aintegrado designada "Internet e uma no telemóvel"fatura única. que, até Entreentão, era classificada como banda larga móvel (BLM), passou a integrar os "serviços móveis - ofertas suportadas em telemóvel". 2011 e 2013 a definição de pacote passou a ser uma oferta comercial de um único operador que inclua dois ou mais serviços, comercializada como oferta única e com uma única fatura. Em termos de número de subscritores por tipologia de pacote (em unidades efectivas, não em milhares), o A partir de 2014, eliminou-se a referência a “único operador”. A partir de 2018 a contabilização mercadodos serviços do 2P que está integram em lento os pacotes mas consistente foi alterada. declínio, A designada numa relação “Internet inversa no telemóvel” com o aumento que, até da conectividadeentão, era classificada dos consumidores como (dos banda 642 larga176 assinantes móvel (BLM), em 2002 passou para osa integrar464 223). os “serviços móveis - Comofertas efeito, suportadas o potencial emde crescimentotelemóvel”. das ofertas 3P e 4P/5P é o factor que mais anima o mercado nacional das telecomunicações em termos de crescimento. Havia, em 2014, 1 365 541 assinantes de pacotes 3P, face aEm 1 046 termos 137 de 4P/5P.de número Logo no deano subscritoresseguinte, um aumento por tipologiasubstancial dede assinantes pacote de(em 4P/5P unidades relega, de formaefectivas, aparentemente não em definitiva, milhares), os pacotes o mercado 3P para segundo do 2P plano.está Vejaem- selento que estemas aumento consistente pode ser justdeclínio,ificado não numa só pela relação melhoria qualitativainversa ecom quantitativa o aumento da oferta como,da conectividade também, por um factordos extremamente relevante para o consumidor, que é o preço. consumidores (dos 642 176 assinantes em 2002 para os 464 223). Ano após ano, o custo da conectividade elementar torna-se mais baixo, à medida que o conceito de conectividade elementar se torna, também, mais abrangente: o tráfego de dados passa a fazer parte da maioria das ofertas e cada vez mais se tende a pagar menos pelo acesso a mais dados, havendo inclusivamente tarifários que criam “zonas francas” para determinadas aplicações, mais exigentes em termos de informação consumida. Esta estratégia, designada por “zero-rating”, é particularmente popular entre os mais jovens, população móvel por excelência e muito exigente nestes termos de análise pela sua preferência de consumo de media sociais e streaming de conteúdos. Do ponto de vista regulatório, este duplo critério de contabilização dos

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Com efeito, o potencial de crescimento das ofertas 3P e 4P/5P é o factor que mais anima o mercado nacional das telecomunicações em termos de crescimento. Havia, em 2014, 1 365 541 assinantes de pacotes 3P, face a 1 046 137 de 4P/5P. Logo no ano seguinte, um aumento substancial de assinantes de 4P/5P relega, de forma aparentemente definitiva, os pacotes 3P para segundo plano. Veja-se que este aumento pode ser justificado não só pela melhoria qualitativa e quantitativa da oferta como, também, por um factor extremamente relevante para o consumidor, que é o preço.

Ano após ano, o custo da conectividade elementar torna-se mais baixo, à medida que o conceito de conectividade elementar se torna, também, mais abrangente: o tráfego de dados passa a fazer parte da maioria das ofertas e cada vez mais se tende a pagar menos pelo acesso a mais dados, havendo inclusivamente tarifários que criam “zonas francas” para determinadas aplicações, mais exigentes em termos de informação consumida.

Esta estratégia, designada por “zero-rating”, é particularmente popular entre os mais jovens, população móvel por excelência e muito exigente nestes termos de análise pela sua preferência de consumo de media sociais e streaming de conteúdos. Do ponto de vista regulatório, este duplo critério de contabilização dos dados móveis levanta questões sérios: a criação de “vias rápidas” para determinadas aplicações tenderá a favorecer os grandes players, com mais audiência, e contribuir para o oligopólio Norte Americano dos ecossistemas digitais, constrangindo os outros players que procuram, no digital, novos caminhos para a capitalização dos seus conteúdos.

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dados móveis levanta questões sérios: a criação de “vias rápidas” para determinadas aplicações tenderá a favorecer os grandes players, com mais audiência, e contribuir para o oligopólio Norte Americano dos ecossistemas digitais, constrangindo os outros players que procuram, no digital, novos caminhos para a capitalização dos seus conteúdos. Figura 38: Quotas de subscritores no mercado dos serviços em pacote por tipo Figura 5de5: Quotas serviço de (%), subscritores 2018 no mercado dos serviços em pacote por tipo de serviço (%), 2018

0,4% 5,4% 5,1% 3,0% 9,7%

20,6% 26,0%

42,1% 31,7% 33,7%

41,9% 45,2% 35,1% Outros

2P (Double Play) 3P (Triple Play) 4P / 5P (Quadruple e Quintuple Play)

Fonte: ANACOM. Edição: OberCom. Nota: Mudança de conceito: Até 2010 consideraram-se pacotes de serviços todas as ofertas comerciais deFonte: um único ANACOM. operador que Edição: incluem OberCom. dois ou mais Nota: serviços Mudança e dispõem de um conceito: tarifário integrado Até 2010 e uma consideraram-se fatura única. Entre pacotes2011 e 2013 a definiçãode serviços de pacote todas passou as a serofertas uma oferta comerciais comercial de um um único único operador operador que inclua que dois incluem ou mais doisserviços, ou comercimais serviçosalizada e como ofertadispõem única dee com um uma tarifário única fatura. integrado A partir e de uma 2014, fatura eliminou única.-se a referênciaEntre 2011 a "único e 2013 operador". a definição A partir de de pacote2018 a passou contabilização dos serviços que integram os pacotes foi alterada. A designada "Internet no telemóvel" que, até então, era classificada a comoser uma banda oferta larga móvel comercial (BLM), p assoude um a integrarúnico osoperador "serviços móveisque inclua - ofertas dois suportadas ou mais em serviços,telemóvel". comercializada como oferta única e com uma única fatura. A partir de 2014, eliminou-se a referência a “único operador”. A partir de 2018 a contabilização dos serviços que integram os pacotes foi alterada. A A análise por marca e por tipologia de pacote introduz mais riqueza na análise, na medida que nos permite designada “Internet no telemóvel” que, até então, era classificada como banda larga móvel (BLM), compreenderpassou melhor a integrar a abordagem os “serviços de mercado móveis - dos ofertas diferentes suportadas players. em Nestetelemóvel”. aspecto, a Vodafone ganha outro relevo: a oferta da empresa é mais competitiva nos mercados do 2P e do 3P do que no do 4P / 5P, mercado esseA análise que assume por a marcaforma de e um por duopólio tipologia em Portugal. de pacote introduz mais riqueza na análise, O grande na argumento medida comercial que nos da permite Vodafone, compreender de assegurar a ligaçãomelhor a a Fibra abordagem óptica a um de custo mercado reduzido dos potenciou diferentes uma maior competitividade players. Neste no mercadaspecto,o do 3P,a Vodafone sendo que ganha 26% pertence outro à relevo: empresa a de oferta origem da britânica. Noempresa mercado émais mais premium competitiva do 4P/5P, nosquase mercados 9 em cada 10do subscritores 2P e do 3P optam do peloque MEO no doou NOS.4P / A 5P, NOWO, atingemercado percentagens esse que na ordemassume dos a 5 forma pontos de percentuais um duopólio nos mercados em Portugal. do 2P e 3P, e de 3% no mercado premium. Em termos de rentabilidade, o mercado premium do 4P/5P é claramente mais rentável que os restantes, tendo em 2018 um valor de 954 350 Milhares de €.

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dados móveis levanta questões sérios: a criação de “vias rápidas” para determinadas aplicações tenderá a favorecer os grandes players, com mais audiência, e contribuir para o oligopólio Norte Americano dos ecossistemas digitais, constrangindo os outros players que procuram, no digital, novos caminhos para a capitalização dos seus conteúdos. Figura 38: Quotas de subscritores no mercado dos serviços em pacote por tipo O grande argumento comercial da Vodafone, de assegurar a ligação a Fibra Figura 5de5: Quotas serviço de (%), subscritores 2018 no mercado dos serviços em pacote por tipo de serviço (%), óptica a um custo reduzido potenciou uma maior competitividade no mercado 2018 do 3P, sendo que 26% pertence à empresa de origem britânica. No mercado

0,4% mais premium do 4P/5P, quase 9 em cada 10 subscritores optam pelo MEO ou 5,4% 5,1% 3,0% 9,7% NOS. A NOWO, atinge percentagens na ordem dos 5 pontos percentuais nos

20,6% mercados do 2P e 3P, e de 3% no mercado premium. 26,0%

42,1% Em termos de rentabilidade, o mercado premium do 4P/5P é claramente mais 31,7% rentável que os restantes, tendo em 2018 um valor de 954 350 Milhares de €. 33,7% Figura 39: Evolução das receitas de serviços em pacote (Milhares de €), 2015 a 2018 Figura 56: Evolução das receitas de serviços em pacote (Milhares de €), 2015 a 2018 41,9% 45,2%

35,1% 1 200 000 Outros 1 004 846 1 005 831 954 350 1 000 000

2P (Double Play) 3P (Triple Play) 4P / 5P (Quadruple e Quintuple 814 286 Play) 800 000

Fonte: ANACOM. Edição: OberCom. Nota: Mudança de conceito: Até 2010 consideraram-se pacotes de serviços todas as ofertas 600 000 544 490 537 264 560 309 comerciais deFonte: um único ANACOM. operador que Edição: incluem OberCom. dois ou mais Nota: serviços Mudança e dispõem de um conceito: tarifário integrado Até 2010 e uma consideraram-se fatura única. Entre pacotes2011 518 873 e 2013 a definiçãode serviços de pacote todas passou as a serofertas uma oferta comerciais comercial de um um único único operador operador que inclua que dois incluem ou mais doisserviços, ou comercimais serviçosalizada e como oferta única e com uma única fatura. A partir de 2014, eliminou-se a referência a "único operador". A partir de 2018 a dispõem de um tarifário integrado e uma fatura única. Entre 2011 e 2013 a definição de pacote passou 400 000 contabilização dos serviços que integram os pacotes foi alterada. A designada "Internet no telemóvel" que, até então, era classificada a comoser uma banda oferta larga móvel comercial (BLM), p assoude um a integrarúnico osoperador "serviços móveisque inclua - ofertas dois suportadas ou mais em serviços,telemóvel". comercializada como oferta única e com uma única fatura. A partir de 2014, eliminou-se a referência a “único 151 192 141 149 200 000 132 183 108 299 operador”. A partir de 2018 a contabilização dos serviços que integram os pacotes foi alterada. A A análise por marca e por tipologia de pacote introduz mais riqueza na análise, na medida que nos permite designada “Internet no telemóvel” que, até então, era classificada como banda larga móvel (BLM), 0 compreenderpassou melhor a integrar a abordagem os “serviços de mercado móveis - dos ofertas diferentes suportadas players. em Nestetelemóvel”. aspecto, a Vodafone ganha 2015 2016 2017 2018 outro relevo: a oferta da empresa é mais competitiva nos mercados do 2P e do 3P do que no do 4P / 5P, 2P (Double Play) 3P (Triple Play) 4P / 5P (Quadruple e Quintuple Play) mercado esseA análise que assume por a marcaforma de e um por duopólio tipologia em Portugal. de pacote introduz mais riqueza na análise,

O grande na argumento medida comercial que nos da permite Vodafone, compreender de assegurar a ligaçãomelhor a a Fibra abordagem óptica a um de custo mercado reduzido dos Fonte:Fonte: ANACOM. ANACOM. Edição: OberCom.Edição: Nota: OberCom. Unidade = MilharesNota: deUnidade €. Mudança = deMilhares conceito: A departir €. de Mudança2018 a contabilização de conceito: dos serviços A que integram os pacotes foi alterada. A designada "Internet no telemóvel" que, até então, era classificada como banda larga móvel potenciou diferentes uma maior competitividade players. Neste no mercadaspecto,o do 3P,a Vodafone sendo que ganha 26% pertence outro à relevo: empresa a de oferta origem da (BLM),partir passou de 2018a integrar a contabilizaçãoos "serviços móveis - dosofertas serviços suportadas que em telemóvel". integram A partir os pacotesde 2018, as foireceitas alterada. de serviços A oferecidosdesignada em “Internetpacote excluemno telemóvel” as receitas deque, consumos até então,ou prestações era adicionaisclassificada não incluídas como na bandaassinatura, larga (por exemplo, móvel aditivos(BLM), para passou britânica. No mercado mais premium do 4P/5P, quase 9 em cada 10 subscritores optam pelo MEO ou NOS. A voz/dados/SMS, tráfego adicional não incluído na mensalidade, pacotes de canais e canais premium), as mensalidades de cartões móveis empresa é mais competitiva nos mercados do 2P e do 3P do que no do 4P / 5P, adicionaisa integrar integrados os “serviços em ofertas em móveis pacote e -as ofertas receitas individualizáveis suportadas associadas em telemóvel”. a distribuição/transmis A partirsão de de 2018, serviços as Over receitas-the-Top NOWO, atinge percentagens na ordem dos 5 pontos percentuais nos mercados do 2P e 3P, e de 3% no (OTT),de serviços incluindo serviçosoferecidos audiovisuais em a pacote pedido, que excluem são contabilizadas as receitas como receitas de consumos diretamente atribuíveis ou prestações aos serviços adicionaisem questão. mercado esse que assume a forma de um duopólio em Portugal. mercado premium. não incluídas na assinatura, (por exemplo, aditivos para voz/dados/SMS, tráfego adicional não Doincluído ponto de na vista mensalidade, das receitas, pacoteso mercado de do canais 2P encontra e canais-se em premium), declínio, tendo as mensalidades perdido um valor de de cartões 40 000 Em termos de rentabilidade, o mercado premium do 4P/5P é claramente mais rentável que os restantes, milharesmóveis entre adicionais 2015 e 2018.integrados em ofertas em pacote e as receitas individualizáveis associadas tendo em 2018 um valor de 954 350 Milhares de €. Nestea distribuição/transmissão aspecto, o mercado do 3P mantémde serviços algum Over-the-Top valor nos quatro (OTT), anos daincluindo análise, sendoserviços de relembrar audiovisuais que os a pedido, que são contabilizadas como receitas diretamente atribuíveis aos serviços em questão. pacotes 3P garantem efectivamente o acesso a um estado de conectividade que se tende a tornar cada vez mais elementar. A capitalização adicional garantida pelo mercado do 4P / 5P é assegurada pela supressão das 69 necessidades de conectividade móvel e estes pacotes tenderão cada vez mais a tornar-se a norma. A divisão das quotas de receitas seguem um perfil semelhante ao observado nas quotas de assinantes. MEO e NOS asseguram 90 cêntimos por cada euro de receita na arena do 4P/5P, sendo que no mercado do 3P a 93 Vodafone e a NOWO garantem quase 30% das receitas. A MEO obtém a sua pior quota no mercado do 3P, detendo ainda assim mais de um terço das receitas. A NOS, por sua vez, atinge pior performance em cativação de receitas no mercado do 2P no nosso país, tendo garantido em 2018 31,4% das receitas.

70 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Do ponto de vista das receitas, o mercado do 2P encontra-se em declínio, tendo perdido um valor de 40 000 milhares entre 2015 e 2018.

Neste aspecto, o mercado do 3P mantém algum valor nos quatro anos da análise, sendo de relembrar que os pacotes 3P garantem efectivamente o acesso a um estado de conectividade que se tende a tornar cada vez mais elementar. A capitalização adicional garantida pelo mercado do 4P / 5P é assegurada pela supressão das necessidades de conectividade móvel e estes pacotes tenderão cada vez mais a tornar-se a norma. A divisão das quotas de receitas seguem um perfil semelhante ao observado nas quotas de assinantes. MEO e NOS asseguram 90 cêntimos por cada euro de receita na arena do 4P/5P, sendo que no mercado do 3P a Vodafone e a NOWO garantem quase 30% das receitas.

A MEO obtém a sua pior quota no mercado do 3P, detendo ainda assim mais de um terço das receitas. A NOS, por sua vez, atinge pior performance em cativação de receitas no mercado do 2P no nosso país, tendo garantido em 2018 31,4% das receitas.

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Figura 40: Quotas de receitas no mercado dos serviços em pacote por tipo de serviço (%), 2013

Figura 57: Quotas de receitas no mercado dos serviços em pacote por tipo de serviço (%), 2013

0,8% 5,3% 1,8% 9,0% 7,5%

22,4% 15,4%

46,0%

31,4% 36,1%

43,4% 44,7% 36,2%

2P (Double Play) 3P (Triple Play) 4P / 5P (Quadruple e Quintuple Play)

Fonte: Fonte:ANACOM. ANACOM. Edição: OberCom. Edição: Nota: OberCom. Mudança de conceito:Nota: MudançaAté 2010 consideraram de conceito:-se pacotes Até de 2010serviços consideraram-se todas as ofertas comerciais de um único operador que incluem dois ou mais serviços e dispõem de um tarifário integrado e uma fatura única. Entre 2011 e 2013 a definiçãopacotes de depacote serviços passou a todasser uma asoferta ofertas comercial comerciais de um único operadorde um queúnico inclua operador dois ou mais que serviços, incluem comerci doisalizada ou comomais oferta serviços única e com e uma dispõem única fatura. de Aum partir tarifário de 2014, eliminouintegrado-se a referênciae uma faturaa "único operador".única. Entre A partir 2011 de 2018 e 2013a a contabilização dos serviços que integram os pacotes foi alterada. A designada "Internet no telemóvel" que, até então, era classificada como bandadefinição larga móvel de pacote(BLM), passou passou a integrar a ser os uma"serviços oferta móveis comercial - ofertas suportadas de um em único telemóvel". operador As receitas que de inclua serviços dois oferecidos ouem pacotemais excluemserviços, as receitas comercializada de consumos oucomo prestações oferta adicionais única nãoe com incluídas uma na assinatura,única fatura. (por exemplo, A partir adit deivos 2014, para voz/dados/SMS,eliminou-se tráfego adicional a referência não incluído a na “único mensalidade, operador”. pacotes de A canais partir e canaisde 2018 premium), a contabilização as mensalidades de dos cartões serviços móveis adicionais integrados em ofertas em pacote e as receitas individualizáveis associadas a distribuição/transmissão de serviços Over-the-Top (OTT), incluindoque integram serviços audiovisuais os pacotes a pedido foi, quealterada. são contabilizadas A designada como receitas “Internet diretamente no telemóvel” atribuíveis aos que, serviços até em então, questão. era classificada como banda larga móvel (BLM), passou a integrar os “serviços móveis - ofertas Em termossuportadas totais, e aglomerando em telemóvel”. todos As os receitas submercados de serviços / pacotes oferecidos em análise, em verifica pacote-se excluem que a MEO as receitasdispõe, de consumos ou prestações adicionais não incluídas na assinatura, (por exemplo, aditivos para em 2018 voz/dados/SMS,de 1 575 896 subscritores, tráfego adicionalseguida da não NOS incluído, com 1 451na mensalidade,688 e da Vodafone, pacotes com de 690 canais 910. A e NOWO, canais por sua vez,premium), detém as163 mensalidades 023 subscritores de cartõesactivos emmóveis 2018. adicionais Em termos integrados de receitas, em observa ofertas-se em que pacote a NOS e asé mais eficazreceitas do que individualizáveis a MEO na capitalização associadas dos seus a distribuição/transmissão subscritores em termos de de receitas.serviços Apesar Over-the-Top de ter menos (OTT), incluindo serviços audiovisuais a pedido, que são contabilizadas como receitas diretamente 124 208 subscritores, consegue obter quase as mesmas receitas que a empresa líder em número de atribuíveis aos serviços em questão. subscritores. A Vodafone atinge, em 2018, 204 016 540 euros de receitas, sendo que a NOWO atinge receitas pouco acima dos 50 Milhões de Euros.

95

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Em termos totais, e aglomerando todos os submercados / pacotes em análise, verifica-se que a MEO dispõe, em 2018 de 1 575 896 subscritores, seguida da NOS, com 1 451 688 e da Vodafone, com 690 910. A NOWO, por sua vez, detém 163 023 subscritores activos em 2018. Em termos de receitas, observa-se que a NOS é mais eficaz do que a MEO na capitalização dos seus subscritores em termos de receitas. Apesar de ter menos 124 208 subscritores, consegue obter quase as mesmas receitas que a empresa líder em número de subscritores. A Vodafone atinge, em 2018, 204 016 540 euros de receitas, sendo que a NOWO atinge receitas pouco acima dos 50 Milhões de Euros.

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FiguraFigura 58: Total 41: dTotale subscritores de subscritores (Unidade =1) (Unidadee receitas (Unidade =1) e =receitas 1€) por operadora (Unidade, 2018 = 1€) por operadora, 2018

1 575 896 662 658 377

1 451 688 661 076 852

690 910 204 016 540

163 023 53 771 801

Subscritores Receitas

Fonte: ANACOM. Edição: OberCom. Nota: Unidades = 1 subscritor e 1€. Nota: Mudança de conceito: Até 2010 consideraram-se pacotes de serviçosFonte: todas ANACOM. as ofertas comerciais Edição: de OberCom.um único operador Nota: que Unidades incluem dois ou= 1mais subscritor serviços e dispõem e 1€. deNota: um tarifário Mudança integrado de e conceito: uma faturaAté única. 2010 Entre consideraram-se 2011 e 2013 a definição pacotes de pacote de passou serviços a ser uma todas oferta comercialas ofertas de um comerciais único operador quede incluuma únicodois ou operador mais serviços, comercializada como oferta única e com uma única fatura. A partir de 2014, eliminou-se a referência a "único operador". A partir deque 2018 incluem a contabilização dois dosou serviços mais queserviços integram eos dispõempacotes foi alterada. de um A designadatarifário "Internet integrado no telemóvel" e uma que, fatura até então, única. Entre era classificada2011 ecomo 2013 banda a largadefinição móvel (BLM), de pacotepassou a integrarpassou os "serviçosa ser umamóveis oferta- ofertas suportadascomercial em telemóvel".de um único As receitas operador de que serviços oferecidos em pacote excluem as receitas de consumos ou prestações adicionais não incluídas na assinatura, (por exemplo, aditivosinclua para voz/dados/SMS, dois ou mais tráfego serviços, adicional não comercializada incluído na mensalidade, como pacotes oferta de canaisúnica e canaise com premium), uma únicaas mensalida fatura.des de A partir de cartões2014, móveis eliminou-se adicionais integrados a referência em ofertas aem “único pacote eoperador”. as receitas individualizávei A partir des associadas 2018 a acontabilização distribuição/transmissão dos de serviços que serviços Over-the-Top (OTT), incluindo serviços audiovisuais a pedido, que são contabilizadas como receitas diretamente atribuíveis aos integram os pacotes foi alterada. A designadaserviços em questão. “Internet no telemóvel” que, até então, era classificada como banda larga móvel (BLM), passou a integrar os “serviços móveis - ofertas suportadas em Em termostelemóvel”. globais, Ase colocando receitas a deanálise serviços na óptica oferecidos do utilizador em único,pacote a NOS excluem é a operadora as receitas que cobra de consumos mais ou aos seusprestações subscritores, adicionais tendo receitas não incluídas de 455 na euros assinatura, anuais e (por de quaseexemplo, 38 mensaisaditivos porpara subscritor. voz/dados/SMS, A MEO tráfego obtém adicionalvalores de não419 eincluído cerca de na 37, mensalidade, respectivamente. pacotes de canais e canais premium), as mensalidades de cartões móveis adicionais integrados em ofertas em pacote e as receitas individualizáveis associadas A terceira operadora mais cara é a NOWO, com valores de quase 330 euros anuis e 27 mensais, sendo a a distribuição/transmissão de serviços Over-the-Top (OTT), incluindo serviços audiovisuais a pedido, Vodafonaque a sãoque contabilizadasmenos obtém receitas como por receitas utilizador, diretamente com 295 euros atribuíveis anuais e aos cerca serviços de 25 mensais. em questão. Veja-se que estes valores dizem respeito apenas a condições contratuais base, excluido qualquer serviço adicional.Em Por termos exemplo, globais, no seu website, e colocando a Vodafone aanuncia análise pacotes na baseóptica de fibra do ópticautilizador a €25,90 único, por mês. a NOS é No entanto,a operadora este valor exclui que ocobra aluguer mais da box aos televisiva, seus bem subscritores, como a disponibilidade tendo de receitas routers e demodems 455 euros mais eficientes. Com efeito, o mercado rentável da contratualização de serviços extra base está oculto desta anuais e de quase 38 mensais por subscritor. A MEO obtém valores de 419 e análise mas será, sem dúvida, muito rentável. cerca de 37, respectivamente.

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97 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A terceira operadora mais cara é a NOWO, com valores de quase 330 euros anuis e 27 mensais, sendo a Vodafona a que menos obtém receitas por utilizador, com 295 euros anuais e cerca de 25 mensais.

Veja-se que estes valores dizem respeito apenas a condições contratuais base, excluido qualquer serviço adicional. Por exemplo, no seu website, a Vodafone anuncia pacotes base de fibra óptica a €25,90 por mês. No entanto, este valor exclui o aluguer da box televisiva, bem como a disponibilidade de routers e modems mais eficientes. Com efeito, o mercado rentável da contratualização de serviços extra base está oculto desta análise mas será, sem dúvida, muito rentável.

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Figura 42: Receitas anuais e mensais das operadoras por subscritor, 2018

Figura 59: Receitas anuais e mensais das operadoras por subscritor, 2018

Receita ANUAL Receita MENSAL Figura 59: Receitas anuais e mensais das operadoras por subscritor, 2018

(Média por subscritor) (Média por subscritor) Receita ANUAL Receita MENSAL

(Média por subscritor) (Média por subscritor)

€455,38 €37,95

€455,38 €37,95

€419,49 €34,96

€419,49 €34,96

€329,84 €27,49

€329,84 €27,49

€295,29 €24,61

€295,29 €24,61

Média €407,45 €33,95

Média €407,45 €33,95

Nota: Mudança de conceito: Até 2010 consideraram-se pacotes de serviços todas as ofertas comerciais de um único operador que incluem dois ou mais serviços e dispõem de um tarifário integrado e uma fatura única. Entre 2011 e 2013 a definição de pacote passou a ser uma oferta comercial de um único operador que inclua dois ou mais serviços, comercializada como oferta única e com uma única fatura. A partir de 2014, eliminou-se a referência a "único operador". A partir de 2018 a contabilização dos serviços que integram os pacotes foi alterada.Nota: A designada Mudança "Internet no telemóvel" deque, até conceito: então, era classificada como Até banda larga2010 móvel (BLM), consideraram-se passou a pacotesNota: Mudança de conceito:de serviçosAté 2010 consideraram -todasse pacotes de serviços as todas ofertas as ofertas comerciais de um único operador que integrar os "serviços móveis - ofertas suportadas em telemóvel". As receitas de serviços oferecidos em pacote excluem as receitas de incluem dois ou mais serviços e dispõem de um tarifário integrado e uma fatura única. Entre 2011 e 2013 a definição de pacote passou a consumos ou prestações adicionais não incluídas na assinatura, (por exemplo, aditivos para voz/dados/SMS, tráfego adicional não ser uma oferta comercial de um único operador que inclua dois ou mais serviços, comercializada como oferta única e com uma única incluído na mensalidade,comerciais pacotes de canais e canaisde premium), um as mensalidades único de cartões operador móveis adicionais integrados que em ofer incluemtas em dois oufatura. mais A partir de 2014, serviços eliminou-se a referência e a "únicodispõem operador". A partir dede 2018 a contabilizaçãoum dos serviços que integram os pacote e as receitas individualizáveis associadas a distribuição/transmissão de serviços Over-the-Top (OTT), incluindo serviços pacotes foi alterada. A designada "Internet no telemóvel" que, até então, era classificada como banda larga móvel (BLM), passou a audiovisuais a pedido, que são contabilizadas como receitas diretamente atribuíveis aos serviços em questão. integrar os "serviços móveis - ofertas suportadas em telemóvel". As receitas de serviços oferecidos em pacote excluem as receitas de tarifário integrado e uma fatura única. Entre 2011 e 2013 consumosa definição ou prestações adicionais de não incluídaspacote na assinatura, passou (por exemplo, aditivos a para ser voz/dados/SMS, tráfego adicional não incluído na mensalidade, pacotes de canais e canais premium), as mensalidades de cartões móveis adicionais integrados em ofertas em pacote e as receitas individualizáveis associadas a distribuição/transmissão de serviços Over-the-Top (OTT), incluindo serviços uma oferta comercial de um único operador que inclua dois ouaudiovisuais mais a pedido, serviços, que são contabilizadas comocomercializada receitas diretamente atribuíveis aos serviços em questão. como oferta única 73e com uma única fatura. A partir de 2014, eliminou-se a referência a “único

operador”. A partir de 2018 a contabilização dos serviços que integram os pacotes73 foi alterada. A designada “Internet no telemóvel” que, até então, era classificada como banda larga móvel (BLM), passou a integrar os “serviços móveis - ofertas suportadas em telemóvel”. As receitas de serviços oferecidos em pacote excluem as receitas de consumos ou prestações adicionais não incluídas na assinatura, (por exemplo, aditivos para voz/dados/SMS, tráfego adicional não incluído na mensalidade, pacotes de canais e canais premium), as mensalidades de cartões móveis adicionais integrados em ofertas em pacote e as receitas individualizáveis associadas a distribuição/transmissão de serviços Over-the-Top (OTT), incluindo serviços audiovisuais a pedido, que são contabilizadas como receitas diretamente atribuíveis aos serviços em questão.

99 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A realidade do sector a que há uns anos chamávamos de sector da televisão é hoje uma constelação fortemente fragmentada não só de formatos tecnológicos mas, também, de práticas de distribuição e de consumo de conteúdos.

O surgimento de novos canais de distribuição colocou o consumidor numa posição privilegiada. No entanto, ao nível da gestão e produção de conteúdos levantam-se novos desafios a todos os níveis. Como sobreviver em estruturas cada vez mais precárias e perenes, onde o curto-prazo é cada vez mais curto? Quais os desafios politicos que se levantam a nível regulatório, num Mercado cada vez mais global, em que as empresas competem directamente com grandes actors internacionais? Como se pode continuar a garantir a integridade dos conteúdos num ambiente cada vez mais agressivo?

100 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

7. Vídeo, Televisão e Streaming Video-on-Demand

101 Vídeo, Televisão e Streaming Video-on-Demand

Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos A realidade do sector a que há uns anos chamávamos de sector da televisão é hoje uma constelação fortemente fragmentada não só de formatos tecnológicos mas, também, de práticas de distribuição e de consumo de conteúdos. O surgimento de novos canais de distribuição colocou o consumidor numa posição privilegiada. No entanto, ao nível da gestão e produção de conteúdos levantam-se novos desafios a todos os níveis. Como sobreviver em estruturas cada vez mais precárias e perenes, onde o curto-prazo é cada vez mais curto? Quais os desafios politicos que se levantam a nível regulatório, num Mercado cada vez mais global, em que as empresas competem directamente com grandes actors internacionais? Como se pode continuar a garantir a integridade dos conteúdos num ambiente cada vez mais agressivo? 7.1 A visualização tradicional A visualização tradicional Figura 43: Meios de Acesso ao sinal de Televisão, 2017 Figura 60: Meios de Acesso ao sinal de Televisão, 2017

0,1% 0,8%

17,8%

14,9%

66,4%

Soluções não gratuitas Misto - TDT com outras formas de acesso não gratuitas

Consumo exclusivo de TDT Outros meios de acesso gratuito (estimativa não fiável)

Sem Televisão (estimativa não fiável)

Fonte: Meios de Acesso ao sinal de Televisão, ANACOM, 2017 Fonte: Meios de Acesso ao sinal de Televisão, ANACOM, 2017

A televisãoA televisão paga transformou paga transformou-se,-se, ao longo dos anos, ao nolongo principal dos eixo anos, comunicacional no principal da maioria eixo dos portugueses.comunicacional A vulgarização da dos maioria pacotes tripledos-play portugueses. criou uma dinâmica A vulgarização interessante no Mercado dos pacotes nacional. Por triple-playum lado, numa crioufase inicial, uma colocou dinâmica a TV no ceninteressantetro da oferta, sendo no aMercado Internet e o nacional.telephone uma Por espécie um de add-on. No entanto, com o passar dos anos a componente digital e online tornou-se cada vez mais lado, numa fase inicial, colocou a TV no centro da oferta, sendo a Internet e central. Em 2017, 66,4% dos portugueses acediam à televisão através de soluções pagas. 17,8% utilizam a o telephone uma espécie de add-on. No entanto, com o passar dos anos a componente digital e online tornou-se cada vez mais central. Em 2017, 66,4% 74 dos portugueses acediam à televisão através de soluções pagas. 17,8% utilizam a televisão digital terrestre (TDT) e cerca de 15% recorrem a uma solução mista, de TDT com outras formas de acesso não gratuitas.

Apesar de a televisão paga se ter tornado no standard do mercado português de comunicações, por intermédio dos pacotes e telecomunicações, subsistem ainda parcelas significativas da população que dependem directamente da televisão gratuita.

102 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Estudos recentes como o o que foi promovido pela ANACOM11, indicam que a TDT é um recurso extremamente relevante na resposta às necessidades de uma parcela mais vulnerável da população portuguesa em termos comunicacionais: portugueses tendencialmente mais velhos e menos escolarizados, com forte incidência no Portugal rural, com perfis de literacia mediática mais baixos para os quais a televisão gratuita é efectivamente uma salvaguarda contra a infoexclusão total.

11 ANACOM, Estudo sobre o Alargamento da Oferta de Programas na Televisão Digital Terrestre, 14 de Dezembro de 2017.

103 televisão digitalComunicação terrestre (TDT) Social e cerca — deMercado 15% recorrem Português: a uma Tendênciassolução mista, e de Modelos TDT com outras formas de acesso não gratuitas. Apesar de a televisão paga se ter tornado no standard do mercado português de comunicações, por intermédio dos pacotes e telecomunicações, subsistem ainda parcelas significativas da população que dependem directamente da televisão gratuita. Estudos recentes como o o que foi promovido pela ANACOM12, indicam que a TDT é um recurso extremamente relevante na resposta às necessidades de uma parcela mais vulnerável da população portuguesa em termos comunicacionais: portugueses tendencialmente mais velhos e menos escolarizados, com forte incidência no Portugal rural, com perfis de literacia mediática mais baixos para os quais a televisão gratuita é efectivamente uma salvaguarda contra a infoexclusão total. Figura 44: Número de Canais televisivos das marcas Portuguesas em operação,Figura 61: Número 1999 dea 2018 Canais12 televisivos das marcas Portuguesas em operação, 1999 a 201813

30 27 26 26 26 26 25

22 22

17 17 17 17 16 16 15 14 14

10 9

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: Marktest. Edição: OberCom Fonte: Marktest. Edição: OberCom

No entanto, seja na televisão paga ou não, a verdade é que as marcas

portuguesas de televisão desempenham um papel indiscutível no 12 ANACOM, Estudo sobre o Alargamento da Oferta de Programas na Televisão Digital Terrestre, 14 de Dezembro de 2017. 13panorama mediático português. E a história dessas marcas é, também, a Nota: Canais activos das marcas portuguesas de televisão – RTP, Impresa, Media Capital e Cofina. Listagem total de canais - Canais RTP: RTP1; RTP2; RTP África; RTP Informação /RTP3 (desde 2004); RTP3 TDT (desde 2016); RTP Memória (desde 2004); RTP Memória TDThistória (desde 2016); da RTP televisão Olímpicos HD (2012no país.a 2013) (O canal RTP Internacional não é listado pela Marktest por não estar disponível em Portugal, apenas no estrangeiro). SIC: SIC; SIC Mulher (desde 2003); SIC Notícias (desde 2001); SIC Radical (desde 2001); SIC Comédia (de 2000 a 2006); SIC K (desde 2010); SIC Caras (desde 2013) (O canal SIC Internacional não é listado pela Marktest por não estar disponível em Portugal, apenas no estrangeiro). TVI: TVI; TVI 24 (desde 2009); TVI Big Brother VIP e TVI Big Brother VIP TOTAL (desde 2001 a 2012); TVI Big Brother VIP 1, 2, 3 e 4 (desde 2010 a 2012); TVI Ficção (desde 2012); +TVI (desde 2012 a 2015); TVI Secret Story,12 TVI SecretNota: Story Canais TOTAL, 1, activos 2, 3 e 4 (desde das 2013marcas a 201 5);portuguesas TVI Reality, TVI Realityde televisão Camera Exclusiva, – RTP, TVI Impresa,Reality Camera Media 1, 2 e 3 (desdeCapital 2015). e Cofina:Cofina. CMTV Listagem (desde 2013. total b) A linha de referente canais a "%- emCanais Video, SatéliteRTP: eRTP1; Outros" correspondeRTP2; RTP ao pesoÁfrica; percentual RTP não medido da visualização em formato Video, Satélite e Outros, que a medição Audipanel não contempla, independentemente do canal. O pesoInformação percentual deste /RTP3 tipo de (desde visualização 2004); é residual RTP3 face aosTDT Parâmetros (desde de 2016); visualização RTP em Memóriaanálise. c) Desta (desde listagem 2004); constam RTPapenas osMemória canais em suporteTDT (desde televisivo 2016); normal, est RTPando Olímpicos excluídos canais HD para (2012 outros a suportes 2013) (Ex. (O RTPcanal Mobile). RTP Internacional não é listado pela Marktest por não estar disponível em Portugal, apenas no estrangeiro). SIC: SIC; SIC Mulher (desde 2003); SIC Notícias (desde75 2001); SIC Radical (desde 2001); SIC Comédia (de 2000 a 2006); SIC K (desde 2010); SIC Caras (desde 2013) (O canal SIC Internacional não é listado pela Marktest por não estar disponível em Portugal, apenas no estrangeiro). TVI: TVI; TVI 24 (desde 2009); TVI Big Brother VIP e TVI Big Brother VIP TOTAL (desde 2001 a 2012); TVI Big Brother VIP 1, 2, 3 e 4 (desde 2010 a 2012); TVI Ficção (desde 2012); +TVI (desde 2012 a 2015); TVI Secret Story, TVI Secret Story TOTAL, 1, 2, 3 e 4 (desde 2013 a 2015); TVI Reality, TVI Reality Camera Exclusiva, TVI Reality Camera 1, 2 e 3 (desde 2015). Cofina: CMTV (desde 2013. b) A linha referente a “% em Video, Satélite e Outros” corresponde ao peso percentual não medido da visualização em formato Video, Satélite e Outros, que a medição Audipanel não contempla, independentemente do canal. O peso percentual deste tipo de visualização é residual face aos Parâmetros de visualização em análise. c) Desta listagem constam apenas os canais em suporte televisivo normal, estando excluídos canais para outros suportes (Ex. RTP Mobile).

104 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Há exactamente 20 anos atrás, em 1999, existiam em Portugal 9 canais ligados àquilo que chamamos marcas clássicas de televisão. Este universo compreende os grupos RTP, Impresa, Media Capital e, mais recentemente, o Grupo Cofina. Em 2015 chegaram a existir 30 canais diferentes sob a alçada das marcas nacionais, sendo que esse número estabilizou nos 26 desde 2016 até então. Naturalmente, nem todos os canais estão disponíveis em todos os formatos e existem canais muito específicos que, para os efeitos desta análise são contabilizados como forma de explorar a diversidade televisiva nacional. Um bom exemplo disso é a criação de um canal HD por parte da RTP para a cobertura dos Jogos Olímpicos de 2012, ou o investimento da Media Capital em recursos televisivos que potenciam a visualização do género entretenimento / reality-show. Assim, hoje em dia, as três marcas clássicas de comunicação televisiva que transitaram da emissão hertziana para o Cabo, e depois para a TDT, são plataformas multicanal sendo compostas por múltiplas submarcas em operação em vários segmentos e nichos de mercado.

