Diva Martins e Vasco Moreira vencem Modatirso 2017 PÁGINA 10

BIMENSÁRIO | 26 JANEIRO 2017 | N.º 575 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS . TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL entreMARGENS 1,00 EURO Desportivo das Aves Tarifa da água vai cimenta o seu baixar em abril lugar na zona de subida Após negociações entre a Câmara lumétrica variável vão descer 11% O empate frente ao FC Porto “B” não rães “B” se aproximou do líder e a Municipal de e a para os primeiros três escalões a comprometeu as aspirações do Aves alargou para quinze pontos a distân- Indaqua, os valores da tarifa vo- partir de abril. DESTAQUE | PÁG.S 4 E 5 que com a vitória frente ao V. Guima- cia para o terceiro classificado. PÁG. 16

DIREITOS RESERVADOS

CINEMA | DINIS E DANIEL MACHADO DANÇA | FESTIVAL GUIDANCE O olhar Regressam a sociológico sobre Guimarães a juventude os dias da dança CULTURA | PÁGINA 14 CULTURA | PÁGINA 13 02 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 FIM DE SEMANA Dentro de portas - “Surrealistic Pillow” SANTO TIRSO | LIVROS

distância considerável para os dois Alexandra grandes êxitos. Todas as faixas são Lucas Coelho de curta duração, sem ultrapassarem os 4 minutos. A excepção é “Comin’ vai à Biblioteca Back to Me”, uma bonita melodia que nos obriga a reflectir. “I saw you, I Municipal saw you comin’ back to me” – canta, com suavidade, Marty Balin, funda- Alexandra Lucas Coelho é a dor e também vocalista da banda. convidada para uma palestra Manuseando a contracapa, encon- na Biblioteca Municipal, no pró- tramos o nome de Jerry Garcia. O ximo dia 28 de janeiro. O en- guitarrista dos Grateful Dead apare- contro com a escritora faz-se SANTO TIRSO | VISITAS ce aqui comicamente creditado como pelas 15h00, para uma con- No epicentro conselheiro musical e espiritual. Com versa descontraída sobre livros o tempo soube-se que afinal também e a sobre o seu trabalho e obra, Este sábado, as tocou guitarra. Curiosamente, foi a par- iniciativa com vista à dinami- do Verão tir de uma frase dele que nasceu o zação de novas leituras e no- título deste disco. Após ouvir algumas vos públicos. Simultaneamente, do Amor gravações de estúdio, reagiu com a estará em destaque uma expo- ‘rondas’ pelo frase “Sounds like a surrealistic pillow.” sição bibliográfica da autora. ||||| TEXTO: MIGUEL MIRANDA Os envolvidos gostaram por permitir Alexandra Lucas Coelho a interpretação livre. Sim, fica a mente nasceu em dezembro de 1967. concelho andam Falta pouco tempo para que “Sur- aberta para divagarmos. É claramente Estudou teatro e licenciou-se em realistic Pillow” comemore 50 anos. adequado com o espírito da época. Ciências da Comunicação. Tra- Foi em fevereiro de 1967 que saiu Um exemplar selado da edição ori- balhou dez anos na rádio, con- por Vilarinho de São Francisco para o mundo. Ra- ginal foi vendido por 620 dólares tinuando ainda hoje a co- pidamente se tornou num símbolo em janeiro de 2015. Nem sei qual é laborar com a RDP. Desde 1998 IGREJA DE SÃO MIGUEL DE VILARINHO E BAIONA do Verão do Amor e de uma gera- mais admirável: esse valor ou o facto é jornalista no Público. A partir GUEST HOUSE SÃO OS LOCAIS A VISITAR ção focada numa contracultura cujo da primeira edição inglesa não incluir de 2001, viajou várias vezes epicentro se transformou numa re- três músicas e as substituir por outras pelo Médio Oriente/Ásia Cen- Vilarinho é o destino escolhido para de ter sofrido já algumas modifica- volução hippie. do registo de 1966, “Takes Off”. ||||| tral e esteve seis meses em Jeru- um “Rondas”, que decorre já no pró- ções em épocas posteriores. No claus- Recém-chegada aos Jefferson salém como correspondente. ximo sábado, 28 de janeiro. Com tro, do qual só restam vestígios, exis- Airplane, Grace Slick, contribuiu com Nota: por lapso, a imagem que acom- O romance “O Meu Aman- partida da Loja Interativa de Turismo te um arco sólido com um túmulo da- as duas músicas mais fulgurantes do panha o texto públicado na edição te de Domingo” e “Deus-dará” pelas 10h00, os participantes pode- tado do século XIII ou XIV, onde está álbum e do próprio grupo america- anterior, não é do disco “Countdown integram a sua já considerável rão visitar a Igreja de São Miguel e a sepultado o Prior D. João Gonçalves. no: “Somebody To Love” e “White Rab- to Ecstasy” dos Steely Dan, pelo que obra bibliográfica, publicados Casa da Baiona, dois equipamentos Ainda em Vilarinho, os participan- bit”. Trouxe ambas do seu anterior apresentamos as nossas desculpas respetivamente em 2014 e de destaque do concelho. tes são ainda levados a conhecer a projeto musical e deu-lhes voz. A pri- aos leitores e ao autor do texto. 2016. ||||| Uma visita guiada que pretende Baiona Guest House, unidade de meira aproxima-se do hard rock, en- diversificar os “destinos” e partir à des- alojamento local. Intimamente ligada caixando-se, contudo, nos restan- coberta de edifícios e equipamentos à produção têxtil no Vale do Ave, esta tes elementos de folk psicadélico; a de destaque do concelho é o grande unidade de alojamento conta com segunda, escrita por ela, baseia-se no Recém-chegada aos objetivo do programa Rondas que quatro quartos duplos, piscina, court universo fantasioso de Lewis Caroll, Jefferson Airplane, desta vez conduz os participantes pela de ténis, sauna e jacuzzi. Depois de “Alice no País das Maravilhas”. Com Grace Slick, contribuiu Igreja de São Miguel de Vilarinho, funcionar como residência particular, referências a alucinogénios (“pills”, “ monumento classificado como “Imó- até aos anos 1980, teve já muitas “smoking caterpillar” ou “kind of com as duas músicas vel de Interesse Público” desde 1953. outras vidas, funcionando agora co- mushroom”), flui num crescendo qua- mais fulgurantes A igreja paroquial de São Miguel de mo guest house (na imagem). se apoteótico. Os nove temas que so- do álbum e do próprio Vilarinho revela um estilo românico, Destinada ao público em geral, a bram ficam noutro patamar, com uma grupo americano possivelmente do século XII, apesar iniciativa tem inscrição gratuita. |||||

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nesta primeira saída de janeiro foi o nosso estimado assinante Manuel Fernando F. Gonçalves residente na rua Sr.a de Fátima, em Vila das Aves. O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena, deve contactar a redação do Entre Margens.

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO) Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607 ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017| 03 Sol de inverno, tarde sai e cedo vai

SEXTA, DIA 27 SÁBADO, DIA 28 DOMINGO, DIA 29 Aguaceiros. Vento fraco. Aguaceiros. Vento fraco. Céu pouco nublado. Vento fraco. Max. 12º / min. 7º Máx. 14º / min. 14º Máx. 15º / min. 10º

SANTO TIRSO | MÚSICA menagear o mártir Tirso através da dação dos bombeiros da localidade realização de um conjunto de ações, esta passou a denominar-se “Banda na sua maioria de natureza cultural, dos Bombeiros Voluntários de Riba que se prolongarão até dia 3 do pró- de Ave” mas que na prática nada ti- Banda de Música ximo mês de fevereiro. nham em comum, sendo regida pelo Este sábado, as iniciativas come- Cap. Biscaia, da Inf. N.º6 no Porto. çam às 9h30, com o hastear das ban- Numa altura de crise onde se dá deiras, na sede da União de Fregue- o fenómeno da emigração a Banda de Riba de Ave sias, inaugurando-se, pelas 11h00, perde grande quantidade de músi- as obras de requalificação da rua da cos e vê-se forçada a parar um ano. Encosta. Pelas 14 horas, terá lugar a Surge então em 1968, com a desig- 5.ª jornada da Liga Toupeira sendo, nação de “Sociedade Artística Musi- atua na Fabrica de quatro horas mais tarde, celebrada cal de Riba de Ave e Banda dos B. V. Missa Solene na Igreja Matriz. Às de Riba de Ave”, sob a batuta do pro- VILA DAS AVES | MÚSICA 21h30, o já referido concerto pela fessor António Brito. Banda de Música de Riba de Ave. Presentemente, a designação da Santo Thyrso Com duzentos anos de história Banda é Associação Cultural Banda O rock dos a Banda de Música de Riba de de Música de Riba de Ave. Ao longo Ave iniciou a sua atividade, não com dos anos a sua atividade desenvolveu- Gin Fizz CONCERTO INTEGRA A SEMANA DE HOMENAGEM AO MÁR- a designação atual mas sim com o se a abrilhantar romarias em todo o TIR TIRSO. NO DOMINGO, OUTRO DOS DESTAQUES que viria a ser uma junção, por volta país mas mais frequentemente no nor- da década de 20, entre duas ban- te de , zona de grandes tradi- em mais uma DO PROGRAMA COM O ESPETÁCULO “NÓS DE DANÇA”. das daquela época que eram a Ban- ções nos famosos despiques musicais. da dos Conceições e a Banda do No domingo, outro dos grandes Noite Tirsense Com um historial que remonta a 1816, Tojão que viria a denominar-se “Ban- momentos da Semana de Santo Tirso a Banda de Música de Riba de Ave da dos Conceições e do Tojão”. e, mais uma vez, na Fábrica de Santo SEXTA, ÀS 21H30, NO atua no próximo sábado na Fábrica Por volta de 1900, o industrial Nar- Thyrso, ou seja o espetáculo “Nós CENTRO CULTURAL de Santo Thyrso. O concerto, com en- ciso Ferreira decidiu passar a custear de Dança – As Tradições Portugue- trada livre, está marcado para as COM DUZENTOS ANOS DE o agrupamento musical, que passou sas”. Um espetáculo das escolas de Promovida pela Câmara Munici- HISTÓRIA, BANDA DE MÚSICA DE pal de Santo Tirso com o objetivo 21h30 e integra a Semana de Santo RIBA DE AVE ATUA ESTE SÁBADO a denominar-se: “Banda das Fábricas dança da União de Freguesias com Tirso; iniciativa organizada pela respe- NA FÁBRICA DE SANTO THYRSO. de Riba de Ave”, até ao ano de 1949. início marcado para as 16 horas. A de divulgar as bandas do conce- tiva União de Freguesias que visa ho- É ÀS 21H30. ENTRADA LIVRE Um ano depois, quando se dá a fun- entrada é livre. |||||| lho, a “Noite Tirsense” está de re- gresso ao Centro Cultural Muni- cipal de Vila das Aves, já no pró- ximo dia 27 de janeiro. Os “Gin Fizz” atuam pelas 21h30, e são a banda protagonista de um espe- táculo que promete muito rock. Os Gin Fizz são uma banda rock de Santo Tirso, cujo repertó- rio é constituído por músicas ori- ginais cantadas em português, ins- piradas em diversos estilos musi- cais, mas com uma influência marcante dos anos 80 e 90. A banda é formada por Carlos Lima, na voz e guitarra; Carlos Jor- ge, na guitarra e voz; Hugo Mar- ques, no baixo e voz e José Rodrigues na bateria. O concerto desta sexta-feira dos “Gin Fizz” tem entrada livre. |||||

