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GÉNESE E EVOLUÇÃO CONCELHO DE SANTO TIRSO

------1834.2012--- Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Museu Municipal Abade Pedrosa. 2012 • ,

Apresentação

A história de uma autarquia local é indissociável das figurasdos seus presidentes independentemente do regime e poderes que os suportavam. O presidente da Câmara Municipal, nomeado ou eleito, foisempre a primeira figurana representação do município e consequentemente do poder local.

Esta exposição é o levantar do véu sobre um lado da história da autarquia que até agora tinha estado adormecido. Ver alinhados cronologicamente todos os presidentes da Câmara Municipal e poder relacioná-los com o contexto local e geral, é uma oportunidade que convida à descoberta e, por certo, motivará o aprofundamentodo trabalho iniciado. Até porque este, o poder local, é um tema de que pouco se sabe. Complexo, muito influenciadopelos regimes políticos, só começou a ganhar dignidade e autonomia no pós-25 de Abril. Só então os presidentes começaram a ter a legitimidade e autonomia financeirapara poderem decidir livremente a política a implementar no território municipal. Datam de 1977 e de 1979 os diplomas fundamentais para o poder local: a primeira lei das autarquias (1977) e a primeira lei das finançaslocais (1979).

Como em todos os trabalhos desta natureza o mais difícilé começar. Estou certo que a partir de agora mais fácil e aliciante será completá-lo, juntando pedaços de história e enriquecer a nossa memória coletiva.

António Alberto de Castro Fernandes (Eng.º) Presidente da Câmara Municipal

Nota prévia

O presente catálogo constitui uma primeira abordagem à história do municipalismo tirsense, cujos parâmetros cronológicos se encontram balizados pela data de criação do concelho de Santo Tirso, em 1834, à atualidade, cobrindo um extenso lapso de tempo de enorme riqueza e complexidade histórica, nomeadamente no campo político, económico, social e institucional. Como tal, tendo em consideração o propósito a que se destina, o catálogo tem apenas como desígnio constituir um pequeno contributo historiográfico que permita e estimule a execução de projetos de investigação no âmbito da história local com maior profundidade, com contributos de diferentes áreas das ciências sociais, de forma a privilegiar uma abordagem interdisciplinar e historiograficamente mais densa e complexa.

Como fonteprivilegiada e fundamental para a recolha dos dados relativos aos executivos camarários - identificação dos autarcas, cronologia dos mandatos, substituições e alterações na composição dos órgãos autárquicos -, assim como as respetivas atribuições e competências, servimo-nos dos Livros das Atas das Sessões da Câmara Municipal (n.º 1 a n.º 79 / 1834 a 1974), com exceção dos períodos em que não estão disponíveis (n.º 6, 44, 45, 61, 66, 67 / com correspondência aos anos de 1857-1862; 1953; 1953-1954; 963-1964; 1966-1967; 1967). Apesar de constituírem um acervo documental de excecional importância e relevância patrimonial, a diversidade de autores (secretários) e a diferente observância das regras da diplomática e hermenêutica, nomeadamente, no rigor da identificação e designação dos executivos e orgãos autárquicos, cuja significação transcende em muito os aspetos relativos à terminologia registada ao longo dos 178 anos em análise, constituíram uma dificuldade acrescida no exame, interpretação e crítica dos documentos. A estes aspetos acrescem ainda diferentes tipos de abordagem, profundidade e rigor no desenvolvimento dos conteúdos, em grande medida resultantes de aspetos de natureza jurídico-administrativa ou, em alguns casos, como reflexo de maior instabilidade na governação autárquica.

Paralelamente, o Jornal de Santo Thyrso e a Semana Thyrsense constituíram fontes de capital importância, em particular para os períodos em que escasseia ou não existe documentação oficial, de formaa promover o enquadramento político e social dos períodos politicamente mais conturbados.

Como fontes documentais complementares foram consultados os seguintes arquivos - Arquivo do Governo Civil do Porto, Arquivo Distrital do Porto, Arquivo Distrital de Braga, Arquivo do Registo Civil de Santo Tirso, Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, Arquivo Fotográfico Municipal, assim como outros registos fotográficos, patentesnas salas nobres de instituições tais como, Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Tirsenses, Grémio da Lavoura de Santo Tirso, Club Thyrsense, Santa Casa da Misericórdia e Hospital Conde de S. Bento.

O maior suporte de investigação foiconstituído pela ampla bibliografiatirsense, em particular as monografias e genealogias, cujas referências foram complementadas com informações orais e documentais de várias famíliasdos visados, que, na globalidade, tiveram a generosidade de facultar os elementos disponíveis, a quem aproveitamos para agradecer.

Por último, de particular importância reveste-se o trabalho de investigação desenvolvido pelo Dr. Mário de Vasconcelos Trepa, cujas referências documentais e fotográficas constituíram a base deste trabalho, revelando-se, inclusivamente, como o suporte essencial e fundamental para a sua concretização, cujos créditos não podem deixar de serem referenciados,agradecendo-se reconhecidamente o trabalho pioneiro desenvolvido.

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GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 · 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

BREVE HISTÓRIA DO MUNICIPALISMO *

O liberalismo monárquico constitucional criou uma administração centralista e hierarquizada que visava o controlo efectivo do território nacional e das comunidades locais, bem como uma nova realidade autárquica que assentava na figura do distrito sob controlo dos Ministros do Reino.

Assim, os fundamentos essenciais do Estado Moderno Português tiveram por base o regime liberal, construído no século XIX pela mão de Mouzinho da Silveira, inspirado no Código Administrativo Francês, que perdurou até aos nossos dias!

A divisão político-administrativa anterior a Mouzinho da Silveira apresentava a AluWt1 .- lfllnt.w tmmfn,ln• llbcir.a1'.. seguinte estrutura: - 6 Províncias OS MUNICÍPIOS NO - 26 Divisões Eleitorais, 785 Concelhos LIBERALISMO MONÁRQUICO - 4086 Freguesias - 765.252 Habitações O processo de construção do sistema administrativo - 3.26.451 Habitantes, incluindo 12.504 Religiosos português teve início em 1820 com a implantação do Mantendo o número de concelhos do Antigo Regime, Mouzinho da Silveira construiu Liberalismo. O seu triunfo uma divisão político-administrativa estruturada em três níveis: Província (liderada definitivoverificou-se em por Prefeitos),Comarca (com Sub-Prefeitos) e Concelhos (liderados por Provedores). 1834 na Convenção de Évora Os líderes eram nomeados diretamente pelo Rei, promovendo ainda uma Junta de Monte e foi amadurecendo Cidadãos de confiançados povos, e por eles eleitos, para fomentaros seus interesses até meados do séc. XIX no período designado por e vigiar o emprego dos investimentos públicos que aos magistrados eram confiados. Regeneração. Estes corpos administrativos eram constituídos pela Junta Geral da Província, Junta da Comarca e Câmara Municipal do Concelho. Até então, vivera durante décadas sob a O Provedor do Concelho era também o líder da Câmara Municipal. Esta, era eleita presença dominadora do sendo elegíveis para o cargo de Presidente e Vereadores os cidadãos com poder britânico, rendimentos anuais mínimos de 200 mil Réis nas cidades ou principais Vilas, e de 20 caraterizando-se como um território atrasado mil Réis nos concelhos de menor dimensão (como Santo Tirso), ou seja, foram económica, social e sempre proprietários rurais, comerciantes ou profissionais liberais, letrados ou com culturalmente. As forças altos rendimentos, os autarcas eleitos. conservadoras vieram atrasar ainda mais os Com Passos Manuel suprimiram-se 455 Municípios, ficando o Reino dividido em desígnios liberalistas, como apenas 351. Em 1836, uma nova concepção era adaptada pelo novo Código, sendo ficou traduzido na Portugal dividido por Distritos, Concelhos e Freguesias. Constituição de 1822, adiando não só o fimde uma Eram magistrados administrativos o Administrador-Geral do Distrito, o sociedade profundamente Administrador do Concelho e o Regedor da Freguesia. rural, como o início de um Passaram a funcionar em sintonia com estes orgãos individuais os orgãos coletivos Estado moderno. designados pela Junta Geral Administrativa do Distrito, pela Câmara Municipal e pela Junta da Paróquia (Freguesia). A Carta Constitucional de Os Administradores do Concelho e os Regedores eram designados por um processo 1826 definia para o Reino de singular: listas triplicas ou quíntuplas votadas diretamente pelos eleitores, de entre Portugal um ordenamento político-institucional menos os quais o Governo escolhia o respetivo cidadão. radical, insuficiente,contudo, Este Código seria revisto a partir de 1840, restringindo a capacidade eleitoral dos para vencer a resistência à cidadãos portugueses. mudança e transformação A criação do Conselho Municipal, que passou a ser formado pelos maiores e menores que estava ainda contribuintes-eleitores, e o facto do Regedor da Paróquia passar a ser um simples profundamente enraizada Delegado da Administração do Concelho, que, por sua vez, era nomeado pelo Rei, entre os portugueses. eram indicadores de um reforço da tutela, uma espécie de resistência das Nos anos seguintes, até comunidades locais à penetração do Estado, que vigorou com a Reforma de Costa 1834, o país vive mergulhado Cabral a partir de 1842. numa guerra civil que Mais tarde, em 1878, o Código Administrativo seria substituído por um outro, da terminaria no dia 26 de Maio, autoria de Rodrigues Sampaio, mais reformador, verdadeiramente mais coincidindo com a descentralizador. apresentação da reforma Por iniciativa do Partido Regenerador o país tinha então 17 Distritos, 263 Concelhos administrativa de Mouzinho e 160 Comarcas. da Silveira, que redigiu e fez publicar o documento que * Texto elaborado com base nos artigos da autoria de César Oliveira, inscritos na monografia seria a matriz fundamental «Grandes temas da nossa história · História dos Municípios e do Poder Loca/,,, edição Círculo de de sucessivas Leitores, 1996, pp.179 a 494, identificadosnas notas adjacentes. reestruturações. GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Com João Franco a administração pública conheceria uma nova realidade, designadamente no reordenamento administrativo a nível local, voltado, de novo, para o garante do controlo efectivodo Terreiro do Paço sobre todo o território nacional, as autarquias e o poder local. Os magros orçamentos são tema principal no seio de uma crise económica vincada, e, neste cenário, as Câmaras Municipais são obrigadas a racionalizar recursos, enquanto as Juntas de Freguesia são limitadas à gerência da fábrica da igreja paroquial e suas dependências, fontes, caminhos, entre outras.

O Código Administrativo de 1896, que vigorou até ao fim da Monarquia, e que mais não era do que uma revisão compilada dos códigos anteriores, reunia na mesma pessoa as funções de autoridade administrativa e municipal (Administrador Municipal e Presidente da Câmara). Por outro lado, sancionava a extinção das Juntas Distritais mantendo as Comissões Distritais, fazendo parte delas o Delegado do Poder Central, ou seja, a figura do Governador Civil. João Franco promoveu a remodelação das circuncisões administrativas e 46 concelhos foramsuprimidos nesse ano. Exequias de Fontes Pereira de Melo, 1887

Coube a António José de Almeida o primeiro trabalho de reforma administrativa A REPÚBLICA E OS apresentada em 15 de Agosto de 1911 à Assembleia Constituinte, discutida na MUNICÍPIOS especialidade quase um ano depois, tendo surgido propostas que defendiam o regresso às velhas tradições de autonomia municipal descentralizadora, sugerindo Em 1910 encontrava-se em vigor o Código administrativo inúmeras alterações, emendas e aditamentos. de 1896, de pendor centralizador. O Partido Por fim, a Lei n.º 88, de 7 de Agosto de 1913, promulgou o Código Administrativo Republicano não tinha Republicano. Os corpos eram constituídos por: preparado nenhuma reforma No Distrito - Junta Geral administrativa que pudesse No Concelho - Câmara Municipal aplicar logo que os Na Paróquia Civil - Junta da Paróquia Monárquicos deixassem o poder, por isso, recorreram Nos dois primeiros funcionava uma Comissão Executiva delegada no respectivo ao Código de 1878, de corpo administrativo. Eram eleitos diretamente pelos cidadãos inscritos nos Rodrigues Sampaio, recenseamentos das respectivas circuncisões, por 3 anos civis, a contar do dia 2 de passando por cima de João Janeiro. A dissolução só poderia acontecer através dos Tribunais administrativos e Franco, um dos líderes depois de aprovados os Orçamentos. monárquicos que personificoua "ditadura" de 1906-1908. A Lei estabelecia também a composição e competências das Juntas Gerais de Distrito, eleitas diretamente pelos respetivos concelhos na proporção de 1 Procurador por cada 10.000 habitantes. As Câmaras Municipais mantinham a classificação de Concelho de 1.ª, 2.ª e 3.ª Ordem, dela dependendo o número de vereadores a eleger (32, 24 e 16). Cada Câmara Municipal elegia uma Comissão Executiva composta por 9, 7 ou S elementos conforme a Ordem. O número de reuniões ordinárias seria de 4 por cada ano civil.

A Lei n.2 88 trouxe três inovações quanto à formação e funcionamento doscorpos administrativos municipais; a diferençaentre o orgão deliberativo (Senado Municipal, hoje Assembleia) e o orgão executivo (então designado de Comissão Executiva), eleita anualmente pelo primeiro; a representação de minorias e, a admissão da consulta popular.

Auto de Deputados Republicanos, 1910 Proclamação da República; Capa editorialda , Bernardino Machado, Constituição de 1911; António Almeida, João de Meneses, Teófilo CílUIGO AOMINISTRITIVO Capa editorial do Código Braga, Alexandre Braga, Ondido dos Reis, Administrativo de 1913, Lufs Gomes, Miguel Bombarda, Feio Terenas, interpretadopor Alberto Brito Camacho, Fernandes Costa, Pimentel Aurélio Ferreira,e AJfTedoMagalhães. GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Só em Janeiro de 1914 foram oficialmente empossadas as vereações municipais resultantes das primeiras eleições pós-república. Seguiram-se actos eleitorais em 1917, 19, 22 e 25. Em 1913, 17 e 19, venceu claramente o Partido Democrático, uma tendência que se alterou depois a favor dos Nacionalistas, conduzindo a uma crise Republicana, ao 28 de Maio de 1926 e à Ditadura Militar, derivada em grande medida pelo fortalecimento do poder legislativo em relação ao poder executivo. Academia das Ciências, 1936

O novo Código Administrativo de 1936 consagra a hierarquização da estrutura O E OS administrativa - Freguesias, Concelhos e Províncias (a partir de 1959, Distritos)-, nos MUNICÍPIOS CORPORATIVOS seguintes termos: - A Junta de Freguesia era composta por 3 vogais eleitos pelos Chefesde Família e que No Estado Novo imperou com o Código Administrativo de entre si deliberavam escolher 1 Presidente, 1 Secretário e 1 Tesoureiro. O Regedor 1936. Antes, um Decreto de não era parte integrante dos orgãos de Freguesia, era sim o representante municipal Maio de 1931, havia naquela localidade, com funções de natureza policial ou fiscal, que podiam ser consagrado uma deliberação coadjuvado por auxiliares (Cabos de Ordens) acabando por constituir uma estrutura que garantia a eleição paralela à da Junta de Freguesia. O Regedor era também escolhido por nomeação administrativa no mais curto governamental, tal como o Presidente da Câmara. espaço de tempo, - Os Concelhos estavam classificados em rurais e urbanos, havendo dois tipos de incluindo os vogais das Juntas de Freguesia, assim ordens: comuns e especiais. Os concelhos comuns eram, por sua vez, constituídos por como as condições para se Conselho Municipal, Câmara Municipal e Presidente da Câmara. O Conselho ser eleito e eleitor. Municipal resulta da representação da Junta de Freguesia, único órgão eleito por um colégio eleitoral mas restringido aos chefes de família, óu equiparados, das minorias dos organismos corporativos. Era o Conselho Municipal que elegia os Vereadores e fiscalizavaa acção do Presidente da Câmara podendo requerer ao Governo inquéritos aos seus actos. O Presidente da Câmara tinha por função global a execução das deliberações mas os "negócios municipais" não podiam ser distribuídos pelos pelouros aos Vereadores. O Presidente da Câmara possuía poderes de tutela sobre as freguesiase era a autoridade policial, excepto nos concelhos com PSP com comando, entregue a oficiaisdo exército. - As Províncias coexistiam com os Distritos fixando-se em 11. Os concelhos de Província foram substituídos pela Junta de Província. Os Governadores Civis tinham um poder real, uma prática de controlo e de representação muito significativa, reforçando a centralização.

Em 1954, dos 303 municípios portugueses, 50 o/onão tinha receitas superiores a

1.000 contos. A dependência dos antigos governos não decorria apenas da Cartaz de propaganda do Estado Novo comparticipação do Estado mas, sobretudo, da intervenção deste no funcionamento e na gestão de todos os corpos administrativos.

Em 1959 a Associação Nacional ganha poderes para rever a constituição política do Estado Novo mas apenas as Províncias, que tinham funções do tipo dos municípios, deram lugar aos Distritos. Também na década de 1960, com Marcelo Caetano no poder, mantém-se as dependências das Autarquias e as metodologias do sistema eleitoral, pese embora a vontade e as promessas de mudança. Cartaz de propaganda do 25 de Abril

A Constituição de 1976 consagrou as autarquias locais como integrantes da O 25 DE ABRIL E A organização democrática do estado, como forma autónoma de administração e não CONSTRUÇÃO DO PODER como forma de administração indirecta do Estado. LOCAL DEMOCRÁTICO Esta Constituição veio confirmar os níveis administrativos atualmente existentes: Uma das manifestaçõesmais Região, Municípios e Freguesias. vivas do espírito Em 12 de Agosto de 1976, termina o período em que as Juntas de Freguesia e revolucionário do 25 de Abril Câmaras Municipais haviam sido geridas por Comissões Administrativas, iniciando-se de 197 4 foi, sem .dúvida o processo de eleições livres nos moldes tal como hoje conhecemos. alguma, a anulação de toda a máquina da administração local tutelada pelos Governos Civis. l GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

SANTO TIRSO, O MOSTEIRO E O COUTO

A cidade de Santo Tirso localiza-se junto à margem esquerda do rio Ave. O território da atual freguesia, definidaparcialmente a partir dos limites do couto do antigo mosteiro beneditino, foi administrado durante largos séculos pelos seus monges. O Mosteiro foi fundadopor D. Unisco Godiniz no ano de 978. O Conde D. Henrique e a sua esposa, D. Teresa, constituíram o extenso território do couto, ao qual foram acrescentadas novas terras, tendo sido posteriormente doadas a Soeiro Mendes da Maia. O Mosteiro seria alvo da primeira reedificação em 1090, tendo a comunidade aderido à regra beneditna em 1092, no abaciado de D. Gaudemiro. Poucos anos depois, em 1098, Soeiro Mendes da Maia doa o couto de Santo Tirso aos monges Igreja / Mosteiro de S. Bento beneditinos, os quais passaram a ter jurisdição civil e judicial sobre estas terras. Ao longo dos séculos o mosteiro foi alargando o seu património juntando-lhe novos Fachada da Igreja - Na parte domínios, como se verificou em 1211, quando a Rainha Santa Mafalda concedeuaos inferior da fachadaabrem-se três arcos plenos e na beneditinos de Santo Tirso o Couto de S. João da Foz, que permaneceu na sua posse superior, três janelões até ao início do século XIX. rectangulares separados por pilastras toscanas, debaixo A importância alcançada por este mosteiro permitiu-lhe iniciar, no século XVII, das quais se encontram amplas obras de remodelação dirigidas por Frei João Turriano, filho de um inseridos, em nichos, as importante arquitecto milanês. Do projecto inicial apenas podemos apreciar, ainda imagens de S. Bento, Santo com a traça original, a capela-mor e a sacristia. As obras do mosteiro iniciaram-se Tirso e Santa Escolástica em 1659 e compreenderam a adaptação de um dos claustros do mosteiro, a transformaçãodas três naves da igreja anterior numa planta de cruz latina com uma Nave - No interior da igreja só nave e nova decoração do interior. Esse espaço, ricamente ornamentado, tem o podem observar-se, de risco de um dos mais notáveis entalhadores da escola bracarense - Frei José de Santo ambos os lados, belos António Ferreira Vilaça. O seu estilo, onde se cruzam influências do barroco romano e retábulos de talha barroca do do rococó francês e alemão, refleteum espírito inventivo e gracioso que a igreja século XVIII. Iluminam-na os matriz transmite em todo o seu esplendor. janelões sobrepostos aos mesmos ornados com sanefasde talha. Em ambos O advento do liberalismo provocou várias convulsões sociais que deram lugar a um os lados da nave é possível prolongado período de instabilidade política e a uma guerra civil. A instalação do observar esculturas como a Estado liberal e suas instituições provocou o declínio das estruturas do Antigo Virgem com o Menino Regime e do papel que a Igreja e as congregações religiosas até então (século XVI), de Santo Amaro, desempenhavam em Portugal. Com as reformas administrativas de Mouzinho da de Santa Gertrudes, de S. Silveira, implementadas em 1832, foramabolidos os coutos e criados vários Rosendo e o trio da Sagrada concelhos. Família (todas do séc. XVIII). A 30 de Maio de 1834 foi decretada a extinção das Ordens Religiosas que originou o Os púlpitos são adornados com talha policroma do séc. encerramento do Mosteiro de Santo Tirso. Coube a D. Joaquim de Santa Rosa, último XVIII. Nos dosséis aprumam­ abade do Mosteiro, encerrar as suas portas dispersando-se os monges por várias se as figuras de S. Miguel e da localidades. Era o fim de uma época, mas também o desabrochar de um novo Caridade. A grade de ferro, período: o Liberalismo. mandada erguer pelo Abade José de Jerónimo em 1773, que separava a comunidade monástica dos fiéis, na qual Mapa dos Coutos e Honras, Santo Tirso - 1832 pousam alguns tocheiros e um crucifixo, situa-se entre o transepto e a nave central.

