NOTAS TEC. FACIMAR, 2:167-173, 1998

CRESCIMENTO DOS GASTRÓPODES Thais (Stramonita) haemastoma E Cymatium parthenopeum parthenopeum EM CULTIVO EXPERIMENTAL NA ENSEADA DA ARMAÇÃO DO ITAPOCOROY (26O 47´S - 48O 36´W) (PENHA - SC)

MANZONI, G.C. & L.A. LACAVA

Centro de Educação Superior Em Ciências Tecnológicas, Da Terra e do Mar Laboratório de Cultivo de Moluscos Marinhos. E-mail: [email protected] ; [email protected]

RESUMO

O cultivo de moluscos marinhos em Santa Catarina, encontra-se em expansão, com uma produção projetada para 1998 superior a 7500 toneladas, consolidando para o Estado a posição de primeiro produtor nacional de moluscos marinhos. As principais espécies cultivadas são o mexilhão Perna perna e a ostra japonesa Crassostrea gigas. Entre a fauna associada aos cultivos verifica-se a presença dos gastrópodes Thais (Stramonita) haemastoma e Cymatium parthenopeum parthenopeum como principais predadores. Observa-se, também que as comunidades litorâneas apresentam o hábito de consumir estes gastrópodes como fonte de alimento, principalmente a espé- cie Thais (S). haemastoma. Além disso, existe uma tendência dos produtores de moluscos, como em outros países, de explorar estes gastrópodes como um novo recurso devido ao seu elevado valor econômico. Em Santa Catarina, o quilo de carne (sem concha) de Thais (S). haemastoma atinge o valor de 7 reais, quando estes organismos são vendidos com a concha o valor chega a 2 reais/quilo. A espécie Cymatium. p. parthenopeum não é freqüentemente comercializada. O valor obtido na comercialização e a aceitação destas espécies pelo mercado consumidor demonstram a potencialidade de uma exploração mais intensa destes recursos. Contudo, antes de fomentar uma exploração a nível comercial, deve-se conhecer parâmetros básicos como crescimento e sobrevivência destes organismos em cultivo. Os resultados verificados no cultivo experimental, realizados na Enseada da Armação do Itapocoroy (26o 47´S - 48O 37´W) (Penha - SC), demonstram que T. (S). haemastoma em 6 meses de cultivo apresenta um incremento médio de comprimento de 3,0 cm aumentando seu peso entre 25 a 35 g. Cymatium. p. parthenopeum apresentou um crescimento semelhante, entre- tanto o incremento do peso foi inferior (17 g em 4 meses).

Palavras Chave: Moluscos, gastrópodes, crescimento, cultivo experimental, Thais , Cymatium parthenopeum partenopeum .

GROWTH OF SNAILS AT Thais (Stramonita) haemastoma AND Cymatium parthenopeum partenopeum AT EXRIMENTAL CULTIVATION IN ITAPOCOROY BAY (26O 47´S - 48O 36´W)(PENHA -SC)

ABSTRACT

Santa Catarina State, is brasilian’s first producer of cultured marine mollusks, with an estimated annual production in 1998 over 7,500 tones. The main cultured species are the mussel Perna perna, and the japanese oyster Crassostea gigas. In the fauna associated with these cultures, the snails Thais (Stramonita) haemastoma and Cymatium parthenopeum parthenopeum, were identified as the main predators. The former species has been used as food by coastal fishing communities and its commercial value is potentially high. In Santa Catarina, T. (S). haematoma meat has been

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commercialized at around 7.00 US$ a kilogram, and 2.00 US$ when the snail is sold with the shell. The acceptance of this snails as a seafood product and its high value indicate that their commercial exploitation could be profitable. This perspective, however, requires a previous understanding of their basic biological parameters, such as growth and survival in experimental culture environment. The results obtained in experiments conducted during six months in Itapocoroy Bay (26o 47´S - 48O 37´W, Penha , Santa Catarina), have shown, on average, a 3.0 cm shell increase and a 30.0 g increase in weight. A similar growth rate was shown by C. p. parthenopeum, not commonly commercialized in Santa Catarina.