Dra. Lídia Leite Pediatria ENTRE Dra. Ana Lanzinha MARGENS Ginecologia e Obstetrícia Assine e divulgue Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Aves Contactos: 252 874 508 / telefone 252 820 350 | fax 252 820 359 932 056 797 E-mail: [email protected] Edifício Torre 2º F - Fontainhas - Vila das Aves 04 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 DESTAQUE ram cuidados”, adiantou o autarca. tros cúbicos), e terceiro escalão (16 a CONCELHO | ÁGUA A autarquia justifica esta medida 25 metros cúbicos), sofrem uma re- como mais uma que faz parte de uma dução mensal no consumo de água panóplia de medidas direcionadas a de 11 por cento. No caso do quarto aliviar o orçamento das famílias. Esta, escalão e último escalão (consumo em especial, é transversal a toda a de mais de 25 metros cúbicos), que Tarifa da população do concelho cliente da In- envolve também as empresas, o de- daqua e direcionada à classe média créscimo mensal é de três por cento. e às micro e pequenas empresas. No concelho de Santo Tirso, ao con- Para além da redução direta no pre- trário de outros municípios, a insta- ço das faturas, o executivo municipal lação do ramal até vinte metros e do água vai continua a negociar a introdução de contador são gratuitos. uma tarifa social e tarifas para famíli- as numerosas que, segundo diversas A ÁGUA E OS SOUNDBITES instâncias reguladoras, são afetadas No passado mês de novembro a As- por um preço desregulado e não pro- sociação Portuguesa de Famílias Nu- baixar em abril porcional ao consumo de água. merosas divulgou um estudo sobre “Este diálogo vai continuar. Fica- os concelhos com a água mais cara mos na expectativa que o Governo, do país, onde Santo Tirso aparecia APÓS NEGOCIAÇÕES ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO anterior ou este, fizesse algo em re- no topo da tabela a par da Trofa, con- lação à uniformização do tarifário da celhos com concessões à Indaqua. TIRSO E A INDAQUA, OS VALORES DA TARIFA VOLUMÉTRICA água a nível nacional de modo jus- Este resultado levou a reações ime- to, o que não aconteceu”, explicou VARIÁVEL VÃO DESCER 11% PARA OS PRIMEIROS TRÊS Joaquim Couto, acrescentando que ESCALÕES A PARTIR DE ABRIL, SENDO QUE O TARIFÁRIO EM “a introdução da tarifa social e tam- bém da correção no tarifário para as JANEIRO SE MANTERÁ INALTERADO RELATIVAMENTE A 2016. famílias numerosas é essencial equi- librar o preço per capita em relação a ||||| TEXTO E FOTO: PAULO R.. SILVA e em 3% para o quarto escalão e não- famílias com poucas pessoas. O que domésticos, só é possível devido à não acontece no atual tarifário. A decisão sobre a manutenção dos saúde financeira da autarquia. A di- Quanto maior é o consumo maior o preços em relação ao ano anterior minuição dos preços sairá diretamen- preço por pessoa, o que me parece surgiu da negociação da autarquia te dos cofres da câmara municipal, injusto para as famílias numerosas.” de Santo Tirso com a nova equipa duzentos mil euros anuais do Orça- Num contexto nacional em que de gestão da Indaqua, empresa que mento Municipal. nos últimos anos o setor da água tem detém a concessão na maioria do Para o presidente, esta trata-se “de sofrido profundas alterações, que nem território do concelho. uma medida universal, que atinge sempre funcionam em função da de- Em conferência de imprensa Joa- todos os consumidores, mas tem uma fesa dos interesses das populações, quim Couto, presidente da Câmara maior prevalência nas famílias com a Câmara de Santo Tirso decidiu to- Municipal de Santo Tirso, afirmou que rendimentos médios”. No caso con- mar uma medida que é um sinal po- este “protocolo que a câmara vai as- creto de um agregado familiar com- lítico para mais justiça social que sinar com a Indaqua resultou de um posto por dois adultos e duas crian- afetará cerca de catorze mil consumi- amplo diálogo entre as instituições ças, com um consumo médio mensal dores em todos os escalões afetados. que envolveu também o município de vinte metros cúbicos de água, a Deste modo, a fatura com os no- da Trofa. Teve um desfecho positivo, redução da tarifa variável atinge um vos preços da água deverá chegar porque entretanto o acionista princi- valor de quase cinquenta euros por aos consumidores no início de maio, pal da Indaqua também mudou mui- ano. Joaquim Couto enaltece ainda referente ao mês de abril. Até março, to recentemente e isso proporcionou que apenas foi possível avançar para a tarifa manter-se-á igual à de 2016. esta conclusão”. esta redução dos preços por uma NA IMAGEM, JOAQUIM COUTO, De acordo com o novo tarifário, os PRESIDENTE DA CÂMARA DE Relativamente à redução das tarifas questão de rigor na gestão financei- SANTO TIRSO, NA CONFERÊN- munícipes que pertencem ao primei- volumétricas variáveis para o primeiro, ra do orçamento da câmara. “As con- CIA DE IMPRENSA SOBRE A ro escalão (zero e cinco metros cúbi- segundo e terceiro escalão em 11% tas estão equilibradas e já não inspi- DESCIDA DAS TARIFAS DE ÁGUA cos), segundo escalão (seis e 12 me-

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda. Av. Comendador Silva Araújo, nº 359 4795-003 Vila das Aves Tel/Fax: 252 941 105 TLM: 919 696 844 Email: [email protected] www.cinaves.com ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 05

diatas por parte da oposição e do A redução das tarifas tudo enquanto relatório técnico e in- executivo de Joaquim Couto. Em co- volumétricas variáveis dependente. “O foco destes estudos municado, a concelhia do PSD/Santo para o primeiro, se- é exclusivamente a tarifa em vigor, E sobre o lixo, Tirso afirmava que “o valor cobrado levando-se ao absurdo exemplos de em Santo Tirso não tem paralelo no gundo e terceiro esca- uma família média composta por 10 território nacional, provando ser ine- lão em 11% e em 3% pessoas.” Para o autarca, as assimetrias xistente qualquer política de apoio às para o quarto escalão ao nível da rede de água “vêm dos como vai ser? famílias por parte da Câmara Muni- e não-domésticos, só é anos 90 e da construção da rede pú- cipal de Santo Tirso”, sublinhando possível devido à saúde blica de água domiciliária” nos mu- ||||| TEXTO: AMÉRICO LUÍS FERNANDES curso impugnava também a deci- ainda que este relatório vem “des- financeira da nicípios, em especial da “impossibili- são que considerava não justifica- mascarar” a propaganda do executi- dade de alguns em se candidatarem A decisão de subsidiar as tarifas dos, na proposta da Ecorede, “os vo de que o preço da água não é autarquia. a fundos comunitários”. Com esta im- da água fornecida pela Indaqua e preços anormalmente baixos” por aumentado há três anos, já que isso possibilidade a “opção foi conces- assim baixar os custos aos muní- esta apresentados e ainda a pre- só acontece porque o valor já é o A diminuição dos sionar a privados” esse investimento, cipes é surpreendente porque o tensão da câmara de que fosse mais elevado a nível nacional. preços sairá naquilo a que se chamou o “princí- esperável, face ao propalado abai- usada a possibilidade de afastar o Por outro lado, Joaquim Couto re- diretamente dos cofres pio do utilizador-pagador”. O presi- xamento de custos de recolha de efeito anulatório da decisão judi- agiu aos resultados do estudo e ao da câmara municipal, dente da Câmara recorda ainda que resíduos sólidos, seria o abaixa- cial. Isto é: defende a câmara que, comunicado da oposição num arti- “os municípios portugueses, não to- mento das respetivas tarifas. De devia o tribunal determinar a ma- go de opinião no Jornal de Notícias, duzentos mil euros dos, têm uma dívida de 650 milhões facto, como já foi referido anteri- nutenção do contrato efetuado intitulado, precisamente “A água e os anuais do Orçamento de euros à Águas de Portugal”, co- ormente neste jornal, a câmara porque, ponderados os interesses soundbites” onde coloca em causa Municipal. brando tarifas mais baixas porque “não municipal deu conta de poupan- públicos e privados em presença e cientificidade e o oportunismo do es- pagam ao fornecedor.” ||||| ças substanciais neste domínio a “gravidade da ofensa geradora com o contrato que firmou há cer- do vício procedimental em causa”, ca de um ano com a Ecorede, na a anulação se revela desproporci- sequência de concurso público onada e contrária à boa fé, não internacional. tendo em conta a poupança obtida Será que, por prudência, o exe- e os perigos de haver “interregnos cutivo camarário espera as deci- na prestação do serviço e inquietu- sões definitivas dos tribunais re- de na população”. Os três juízes lativas ao pedido de anulação da adjudicação à Ecorede e de reava- liação das outras propostas con- correntes, com exclusão da pro- posta da mesma Ecorede, para de- pois decidir das tarifas? É uma hipótese que se afigura plausível, até porque já há três decisões desfavoráveis à Câmara e do Tribunal Central Administrati- à Ecorede neste processo. A deci- vo do Norte que assinam a senten- são do Tribunal Central Adminis- ça consideraram improcedentes os trativo do Norte, que já foi torna- fundamentos desta impugnação, da pública, considera improceden- deixando claro que “no que res- te o recurso relativamente à deci- peita ao interesse público da con- são do Tribunal de Penafiel de tinuidade da prestação dos servi- exclusão da Ecorede por “violação ços” por motivo da anulação do de um aspeto de execução do con- contrato, “o possível recurso a con- trato não submetida à concorrên- tratos temporários (...) permite con- cia” (a empresa propôs-se fazer siderar pouco provável a descon- apenas uma vez por mês a limpeza tinuidade na prestação dos serviços de parte dos arruamento de Vila em causa”. A Câmara Municipal re- das Aves, em vez de duas como exi- correu desta decisão para o Supre- gia o caderno de encargos). O re- mo Tribunal Administrativo. |||||

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viria a ser o Centro Cultural de Vila das Aves mas, infelizmente, a atividade da AA 78 esmoreceu em mãos tão jovens e ainda em fase de formação universitária, e, por falta de mobiliza- ção e de liderança, entrou num vazio diretivo que, só passados estes anos, Luís Américo Fernandes por um golpe de rins desta mesma M.ª Assunção Lino O DIRETOR geração entretanto mais amadurecida, se conseguiu ultrapassar esta crise e Tudo é uma questão de perspetiva. Se O ano de 2017 começa por encer- aparecer com um novo élan. Uma das estamos no cimo de uma colina temos, rar um ciclo da nossa vida democrá- consequências visíveis desta investida necessariamente, sobre o que nos rodeia, tica com o desaparecimento do “pa- é a recuperação do Cubo das Artes, uma visão diferente dos que estão na triarca” que personificou o próprio que entretanto, devido a infiltrações sua base. Além disso, também o conhe- regime “pluripartidário do pós- 25 de humidade ao longo de anos de cimento que temos das coisas, as vivên- de Abril”: o dr. Mário Soares (MS) foi desocupação, foi necessário recupe- cias que acumulamos, condicionam, ain- esse Homem que concitou um am- rar com uma impermeabilização do da, o entendimento que temos do que plo consenso político em volta do le- telhado e pinturas interiores Espera- vemos e vivemos. (“Assim que tiverdes o en- gado e do magistério político e cívi- E, se ao longo de quase meio sé- mos sinceramente que, pondo mãos tendimento das cousas, assim tereis o entendi- co que nos deixou. Graças à sua esta- culo deste período histórico, muitos à obra e recuperando o que virá a mento dos meus versos” já dizia Camões.) tura, ao seu talento estratégico e à sua de nós cumprimos também uma se- ser a sua sede de trabalho, os novos Portanto, quando eu falo do que acon- coragem, o novo regime em transi- Recentemente, gunda adolescência democrática de dirigentes possam dar início a uma tece ou aconteceu à minha volta, sou, ção movediça para um novo horizon- vimos ressurgir a aprendizagem de novos valores e nova dinâmica cultural e associativa naturalmente, emissora de uma mensa- te de descolonização, de democracia “Associação posturas que não eram as que vigo- consentânea com a matriz estatutária gem que apreendi na medida daquilo e desenvolvimento, conseguiu conso- Avense, a AA 78, raram no regime de ditadura em que que foi a sua na fundação mas, ajus- que sou, do que sei e do que não sei. Di- lidar-se num quadro coerente e está- nascemos e crescemos, eis-nos tam- tada aos interesses e aspirações cul- to isto, fica claro que as minhas palavras vel e assumir um estatuto consisten- que muitos de bém confrontados com um declínio, turais das novas gerações de avenses são a expressão do entendimento que te no contexto das democracias nós, no período o de uma caminhada inexorável para que queiram aderir. tenho das coisas. Respeito as opiniões europeias a que MS incansavelmen- revolucionário a passagem de testemunho às gera- A última observação reservo-a para alheias e tento entendê-las, estando ou te nos fez aceder, com a integração em curso, ajuda- ções mais novas e nem sempre sou- esta aventura “editorial” que se cha- não de acordo, apreciando sobretudo, a plena na CEE/ UE no 1º de janeiro mos a formatar bemos fazê-lo com inteligência e cla- ma “Jornal Entre Margens” e que qualidade da argumentação e da escrita, de 1986, já lá vão 31 anos. Eis-nos em ordem a uma rividência. Recentemente, vimos res- neste ano celebra 30 anos inin- a clareza da linguagem. Do exposto resul- pois chegados à maioridade do novo surgir a Associação Avense, a AA terruptos de publicação fazendo dele ta ainda que, se ouso publicar as minhas Regime com a despedida, com todas cultura de cida- 78, que muitos de nós, no período o jornal local que mais tempo per- opiniões, deverei ser, também, recetiva a as Honras de Estado a um verdadei- dania e de revolucionário em curso, ajudamos maneceu ao serviço desta terra e das eventuais críticas que possam gerar. ro “pai espiritual”. MS acabou por ser vivência de a formatar em ordem a uma cultura suas gentes, bem como das freguesi- Sendo o Homem um ser social, a in- reconhecido como o farol que ilumi- atividades cultu- de cidadania e de vivência de ativida- as ribeirinhas circunvizinhas. Surgiu formação/comunicação é fundamental. nou o nosso futuro e, por isso mes- rais, de entrete- des culturais, de entretenimento e de como filho legítimo da Cooperativa Os novos meios, a poderosa internet, per- mo, o país lhe tributou um sincero nimento e de vida saudável na nossa comunidade Cultural de Entre-os-Aves que fun- mitem o acesso de um número excecio- “muito obrigado Mário Soares”, um avense num ambiente de gestão e damos em 1983 e sobre o seu “pa- nal de pessoas, a uma velocidade obrigado que nada tem de mórbido, vida saudável participação democrática sem precon- trocínio” o consolidamos, muito gra- excecional, o que é bom, claro, mas torna de orfandade e de perda exaspera- num ambiente ceitos de classe ou exclusão fosse ças a um núcleo duro de fundado- mais urgente o aviso velho: “A pedra ati- da, porque ficou enriquecido com esta de gestão e parti- por que motivos fosse. Esta associa- res, que, neste momento, ponderam rada e a palavra dita não se podem re- passagem de testemunho. cipação demo- ção perdurou com altos e baixos, pelo se este modelo “patrocinador” será cuperar”… todo o cuidado é pouco… crática sem pre- menos ao longo de mais de duas o mais adequado para os desafios Por outro lado, é uma perturbante evi- conceitos de décadas, acabando por fazer também que a imprensa local e regional lhe dência outra consequência desta global um percurso de transição para as coloca. O rejuvenescimento que se abundância de mensagens: o surgimento classe ou exclu- mãos de dirigentes mais jovens, com exige para que o jornal Entre Mar- de novas artes e novos artistas da inter- são fosse por que o apoio do Instituto da Juventude e gens possa atingir a maioridade, para pretação, gestão, manipulação e interpre- motivos fosse.” Centros infor-jovens, apostados em além do seu título de “filiação” e do tação do que foi dito ou escrito. iniciar e desenvolver um processo de envelhecimento e caducidade dos Ocorre-me, neste contexto, Almeida formação para as novas tecnologias, seus fundadores, vai mesmo ter que Garrett e a divertida conclusão de que, a informática e as novas formas de passar por uma fórmula mais prag- afinal, já foi tudo dito: comunicação que tornaram a globali- mática e economicamente mais ou- “ Se estou contente, querida, zação possível; foi já sob este signo sada de olhar para o futuro. O deba- com a imensa ternura tecnológico e com fortes apoios insti- te está lançado e vamos necessitar Que me vem do teu amor? tucionais que a AA 78 conseguiu de colaboradores à altura dos no- Oh, não, falta-me a vida, construir um novo edifício, o “Cubo vos desafios, sejam cooperantes ou Sucumbe-me a alma à ventura, das Artes”, no topo nascente do que não, fundadores ou refundadores. ||||| O excesso de gozo é dor!” ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 07