Claustros -Através da Porta "'- Branca acede-se ao claustro ( principal, obra da 1 ª metade I do século XIV, com arcos ogivantes assentes em elegantes colunas geminadas sobre uma base comum. Os capitéis ostentam uma /" illlll •1 I __ ,__,___,.._.,.,._ •.,...... decoração variada, com ,e,, \ motivos vegetais, figuras antropomórficas e de 'l - - • Umi�do•c.,,.....ltio.>K.X\llleXJX I animais, por vezes / - - - • �::�I.N��:�':'ll,lior1z.L:and,me de extravagantes e fabulosas. t Neste espaço merece ainda _í I referência o túmulo de Martim Aires (Séc. XV), - -L _,,-.,..,,/_, primeiro abade comendatário do Mosteiro.

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SANTO TIRSO, DEMOGRAFIA E ECONOMIA

Não existem dados demográficos muito precisos referentesa Santo Tirso no século Pode considerar-se que o XIX sabendo-se, contudo, que, em 1834, data da criação do concelho, eram mais de processo de transformação 1.000 os habitantes dos lugares e aldeias à volta do Mosteiro. da economia e da sociedade Segundo dados oficiais, em 1900, a Vila de Santo Tirso tinha cerca de 3.500 no Vale do Ave teve o seu início em 1845 com a habitantes, dos 28.000 residentes do concelho. fundaçãoda Fábrica de O aumento populacional verificado tinha como causa principal a forteimplantação da Fiação do Rio Vizela, em indústria têxtil algodoeira no concelho. Negrelos. Desde então, até Em 1940, Santo Tirso registava mais de 6.500 habitantes, dos cerca de 51.500 do finaisdo século XIX, o concelho, e, dez anos depois, a Vila tinha cerca de 8.000 habitantes, num horizonte de processo irradiou e 63.481 existentes nas 32 freguesias, o que, em relação aos dados de 1890, representa multiplicou-se por toda a um aumento superior a 100%. bacia do Ave, com A população em 1970 era de 10.319 habitantes, quatro anos antes de ser elevada à repercussões significativas categoria de cidade, 11.697 habitantes. na demografiae na economia. Para um conhecimento mais aprofundado da demografia,importa, obviamente, conhecer as taxas de natalidade e de mortalidade, bem como o saldo demográfico que permita comparar dados estatísticos. Para esse efeito, no período compreendido SANTO TIRSO EM 1900 entre as duas guerras mundiais, os demógrafosestudavam o estado sanitário da população, através da morbilidade - número de dias de trabalho perdidos por doença A freguesia de Santo Tirso, e suas causas-, registando Santo Tirso a taxa mais baixa do distrito do Porto, depois compreendendo a Vila e os de Paços de Ferreira. lugares adjacentes, tinha no A partir da 1 ª Guerra Mundial a maior parte da população dedicava-se à actividade ano de 1900, segundo o industrial em detrimento da agricultura, conhecendo-se um forte incremento na recenseamento geral da população, 838 casas com percentagem da mortalidade por acidentes de trabalho. 1.658 habitantes do sexo Contudo, a esperança média de vida aumentava acima dos 50 anos enquanto a taxa feminino e 1.925 do sexo da natalidade evoluía sobretudo no meio rural. masculino. No concelho foram implantadas as duas maiores fábricas de fiação e tecidos de algodão do país: a Fábrica do Rio Vizela, inicialmente em Negrelos e depois em Vila das Aves, e a Construções Industriais Portuguesas e Têxtil Portuguesa, mais ATIVIDADE INDUSTRIAL, conhecida por Fábrica Abel Alves de Figueiredo, em Santa Cristina do Couto. Na Vila DADOS MAIS RECENTES destacavam-se a Fábrica de Fiação e Tecidos de Santo Tirso (1896) e a Arcotêxteis (1923), também responsáveis pelo aumento populacional então registado. Em 1981, a indústria transformadoraabsorvia Por pressão da indústria chegou o Caminho de Ferro. Decorria o ano de 1874 quando 75% da população residente se concluiu a ligação entre Bougado e Santo Tirso e só dez anos depois, o comboio ativa, enquanto o setor chega a Guimarães, que, por sua vez, em 1907, se liga a Fafe. terciário gerava 20% do Entre pequenas, médias e grandes indústrias, existiam em meados do século XXno emprego. Todavia, em 1960, concelho de Santo Tirso, 140 empresas de fiação e tecidos de algodão e algumas de o cenário era já semelhante, seda, encontrando-se em laboração 168.523 fusos e 5.655 teares. Além da indústria ou seja, o emprego na têxtil desenvolveram-se outros setores produtivos como a serralharia, a fundição e a indústria extrativa e construção de máquinas industriais e agrícolas. transformadora passoude 68% para 67,5% entre 1960 e 1981, enquanto o setor da construção e obras públicas passou de 11,3% para 12% no memo período.

F.ábrieado An::o,Santo Tirso, 1930

Automotora a diesel sobre a Ponte do Rio Ave, no lugar de Cense (Aves· Santo Tirso),1968. Fábricade Fiaçãoe Tecidos de Santo Tirso GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos i\urárquiços

SANTO TIRSO, FORMAÇÃO DO CONCELHO E DA VILA

O Decreto n.º 23 de 16 de Maio de 1832 determinou a divisão dos Reinos de Por CartaRégia de D. Luís, de 13 de Dezembro de 1863 Portugal, dos Algarves e Ilhas adjacentes em províncias, comarcas e concelhos. Santo Tirso é elevada à categoria A eleição das câmaras ou dos vereadores, era realizada de forma indireta, por voto de Vila. de 2 eleitores delegados das juntas paroquiais que para este fim se reuniam na Casa Em frente do Mosteiro, para do Concelho sob a presidência do provedor. Sudoeste, existiam pequenos aglomerados, lugares, como A génese e a história do concelho de Santo Tirso encontra-se umbilicalmente ligada Cidenai ( Cidenai) , Picoto, Tapado, Alagoa (Lagoa), Vilalva, ao Mosteiro de São Bento. Com a extinção das ordens religiosas assiste-se à tomada Fiães, Gião, Guermil ( Argemil), de posse de uma Comissão Municipal Interina em 11 de Maio de 1834. Várzea, Alcaide, Cabroeira ( Carvoeira), Boieiro, Real e Olival. A entrada do Mosteiro, não do Em 6 de Outubro desse mesmo ano, decorreu a tomada de posse da primeira edificio mas da cerca, ficava Câmara eleita, composta por: Bernardino Luís de Andrade - Presidente; Manuel aproximadamente a meio da actual rua de Conde S. Bento, Monteiro de Andrade - Procurador; Francisco de Abreu Monteiro - Vereador; Gabriel junto do extremo norte da aldeia José Varela - Vereador; e, João Martins - Vereador. No entanto, por divergências de de Cidenai. Desta aldeia para sul, e ordem política, o Procurador e os Vereadores abstiveram-se não assinando os até ao lugar do Olival ( onde actualmente se situa a Praça 25 de respectivos autos, motivando uma nova eleição. Abril), existia outraaldeia O novo acto de posse realizou-se no último dia do ano, ficando a Câmara Municipal denominada de "Rua", com um de Santo Tirso composta por Bernardino Luís de Andrade - Presidente; Francisco de significativo número de casas. Corresponde na atualidade à rua Abreu Monteiro - Procurador Fiscal; José António Pinto Guimarães - Vereador; Sousa Trêpa. Os dois lugares, Custódio Gomes da Costa - Vereador; Manuel José Monteiro da Rola - Vereador. assim confinantes, Cidenai e Rua, que com o tempo se fundiram, foram sem qualquer dúvida o O Decreto de 21 de Março de 1835 criou o Julgado de Santo Tirso, composto pelos embrião da vila moderna. O povo concelhos de Roriz, Negrelos, Rebordões, Santo Tirso, Refojose por 13 freguesias manteve durante anos a designação, não de Vila, mas de desanexadas do concelho da Maia: Alfena, Alvarelhos, Avioso (S. Martinho e S. Rua; Guimarães era a Vila e Pedro), Bougado (S. Martinho e S. Tiago), Coronado (S. Mamede e S. Romão), Famalicão a Vila Nova. Covelas, Folgosa, Guidões, Muro e S. Pedro de Fins. No início da centuria de Aos 2.969 fogos acrescentavam-se mais 4.671, resultando desta medida novas oitecentos na antiga "Rua", uma possibilidades de desenvolvimento para o concelho cujo alargamento territorial se vez por outra, abriam-se as incrementa em 1836. O Decreto de 6 de Novembro desse ano, que antecedeu o portas e acendiam-se os lampiões do elegante teatro Código Administrativo de 31 de Dezembro, havia procedido à reforma político­ instalado no Mosteiro com lotação administrativa da Nação, suprimindo 497 concelhos dos 816 então existentes. para 300 pessoas. Santo Tirso recebera o concelho de Refojos de Riba D'Ave com as freguesias de No advento da revolução industrial no Vale do Ave, na praça Agrela, Água Longa, Reguenga, Lamelas, Guimarei, Carreira e Santa Cristina do pública conversava-se sobre a Couto, e, pela extinção do concelho de Landim, transitaram as freguesias de necessidade do governo ajudar a Palmeira, Areias, Lama e Sequeirô. Câmara na construção de uma nova ponte sobre o rio Ave, Em 1853 com a integração do concelho de S. Tomé de Negrelos (que incluía os substituindo a Ponte de Pau que, outros entretanto extintos), e em 1879, com a anexação de S. Miguel das Aves, acidentalmente, desabou em 1877. estabeleceu-se a configuração do concelho até 1998, data da criação do concelho da Na Vila, o Comendador José Trofa a que passaram a pertencer as freguesias de S. Martinho de Bougado, Santiago Manuel Ribeiro, o "brasileiro" de Bougado, Muro, Guidões, Covelas, Alvarelhos, S. Mamede do Coronado e S. Romão abria nesse ano o primeiro lar de caridade. do Coronado, desanexadas do concelho de Santo Tirso. A Vila foi evoluindo até ao advento da República. A diversidade de serviçose equipamentos surgidos nos anos seguintes conferiram-lhe uma importante relevância no contexto nacional. As comemorações do centenário de elevação de Santo Tirso a Vila decorreram durante quase todo o ano de 1963, com um vasto programa orientado pela Comissão Organizadora e patrocinado pela Câmara Municipal de Santo Tirso sob a presidência do Dr. Dêlio Santarém, que contou também com o contributo de muitas empresas tirsenses. Duranteas festas, não foram esquecidas as personalidades ilustres de Santo Tirso dos últimos 100 anos. Em 8 de Julho de 1985, Santo Tirso foi elevada à categoria de Igreja Matriz de Santo Tirso (1898), desenho do pintor tirsensc Tomás Pelayo, numa reprodução de meados do século XX Cidade.

112 -----GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 EstruturaAdministrativa e Õrgãos Autârquícos

A EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO

- • , Limites atuaisdos concelhos de SantoTirso e Trofa

Limites atuais das freguesias

__ • Limites dos concelhos por Dec. N• 66 de 28-6-1033

• • , Limites atuais dos concelhos de SantoTirso e Trofa

__ Limites atuais das freguesias ., _.,_ __ • l,1rniL lluttumcclllos:t:'m 1836

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__ . Limites dos concelhos em 1855

• • , Llmltesatuais dos concelhos de SantoTirso e Trofa

Limites atuaisdas freguesias

__ • Limitesdos concelhos em 1879

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- - , Limite atual do concelho de Santo Tirso (1998)

__ Limites atuais das freguesias GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

ORGÃOS AUTÁRQUICOS, GÉNESE E EVOLUÇÃO

Em termos de administração autárquica, a génese dos cargos e respetivas Após o 25 de Abril de 1974, as competências definiram-se,oficialmente, no Código Administrativo de 1842 e, Câmaras Municipais adquirem posteriormente, pelas alterações introduzidas pelo Decreto de 1878. um efetivo protagonismo na gestão autárquica. 1842. O país ficou dividido em Distritos, Concelhos e Freguesias, tendo Lisboa e Porto uma subdivisão por Bairros, identificando-sea figura do Administrador do Bairro. Graças à ação dos novos autarcas, as câmaras Os Distritos eram administrados pelo Governador Civil, eleito pelo Povo, funcionando mobilizaram as populações, junto deste orgão, a Junta Geral do Distrito. Os Concelhos, por sua vez, eram geridos pelo reuniram meios e resolveram Administrador, escolhido por Decreto Régio, que supervisionava a ação da Câmara problemas que se arrastavam Municipal, eleita pela Assembleia dos eleitores municipais. há décadas. A sua força foi O Presidente da Câmara era o Vereador mais votado. Os concelhos com mais de 3 mil crescendo à medida que o fogos, tinham de eleger 5 vereadores, mais tarde, 7. A figura mais relevante da Câmara Estado foi transferindo Municipal, a seguir ao Presidente, é o Procurador Fiscal, eleito entre os Vereadores. competências da Junto da Câmara Municipal funcionava também o Conselho Municipal, com número de administração central. vogais igual à dos Vereadores. O Administrador do Concelho, fiscalizava toda a ação da Câmara Municipal, assistia às Foram criados diversos reuniões da Câmara e tinha voto consultivo. instrumentos de apoio a esta verdadeira transformaçãoda Nas ausências do Presidente tomava o seu lugar o segundo Vereador mais votado. gestão do território: A Lei das A Câmara Municipal só poderia ser dissolvida por Decreto Régio. Autarquias (L.79/77), Lei das Só podiam ser eleitos os cidadãos no gozo dos seus direitos civis e políticos que pagassem Finanças Locais (L.1/79), anualmente uma contribuição superior a 1.000 réis, os funcionários do estado e os Regime de delimitação e pensionistas com pensão anual superior a 100 mil réis. coordenação das áreas de Só podiam votar os maiores de 25 anos, com excepção dos casados, Oficiais do Exército ou actuação da Administração da Armada, Bacharéis e Clérigos. Central e Local (L.77/84), A eleição teria de ocorrer em Novembro, em dia designado pelo Conselho do Distrito. A Modelo de Administração (D.C. Câmara entretanto eleita entraria em funções no dia 2 de Janeiro do ano seguinte à eleição 116/84), Planos Directores Municipais [d.L.208/82), etc. e por um período de 2 anos. Durante largos anos as O Presidente e Vereadores exerciam gratuitamente as suas funções e cabia à Câmara autarquias desenvolveram Municipal pagar a remuneração devida ao Administrador. uma imagem muito positiva, A execução das deliberações da Câmara Municipal competiam apenas ao Presidente. apesar de se lhes reconhecer As Juntas Gerais de Distritos, eram presididas pelos Procuradores, eleitos pelas Câmaras e uma enorme escassez de Conselhos Municipais. A Junta Geral tinha ainda Vice-presidente, Secretário e Vice­ quadros e competência técnica Secretário para além do Presidente. em áreas específicas. 1878. Com o Decreto de 1878 mantêm-se todos os cargos administrativos, passando os A Assembleia Municipal é o mandatos para 4 anos. Foi instituído o sistema de rotatividade entre os Vogais. orgão deliberativo do As Câmaras Municipais passam para 7 Vereadores. Ao Administrador do Concelho é Município. A sua ação visa o exigido, pela primeira vez, um Curso Superior. cumprimento da Constituição da República, o acatamento da Forma-se o Conselho do Distrito, composto pelo Governador Civil que preside ao orgão, e liberdade democrática, a 4 Vogais nomeados pelo Governo sob proposta da Junta Geral, sendo pelo menos 2 defesa dos interesses, assim Bacharéis de Direito. como a promoção do Concelho 1897. A partir de 1897 surgem as Juntas da Paróquia compostas por 3 membros, em e o bem estar da sua freguesias de população não superior a 1.000 habitantes, e 5 Vogais em Freguesias com população, imperativos maior número de habitantes, eleitos pelo Povo. resultantes do 25 de Abril.