Key-Words: Mollusks, snails, growth, experimental cultivation, Thais Stramonita haemastoma, Cymatium parthenopeum partenopeum .

INTRODUÇÃO exótica Crassostrea gigas (Poli et al., 1990). Existem perspectivas favoráveis para o de- A captura de produtos marinhos pro- senvolvimento do cultivo de pectinídeos veniente da pesca tradicional atingiu o seu (vieiras) (Manzoni & Rupp, 1993). nível máximo em 1989 com 89.7 milhões de Esta atividade vem crescendo anual- toneladas, a partir deste período os valores mente, pois a produção de P. perna que em de captura tem flutuado ao redor deste nível, 1990 foi em torno de 190 toneladas atingiu indicando que os recursos pesqueiros estão valores superiores a 7.500 ton. na safra de sendo explorados em níveis próximos ao seu 1997/98. A produção de ostra Crassostrea rendimento máximo. A estabilização nos va- gigas neste mesmo ano atingiu 180.000 dúzi- lores de captura também está associada a as (Epagri, com. pessoal). Estes valores con- degradação dos ambientes costeiros e a ex- solidam para o Estado a posição de primeiro ploração desordenada dos recursos naturais produtor nacional de moluscos marinhos cul- (Chamberlim, 1995). tivados. A maricultura apresenta-se como alter- Em 1994, o Curso de Oceanografia nativa principal para a reversão desta situa- (CTTMar-UNIVALI) implantou o Centro Expe- ção; pois o cultivo de organismos proporcio- rimental de Maricultura (CAMPUS-V), na re- na um incremento na produtividade total, além gião da Enseada da Armação do Itapocoroy de fornecer ao mercado consumidor um pro- (Penha-SC), onde são desenvolvidas ativida- duto de origem e qualidade conhecida. des de pesquisa, ensino e extensão na área Segundo dados da FAO (1993), du- de cultivo de moluscos marinhos. A partir de rante o período de 1985 a 1990 a pesca so- módulos demonstrativos de cultivos de ostras freu um incremento de 9,4%, enquanto que a e mexilhões iniciou-se um processo de trans- maricultura apresentou um incremento de ferência de tecnologia de cultivo para a co- 21,6%. A nível mundial, a produção originá- munidade local. Como resultado deste pro- ria dos cultivos foi de 6.683.000 ton.met., grama o município de Penha, em 4 anos de 43,6% da produção total. Os moluscos mari- cultivo, apresenta uma produção de mexi- nhos foram responsáveis por 37,3% desta lhões em torno de 1500 toneladas, distribuí- produção, sendo que os principais grupos dos entre 95 produtores. cultivados são os mariscos (36,5 %) e as os- Entre a fauna associada ao cultivo de tras (29,6%) . moluscos marinhos identificaram-se como Em Santa Catarina o cultivo de principais predadores os gastrópodes Thais moluscos marinhos teve seu início em mea- (Stramonita) haemastoma e Cymatium dos da década de 80 com trabalhos com o parthenopeum parthenopeum (Figs. 1 e 2). marisco Perna perna (Marenzi , 1987 e Ma- Por outro lado, observa-se também galhães et al., 1987), com a ostra nativa que as comunidades litorâneas apresentam Crassostrea rhizophorae e com a espécie o hábito de consumir estes gastrópodes, prin-