Fiquei especialmente chocado com a aparente indiferença relativamente à morte de Mário Soares por uma parte “significativa da minha geração, o que ajuda mais uma vez a desmistificar o título de «a mais qualificada de sempre»”. HUGO RAJÃO

O Poder CARTA AO DIRETOR Mário Soares, a indiferença Vila das Aves do Rumor parada no espaço da minha geração e no tempo epíteto, atribuído com inteira justiça, tos necessários para tecer um olhar A caminho de outras eleições autár- de pai da democracia. “Não o fez sozi- crítico sobre si e sobre o mundo. Con- quicas, agendadas para final deste nho”, tenho lido em alguns caixas de forma-se, portanto, ao lugar que pres- ano, já se pode dizer que Vila das comentário do Facebook. Com certe- supõe ser o seu, num gesto de resis- Aves pouco ou nada beneficiou do za que não, nenhum momento fulcral tência a toda e qualquer mediação. É mandato desta Câmara e respetiva da História depende, e ainda bem, de a lógica de um Homem para cada Junta de Freguesia, alegando sempre uma personalidade só. Mas dizê-lo, lugar que tanto o Estado Novo quan- [os seus responsáveis] a falta de ver- Hugo Rajão na tentativa de diminuir a sua impor- to o capitalismo moderno, por estra- Tiago Grosso bas para cumprir promessas, prejudi- tância, é uma pura manifestação de nha que pareça a afinidade, partilham, cando, assim, quem por cá vive. Os Mário Sores foi, em Portugal, uma das má fé tão válida como constatar que correspondendo, num certo sentido, Nos dias que correm, a rapi- impostos são pagos em grande quan- figuras mais preponderantes do sé- Martin Luther King teve companhia ao que o filósofo Jacques Rancière dez com que um rumor apare- tidade, mormente o IMI que renda à culo XX e sem dúvida o maior políti- até Washington, que Mandela não foi denomina por «estado policial do ce e se espalha tem crescido Câmara Municipal um balúrdio de co do pós-revolução. Sem pretender um lobo solitário no derrube do Apar- sensível». Uma lógica cujo sucesso exponencialmente. dinheiro do qual não se fala, mas cometer a grosseria, comum a alguns theid, ou que Churchill sem os seus de reprodução é, entre outras coisas, Por um lado, a informação que o povo sente na pele tendo em vultos sinistros, de exultar o 25 de soldados jamais teria ganho a guer- reforçado pelo desprezo progressivo, viaja mais rápido do que nunca, conta a forma como são distribuídos novembro em detrimento do 25 de ra. Soares é o grande protagonista e dentro da sociedade civil, que quer a por outro, sendo seres com uma tais impostos. abril, seria, no entanto, ingênuo, no deve, portanto, sem descurar os de- cultura quer as humanidades têm crescente necessidade de en- Pois, mas Vila das Aves está, ape- mínimo, julgar que a queda de um mais, ser agraciado nessa proporção. sido alvo. Subsequentemente, há uma tretenimento, procuramos as in- nas, e para já, com o primeiro lanço regime totalitário, embora absoluta- Por isso mesmo, fiquei especial- interiorização das liberdades básicas formações mais suculentas, mais de obra da rua Silva Araújo, deven- mente fundamental, conduz, por si mente chocado com a aparente indi- enquanto fruto da ordem natural das surpreendentes, aquelas que do o restante, talvez, fazer-se lá mais só, ao natural brotar da democracia ferença relativamente à sua morte por coisas e, portanto, impossível de re- podemos comentar com os ou- para o final do mandato, como for- e do progresso. Como a História nos uma parte significativa da minha ge- troceder, que transcende a constru- tros. Assim sendo, não é estra- ma de cumprir tal empreendimento. mostra, olhem o exemplo da Revolu- ração (nasci em 1991) o que, na mi- ção e a vontade humana, análogo nho que se veja um novo “es- Pouco mais do que isto foi feito, a ção Cubana, está longe de ser assim. nha opinião, ajuda mais uma vez a aos fenómenos da física ou da biolo- cândalo” a cada nova semana. não ser uns pequenos arranjos, de Por cada configuração institucional desmistificar o título de «a mais qua- gia, substancializado no conceito Esta seria uma situação ino- pouca importância. Assim vamos an- que se dilui, é possível imaginar uma lificada de sempre». Se por um lado obscuro de «realidade». Assim sen- fensiva, não fosse pela nossa Na- dando, mas Vila das Aves merece panóplia de outras tantas para lhe é inegável o número massivo de gra- do, a política afigura-se despicienda, tureza teimosa. Os falsos rumo- mais, tratando-se da segunda maior dar lugar. No caso português, ao lon- duados, por outro nota-se, em mui- uma maçada burocrática a cargo du- res aparecem e dissipam-se num freguesia do concelho. go de um processo revolucionário tos casos, uma profunda ignorância ma classe de administradores (tecno- piscar de olhos. Contudo, dei- Posso considerar que Câmara Mu- cujas posições assumidas estavam, por tudo o mais que ultrapassa os li- cratas) desfasada do resto dos comuns xam para trás danos permanen- nicipal e Junta de Freguesia do man- como é sabido, longe de convergir, a mites da respetiva área de formação. mortais. Curiosamente, de novo, uma tes. Não precisamos de olhar mais dato anterior mostraram maior servi- transição para uma democracia libe- Ou seja, cada um domina um deter- aceção muito próxima da de Salazar. longe do que as eleições: surge ço; as obras estão à vista de todos. ral de estilo europeu, consolidada minado ramo técnico/científico e esgo- Foi precisamente esta lógica que um boato sobre um candidato e, Como estamos em democracia nin- posteriormente com a adesão à CEE, ta a sua identidade no cumprimento Mário Soares combateu toda a vida. confirmado ou não, tem imedia- guém leve a mal que há que fazer que dura até hoje, deveu-se, em gran- da função que lhe é destinada, renun- Da minha parte, um eterno obrigado! tamente um impacto negativo. mudanças, para melhor. O povo é de medida a Mário Soares. Daí o ciando assim a cultivar os instrumen- ||||| [email protected] É por teimosia que os danos quem mais ordena! A junta alega que ficam depois do rumor terminar. não há verbas para mais e, assim o CARTOON // VAMOS A VER... Voltar atrás e mudar uma opi- tempo vai passando, e as promessas nião é um exercício demasiado ficam em águas de castanha. Espere- complicado para o ser humano. mos que as novas eleições autárqui- Admitir que estamos errados, até cas nos tragam outro modelo de mesmo a nós próprios, é, por ve- governação, com novas caras, cien- zes, semelhante a arrancarmos tes de que, com certeza, farão me- parte do nosso corpo. lhor! ||||| JOSÉ DE BRITO GONÇALVES Tudo isto se agrava, claro, pela preguiça e indisposição para procurar informação. Pre- ferimos ser desinformados, mas acreditar naquilo do que dize- mos, do que sermos contradita- dos. Por isso, usam-se os rumo- res, que fazem uso desta teimo- sia, desta forma de ver o mun- do a preto e branco, em que nós temos que estar certos e os outros estão errados. E, mes- mo que lutemos contra isto, o nosso subconsciente não nos deixa ganhar a 100%. |||||| 08 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 ATUALIDADE e a própria direção da escola alertaram- nos para a dificuldade que havia aqui nos transportes sobretudo durante o inverno, por causa do mau tempo, mas também da facilidade em fazer um pequeno arruamento com um abrigo coletivo para que houvesse maior conforto”, contou na ocasião o presidente da Câmara Municpal. Num evento com forte participa- ção da comunidade escolar e onde também marcaram presença a verea- dora com pelouro da Educação, Ana Maria Ferreira, a presidente da Junta de Freguesia de Vila das Aves, Elisa- bete Faria, o diretor do agrupamento de escolas D. Afonso Henriques, Rui Sousa, reiterou que “uma escola com mais de vinte anos não ter uma pa- ragem para os seus alunos era uma vergonha”, sublinhando ainda que “quem conhece esta zona, em espe- cial às 8h30 e às 13h20 percebe que isto vem libertar muito trânsito.” Já o atual presidente da Associação de Estudantes, André Fernandes, des- taca que vale a pena lutar, afirmando VILA DAS AVES | ESCOLA SECUNDÁRIA que “a paragem de autocarros foi uma implementada que se reclamava por prioridade para a associação porque uma intervenção deste tipo para su- foi uma prioridade dos estudantes.” prir os problemas existentes. A obra servirá assim a comunida- A paragem A solução foi ganhando mais for- de escolar da Escola Secundária D. ça durante os últimos três anos com Afonso Henriques e melhorará a cir- esforços mais concertados e viáveis culação do trânsito na zona, para por parte das várias associações de além criar novas condições para os prometida estudantes, que se expressaram dire- estudantes apanharem os transpor- tamente ao presidente da câmara tes escolares. Nas palavras do autarca, numa visita à escola e apresentaram, “a presença dos alunos aqui é razão eles próprios, um projeto que resol- suficiente para demonstrar a satisfa- está concluída veria os problemas. ção deles pelo facto de terem reivin- No evento que serviu para marcar dicado uma obra, embora pequena A LUTA DE VÁRIOS ANOS DOS ESTUDANTES FEZ-SE FINALMENTE a abertura ao trânsito, Joaquim Couto, que está executada.” ||||| OUVIR E A CÂMARA MUNICIPAL CONCLUIU O PROJETO DE presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, enalteceu a capacidade QUARENTA E CINCO MIL EUROS QUE PRETENDE de resolução de problemas da co- OFERECER MAIS CONFORTO À COMUNIDADE ESCOLAR. munidade escolar, mostrando-se sa- A paragem de autocar- tisfeito pela participação dos alunos, ros foi uma prioridade ||||| TEXTO E FOTO: PAULO R.. SILVA uma nova faixa de circulação em fren- naquilo que para a câmara munici- para a associação te à escola secundária, é uma velha pal é uma “pequena intervenção que “ A intervenção que contempla a cons- reclamação dos alunos. Ao longo resolve grandes problemas.” porque foi uma prio- NA IMAGEM, RUI SOUSA, ELISABETE trução de uma paragem de autocar- das décadas, desde que a Escola Se- FARIA, ANA MARIA FERREIRA, “Há dois anos atrás, em visita à ridade dos estudantes.” ros coberta, bem como a criação de cundária de Vila das Aves foi aqui JOAQUIM COUTO E ANDRÉ FERNANDES escola, a Associação de Estudantes ANDRÉ FERNANDES Funerária das Aves Alves da Costa Serviço permanente CHAPEIRO | PINTURA | MECÂNICA GERAL