A apresentação dos dados de uma forma aparentemente simples é eficaz porque nos permite compreender que, mesmo em termos líquidos, o mercado português de televisão é relativamente activo, dinâmico e competitivo em termos de recursos que estão disponíveis para os consumidores.

A proliferação de ofertas que surge por via destes novos protagonistas de mercado é, por si só, um sinal de um sector em mudança pronunciada. O panorama de escolha potencial que estas três marcas de televisão portuguesa representam sofreu alterações consideráveis entre 1999 e 2018. Comparando o cenário actual com a paisagem que se verificava há 16 ou 17 anos atrás, existem hoje cerca de três vezes mais canais disponibilizados pelas marcas RTP, SIC, TVI e Cofina.

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Na evolução verificada no período em análise surgem duas fases distintas de grande crescimento: uma primeira logo após o ano 2000 e uma segunda em torno do ano 2010. É de salientar que o crescimento observado em torno de 2010 é o maior das duas fases. Note-se ainda, que este crescimento é substancial e ocorreu em pleno contexto de crise económica e financeira.

A primeira fase de crescimento (início da década de 2000) corresponde ao surgimento dos denominados “canais-segmento”, voltados para as necessidades televisivas de públicos específicos.

A segunda fase parece corresponder a um aumento de natureza diferente, pois é quando se regista o aparecimento de “canais-programa”, emissões ligadas a produtos concretos de conteúdo bem definido que podem ser delimitados no tempo. Hoje em dia, portanto, possuímos uma acumulação criativa de diferentes abordagens ao conceito de televisão. Conhecemos a transformação do fenómeno televisivo que o satélite, a fibra, o Cabo, o adsl e a internet produziram, levando a uma explosão de escolhas e uma pulverização de públicos. Com o levantamento de dados e análise que aqui se efectua é agora possível argumentar, também, que a tendência para a fragmentação, diferenciação e diversificação, caracteriza igualmente as três marcas clássicas da TV em Portugal.

A queda registada na transição entre 2015 e 2016 (de um total de 30 canais para 26) diz respeito ao fecho de seis canais programa no universo TVI por parte da Media Capital (canais estes dedicados ao programa Secret Story, cuja emissão terminou em 2016), e à inclusão das versões TDT da RTP Memória e RTP África, informação esta que se encontra explícita na Figura 3.

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Story, cuja emissão terminou em 2016), e à inclusão das versões TDT da RTP Memória e RTP África, informação esta que se encontra explícita na Figura 3. Figura 45: Contraste na progressão do número de canais activos por marcaFigura 6 clássica2: Contraste de na televisão progressão entre do número 1999 de e canais 2018 activos13 por marca clássica de televisão entre 1999 e 201814

10

8 6 7

2

1 1 1 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

RTP SIC TVI Cofina

Fonte: Marktest. Edição: OberCom.Nota: para listagem de canais conferir nota de rodapé 1.

Fonte: Marktest. Edição: OberCom.Nota: para listagem de canais conferir nota de rodapé 1. Distinguindo por marcas podemos aferir a evolução do número de canais em termos comparativos. No início do período temporal em análise, a RTP dominava quanto ao número de propostas televisivas. Dadas as suas Distinguindoresponsabilidades depor serviço marcas público podemos esta oferta reflectiaaferir umaa evolução adaptação às do necessidades número dede públicos canais menos empassíveis termos de constituírem comparativos. mercados alargados.No início Contudo, do período este cenário temporal foi alterado em por análise,via da actuação a RTP da SIC. dominavaA SIC veio impor quanto um grande ao dinamismo número no iníciode dapropostas década de 2000televisivas. abrindo vários Dadas canais e mas várias suas frentes temáticas. No início dessa década o movimento televisivo começa a alastrar-se decisivamente para fora dos responsabilidadescanais convencionais e para de o serviçoterritório da público TV moderna esta e especializada oferta reflectia em conteúdos uma mais adaptação seleccionados e àsdirigidos. necessidades de públicos menos passíveis de constituírem mercados alargados.Por seu lado, aContudo, TVI foi a marcaeste quecenário durante foi mais alterado tempo menos por se via diferenciou. da actuação No entanto, da viria a demonstrar um dinamismo assinalável na fase final da década de 2000. Apesar de ter partido com atraso SIC. A SIC veio impor um grande dinamismo no início da década de 2000 para este processo de expansão de oferta na sua grelha televisiva, a TVI viria a igualar a SIC em 2009 / 2010 abrindoe a ultrapassar vários a RTP canais em 2012, em tornando várias-se frentesassim na marcatemáticas. com maior No oferta início de canais. dessa No décadaentanto, é de osalientar movimento o peso que televisivo tiveram na começa estratégia daa alastrar-se TVI os denominados decisivamente “canais-programa”, para nomeadamente fora dos a canaiscriação dos convencionais diversos canais TVI e Big para Brother o território / TVI Secret da Story TV / TVImoderna Reality Camera e especializada, que enriquecem em não só os números totais da marca. A RTP termina 2018 como a marca nacional com mais canais (10, ver nota de conteúdos mais seleccionados e dirigidos. rodapé alusiva à Figura 3) seguida da TVI, com 8.

14 Nota: A listagem de canais fornecida pela Marktest contempla as versões dos canais RTP 3 e Memória na sua vertente regular e na TDT, havendo portanto uma dupla contagem desses dois canais. No entanto, estas duas contagens obtêm valores de audiência 13mutuamente Nota: exclusivos A porquelistagem são medidasde canais de forma fornecida diferentes sendo pela que, Marktest para todos oscontempla efeitos, e tendo as em versões conta a metodologia dos canaisaplicada, aRTP RTP 3 ee a Memória RTP 3 TDT na são sua canais vertente diferentes. Seregular o leitor pereferir na TDT, uma leiturahavendo mais purista portanto deste detalheuma entãodupla poderá considerar que a RTP tinha, em 2018, 8 canais, a par da TVI. contagem desses dois canais. No entanto, estas duas contagens obtêm valores de audiência mutuamente exclusivos porque são medidas de forma diferentes sendo que, para todos os efeitos, e tendo em conta a metodologia aplicada,77 a RTP 3 e a RTP 3 TDT são canais diferentes. Se o leitor preferir uma leitura mais purista deste detalhe então poderá considerar que a RTP tinha, em 2018, 8 canais, a par da TVI.

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Por seu lado, a TVI foi a marca que durante mais tempo menos se diferenciou. No entanto, viria a demonstrar um dinamismo assinalável na fase final da década de 2000. Apesar de ter partido com atraso para este processo de expansão de oferta na sua grelha televisiva, a TVI viria a igualar a SIC em 2009 / 2010 e a ultrapassar a RTP em 2012, tornando-se assim na marca com maior oferta de canais. No entanto, é de salientar o peso que tiveram na estratégia da TVI os denominados “canais-programa”, nomeadamente a criação dos diversos canais TVI Big Brother / TVI Secret Story / TVI Reality Camera, que enriquecem não só os números totais da marca. A RTP termina 2018 como a marca nacional com mais canais (10, ver nota de rodapé alusiva à Figura 3) seguida da TVI, com 8.

FiguraFigura 46:63: Evol Evoluçãoução total total do número do número de canais dasde marcascanais clássicas das marcas por género clássicas entre 1999 por e 2018 (sinal aberto e cabo) género entre 1999 e 2018 (sinal aberto e cabo)

16

11

5 4

1

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Generalistas Entretenimento Desporto Informação Infanto-juvenil Outros generalistas

Fonte e Edição: OberCom.Nota:Fonte e Edição: OberCom. para Nota:listagem para listagem de canais de canais conferir conferir nota nota de rodapé de rodapé 1. 1.

Os dois saltos quantitativos observados entre 2000 e 2010 estão muito associados à expansão de canais dedicados ao entretenimento. A área de informação também cresceu, mas moderadamente: no início do período não existia oferta especializada em notícias e debate mas no final da década as três marcas contavam já cada uma com propostas próprias, a que se junta em 2013 a Cofina, com o canal CMTV Uma outra observação, que se constitui como um aspecto saliente da realidade televisiva portuguesa, é que é muito raro que os canais sejam descontinuados (encerrados) sendo que, quando muito, as marcas preferem optar pela reestruturação do canal, em termos de funcionamento e orientação de mercado. Esta leitura resulta da Figura 5 relativa à dinâmica de abertura e fecho de canais por ano. O facto de entre 1999 e 2014 108 apenas três canais terem sido verdadeiramente descontinuados corrobora o carácter altamente cumulativo que marcou a evolução dos canais de televisão portugueses até hoje, cenário que no futuro se pode alterar por razões de limitação de recursos que afectem directamente as indústrias de media. É de salientar que os seis fechos de canal registados em 2013 dizem respeito não a encerramentos propriamente ditos mas a uma manobra de reestruturação por parte da TVI dos seus canais Big Brother no Cabo. Entre 2012 e 2013, os canais TVI Big Brother VIP Total, TVI Big Brother VIP e TVI Big Brother 1, 2, 3 e 4 passam a chamar-se TVI Secret Story TOTAL, TVI Secret Story e TVI Secret Story 1, 2, 3 e 4. Esta mudança de nomenclatura (que nos levou a considerar este processo como uma abertura / fecho de canais) reflecte o esforço da estação de Queluz na renovação da sua estratégia no género do entretenimento que constitui uma parcela fundamental das suas audiências, estratégia esta que, em 2016, parece continuar a fazer parte da vertente estratégica da empresa.

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Os dois saltos quantitativos observados entre 2000 e 2010 estão muito associados à expansão de canais dedicados ao entretenimento. A área de informação também cresceu, mas moderadamente: no início do período não existia oferta especializada em notícias e debate mas no final da década as três marcas contavam já cada uma com propostas próprias, a que se junta em 2013 a Cofina, com o canal CMTV.

Uma outra observação, que se constitui como um aspecto saliente da realidade televisiva portuguesa, é que é muito raro que os canais sejam descontinuados (encerrados) sendo que, quando muito, as marcas preferem optar pela reestruturação do canal, em termos de funcionamento e orientação de mercado. Esta leitura resulta da Figura 5 relativa à dinâmica de abertura e fecho de canais por ano. O facto de entre 1999 e 2014 apenas três canais terem sido verdadeiramente descontinuados corrobora o carácter altamente cumulativo que marcou a evolução dos canais de televisão portugueses até hoje, cenário que no futuro se pode alterar por razões de limitação de recursos que afectem directamente as indústrias de media.

É de salientar que os seis fechos de canal registados em 2013 dizem respeito não a encerramentos propriamente ditos mas a uma manobra de reestruturação por parte da TVI dos seus canais Big Brother no Cabo.

Entre 2012 e 2013, os canais TVI Big Brother VIP Total, TVI Big Brother VIP e TVI Big Brother 1, 2, 3 e 4 passam a chamar-se TVI Secret Story TOTAL, TVI Secret Story e TVI Secret Story 1, 2, 3 e 4. Esta mudança de nomenclatura (que nos levou a considerar este processo como uma abertura / fecho de canais) reflecte o esforço da estação de Queluz na renovação da sua estratégia no género do entretenimento que constitui uma parcela fundamental das suas audiências, estratégia esta que, em 2016, parece continuar a fazer parte da vertente estratégica da empresa.

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A consistência da acção do grupo Media Capital face à sua estratégia televisiva de abertura e fecho de canais em torno do género Entretenimento, em específico, sugere que essa opção será porventura bem-sucedida em termos Ade consistência captação da acção de audiência. do grupo Media Capital face à sua estratégia televisiva de abertura e fecho de canais em torno do género Entretenimento, em específico, sugere que essa opção será porventura bem-sucedida em termos de captação de audiência. Figura 47: Número total de aberturas e fechos de canais entre as marcas Figuraclássicas 64: Número entre total 1999 de eaberturas 2018 e fechos de canais entre as marcas clássicas entre 1999 e 2018

8

5 5 4 3 2 2 1 1 1

-1 -1 -1 -1

-6 -6

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Aberturas Fechos

Fonte: Marktest. Edição: OberCom.Nota: para listagem de canais conferir nota de rodapé 1. Fonte: Marktest. Edição: OberCom.Nota: para listagem de canais conferir nota de rodapé 1.

A análise permite-nos ainda clarificar a tendência de abertura líquida de canais no início dos anos 2000 e a faseA análise de maior turbulênciapermite-nos iniciada ainda em 2010. clarificar Observam- sea doistendência momentos -chavede abertura em termos delíquida abertura de e fechocanais de canaisno início (áreas dos a azul anose amarelo), 2000 uma e primeira,a fase entrede maior 2000 e turbulência 2010, referente iniciada a um aumento em tendencial do número de canais e uma segunda fase, a partir de 2010 / 2011, onde a maior incidência de 2010. Observam-se dois momentos-chave em termos de abertura e fecho de aberturas e fechos de canais se compensam. Se na primeira fase podemos aferir uma dinâmica consistente nacanais abertura (áreas de novos a azul canais e poramarelo), parte das uma marcas primeira, portuguesas, entre a segunda 2000 revela e 2010, uma tendênciareferente de experimentaçãoa um aumento e teste tendencial ao mercado, do em número busca de umade canais nova fase e deuma maior segunda estabilidade fase, em termosa partir da estruturade 2010 programática. / 2011, onde a maior incidência de aberturas e fechos de canais se Em termos de audiências compensam. Se na primeira fase podemos aferir uma dinâmica consistente A proliferação da televisão por Cabo constituiu-se como uma área de expansão para as marcas televisivas portuguesas,na abertura que investiramde novos fortemente canais em por novas parte estratégias das de marcas exploração portuguesas, da sua presença televisivaa segunda como formarevela de cativaruma novostendência públicos ede assegurar experimentação a fidelidade dos públicos e teste regulares. ao mercado, em busca de Inumaiciamos, nova nesta fase secção de uma maior leitura estabilidade aprofundada sobre em as termos dinâmicas da das estrutura audiências televisivas,programática. de 1999 a 2016, e do que estas terão representado para cada marca. É visível que o passar dos anos motivou profundas mudanças em termos de performance (medido em termos de alcance de público) das diferentes marcas e do peso dos restantes canais do Cabo. 110

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A proliferação da televisão por Cabo constituiu-se como uma área de expansão para as marcas televisivas portuguesas, que investiram fortemente em novas estratégias de exploração da sua presença televisiva como forma de cativar novos públicos e assegurar a fidelidade dos públicos regulares.

Iniciamos, nesta secção uma leitura aprofundada sobre as dinâmicas das audiências televisivas, de 1999 a 2016, e do que estas terão representado para cada marca. É visível que o passar dos anos motivou profundas mudanças em termos de performance (medido em termos de alcance de público) das diferentes marcas e do peso dos restantes canais do Cabo.

A imagem que toma forma a partir da análise dos dados da audiência entre 1999 e 2018 é a de um mercado dinâmico com vários momentos- chave a destacar. Em 1999, no horário mais nobre da emissão televisiva em termos de audiências (o “Prime-time”), os canais RTP totalizavam 32,9% das audiências, contra 49,1% dos canais SIC e apenas 13,9% da marca TVI. Comparando estes valores com os do Share global, as diferenças esbatiam- se, mantendo-se a posição dominante da marca SIC, que totalizava 45,5% das audiências, contra 32,7% dos canais RTP e 16,4% da TVI. Ao chegar ao ano 2000 a SIC exibia uma posição forte, eventualmente dominante, sobretudo no segmento mais lucrativo do mercado.

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A imagem que toma forma a partir da análise dos dados da audiência entre 1999 e 2018 é a de um mercado dinâmico com vários momentos-chave a destacar. Em 1999, no horário mais nobre da emissão televisiva em termos de audiências (o “Prime-time”), os canais RTP totalizavam 32,9% das audiências, contra 49,1% dos canais SIC e apenas 13,9% da marca TVI. Comparando estes valores com os do Share global, as diferenças esbatiam-se, mantendo-se a posição dominante da marca SIC, que totalizava 45,5% das audiências, contra 32,7% dos canais RTP e 16,4% da TVI. Ao chegar ao ano 2000 a SIC exibia uma posição forte, eventualmente dominante, sobretudo no segmento mais lucrativo do mercado. Figura 48: Evolução do Share Global das marcas portuguesas, 1999 a 2018 Figura 65: Evolução do Share Global das marcas portuguesas, 1999 a 2018

1,3 1,3 1,2 3,4 2,6 2,2 2,0 1,5 1,9 2,2 2,0 2,5 4,5 4,3 6,0 6,8 7,5 2,0 4,1 6,2 7,4 7,9 8,6 8,7 8,9 11,3 9,4 11,7 9,6 9,1 10,9 11,3 16,4 13,9 16,3 20,8 17,6 25,1 18,4 22,1 25,3 28,7 31,9 31,6 28,7 28,9 30,0 30,0 29,0 0,4 30,5 29,2 28,3 0,7 27,0 0,8 2,0 28,3 2,4 28,9 3,6 45,5 25,7 25,5 42,4 24,9 23,9 33,3 32,4 29,2 27,8 35,8 33,6 30,6 27,7 26,6 26,8 22,9 26,8 25,7 23,9 25,5 20,2 22,2 21,3 20,6

32,7 30,1 29,1 29,5 29,5 30,9 31,7 30,5 31,3 31,1 25,8 26,6 27,8 16,5 23,7 20,8 22,4 18,1 17,1 16,9

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Canais RTP Canais SIC Canais TVI Canais Cofina Resto TV % em Video, Satélite e Outros Fonte e Edição: OberCom.Nota: para listagem de canais conferir nota de rodapé 1. Fonte e Edição: OberCom.Nota: para listagem de canais conferir nota de rodapé 1.

O ano de 2001 marcou o início do crescimento da marca TVI no Prime-time em Portugal, na sequência da Oaquisição ano de da 2001licença marcou para exploração o início do programado crescimento Big Brother daem marcaPortugal, TVIposição no sustentadaPrime-time depois em com Portugal,uma nova vaga na de sequência telenovelas de da fabrico aquisição nacional: daas audiênciaslicença dapara TVI emexploração Prime-time subiramdo programa nada menos que 26,2 percentuais entre 1999 e 2001 (valores de 13,9% em 1999, 22,6% em 2000 e um nível de 40,1% Big Brother em Portugal, posição sustentada depois com uma nova vaga de em 2001). Nos anos seguintes, esta dominação viria a esbater-se, sobretudo através da performance dos telenovelascanais SIC, apesar de da fabrico estação de nacional: Queluz manter as oaudiências estatuto de marca da TVImais emvista Prime-timeem Prime-time. subiram nadaA entrada menos do produto que 26,2Big Brotherpercentuais no mercado entre televisivo 1999 portuguêse 2001 em(valores 2001 estabeleceude 13,9% padrõesem 1999,completamente 22,6% novosem 2000na arena e doum Prime nível-time de no 40,1% nosso paísem mas 2001). terá tido,Nos por anos arrastamento, seguintes, influências esta ao dominaçãonível do Share global. viria Foia esbater-se,entre 2000 e 2001 sobretudo que a marca atravésTVI deu o seuda saltoperformance mais significativo dos em canais termos de Share global, de 20,8% para os 31,9%, respectivamente. A arena do Share global foi dominada, entre 1999 e SIC, apesar da estação de Queluz manter o estatuto de marca mais vista em 2005 (valores de share global de 45,5% e 30,6%, respectivamente), pela marca SIC, que perderia a primeira Prime-time.

80

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A entrada do produto Big Brother no mercado televisivo português em 2001 estabeleceu padrões completamente novos na arena do Prime-time no nosso país mas terá tido, por arrastamento, influências ao nível do Share global. Foi entre 2000 e 2001 que a marca TVI deu o seu salto mais significativo em termos de Share global, de 20,8% para os 31,9%, respectivamente. A arena do Share global foi dominada, entre 1999 e 2005 (valores de share global de 45,5% e 30,6%, respectivamente), pela marca SIC, que perderia a primeira posição para os canais RTP, nos anos seguintes. Só em 2012 a marca TVI atingiu o primeiro lugar relativamente ao Share global, com valores de Share de 28,3%, tendo a marca SIC regressado à segunda posição com 25,7% e, por último, com 23,7% posicionava-se a RTP.

Embora com posições relativas estabelecidas entre si, o que os valores que as três marcas apresentam parecem indicar é uma tendência para uma repartição entre si de shares de mercado nunca superiores aos 30% da audiência total e que oscilam num intervalo percentual relativamente curto entre o primeiro e o último classificado.

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posição para os canais RTP, nos anos seguintes. Só em 2012 a marca TVI atingiu o primeiro lugar relativamente ao Share global, com valores de Share de 28,3%, tendo a marca SIC regressado à segunda posição com 25,7% e, por último, com 23,7% posicionava-se a RTP. Embora com posições relativas estabelecidas entre si, o que os valores que as três marcas apresentam parecem indicar é uma tendência para uma repartição entre si de shares de mercado nunca superiores aos 30% da audiência total e que oscilam num intervalo percentual relativamente curto entre o primeiro e o último classificado. Figura 49: Evolução do Share em “Prime-time” das marcas Portuguesas, 1999 a 2018 Figura 66: Evolução do Share em “Prime-time” das marcas Portuguesas, 1999 a 2018

1,7 1,6 1,2 1,2 1,1 0,9 1,3 2,7 2,3 1,9 2,0 2,2 3,7 5,0 2,5 2,8 4,6 5,7 5,9 6,1 7,3 7,5 6,3 6,9 7,2 8,5 8,1 10,7 10,1 1,4 9,0 10,0 13,9 12,5 14,5 15,2 22,6 15,3 21,4 17,3 20,9 23,8 0,3 0,6 40,1 33,4 33,6 38,0 34,1 34,7 33,0 35,8 34,6 33,1 0,7 1,5 1,8 30,7 3,0 31,5 30,7 27,9 49,1 28,9 28,0 27,2

43,2 26,0

31,8 31,2 30,3 29,1 27,1 30,9 26,6 26,3 26,8 32,9 28,1 27,7 27,6 23,6 29,9

26,2 25,1 24,7

32,9

29,4 28,1 28,1 30,1 28,1 24,9 27,9 27,6 27,6 27,9 25,0 15,9 22,5 21,3 21,3 17,8 16,2 17,0 16,2

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Canais RTP Canais SIC Canais TVI Canais Cofina Resto TV % em Video, Satélite e Outros Fonte e Edição: OberCom.Nota: para listagem de canais conferir nota de rodapé 1. Fonte e Edição: OberCom.Nota: para listagem de canais conferir nota de rodapé 1.

Em 2018, verifica-se que a categoria “Resto TV” ocupa uma posição privilegiada Em 2018, verifica-se que a categoria “Resto TV” ocupa uma posição privilegiada em termos de Share Global em(25,1 termos%), face deàs marcas Share clássicas, Global (25,1%),sendo que face os Canais às marcas TVI e SIC clássicas, mantêm a liderançasendo que na arena os Canais do Prime - TVItime, ecom SIC valores mantêm de audiência a liderança de 23,6 %na e arena26%, respectivamente, do Prime-time, sendo com relevante valores sublinhar de audiência esta migração de audiências23,6% e entre26%, recursos respectivamente, televisivos nas sendo diferentes relevante horas do dia,sublinhar como forma esta de migração materialização de da audiênciasexperiência televisiva. entre recursos televisivos nas diferentes horas do dia, como forma de materializaçãoA esta evolução das datrês experiência marcas não é alheiotelevisiva. ao crescimento sólido e progressivo dos restantes canais de TV (canais do Cabo não detidos pelas marcas RTP, SIC e TVI). Veja-se que a categoria “Resto TV” apresenta sempre valores positivos, de crescimento regular no período da análise, quer no Prime-time quer em termos

81

114 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A esta evolução das três marcas não é alheio ao crescimento sólido e progressivo dos restantes canais de TV (canais do Cabo não detidos pelas marcas RTP, SIC e TVI). Veja-se que a categoria “Resto TV” apresenta sempre valores positivos, de crescimento regular no período da análise, quer no Prime-time quer em termos de Share global: dos 1,4% em 1999 para os 21,4% em 2018, em Prime-time, e dos 2,0% em 1999 para os 25,1% em 2018 (Share global).

Contemplando as audiências de conteúdos em ecrã de televisor que não os da televisão emitida convencionalmente, é de salientar o crescimento da percentagem atribuída ao “vídeo, satélite, outros”, uma alternativa que aumentou a sua penetração no mercado audiovisual ao longo do tempo.

115 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

de Share global: dos 1,4% em 1999 para os 21,4% em 2018, em Prime-time, e dos 2,0% em 1999 para os 25,1% em 2018 (Share global). Contemplando as audiências de conteúdos em ecrã de televisor que não os da televisão emitida convencionalmente, é de salientar o crescimento da percentagem atribuída ao “vídeo, satélite, outros”, uma 7.2alternativa Audiências que aumentou a sua online penetração no mercado audiovisual ao longo do tempo.

Audiências online Figura 50: Utilizadores únicos em páginas RTP / RDP, Impresa, Media

CapitalFigura e 6 Cofina7: Utilizadores em únicosmilhares em páginas (000), RTP 2002 / RDP, aImpresa, 2018 Media Capital e Cofina em milhares (000), 2002 a 2018

5 000

4 500

3 790 4 000 3 731 3 500 3 572

3 000

2 500 2 702 2 000

1 500 901

1 000 806

767 500 326 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Uts. Únicos RTP / RDP Uts. Únicos Impresa Uts. Únicos Media Capital Uts. Únicos Cofina Fonte: Marktest. Edição: OberCom Fonte: Marktest. Edição: OberCom Nesta secção damos conta da evolução das audiências de páginas na Internet dos grupos de media que Nestadetêm estassecção marcas damos (páginas RTPconta / RTP, dapáginas evolução Grupo Impresa, das páginasaudiências Grupo Media de Capitalpáginas e páginas na Cofina). InternetA Internet afirmados -gruposse, cada vez de mais, media como umaque plataforma detêm querestas para marcas novos conteúdos, (páginas quer para RTP conteúdos / RTP, páginasque existem Grupo em media Impresa, tradicionais páginas e que transitam Grupo para Mediaessa plataforma. Capital Iremos e páginas analisar a progressãoCofina). dos utilizadores únicos e das páginas visitadas, pertencentes aos grupos de media associados às principais marcas de televisão portuguesa entre 2002 e 2016. A Internet afirma-se, cada vez mais, como uma plataforma quer para Iniciando a análise com os dados relativos aos utilizadores únicos e visitas a páginas RTP / RDP, Impresa e novosMedia Capital, conteúdos, verificamos, quer na Figura para 8, conteúdos que o número deque utilizadores existem únicos em aumentou media exponencialmente tradicionais eentre que 2002 transitam e 2018, nos quatropara grupos essa em plataforma. discussão. Iremos analisar a progressão dos utilizadores únicos e das páginas visitadas, pertencentes aos grupos de media associados às principais marcas82 de televisão portuguesa entre 2002 e 2016.

116 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

de Share global: dos 1,4% em 1999 para os 21,4% em 2018, em Prime-time, e dos 2,0% em 1999 para os 25,1% em 2018 (Share global). Contemplando as audiências de conteúdos em ecrã de televisor que não os da televisão emitida convencionalmente, é de salientar o crescimento da percentagem atribuída ao “vídeo, satélite, outros”, uma 7.2alternativa Audiências que aumentou a sua online penetração no mercado audiovisual ao longo do tempo. Iniciando a análise com os dados relativos aos utilizadores únicos e visitas

a páginas RTP / RDP, Impresa e Media Capital, verificamos, na Figura 8, que Audiências online o número de utilizadores únicos aumentou exponencialmente entre 2002 Figura 50: Utilizadores únicos em páginas RTP / RDP, Impresa, Media

CapitalFigura e 6 Cofina7: Utilizadores em únicosmilhares em páginas (000), RTP 2002 / RDP, aImpresa, 2018 Media Capital e Cofina em e 2018, nos quatro grupos em discussão. milhares (000), 2002 a 2018

5 000 Em termos de utilizadores únicos, verifica-se um aumento dos 326.000 para

4 500 os 2.702.000 dos utilizadores únicos de páginas RTP / RDP, entre 2002 e 2018. 3 790 4 000 No caso do Grupo Impresa, o aumento é também exponencial, dos 901.000 3 731 3 500 3 572 para os 3.572.000, respectivamente. O Grupo Media Capital acompanha a

3 000 tendência, vendo os utilizadores únicos das suas páginas aumentar dos

2 500 Em termos de utilizadores únicos, verifica-se um aumento dos 326.000 para os 2.702.000 dos utilizadores 2 702 767.000 em 2002 para os 3.790.000 em 2016, ano final da análise. O grupo únicos de páginas RTP / RDP, entre 2002 e 2018. No caso do Grupo Impresa, o aumento é também 2 000 Cofina apresenta valores respectivos de 806.000 em 2004 e 3.731.000 em exponencial, dos 901.000 para os 3.572.000, respectivamente. O Grupo Media Capital acompanha a

1 500 901 2018.tendência, vendo os utilizadores únicos das suas páginas aumentar dos 767.000 em 2002 para os 3.790.000

1 000 806 em 2016, ano final da análise. O grupo Cofina apresenta valores respectivos de 806.000 em 2004 e 3.731.000

767 em 2018. 500 Figura 51: Páginas visitadas RTP / RDP, Impresa, Media Capital e Cofina em 326 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 milhares (000), 2002 a 2018 Figura 68: Páginas visitadas RTP / RDP, Impresa, Media Capital e Cofina em milhares (000), Uts. Únicos RTP / RDP Uts. Únicos Impresa Uts. Únicos Media Capital Uts. Únicos Cofina 2002 a 2018 Fonte: Marktest. Edição: OberCom 900 000 Fonte: Marktest. Edição: OberCom

Nesta secção damos conta da evolução das audiências de páginas na Internet dos grupos de media que 800 000 detêm estas marcas (páginas RTP / RTP, páginas Grupo Impresa, páginas Grupo Media Capital e páginas Nesta secção damos conta da evolução das audiências de páginas na 700 000 Cofina). 600 000 539 476 InternetA Internet afirmados -gruposse, cada vez de mais, media como umaque plataforma detêm querestas para marcas novos conteúdos, (páginas quer para RTP conteúdos / RTP, que existem em media tradicionais e que transitam para essa plataforma. Iremos analisar a progressão dos 500 000 páginas Grupo Impresa, páginas Grupo Media Capital e páginas Cofina). 386 488 utilizadores únicos e das páginas visitadas, pertencentes aos grupos de media associados às principais marcas 400 000 de televisão portuguesa entre 2002 e 2016. A Internet afirma-se, cada vez mais, como uma plataforma quer para 300 000 Iniciando a análise com os dados relativos aos utilizadores únicos e visitas a páginas RTP / RDP, Impresa e 186 300 200 000 Media Capital, verificamos, na Figura 8, que o número de utilizadores únicos aumentou exponencialmente 58 329 114 135 novos conteúdos, quer para conteúdos que existem em media tradicionais entre 2002 e 2018, nos quatro grupos em discussão. 100 000 66 470 45 826 e que transitam para essa plataforma. Iremos analisar a progressão dos 14 061 0 utilizadores únicos e das páginas visitadas, pertencentes aos grupos de 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Páginas RTP / RDP Páginas Impresa Páginas Media Capital Páginas Cofina media associados às principais marcas82 de televisão portuguesa entre 2002 e 2016. Fonte: Marktest. Edição: OberCom Fonte: Marktest. Edição: OberCom Os dados relativos às páginas visitadas, também em milhares, são igualmente sugestivos em sentido positivo, para os três grupos em análise. As visitas a páginas RTP / RDP foram na ordem dos 14.061.000 em 2002, e dos 45.826.000 em 2016 (três vezes mais páginas visitadas em 2018, face a 2002). O grupo Impresa registou, em 2002, 58.329.000 visitas nas suas páginas, contra 186.300.000 em 2018, ou seja, aumentou em cerca de três vezes também o número de visitas. Relativamente ao grupo Media Capital, o aumento no número de visitas é acentuado. As visitas a páginas 117 deste grupo aumentaram cerca de dez vezes, entre 2002 e 2014, dos 66.470.000 para os 637.598.000, sendo a transição 2013 / 2014 particularmente positiva, das 334.900.000 para as 637.598.000 páginas visitadas, respectivamente. No entanto, na transição para 2015 regista uma perda de cerca de 130.000.000 páginas visitadas, fixando-se nas 505.139 e caindo ainda mais até 2018, para as 386.488.000. O grupo Cofina apresenta, nestes termos de análise, uma situação bastante diferente das restantes unidades de análise. Registavam-se, em 2004, 114.135.000 páginas visitadas no universo Cofina, valor que mais que duplicaria até

83 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Os dados relativos às páginas visitadas, também em milhares, são igualmente sugestivos em sentido positivo, para os três grupos em análise. As visitas a páginas RTP / RDP foram na ordem dos 14.061.000 em 2002, e dos 45.826.000 em 2016 (três vezes mais páginas visitadas em 2018, face a 2002). O grupo Impresa registou, em 2002, 58.329.000 visitas nas suas páginas, contra 186.300.000 em 2018, ou seja, aumentou em cerca de três vezes também o número de visitas.

Relativamente ao grupo Media Capital, o aumento no número de visitas é acentuado. As visitas a páginas deste grupo aumentaram cerca de dez vezes, entre 2002 e 2014, dos 66.470.000 para os 637.598.000, sendo a transição 2013 / 2014 particularmente positiva, das 334.900.000 para as 637.598.000 páginas visitadas, respectivamente. No entanto, na transição para 2015 regista uma perda de cerca de 130.000.000 páginas visitadas, fixando-se nas 505.139 e caindo ainda mais até 2018, para as 386.488.000. O grupo Cofina apresenta, nestes termos de análise, uma situação bastante diferente das restantes unidades de análise. Registavam-se, em 2004, 114.135.000 páginas visitadas no universo Cofina, valor que mais que duplicaria até 2011, tendo sido registadas 301.362 visitas nesse ano. No entanto, na transição para 2012, e no espaço de apenas um ano, esse número mais que duplicaria para as 717.852 visitas. A tendência de evolução do Grupo Cofina estabilizaria nos cinco anos seguintes, tendo sido registadas em 2016 762.884 visitas. No entanto, na transição para 2017 o Grupo Cofina perdeu 223.408 visitas em apenas um ano, para as 539.476 em 2018.

118 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

2011, tendo sido registadas 301.362 visitas nesse ano. No entanto, na transição para 2012, e no espaço de apenas um ano, esse número mais que duplicaria para as 717.852 visitas. A tendência de evolução do Grupo Cofina estabilizaria nos cinco anos seguintes, tendo sido registadas em 2016 762.884 visitas. No entanto, na transiçãoEsta perda para 2017 de o audiência Grupo Cofina nosperdeu recursos 223.408 visitas online em apenasnão é umum ano, fenómeno para as 539.476 exclusivo em 2018. Estaao perda mercado de audiência da televisão nos recursos sendo online não que é um é possívelfenómeno exclusivo observar ao mercado uma tendênciada televisão sendo quesemelhante é possível observar no mercado uma tendência da semelhanteimprensa, no pormercado exemplo. da imprensa, Os dadospor exemplo. relativos Os dados aos relativos aos últimos dois anos da análise indicam que a presença online das marcas portuguesas não só não tem sido últimos dois anos da análise indicam que a presença online das marcas suficiente para manter a dinâmica de crescimento acentuado que se verificou nos anos anteriores como portuguesas não só não tem sido suficiente para manter a dinâmica de motiva uma inversão de tendência. crescimento acentuado que se verificou nos anos anteriores como motiva

uma inversão de tendência. Figura 69: Rácio de páginas visitadas por utilizador, 2002 a 2018

250,00Figura 52: Rácio de páginas visitadas por utilizador, 2002 a 2018

200,00

141,61 144,59 150,00

101,98 100,00 86,66

64,74 52,16 50,00

43,13 16,96 0,00 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Rácio Uts. / Págs. RTP / RDP Rácio Uts. / Págs. Impresa Rácio Uts. / Págs. Media Capital Rácio Uts. / Págs. Cofina

Fonte: Fonte:Marktest. Marktest. Edição: OberCom Edição:. Nota: OberCom. Rácio calculado Nota: com baseRácio em calculado utilizadores únicos com e base páginas em visitadas utilizadores em milhares.

únicos e páginas visitadas em milhares.

Como forma de medição face à eficácia entre o número de utilizadores, o rácio de páginas visitadas por utilizadoresComo forma permite de-nos medição observar est facees dois à indicadoreseficácia entre em conjunto o número e nestes de termos utilizadores, de análise existemo diferençasrácio de significativas páginas entrevisitadas os diferentes por utilizadoresgrupos de media. permite-nos observar estes dois O indicadoresGrupo Cofina apresenta em conjunto a melhor performance,e nestes termossendo que de registava análise em 2004existem um rácio diferenças de 141.61 e em 2017significativas valores de 144.59 entre pági osnas diferentes visitadas por grupos utilizador de único. media. O que se passou nesses 13 anos é mais relevante do que a proximidade entre esses dois valores. Regista-se uma grande quebra em termos de páginas visitadas por utilizadores em 2011, ano em que cada utilizador visitou apenas 99 páginas. No ano seguinte, o Grupo Cofina atingiria um máximo histórico nestes termos de análise ultrapassando as 213.000 páginas visitadas por utilizador. 119

84 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

O Grupo Cofina apresenta a melhor performance, sendo que registava em 2004 um rácio de 141.61 e em 2017 valores de 144.59 páginas visitadas por utilizador único. O que se passou nesses 13 anos é mais relevante do que a proximidade entre esses dois valores.

Regista-se uma grande quebra em termos de páginas visitadas por utilizadores em 2011, ano em que cada utilizador visitou apenas 99 páginas. No ano seguinte, o Grupo Cofina atingiria um máximo histórico nestes termos de análise ultrapassando as 213.000 páginas visitadas por utilizador.

A história do Grupo Media Capital é significativamente diferente, iniciando o período de análise com um rácio de 86,66, segue-se um período relativamente positivo entre 2006 e 2008 (cerca de 110 e 127, páginas visitadas por utilizador nesses dois anos). Em 2011 é atingido um valor muito baixo, de cerca de 60 páginas visitadas por utilizador, sendo que nos três anos seguintes a empresa que detém a marca TVI atingiria o pico de 138.22 páginas visitadas por utilizador.

Se considerarmos este rácio como um indicador de competição, verifica- se que o Grupo Impresa surge num terceiro plano, face a TVI e Cofina, sendo de registar que no ano final da análise as páginas Impresa foram vistas em média 52,16 vezes por cada utilizador. As páginas RTP / RDP são claramente as menos eficazes em termos de retenção de utilizadores, apresentando uma grandeza francamente menor que a competição: em 2002, cada utilizador viu, em média, 43.13 páginas. Em 2017 esse valor era mais de duas vezes menor, cifrando-se nos 16.96.

120 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

7.3 Streaming Video-on-Demand e o impacto das novas formas de visualização

Contemporaneamente, a discussão sobre televisão e conteúdos audiovisuais encontra-se povoada por novos termos, conceptualizações que procuram agregar e compreender vagas de hábitos e práticas de consumo. Esses conceitos aplicam-se, também, à própria relação monetária que os novos visualizadores estabelecem com os diferentes ecrãs e formatos de conteúdos. Fala-se de cord-shavers, de indivíduos que prescindem de conteúdos premium nos seus planos de televisão por subscrição, de forma a investir recursos na subscrição de novas plataformas mas, também de cord- cutters, os que prescindem de planos de televisão paga para subscrever plataformas de streaming.

De acordo com a consultora SNL Kagan, o fenómeno de cord-cutting atingiu o seu expoente máximo no ano de 2011, em que o sector da televisão paga terá perdido aproximadamente 744 000 subscritores nos E.U.A. Em resposta, as operadoras de TV paga Comcast e Time Warner investiram recursos significativos na simplificação da vertente tecnológica do serviço, oferecendo hardware mais simples e intuitivo. No entanto, estas iniciativas apenas abrandaram a tendência, não a inverteram. Cinco anos depois, no período compreendido entre Janeiro e Setembro de 2016, as operadoras de televisão paga haviam perdido quase 300 000 subscritores nos E.U.A.