Largode Cidenai, hoje Praça Coronel Batista Coelho (1898), desenho do pintor Tomás Pelayo, numa reprodução de meados do século XX Neste local ergueu-se a estátua do Conde S Bento, inaugurada em 1892 e daqui retiradaem 1920,

1 15 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 · 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

RELAÇÃO DOS MANDATOS AUTÁRQUICOS

11 Maio 1834 -06 Outubro 1834 02 Janeiro 1908- 13 Outubro 1910

06 Outubro 1834- 06 Outubro 1836 13 Outubro de 1910- 13 Outubro 1911

06 Outubro 1836 -28 Fevereiro 1837 03 Outubro 1911-30 Agosto 1913

28 Fevereiro 1837- 29 Maio 1837 30 Agosto 1913 -02 Janeiro 1914

29 Maio 1837 -31 Dezembro 1837 02 Janeiro 1914 - 25 Março 1918

31 Dezembro 1837 -31 Dezembro 1938 25 Março 1918 -05 Agosto 1918

31 Dezembro 1938 -14 Julho 1840 05 Agosto 1918 - 27 Janeiro 1919

14 Julho 1840 - 09 Maio 1841 27 Janeiro 1919 -11 Agosto 1919

09 Maio 1841 -31 Dezembro 1844 11 Agosto 1919 - 02 Janeiro 1923

31 Dezembro 1844 -09 Junho 1846 02 Janeiro 1923- 30 Março 1924

09 Junho 1846 -09 Setembro 1846 30 Março 1924 -02 Janeiro 1926

09 Setembro 1846 - 10 Julho 1847 02 Janeiro 1926 -18 Julho 1926

10 Julho 1847- 02 Janeiro 1850 18 Julho 1926 -01 Junho 1927

02 Janeiro 185 - 02 Janeiro 1856 01 Junho 1927 -21 Maio 1930

02 Janeiro 1856 -02 Janeiro 1862 21 Maio 1930 -11 Agosto 1931

02 Janeiro 1862- 09 Março 1868 11 Agosto 1931 - 02 Janeiro 1942

09 Março 1868 - 02 Janeiro 1874 02 Janeiro 1942-11 Novembro 1945

02 Janeiro 1874- 04 Novembro 1874 11 Novembro 1945 - 23 Setembro 1950

04 Novembro 1874 -02 Janeiro 1875 23 Setembro 1950 -21 Janeiro 1951

02 Janeiro 1875 -03 Janeiro 1876 21 Janeiro 1951-14 Maio 1951

03 Janeiro 1876 -02 Janeiro 1880 14 Maio 1951-19 Maio 1959

02 Janeiro 1880 - 02 Janeiro 1882 19 Maio 1959 -31 Março 1971

02 Janeiro 1882- 02 Janeiro 1887 31 Março 1971-01 Setembro 1970

02 Janeiro 1887 -02 Janeiro 1893 01 Setembro 1970 - 25 Outubro 1974

02 Janeiro 1893 - 02 Janeiro 1896 26 Outubro 197 4 -15 Maio 1976

02 Janeiro 1896 -02 Janeiro 1899 15 Maio 1976 -22 Janeiro 1977

02 Janeiro 1899 - 02 Janeiro 1902 22 Janeiro 1977 -17 Janeiro 1980

02 Janeiro 1902- 02 Janeiro 1905 17 Janeiro 1980- 13 Janeiro 1983

02 Janeiro 1905- 02 Janeiro 1907 13 Janeiro 1983 -15 Novembro 1999

02 Janeiro 1907- 02 Janeiro 1908 15 Novembro 1999 -presente data __ GÉNESE E EVOLUÇÃODO CONCELHO DE SANTO TIRSO1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

RELAÇÃO DOS PRESIDENTES DE CÂMARA

Manuel Martins de Andrade António Maria Lopes

Bernardino Luís de Andrade José Francisco da Costa

FranciscoJosé Pinheiro Luís Simões Trepa

José António Pinto Guimarães José António Alves Ferreira de Lemos

José Moreira dos Reis Miguel Vaz Duarte Bacelar

João Bernardo da Silva Carneiro Manuel da Fonseca Pinheiro Guimarães

Joaquim José Pinheiro Adriano Fernandesde Azevedo

Caetano Lopes da Silva Augusto Maria da Silva Vieira

António João de Araújo Luís de Vasconcelos Trepa

Francisco Manuel Fonseca e Castro Alexandre Lima de CastroCarneiro

Manuel José da Silva Délio Castro Cardoso Santarém

Custódio Joaquim Gonçalves João Augusto Miranda Silva Gonçalves

Custódio Gil dos Reis Carneiro José Manuel de Castro Neto

João Justiniano de Sousa Trepa Abílio Camões da Costa Carvalho

António Augusto Soares Rodrigues Ferreira Asufl Dinis Linhares Carneiro

Joaquim Higino Frutuoso Ferreira Armando Palhares Magalhães

José Joaquim Machado Cunha Faria e Almeida Joaquim Barbosa Ferreira Couto

João Evangelista Faria e Almeida António Alberto de CastroFernandes

BernardinoAlves Barbosa Santarém

António Carneiro de Oliveira Pacheco

Manuel Joaquim da Costa Cruz

José Alves Ferreira de Lemos

José Joaquim de Morais Miranda

Adelino Machado Cunha Faria e Almeida

António Dias de Faria Carneiro

Francisco Cândido Moreira da Silva

Francisco da Fonseca Pinheiro Guimarães

Mário Faria Carneiro Pacheco

João da Cruz Cardoso Santarém

VirgHio Coelho de Andrade

1 17 GÉNESE E EVOLUÇÃODO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

A primeira ata da Câmara Municipal de Santo Tirso data de 11 de Maio A Constituição de 1822 é o de 1834, como «Auto de Juramento», que dá posse à Comissão mais antigo texto constitucional português Municipal Interina do novo concelho de Santo Tirso. e, tecnicamente, um dos Estiveram presentes, para além do Secretário, Ricardo António de mais bem elaborados. Se Sousa, de Santo Tirso, o Provedor Delegado do 3.2 Distrito do Concelho bem que não tenha dado do Porto, Bacharel Gaudêncio Xavier de Carvalho Silva. origem a uma prática constitucional, exercerá uma profunda influência O juramento, mão direita sobre o Santo Evangelho, realizava-se sob a nas instituições e no Carta Constitucional da Monarquia Portuguesa (de 1822) obedecendo, direito político em assim, ao Governo estabelecido em Lisboa, em nome de Sua Majestade Portugal - a organização a Rainha D. Maria II. jurídica da democracia.

Quatro dias depois, realizou-se a primeira reunião de trabalho dos nomeados na «Caza e Foral de Audiências» que funcionavana antiga hospedaria do Mosteiro de São Bento, hoje Museu Municipal Abade Pedrosa.

Presidente da Comissão Interina: 25 de Abril de 1835: Manuel Martins de Andrade ReformaAdministrativa 11 de Maio de 1834 o país foidividido em 17 distritos administrativos e OS de Outubro de 1834 as ilhas adjacentes em 3. Administrados por Procurador Fiscal: Gabriel José governadores civis de Varela. nomeação régia, os Provedor: João Martins. municípios tinham administradores do Vereador: Ricardo António de Sousa. concelho, escolhidos pelo Governo com base numa Administrador do Concelho: José lista feitapor eleição António Pinto Guimarães, de Santo direta. As freguesias Manuel Martinsde Andrade Tirso. tinham comissários de Lugar de Curros Comissário da Polícia: Bernardino paróquia, escolhidos pelos S. Miguel do Couto Luís de Andrade. administradores dos N -1775 concelhos. F - 1857 Secretário da Câmara: Francisco José Comissário da Polícia Pinheiro.

A Guarda Municipal íoi • Extinçiodo Couto de • Extinção das Ontens Religiosas criada por decreto de Santo Tirso que O mosteiro encerradefinitivamente 3-7-1834, após a extinção da estivera sob administração as suas portas em 30 de Maio GuardaReal da Polida jurídica e religlosa dos monges Pároco de Santo Tirso Farda da época beneditinos durante 737 anos Bento José de Sousa Monteiro

1,832 ! 1834 Apôs a Revolução Liberal de 1820. Joaquim António de Aguiar reíerenda o Decreto de Portugal vive uma guerra civil desde 1828 28 de Maio de 1834, ficandoconhecido como o até 1B34 mato-frades. GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: A 31 de Dezembro de Bernardino Luís de Andrade 1834, Bernardino Luís de 6 Andrade foireeleito, bem de Outubro de 1834 como Francisco de Abreu 14 de Janeiro de 1836 Monteiro, passando a Vereadores José António Procurador Fiscal: Manuel Martins Pinto Guimarães e de Andrade (substituído por Custódio Gomes Leal. Francisco José Pinheiro). Subscreveu o respectivo Auto, Wenceslau Joaquim Vereadores: Bacharel Francisco de Moreira. Abreu Monteiro (viria a ser substituído em 13 de Novembro do Em 20 de Outubro de ano seguinte por Manuel José 1835 foi eleito Administrador do Bernardino Luís de Andrade Monteiro da Rola, por ter sido Concelho Luís António da Santo Tirso nomeado Juiz Substituto), Gabriel N - 07 de Junho de 1796 Silva Rocha. F - 16 de Janeiro de 1873 José Varela, João Monteiro. Proprietário

Presidente da Câmara Municipal: Bernardino Luís de Francisco José Pinheiro Andrade viria a ser * condecorado como 15 de Janeiro de 1836 Cavaleiro da Ordem de 27 de Fevereiro de 1837 Cristo e Comendador de Nossa Senhora da Procurador Fiscal: José Bento Conceição. Correia de Miranda. Casou com D. Rosa Vereadores: Joaquim Bento de Pinheiro, era filhode Correia Miranda e Sá, Ricardo Bento José de Andrade e António de Souza (substituído por de D. Maria Bernarda. Dos Manuel Martins de Andrade em 17 seus avós maternos de Fevereiro de 1836), José António Manuel José Pinheiro e Genoveva de Sousa Francisco José Pinheiro Pinto Guimarães. Monteiro, descendem Santo Tirso N - 04 de Outubro de 1785 várias famíliastirsenses. F- 09 de Junho de 1876 * Ordenado Cavaleiro da Ordem de Cristo; Diretor do Correio de Santo Tirso. sogro de Bernardino Luís de Andrade.

• Rei O. Fernando visita • Reestruturação dos Concelhos Santo Tirso São anexadas fregue-siasa Santo Tirso, bem como ao Concelho de Negrelos • 5 Tomé, Mouzínhoda São extintos os concelhos de Refojos, Francemil, Roriz Sifvtlro e Rebordões

1,834 1836 Mouzinho da Silveira. A sua intervenç.jo como legislador No dia 1 de laneim começou a 9 de Serembro do reino lançou as bases da nova sociedade liberalque se publicar-se o Diário do Governo, Revolução que aboliu a Carta Constitucional viria a impor no século XIX, designadamente através da de 1826, tendo sido posta novamente em vigor a Carta organização administrativa, Onanceira e judicial do estido A 1B de Julho, o Decreto de reorganir..aç.io de 1822. Este íacto originou inúmeras revoluções, liberal administrativa reforça o poder central bem como a formação de partidos polftlcos, dando inicio a várias lutas partidárias..

DIARIO DO GOYERNO.

1 19 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 • 2012 Estrutura Administrativa e Ôrgâc)s Autárq1licos

Presidente da Câmara Municipal: A sessão de 21 de Abril de José António Pinto Guimarães 1837 anulara parcialmente as últimas 28 de Fevereiro de 1837 eleições devido à entrada 25 de Junho de 1837 em vigor do novo Código Administrativo (31 DEZ Procurador Fiscal: Francisco José 1836, Art. 23º), que anexa Pinheiro. freguesiasao concelho de Santo Tirso. Vereadores: Bernardino Luís de José Narciso Pereira de Andrade, António Joaquim da Silva Castro e José Bento Guimarães, Manuel José de Sousa Correia de Miranda, Dias. assumiram o cargo de Vereadores, ficandocomo Presidente António José António Pinto Guimarães António Francisco Ferreira Dias, Joaquim da Silva Abação, Guimarães ocupou o lugar de Aferidor,ficando N -06 de Fevereiro de 1780 Guimarães, natural de F -08 de Outubro de 1864 como Administrador do Concelho, Areias (Casa de Caldelas), Tabelião, foi o 1.2 Administrador Tomás Correia de Miranda e Sá. Santo Tirso, que teve 4 do Concelho votos a favor, contra os 2 votos de Francisco José Pinheiro.

Contudo, foi convocada uma nova sessão em 24 de Presidente da Comissão Municipal Abril devido às dúvidas do Interina: ato eleitoral anterior. José Moreira dos Reis * Perante ordem do 26 de Junho de 1837 Administrador Geral do 31 de Dezembro de 1837 Distrito do Porto foi recondu2ido na presidência José António Procurador Fiscal: António Pinto Guimarães, que Gonçalves da Silva Maia. apelou à substituição dos Vereadores: Joaquim da Fonseca Vereadores. Cruz, Custódio Pereira de Sampaio, A Câmara viria a ser dissolvida por Decreto de José Rodrigues Pereira, José 29 de Maio de 1937 Bernardo de Andrade (substituído dando-se nova nomeação José Moreira dos Reis Guimarei, lugar de Parada por António João de Araújo). em finaisde Junho. N -1790 • Pai de Frei Joaquim Moreira dos Reis, Bispo de F-1860 Angola e do Congo (1852). Foi também Comandante Proprietário Interino do Batalhão de Refojos.

, cMIJados• ou Setembrtstas e •CachamôrTOs•ou Cartistas Apelidado como perlodomais vergonhoso da políticatirsense, em que dois grupos pollticos utilizam lennos ímpróprios. e com eles se guerreavam Foram os precursores,respetivamente, dos ProgressisUs e dos Regeneradores,

1837 Nova reforma judiciária em Portugal. O país vivenum clima de aparente acalmiae de estabilidade, com Passos Manuel e Sá da Bandeira no Governo

Sd daBanrkíro GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Aulárquicos _ ___

Presidente da Câmara Municipal: Em sessão realizada em João Bernardo da Silva Carneiro * 31 de Janeiro, prestam juramento dois novos 1 de Janeiro de 1838 Vereadores: José Francisco 31 de Dezembro de 1838 de Araújo e Manuel da Costa Campos. Procurador Fiscal: Francisco José Pinheiro. Em Maio, nova sessão de juramento do novo Vereadores: Joaquim da Fonseca Vereador José da Silva Cruz, José António Pereira de Carriça que substitui José Sampaio, Bernardino da Silva Francisco de Araújo, que Capello, Custódio Joaquim tinha renunciado ao cargo Gonçalves, Domingos Luís Ferreira por motivos de saúde. João Bernardo da Silva Torres. Carneiro Também em 10 de Areias Outubro de 1838, José da N - 31 de Julho de 1782 Silva Carriça foi retirado F - 11 de Fevereiro de 1858 * Capitão das MIiícias de Landim entre 1830 do cargo de Vereador Proprietário e 1834. Foi Juíz de Areias e Lama. sendo substituído por António Gonçalves da Silva Maia .

Com Joaquim José Presidente da Comissão Municipal Pinheiro, o Interina: Administradordo Joaquim José Pinheiro* Concelho passou a ser Boaventura Luís da Silva. 1 de Janeiro de 1839 11 de Fevereiro de 1840 Em Sessão de 9 de Setembro de 1839, por Procurador Fiscal: Manuel José de falecimentodo Secretário Sousa Dias. da Câmara Luís António da Silva Rocha (em 31 de Vereadores: João Rodrigues Campos, Agosto) é nomeado João António José da Silva, José Moreira Justiniano de Sousa Trepa, dos Reis, Joaquim José de Magalhães, que já vinha a secretariar Manuel da Costa Sanches. as reuniões desde 20 de Agosto desse ano. Joaquim José Pinheiro Santo Tirso Filho do Capitão Manuel José Pinheiro e N - 12 de Março de 1806 * Irmão de Francisco José Pinheiro. F - 10 de Maio de 1853 Tenente da Guarda Nacional

• ConstituiçãoPolítica da Monarquia: Nos Paçosdo • S Miguel do Couto volta ao concelho Concelho realiza-se o acto solene de juramento de Santo Tirso, sendo, neste ano, anexada W nm-.i CtHU.tltul"-ç-.lull ,r\djfll.1Çl1nt Rainha O, Maria li. a freguesia de Burgães, que assim deixava jmlo Heruo f'um•U1 th: M 1tQfli,1J t S�. ,1P rJJn111,, eF.1111 S Tomé de Negrelos Comandante Militarde Santo Tirso.

lme 11839 Associação Eleitoral Pública· Passos Manuel e Vieira de Com o Minist,frio de Bonfim surge uma nova Castro estàocontra a amnistia , aíastam-se da deHnlç.âode liberalismo que repelia ao mesmo postura conciliadora de Sá da Bandeira.Os cartistas tempo o radicalismo de Mouzlnho e a idolatria aceitam jurar a Constituiç.lo da soberania nacional setembrista

VN'trvdeCastro RairihoD.Moriall GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 · 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: Joaquim José Pinheiro, foi Caetano Lopes da Silva substituído por Caetano Lopes da Silva por 12 de Fevereiro de 1840 impedimento da Lei 8 de Maio de 1841 detetado à posterior (já tinha 1 ano de mandato). Vereador Fiscal•: José da Silva Caetano Lopes da Silva foi Araújo. então eleito por sorteio, Vereadores: João Domingos Costa, em sessão extraordinária de 12 de Fevereiro, António Monteiro Devesas, Custódio segundo os Artigos 2 7º e Joaquim Gonçalves, Manuel da Costa 186º do Código Sanches. Administrativo.

Caetano Lopes da Silva • A designação «Procurador Fiscal» é Pisão, Guidões substituída por «Vereador Fiscal» e mais N -1786 tarde acrescenta-se o lugar de «Vice­ F- 1859 presidente». A figurade Vereador Fiscal Proprietário deixará também de existir.

Em reunião de 5 de Presidente da Câmara Municipal: Janeiro de 1842, foram Bernardino Luís de Andrade substituídos os Vereadores (Caetano 9 de Maio de 1841 Lopes da Silva, Francisco 1 de Janeiro de 1845 António Pinheiro e António João de Araújo) Vereador Fiscal: António Joaquim da passando a exercer Silva Guimarães. funções José Moreira dos Reis Júnior, Custódio Vereadores: Caetano Lopes da Silva, Joaquim Gonçalves e João Francisco António Pinheiro, António da Costa Araújo. João de Araújo.

A partir do dia 1 de Janeiro de 1842 Bernardino Luís de Andrade Boaventura Luís da Silva é Santo Tirso substituído por José António Pinto N -07 de Junho de 1796 F - 16 de Janeiro de 1873 Guimarães no cargo que já tinha Proprietário ocupado como Administrador.

• Criaçãoda Comarcade • É fonnado em Santo Tirso o Conselho Municipal, equivalente hoje à Santo Tirso. Assembleia Municipal Os nomes surgeni pela primeira vez em ata de 9 de Maio de 1841, cuja lista é encabeçada por Antônio Luís dos EntrodadaCâmaru Municipal dt'Santo Santos, de Santo Tirso É maiorit.lriamentecomposta por •Mijados•, Tirwcombarrdeira enquanto a Câmara Municipal em composta por «Cachamõrros•. rrac1orralhaste-ada

11840 1844 Apesar da esmagadora vitória dos A Maçonaria Portuguesa partldari1.a-se Oposição à Maçonaria. Volta a debater-se governamentais ordeiros nas eleições de na Câmara dos Pares a questão da proibição 1840, os radicais fragmentam-se. surgindo Um Decreto da responsabilidade de rh1., J(Kh:tln,I t«rtiWJ, curn "tolr;,1lLlJ uma coligação para a restauração da Carta, Costa Cabral aprova a cham;ida criticas de Sá da Bandeira e do Conde da contra o eclectismo do Governo Novíssima Refonna}ud/ciório,primeira Taipa a Costa Cabral, que é expressamente tentativa de instalação de um código acusado de ser maçon e grão-mestre. de processo civil e comercial

1 22 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: Esta Câmara Municipal foi António João de Araújo demitida em 2 de Junho 2 de Janeiro de 1845 de 1846 com a Revolução 1 de Junho de 1846 da Maria da Fonte. Tomou lugar como Vereador Fiscal: Manuel José de Administrador do Sousa Dias. Concelho, José Maria de Vereadores: Manuel Francisco Sousa Rodrigues, mais Serrado, José Carneiro de Freitas, tarde substituído por Manuel Gonçalves da Silva. Custódio Joaquim Gonçalves. Em 15 de Outubro de 1845, José Carneiro de Freitas passa para António João de Araújo SantaCristina do Couto Vereador Fiscal entrando para o seu N-1798 lugar Custódio Joaquim Gonçalves. F-1867 Proprietário

Presidente da Comissão Municipal A revolta resultou das Interina: tensões sociais remanescentes das Francisco Manuel da Fonseca e guerras liberais, Castro exacerbadas pelo grande 2 de Junho de 1846 descontentamento 8 de Setembro de 1846 popular gerado pelas novas leis de recrutamento militar, por Vereador Fiscal: António Joaquim da alterações fiscaise pela Silva Guimarães. proibição de realizar Vereadores: José Maria de Sousa enterros dentro de igrejas. Rodrigues, José Luís de Sousa Em reacção à insurreição Monteiro, Manuel José Moreira. crescente, por Lei de 20 de Abril de 1846, o Francisco Manuel da Fonseca e governo suspendera as Castro Secretário da Câmara Municipal: Famalicão garantias constitucionais. N- 11 de Maio de 1811 João Maria de Sousa Machado, de F -05 de Outubro de 1889 Santo Tirso. Juiz Conselheiro

• É fundadaa Fábrica de Fiação • As principais deliberações da Càmara Municipal duranle todo este período, do Rio Vizela, em S, Tomé de reílectem bem a faltade dinheiro com que a mesma se debatia, proporcionando Negrelos, pioneira da indüstria têxtil também uma verdadeira anarquia govemaliv.a, no Vale do Ave Contudo, em cima da mesa estavamos projectos da nova estradaPorto-Guimarães, que inclui,1a construção da ponte sobre o rio Ave, em Santo Tirso, denominada de nova ePonte Pênsi/,.