Telef. 252 941 467 Telem. 914 880 299 Rua Ponte da Pinguela, nº 224 | Vila das Aves Telem. 916 018 195 Tlf: 252 871 309 Fax: 252 080 893 | [email protected] ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 09

Para toda a gente é a Ponte, a ponte que deu origem aos lugares da Ponte, um em cada margem, tendo o lugar da Ponte de seguida dado origem, entre outras coisas, à Escola da Ponte...

MUNICÍPIO | DESEMPREGO Taxa de desemprego volta a descer no concelho O NÚMERO DE INSCRITOS NO CENTRO DE EMPREGO DE SANTO TIRSO ENTRE JANEIRO E NOVEMBRO DE 2016 DECRESCEU 12%

De acordo com os dados do de das nossas empresas cria- Instituto de Emprego e Forma- rem riqueza e novos postos MUNICÍPIO | VILA DAS AVES E S. TOMÉ DE NEGRELOS ção Profissional (IEFP), Santo de trabalho, resultado tam- Tirso tinha em novembro pas- bém de um pacote de medi- sado quatro mil e trezentas pes- das amigas das empresas que soas registadas, um número a Câmara tem implementado”. Obras na Ponte sobre o rio que representa uma descida As políticas de incentivo de 36% nos últimos três anos. dirigidas ao tecido empresa- Segundo Joaquim Couto, rial local, com vista à atração : concurso já decorreu presidente da Câmara Muni- de novos investimentos e ao cipal de Santo Tirso, os nú- crescimento das empresas já O PRAZO DE EXECUÇÃO É DE 180 DIAS E O CUSTO DE CERCA DE 350 MIL EUROS meros são motivo de satisfa- instaladas no município, são ção, tendo em conta que o já avaliadas em mais de nove ||||| TEXTO: AMÉRICO LUÍS FERNANDES gar da Ponte de seguida dado origem, prédio existente na entrada do lado de atual executivo estabeleceu milhões de euros, distribuí- entre outras coisas, à Escola da Ponte a Negrelos). Serão aproveitados os cubos como um dos pilares da sua dos pelos projetos empresa- Tanto para os habitantes de Vila das Aves qual, tendo mudado de margem, nem por de granito existentes na repavimentação. ação política o emprego e o riais sediados no concelho. como para os de Negrelos é a Ponte, sem isso precisou de mudar de nome nem Como resultado da intervenção, tanto o investimento. Os dados oficiais, apresen- outro nome ou atributo. Poderíamos cha- de projeto (“Fazer a Ponte”), um sinal de trânsito automóvel como o de peões fi- Nas palavras do autarca, tados pelo IEFP e pela Comis- mar-lhe a Ponte Velha, mas sendo a ou- que a ponte une mais do que separa. carão facilitados com o novo perfil do “Santo Tirso continua a ser são de Coordenação e De- tra a Ponte Nova (apesar dos seus mais Pois a Câmara Municipal vai refazer a tabuleiro da ponte e, espera-se, que no exemplo no que toca à desci- senvolvimento Regional do de 150 anos) e aparecendo sempre com ponte, isto é, requalificá-la para servir me- caso dos peões, a melhoria das condi- da da taxa de desemprego, Norte, mostram a tendência esta designação completa, quando se fala lhor nas condições atuais de tráfego auto- ções de circulação resulte também do pro- comparativamente com a mé- estrutural de que Santo Tirso só na Ponte não há confusão. Confusão móvel e pedonal. É ideia que já deve levar longamento do passeio até à estrada dia nacional”, sublinhando continua a ser um exemplo seria chamar-lhe Ponte de Negrelos por- bem mais que uma dezena de anos nos nacional, o que, ao que parece, está ga- ainda que “estes dados são no que toca à descida da taxa que este é o nome da muito mais antiga planos da autarquia e que parece estar, rantido no projeto. demonstrativos da capacida- de desemprego. ||||| ponte que liga Lordelo/Moreira de Có- finalmente, destinada a ser concretizada. Aguarda-se com alguma expetativa negos a S. Martinho do Campo. Podia De acordo com informação obtida pelo que o arranque das obras seja anuncia- ser, então, Ponte de S. Tomé mas deixaria Entre Margens a obra foi posta a con- do, até porque, o estado de conservação a outra margem a pedir que fosse de S. curso no final de dezembro passado com da ponte é lamentável, com árvores e ar- Miguel. Mais razoável seria então a Pon- um valor de base de cerca de 357 mil bustos a cresceram nas juntas das pe- te do Espírito Santo, pela capela que “pro- euros e para execução num prazo de 180 dras que constituem o arco. Por outro, a tege” a entrada do lado sul. Muito em- dias a partir da celebração do contrato perspetiva da realização das obras, a cur- bora a capela tivesse tido, anteriormente, com a empresa que vencer o concurso. to prazo, para resolver o cruzamento do como patrono S. Lázaro. O projeto contempla o alargamento Barreiro exige uma alternativa funcional. Mas, para toda a gente é a Ponte, a para que passe a haver uma faixa de ro- E esta ponte, alargada para possibilitar a ponte que deu origem aos lugares da dagem de 5,5 metros de largura e um passagem de dois veículos a par, será Ponte, um em cada margem, tendo o lu- passeio de 1,5 metros e a demolição do uma alternativa razoável. ||||||

www.ortoneves.pt 10 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 ATUALIDADE

SANTO TIRSO | FÁBRICA DE SANTO THYRSO ACOLHEU EDIÇÃO DE 2017 DO MODATIRSO Luzes, Câmaras e Passerelle! no Modatirso O EVENTO JUNTOU VÁRIOS NOMES SONANTES DA MODA NACIONAL NA FÁBRICA DE SANTO THYRSO EM BUSCA DE NOVOS TALENTOS NO MUNICÍPIO. DIVA MARTINS E VASCO MOREIRA FORAM OS GRANDES VENCEDORES.

||||| TEXTO E FOTO: PAULO R.. SILVA jovens promessas da moda nacional. Câmara Municipal de Santo Tirso e na escola e nos seus habitats sociais O júri de vinte e dois elementos membro do júri, “Santo Tirso está na conseguem desenvolver.” Com um processo de seleção que coroou Diva Martins e Vasco Moreira moda e este foi um excelente espe- Os grandes vencedores, Diva Mar- envolveu todas as escolas do conce- como casal vencedor. Antes, já uma táculo, tivemos um júri de luxo para tins e Vasco Moreira, treze e quinze lho, vinte jovens foram escolhidos votação online, via facebook e o pú- além do público que acorreu em mas- anos respetivamente, mostraram-se para a grande final do Modatirso que blico presente através de mensagem sa.” De acordo com o autarca, o Mo- surpreendidos e “sem palavras para decorreu no passado sábado, 21 de de telemóvel tinham participado na datirso tem três objetivos fundamen- descrever a sensação” ao ouvirem os janeiro e preencheu a Fábrica de San- escolha dos três casais finalistas do tais. “O primeiro é abrir novas perspeti- seus nomes anunciados no final da to Thyrso com cerca de três mil pes- concurso promovido em parceria com vas profissionais para estes jovens, noite. Contudo, enquanto Vasco Mo- soas. O evento apresentado por Ana a agência ONE Models. que em outras circunstâncias não te- reira admitiu que o “interesse pela mo- Viriato trouxe à cidade de Santo Tirso Os vinte finalistas desfilaram na riam acesso. Em segundo lugar, pro- da é recente e ainda está a crescer”, nomes como Elsa Barreto, Frederico passerelle da “Fábrica” por três ocasi- mover o estilismo, a moda e o têxtil OS GRANDES VENCEDORES DA Diva Martins confessava que “ser mo- Martins, Ana Sousa, Katty Xiomara, ões, com coleções dos jovens criado- que é um dos principais negócios do EDIÇÃO DE 2017 DO delo é algo que sempre ambicionei.” MODATIRSO, DIVA MARTINS E res Eduardo Amorim, Carolina Ma- Júlio Magalhães, Manuel Serrão ou nosso município. Por último, estimu- VASCO MOREIRA, DE TREZE E Ambos desejam que este reconheci- Claudia Jacques para encontrarem chado e Pedro Neto, e da espanhola lar o civismo, a participação e a desen- QUINZE ANOS RESPETIVAMENTE mento lhes permita abrir novas portas Ary de Rey numa espécie de presta- voltura dos jovens que nem sempre FOTO: CMST dentro do mundo da moda para que ção de provas perante um júri atento. no futuro quem sabe, conseguir cons- O evento funcionou como um es- truir uma carreira. “É importante nunca paço criativo de interligação entre vá- desistir, continuar sempre a sonhar e a rios tipos de expressão artística - a lutar”, enaltecia felicíssima a vencedora moda, música, dança, com uma lin- “É evidente que (o Modatirso) é guagem visual e cenográfica bem de- um evento que traz um conjunto de senvolvida, que usava imagens e sím- sinergias que são benéficas para o bolos do passado para tentar expri- município, nomeadamente a nível do mir uma essência mais contemporâ- emprego qualificado” sublinhou Joa- nea. O vídeo que abriu a gala é exem- quim Couto afirmando ainda que a plo disso mesmo, pretendendo fazer iniciativa veio para ficar, embora es- a ponte entre ícones de tempos idos teja em consideração alterar a data com os jovens ali presentes. para que no futuro passe a realizar- Para Joaquim Couto, presidente da se no verão e ao ar livre. ||||| ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 11

A Associação Recreativa de Negrelos, para lá da atividade quotidiana na sua sede, possui uma equipa de futsal sénior que compete na divisão de honra da associação de futebol do Porto e uma formação de atletismo de veteranos.

