ftepiiblica Federatna do Brasil

DIARIO DOS TRABAIHOS REVISIONAIS

ANOII - N" 33 QUARTA-FEIRA, 9 DE MARCO DE 1994 BRASILIA - DF

Revisao da Constitui^ao Federal

SUMARIO 1- ATA DA 12* SESSAO, EM 8 DE MAR^O DE Congresso Nacional medida provisdria visando penalizar em- 1994 presarios que aumentaram abusivamente os pregos. 1.1-ABERTURA SR. PRESIDENTE - Remessa as Comissoes de Consti- 1.2- EXPEDIENTE tuigao e Justiga da Camara dos Deputados e do Senado Federal 1.2.1- Discursos do Expediente de consulta sobre o assunto do Sr. Carlos Lupi. DEPUTADO NILSON GIBSON - Comportamento in- SENADOR AFFONSO CAMARGO, pela ordem - correto do Relator Nelson Jobim, propondo emenda revisional Inobservancia dos periodos regimentals das sessoes e sugerin- suprimindo a estabilidade e a aposentadoria do servidor publi- do a Presidencia a prefixagao de urn horario rigido para o inlcio co. da Ordem do Dia. 1.2.2- Comunica^ao da Presidencia SR. PRESIDENTE - Resposta ao Sr. Affonso Camargo. Retificagao de erro formal nos Pareceres n"5 9 e 12, de DEPUTADO WILSON CAMPOS - Consideragoes so- 1994-RCF, a pedido do Relator, referentes ao art. 18, paragrafo bre proposta revisional permitindo a reeleigao de autoridades 30(criagao de estados), e art. 55 (imunidade parlamentar), da executivas, dispensando-as da desincompatibilizagao. Constituigao Federal. DEPUTADO ROBERTO FRANCA - Dia Intemacional 1.2.3 Requerimentos da Mulher. Revisao Constitucional. N" 78/94-RCF, do Sr. Ary Kara, solicitando correijao de DEPUTADA IRMA PASSONI - Dia Intemacional da parte do texto da Proposta Revisional n0 011555-2. Deferido. Mulher. Discriminagao da mulher parlamentar na Revisao NoS 79 a 109, de 1994-RCF, de retirada de propostas re- Constitucional. visionais. DEPUTADO FERNANDO CARRION - Defesa da ma- 1.2.4- Discursos do Expediente (continua^ao) nutengao dos jui'zes classistas no arcabougo jundico do Pals. DEPUTADO JOSE GENOfNO - Dia Intemacional da DEPUTADO JAIR BOLSONARO - Criticas a explana- Mulher. Casufsmo da inclusao em Ordem do Dia da presente gao do Ministro Fernando Henrique Cardoso, feita no dia de sessao de temas poh'ticos. hoje, para os membros da Comissao Mista incumbida de relatar a Medida Provisoria n" 434/94. DEPUTADO LIBERATO CABOCLO - Desaponta- a DEPUTADO EDMUNDO GALDINO - Condenando a mento de S. Ex ' com declarafoes do Senador Jarbas Passari- atitude fisiologica dos Goveraadores que permanecem em Bra- nho sobre possfveis riscos de uma eventual vitdria de Lula, no silia, buscando a aprovagao da emenda que prorroga os seus proximo pleito presidencial. mandates. DEPUTADO PAULO RAMOS - Dia Intemacional da DEPUTADO ALOISIO VASCONCELOS, como Li'der Mulher. Afogadilho das votagSes dos trabalhos revisionais. - Programa da Hebe Camargo, levado ao ar ontem a noite, e o SR. PRESIDENTE - Resposta a tdpicos do discurso do eddigo de etica da radiodifusao. Representagao junto a Sr. Paulo Ramos. ABERT, solicitando providencias no sentido de se restabelecer o respeito & instituigao Congresso Nacional. DEPUTADO CARLOS LUPI, pela ordem - Solicitando DEPUTADO CARLOS LUPI - Piano FHC11. da Presidencia esclarecimentos sobre o quorum regimental DEPUTADO PAULO DUARTE - Reflexoes sobre ati- para a abertura da sessao. tude da apresentadora Hebe Camargo durante o seu programa DEPUTADO MAURI SERGIO - Aumento abusive dos no SBT, na data de ontem. pregos dos produtos alimenticios. Noticia do Correio Brazi- DEPUTADO DIOGO NOMURA - Homenagens as mu- liense, de hoje, de que o Presidente Itamar Franco enviou ao Iheres parlamentares e funcionari'as da Casa pelo dia de hoje. 1452 Quarta-feira 9 diArio da revisao constitucional Margo de 1994

EXPEDIENTE Centra Graftco do Senado Federal

MANOEL VILELA DE MAGALHAES DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL Diretor-Geral do Senado Federal Impresso sob responsabilidade da Mesa do Senado Federal AGACIEL DA SILVA MAIA Diretor Executivo CARLOS HOMERO VIEIRA NINA ASSINATURAS Diretor Administrativo LUIZ CARLOS BASTOS Semestral Cr$ 70.000,00 Diretor Industrial FLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Tiragem 1.200 exemplares Diretor Adjunto

Comentarios as declaragoes do Ministro Sepulveda Pertence DEPUTADO LEZIO SATHLER - Estudo do UNICEF sobre a demora prevista para as apuragoes dos votos no pleito sobre a continuidade de experiencias educacionais bem-sucedi- de 1994. das, em 15 munici'pios brasileiros. DEPUTADO CLOVIS ASSIS - Alerta ao futuro Minis- SENADOR JUTAHY MAGALHAES - Solicitando tro das Comunicagoes sobre os desafios e responsabilidades da apoio & proposta revisional de sua autoria alterando o art. 84 da pasta no momento atual. Constituigao Federal, que visa a valorizagao do trabalhador. DEPUTADO ALOISIO VASCONCELOS - Suscitando SENADOR ODACIR SCARES - Ofi'cio enviado a questao de ordem sobre o im'cio da Ordem do Dia. S.Exa pelo presidente da Federagao das Associagoes Comer- SR. PRESIDENTE - Resposta ao Sr. Aloisio Vasconce- ciais e Industriais do Estado de Rondonia-FACER, e da Asso- los. ciagao Comercial de Rondonia-ACR, Sr. Antonio Orlandino DEPUTADO JOSE LOUREN^O - Imediata apreciagao Gurgel do Amaral, bem como nota oficial da FACER/ACR, das materias em pauta. editada apds reuniao com a classe empresarial, expressando o SR. PRESIDENTE - Resposta ao Sr. Jose Lourengo. descontentamento dessas entidades com os termos de financia- DEPUTADO PEDRO PAVAO - Dia da Mulher. Reba- mentos concedidos pelo BASA S/A, com os recursos do Fundo tendo as criticas a representagao classista nas causas trabalhis- Constitucional do Norte. tas. DEPUTADA FAT1MA PELAES - Retrospectiva das DEPUTADO GERSON PERES - Associando-se ao crescentes conquistas das mulheres enquanto cidadas. Omissao pronunciamento do Deputado Fernando Carrion em favor dos do Estado na questao do planejamento familiar. juizes classistas. DEPUTADO MARCELO BARBIERI - Cumprimen- DEPUTADO ERNESTO GRADELLA - Indagando a tando as organizagocs femininas, em particular a Confederagao Presidencia sobre o im'cio das votagoes. Nacional das Mulheres do Brasil, pelas festividades comemora- SR. PRESIDENTE - Resposta ao Sr. Ernesto Gradella. tivas do Dia da Mulher. DEPUTADO ISRAEL PINHE1RO - Coerencia na con- DEPUTADO GEORGE TAKIMOTO - Procedimento dugao dos trabalhos da presente sessao. parlamentar que resulta no crescente numero de projetos de lei SENADOR CID SABOIA DE CARVALHO - Apelo ao inocuos, que oneram e sobrecarregam desnecessariamente os Prefeito de Fortaleza e ao Govemador do Ceara em favor do trabalhos do Congresso Nacional. respeito a dignidade salarial dos professores das escolas publi- DEPUTADO OTTO CUNHA - Posigao contraria de S. cas, assegurada em lei. Exa a manutengao da gratuidade do ensino de Terceiro Grau. DEPUTADO JOSE GENOINO - Levantando questao SENADOR HYDEKEL FREITAS - Causas da violen- de ordem, com base no art. 82 do Regimento Intemo da Cama- cia no Brasil. Proposigao de S.Exa criando restrigoes ao porte ra dos Deputados, sobre o quorum exigido para se dar im'cio a de armas. Apelo ao Presidente da Reptiblica pela deflagragao Ordem do Dia. de campanha nacional do desarmamento pessoal. SR. PRESIDENTE - Resposta ao Sr. Jose Genomo. DEPUTADO FLAVIO PALMIER DA VEIGA - 180° DEPUTADO JOSE GENOINO - Formalizagao de re- aniversario de autonomia poh'tico-administraliva de Cantagalo curso contra a decisao da Presidencia a Comissao de Constitui- -RJ. gao e Justiga e de Redagao. 1.3-ORDEM DO DIA DEPUTADO ISRAEL PINHEIRO - Retomando as co- - Proposta de Emenda Constitucional de Revisao n" 3- locagoes do Deputado Jose Genot'no, que inquere da Presiden- A/94, referente ao art. 12 da Constituigao Federal (nacionalida- cia sobre os termos para a verificagao de quorum. de) - Pareceres n"8 2-A e 2-B, de 1994 - RCF. Aprovada em DEPUTADA SANDRA CAVALCANTI - Apelo a ban- 2° turno, apds usarem da palavra os Srs. Maurilio Ferreira cada do PPR para que venha ao plenario, assegurando o quo- Lima, Liberate Caboclo, Jose Maria Eymael, Nelson Proenga e rum necessario ao im'cio da Ordem do Dia. o Relator Nelson Jobim. A promulgagao. Marco de 1994 D1ARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1453

- Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- (reeleicao) - Parecer n" 4, de 1994 - RCF. Apreciacao sobres- das aos arts. 12, 14, 28, 29, 77, 79 e outros, da Constituicao Fe- tada. deral (supressao de vices) - Parecer n" 17, de 1994 - RCF. - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- Rejeitadas, em primeiro tumo, nos termos do substitutivo das ao art. 14, paragrafos 6° e 7°, da Constituifao Federal (de- constante do parecer do Relator, bem como a emenda aglutina- sincompatibilizacao e inelegibilidade) - Parecer n" 5, de 1994 - tiva apresentada nesta oportunidade, e, igualmente, rejeitado o RCF. Apreciacao sobrestada. destaque relative ao paragrafo 2° do art. 77, e os demais retira- dos ou prejudicados, ficando mantido, portanto, o atual texto - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- constitucional, havendo os Srs. Prisco Viana, Nelson Jobim, das ao art. 45 da Constituifao Federal (sistema eleitoral) - Pa- Jos6 Genomo, Armando Pinheiro, Josaphat Marinho, Affonso recer n" 21, de 1994 - RCF. Apreciacao sobrestada. Camargo, Liberate Caboclo, Haroldo Lima e Jos6 Serra usado - Propostas Revisionais e respectivas emendas. ofereci- da palavra na apreciacao da mat^ria. Ao Arquivo. das aos art. 47 da Constituifao Federal (deliberacoes legislati- - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- vas) - Parecer n" 22, de 1994 - RCF. Apreciacao sobrestada. das ao art. 14 e 17 da Constituicao Federal (infidelidade parti- - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- ddria) - Parecer n" 18, de 1994 - RCF. Retirado da pauta. das ao art. 53 da Constituiijao Federal (imunidade parlamentar) - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- - Parecer n" 12, de 1994 - RCF. Aprecia^ao sobrestada. das ao art. 14, caput e pardgrafos 1° a 4°, da Constituicao Fede- - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- ral (voto facultativo) - Parecer n° 3, de 1994-RCF. Apreciafao das ao art. 55 da Constitui9ao Federal (perda do mandato parla- sobrestada. mentar) - Parecer n" 13, de 1994-RCF. Aprecia^ao - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- sobrestada. das ao art. 82 da Constituicao Federal (duracao do mandato - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- presidencial) - Parecer n" 16, de 1994 - RCF. Votacao sobres- das ao art. 18, paragrafo 3°, da Constituifao Federal (criagao de tada. Estados) - Parecer n" 9, de 1994 - RCF. Aprecia^ao sobresta- - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- da. das ao art. 56 da Constituicao Federal (licemja para afastamen- to do exercicio do mandato) - Parecer n" 14, de 1994 - RCF. - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- Votacao sobrestada. das ao art. 18, paragrafo 4°, da Constituifao Federal) - Parecer - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- n" 10, de 1994 - RCF. Aprecia^ao sobrestada. das aos arts. 14, pdragrafo 5°, e 82 da Constituiifao Federal 1.4 - ENCERRAMENTO

Ata da ^ Sessao, em 2 de Mar^o de 1992 4a Sessao Legislativa Ordinaria, da 49a Legislatura Presidencia do Sr. Adylson Motta

A5 14 HORAS. ACHAM-SE PRESENTES OS SRS. CON- 1' Amazonas OR ESS ISTAS.: Atila Lins - Bloco (PFL); Beth Azize - PDT; Euler Ribeiro Roraima - PMDB; Ezio Ferreira - Bloco (PFL); Gilberto Miranda - PMDB; Joao Thome - PMDB; Pauderney Avelino - PPR. Alceste Almeida - » Bloco (PTB); Avenir Rosa - PDC; C6- sar Dias - PMDB; Francisco Rodrigues - Bloco (PTB); Joao Fa- Ronddnia gundes - PMDB; Joao Franca - PP; Julio Cabral - PP; Luciano Antonio Morimoto - PPR; Mauricio Calixto - Bloco (PFL); Castro - PPR; Marcelo Luz - PP; Marluce Pinto - PTB; Ruben Odacir Scares - PFL; Reditario Cassol - PSD; Ronaldo Aragao - Bento - Bloco (PFL). PMDB. Amapd Acre Aluizio Bezerra - PMDB; Flaviano Melo - PMDB; Fran- Aroldo G6es - PDT; Eraldo Trindade - PPR; Fdtima Pelaes cisco Diogenes - PPR; Joao Maia - PP; Joao Tola - PPR; Mauri - Bloco (PFL); Gilvam Borges - PMDB; Henrique Almeida - Sergio - PMDB; Nabor Junior - PMDB; Ronivon Santiago - PFL; Jonas Pinheiro - PTB; Lourival Freitas - PT; Murilo Pinhei- PPR; Zila Bezerra. ro - Bloco (PFL); Sergio Barcellos - Bloco (PFL); Valdenor Gue- Tocantins des - PP. Darci Coelho - Bloco (PFL); Edmundo Galdino - PSDB; Para Freire Junior - PMDB; Joao Rocha - PFL; Leomar Quinta- Alacid Nunes - Bloco (PFL); Almir Gabriel - PSDB; Car- nilha - PPR; Merval Pimenta - PMDB; Paulo Mourao - PPR. los Kayath - Bloco (PTB); Coutinho Jorge PMDB; Domingos Ju- Maranhao venil - PMDB; Eliel Rodrigues - PMDB; Gerson Peres - PPR; Alexandre Costa - PFL; Cesar Bandeira - Bloco (PFL); Cid Giovanni Queiroz - PDT; Herrm'nio Calvinho - PMDB; Hildrio Carvalho - PMDB; Costa Ferreira - PP; Daniel Silva - PPR; Coimbra - Bloco (PTB); Jarbas Passarinho - PPR; Jos^ Diogo - Eduardo Matias - Bloco (PFL); Francisco Coelho - Bloco (PFL); PPR; Mdrio Chermont - PP; Mdrio Martins - PMDB; Nicias Ri- Haroldo Sabdia - PT; Jayme Santana - PSDB; Joao Rodolfo - beiro - PMDB; Osvaldo Melo - PPR; Paulo Rocha - PT; Paulo PPR; Josd Burnett - PRN; Josd Carlos Saboia - PSB; Jose Reinal- Titan - PMDB; Socorro Gomes - PCdoB; Valdir Ganzer - PT. do - Bloco (PFL); Mauro Fecury - Bloco (PTB); Nan Souza - PP; 1454 Quarta-feira 9 DIARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Margo de 1994 Pedro Novais - PDC; Ricardo Murad - Bloco (PFL); Roseana Jorge Khoury - Bloco (PFL); Jose Carlos Aleluia - Bloco (PFL); Samey - Bloco (PFL); Samey Filho - Bloco (PFL). Jos6 Falcao - Bloco (PFL); Jose Louren^o - PDS; Leur Lomanto Ceara - Bloco (PFL); Luis Eduardo - Bloco (PFL); Luiz Moreira - Blo- Aecio de Borba - PDS; Antonio dos Santos - Bloco (PFL); co (PTB); Luiz Viana Neto - Bloco (PFL); Manoel Castro - Bloco Ariosto Holanda - PSB; Carlos Benevides - PMDB; Carlos Virgf- (PFL); Marcos Medrado - PP; Pedro Irujo - PMDB; Prisco Viana lio - PPR; Edson Silva - PDT; Emani Viana - PP; Etevaldo No- - PDS; Ribeiro Tavares - PL; Sergio Brito - PDC; Sergio Gau- gueira - Bloco (PFL); Gonzaga Mota - PMDB; Jackson Pereira - denzi - PDT; Tourinho Dantas - Bloco (PFL); Ubaldo Dantas - PSDB; Jose Linhares - PP; Luiz Girao - PDT; Luiz Pontes - Bloco (PFL); Uldurico Pinto - PSB; Waldir Pires - PSDB. PSDB; Marco Penaforte - PSDB; Maria Lui'za Fontenele - PSB; Minas Gerais Mauro Sampaio - PSDB; Moroni Torgan - PSDB; Orlando Be- Aecio Neves - PSDB; Agostinho Valente - PT; Aloisio zerra - Bloco (PFL); Pinheiro Landim - PMDB; Sergio Machado Vasconcelos - PMDB Alvaro Pereira - PSDB; Annibal Teixeira - - PSDB; Ubiratan Aguiar - PMDB; Vicente Fialho - Bloco Bloco (PTB); Aracely de Paula - Bloco (PFL); Armando Costa - (PFL). PMDB; Avelino Costa - PDS; Camilo Machado - Bloco (PFL); Piatn Edmar Moreira - PRN; Edson Cunha - (PT); Elias Murad - B. Sa - PP; Ciro Nogueira - Bloco (PFL); Felipe Mendes - PSDB; Felipe Neri - PMDB; Fernando Diniz - PMDB; Gen^sio PDS; Jesus Tajra - Bloco (PFL); Joao Henrique - PMDB; Jose Bernardino - PMDB; Getulio Neiva - PL; Humberto Souto - Blo- Luiz Maia - PDS; Murilo Rezende - PMDB; Mussa Demes - Blo- co (PFL); Ibrahim Abi-Ackel - PDS; Irani Barbosa - Bloco co (PFL); Paes Landim - (Bloco (PFL); Paulo Silva - PSDB. (PSD); Israel Pinheiro - Bloco (PRS); Joao Paulo - PT; Jose Aldo - Bloco (PRS); Jose Belato - PMDB; Jose Geraldo - PMDB; Jose Rio Grande do Norte Santana de Vasconcelos - Bloco (PFL); Jos6 Ulisses de Oliveira - Alufzio Alves - PMDB; Fernando Freire - PDS; Flavio Ro- Bloco (PRS); Lael Varella - Bloco (PFL); Leopoldo Bessone - cha - PL; Henrique Eduardo Alves - PMDB; Ibere Ferreira - Blo- PP; Marcos Lima - PMDB; Mario de Oliveira - PP; Mauricio co (PFL); Joao Faustino - PSDB; LaiTe Rosado - PMDB; Ney Campos - PL; Neif Jabur - PMDB; Nilmario Miranda - PT; Odel- Lopes - Bloco (PFL). mo Leao - PRN; Osmanio Pereira - PSDB; Paulo Delgado - PT; Parafba Paulo Heslander - Bloco (PTB); Paulo Romano - Bloco (PFL); Adauto Pereira - Bloco (PFL); Efraim Morais - Bloco Pedro Tassis - PMDB; Raul Bel6m - PRN; Romel Am'sio - PRN; (PFL); Evaldo Gongalves - Bloco (PFL); Francisco Evangelista - Ronaldo Perim - PMDB; Samir Tannus - PDC; Saulo Coelho - PDS; Ivan Burity - PRN; Humberto Lucena - PMDB; Ivandro PSDB; Sergio Ferrara - PMDB; Sergio Miranda - PCdoB; Sergio Cunha Lima - PMDB; Jose Luiz Clerot - PMDB; Jose Maranhao Naya - PMDB; Tarci'sio Delgado - PMDB; Tilden Santiago - PT; - PMDB; Lucia Braga - PDT; Rivaldo Medeiros - Bloco (PFL); Vittorio Medioli - PSDB; Wagner do Nascimento - PRN; Wilson Vital do Rego - PDT; Zuca Moreira - PMDB. Cunha - Bloco (PTB); Zaire Rezende - PMDB. Pernambuco Espfrito Santo Alvaro Ribeiro - PSB; Fernando Lira- PDT; Gilson Ma- Armando Viola - PMDB; Etevalda Grassi de Menezes - chado - Bloco (PFL); Gustavo Krause - Bloco (PFL): Inocencio Bloco (PTB); Helvdcio Castello - PSDB; Jones Santos Neves - Oliveira - Bloco (PFL); Jose Carlos Vasconcellos - PRN; Jos6 PL; J6rio de Barros - PMDB; Lezio Sathler - PSDB; Nilton Baia- Jorge - Bloco (PFL); Jose Mendon^a Bezerra - Bloco (PFL); Jose no - PMDB; Rita Camata - PMDB; Roberto Valadao - PMDB; Mucio Monteiro - Bloco (PFL); Luiz Piauhylino - PSB; Mansue- Rose de Freitas - PSDB. to de Lavor - PMDB; Maurilio Ferreira Lima - PSDB; Maviael Cavalcanti - PRN; Miguel Arraes - PSB; Ney Maranhao - PRN; Nilson Gibson - PMDB; Osvaldo Coelho - Bloco (PFL); Pedro Aldir Cabral - Bloco (PTB); Amaral Netto - PDS; Benedita Correa - Bloco (PFL); Renildo Calheiros - PCdoB; Ricardo Fiuza da Silva - PT; Carlos Lupi - PDT; Cidinha Campos - PDT; Ede- - Bloco (PFL); Roberto Franca - PSB; Roberto Freire - PPS; Ro- sio Frias - PDT; Hydekel Freitas - PPR; Jair Bolsonaro - PPR; berto Magalhaes - Bloco (PFL); Salatiel Carvalho - PP; Sergio Joao Mendes - Bloco (PTB); Jos6 Egydio - PPR; Jose Vicente Guerra - PSB; Tony Gel - PRN; Wilson Campos. Brizola - PL; Junot - PDT; Bastos - PSDB; Laprovita Vieira - PMDB; Luiz Salomao - PDT; Marino Clinger - PDT; Alagoas Miro Teixeira - PDT; Nelson Bomier - PL; Paulo - PP; Guilherme Palmeira - FPL; Jose Thomaz Nono - PMDB; Roberto Jefferson - Bloco (PTB); Sandra Cavalcanti - PPR; Ser- Teotonio Vilela Filho - PSDB; Vitorio Malta - PPR. gio Arouca - PPS; Vivaldo Barbosa - PDT; Vladimir Palmeira - Sergipe PT; Wanda Reis - PMDB, Albano Franco - PSDB; Benedito Figueiredo - PDT; Dje- Sao Paulo nal Gon^alves - PDS; Everaldo de Oliveira - Bloco (PFL); Fran- cisco Rollemberg - PRN; Jose Teles - PPR; Pedro Valadares - Alberto Godman - PMDB; Aldo Rebelo - PCdoB; Aloizio PP. Mercadante - PT; Armando Pinheiro - PPR; Cardoso Alves - Bloco (PTB); Cunha Bueno - PPR; Delfim Netto - PPR; Diogo Bahia Nomura - PL; Eduardo Jorge - PT; Ernesto Gradella - PSTU; Eu- Alcides Modesto - PT; Angelo Magalhaes - Bloco (PFL); clydes Mello - PRN; Fausto Rocha - PRN; Florestan Femandes - Aroldo Cedraz - PRN; Benito Gama - Bloco ( PFL); Beraldo PT; Gastone Righi - Bloco (PTB); Geraldo Alckmin Filho - Boaventura - PSDB; Clovis Assis - PSDB; Eraldo Tinoco - Blo- PSDB; Heitor Franco - PRN; Helio Bicudo - PT; H61io Rosas - co (PFL); Felix Mendonfa - Bloco (PTB); Geddel Vieira Lima - PMDB; Irma Passom - PT; Jorge Tadeu Mudalen - PMDB; Jose PMDB; Genebaldo Correia - PMDB; Haroldo Lima - PCdoB; Ja- Abrao - PSDB; Jose Anfbal - PSDB; Jose Cicote - PT; Jose Dir- bes Ribeiro - PSDB; Jairo Azi - PDC; Jairo Cameiro - Bloco ceu - PT; Jos6 Genomo - PT; Jose Maria Eymael - PDC; Jose (PFL); Jaques Wagner - PT; Joao Almeida - PMDB; Joao Alves - Serra - PSDB; Koyu lha - PSDB; Liberate Caboclo - PDT; Luiz PDS; Joao Carlos Bacelar - Bloco PSC); Jonival Lucas - PDC; Carlos Santos - PMDB; Luiz Gushiken - PT; Luiz Mdximo -

I Marco de 1994 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1455 PSDB; Maluly Netto - Bloco (PFL); Manoel Moreira - PMDB; PMDB; Ivo Mainardi - PMDB; Joao de Deus Antunes - PDS; Marcelino Romano Machado - PDS; Marcelo Barbieri - PMDB; Jorge Uequed - PSDB; Josd Fortunati - PT; Luis Roberto Ponte - Mdrio Covas - PSDB; Maurici Mariano - PMDB; Mauricio Najar PMDB; Mendes Ribeiro - PMDB; Nelson Jobim - PMDB; Nel- - Bloco (PFL); Mendes Bolelho - Bloco (PFL); Nelson Marque- son Proen^a - PMDB; Odacir Klein - PMDB; Osvaldo Bender - zelli - Bloco (PTB); Osvaldo Slecca - PMDB; Paulo Lima - Blo- PPR; Paulo Paim - PT; Pratini de Moraes - PPR; Valdomiro Lima co (PFL); Paulo Novais - PMDB; Pedro Pavao - PPR; Roberto - PDT; Victor Faccioni - PPR; Waldomiro Fioravante - PT; Wil- Rollemberg - PMDB; Robson Tuma - PL; Tadashi Kuriki - PRN; son Midler - PDT. Tuga Angcrami - PSDB; Vadao Gomes - PP; Valdemar Costa O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - As listas de pre- Ncto - PL; Walter Nory - PMDB. senya acusam o comparecimento de 416 Srs. Congressistas. Ha- Mato Grosso vendo mimero regimental, declare aberta a sessao. Augustinho Freit'as - Bloco (PTB); Itsuo Takayama - Bloco Passando-se ao perfodo de Breves Comunica?6es, concede (PFL); Joao Teixeira - PL; Jonas Pinheiro - Bloco (PFL); Jos6 a palavra ao nobre Deputado Nilson Gibson. Augusto Curvo - PMDB; Ricardo Correa - PL: Rodrigues Palma O SR. NILSON GIBSON (PMN-PE. Pronuncia o seguinte - Bloco (PTB); Wellington Fagundes - PDS. discurso. Sem revisao do orador.) - Srs. Presidente, Sr*s e Srs. Distrito Federal Congressistas, ocupo hoje esta tribuna para registrar e denunciar Augusto Carvalho - PPS; Benedito Domingos - PP; Chico comportamento incorreto do Deputado Nelson Jobim (PMDB- Vigilante - PT; Jofran Frejat - Bloco (PFL); Maria Laura - PT; RS), Relator da Revisao, contra velhas conquistas dos servidores Osdrio Adriano - Bloco (PFL); Paulo Octavio - PRN; Sigmaringa piiblicos, conquistas essas que levaram longos anos para veneer a Seixas - PSDB, incompreensao e a md-vontade de alguns administradores e seus aulicos, hoje, felizmente, jogados na lata de lixo da Histdria. Goias Antonio de Jesus - PMDB; Antonio Faleiros - PSDB; W- Sr. Presidente, os servidores assistem estarrecidos a tentati- lio Braz - Bloco. (PFL); Haly Margon - PMDB; Joao Natal - va do Relator da Revisao Constitucional, Deputado Nelson Jobim PMDB; Lucia Vania - PP; Luiz Soyer - PMDB; Maria Valadao - e alguns companheiros, no sentido de extinguir a aposentadoria PDS; Mauro Borges - PP; Mauro Miranda - PMDB; Paulo Man- por tempo de servi90 e acabar com a estabilidade, sob a alegaijao darino - PDC; Pedro Abrao - PP; Roberto Balestra - PDC; Ronal- de que ambos os institutes - da aposentadoria por tempo de servi- do Caiado - Bloco (PFL); Vilmar Rocha - Bloco (PFL); 90 e da estabilidade - prejudicam os administradores, o Pat's e o Virmondes Cruvinel - PMDB; TA Gomes da Rocha - PRN. servi9o publico. Diz ainda o Deputado Nelson Jobim que isso foi liberalidade da Constitui9ao de 1988. Mato Grosso do Sul E de pasmar! Flavio Derzi - PP; George Takimoto - Bloco (PFL); Jose A matdria, data venia, nao 6 caso de Revisao, pois esses di- Elias - Bloco (PTB); Marilu Guimaraes - Bloco (PFL); Nelson reitos ja existiam; apenas foram repetidos e mantidos pela Carta Trad - Bloco (PTB); Valter Pcreira - PMDB; Waldir Guerra - Polftica de 1988. Bloco (PFL). A Constitui9ao de 1967 - do regime de exce9ao - tinha Parana consignado o direito de o servidor aposentar-se voluntariamente Antonio Barbara - PMDB; Antonio Ueno - Bloco (PFL); apds 35 anos de servi9o e Ihe garantia os proventos integrais, com Basdio Villani - PDS; Carlos Roberto Massa - PP; Carlos Scarpe- 35 anos de servi9o, se do sexo masculine, ou 30 anos, se do sexo lini - PP; Delcino Tavares - PP; Deni Schwartz - PSDB; Eddsio feminine; e, ainda, em caso de invalidez por acidente em servi9o, Passos - PT; Edi Siliprandi - PDT; Elio Dalla-Vecchia - PDT; por moldstia profissional. Fldvio Arns - PSDB; Ivanio Guerra - Bloco (PFL); Joni Varisco - A Lei Maior de 1967 (Emenda Constitucional n" 1, de 17- PMDB; Josd Felinto - PP; Josd Richa - PSDB; Luciano Pizzatto - 10-1965) foi emendada oito vezes e todas elas respeitaram os di- Bloco (PFL); Luiz Carlos Hauly - PP; Matheus lensen - Bloco- reitos dos servidores. Repita-se: em pleno regime militar! (PTB); Max Rosenmann - PDT; Moacir Micheletto - PMDB; Mu- nl.oz da Rocha - PSDB; Onaireves Moura - Bloco (PSD); Otto Sr. Presidente, nao i somente no Brasil que existem os di- Cunha - Paulo Bernardo - PT; Pedro Tonelli - PT; Pinga Fogo de reitos de aposentadoria por tempo de servi9o e estabilidade. Men- Oliveira -; Reinhold Stephanes - Bloco (PFL); Renato Johnsson - ciono os seguinte? pafses: Porto Rico, Honduras, Guatemala, PP; Sdrgio Spada - PP; Werner Wanderer - Bloco (PFL); Wilson Bolivia, Mexico, Republica Dominicana, Venezuela, Argentina, El Moreira-PSDB. Salvador, Chile, Peru, Costa Rica, Colombia, Cura9au, Equador e Panama, entre outros. Santa Catarina Realmente, cai por terra a afirmativa falaciosa do Relator Angela Amin - PDS; Cesar Souza - Bloco (PFL); Dejandir Deputado Nelson Jobim de que somente no Brasil ocorre essa si- Dalpasquale - PMDB; Dercio Knop - PDT; Edison Andrino - tua9ao: aposentadoria por tempo de servi9o. PMDB; Hugo Biehl - PDS; Esperidiao Amin - PPR; Jarvis Gaid- Sr. Presidente, ainda investe o Deputado Nelson Jobim con- zinski - PDS; Luci Choinacki - PT; Luiz Henrique - PMDB; Nel- tra a maior conquista da classe, a maior vitdria de todos os traba- son Morro - Bloco (PFL); Neuto de Conto - PMDB; Orlando Ihadores do Mundo: a estabilidade, se ela for extinta ficarao os Pacheco - Bloco (PFL); Paulo Duarte - PDS; Ruberval Pilotto - administradores de a9oite nas maos, humilhando os servidores pu- PDS; Valdir Colatto - PMDB; Vasco Furlan - PDS. blicos que, de joelhos, olharao a espada de Damocles (da demis- Rio Grande do Sul sao) oscilando sobre suas cabe9as. Adao Pretto - PT; Adroaldo Streck - PSDB; Adylson Motta Sr. Presidente, essa era uma prdtica anterior a 1930. Vamos - PPR; Aldo Pinto - PDT; Amaury Miiller- PDT; Amo Magarinos ressuscita-la? - PPR; Carlos Azambuja - PPR; Celso Bemardi - PPR; Eden Pe- O direito social nao permite retrocesso. droso - PDT; Fernando Carrion - PPR; Fetter Junior - PDS; Ger- Sr. Presidente, a estabilidade sempre foi e 6 uma das princi- mano Rigotto - PMDB; Hildrio Braun - PMDB; Ibsen Pinheiro - pals bandeiras de luta ae todos os empregados do Pafs - servidores 1456 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Margo de 1994 piiblicos e trabalhadores de empresas privadas - e e decisao de Re- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Pica referido o solufao da Organizagao Internacional do Trabalho (OIT), requerimento nos termos do art. 21 caput, da Resoluijao n" 1 de Sr. Presidente, relatorio publicado pela OIT divulga que a 1993. estabilidade e instituto de direito adotado por quase todas as Naijo- Sobre a mesa, requerimentos de retiradas de propostas revi- es do Mundo. como: Alemanha. Austria, Belgica, Espanha, Fran- sionais, que serao lidos pelo Sr. 1° Secretario. Ca, Italia, Noruega, Holanda, Portugal, Reino Unido, Suecia, Sao lido os seguintes Bulgaria, Tchecoslovaquia, Polonia, Romenia, Uniao Sovietiea, Arabia Saudita, Argelia, Camaroes, Egito, Iraque, Libia, Nigeria, REQUERIMENTO N" 80, DE 1994-RCF Filipinas, Cingapura, Canada, Colombia, Mexico, Venezuela, en- Senhor