No entanto, e encarando a oferta de mercado do ponto de vista dos utilizadores que cortaram o cabo, a oferta expandiu-se, talvez até demais. Com o investimento das plataformas de streaming pago em conteúdos originais, a escolha torna-se difícil para o consumidor, num mercado cada vez maior e mais diversificado ditado pela exclusividade.

121 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Procurando explorar a questão a partir do ponto de vista dos players de televisão paga tradicional, outra consultora (J.D. Power & Associates) refere que os principais factores que desincentivam o cord-cutting são o melhor apoio ao cliente, insuficiente numa tecnologia mais complexa e com uma curva de aprendizagem mais acentuada, e o valor obtido com o investimento numa subscrição, menor se for subscrito apenas um serviço. A subscrição de vários serviços é ainda muito cara e, em termos de complexidade, é menos intimidante uma factura de televisão tradicional do que várias associadas a múltiplos serviços de streaming.14

A Zenith estima que em 2019 os utilizadores de Internet irão gastar uma média de 170,6 minutos em actividades online, contra 170,3 minutos a ver televisão. Esta é a concretização de uma tendência que já tinha sido apurada na Europa em 2007 em relação às faixas etárias mais jovens. Esta mudança tem expressão também na evolução do mercado publicitário. A mesma fonte estima que em 2019 serão gastos mais M€51 em publicidade na Internet do que em publicidade televisiva. A forte penetração dos dispositivos móveis, em particular o smartphone, também contribui para a aceleração desta tendência e para a reconfiguração das cadeiras de valor.15

14 In “The Definitive Guide to Cord-Cutting in 2016, Based on Your Habits” , New York Times, 12 de Outubro de 2016 15 In “Em 2019, pela primeira vez, as pessoas vão preferir a internet à televisão” in Expresso, 8 de Junho de 2018

122 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A subscrição de vários serviços é ainda muito cara e, em termos de complexidade, é menos intimidante uma factura de televisão tradicional do que várias associadas a múltiplos serviços de streaming.15 A Zenith estima que em 2019 os utilizadores de Internet irão gastar uma média de 170,6 minutos em actividades online, contra 170,3 minutos a ver televisão. Esta é a concretização de uma tendência que já tinha sido apurada na Europa em 2007 em relação às faixas etárias mais jovens. Esta mudança tem expressão também na evolução do mercado publicitário. A mesma fonte estima que em 2019 serão gastos mais M€51 em publicidade na Internet do que em publicidade televisiva. A forte penetração dos dispositivos móveis,Figura em particular 53: Fenómeno o smartphone de cord-cutting, também contribui nos E.U.A, para a 2017 aceleração a 2022 desta (estimativas tendência e para a reconfiguraçãoeMarketer) das cadeiras de valor.16

Figura 70: Fenómeno de cord-cutting nos E.U.A, 2017 a 2022 (estimativas eMarketer)

60,0 55,1 100%

50,2 90% 50,0 45,0 80%

39,3 70% 40,0 33,0 60% 30,0 24,9 50% 40% 43,6% 20,0 30% 32,8% 20% 10,0 20,8% 18,9% 17,3% 19,1% 10% 0,0 0% 2017 2018 2019 2020 2021 2022 Valores absolutos em Milhões Variação

Fonte: eMarketer. Edição: OberCom.Fonte: eMarketer. Edição: OberCom.

A Netflix não inventou a visualização de televisão ou de filmes. A introdução do seu modelo de negócio A Netflix não inventou a visualização de televisão ou de filmes. A introdução inovador consiste na capitalização de redes inexploradas, oferecendo conteúdos a-la-carte de forma do seu modelo de negócio inovador consiste na capitalização de redes sistémica, sem conteúdos publicitários e, simultaneamente, reposicionando a experiência no utilizador, que inexploradas, oferecendo conteúdos a-la-carte de forma sistémica, sem assumiu controlo da experiência de uma forma sem precedentes. Esta inovação é particularmente conteúdos publicitários e, simultaneamente, reposicionando a experiência significativa se tivermos em conta que o serviço Netflix, tal como outros, vai além dos limites impostos por qualquerno tipo utilizador, de dispositivo que físico, assumiu estando controlodisponível tantoda experiência em formato móvel de umacomo formanas boxes sem de televisão ou consolasprecedentes. de jogos. AEsta interactividade, inovação é a particularmente par do preço convidativo significativa (quando se comparado tivermos com em a fatura tradicional),conta acrescentam que o serviço valor Netflix, aos serviços tal como de st outros,reaming vaie ameaçam além dos de limites forma impostos séria as estruturas tradicionaispor qualquer do sector tipo da de televisão, dispositivo programação, físico, estando emissão, disponível distribuição tanto e canais em formato de financiamento (publicidade)móvel (Kovacs, como 2015).nas boxes de televisão ou consolas de jogos. A interactividade, a par do preço convidativo (quando comparado com a fatura tradicional), 15 In “The Definitive Guide to Cord-Cutting in 2016, Based on Your Habits” , New York Times, 12 de Outubro de 2016 16 In “Em acrescentam2019, pela primeira vez, valor as pessoas aos vãoserviços preferir a internetde streaming à televisão” in Expresso,e ameaçam 8 de Junho de de forma2018 séria as estruturas tradicionais do sector da televisão, programação, emissão, distribuição e canais de financiamento (publicidade) (Kovacs, 2015). 86

123 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Apesar das parcerias estabelecidas entre operadores de televisão paga com os players OTT, em 2018 o fenómeno do cord-cutting nos E.U.A continua a crescer de forma alargada, acima das estimativas feitas em 2017. Apesar das parcerias estabelecidas entre operadores de televisão paga com os players OTT, em 2018 o fenómeno do cordDe-cutting acordo nos E.U.Acom continuaa eMarketer, a crescer e de falando forma alargada, dos E.U.A. acima emdas estimativasparticular, feitas a em 2017. percentagem de cord-cutters aumentará 32,8% para os 33 milhões de De acordo com a utilizadoreseMarketer, e falando(indivíduos dos E.U.A.com maisem p articular,de 18 anos a percentagem que deixaram de cord de -subscrevercutters aumentará 32,8% para os 33serviços milhões de utilizadorestelevisão paga (indivíduos tradicionais). com mais deEste 18 valor anos queultrapassa deixaram em de subscrever10,8 serviços de televisãopontos paga percentuais tradicionais). a Este estimativa valor ultrapassa de crescimento em 10,8 pontos de 22% percentuais estabelecida a estimativa em de crescimento de 22%Julho estabelecida de 2017. em Julho de 2017.

FiguraFigura 7 154:: Tráfego Tráfego global global de de dados dados por por tipo tipo de deaplicação aplicação (%), (%), 2018 2018

Fonte: eMarketer. Edição: OberCom. Fonte: eMarketer. Edição: OberCom. Em 2018, nos E.U.A, cerca de 187 milhões de adultos utilizarão televisão paga, menos 3,8% que em 2017. Este decréscimo é maior do que o de 3,4% observado em 2017 face a 2016. O serviço de televisão por satélite deverá apresentar a maior quebra. As parcerias entre124 empresas de televisão paga e serviços OTT, que se deverão intensificar ainda mais no futuro próximo, poderão abrandar este processo, mas a estimativas apontam para que seja impossível inverter esta tendência. As principais razões para a mudança para as plataformas de streaming são de acordo com esta fonte, duas: a disponibilidade de conteúdos originais em grande escala e a procura pela subscrição de múltiplos serviços, de forma a aceder a ainda mais conteúdos.17

17 In Exodus from Pay TV accelerates despite OTT partnerships, eMarketer, Julho de 2018.

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Em 2018, nos E.U.A, cerca de 187 milhões de adultos utilizarão televisão paga, menos 3,8% que em 2017. Este decréscimo é maior do que o de 3,4% observado em 2017 face a 2016. O serviço de televisão por satélite deverá apresentar a maior quebra. As parcerias entre empresas de televisão paga e serviços OTT, que se deverão intensificar ainda mais no futuro próximo, poderão abrandar este processo, mas a estimativas apontam para que seja impossível inverter esta tendência. As principais razões para a mudança para as plataformas de streaming são de acordo com esta fonte, duas: a disponibilidade de conteúdos originais em grande escala e a procura pela subscrição de múltiplos serviços, de forma a aceder a ainda mais conteúdos.16

As dinâmicas globais justificam que quase 58% do tráfego global online de downstream tem origem no vídeo. Simultaneamente, a partilha de ficheiros P2P está longe de estar morta. A plataforma BitTorrent é a mais utilizada na Europa e Ásia-Pacífico e a segunda mais utilizada no continente americano. O BitTorrent ocupa quase 22% do share de tráfego upstream global e quase 31,0% na região da Europa, Médio-Oriente e África.

Numa primeira fase de desenvolvimento do mercado do streaming de vídeo, verificou-se um decréscimo significativo da partilha de ficheiros em plataformas ilegais de peer-to-peer (P2P). No entanto, esta tendência está em inversão, sendo que a principal justificação é o aumento exponencial de conteúdos exclusivos disponíveis nas diversas plataformas de streaming. Os utilizadores estão de facto a aderir ao streaming sendo que tendem a recorrer a práticas ilegais de forma a aceder a conteúdos exclusivos de plataformas que não subscrevem.17

16 In Exodus from Pay TV accelerates despite OTT partnerships, eMarketer, Julho de 2018. 17 In “Sandvine 1H2018 Global Internet Phenomena Report”, Sandvine, Outubro de 2018

125 As dinâmicas globais justificam que quase 58% do tráfego global online de downstream tem origem no vídeo. Simultaneamente,Comunicação a partilha de Social ficheiros — Mercado P2P está Português: longe de estar Tendências morta. A plataformae Modelos BitTorrent é a mais utilizada na Europa e Ásia-Pacífico e a segunda mais utilizada no continente americano. O BitTorrent ocupa quase 22% do share de tráfego upstream global e quase 31,0% na região da Europa, Médio-Oriente e África. Numa primeira fase de desenvolvimento do mercado do streaming de vídeo, verificou-se um decréscimo significativo da partilha de ficheiros em plataformas ilegais de peer-to-peer (P2P). No entanto, esta tendência está em inversão, sendo que a principal justificação é o aumento exponencial de conteúdos exclusivos disponíveis nas diversas plataformas de streaming. Os utilizadores estão de facto a aderir ao streaming sendo que tendem a recorrer a práticas ilegais de forma a aceder a conteúdos exclusivos de plataformas que não subscrevem.18

FiguraFigura 55: Distribuição 72: Distribuição do do tráfegotráfego downstream downstream global, porglobal, aplicação por (2018) aplicação (2018)

34,9%

15,0% 13,1% 11,4%

4,4% 4,1% 3,9% 3,7% 3,7% 3,2% 2,7% Netflix HTTP media Youtube Raw MPEG- HTTP(TLS)** QUIC*** Amazon HTTP HTTP Playstation Outros stream TS* Prime Video download download

Fonte:Fonte: Sandvine. Sandvine. Edição: OberCom. Edição: Nota: OberCom.(*) – Formato digitalNota: para (*) transmissão – Formato e armazenamento digital depara áudio, transmissãovídeo e outros tipos e de ficheiro; (**) – Protocolo de segurança; (***) – Protocolo de rede com o intuito de acelerar aplicações web. armazenamento de áudio, vídeo e outros tipos de ficheiro; (**) – Protocolo de segurança; (***) – Protocolo de rede com o intuito de acelerar aplicações web. Em termos globais, a Netflix lidera a lista de aplicações que mais contribuem para tráfego downstream, com 15,0%. Segue-se o Youtube com 11,4%. A Amazon Prime Video surge bastante atrás com 3,7% de share. O pesoEm dotermos vídeo noglobais, tráfego a digital Netflix global lidera não a é lista novidade. de aplicações No entanto, a que importância mais contribuem de um player de streamingpara nestetráfego plano downstream,de análise é em si sintomáticocom 15,0%. de um Segue-se mercado em omudança. Youtube com 11,4%. A Na Amazon região designada Prime por Video EMEA, surge considerando bastante Europa, atrás Médio com Oriente 3,7% e África de emshare. particular, O peso observam do -se tendências distintas da realidade global (1º Netflix e 3º Youtube). Pois, na EMEA a aplicação que mais gera vídeo no tráfego digital global não é novidade. No entanto, a importância tráfego downstream é a plataforma gratuita Youtube (16,1%) logo seguida pela Netflix (11,4%). Somadas, de um player de streaming neste plano de análise é em si sintomático de estas duas aplicações geram quase 28% do tráfego de downstream na região EMEA, atingindo valores idênticosum mercadoaos da utilização em global mudança. das duas marcas (26,4%).

18 In Na“Sandvine região 1H2018 designadaGlobal Internet Phenomena por EMEA, Report”, Sandvine, considerando Outubro de 2018 Europa, Médio Oriente e África em particular, observam-se tendências distintas da realidade global (1º Netflix e 3º Youtube). Pois,88 na EMEA a aplicação que mais gera tráfego downstream é a plataforma gratuita Youtube (16,1%) logo seguida pela Netflix (11,4%). Somadas, estas duas aplicações geram quase 28% do tráfego de downstream na região EMEA, atingindo valores idênticos aos da utilização global das duas marcas (26,4%).

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Uma tendência que parece caracterizar a região em análise é o peso considerável das aplicações relacionadas com gaming. A plataforma Playstation download, a plataforma de streaming Twitch e a aplicação de Uma tendência que parece caracterizar a região em análise é o peso considerável das aplicações relacionadas comdownload gaming. A Steam plataforma congregam Playstation download, entre si aquase plataforma 10% dedo streaming tráfego Twitch de downstream. e a aplicação de download Steam congregam entre si quase 10% do tráfego de downstream. Figura 56: Distribuição do tráfego downstream na região EMEA (Europa, FiguraMédio 73: OrienteDistribuição e África),do tráfego por downstream aplicação na região(2018) EMEA (Europa, Médio Oriente e África), por aplicação (2018)

16,1%

11,4% 10,3%

6,1% 5,4%

3,6% 3,1% 2,9% 2,8% 2,4%

Youtube Netflix HTTP Amazon QUIC* Playstation Twitch HTTP Steam HTTP media Prime download (TLS)** download download stream

Fonte: Sandvine. Edição: OberCom. Nota: (*) – Protocolo de rede com o intuito de acelerar aplicações web; (**) – Protocolo de Fonte: Sandvine. Edição: OberCom. Nota: segurança.(*) – Protocolo de rede com o intuito de acelerar aplicações web; (**) – Protocolo de segurança. Em termos de tráfego upstream, os dados para a Região EMEA revelam que o peso da plataforma BitTorrent, de partilha ilegal de ficheiros tem um peso maior aqui (31,7%) que no resto do mundo (22,1%). A utilização Em termos de tráfego upstream, os dados para a Região EMEA revelam que deste tipo de recurso sempre foi, de acordo com a consultora Sandvine, mais presente na EMEA do que no restoo pesodo globo, da emplataforma grande parte BitTorrent, devido ao facto de de partilha haver um ilegal atraso detemporal ficheiros na estreia tem de um conteúdos peso de vídeomaior de produção aqui (31,7%) norte-americana, que no o resto que motivava do mundo muitos (22,1%).utilizadores A a utilizaçãoutilizar plataformas deste ilegais tipo para de ter acessorecurso aos conteúdos sempre mais foi, cedo.de acordo Com a com massificação a consultora das plataformas Sandvine, de streaming mais pago,presente previu -se inicialmentena EMEA que do os índicesque node utilizaçãoresto do de plglobo,ataformas em ilegais grande diminuíssem parte substancialmente devido ao facto mas, como de já foi referido, essas práticas subsistem ainda de forma muito significativa. haver um atraso temporal na estreia de conteúdos de vídeo de produção Veja-se que a mesma fonte (Sandvine) afirma, no entanto, que o share de 31,7% do BitTorrent na distribuiçãonorte-americana, de tráfego upstream o que na motivavaregião EMEA muitospoderá ser utilizadores mais baixo do que a utilizar deveria. plataformasPois, caso a recolha de ilegaisdados tivesse para acontecido ter acesso no decorrer aos conteúdos de uma temporada mais da cedo. série “Game Com of a Thrones”,massificação o trafego dasdeveria serplataformas potencialmente maior. de streaming pago, previu-se inicialmente que os índices As indicações prospetivas fornecidas pela PwC vão ao encontro da informação relativa ao tráfego global de de utilização de plataformas ilegais diminuíssem substancialmente mas, dados. Os consumidores tenderão a escolher modelos de negócio direct-to-consumer sendo que uma das principaiscomo vantagens já foi referido,é a ausência essasde conteúdos práticas publicitários. subsistem Haverá um ainda crescimento de formasignificativo muito tanto de significativa.

127

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Veja-se que a mesma fonte (Sandvine) afirma, no entanto, que o share de 31,7% do BitTorrent na distribuição de tráfego upstream na região EMEA poderá ser mais baixo do que deveria. Pois, caso a recolha de dados tivesse acontecido no decorrer de uma temporada da série “Game of Thrones”, o trafego deveria ser potencialmente maior.

As indicações prospetivas fornecidas pela PwC vão ao encontro da informação relativa ao tráfego global de dados. Os consumidores tenderão a escolher modelos de negócio direct-to-consumer sendo que uma das principais vantagens é a ausência de conteúdos publicitários. Haverá um crescimento significativo tanto de Streaming Video on Demand (SVoD) como de subscrição de serviços Over-the-Top (OTT) em plataforma de televisão tradicional.18

18 In PwC Global Entertainment & Media Outlook 2018-2022, PwC, 2018

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Streaming Video on Demand (SVoD) como de subscrição de serviços Over-the-Top (OTT) em plataforma de televisão tradicional.19 Figura 57: Distribuição do tráfego upstream na região EMEA (Europa, FiguraMédio 74 Oriente: Distribuição e África), do tráfego por upstream aplicação na região (2018) EMEA (Europa, Médio Oriente e África), por aplicação (2018)

31,7%

9,4%

6,4% 2,3% 2,1% 1,9% 1,8% 1,8% 1,7% 4,1%

BitTorrent Google HTTP Youtube RTP Whatsapp WEBRTC HTTP Facebook Netflix media stream

Fonte: Sandvine. Edição: OberCom. Fonte: Sandvine. Edição: OberCom. Observando as dinâmicas do mercado do Reino Unido em particular, verifica-se que o aumento de subscriçõesObservando de Serviços as ondinâmicas Demand significa do quemercado há em 2018do maisReino subscrições Unido de em Netflix, particular, Amazon Prime Video, etc. do que serviços de TV “tradicional”.20 No primeiro trimestre de 2018 as subscrições de TV paga verifica-se que o aumento de subscrições de Serviços on Demand significa situavam-se nos 15,1 milhões e as subscrições de serviços de streaming totalizavam 15,4 milhões. No entanto,que estehá emúltimo 2018 valor incluimais subscrições subscrições de múltiplos de serviçosNetflix, on DemandAmazon no mesmoPrime agregado Video, doméstico. etc. Pelodo menos que 11,1 serviços milhões dede agregados TV “tradicional”. (39,3%) têm pelo19 No menos primeiro uma conta trimestre de Netflix, Amazonde 2018 Prime as Video ou subscriçõesNow TV. de TV paga situavam-se nos 15,1 milhões e as subscrições de Todos os serviços de SVoD cresceram significativamente em 2017 e no primeiro trimestre de 2018. O serviço serviços de streaming totalizavam 15,4 milhões. No entanto, este último Amazon Prime Video apresenta uma taxa de variação anual maior que o Netflix. No entanto a Netflix continua a ser,valor de longe, inclui o serviço subscrições mais popular deno Reinomúltiplos Unido. serviços on Demand no mesmo Háagregado vários factores doméstico. que explicam estePelo crescimento. menos 11,1Por ummilhões lado, a vulgarizaçãode agregados de dispositivos (39,3%) conectados têm à Internet,pelo menos em conjunto uma com conta o acesso de alargado Netflix, a velocidadesAmazon dePrime transmissão Video de ou dados Now maiores TV. ajudaram a consolidar os números apresentados. No Reino Unido 80% dos agregados domésticos têm acesso a banda larga em 2017 e destes, 58% são ligações de alta velocidade (i.e. com velocidades de download iguais ou Todos os serviços de SVoD cresceram significativamente em 2017 e no superiores a 30MB/s). Mais de três quatros dos adultos (78%) têm um smartphone com ligação à Internet e desprimeirotes, 85% têm trimestre ligação à rede de em 2018.velocidade O 4G.serviço Amazon Prime Video apresenta uma taxa de variação anual maior que o Netflix. No entanto a Netflix

continua a ser, de longe, o serviço mais popular no Reino Unido. 19 In PwC Global Entertainment & Media Outlook 2018-2022, PwC, 2018 20 In Media Nations: UK 2018, Ofcom, Julho de 2018.

90 19 In Media Nations: UK 2018, Ofcom, Julho de 2018.

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Há vários factores que explicam este crescimento. Por um lado, a vulgarização de dispositivos conectados à Internet, em conjunto com o acesso alargado a velocidades de transmissão de dados maiores ajudaram a consolidar os números apresentados. No Reino Unido 80% dos agregados domésticos têm acesso a banda larga em 2017 e destes, 58% são ligações de alta velocidade (i.e. com velocidades de download iguais ou superiores a 30MB/s). Mais de três quatros dos adultos (78%) têm um smartphone com ligação à Internet e destes, 85% têm ligação à rede em velocidade 4G.

Por outro lado, o Investimento em conteúdos originais é também um factor preponderante para explicar estas tendências. Mais de um terço dos dos subscritores de Netflix no Reino Unido (38%) dizem ter subscrito o serviço para “ver conteúdos originais feitos pela Netflix” (um aumento de 30% face ao primeiro trimestre de 2017) sendo esta a razão mais elencada. No caso do serviço Amazon Prime Video há um dado curioso. A razão mais elencada para justificar a subscrição do serviço é “para obter portes de envio gratuitos” para os objetos físicos adquiridos no Marketplace da Amazon.

Em termos globais, mais de metade dos subscritores de SVoD utiliza mais de um serviço: 51% subscrevem pelo menos um serviço entre os disponíveis. Contudo, a subscrição de SVoD como a Netflix ou Amazon Prime Video continua a ser vista numa lógica de complementaridade com a subscrição de serviços de televisão paga. No primeiro trimestre de 2018, 71% dos subscritores de SVoD também pagavam por algum serviço de televisão “tradicional”. Os serviços ditos “tradicionais” ainda dominam em determinados tipos de conteúdos tais como o desporto. A Netflix ainda não fez qualquer tipo de iniciativa no sentido de entrar nesta área mas a Amazon Prime Video tem investido fundos na aquisição de conteúdos desportivos. Em 2018, adquiriu os direitos de emissão de 20 partidas da Premier League, num contrato de 3 anos a começar em 2019, tendo assinado também um contrato exclusivo para a emissão do torneio de

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ténis US Open no Reino Unido. A dinâmica da relação entre os subscritores de SVoD e os pacotes de televisão paga é interessante: os utilizadores de serviços como a Netlfix ou Amazon Prime Video não estão (em grande escala) a sacrificar as subscrições de TV paga tradicional, mas estão a prescindir de conteúdos premium nestas últimas de forma a aliviar os gastos totais em conteúdos vídeo. Questionados, 36% dos subscritores de SVoD dizem ter prescindido de algum produto premium associado à sua subscrição de TV paga, e apenas 14% dizem ter “cortado o cabo”. A contenção desta tendência, do prisma dos operadores de televisão paga, tem sido fomentada no Reino Unido da mesma forma que em muitos outros países: através da integração de plataformas SVoD nos seus serviços em formato OTT. A rede SKY anunciou em 2018 a assinatura de contratos com Netflix e Spotify para integrar estas duas plataformas nos seus bundles de televisão.

As receitas com base em conteúdos audiovisuais online cresceram, em geral, 25% no país. Simultaneamente, o lucro da publicidade televisiva decresceu 7% em 2017. No entanto, olhando para os últimos 5 anos, no Reino Unido a as receitas publicitárias em televisão cresceram em média 0,4%. O valor extremo observado em 2017 poderá estar relacionado com uma mudança cíclica na economia mas os dados apontam para um declínio estrutural à medida que as audiências televisivas tradicionais caem e a economia publicitária online canibaliza as receitas publicitárias televisivas. O crescimento sustentado de receitas da televisão paga, por outro lado, parece ter estagnado / decrescido levemente, com uma quebra de 2,7% em 2017.

Entre outros dados relevantes no Rino Unido destaca-se que os indivíduos entre os 16 e os 34 anos gastam em média 59 minutos por dia a ver conteúdos no Youtube noutro dispositivo que não uma televisão. Veja-se que nesse país, 52% dos agregados domésticos conectam a sua televisão à Internet. Simultaneamente, um terço da visualização total em serviços de streaming é dedicado ao consumo de conteúdos de produção original.

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Regressando ao caso dos E.U.A., onde estes fenómenos têm atingidos dimensões mais extremas do que no resto do mundo, observa-se que a televisão paga tradicional chegava, em 2013, a 130 milhões de agregados domésticos e em média cada agregado gastava 7 horas por dia a ver televisão (dados FCC, 2013). No entanto, os consumidores têm hoje acesso a uma grande variedade de conteúdos e de novas formas de os visualizar. Serviços como Netflix e Amazon Prime Video surgem, na óptica do consumidor, como uma alternativa viável à televisão paga tradicional, a uma fracção do custo.

O fenómeno de cord-cutting é expressivo, e já levou alguns peritos a proclamar a “morte da televisão como a conhecemos” (Yarow, 2015). Dois anos depois, em 2017, Jeff Dunn sublinha a atractividade dos serviços de streaming como o Netflix, que na transição de 2016 para 2017 ultrapassa em número de subscrições a TV por cabo isolada. Veja-se que estes dados dizem respeito apenas à subscrição de televisão por cabo.

Se acrescentarmos os subscritores tradicionais que utilizam serviço de televisão por satélite ou por telefone, o gigante do streaming ainda não surge acima das subscrições tradicionais.

132 Regressando ao caso dos E.U.A., onde estes fenómenos têm atingidos dimensões mais extremas do que no resto do mundo, observa-se que a televisão paga tradicional chegava, em 2013, a 130 milhões de agregados domésticos e em média cada agregado gastava 7 horas por dia a ver televisão (dados FCC, 2013). No entanto, os consumidores têm hoje acesso a uma grande variedade de conteúdos e de novas formas de os Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos visualizar. Serviços como Netflix e Amazon Prime Video surgem, na óptica do consumidor, como uma alternativa viável à televisão paga tradicional, a uma fracção do custo. O fenómeno de cord-cutting é expressivo, e já levou alguns peritos a proclamar a “morte da televisão como a conhecemos” (Yarow, 2015). Dois anos depois, em 2017, Jeff Dunn sublinha a atractividade dos serviços de streaming como o Netflix, que na transição de 2016 para 2017 ultrapassa em número de subscrições a TV por cabo isolada. Veja-se que estes dados dizem respeito apenas à subscrição de televisão por cabo. Se acrescentarmos os subscritores tradicionais que utilizam serviço de televisão por satélite ou por telefone, o gigante do streaming ainda não surge acima das subscrições tradicionais. Figura 58: Subscrições de Netflix e de televisão por Cabo nos E.U.A (em Figuramilhões 75: Subscrições (2012 Q1 de aNetflix 2017 e Q1) de televisão por Cabo nos E.U.A (em milhões)(2012 Q1 a 2017 Q1)

52,6 51,0 50,4 50,9 49,2 49,1

47,0 48,6 41,4

35,67

29,17

23,4

Q1 2012 Q12013 Q1 2014 Q12015 Q1 2016 Q12017

Netflix Tv por Cabo

Fonte: Netflix, LeichtmanFonte: ResearchNetflix, Leichtman Group. Research Edição: Group. OberCom. Edição: OberCom.

Note-se que a atractividade dos novos serviços de streaming é também justificada pela evolução do custo dos Note-se que a atractividade dos novos serviços de streaming é também serviços de televisão tradicional. De acordo com o regulador FCC, nos E.U.A., um serviço de televisão paga justificada pela evolução do custo dos serviços de televisão tradicional. De em 1998 custava em média $27.88. Quinze anos depois, em 2013, esse valor fixava-se em mais do dobro - com um acordoaumento comde $36,53 o regulador para $64.41. FCC, Outro nos estudo E.U.A., independente um serviço (NPD deGroup) televisão afirma que paga o valor em médio 1998 mensal decustava um serviço em demédia televisão $27.88. paga subiu Quinze dos $40anos em depois, 2001 para em os 2013, $86 em esse 2011, valor e as estimativasfixava-se apontavam,em namais altura, do para dobro um -aumento com um para aumento os $123 em de 2015. $36,53 Em todo para o caso, $64.41. e independentemente da fonte dos dados, a FCC (2014) revela que entre 1998 e 2013 o custo médio dos serviços de televisão paga aumentaramOutro quatro estudo vezes independentemais do que o valor (NPD da inflação Group) nos EUA.afirma que o valor médio mensal de um serviço de televisão paga subiu dos $40 em 2001 para os $86 em 2011, e as

estimativas apontavam, na altura, para92 um aumento para os $123 em 2015. Em todo o caso, e independentemente da fonte dos dados, a FCC (2014) revela que entre 1998 e 2013 o custo médio dos serviços de televisão paga aumentaram quatro vezes mais do que o valor da inflação nos EUA.

133 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Ao nível político, esta situação levou a que vários senadores de ambos os partidos, entre os quais se destacavam John McCain (Republicano) e Richard Blumenthal (Democrata) tenham incentivado alterações legislativas para contrariar esta tendência, procurando forçar os operadores de televisão paga a criar ofertas de serviços “a-la-carte”. O argumento apresentado por McCain para sustentas estas iniciativas legislativas baseava-se na crença de que os operadores de televisão utilizaram mais-valias regulatórias de forma a preservar um modelo de negócio antiquado que prejudica não só o mercado, e os restantes players, bem como os consumidores. No Canadá este tipo de iniciativa já se concretizou, com os operadores a serem obrigados a oferecer planos base de baixo custo que favorecem canais locais / regionais e de pendor educativo. Para além desse plano base, os telespectadores canadianos têm a possibilidade de subscrever canais individualmente ou em pequenos bundles que, por lei, têm de ter preços acessíveis (este tipo de serviço ganhou no Canadá o nome de “pick and pay”).

Este fomento dos modelos de pagamento “a-la-carte” representa uma mudança estrutural no esquema de preços das operadoras de televisão norte-americanas, que tradicionalmente oferecem os canais de forma dispersa por diversos bundles. Esta realidade cria um desfasamento muito grande entre o número de canais que cada telespectador subscreve e a quantidade de canais que efectivamente vê. O subscritor encontra-se, portanto, numa posição em que não tem opção senão a adesão a uma quantidade excessiva de conteúdos que não irá de facto visualizar.

134 Ao nível político, esta situação levou a que vários senadores de ambos os partidos, entre os quais se destacavam John McCain (Republicano) e Richard Blumenthal (Democrata) tenham incentivado alterações legislativas para contrariar esta tendência, procurando forçar os operadores de televisão paga a criar ofertas de serviços “a-la-carte”. O argumento apresentado por McCain para sustentas estas iniciativas legislativas baseava-se na crença de que os operadores de televisão utilizaram mais-valias regulatórias de forma a preservar um modelo de negócio antiquado que prejudica não só o mercado, e os restantes players, bem como os consumidores. No Canadá este tipo de iniciativa já se concretizou, com os operadores a serem obrigados a oferecerComunicação planos baseSocial de — Mercado baixo custo Português: que favorecem Tendências canais e Modelos locais / regionais e de pendor educativo. Para além desse plano base, os telespectadores canadianos têm a possibilidade de subscrever canais individualmente ou em pequenos bundles que, por lei, têm de ter preços acessíveis (este tipo de serviço ganhou no Canadá o nome de “pick and pay”). Este fomento dos modelos de pagamento “a-la-carte” representa uma mudança estrutural no esquema de preços das operadoras de televisão norte-americanas, que tradicionalmente oferecem os canais de forma dispersa por diversos bundles. Esta realidade cria um desfasamento muito grande entre o número de canais que cada telespectador subscreve e a quantidade de canais que efectivamente vê. O subscritor encontra-se, portanto, numa posição em que não tem opção senão a adesão a uma quantidade excessiva de conteúdos que não irá de facto visualizar. Figura 59: Canais subscritos e canais vistos por agregado doméstico

nos E.U.A. (2008 a 2013) Figura 76: Canais subscritos e canais vistos por agregado doméstico nos E.U.A. (2008 a 2013)

189,1 179,1 168,5 151,4 136,4 129,3

17,3 17,7 17,8 17,5 17,8 17,5

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Canais subscritos Canais vistos

Fonte: Nielsen. Edição: OberCom. Fonte: Nielsen. Edição: OberCom.

Esta tendência tem piorado com os anos e com o desenvolvimento do mercado. Em 2008, o telespectador americanoEsta tendênciasubscrevia sete tem vezes piorado mais canais com do osque anosos que e efectivamente com o desenvolvimento via, sendo que em 2013do pagava por quasemercado. onze vezes Em 2008,mais canais o telespectador dos que aqueles americanoque consumia. subscrevia sete vezes mais O argumentocanais do da que indústria, os que em favorefectivamente do bundling é, via, também, sendo relevante que em para 2013 esta pagava discussão. por Segundo os operadores de cabo dos EUA, o bundling favorece dados importantes sobre o funcionamento das economias quase onze vezes mais canais dos que aqueles que consumia. de escala e ajuda a focar a definição da oferta e dos produtos oferecidos. Afirmam também que só o bundling

O argumento da indústria, em favor do bundling é, também, relevante 93 para esta discussão. Segundo os operadores de cabo dos EUA, o bundling favorece dados importantes sobre o funcionamento das economias de escala e ajuda a focar a definição da oferta e dos produtos oferecidos. Afirmam também que só o bundling permite a sobrevivência de canais e conteúdos “nicho”, que são do interesse de públicos minoritários e que não sobreviverão num ecossistema de ofertas “a-la-carte”.

135 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

O ambiente em que as operadoras de televisão paga trabalham e que motiva os preços praticados está a mudar rapidamente, uma mudança que se inicia em 2015 com o surgimento do streaming pago, que possibilita a aquisição de conteúdos pela quantia de $8 mensais ou $96 por ano. O surgimento destes serviços afectou significativamente o mercado, criando inclusivamente uma “clivagem geracional”. Os indivíduos entre os 18 e os 34 anos de idade (os chamados “millenials”) consomem televisão de forma drasticamente diferente que os que os antecederam, com particular apetência para os serviços de streaming online, grátis ou pagos.

A constrição causada por estes novos players aos actores na esfera da televisão tradicional surgiu de duas formas: uma diminuição das receitas publicitárias tradicionais (com a quebra das audiências) e um aumento significativo do custo de produção de conteúdos, já que os profissionais do sector têm agora novas oportunidades noutros sítios, e a captação de talento artístico / produtivo requer um investimento alargado a curto-prazo. Na Europa, o Parlamento Europeu votou favoravelmente a alteração das regras que regem os serviços de media audiovisual em espaço europeu. O novo pacote legislativo prevê o fortalecimento da protecção de crianças e menores face a conteúdos nocivos, novos limites para a publicidade audiovisual e a imposição aos players de vídeo on demand no sentido de garantir que os catálogos contêm 30% de conteúdos produzidos na Europa.

Relativamente às novas regras para conteúdos publicitários, a publicidade passa a poder ocupar no máximo 20% do tempo diário de emissão.

136 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

As alterações aprovadas na definição de quotas para produção europeia visa garantir os princípios de diversidade cultural no sector audiovisual europeu. As plataformas de vídeo on demand são também obrigadas a contribuir para o desenvolvimento de conteúdos audiovisuais na Europa, seja através do investimento em produção de conteúdos ou sustentando directamente os países membros através do pagamento de taxas sobre os conteúdos audiovisuais. No segundo caso, as taxas deverão ser proporcionais aos lucros atingidos em cada mercado individualmente.

Note-se que esta votação tem um carácter provisório, carecendo ainda de aprovação por parte do Conselho Europeu antes de ser redigida a legislação final. Finda essa aprovação, e de acordo com os procedimentos habituais, cada estado-membro terá 21 meses para adaptar o novo pacote legislativo à sua legislação nacional.20 As alterações promovidas pelo Parlamento Europeu, introduzem uma dinâmica interessante mas imprevisível ao nível do mercado do streaming pago. A definição de 30% de conteúdos europeus disponíveis em catálogo é meramente quantitativa, levantando sérias questões sobre a aplicação qualitativa das directivas europeias por parte dos players visados, em termos de relevância e diversidade de conteúdos. Sendo definida uma quota de conteúdos, por origem de produção, as marcas terão a liberdade de definir o tipo de conteúdos disponíveis. Irão reflectir uma diversidade em termos de longas e curtas metragens e séries? Irão os elevados fluxos de investimento em aquisição e produção de conteúdos enviesar os catálogos disponíveis em espaço europeu, face aos catálogos globais?

20 In “New rules for audiovisual media services approved by Parliament” in European Parliament News, 2 de Outubro de 2018.

137 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Em Março de 2018, ao abrigo do Mercado Único Digital, a Comissão Europeia havia já determinado novas regras no sentido de promover a integridade dos utilizadores de conteúdos digitais em espaço europeu ao estabelecer que os utilizadores europeus subscritores de serviços de conteúdos pagos online têm o direito a aceder a todos os conteúdos subscritos independentemente do país da União Europeia onde estejam.21 fluxos de investimento em aquisição e produção de conteúdos enviesar os catálogos disponíveis em espaço Esta directiva visou salvaguardar os direitos dos cidadãos europeus face europeu, face aos catálogos globais? Emaos Março bloqueios de 2018, aoregionais abrigo do Mercadodeterminados Único Digital, pelas a Comissão plataformas Europeia haviade conteúdosjá determinado novas regraspagos, no sentidoentre deas promoverquais se a incluemintegridade os dos serviços utilizadores de de streaming conteúdos digitais de vídeo. em espaço europeu ao estabelecer que os utilizadores europeus subscritores de serviços de conteúdos pagos online têm o direito a 22 acederA Comissão a todos os defende, conteúdos também,subscritos independentemente que a aplicação do destas país da regrasUnião Europeia traz vantagens onde estejam. Esta directivapara os visou serviços, salvaguardar já que os direitos a portabilidade dos cidadãos dos europeus catálogos face aos em bloqueios espaço regionais europeu determinados pelas plataformas de conteúdos pagos, entre as quais se incluem os serviços de streaming de vídeo. se reflectirá num aumento de subscritores na região. A questão da gestão A Comissão defende, também, que a aplicação destas regras traz vantagens para os serviços, já que a dos catálogos para marcas como a Netflix é relevante para esta discussão. portabilidade dos catálogos em espaço europeu se reflectirá num aumento de subscritores na região. A questão da gestão dos catálogos para marcas como a Netflix é relevante para esta discussão. Figura 60: Dimensão dos catálogos Netflix nos E.U.A., Espanha e Portugal (emFigura final 77: Dimensãode 2018) dos catálogos Netflix nos E.U.A., Espanha e Portugal (em final de 2018)

Fonte: uNoGS.com.Fonte: Edição: uNoGS.com. OberCom. Edição: OberCom. Nota: dadosNota: dados extraídos extraídos em 15 15 de de Novembro Novembro de 2018. de 2018.

Ainda que, como se verá adiante, o mercado espanhol do streaming seja bastante maior que o português, em termos21 de receitasIn Digital e deSingle taxa deMarket: penetração, Travel owith catálogo your Netflixonline em content Portugal across é significativamente the EU, Comissão mais vasto. O mercadoEuropeia, americano 27 de Março destaca de- se,2018. neste plano de análise, por deter o catálogo mais vasto em termos de séries e flimes disponíveis. A capacidade da plataforma de streaming em termos de distribuição, para além das capacidades de produção, permite-lhe um acesso privilegiado 138 em termos de acção na compreensão e manipulação das economias de escala e da definição da oferta de forma muito eficaz a nível global. No entanto, têm surgido dificuldades ao nível da gestão da oferta face a utilizadores mais proactivos e mais capazes em termos tecnológicos.