S. TOMÉ DE NEGRELOS | ASSOCIATIVISMO conquistados, a fotografias dos atle- PALESTRA tas que representaram as suas cores, bem como instrumentos utilizados pela antiga tuna. Falar do Associação Recreativa Hoje, a Associação Recreativa de Negrelos, para lá da atividade quoti- cancro diana na sua sede, possui uma equi- de Negrelos pa de futsal sénior que compete na com humor divisão de honra da associação de futebol do Porto e uma formação de Esta sexta-feira, o auditório Eng. Eu- atletismo de veteranos. rico de Melo acolhe a palestra “Can- celebra 80 anos As festividades de celebração do cro com Humor”. A iniciativa, com octogésimo aniversário decorrem a início marcado para as 21h00 e en- partir das 21:30 e têm o apoio da trada livre, é “um testemunho irreve- O EVENTO QUE MARCARÁ O ANIVERSÁRIO REALIZAR-SE-Á Câmara Municipal de Santo Tirso e rente, humorístico e real da sobrevi- NO DIA 28 DE JANEIRO NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO. O PRO- da Junta de Freguesia de São Tomé vente Marine Antunes”, sublinha a de Negrelos. ||||| organização. Segunda a mesma fon- GRAMA DAS FESTIVIDADES CONTARÁ COM ATUAÇÕES DE te, “Marine Antunes apresenta uma INÊS COUTINHO, RUTE LOPES E FILIPA MARTINS E nova forma de falar sobre o cancro, utilizando o humor como instrumento APRESENTAÇÃO DE ALEXANDRA SILVA DA RÁDIO SANTO TIRSO de comunicação. Uma visão verda- deira que defende a possibilidade de ||||| TEXTO: PAULO R.. SILVA génese, a associação já deteve de- ser-se feliz no caos!” baixo do deu guarda-chuva ao lon- Este evento dirige-se aos sobrevi- A Associação Recreativa de Negrelos go dos seus muitos anos de história ventes e doentes que se identificam é uma coletividade datada de 1937, uma vertente dramática, há muito com as palavras e histórias da Marine, com o desígnio de Tuna Orquestra abandonada e inativa e desportiva. aos cuidadores que aprendem como de São Tomé de Negrelos até que As memórias de todas as transfor- lidar com um doente oncológico, à co- em 1966 foram aprovados os atuais mações que a associação foi sofren- munidade médica e a todos os interes- estatutos e renomeada. Para além da do estão orgulhosamente expostas sados em contactar com uma sobrevi- componente musical inerente à sua nas paredes da sede. Dos troféus vente do cancro, na primeira pessoa. |||||| 12 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 CULTURA GUIMARÃES | FESTIVAL DE DANÇA CONTEMPORÂNEA numa relação de interdependência do festival com “Conceal | Reveal” (dia CCVF), de novo às voltas com as me- com a dança (dia 8, às 21h30, Plata- 2, 21h30, CCVF); espetáculo que é mórias da dança; para a estreia, no forma das Artes). também uma celebração do trabalho dia 4 de “Adorabilis” de Jonas & Lan- Mas o GUIdance, que começa já do coreografo com o icónico desig- der (18h00, Plataforma das Artes); e no dia 2 de fevereiro, traz outras es- ner de luz Michael Hulls e que con- para a peça “A importância de ser Regressam a treias e outros regressos. É o caso de densa criações recentes e um clássi- (des)necessário” da dupla Ana Jeza- Luís Guerra, ‘velho’ cúmplice, enquan- co da companhia de Maliphant. bel e António Torres (dia 11, 18h30, to intérprete de Tânia Carvalho, que, No encerramento do festival, dia Plataforma das Artes). traz ao grande auditório do CCVF “A 11, “Speak low if you speak love” À semelhança das edições ante- Guimarães Tundra” (dia 9, às 21h30) e que há (21h30, CCVF), de Wim Vandekey- riores, o festival apresenta um cartaz um ano mostrava neste mesmo festi- bus, que chega ao GUIdance tam- de atividades paralelas que aproxi- val a peça “Nevoeiro”. Outro regres- bém em jeito celebratório pelos 30 marão público, artistas, escolas e pen- sa é o do sueco Jefta van Dinther anos da sua conceituada companhia. sadores. Há masterclasses com Rus- os dias da dança que apresenta em estreia nacional a Com este espetáculo, reafirma-se a sell Maliphant e Nuhacet Guerra da peça “This is Concrete”, num traba- relação de grande cumplicidade en- Companhia ‘Ultima Vez’ de Wim lho a meias com Thiago Granato. tre o coreógrafo belga e o músico Vandekeybus, conversas pós-espetá- ENTRE ESTREIAS ABSOLUTAS E ESTREIAS NACIONAIS SE “Aqui, os corpos de dois homens em- Mauro Pawlowski. “Speak low if you culo, sessões para escolas e debates. brenham-se incessantemente, esba- speak love”, refere-se em comunica- Mais informação em: www.ccvf.pt ||||| FAZ A EDIÇÃO SETE DO GUIDANCE (2 A 11 DE FEVEREIRO) tendo as fronteiras um do outro, con- do de imprensa, “não é uma ópera, QUE MOSTRA PELA PRIMEIRA VEZ EM PORTUGAL vidando o público a passar tempo nem um musical, mas antes uma com- O TRABALHO DO COREÓGRAFO RUSSELL MALIPHANT com algo incerto”. binação irrequieta de música experi- Nome maior da dança Mas um dos imperdíveis desta- mental e tradição clássica em que o contemporânea, ques da edição número sete do GUI- tema central é o amor”. Russell Maliphant ||||| TEXTO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO dance é o da estreia em Portugal do Entre um e outro espetáculo, desta- coreógrafo Russell Maliphant que, nas- que: para a apresentação no dia 3 estreia-se em Portugal, “CONCEAL | REVEAL” DO COREÓ- Tânia Carvalho, um dos nomes mais cido no Canada desenvolveu desde de “Autointitulado” de João dos San- dia 2 de fevereiro, GRAFO RUSSELL MALIPHANT E O importantes da dança contemporânea DESIGNER DE LUZ MICHAEL HULLS cedo o seu trabalho em Inglaterra. tos Martins (nome a ter seriamente em no âmbito da sétima portuguesa, sempre teve no Centro (DIREITOS RESERVADOS). Maliphant faz as honras de abertura conta) e Cyriaque Villemaux (21h30, edição do GUIdance Cultural Vila Flor (CCVF), em Guima- rães, um palco privilegiado para mos- trar o seu trabalho. Sem ele, a norte, o seu discurso coreográfico não era, de todo, conhecido. “A Tecedura do Caos”, por exemplo, que apresentou em estreia nacional em 2015 no en- cerramento do GUIdance - Festival Internacional de Dança Contempo- rânea, ficará na memória de muitos como um dos mais belos momentos do certame, ao qual regressa, agora como coreógrafa em destaque. Nesta 7ª edição, Tânia Carvalho apresenta-se em dose dupla: faz a estreia absoluta de “Captado pela Intuição”, um solo que é “um hino ao ato criativo e à força da interpre- tação” (dia 4, às 21h30) e apresen- ta ainda uma remontagem de “De Mim Não Posso Fugir, Paciência!”, peça de 2008 que explora os movimen- tos que um pianista deveria apren- der de modo a interpretar a música,

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Ver toda esta gente é muito positivo, porque muitos dos que aqui estiveram são pessoas que nos ajudaram durante o processo, a “quem nós nunca pagamos, e mesmo assim continuaram a ajudar-nos.” DINIS E LEAL MACHADO

VILA DAS AVES | CINEMA O olhar sociológico sobre a juventude COM O AUDITÓRIO DO CENTRO CULTURAL VILA DAS AVES (CCVA) REPLETO, OS IRMÃOS DANIEL E DINIS LEAL MACHADO APRESENTARAM TRÊS CURTAS-METRAGENS SOBRE O MUNDO QUE OS RODEIA E OS DESAFIOS QUE SE LHE IMPÕEM.

|||| TEXTO: PAULO R.. SILVA estuda, nem trabalha e então tem que e os seres que os habitam. Nas pala- nós nunca pagamos, e mesmo assim fazer algo, porque está farto de ser ODE ÀS IMAGENS vras de Dinis Leal Machado, aquelas continuaram a ajudar-nos. É a opor- “Sentir os Ombros”, “A Minha Paisa- dependente da mãe, decidindo fazer pessoas “acabaram por entrar no fil- tunidade de reconhecer publicamente gem Não Existe” e “Terra Nuclear” vi- uma aula de ioga. Por um lado ele Dois factos a reter das curtas de me e ser uma componente muito forte o trabalho dessas pessoas.” vem do mundo que as envolve, de um quer ser adulto, por outro o pensa- Dinis e Daniel Leal Machado pro- e dar humanidade à história.” “Sentir os Ombros”, “A Minha Pai- universo de ambientes sociais que mento dele ainda é muito imaturo.” jetadas no Centro Cultural Mu- O caso de “A Minha Paisagem sagem Não Existe” e “Terra Nuclear”, Daniel e Dinis observaram e viveram Se nessa curta o protagonista pro- nicipal de Vila das Aves: primei- Não Existe” é diferente. Como os pró- exibidos no centro Cultural, são a ex- muito proximamente. São histórias cura trabalho cá dentro em “Terra Nu- ro, Daniel Leal Machado é uma prios afirmam, este projeto é a adap- pressão artística de uma atmosfera deles, muito pessoais, mas também clear” a personagem central vê-se bela e forte presença no grande tação de um trabalho fotográfico, pon- psicossocial, o real transformado em por isso transversais. Jovens de um obrigado a emigrar, naquele caso pa- ecrã; segundo, Ismael Silva é me- tuado por uma narração expressiva conto ficcional, que extrai significa- tempo e de um local. A geração ‘à rasca’ ra a Suíça. “Nós decidimos abordar a recedor de que o vejamos, com que discorre sobre momentos e me- dos próprios dos seus referentes. “Es- como muitos chamaram, os filhos da questão da emigração, especificamen- urgência, no teatro. E mais um mórias perdidas pelo processo de tes são filmes onde demos muito de austeridade, perdidos na nostalgia de te da emigração jovem. Quisemos dado importante: a curta “A Mi- crescimento. “É um slideshow de ima- nós, da nossa vida pessoal, da expe- tempos passados e de futuro incerto. mostrar como é ir para outro país, nha Paisagem Não Existe” é um gens que reflete sobre o passado, a riência. A inspiração veio de dentro, “Os três filmes têm esse ponto em enfrentar coisas novas, mesmo quan- belo e frágil poema de amor de infância e a evolução da paisagem e daquilo que vivemos, dos nossos comum, uma certa nostalgia pela ju- do ainda não se é muito maduro. Dinis Leal Machado às imagens. aquilo que é a ausência de fotogra- amigos e do que nos rodeia.” Filmar o ventude”, confessa Daniel Leal Ma- Por exemplo. Quando logo no pri- Com esse corajoso e pessoalís- fia sobre uma fase da nossa vida. mundo com olhar próprio. ||||| chado, “recordam o passado porque meiro dia de trabalho ele se atrasa.” simo slideshow devolveu a uma Tentar chegar lá, reconstruir e estar era um tempo muito mais livre e com “Terra Nuclear” é claramente o pro- plateia inteira nestes dias de pre- tudo diferente.” menos problemas, do que aqueles que jeto com mais ambição que a dupla domínio das imagens, precisa- Para ambos, a presença da sala estamos a passar hoje em dia.” de realizadores avense apresentou. mente, a capacidade de as ver. ||||| cheia no CCVA para ver os seus tra- Segundo o mais velho da dupla, Não só em termos de ideias, mas a TEXTO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO (NA balhos é uma surpresa que os deixa estes filmes são nostálgicos porque nível da produção e da execução do FOTO, DINIS LEAL MACHADO) extremamente satisfeitos. “Tanta gen- “refletem o nosso contexto social quer projeto. Como em todos os seus fil- te para ver cinema na Vila das Aves”, em Portugal, quer fora. É impossível mes, aproveitaram as pessoas e os afirmam orgulhosos. Contudo, a en- não falar de nostalgia quando abor- cenários que os rodeavam e, em via- chente é ainda mais especial devido damos conceitos como a emigração gem à Suíça para visitar a tia recém- ao modo como tentam envolver e re- e o desemprego. É a base de tudo.” emigrada (e uma câmara recém-com- tratar uma “comunidade” nos seus Dinis, o mais jovem, assinala que prada), foram à procura da história projetos. “Ver toda esta gente é mui- “Sentir os Ombros” e Terra Nuclear” no local, onde estas histórias são vivi- to positivo, porque muitos dos que são duas faces da mesma moeda. “O das diariamente. Filmaram os cenári- aqui estiveram são pessoas que nos primeiro fala de um jovem que nem os invernais, despojados e austeros, ajudaram durante o processo, a quem 14 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 ATUALIDADE MUNICÍPIO | SAÚDE to para usufruir deste tipo de serviço.” lhorar, direta ou indiretamente, o mo- O Gabinete de Apoio Psico- mento que o doente atravessa”. oncológico funciona nos serviços de “Este gabinete é fundamental, e Ação Social da Câmara de Santo espero que através do exemplo que Câmara cria resposta de Tirso, com consultas de psicoterapia o presidente da Câmara deu, haja lideradas por técnicos especializados muito mais municípios que possam dar da Liga Portuguesa Contra o Cancro. o seu contributo de apoio ao doen- Vítor Veloso, presidente do Nú- te oncológico”, elogiou Vítor Veloso. apoio psicológico cleo Norte da Liga Portuguesa Con- Os doentes oncológicos do Mu- tra o Cancro, sublinhou a importân- nicípio que necessitem deste tipo de cia deste apoio: “É importante pensar consulta serão encaminhados pelas que, num agregado familiar, quando entidades ligadas à saúde, parceiras para doentes com cancro uma das pessoas tem cancro, há uma do Plano Municipal de Saúde, no- grande instabilidade nas famílias. Se meadamente o Hospital Médio Ave pudermos ajudar a estabilizar as famí- e o Agrupamento de Centro de Saú- OS DOENTES ONCOLÓGICOS DE SANTO TIRSO VÃO PASSAR A USUFRUIR lias, com certeza vamos conseguir me- de de Santo Tirso. ||||| DE CONSULTAS DE ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO GRATUITAS. A MEDIDA ESTÁ INSERIDA NO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE E RESULTA DE UM PROTOCOLO ASSINADO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO E A LIGA PORTUGUESA CONTRA O CANCRO – NÚCLEO NORTE.

