Eça No Estrangeiro

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Eça No Estrangeiro VEIO A CONSIDERAR-SE NECESSÁRIO, DURANTE A preparação das comemorações do centenário , da morte de Eça de Queirós, proceder a um levantamento que contribuísse para um pano­ rama, tão actualizado quanto possível, da situ­ ação da tradução da sua obra no estrangeiro. s g ro Desde logo é de salientar que o tempo dis­ ponível, pese embora o entusiasmo com que nos dedicámos ao trabalho, provou não ser suficiente, sobretudo quando verificámos que o que havia a fazer ultrapassava a expectativa que tínhamos em relação à tarefa a desenvol­ ver. É unânime entre os ecianos que o inventá­ rio crítico elaborado pelo Professor Guerra da Cal, Lengua y Estilo de Eça de Queiroz: Biblio­ grafia Queirociana Sistemática y Anotada e Ico­ nografiaart ística dei Hombre y la Obra (Tomos 30 la, 2°A e 2°B, e 40, Coimbra, Universidade de Coimbra, 1975-1984), pode ser considerado exemplar, como realização tendencialmente exaustiva e que não tem paralelo. Seria preten­ sioso, pois, querer, mesmo que nos assistissem Ana Madureira as reconhecidas qualidades do Professor, dar continuidade no mesmo plano ao vultoso tra­ balho realizado. Apesar disto, tentámos organi­ zar, ao menos, as bases de um levantamento a partir de 1975, ano de edição do Tomo 1 ° (refe­ rente à tradução) da obra acima referida. A orientação seguida teve como pressupos­ tos registar apenas os dados passíveis de confir­ mação (repetimos: no tempo disponível para este trabalho), tendo-se definido a seguinte ordem: áreas linguísticas, títulos e datas de publi­ cação. Por princípio, listámos em primeiro lugar o primeiro título publicado após 1975. Em certos casos, decidiu-se pela inclusão do título original, para além do título traduzido, pela dificuldade, para os não falantes da língua em questão, em estabelecer uma ligação ao original português. Há ainda a sublinhar o facto de as referências bibliográficas dos títulos traduzidos para chinês A todos os destinatários deste trabalho e para japonês surgirem unicamente com o deixo aqui os votos de um repetido e sempre título original, dada a impossibilidade de adap­ aliciante retorno a Eça. tação e de reconversão dessa grafiapara o nosso sistema informático. Decorre do que disse anteriormente que muito gostaria de ter o ânimo e o tempo para aprofundar a recolha agora apresentada, pois que o gosto ao realizar esta tarefa, ao invés de DIE RELIQUIE, trad. Andreas Klotsch. II. Paul diminuir, aumentou à medida que trabalhava .. Rosié. Berlin, Eulenspiegel, 1975. To me-se como exemplo a tradução de Eça para DIE RELIQUIE, trad. Andreas Klotsch. Posf. Óscar russo que, para além de aspectos circunstanci­ Lopes. Trad. Horst Schulz. München/ Zürich, ais e episódicos advenientes de mudanças de Piper, 1987. regime político, não fo i objecto de recolha con­ DIE RELlQUlE, trad. Anreas Klotsch. Posf. Óscar seguida, pelo que não há matéria bastante para Lopes. Trad. Horst Schulz. München/ Zürich, a redacção de referências bibliográficas com­ Piper, 1989. pletas. «[ ...] Nos primeiros decénios do nosso DER RELIQUIE, trad. Andreas Klotsch. Posf. Óscar século um interesse particular mereceu [na Rús­ Lopes/ trad. Horst Schulz. Berlin/ Zürich, sia] a obra de Eça de Queirós [ ...] criador do rea­ AufbauVe rlag, 1997. lismo crítico nas letras portuguesas», palaVl'as de DER MAl'JDARlN, trad. Gudrun Hohl. Posf. Óscar discurso proferido pela professora Doutora Lopes. Harry J ürgens. Berlin. Rutten Loe­ um n. & Helena Golubeva na sessão inaugural do Cen­ ning, 1981. tro Lusófono da Universidade Herzem de S. DER MANDARIN, trad. Willibald Schonfelder. Petersburgo, tendo lembrado nomes como A. Frankfurt-am-Main, Suhrkamp, 1987. Briussov, G. Lozinski e Travtchetov, tradutores e DER MANDARIN, trad. Willibald Schonfelder. Ber­ prefaciadores de obras de Eça de Queirós. Bem lin, Aufbau Ve rlag, 1997. mais tarde, na década de oitenta (1985), assi­ DIE MAIAS, trad. Rudolf Kruger. Posf. Óscar nala-se o trabalho de tradução de Os Maias e Lopes. Berlin, Aufbau Ve rlag, 1983. Contos assinado por I. Tchejegova. Outros casos DIE MAIAs, trad. Rudolpf Krugel. Posf. Óscar há em que muito se lamenta as falhas de infor­ Lopes. Trad. Horst Schulz. München, PipeI, mação e a dificuldade de acesso a bases de 1986. dados e a fontes credíveis, casos esses, ironica­ DIE MAIAS, trad. Rudolph Krugel. Posf. Óscar mente, encorajadores de uma futura pesquisa Lopes. Trad. Horst Schulz. München, Piper, favorecida por prazos mais amplos e meios 1989. mais sólidos. VEITER BASILIO, trad. Rudolph Krugel. Berlin, A segunda parte desta publicação inclui o Buchclub, 1986. maior número possível de peças relativas a VEITERBASILIO, trad. Rudolph Krugel. München, bibliografia passiva .publicada em línguas Piper, 1989. estrangeiras (e fora de Portugal), nomeada­ VEITER BASILIO, trad. Rudolph Krugel. Berlin, mente teses de licenciatura e de doutora­ Aufbau Ve rlag, 1997. mento, publicações em livro, artigos científi­ ALVES & CD., trad. Rudolph Krugel. München, 275 cos, recensões em periódicos, etc. Piper, 1987. TREULOSERoMANE:BASIUO UNDALVES & Co, trad. Hel­ mut Hilzheimer e Ah'un Haase Almeida Faria. PAN HRABE A SPOL, trad. Zdenek Hampejs! Edu­ Nordlingen, Greno! Eichenborn Ve rlag, 1988. ard Houdousek. Praha, Odeon, 1977. [Título STADT UND GEBIRG, trad. Curt Meyer-Clason. Original: O Conde d'Abranhose Alves & C.a] . Zürich, Manesse Ve rlag, 1988. [título original: BRATANEC BASILIO. RODINNÁ EPlZODA, trad. e posf. A Cidade e as Serras] . Zdenek Hampl. Praha, Odeon, 1989. DAS RAMIRES, BERÜHMTE HAus trad. Rudolph Km­ gel. Pref. Peter Demetz. München! Zürich, Piper, 1990. Título original: O PRIMO BASfuo, trad. Fan Wei DAS VERBRECHEN DES PATERS AIvlARO, trad. Willibald Xin. Macau!Shijiazhuang (Hebei), Instituto Schonfelder. 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