Grupos Sociais Da Beira Interior Em Meados Do Século XIX Social Classes in Beira Interior in the Middle of the 19Th Century

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Grupos Sociais Da Beira Interior Em Meados Do Século XIX Social Classes in Beira Interior in the Middle of the 19Th Century https://doi.org/10.14195/1645-2259_18_6 Grupos sociais da Beira Interior em meados do século XIX Social classes in Beira Interior in the middle of the 19th century João Nunes Instituto Politécnico de Viseu [email protected] Texto recebido em / Text submitted on: 20/11/2017 Texto aprovado em / Text approved on: 27/03/2018 Resumo: No planalto beirão, região grosso modo confinada pela serra da Lapa e o rio Mondego, a distribuição da população por grupos sociais não era homogénea, em meados do século XIX. Havia localidades onde a categoria jornaleiro era a mais representativa, em contraponto com outras onde as categorias lavrador ou seareiro acabavam por ser as mais expressivas. O direito liberal parece não ter contribuído para a proliferação de indivíduos pertencentes à categoria proprietários. Com efeito, o aumento foi mais visível noutras categorias sociais. Palavras-chave: Grupos sociais; Liberalismo; Propriedade. Abstract: On the beirão plateau, a region confined by the Lapa mountain and the Mondego river, the distribution of the population by social classes was not homogeneous in the middle of the 19th century. There were localities where the peasant category was the most representative, in counterpoint to localities where the farmer categories turned out to be the most expressive. In parishes where property was allocated to a small number of individuals, liberal laws does not seem to have contributed to the proliferation of lan- downers; in these localities, the increase was visible in other social categories. Keywords: Social classes; Liberalism; Land ownership. 1. Introdução Na primeira metade do século XIX, Portugal era um país marcadamente rural, campesino e analfabeto, com baixos níveis de desenvolvimento huma- no. Para acabar com o atavismo do país, as elites liberais estabeleceram um quadro legislativo regulador da propriedade no plano da tributação (alivian- do a carga fiscal sobre a propriedade fundiária) e no plano das trocas comer- ciais (promovendo a compra e venda de terras). Com as leis da desamortiza- ção, a legislação relativa aos baldios, as disposições legais que determinaram o fim dos morgadios, bem como com a diversa jurisprudência sobre proprie- dade, criaram-se instrumentos suscetíveis de contribuir, acreditava-se, para a JOÃO NUNES | GRUPOS SOCIAIS DA BEIRA INTERIOR EM MEADOS DO SÉCULO XIX 109 renovação das estruturas agrícolas do país, renovação considerada basilar ao desenvolvimento (Vaquinhas, Neto 1993: 325-331). O direito liberal teve implicações económicas e sociais. O número de proprietários aumentou (Martins, Monteiro 2002: 68-69). Para este aumen- to concorreram vários fatores, que não apenas de ordem política; fatores de- mográficos (o século XIX foi marcado por um crescimento populacional) e culturais (na centúria de Oitocentos, a propriedade fundiária continuava a ser vista como elemento de afirmação social). Contribuiu, igualmente, para a redução das áreas incultas e atomização da propriedade (Vaquinhas 1993: 481, Veiga 2004: 20-31). Pese embora a relevância da temática, o impacto da legislação liberal tem sido estudado de forma parcimoniosa; a historiografia tem privilegiado as áreas da economia, demografia, sociedade e cultura1. Em 1993, Irene Vaquinhas e Fernando Taveira da Fonseca reconheciam que a distribuição da popula- ção pelas categorias sociais não havia sido estudada (Vaquinhas 1993: 486; Fonseca 1993: 470-471). Por sua vez, Conceição Andrade Martins e Nuno Gonçalo Monteiro, em 2002, afirmavam que não era possível fazer um “ba- lanço seguro” do impacto da legislação liberal sobre a propriedade fundiária (Martins, Monteiro 2002: 68-69). Compreende-se, assim, que certos aspetos da realidade social de Oitocentos continuem envoltos por uma nebulosa. Ve- ja-se, por exemplo, a questão dos proprietários. Diz-se que o direito liberal contribuiu para o aumento do seu número. Mas, de que tipo de proprietários se tratava? Das pessoas que pertenciam à categoria proprietário tal como era entendida no século XIX, isto é, indivíduos detentores de um grande núme- ro de propriedades à escala local? Ou dos seareiros e lavradores, que eram igualmente detentores da posse da terra, conquanto de um número inferior de propriedades quando comparados com a categoria proprietários? E o au- mento foi sentido da mesma forma nas diversas regiões do país? Com este trabalho pretende-se contribuir para aprofundar o conheci- mento sobre a vida no campo no período liberal. Por outras palavras, preten- de-se estudar os grupos sociais que compunham a sociedade em meados do século XIX, numa região da Beira Interior – compreendida entre as penedias da serra da Lapa e o curso do rio Mondego –, e a forma como se encontravam distribuídos pela população desta mesma região. Em termos metodológicos, optou-se por centrar a análise numa fregue- sia: Forninhos. Trata-se de uma aldeia distante dos principais centros urbanos 1 Sobre família e demografia ver o artigo de síntese de Rowland (1984). Sobre aspetos económicos, continua imprescindível a obra de Justino (1988). Os grupos sociais têm sido estudados sobretudo em trabalhos de cariz monográfico, de que se destacam os seguintes: Cascão (1988); O’Neill (2011); Neto (2015). 