22 In Digital Single Market: Travel with your online content across the EU, Comissão Europeia, 27 de Março de 2018.

95 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Ainda que, como se verá adiante, o mercado espanhol do streaming seja bastante maior que o português, em termos de receitas e de taxa de penetração, o catálogo Netflix em Portugal é significativamente mais vasto. O mercado americano destaca-se, neste plano de análise, por deter o catálogo mais vasto em termos de séries e flimes disponíveis.

A capacidade da plataforma de streaming em termos de distribuição, para além das capacidades de produção, permite-lhe um acesso privilegiado em termos de acção na compreensão e manipulação das economias de escala e da definição da oferta de forma muito eficaz a nível global. No entanto, têm surgido dificuldades ao nível da gestão da oferta face a utilizadores mais proactivos e mais capazes em termos tecnológicos.

A utilização de VPN’s (Virtual Private Networks) permitiu que alguns utilizadores simulassem a sua localização de forma a aceder a conteúdos de vídeo disponíveis noutros países que não o país original de subscrição, onde estavam fisicamente localizados. Esta dinâmica de apropriação por parte dos utilizadores levou a que a empresa começasse a bloquear o serviço a utilizadores com ligações oriundas de VPN’s (ao aceder ao serviço surgia uma mensagem dizendo “You seem to be using an unblocker or proxy. Please turn off any of these services and try again.”). Com a aumento do número de subscritores deste tipo de serviços levantam-se outras questões relacionadas com as dinâmicas de apropriação tecnológica dos utilizadores, que perseguem práticas que lhes permitem optimizar a sua experiência digital. Uma dinâmica semelhante tem vindo a ganhar peso na área da publicidade online, com o software de adblocking a tornar- se um recurso vulgar com um impacto significativo nos modelos de financiamento das marcas digitais.

139 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A utilização de VPN’s (Virtual Private Networks) permitiu que alguns utilizadores simulassem a sua localização de forma a aceder a conteúdos de vídeo disponíveis noutros países que não o país original de subscrição, onde estavam fisicamente localizados. Esta dinâmica de apropriação por parte dos utilizadores levou a que a empresa começasse a bloquear o serviço a utilizadores com ligações oriundas de VPN’s (ao aceder ao serviço surgia uma mensagem dizendo “You seem to be using an unblocker or proxy. Please turn off any of these services and try again.”). Com a aumento do número de subscritores deste tipo de serviços levantam-se outras questões relacionadas com as dinâmicas de apropriação tecnológica dos utilizadores, que perseguem práticasPara que além lhes permitem do seu optimizar valor nominala sua experiência e de ofereceremdigital. Uma dinâmica uma semelhante outra visão tem vindo sobre a ganhar pesoas na dinâmicasárea da publicidade do mercado online, com do o streaming software de a dedblocking vídeo, a estestornar-se dados um recurso permitem- vulgar com um impactonos significativo também nos questionar modelos de financiamento os limites das políticos marcas digitais. e regulatórios do mundo Para além do seu valor nominal e de oferecerem uma outra visão sobre as dinâmicas do mercado do online, contrapondo aquilo que é a experiência oferecida versus o que streaming de vídeo, estes dados permitem-nos também questionar os limites políticos e regulatórios do mundoé aonline experiência, contrapondo concreta aquilo que dosé a experiência utilizadores oferecida finais, versus cadao que évez a experiência mais capazes concreta dos utilizadorese proactivos finais, cada emvez mais termos capazes de e proactivos definição em termos do de usodefinição de do tecnologia uso de tecnologia e e dada sua sua experiência.experiência.

Figura 61:Figura Receita 78: Receita global global de SVoDde SVoD em em Milhões Milhões de Dólares, Dólares, 2016 2016 a 2022 a 2022

20 138 20 821 19 373 18 460 17 063 14 322 11 685

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte:Fonte: Statista. Statista. Edição: OberCom. Edição: Amostra: OberCom. Países listados Amostra: no Digital Países Market listados Outlook. Nota:no Digital A) Valores Market convertidos Outlook. de $ para Nota: € com base na cotação de 0,8718 fornecida pelo Banco Central Europeu à data de 19 de Outubro de 2018. B) Os valores relativos ao período 2019 – A) Valores convertidos de $ para2020 € com são estimados base na (em cotação azul claro). de 0,8718 fornecida pelo Banco Central Europeu à data de 19 de Outubro de 2018. B) Os valores relativos ao período 2019 – A plataforma2020 são Statista, estimados que compila(em azul dados claro). sobre o mercado digital global através da ferramenta Digital Market Outlook23 em mais de 90 países, aponta para uma subida acentuada da receita global dos Serviços de Video on demandA plataforma (SVoD), dos Statista, M€ 11.685 que em 2016compila para os dados M€ 17.063 sobre em 2018.o mercado É de salientar digital que globalo conceito de SVoDatravés em questão da dizferramenta respeito a serviços Digital por Market subscrição Outlook (como Netflix22 em ou mais Amazon de Prime), 90 países, que oferecem acessoaponta ilimitado para a conteúdos uma subida através acentuada de um pagamento da receita mensal. global Estes dos conteúdos Serviços estão de disponíveis Video em diversas plataformas (Cf. Nota 1). on demand (SVoD), dos M€ 11.685 em 2016 para os M€ 17.063 em 2018. É

23 Parade informação salientar detalhada que sobre o oconceito Digital Market deOutlook SVoD consultar em https://www.statista.com/outlook/digital questão diz respeito a serviços-markets/methodology por . subscrição (como Netflix ou Amazon Prime), que oferecem acesso ilimitado a conteúdos através de um pagamento96 mensal. Estes conteúdos estão disponíveis em diversas plataformas (Cf. Nota 1).

22 Para informação detalhada sobre o Digital Market Outlook consultar https://www. statista.com/outlook/digital-markets/methodology.

140 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Os valores estimados para os anos seguintes, até 2022, confirmam esta tendência de crescimento sendo que o mercado dos SVoD deverá ultrapassar em termos globais a barreira dos M€ 20.000 na transição de 2020 para 2021, fixando-se em torno dos M€ 20.821 no ano final da análise. Os valores estimados para os anos seguintes, até 2022, confirmam esta tendência de crescimento sendo que o mercadoA taxados SVoD de variação deverá ultrapassar global, emmais termos acentuada globais a nobarreira período dos M€inicial 20.000 da na análise, transição de 2020 para 2021,tenderá fixando -portantose em torno a dosdiminuir M€ 20.821 de formano ano finalacentuada da análise. nos anos seguintes. Se, A taxa deem variação 2017, global,a receita mais acentuadaglobal dos no SVoDperíodo cresceinicial da 22,6%, análise, etenderá em 2018 portanto 19,1%, a diminuir nos de forma acentuadaanos nos anosseguintes seguintes. regista-se Se, em 2017, uma a receita quebra global significativa dos SVoD cresce desse 22,6%, crescimento, e em 2018 19,1%, nos anos seguintes regista-se uma quebra significativa desse crescimento, que a partir de 2020 se situará abaixo que a partir de 2020 se situará abaixo dos 5 pontos percentuais por ano. dos 5 pontos percentuais por ano.

Figura 62: Variação da receita global de SVoD, 2016 a 2022 Figura 79: Variação da receita global de SVoD, 2016 a 2022

22,6%

19,1%

8,2%

4,9% 3,9% 3,4%

2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. Nota: A) Os valores relativos ao período 2019 – Fonte: Statista. Edição: OberCom.2020 Amostra: são estimados Países (em listados azul claro). no Digital Market Outlook. Nota: A) Os valores relativos ao período 2019 – 2020 são estimados (em azul claro). Esta tendência revelada pelas estimativas do Digital Market Outlook é sintomática de um mercado pós-boom inicial, já mais estabelecido e estruturado, com diversos players relevantes a operar numa lógica de aposta em conteúdos exclusivos e em que o utilizador final terá porventura de fazer escolhas relativamente aos serviços a subscrever, bem como ao valor a pagar. Esta tendência está patente também nos dados relativos aos utilizadores globais. Também neste quadro de análise os valores já observados entre 2016 e 2018 apresentam uma subida mais acentuada do que os valores estimados até 2022. O aumento de 118,1 milhões de utilizadores entre 2016 e 2018 é mais expressivo que o aumento estimado 141 de 85,1 milhões entre 2019 e 2022. Enquanto que entre 2016 e 2018 se registou um aumento de cerca de 39,4 milhões de utilizadores de SVoD por ano, o aumento estimado entre 2019 e 2022 é de apenas 21,3 milhões, aproximadamente. No próximo ano, estima-se que existam no mundo inteiro cerca de 483,3 milhões de utilizadores de SVoD, valor que deverá atingir os 568,4 milhões em 2022.

97 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Esta tendência revelada pelas estimativas do Digital Market Outlook é sintomática de um mercado pós-boom inicial, já mais estabelecido e estruturado, com diversos players relevantes a operar numa lógica de aposta em conteúdos exclusivos e em que o utilizador final terá porventura de fazer escolhas relativamente aos serviços a subscrever, bem como ao valor a pagar.

Esta tendência está patente também nos dados relativos aos utilizadores globais. Também neste quadro de análise os valores já observados entre 2016 e 2018 apresentam uma subida mais acentuada do que os valores estimados até 2022.

O aumento de 118,1 milhões de utilizadores entre 2016 e 2018 é mais expressivo que o aumento estimado de 85,1 milhões entre 2019 e 2022. Enquanto que entre 2016 e 2018 se registou um aumento de cerca de 39,4 milhões de utilizadores de SVoD por ano, o aumento estimado entre 2019 e 2022 é de apenas 21,3 milhões, aproximadamente. No próximo ano, estima- se que existam no mundo inteiro cerca de 483,3 milhões de utilizadores de SVoD, valor que deverá atingir os 568,4 milhões em 2022.

Em termos de taxa de penetração de SVoD, os valores obtidos reflectem este abrandamento: se em três anos, entre 2016 e 2018, se regista um aumento de 2,2 pontos percentuais, dos 6,4% para os 8,6%, nos quatro anos seguintes a taxa de penetração global tenderá a crescer de forma mais branda, estimando-se que leve quatro anos a atingir o mesmo crescimento de 2,2 pontos percentuais.

Estes dados apontam, à semelhança da informação relativa à receita global, para uma consolidação do mercado não só do ponto de vista dos players mas também das práticas dos utilizadores finais.

142 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 63: Utilizadores de SVoD em Milhões, 2016 a 2022 Figura 81: Taxa de penetração de SVoD, 2016 a 2022

10,8% 10,4% 9,9% 9,3% 8,6%

7,5% 6,4%

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. Nota: A) Os valores relativos ao período 2019 – Fonte: Statista. Edição: OberCom.2020 Amostra: são estimados Países (em azullistados claro). no Digital Market Outlook.

Nota: A) Os valores relativos ao período 2019 – 2020 são estimados (em azul claro). Em termos de receita global média por utilizador, os dados do Digital Market Outlook sugerem que terá sido atingido um pico em 2018, com uma média de €38,43 por utilizador. É de relembrar que estamos a falar de É de salientar, pensando nestes últimos, que existe também um limite valores globais, com base em dados relativos a mais de 90 países e que, consequentemente, poderão estar para o tempo despendido a consumir conteúdos audiovisuais e que a distantes da realidade portuguesa. Esta informação estatística, resultante da divisão entre a receita e utilizadoresescolha globais disponível revela uma dentro tendência dos estável serviços em termos subscritos do valor é despendidoimensa e por tenderá utilizadores. No entanto,a estima aumentar-se que ocada crescendo vez observado mais em entre termos 2016 e 2018,quantitativos dos €35,85 parae qualitativos, os €38,43 (+€2,58) se inverta jábem a partir como de 20 em19 sendotermos que deem 2022exclusividade os utilizadores face de SVoDa outros gastarão mecanismos em média menos de €1,80 do que em distribuição2018. de conteúdos. Estes factores, no seu conjunto, sustentam a visão prospectiva de um mercado em consolidação e estabilização. Figura 82: Receita média por Utilizador de SVoD, 2016 a 2022

38,43 € 37,29 € 38,19 € 37,66 € 37,14 € 35,85 € 36,63 €

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

143 Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. Nota: A) Valores convertidos de $ para € com base na cotação de 0,8718 fornecida pelo Banco Central Europeu à data de 19 de Outubro de 2018. B) Os valores relativos ao período 2019 – 2020 são estimados (em azul claro)

99 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Em termos de taxa de penetração de SVoD, os valores obtidos reflectem este abrandamento: se em três anos, entre 2016 e 2018, se regista um aumento de 2,2 pontos percentuais, dos 6,4% para os 8,6%, nos quatro anos seguintes a taxa de penetração global tenderá a crescer de forma mais branda, estimando-se que leve quatro anos a atingir o mesmo crescimento de 2,2 pontos percentuais. Estes dados apontam, à semelhança da informação relativa à receita global, para uma consolidação do mercado não só do ponto de vista dos players mas também das práticas dos utilizadores finais. Figura 64: Taxa de penetração de SVoD, 2016 a 2022

Figura 80: Utilizadores de SVoD em Milhões, 2016 a 2022

568,4 542,3 514,4 483,3 444,0

384,1

325,9

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. Nota: A) Os valores relativos ao período 2019 – Fonte: Statista. Edição: OberCom.2020 Amostra: são estimados Países (em listadosazul claro). no Digital Market Outlook. Nota: A) Os valores relativos ao período 2019 – 2020 são estimados (em azul claro). É de salientar, pensando nestes últimos, que existe também um limite para o tempo despendido a consumir conteúdos audiovisuais e que a escolha disponível dentro dos serviços subscritos é imensa e tenderá a Em termos de receita global média por utilizador, os dados do Digital aumentar cada vez mais em termos quantitativos e qualitativos, bem como em termos de exclusividade face a Market Outlook sugerem que terá sido atingido um pico em 2018, com outros mecanismos de distribuição de conteúdos. Estes factores, no seu conjunto, sustentam a visão uma média de €38,43 por utilizador. É de relembrar que estamos a falar de prospectiva de um mercado em consolidação e estabilização. valores globais, com base em dados relativos a mais de 90 países e que,

consequentemente, poderão estar distantes da realidade portuguesa. Esta

informação estatística, resultante da divisão entre a receita e utilizadores globais revela uma tendência estável em termos do valor despendido por utilizadores. No entanto, estima-se que o crescendo observado entre 2016 e 2018, dos €35,85 para os €38,43 (+€2,58) se inverta já a partir de 2019 sendo que em 2022 os utilizadores de SVoD gastarão em média menos €1,80 do que em 2018.

98

144 Figura 81: Taxa de penetração de SVoD, 2016 a 2022

10,8% 10,4% 9,9% 9,3% 8,6%

7,5% 6,4%

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: Statista. Edição:Comunicação OberCom. Amostra: Social Países — listados Mercado no Digital Português: Market Outlook. Tendências Nota: A) Os valorese Modelos relativos ao período 2019 – 2020 são estimados (em azul claro).

Em termos de receita global média por utilizador, os dados do Digital Market Outlook sugerem que terá sido atingido um pico em 2018, com uma média de €38,43 por utilizador. É de relembrar que estamos a falar de valores globais, com base em dados relativos a mais de 90 países e que, consequentemente, poderão estar distantes da realidade portuguesa. Esta informação estatística, resultante da divisão entre a receita e utilizadores globais revela uma tendência estável em termos do valor despendido por utilizadores. No entanto, estima-se que o crescendo observado entre 2016 e 2018, dos €35,85 para os €38,43 (+€2,58) se inverta já a partir de 2019 sendo que em 2022 os utilizadores de SVoD gastarão em média menos €1,80 do que em 2018. Figura 65: Receita média por Utilizador de SVoD, 2016 a 2022 Figura 82: Receita média por Utilizador de SVoD, 2016 a 2022

38,43 € 37,29 € 38,19 € 37,66 € 37,14 € 35,85 € 36,63 €

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. Nota: A) Valores convertidos de $ para € com base na cotaçãoFonte: de 0,8718Statista. fornecida Edição: pelo Banco OberCom. Central Europeu Amostra: à data de Países19 de Outubro listados de 2018. no B) DigitalOs valores Market relativos aoOutlook. período 2019 – Nota: A) Valores convertidos de2020 $ sãopara estimados € com (em baseazul claro) na cotação de 0,8718 fornecida pelo Banco Central Europeu à data de 19 de Outubro de 2018. B) Os valores relativos ao período 2019 – 2020 são estimados (em azul claro) 99

Figura 83: Utilizadores de SVoD por Género, 2017 Figura 66: Utilizadores de SVoD por Género, 2017

45,5%

54,5%

Masculino Feminino

Fonte: Statista. Edição:Fonte: OberCom. Statista. Amostra:Edição: OberCom.Países listados Amostra: no Digital Países Market listados Outlook. no Digital Market Outlook.

Em termos sociodemográficos, em 2017 verifica-se uma maior incidência de utilizadores do género masculino que do feminino, numa relação de 54,5% para 45,4%. Em termos etários, a faixa compreendida entre os 25 e os 34 anos de idade surge como categoria modal observando-se, no entanto, que quase 56% dos utilizadores de SVoD no mundo têm até 34 anos de idade e que praticamente 60% têm entre 25 e 44 anos de idade. 145

Figura 84: Utilizadores de SVoD por Idade, 2017

35,7%

24,2%

20,1%

13,7%

6,3%

18-24 25-34 35-44 45-54 55-64

Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook.

100 Figura 83: Utilizadores de SVoD por Género, 2017

Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

45,5%

54,5%

Masculino Feminino Em termos sociodemográficos, em 2017 verifica-se uma maior incidência de Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. utilizadores do género masculino que do feminino, numa relação de 54,5% Em termospara sociodemográficos, 45,4%. Em termos em 2017 etários, verifica- sea faixauma maior compreendida incidência de entreutilizadores os 25 do egénero os 34 masculino que do feminino,anos de numa idade relação surge de como54,5% categoriapara 45,4%. modal Em termos observando-se, etários, a faixa no compreendida entanto, que entre os 25 e os 34 anosquase de 56% idade dos surge utilizadores como categoria de SVoD modal no observandomundo têm-se, até no 34 entanto, anos quede idade quase e 56% dos utilizadoresque de SVoDpraticamente no mundo 60%têm até têm 34 entre anos de25 idade e 44 e anos que praticamentede idade. 60% têm entre 25 e 44 anos de idade.

Figura 67: UtilizadoresFigura 84: de Utilizadores SVoD por de Idade, SVoD 2017 por Idade, 2017

35,7%

24,2%

20,1%

13,7%

6,3%

18-24 25-34 35-44 45-54 55-64

Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook.

100

146 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 68: Receita de SVoD na Europa (Milhões de €), 2018 Figura 85: Receita de SVoD na Europa (Milhões de €), 2018

Alemanha 1 151,56

Reino Unido 855,76

França 342,79

Dinamarca 233,56

Itália 212,54

Espanha 196,85

Suécia 184,65

Holanda 179,85

Média 141,18

Finlandia 76,46

Noruega 75,85

Áustria 74,36

Suíça 68,79

Polónia 65,91

Rússia 63,64

Bélgica 43,24

Irlanda 35,83

Rep. Checa 20,40

Hungria 17,00

Roménia 16,83

Eslováquia 8,11 Sérvia 7,76 Portugal 6,54 Bulgária 4,97 Eslovénia 3,23 Croácia 3,05 Lituânia 1,66

Letónia 1,05

Estónia 0,87

Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. A dimensão do mercado do SVoD em Portugal tem uma dimensão de M€ 6,54. Em termos de taxa de penetração de utilizadores, há duas fontes a fornecer pistas o dimensionamento do fenómeno no nosso país. O Digital Market Outlook Statista atribui a Portugal uma taxa de penetração de SVoD de 3,6% em 2018. No entanto, dados recolhidos pelo INE - Instituto Nacional de Estatística no âmbito do Inquérito à Utilização das

101

147 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A dimensão do mercado do SVoD em Portugal tem uma dimensão de M€ 6,54. Em termos de taxa de penetração de utilizadores, há duas fontes a fornecer pistas o dimensionamento do fenómeno no nosso país. O Digital Market Outlook Statista atribui a Portugal uma taxa de penetração de SVoD de 3,6% em 2018. No entanto, dados recolhidos pelo INE - Instituto Nacional de Estatística no âmbito do Inquérito à Utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação (IUTIC), em 2016, apontam para uma taxa de penetração de 5,0% em 201623, dois anos antes do ano de 2018, referência da taxa fornecida pela plataforma Statista. Em complementaridade com Tecnologiasesta informação, da Informação oe Barómetroda Comunicação de (IUTIC), Telecomunicações em 2016, apontam da para Marktest uma taxa indicade penetração que, de 24 5,0%no em 3º 2016 trimestre, dois anos de antes 2016, do anoa taxa de 2018, de referênciapenetração da taxa de fornecida SVoD pelaseria plataforma de 3,2%. Statista. No Em complementaridade com esta informação, o Barómetro de Telecomunicações da Marktest indica que, no 3º mesmo período mas um ano depois, em 2017, esse valor ascende 2,3 pontos trimestre de 2016, a taxa de penetração de SVoD seria de 3,2%. No mesmo período mas um ano depois, em 2017,percentuais esse valor ascende para 2,3 os pontos 5,5%, percentuais valor que para é, os de5,5%, resto, valor oque mais é, de altoresto, entreo mais asalto trêsentre as três fontes.fontes.

Figura 86 69:: Receita Receita de SVoD de SVoDna Europa, na análiseEuropa, de pormenoranálise deaos pormenorpaíses com menor aos países receita com menor receita (Milhões(Milhões de €), 2018de €), 2018

8,11 7,76

6,54

4,97

3,23 3,05

1,66 1,05 0,87

Eslováquia Sérvia Portugal Bulgária Eslovénia Croácia Lituânia Letónia Estónia

Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países selecionados no universo Digital Market Outlook. Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países selecionados no universo Digital Market

Outlook. A discrepância verificada entre estes três valores de referência, e que iremos utilizar na definição de estimativas para o mercado português, poderá justificar-se pelas próprias escolhas metodológicas. O INE, enquanto fonte estatística oficial nacional, tende a recorrer a técnicas de amostragem com base em amostras 23 Esta variável foi descontinuada na edição de 2017 do IUTIC, a que o OberCom já teve estruturalmenteacesso. alargadas e consistentes. Já a Marktest, enquanto empresa de estudos de mercado, tende a definir projectos concretos de recolha de dados, por lógica temática, com base em amostras representativas da população portuguesa. Por último, a Statista, enquanto148 plataforma produtora mas também agregadora de dados estatísticos a nível global, baseia-se não só na recolha efectuada por parceiros nacionais mas, também, em relatórios de mercado aplicados às mais diversas indústrias. Em todo o caso, independentemente desta diversidade metodológica, a análise das diversas fontes revela consistência na recolha e tratamento dos dados, pelo que estes são utilizados como referência neste documento. As discrepâncias verificadas servem também para observar a dificuldade na recolha de dados concretos sobre o fenómeno do SVoD no nosso país, situação que é ainda mais agravada pela forte insistência dos diversos players em não revelar dados relativos à utilização dos seus serviços, nos mais diversos aspectos.

24 Esta variável foi descontinuada na edição de 2017 do IUTIC, a que o OberCom já teve acesso.

102 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A discrepância verificada entre estes três valores de referência, e que iremos utilizar na definição de estimativas para o mercado português, poderá justificar-se pelas próprias escolhas metodológicas.O INE, enquanto fonte estatística oficial nacional, tende a recorrer a técnicas de amostragem com base em amostras estruturalmente alargadas e consistentes. Já a Marktest, enquanto empresa de estudos de mercado, tende a definir projectos concretos de recolha de dados, por lógica temática, com base em amostras representativas da população portuguesa. Por último, a Statista, enquanto plataforma produtora mas também agregadora de dados estatísticos a nível global, baseia-se não só na recolha efectuada por parceiros nacionais mas, também, em relatórios de mercado aplicados às mais diversas indústrias. Em todo o caso, independentemente desta diversidade metodológica, a análise das diversas fontes revela consistência na recolha e tratamento dos dados, pelo que estes são utilizados como referência neste documento.

As discrepâncias verificadas servem também para observar a dificuldade na recolha de dados concretos sobre o fenómeno do SVoD no nosso país, situação que é ainda mais agravada pela forte insistência dos diversos players em não revelar dados relativos à utilização dos seus serviços, nos mais diversos aspectos.

Complementando os dados relativos à situação do mercado do SVoD na Europa, analisados no capítulo anterior, posicionamos agora o mercado português em relação aos restantes mercados europeus, tendo por base os dados Statista relativos às receitas obtidas em 2018.

A receita média para os países europeus em análise é de M€ 141,18. Com um valor de M€6,54, o mercado português surge em 22º lugar no quadro dos 28 países em análise. É, portanto, 176 vezes menor que o alemão, e cerca de 22 menor que a já referida média para os 28 países em consideração.

149 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Complementando os dados relativos à situação do mercado do SVoD na Europa, analisados no capítulo anterior, posicionamos agora o mercado português em relação aos restantes mercados europeus, tendo por base os dados Statista relativos às receitas obtidas em 2018. A receitaComparativamente média para os países comeuropeus Espanha, em análise é paísde M€ 141,18.com Como umqual valor é de M€6,54,habitual o mercado o portuguêsestabelecimento surge em 22º de lugar paralelismos no quadro dos e 28 comparações, países em análise. verifica-se É, portanto, 176que vezes o mercado menor que o alemão, e cerca de 22 menor que a já referida média para os 28 países em consideração. Comparativamente português é, de acordo com dados Statista, 30 vezes menor em termos de com Espanha, país com o qual é habitual o estabelecimento de paralelismos e comparações, verifica-se que o mercadoreceitas português geradas é, de peloacordo SVoD. com dados Statista, 30 vezes menor em termos de receitas geradas pelo SVoD. Figura 70: Taxa de Penetração de SVoD na Europa, 2018 Figura 87: Taxa de Penetração de SVoD na Europa, 2018

Dinamarca 43,6%

Suécia 31,6% Noruega 24,2% Alemanha 23,2%

Finlandia 22,5%

Reino Unido 22,2% Áustria 21,5% Holanda 18,4%

Espanha 16,4%

Itália 12,2% Irlanda 12,2% Média 12,1% Suíça 11,7%

França 9,9% Bélgica 7,5% Eslovénia 6,8% Hungria 6,1%

Polónia 6,0%

Estónia 5,5% Eslováquia 5,4% Rep. Checa 4,8%

Sérvia 4,6%

Roménia 4,3% Portugal 3,6% Bulgária 3,6%

Croácia 3,5%

Letónia 3,2% Lituânia 2,7% Rússia 2,6%

Fonte: Statista.Fonte: Statista. Edição: Edição: OberCom. OberCom. Amostra: Amostra: Países Países listados listados no no Digital Digital Market Market Outlook.

103

150 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Portugal surge no conjunto do grupo a que chamamos de mercados sub M€10, ou seja mercados que apresentam receitas de SVoD inferiores a M€ 10. Neste grupo de países, Portugal surge em terceiro lugar atrás de Eslováquia (M€ 8,11) e Sérvia (M€ 7,76).

No extremo oposto destacam-se os três países que constituem a região designada por Estados Bálticos. A estónia apresenta receitas de SVoD na ordem dos M€ 0,87, a Letónia dos M€ 1,05 e Lituânia valores na ordem dos M€ 1,66.

Em termos de taxa de penetração, e falando de dados do Digital Media Outlook Statista, verifica-se que Portugal, com 3,6%, surge em 23º lugar em 28 países contemplados, sendo que a média se situa nos 12,1%. Espanha surge neste quadro de análise com uma taxa de 16,4% e Itália com 12,2%, pese obstante o facto de, em termos de receita, o mercado italiano ser maior que o espanhol.

Como referimos anteriormente, ainda que a receita e a taxa de penetração de SVoD nos países analisados sejam os indicadores principais deste documento, estes devem ser analisados e ponderados sobre a diversidade situacional de cada um dos países em discussão.

Analisados os dados disponíveis sobre o mercado português do SVoD, efectua-se agora um exercício prospectivo com o intuito de, à semelhança do observado no modelo do Digital Media Outlook Statista, prever a situação do nosso mercado a quatro anos, até 2022.

151 Portugal surge no conjunto do grupo a que chamamos de mercados sub M€10, ou seja mercados que apresentam receitas de SVoD inferiores a M€ 10. Neste grupo de países, Portugal surge em terceiro lugar atrás de Eslováquia (M€ 8,11) e Sérvia (M€ 7,76). No extremo oposto destacam-se os três países que constituem a região designada por Estados Bálticos. A estónia apresenta receitas de SVoD na ordem dos M€ 0,87, a Letónia dos M€ 1,05 e Lituânia valores na ordem dos M€ 1,66. Em termos de taxa de penetração, e falando de dados do Digital Media Outlook Statista, verifica-se que Portugal, com 3,6%, surge em 23º lugar em 28 países contemplados, sendo que a média se situa nos 12,1%. Espanha surge nesteComunicação quadro de análiseSocial — com Mercado uma taxaPortuguês: de 16,4% Tendências e Itália ecom Modelos 12,2%, pese obstante o facto de, em termos de receita, o mercado italiano ser maior que o espanhol. Como referimos anteriormente, ainda que a receita e a taxa de penetração de SVoD nos países analisados sejam os indicadores principais deste documento, estes devem ser analisados e ponderados sobre a diversidade situacional de cada um dos países em discussão. Analisados os dados disponíveis sobre o mercado português do SVoD, efectua-se agora um exercício prospectivo com o intuito de, à semelhança do observado no modelo do Digital Media Outlook Statista, prever a situação do nosso mercado a quatro anos, até 2022.

Figura 71: Evolução estimada da receita de SVoD em Portugal (Milhões de Figura 88: Evolução estimada da receita de SVoD em Portugal (Milhões de €), 2018 a 2022 €), 2018 a 2022

7,98 7,72 7,43 7,08 6,54

2018 2019 2020 2021 2022 Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. Nota: A) Valores convertidos de $ para € com base na cotaçãoFonte: de 0,8718 Statista. fornecida Edição: pelo Banco OberCom. Central EuropeuAmostra: à data Países de 19 listadosde Outubro no de Digital 2018. B) Market Os valores Outlook. relativos Nota: ao período A) 2019 – Valores convertidos de $ para € com2020 sãobase estimados na cotação (em azul de claro). 0,8718 fornecida pelo Banco Central Europeu à data de 19 de Outubro de 2018. B) Os valores relativos ao período 2019 – 2020 são estimados (em azul claro). Começando com a receita de SVoD, a estimativa parte do princípio de que a evolução do mercado português acompanhará, nos próximos 4 anos, a tendência global (observada e identificada na Figura relativa à taxa de variaçãoComeçando da receita global, com que a figurareceita no capítulode SVoD, Mercado a estimativa global – Indicadores parte do gerais) princípio. de que Assumindoa evolução que o nosso do mercadomercado crescerá português nos próximos acompanhará, anos ao mesmo nos ritmopróximos que o 4 mercado anos, global, Portugala deverá tendência apresentar global em 2022 (observada receitas de eSVoD identificada próximas dos M€ na 8 em Figura 2022 (M€ relativa 7,98), uma àvariação taxa de M€ 1,44de variaçãoface a 2018. da receita global, que figura no capítulo Mercado global – Indicadores gerais). 104 Assumindo que o nosso mercado crescerá nos próximos anos ao mesmo ritmo que o mercado global, Portugal deverá apresentar em 2022 receitas de SVoD próximas dos M€ 8 em 2022 (M€ 7,98), uma variação de M€ 1,44 face a 2018.

Em termos de número de utilizadores de SVoD, estimamos, com base também nas tendências Statista para o mercado global, que o número de indivíduos a utilizar este tipo de recurso seja de 217 854 em 2022, um aumento de 47 674 utilizadores face a 2018.

152 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Em termosRelembre-se, de número de para utilizadores efeitos de SVoD,de interpretação estimamos, com destesbase também dados, nas tendênciasque estamos Statista a para o mercadoassumir global, que que o onúmero mercado de indivíduos Português a utilizar seguirá este astipo tendências de recurso seja observadas de 217 854 aem nível 2022, um aumentoglobal de 47 674e, portanto, utilizadores facetenderá a 2018. a atingir valores de crescimento proporcional. RelembreNo-se, entanto, para efeitos como de interpretação vimos anteriormente, destes dados, que a realidadeestamos a assumirglobal quee europeia o mercado dosPortuguês seguiráSVoD as tendências é muito observadas diversificada a nível e globalpermeável e, portanto, a diversos tenderá factores a atingir valores de influência de crescimento proporcional.que levam No entanto, à relação como entre vimos anteriormente,os indivíduos a realidadee os conteúdos global e europeia audiovisuais, dos SVoD em é muito diversificada e permeável a diversos factores de influência que levam à relação entre os indivíduos e os geral, e as plataformas de streaming, em particular. conteúdos audiovisuais, em geral, e as plataformas de streaming, em particular.

Figura 89: Estimativa de utilizadores de SVoD em Portugal, 2018 a 2022 Figura 72: Estimativa de utilizadores de SVoD em Portugal, 2018 a 2022

217 854 207 862 197 292 185 389

170 180

2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. Nota:

Fonte: Statista.A) Valores Edição: convertidos OberCom. Amostra: de $Países para listados € com no Digital base Market na cotação Outlook. Nota:de 0,8718 A) Valores fornecida convertidos pelode $ paraBanco € com base na cotaçãoCentral de 0,8718 Europeu fornecida à pelo data Banco de Central19 de EuropeuOutubro à data de de2018. 19 de B) Outubro Os valores de 2018. relativos B) Os valores ao relativosperíodo ao 2019período – 2019 – 2020 são estimados (em azul claro).2020 são estimados (em azul claro).

Em termos de receitas a nível global, por exemplo, observa-se que os E.U.A assumem um peso estatístico Em termos de receitas a nível global, por exemplo, observa-se que os E.U.A muito relevante nesta análise, pela dimensão dessa mesma receita, enquanto que outros países, apesar de assumem um peso estatístico muito relevante nesta análise, pela dimensão menos populosos e não tão lucrativos, atingem níveis de penetração de serviço muito elevados pelos perfis de literaciadessa digital mesma das respectivas receita, populações. enquanto que outros países, apesar de menos O Digitalpopulosos Media Outlook e nãoprocura tão explorar lucrativos, essa diversidade atingem pela níveis recolha de de penetraçãodados ao nível nacional,de serviço recorrendo a diversasmuito parcerias elevados com pelos empresas perfis de estudosde literacia de mercado digital e das Instituições respectivas de recolha populações. estatística oficial, garantindo assim a viabilidade e fiabilidade da informação coligida e divulgada. Relativamente à taxa de penetração de SVoD no nosso país, existem vários cenários de futuro, cujo estabelecimento é possível pelo facto de termos acesso a dados equivalentes produzidos por três instituições diferentes (Statista, INE e Marktest). Observando a Figura 31 podemos observar quatro linhas evolutivas distintas. A primeira linha, que se posiciona no plano superior, é a mesma que foi apresentada153 na Figura relativa à “Taxa de penetração global,

105 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

O Digital Media Outlook procura explorar essa diversidade pela recolha de dados ao nível nacional, recorrendo a diversas parcerias com empresas de estudos de mercado e Instituições de recolha estatística oficial, garantindo assim a viabilidade e fiabilidade da informação coligida e divulgada. Relativamente à taxa de penetração de SVoD no nosso país, existem vários cenários de futuro, cujo estabelecimento é possível pelo facto de termos acesso a dados equivalentes produzidos por três instituições diferentes (Statista, INE e Marktest).

Observando a Figura 31 podemos observar quatro linhas evolutivas distintas. A primeira linha, que se posiciona no plano superior, é a mesma que foi apresentada na Figura relativa à “Taxa de penetração global, 2016 a 2022” que figura no capítulo Mercado global – Indicadores gerais. Essa linha de evolução surge neste contexto de análise porque é a tendência que serve de base à produção das outras tendências evolutivas.

Os três cenários de identificados foram calculados partindo do pressuposto de que Portugal seguirá a tendência de evolução global observada (entre 2016 e 2018) e estimada (entre 2019 e 2022) pelo Digital Media Outlook Statista.

154 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

2016 a 2022” que figura no capítulo Mercado global – Indicadores gerais. Essa linha de evolução surge neste contexto de análise porque é a tendência que serve de base à produção das outras tendências evolutivas. Os três cenários de identificados foram calculados partindo do pressuposto de que Portugal seguirá a tendência de evolução global observada (entre 2016 e 2018) e estimada (entre 2019 e 2022) pelo Digital Media Outlook Statista. Figura 73: Evolução da taxa de penetração de SVoD em Portugal, 2016 a 2022Figura 90: Evolução da taxa de penetração de SVoD em Portugal, 2016 a 2022

10,8% 10,4% 9,9%

9,3% 8,6% 8,6% 8,3% 7,9% 7,5% 7,4% 6,8% 7,9% 6,4% 7,6% 5,9% 7,2% 6,8% 5,0% 6,3% 5,5% 4,6% 4,2% 4,4% 3,9% 3,6% 3,2%

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Taxa de Penetração global Statista Taxa de Penetração Portugal INE-IUTIC*

Taxa de Penetração Portugal Statista* Taxa de Penetração Portugal Marktest BTC*

Fonte: Statista. Edição: OberCom. Amostra: Países listados no Digital Market Outlook. Nota: A) Os valores relativos ao período 2019 – Fonte: Statista. Edição: OberCom.2020 são Amostra: estimados Países (em cores listados mais claras). no Digital Market Outlook. Nota: A) Os valores relativos ao período 2019 – 2020 são estimados (em cores mais claras). Observando a Figura 31 podemos observar quatro linhas evolutivas distintas. A primeira linha, que se posicionaObservando no plano superior, a Figura é a mesma 31 que podemos foi apresentada observar na Figura quatro relativa linhasà “Taxa deevolutivas penetração global, 2016 a 2022” que figura no capítulo Mercado global – Indicadores gerais. Essa linha de evolução surge neste distintas. A primeira linha, que se posiciona no plano superior, é a mesma contexto de análise porque é a tendência que serve de base à produção das outras tendências evolutivas. que foi apresentada na Figura relativa à “Taxa de penetração global, 2016 Os três cenários de identificados foram calculados partindo do pressuposto de que Portugal seguirá a a 2022” que figura no capítulo Mercado global – Indicadores gerais. Essa tendência de evolução global observada (entre 2016 e 2018) e estimada (entre 2019 e 2022) pelo Digital linha de evolução surge neste contexto de análise porque é a tendência Media Outlook Statista. Aplicandoque esse serve peso deevolutivo base aos à produção valores produzidos das outras para Portugal tendências por Statista, evolutivas. obtemos o cenário 1, que se caracteriza por ser Conservador em termos da evolução taxa de penetração de SVoD em Portugal. EnquantoOs fonte, três o Digital cenários Media Outlook de identificados determina para Portugal foram uma Taxacalculados de penetração partindo de 3,6% em do 2018. Assumindopressuposto que essa taxa de seguirá que uma Portugal tendência seguirá semelhante a tendênciaà do mercado de global, evolução até 2022 global o mercado do observada (entre 2016 e 2018) e estimada (entre 2019 e 2022) pelo Digital Media Outlook Statista.

106

155 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Aplicando esse peso evolutivo aos valores produzidos para Portugal por Statista, obtemos o cenário 1, que se caracteriza por ser Conservador em termos da evolução taxa de penetração de SVoD em Portugal. Enquanto fonte, o Digital Media Outlook determina para Portugal uma Taxa de penetração de 3,6% em 2018. Assumindo que essa taxa seguirá uma tendência semelhante à do mercado global, até 2022 o mercado do SVoD crescerá apenas 1,0% em termos de taxa de penetração, ou seja, crescerá uma média de apenas 0,25% por ano.