168 NOTAS TEC. FACIMAR, 2:167-173, 1998 cipalmente a espécie Thais (Stramonita) sobrevivência destes organismos em cultivo haemastoma, que é extraida de forma preda- experimental. tória de costões e áreas próximas ao cultivo. Esta espécie apresenta um bom preço no mercado, chegando a ser comercializada pelo MATERIAL E MÉTODOS valor de 7 reais o quilo da carne (desconchada) e a 2 reais/quilo do organis- Com o objetivo de avaliar o crescimen- mo inteiro (Mercado Público do Município de to e a taxa de sobrevivência de Cymatium p. Itajaí). Existe também o consumo, porém em parthenopeum e Thais (Stramonita) menor escala, de Cymatium. p. haemastoma, em cultivo experimental, foram parthenopeum. inicialmente coletados na Enseada de Arma- A aceitação do mercado em consumir ção do Itapocoroy (Penha, SC), indivíduos en- estes gastrópodes aliado ao preço de tre as classes de tamanho de 2 a 3 e 3 a 4 comercialização demonstram a cm. potencialidade de uma exploração mais inten- Após o acondicionamento dos indiví- sa destes recursos. Cabe salientar que o con- duos em aquários de 20 litros, foram realiza- sumo e o cultivo de gastrópodes é realizado das as análises biométricas iniciais. O peso em diversos países da América Latina (Chile, inicial foi aferido através de uma balança ele- Peru e Venezuela) e do Oriente (Japão e Chi- trônica de precisão (0,01 g). A altura da con- na) (Bautista et al., 1995; Gallardo, 1996). cha (distância do ápice do espiral até a base) A identificação de novos recursos com e a largura (maior distância entre o lábio ex- potencialidade de exploração é uma alterna- terno e a concha) foram determinados com o tiva viável para a expansão e diversificação auxílio de um paquímetro. Devido esses or- das atividades de maricultura, principalmen- ganismo retornarem vivos ao cultivo após as te para os países em desenvolvimento. análise biométricas, os dados de peso estão Entretanto, antes de estimularmos a expressos em peso úmido total. exploração a nível comercial de um novo re- Inicialmente foram separados lotes de curso, como os gastrópodes Thais 5 indivíduos de T. (Stramonita) haemastoma (Stramonita) haemastoma e Cymatium p. em 3 réplicas e 30 indivíduos de C. p. parthenopeum, devemos conhecer alguns parthenopeum em 3 réplicas. Os gastrópodes, parâmetros básicos como o crescimento e a de acordo com a espécie e classe de tama-

Figura 1- Gastrópode Thais (Stramonita) haemastoma. Figura 2 - Gastrópode Cymatium parthenopeum parthenopeum.