Presidente, tre muitos outros. Requeiro a V. Ex', nos termos do art. 21, pardgrafo unico, Sr. Presidente, formulo urn veemente apelo aos ilustres inciso I, da Resolucao n" 1, de 1993-RCF, a retirada da PRE n" Congressistas para que rejeitem as emendas propostas de exclusao 011475-6, de minha autoria. do texto constitucional de 1988 - repeticao das constituicoes ante- Sala das Sessoes, 2 de fevereiro de 1994. - Deputado Jose riores - da estabilidade e da aposentadoria por tempo de service, Belato. por ser da mais salutar e inteira justifa. Voltarei oportunamente ao assunto. REQUERIMENTO N" 81, DE 1994-RCF Era o que desejava dizer. Sr. Presidente. Muito obrigado. Requeiro a Vossa Excelencia, nos termos do Capftulo VI da O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia Resolucao n" 1, de 1993-RCF, a retirada da Proposta Revisional n" apela aos Srs. Parlamentares para que permanecam em plenario a 009145-0, de 7-12-93, de minha autoria, indevidamente apresenta- fim de que possa ter continuidade a sessao. da. A Presidencia comunica que o Sr. Relator-Geral da Revisao Sala das Sessoes, 3 de fevereiro de 1994. - Deputado Constitucional, Congressista Nelson Jobim, enviou retificacao de Eduardo Mascarenhas, PSDB-RJ. erro formal nos seguintes pareceres: REQUERIMENTO N" 82, DE 1994-RCF Parecer n" 9/94, sobre o art. 18, § 3°, relativo a criayao de Estados; Brasflia, 2 de fevereiro de 1994 Parecer n0 12/94, sobre o art. 55, relativo a imunidade parla- mentar, em cujo § 1° ficou faltando a expressao "flagrante de" Excelenti'ssimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- para formar a frase "salvo em flagrante delito de crime inafianca- nais. vel". Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21, da Resolucao O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Sobre a mesa, n° 1, de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o PlenS- Expediente que sera lido pelo Sr. Secretario. rio, a retirada da PRE n" 5.117, de minha autoria, incidente sobre o E lido o seguinte art. 115 da Constituiyao Federal. Sala das Sessoes, 2 de fevereiro de 1994. - Deputado Ivo REQUERIMENTO N" 78, DE 1994-RCF Mainardi, PMDB-RS. Senhor Presidente. Requeremos a Vossa Excelencia, nos termos regimentais do REQUERIMENTO N" 83, DE 1994-RCF Congresso Nacional Revisor da Constituiyao Federal, seja proce- Excelenti'ssimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- dida a correcao de parte do texto da Proposta Revisional n° nais, 011555-2, da nossa autoria, a Carta Magna em seu artigo 241: Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resoluyao * onde se le art. 153, leia-se art. 135. n" 1, de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Plend- rio, a retirada da PRE n" 5.112, de minha autoria, incidente sobre o Justificacao art. 115 da Constitui^ao Federal. Tal incorreyao deveu-se a erro datilografico, involuntario. Sala das Sessoes, 2 de fevereiro de 1994. - Deputado Ivo Esperamos. pois, ver o presente requerimento aprovado Mainardi, PMDB-RS. pelo soberano Plenario, depois de recebido e processado pela dou- 0 ta Mesa do Congresso Nacional Revisor. REQUERIMENTO N 84, DE 1994-RCF Sala das Sessoes, 2 de mar go de 1994. - Deputado Federal Excelenti'ssimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- Ary Kara. nais, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resolu^ao defende a solicitagao do ilustre Congressista Ary Kara, autorizan- n" 1, de 1993-RCF, requeiro a Vossa ExcelSncia, ouvido o Plend- do a republicayao da Proposta a Revisao n" 11.555/2, no Diirio rio, a retirada da PRE n0 5.101, de minha autoria, incidente sobre o dos Trabalhos Revisores. art. 115 da Constitui^ao Federal. Sobre a a mesa, requerimento que sera lido pelo Sr. 1° Se- Sala das Sessoes, 2 de fevereiro de 1994. - Deputado Ivo cretario. Mainardi, PMDB-RS. E lido o seguinte REQUERIMENTO N" 85, DE 1994-RCF 0 REQUERIMENTO N 79, DE 1994-RCF Brasflia, 2 de fevereiro de 1994 Senhor Presidente: Excelenti'ssimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revionais, Solicito a retirada de Emenda de minha autoria, 4 Revisao Constitucional, que obteve a etiqueta de n" 006118-8. Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resoluyao n" 1, de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Plena- Atenciosamente grata, rio, a retirada da PRE n" 5.108, de minha autoria, incidente sobre o Sala das Sessoes. 4 de Janeiro de 1994. art. 115 da Constituiyao Federal. Margo de 1994 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1457 Sala das Sessoes, 2 fevereiro de 1994. - Deputado Ivo Mai- REQUERIMENTO N" 91, DE 1994-RCF nardi, F'MDB-RS. Brasilia, 2 de fevereiro de 1994 REQUERIMENTO N" 86, DE 1994-RCF Excelentissimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- Brasfleia, 2 de fevereiro de 1994 nais, Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21, da Resoluijao Excelentissimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- n° I, de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Plena- nais, rio, a retirada da PRE n" 656, de minha autoria, incidente sobre o Na forma do que estavelecem os arts. 20 e 21 da Resolu^ao art. 115 da Constitui^ao Federal. n" 1, de 1993-RCF, requeiro, a Vossa Excelencia. ouvido o Plena- Brasilia, 2 de fevereiro de 1994. - Deputado Ivo Mainardi, rio, a retirada da PRE n" 5.107, de minha autoria, incidente sobre o PMDB-RS. art. 115 da Constituigao Federal. Sala das Sessoes, 2 de fevereiro de 1994. - Deputado Ivo REQUERIMENTO N" 92, DE 1994-RCF Mainardi, PMDB-RS. Brasilia, 2 de mar90 de 1994 REQUERIMENTO N" 87, DE 1994-RCF Excelentissimo Senhor Preisdente dos Trabalhos Revisio- Brasilia, 2 de fevereiro de 1994 nais, Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resolu9ao Excelentissimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- n" 1, de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Plena- nais, rio, a retirada da PRE n" 5.167-1, de minha autoria, incidente sobre Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resolu^ao oart. 150 da Constitui9ao Federal. n" 1, de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Plena- Sala das Sessoes, 2 de mar90 de 1994. - Deputado Ivo rio, a retirada da PRE n" 5.110, de minha autoria, incidente sobre o Mainardi, PMDB-RS. art. 115 da Constituifao Federal. Sala das Sessoes, 2 de feveiro de 1994. - Deputado Ivo REQUERIMENTO N" 93, DE 1994-RCF Mainardi, PMDB-RS. Brasilia, 3 de mar90 de 1994 REQUERIMENTO N" 88. DE 1994 Excelentissimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- Brasilia, 2 de fevereiro de 1994 nais, Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resolu9ao Excelentissimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- n" 1, de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Plena- nais, rio, a retirada da PRE n" 5.176-1, de minha autoria, incidente sobre Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resolugao o art. 184 da Constitui9ao Federal. n" I, de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Plena- 0 Sala das Sessoes, 3 de mar9o de 1994. - Deputado Ivo rio, a retirada da PRE n 5.111, de minha autoria, incidente sobre o Mainardi, PMDB-RS. art. 115 daConstitui^ao Federal. REQUERIMENTO N" 94, DE 1994-RCF Sala das Sessoes, 2 de fevereiro de 1994. - Deputado Ivo Mainardi, PMDB-RS. Brasilia, 24 de fevereiro de 1994 REQUERIMENTO N" 89, DE 1994-RCF Excelentissimo Senhor Presidente dos Trabalhados Revisio- nais, Brasilia, 2 de fevereiro de 1994 Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resolu9ao n", de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Plenario, Excelentissimo Senhor Presidente dos Trabalhados Revisio- a retirada da PRE n" 5.125-5, de minha autoria, incidente sobre o nais, art. 73 da Constitui9ao Flederal, Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resolufao Sala das Sessoes, 24 de fevereiro de 1994. - Deputado Ivo n" I, de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Plend- Mainardi, PMDB-RS. rio, a retirada da PRE n" 658, de minha autoria, incidente sobre o art. 115 da Constitui^ao Federal. REQUERIMENTO N" 95, DE 1994-RCF Sala das Sessoes, 2 de fevereiro, 1994. - Deputado Ivo Brasilia, 24 de fevereiro de 1994 Mainardi, PMDB-RS. Excelentissimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- nais, REQUERIMENTO N" 90. DE 1994 Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resolu9ao Brasilia, 2 de fevereiro de 1994 n" 1, de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Plena- rio, a retirada da PRE n° 5.127-2, de minha autoria, incidente sobre Excelentissimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- o art. 73 da Constitui9ao Federal. nais, Sala das Sessoes, 24 de feveriro de 1994. - Deputado Ivo Na forma do que estabelem os arts. 20 e 21, da Resolu9ao Mainardi, PMDB-RS. n" 1, de 1993-RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Plend- REQUERIMENTO N" 96, DE 1994-RCF rio, a retirada da PRE n" 5.098, de minha autoria, incidente sobre o Sr. Presidente: art. 115 da Constituigao Federal. Requeiro a Vossa Excelencia, nos termos dos arts. 20 e 21 Sala das Sessoes, 2 de fevereiro de 1994. - Deputado Ivo da Resolu9ao n" 1, de 1993-RCF, a retirada das Propostas Revisio- Mainardi. PMDB-RS. nais n"51.794-1 e 1.753-9, de minha autoria. 