Inovação Institucional E Patrimônio Cultural De Origem Militar No Brasil
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INOVAÇÃO INSTITUCIONAL E PATRIMÔNIO CULTURAL DE ORIGEM MILITAR NO BRASIL Flávia Ferreira de Mattos Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, COPPE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Doutor em Engenharia de Produção. Orientador: Roberto dos Santos Bartholo Junior Rio de Janeiro Janeiro de 2018 INOVAÇÃO INSTITUCIONAL E PATRIMÔNIO CULTURAL DE ORIGEM MILITAR NO BRASIL Flávia Ferreira de Mattos TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO ALBERTO LUIZ COIMBRA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DE ENGENHARIA (COPPE) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Examinada por: Prof. Roberto dos Santos Bartholo Junior, D.Sc. Prof. Francisco José de Castro Moura Duarte, D.Sc. Prof. Domício Proença Junior, D.Sc. Prof. Francisco de Paula Antunes Lima, D.Sc. Prof. Marcel Bursztyn, D.Sc. Gen Bda Walter Nilton Pina Stoffel, ECEME RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL JANEIRO DE 2018 Mattos, Flávia Ferreira de Inovação institucional e patrimônio cultural de origem militar no Brasil / Flávia Ferreira de Mattos. – Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2018. XVI, 265 p.: il.; 29,7 cm. Orientador: Roberto dos Santos Bartholo Junior Tese (doutorado) – UFRJ/ COPPE/ Programa de Engenharia de Produção, 2018. Referências Bibliográficas: p. 210-220. 1. Patrimônio cultural. 2. Institucionalização. 3. Exército Brasileiro. 4. Inovação. I. Bartholo Junior, Roberto dos Santos. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE, Programa de Engenharia de Produção. III. Título. iii Dedico essa tese: Para Olívia e Arthur. iv Agradecimentos À querida Marta Irving, que me iniciou no caminho da pesquisa e da extensão desde a graduação. Aos professores que me apresentaram ao universo da Engenharia de Produção, em particular, ao trabalho dos engenheiros de produção, à arte do ofício acadêmico, à metodologia qualitativa e à produção da escrita: Francisco Duarte, Domício Proença Junior, Michel Thiollent e Vera Feitosa. Àqueles com quem convivi no Programa de Engenharia de Produção. Em especial a Ivan Bursztyn, pela amizade e incentivo desde quando a vontade de pertencer ao Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social ainda era um sonho. Aos companheiros de projetos no LTDS: Ado Azevedo e Deise Scandiuzzi, companheiros de turma; Marisa Egrejas e Carol Botelho, companheiras de coordenadas nos projetos; André da Paz e Marise Carpenter, parceiros dos trabalhos multimídia; Daniel Zandoná e Ezequiel (Cheque), parceiros dos trabalhos na web; Eloise Botelho e Isabella Nunes, pelo carinho e alegre sintonia. A todos vocês agradeço o convívio e os muitos aprendizados. Aos interlocutores da DPHCEx, que acolheram a parceria com a UFRJ e apoiaram a realização deste estudo. Em especial, agradeço: Ao José Claudio, pela amizade conquistada e o abrigo existencial de que era possível realizar um estudo dessa natureza. Ao Laurino, pelas preciosas informações e a generosidade do seu compartilhar durante sua vivência na diretoria. Ao Edgley, pelas provocações sinceras e estimulantes e sua importante participação na etapa de qualificação. Às tenentes Flávia Pereira, Lydia Frangella, Fernanda Pontes pelo acolhimento e, por vezes, “traduções” dos ritos militares ao pé do ouvido. Ao capitão Celso Gonçalves, pelo auxílio nos meus primeiros passos na pesquisa junto ao Arquivo Histórico do Exército. Aos entrevistados, que dispensaram seu tempo com dedicação e respeito a mim e com quem pude muito aprender. A todos os militares que direta e indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho. Foram muitas as manifestações de auxílio à pesquisa e é tarefa difícil citar nominalmente um a um sem correr risco de omissões. Mas preciso agradecer aos interlocutores do AHEx, da BibliEx, do CEPHIMEx, da CHD, das organizações militares que administram as fortificações pesquisadas (MHEx/FC, CEP, CCFEx/FS, AD/1, 21 GAC). E entre esses não posso deixar de citar alguns com quem tive v oportunidade de convívio mais próximo: coronel Joel Correa, coronel Antônio Ferreira Sobrinho, coronel Elcio Secomandi, tenente Henri Torres, soldado Hungria – seja nas reuniões de projeto, na ocasião dos Encontros dos Integrantes do Sistema Cultural do Exército, em congressos internacionais, nas visitas técnicas de campo, nas pesquisas ao Arquivo. A todos vocês agradeço a acolhida no universo militar. Aos interlocutores, para além do universo militar com quem também pude aprender: Roberto Tonera, Marcos Albuquerque, Mario Mendonça, Adler Homero, Adriana Careaga, Alejandro Rodríguez e Milagros Flores – agradeço as dicas e