169 MANZONI & LACAVA: Crescimento de Gastrópodes em Cultivo Experimental. nho, foram acondicionados em cestos cilín- Anomalocardia brasiliana e gastrópodes como dricos, confeccionados com material plásti- Cerithium atratum. Silveira et al. (1994) e co (telas nortene) com abertura de malha 2 Manzoni et al (1994), observaram a presen- cm. Também, para o acondicionamento, fo- ça destes organismos predando ostras japo- ram utilizadas lanternas de cultivo de ostras nesas, C. gigas, em cultivos no litoral de Santa com abertura de malha de 1,5 cm. As estrutu- Catarina. Thais (Stramonita) haemastoma, en- ras de cultivo foram amarradas no “long-line” contra-se distribuído por todo o litoral brasi- no Parque de Cultivo, localizada na Enseada leiro estendendo-se até ao Uruguai, alimen- de Armação do Itapocoroy. ta-se de ostras, mariscos, cracas e berbigões Para obter dados mais precisos com (Rios, op cit.). relação ao crescimento de T. (Stramonita) Informações sobre as taxas de cresci- haemastoma os organismos foram individua- mento e sobrevivência destes gastrópodes lizados, sendo numerados na concha exter- estão restritos a experimentos de laboratório, na, um a um através de uma etiqueta plásti- não existindo dados de campo. Silveira et al. ca fixadas com cola do tipo super-bond. O (1994), verificou que a taxa de crescimento mesmo procedimento, de individualização foi de C. p. parthenopeum em laboratório, foi de empregado para C. p. parthenopeum, entre- 0,78 cm/dia. De acordo com este autor, o tanto sem sucesso pois esta espécie apre- menor indivíduo que no inicio do experimen- senta a concha externa revestida por uma to apresentava 1,42 cm atingiu no final o ta- fina película que impediu a fixação das eti- manho 2,54 cm. Contudo esta taxa de cresci- quetas. Por este motivo optou-se pôr traba- mento deve ser analisada com cautela, devi- lhar com crescimento médio dos lotes culti- do ao pequeno tempo de duração do experi- vados. mento (19 dias). Todos os gastrópodes cultivados foram Analisando-se somente a taxa de cres- alimentados com mexilhão Perna perna, aon- cimento por dia, verificamos que este cresci- de mensalmente foram colocados de 20 a 30 mento foi superior ao observado por Manzoni mexilhões com tamanhos que variavam de 2 & Lacava (1996), entretanto, Silveira et al. (op. a 4 cm. Quinzenalmente foram realizadas vis- cit. ), não considerou que estes indivíduos torias nas cestas de cultivo, para a reposição apresentam um crescimento assintótico, ten- de alimento (mexilhão). Mensalmente as ces- dendo a uma diminuição das taxas de cresci- tas de cultivo foram retiradas da água, para mento quando atingem o estágio adulto. as medidas biométricas dos gastrópodes e No cultivo experimental destes determinação das taxas de sobrevivência gastrópodes realizados em laboratório dos diferentes lotes, além da limpeza dos Manzoni & Lacava (op.cit.), observaram que cestos. a taxa média mensal de incremento de com- primento de C. p. parthenopeum diminui de acordo com o crescimento dos organismos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Nos 3 primeiros meses de cultivo o incre- mento mensal foi de 1,0 cm/mês, pois os indi- Segundo Rios (1994), Cymatium p. víduos que apresentavam um comprimento parthenopeum é um gastrópode da família médio de 2,57 cm em maio, passaram para Cymatidea, que habita desde a faixa 5,57 cm em agosto. Nos 3 seguintes meses intermareal até uma profundidade de 65 m, este incremento foi de somente 0,14 cm/mês, apresentando uma distribuição por todo o li- pois os indivíduos apresentaram um compri- toral brasileiro estendendo-se ao litoral uru- mento médio de 5,99 cm em novembro. guaio. Estes organismos alimentam-se do Os experimentos de crescimento com mariscos P. perna, do berbigão Thais (Stramonita) haemastoma em labora-

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tório, também apresentaram maiores incre- 60 Peso ( g) mentos durante os primeiros meses, pois o 50 Comprim. (mm) 40 Largura (mm) comprimento médio em maio que foi de 2,41 30 cm passou para 3,13 cm em agosto (0,23 cm/ 20 mês). Nos 3 meses seguintes estes organis- 10 0 MEDIDAS BIOMÉTRICAS mos atingiram o comprimento médio 3,68 cm Dez/96 Jan/97 Fev/97 Mar/97 Abr/97 Mai/97 (0,18 cm/mês). DATA Segundo Vahl (1980) isto ocorre por Figura 3 - Peso, comprimento e largura , de T. (Stramonita) que os indivíduos menores (imaturos), não haemastoma. estão sujeitos a um relativo alto gasto energético, empregado durante os processos 60 de maturação gonadal e liberação de 50 Peso ( g) Comprim. (mm) 40 gametas. Sendo portanto mais hábeis para Largura (mm) 30 crescerem por períodos mais longos e mais 20 rápidos que os indivíduos maturos. 10