Num plano prospectivo mais Optimista, partimos de um valor base mais elevado, fornecido pelo INE no âmbito do Inquérito à Utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação. A edição de 2016 do IUTIC determinada uma taxa de penetração de SVoD de 5,0% em Portugal. Assumindo que esse valor progride nos anos seguintes na mesma linha que a taxa de penetração Statista, estima-se que em 2018 a taxa de penetração de SVoD em Portugal seria de 6,8% e em 2022 poderá atingir os 8,6%, aumentando 1,8% face ao ano de 2018.

Por fim, surge o cenário Intermédio, mas mais próximo dos valores do INE e do inquérito IUTIC, onde partindo dos valores fornecidos pela Marktest é possível estimar que em 2022 a taxa de penetração de SVoD em Portugal se fixará em torno dos 8% (7,9%, mais precisamente). Os dados Marktest a que tivemos acesso divergem das duas outras fontes. Neste caso tivemos acesso a dados não apenas de um ano mas de dois (2016 e 2017). Observando a evolução entre 2016 e 2017 verifica-se que a taxa de penetração, com base em dados oficiais Marktest, aumenta 2,3 pontos percentuais, ou seja, de forma francamente mais acentuada que a estimativa por nós realizada até 2022, com base na evolução do mercado global determinada pelo Outlook Statista.

156 SVoD crescerá apenas 1,0% em termos de taxa de penetração, ou seja, crescerá uma média de apenas 0,25% por ano. Num plano prospectivo mais Optimista, partimos de um valor base mais elevado, fornecido pelo INE no âmbito do Inquérito à Utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação. A edição de 2016 do IUTIC determinada uma taxa de penetração de SVoD de 5,0% em Portugal. Assumindo que esse valor progride nos anos seguintes na mesma linha que a taxa de penetração Statista, estima-se que em 2018 a taxa de penetraçãoComunicação de SVoD Social em Portugal — Mercado seria Português: de 6,8% e Tendênciasem 2022 poderá e Modelos atingir os 8,6%, aumentando 1,8% face ao ano de 2018. Por fim, surge o cenário Intermédio, mas mais próximo dos valores do INE e do inquérito IUTIC, onde partindo dos valores fornecidos pela Marktest é possível estimar que em 2022 a taxa de penetração de SVoD em Portugal se fixará em torno dos 8% (7,9%, mais precisamente). Os dados Marktest a que tivemos acesso divergem das duas outras fontes. Neste caso tivemos acesso a dados não apenas de um ano mas de dois (2016 e 2017). Observando a evolução entre 2016 e 2017 verifica-se que a taxa de penetração, com base em dados oficiais Marktest, aumenta 2,3 pontos percentuais, ou seja, de forma francamente mais acentuada que a estimativa por nós realizada até 2022, com base na evolução do mercado global determinada pelo Outlook Statista.Figura 74: Venda de cartões pré-pagos Netflix entre Janeiro e Agosto de 2017 e 2018 na cadeia de retalho líder em Portugal na venda de cartões Figura 91: Venda de cartões pré-pagos Netflix entre Janeiro e Agosto de 2017 e 2018 na cadeia pré-pagos de retalho líder em Portugal na venda de cartões pré-pagos

40000 37 090 36190 35 325 35075 34 030 35000 31085

30000 26130 23965 25000

20000 20525 19710 15000 17120 17 000 16 235 15225 14565 15 365 10000

5000

0 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto

2017 2018

Edição: OberCom. Edição: OberCom.

Chegados a este ponto do relatório, é importante relembrar que este é um exercício prospectivo de estabelecimentoChegados a de este cenários ponto de futuros. do relatório, É possível éque, importante por razões diversas, relembrar o mercado que deeste SVoD é emum Portugal evoluaexercício de forma prospectivo mais ténue de ou estabelecimento mais intensa. O propó desito cenários deste exercício, de futuros. e por É consequência, possível deste que, por razões diversas, o mercado de SVoD em Portugal evolua de forma mais ténue ou mais intensa. O propósito107 deste exercício, e por consequência, deste documento, é colmatar a falta de informação disponível de forma aberta aos mais diversos públicos sobre este tema, fornecendo um intervalo de confiança que nos permita reflectir sobre o peso efectivo dos SVoD em Portugal em termos futuros.

157 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Independentemente do cenário observado para o futuro prospetivo do SvoD em Portugal, já outros dados que apontam para que o interesse e, por consequência, a adesão dos portugueses às novas formas de visualização estejam a aumentar. Dados coligidos junto de uma grande cadeia de retalho indicam que em 2018, face a 2017, a venda de cartões pré-pagos da plataforma Netflix tenha aumentado em média 191,4% por mês (dados relativos a 2017 e 2018, entre Janeiro e Agosto).

O inquérito IUTIC do INE tem revelado, ao longo dos anos, que apesar de adesão a práticas de pagamento digital esteja a aumentar, esse aumento é lento. A utilização de cartões pré-pagos para acesso a serviços digitais apresenta-se ao consumidor como uma solução de meio termo, entre uma forma de pagamento mais tradicional e um conteúdo inovador e com perspectivas de crescimento, seja em termos económicos, ou de interesse dos conteúdos disponíveis.

158 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

8. Mercado do Áudio

159 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

8.1 Audiências de Rádio

Neste capítulo identificam-se aspectos relevantes relativos ao mercado nacional de rádio e às suas audiências e share. A análise focou-se essencialmente em cinco rádiosMercado – RFM, do Rádio Áudio Renascença, Rádio Comercial, TSF e Antena 1 –, que apresentam melhores resultados em termos de audiência acumulada de véspera e queAudiências representam de Rádiocada um dos grandes grupos de

rádio em Portugal, a saber: Grupo R/Com (RFM e Rádio Renascença), Media Neste capítulo identificam-se aspectos relevantes relativos ao mercado nacional de rádio e às suas audiências e Capital (Rádio Comercial), Grupo RDP (Antena 1) e TSF. share. A análise focou-se essencialmente em cinco rádios – RFM, Rádio Renascença, Rádio Comercial, TSF e Antena 1 –, que apresentam melhores resultados em termos de audiência acumulada de véspera e que representamFigura 75: cada Evolutivo um dos grandes anual grupos da audiência de rádio em acumulada Portugal, a saber:de véspera Grupo R/Com (%), 2002 (RFM e a Rádio Renascença),2018 Media Capital (Rádio Comercial), Grupo RDP (Antena 1) e TSF.

Figura 92: Evolutivo anual da audiência acumulada de véspera (%), 2002 a 2018

20

18

16

14

12

10

8

6 4

2

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

RFM R. Renascença Rádio Comercial TSF Antena 1

Fonte: Anuário de Media e Publicidade Marktest, 2002 a 2018. Edição: OberCom. A) Por Audiência Acumulada de Véspera entende-se o númeroFonte: ou Anuário percentagem de deMedia indivíduos e Publicidade que escutaram Marktest, uma estação, 2002 no período a 2018. de um Edição: dia, independentemente OberCom. A) do Por tempo Audiência dispendido (in Acumulada de Véspera entende-se o númeroGlossário ou Marktest). percentagem de indivíduos que escutaram uma estação, no período de um dia, independentemente do tempo dispendido (in Glossário A figuraMarktest). apresenta as cinco rádios com maior audiência acumulada de véspera (em %) e tem em conta a sua evolução desde 2002 até 2018. Como é possível verificar, a rádio que obteve um maior crescimento em termos de audiência acumulada foi a Rádio Comercial que, em 2002, tinha 6,3% e, em 2018, detinha 17,2%. Por outro lado, a Rádio Renascença apresenta uma queda gradual em termos de audiência acumulada de véspera, tendo tido 12,3% em 2002 e 4,9% em 2018. Destaque também para a RFM, que se apresenta como a rádio portuguesa que, ao longo dos anos em análise, apresentou um nível alto e uma maior estabilidade em termos de audiência acumulada, tendo tido, em 2018, 16,6%. Já os representantes dos outros dois grandes grupos160 (Antena 1 e TSF) apresentam níveis similares entre elas, com a Antena 1 e a TSF a deterem valores de 4,6% e 2,7%, respectivamente.

109 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A figura apresenta as cinco rádios com maior audiência acumulada de véspera (em %) e tem em conta a sua evolução desde 2002 até 2018. Como é possível verificar, a rádio que obteve um maior crescimento em termos de audiência acumulada foi a Rádio Comercial que, em 2002, tinha 6,3% e, em 2018, detinha 17,2%. Por outro lado, a Rádio Renascença apresenta uma queda gradual em termos de audiência acumulada de véspera, tendo tido 12,3% em 2002 e 4,9% em 2018.

Destaque também para a RFM, que se apresenta como a rádio portuguesa que, ao longo dos anos em análise, apresentou um nível alto e uma maior estabilidade em termos de audiência acumulada, tendo tido, em 2018, 16,6%.

Já os representantes dos outros dois grandes grupos (Antena 1 e TSF) apresentam níveis similares entre elas, com a Antena 1 e a TSF a deterem valores de 4,6% e 2,7%, respectivamente.

Figura 76: Evolutivo do share de audiência médio (%), 2003 a 2018 Figura 93: Evolutivo do share de audiência médio (%), 2003 a 2018

30

25

20

15

10

5

0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

RFM R.Renascença Rádio Comercial TSF Antena 1

Fonte: Anuário de MediaFonte: e Publicidade Anuário de Media Marktest. e Publicidade Edição: Marktest. OberCom. Edição: OberCom.

No que diz respeito ao share e à sua evolução, entre 2003 e 2018, os comportamentos são similares aos da figura anterior, com a Rádio Comercial a deter o maior crescimento – 8,4% em 2003 e 24,2% em 2018. Já a Rádio Renascença apresentava 18,1% de share de audiência médio em 2003, e 6,5% em 2018, e a RFM 161 apresenta resultados relativamente estáveis, com 24,9% em 2003 e 24,1% em 2018 (apenas de assinalar uma quebra em 2013, com 18,4%).

Figura 94: Audiência acumulada de véspera (%) por bimestre, 2018

30

25

20

15

10

5

0 Fevereiro Abril Junho Setembro Dezembro

Total Rádio RFM R. Renascença Rádio Comercial Antena 1 TSF

Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição: OberCom. A) Por Audiência Acumulada de Véspera entende-se o número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação, no período de um dia, independentemente do tempo dispendido (in Glossário Marktest).

110 Figura 93: Evolutivo do share de audiência médio (%), 2003 a 2018

30

25

20 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

15

10

5

0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

RFM R.Renascença Rádio Comercial TSF Antena 1 No que diz respeito ao share e à sua evolução, entre 2003 e 2018, os Fonte: Anuário de Media e Publicidade Marktest. Edição: OberCom. comportamentos são similares aos da figura anterior, com a Rádio Comercial a deterNo queo maior diz respeito crescimento ao share e – à 8,4% sua evolução, em 2003 entre e 24,2% 2003 e 2018,em 2018. os comportamentos Já a Rádio são similares aos da Renascençafigura anterior, apresentava com a Rádio 18,1%Comercial de ashare deter ode maior audiência crescimento médio – 8,4% em em 2003, 2003 ee 2 4,2% em 2018. Já a 6,5%Rádio em 2018, Renascença e a RFM apresentava apresenta 18,1% resultados de share de relativamente audiência médio emestáveis, 2003, e com 6,5% em 2018, e a RFM apresenta resultados relativamente estáveis, com 24,9% em 2003 e 24,1% em 2018 (apenas de assinalar uma 24,9% em 2003 e 24,1% em 2018 (apenas de assinalar uma quebra em 2013, quebra em 2013, com 18,4%). com 18,4%).

Figura 94: Audiência acumulada de véspera (%) por bimestre, 2018 Figura 77: Audiência acumulada de véspera (%) por bimestre, 2018 30

25

20

15

10

5

0 Fevereiro Abril Junho Setembro Dezembro

Total Rádio RFM R. Renascença Rádio Comercial Antena 1 TSF

Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição: OberCom. A) Por Audiência Acumulada de Véspera entende-se o número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação, no período de um dia, independentemente do tempo dispendido (in Glossário Marktest). Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição: OberCom.

A) Por Audiência Acumulada de Véspera 110entende-se o número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação, no período de um dia, independentemente do tempo dispendido (in Glossário Marktest).

No que respeita a audiência acumulada de véspera, agora cruzando com os bimestres do ano de 2018, verifica-se que os resultados foram, para as rádios em análise, bastante estáveis, não havendo mudanças significativas mediante o bimestre.

162 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

No que respeita a audiência acumulada de véspera, agora cruzando com os bimestres do ano de 2018, verifica-se que os resultados foram, para as rádios em análise, bastante estáveis, não havendo mudanças significativas Assim, cada rádio manteve a sua audiência estável ao longo do ano. mediante o bimestre. Assim, cada rádio manteve a sua audiência estável ao longo do ano. Figura 78: Share de audiência (%) por bimestre, 2018

Figura 95: Share de audiência (%) por bimestre, 2018

40

35

30

25

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10

5

0

Fevereiro Abril Junho Setembro Dezembro

Total Rádio RFM R. Renascença Rádio Comercial Antena 1 TSF

Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest.Edição: OberCom. A) Por Audiência Acumulada de Véspera entende-se o número ou percentagemFonte: Anuário de indivíduos de Media que escutaram e Publicidade uma estação, 2018, no Marktest.Edição:período de um dia, independentemente OberCom. do tempo dispendido (in Glossário Marktest).

Já noA) quePor diz Audiênciarespeito ao share Acumulada de audiência de por Vésperabimestre, a tendênciaentende-se é a mesma, o número apenas comou destaque para umapercentagem pequena quebra deda indivíduosRádio Comercial que de escutaramSetembro para uma Dezembro, estação, mantendo no -períodose, ainda assim,de como uma das rádios com maior share de audiência nacional. um dia, independentemente do tempo dispendido (in Glossário Marktest). As próximas figuras exploram o perfil dos ouvintes das rádios portuguesas, sendo que se acrescentou a categoria ‘Outras’, que engloba as restantes rádios nacionais portuguesas – para além das cinco em análise –, a saber: MegaJá Hits; no Rádioque Sim;diz respeitoCidade FM; aoM80; share Smooth de FM; audiência Vodafone FM; por Antena bimestre, 2 e Antena a tendência 3. é a mesma, apenas com destaque para uma pequena quebra da Rádio Comercial de Setembro para Dezembro, mantendo-se, ainda assim, como uma das rádios com maior share de audiência nacional.

As próximas figuras exploram o perfil dos ouvintes das rádios portuguesas,

sendo que se acrescentou a categoria ‘Outras’, que engloba as restantes

rádios nacionais portuguesas – para além das cinco em análise –, a saber:

Mega Hits; Rádio Sim; Cidade FM; M80; Smooth FM; Vodafone FM; Antena

111 163 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

2 e Antena 3. Figura 79: Audiência acumulada de véspera (%) por Género, 2018 Figura 96: Audiência acumulada de véspera (%) por Género, 2018

20 17,8 18 16,6 16,8 16,4 16,3 16 12,8 14 12

10 7,7 8 6,2 6 4,7 3,7 4 1,8 1 2 0

Rádio Comercial RFM Antena 1 Renascença TSF Outras

Masculino Feminino

Fonte:Fonte: Anuário Anuáriode Media ede Publicidade Media e 2018, Publicidade Marktest. Edição:2018, Marktest.OberCom. Nota: Edição: A) Por OberCom. Audiência Acumulada Nota: A) de Por Véspera Audiência entende -se o númeroAcumulada ou percentagem de de Véspera indivíduos entende-seque escutaram ouma número estação, ouno períodopercentagem de um dia, deindependentemente indivíduos que do escutaramtempo dispendido (in uma estação, no período de um dia, independentementeGlossário Marktest). do tempo dispendido (in Glossário

Marktest). Tendo em conta as mesmas rádios, e cingindo agora a análise na audiência acumulada de véspera no ano 2018, cruzando-a com o género dos ouvintes – o que ajuda a perceber o perfil dos ouvintes de cada rádio –, verifica-se Tendo em conta as mesmas rádios, e cingindo agora a análise na audiência que, de uma forma geral, tendem a existir mais indivíduos do sexo masculino. Nos casos da Rádio Comercial e da acumulada de véspera no ano 2018, cruzando-a com o género dos ouvintes RFM, contudo, os valores estão relativamente similares – no caso da primeira rádio, por exemplo, a Rádio Comercial– chegouo que ajudaa 17,8% a dosperceber homens o e perfila 16,6% dos das ouvintes mulheres .de Outras cada rádios, rádio como –, verifica-se a Antena 1, que,a Renascença e a TSF de– bemuma como forma as outrasgeral, rádiostendem nacionais a existir analisadas mais indivíduos– apresentaram do resultadossexo masculino. mais inclinados Nos para o género masculino.casos da Rádio Comercial e da RFM, contudo, os valores estão relativamente similares – no caso da primeira rádio, por exemplo, a Rádio Comercial chegou a 17,8% dosFigura homens 97: Audiência e a 16,6% acumulada das mulheres. de véspera Outras (%) rádios, por idade, como 2018 a Antena 1,

35 a Renascença e a TSF – bem como as outras rádios nacionais analisadas – 30,9 apresentaram29,2 resultados mais inclinados para o género masculino. 30 25,1 27,7 26,2 23,9 23,2 25 22,7 21,1 19,5 20

15,8 14,9 15 11 8,9 10 7,8 7,7 7,2 6,6 4,1 5,4 4,6 1,7 5,2 4,9 1,8 4,5 3,3 3,3 3,9 5 2,2 1,9 2,6 2 1,4 0,9 0,6

0

Rádio Comercial RFM Renascença Antena 1 TSF Outras

15-24 25-34 35-44 45-54 55-65 Mais 64

Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição:164 OberCom. Nota: A) Por Audiência Acumulada de Véspera entende-se o número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação, no período de um dia, independentemente do tempo dispendido (in Glossário Marktest).

112 Figura 96: Audiência acumulada de véspera (%) por Género, 2018

20 17,8 18 16,6 16,8 16,4 16,3 16 12,8 14 12

10 7,7 8 6,2 6 4,7 3,7 4 1,8 1 2 0

Rádio Comercial RFM Antena 1 Renascença TSF Outras

Masculino Feminino Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição: OberCom. Nota: A) Por Audiência Acumulada de Véspera entende-se o número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação, no período de um dia, independentemente do tempo dispendido (in Glossário Marktest).

Tendo em conta as mesmas rádios, e cingindo agora a análise na audiência acumulada de véspera no ano 2018, cruzando-a com o género dos ouvintes – o que ajuda a perceber o perfil dos ouvintes de cada rádio –, verifica-se que, de uma forma geral, tendem a existir mais indivíduos do sexo masculino. Nos casos da Rádio Comercial e da RFM, contudo, os valores estão relativamente similares – no caso da primeira rádio, por exemplo, a Rádio Comercial chegou a 17,8% dos homens e a 16,6% das mulheres. Outras rádios, como a Antena 1, a Renascença e a TSF – bem como as outras rádios nacionais analisadas – apresentaram resultados mais inclinados para o géFiguranero masculino. 80: Audiência acumulada de véspera (%) por idade, 2018

Figura 97: Audiência acumulada de véspera (%) por idade, 2018

35 30,9 29,2 30 25,1 27,7 26,2 23,9 23,2 25 22,7 21,1 19,5 20

15,8 14,9 15 11 8,9 10 7,8 7,7 7,2 6,6 4,1 5,4 4,6 1,7 5,2 4,9 1,8 4,5 3,3 3,3 3,9 5 2,2 1,9 2,6 2 1,4 0,9 0,6

0

Rádio Comercial RFM Renascença Antena 1 TSF Outras

15-24 25-34 35-44 45-54 55-65 Mais 64

Fonte:Fonte: Anuário de Mediade Media e Publicidade e Publicidade 2018, Marktest 2018,. Edição: Marktest. OberCom. Edição:Nota: A) Por OberCom. Audiência Acumulada Nota: A) de Por Véspera Audiência entende-se o número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação, no período de um dia, independentemente do tempo dispendido (in Acumulada de Véspera entende-se o númeroGlossário ou percentagem Marktest). de indivíduos que escutaram uma estação, no período de um dia, independentemente do tempo dispendido (in Glossário Marktest).

112 Tendo em conta a mesma variável da figura anterior, agora cruzando-a com faixas etárias, verificam-se certas tendências mediante as rádios. No caso da Rádio Comercial, esta rádio detém valores de Audiência Acumulada de Véspera mais elevados na faixa dos 25-34 anos, seguida do intervalo etário entre os 35 e os 44 sendo que este perfil vai gradualmente diminuindo com o aumento da idade. No caso da RFM, detém mais ouvintes entre os 35 e os 44 anos de idade, seguindo-se o intervalo etário anterior, entre os 25 e os 34 anos de idade. Já a Renascença apresenta um crescimento de ouvintes mediante a idade, atingindo 8,9% dos ouvintes com mais de 64 anos, dados similares apresentados pela Antena 1. No caso da TSF, a faixa etária com mais ouvintes em termos de audiência acumulada de véspera em 2018 é a 45-54 anos (4,6%).

Como é possível verificar com os dados das outras rádios nacionais portuguesas, a tendência, para estas, é para existir maior audiência de rádio quanto menor for a faixa etária.

165 Tendo em contaComunicação a mesma variável Social da — figura Mercado anterior, Português: agora cruzando Tendências-a com e Modelosfaixas etárias, verificam-se certas tendências mediante as rádios. No caso da Rádio Comercial, esta rádio detém valores de Audiência Acumulada de Véspera mais elevados na faixa dos 25-34 anos, seguida do intervalo etário entre os 35 e os 44 sendo que este perfil vai gradualmente diminuindo com o aumento da idade. No caso da RFM, detém mais ouvintes entre os 35 e os 44 anos de idade, seguindo-se o intervalo etário anterior, entre os 25 e os 34 anos de idade. Já a Renascença apresenta um crescimento de ouvintes mediante a idade, atingindo 8,9% dos ouvintes com mais de 64 anos, dados similares apresentados pela Antena 1. No caso da TSF, a faixa etária com mais ouvintes em termos de audiência acumulada de véspera em 2018 é a 45-54 anos (4,6%). Como é possível verificar com os dados das outras rádios nacionais portuguesas, a tendência, para estas, é para existir maior audiência de rádio quanto menor for a faixa etária. Figura 81: Audiência acumulada de véspera (%) por Regiões Marktest, 2018

Figura 98: Audiência acumulada de véspera (%) por Regiões Marktest, 2018

25

16,8 16,5 17,4 21,1

18,8 16,9 20 18,2 18,6 18,1 17,7 17,8 18 16 15,6 15,6 15,8 13,9 15

10 7,5 4,9 4,4 5,8 5,9 6,1 3,4 4,7 5,2 4 4,4 4 4,1 4,4 5 3 2,9 2,4 1,3 0,9

0 Rádio Comercial RFM Renascença Antena 1 TSF Outras

Grande Lisboa Grande Porto Litoral Norte Litoral Centro Interior Norte Sul

Fonte: Anuário Anuário de Media de Mediae Publicidade e Publicidade 2018, Marktest 2018,. Edição: Marktest. OberCom. Nota: Edição: A) Por OberCom. Audiência Acumulada Nota: A)de PorVéspera Audiência entende-se o númeroAcumulada ou percentagem de Véspera de indivíduos entende-se que escutaram o umanúmero estação, ou no percentagemperíodo de um dia, deindependentemente indivíduos que do tempo escutaram dispendido (in uma estação, no período de um dia, independentementeGlossário Marktest). do tempo dispendido (in Glossário

Marktest). Esta figura permite também compreender a distribuição dos ouvintes das rádios portuguesas. No caso da Rádio Comercial, a audiência encontra-se relativamente distribuída, com predominância para a Grande Lisboa, o Litoral CentroEsta e o figuraSul. Já nopermite que diz respeito também à RFM, compreender de destacar – em a relação distribuição às outras regiõesdos ouvintesem que se ouve das a RFM – umarádios maior portuguesas. afluência de audiência No casodo Grande da Porto,Rádio onde Comercial, chegou a 1 8,6%a audiência dos habitantes encontra-se desta região . Das restantesrelativamente rádios, destaque distribuída, ainda para acom TSF, ouvidapredominância em grande parte para na Grandea Grande Lisboa Lisboa, e no Grande o Litoral Porto, e com menos influência no Litoral Centro e no Sul. Centro e o Sul. Já no que diz respeito à RFM, de destacar – em relação às No que diz respeito à categoria ‘Outras’, estas são ouvidas principalmente na Grande Lisboa, sendo que é no outras regiões em que se ouve a RFM – uma maior afluência de audiência do Interior Norte que, à data desta análise, houve menor audiência. Grande Porto, onde chegou a 18,6% dos habitantes desta região. Das restantes rádios, destaque ainda para a TSF, ouvida em grande parte na Grande Lisboa e no Grande Porto, e com menos influência no Litoral Centro e no Sul.

No que diz respeito à categoria ‘Outras’,113 estas são ouvidas principalmente na Grande Lisboa, sendo que é no Interior Norte que, à data desta análise, houve menor audiência.

166 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 82: Audiência acumulada de véspera (%) por dia da semana, 2018 Figura 99: Audiência acumulada de véspera (%) por dia da semana, 2018

20 18,9 17,8 18

16 14,4 13,7 13,6 14

11,1 12 10 8 5,4 6 4,8 4,5 3,3 3,6 3,6 4 3,1 2,1 1,6 2

0

Rádio Comercial RFM R. Renascença Antena 1 TSF

Dias úteis Sábado Domingo

Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição: OberCom. Nota: A) Por Audiência

Acumulada de Véspera entende-se o número ou percentagem de indivíduos que escutaram Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição: OberCom. Nota: A) Por Audiência Acumulada de Véspera entende-se o número umaou percentagem estação, de noindivíduos período que escutaram de um umadia, estação, independentemente no período de um dia, independentementedo tempo dispendido do tempo dispendido (in Glossário (in Gloss ário Marktest). Marktest).

Analisando agora a audiência acumulada de véspera tendo em conta dias úteis, sábado e domingo, verifica-se que,Analisando de uma forma agora geral, aa audiência audiência é mais acumulada elevada nos dias de úteis. véspera De seguida, tendo existe ema tendência conta para dias ser mais elevadaúteis, aos sábado Sábados, e excepto domingo, nos da verifica-se Renascença e que,da TSF, de em uma que o formaDomingo geral, foi o dia a comaudiência mais audiência acumulada do fim-de-semana. é mais elevada nos dias úteis. De seguida, existe a tendência para ser mais

elevada aos Sábados, excepto nos da Renascença e da TSF, em que o Domingo Figura 100: Tempo médio de audiência (hh:mm), 2002 a 2018 foi o dia com mais audiência acumulada do fim-de-semana.

2002 2003 2004 2005 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Total Rádio RFM R. Renascença Rádio Comercial Antena 1 TSF

Fonte: Anuário de Media e Publicidade, 2002 a 2018, Marktest. Edição: OberCom.

167 114 Figura 99: Audiência acumulada de véspera (%) por dia da semana, 2018

20 18,9 17,8 18

16 14,4 13,7 13,6 14

11,1 12 10 8 5,4 6 4,8 4,5 3,3 3,6 3,6 4 3,1 2,1 1,6 2

0

Rádio Comercial RFM R. Renascença Antena 1 TSF

Dias úteis Sábado Domingo Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição: OberCom. Nota: A) Por Audiência Acumulada de Véspera entende-se o número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação, no período de um dia, independentemente do tempo dispendido (in Glossário Marktest).

Analisando agora a audiência acumulada de véspera tendo em conta dias úteis, sábado e domingo, verifica-se que, de uma forma geral, a audiência é mais elevada nos dias úteis. De seguida, existe a tendência para ser mais elevada aos Sábados, excepto nos da Renascença e da TSF, em que o Domingo foi o dia com mais audiência acumulada do fim-de-semana.

Figura 83: TempoFigura 10 médio0: Tempo de médio audiência de audiência (hh:mm), (hh:mm), 2002 2002 a a2018 2018

2002 2003 2004 2005 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Total Rádio RFM R. Renascença Rádio Comercial Antena 1 TSF

Fonte: Anuário de Media e Publicidade, 2002 a 2018, Marktest. Edição: OberCom.

Fonte: Anuário de Media e Publicidade, 2002 a 2018, Marktest. Edição: OberCom. 114

No que diz respeito ao tempo médio de audiência por rádio, verifica-se que, ao longo dos anos, existe uma ligeira tendência para este ir diminuindo. Começando pela RFM, em 2002 o tempo médio de audiência era de 3:16 minutos, e em 2018 era de 2:18. No caso da Renascença, em 2002 era de 2:51, e em 2018 era de 2:06 minutos. Já a Rádio Comercial apresentava no primeiro ano em análise um tempo médio de audiência de 2:44, sendo que em 2018 era de 2:14.

Em 2002, o tempo médio de audiência para a Antena 1 era de 2:35, e em 2018 era de 2:15. No caso da TSF, cingia-se, em 2002, nos 2:19 minutos, sendo, em 2018, 1:44 minutos de tempo médio de audiência.

De uma forma geral, como se verifica, tais tempos de audiência ficam um pouco aquém dos números médios do total das rádios.

168 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

No que diz respeito ao tempo médio de audiência por rádio, verifica-se que, ao longo dos anos, existe uma ligeira tendência para este ir diminuindo. Começando pela RFM, em 2002 o tempo médio de audiência era de 3:16 minutos, e em 2018 era de 2:18. No caso da Renascença, em 2002 era de 2:51, e em 2018 era de 2:06 minutos. Já a Rádio Comercial apresentava no primeiro ano em análise um tempo médio de audiência de 2:44, sendo que em 2018 era de 2:14. Em 2002, o tempo médio de audiência para a Antena 1 era de 2:35, e em 2018 era de 2:15. No caso da TSF, cingia-se, em 2002, nos 2:19 minutos, sendo, em 2018, 1:44 minutos de tempo médio de audiência. De uma8.2 forma Streaming geral, como se de verifica, Áudio tais tempos de audiência ficam um pouco aquém dos números médios do total das rádios. Os dados aqui expostos dizem respeito a características da indústria do mercado europeu de streamingStreaming de música, de permitindo Áudio perceber a tendência europeia geral no que respeita a aspectos como as receitas de streaming ou Osa dadostaxa deaqui penetração expostos dizem de respeito utilizadores, a características sendo queda indústria é também do mercado apresentada europeu deuma streaming de música,contextualização permitindo perceber mais aglobal tendência de tal europeia indústria. geral A no primeira que respeita figura a aspectostem em como conta as o receitas de streamingmercado ou globala taxa dee a penetração evolução de das utilizadores, receitas sendode streaming que é também para apresentada a indústria uma musical contextualização mais global de tal indústria. no seu todo. A primeira figura tem em conta o mercado global e a evolução das receitas de streaming para a indústria musical no seu todo. Figura 84: Evolução das receitas globais da indústria da música, por

segmentos, 2016 a 2018 Figura 101: Evolução das receitas globais da indústria da música, por segmentos, 2016 a 2018

50% 46,8%

38,7% 40% 34,6%

29,0% 30,1% 30% 24,7%

19,8% 20% 14,2% 13,9% 14,2% 15,0% 12,1%

10%

2,5% 2,3% 2,1%

0% Streaming Físicas Direitos de Digitais (excluindo Sincronização

desempenho streaming)

2016 2017 2018

Fonte: IFPI Global Music Report, 2019. Edição: OberCom, 2019. Fonte: IFPI Global Music Report, 2019. Edição: OberCom, 2019.

EstaEsta primeira primeira figura figura apresenta apresenta a percentagem a percentagem de evolução dede receitas evolução na indústria de receitas da música na de 2016 a 2018,indústria verificando da música-se que, de em 2016 2018, a a2018, receita verificando-se de streaming representava que, em 2018, 46,8% a receita das receitas de totais da streaming representava 46,8% das receitas totais da indústria, evoluindo dos 29% que representava em 2016. Verifica-se assim que o peso de receita de 115 streaming de música vem subindo ao longo dos anos, sendo que, inversamente, as receitas físicas (e.g., vendas de CD de música) vêm decrescendo.

169 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Os restantes segmentos apresentam uma evolução algo estagnada, com excepção para as receitas digitais que excluem streaming, que se encontram em decrescimento. Estes dados apontam claramente para indústria,a importância evoluindo doscrescente, 29% que representavano mercado em 2016.global Verifica de -música,se assim quedo osector peso de de receita de streamingstreaming de músicade música. vem subindo ao longo dos anos, sendo que, inversamente, as receitas físicas (e.g., vendas de CD de música) vêm decrescendo. Os restantes segmentos apresentam uma evolução algo estagnada, com excepção para as receitas digitais As próximas figuras ajudam a identificar, de uma forma geral, as receitas que excluem streaming, que se encontram em decrescimento. Estes dados apontam claramente para a importânciarelativas crescente, ao streaming no mercado de globalmúsica de música, no mercado do sector deeuropeu. streaming de música. As próximas figuras ajudam a identificar, de uma forma geral, as receitas relativas ao streaming de música no mercadoFigura europeu. 85: Receitas do streaming de música na Europa, em milhões de

€, 2017 a 2023 Figura 102: Receitas do streaming de música na Europa, em milhões de €, 2017 a 2023

3 500 € 3 261 € 3 141 € 3 005 € 3 000 € 2 850 € 2 676 € 2 481 € 2 500 € 2 213 €

2 000 €

1 500 €

1 000 €

500 €

0 € 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Fonte: Statista, Março de 2019. Edição: OberCom, 2019. Nota: A) Os valores relativos ao períodoFonte: Statista, 2019 Março – 2023 de 2019. são Edição: estimados OberCom, (em 2019. cor Nota: mais A) Os clara). valores relativos ao período 2019 – 2023 são estimados (em cor mais clara).

AA receita receita no segmento no segmento de streaming de destreaming música é de de€ 2.676 música milhões é emde 2019, € 2.676 sendo milhõesque, como emse verifica, a tendência2019, sendo – tanto que,anterior como como nose futuro verifica, – é de a crescimento, tendência já que– tanto no ano anterior de 2018 a receitacomo cingia no -se nos € 2.481 milhões, e, em 2020, perspectiva-se que chegue aos € 2850 milhões. futuro – é de crescimento, já que no ano de 2018 a receita cingia-se nos

€ 2.481 milhões, e, em 2020, perspectiva-se que chegue aos € 2850 milhões.

170

116 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 86: Evolução de receitas de streaming de música na Europa Figura 103: Evolução de receitas de streaming de música na Europa

14%

12% 12,1%

10%

7,8% 8% 6,5%

6% 5,4% 4,5% 4% 3,8%

2%

0% 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Fonte: Statista, Março de 2019.Fonte: Edição: Statista, OberCom, Março de 2019. 2019. Edição: OberCom, 2019.

Por outro lado, quando se verifica a tendência esperada para as receitas de streaming de música, em termos Por outro lado, quando se verifica a tendência esperada para as receitas globais, é identificada uma quebra no crescimento ao longo dos próximos anos – e que se verifica, desde já, de streaming de música, em termos globais, é identificada uma quebra no no ano anterior ao actual. crescimento ao longo dos próximos anos – e que se verifica, desde já, no ano Espera-se, assim, que o segmento de streaming de música mostre um crescimento de receita de 6,5% em 2020,anterior de 5,4% ao deactual. 2020 para 2021, de 4,5% para o ano seguinte e, por fim, de 3,8% de 2022 para 2023. Quer isto dizer, portanto, que apesar de as receitas apresentarem uma subida gradual ao longo dos próximos anos,Espera-se, esta tenderá assim, a ser menos que notadao segmento no crescim entode destreaming ano para ano. de música mostre um crescimento de receita de 6,5% em 2020, de 5,4% de 2020 para 2021, de 4,5% Figurapara o10 ano4: Top seguinte 5 (com Portugal) e, por fim, de paísesde 3,8% com de maior 2022 receita para d e2023. streaming Quer de isto música dizer, em 2019, portanto, que apesar de as receitasem milhõesapresentarem de € uma subida gradual ao

longo€ 4 500 dos próximos anos, esta tenderá a ser menos notada no crescimento € 3 858 € 4 000 de ano para ano. € 3 500 € 3 000

€ 2 500

€ 2 000

€ 1 500

€ 1 000 € 726 € 591 € 587 € 562 € 500 € 19

€ 0 Estados Unidos da China Alemanha Japão Reino Unido Portugal América Fonte: Statista, Março de 2019. Edição: OberCom, 2019.

171

117 Figura 103: Evolução de receitas de streaming de música na Europa

14%

12% 12,1%

10%

7,8% 8% 6,5%

6% 5,4% 4,5% 4% 3,8%

2%

0% 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Fonte: Statista, Março de 2019. Edição: OberCom, 2019. Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Por outro lado, quando se verifica a tendência esperada para as receitas de streaming de música, em termos globais, é identificada uma quebra no crescimento ao longo dos próximos anos – e que se verifica, desde já, no ano anterior ao actual. Espera-se, assim, que o segmento de streaming de música mostre um crescimento de receita de 6,5% em 2020, de 5,4% de 2020 para 2021, de 4,5% para o ano seguinte e, por fim, de 3,8% de 2022 para 2023. Quer isto dizer, portanto, que apesar de as receitas apresentarem uma subida gradual ao longo dos próximos anos,Figura esta 87:tenderá Top a ser5 (com menos Portugal) notada no crescim de paísesento de comano para maior ano. receita de streaming

de música em 2019, em milhões de € Figura 104: Top 5 (com Portugal) de países com maior receita de streaming de música em 2019, em milhões de €

milhões€ 4 500 de € € 3 858 € 4 000

€ 3 500 € 3 000

€ 2 500

€ 2 000

€ 1 500

€ 1 000 € 726 € 591 € 587 € 562 € 500 € 19

€ 0 Estados Unidos da China Alemanha Japão Reino Unido Portugal América Fonte: Statista, Março de 2019. Edição: OberCom, 2019. Fonte: Statista, Março de 2019. Edição: OberCom, 2019.

Como é possível verificar, os EUA detêm117 grande parte da receita global de streaming de música, tendo obtido € 3858 milhões no ano de 2019. Dos restantes países do top 5, destaque para os dois países europeus Alemanha e Reino Unido, com € 591 milhões e € 562 milhões, respectivamente.

Para efeitos comparativos, está também exposta a receita portuguesa, que, devido ao seu pequeno mercado, tem cerca de € 19 milhões de receita.