1458 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONST1TUCIONAL Margode 1994 Sala das Sessoes, 26 de Janeiro de 1994. - Deputado Joao Na oportunidade, apresento a Vossa Excelencia os protestos Mellao, Deputado Federal. de aprego e consideragao. - Deputado Cunha Bueno. REQUERIMENTO N" 97, DE 1994-RCF 0 REQUERIMENTO N" 103, DE 1994-RCF Oftcio n 34/94 Exm° Sr. Senador Humberto Lucena Brasilia, 22 de fevereiro de 1994 DD. Presidente do Congresso Reviser Senhor Presidente, Requeiro, nos termos da Resolugao n" 1 de 1993 - RCF, Solicito a Vossa Excelencia, a, obedecendo as normas e que "Dispoe sobre o funcionamento dos trabalhos de Revisao preceitos que orientam a Revisao da Constituigao Federal, a retira- Constitucional e estabelece normas complementares especfficas", da das Propostas de Emenda Constitucional da Revisao classifica- a retirada da proposigao de minha autoria - EME n" 425-0 (ref. a das com os n"5 PRE n" 708-8 e PRES 709-1 de minha autoria. PRE n001631-7-art. 144). Valho-me do ensejo para apresentar proposta de elevada Sala das Sessoes, 26 de Janeiro de 1994. - Deputado Victor conscideragao e especial aprego. Faccioni. Atenciosamente, - Virmoncls Cruvinel, Deputado Federal - PMDB/GO. REQUERIMENTO N" 104, DE 1994-RCF REQUERIMENTO N" 98, DE 1994-RCF Brasilia, 26 de Janeiro de 1993 Of-, n"CS/001/94 Brasilia, 25 de Janeiro de 1994 Senhor Presidente, Em cordial visita, venho solicitar a V. Ex" que determine ao Senhor Presidente, setor competente a retirada da proposta de n" 7787-5, apresentada Solicito a Vossa Excelencia a gentileza de determinar a reti- por mim a Revisao da Constituigao Federal. , rada de minha Emenda n" PRE n" 16.431-5, h Revisao Constitu- Ao ensejo reitero, a V. Ex" meus protestos de estima e con- cional, por nao mais interessar a este Parlamentar sua discussao e sideragao. votagao. Atenciosamente, - Deputado Jose Santana de Vasconcei- Respeitosamente, - Cesar Souza - Deputado Federal los. PFL/SC. REQUERIMENTO N0 99, DE 1994-RCF REQUERIMENTO N" 105, DE 1994-RCF Excelentfssimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- Brasflia-DF, 28 de Janeiro de 1994 nais, Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resolugao Senhor Relator, n" 1, de 1993 - RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Ple- Venho com o presente, solicitar de V. Ex' que tome as ne- cessarias medidas no sentido de determinar a retirada das Emendas nario, a retirada da PRE n° 2.055, de minha autoria, incidente so- 5 bre o art. 115 da Constituigao Federal. de n" 3.685, 3.686, 3.689, 3.690, 3.692, 3.694 3.710 e 3.725 de Sala das Sessoes, 27 de Janeiro de 1994. - Deputado Joao minha autoria, e que dizem respeito aos Juizes Classistas. Tal ati- Maia, PP - AC. tude se deve ao fato de ter eu examinado diversas outras emendas REQUERIMENTO N° 100, DE 1994-RCF de autoria de colegas parlamentares as quais tratam do mesmo as- sunto, indicando providencias que bem se ajustam ao espirito das Excelentfssimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- emendas que apresentei. nais, Ademais, essas emendas dos meus colegas aperfeigoam a Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resolugao ma teria, permitindo uma discurssao mais ampla e consequente n" 1, de 1993 - RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Ple- aprimoramento desse instituto da Justiga do Trabalho. nario, a retirada da PRE n" 2.040 de minha autoria, incidente sobre Cordialmente. - Julio Cabral Deputado Federal. o art. 111 da Constituigao Federal. Sala das Sessoes, 27 de janqjro de 1994. - Deputado Joao REQUERIMENTO N" 106, DE 1994-RCF Maia, PP - AC. Brasilia, 24 de Janeiro de 1994 REQUERIMENTO N" 101, DE 1994-RCF Excelentfssimo Senhor Presidente dos Trabalhos Revisio- Excelentfssimo Senhor Presidente, nais Solicito de V. Ex", de acordo com o art. 20 do Capftulo VI da Resolugao n" 1, de 1993, da Revisao da Constituigao Federal, a Na forma do que estabelecem os arts. 20 e 21 da Resolugao 08 n" 1, de 1993 - RCF, requeiro a Vossa Excelencia, ouvido o Ple- retirada das Emendas de n PRE n" 874-1, PRE n" 857-2 e PRE n" nario, a retirada da PRE n0 2.060, de minha autoria, incidente so- 000858-6 de minha autoria apresentadas em 1°-12-93. bre o art. 112 da Constituigao Federal. Sem mais para o presente momento, reitero votos de consi- Sala das Sessoes, 27 de Janeiro de 1994. - Deputado Joao deragao e aprego. Maia, PP - AC. Atenciosamente, - Deputado Mario Chermont, PP/PA. REQURIMENTO N" 102, DE 1994-RCF 0 REQUERIMENTO N 107, DE 1994-RCF Of/GAB/n- 128/94 OF.n" M POO 1/94 Brasilia, 26 de Janeiro de 1994 Senhor Presidente, Brasflia-DF, 2 de fevereiro de 1994 Solicito a Vossa Excelencia, dentro das normas rerimentais, Senhor Presidente, retirar a PRE n" 9416-6, de minha autoria, que trata do art. 20 da Requeiro nos termos dos arts. 20 e 21 da Resolugao n" 1, de Constituigao Federal. 1993, que dispoe sobre o funcionamentos dos trabalhos de Revi- Mario de 1994 D1ARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1459 sao Constitucional, que seja retirada a proposifao por mim apre- de famflia; como o direito de a mulher dispor de seu proprio cor- sentada de n0 006260-7, conforme copia anexa. po, por exemplo, na interrupiao da gravidez; como o direito de N. Termos, igualdade na responsabilidade familiar. P. Derimento Mesmo em se tratando de uma Revisao Constitucional, a grande luta e exatamente para que algumas conquistas nao sejam REQUERIMENTO N" 108, DE 1994-RCF suprimidas do texto em vigor. Devemos entender que a grande Senhor Relator, bandeira do movimento das mulheres no final do seculo XX e exa- Requeiro a V. Ex*, na forma regimental - complementando tamente para inscrever na Constituifao brasileira os avangos da os entendimentos jd havidos, pessoalmente, no dia 18 de Janeiro maioria dos pafses democraticos do mundo - com os quais ainda de 1994 - a retirada de Paula da minha Proposta Revisional PRE temos dificuldades de tratar. Por isso que o nosso objetivo e evitar n" 003/196-8, relativa a supressao do art. 68 do Ato das Disposifo- o retrocesso com a supressao de muitas conquistas e de muitos di- es Transitorias da atual CF. reitos e evitar algumas proibifoes fundadas em visoes monolfticas Tal decisao, que adotei, decorre de haver feito uma reava- de preconceito moral e de preconceito religioso. lia^ao da materia, ap6s haver tornado conhecimento do contido na Sr. Presidente, quero associar-me, no Dia Intemacional da Exposi^ao de Motives que foi enviada, a meu pedido, pela Ceden- Mulher, a todas essas manifestagoes, que tern o sentido amplo de pa. uma sociedade pluralista, de seres diferentes, em que essas plurali- Por outro lado, tambem, comunico a V. Ex* que dessa mi- dades e diferenfas nao gerem preconceitos ou discriminaijao. nha decisao jd fiz comunicaiao, expontanea, as entidades vincula- Gostaria ainda de lembrar aos meus Colegas que, na sessao das i comunidade negra em Sao Paulo e em Beldm-PA, conforme de hoje, teremos um enfrentamento da maior importancia. Certa- fotoedpias dos telegramas qu apenso a este requerimento. - Eliel mente, entram na pauta as discussoes e votayoes de materias sobre Rodrigues, Deputado Federal. PMDB/PA. reformas polfticas, com temas extremamente relevantes. E impor- tante que a discussao e a votayao sobre esse tema liberte-se dos ca- REQUERIMENTO N° 109, DE 1994-RCF sufsmos, principalmente enfocado pelos interesses dos Excelentissimo Senhor Presidente do Congresso Nacional Governadores. Entendo que este Congresso nao pode tomar-se re- Requeiro a V. Ex*, nos termos do art. 20 do Regimento In- fem de interesses de Governadores, bancando, principalmente a di- terne da Revisao Constitucional, a retirda da Proposta n" 11.992-1 minuigao do prazo de desincompatibilizaiao. Repito que esse tipo de minha autoria. de casufsmo macula o conceito democratico e renovador das refor- Sala das Sessoes, 2 de mario de 1994. - Deputado Jose mas polfticas; queremos enfrentar essa discussao, tirando das re- Aldo, PTB - MG. formas polfticas esse tipo de casufsmo que tenta influir no O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Os requerimen- processo sucessdrio de 1994, mudando as regras do jogo ja em an- tos lidos serao apreciados oportunamente. damento. A Presidencia agradece a colaborayao do eminente Senador Muito obrigado. Esperidiao Amin, que secretariou a Mesa. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- Concede a palavra ao proximo orador inscrito, nobre Con- vra ao proximo orador inscrito, o nobre Congressista Liberato Ca- gressista Jose Genoino. boclo. O SR. JOS6 GENOINO (PT-SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr** e Srs. Con- O SR. LIBERATO CABOCLO (PDT-SP. Pronuncia o gressistas, quero me associar a todas manifestaijoes vindas nao so seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. desta Casa como da sociedade brasileira e de outros pafses por Congressistas, como reiteradamente tenho dito neste Congresso, ocasiao da comemoraiao do Dia Intemacional da Mulher. nao costumo julgar as pessoas, porque nao sei que circunstancias Ao lembrar esta data deveremos, em primeiro lugar, home- envolveram sua formaijao. Assim sendo, tenho um convfvio agra- nagear as mulheres que conquistaram posifao de destaque na luta davel com aqueles companheiros dos quais discordo ideologica- social, polftica e intelectual e quebraram, com seus exemplos cora- mente; como tambdm nao tenho nenhum prazer revanchista contra josos, o preconceito que marca na sociedade brasileira, e em ou- este ou aquele que, eventualmente, possa ter apoiado o regime mi- tros pafses, uma rela?ao patriarcal e machista. litar, porque sabemos que e um escapismo dizer que o Movimento Em segundo lugar, Sr. Presidente, para manifestar-me no de 64 foi um movimento mililar. sentido de que a luta do Dia Intemacional da Mulher nos leve it Hoje, pela manha, disse que foi um movimento de uma so- reflexao da busca de uma sociedade em que os seres humanos te- ciedade burguesa empobrecida, querendo uma solugao para seus nham o direito a diferengas, mas que estas nao gerem discrimina- problemas, como acontece hoje. Nao acredito que haja uma, duas iao, nao gerem dominaiao; que a relayao entre os seres humanos ou tres pessoas que possam conduzir uma massa para um destino possa se dar de maneira horizontal e que a riqueza da diferenya - tao infausto. que gera particularidades, que gera realidades especfficas - possa Nao acredito que Hitler tenha feito o nazismo, mas que a se manifestar com toda sua plenitude numa sociedade plural. Uma sociedade alema, empobrecida pela Primeira Guerra, precisava de pluralidade ideologica, religiosa, de sexo, enfim, em todos os sen- um bode expiatdrio, o povo judeu, como aqui, em 64, uma socie- tidos, pois s6 assim a sociedade humana podera ser entendida em dade empobrecida precisava do bode expiatorio: o comunismo. toda sua extensao. Portanto, respeito os colegas dos diferentes matizes ideol6- Sr. Presidente, quero trazer a nossa reflexao para gicos, mas nao tenho ilusoes de que, homens com personalidades os tra^os conservadores da sociedade brasileira. onde os plasmadas, possam mudar suas convicjoes de uma hora para ou- direitos da mulher ainda enfrentam maioria conservado- tra. Assim, me causou perplexidade o enaltecimento de alguns ra. Hd vdrios preconceitos ainda. Aqui mesmo, dentro do companheiros do PT ao Senador Jarbas Passarinho pelo fato dele Congresso Nacional, alguns temas sao tratados como ver- ter sido designado Presidente da CPI do Onjamenlo. dadeiros tabus, como a relaido de igualdade e horizonta- Ora, se ha uma responsabilidade pela corrupiao na Comissao lidade entre homem e mulher; como o prdprio conceito de Oriamento, deve-se isso ao regime autoritdrio. Desde 1972, 1460 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Marco de 1994 o cientista social Off mostrou que a falta de uma legislagao Sr. Presidente, temos acompanhado pela imprensa alguns a d e quada. que possa conciliar a neutralizacao da producao priva- Parlamentares - inclusive V. Ex', que preside esta sessao - que da com o Estado democratico de direito, leva fatalmente a corrup- criticam veementemente os colegas que nao se dispoem a partici- gao. par deste processo de Revisao Constitucional; sao adjetivados de Esse e o fato sociologico que esta por tras da corrupgao no gazeteiros e, as vezes, ate de irresponsaveis, quando. na verdade, o Brasil, na Italia, na Franga, na Inglaterra. Ficar se prendendo se e que se verifica 6 a consonancia de procedimento com as expectati- Joao, Jose ou Pedro que fez aquilo e urn fato menor. que apenas vas da sociedade brasileira. Nao ha a mais remota diivida de que o reflete a impossibilidade de as pessoas discutirem ideias. povo brasileiro nem sequer esta interessado em fortalecer esse pro- Mas, o querido Senador Jarbas Passarinho teve uma recai'da cesso revisor; ao contrario. a sociedade brasileira nao quer a Revi- na ultima semana ao afirmar que a eleigao de Luiz Ignacio Lula da sao Constitucional. Somente uma parcela minoritaria da sociedade Silva representa um grande risco para o Pai's. Ou seja, o ex-Minis- quer a Revisao. Essa parcela ja estd perfeitamente identificada nos tro, Senador, continua achando que a democracia e um risco. So setores representatives que nao so comparecem a esta Casa, mas vejo a possibilidade do Sr. Luiz Ignacio Lula da Silva ser eleito que tambem ocupam amplos espagos na imprensa para fazer coro pela via democratica. a uma voz que procura desmoralizar o Congresso Nacional. E E disse mais. Disse que, como Goethe, prefere a ordem a quais sao essas entidades? A Federagao das Indiistrias do Estado justiga. O Senador, homem culto, deve ter treslido Goethe, porque de Sao Paulo, a Confederagao Nacional da Industria, a Federagao o fildsofo nunca falou isso. mas sim Mefistofeles, quando diz para Brasileira de Bancos, a Camara de Comercio Americano e outras Fausto que, ora, as leis mudam todos os dias e serao uma doenga entidades, inclusive intemacionais. etema; as leis premiam o que condenarao amanha; matarao os que E, lamentavelmente, sem que a interpretagao dos fatos seja absolvem hoje; leis, ora leis, este e o conselho que Mefistofeles da feita corretamente, ate alguns parlamentares com responsabilidade para Fausto. Fausto pelo contrario. Fausto glosa o ilustre Senador de diregao procuram adjetivar de gazeteiros, de irresponsdveis Jarbas Passarinho, pois, ao ser alertado por Wagner de que como aqueles que, de uma forma ou de outra, procuram se distanciar do era prazeroso saber-se que, antes de qualquer ideia, alguem ja ha- processo revisor porque essa 6 a vontade do povo brasileiro. Cau- via falado isso antes, Fausto responde, ora, o que o que os homens sa-me grande perplexidade esse fato, na medida em que paradoxal- falam numa epoca e como as vozes que se poem nas marionetes mente o Congresso Nacional desenvolve um esforgo para se fazer tempos depois. Todas as verdades tern o seu tempo e a sua hora. respeitar e para reconquistar percentual elevado de credibilidade, Aqueles que repetem citagoes de antigamente nada mais sao que inclusive atraves da Comissao Parlamentar Mista de Inqucrito, que marionetes da Historia. apurou o escandalo no orgamento, responsabilizando, com a pers- Goethe e um dos maiores democratas do im'cio do seculo pectiva da cassagao. Deputados e Senadores. passado. Antecede Marx e nao condena o seu Fausto. O Fausto Portanto, Sr. Presidente, venho a esta tribuna muito mais de Goethe nao vai para o infemo, ele conquista a terra para salvar para solicitar uma especie de reflexao daqueles que estao tendo es- o ser humano. pago na imprensa para opinar a respeito da ausencia nas votagoes. Sera que ela representa demonstragao de irresponsabilidade? Sera Queria registrar a minha grande decepgao com o Senador que reflete um comportamento irresponsavel? Ou, ao contrario, e Jarbas Passarinho, que, depois de tanta reverencia desta Casa, ain- um atestado de responsabilidade? Porque todos nds sabemos nao da tern reticencias no processo democratico. so da impossibilidade, mas tambem da inconveniencia, no atual O meu partido tern um candidate proprio que consideramos momento, na atual conjuntura, de se levar avante uma Revisao superior aos outros, mas jamais conspiraremos para que um candi- Constitucional cujas finalidades sao conhecidas. date, democraticamente eleito, possa ter seu mandato impedido. Quando o Senador Humberto Lucena, por exemplo, num Jamais consideraremos que a justiga nao tern prevalencia sobre a equi'voco inominavel, propoe o retorno do jeton, talvez nao seja ordem, principalmente sobre a ordem unida. que deve estar no in- capaz de concluir sobre o prejufzo moral que ele proprio, no afa de consciente do ilustre coronel. resgatar a credibilidade do Congresso Nacional, acarreta. Muito obrigado. Sr. Presidente. Sr. Presidente, fica aqui nao uma especie de advertencia, mas uma lembranga aos que estao envolvidos. desejosos de fazer a O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- Revisao Constitucional, no sentido de que compreendam que esta vra ao proximo orador inscrito, o nobre Congressista Paulo Ra- nao e a vontade da quase totalidade do povo brasileiro, a nao ser mos. daquela parcela minoritaria que tern imposto esse modelo econo- O SR. PAULO RAMOS (PDT-RJ. Pronuncia o seguinte mico perverso, que arrocha saldrios, que descmprega, que joga na discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congres- rua da amargura a maioria da populagao e que ainda encontra res- sistas, em primeiro lugar, Sr. Presidente, quero homenagear as mu- paldo num Ministro da Fazenda que elabora um piano economico Iheres do meu Pai's, ja que hoje se comemora o Dia Intemacional que se compatibiliza com modelo economico que nao tern no mer- da Mulher. Nao vou homenagear todas as mulheres do mundo por- cado intemo o seu