Os resultados do crescimento destes MEDIDAS BIOMÉTRICAS 0 Mai/97 Jun/97 Jul/97 Ago/97 Set/97 gastrópodes em cultivo no ambiente natural, DATA apresentaram melhores resultados dos que Figura 4 - Peso, comprimento e largura , de C. p. observados em laboratório. parthenopeum. Analisando os valores médios de com- primento, no lote 01, aonde foram seleciona- peso desses organismos, verifica-se um in- dos indivíduos de T. (Stramonita) cremento médio no comprimento de 3,18 cm haemastoma com comprimento inicial entre (0,79 cm/mês) e de peso em 17,46g (4,36 g/ 2-3 cm, observamos nos 3 primeiros meses mês) em 4 meses de cultivo (Fig. 4). Entre- um incremento médio de 0,83 cm/mês, a par- tanto, neste período não foi observado uma tir deste momento obtivemos uma queda no estabilização nas taxas de crescimento, pos- crescimento o qual sofreu um incremento sivelmente, devido a estes organismos não mensal de 0,28 cm. O ganho de peso nos 3 terem atingido a maturidade sexual ou inicia- primeiros meses foi de 18,33 g (6,11g/mês) do os seus processos reprodutivos. (Fig. 3). Com relação a sobrevivência dos Os outros lotes de Thais (Stramonita) gastrópodes cultivados verificou-se taxas en- haemastoma cultivados apresentam compor- tre 75 % a 100 % para os lotes de Thais tamentos similares. (Stramonita) haemastoma e 86,66 % para o Observações nas cestas de cultivo, lote de C. p. parthenopeum. Estas taxas indi- demonstraram que indivíduos desta espécie cam a adaptabilidade destes gastrópodes ao com tamanho superior a 5,0 cm iniciaram a cultivo experimental. deposição de cápsulas ovígeras, coincidindo com a mesma época de redução no cresci- mento. Os valores de peso e largura seguem CONCLUSÕES o mesmo padrão observado com o cresci- mento, ou seja um grande aumento nos pri- Podemos concluir que o gastrópode meiros meses estabilizando com o início da Thais (Stramonita) haemastoma possui alta fase reprodutiva. potencialidade de ser cultivado, pois apresen- Comportamento distinto foi observado ta um elevado crescimento em cultivo, alcan- para os lotes de C. p. parthenopeum cultiva- çando o tamanho de consumo entre 6 e 7 dos, no ambiente natural, pois ao analisar os meses. Outro fator positivo é a elevada so- valores médios de comprimento, largura e brevivência (75 % a 100 %), e sua grande