172 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Como é possível verificar, os EUA detêm grande parte da receita global de streaming de música, tendo obtido Como€ 3858 é possível milhões verificar, no ano deos 2019.EUA detêm Dos restantes grande parte países da do receita top 5, global destaque de streaming para os doisde música, países europeustendo obtido €Alemanha 3858 milhões e Reino no Unido, ano decom 2019. € 591 Dosmilhões restantes e € 56 2 países milhões, do respectivamente. top 5, destaque para os dois países europeus AlemanhaPara efeitos e Reinocomparativos, Unido, com está € também 591 milhões exposta e € a 56 receita2 milhões, portuguesa, respectivamente. que, devido ao seu pequeno mercado, Paratem efeitoscerca de comparativos, € 19 milhões deestá receita. também exposta a receita portuguesa, que, devido ao seu pequeno mercado, Figura 88: Taxa de penetração de utilizadores de streaming de música por tem cerca de € 19 milhões de receita. top 5 (com Portugal) de países, em 2019 Figura 105: Taxa de penetração de utilizadores de streaming de música por top 5 (com Portugal)

Figura 105: Taxa de penetração de utilizadoresde países, deem streaming 2019 de música por top 5 (com Portugal)

60% 56,0% de países, em 2019

50% 56,0% 60% 40,3%

40% 34,0% 33,8% 50% 40,3% 26,8% 30% 40% 34,0% 33,8% 15,9% 20% 26,8% 30% 10% 20% 15,9% 0% 10% Estados Unidos da Suécia Singapura Croácia Estónia Portugal América 0% Fonte:Estados Unidos da Statista, Março de 2019.SuéciaFonte: Edição: Statista, OberCom, MarçoSingapura de 2019. 2019. Edição: CroáciaOberCom, 2019. Estónia Portugal América Os EUA encontram-se como o paísFonte: com Statista, maior Março taxa de 2019. de penetração Edição: OberCom, de utilizadores, 2019. com 56%, seguido da Os EUA encontram-se como o país com maior taxa de penetração de Suécia com 40,3%, e da Singapura com 34%. Já Portugal apresenta, neste ano, uma taxa de penetração de utilizadores, com 56%, seguido da Suécia com 40,3%, e da Singapura com Os15,9%. EUA A encontram próxima figura-se como tem novamente o país com em maior conta taxa a questão de penetração da receita, deagora utilizadores, tendo em comconta 56%,a globalidade seguido da Suéciado34%. mercado com Já 40,3%, Portugal musical, e da com apresenta, Singapura receitas digitais,com neste 34 %. como ano,Já Portugal o umastreaming taxaapresenta,, e de receitas penetração neste físicas, ano, uma como de taxa vendas15,9%. de penetração deA CD de de 15,9%.múpróximasica. A próxima figura figura tem tem novamente novamente emem conta conta a questão a questão da receita, da receita, agora tendo agora em contatendo a globalidade do em mercado conta musical, a globalidade com receitas do digitais,mercado como musical, o streaming com, ereceitas receitas físicas,digitais, como como vendas o de CD de múFigurastreaming,sica. 106: Taxa e receitas de crescimento físicas, como de receitas vendas digitais de CD ( destreaming música.) e físicas de música por regiões, em 2018

20% Figura 106: Taxa de crescimento de receitas digitais (streaming) e físicas de música por Figura 89: Taxa16,8% de crescimento de receitas digitais (streaming) e físicas regiões, em 2018 de20%15% música por regiões, em 201814,0%

16,8% 11,7%

14,0% 15%10% 11,7%

5% 10%

0,1%

0% 5% América Latina Estados Unidos da América Ásia e Oceania Europa

Fonte: IFPI Global Music Report, 2019. Edição: OberCom, 2019. 0,1%

0% América Latina Estados Unidos da América Ásia e Oceania Europa

Fonte: IFPI Global Music Report,Fonte: IFPI2019. Global Edição: Music Report,OberCom,118 2019. 2019.Edição: OberCom, 2019.

118

173 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Juntando receitas digitais (streaming, nomeadamente assinaturas pagas) e físicas (e.g., venda de CD), verifica-se que o conjunto dos países da América Latina teve, no ano de 2018, um crescimento de 16,8%, seguido dos EUA, com 14% e da Ásia e Oceânia, com 11,7%. Destaque para a Europa, Juntandocujo crescimento receitas digitais em (streaming 2018, é nomeadamente praticamente assinaturas inexistente pagas) e (0,1%), físicas (e.g.,o que venda aponta de CD), verificapara- asse que dificuldades o conjunto dos neste países continenteda América Latina para teve, obter no ano receita de 2018, na um indústria crescimento globalde 16,8%, seguido dos EUA, com 14% e da Ásia e Oceânia, com 11,7%. Destaque para a Europa, cujo crescimento em de música, em que se inclui o streaming. 2018 é praticamente inexistente (0,1%), o que aponta para as dificuldades neste continente para obter receita na indústria global de música, em que se inclui o streaming. Figura 90: Receita média por utilizador na indústria do streaming de músicaFigura 10 7na: Receita Europa, média em por €, utilizador 2017 a na 2023 indústria do streaming de música na Europa, em €, 2017 a 2023

25

20 19,55 18,86 18,99 19,05 19,24 17,89 18,39

15

10

5

0 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Fonte: Statista, Março de 2019. Edição: OberCom, 2019. Fonte: Statista, Março de 2019. Edição: OberCom, 2019. A receita média por utilizador no segmento de streaming de música foi de € 18,39 em 2018, sendo que a tendência será subir superficialmente tal valor, perspectivando-se que chegue aos € 19,55 por utilizador em A receita média por utilizador no segmento de streaming de música foi de 2023. Tendo em conta a receita por utilizador de 2018, verifica-se assim que o utilizador médio gastou cerca de€ €18,39 1,5 por mêsem durante2018, esse sendo ano para que pagamento a tendência de streaming será de música.subir superficialmente tal Asvalor, próximas perspectivando-se figuras prosseguirão com que as tendênciaschegue deaos crescimento € 19,55 na por indústria utilizador de streaming em de2023. música, focandoTendo agora em a contaanálise no a númeroreceita de utilizadorespor utilizador e na taxa de de penetraçã2018, verifica-seo no mercado europeu. assim que o utilizador médio gastou cerca de € 1,5 por mês durante esse ano para

pagamento de streaming de música.

174 119 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

As próximas figuras prosseguirão com as tendências de crescimento na indústria de streaming de música, focando agora a análise no número de utilizadores e na taxa de penetração no mercado europeu.

Figura 91: Utilizadores de streaming de música na Europa, em milhões

Figura 108: Utilizadores de streaming de música na Europa, em milhões

180 163,3 166,8 157,7 160 150 141,9 134,9 140 123,7

120

100

80

60

40

20

0 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Fonte: Statista, Março de 2019.Fonte: Edição: Statista, OberCom, Março de 2019. 2019. Edição: OberCom, 2019.

VerificaVerifica-se-se que que em 2018em 2018 o número o número de utilizadores de utilizadores foi, globalmente, foi, globalmente, de cerca de 142 de milhões, cerca sendo expectativade 142 milhões,que o número sendo de utilizadores expectativa chegue aque 167 milhõeso número até 2023. de Desteutilizadores modo, o número chegue crescente de utilizadores acompanha a crescente receita na indústria. a 167 milhões até 2023. Deste modo, o número crescente de utilizadores acompanha a crescente receita na indústria. Figura 109: Taxa de penetração de utilizadores de streaming de música na Europa, 2017 a 2023

25%

22,0% 21,6% 20% 20,8% 19,8% 18,8% 17,8% 16,4% 15%

10%

5%

0% 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Fonte: Statista, Março de 2019. Edição: OberCom, 2019.

Quanto à taxa de penetração de utilizadores na indústria de streaming de música, é expectativa que esta seja gradual ao longo dos últimos anos, atingindo os 22%175 em 2023.

120 Figura 108: Utilizadores de streaming de música na Europa, em milhões

180 163,3 166,8 157,7 160 150 141,9 134,9 140 123,7

120

100

80

60 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

40

20

0 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Fonte: Statista, Março de 2019. Edição: OberCom, 2019.

Verifica-se que em 2018 o número de utilizadores foi, globalmente, de cerca de 142 milhões, sendo expectativa que o número de utilizadores chegue a 167 milhões até 2023. Deste modo, o número crescente Figura 92: Taxa de penetração de utilizadores de streaming de música de utilizadores acompanha a crescente receita na indústria. na Europa, 2017 a 2023

Figura 109: Taxa de penetração de utilizadores de streaming de música na Europa, 2017 a 2023

25%

22,0% 21,6% 20% 20,8% 19,8% 18,8% 17,8% 16,4% 15%

10%

5%

0% 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Fonte: Statista, Março de 2019. Edição: OberCom, 2019. Fonte: Statista, Março de 2019. Edição: OberCom, 2019.

Quanto à taxa de penetração de utilizadores na indústria de streaming de música, é expectativa que esta seja gradualQuanto ao longoà taxa dos deúltimos penetração anos, atingindo de os utilizadores 22% em 2023. na indústria de streaming de música, é expectativa que esta seja gradual ao longo dos últimos anos, atingindo os 22% em 2023.

120

176 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

9. Mercado da Imprensa

177 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Neste capítulo, são analisados dados que dizem respeito à imprensa tendo em conta o mercado português e os seus diferentes segmentos, nomeadamente no que concerne às audiências e às suas taxas de crescimento ao longo dos anos, e ao crescimento e actual estagnação do mercado digital.

O primeiro sub-capítulo caracterizaMercado daa evolução Imprensa do sector das publicações periódicas. Neste capítulo, são analisados dados que dizem respeito à imprensa tendo em conta o mercado português e os seus diferentes segmentos, nomeadamente no que concerne às audiências e às suas taxas de crescimento ao longo dos anos, e ao crescimento e actual estagnação do mercado digital. O9.1 primeiro Sector sub-capítulo das caracteriza publicações a evolução do sector periódicas das publicações periódicas. - Caracterização Sector das publicações periódicas - Caracterização

Figura 110: Evolução das publicações periódicas (nº), 1997 a 2017 Figura 93: Evolução das publicações periódicas (nº), 1997 a 2017 2 500

2 107 2 0642 0522 054 1 994 1 929 1 8961 910 2 000 1 859 1 852 1 807 1 7631 742

1 513 1 500 1 3991 4141 382 1 292 1 3061 271 1 126

1 000

500

0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom. Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom.

Nesta primeira figura, é possível verificar a evolução das publicações periódicas no período de vinte anos, desde 1997 a 2017, sendo visível um crescimento elevado nos de 1997 para 1998 e, mais tarde, de 2001 para 2002 (onde se verifica o pico de publicações), com um posterior e gradual decrescimento de publicações periódicas a partir de 2011, verificando-se, em 2017, o número mais baixo, com 1126. A figura seguinte permitirá contextualizar melhor a descida na última década, explorando a questão do suporte de publicação.

178

121 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Nesta primeira figura, é possível verificar a evolução das publicações periódicas no período de vinte anos, desde 1997 a 2017, sendo visível um crescimento elevado nos de 1997 para 1998 e, mais tarde, de 2001 para 2002 (onde se verifica o pico de publicações), com um posterior e gradual decrescimento de publicações periódicas a partir de 2011, verificando-se, em 2017, o número mais baixo, com 1126. A figura seguinte permitirá contextualizar melhor a descida na última década, explorando a questão do suporte de publicação.

Figura 94: Evolução do suporte de publicação (nº), 2004 a 2017

Figura 111: Evolução do suporte de publicação (nº), 2004 a 2017

2 000 1 829 1 769 1 722 1 800 1 607 1 600 1 465 1 447 1 363 1 400

1 200 1 047 1 000 919 908 872 814 777 800 657 600 463 489 466 480 506 510 492 494 469 387 431 166 146

332 128 400 283

235 98 61 45 29 25 200 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Papel Electrónico Papel e Electrónico

Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom. Nota: A inexistência de valor para a categoria “electrónico” a partir de 2012 justifica-se Fonte: Estatísticaspor questõesda Cultura, metodológicas INE. Edição: relacionadas OberCom. com descontinuidade Nota: Ade inexistênciasérie nos dados INE.de valor para a categoria “electrónico” a partir de 2012 justifica-se por questões metodológicas relacionadas com descontinuidade de série nos dados INE. Como se verifica, o suporte de publicação em papel tem tido uma descida gradual desde 2004, com especial quedaComo no seano verifica,de 2011, queo suporte contou com de 1047 publicação. Por outro lado,em verificoupapel -temse uma tido subida uma gradual descida no suporte electrónicogradual edesde papel e 2004, electrónico com desde especial 2004, que queda voltou no a diminuir ano de ligeiramente 2011, que e a contou estagnar com a partir de 2015. 1047. Por outro lado, verificou-se uma subida gradual no suporte electrónico

e papel e electrónico desde 2004, que voltou a diminuir ligeiramente e a Figura 112: Evolução das tiragens, vendas e circulação gratuita do total das publicações estagnar a partir de 2015. (milhões), 2002 a 2017

949 085 1 000 000 951 134 910 989 828 263 900 000 846 649853 590 793 824 794 757 800 000 702 994 720 020 700 000 610 110 560 217 600 000 179 518 033 514 115 399 709 446 603 500 000 442 052425 233 426 544 420 471 408 560 398 194 352 078 336 834 350 592 400 000 315 139 265 985 397 804 276 503 300 000 250 347234 102 333 824 373 975 329 683319 908 192 880188 069 200 000 258 056 273 712 228 137 195 445 206 202 199 381 100 000 178 249 118 711 129 275 0 67 537 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Tiragem Vendas Gratuitos

Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom.

122 Figura 111: Evolução do suporte de publicação (nº), 2004 a 2017

2 000 1 829 1 769 1 722 1 800 1 607 1 600 1 465 1 447 1 363 1 400

1 200 1 047 919 1 000 908 872 814 777 800 657 600 463 489 466 480 506 510 492 494 469 387 431 166 146

332 128 400 283

235 98 61 45 29 25 200 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Comunicação Social — MercadoPapel Português:Electrónico TendênciasPapel e Electrónico e Modelos

Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom. Nota: A inexistência de valor para a categoria “electrónico” a partir de 2012 justifica-se por questões metodológicas relacionadas com descontinuidade de série nos dados INE.

Como se verifica, o suporte de publicação em papel tem tido uma descida gradual desde 2004, com especial queda no ano de 2011, que contou com 1047. Por outro lado, verificou-se uma subida gradual no suporte electrónico e papel e electrónico desde 2004, que voltou a diminuir ligeiramente e a estagnar a partir de 2015. Figura 95: Evolução das tiragens, vendas e circulação gratuita do total das

publicaçõesFigura 112: Evolução (milhões), das 2002tiragens, a 2017 vendas e circulação gratuita do total das publicações (milhões), 2002 a 2017

949 085 1 000 000 951 134 910 989 828 263 900 000 846 649853 590 793 824 794 757 800 000 702 994 720 020 700 000 610 110 560 217 600 000 518 033 514 115 399 709 446 603 500 000 442 052425 233 426 544 420 471 408 560 398 194 352 078 336 834 350 592 400 000 315 139 265 985 397 804 276 503 300 000 250 347234 102 333 824 373 975 329 683319 908 192 880188 069 200 000 258 056 273 712 228 137 195 445 206 202 199 381 100 000 178 249 118 711 129 275 0 67 537 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Tiragem Vendas Gratuitos Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom. Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom.

O número de tiragens do total de publicações122 foi sempre bastante superior ao número de vendas, com a maior diferença a verificar-se em 2008, ao haver tiragens na ordem dos 949 085 milhões, com vendas, nesse mesmo ano, de 373 975 milhões. No ano de 2017, verifica-se uma menor diferença entre as duas variáveis, com tiragens de 350 592 milhões e vendas de 188 069 milhões.

De uma forma geral, o número de vendas diminuindo ao longo dos anos, sendo que o número de tiragens vem, a partir de 2009 (com excepção de 2013) também ele diminuindo. Já os jornais gratuitos apresentou altos e baixos na sua circulação, encontrando-se, em 2017, no seu número mais baixo.

Ao longo do tempo, pois, verifica-se que o número de tiragens acompanhou mais de perto o número de vendas efectivas, ao mesmo tempo que, nos últimos anos, o número de jornais gratuitos também diminuiu, apontando assim para as dificuldades do mercado e a sua consequente tendência para diminuição do número de tiragens.

180 O número de tiragens do total de publicações foi sempre bastante superior ao número de vendas, com a maior diferença a verificar-se em 2008, ao haver tiragens na ordem dos 949 085 milhões, com vendas, nesse mesmo ano, de 373 975 milhões. No ano de 2017, verifica-se uma menor diferença entre as duas variáveis, com tiragens deComunicação 350 592 milhões Social e vendas — Mercado de 188 Português: 069 milhões. Tendências De uma forma e Modelos geral, o número de vendas diminuindo ao longo dos anos, sendo que o número de tiragens vem, a partir de 2009 (com excepção de 2013) também ele diminuindo. Já os jornais gratuitos apresentou altos e baixos na sua circulação, encontrando-se, em 2017, no seu número mais baixo. Ao longo do tempo, pois, verifica-se que o número de tiragens acompanhou mais de perto o número de vendas efectivas, ao mesmo tempo que, nos últimos anos, o número de jornais gratuitos também diminuiu, apontando assim para as dificuldades do mercado e a sua consequente tendência para diminuição do número de tiragens.

Figura 96: Evolução das tiragens, vendas e circulação gratuita dos jornais Figura 113: Evolução das tiragens, vendas e circulação gratuita dos jornais (milhões), 2002 a (milhares), 2002 a 2017 2017

800

731 700 711 671 642 639 609 600 588 630 543 500 489 460

400 410 318 376 356 360 324 322 289 286 285 300 306 276 312 261 239 275 191 233 215 268 217 171 251 236 199 200 158 158 166 184 169 141 131 150 100 100 82 37 0 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Tiragens Vendas Distribuição Gratuita

Fonte: Estatísticas da Cultura,Fonte: INE. Estatísticas Edição: da OberCom.Cultura, INE. Edição: OberCom. Cingindo-se agora à publicações de jornais, esta figura reflecte a evolução das suas tiragens, vendas e jornais e distribuiçãoCingindo-se gratuita agora desde à 2002 publicações a 2017. A tendência de jornais, é bastante esta similar figura à figurareflecte anterior, a evolução que tinha em contadas o totalsuas de tiragens,publicações, verificandovendas -ese, jornais assim, uma e gradualdistribuição tendência, gratuita nos últimos desde anos, para 2002 p número a de 2017.tiragens A diminuir tendência e acompanhar é bastante mais de pertosimilar o número à figura de vendas anterior, de jornais. que tinha em conta

o total de publicações, verificando-se, assim, uma gradual tendência, nos

últimos anos, para o número de tiragens diminuir e acompanhar mais de perto o número de vendas de jornais.

123

181 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 97: Evolução das tiragens, vendas e circulação gratuita das revistas Figura(milhares), 114: Evolução 2002 das a 2017 tiragens, vendas e circulação gratuita das revistas (milhões), 2002 a 2017

250 223 201 196 224 206 200 196 175 191 175 165 143 150 140 140 129 112 119 120 113 114 110 102 98 100 112 95 98 82 79 99 69 73 62 62 76 55 50 29 30 34 36 49 27 26 27 36 23 24 22 22 0 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Tiragens Vendas Distribuição Gratuita

Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom. Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom. No que diz respeito à publicação, vendas e distribuição gratuita de revistas, verificam-se números, em comparaçãoNo que comdiz jornais,respeito mais à diminutos.publicação, De uma vendas forma e geral, distribuição no entanto, gratuita a tendência de dos revistas, últimos é tambémverificam-se a de diminuir, números, com excepção em para comparação o ligeiro crescimento com dejornais, tiragens mais e vendas diminutos. em 2017. De uma Tal tendência geral verifica-se, por fim, nos dados da próxima figura com a diminuição de jornais, revistas e forma geral, no entanto, a tendência dos últimos é também a de diminuir, com outras publicações, nomeadamente a partir de 2011. excepção para o ligeiro crescimento de tiragens e vendas em 2017.

Figura 115: Evolução dos jornais, revistas e outros (milhões), 2002 a 2017 Tal tendência geral verifica-se, por fim, nos dados da próxima figura com a 1000 889 893 888 878 diminuição867 de854 jornais, revistas e853 outras publicações,860 nomeadamente a partir 900 769 800de 2011. 699 800 803 794 662 671 661 700 753 769 762 632 618 725 714 696 600 542

500 539 496 499 493 400 440 458 443 407 407 394 411 367 300 344 318 318 296 200 275 241 244 228 216 210 100 173

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Jornais revistas Outros

Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom.

182 124 Figura 114: Evolução das tiragens, vendas e circulação gratuita das revistas (milhões), 2002 a 2017

250

223 201 196 224 206 200 196 175 191 175 165 143 150 140 140 129 112 119 120 113 114 110 102 98 100 112 95 98 82 79 99 69 73 62 62 76 55 50 29 30 34 36 49 27 26 27 36 23 24 22 22 0 0 2002 2003Comunicação2004 2005 2006 Social2007 —2008 Mercado2009 2010Português:2011 2012 Tendências2013 2014 e2015 Modelos2016 2017 Tiragens Vendas Distribuição Gratuita

Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom.

No que diz respeito à publicação, vendas e distribuição gratuita de revistas, verificam-se números, em comparação com jornais, mais diminutos. De uma forma geral, no entanto, a tendência dos últimos é também a de diminuir, com excepção para o ligeiro crescimento de tiragens e vendas em 2017. Tal tendência geral verifica-se, por fim, nos dados da próxima figura com a diminuição de jornais, revistas e outras publicações, nomeadamente a partir de 2011. Figura 98: Evolução dos jornais, revistas e outros (milhares), 2002 a 2017 Figura 115: Evolução dos jornais, revistas e outros (milhões), 2002 a 2017

1000 889 893 888 878 867 854 853 860 900 769 800 699 800 803 794 662 671 661 700 753 769 762 632 618 725 714 696 600 542

500 539 496 499 493 400 440 458 443 407 407 394 411 367 300 344 318 318 296 200 275 241 244 228 216 210 100 173

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Jornais revistas Outros

Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom. Fonte: Estatísticas da Cultura, INE. Edição: OberCom.

124 9.2 Audiências de Imprensa

Neste sub-capítulo, são exploradas as audiências de imprensa, incluindo através das várias publicações no mercado português e tendo em conta os seus diversos segmentos.

A primeira figura tem em conta a evolução anual da audiência média de publicações de informação geral e jornais diários. Como é possível verificar, existe uma gradual descida desde 2008 para ambas as variáveis.

183 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Audiências de Imprensa

Neste sub-capítulo, são exploradas as audiências de imprensa, incluindo através das várias publicações no mercado português e tendo em conta os seus diversos segmentos. A primeira figura tem em conta a evolução anual da audiência média de publicações de informação geral e jornais diários. Como é possível verificar, existe uma gradual descida desde 2008 para ambas as variáveis.

Figura 99: Evolução anual da audiência média de publicações de Informação Figura 116: Evolução anual da audiência média de publicações de Informação / Jornais Diários / Jornais Diários (%), 2004 a 2018 (%), 2004 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50% 40,0% 39,4% 37,6% 35,7% 36,6% 37,4% 35,6% 40% 34,1% 35,5% 35,1% 33,0% 32,9% 31,2% 27,7% 30% 25,5% 33,7% 33,3% 29,3% 27,5% 28,1% 27,2% 27,9% 27,1% 27,4% 27,0% 20% 25,8% 25,8% 24,6% 21,9% 20,5% 10%

0% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Inf. Geral Jorn. Diários

Fonte: Anuário deFonte: Media Anuário e Publicidade, de Media e Publicidade, 2004 a 2018, 2004 aMarktest. 2018, Marktest. Edição: Edição: OberCom. OberCom.

125

184 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 100: Evolução anual da audiência média das publicações de Figurainformação 117: Evolução geral an(%)ual (pagas da audiência e gratuitas), média das 2004 publicações a 2018 de informação geral (%) (pagas e gratuitas), 2004 a 2018

16%

14%

12%

10%

8%

6%

4%

2%

0% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

C. da Manhã J. de Notícias Metro Destak Público

D. de Notícias 24 horas Jornal i Expresso Sol

Fonte: Anuário de Media e Publicidade, 2004 a 2018, Marktest. Edição: OberCom. Nota: esta análise consiste numa selecção dos principais títulosFonte: dedicados Anuário à informação de Media geral noe mercadoPublicidade, de imprensa 2004 português, a 2018, pelo Marktest. que a soma Edição: das respectivas OberCom. audiências Nota: médias esta não totaliza os 100 pontos percentuais relativa às audiências totalidade das publicações de informação geral. análise consiste numa selecção dos principais títulos dedicados à informação geral no mercado de imprensa português, pelo que a soma das respectivas audiências médias não totaliza os 100 Já esta figura contabiliza a evolução média das publicações de informação geral (pagas e gratuitas) em pontos percentuais relativa às audiências totalidade das publicações de informação geral. Portugal de 2004 até 2018, verificando-se, entre outras coisas, que o Correio da Manhã obteve, neste âmbito, um crescimento elevado em 2011, constituindo-se, até 2018, como o jornal com maior audiência de imprensa Já esta figura contabiliza a evolução média das publicações de informação (11,1%). Destaque ainda para o Jornal de Notícias, que se revela como o jornal com maior audiência e maior geral (pagas e gratuitas) em Portugal de 2004 até 2018, verificando-se, entre estabilidade desde 2004 (9,8% em 2018). Asoutras próximas coisas, três figuras que possibilitamo Correio aindada Manhã perceber obteve, os perfis neste dos indivíduos âmbito, que um dão crescimento audiência à imprensa tendoelevado em conta em jornais2011, constituindo-se,diários, jornais semanais até e 2018, revistas como semanais, o jornal nomeadamente com maior através audiência do seu género, dade sua imprensa idade e da região(11,1%). a que Destaque pertencem. ainda para o Jornal de Notícias, que se revela como o jornal com maior audiência e maior estabilidade desde 2004 (9,8% em 2018).

As próximas três figuras possibilitam ainda perceber os perfis dos indivíduos que dão audiência à imprensa tendo em conta jornais diários, jornais semanais e revistas semanais, nomeadamente através do seu género, da sua idade e da região a que pertencem.

185

126 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 101: Audiência média de publicações por Género (%), 2018 Figura 118: Audiência média de publicações por Género (%), 2018

100 90 80

70 Figura63,1 118: Audiência média de60,2 publicações por Género (%), 2018 60 51,6 100 48,4 50 90 36,9 39,8 40 80 30 70 63,1 60,2 20 60 51,6 48,4 1050 36,9 39,8 400 Jornais Diários Jornais Semanais Revistas Semanais 30 20 Masculino Feminino 10 Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição OberCom. 0 Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição OberCom. Jornais Diários Jornais Semanais Revistas Semanais CruzandoCruzando a audiência a audiência média de média publicações de publicações Masculinocom o géneroFeminino doscom indivíduos, o género verifica dos-se indivíduos, que a tendência é para haver mais leitores do género masculino, nomeadamente nos jornais diários (63,1%) e nos jornais com verifica-se que a tendênciaFonte: Anuário deé Mediapara e Puhaverblicidade mais2018, Marktest. leitores Edição do OberCom. género masculino, publicação nomeadamente semanal (60,2%). nos jornais Já nas diários revistas (63,1%) semanais, e nos a tendência jornais é com para publicação ser mais igualitária, semanal com 48,4% de audiênciaCruzando amédia audiência por partemédia do de género publicações feminino. com o género dos indivíduos, verifica-se que a tendência é para (60,2%). Já nas revistas semanais, a tendência é para ser mais igualitária, com haver mais leitores do género masculino, nomeadamente nos jornais diários (63,1%) e nos jornais com 48,4% de audiência média por parte do género feminino. publicação semanalFigura (60,2%). 119 Já: nasAudiência revistas semanais,média de a publicações tendência é para por ser Idade mais (%),igualitária, 2018 com 48,4% de audiência média por parte do género feminino. 30 Figura 102: Audiência média de publicações por Idade (%), 2018 25 Figura21,8 119: Audiência média de publicações22 por Idade (%), 201822,3 20,4 20,8 19,4 19,1 2030 18,6 17,9 15,8 16,1 14,4 25 13,3 15 21,8 22 22,3 12,4 20,4 11,3 11 20,8 9,3 18,6 19,4 19,1 1020 17,9 15,8 16,1 14,4 13,3 15 4,2 12,4 5 11,3 11 9,3 10 0 Jornais Diários 4,2 Jornais Semanais Revistas Semanais 5 15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 Mais de 64 0

Jornais Diários Jornais Semanais Revistas Semanais Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição OberCom.

15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 Mais de 64 JáFonte: no que Anuário respeita de à Media idade, e verifica Publicidade-se que, 2018, no Marktest.caso dos jornais Edição diários, OberCom. o maior segmento em termos de faixa Fonte: Anuário de Media e Publicidade 2018, Marktest. Edição OberCom. etária é a 35-44 anos (21,8%), seguido dos 45-54 anos (20,4%) e dos 25,34 anos (18,6%), com a menor pJáarte no daque audiência respeita à a idade, vir da verificafaixa dos-se indivíduosque, no caso com dos mais jornais de 64diários, anos o (4,2%). maior segmento em termos de faixa etária é a 35-44 anos (21,8%), seguido dos186 45-54 anos (20,4%) e dos 25,34 anos (18,6%), com a menor parte da audiência a vir da faixa dos indivíduos com mais de 64 anos (4,2%).

127

127 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Já no que respeita à idade, verifica-se que, no caso dos jornais diários, o maior segmento em termos de faixa etária é a 35-44 anos (21,8%), seguido dos 45- 54 anos (20,4%) e dos 25,34 anos (18,6%), com a menor parte da audiência a vir da faixa dos indivíduos com mais de 64 anos (4,2%).

Já que concerne a jornais semanais, verificam-se dados similares aos jornais diários, com excepção da faixa etária dos indivíduos com mais de 64 anos, consideravelmente mais elevada (13,3%), e com a faixa dos 45-54 anos a deter

Jáuma que concernemaior audiência a jornais semanais, (22%). verificam-se dados similares aos jornais diários, com excepção da faixa etária dos indivíduos com mais de 64 anos, consideravelmente mais elevada (13,3%), e com a faixa dos 45- 54No anos que a deter diz respeitouma maior às audiência revistas (22%). semanais, as diferenças voltam a não ser muito Nosubstantivas, que diz respeito comàs revistas a faixa semanais, dos 35-44 as diferenças anos voltama ser amais não serelevada muito substantivas, (22,3%), e com com a faixaa dos 35dos-44 anos15-24 a seranos mais a ser elevada que (22,3%), detém euma com menor a dos 15 audiência-24 anos a ser(11%). que detém uma menor audiência (11%).

Figura 103: AudiênciaFigura 120: Audiênciamédia de média publicações de publicações por Região por Região (%), (%), 2018 2018

35 32,7 31 30

25 21,4 19,6 20 17,3 15,4 15,4 15,4 15,8 15,9 14,5 15 14,3 13,1 15 12 12,4 10,8 10 8,2

5

0 Jornais Diários Jornais Semanais Revistas Semanais

Grande Lisboa Grande Porto Litoral Norte Litoral Centro Interior Norte Sul

Fonte: Anuário de MediaFonte: e Publicidade Anuário de Media 2018, e Publicidade Marktest. 2018, Edição Marktest. OberCom. Edição OberCom.

Já no que respeito às regiões, os jornais diários apresentam dados que revelam uma distribuição Já no que respeito às regiões, os jornais diários apresentam dados que revelam relativamente equitativa da sua audiência, com os indivíduos que pertencem à região da Grande Lisboa a uma distribuição relativamente equitativa da sua audiência, com os indivíduos deterem uma maior parte da audiência, com 21,4%, seguido do Litoral Norte, com 19,6%. A região que possuique umapertencem menor audiência à região é a do daSul, Grandecom 12%. Lisboa a deterem uma maior parte da Jáaudiência, os jornais semanaiscom 21,4%, apresentam seguido uma do audiência Litoral Norte, bastante com mais 19,6%. elevada A porregião parte que de possui indivíduos que pertencemuma menor à Grande audiência Lisboa, com é a 31%, do Sul, a que com segue 12%. o Litoral Norte e o Interior Norte, ambas com 15,4%. Por fim, as revistas apresentam dados muito similares aos dos jornais semanais, com grande parte da população a pertencer à região da Grande Lisboa (32,7%).

187

128 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Já os jornais semanais apresentam uma audiência bastante mais elevada por parte de indivíduos que pertencem à Grande Lisboa, com 31%, a que segue o Litoral Norte e o Interior Norte, ambas com 15,4%.

Por fim, as revistas apresentam dados muito similares aos dos jornais semanais, com grande parte da população a pertencer à região da Grande Lisboa (32,7%).

9.3 Dinâmicas de crescimento do mercado – Circulação Impressa paga

Dinâmicas de crescimento do mercado – Circulação Impressa paga Este sub-capítulo explora questão das dinâmicas de crescimento de mercado ao longo dos anos, tendo em conta a circulação da imprensa paga. Este sub-capítulo explora questão das dinâmicas de crescimento de mercado ao longo dos anos, tendo em conta a circulação da imprensa paga. Figura 104: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos diáriosFigura de121 informação: Evolução da circulação geral, 1998 paga a por 2018 edição no segmento dos diários de informação geral, 1998 a 2018

130 000

110 000

90 000

70 000

50 000

30 000

10 000 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Público Correio da Manhã 24 Horas

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

No segmento de diários de informação geral, verifica-se que o Correio da Manhã vem, desde 2004, detendo a liderança na circulação paga por edição neste segmento, tendo o pico sido em 2011, com 125 342, e tendo, em 2018, 80 324, apontando para a queda existente no mercado como um todo. Destaque, igualmente, para o Jornal de Notícias, que se apresenta como a segunda publicação com maior circulação paga por edição, tendo, em 2018, 42 595. De uma forma geral, pois, verifica-se uma quebra,188 nomeadamente a partir de 2011. No segmento da informação geral, o universo PMP (Público, Diário de Notícias, Correio da Manhã e Jornal de Notícias) totalizava em 1998 valores de CIP na ordem dos 229 876 exemplares, sendo que em 2018 esse valor era de 140 603, uma variação negativa de 38,8%. Note-se que o Diário de notícias deixa de ser contemplado no ano de 2018, na medida em que saiu do segmento, passando a edição digital diária e semanal em papel. No ano pico desta análise, 2009, as publicações PMP neste segmento atingiram os 277 453 de circulação impressa paga, sendo que a variação de 2018 face a esse ano atinge valores negativos de 49,3% A próxima figura tem em conta a taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento e com as publicações em questão, verificando-se, de um modo geral, a evolução negativa de grande parte das publicações nomeadamente a partir de 2011.

129 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

No segmento de diários de informação geral, verifica-se que o Correio da Manhã vem, desde 2004, detendo a liderança na circulação paga por edição neste segmento, tendo o pico sido em 2011, com 125 342, e tendo, em 2018, 80 324, apontando para a queda existente no mercado como um todo. Destaque, igualmente, para o Jornal de Notícias, que se apresenta como a segunda publicação com maior circulação paga por edição, tendo, em 2018, 42 595. De uma forma geral, pois, verifica-se uma quebra, nomeadamente a partir de 2011.Figura 122: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento de informação geral (%), 1998 a 2018

A próxima40 figura tem em conta a taxa de crescimento anual da circulação paga por30 edição no segmento e com as publicações em questão, verificando- se, de um20 modo geral, a evolução negativa de grande parte das publicações nomeadamente10 a partir de 2011. 0

Figura 105:-10 Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no Figura 122: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento de -20 segmento de informaçãoinformação geral (%), geral 1998 (%) ,a 1998 2018 a 2018 -30 40 -40 30 -50 20

10

0 Público Correio da Manhã 24 Horas Jornal de Notícias Jornal i Diário de Notícias

-10 Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: O diário desportivo "A Bola" não divulga informação relativa a tiragens, circulação paga ou circulação total. -20

-30 Quanto ao segmento dos diários desportivos (no qual o jornal A Bola não está representado), verifica-se a liderança do Record relativamente ao O Jogo, embora ambos sigam a tendência de decrescimento ao longo -40 dos anos, nomeadamente a partir de 2005. Em 2018, o jornal Record detinha uma circulação paga por edição -50 na ordem dos 30 600.

Figura 123: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos diários desportivos, 1998 a Público Correio da Manhã 24 Horas Jornal de Notícias Jornal i Diário de Notícias 2018

Fonte:Fonte: APCT. APCT. Edição: Edição: OberCom.OberCom. Nota: Nota: O diário O desportivo diário desportivo "A Bola" não divulga “A Bola” informação não divulga relativa a tiragens, circulação paga ou 120 000 circulação total. informação relativa 100a tiragens,669 circulação paga ou circulação total. 100 000 Quanto ao segmento dos diários desportivos (no qual o jornal A Bola não está representado), verifica-se a liderança do 80Record000 relativamente ao O Jogo, embora ambos sigam a tendência de decrescimento ao longo dos anos, nomeadamente a partir de 2005. Em 2018, o jornal Record detinha uma circulação paga por edição 60 000 na ordem dos 30 600. 40 000 30 600

37 985 Figura 123:20 Evolução000 da circulação paga por edição no segmento dos diários desportivos, 1998 a 189 2018 15 457 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2001 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 120 000 100 669 Record O Jogo 100 000 Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: O diário desportivo "A Bola" não divulga informação relativa a tiragens, circulação paga ou circulação 80 000 total.

60 000 130 40 000 30 600 37 985 20 000 15 457 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2001 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Record O Jogo

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: O diário desportivo "A Bola" não divulga informação relativa a tiragens, circulação paga ou circulação total.

130 Figura 122: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento de informação geral (%), 1998 a 2018

40

30

20

10

0 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos -10

-20

-30

-40

-50

Público Correio da Manhã 24 Horas Jornal de Notícias Jornal i Diário de Notícias Quanto ao segmento dos diários desportivos (no qual o jornal A Bola não está Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: O diário desportivo "A Bola" não divulga informação relativa a tiragens, circulação paga ou representado), verifica-se a liderançacirculação do total. Record relativamente ao O Jogo, embora ambos sigam a tendência de decrescimento ao longo dos anos, Quanto ao segmento dos diários desportivos (no qual o jornal A Bola não está representado), verifica-se a nomeadamente a partir de 2005. Em 2018, o jornal Record detinha uma liderança do Record relativamente ao O Jogo, embora ambos sigam a tendência de decrescimento ao longo doscirculação anos, nomeadamente paga por a partir edição de 2005. na Emordem 2018, doso jornal 30 600. Record detinha uma circulação paga por edição na ordem dos 30 600. Figura 106: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos Figura 123: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos diários desportivos, 1998 a diários desportivos, 1998 a 2018 2018

120 000 100 669 100 000

80 000

60 000

40 000 30 600 37 985 20 000 15 457 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2001 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Record O Jogo

Fonte:Fonte: APCT. APCT.Edição: OberCom.Edição: Nota: OberCom. O diário desportivo Nota: "AO Bola" diário não divulgadesportivo informação “A relativa Bola” a tiragens,não divulga circulação informação paga ou circulação total. relativa a tiragens, circulação paga ou circulação total.

130

190 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 107: Taxa de crescimento anual da Circulação paga por edição paga Figura 124: Taxa de crescimento anual da Circulação paga por edição paga no segmento dos no segmento dos diários desportivos (%), 1998 a 2018 diários desportivos (%), 1998 a 2018

25 20,8 20 16,6 15 10,9 10 5 4,5 -7,9 1,6 0 -0,1 -1,3 -1,4 -1,9 -3,3 -3,2 -4 -3,5 -3,5 -5 -6,5 -6,5 -5,5 -5,4 -5,7 -5,3 -5,8 -7,8 -7,97,8 -8,2 -8,3 -8,6 -8,6 -8,6 -8 -10 -9,1 -10,6 -9,8 -9,6 -12,7 -11,7 -15 -13,7 -8,7 -17,1 -20

Record O Jogo

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: a partir do ano de 2018, o Diário de Notícias passa a ser contemplado na categoria de Semanários e NewsmagazinesFonte: APCT. de Informação Edição: Geral,OberCom. em virtude Nota: de a periodicidade a partir do da anoedição de impressa 2018, ter o passado Diário de de diária Notícias para semanal. passa Em termosa ser de contemplado na categoria deperiodicidade Semanários digital, ae edição Newsmagazines mantém uma edição de diária Informação Geral, em virtude de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de Nestaperiodicidade figura, verifica digital,-se aa taxaedição de mantémcrescimento uma deste edição segmento, diária. com o pico do jornal Record e de O Jogo a verificar-se em 2003 para 2004, com uma taxa de crescimento de 20,8% e de 10,9%, respectivamente. Já no períodoNesta 2017 figura,-2018, verifica-se o Record deteve a taxa uma taxade crescimentode crescimento negativa deste desegmento, -3,5%, com comO Jogo o apico deter do uma dejornal -9,6%. Record e de O Jogo a verificar-se em 2003 para 2004, com uma taxa de

crescimento de 20,8% e de 10,9%, respectivamente. Já no período 2017-2018, o Figura 125: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos diários de Economia e Record deteve uma taxa de crescimentoFinanças, 1998 negativa a 2018 de -3,5%, com O Jogo a deter uma de -9,6%. 30000

25000

20000

15000

10000

5000

0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Jornal de Negócios Diário Económico Oje*

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: No caso do Jornal OJE, sendo um jornal gratuito, analisa-se a Circulação Impressa Total. O Jornal de Negócios passou de publicação semanal a diária em 2002/2003.