'1846 Maria da Fonte, Emboscada e Patuleia de novo a guerra civil em Portugal, �viva a Maria da Fonte La raiou a liberdade A cavalo e sem cair Que a nação há-de aditar Com a cometa na boca Glória ao Minho, que primeiro A tocara reunir O seu grito íez soar!

Eia avante, portugueses Essa mulher lá do Minho Eia avante, não temer Que da foice íez espada Pela santa liberdade Há-de ler na lusa história Triuníar ou perecer!(reírão) Uma página dourada!"

1 23 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

A FÁBRICA DE FIAÇÃO E TECIDOS DO RIO VIZELA

A emergência da Fábrica Rio Vizela marca o início do processo de industrialização do Vale do Ave. Até à sua constituição, em 1845, a atividade têxtil caraterizava-se pela utilização de técnicas ancestrais de fiação e tecelagem, numa lógica de produção doméstica. A sua instalação na freguesia de São Tomé de Negrelos teve um grande impacto económico e social, dando novos contornos a uma realidade fortemente ruralizada.

A 12 de Setembro de 1845 é criada a "Sociedade de Fiação de Visella" resultado de uma parceria mercantil que pretendia estabelecer uma fiaçãode algodão. Foi formada por 11 sócios e tinha a sede na cidade do Porto, de onde também eram originários a maioria dos sócios. A construção do edifício,iniciada a 10 de Outubro de 1845, ficoua cargo de Eugénio Cauchoix, que, mais tarde, ascenderia ao cargo de diretor técnico da fábrica e viria a desempenhar um papel importante na construção da fábricae na montagem da linha de produção.

A sociedade apresentava um capital social de quarenta contos de reis e durante os primeiros anos de laboração foi crescendo, estabelecendo-se a fiação num edifíciode quatro andares, projeto esse baseado nos estabelecimentos têxteis ingleses. Em 1947 é elaborado o regulamento interno onde a campainha começa a ganhar destaque como instrumento de regulação do tempo e nas rotinas laborais.

O algodão utilizado na produção têxtil era proveniente dos Estados Unidos da América e do Brasil e a comercialização era feita no Porto e em Lisboa. Contudo, estes primeiros anos pautaram-se por uma forteinstabilidade financeira e dificuldade de escoamento da produção devido às elevadas taxas alfandegárias impostas ao algodão. Apesar das contrariedades inerentes ao contexto económico e político, a guerra de 1861/65 nos EUA e o consequente aumento do preço do algodão possibilitaram que a fábrica retirasse lucro do produto armazenado, permitindo que as décadas posteriores fossem de modernização e alargamento da unidade fabril até à outra margem do Rio Vizela. Com o aumento das encomendas foramcontratados mais trabalhadores e a actividade comercial alargada até às colónias.

O sócio fundador, António José Cabral, destaca-se na administração da empresa, chegando mesmo a ser condecorado pela Rainha D. Maria II, com a comenda da ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo aquando da sua deslocação a Santo Tirso em 1852. Após a sua morte, Diogo José Cabral, seu filho, ocupa esse cargo na direcção. O seu papel no crescimento da fábrica ficou reconhecido, em 1900, pelo Rei D. Carlos. Aos Cabrais foi atribuído o título de "Conde de Vizela" devido à localização da fábrica, uma vez que a famíliaé de origem beirã.

Embora em 1895 já tivesse instalado uma turbina para o aproveitamento de energia eléctrica, adquiriu grande importância a construção da Central Hidroeléctrica de Caniças, em 1908, pelo forteincremento da potência energética, originando um aumento significativo na produção. É nesse ano que D. Manuel II visita a fábricade Negrelos, onde lhe é oferecidoum elegante almoço.

A 30 de Maio de 1914 a fábrica transforma-se numa sociedade por quotas, com a denominação de "Fábrica de Fiação e Tecidos do Rio Vizela, Lda". No início da década de 50, já empregava 3000 operários, trabalhava com 31624 fusos e 1200 teares. Em 1953, nascia a Sociedade de Fiação e Tecelagem do Rio Vizela, com o II Conde de Vizela a manter-se no topo do conselho de administração até 1968. Após o seu falecimentoesse cargo fica à disposição dos seus herdeiros. Narciso Machado Guimarães, em 1973, adquiriu a fábrica, à sociedade cessante. Após o seu afastamento,cedeu o lugar aos seus descendentes directos - famíliaMachado Guimarães.

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Presidente da Câmara Municipal: Esta Câmara Municipal foi Manuel José da Silva dissolvida por novo golpe revolucionário em 9 de 9 de Setembro de 1846 Julho de 1847 (Patuleia}. 10 de Julho de 184 7

Vereador Fiscal: José Maria de Sousa Rodrigues. Vereadores: António José de Campos Araújo e Costa, José da Costa Gorgulho Telhado, Luís Pinto de Meireles.

Manuel José da Silva Administrador do Concelho: Joaquim Lama José da Costa Novais. N-1803 F-1869 Proprietário

Presidente da Comissão Municipal Interina: António João de Araújo

11 de Julho de 184 7 Depois da instalação da primeira 26 de Outubro de 1847 fábrica têxtil no concelho, anos mais tarde viria a ser formado o corpo de bombeiros da Fcibrica de Fiaçãoe Vereador Fiscal: Custódio Joaquim Tecidos do Rio Vizela (Ne9relos), Gonçalves. Vereadores: José Moreira dos Reis Júnior, Bernardino José da Silva Capello, José da Silva Araújo.

António João de Araújo Administrador do Concelho: José Santa Cristina do Couto António Pinto Guimarães. N -1798 F-1867 Proprietário Impressionante número de operários na cantina do Fábrica do Rio Vizela (Ne9re/os).

• O Duque de Saldanha pernoita • lirn obr1!1li11dL, .'lPnrnmadD MtnbtEtfotlLt k.flno de- R/11/164-7, com o seu exército em Santo Tirso for , 1 �dt) n 1,lvrn Jo:e Aru1' O Ouqut",nomeado pela Rainha, u lulmtilru I l'Jl:fltotont�mII d�HTlf)l.ti.lliVís.ll-1 d» R.llnlu 0.'�wiilli ficou no (jovernode Costa Cabral u S.mloT,rrri.em Millndii IAS?, e-nuhllnt•, ;1 \'hlU lli1Pro 11n1c­ até U!49 fu11�rlo T1)m.1b, rm Outubm dr 1970,

Sucedem-se as remodelações António de Azevedo Melo e Carvalhonotabilizou-se pela no Governo e na Câmara dos emissão da Portaria de 8 de Novembro de 1B47. que determinou Deputados, que em todos os concelhos as respectivas Câmaras Municipais elaborassem um livro especial, denominado "Anais do Município", no qual registariam os acontecimentos e factosmais importantes que ocorressem GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: Bernardino Luís de Custódio Joaquim Gonçalves Andrade cumpriu três mandatos (1850-52, 27 de Outubro de 1847 1852-54, 1854-56): 1 de Janeiro de 1850 (1.º mandato) Vereador Fiscal: José Moreira dos Vereador Fiscal: Reis Júnior Boaventura Luís da Silva Vereadores: Bernardino Luís de Vereadores: José Pereira de Sampaio, António João Andrade, José Pereira de Magalhães de Araújo, Francisco e José António Pinto Guimarães. António Pinheiro.

Administrador do Concelho: (2.º mandato) Bernardino Cândido Barbosa de Vereador Fiscal: António Custódio Joaquim Gonçalves Joaquim da Silva Alvarelhos Almeida. Guimarães N -1790 Vereadores: António José F - 14 de Março de 1874 de Campos Araújo Costa, Proprietário José António Pereira de Sampaio, Gaspar Joaquim de Sá Araújo, José Pereira de Magalhães e António de Sousa Assunção. Presidente da Câmara Municipal: Bernardino Luís de Andrade (3.º mandato) Vice-Presidente: Gaspar 2 de Janeiro de 1850 Joaquim de Sá Araújo 1 de Janeiro de 1856 Vereadores: António Joaquim da Silva Voltou à presidência da Câmara Guimarães, António José Municipal para 3 novos mandatos, de Campos Araújo Costa, José António Pereira de entre 1850 e 1856, interrompidos Sampaio, José Pereira de em Fevereiro de 1852 mas reeleito Magalhães e António de logo em Março, pelos «Chefes de Sousa Assunção. Família».

Bernardino Luís de Andrade Santo Tirso N -07 de Junho de 1796 F -16 de Janeiro de 1873 Proprietário

• Após as revoluções, na década de 1050, Progressistas e Regeneradores • E extinto o concelho de Negrelos - S Tomé, lutam pela posse da Câmara Municipal passando para Santo Tir:;otodas as suas Vencem os Regeneradores, As eleições realizavam-se na Igreja Matriz freguesias, à excepçJ.o de Pena maior que 01\)l"lotm O Comendador /osê Pinto Soares foi eleito Procurador à Junta Geral passa para Paços de Ferreira 18SO do Distrilo do Porto Era proprietârio das quintas do Mosteiro de S Benlo

Leso 1853 1855 Em 1949 fora assinada a Concordata (21 de Morte de O, Maria li, aos 34 anos de idade Outubro) que cria um Tribunal de Nunciatura (15 de Novembro de 1853) Começa a regência de O e uma Bula de Santa Cruzada Fernandoque é ralHicada pelas Cortes (19 de Dezembro) No ano seguinte seria criado o Banco de Portugal Alexandre Herculano assume um programa Com a Regeneração, encerrado o periodode municipalista e descentraliiador. E eleito Presidente da sangrentas lutas caseiras, entra em cena o Câmara de Belém, não aceitando ser nomeado pelo go\'erno liberalismo centrista,herdeiro conservadorde como membro da comissão de reforma do teatro um romantismo que fora revolucionário GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: Custódio Gil cumpriu 3 Custódio Gil dos Reis Carneiro mandatos de 2 anos cada 2 de Janeiro de 1856 (1856, 1858 e 1860): 1 de Janeiro de 1862 1856 - Vice-Presidente: Com a eleição de Custódio Gil José Bento Correia de Carneiro, o novo Administrador do Miranda. Concelho passou a ser Manuel Vereador Fiscal: Gaspar Joaquim de Sá Araújo. Fernandes dos Santos, de Santo Vereadores: Joaquim da Tirso, que, mais tarde, viria a ser Silva Carneiro, José substituído por José Maria de Sousa Gonçalves da Cruz e Rodrigues, natural de Lamelas, Manuel Neto Júnior. Conservador do Registo Predial. Custódio Gil dos Reis Carneiro Refojos 1858 - Vice-Presidente: N - 14 de Agosto de 1820 Aires Abreu Ferreira F - 22 de Abril de 1898 Machado. Proprietário Vereador Fiscal: João Bernardo da Silva Carneiro. Vereadores: José Bento Correia de Miranda, José António Pereira de Sampaio, Gaspar Joaquim de Sá Araújo, João Evangelista da Cunha Faria e Almeida.

1860 - Vice-Presidente: Joaquim Moreira de Andrade. Vereador Fiscal: António José de Sousa Azevedo. Vereadores: Joaquim da Silva Carneiro, Aurélio César de Aguiar Pimenta Carneiro, António Barbosa Coelho, Francisco António Pinheiro. Em 1861, José B. M. Mouzinho de Albuquerque, traçou a estrada de Guimarães pelo interior da Vila de SantoTirso. No direitoo Picoto, hoje Praça Camilo Castelo Broncoe ao centro Campo do Santarém, atual Praça Conde de S. Bento.

• Períodoconsiderado como o de maior desenvolvimento • � fundadoem SantoTirso o urbanisticoem Santo Tirso por mérito de nc,vasfiguras tirsenses Partido Regenerador. que iam surgindoquer na CâmaraMunicipal, quer no Conselho Municipal .,*!'# .. t Ama/daCamQ, Alfff 1859

11056 1859 Bancos, telégrafo, escravos e caminhos-de-ferro: Nov.1lei eleitora\- Dissolução da Câmara dos Deputados (23 de Novembro). Çarta de lei autoriza a criação do Banco Mercantil Até então,apenas estavam em actividade o No mesmo dia, novalei eleitoral.Emitida por uma amara de Deputados de maioria Banco de Portugal, em Lisboa, e o Banco Comercial do Porto(16 de Junho) Começa a funcionar histórica, já com um novo governo regenerador em funções.tendo a inspiração uma linha telegráfica entre Lisboa e o Porto (18 de Julho) Liberdadepara os filhos dos de José Estêvãoe de OliveiraMarreca Estabelecidos círculos uninominais e escravosnascidos no ultramar, depois de atingirem os 20 anos (24 de Julho) diminuição do censo Os clrculos durariamaté 1884, quando se instituium sistema misto, Tem lugar a inauguraçãosolene do c.aminho·de•íerroentre Lisboa (Santa Apolónia) e acentuando-se progressivamente o plurinominal em 1895 e 1899, o Carregado, com o cardeal-patriarcade Lisboa a abençoar as carruagens (28 de Outubro) GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: João Trepa cumpriu 3 João Justiniano de Sousa Trepa mandatos de 2 anos cada 2 de Janeiro de 1862 (1862-64, 1864-66, 1866- 68): 8 de Março de 1868 (1.º Mandato) Com a eleição de João Trepa, o Vice-Presidente: José Administrador do Concelho Bento de Freitas Costa continuou a ser José Maria de Sousa Vereador Fiscal: António José de Sousa Azevedo Rodrigues. O seu sucessor, Domingos Vereadores: José António Carneiro de Oliveira, da freguesiade Pereira de Sampaio, José Agrela, seria igualmente demitido Ferreira de Matos, Manuel por Ofíciodo Governo Civil do Porto, José Martins de Araújo e João Justiniano de Sousa Trepa dando lugar a Martinho da Rocha José Bento Fernandes. Santo Tirso Guimarães Camões (desde 16 de N - 04 de Dezembro de 1816 (2.º Mandato) F - 04 de Novembro de 1875 Outubro de 1865). Vice-Presidente: Custódio Secretário da Câmara Municipal Gil dos Reis Carneiro Vereador Fiscal: José Joaquim da Silva Guimarães Vereadores: António José de Campos Araújo e Costa, João Evangelista da Cunha Faria e Almeida, António Joaquim de Sousa Brandão e José de Oliveira Correia.

(3.º Mandato) Vice-Presidente: Custódio Gil dos Reis Carneiro Vereador Fiscal: António José de Campos Araújo e Costa Vereadores: João Evangelista da Cunha Faria e Almeida, Aurélio César de Aguiar Pimenta Carneiro, Joaquim Higino Frutuoso Ferreira, e, António de Sousa Assunção. Desenho de Tomás Pe/ayo, 1952. Santo Tirso em 1880, com pormenor do lugar da Igreja, Rua de S. Bento, Rua Francisco Moreira [Parque D. Maria II}, e lugar de Cidenai.

• Construção da estrada de Guimaraes • Santo Tirso é elevada à • Ligação da Estrada do Porto aos Carvalhais pelo interior da Quinta de Fora categoria de Vila (14 de Dezembro). (Mosteiro de Santo Tirso) Feira Semanal passa para a 2 ;ifeira, que perdura até aos nossos tempos,

'1864 1868 Abolição dos morgadias, por D Luís 1, em 16 de Maio: Em 1864 ocorre o primeiro recenseamento ítli;:t111"_ ,-,1111.m Abolição deíinitiva de todos os morgadias e capelas existentes, declarando-se sistemático da população levado a cabo em Portugal aJadlilis n'li bonJ de que se c:ornp11nh.:im,� "�rçlíl 1lm: 1Jo1Casa (laneiro) Somos 3 829 618 habitantes. de Bragança (19 di,Maio), lr1l,d:1tk� flLliti pr'l'l�di!u111>111n� n11'1li\rmi"11C}(fl'! MouaJr,ho da Silveira e que também passa pela lnnlhllçi.'lodo crédito predial, enquanto Em 1867 surge um novo Código Civil e é abolida i:Lill{i!!'m

1 28 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárc111lcos

Presidente da Câmara Municipal: Rodrigues Ferreira António Augusto Soares cumpriu 3 mandatos de 2 anos cada (1868-70, 1870- Rodrigues Ferreira 72, 1872-74): 9 de Março de 1868 1 de Janeiro de 1874 (l.º Mandato) Vice-Presidente: Domingos Carneiro de Oliveira Júnior Como Administrador do Concelho foi Vereador Fiscal: João nomeado, interinamente, António Baptista Coelho Rodrigues de Paula (genro do ex­ Vereadores: José Ferreira da presidente Bernardino Luís de Cunha Guimarães, Luís Andrade), que já exercia funções António Moreira da Silva Reis, Francisco de Moura desde 1 de Janeiro desse ano. Coutinho, e Joaquim da António Augusto Soares A partir de Novembro, ficou como Costa e Sá Couto. Rodrigues Ferreira Administrador efectivo, Amâncio Penafiel (2.º Mandato) N - 26 de Janeiro de 1826 RodolfoPinheiro da Costa Ribeiro. Vice-Presidente: João F - 23 de Fevereiro de 1908 Baptista Coelho Médico Vereador Fiscal: António José de Sousa Azevedo Vereadores: António Fernandes Carneiro, Custódio Gil dos Reis Presidente da Câmara Municipal: Carneiro, António João Justiniano de Sousa Trepa Domingos de Sousa, e Joaquim da Costa e Sá 2 de Janeiro de 1874 Couto. 3 de Novembro de 1874 (3.º Mandato) Dias depois da tomada de posse, João Trepa, por Vice-Presidente: Domingos motivos de saúde, entregou a gestão da Câmara Carneiro de Oliveira Júnior Municipal ao Vice-Presidente José Joaquim Vereador Fiscal: António Machado da Cunha Faria e Almeida, que viria a ser Presidente em 1882. José de Sousa Lobo Vereadores: Joaquim José Ferreira da Cunha Vereador Fiscal: José Joaquim de Guimarães, Joaquim Higino Sousa Pereira Frutuoso Ferreira, José Vereadores: Manuel Dias da Silva Gonçalves da Cruz (faleceu João Justiniano de Sousa Trepa Gonçalves de Faria, Luís António em 13 de Abril de 1871 Santo Tirso sendo substituído por N - 04 de Dezembro de 1816 Moreira da Silva Reis, Manuel Francisco de Moura F - 04 de Novembro de 1875 Augusto de Sá Costa Reis, João Coutinho), e José Francisco Secretário da Câmara Municipal Bernardo de Magalhães. da Silva Castro.