Nas palavras de Joaquim Couto esta tamos a fazer, pois esta consulta não medida é “uma nova resposta na área existia no nosso Município, e permi- da saúde para a população do con- tirá aos doentes do concelho um celho.” Relevando a importância des- melhor acompanhamento.” te acordo o presidente da atarquia Por outro lado, acrescentou Joa- assinala que “infelizmente, o cancro quim Couto, este tipo de consulta lo- é uma doença generalizada, e tam- calizada em Santo Tirso permitirá que bém ao nível autárquico tudo deve aos doentes oncológicos residentes no ser feito para ajudar no seu trata- concelho e aos seus familiares “deixem mento e prevenção. É isso que es- de ter que se deslocar à cidade do Por-

RANCHO FOLCLÓRICO S. TIAGO DE REBORDÕES

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA Ao abrigo dos estatutos desta coletividade, convoco todos os sócios efetivos para uma assembleia geral ordinária, a realizar no dia 11 de Fevereiro de 2017, pelas 21 horas, na sede do Rancho Folclórico S. Tiago de Rebordões, sita no Largo Delfina Fernandes, nº 85, em Tenha a Rebordões, com a seguinte ordem de trabalhos: sua 1. Leitura da ata da assembleia anterior; assinatura 2. Apresentação para aprovação do relatório de contas do ano em dia e transato; 3. Apresentação do plano de atividades para 2017; GANHE UM ALMOÇO 4. Outros assuntos de interesse. PARA 2 PESSOAS BOA CAPACIDADE DE TRABALHO / EXPERIÊNCIA REMUNERAÇÃO COMPATÍVEL COM CAPACIDADE Se à hora marcada não estiverem presentes a maior parte dos associ- MÍNIMA DE 5 ANOS E EXPERIÊNCIA EVIDENCIADAS NO RESTAURANTE: ados a assembleia geral terá início trinta minutos depois, com qual- PROFUNDO CONHECIMENTO DO SECTOR TÊXTIL BOAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E VESTUÁRIO (CONFECÇÃO) quer número de presentes. INTEGRAÇÃO NUMA ORGANIZAÇÃO SÓLIDA E PROFICIÊNCIA EM TODAS AS MÁQUINAS INDUSTRIAIS DINÂMICA Estrela DE CONFECÇÃO Rebordões, 20 de Janeiro de 2017 MOTIVAÇÃO, ESPÍRITO DE INICIATIVA, SENTIDO DE RESPONSABILIDADE E DINAMISMO A Presidente da Assembleia Geral REMETER A SUA CANDIDATURA, ACOMPANHADA DE CV E FOTO, PARA E-MAIL// Ludovina Silva FACILIDADE DE TRABALHO EM EQUIPA E GOSTO do Monte POR DESAFIOS [email protected] ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 15 INQUERITO´´´ Eu gostava de ser presidente da Câ- Não sei de cor quantas vezes já esti- mara por um dia para… ve no agora batizado Parque Munici- Faria um abaixo-assinado Não teria nenhum gosto especial em pal Sara Moreira. ser presidente de Câmara apenas por um dia. Como diz a sabedoria popu- Depois do Parque da Rabada, do ri- lar, o caminho faz-se caminhando. O beiro do Matadouro e do Amieiro para retirar Donald Trump da desenvolvimento e o progresso são fru- Galego, que outro nome lhe ocorre to de um trabalho contínuo. Não é de para um novo parque no concelho? um dia para o outro que se melhora Parque Metropolitano de Monte presidência dos EUA a qualidade de vida das pessoas. Córdova. A Casa de chá, no Parque D. Maria II Gostava que o Couto fosse interrom- INQUÉRITO A SOFIA ANDRADE, PRESIDENTE DA dá-lhe vontade de tomar um Xanax pido? ou um Dom Pérignon? Por princípio, gosto de levar tudo até JUVENTUDE SOCIALISTA DE SANTO TIRSO Nem uma coisa, nem outra. Ficar-me- ao fim. ia por um sumo de laranja natural. Natural da freguesia de S. Martinho obras do cineteatro de Santo Tirso? A vitamina C, principalmente nesta A quem dava com um pau de selfie? do Campo, Sofia Andrade, 28 anos, Atirar um palpite é um exercício pou- época do ano, faz bem à saúde. Àqueles que se escondem atrás de é licenciada na área da saúde pela Esco- co sério quando está em jogo um perfis falsos nas redes sociais para la Superior de Saúde do Vale do Ave. assunto tão importante. O problema Complete a frase: eu ainda sou do dizer mal, difamar e lançar suspeitas. Desde 2012, faz parte dos órgãos do cineteatro não foi criado no último tempo em que… Àqueles que não têm a coragem de locais do Partido Socialista, integran- ano ou nos últimos três anos. Como Em que as redes sociais eram sinó- dar a cara por uma ideia, por uma do a Comissão Política Concelhia. facilmente se percebe, em causa está nimo de proximidade e não de iso- crítica ou por uma discordância. Nas ultimas eleições autárquicas, um investimento avultado. Apesar de lamento. foi eleita nas listas do Partido Socia- tudo, prefiro que só se prometa aqui- Santo Tirso tem ‘pedalada’ para tan- lista vogal do executivo da agora de- lo que é possível cumprir, em vez de Eu faria um abaixo-assinado para… ta festa? nominada Junta de Freguesia de Vila se andar a criar expetativas na popu- Retirar o Donald Trump da presidên- Santo Tirso é cada vez mais um conce- Nova do Campo. lação do concelho, como já aconte- cia dos EUA. lho amigo dos jovens. Ainda há um Atualmente, é presidente da Ju- ceu no passado. caminho que tem de ser percorrido, ventude Socialista de Santo Tirso e Onde se comem os melhores jesuí- mas, hoje em dia, os jovens já não membro da Comissão Nacional da tas? têm que ir para outros concelhos para Juventude Socialista. Indiscutivelmente, em Santo Tirso. se divertirem ou terem acesso a inicia- tivas diferenciadoras sob o ponto de Do que sente falta no concelho de Dava com Eu pagava para… vista cultural e desportivo. Aliás, o que Santo Tirso? um pau de Ver um concerto de Xutos e Ponta- se constata é que são os jovens de Da praia. “selfie aos pés em Santo Tirso. outros concelhos que começam a vir para cá. O que é francamente positi- O que gostava de ver no Centro Cul- que se es- Em que década vai o PSD conquistar vo, sob todos os pontos de vista, no- tural de Vila das Aves? condem a Câmara de Santo Tirso? meadamente para o comércio local. Gostava de ver casa cheia nas inici- atrás de Se for pelas propostas e ideias que tem ativas que lá têm lugar. Julgo que há para o concelho, dificilmente o PSD A quem oferecia uma medalha de uma tendência, sempre mais fácil, para perfis falsos alguma vez conquistará a Câmara de mérito? criticar e reclamar pela falta de qual- nas redes Santo Tirso. Alguém conhece uma Aos jovens. Àqueles que preferem sair quer coisa, quando, na verdade, to- sociais para proposta do PSD para Santo Tirso? de casa para participar na causa pú- dos nós devíamos fazer um maior Eu não conheço. E eu sou daquelas blica. Àqueles que querem participar esforço para participar na vida da co- dizer mal, pessoas que acreditam mais nos na vida da comunidade, livres de munidade, das mais variadas formas, difamar e projetos políticos dos partidos do que agendas e interesses particulares. nomeadamente valorizando o que é lançar sus- na propaganda ou no culto da ima- Àqueles que têm pensamento pró- nosso e, no caso concreto, envolver- gem no momento de confiar o meu prio, ainda que por vezes possa ser mo-nos mais na diversificada progra- peitas.” voto a alguém. idealista ou romântico, porque, como mação cultural que o Centro Cultu- SOFIA ANDRADE diz o poeta António Gedeão, é o ral Municipal de Vila das Aves ofere- Com quem é que nunca iria à bola sonho que comanda a vida. ||||| ce. Cumprido este requisito, então, (ou à missa)? sim, estamos em condições de criti- Com os críticos de bancada. Com aque- car e reclamar. Com legitimidade. les que em nada contribuem para o desenvolvimento da comunidade e, Qual das prometidas obras camará- não contentes com isso, ainda criti- rias sente mais falta? cam. Acho que o serão não seria mui- Se foram prometidas, é porque são to agradável, na missa ou na bola. importantes para o desenvolvimento do concelho. Não posso sentir falta Com quem é que gostava de se coli- de todas porque a realidade mostra gar? que muitas já foram concretizadas e Com todos aqueles que têm vontade muitas estão em curso, como consta- de trabalhar e contribuir para o de- ta quem anda pelo concelho. senvolvimento da comunidade.

Qual o seu palpite para o início das Quantas vezes já esteve em Rabada? 16 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 DESPORTO 2ª LIGA DE FUTEBOL - CDAVES, FUTEBOL SAD CLASSIFICAÇÃO II LIGA P 01 - PORTIMONENSE 56 02 - CD AVES 52 03 - ACADÉMICA 37 Invencível, o 04 - SANTA CLARA 36 05 - PENAFIEL 35 06 - VARZIM 34 Desportivo cimenta FUTEBOL07 - BENFICA B // DISTRITAIS 34 08 - BRAGA B 33 09 - COVA DA PIEDADE 32 10 - V. GUIMARÃES B 30 o seu lugar na 11 - FAMALICÃO 28 12 - GIL VICENTE 28 13 - SPORTING COVILHÃ 28 zona de subida 14 - FC PORTO B 28 FUTEBOL15 - UNIÃO MADEIRA // DISTRITAIS 28 16 - VIZELA 27 O EMPATE FRENTE AO FC PORTO “B” NÃO COMPROMETEU 17 - SPORTING B 26 AS ASPIRAÇÕES DA EQUIPA DE IVO VIEIRA QUE COM A 18 - AC VISEU 26 VITÓRIA FRENTE AO V. GUIMARÃES “B” SE APROXIMOU DO 19 - FAFE 25 20 - LEIXÕES 23 LÍDER PORTIMONENSE E A ALARGOU PARA QUINZE 21 - FREAMUNDE 22 PONTOS A DISTÂNCIA PARA O TERCEIRO CLASSIFICADO. 22 - OLHANENSE 13