131 191 Figura 124: Taxa de crescimento anual da Circulação paga por edição paga no segmento dos diários desportivos (%), 1998 a 2018

25 20,8 20 16,6 15 10,9 10 5 4,5 -7,9 1,6 0 -0,1 -1,3 -1,4 -1,9 -3,3 -3,2 -4 -3,5 -3,5 -5 -6,5 -6,5 -5,5 -5,4 -5,7 -5,3 -5,8 -7,8 -7,97,8 -8,2 -8,3 -8,6 -8,6 -8,6 -8 -10 -9,1 -10,6 -9,8 -9,6 -12,7 -11,7 -15 -13,7 -8,7 -17,1 -20

Record O Jogo Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: a partir do ano de 2018, o Diário de Notícias passa a ser contemplado na categoria de Semanários e Newsmagazines de Informação Geral, em virtude de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de periodicidade digital, a edição mantém uma edição diária

Nesta figura, verifica-se a taxa de crescimento deste segmento, com o pico do jornal Record e de O Jogo a verificar-se em 2003 para 2004, com uma taxa de crescimento de 20,8% e de 10,9%, respectivamente. Já no período 2017-2018, o Record deteve uma taxa de crescimento negativa de -3,5%, com O Jogo a deter uma de -9,6%.

Figura 1 108:25: Evolução Evolução da circulaçãoda circulação paga por paga edição por noedição segmento no segmento dos diários dos de Economia diários e de Economia e Finanças, 1998Finanças, a 2018 1998 a 2018

30000

25000

20000

15000

10000

5000

0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Jornal de Negócios Diário Económico Oje* Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: No caso do Jornal OJE, sendo um jornal gratuito, analisa-se a Circulação Impressa Total. O Jornal de Nota: No caso do Jornal OJE,Negócios sendo passou um de jornal publicação gratuito, semanal analisa-se a diária em 2002/2003. a Circulação Impressa Total. O Jornal de Negócios passou de publicação semanal a diária em 2002/2003.

No segmento dos diários de Economia131 e Finanças, não se foge à tendência geral de decrescimento, nomeadamente a partir de 2011.

No caso do Diário Económico, detinha, em 2010, uma circulação paga por edição na ordem dos 15 605, sendo que em 2018 detinha 6 343. Já o Jornal de Negócios detinha, no ano de 2018, 4 472.

A figura seguinte, demonstra, uma vez mais, a taxa de crescimento anual da circulação paga por edição, agora tendo em conta este segmento em particular, apontando para a tendência de uma taxa de crescimento mais negativa ao longo dos anos.

192 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos No segmento dos diários de Economia e Finanças, não se foge à tendência geral de decrescimento, nomeadamente a partir de 2011. No caso do Diário Económico, detinha, em 2010, uma circulação paga por edição na ordem dos 15 605, sendo que em 2018 detinha 6 343. Já o Jornal de Negócios detinha, no ano de 2018, 4 472. A figura seguinte, demonstra, uma vez mais, a taxa de crescimento anual da circulação paga por edição, agora tendo em conta este segmento em particular, apontando para a tendência de uma taxa de crescimento mais negativa ao longo dos anos. Figura 109: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no Figura 126: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento dos diários de segmento dos diários de Economia e Finanças, 1998 a 2018 Economia e Finanças, 1998 a 2018

40

30

20

10

0

-10

-20

-30

Jornal de Negócios Diário Económico Oje

Fonte:Fonte: APCT. Edição: APCT. OberCom. Edição: Nota: OberCom. No caso do Jornal OJE, sendo um jornal gratuito, analisa-se a Circulação Impressa Total. O Jornal de Nota: No caso do JornalNegó OJE,cios passousendo de um publicação jornal semanal gratuito, a diária analisa-se em 2002 / 2003.a Circulação Impressa Total. O Jornal de Negócios passou de publicação semanal a diária em 2002 / 2003.

Figura 110: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos Figurasemanários 127: Evolução de Economia da circulação e pagaFinanças, por edição 1998 no segmentoa 2018 dos semanários de Economia e Finanças, 1998 a 2018

20 000

18 000

16 000

14 000

12 000

10 000

8 000

6 000

4 000

2 000

0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Vida Económica Weekend Económico Jornal de Negócios O Jornal Económico 132 Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: O Semanário Económico passou a ser designado de Weekend Económico em 2009; O Jornal de Negócios Fonte: APCT. Edição: OberCom.passou Nota: de publicação O Semanário semanal a diária Económico em 2002 / 2003. passou a ser designado de Weekend Económico em 2009; O Jornal de Negócios passou de publicação semanal a diária Noem segmento 2002 / 2003.dos semanários de Economia e Finanças, verifica-se a tendência para o número de circulação paga por edição vir a decrescer desde 2002. Destaque para a Vida Económica, que em 2001 detinha 17 922, e em 2018 detinha 4 072.

Figura 128: Taxa de crescimento anual 193da circulação paga por edição no segmento dos semanários de Economia e Finanças, 1998 a 2018

30 20 10 0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 -70

Vida Económica Weekend Económico Jornal de Negócios O Jornal Económico

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: O Semanário Económico passou a ser designado de Weekend Económico em 2009; O Jornal de Negócios passou de publicação semanal a diária em 2002 / 2003.

Esta figura, em que é visível a taxa de crescimento, demonstra a tendência para o crescimento negativo da circulação paga por edição neste segmento.

133 Figura 127: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos semanários de Economia e Finanças, 1998 a 2018

20 000

18 000

16 000 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos 14 000

12 000

10 000

8 000

6 000

4 000

2 000

0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

No segmentoVida dos Económica semanáriosWeekend de Economia Económico e Finanças,Jornal de Negócios verifica-seO Jornal a tendência Económico

Fonte:para APCT. o númeroEdição: OberCom. de Nota: circulação O Semanário Económico paga passoupor ediçãoa ser designado vir de a Weekend decrescer Económico desdeem 2009; O 2002.Jornal de Negócios passou de publicação semanal a diária em 2002 / 2003. Destaque para a Vida Económica, que em 2001 detinha 17 922, e em 2018 detinhaNo segmento 4 072. dos semanários de Economia e Finanças, verifica-se a tendência para o número de circulação paga por edição vir a decrescer desde 2002. Destaque para a Vida Económica, que em 2001 detinha 17 922, e em 2018 detinha 4 072. Figura 111: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no

segmentoFigura dos128: semanáriosTaxa de crescimento de Economia anual da circulação e Finanças, paga por 1998 edição a 2018 no segmento dos semanários de Economia e Finanças, 1998 a 2018

30 20 10 0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 -70

Vida Económica Weekend Económico Jornal de Negócios O Jornal Económico

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: O Semanário Económico passou a ser designado de Weekend Económico em 2009; O Jornal de Negócios Fonte: APCT. Edição: OberCom.passou Nota: de publicação O Semanário semanal a diáriaEconómico em 2002 / 2003.passou a ser designado de Weekend Económico em 2009; O Jornal de Negócios passou de publicação semanal a diária Estaem 2002 figura, / em2003. que é visível a taxa de crescimento, demonstra a tendência para o crescimento negativo da circulação paga por edição neste segmento.

Esta figura, em que é visível a taxa de crescimento, demonstra a tendência 133 para o crescimento negativo da circulação paga por edição neste segmento.

194 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 112: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos semanários e “newsmagazines” de informação geral, 1998 a 2018 Figura 129: Evolução da circulação paga por edição no segmento dos semanários e “newsmagazines” de informação geral, 1998 a 2018

160000

140000

120000

100000

80000

60000

40000

20000

0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Courrier Internacional O Crime Tal & Qual Expresso O Independente Sábado Focus Visão Sol Diário de Notícias*

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: a partir do ano de 2018, o Diário de Notícias passa a ser contemplado na categoria de Semanários e Newsmagazines de Informação Geral, em virtude de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de Fonte: APCT. Edição: OberCom.periodicidade Nota: digital, a partir a edição do mantém ano uma de edição 2018, diária. o Diário de Notícias passa a ser contemplado na categoria de Semanários e Newsmagazines de Informação Geral, em virtudeDo segmento de a periodicidadedos semanários da “newsmagazines” edição impressa e de ter informação passado geral, de diária o Expresso para semanal. revela-se oEm jornal termos com demaior periodicidade circulação paga digital, por edição, a edição seguindo, mantém contudo, uma a edição tendência diária. geral de decrescimento neste segmento – em 2002, deteve 139 881, e em 2018 deteve 60 966. O Expresso, marca integrante do universo PMP, tinha em 1998 valores de circulação impressa paga na ordem Do segmento dos semanários “newsmagazines” e de informação geral, o dos 134 600 exemplares, perdendo 22 931 até 2009 (-17%) e 73 634 até 2018 (-54,7% do que em 1998 e - Expresso45,4% do que revela-se em 2009, onde o jornalatingiu valores com demaior circulação circulação impressa paga paga de 111 por 669). edição, seguindo, contudo, a tendência geral de decrescimento neste segmento – em 2002, deteve 139 881, e em 2018 deteve 60 966.

O Expresso tinha em 1998 valores de circulação impressa paga na ordem dos 134 600 exemplares, perdendo 22 931 até 2009 (-17%) e 73 634 até 2018 (-54,7% do que em 1998 e -45,4% do que em 2009, onde atingiu valores de circulação impressa paga de 111 669).

134

195 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 113: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento dos semanários e “newsmagazines” de Informação Geral, 1998 a 2018Figura 130: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento dos semanários e "newsmagazines" de Informação Geral, 1998 a 2018

180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 -20 -40 -60

Cou. Internacional O Crime Tal & Qual Expresso O Independente Sábado Focus Visão Sol

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: a partir do ano de 2018, o Diário de Notícias passa a ser contemplado na categoria de Semanários e NewsmagazinesFonte: APCT. de Informação Edição: Geral,OberCom. em virtude Nota: de a periodicidadea partir do da ediçãoano de impressa 2018, ter opassado Diário de dediária Notícias para semanal. passa Em te armos ser de contemplado na categoria deperiodicidade Semanários digital, e aNewsmagazines edição mantém uma edição de Informação diária. Geral, em virtude de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de periodicidade digital, aFigura edição 1 3mantém1: Evolução uma da edição circulação diária. por edição dos jornais gratuitos, 2001 a 2018

200 000 180 000 160 000 140 000 120 000 100 000 80 000 60 000 40 000 20 000 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Destak Metro

Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Quanto à evolução de circulação por edição dos jornais gratuitos (Destak e Metro), verifica-se que apresentam valores e tendências bastante similares. Em 2007, detinham uma circulação na ordem dos 175 000, sendo que foram gradualmente descendo e estagnando, chegando o Destak a ter, em 2018, uam circulação de 61 655.

196 135 Figura 130: Taxa de crescimento anual da circulação paga por edição no segmento dos semanários e "newsmagazines" de Informação Geral, 1998 a 2018

180 160 140 120 100 80 60 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos 40 20 0 -20 -40 -60

Cou. Internacional O Crime Tal & Qual Expresso O Independente Sábado Focus Visão Sol

Fonte:Figura APCT. Edição:114: OberCom.Evolução Nota: a dapartir circulação do ano de 2018, o Diáriopor deedição Notícias pass dosa a ser jornais contemplado gratuitos, na categoria de Semanários2001 e Newsmagazines de Informação Geral, em virtude de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de a 2018 periodicidade digital, a edição mantém uma edição diária.

Figura 131: Evolução da circulação por edição dos jornais gratuitos, 2001 a 2018

200 000 180 000 160 000 140 000 120 000 100 000 80 000 60 000 40 000 20 000 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Destak Metro

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Quanto à evolução de circulação por edição dos jornais gratuitos (Destak e Metro), verifica-se que Quanto à evolução de circulação por edição dos jornais gratuitos (Destak e apresentam valores e tendências bastante similares. Em 2007, detinham uma circulação na ordem dos 175Metro), 000, sendo verifica-se que foram quegradualmente apresentam descendo valores e estagnando, e tendências chegando o Destakbastante a ter, emsimilares. 2018, uam circulaçãoEm 2007, de 61 detinham 655. uma circulação na ordem dos 175 000, sendo que foram gradualmente descendo e estagnando, chegando o Destak a ter, em 2018, uam circulação de 61 655. 135

Figura 115: Taxa de crescimento anual da circulação por edição no Figurasegmento 132: Taxa dos de jornais crescimento gratuitos, anual da 2001circulação a 2018 por edição no segmento dos jornais gratuitos, 2001 a 2018

80

60

40

20

0

-20

-40

-60

Destak Metro Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

A taxa de crescimento reflecte os dados da figura anterior, com uma descida geral e gradual de taxa de crescimento entre 2004 e 2009. 197

Figura 133: Evolução da circulação média por publicação nos diferentes segmentos (%), 1998 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0% 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Diários Generalistas Diários de Economia Semanários e Newsmagazines Diários Desportivos Semanários de Economia Gratuitos

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: média de circulação paga por publicação para a imprensa não gratuita e média da circulação total para a imprensa gratuita. Tendo agora em conta esta figura, que expõe a circulação média por publicação nos diferentes segmentos, verifica-se que desde 201 que esta dimensão tem estado relativamente estável, com a maioria da circulação a

136 Figura 132: Taxa de crescimento anual da circulação por edição no segmento dos jornais gratuitos, 2001 a 2018

80

60

40Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos 20

0

-20

-40

-60

Destak Metro A taxa de crescimento reflecte os dados da figura anterior, com uma descida Fonte: APCT. Edição: OberCom. geral e gradual de taxa de crescimento entre 2004 e 2009. A taxa de crescimento reflecte os dados da figura anterior, com uma descida geral e gradual de taxa de crescimento entre 2004 e 2009. Figura 116: Evolução da circulação média por publicação nos diferentes Figurasegmentos 133: Evolução (%), 1998 da circulação a 2018 média por publicação nos diferentes segmentos (%), 1998 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0% 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Diários Generalistas Diários de Economia Semanários e Newsmagazines Diários Desportivos Semanários de Economia Gratuitos

Fonte:Fonte: APCT. Edição: APCT. OberCom. Edição: Nota: OberCom. média de circulação Nota: paga média por publicação de circulação para a imprensa paga não gratuitapor publicação e média da circulaçã parao totala para a imprensa gratuita. Tendoimprensa agora não em gratuitaconta esta e figura,média queda circulaçãoexpõe a circulação total para média a imprensa por publicação gratuita. nos diferentes segmentos, verifica-se que desde 201 que esta dimensão tem estado relativamente estável, com a maioria da circulação a Tendo agora em conta esta figura, que expõe a circulação média por publicação nos diferentes segmentos, verifica-se que desde 201 que esta

dimensão tem estado relativamente estável,136 com a maioria da circulação a ser dos jornais gratuitos (61 655 em 2018), seguido dos diários generalistas, com 46 868 em 2018, e dos semanários e newsmagazines, com 31 901 nesse mesmo ano.

198 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

ser dos jornais gratuitos (61 655 em 2018), seguido dos diários generalistas, com 46 868 em 2018, e dos semanários e newsmagazines, com 31 901 nesse mesmo ano. Figura 117: Circulação paga agregada (por edição) do “mercado relevante” (milhares),Figura 134: Circulação 1998 a 2018 paga agregada (por edição) do “mercado relevante” (milhares), 1998 a 2018

1 000 925 898 892 882 870 869 872 900 864 852 850 845 828 781 800 763

700 664 607 600 557 512 500 446 399 400 356

300

200

100

0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte:Fonte: APCT. APCT. Edição: Edição: OberCom. OberCom. Nota: Por “mercado Nota: relevante” Por “mercado entende-se relevante” o somatório dos entende-se valores de circulação o somatório paga (circulação, dos nos valores de circulaçãogratuitos), paga por ano,(circulação, das publicações nos contempladas gratuitos), nos por dados ano, APCT das nas publicações páginas anteriores. contempladas

nos dados APCT nas páginas anteriores. Por fim, no que respeita à evolução da circulação paga agregada (por edição) do “mercado relevante” (milhares), verifica-se uma tendência de decrescimento a partir de 2009, contabilizando-se, em 2018, 356 milhares.Por fim, O picono daque circulação respeita paga à agregada evolução por edição da docirculação “mercado relevante” paga agregada foi em 2006, (por com 925 milhares.edição) do “mercado relevante” (milhares), verifica-se uma tendência de decrescimento a partir de 2009, contabilizando-se, em 2018, 356 milhares. O pico da circulação paga agregada por edição do “mercado relevante” foi em 2006, com 925 milhares.

137

199 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

9.4 Dinâmicas de crescimento do mercado – Circulação digital paga

Este sub-capítulo refere-se às dinâmicas de crescimento de mercado tendo em conta a circulação digital paga. O segmento digital ganhou bastante relevância nomeadamente a partir de 2011, razão pela qual se tem procurado analisar e explorar os dados referentes a tal segmento.

A primeira figura, que se cinge aos diários de informação geral, retrata precisamente isso. Como é possível verificar, é evidente o crescimento a partir de 2011, em especial no que diz respeito ao Público que, em 2017, contou 14 789 de circulação digital paga, tendo, em 2018, 12 414. Já o Jornal de Notícias tem, no último ano em análise, 5 235 edições.

No entanto, verifica-se também a tendência de decrescimento a partir de 2018 no caso do Público, e uma certa estagnação no crescimento para as outras publicações, apontando para a estagnação geral do mercado digital, nestes últimos anos, no contexto da imprensa.

200 Dinâmicas de crescimento do mercado – Circulação digital paga

Este sub-capítulo refere-se às dinâmicas de crescimento de mercado tendo em conta a circulação digital paga. O segmento digital ganhou bastante relevância nomeadamente a partir de 2011, razão pela qual se tem procurado analisar e explorar os dados referentes a tal segmento. A primeira figura,Comunicação que se cinge Social aos —diários Mercado de Português:informação Tendências geral, retrata e Modelos precisamente isso. Como é possível verificar, é evidente o crescimento a partir de 2011, em especial no que diz respeito ao Público que, em 2017, contou 14 789 de circulação digital paga, tendo, em 2018, 12 414. Já o Jornal de Notícias tem, no último ano em análise, 5 235 edições. No entanto, verifica-se também a tendência de decrescimento a partir de 2018 no caso do Público, e uma certa estagnação no crescimento para as outras publicações, apontando para a estagnação geral do mercado digital, nestes últimos anos, no contexto da imprensa.

Figura 118: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento dos Figura 135: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento dos diários de diários de informação geral, 2011 a 2018 informação geral, 2011 a 2018

16 000

14 000

12 000

10 000

8 000

6 000

4 000

2 000

0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Público Correio da Manhã Jornal de Notícias Jornal i Diário de Notícias

Fonte: Fonte:APCT. Edição: APCT. OberCom. Edição: Nota: OberCom. a partir Nota:do ano ade partir 2018, doo Diário ano dede Notícias 2018, passao Diário a ser de contemplado Notícias passana categoria a ser de Semanários e Newsmagazinescontemplado de Informação na categoria Geral, em de virtude Semanários de a periodicidade e Newsmagazines da edição impressa de Informação ter passado deGeral, diária em para virtude semanal. Em termos de periodicidade digital, a edição mantém uma edição diária. de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de

periodicidade digital, a edição mantém uma edição diária. Entre 2011 e 2018, a circulação digital paga dos títulos de imprensa generalista do universo PMP cresceu dos 1698 para os 19071, um aumento de 17373 e uma variação positiva em mais de 10 vezes. Entre 2011 e 2018, a circulação digital paga dos títulos de imprensa generalista cresceu dos 1698 para os 19071, um aumento de 17373 e uma variação positiva em mais de 10 vezes.

138

201 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 119: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição noFigura segmento 136: Taxa dos de diários crescimento de informação anual da circulação geral, 2011 digital a 2018paga por edição no segmento dos diários de informação geral, 2011 a 2018

700

600

500

400

300 200 100 0 -100 -200 -300 2011-12 2012-13 2013-14 2014 -15 2015-16 2016-17 2017-18

Público Correio da Manhã Jornal de Notícias Jornal i Diário de Notícias

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: a partir do ano de 2018, o Diário de Notícias passa a ser Fonte:contemplado APCT. Edição: na OberCom. categoria Nota: de a partirSemanários do ano de e2018, Newsmagazines o Diário de Notícias de passa Informação a ser contemplado Geral, naem categoria virtude de Semanários dee Newsmagazinesa periodicidade de Informação da edição Geral, impressa em virtude terde a passadoperiodicidade de da diária edição impressapara semanal. ter passado Em de diáriatermos para desemanal. Em periodicidade digital, a ediçãotermos mantém de periodicidade uma edição digital, adiária. edição mantém uma edição diária.

No seguimento da figura anterior, esta figura – que expõe a taxa de crescimento anual da circulação digital pagaNo seguimentopor edição – demonstra da figura a anterior,tendência estapara umafigura certa – que estagnação expõe naa taxa circulação de crescimento digital nomeadamente a partiranual de da2016 circulação-2017 (perto digital dos 0% paga de crescimento). por edição – demonstra a tendência para uma certa estagnação na circulação digital nomeadamente a partir de 2016-2017 Figura(perto 1 dos37: Evolução0% de crescimento). da circulação digital paga por edição no segmento dos diários desportivos, 2011 a 2018

3 000

2 500

2 000

1 500

1 000

500

0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Record O Jogo

Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Já quanto ao segmento dos diários desportivos (sem o jornal A Bola), verifica-se o crescimento de Record e O Jogo, com o Record a estagnar desde 2016 (2 022 edições em 2016 e 2 065 em 2018) e O Jogo a subir ligeiramente nos últimos anos (2 535 em 2018). 202

139 Figura 136: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição no segmento dos diários de informação geral, 2011 a 2018

700

600

500

400

300 200 100 0 -100 -200 -300 2011-12 2012-13 2013-14 2014 -15 2015-16 2016-17 2017-18

ComunicaçãoPúblico SocialCorreio da Manhã — Mercado Português:Jornal de Notícias Tendências e ModelosJornal i Diário de Notícias

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: a partir do ano de 2018, o Diário de Notícias passa a ser contemplado na categoria de Semanários e Newsmagazines de Informação Geral, em virtude de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de periodicidade digital, a edição mantém uma edição diária.

No seguimento da figura anterior, esta figura – que expõe a taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição – demonstra a tendência para uma certa estagnação na circulação digital nomeadamente a partir de 2016-2017 (perto dos 0% de crescimento).

Figura 120: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento dos Figura 137: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento dos diários desportivos, diários desportivos, 2011 a 2018 2011 a 2018

3 000

2 500

2 000

1 500

1 000

500

0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Record O Jogo

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom. Já quanto ao segmento dos diários desportivos (sem o jornal A Bola), verifica-se o crescimento de Record e O Jogo,Já quanto com o Record ao segmento a estagnar dos desde diários 2016 desportivos (2 022 edições (sem em 2016 o jornal e 2 065 A Bola), em 2018) verifica-se e O Jogo a subir ligeiramente nos últimos anos (2 535 em 2018). o crescimento de Record e O Jogo, com o Record a estagnar desde 2016 (2 022

edições em 2016 e 2 065 em 2018) e O Jogo a subir ligeiramente nos últimos anos (2 535 em 2018).

139 Figura 121: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição Figura 138: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição no segmento dos no segmento dos diários desportivos, 2011 a 2018 diários desportivos, 2011 a 2018

650 600 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 -50 2011-12 2012-13 2013-14 2014-15 2015-16 2016-17 2017-18

Record Jogo Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: O diário desportivo “A Bola” não divulga informação relativa Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: O diário desportivo “A Bola” não divulga informação relativa a tiragens, circulação paga ou a tiragens, circulação paga ou circulação total.circulação total.

Como é possível verificar, a taxa de crescimento digital neste segmento foi maioritariamente positiva durante vários anos, havendo uma estagnação a partir de203 2015.

Figura 139: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento dos diários de Economia e Finanças, 2011 a 2018

7000

6000

5 281 5000 5 152 4 591 4000 3 558 3000 2 755

2000 1 598 1000 937

0 146 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Jornal de Negócios Diário Económico

Fonte: APCT. Edição: OberCom.

No que respeita ao segmento dos diários de Economia e Finanças, verifica-se, uma vez mais, a evolução de crescimento da circulação digital paga por edição, novamente com a tendência de estagnação de 2017 para 2018. No caso do Jornal de Negócios, deteve 5 152 edições em 2018.

140 Figura 138: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição no segmento dos diários desportivos, 2011 a 2018

650 600 550 500 450 400 350 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos 300 250 200 150 100 50 0 -50 2011-12 2012-13 2013-14 2014-15 2015-16 2016-17 2017-18

Record Jogo

ComoFonte: APCT.é possível Edição: OberCom. verificar, Nota: O a diário taxa desportivo de crescimento “A Bola” não divulga digitalinformação nesterelativa a tiragens,segmento circulação foi paga ou circulação total. maioritariamente positiva durante vários anos, havendo uma estagnação a Comopartir é possívelde 2015. verificar, a taxa de crescimento digital neste segmento foi maioritariamente positiva durante vários anos, havendo uma estagnação a partir de 2015. Figura 122: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento Figura 139: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento dos diários de Economia dos diários de Economia e Finanças, 2011 a 2018 e Finanças, 2011 a 2018

7000

6000

5 281 5000 5 152 4 591 4000 3 558 3000 2 755

2000 1 598 1000 937

0 146 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Jornal de Negócios Diário Económico

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

No que respeita ao segmento dos diários de Economia e Finanças, verifica-se, uma vez mais, a evolução de crescimentoNo que respeita da circulação ao digitalsegmento paga por dos edição, diários novamente de Economia com a tendência e Finanças, de estagnação verifica- de 2017 para 2018se, .uma No caso vez do mais, Jornal dea evoluçãoNegócios, deteve de crescimento 5 152 edições em da 2018. circulação digital paga por edição, novamente com a tendência de estagnação de 2017 para 2018. No

caso do Jornal de Negócios, deteve 5 152140 edições em 2018.

A figura seguinte demonstra, uma vez mais, a taxa de crescimento, tendo em conta este segmento, verificando-se que em 2011-2012 houve uma grande taxa de crescimento (874% no Diário Económico e 541% no Jornal de Negócios), sendo que a partir de 2015-2016 ambas as publicações estagnaram em termos de crescimento de ano para ano, no que respeita a circulação digital paga por edição.

204 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A figura seguinte demonstra, uma vez mais, a taxa de crescimento, tendo em conta este segmento, A figuraverificando seguinte-se que demonstra, em 2011 -2012 uma vezhouve mais, uma a grande taxa de taxa crescimento, de crescimento tendo (874% em conta no Diário este Económico segmento, e verificando541% no-se Jornal que de em Negócios), 2011-2012 sendo houve que uma a part grandeir de 2015 taxa- 2016 de crescimento ambas as publicações (874% no estagnaram Diário Económico em termos e 541%de crescimentono Jornal de de Negócios), ano para sendoano, no que que a respeitapartir de a 2015circulação-2016 digitalambas paga as publicações por edição. estagnaram em termos Figura 123: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição de crescimento de ano para ano, no que respeita a circulação digital paga por edição. no segmento dos diários de economia e finanças, 2011 a 2018 Figura 140: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição no segmento dos Figura 140: Taxa de crescimentodiários anual de economia da circulação e finanças, digital 2011 paga a por2018 edição no segmento dos

Figura1000 124: diários de economia e finanças, 2011 a 2018 900 1000 800 900 700 800 600 700 500 600 400 500 300 400 200 300 100 200 0 100 -100 0 2011-12 2012-13 2013-14 2014-15 2015-16 2016-17 2017-18 -100 2011-12 2012-13 2013Jornal de Negócios-14 2014-15 Diário Económico2015-16 2016-17 2017-18

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Jornal de NegóciosFonte: APCT. Edição: OberCom.Diário Económico

Figura 141: Evolução da circulaçãoFonte: digital APCT. Edição: paga OberCom.por edição no segmento dos semanários e

Figura 125: Evolução“newsmagazines” da circulação de informaçãodigital paga geral, por 2011 edição a 2018 no segmento Figura 141: Evolução da circulação digital paga por edição no segmento dos semanários e

dos30000 semanários “newsmagazines”e “newsmagazines” de informação de informação geral, 2011 geral, a 2018 2011 a 2018

30000 25000

25000 20000

2000015000

1500010000

100005000

5000 0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

0 Courrier Internacional Expresso Sábado Visão Sol Diário de Notícias* 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: a partir do ano de 2018, o Diário de Notícias passa a ser contemplado na categoria de Semanários e Courrier Internacional Expresso Sábado Visão Sol Diário de Notícias* Newsmagazines de Informação Geral, em virtude de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de periodicidade digital, a edição mantém uma edição diária. Fonte:Fonte: APCT. Edição:APCT. OberCom. Edição: Nota: OberCom. a partir do Nota: ano de a 2018, partir o Diáriodo ano de Notícias de 2018, passa o a Diárioser contemplado de Notícias na categoria passa de a Semanários ser e Newsmagazinescontemplado de Informação na categoria Geral, em de virtude Semanários de a periodicidade e Newsmagazines da edição impressa de ter Informaçãopassado de diária Geral, para semanal. em virtude Em termos de periodicidade digital, a edição mantém uma edição diária. de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de periodicidade digital, a edição mantém uma edição141 diária.

141

205 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Já que concerne ao segmento dos semanários e “newsmagazines” de informação geral, verifica-se que o Expresso se revela como a publicação líder (25 089 em 2018), contrastando com a tendência de estagnação/decrescimento Já que concerne ao segmento dos semanários e “newsmagazines” de informação geral, verifica-se que o e continuando a evoluir para além de 2017. Expresso se revela como a publicação líder (25 089 em 2018), contrastando com a tendência de estagnação/decrescimento e continuando a evoluir para além de 2017. Figura 126: Taxa de crescimento anual da circulação digital paga por edição

noFigura segmento 142: Taxa dos de crescimento semanários anual e “newsmagazines”da circulação digital pagade informação por edição no geral,segmento dos 2011 a 2018 semanários e “newsmagazines” de informação geral, 2011 a 2018

450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 -50 -100 2011-12 2012-13 2013-14 2014-15 2015-16 2016-17

Courrier Internacional Expresso Sábado Visão Sol

Fonte:Fonte: APCT. APCT. Edição: Edição: OberCom. OberCom. Nota: a partir Nota: do anoa partir de 2018, do o ano Diário de de 2018,Notícias o passa Diário a ser de contemplado Notícias passana categoria a ser de Semanários contempladoe Newsmagazines na decategoria Informação de Geral, Semanários em virtude e de Newsmagazines a periodicidade da ediçãode Informação impressa ter Geral, passado em de virtude diária para de semanal. a Em termos de periodicidade digital, a edição mantém uma edição diária. periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de periodicidade

digital, a edição mantém uma edição diária. De acordo com as figuras anteriores sobre as taxas de crescimento de circulação digital, esta figura expõe a mesma tendência, nomeadamente no que concerne a uma certa estagnação – com certas variações, De acordo com as figuras anteriores sobre as taxas de crescimento de circulação mediante as publicações – do número de edições em circulação, de ano para ano, a partir, nomeadamente, digital, esta figura expõe a mesma tendência, nomeadamente no que concerne de 2014/2015. a uma certa estagnação – com certas variações, mediante as publicações – do número de edições em circulação, de ano para ano, a partir, nomeadamente, de 2014/2015.

206

142 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 127: Evolução da circulação digital média por publicação nos diferentesFigura 143 :segmentos Evolução da circulação(milhares), digital 2011 média a 2018 por publicação nos diferentes segmentos (milhares), 2011 a 2018

9000

8000

7000

6000

5000

4000

3000

2000

1000

0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Diários Generalistas Diários de Economia Semanários e Newsmagazines Diários Desportivos

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Já tendo em conta a evolução da circulação digital médio por publicação nos diferentes segmentos, verifica-se umaJá tendênciatendo em geral conta de crescimento a evolução grande da até circulação2016, com consequente digital médio estagnação por a publicaçãopartir desse ano . Nestenos diferentes sentido, será segmentos, interessante perceber verifica-se como esteuma mercado tendência irá evoluir geral nos de próximoscrescimento anos, havendo, contudo,grande a atétendência 2016, clara com para consequente estagnação e decrescimento estagnação da acirculação partir dessepaga, o ano.que se pode revelar mais um problema para as publicações portuguesas para os próximos anos. Tendência similar que se verifica na próxima figura, em que, após um crescimento da circulação digital paga Neste sentido, será interessante perceber como este mercado irá evoluir agregada do “mercado relevante”, se verificou, a partir de 2016, uma estagnação e, em 2018, uma descida nos próximos anos, havendo, contudo, a tendência clara para estagnação e (61 278). decrescimento da circulação paga, o que se pode revelar mais um problema paraFigura as 1 4publicações4: Circulação digitalportuguesas paga agregada para os do próximos“mercado relevante” anos. (milhares), 2011 a 2018

80 000 66 686 Tendência70 000 similar que se verifica na próxima figura,66 171em que, após um 61 378 crescimento60 000 da circulação digital paga agregada55 671 do “mercado relevante”,

50 000 se verificou, a partir de 2016, uma 41estagnação401 e, em 2018, uma descida (61 278).40 000 30 000 23 832

20 000 15 355 8 101 10 000

0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: APCT. Edição: OberCom.

207 143 Figura 143: Evolução da circulação digital média por publicação nos diferentes segmentos (milhares), 2011 a 2018

9000

8000

7000

6000

5000

4000

3000

2000

1000

0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Diários Generalistas Diários de Economia Semanários e Newsmagazines Diários Desportivos

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos Já tendo em conta a evolução da circulação digital médio por publicação nos diferentes segmentos, verifica-se uma tendência geral de crescimento grande até 2016, com consequente estagnação a partir desse ano. Neste sentido, será interessante perceber como este mercado irá evoluir nos próximos anos, havendo, contudo, a tendência clara para estagnação e decrescimento da circulação paga, o que se pode revelar mais um problema para as publicações portuguesas para os próximos anos. Tendência similar que se verifica na próxima figura, em que, após um crescimento da circulação digital paga agregada do “mercado relevante”, se verificou, a partir de 2016, uma estagnação e, em 2018, uma descida (61 278).Figura 128: Circulação digital paga agregada do “mercado relevante” (milhares), 2011 a 2018 Figura 144: Circulação digital paga agregada do “mercado relevante” (milhares), 2011 a 2018

80 000 66 686 70 000 66 171 61 378 60 000 55 671

50 000 41 401 40 000

30 000 23 832

20 000 15 355 8 101 10 000 0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

9.5 Circulação nos principais143 grupos de media

Este sub-capítulo refere-se à circulação nos principais grupos de media da imprensa, tendo em conta, por um lado, os jornais/revistas que compõem cada grupo, e, por outro, as publicações gerais de cada um dos grupos em questão.

A primeira figura contabiliza a circulação paga de jornais do grupo Controlinveste Media, tendo em conta cada um dos seus jornais. Como é possível verificar, o jornal com maior circulação é o Jornal de Notícias (52,3%), seguido de O Jogo (19%), do Diário de Notícias (10,2%), do Diário de Notícias da Madeira (9,7%) e do Jornal do Fundão (8,9%).

208 Circulação nos principais grupos de media Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos Circulação nos principais grupos de media

Este sub-capítulo refere-se à circulação nos principais grupos de media da imprensa, tendo em conta, por um lado,Este sub os - jornais/revistascapítulo refere- se que à circulação compõem nos cada principais grupo, grupos e, por de outro, media as da publicações imprensa, geraistendo em de conta, cada umpor dosum gruposlado, os em jornais/revistas questão. que compõem cada grupo, e, por outro, as publicações gerais de cada um dos Agrupos primeira em figuraquestão. contabiliza a circulação paga de jornais do grupo Controlinveste Media, tendo em conta cada umA primeira dos seus figura jornais. contabiliza Como é a possívelcirculação verificar, paga de o jornaisjornal com do grupo maior Controlinveste circulação é o Media,Jornal tendode Notícias em conta (52,3%), cada segumuido dos deseus O jornais.Jogo (19%), Como do é Diáriopossível de verificar, Notícias o(10,2%), jornal com do Diáriomaior decirculação Notícias éda o MadeiraJornal de (9,7%) Notícias e do(52,3%), Jornal doseg Fundãouido de (8,9%).O Jogo (19%), do Diário de Notícias (10,2%), do Diário de Notícias da Madeira (9,7%) e do Jornal Figura 129: Circulação paga de jornais do grupo Controlinveste Media, 2018 do Fundão (8,9%).

Figura 145: Circulação paga de jornais do grupo Controlinveste Media, 2018 Figura 145: Circulação paga de jornais do grupo Controlinveste Media, 2018 60% 52,3% 60% 50% 52,3% 50% 40% 40% 30% 30% 19,0% 20% 19,0% 20% 10,3% 9,7% 8,9% 10% 10,3% 9,7% 8,9% 10% 0% 0% Jornal de Notícias O Jogo Diário de Notícias Diário de Notícias da Jornal do Fundão Madeira Fonte: APCT.Jornal de Notícias Edição: OberCom. O Jogo Diário de Notícias Diário de Notícias da Jornal do Fundão Madeira Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom. Figura 130: Circulação paga de jornais do grupo Cofina Media, 2018 Figura 146: Circulação paga de jornais do grupo Cofina Media, 2018 Figura 146: Circulação paga de jornais do grupo Cofina Media, 2018 40% 37,4% 40% 37,4% 35% 35% 28,7% 30% 28,7% 30% 25% 25% 20% 17,7% 20% 17,7% 14,2% 15% 14,2% 15% 10% 10% 5% 2,1% 5% 2,1% 0% 0% Correio da Manhã Destak Sábado Record Jornal de Negócios Correio da Manhã Destak Sábado Record Jornal de Negócios Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Já no grupo Cofina Media, verifica-se que o Correio da Manhã é o jornal do grupo com maior circulação, perfazendo144 37,4% em 2018, seguido do Destak 144 (jornal gratuito, com 28,7%), da revista Sábado, com 17,7%, do Record, com 14,2%, e do Jornal de Negócios, com 2,1%.

209 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Já no grupo Cofina Media, verifica-se que o Correio da Manhã é o jornal do grupo com maior circulação, perfazendo 37,4% em 2018, seguido do Destak (jornal gratuito, com 28,7%), da revista Sábado, com 17,7%, do Record, com 14,2%, e do Jornal de Negócios, com 2,1%.

Figura 131: CirculaçãoFigura 147 paga: Circulação de jornais paga do de grupo jornais Trust do grupo in News, Trust 2018 in News, 2018

90% 77,2% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 22,8% 20% 10% 0% Visão Courrier Internacional

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Já quanto ao grupo Trust in News, 77,2% da sua circulação refere-se à revista Já quanto ao grupo Trust in News, 77,2% da sua circulação refere-se à revista Visão, com o restante a Visão, com o restante a pertencer à Courrier Internacional. pertencer à Courrier Internacional. Por fim, a figura seguinte detém o total da circulação dos grupos acima referidos, Por fim, a figura seguinte detém o total da circulação dos grupos acima referidos, mais a Impresa (com o mais a Impresa (com o jornal Expresso) e o Publico – Comunicação Social (com o jornal Expresso) e o Publico – Comunicação Social (com o jornal Público). jornal Público).

Figura 148: Circulação de jornais nos principais grupos de media, 2018

250 000 215 112

200 000

150 000

100 000 81 472 60 966 52 126 50 000 17 684

0 Cofina Media Controlinveste Media Impresa (Jornal Trust in News Publico - Comunicação Expresso) Social (Jornal Público)

Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Como é possível verificar, a Cofina Media detém um maior número de circulação em 2018 (215 112), seguido da Controlinveste Media (81 472), da Impresa, com o Expresso (60 966), da Trust in News (52 126), e do Publico – Comunicação Social, com o Público (17 684). 210

145 Já no grupo Cofina Media, verifica-se que o Correio da Manhã é o jornal do grupo com maior circulação, perfazendo 37,4% em 2018, seguido do Destak (jornal gratuito, com 28,7%), da revista Sábado, com 17,7%, do Record, com 14,2%, e do Jornal de Negócios, com 2,1%.