• Formação da delegação do • Iniciam-se novos Partido Progressista em Santo Tirso_ .arruamentosem Santo Tirso

I ,... 1870 1874 Profundasalterações administrativas,nomeadamente na saúde e Reforma da Ensino- Criada a Secretaria obras públicas Extinção do Conselho Geral da Instrução Pública (17 de Outubro), de Estado dos Negócios da Instrução Püblica Extinção da repartição de pesos e medidas (30 de Outubro) Reforma do Tribun.illde e emitido um Decreto de 16 de Agosto sobre Contas (S de Novembro) e dos serviços de saúde Criação da lunla Consultiva da Saúde a Reforma da Instrução Primãria Pública (3 de Dezembro) Reorganização da Secretaria de EsLldo dos Negócios da Marinha e do Ultramar {29 de Dezembro) e do Ministério das Obras Püblicas Comércio e Indústria (31 de Dezembro) GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 • 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos�----

Presidente Substituto*: João Evangelista Joaquim Higino Frutuoso Ferreira Machado da Cunha Faria 4 de Novembro de 1874 e Almeida cumpriu 2 mandatos (1876-78, 2 de Janeiro de 1876 1878-80):

Vereador Fiscal: José Joaquim de (1.2 mandato) Sousa Pereira Vice-Presidente: João Vereadores: Manuel Dias da Silva Bernardo de Magalhães Vereador Fiscal: Gaspar Gonçalves de Faria, Luís António Joaquim de Sá Araújo Moreira da Silva Reis, Manuel Vereadores: Manuel Dias Augusto de Sá Costa Reis, João da Silva Gonçalves de Bernardo de Magalhães. Faria, Luís António Joaquim Higino Frutuoso Moreira da Silva Reis, Albino José da Cunha, Ferreira * Por Decreto Régio, após detetada a Rebordões António Domingos Sousa. N -1822 irregularidade de José Joaquim Faria e Almeida ter assumido a presidência, numa substituição F-1894 (2.2 mandato) considerada demasiado prolongada. Proprietário Vice-Presidente: João Bernardo de Magalhães Vereador Fiscal: Joaquim Correia de Miranda Vereadores: Manuel José Presidente da Câmara Municipal: Martins de Araújo, José João Evangelista Machado da Joaquim da Silva Carneiro, Cunha Faria e Almeida Luís António Moreira da Silva Reis, António 3 de Janeiro de 1876 Domingos Sousa. 1 de Janeiro de 1880

Por alteração do Código Administrativo, o período de duração das Vereações passou para 3 anos. Nesta sequência, seguiu-se um período de mudanças no executivo João Evangelista Machado da camarário. A eleição de 4 de Agosto Cunha Faria e Almeida de 1878 produziu as primeiras S. Martinhodo Campo N-1829 alterações, que se mantiveram até 31 F - 1901 de Dezembro de 1879. Proprietário

• 1877 - Aberturada Escola e Asilo • A requerimento da população de Agricola, S Miguel das Aves, a freguesia é de-sanexada 1878 - Fundaçãodos Bombeiros de Famalicão e passa a pertencer Vermelhos de Santo Tirso ao concelho de Santo Tirso NtnvQl,ortri, d«odo/Nl9J0

1876 1879 Melhoramentos materiais- Tem Início a Cartade lei cria a Caixa Geral de Depósitos, construção da ponte D Maria Pia no Porto, admínlstrada pela Junta de Crêdito Público pela empresa Eiffel(2 de Janeiro), terminando a obra em Outubro de 1877 (10 de Abril)

Inaugurada a linha de caminho de ferro Porto·Braga a primeira executada Carta de Lei aprova o Código do Processo com capitais e engenharia portuguesas(20 de lunho) Civil (8 de Novembro) Nascido de um projecto elaborado por Alexandre Seabra, e revisto por uma comissão onde se destaca Bernardo Serpa

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Presidente da Câmara Municipal: Bernardino Santarém foi Bernardino Alves Barbosa o fundadore 1.º Provedor da Santa Casa da Santarém Misericórdia de Santo Tirso. 2 de Janeiro de 1880 1 de Janeiro de 1882

Vice-Presidente: João Augusto de Sousa Vereadores: Manuel da Silva Carneiro, Manuel José Martins de Araújo, Luís António Moreira da Silva Reis e Joaquim Correia de Bernardino Alves Barbosa Miranda, este, por motivos de Santarém ausência no país, foisubstituído, Santo Tirso N - 28 de Maio de 1834 apenas 10 dias depois de tomar F - 11 de Agosto de 1886 posse, por Luís da Costa Pimenta de Proprietário Castro Lima.

Presidente da Câmara Municipal: José Joaquim Machado José Joaquim Machado da Cunha da Cunha Faria e Almeida cumpriu um segundo Faria e Almeida mandato: 02 de Janeiro de 1882 31 de Dezembro de 1886 (2.º mandato) 1884-86 Vice-Presidente: Joaquim Maria de Andrade (1.º Mandato) 1882-84 Vereadores: António Vice-Presidente: Guilherme da Costa Domingos de Sousa, João Leite Bernardo de Magalhães, Vereadores: Bernardino Alves Manuel José Martins de Araújo, Manuel da Silva Barbosa Santarém, João Augusto de Carneiro, e, Luís António Sousa, Manuel da Silva Carneiro, Luís Moreira da Silva Reis. José Joaquim Machado da António Moreira da Silva Reis, Cunha Faria e Almeida Manuel José Martins de Araújo. S. Martinho do Campo N - 09 de Março de 1826 F - 20 de Junho de 1910 Proprietário

e Fundaçãodo Club Thyrsense e Inauguraçãoda Escola Primária Conde de S Bento 1881 - Início da construçãodo ParqueConde S Bento (D Mariali) 1882- Compra do Mosteiro pelo Conde S Bento (27 fevereiro) Inauguraçãodo Cemitério 1882 - Fundação do Jornaf deSanto Thyrso Municipal de Santo Tirso, 1083 - Inauguração da Ponte Férrea sobre o Ave

11884 1886 Reforma do sistema político - Discutida Depois de Lisboa, Governo de Fontes acaba por demitir-se, na r.àmarados Deputados a proposta de o eléctricochega ao invocando uma polémica entre Guimarães e refonna da Carta,visando a criação depares Porto, Braga Aquela cidade queria ser integrada no eletivos, cujo relator é Júlio de Vilhena. distritodo Porto,sendo vivamente defendida pelo deputado João Franco. Aprovada nova lei eleitoral, com o apoio da oposição progressista Dissoluçãoem 24 de Maio Aumento do número de deputadospara 169 79 circulas uninominais no Continente, Abrangida cerca de 70% da população adulta GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: Conde São Bento António Carneiro de Oliveira Visconde e conde de São Pacheco* Bento. Manuel José Ribeiro, 2 de Janeiro de 1887 nasceu em Vila das Aves em 2 1 de Janeiro de 1890 de Agosto de 1807 e morreu em Santo Tirso em 26 de Março de 1893, filho de Vice-Presidente: Bernardino da Domingos José Ribeiro e de Costa e Sá sua mulher D. Rosa Maria Martins. Vereadores: António Joaquim Embarcou para o Brasil com Cardoso de Miranda, Manuel 11 anos de idade, depois de Joaquim da Costa Cruz, António receber a instrução primária na escola da sua terra. Domingos de Sousa, Joaquim Maria Em 1874, numa das suas António Carneiro de Oliveira de Andrade. visitas a Portugal, já com 67 Pacheco anos, não mais voltou ao Bitarães, Paredes Pará, instalando-se N - 22 de Fevereiro de 1852 definitivamente na vila de * Figura ilustre a nível nacional, foi também F - OS de Abril de 1923 Santo Tirso. Advogado Deputado Parlamentar. Auxiliado pelo seu sobrinho José Luís de Andrade liquida a sua casa comercial no Brasil e transfere para Portugal a Presidente da Câmara Municipal: grande fortuna que possuía António Joaquim Cardoso de que, em grande medida, aplicou em obras de Miranda benemerência por todo o 2 de Janeiro de 1890 concelho e particularmente 1 de Janeiro de 1893 em Santo Tirso.

Vice-Presidente: António Carneiro de Oliveira Pacheco Vereadores: António Domingos de Sousa, João Ferreira Guimarães, Manuel Joaquim da Costa Cruz, Joaquim Maria de Andrade, António António Joaquim Cardoso de Joaquim de Campos Miranda. Miranda Dinis, Santa Cristina do Couto N - 21 de Julho de 1842 F - 31 de Agosto de 1902 Proprietário

• Em 1890 realizam-se as • Fundado o Hospital da Misericórdia, • Inauguração da estátua do (ii.rnd �i::11,11 dti S. ltrililn junto ao Parque D Maria li Conde S. Bento

Neste ano é criado o Montepio Tirsense Primeiras explorações das Termas das Caldas da Saúde

É restaurada a ordem beneditina em Portugal, Reforma eleitora\: José Joaquim Pimenta de Castro Realiza-se a primeira experiência volta a propor uma reforma do sistema eleitoral, de foot bali em Cascais (Outubro) em Projecto de Lei Aplicivel a todas as Nações, que traduz e edita em várias línguas João Chagas começa Em Janeiro, o governo apresenta uma proposta a editar no Porto o jornal A Replib/ica Portuguesa. para a resolução da questão dos tabaco,;e para a reforma da Carta Constitucional Esta última é fortemente contestada, tendo surgido tumultos que resultaram em 16 mortos e 50 feridos, o que levou o governo a recuar.

1 32 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: Fábrica do Teles João Evangelista Machado da A Fábrica de Fiação de Cunha Faria e Almeida Tecidos de Santo Tirso 2 de Janeiro de 1893 nasceu de uma disposição 6 de Janeiro de 1896 testamentária do Conde de S. Bento, executada Vice-Presidente: Joaquim Correia de pelo seu sobrinho José Miranda Luís de Andrade. Este benemérito tirsense Vereadores: Manuel Dias da Silva deixou um legado Gonçalves de Faria, José Joaquim de destinado à construção, na Sousa Pereira, Manuel de Sousa vila de Santo Tirso, de Maia, Manuel Joaquim da Costa Cruz uma fiação de algodão, a Júnior. exemplo da Fábrica do Rio João Evangelista Machado da Vizela. No contrato Cunha Faria e Almeida S. Martinho do Campo estabelecido com a Santa N - 1829 Casa da Misericórdia de F- 1901 Santo Tirso, datado de 21 Proprietário de Fevereiro de 1894, identifica-se esta instituição como obrigada a executar a vontade Presidente da Câmara Municipal: testamentária do Conde. O António Carneiro de Oliveira concurso lançado em 1895 foiganho pela Pacheco sociedade "Vavasseur, 7 de Janeiro de 1896 Hagreaves & Costa, em 1 de Janeiro de 1899 comandita". A escritura, celebrada no ano seguinte, Vice-Presidente: Manuel Joaquim da a 26 de Maio, transferiu para esta sociedade parte Costa Cruz Júnior dos terrenos da Quinta de Vereadores: Manuel de Sousa Maia, Fora do antigo mosteiro José Joaquim Cardoso de Miranda, beneditino, o capital José Joaquim de Sousa Pereira, inicial de 10.000$000 reis, Joaquim de Araújo Correia de que seria duplicado pela sociedade. António Carneiro de Oliveira Miranda, António Coelho de Matos Pacheco Carneiro. Bitarães, Paredes N - 22 de Fevereiro de 1852 F- 05 de Abril de 1923 Advogado

• Morre o Conde de S Bento • 1896 - Fundação da Fábrica do Teles; Fundação do Grémio; e, • Fundação do Jornal (26 de Março) Fundação do Sindicato Agrícola Semana Thy�ense, por Adriano de Sousa Trépa Leite de Vasconcelos visita 1897. Importantes arranjos urbanísticos no Centro da Vila, Santo Tirso criando condições à sua expansão para Oeste..

1,..5 1898 I , ••• (iQ,'\!n10('11ll\l,.m 1llmdur.1 (28 de Novembro). Nova lei eleitoral de 28 de Março de 1895 Eleições Municipais em Lisboa São eucerradas as Cortes e deiX.1 reduz para metade o colégio eleitoral, Vitória da lista monárquica, de haver parlamento até Janeiro de 189S oontr.ariandoa tr.1diçãounive�alista de não progressista,do Conde Fontes P.ara5 237 280 habitantes no do Restelo (5 de Novembro), Reforma da instrução prirnirlae da continente e ilhas, há apenas 493 869 instrução secundária (22 de Dezembro). Os eleitores (9,4% da população total) Redução liceus passam a ter um curso geral de cinco para 120 deputados anos e um curso complementar de dois anos. Em De-z:embro,nas t>leições municipais, regista-sea vitória dos governamentais.Os progressistas apenas vencem no segundo círculo do Porto

1 33 GÉNESE E EVOLUÇÃODO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

A FÁBRICA DE FIAÇÃO E TECIDOS DE SANTO TIRSO

Honoré Vavasseur, Tomás Hargreaves e João Gualberto Costa fundam, em 1896, a empresa, 50 anos depois da instalação da Fábrica de Negrelos, através da aquisição de uma máquina a vapor e de vário equipamento têxtil. Em 1887 já se encontrava a laborar produzindo panos crus, riscados e fazendase, em 1899, inicia a produção de zefires.Foi oficialmenteinaugurada em 1898, e em 1903 alarga o seu sector de produção para incluir a fiação e, mais tarde, para englobar as operações de acabamentos e tinturaria.

O edifíciomoderno da fábrica detinha espaços diferenciados, um dedicado à área fabril têxtil e à produção e um outro dedicado à produção hortícola e animal, para o consumo da cantina. Em 1906 este estabelecimento adapta a denominação de "Fábrica de Fiação e Tecidos de Santo Tirso, Lda" e detém já 242.000$00 reis em capital social. Em 1915, a fábrica torna-se sócia da Associação Industrial Portuense, instituição de forte influênciano âmbito da política setorial do têxtil junto do Governo Central.

Ao longo da história da consolidação da empresa destaca-se a memorável visita de D. Manuel II a 25 de Novembro de 1908. A visita pelas instalações foidemorada e atenta, e iria terminar'em Negrelos com a visita à Fábrica do Rio Vizela.

No decorrer do século XX aempresa cresceu e em 1919 já empregava perto de 2000 trabalhadores, dando início a uma forte intervenção social nos anos 40, com a construção do bairro operário nos terrenos anexos ao edifícioda fábrica. A laboração da fábrica manteve-se até ao ano de 1990.

Vistaairea do complaofabril.

Ponnenor da F6bricacom o bairroope,drio ao fundo. "i.rim da P�/). Mmrurl li ti FJ'bMr.tL Aspetado bairroopenfrio.

1 34 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: O comboio Manuel Joaquim da Costa Cruz O projecto de construção de 2 de Janeiro de 1899 uma linha ferroviáriaentre S. 1 de Janeiro de 1902 Martinho do Bougado e Guimarães, a qual serviria simultaneamente o conjunto Vice-Presidente: José Rodrigues de de concelhos da bacia média Magalhães do Ave, veio a concretizar-se Vereadores: José Carlos de Sá no último quartel do século XIX. Teixeira, P.e Augusto José Coelho, Os trabalhos para a José Maria de Sousa Azevedo Júnior, construção iniciaram-se em António Coelho de Matos Carneiro, e, 1874. O percurso adoptado seguia através de Lousado Manuel Neto Marbães, este último a pela margem norte do rio Manuel Joaquim da Costa Cruz partir de 23 de Março. Ave, com estaçõesem Santo Lagoa, Santiago do Bougado Em Junho de 1899, os dois primeiros Tirso, Vila das Aves / N - 18 de Fevereiro de 1864 Negrelos, Caldas de Vizela e F - 23 de Julho de 1958 são substituídos por António Lopes Guimarães. Notário Alvim da Silva e António Joaquim da A construção da linha férrea Silva Fonseca, respectivamente. ficaria entregue à Companhia de Caminhos de Ferro de Guimarães, que concluiu a obra no finalde 1883, tendo­ se realizado a sua Presidente da Câmara Municipal: inauguração no dia 31 de José Alves Ferreira de Lemos Dezembro. Júnior A estação de Vila das Aves / Negrelos veio servir os 2 de Janeiro de 1902 interesses dos industriais 1 de Janeiro de 1905 têxteis da região, nomeadamente da importante Fábrica do Rio Vice-Presidente: P.e Miguel Ribeiro Vizela. de Miranda A ação desta empresa foi Vereadores: João Gualberto da Costa, capital para a localização de uma estação em Vila das Aves Agostinho Moreira da Assunção, / Negrelos, para a qual António Joaquim da Silva Guimarães, concorreu o factode um dos Manuel Pereira da Fonseca Sampaio, directores da companhia ser sócio da Fábrica do Rio José Alves Ferreira de Lemos Antero Moreira da Silva Reis, Vizela. Esta empresa chegaria Junior AlfredoMendes de Ribeiro. ainda a construir um cais e Santo Tirso (natural do Porto) armazém junto da linha de N - 03 de Julho de 1873 caminho-de-ferropara F - 03 de Novembro de 1915 escoamento dos seus Advogado produtos.

• 1901- Inauguração da linha férrea Bougado · Guimarães • Incêndio no Mosteiro • Expansão da Vila para sul com passagem e paragem em Santo Tirso, de São Bento Ligação do Orgal a Santa Cristina do Couto É tambéminaugurada a Capelade N • S,1 da Assunção Inauguração da l I iluminação pública em Santo Tirso • -=- 1 .... 1904 Luz eléctrica em Lisboa: Surge a primeira sala pública de cinema em Lisboa e a Companhias Reunidas de Gis e Eletricidade tnôltóturl:1 portuguesamobiliza 1 949 lrmdose 85 oficinas começam a estender a toda a capital a Chq::àmdt,m1ãticos sinais das colónias em África. iluminação pública a eletricidade e a fornecê-la Assinala-se a instalação da primeira 11nha telefónica entre a alguns particulares Lisboa e o Porto GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 · 2012 E�trutur� Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: 26 de Dezembrode 1907 António Augusto Soares - Por Despacho Governamental deixam de Rodrigues Ferreira existir todas as Câmaras 2 de Janeiro de 1905 Municipais do país, sendo 2 de Janeiro de 1908 substituídas por Comissões Administrativas nomeadas Vice-Presidente: José Joaquim de pelos Governos Civis Morais Miranda (Ditadura de João Franco). Vereadores: António Lopes Alvim da Silva, José Joaquim de Castro Carneiro, P.eAntónio Augusto Gonçalves de Azevedo Júnior, que António Augusto Soares mais tarde viria a ser substituído Rodrigues Ferreira pelo P.e Augusto José Carvalho. Penafiel N - 26 de Janeiro de 1826 F - 23 de Fevereiro de 1908 Médico

Presidente da Comissão Municipal Em sessão realizada em 2 Interina: de Março de 1908 foi destituída a Comissão Francisco da Fonseca Pinheiro Administrativa pelo Guimarães disposto no Decreto Lei de 2 de Janeiro de 1908 15 de Janeiro. 1 de Março de 1908 Na presença do novo Administrador do Concelho, Joaquim Vice-Presidente: P.e Augusto José Machado da Cunha Faria e Carvalho Almeida (que substitui o Vereadores: António Lopes Alvim da Dr. Manuel Joaquim da Silva, AlfredoAugusto Correia Costa Cruz) é reposta a edilidade anteriormente Guimarães, José António Guimarães, eleita que, no entanto, Francisco da Fonseca Pinheiro José António da Silva, Manuel Gil dos sofreria algumas Guimarães Reis Dias de Carvalho Ferreira, alterações. Santo Tirso N - 27 de Agosto de 1889 Inácio Ferreira Guimarães. F - 29 de Setembro de 1962 Advogado

• Santo Tirso aposta • Rc-:iu,:ul.il!!i.u fl!ltn dn na sua promoção turística São Bento

1907 Incidentes com republicanos no Rossio Bernardino Machado renunciara ao lugar FUria oposicionista - Emitido o primeiro no Peral Na manifestação de solidariedade, após o discurso de Afonso Costa, decreto ditatorial{B de Maio) Dissolvida a e de intervenção policial, registam-se largas centenas de feridos Câmarados Deputados. sem prévia consulta ao Conselho de Estado e sem marcação de João Franco visita o Porto no dia 17 de Junho É valado por uma multidão data para as elelções (10 de Maio) A que grita "Abaixo a Ditadura- A pol!cla lnter\'Óm,sendo morto um manifestante oposição desencadeia uma vaga de ataques a Regressa a Lisboa no dia 1B e tem uma receção turnultuãriana estação do Rossio, João Franco e a D. Carlos. com apupos e insultos, sendo obrigado a fugir a galope pela Calçada do Carmo

1 36 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - �012 Estrutura Administrativa e Órgãos Aut.írqu..icos

Presidente da Câmara Municipal: José Joaquim de Morais Miranda 2 de Março de 1908 29 de Novembro de 1908

Vice-Presidente: P.e Augusto José Coelho Vereadores: Manuel Maria Frutuoso, José Joaquim de Castro Carneiro, P.e António Augusto Gonçalves de Azevedo Júnior, António Lopes Alvim da Silva, AlfredoAugusto Ferreira José Joaquim de Morais Guimarães. Miranda Santo Tirso N - 28 de Janeiro de 1874 F - 02 de Dezembro de 1934 Médico Visita do Rei D. Manuel li à Câmaru Municipal de Santo Tirso

Presidente da Comissão Municipal Em sessão realizada em Interina: 30 de Novembro de 1908, toma posse a Câmara Adelino Machado da Cunha Faria e eleita por sufrágio de 1 de Almeida Novembro, tendo sido 30 de Novembro de 1908 eleito o filho do ex­ 08 de Outubro de 1910 presidente José Joaquim Machado Almeida. Vice-Presidente: P.eMiguel Ribeiro de Miranda Vereadores: Agostinho Moreira de Assunção, Camilo da Costa Campos Padrão, José Alves da Cunha, José Gil Adelino Machado da Cunha dos Reis Carneiro, Luís Gomes da Faria e Almeida Costa. São Martinho do Campo N - 10 de Dezembro de 1864 F - 21 de Junho de 1911 Proprietário

• Constituição da Comissão Republicana • Visita do Rei D Manuel li a • lnicía-se a construção do Tirsense Santo Tirso {25 de Novembro) Teatro Eduardo Brasão Mosteiro de S. Bento, Igreja de Roriz e Castro do Monte Padrão, são classificados com o n:ut.utolh,, M 1mu nn·ntu;s ;u:1pruu•.