inspiradoras reflexões sobre patrimônio e fortificações. Aos amigos presentes, agradeço as críticas, aconselhamentos, questionamentos nos muitos encontros – reais e virtuais. Em especial agradeço a força e carinho das amigas da confraria CPDA: Silvia Zimmermann, Beatris Duqueviz, Betty Rocha e Biancca Castro; e à querida Andrea Carestiato o zelo na leitura e comentários. Ao oráculo e ao divã, pelo desembrulhar. À Tigresa e a Clarinha, companheiras no silêncio da escrita. Ao meu pai Manoel José e minha mãe Josefina ( in memoriam ) – pela vida. Ao Alexandre, por seu abraço fraterno e suas reflexões existenciais. À “grande família”, que me deu força nessa caminhada: as orações de Lia, os ensaios com Teresita, as conversas com tio Leo ( in memoriam ), ao olhar art déco de Marco Aurélio, as dicas de apresentação de Marina (e ter colocado Fernanda Janone no meu caminho), as viagens com Clarisse, Lígia e melekids (hoje, adolescentes), aos almoços de domingo de Hilda. Ao Marco, por sua companhia amorosa e incentivo incondicional para que eu realizasse essa travessia. Seu movimento no mundo é para mim um exemplo, e nosso encontro, um lindo presente. Arthur e Olívia, meus filhos, que me nutrem de amor e esperança. Por fim, meu profundo agradecimento ao mestre Roberto Bartholo, pelo acolhimento, confiança e cumplicidade em cada etapa deste trabalho. vi Se as coisas são intangíveis, ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora A presença distante das estrelas! (Mario Quintana) Ir devagar seria mais sábio. Só tropeça quem corre. (William Shakespeare) Que cada um possa dar expressão a seu amor livre das amarras de juízos prévios! E que cada um de vocês [de nós] se empenhe por trazer à luz a força do seu anel! (Nathan, sábio judeu – Parábola dos Anéis) *. * Cf. PORTO, M. e BARTHOLO, R. (orgs.). Sentidos do Trabalho Humano – Miguel de Simoni, presença inspiração. Rio de Janeiro: E-Papers Serviços Editoriais, 2006. p. 60/61. vii Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Doutor em Ciências (D.Sc.) INOVAÇÃO INSTITUCIONAL E PATRIMÔNIO CULTURAL DE ORIGEM MILITAR NO BRASIL Flávia Ferreira de Mattos Janeiro / 2018 Orientador: Roberto dos Santos Bartholo Junior Programa: Engenharia de Produção Este trabalho investiga como militares da linha bélica do Exército Brasileiro lidaram, no passado recente, com as crescentes demandas de preservação do patrimônio histórico e as novas oportunidades abertas no campo cultural contemporâneo. Observa a constituição de um campo no qual o legado do patrimônio cultural militar brasileiro é afirmado em meio a diferentes expressões. A pesquisa apoia-se em entrevistas, levantamentos documentais e bibliográficos. Caracteriza tanto a trajetória que configurou a atual Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército – DPHCEx, quanto as transformações ocorridas na transição de usos das fortificações históricas, no caso do Rio de Janeiro, buscando identificar os principais redesenhos institucionais que moveram o campo. A partir de meados de 1990, a entrada em cena do quadro complementar de oficiais e do oficial técnico temporário supriu ao sistema cultural em formação um amplo leque de conhecimentos necessários à eficiente e eficaz mestria desse campo. A área cultural do Exército foi aos poucos se estruturando dentro de uma perspectiva sistêmica. Essa perspectiva, adotada de maneira geral pela organização, vem sendo constituída pelos saberes técnicos, diretamente vinculados à DPHCEx; pelas múltiplas iniciativas orgânicas, até então dispersas em território nacional; e pelas tendências que surgiram em contextos mais amplos, dentro e fora da organização. O estudo aponta características desse processo com vistas à difusão, integração e consolidação de seu Sistema Cultural ampliando interfaces dialogais, e a própria transformação da carreira militar trazendo novos desafios para a gestão cultural. viii Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Science (D.Sc.) INSTITUTIONAL INNOVATION AND CULTURAL HERITAGE MILITARY IN BRAZIL Flávia Ferreira de Mattos January / 2018 Advisor: Roberto dos Santos Bartholo Junior Department: Production Engineering This paper investigates the way the Brazilian Army military workforce dealt with an increasing demand for preservation of their historical heritage and the new opportunities open in the contemporary cultural field, in the recent past. It verifies the emergence of a movement in which the legacy of the Brazilian military cultural heritage is affirmed among many different means of expression. The work is based on interviews, bibliography and document research. It describes the historical trajectory of the present DPHCEx – Directory for the Army Historical and Cultural Heritage -, along with the