Figura 147: Circulação paga de jornais do grupo Trust in News, 2018

90% 77,2% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 22,8% 20% 10% 0% Comunicação SocialVisão — Mercado Português: Tendências eCourrier Internacional Modelos

Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Já quanto ao grupo Trust in News, 77,2% da sua circulação refere-se à revista Visão, com o restante a pertencer à Courrier Internacional. Por fim, a figura seguinte detém o total da circulação dos grupos acima referidos, mais a Impresa (com o jornal Expresso) e o Publico – Comunicação Social (com o jornal Público).

Figura 132: Circulação de jornais nos principais grupos de media, 2018 Figura 148: Circulação de jornais nos principais grupos de media, 2018

250 000 Figura 133: 215 112

200 000

150 000

100 000 81 472 60 966 52 126 50 000 17 684

0 Cofina Media Controlinveste Media Impresa (Jornal Trust in News Publico - Comunicação Expresso) Social (Jornal Público) Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

ComoComo é possível é possível verificar, verificar, a Cofina Media a Cofinadetém um Media maior númerodetém de umcirculação maior em número2018 (215 112),de seguido dacirculação Controlinveste em Media 2018 (81 (215 112), 472), da Impresa, seguido com da o ControlinvesteExpresso (60 966), Mediada Trust (81 472), in News (52 da 126), e do PublicoImpresa, – Comunicação com o Expresso Social, com (60 966), o Público (17 da 684). Trust in News (52 126), e do Publico – Comunicação Social, com o Público (17 684). 145

9.6 Quotas de mercado: evolução da repartição do poder no mercado impresso

Este sub-capítulo diz respeito às quotas de mercado e à evolução da repartição do poder no mercado impresso. A primeira figura diz precisamente respeito às quotas de mercado no segmento dos diários de informação geral, conseguindo perceber-se a evolução em vinte anos, desde 1998 a 2008, e as mudanças entretanto ocorridas. Como é possível verificar, o Correio da Manhã vem liderando ao longo dos últimos anos, com uma quota em 2018 de 57,1% neste segmento, seguido do Jornal de Notícias, com 30,3%.

211 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Quotas de mercado: evolução da repartição do poder no mercado impresso

Este sub-capítulo diz respeito às quotas de mercado e à evolução da repartição do poder no mercado impresso. A primeira figura diz precisamente respeito às quotas de mercado no segmento dos diários de informação geral, conseguindo perceber-se a evolução em vinte anos, desde 1998 a 2008, e as mudanças entretanto ocorridas. Como é possível verificar, o Correio da Manhã vem liderando ao longo dos últimos anos, comFigura uma quota 134: em Evolução 2018 de 57,1% das neste quotas segmento, de mercado seguido do Jornal no segmento de Notícias, com dos 30,3%. diários de informação geral, 1998 a 2018 Figura 149: Evolução das quotas de mercado no segmento dos diários de informação geral, 1998 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0% 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Público Correio da Manhã 24 Horas Jornal de Notícias Jornal i Diário de Notícias

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

146

212 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 135: Evolução das quotas de mercado no segmento dos diários

Figuradesportivos, 150: Evolução 1998 das a 2018 quotas de mercado no segmento dos diários desportivos, 1998 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0% 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Record Jogo

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Quanto às quotas de mercado no segmento dos diários desportivos, verifica-se uma quota maior por parte do Quanto às quotas de mercado no segmento dos diários desportivos, verifica-se Record, com 66,4% em 2018. uma quota maior por parte do Record, com 66,4% em 2018. Figura 151: Evolução das quotas de mercado no segmento dos diários de Economia e Finanças, 1998 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0% 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Jornal de Negócios Diário Económico Oje

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: No caso do Jornal OJE, sendo um jornal gratuito, analisa-se a Circulação Impressa Total. O Jornal de Negócios passou de publicação semanal a diária em 2002 / 2003.

Já no que respeita aos diários de Economia e Finanças, verifica-se que o Jornal de Negócios possui a quota inteira de mercado desde 2017, sendo que nos anos de 2014 e 2016 dividia o mercado com o Diário Económico. 213

147 Figura 150: Evolução das quotas de mercado no segmento dos diários desportivos, 1998 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30% 20% Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos 10%

0% 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Record Jogo

Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Quanto às quotas de mercado no segmento dos diários desportivos, verifica-se uma quota maior por parte do Record, com 66,4% em 2018. Figura 136: Evolução das quotas de mercado no segmento dos diários de EconomiaFigura 151: Evoluçãoe Finanças, das quotas1998 ade 2018 mercado no segmento dos diários de Economia e Finanças, 1998 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0% 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Jornal de Negócios Diário Económico Oje

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: No caso do Jornal OJE, sendo um jornal gratuito, analisa-se a Circulação Impressa Total. O Jornal de Fonte: APCT. Edição: OberCom.Negócios Nota: passou No de caso publicação do Jornalsemanal OJE,a diária sendo em 2002 um / 2003. jornal gratuito, analisa-se a Circulação Impressa Total. O Jornal de Negócios passou de publicação semanal a diária em 2002 / Já2003. no que respeita aos diários de Economia e Finanças, verifica-se que o Jornal de Negócios possui a quota inteira de mercado desde 2017, sendo que nos anos de 2014 e 2016 dividia o mercado com o Diário Económico.Já no que respeita aos diários de Economia e Finanças, verifica-se que o Jornal de Negócios possui a quota inteira de mercado desde 2017, sendo que nos anos de 2014 e 2016 dividia o mercado com o Diário147 Económico.

214 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 137: Evolução das quotas de mercado no segmento dos semanários de EconomiaFigura 15 2e: Finanças,Evolução das 1998 quotas a 2018 de mercado no segmento dos semanários de Economia e Finanças, 1998 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0% 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Vida Económica Weekend Económico Jornal de Negócios O Jornal Económico

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Quanto às quotas de mercado no segmento dos semanários de Economia e Finanças, a Vida Económica Quanto às quotas de mercado no segmento dos semanários de Economia e deteve durante os anos 2011-2014 a quota inteira, sendo que em 2017 e 2018 continua a liderar essa quota, Finanças, a Vida Económica deteve durante os anos 2011-2014 a quota inteira, dividindo-a com O Jornal Económico. sendo que em 2017 e 2018 continua a liderar essa quota, dividindo-a com O Jornal Económico.

215

148 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 138: Evolução das quotas de mercado no segmento dos semanários e Figura“newsmagazines” 153: Evolução das de quotasinformação de mercado geral, no 1998 segmento a 2018 dos semanários e “newsmagazines” de informação geral, 1998 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0% 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Courrier Internacional O Crime Tal & Qual Expresso

O Independente Sábado Focus Visão

Sol Diário de Notícias

Fonte:Fonte: APCT. APCT.Edição: OberCom.Edição: Nota:OberCom. a partir doNota: ano dea 2018,partir o Diáriodo ano de Notícias de 2018, passa ao serDiário contemplado de Notícias na categoria passa de Sem a anáriosser e Newsmagazines de Informação Geral, em virtude de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de contemplado na categoria deperiodicidade Semanários digital, e aNewsmagazines edição mantém uma deedição Informação diária. Geral, em virtude de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de periodicidade Quantodigital, a semanáriosa edição mantém e newsmagazines, uma edição diária.verifica-se que, no ano de 2018, as publicações com maior quota de mercado são o Expresso, com 38,2%, a Visão, com 25,2%, e a Sábado, com 23,9%.

Quanto a semanários e newsmagazines, verifica-se que, no ano de 2018, as Figura 154: Evolução das quotas de mercado no segmento dos jornais gratuitos, 2001 a 2018 publicações com maior quota de mercado são o Expresso, com 38,2%, a Visão, com 100%25,2%, e a Sábado, com 23,9%. 90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Destak Metro

Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Por fim, no que respeita a jornais gratuitos, verificou-se durante anos uma divisão na quota de mercado entre 216 as duas publicações, com o Destak a deter a quota inteira de mercado desde 2017.

149 Figura 153: Evolução das quotas de mercado no segmento dos semanários e “newsmagazines” de informação geral, 1998 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10% Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

0% 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Courrier Internacional O Crime Tal & Qual Expresso

O Independente Sábado Focus Visão

Sol Diário de Notícias

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Nota: a partir do ano de 2018, o Diário de Notícias passa a ser contemplado na categoria de Semanários e Newsmagazines de Informação Geral, em virtude de a periodicidade da edição impressa ter passado de diária para semanal. Em termos de periodicidade digital, a edição mantém uma edição diária.

QuantoFigura a semanários 139: Evolução e newsmagazines, das quotas verifica- se de que, mercado no ano de 2018, no segmentoas publicações doscom maior jornais quota de mercado são o Expresso, com 38,2%, a Visão, com 25,2%, e a Sábado, com 23,9%. gratuitos, 2001 a 2018

Figura 154: Evolução das quotas de mercado no segmento dos jornais gratuitos, 2001 a 2018

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Destak Metro

Fonte: APCT. Edição: OberCom. Fonte: APCT. Edição: OberCom.

Por fim, no que respeita a jornais gratuitos, verificou-se durante anos uma divisão na quota de mercado entre asPor duas fim, publicações, no que com respeita o Destak aa deter jornais a quota gratuitos, inteira de mercado verificou-se desde 2017. durante anos uma divisão na quota de mercado entre as duas publicações, com o Destak a deter a quota inteira de mercado desde 2017.149

217 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

9.7 As dinâmicas de financiamento no sector da imprensa – Análise de pormenor

A situação do sector da imprensa é, como vimos no capítulo relativo ao mercado publicitário, bastante particular no contexto analítico de Portugal. Neste

subcapítuloAs dinâmicas procuramos de financiamento explorar no as sector dinâmicas da imprensa que justificam – Análise a condiçãode pormenor do sector. A situação do sector da imprensa é, como vimos no capítulo relativo ao mercado publicitário, bastante particular no contexto analítico de Portugal. Neste subcapítulo procuramos explorar as dinâmicas que Coadjuvando os dados disponibilizados no capítulo anterior, observamos que justificam a condição do sector. a evolução na publicidade impressa é paralelo a uma diminuição acentuada da Coadjuvando os dados disponibilizados no capítulo anterior, observamos que a evolução na publicidade impressacirculação é paralelo impressa a uma diminuição paga e a acentuada um crescimento da circulação lento impressa no pagamentopaga e a um crescimento por notícias lento no pagamentodigitais. por notícias digitais.

FiguraFigura 140: 155 Circulação: Circulação impressa impressa paga paga (CIP) (CIP) e circulação e circulação digital paga digital (CDP) paga no Mercado (CDP) no Mercado relevante (Portugal,relevante 2002(Portug aal, 2017) 2002 a 2017)

1000000 924563 891837 869285 900000

800000

700000

600000

500000 399264

400000

300000

200000 66686 100000 8101

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

CIP - Circulação impressa paga CDP - Circulação digital paga

Fonte: APCT e OberCom - Anuário da Comunicação 2017. Edição: OberCom. Nota: Valores CIP incluemFonte: APCT dados e OberCom relativos - Anuário ao da mercado Comunicação relevante, 2017. Edição: incluindo OberCom. Nota:Público, Valores Correio CIP incluem da dados Manhã, relativos 24 ao Horas, mercado relevante, incluindo Público, Correio da Manhã, 24 Horas, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Record, O Jogo, Jornal de Negócios, JornalDiário Económico,de Notícias, Oje, DiárioVida Económica, de Notícias, Semanário Record, Económico, O Jogo, O Jornal Jornal Económico, de Negócios, Courrier Internacional, Diário Económico, O Crime, Tal & Oje,Qual, Expresso,Vida Económica, O Independente, Semanário Sábado, Focus, Económico, Visão, Jornal i, OSol. Jornal Valores Económico,CDT incluem Público, Courrier Correio Internacional,da Manhã, Jornal de O Notícias, Crime, Jornal i, Diário de Notícias, Record, O Jogo, Jornal de Negócios, Diário Económico, Courrier Internacional, Expresso, Sábado, Visão, Sol. Para Talinformação & Qual, mais Expresso, detalhada Orelativa Independente, ao sector da imprensa Sábado, conferir Focus, Anuário Visão, da Comunicação Jornal i,201 Sol.7 disponível Valores em CDT www.obercom.pt. incluem Público, Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Jornal i, Diário de Notícias, Record, O Jogo, Jornal de Negócios, Diário Económico, Courrier Internacional, Expresso, Sábado, Visão, Sol. A circulação impressa paga no mercado relevante era, em 2017 duas vezes menor do que em 2002, dos Para informação mais detalhada relativa ao sector da imprensa conferir Anuário da Comunicação 869.2852017 disponível os 399.264 em em www.obercom.pt. 2017. Em 2008, ano em que teve início a crise financeira, a circulação impressa paga cifrava-se nos 891.837, valor que só é ultrapassado pelo registado dois anos antes, em 2006 (924.563). A partir de 2011, passamos a dispor de dados218 relativos à circulação digital paga, que nos permitem compreender a adesão dos portugueses ao pagamento por notícias em formato digital. Entre 2011 e 2017, a circulação digital paga cresceu mais de oito vezes, dos 8.101 para os 66.686. Este ritmo de crescimento é

150 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A circulação impressa paga no mercado relevante era, em 2017 duas vezes menor do que em 2002, dos 869.285 os 399.264 em 2017. Em 2008, ano em que teve início a crise financeira, a circulação impressa paga cifrava-se nos 891.837, valor que só é ultrapassado pelo registado dois anos antes, em 2006 (924.563).

A partir de 2011, passamos a dispor de dados relativos à circulação digital paga, que nos permitem compreender a adesão dos portugueses ao pagamento por notícias em formato digital. Entre 2011 e 2017, a circulação digital paga cresceu mais de oito vezes, dos 8.101 para os 66.686. Este ritmo de crescimento é impressionante não sendo, no entanto, pelo peso dos valores em questão, suficiente para colmatar as fortes perdas relativas à circulação dos formatos impressos, ditos tradicionais.

Dados obtidos no contexto do Reuters Digital News Report24, produzidos pelo Reuters Institute for the Study of Journalism ajudam-nos a aprofundar ainda mais a nossa compreensão face à realidade do sector.

24 Para mais informação sobre as dinâmicas associadas ao consumo de notícias em formato digital consultar o relatório Reuters Digital News Report Portugal 2018 disponível em

219 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

impressionante não sendo, no entanto, pelo peso dos valores em questão, suficiente para colmatar as fortes perdas relativas à circulação dos formatos impressos, ditos tradicionais. Dados obtidos no contexto do Reuters Digital News Report25, produzidos pelo Reuters Institute for the Study ofFigura Journalism 141: ajudam Pagamento-nos a aprofundar por notícias ainda mais em a nossa formato compreensão tradicional face à erealidade digital do sector. (Portugal, 2015 a 2018)

Figura 156: Pagamento por notícias em formato tradicional e digital (Portugal, 2015 a 2018)

45% 39,3% 39,0% 40% 36,9%

35% 31,0% 30%

25%

20%

15%

10% 9,2% 9,5% 5% 8,6% 6,6% 0% 2015 2016 2017 2018

Pagou por um jornal impresso a semana passada Pagamento por notícias digitais no ano anterior

Fonte: ReutersFonte: Digital Reuters News Digital Report. News Report. Edição: Edição: OberCom. OberCom. n2016=2018; n2016=2018; n2017=2007; n2017=2007; n2018=2008. n2018=2008.

Os resultados obtidos no âmbito de quatro edições do referido projeto revelam que em 2015, 39,3% dos Os resultados obtidos no âmbito de quatro edições do referido projeto revelam inquiridos compraram um jornal impresso na semana anterior à da resposta ao inquérito, face a 6,6% que que em 2015, 39,3% dos inquiridos compraram um jornal impresso na semana pagaram por notícias digitais no ano anterior. Em 2018, o valor referente à compra de jornal impresso cai 8,3 anterior à da resposta ao inquérito, face a 6,6% que pagaram por notícias p.p. para os 31% sendo que o pagamento por notícias digitais se situa no 8,6%, depois de ter posicionado nosdigitais 9,2% em no 2016 ano e anterior.nos 9,5% emEm 2017. 2018, o valor referente à compra de jornal impresso Estescai 8,3dados, p.p. que para dizem os respeito 31% sendo a uma que amostra o pagamento representativa por da notícias população digitais portuguesa se situa(estratificad no a por género8,6%, e depoisidade) sugerem de ter queposicionado a adesão a nosnotícias 9,2% digitais em pagas2016 see nosencontra 9,5% estagnada, em 2017. face a uma quebra sustentada da aquisição de jornais em formato tradicional. QuandoEstes comparado dados, que com dizemoutros 37respeito países, no a âmbitouma amostra do mesmo representativa projeto de investigação, da população Portugal situa -se 3 ppportuguesa abaixo da média (estratificada de 12%, contrastando por género fortemente e idade) com sugerem países como que Noruega, a adesão Suécia, a notícias Austrália, Hong Kong ou Finlândia. digitais pagas se encontra estagnada, face a uma quebra sustentada da

aquisição de jornais em formato tradicional.

Quando comparado com outros 37 países, no âmbito do mesmo projeto de 25 Para mais informação sobre as dinâmicas associadas ao consumo de notícias em formato digital consultar o relatório Reuters Digital Newsinvestigação, Report Portugal 2018 Portugal disponível em situa-se www.obercom.pt 3 pp. abaixo da média de 12%, contrastando fortemente com países como Noruega, Suécia, Austrália, China ou Finlândia.

151

220 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Figura 142: Pagamento por notícias online no ano anterior (Amostras RDNR, 2018) Figura 157: Pagamento por notícias online no ano anterior (Amostras RDNR, 2018)

35% 30% 30% 26%

25% 20% 20% 18% 16% 20% 18% 15% 16% 16% 13% 14% 12% 12% 15% 12% 12% 11% 11% 11% 9% 11% 11% 11% 10% 9% 8% 8% 9% 7% 8% 8% 8% 10% 7% 6% 5%

0% UK

HK IRE ITA FIN SUI JPN BEL SPA CZE SVK FRA BUL POL CHL SGP AUS USA NLD AUT GER GRE CAN POR ARG KOR DEN CRO ROU NOR HUN SWE TWN

MÉDIA Fonte: RDNR 2018. Edição: OberCom. NPortugal=2008; N países inquiridos= Cf. Metodologia RDNR em www.digitalnewsreport.org. Fonte: RDNR 2018. Edição: OberCom. NPortugal=2008; N países inquiridos= Cf. Metodologia RDNREntre em os inquiridoswww.digitalnewsreport.org. portugueses que pagaram por conteúdos noticiosos digitais, no ano anterior ao da resposta ao inquérito, observa-se que 31,7% subscreveram notícias de forma indireta, ou seja, através da Entreaquisição os de inquiridos notícias impressas portugueses ou de pacotes que de comunicação,pagaram porpor exemplo. conteúdos Já 31,8% noticiosos dos inquiridos digitais,afirmaram terno adquiridoano anterior notícias atravésao da daresposta subscrição ao direta inquérito, de um serviço observa-se noticioso ongoing que; 31,7% enquanto subscreveram27,7% optaram por notícias um modelo de híbrido forma impresso indireta, / digital. ou O pagamentoseja, através isolado cifrouda -aquisiçãose nos 22,5% de e os notíciasmodelos de impressas donativo / crowdfunding ou de pacotes assumiram de dimensão comunicação, diminuta (12,7%). por exemplo. Já 31,8% dos inquiridos afirmaram ter adquirido notícias através da subscrição direta de um Figura 158: Tipo de pagamento por notícias online no ano anterior (Portugal, 2018) (Resposta serviço noticioso ongoing; enquanto 27,7% optaram por um modelo híbrido múltipla) impresso / digital. O pagamento isolado cifrou-se nos 22,5% e os modelos de 40% 34,7% donativo35% / crowdfunding31,8% assumiram dimensão diminuta (12,7%).

30% 27,7%

25% 22,5%

20%

15% 12,7%

10% 7,5%

5%

0% Subscrição de outro Subscrição de Pagamento por Pagamento isolado Doação para apoior Outros serviço (Notícias serviço noticioso bundle Impresso- para acesso a um um serviço de impressas / Banda ongoing (Ex. Digital ou tenho artigo / edição notícias digital larga / Cabo) que Trimestral, acesso a notícias inclui acesso a semestral ou anual) digitais através de notícias digitais uma subscrição impressa

Fonte: RDNR 2018. Edição: OberCom. N=173 (Inquiridos que pagaram por conteúdos noticiosos online no ano anterior)

152 221 Figura 157: Pagamento por notícias online no ano anterior (Amostras RDNR, 2018)

35% 30% 30% 26%

25% 20% 20% 18% 16% 20% 18% 15% 16% 16% 13% 14% 12% 12% 15% 12% 12% 11% 11% 11% 9% 11% 11% 11% 10% 9% 8% 8% 9% 7% 8% 8% 8% 10% 7% 6% 5%

0% UK

HK IRE ITA FIN SUI JPN BEL SPA CZE SVK FRA BUL POL CHL SGP AUS USA NLD AUT GER GRE CAN POR ARG KOR DEN CRO ROU NOR HUN SWE TWN

MÉDIA Fonte: RDNR 2018.Comunicação Edição: OberCom. Social NPortugal=2008; — Mercado Português:N países inquiridos= Tendências Cf. Metodologia e Modelos RDNR em www.digitalnewsreport.org.

Entre os inquiridos portugueses que pagaram por conteúdos noticiosos digitais, no ano anterior ao da resposta ao inquérito, observa-se que 31,7% subscreveram notícias de forma indireta, ou seja, através da aquisição de notícias impressas ou de pacotes de comunicação, por exemplo. Já 31,8% dos inquiridos afirmaram ter adquirido notícias através da subscrição direta de um serviço noticioso ongoing; enquanto 27,7% optaram por um modelo híbrido impresso / digital. O pagamento isolado cifrou-se nos 22,5% e os modelos de donativo / crowdfunding assumiram dimensão diminuta (12,7%).

Figura 143: Tipo de pagamento por notícias online no ano anterior (Portugal, 2018)Figura 1(Resposta58: Tipo de múltipla)pagamento por notícias online no ano anterior (Portugal, 2018) (Resposta múltipla)

40% 34,7% 35% 31,8%

30% 27,7%

25% 22,5%

20%

15% 12,7%

10% 7,5%

5%

0% Subscrição de outro Subscrição de Pagamento por Pagamento isolado Doação para apoior Outros serviço (Notícias serviço noticioso bundle Impresso- para acesso a um um serviço de impressas / Banda ongoing (Ex. Digital ou tenho artigo / edição notícias digital larga / Cabo) que Trimestral, acesso a notícias inclui acesso a semestral ou anual) digitais através de notícias digitais uma subscrição impressa

Fonte: RDNR 2018. Fonte: RDNR 2018. Edição: OberCom. N=173 (Inquiridos que pagaram por conteúdos noticiosos online no ano anterior) Edição: OberCom. N=173 (Inquiridos que pagaram por conteúdos noticiosos online no ano anterior)

Como vimos a adesão a formas inovadoras de pagamento por notícias está

praticamente estagnada. Mas a situação152 torna-se ainda mais preocupante ao verificarmos que a utilização de software de adblocking se encontra em sustentado crescimento, tendo aumentado 5,2 p.p., dos 25,9% em 2016 para os 31,1% em 2018. Esta é, como se sabe, uma prática legal que permite uma navegação isenta de conteúdos publicitários e que ameaça diretamente o financiamento das marcas de imprensa através da publicidade.

222 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Como vimos a adesão a formas inovadoras de pagamento por notícias está praticamente estagnada. Mas a situação torna-se ainda mais preocupante ao verificarmos que a utilização de software de adblocking se encontra em sustentado crescimento, tendo aumentado 5,2 p.p., dos 25,9% em 2016 para os 31,1% em 2018. Esta é, como se sabe, uma prática legal que permite uma navegação isenta de conteúdos publicitários e que ameaça diretamente o financiamento das marcas de imprensa através da publicidade. Figura 144: Posse de software de adblocking em algum dispositivo (Portugal,

2016ComoFigura avimos 2018) 159 a adesão: Posse a formasde software inovadoras de de adblocking pagamento por em notícias algum está dispositivo praticamente (Portugal, estagnada. Mas 2016 a a 2018) situação torna-se ainda mais preocupante ao verificarmos que a utilização de software de adblocking se encontra em sustentado crescimento, tendo aumentado 5,2 p.p., dos 25,9% em 2016 para os 31,1% em 35% 31,1% 2018. Esta é, como se sabe, uma prática legal que permite uma navegação isenta de conteúdos publicitários 30% 28,0% e que ameaça diretamente25,9% o financiamento das marcas de imprensa através da publicidade.

25%

20%Figura 159: Posse de software de adblocking em algum dispositivo (Portugal, 2016 a 2018)

15%

10%35% 31,1%

30% 28,0% 25,9% 5% 25% 0% 20% 2016 2017 2018 15% Fonte: RDNR 2016 a 2018. Edição: OberCom. n2016=2018; n2017=2007; n2018=2008. 10% Fonte: RDNR 2016 a 2018. Edição: OberCom. n2016=2018; n2017=2007; n2018=2008.

5% SeSe em em termos termos de deadesão adesão a conteúdos a conteúdos digitais digitais pagos, Portugal pagos, sePortugal encontra se muito encontra atrasado muito face aos restantes 0% países, em termos de2016 utilização de adblockers é 2017o 6º país em 27 onde mais 2018se utiliza este tipo de recurso (4 atrasado face aos restantes países, em termos de utilização de adblockers é o 6º p.p.país acima em 27 da ondemédiaFonte: mais global RDNR se para2016 utiliza a os2018. mercados Edição:este OberCom. tipo em de consideração).n2016=2018; recurso n2017=2007; (4 p.p. n2018=2008.acima da média global

paraSe em os termos mercados de adesão em a conteúdos consideração). digitais pagos, Portugal se encontra muito atrasado face aos restantes países,Figura em 16termos0: Posse de utilização de software de adblockers de adblockingé o 6º país em em 27 ondealgum mais dispositivo se utiliza este ( tipoAmostras de recurso RDNR (4 , 2018) p.p. acima da média global para os mercados em consideração). 45%Figura42% 145: Posse de software de adblocking em algum dispositivo (Amostras

40%RDNR, 2018)33% 36% 32% 32% Figura 160: Posse de software de adblocking em algum dispositivo (Amostras RDNR, 2018) 34% 33% 31% 30% 29% 35% 32% 31% 31% 28% 27% 30% 29% 27% 26% 26% 25% 25% 30% 45% 42% 28% 27% 24% 26% 26% 25% 25% 25% 23% 23% 40% 33% 24% 25% 36% 32% 32% 23% 20% 34% 33% 31% 30% 29% 21% 35% 32% 31% 31% 28% 27% 20% 30% 29% 27% 26% 26% 25% 25% 17% 28% 24% 30% 27% 26% 26% 25% 25% 25% 23% 23% 13% 15% 24% 23% 20% 25% 21% 10% 20% 17% 13% 5%15% 10% 0% UK 5% HK IRE ITA FIN SUI JPN BEL SPA CZE FRA SVK BUL POL CHL SGP BRA AUS USA AUT NLD GRE GER TUR POR CAN ARG MYS DEN MEX KOR CRO ROU NOR HUN SWE TWN 0% MÉDIA UK HK IRE ITA FIN SUI JPN BEL SPA CZE FRA SVK BUL POL CHL SGP BRA AUS USA AUT NLD GRE GER TUR POR CAN ARG MYS DEN MEX KOR CRO ROU NOR HUN SWE TWN

Fonte: RDNR 2018. Edição: OberCom. NPortugal=2008; MÉDIAN países inquiridos= Cf. Metodologia RDNR em www.digitalnewsreport.org.

Fonte:Fonte: RDNR RDNR 2018. Edição: Edição: OberCom. OberCom. NPortugal=2008; NPortugal=2008; N países inquiridos= N paísesCf. Metodologia inquiridos= RDNR em Cf.www.digitalnewsreport.org. Metodologia RDNR em www.digitalnewsreport.org.

153 153

223 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

A utilização de software de adblocking tem particular incidência sobre o A computadorutilização de software portátil de ou adblocking de secretária, tem particular que é oincidência dispositivo sobre mais o computador utilizado portátil para ou de secretária, quenavegação é o dispositivo em geral mais eutilizado também para para navegação consulta em de geral notícias. e também Em 2018, para consultaquase 95% de notícias. Em 2018, quasedos utilizadores 95% dos utilizadores de adblocker de adblocker tem este tem recurso este recurso instalado instalado no seu no seucomputador, computador, 23,7% no seu smartphone23,7% no eseu 13,6% smartphone no seu tablet. e 13,6% no seu tablet.

FiguraFigura 146: 16 1Utilização: Utilização de de Software Software de de adblockingadblocking porpor dispositivodispositivo (Portugal, (Portugal, 2016 a 2018) 2016 a 2018) (resposta múltipla) (resposta múltipla)

94,4% 100% 92,8% 89,1%

90% 80% 70% 60% 50% 40% 25,1% 30% 21,3% 23,7%

20% 10% 19,8% 15,7% 13,6% 0% 2016 2017 2018

Laptop/desktop Smartphone Tablet

Fonte:Fonte: RDNR RDNR 2016 2016 e 2018. e 2018.Edição: Edição: OberCom. OberCom. n2016=522 n2016=522 (utilizadores (utilizadoresque usam software que deusam adblocking); software n2017=562 de (utilizadores que usam software de adblocking); n2018=625 (utilizadores que usam software de adblocking). adblocking); n2017=562 (utilizadores que usam software de adblocking); n2018=625 (utilizadores

que usam software de adblocking). As atuais dinâmicas do sector da imprensa têm levado à adopção de novas formas de relacionamento com os leitores,As atuais como dinâmicas forma de promoção do sector do daengagement imprensa. Algumas têm levado publicações à adopção optaram de por novas bloquear o acesso aos conteúdos,formas de tornando relacionamento-se exclusivas com para os subscritores, leitores, como mas num forma ecossistema de promoção em que do os utilizadores estão habituadosengagement. a notícias Algumas gratuitas publicações e onde estão optaram dispostos por a prescindir bloquear de conteúdoso acesso noticiosos aos de qualidade, essaconteúdos, abordagem tornando-se tem algumas limitações.exclusivas para subscritores, mas num ecossistema Osem modelos que osde intensidadeutilizadores intermédia estão habituados revelam-se, pora notícias sua vez, gratuitascomo uma eopção onde de estãomeio termo que permite aosdispostos utilizadores a prescindiracesso a alguns de conteúdos conteúdos noticiosos(não-premium de ouqualidade, acesso a umessa número abordagem limitado de artigos). Mas outemtras abordagensalgumas limitações. têm gerado tendências interessantes. O jornal The Guardian tem sido particularmente activo na promoção do engagement através de marketing emocional, apelando à importância do jornalismo, com frases-chave como “we believe everyone should have access to news” e “no one edits our editors”, referindo-se à qualidade da cobertura promovida pela marca.

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154 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Os modelos de intensidade intermédia revelam-se, por sua vez, como uma opção de meio termo que permite aos utilizadores acesso a alguns conteúdos (não- premium ou acesso a um número limitado de artigos). Mas outras abordagens têm gerado tendências interessantes.

O jornal The Guardian tem sido particularmente activo na promoção do engagement através de marketing emocional, apelando à importância do jornalismo, com frases-chave como “we believe everyone should have access to news” e “no one edits our editors”, referindo-se à qualidade da cobertura promovida pela marca.

Figura 147: Exemplos de publicidade no The Guardian ao pagamento por notícias Figura 162: Exemplos de publicidade no The Guardian ao pagamento por notícias

Fonte: www.theguardian.co.ukFonte: www.theguardian.co.uk. Recolha realizada. Recolha a realizada 5 de Março a 5 de Março de 2019. de 2019.

Em Portugal, assistimos recentemente ao nascimento da plataforma Nónio (Cf. www.nonio.net) promovida pela PMP – Plataforma de Meios Privados, que se descreve como “uma plataforma tecnológica única criada pelos maiores grupos de comunicação do país, para lhe oferecer conteúdos personalizados com mais segurança e qualidade” agrupando mais de 70 sites portugueses, incluindo jornais de referência, 225 especializados, estações de rádio, televisão, revistas e marcas nativas digitais. O modelo de negócio consiste na criação de uma subscrição única para todos os sites incluídos na plataforma, que permite ao utilizador aceder a conteúdos isentos de conteúdos publicitários, tendo como contrapartida a recolha de dados relativos aos hábitos de consumo dos utilizadores. Na secção de Perguntas e respostas do website da plataforma, uma das perguntas que surge é, precisamente: “Como poderão os meios portugueses competir com o Google e Facebook?” e a resposta é “Personalizando a publicidade nos seus sites”. Na sua segunda fase de implementação da plataforma, os utilizadores passaram a ver limitado o seu acesso a conteúdos noticiosos em marcas aderentes, podendo ver no máximo três artigos por website antes de serem bloqueados pelo pedido de registo no Nónio. Esta iniciativa, ainda recente, poderá permitir a monetização dos conteúdos através da recolha de dados dos utilizadores.

155 Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Em Portugal, assistimos recentemente ao nascimento da plataforma Nónio (Cf. www.nonio.net) promovida pela PMP – Plataforma de Meios Privados, que se descreve como “uma plataforma tecnológica única criada pelos maiores grupos de comunicação do país, para lhe oferecer conteúdos personalizados com mais segurança e qualidade” agrupando mais de 70 sites portugueses, incluindo jornais de referência, especializados, estações de rádio, televisão, revistas e marcas nativas digitais.

O modelo de negócio consiste na criação de uma subscrição única para todos os sites incluídos na plataforma, que permite ao utilizador aceder a conteúdos isentos de conteúdos publicitários, tendo como contrapartida a recolha de dados relativos aos hábitos de consumo dos utilizadores. Na secção de Perguntas e respostas do website da plataforma, uma das perguntas que surge é, precisamente: “Como poderão os meios portugueses competir com o Google e Facebook?” e a resposta é “Personalizando a publicidade nos seus sites”.

Na sua segunda fase de implementação da plataforma, os utilizadores passaram a ver limitado o seu acesso a conteúdos noticiosos em marcas aderentes, podendo ver no máximo três artigos por website antes de serem bloqueados pelo pedido de registo no Nónio. Esta iniciativa, ainda recente, poderá permitir a monetização dos conteúdos através da recolha de dados dos utilizadores.

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Figura 148: Ecrã de bloqueio da plataforma Nónio no Website do Correio da

FiguraManhã 163: Ecrã de bloqueio da plataforma Nónio no Website do Correio da Manhã

Fonte: www.cmjornal.ptFonte: www.cmjornal.pt: Recolha realizada: Recolha a 5realizada de Março a 5 dede 2019.Março de 2019.

Outro exemploOutro de procura exemplo de umade procura ligação deentre uma os ligação conteúdos entre e osos uticonteúdoslizadores dize os respeito utilizadores à marca nativa digital observadordiz respeito(www.observador.pt) à marca nativa que digital procura observador sensibilizar ( www.observador.ptos leitores para a importância) que procura dos conteúdos publicitários parasensibilizar a subsistência os leitores do projeto para jornalístico a importância apelando dos a queconteúdos desativem publicitários o software depara adblocking. a subsistência do projeto jornalístico apelando a que desativem o software de

adblocking. Figura 164: Apelo à desactivação de software de adblocking no website do Observador

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Fonte: www.cmjornal.pt: Recolha realizada a 5 de Março de 2019.

Relativamente à composição do mercado publicitário digital português, em termos de estrutura de formatos publicitários, a Omnicom, que disponibiliza ao OberCom as estimativas para o investimento publicitário

156 Figura 163: Ecrã de bloqueio da plataforma Nónio no Website do Correio da Manhã

Comunicação Social — Mercado Português: Tendências e Modelos

Fonte: www.cmjornal.pt: Recolha realizada a 5 de Março de 2019.

Outro exemplo de procura de uma ligação entre os conteúdos e os utilizadores diz respeito à marca nativa digital observador (www.observador.pt) que procura sensibilizar os leitores para a importância dos conteúdos publicitários para a subsistência do projeto jornalístico apelando a que desativem o software de adblocking.

Figura 149: Apelo à desactivação de software de adblocking no website

Figura 164: Apelo à desactivaçãodo Observador de software de adblocking no website do Observador

Fonte: www.cmjornal.pt: Recolha realizada a 5 de Março de 2019. Fonte: www.cmjornal.pt: Recolha realizada a 5 de Março de 2019.

Relativamente à composição do mercadoRelativamente publicitário à composição digital português, do mercado em termos publicitário de estrutura digital de formatos português, em publicitários, a Omnicom, que disponibilizatermos de estrutura ao OberCom de formatos as estimativas publicitários, para o investimento a Omnicom, publicitário que disponibiliza ao OberCom as estimativas para o investimento publicitário analisadas no capítulo anterior, aponta para que no mercado português digital a publicidade 156 em display tenha uma quota de mercado entre os 35% e os 40%, sendo este o formato predominante.

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analisadas no capítulo anterior, aponta para que no mercado português digital a publicidade em display tenha uma quota de mercado entre os 35% e os 40%, sendo este o formato predominante.

Figura 150: Estimativas Omnicom para formatos publicitários digitais em Figura 16Portugal5: Estimativas em 2018 Omnicom para formatos publicitários digitais em Portugal em 2018

Quota de mercado Estimativas de Formato Estimativas OMNICOM crescimento 2019 MAGNA 2018 / IPG Mediabrands Display 35% a 40% +3% Search 15% a 20% +10% Social Media 20% a 25% +29% Digital Video 20% a 25% +28%

Fonte: Omnicom mediagroup. Edição OberCom. Nota: Display diz respeito a imagens em banner Fonte: Omnicom mediagroup. Edição OberCom. Nota: Display diz respeito a imagens em banner estático ou vídeo; Search contempla estático ou vídeo; Search contempla anúncios sugeridos no contexto de pesquisas em motores anúncios sugeridosde buscano contexto (ex: depáginas pesquisas sugeridas em motores no deGoogle busca (ex:que páginas surgem sugeridas em primeiro no Google lugar), que surgemSocial emmedia primeiro diz lugar), Social media dizrespeito respeito aa publicidade em em redes redes sociais, sociais, e Dig itale Digital vídeo diz vídeo respeito diz respeitoa conteúdos a conteúdosnoticiosos em noticiosos vídeo (ex. vídeosem que vídeo (ex. vídeossurgem que antes surgem dos conteúdosantes dos noticiosos conteúdos em vídeonoticiosos que se empretende vídeo ver). que se pretende ver).

Em segundo Em lugar segundo surgem alugar publicidade surgem em a publicidade redes sociais em e aredes publicidade sociais em e a vídeo, publicidade com percentagens em estimadas entrevídeo, os 20% com e percentagensos 25%. Em último estimadas lugar, o entreformato os menos 20% eutilizado os 25%. é aEm publicidade último lugar, em motores de busca, como uma formato quota menosde mercado utilizado de 15% é aa 20%.publicidade em motores de busca, com uma A MAGNA, unidadequota de de estratégia mercado do de Grupo 15% a IPG 20%. Mediabrands, prevê que eu 2019 o investimento no digital passe a representar cerca de um terço do valor global do investimento publicitário em Portugal. Dentro da vertente digital,A MAGNA,a publicidade unidade em media de estratégiasociais deverá do crescer Grupo 29 IPG p.p., Mediabrands, a par do vídeo, prevê que deverá que euaumentar em 28 p.p.. O2019 crescimento o investimento da publicidade no digital search passe deverá a aumentarrepresentar em cerca10 p.p. de enquanto um terço que do o valorinvestimento em publicidadeglobal display do deverá investimento desacelerar, publicitário aumentando em apenas Portugal. 3% em Dentro 2019.26 da vertente digital, a publicidade em media sociais deverá crescer 29 p.p., a par do vídeo, que deverá aumentar em 28 p.p.. O crescimento da publicidade search deverá aumentar em 10 p.p. enquanto que o investimento em publicidade display deverá desacelerar, aumentando apenas 3% em 201925.

25 Meios e publicidade, 27/12/2018, Como será o investimento publicitário em Portugal em 2019.

229 26 Meios e publicidade, 27/12/2018, Como será o investimento publicitário em Portugal em 2019.

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