1910 Regicídio - D. Carlos e D. Luís Filipe são assassinados Proclamação da República e numa esquina do Terreiro do Paço, depois de constituição do governo prov1sõr10 desembarcarem no cais das Colunas, vindos de Vila Viçosa sob presidência de Teófilo Braga Os executantes foram Manuel Buíça e Alíredo Costa D. Maria Pia acusará João Franco de ser o coveiro da Monarquia GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Comissão Em sessão realizada em Administrativa Municipal: 13 de Novembro de 1911, António Dias de Faria Carneiro o Presidente António Faria Carneiro abandona o 09 de Outubro de 1910 cargo sendo substituído 12 de Novembro de 1911 por Francisco Cândido Moreira da Silva, Vice-Presidente: António Óscar de prestando juramento o Sousa Carneiro Vereador Arnaldo Vereadores: Francisco Cândido Machado de Faria. Moreira da Silva, P.e José Maria da Em sessão realizada em Costa e Sá, António Gonçalves 17 de Junho de 1912, Cerejeira Fontes, Joaquim Carneiro toma posse uma nova António Dias de Faria Carneiro da Costa, António Martins Barreto. Comissão por demissão da Bairros -Trofa anterior, mantendo-se o N -1877 Presidente em exercício. F -1916 Médico

Presidente da Comissão Administrativa Municipal: Francisco Cândido Moreira da Silva 13 de Novembro de 1911 29 de Agosto de 1913

Vice-Presidente: António Augusto Andrade de Fonseca e Castro Vereadores: Joaquim José Alves de Sousa (substituído em 9 de Outubro por António Joaquim da Silva Francisco Cândido Moreira da Fonseca), Virgílio Coelho de Silva Santo Tirso Andrade, Joaquim Correia Monteiro, N -03 de Outubro de 1855 Manuel Gil de Carvalho Ferreira, F-01 de Julho de 1940 Artur Nogueira Gonçalves. Proprietário Centro/ Hidroeléctricade S. Miguel do Couto,

• Abastecimento público de água e luz a Santo Tirso.

�nfriosdaFdbnca da Rio dkadaVIU'la, lh 1910

Texto constitucional aprovado, após largo debate, Reformas- Recriadoo Ministério da Instrução Pública em 21 de Agosto de 1911, pela Assembleia Nacional São publicados diplomas sobreacidentes de trabalho, onde Constihlinte, eleitapor sufrágio directo, em se estabelece a r1;1sprim:.ahllh1Jdo da entidade consequência da revolução republicana de Outubro patronal 1.nh1 f!.1ttdEn.L� 1!1t tr:1bmlha11.H lndil,11 l.:rJ íi::th1,1t de 1910, e sobre a organização, funcionamento,atribuições e competências dos corpos administrativos. �NESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Auulrqulc_o_s__

Presidente da Comissão Administrativa Municipal: António Dias de Faria Carneiro 30 de Agosto de 1913 1 de Janeiro de 1914

Vice-Presidente: Mário Faria Carneiro Pacheco Vereadores: Virgílio Coelho de Andrade, Manuel Gil dos Reis Carvalho Ferreira, Joaquim Correia Monteiro, António Joaquim da Silva António Dias de Faria Carneiro Fonseca, José Rebelo Barbosa. Bairros - Trofa N-1877 F-1916 Médico Cortejo de Oferendar,Sanra Tirso.

Presidente da Comissão Administrativa Municipal: Francisco da Fonseca Pinheiro Guimarães 2 de Janeiro de 1914 24 de Março de 1918

Vice-Presidente: César Augusto Correia Guimarães Vereadores: Luís Simões Trepa, José Francisco da Costa, Eduardo Oliveira Branco, Agostinho Moreira Francisco da Fonseca Pinheiro Assunção, Narciso Ferreira Marques. Guimarães Santo Tirso N - 27 de Agosto de 1889 F - 29 de Setembro de 1962 Advogado Regatos no rioAve, Santo Ti�o,

• Provas de Natação e Remo Inicia-se a construção do Hotel das Termas no rio Ave em Santo Tirso nas Caldas da Saúde, Areias

1 1191<-L& Nova legislação eleitoral, o chamado código eleitoral de Portugal participou no primeiro conílito mundial Afonso Costa Instalado o novo regime dá-se uma imediata ao lado dos Aliados redução do número de eleitores Assim, o poder de sufrágio restringe-se aos cidadãos maiores de 21 anos que saibam ler e escrever.

Nas eleições locais de 30 de Novembro os democráticos conseguem 205 da,;291 vereações

9 1 3 GÉNESE E EVOLUÇÃODO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Comissão A Comissão Administrativa Municipal: Administrativa da Câmara Manuel Joaquim da Costa Cruz Municipal voltou a ser nomeada pelo Governo 25 de Março de 1918 Civil do Porto. 4 de Agosto de 1918

Vice-Presidente: Francisco Coelho de Andrade Vereadores: Agostinho Moreira Assunção, P.e António Augusto Gonçalves de Azevedo Júnior, Manuel Gil dos Reis Ferreira, Luís de Sousa Manuel Joaquim da CostaCruz Cruz, Joaquim Machado da Cunha Lagoa, Santiago do Bougado Faria de Almeida. N - 18 de Fevereiro de 1864 F - 23 de Julho de 1958 Notário

Presidente da Comissão Administrativa Municipal: Mário Faria Carneiro Pacheco S de Agosto de 1918 26 de Janeiro de 1919

Vice-Presidente: P.e Augusto Gonçalo da Silva Vereadores: José Cardoso Santarém, Manuel Correia de Miranda, António da Silva Godinho, António Ferreira da Rocha, Manuel Pereira de Sousa. Mário Faria Carneiro Pacheco Santo Tirso N - 14 de Agosto de 1885 F - 08 de Setembro de 1964 Conservador do Registo Civil • Instalações daantigo hospital deSanto Tirso.

Fotogrofiacom Dr. Mdrio FariaCamriro Puchrcv, •}amai dt SarrtoThyrw, 1935",rr/rrrrr� oo Cursv lkDirritll,t!mCo{mbro,1910. • Hospital de Santo Tirsocom novas instalações (onde hoje se encontra).

O Partido Nacional Republicanoé instituído em 30 de Março, agregando os centristas de Egas Moniz e os reformistas de Machado Santos Passaráa PartidoNacional Republicano Presidencialist.1,depois da mortede Sidónio Pais e acabará por se integrar no futuro Partido Nacionalista, ao lado dos Almeidistas e dos Camachistas

1 40 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Comissão Em sessão realizada em Administrativa Municipal: 27 de Janeiro de 1919, João da Cruz Cardoso Santarém toma posse uma nova Comissão Administrativa 27 de Janeiro de 1919 da Câmara Municipal, 16 de Fevereiro de 1919 resultante da proclamação da Monarquia do Norte. Vice-Presidente: Joaquim Machado da Cunha Faria e Almeida Vereadores: Avelino da Costa Moreira Padrão, Francisco Coelho de Andrade, P.eAugusto Gonçalo da Silva, José Cardoso de Miranda, P.e João da Cruz Cardoso José António da Silva Azevedo. Santarém Santo Tirso N - 24 de Novembro de 1882 F - 24 de Outubro de 1943 Advogado

Presidente da Comissão Administrativa Municipal: Francisco Cândido Moreira da Silva 17 de Janeiro de 1919 10 de Agosto de 1919

Vice-Presidente: Artur Nogueira Gonçalves Vereadores: P.e José Maria da Costa e Sá, António da Costa Ferreira, José Maria Nogueira do Vale, Alfredo Francisco Cândido Moreira da Augusto Correia Guimarães, António Silva da Costa Ferreira, António de Abreu Santo Tirso N - 03 de Outubro de 1850 Machado, Joaquim José Alves de F - 01 de Julho de 1940 Sousa. Proprietário llr.llrt ,._.,t,llitJI dfJ rl1• .A L'f l'mSanto 1'/rso.

• Praia nuvial em Santo Tirso atrai ' Luís Mesquita de Carvalhoé eleito Nasceu no Porto em 1868, filho do Generol muito público forasteiro, O Turismo vive Deputado pelo Círculo de Santo Tirso lufs Pinto de Mesquita Carvalho e de momentos de grande desenvolvimento (1911-1915) MafaldaJúlia de Lemos Barbosa de Albuquerque.. Publicou as Obras A Faml1ia o Casamento{1908) e Projectode Lei do divórcio em Portugal(1910).

11919 Começa a Conferência de Paz de Versalhes, A GNR, a •guarda pretoriana• com Portugal a ser representado do regime republicano, por Egas Moniz (18 de Janeiro) aumenta os efectivos para 18 956 homens, tendo Paiva Couceiro tenta restaurar a monarquia começado em 1911 com no Porto enquanto em Lisboa cerca de 5.000 homens. se dão manifestações de republicanos GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Comissão Em 26 de Janeiro de 1920, Administrativa da Câmara verificam-sealterações na Municipal: Vereação, entrando Bento de Azevedo Mendonça, Virgílio Coelho de Andrade Sebastião Joaquim da Silva 11 de Agosto de 1919 Machado e Artur Nogueira 1 de Janeiro de 1923 Gonçalves, para o lugar dos três últimos. Vice-Presidente: Artur Nogueira Em 27 de Fevereiro de Gonçalves 1922, novas mudanças, ficando composta pelos Vereadores: António da Costa seguintes elementos: Ferreira, Manuel de Sousa e Silva, António da Costa Ferreira Luís de Sousa Cruz, António José dos (Vice-Presidente), António VirgílioCoelho de Andrade Reis, Joaquim da Silva Machado José dos Reis, Bento de Santo Tirso Júnior. Azevedo Mendonça, N -15 de Junho de 1879 Armando Carneiro da F -21 de Agosto de 1944 Cunha, Luís de Sousa Cruz, Proprietário e, Manuel de Sousa e Silva (Vereadores).

Presidente da Comissão Em Março de 1924 uma Administrativa da Câmara profunda crise causada Municipal: pela demissão do Presidente da Câmara e António Maria Lopes pelo então Presidente do 2 de Janeiro de 1923 Senado (Assembleia 21 de Março de 1924 Municipal) José Coelho de Sousa Trepa, provoca Vice-Presidente: Domingos novas eleições mantendo­ se contudo em exercício a Wenceslau Moreira da Silva Vereação. (substituído por Baltazar de Sá Gonçalves em 21 de Maio) Vereadores: José Francisco da Costa, António Maria Lopes António da Costa Ferreira, Joaquim Braga Correia de Sousa Monteiro, Artur N-1881 F -1955 Nogueira Gonçalves. Advogado

• Projeta-se a fundação da Liga Desportiva Tirsense para a pr.itica do Futebol

Em 1923 abrem os Colégios das Teresianas e de Lurdes -11:t .-. l ,.20 1922

Continua a grave crise financeira; Ao contrario das precedentes eleições Exército retira de Caxias· Cunha Leal 1 a CGT promove uma fracassada greve de 1919, há uma significativa mobilização, manda retirar as forças do Exército geral (20 de Janeiro); prosseguem os provocada pela candidatura de concentradas no Campo Entricheirado atentados terroristas e fala-se na existência de monárquicos católicos Ameaças de golpe de Estado - Conselho organizações secretas no Exército de ministros fala em ameaças de golpe de Estado Conferência da CGT no Teatro Nacional com discurso de Novo adiamento do ato eleitoral- Acordo Campos Lima que critica frontalmente as de Cunhal Leal com os partidos, para novo propostas financeirasde Cunha Leal adiamento do ato eleitoral, que passa de 8 para 29 de Janeiro

1 42 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

A ARCOTÊXTEIS EM SANTO TIRSO

Anteriormente conhecida como Empresa Industrial de Santo Tirso, Lda., foi fundada em 1923. Encontra-se implantada na margem direita do Rio Sanguinhedo, junto à Ponte do Arco, da qual herdou a designação. Foi edificada por 29 sócios capitalistas e comerciantes tirsenses e portuenses, com um capital social de 450 contos e dedicava-se à indústria de tecidos e à serração de madeiras. A experiência no ramo das madeiras termina pouco tempo depois do início da actividade começando a dedicar-se exclusivamente à actividade têxtil, alargando a produção ao sector da fiaçãodestinado ao mercado interno e às colónias.

Nos anos 30 a empresa assiste a um fortecrescimento dos negócios impulsionados pela Guerra Civil Espanhola que se vai traduzir no alargamento das instalações fabrise no início da produção de fio floco. Em 1938, João Santos Ferreira introduz o sistema de assistência social (cantina, loja de víveres, padaria, um abrigo para os filhosdos operários, posto médico, creche), dando origem a um edifícioconstruído de raiz situado em frentedas instalações da fábrica, acrescentando novos serviços de raio X, ultravioletas entre outros, destinados a complementar a assistência médica aos trabalhadores.

Nos anos 50, a empresa começa a exportar para os EUA, seguindo-se a Inglaterra e os Países da EFTA, e, em 1988, altera a sua designação. Com o passar do tempo, a Arcotêxteis conseguiu alargar o seu mercado e volume de exportação, aumentando o espaço fabrile modernizando a maquinaria e os processos produtivos, tornando-se numa estrutura cada vez mais verticalizada. Mais recentemente, a empresa alargou a área de produção, criou a Central de Coogeração, remodelou a tinturaria e criou um novo espaço dedicado à investigação e inovação. Os seus produtos são reconhecidos pela elevada qualidade, constante inovação e padrões estéticos que procuram ditar e seguir as tendências da moda.

Pintura 6la eo de José Cavadas.retrotando o fábricado in(cio do suo laboração.

Inauguraçãodos Serviçosde Assitlncia Edifíciodos Serviçosde Assistlncia,19-U. Salão defiação e preparação de tecelagem,década de 1930.

1 43 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Aut:árquicos

Presidente da Comissão No mês seguinte, a 25 de Administrativa da Câmara Abril, é nomeado Municipal: Administrador do Concelho Artur Nogueira José Francisco da Costa Gonçalves. No entanto, em 22 de Março de 1924 18 de Setembro do mesmo 1 de Janeiro de 1926 ano de 1924, este pede a demissão de Delegado do Vice-Presidente: Domingos Governo, ou Administrador do Wenceslau Moreira da Silva Concelho, e é nomeado (substituído por Baltazar de Sá para o seu lugar o Dr. José Gonçalves em 21 de Maio) Cardoso de Miranda. Vereadores: António Gonçalves José Francisco da Costa Cerejeira Fontes, António da Costa Santo Tirso Ferreira, Joaquim Correia de Sousa N -1880 F- 1960 Monteiro. Funcionário Superior da CGD

Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal: Luís Simões Trepa 2 de Janeiro de 1926 17 de Julho de 1926

Vice-Presidente: Adriano Fernandes de Azevedo Vereadores: Bernardo Pereira Leitão, António José dos Reis, José da Fonseca Cardoso, Joaquim Correia de Luís Simões Trepa Sousa Monteiro. Santo Tirso N -18 de Agosto de 1883 F -07 de Junho de 1980 Conservador do Registo Predial Laryoda Igreja Matrizem 1926

• A Fãbrica do Arco começa a • Urbanização dos jardins em Frente da Igreja Matriz laborar. de Santo Tirso incluindo construção de campo de ténis (um luxo para a época)

1926 O lema do ministério é Liberdade,Pão, Instrução Revolta de Mendes Cabeçadas, apoiado Golpe de Estado. Mendes Cabeçadasforma Invocando a justiça social, constituiuma por Jaime Haptista. Decretado o estado de novo governo, Não tendo sido nomeado tímida tentativa de um cartel das esquerdas à sitio A sediçâo é dominada por forçasfiéis pelo Presidente da República e não estando portuguesa, sem mobilizar socialistas e não ao governo comandadas por Agatão Lança. o Parlamento reunido, o novo governo não tendo sequer a base doutrinária do tem sustentação legal e passa a governar radicalismo francês em Ditadura, situação que se prolongar.í até ao 25 de Abril de 1974, GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 · 2012 Estrutura Administrativa e Õrgâos Autárquicos

Presidente da Comissão Executiva da Em sessão realizada em 25 Câmara Municipal: de Abril de 1928, toma José António Alves Ferreira de posse como Administrador do Lemos Concelho Francisco José 18 de Julho de 1926 Machado Guimarães, de 31 de Maio de 1927 Vila das Aves.

Vice-Presidente: Mário Nogueira do Na falta do Livro de Atas, os jornais de Santo Tirso Vale (substituído em 3 de Março de documentam, em Maio de 1927 por Mário Faria Carneiro 1928, as alterações Pacheco, entrando para Vereador, verificadasna Vereação do um mês depois, Manuel Ferreira da Presidente Miguel Bacelar com a entrada de João de José António Alves Ferreira de Silva Fonseca). Moreira Coutinho Almeida Lemos Vereadores: Arnaldo Gomes da Silva de Eça Pimentel e Serafim Refojos· Santo Tirso Osório, Joaquim Eugénio Moreira da Gomes de Oliveira, para os N · 24 de Dezembro de 1900 lugares de Mário Carneiro F- 04 de Maio de 1989 Silva, Manuel Eduardo de Sousa. Advogado Pacheco e de Ferreira de Lemos. No mês seguinte, em 5 de Junho, toma posse como Vereador António Augusto Presidente da Comissão Executiva da Correia de Abreu Câmara Municipal: (substituindo José António Miguel Vaz Duarte Bacelar Ferreira de Lemos), todos 1 de Junho de 1927 nomeados por Alvará do 20 de Maio de 1930 Governo Civil do Distrito do Porto. Vice-Presidente: Mário Faria Carneiro Pacheco Vereadores: Luís Simões Trepa, Manuel Ferreira da Silva Fonseca, José António Alves Ferreira de Lemos. Miguel Vaz Duarte Bacelar Lisboa N -17 de Janeiro de 1888 F - 26 de Novembro de 1952 Oficial do Exército Jaime Cortesão,Governador Civil do Porto.