||||| TEXTO: PAULO R.. SILVA de oportunidade da segunda meta- Vieira chegou depois do golo da van- FOTOS. VASCO OLIVEIRA de, com Guedes a ver o seu remate tagem. O Vitória “B” veio à procura do ser parado em cima da linha de golo. empate com tudo e o CD Aves per- Em Vila Nova de Gaia, em jogo refe- Ao minuto 70, Romaric faz falta so- deu totalmente o controlo do jogo, rente à primeira jornada da segunda bre Galeno dentro da grande área e é sobretudo no último quarto de hora. volta, o CD Aves empatou a zero num assinalado penalti a favor dos azuis Mais uma vez, Quim segurou o re- jogo disputadíssimo, frente a um adver- e brancos. Chamado a converter, Vare- sultado com duas intervenções de sário extremamente combativo onde la atirou rasteiro para uma excelente grande nível, sobretudo em tempo de valeu Quim a defender uma grande intervenção de Quim. Aos 76 minutos descontos. Uma frente a João Cor- penalidade a meio do segundo tem- mais uma oportunidade para o Porto reia, isolado, outra a um livre direto po, mantendo o resultado inalterado. “B” e mais uma vez Quim a parar um à entrada da área. O Desportivo até entrou melhor remate de Varela. O CD Aves respon- No final da partida, Vítor Campelos na partida, dando a ideia que o jogo deu quatro minutos mais tarde com considerou que o empate seria o re- se poderia resolver rapidamente. A um cabeceamento ao poste de Pedró. sultado mais justo, tendo em conta a equipa avense foi muito pressionante O jogo chegou ao fim com um produção da equipa do Vitória na e aproveitou a passividade contrária empate que se justifica sobretudo pela segunda parte. O treinador dos bês para criar várias oportunidades durante disputada segunda metade, na qual concedeu que durante a primeira o primeiro tempo, que foram sendo valeu à equipa de Vila das Aves a parte a sua equipa “não conseguiu desperdiçadas consecutivamente. experiência e qualidade de Quim. explanar o seu futebol”. Segundo o Na segunda parte, o FC Porto “B” Na partida referente à 23ª Jor- técnico, “entrámos muito bem na se- acordou para a partida e equilibrou nada do campeonato, o Desportivo gunda parte, mas acabamos por so- o encontro, adormecendo o ritmo de regressava a casa depois de dois jo- frer um golo numa infelicidade quan- jogo, não permitindo que o Aves con- gos fora consecutivos e não perdeu do estávamos por cima do jogo.” trolasse a posse de bola como tanto tempo a colocar o V. Guimarães “B” Já Ivo Vieira considera que o re- gosta de fazer. Mesmo assim foi o em sentido. A equipa avense entrou sultado é justíssimo. O treinador do Desportivo a dispor da primeira gran- a todo o gás e logo aos 3 minutos, na CD Aves afirmou que respeita a opi- sequência de uma jogada de Guedes nião do treinador adversário, mas pela direita, Pedró cabeceia para uma que “a equipa que faz mais golos grande defesa de Miguel Oliveira. Ao berço vê um golo anulado por fora IMAGEM, EM CIMA, DA merece o resultado.” Para o técnico minuto 8, novamente Pedró, que desta de jogo, que demonstrava a maior VITÓRIA DO AVES NO avense, o resultado podia ter ficado vez atirou ao poste da baliza vitoriana. agressividade com que tinham regres- JOGO DO ÚLTIMO feito durante os primeiros 30 minu- Os primeiros trinta minutos do CD sado dos balneários. DOMINGO COM O tos onde a sua equipa foi “nitida- VITÓRIA B. EM BAIXO, Aves foram totalmente dominadores Contudo, o CD Aves chega ao 1- O EMPATE COM O FC mente” superior ao Vitória, criando com várias oportunidades claras de 0 aos 56 minutos. Guedes, depois PORTO B três ou quatro situações de golo fla- golo que podiam ter sentenciado a de uma recuperação de bola provi- grantes. “Ganhámos justamente por partida rapidamente. dencial a meio campo é servido por aquilo que fizemos na primeira par- No últimos quinze minutos da pri- uma rápida jogada de envolvimento te”, concluiu Ivo Vieira. meira parte o Vitória “B” começou a entre Balogun e Tarcísio que faz o Na próxima jornada o CD Aves reagir, algo que transitou para a se- passe decisivo para o camisola sete desloca-se a Vizela para defrontar a gunda parte. Logo ao reatar da parti- finalizar com um remate colocado. equipa local, no próximo sábado, dia da, minuto 48 a equipa da cidade O problema dos pupilos de Ivo 28, às 15 horas. ||||| ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 17

VOLEIVOL CD AVES FUTEBOL – DIVISÃO DE ELITE PRO-NACIONAL Segunda fase Aves B lidera trio de candidatos ao arranca com ‘play-off’ de subida resultados distintos TIRSENSE – AVES DA PRÓXIMA JORNADA VAI DEFINIR LIDE- RANÇA: TIRSENSE SERÁ PRIMEIRO SE VENCER. RE- SORTES DIFERENTES NO ARRANQUE DA SEGUNDA BORDOSA PODE VOLTAR A LIDERAR, EM CASO DE EMPATE. FASE DO CAMPEONATO REGIONAL DA ASSOCIAÇÃO FUTEBOL - CAMPEONATO VOLEIBOL DO PORTO (AVP). AS SENIORES À medida que se aproxima o final tiram ao Aves B retomar a liderança PORTUGAL PRIO SÉRIE B desta fase do campeonato da divi- com vantagem de apenas um ponto DERROTARAM POR 3-1 O CD INSTITUTO são de elite da Associação de Fute- sobre o Tirsense e o Rebordosa, já que POLITÉCNICO DO PORTO, ENQUANTO AS JUNIORES bol do Porto, começa-se a destacar- a equipa de Santo Tirso também obte- se o trio candidato ao “play-off” de ve duas vitórias mas os de Rebordosa Trofense, sem FORAM DERROTADAS POR 3-0 PELO AAS MAMEDE. subida, a disputar com os três primei- cederam um empate em Paredes. ros classificados da outra série. São A próxima jornada traz, no do- crise de golos, ||||| TEXTO: PAULO R.... SILVA mais complicada. A jogar também eles o Aves B, O Tirsense e o Rebor- mingo, o regresso de um “derby” em casa, mas contra uma equipa dosa, que se perfilam para lutar com concelhio, um Tirsense-Aves que vai vence S. Com pavilhão repleto, a jogar em bem mais experiente, a formação o Canelas (líder destacado) e, prova- definir a liderança. No caso de vitó- casa, as atletas seniores continu- do Desportivo perdeu por 3-0 velmente, o SC Rio Tinto e ainda o ria dos “jesuítas” será sua a lideran- Martinho am a sua caminhada invencível (16-25; 22-25; 16-25) contra Maia ou o Valadares. ça, o Aves reforçá-la-á se vencer. No que se estende agora à segunda a AAS Mamede. A segunda equipa do Desportivo caso de empate, será o Rebordosa, Tranquilos no que diz respeito à dis- fase da competição. A equipa do Os parciais algo desequilibra- das Aves somou os seis pontos em caso vença o Sobrado, a subir ao topo puta do play-off de despromoção, Desportivo entrou com tudo no pri- dos, em especial no primeiro e tercei- disputa nas duas jornadas mais re- da grelha classificativa. Trofense e S. Martinho defrontaram- meiro set, lideradas pela capitã Vera ro sets não contam toda a história centes, tendo vencido em S. Pedro da O Vilarinho, mercê das derrotas se no campo do primeiro, na antepe- Assunção e pelo poder de fogo de um encontro onde as atletas Cova por uma bola a zero e derrota- com Tirsense e Aves B, não somou núltima jornada deste campeonato. ofensivo de Micaela Teixeira. O avenses mostraram que já não es- do em casa o vizinho Vilarinho por três quaisquer pontos e encontra-se na Os da Trofa foram mais eficientes parcial não deixou quaisquer dúvi- tão assim tão longe das favoritas. bolas a uma. Estes resultados permi- penúltima posição da tabela. ||||| e garantiram a vitória por três bolas a das, 25-13 para as atletas da casa. Contra um adversário que co- duas. Já no fim de semana transato, A segunda partida contou ou- meteu poucos erros, a vontade e FUTEBOL | SUB -19 na disputa da penúltima jornada, o tra história. As forasteiras apro- perseverança da equipa do CD Trofense goleou o Moncorvo e o S. veitaram os inúmeros erros nas Aves não foi suficiente para levar Martinho bateu o Felgueiras por uma coberturas defensivas, em espe- de vencida uma formação que Juniores do Aves disputam bola a zero, o que pode ter dado cabo cial ao bloco, para dispararem no conta nos seus quadros com das expetativas dos forasteiros de par- marcador e deixarem as jogado- quatro internacionais portugue- ticipação no play-off de promoção. ras da casa desorientadas, sem sas sub-20. Este é um resultado fase de promoção O Amarante terá provavelmente saberem muito bem o que lhes es- que pode servir como lição e a companhia do Maritimo B nessa tava a acontecer. O parcial de 18- motivação para encarar os próxi- Apesar da derrota no derradeiro “nome” dos outros candidatos, alcan- disputa da promoção. No último jogo 25 não transparece as dificulda- mos adversários. jogo, no campo do Vizela, os juniores çar finalmente uma posição na pri- desta fase o S. Martinho vai defron- des do Aves perante a avalanche Este fim de semana a equipa A (sub-19) do Clube Desportivo das meira divisão de juniores. De facto, tar o Gandra e o Felgueiras, obrigado que as submergiu durante gran- júnior defronta o Porto Vólei, sá- Aves garantiram o acesso à fase de Fafe, Boavista e Tondela têm a historial a ganhar para manter esperança na de parte do segundo set. bado às 19h na cidade invicta, promoção ao campeonato nacional e podem integrar a mesma série, mas eventual derrota do Marítimo, defron- O terceiro set trouxe uma equi- enquanto a formação sénior se da primeira divisão. Este “play-off” será os outros nomes não parecem ser ta o Trofense num jogo que será, pro- pa mais concentrada e segura de desloca a Vila Nova de Gaia para disputado em duas séries de seis clu- de molde a limitar, à partida, as pos- vavelmente, de desilusão para am- si, corrigindo praticamente todos o encontro com o CA Madalena bes cada, sendo promovidos os três sibilidades dos atletas de Vila das bos pelo falhanço no acesso à dis- os erros que as tinham afunda- no domingo às 17 horas. |||||| primeiros de cada série. Parece possí- Aves. |||||| FOTO: tudo sobre o Desportivo puta do acesso à segunda liga. ||||| do na partida anterior. Após um vel, ao Desportivo das Aves, face ao das Aves, no Facebook início de set equilibrado, as atle- tas avenses dispararam no Os parciais algo marcador para nunca mais olha- rem para trás, fechando o set com desequilibrados, em o parcial de 25-15. especial no primeiro O quarto set foi mais do mes- e terceiro sets não mo, demonstrando toda a supe- contam toda a histó- rioridade técnica da equipa de ria de um encontro Vila das Aves, especialmente no onde as atletas capítulo ofensivo, estabelecendo o resultado final com o parcial avenses mostraram de 25-19. que já não estão No que diz respeito à equipa assim tão longe das júnior a tarefa mostrou-se bem favoritas. 18 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 EM ANALISE´´´ ENTRE AS MARGENS DO CONGRESSO: NÓS, JORNALISTAS

O CONGRESSO DE JORNALISTAS DOS PASSADOS DIAS 12 A 15 DE JANEIRO FOI O PRETEXTO PARA UMA CONVERSA ENTRE OS JORNALISTAS DA CASA SOBRE PASSADO, PRESENTE E FUTURO DA PROFISSÃO. OS DESAFIOS DO DIA-A-DIA.

||||| TEXTO: PAULO R.. SILVA E ELSA CARVALHO al, extinguiram as linhas entre notícia e opinião. Cultivaram relações incestuosas Uma conversa sobre o que faz do jorna- com fontes e instituições. Por isso, quan- lismo, jornalismo. Sobre como a profis- do se fala da perda de credibilidade do são é encarada por quem a vive, uns há jornalismo e dos jornalistas, talvez se deva mais tempo que outros. Entre um estagiá- olhar para razões de cariz endógeno à rio e uma profissional. De igual para igual. profissão. Em conversa livre. No que diz respeito à imprensa regio- nal. Quais são os seus principais desafios? PAULO Desde que existe jornalismo que se fala em crise no jornalismo. É intrín- ELSA A questão da imprensa regional é, seco a uma profissão que vive do com- claramente, mais abrangente do que pos- bate constante entre poder e contrapoder. sa, à partida, parecer. Em primeiro lugar é Ocupa um posicionamento que deve ser- necessário perceber que é um jornalismo vir um lado, mas é sustentado pelo outro, debaixo de constrangimentos gravíssimos num equilíbrio frágil que se quer intan- há anos e que, com o tempo, só têm vin- gível. Uma equação difícil de resolver. do a ser mais sufocado. A dificuldade É verdade que o advento do mundo em encontrar investidores publicitários a digital e do acesso universal à informa- longo prazo é uma realidade e tem duas ção trouxe desafios e dificuldades aos consequências imediatas. Por um lado cria seus modelos de negócio. Também é dependência económica dos poderes ins- verdade que a web 2.0, redes sociais e talados o que, em muitos casos, põe em afins, colocaram o jornalista numa posi- causa a própria liberdade de imprensa e, ção complicada de definir e encontrar por outro, diminui o número de jornalis- finalidade para o seu trabalho. tas qualificados ao serviço das publica- ELSA CARVALHO E Todavia, os jornalistas também se po- ções. De mão dada caminha o descrédi- PAULO R. SILVA SÃO dem culpar a si próprios. Porque cederam to e desvalorização do jornalismo regio- JORNALISTAS NO JORNAL ENTRE ao facilitismo. Das soft news, aos fait divers. nal que é visto, por muitos, como pouco MARGENS DESDE Passaram a colocar-se a si mesmos nas profissional, pouco rigoroso e agarrado 2012 E 2016, histórias como forma de projeção pesso- ao passado. A ideia não podia ser mais RESPETIVAMENTE