110 REVISTA DE HISTÓRIA DA SOCIEDADE E DA CULTURA | 18 do país, com dimensão e características similares a inúmeras povoações do in- terior rural. Todavia, o campesinato de Forninhos tem obrigatoriamente de ser percecionado num contexto mais amplo, cotejado com estruturas campesinas de outras localidades da região. Assim, partindo desta localidade, intentar-se-á vislumbrar a existência de modelos e/ou particularidades locais numa região constituída por várias freguesias dos concelhos de Aguiar da Beira e de Fornos de Algodres. As amostras populacionais utilizadas neste trabalho são constituí- das, quase exclusivamente, por trabalhadores do género masculino, pelo facto de, por norma, as fontes não referenciarem o tipo de trabalho realizado pelas mulheres. A aferição e distribuição dos grupos sociais foi feita tendo em con- sideração a forma como os indivíduos são considerados na documentação da época como pertencentes a determinada categoria social: proprietários, jorna- leiros, lavradores ou seareiros, por exemplo. No caso dos proprietários, uma vez que lavradores, seareiros ou mesmo jornaleiros podiam ser pequenos proprie- tários, optou-se por considerar como fazendo parte da categoria proprietários apenas indivíduos identificados nas fontes como tal. As fontes utilizadas para a realização deste trabalho são de tipologia varia- da: registos paroquiais; inventários; relatórios; censos. Para perscrutar as ca- tegorias sociais e a sua distribuição pela população, foram utilizados registos de batismo de diversas freguesias do planalto beirão. Estruturalmente, estes registos são constituídos por referências relativas aos nomes do batizado, dos progenitores, dos padrinhos e do clérigo que presidia à cerimónia. Em mea- dos do século XIX, seguramente por imposição da hierarquia da Igreja, tor- naram-se mais completos: acabaram por ser constituídos por informes rela- tivos à profissão dos progenitores e dos padrinhos de batismo; as referências à data, hora e local de nascimento também aparecem de forma sistemática em diversos registos. Infelizmente, estas referências, imprescindíveis para a realização de um trabalho sobre grupos sociais a partir de registos desta natu- reza (sobretudo as referentes à profissão dos intervenientes na cerimónia de administração do sacramento) deixam de fazer parte dos registos paroquiais, após as décadas de 1860-70. No caso de Forninhos, este tipo de referências só aparece em registos realizados entre 1860 e 1862, o que obrigou a que a janela temporal deste estudo se circunscrevesse às décadas de 1860 e 1870. Para complementar os dados dos registos paroquiais foram utilizadas ou- tras fontes de tipologia diversa. O inventário de José do Nascimento Cardoso, natural de Forninhos, permitiu observar a vida de um lavrador da segunda metade do século XIX. As genealogias de alguns indivíduos dos estratos mais elevados da população foram colhidas em fontes dos arquivos da Inquisição, designadamente nas Habilitações do S. Ofício. JOÃO NUNES | GRUPOS SOCIAIS DA BEIRA INTERIOR EM MEADOS DO SÉCULO XIX 111 As restantes fontes serviram para entrever aspetos, maioritariamente, re- lativos à caracterização de Forninhos. Num trabalho desta natureza era im- portante olhar para a demografia. A evolução da população de Forninhos, paradigmática da demografia do planalto beirão, foi feita a partir de um conjunto variado de censos manuscritos e impressos das Épocas Moderna e Contemporânea. Por sua vez, a sinalização dos espaços populacionais da freguesia foi realizada, quer através dos registos paroquiais (que permitiram aferir os espaços habita- dos), quer através dos registos do Governo Civil da Guarda (que possibilita- ram a aferição do estado de salubridade). Certas fontes do Arquivo Histórico Militar permitiram ainda sinalizar a existência de vias de comunicação rele- vantes, que atravessavam o planalto beirão, no século XIX, sendo que uma das principais passava precisamente por Forninhos. 2. A freguesia Forninhos encontra-se localizada no planalto beirão, sendo parte inte- grante do concelho de Aguiar da Beira. Localiza-se na parte sul do concelho, o chamado “baixo concelho”, confinando com os limes dos concelhos de Penalva do Castelo e de Fornos de Algodres. É composta por duas povoações: Forninhos e Valagotes. O termo da fre- guesia espraia-se por uma área que ascende a 9,62 km2 com uma
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