• Presidente da Repüblica, Óscar • A Vila expande-se par.i Poente Carmona visita Santa Tirso com a abertura da Avenida Sousa Cruz Fundação dos Bombeiros Amarelos

L 92 7 1930 : É c,;,d, uma polida Reformas - Criada a Juntade Acto Colonial - Publicado na imprensao 1 especial de informações de carácter Educação Nacional (16 de Janeiro), t emitido o projecto de Acto Colonial que cria o conceito 1 secreto junto do Governo Civil de primeiro Código de Processo Penal de lmperio Colonial Português, abolindo o 11 1 Lisboa pelo Decreto n 12 972, Português (15 de Fevereiro) Instituída a regime dos altos-comissários datado de 16 de Dezembro de 1926. Intendência Geraldo Orçamento (27 de Março) Reforma geral do sistema tributário CriaçJo do Tribunal de Contas, em e do contencioso das contribuições e substituição do Conselho Superior de impostos (13 de Abril) Finanças

1 45 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 · 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Comissão Executiva da 1.0 mandato Vice-Presidente: Adriano Câmara Municipal: Fernandes de Azevedo José António Alves Ferreira de (ficandoigualmente com o Lemos cargo de Administrador do Concelho) 21 de Maio de 1930 Vereadores: Avelino da Costa 10 de Agosto de 1931 Moreira Padrão, Alexandre Lima Carneiro, Manuel Gil Vice-Presidente: Manuel Ferreira da dos Reis Dias Carvalho Ferreira, José da Fonseca Silva Fonseca Cardoso. Vereadores: Serafim Gomes de Oliveira, Francisco José Machado 2.•mandato Vice-Presidente: Adriano Guimarães, Délio Castro Cardas Fernandes de Azevedo José António Alves Ferreira de Santarém, António Augusto Correia (ficandoigualmente com o Lemos de Abreu. cargo de Administrador do Refojos- Santo Tirso Concelho) N - 24 de Dezembro de 1900 Vereadores: Avelino da Costa F- 04 de Maio de 1989 Moreira Padrão, Alexandre Advogado Lima Carneiro, Manuel Gil dos Reis Dias Carvalho Ferreira, José da Fonseca Cardoso. Presidente da Comissão Executiva 3.2 mandato da Câmara Municipal*: Vice-Presidente: Luís Mário Faria de Carneiro Pacheco Pinheiro da Costa 11 de Agosto de 1931 Vereadores: Álvaro Moreira de Oliveira, Francisco José 1 de Janeiro de 1942 Machado Guimarães e Aurélio Botelho Moniz. Mário Faria de Carneiro Pacheco, 4.•mandato filho do ex-presidente António Vice-Presidente: António Carneiro de Oliveira Pacheco, Andrade Pires de Lima cumpriu 4 mandatos consecutivos. Vereadores: Cândido da Costa Dias, Francisco Manuel Cardoso Gil Correia de * A partir de 1 de Janeiro de 1937, com Miranda, e, Arnaldo Augusto Mário Faria Carneiro Pacheco a designação de Presidente da Câmara Monteiro Brandão. Santo Tirso Municipal (Código Administrativo de Em sessão realizada em 5 de N - 14 de Agosto de 1885 1936). Novembro de 1941, o Vice­ F - 08 de Setembro de 1964 Presidente António Andrade Conservador do Registo Civil Pires de Lima é substituído por João Júlio Ferreira.

• Hotel Cidnay. Classificaçãodo Concelho e A praia fluvial de Santo Tirso� como Estância Turistica Inaugurada oficialmente Jornois(HSantoTlrwde-1,ac""' MdrioForlaCatN1r,,l'acfi«o �lopoprilnltn'l'1tll...,,.O:J Criaç.ãodo Liceu Municipal Agrícola e Casa de Chà e Rinque Bambrl/'0$"1J...,Mrios. Wml'O"NI aberturado INA de Patinagem no Parque D Maria li noC6montMu1ti

11932 L934 1939 IQ40 Morte de D Manuel li Salazar vence a revolta Atentado anarquista contra Duarte Pacheco nas Obras Públicas; 1 Scm,111,1 Social Católica 1933 dos generais do 28 de Salazar, morte de Afonso Conílito de Carneiro Pacheco com é"r-r!Jdoo M1r1lt.t�1hl li� Ee-11110111111. Plebiscito constitucional Maio e elege Assembleia Costa e oposição de Paiva o Cardeal Cerejeira 19411 e Estado Novo Nacional Couceiro, 1939 Álvaro Cunhal reorganiza o PCP. 1935 Oo 1•.u•til lh�rlro� h r,1a•r1J1 Lei contraa maçonaria; Mundial Revolta de Rolão Preto

1 46 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquic�

APONTAMENTOS PARA A LEITURA DA FORMA URBANA

A oportunidade de olhar para a cidade de Santo Tirso enquanto forma urbana permite percebê-la como um «organismo vivo», que se foi alterando ao logo do tempo, umas vezes de forma programada outras de forma orgânica. Qualquer trabalho de investigação nesta área depara-se sempre com a indisponibilidade e dispersão de informação, a faltade arquivos de documentação organizados, as dificuldades de acesso às fontes históricas e outras, que não permitem o desenvolvimento de um estudo continuado e célere. Santo Tirso dispõe, no entanto, de um instrumento urbanístico importante, o "Plano de Urbanização da Cidade de Santo Tirso", datado de 1949 que, à semelhança de outros elaborados para outras cidades e vilas do país, constitui um documento pioneiro na afirmação do urbanismo como uma prática generalizada e na consciencialização da importância do traçado e do desenho na formaçãodas nossas cidades e vilas. Apresenta-se três tempos da cidade, e, especulando um pouco a partir de dados históricos, articula-se com outros conhecimentos e intuições, com objectivo de melhor perceber o que gera este organismo urbano, que todos os dias experimentamos.

1915 1945 �., •,/ '·�

..... ,{\'

ESTRUTURAÇÃO QUALIFICAÇÃO CONSOLIDAÇÃO ·O Mosteiro de São Bento - origem de ·Rede Viária: ·A 3 e variantes SantoTirso Variante à EN 105 pelo planalto nascente, A s.afd.ado tr.insitode atravessamento do ·As redes como estruturado território permite retiraro trânsito de centro urbano· Requalific.açãourb;ma O crescimento linear ao longo das vias de atravessamento do centro urbano DensifiaÇ4lo urbana apoiada na comunicação •Rede viária urban.a: estrutura existente Rede Viária Fecho de m.alha �Grande expressão de tipolog1as Ligação: Aberturado eixo mercado planalto habit.acionaisde baixa densidade Porto / Santo Tirso n.ascente( Actu.al Praç.ado Município) -A ocupação de quint.as periféricas Santo Tirso/ Famalicão Praç.asCamilo Castelo Branco e Largo através de pro/ectos urbanos: planos de Santo Tirso Trofa General Humberto Delgado pormenor e loteamentos Linha Feroviária de Guimarães ·Novas áreas de expansão: �Desenvolvimento e abandono da •Estrutura viária urbana que precede a Planalto nascente ( Actual envolvente à industria histórica urbanização Praça do Município) O reforço de equipamentos urbanos ·Fixação de industria na periferia da vila Área envolvente ao mercado( Actual Rua e na proxidade do rio e outros cursos de Lufs de Camões)

âgua •Novos equipamentos • Equipamentos qualificadores- que Novo edlflcio dos Paços do Concelho pontuam o território, CineTeatro Escola Industrial Campo de Jogos

LEGENDA

Edifícioscom instalaçõespróprias 1 - Igreja Matriz; 2 - Escola Agrícola; 3 - Hospital; 4 - Escola Primária; 5 - Mercado; 6 - CTT; 7 - Hotel Cidnay; 8 - Bombeiros; 9 - G.N.R.; 10 - Tribunal; 11 - Clube Tirsense; 12 - Casa de Chá; 13 - Cadeia. Edifíciosa construir ou a reconstruir 14- Câmara Municipal e Tesouraria das Finanças; 15 - Escola Primária; 16 - Biblioteca eArquivo Municipal; 17 - Escola Primária Elementar; 18 - Campos de Jogos; 19 - Hotel; 20 - Posto Clínico; 21 -Auto - Gore; 22 - Estação CP; 23 - Caixa Geral; 24 - Grémio da lavoura; 25 - Cine-Teatro; 26 - Edifício Público Eventual.

1 47 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal*: Vieira da Silva foi Manuel da Fonseca Pinheiro substituído por João Júlio Ferreira em 22 de Junho Guimarães de 1942, que, por sua vez, 2 de Janeiro de 1942 é substituído por Alberto 14 de Novembro de 1945 Matos Ferreira de Lemos (7 de Abril de 1943). A 7 Vice-Presidente: José Vieira da Silva de Setembro de 44 entra novo Vice-Presidente, Vereadores: Francisco Manuel António Pinheiro da Cardoso Gil Correia de Miranda, Rocha. Em 1945, duas Edgar Tomé Félix Botelho Moniz, novas substituições: no Serafim Rossi Gomes de Oliveira. dia 1 de Março, Alberto Pereira de Lima entra para o lugar de Edgar Botelho Manuel da Fonseca Pinheiro * O Código Administrativo de 1936 Guimarães consagrara a extinção da figura do Moniz e, em 15 de Novembro toma posse Santo Tirso Administrador do Concelho e designava N -02 de Janeiro de 1891 como Presidente Adriano F-11 de Maio de 1974 o chefe do executivo como Presidente da Azevedo. Notário e Advogado Câmara Municipal.

Presidente da Câmara Municipal: Adriano Fernandes de Azevedo 15 de Novembro de 1945 22 de Setembro de 1950

Vice-Presidente: António Ferreira da Cruz Vereadores: Augusto Moreira da Silva Vieira, Durval de Sousa Cruz, Américo Ribeiro de Miranda.

O Vice-Presidente António Ferreira da Cruz, Adriano Fernandes de Azevedo foi substituído por David Augusto Pinto de Rebordões Assoreira em 20 de Abril, que, por sua vez, N -01 de Agosto de 1894 foisubstituído por Augusto Moreira da Silva F - 07 de Março de 1983 Vieira em 23 de Setembro de 1950, data em Advogado que assume a Presidência da Câmara até final do ano. Cortejode Oferendas da Misericórdia, em 1948

• Inauguração do Posto Médico A.ip,uai: da1idawcia/ de Santo Tirso junto ao �-,,. Parque D. Maria li

L9.2 1,9 •• 19!i0 Conspiração da Shell, Marcelo Caetano e Amnistias às revoltas da Morte de Bento de Jesus Caraça; Integralista,;na oposição; ocupação de Timor; Santos Cosla ascendem a Mealhada e da Junta de Padre Abel Varzimna opoc;ição Sarmento Rodrigues nas colónias Publicação das obras de ministros: Socialistas Salvaçào Nacional Pc,rigode, 1949 Fernando Pessoa começam a organizar-se uma revolução pela via Campanha de Norton de Matos; 1943 1945 constitucional e a denúncia prisão de Álvaro Cunhal Greves comunistas; Vitória dos aliados; da cortina de ferro Acordo sobre os Açores criação do MUD 1947 De Santos Costa à Abrilada; Revolta da Junta de Libertação Nacional. ---

1 48 __GÉNESE E EVOLUÇÃODO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Õrgãos Autárquicos

Presidente Substituto: Augusto Moreira da Silva Vieira . . ', 23 de Setembro de 1950 . . -� � . . -,' :1 -.--�� ,; "' 1 de Janeiro de 1951 1 ,. ' ••• •L-•� Vice-Presidente: António Ferreira da A partirde 1938, data em que Duarte Cruz Pacheco retoma as funções de Ministro das Obras Públicas e Comunicações,o Estado Vereadores: António Pinheiro da Novo Irá afirmara sua presençaem todo o territórionacional atnvés da construçãode Rocha, Durval de Sousa Cruz, ediffciospúblicos, como os CTTde St Tirso. Américo Ribeiro de Miranda.

Augusto Moreira da SIiva Vieira Agrela N - 27 de Novembro de 1911 nova, ln,to.l<>.çõe.1

F - 29 de Janeiro de 1975 l'n·11,1)�\)f!11fnt· deS.3nlnTirao.m:alstnde Médico impressoem selos (1990),

Presidente da Comissão Administrativa Municipal: Luís de Vasconcelos Trepa 2 de Janeiro de 1951 13 de Maio de 1951

José f'randscoda Costa no Padrão1950. em Vice-Presidente: David Augusto Pinto de Assoreira (substituído em 26 de Fevereiro por António Júlia Pinheiro Carneiro Leão Cardoso Correia de Miranda). Vereadores: Abílio da Costa Couto, Bernardino Correia de Sousa, Luis de Vasconcelos Trepa Narciso José Machado Guimarães, Santo Tirso Raúl Hargreaves Fernandes, David N - 23 de Abril de 1913 F- 29 de Abril de 1985 Ferreira da Costa, Gabriel António Conservador do Registo Civil Maciel Cardoso de Miranda Fanzeres. OMontePadnloem1955.

• lnlclam·se as escavaçõesno • Iniciam-se as obras para a construção Monte Padrão. íl'9l™Hl�"q,.í,I de um novo Posto dos Correiosjunto ao LargoConde de S Bento

O Estado de Segurança Nacional - De 1951 a 1%8, período cornspondenteao mand.atode CraveiroLopes, o regime viveu um típico situacionismo de guerra fria, marc.ado pelo domínio de Santos Costa e a emerg�ncla da facç.àode MarceloCaetano O salazarismo, enredado no modelo neofontista dos chamados planos de fomento, põe fimà hipótese de solução monárquica e enreda-se na falta de solução para o problema ultra.marino

1 49 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 · 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos_ _ _

Presidente da Câmara Municipal: Em 14 de Maio de 1951, Alexandre Lima de Castro por Alvará do Governo Carneiro Civil do Porto, é nomeado 14 de Maio de 1951 Presidente da Câmara Alexandre Lima de Castro 18 de Maio de 1959* Carneiro, por demissão de Luís Trepa. Vice-Presidente: Alberto Augusto Entre Setembro e Fleming Pinto Félix Novembro de 1951 Vereadores: Bernardino Correia de verificam-sevárias alterações na Vereação: Sousa, Manuel Ferreira da Silva Alberto da Cunha Andrade Fonseca, Américo Nogueira e Manuel Alves da Silva Gonçalves, José Francisco André, Fontela assinam as actas como Vereadores. A Alexandre Lima de Castro Gabriel António Maciel Cardoso estabilidade surge a partir Carneiro Fanzeres, José Carvalho Correia. Areias de 27 de Abril de 1954. N - 02 de Junho de 1898 F - 23 de Maio de 1962 Médico * Reforma Administrativa de 1959.

Inauguraçãodo Tribunalda Coman:ade Santo Ti� e Casa dos Magistrados,11 de Maio de 1959. A cerimónia foip�sidida pelo Ministroda Justiça,Prof. Doutor AntunesVarela, nome atribuldo à Praçaem Frenteao ediHdo O projeto de construçãofoi da autoriado AffluítetoRodrigues de Lima

• Instalaçãoda Biblioteca Municipal no ediffdo junto ao • Criaçãoda Escola Comercial e lndustriaJem Parque onde estiveraminstalados os Sapadorese o Hospital. Santo Tirso.

Inauguraçãodo Cine-Teatro. A Vila começaa 6Jlêlndir-separa nascente

11952 , IIJ!i7 Fim do racionamento; O reruo da Europa-A Assembleia Votadaa entrada de Portugalna PrimeiroCon�o Republle1no de 1 Plano de Fomento N.uu,n.-11 0;1-. •111êno.ade �m !ldwitt" ONU: dirigiua delegação AVf'iro;Movimento Monán:i,uico 1953 sobre a matéria europeia, apenas o embaixador Vasco Garin Independente. Congresso da JUC; Massacre aprovará, em 27 de Novembro de 1953, 1957 de Batepá (Ilha de S Tomé), uma vaga moçlo íavorávelà construçào Criação do PAIGC e do MPL4.; O ano de Humberto Delgado. da Europa Unido, · M,url� tle l.i.1 l\wn.k:!an.

Conílito latente entre Craveiro Lopes e Salazar. Marcelo Caetano coloca-se do lado de Craveiro Lopes.

1 50 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente Substituto: Tomás Pelayo Américo Nogueira Gonçalves* 19 de Maio de 1959 Nasceu em Santo Tirso em 20 de maio de 1898, numa 25 de Maio de 1959 casa localizada na interseção da Rua do Vice-Presidente: Alberto Augusto Norte - hoje, Rua Dr. Fleming Pinto Félix Oliveira Salazar -, com a Vereadores: Bernardino Correia de Rua do Olival. Sousa, Manuel Ferreira da Silva Após a realização do Fonseca, Raul Hargreaves Fernandes, Curso Preparatório, José Francisco André, Gabriel terminado em 1923, António Maciel Cardoso Fanzeres, e, ingressou na Escola de Américo Nogueira Gonçalves José Carvalho Correia. Belas-Artes do Porto, Rebordões tendo concluido, em 1925, o Curso Especial de N · 19 de Janeiro de 1894 * Américo Gonçalves foi nomeado por F -19 de Julho de 1996 Alvará 13.º do Governo Civil do Porto, até Pintura com classificação Industrial finaldo mês de Maio. final de Bom. Passaria os próximos sete anos em Paris onde aprendeu e aperfeiçoou a sua técnica Presidente da Comissão com mestres consagrados e participou em inúmeras Administrativa da Câmara exposições. Municipal*: Délio de Castro Cardoso Santarém Após o seu regresso, em 26 de Maio de 1959 1933, dedicou-se ao 31 de Dezembro de 1959 magistério e à pintura tendo produzido uma extensa obra, técnica e José Carvalho Correia cessa funções esteticamente muito de Vereador sendo substituído por consistente, reveladora de Luís Pinheiro da Costa, mantendo-se várias influências a restante Vereação. artísticas, como foi Em 9 de Junho foinomeado como patente na exposição novo Vice-Presidente, Alfredo da retrospetiva promovida Déllo de Castro Cardoso pelo Museu Municipal Santarém Silva Sanches. Abade Pedrosa em 1997, Santo Tirso onde estiveram em N · 31 de Maio de 1903 F · 20 de Março de 2000 exibição cerca de uma Médico * Nomeado pelo Governo Civil do Porto. centena de obras.

• Inauguração do Palácio da Justiça • Início das obras do novo Posto Médico (inaugurado em 1964) em frente do Mercado Municipal, hoje Junta de Inauguração oficial da Escola Comercial Freguesia de Santo Tirso e Industrial de Santo Tirso, depois Escola Secundário Tomás Pelayo

Lei de 29 de A,s0t:rnaltera a Constituição Presidente da Uqnihllr.11passa a ser eleito por um «1!�111 tltlh)l"',I.I Fim do t1wiJt'lo,1 .. \Llfdtla llnl'NTDIIln1thuíd1.1 pelo sidonismo, que foi retomado em 1976 Salaz.ar tenta as,;imevitar o temido golpe de Estado comtitudonal

Os 3 grandes de Portugal começam a destacar-se no futebol europeu __GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: No dia 1 de Setembro de 1970, por portaria Délio de Castro Cardoso Santarém publicado no Diário do 2 de Janeiro de 1960 Governo II Série, n.º 198, 30 de Agosto de 1970 foramexonerados o Presidente e Vice­ 1.2 mandato (1960): Presidente, com referência de louvor pela Vice-Presidente: Alfredoda Silva competência no Sanches desempenho das funções, Vereadores: Alexandre de Sousa tendo sido substituídos Ferreira, Américo Nogueira Gonçalves, por João Augusto Miranda Bernardo da veiga Gil da Fonseca da Silva Gonçalves (Presidente) e por Manuel Pinheiro, Duarte Nuno Pereira de Castro Carlos Calém de Sousa Délio de Castro Cardoso de Abreu Sampaio, Joaquim Dilarmindo Carneiro (Vice- Santarém de Freitas, António Alves da Silva Presidente ). Santo Tirso N - 31 de Maio de 1903 Pimenta. F - 20 de Março de 2000 Médico Em 12 de Outubro de 1961, Manuel Eduardo Sousa substitui Bernardo Pinheiro.

Em 16 de Setembro de 1964, José Pelayo e Silva e António Carneiro Pinto de Meireles assumem funções como Vereadores, tal como Carlos Manuel Lagoa e Sá, uma semana depois.