ENTRE MARGENS - Nº 575 - 26 JANEIRO 2017 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES (TE - 1172). CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, PAULO R. SILVA, LUDOVINA SILVA, INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933 ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845). DEPÓSITO LEGAL: 170823/01 PERIODICIDADE: BIMENSAL COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES, DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ADÉLIO CASTRO, CATARINA TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES. GONÇALVES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS. ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860 DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO 00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA. PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955 COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA; COBRANÇAS/DISTRIBUIÇÃO E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO. DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE) IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA. APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953 RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 19

errada. Faz-se hoje em Portugal muito nalista e não tenho bem noção de quan- primeira vista possa parecer, que exige bom Jornalismo Regional, com jornalis- do a profissão se tornou a única opção muito daqueles que fazem disto vida. tas profissionais e vontade de se desco- que queria ponderar. O que é facto é É algo que se faz para os outros, para lar das agendas oficiais e pensar fora da que em determinado ponto da vida per- as comunidades, para as pessoas. Nun- caixa. Se isso é ou não bem aceite pela cebi que nada fazia mais sentido. E abra- ca para nós. Ou pelo menos devia ser opinião pública já é outra questão, mas cei a visão romantizada do jornalismo assim. julgar o todo pelas partes é um erro crasso. que os filmes nos habituaram a conhe- A verdade é que, localmente, são os jor- cer. O caso watergate, a possibilidade de ELSA Tive, em 2014, a possibilidade de nais regionais que acompanham a pri- ser repórter de guerra, a vontade enor- estar presente, em trabalho, no Festival meira linha das histórias, que dão segui- me de mudar o mundo, fazer coisas boas do Novo Jornalismo que aconteceu no mento aos assuntos e que os leitores pelas pessoas e ter um papel ativo e inter- concelho e a intervenção que mais me procuram para perceber, na génese, o que A imprensa regi- ventivo fizeram o meu coração bater mais Os jornalistas marcou foi a de Joaquim Furtado. Pelo se passa na região onde vivem. Não per- rápido. Como eu, muitos seguiram e con- entusiasmo com que falou de todos os ceber isso não está relacionado com uma onal é uma tinuam a seguir esta vontade que tem, passaram a colo- momentos que passou na profissão, mes- car-se a si mes- crise ao nível do jornalismo, mas ao ní- “escola como acreditem, muito pouco de racional. Ser “ mo os mais difíceis, e acima de tudo pela vel das mentalidades. nenhuma outra jornalista é viver com horários trocados, mos nas histórias forma clara como olha para a profissão pela qual passa- sem vida social, com o cansaço escondi- como forma de atualmente. Utilizei, na altura, uma das PAULO O facto é que não somos um mos enquanto do atrás do corretor de olheiras e é ser projeção pessoal, suas frases para o título da reportagem país com uma tradição forte ao nível da profissionais. feliz assim, na maior parte dos dias. O extinguiram as que assinei: “o futuro continuará a não imprensa. Regional ou outra. E tal, ajuda problema é seguir jornalismo pelas ra- viver sem a profissão de jornalista”. Mas a explicar a indiferença perante um direi- Dá-nos traquejo, zões erradas, pela fama ou exclusivamente linhas entre uma das mais marcantes foi também a to que as comunidades deviam proteger estaleca, pelas portas que se podem abrir quando notícia e opi- de que “os tempos estão ameaçadores – o ato de contar as suas próprias histó- desenrasque. se trabalha de perto de entidades com nião. Cultivaram para o jornalismo”. Estão. Quem está na rias e de se verem representadas. Vincu- Ensina-nos que é poder. E daí advém, mais uma vez, a falta relações incestuo- profissão sente isso diariamente. Seja pela lar os acontecimentos ao devir histórico. possível fazer de reconhecimento pela imprensa regio- sas com fontes e precariedade, pelo desemprego, pela fal- Contudo, os constrangimentos da muito e diferente nal, porque todos queremos ser grandes, instituições. ta de estabilidade, pelos salários muitas atuação da imprensa regional devem-se reconhecidos e o jornalismo local parece vezes indignos e também porque ser-se sobretudo a um contexto económico-fi- com pouco.” sempre pouco para encher as nossas me- bom no que se faz há muito deixou de nanceiro que coloca limites muito restri- didas. Não condeno. Todos nós já pen- Não somos um ser um fator para manter o emprego. Há tos ao tipo de trabalho que é possível As críticas serão samos algo semelhante pelo menos uma medo no jornalismo, também, e autocen- concretizar. Porque os leitores e as comu- vez, mas de entre todos os problemas que país com uma sura e falta de espírito crítico. Pensar e nidades exigem que o jornal esteja em sempre mais a profissão atravessa, é também impor- tradição forte ao fazer coisas fora da caixa não é algo tão todo lado, que represente as vidas de abundantes que tante referir este. A imprensa regional é nível da impren- bem aceite assim pela opinião pública e, cada um, seja contrapoder, todavia isso os elogios ao uma escola como nenhuma outra pela sa. Regional ou sejamos sinceros, sem vendas não há jor- torna-se muito complicado quando as trabalho que se qual passamos enquanto profissionais. outra. E tal, nal que sobreviva. E não é por acaso que redações têm um ou dois jornalistas que vai levando a Dá-nos traquejo, estaleca, desenrasque. En- ajuda a explicar tantos jornalistas deixam de lado anos se têm que desdobrar em mil e uma tare- cabo. Mas jorna- sina-nos que é possível fazer muito e di- ao serviço da profissão. Porque há sem- fas. Não faltam ideias. Não falta qualida- ferente com pouco. E sim, as críticas se- a indiferença pre um dia em que todas as exigências de. Falta massa humana. lismo é levar rão sempre mais abundantes que os elogi- perante um são de mais quando o retorno não che- Por outro lado, as restrições económi- as estórias às os ao trabalho que se vai levando a cabo. direito que as ga. Porque não há como manter uma vida cas contribuem para a promiscuidade en- pessoas, não Mas jornalismo é levar as estórias às pes- comunidades estável quando 11,6% recebe menos de tre fontes institucionais e os meios de uma questão de soas, não uma questão de vaidade. deviam proteger 500 euros por mês, 7% nem sequer re- comunicação. Nestas relações, o poder, vaidade.” – o ato de contar cebe 300 euros e 57,3% recebe menos formal e simbólico, está todo de um lado, PAULO: Fazer este trabalho é perceber de 1000 euros (segundo estudo apre- obrigando os jornais, consciente ou in- que nunca vamos satisfazer toda a gen- as suas próprias sentado no Congresso de jornalistas). conscientemente, a uma posição de ver- te. É necessário destreza mental, flexibili- histórias e de se Problema é, também, o trabalho levado a dadeiros “pés de microfone” que servem dade psicológica e aprender a fazer uma verem representa- cabo por quem, exercendo a profissão, apenas como plataforma de divulgação separação clara entre o que vale ou não das. não possui carteira de jornalista. Mas sim, sem filtro da mensagem. ter em consideração. Sobretudo com as em 2017, os tempos continuam ameaça- atuais condições laborais que se vivem dores para o jornalismo, e isso não sig- ELSA Nunca fui uma daquelas pessoas na maioria dos meios de comunicação. nifica, nem acredito que algum dia signi- que afirmou toda a vida querer ser jor- É um trabalho mais solitário do que à ficará, a extinção da profissão. |||||

José Miguel Torres

Massagista Recuperação Física RECEBA EM QUALQUER PARTE DO MUNDO AMULETOS DE PROTE- Rua de Romão 183 | Vila das Aves ÇÃO CONTRA A INVEJA, MAU OLHADO E ENERGIAS NEGATIVAS. Telm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386 20 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 Próxima edição do Entre Margens nas bancas a A FECHAR 09 de fevereiro XXIII GRANDE TORNEIO DO KARATE DE VILA SANTO TIRSO | DAS AVES (XV INTERNACIONAL) BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE SANTO TIRSO Mais de mil Imposição de crachás de ouro atletas em RECONHECIMENTO DE CERCA DE 50 ANOS DE Torneio de Karaté DEDICAÇÃO DE FIRMINO NETO E MÁRIO REGO KARATECAS AVENSES CONQUISTAM 4 MEDALHAS AOS BOMBEIROS VER- NO SEU TORNEIO REALIZADO NO MELHOS DE SANTO TIRSO PAVILHÃO MUNICIPAL DE SANTO TIRSO Decorreu no passado sábado uma cerimónia de imposição de crachás O Karaté Shotokan Vila das Aves kumite cadete feminino (menos de de ouro a dois elementos do corpo organizou, com o apoio da Câma- 47kg) e Ana Pinto 1º lugar kumite ativo dos bombeiros vermelhos: o ra Municipal de Santo Tirso, o seu senior feminino (menos de 61kg). segundo comandante Firmino Neto XXIII torneio anual de karaté (o XV André Lobo obteve o 1º lugar kata e o Chefe Mário Rufino. Por motivo internacional e o IV Torneio Presi- Trissomia 21, prova que recebeu um de limite de idade deixam de fazer dente João Salgado) que decorreu forte apoio do público. Foi gratifi- parte do corpo ativo, passando ao no passado dia 21 no Pavilhão cante ver a satisfação dos atletas quadro de honra da corporação. En- Desportivo Municipal. com este problema que estiveram tre os presentes na cerimónia desta- Esta grandiosa competição con- na prova, ficando assim mais uma que para o Presidente da Câmara Mu- tou com a participação de 1035 vez demonstrado que o karaté pode nicipal, o Presidente da Liga de Bom- atletas de 102 clubes de todo país ser praticado por todos. beiros, o Presidente da Federação de (incluindo as ilhas) e de 5 países O Torneio Presidente João Sal- Bombeiros do Porto, o Segundo Coman- estrangeiros e foi mais um momen- gado foi conquistado pelo Luxem- dante Distrital, o Provedor dos Bom- to importante tanto para o karaté burgo que venceu na final o Clube beiros, vereadores e presidentes de vá- nacional como para o comércio lo- Karaté da Maia. rias associações de bombeiros. Presen- cal, esgotando praticamente as dor- A Federação Nacional Karate Por- te também a deputada Andreia Neto. midas na cidade e dando grande tugal e o Centro Português de Kara- O crachá de ouro é homenagem movimento na restauração. té prestaram uma significativa ajuda da Liga de Bombeiros Portugueses e Para além dos atletas referidos a nível logístico. foi também atribuída aos dois bom- estiveram também presentes 95 ár- Na entrega de prémios estive- beiros a Medalha de Mérito Distrital bitros, juízes e oficiais de mesa, bem ram presentes o Vereador do Des- da Federação dos Bombeiros. Recor- como 2 médicos e 4 bombeiros, porto da Câmara Municipal, José de-se ainda que o segundo coman- aos quais a organização agradece Pedro Machado, o Presidente da Fe- dante Firmino Neto recebeu um voto o seu importante e valioso traba- deração Nacional Karaté Portugal, de louvor da Câmara de Santo Tirso lho, prestado de forma graciosa. Carlos Silva, o Presidente do KSVila na reunião pública de outubro, con- Os atletas do Karaté Shotokan das Aves, Adélio Brandão e Joa- forme oportunamente anunciado. Vila das Aves subiram ao pódio quim Lima e José Teixeira. Para Asuil Dinis, presidente da Asso- quatro vezes: Emma Barros obteve Um resumo alargado desta com- ciação Humanitária dos Bombeiros o 1º lugar kumite iniciados femini- petição vai se transmitido na RTP Voluntários de Santo Tirso esta é uma no (menos de 40kg), Lea Barros 2, em data a designar. |||||| homenagem inédita que evidenciou que os nossos bombeiros não são AKV E A.R.C.D. NEGRELENSE depreciados na sua generosidade. |||||| NO TORNEIO DE VILA DAS AVES

A Associação de Karaté de Vilarinho (AKV) e a Associação R.C.D. Negre- lense estiveram também presentes no Pavilhão Municipal com Bruno Ribeiro em kumite juvenil (menos de 50kg), Pedro Mendes em kumite juvenil (maios de 50kg), Mariana Faria em kumite cadete (mais de 54kg), Rui Faria em kumite sénior (mais de 84kg) e Bruno Fernandes em kata e kumite júnior (menos de 68kg). Participaram ainda Ana Monteiro como treinadora e José Monteiro como árbitro. Todos os atletas tiveram uma boa participação, representando bem as associa- ções, o que não foi, contudo, suficiente para alcançar o pódio, à exce- ção de Rui Faria que se classificou em 3º lugar na sua prova. Pedro Mendes e Bruno Fernandes, perderam na repescagem que lhes daria acesso ao pódio. |||||