171 MANZONI & LACAVA: Crescimento de Gastrópodes em Cultivo Experimental. adaptabilidade, podendo assim ser cultivado intracapsular en (Duclos, nas mesmas estruturas utilizadas para o cul- 1832)(: ). VI Con- tivos de mexilhões. Sua alimentação a base gresso Latinoamericano de Ciências del de mexilhões torna o custo de produção bai- Mar.Mar del Plata, Argentina. xo, levando em conta a abundância deste ali- Chamberlim, G. 1995. Aquaculture in XXI mento na região. Alguns produtores já estão Century: diagnostics and perspectives. iniciando a exploração desta espécie na fa- Aquanotícias internacional. Fundacion bricação de conservas , o qual vem obtendo Chile. Santiago. Ano 7, n26, p. 25-27, ótimos resultados, contudo esta exploração Julho-Setembro. está a nível extrativista. Com o promissor au- FAO. 1993. Diagnóstico sobre el estado de mento do mercado consumidor há uma gran- aquicultura en America Latina y el Caribe de necessidade do início da atividade de cul- (sintesis regional). Documento de campo tivo desta espécie visando o controle e prote- nº 11 - Projecto Aquila II. GCP/RLA/102/ ção dos ambientes naturais. ITA.Roma. 128 p. Já a espécie C. p. parthenopeum , ape- Gallardo, C. S. 1996. Desarrolo de la sar de possuir crescimento similar ao da T. muricicultura en Chile: fundamentos y (Stramonita) haemastoma, não apresenta um perspectivas surgidas del estudio en ganho de peso proporcional. Outra caracte- gastropodos muricaceos de interes rística negativa desta espécie é a baixa acei- economico. IX Congresso tação no mercado a qual somente é Latinoamericano de Acuicultura, consumida por populações litorâneas. No Coquimbo, Chile, p. 7. entanto, por ser um a espécie local e bem Magalhães, A. R. M.; Ferreira, J. F.; Casas, adaptada, vem a ser uma grande opção para M. G. & Lunetta, J.E. 1987. Ciclo a atividade de cultivo, tomando como exem- reprodutivo do mexilhão Perna perna plo outras espécies que com o tempo ganha- (Linné,1758) (Bivalvia:Mytilidae) na região ram o mercado consumidor e vem crescendo do Pântano do Sul, Ilha de Santa Catarina até hoje. - SC. Resumos do X Encontro Brasileiro de Malacologia.SBM.IB-USP, SP. 22p. Manzoni, G. C. & Rupp, G. S. 1993. Estudo AGRADECIMENTOS da biologia reprodutiva e viabilidade de cultivo de Lyropecten nodosus (Linnaeus Os autores agradecem aos membros , 1758) (Molusca:Pectinídae) na Ilha do do Centro Experimental de Maricultura, em Arvoredo - SC. Florianópolis : UFSC, 35 expecial ao Oc. Jean Franco Schimitt, Esta- p. (Relatório final, Projeto CNPq). giária Débora Ortiz Lugli e Biólogo Msc. Manzoni, G.C. ; Marenzi, A.W.C. & Schimitt, Adriano W. C. Marenzi. Agradecimentos tam- J.F.. 1994. Presença do gastrópode pre- bém aos professores, Dr. Joaquim Olinto dador Cymatium parthenopeum (von Branco, Msc. Charrid Resgalla Jr, Msc. Pau- Salis, 1793), nos cultivos experimentais lo Ricardo Pezzutto e Dr. Luis Antônio Proen- de Crassostrea gigas ( Thumberg, 1795), ça, que vem ao longo do tempo colaborando no litoral norte de Santa Catarina (26º com a realização deste e outros trabalhos. 58´S -48º 38´ W ) . Resumos VII Sema- na Nacional de Oceanografia. 1994. Itajai. SC. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Manzoni, G. C. & Lacava, L. A. 1996. Sobre- vivência dos gastrópodes predadores Bautista, J ; Gamarra, C.; Silva, I & Retuerto, Thais haemastoma (Linnaeus, 1767) e F. 1995. Observaciones sobre el desarrolo Cymatium parthenopeum parthenopeum

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(von Salis), em diferentes “tratamentos de Rios, E.C ..1994. Seashells of Brasil. Funda- castigo” . 3ª Reunião Especial da SBPC, ção Cidade do Rio Grande; Museu Oce- Sociedade Brasileira Para o Progresso da anográfico. 328 p. Ciência, Florianópolis, Santa Catarina, p. Silveira JR., N.; Lopes, C.Q.S.; Manzoni, G.C. 555. & Brognoli, F.F. 1994. Produção de se- Marenzi, A.W.C. 1987. Crescimento outonal mentes. In Cultivo de ostras. Florianópolis, de Perna perna (Linné,1758) UFSC/FAPEU/FBB. Relatório final de (Bivalvia:Mytilidae), na região centro-norte pesquisa.206p. catarinense. Resumos XIV Congresso Vahl, O. 1980 .Energy transformation by the Brasileiro de Zoologia. Juiz de Fora, MG. Iceland Scallop, Chlamys islandica (O.F. 230 p. Müller), from 70 N. The age-specific Poli, C.R.; Silveira JR. N.; Silva, F.C. 1990. energy budget and net growth efficiency. Introdução da ostra do pacífico Exp.Mar.Biol.Ecol.Ser. 16: 249-257. Crassostrea gigas no sul do Brasil. Boletin Red Regional Acuicultura. 2(1-2) : 17-20.

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