2.2 mandato (1964): Vice-Presidente: Alfredo da Silva Sanches Vereadores: Carlos Manuel Lagoa e Sá, António Carneiro Pinto de Meireles, Américo Nogueira Gonçalves (substituído temporariamente Poços do Com:elhv, construção1964 por António Albano de Sá Araújo), Alexandre de Sousa Ferreira, José Pelayo e Silva.

3.2 mandato (1968): Vice-Presidente: Alfredo da Silva Sanches Vereadores: Carlos Manuel Lagoa e Sá, António Carneiro Pinto de Meireles, Alberto Augusto Fleming Pinto Félix, Alexandre de Sousa Ferreira, José Pelayo e Silva. Paços do Concelho, consrrução 1967

f t, .1 ' ,_,,i • Fundação do GCST • l Congresso Nacional de ·- • Aberturada Rua D Nuno • Conclusão do novo edirícioda Etnografia re-aliza-seem Álvares Pereira;Arranjo urbanfstico Cãmara Municipal; Início das obras do edUiclo Santo Tirso i --l!� do LargoAbade Pedrosa; novos Urbanização dos Paços do da Câmara Municipal & arruamentos a poente do Concelho " Mercado Municipal

l ,.oo 1969 Comemorações henriquinas; Guerrilha na Guiné; ÃJi!allinJ.tode Hwnheno Papa em Portugal: Paulo VI Revolta estudantil de Coimbra; fuga de Cunhal; Prisão de 1964 Delgado; Fim da unidade visita Fátima sem passar por Eleições marcelistas Agostinho Neto; Revolta de Acção Socialista Portuguesa; nacional na defesa do ultramar. Lisboa, 1970 Mueda Cisão M L no PCP; 1966 1968 Morte de Salazar;SEDES; MRPP; 1961 Guerrilha em Moçambique Magriços; Código Civil; Ponte Queda de Salazar; Convergência Monárquica Inicio da guerra em Angola, António Oliveira Salazar. Primavera de Abrllada; Ocupação de Goa 1962 Revoltas estudantis; Reformismodecep.ido

1 52 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: O 25 de Abril de 1974 em João Augusto Miranda da Silva Santo Tirso: Gonçalves Apesar da primazia da 1 de Setembro de 1970 notícia na rádio e na 1 de Julho de 1974 televisão, a imprensa escrita foi o meio de comunicação mais procurado em Santo Vice-Presidente: Manuel Carlos Tirso após os acontecimentos Calém de Sousa Carneiro do dia 25 de Abril de 1974. Os jornais locais anunciavam: Vereadores: Alexandrino Teixeira «Uma Junta de Salvação Fernandes Machado, Américo Nacional. presidida pelo Augusto Pereira Gonçalves, António General António de Spínola, tomou conta do Governo do de Sá Araújo, António da Veiga Gil da País», ou «Triunfante, o Movimentos das Forças João Augusto Miranda da Silva Fonseca Pinheiro, Artur Alves e Armadas». Gonçalves Castro, Joaquim Moreira Maia. Santo Tirso António Alves da Silva Pimenta, A primeira página dos jornais N - 30 de Janeiro de 1930 divulgava a Proclamação do F - 07 de Dezembro de 1997 Alexandre de Sousa Ferreira, Carlos MFA ao País. Na semana Juiz Manuel Lagoa e Sá. seguinte, a mesma era preenchida com o Programa da Junta Nacional de Salvação. Presidente Substituto: As saudações enviadas para Artur Alves e Castro Lisboa não se fizeram 2 de Julho de 1974 esperar, sobretudo por 16 de Setembro de 1974 inúmeras Câmaras Municipais do país. Em Maio, foi formado o Governo Após o 2 5 de Abril, a partír do día 2 Provisório chefiado pelo Dr. de Julho de 1974, as reuníões da Palma Carlos.

Câmara Munícípa/ efetuam-se sob a Em Santo Tirso, a primeira presidência de Artur Alves e Castro, notícia de manifestação parte exercendo funções de Presídente do Liceu Nacional. Professores, alunos e Substítuto. funcionários, reuniram em plenário e enviaram Artur Alves e Castro telegramas ao Presidente da Vila das Aves Junta de Salvação Nacional, N - 31 de Maio de 1903 bem como ao Delegado da F - 03 de Abril de 1981 JNS do Ministério da Médico Educação e Cultura.

São Rosendo

Foi ainda no ambiente da Reconquista que, no Desejando criar uma comunidade-modelo, conseguiu edJficar sêculo X, São Rosendo, filhoda •aristocracia um grande mosteiro,em Vlllar, diocese de Ourense, condal ...nasceu, viveu e se distinguiu Com a obtenção de doações, ao fim de oito anos (936-942) de Nascl'Uno ano de 907, no lugar obras,no dia 25 de Setembro de 942, inaugurariao conhecido de Salas, íreguesia de São Miguel do Couto, mosteiro de Celanova • Inauguração da estâtuade filhodo Conde O Guterre Mendes Em 967 instala-se, como simples monge, em Celanova, tendo São Rosendo em frenteà Cãmara Municipal da e da Condensa llduaraEriz. falecido no dia 1 de Março de 977 autoria de Irene Vilar. Foi nomeado Bispo de Mondonhedo com apenas 18 anos de idade

11971 1972 1973 1974 Revisão Constitucional As Brigadas Revolucionatias tentam Colapso do marce\ismo_ 16 de Março; 25 de Abril; 28 de cortar energia eléctTica no país Generais divididos - Almoço de Kaú\za Setembro Lei n2 3/71 revi a Constituiç-ão de 1933 de Arriaga, António de Splnola, Democracia, Desenvolvimento, As provindas ultramarinas passam a Surge o Boletim Anti-Colonial emitido por Venâncio Deslandes e Pinto Resende, Descoloniz.ação, poder ter estatutos próprios, como cristãos, então adeptos da revoluçãoe do onde se critica a política ultramarina regiões autónomas, podendo ser sociallsmo, com grande iníluência do Partido do governo designadas como Estados (16 de Ago5to) Revoluclonário do Proletariado

1 53 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente Interino: António Sá Couto de António Sá Couto de Araújo Araújo foi o responsável pela instalação da 17 de Setembro de 1974 Biblioteca Municipal no 25 de Outubro de 1974 edifício dos antigos Paços do Concelho, atual Museu Em 17 de Setembro de 1974, por Municipal Abade Pedrosa. Alvará do Governo Civil do Porto, é A Biblioteca Municipal funcionavaaté então num designado Vereador servindo de prédio alugado junto ao Presidente António Sá Couto de Parque D. Maria li. Araújo. No seu curto período de tempo à frentedo executivo camarário, empenhou-se na António Sá Couto de Araújo organização dos ficheiros Trofa da Biblioteca e no início N - 12 Março de 1923 F - 21 Dezembro de 2001 da instalação de uma Industrial secção de Museu Municipal no mesmo local.

Presidente da Comissão A 26 de Outubro de 197 4, Administrativa Municipal: surge a primeira Comissão Administrativa nomeada José Manuel de Castro Neto para substituir a anterior 26 de Outubro de 1974 Vereação, com funçõesde 14 de Maio de 1976 manter a autarquia em funcionamento até final Vice-Presidente -Agostinho Ferreira do ano civil em curso. Castro Neto ficaria como de Castro Lopes Presidente até meados de Vereadores - António Barbosa dos Maio de 1976, Santos, António Jorge Gonçalves prosseguindo com os Afonso, Manuel Jacinto de Azevedo projetos estabelecidos Soares da Costa, Manuel Rodrigues pelos executivos de Artur Castro Alves e de António José Manuel de CastroNeto da Silva, e, ROSA MARIA CORREIA Sá Couto de Araújo. Burgães GIL PINHEIRO (primeira mulher a A cerimónia decorreu no N - 06 de Março de 1944 dia 26 de Outubro Advogado fazerparte de um executivo camarário). presidida por Cal Brandão, Governador Civil do Porto.

• Eventos desportivos e culturais dinamizam Santo Tirso

Organização da Biblioteca Municipal

1976 11 de Marro; Eleições; PREC; Nova Constituição; Eleição de Ramalho Verão Quente e 25 de Eanes e Governo do PS. Novembro r.t.1 \U ,orl11iU11lt1wi41 l'ktJ Eleições Autárquicas (12 de Dezembro) A Unicidade sindical PS com 33,47% é o partido mais votado Segue-se o PSD com 24,71%, a FEPU com 17,97% e o CDS com 15,93%, GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834- 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Comissão Administrativa Municipal: Abílio Camões da Costa Carvalho 15 de Maio de 1976 21 de Janeiro de 1977

Sarau do Ginásio Clube de SantoTirso, em Vice-Presidente -Asuíl Dinis Junho de 1976. O GCSTfoi fundado em 196L. realizando Unhares Carneiro todos os anos o sarau de encerramento das atividades desportivasuo seu Pavilhão, Vereadores -Augusto Ferreira da cerimónia onde são atTibuldos prémios de Silva, Arlindo Maia da Costa mérito e reconhecimento Rodrigues, Joaquim Matos de Sá Barbosa, Eurico Manuel da Silva Abílio Camões da Costa Ferreira, António Barbosa dos Carvalho Santos. Santo Tirso N - 03 de Janeiro de 1925 F - 11 de Junho de 2003 Professor Termas das Caldinhas requalifiradas

Presidente da Câmara Municipal: 22 de Janeiro de 1977 toma posse a primeira Asuil Dinis Linhares Carneiro Câmara Municipal eleita 22 de Janeiro de 1977 por sufrágio direto. 16 de Janeiro de 1980

Vice-Presidente - Manuel Luciano da Costa Gomes Vereadores Eleitos -Augusto Ferreira da Silva, Arlindo Maia da Costa Rodrigues, Amadeu de Castro Pinheiro, Adalberto Pinto da Silva, Paraíso Almeida Machado, Adélia Asuil Dinis Linhares Carneiro Pereira Serra, José Augusto Pereira Agrela Alves, Joaquim Alberto Machado N - 06 de Setembro de 1944 Advogado Ferreira da Silva, Manuel Ferreira de Andrade, Avelino Soares Moreira.

L;,��q .-,J e Instalação da GNR. junto à Escola Tomás Pelayo _J • . · rr _,i Tr.msferencia e ampliação do Col�gio da!> c-ru,,,,_,.,,lior.,,.,,,.,, I doArqSuaVinra Teresianas .r-'_J_ JJJ 5.onlo>TlnOQ,1977

l ,.,a 1979 1,.,, U,ru ,f rllD.) ISD\1tnu·111 rlHt1'1rs PS e CDS assinam acordo d00dl.asde Morte de Frandso de� Carneiro; académicas no Porto,Coimbra e Lisboa político de incid.;ncta governamental pintasllguismo• e vitória reeleição de Ramalho Eanes. e Ramalho Eanes convida oílcialmente eleitoral da Direita. Procura da Convergência Democrática Mário Soares para fonnar governo (PPD e CDS) tendo em vista o Reformas- Assembleia da estabelecimento de uma maioria estável República aprova amnistia para crimes políticos de carácter militar, ocorridos depois do 25 de Abrll de 1974

1 55 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos---- -

Presidente da Câmara Municipal: Armando Palhares Magalhães 17 de Janeiro de 1980 12 de Janeiro de 1983

Vice-Presidente -Alberto Pereira Serra Vereadores Eleitos - Asuíl Dinis Linhares Carneiro (substituído em 29 de Outubro de 1981 por Joaquim Couto), Manuel Ferreira de Andrade, Amadeu de Castro Pinheiro, José Armando Palhares Magalhães Carvalho Nogueira, Ivo Ângelo Afife Construção do Estridiodo CD Aves, Andrade Martins, Manuel Alves dos inaugurado em 1981 N - 17 de Janeiro de 1924 F - 26 de Maio de 2005 Reis, Adalberto Pinto da Silva. Farmacêutico

Presidente da Câmara Municipal: Joaquim Barbosa Ferreira Couto 13 de Janeiro de 1983 14 de Novembro de 1999

(1.º Mandato) Vice-Presidente: Estádio Abel Alves de Figueiredo entra em António Alberto de Castro Fernandes obras, tendo em vista a criação do relvado Vereadores com Pelouro: João Fernandes (substituído em 21 de Vereadores da Oposição Julho de 1983 por António (sem pelouro atribuído): Carvalho), Manuel Ferreira de José Alberto Vilaça Andrade ( substituído em 19 de Gonçalves, Manuel José da Costa Neto e José Joaquim Barbosa Ferreira Janeiro de 1984 por Lázaro Ferreira Couto da Costa, até 7 de Junho de 1984, Domingues dos Santos ( substituído por Abílio Água Longa quando reassumiu as suas funções), N - 01 de Maio de 1951 Jorge Leite de Almeida e Médico ANA MARIA LINHARES CARNEIRO, Costa em 21 de Fevereiro Serafim Tedim. de 1984).

e Instalação da e Abertura da Piscina • Elevação de • Fundação da Liga dos e Inauguração do Museu PSP em Santo Municipal e Santo Tirso a Amigos do Hospital Municipal Tirso Escola Secundária D. Dinis cidade 1 ! Feira do Livro Fundação da ARTAVE

119B1 119B3 11985 JQIIII Governos de Pinto Emergência do Cavaco Silva vence Mário Soares eleito Presidente­ Da geração Constàncio ao regresso l!akem.ln...M,irio.WrI:C Bloco Central eleições legislativas Portugale Espanha entramna de Freitas do Amaral ao CDS eleito Secretário-geral CEE. 9 do PS 19B? l 1J.B Entra em vigor a refonna fiscal que 1982 cria o IRS e o IRC Começam a RDvilõlnccmii111tw:h1flJI o íuncionar os telemóveis em Lisboa e fim da Aliança no Porto Atribuídos alvarás sobre as Democrática (AD) rádios locais Governoaprova projecto de concurso para dois canais de televisão privada GÉNESE E EVOUlÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicns

Presidente da Câmara Municipal: Joaquim Barbosa Ferreira Couto

2.º mandato (16 de Janeiro de 1986): Vice-Presidente -António Alberto de Castro Fernandes Vereadores Eleitos -António Manuel Silva e Sousa, Serafim dos Santos Tedim, Fernando Paulo da Silva Marques, António José Marques de Carvalho, Abílio Jorge Leite Almeida da Costa, AfonsoFerreira Paixão, Assinaturade Protoa,locom Cefonova Manuel Ferreira de Andrade.

3.º mandato (15 de Janeiro de 1990): Vice-Presidente -António Alberto de Castro Fernandes Vereadores Eleitos -Carlos Manuel Oliveira da Silva, Alexandrino Teixeira Fernandes Machado (substituído em 30 de Agosto de 1990 por José Pedro de Castro e Costa Moreda de Miranda), Serafimdos Santos Tedim, António José Marques de Carvalho, Abílio Jorge Leite Almeida da Costa, Afonso

Ferreira Paixão, António Adalberto Alves Carneiro, Sérgio Luís Moinhos Inauguraçãodo MIEC_ST Costa.

4.º mandato (OS de Janeiro de 1994): Vice-Presidente -António Alberto de Castro Fernandes Vereadores Eleitos -Bernardino Manuel Vasconcelos, Armindo Teixeira Borges (substituído por José Manuel Alves Pimenta de Carvalho em 10 de

Janeiro de 1995), Serafim dos Santos Tedim (faleceuem 24 de Abril de Exposiçdn 150 anos do Fábrica do Rio Vizela 1996), António Jorge Gonçalves Afonso,António José Marques de Carvalho (substituído por Sérgio Luís Moinhos Costa em 16 de Maio de 1994), Afonso Ferreira Paixão (substituído por António José Marques de Carvalho em 1O de Janeiro de 199 5), António Adalberto Alves Carneiro.

S.º mandato (04 de Janeiro de 1998): Vice-Presidente -António Alberto de Castro Fernandes (em Novembro de Aterro sanitário 1999 assume a Presidência em função de Joaquim Couto ter sido nomeado pelo Governo de António Guterres, Governador Civil do Porto). Vereadores Eleitos - Lino Manuel Pinto Correia Lagoa, António Alberto Verne da Silva, Luís Gonzaga da Silva Freitas Rodrigues, Orlando Gaspar Moinhos Costa, Abílio Jorge leite Almeida Costa, Américo Luís Carvalho Fernandes, Paula Cristina Dinis Pinto, Carla Alexandra Ferreira Teixeira Dias. ETARdo Rabada

• Inauguraçãodo novo • Estação de Captação de • É criado um Pólo e Criação do NAID Hotel Cldnay Águas na Rabada Universitário em Santo Tirso (UP) Criação da Centralde Transportes 1 Congresso lnt Criação do MIEC • Os Beneditinos Cric1çãodo FIG5T na Europa•

11991 1994 Massacre em Dili Portugalassume, pela 1 • ...Guerra das Portagens• /orge Sampaio e eleito tw,1 08; R1rfornndou.ohr�u Tratadode Maaslricht vez, a presidência da UE. 1995 Presidente da República Aborto e a Regionalização É inaugurada a Ponte Vasco da Gama 1993 Renúncia de Cavaco Silva e 1997 ..Guerr.a das Propinas•, vitória eleitoral de Manifest.içãode policias a favor 1999 manifestações diante do António Guterres da criação de um sindicato Portugal aposta no turismo rural Ministério da Educação.

1 57 GÉNESE E EVOLUÇÃO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO 1834 - 2012 Estrutura Administrativa e Órgãos Autárquicos

Presidente da Câmara Municipal: António Alberto de Castro Fernandes 15 de Novembro de 1999 (Assume a Presidência da Câmara Municipal por

substituição do Dr. Joaquim Couto) Núclffl de Apoiolntegraçdo d do thficien�.2003 Atualidade

(1.º Mandato, 2001) Vice-Presidente: Luís Gonzaga Freitas Vereadores: António Verne António Alberto de Castro (substituído por José Pedro Machado Fernandes em Junho de 2004), Orlando Criação do Serviçode Pollcfo Municipal, 2003 Vila das Aves N - 27 de Dezembro de 1952 Moinhos, Ana Maria Ferreira. Engenheiro Civil Sem Pelouro: David Assoreira, Paulo Ferreira, Américo Luís Fernandes e Francisco Miranda de Sousa.

(2.º Mandato, 2005)

Vice-Presidente: Luís Gonzaga CentrolnterpretJJtiva do Monte Padrão,2008 Freitas. Vereadores: Ana Maria Ferreira, Júlia Moinhos, José Pedro Machado. Sem Pelouro: João Abreu, Ana Sofia '...... ,."ii.. _, ' . 1 • r Barreto, José Luís Martins e Mário ' Presidente da Assembleia • �· 1 Roriz. . . Municipal Eng.º Luciano Gomes, �- (3.º Mandato, 2009) CentroCulturul de Vila das Aves, 2005 natural de Santo Tirso, presidiu à Assembleia Vice-Presidente: Luís Gonzaga Municipal ( após Asufl Dinis) Freitas. durante os mandatos de Vereadores: Ana Maria Ferreira, Júlia Joaquim Couto e depois com Godinho, José Pedro Machado. Castro Fernandes. Em 2009 ocupou o cargo o Dr. António Sem Pelouro: João Abreu (substituído Guedes, natural de Santo por Carlos Pacheco) Alírio Canceles, Tirso. MafaldaOliveira, Mário Roriz. Percurso Pedonale Cicl6veJ, 2012

Parque Urbana do Rabada, 2005

lzooo lzoo1 Looz No último ano reeleito; PSD vence eleições. PS vence eleiçõespara o PS vence Legislativas PS vence do milénio, Queda da ponte de Governode coligação PSD e PP. Parlamento Europeu; l.egislativase a reve laçãodo Entre-os-Rios; 2003 UE acolhe 10 novos Lei anti-tabagista, proibição Autárquicas, 3 11segredo de atentado contra as Independência de Timor. membros. de Fumar em locais públicos PSD vence Fátima TorresGémeas Fechados Europeias

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