primeiro indicador para ser atendido. que seria uma veleidade muito grande, mas quero faze-lo em rela- De qualquer forma. Sr. Presidente, fago essa advertencia gao as mulheres do meu Pafs na expectativa de que todos os Srs. para que todos entendamos o posicionamento da maioria esmaga- Congressistas compreendam a importancia nao so da preservagao dora dos Srs. Congressistas, maioria que nao quer a Revisao Cons- dos direitos da mulher no atual Texto Constitucional, mas da am- titucional. Temos partidos polfticos que se defmiram contra a pliagao dos mesmos no que for pertinente. Nao e possi'vel que todo Revisao; temos partidos polfticos que, atraves de suas Bancadas, o esforgo desenvolvido na Assembleia Nacional Constituinte ve- de suas representagdes, vem obstruindo as votagoes, mas temos nha ser jogado por terra agora, por um Congresso Reviser que nao parcelas de partidos polfticos que se apresentam como favoraveis a consegue sensibilizar a opiniao publica. E. em nao conseguindo Revisao. parcelas que ja compreenderam que o povo brasileiro nao sensibilizar a opiniao publica, certamente proporciona reflexos no quer a Revisao e, portanto, aqui nao comparecem. comportamento dos Srs. Congressistas no exerdcio do atual man- Nao vamos criar uma especie de conslrangimento que so dato. serve, primeiro, para desmoralizar o Congresso Nacional e, segun- Marco de 1994 DIARIO DA REV1SAO CONST1TUCIONAL Quarta-I'eira 9 1461 do, para afasta-lo da decisao soberana e ja expressa do povo brasi- Comissao de Constituicao, Justica e Cidadania do Senado Federal. Estou aguardando a resposta. leiro, de preservar a alual Constituicao, para que ela seja modifica- a da atraves de emendas em outra oportunidade, nao no alual O SR. CARLOS LUPI - A pergunta que faco a V. Ex e se mantem a sua posicao anterior. Caso a resposta seja afirmativa e Congresso, eivado de suspeicao. em final de mandate e sem qual- 3 quercredibilidade. flagrante que nao ha ainda o quorum necessario. Se V. Ex man- Muito obrigado. tem, coerentemente, a sua posicao anterior, peco que seja feita a O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia, verificacao de presenca. antes de passar a palavra ao proximo orador, deseja, para que nao O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Exa tern todo fique registrado como verdadeiro o que foi afirmado pelo Deputa- o direito de faze-lo; todavia, a Presidencia havia feito um apelo do Paulo Ramos com referencia a este Depulado, fazer alguns es- aos Srs. Congressistas para que aguardassem a resposta das Co- clarecimentos. missoes de Constituicao e Justica e de Redacao e de Constituicao. Em primeiro lugar, em momento algum, este Deputado cha- Justica e Cidadania. mou a imprensa para dar qualquer noti'cia sobre ausencia de Con- O SR. CARLOS LUPI — Muito bem. Sr. Presidente, nao gressistas, ate porque sao maiores de idade e conscientes das suas serei intransigente a respeito do assunto. obrigacoes. Nao cabe a este Presidente chamar a atencao. admoes- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Hoje mesmo fa- tar ou fazer qualquer tipo de referencia a quern aqui nao compare- lei com o Presidente da Comissao, Deputado Jose Thomaz Nono a ce. respeito. S. Ex" me disse que a materia ja foi distribufda ao Depu- No entanto, como Presidente desta Casa, que preside nao tado Jose Luiz Clerot, Relator na Camara dos Deputados. Quanto apenas as sessoes da Rcvisao Constitucional, mas as do Congresso ao Senado Federal, nao tenho noti'cia a respeito do andamento da Nacional e da Camara dos Deputados, tenho a obriga^ao de ajudar materia. a zelar pela imagem desta Casa. A ausencia, a nao-participacao, A Presidencia tern consciencia de que agiu acertadamente; tem-nos levado a um processo de desgaste perante a opiniao publi- todavia, para que o assunto nao fosse questionado em nenhum mo- ca. Creio que ninguem contestara isso aqui. mento, pediu o respaldo das Comissoes. A minha preocupacao nao e com o Deputado que falta - O SR. CARLOS LUPI — Aguardarei a decisao superior a nao quero nem saber a nome a minha preocupacao e com um Congresso indolente, um Congresso que nao funciona e que nao respeito. corresponde as expectativas da sociedade que nos mandou para ca. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia Nao aceito a colocacao feita pelo Deputado Paulo Ramos, agradece a V. Ex* pela sua compreensao. ate porque o seu Partido, de uma maneira muito clara, muito trans- Concedo a palavra ao proximo orador inscrito, o iluslre parente e muito honesta, esla usando de um artiffcio regimental: o Congressista Mauri Sergio. direito a obstrucao. O SR. MAURI SERGIO (PMDB - AC. Pronuncia o se- Nao vejo onde S. Ex* quer chegar com a sua colocacao. guinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Pessoalmente, nunca chamei a Imprensa, e nao me recuso a con- Congressistas, nos, no final da semana passada, estivemos nesta versar com os jornalistas, ate por que fui esquecido 7 anos. Nesse tribuna para denunciar o aumento abusivo dos precos dos produtos perfodo, o Deputado Paulo Ramos nunca veio a Tribuna para se alimentfcios, seja nos supcrmercados. seja nas mercearias. Esses queixar de que a Imprensa nao falava no meu nome. No momento aumentos sacrificam cada vez mais a farmlia brasileira, principal- em que sou eleito vice-Presidente, e que, de certa forma, me abre mente o assalariado. Hoje, por exemplo, lemos, em reportagem um espaco, evidente que as preocupacoes comecam a surgir. publicada pelo Correio Braziliense. que o Presidente da Republi- Quero diz.er que nao estou preocupado com as referencias ca, Itamar Franco, tern alardeado que esta declarando gucrra aos que faco, desde que nao sejam inverdades. Nao aceito a colocacao especuladores e que esta encaminhando a esta Casa um substituti- do Deputado Paulo Ramos. Estou pensando nesta Casa, e foi para vo propondo a pena de cinco anos de prisao aos empresarios que isso que fui eleito. Enquanto estiver aqui, lutarei a favor da Casa e, promoverem arbitrariamente aumentos de precos. Assim, isso pas- em segundo lugar, individualmente pelos meus Colegas. saria a ser crime e nao mais delito administrative. O SR. CARLOS LUP1 - Sr. Presidente, peco a palavra Essa notfeia, Sr. Presidente, Srs. Congressistas, nos faz pela ordem. acreditar que nem tudo esta perdido e que apesar do que tern feito O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- o atual Govemo, a polftica economica desastrada do Govemo Fe- deral, podemos ainda ter alguma fe, alguma esperanya de que a vra ao nobre Congressista Carlos Lupi. populacao, doravante, estara resguardada dessas pessoas menos O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem. Sem revi- escrupulosas que estao sacrificando o dia-a-dia das pessoas assala- sao do orador.) - Sr. Presidente, todos sabemos que V, Ex* e um riadas, principalmente. zeloso Presidente das sessoes desta Casa e fez uma consulta, inclu- sive provocada por Liderancas dos Partidos favoraveis a Revisao, Ao mesmo tempo, preocupa-nos o fato de que, no Brasil. sobre a questao do quorum mi'nimo para se iniciar a sessao. hoje, e muito difi'cil cumprir a lei, principalmente contra quern de- tent o poder economico - o empresariado, os poderosos. Isso por- A primeira questao que formulo 6 se V. Ex ja tern resposta que, Sr. Presidente, leis simples de serem cumpridas pelo proprio sobre essa consulta, sobre o quorum mi'nimo exigido para se ini- Governo Federal, aprovadas pelo Congresso e presentes na Consti- ciar a sessao do Congresso Revisor. tuicao, nao o sao, e deveriam ser revistas, como e o caso, na minha O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - O quorum mmi- concepcao, do inciso IV, do art. 7° da Constituicao, que diz; mo e de um decimo dos Congressistas, de acordo com as listas de "Sao direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, presenca. Agora, estamos fazendo uma consulta para ver se, para a alem de outros que visem a melhoria de sua condicao continuidade da sessao, a qualquer momento pode ser questionado social; esse quorum mmimo, & semelhanca do que se faz nas outras Ca- sas. Essa consulta foi oficialmente dirigida a Presidencia da Co- IV - salario mi'nimo, fixado em lei, nacionalmen- missao de Constituicao e Justica e de Redacao da Camara e a te unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 1462 Quarta-feira 9 D1ARI0 DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Muryode 1994 basicas e as de sua famflia com moradia. alimenta^ao, cumprido. Gostaria de dizer a V, Ex*, para que eventualmente fos- educagao. saude, lazer, vestuario, higiene, transporte e se colocado aos Lfderes dos Partidos, o que vein acontecendo sis- previdencia social, com reajustes periodicos que Ihe pre- tematicamente - e e o que ocorre hoje - ao redor de 15h chegamos servem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculaijao a 100 presenyas aproximadamente: ao redor de 16h. alcanyamos para qualquer fim." 200 e vamos completar o quorum de 300 por volta das 17h. Nesse O salario mmimo no Brasil hoje - um dos mais baixos da momento, estaremos com tres horas de atraso nos nossos traba- America Latina - e na verdade uma grande vergonha para o Pafs, Ihos. porque. segundo sei, o Regimento nem preve o que nas ses- uma grande vergonha para o Poder Publico e para o Congresso soes do Senado e da Camara e a hora do Expediente, chamada de Nacional. "pinga-fogo." E como ninguem acredita que a sessao comcce na Estamos vendo hoje, no Dia Intemacional da Mulher. mui- hora marcada. as pessoas ja fazem sua programayao para virem ao tas homenagens sendo prestadas. Tudo aquilo que se pode dizer plenario por volta de 16h30min ou I7h, Ficam no gabinete. as ve- com palavras bonitas, que se pode fantasiar, que se pode elogiar, zes, vao almo^ar mais tarde, porque ja sabcm que nao vai ser exi- na verdade. poderia ser justamente transformado em menos sofri- gida a presen^a antes das 17h. mento para as homenageadas quando saem da sua casa para ir a A sugestao que fayo a V. Ex* e que se pudesse determinar a um supermercado. Elas fazem uma compra por um valor X e. dois hora de infcio da Ordem do Dia, ou as 14h. ou as I5h ou as I6h, dias depois, esse valor ja esta a dois X. Ou seja, quando ela chega porque creio que assim fugirfamos desse ciclo vicioso. em casa para prestar contas do que comprou e aquilo que necessi- Esta e a questao que eu quero colocar, porque sei que V. taria para sustentar a sua famflia, o marido fica estarrecido e. mui- Ex* esta muito preocupado com esse problema, a fim de que seja tas vezes, pensa que a mulher investiu dinheiro em outras feito o entendimento com os partidos , visando determinar qual o atividades que nao aquela essencial para o pao de cada dia. Essas horario em que se dara infcio a Ordem do Dia, porque se houver sao afirma^oes que ouvimos no dia-a-dia. quando conversamos atraso, entao. ja sera para cumprir aqui dentro uma votayao. Agora com as pessoas. mesmo estamos esperando para se completar a presenya de 293. e Ainda ontem uma senhora me dizia; - Deputado, fui ao su- depois os parlamentares marcam a prcscnya, voltam para os sens permercado fazer uma compra pela qual paguei exatamente 35 mil gabinetes e novamente vamos esperar uma hora e meia ou duas cruzeiros reais na semana passada; ao final da semana seguinte, ja para constar a presenya na vota?ao. estava pagando exatamente 70 mil cruzeiros reais, e o meu marido Esta e a questao que eu quero levantar, no sentido de auxi- quase cai para tras, quase da um ataque. liar V. Ex' e fazer com que a Casa nao se desgaste tanto peranle a Essa e a realidade do povo brasileiro. Hoje se compra por opiniao publica. uma prei;o; amanha por outro; daqui a dois ou tres dias o valor O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - O nobre Con- sera maior ainda. gressista, Senador Affonso Camargo. tern absoluta razao quanto a E precise que este Congresso, e precise que o Presidente da questao levantada. Republica, e precise que o Ministro da Fazenda, que esta af fazen- O horario de infcio da sessao e as 14h. do proselitismo politico e pretendendo ser candidate a Presidente A semelhan^a do que ocorre na sessao do Congresso Nacio- da Republica, venha mostrar a que veio, e que a popula^ao brasi- nal, ate usando subsidiariamente o Regimento Comum, estabclece- leira venha a ter realmente confianga nos seus govemantes, porque se um perfodo de trinta minutos para pequenas comunicacjoes, o que esta acontecendo, hoje, com a populai^ao brasileira, princi- depois do qual se deveria comeyar a apreciayao das materias cons- palmente, e falta de credibilidade. e falta de confian^a em quern tantes da Ordem do Dia. Esse e o correto. nobre Congressista. esta administrando este pafs. A populai^ao nao tern seguran^a mi- Lamentavelmente, estamos trabalhando sem uma disciplina nima de que pode comprar, hoje, por um pre^o e amanha ou de- e sem um ordenamento - assunto sobre o qual tenho. constantc- pois, ou daqui a uma semana, ele continuar no mesmo valor. E mente, reclamado. V. Ex' tern razao. preciso que se tome medidas energicas e eficientes e nao se fique A Mesa do Congresso tera que se defmir junto com as lide- aqui no bla-bla-bla e no oba-oba, com a populaijao penalizada por ranyas, ate porque. muitas vezes, procura-se cumprir o Regimento um salario mfnimo vergonhoso. e surgem as rebeldias dentro do prdprio Plenario, que nao esta Nao precisamos dizer. e esta sendo alardeado a todo mo- afeito a disciplina regimental. V. Ex* tern absoluta razao. mento, que nao adianta o Brasil ser um Pafs rico, com poder de de- O SR. AFFONSO CAMARGO - Agora V. Ex* proporcio- senvolvimento se a nossa populayao passa fome, se a nossa na-me mais uma oportunidade para complementar a minha preocu- populagao esta na miseria e nao pode comprar o mfnimo e muito payao, ate, quern sabe, com uma soluyao. menos, neste momento, quando se inicia o ano letivo, o material Como V. Ex* e um conhecido cumpridor do Regimento e de escolar, fora a luta muito grande que se tern, em alguns Estados, horario, seria o caso de, as I4:30h, de acordo com o Regimento do para se conseguir uma vaga nas escolas publicas do nosso Pafs. Congresso, V. Ex' iniciar a Ordem do Dia, pois assim os Congrcs- Muito obrigado. Sr. Presidente. sistas viriam ao plenario - S. Ex's comparecem quando chamados, O SR. AFFONSO CAMARGO - Sr. Presidente. peijo a estao nos gabinetes esperando! Se V. Ex* decidir dessa forma, te- palavra. para uma questao de ordem. nho absoluta certeza de que os parlamentares comparecerao aqui SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a palavra, quinze minutos depois. para uma questao de ordem, ao nobre Congressista Affonso Ca- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - E valida a colo- margo. cayao de V. Ex* e assumo o compromisso com o nobre Senador de levar ao Presidente e a Mesa do Congresso essa proposta, que, O SR. AFFONSO CAMARGO (PPR - PR. Para uma alias, nada mais e do que um pedido para que se cumpra o Regi- questao de ordem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, a mi- mento. nha questao de ordem e sobre um assunto que preocupa V. Ex* ha Concede a palavra ao nobre Congressista Wilson Campos. muito tempo. O SR. WILSON CAMPOS (PMDB-PE. Pronuncia o se- Fa90 parte. Sr. Presidente, daquela minoria que, no Brasil, guinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, SiJ,s e cumpre horario e que sofre, infelizmente. pelo fato dele nao ser Srs. Congressistas, mais uma vez venho & tribuna desta Casa para Marco dc 1994 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1463 chamar a atenfao - e nao para verberar, como diz-se que eu estava do Partido Socialista Brasileiro, de associar-me as homenagens fazendo - dos Congrcssistas, no sentido de que precisam estar prestadas, hoje, pela Camara dos Deputados e pelo Congresso Na- atentos para as propostas que deveremos comecar a votar hoje - cional ao "Dia Intemacional da Mulher". ou, pelo menos, apreciar a respeito do processo eleitoral. Sr. Presidente, o nosso Partido sempre defendeu, desde as Sabemos que chegarao propostas para que haja reeleicao de suas origens, a igualdade dos direitos de oportunidade, de respeito governadores, vice-governadores, prefeitos, vice-prefeitos e presi- e de cidadania a todas as mulheres. E nesta ocasiao nao poderemos dente da Reptiblica, scm desincompatibilizagao, na permanencia deixar de saudar as militantes e as feministas que em boa hora e ja do cargo. E impossivel, de sa consciencia, aceitannos tamanha hd muitos anos travam uma luta desigual e dificil, igualdade de di- aberracao. reitos entre os sexos. E tambem ha uma proposta para que seja diminuido o pro- Essa igualdade. Sr. Presidente, nao deve ser - e o foi, du- cesso de dcsincompatibilizacao, que e alualmente de seis meses. rante muitos anos - considerada como uma etapa a ser vencida de- para aqueles que querem disputar a eleicao e que exercem cargos pois de mudangas poh'ticas e economicas. Havia uma visao como os de secretario de Estado, presidentes ou diretores de autar- compartimentalizada de que era preciso se resolver primeiro as quias, governadores, vice-governadores e ate presidente da Repti- questoes economicas e sociais, as transformacoes poh'ticas. as re- blica. Isso constitui, a nosso ver, uma traicao ao texto volucoes sociais, para depois iniciar-se a luta pela igualdade dos constitucional vigente, dentro daquilo que fomos eleitos, dentro direitos da mulher. das regras do jogo que af esla. Quern esta ocupando as prefeituras As militantes e as feministas do Brasil inteiro entenderam, municipals, as governadorias. a Presidencia da Reptiblica, foi elei- em boa hora, que tern de travar essa luta, desde ja, a fim de veneer to segundo as normas que vigoram hoje. uma das resistencias que mais nos envergonha dentro da nossa E preciso. Sr. Presidente, que amanha nao estejamos aqui a cultura, porque, mais do que concepcoes ideologicas ou poh'ticas. ouvir queixumes dc arrependimento. Apresentei anteriormente as questoes culturais que permeiam a visao e o entendimento acer- uma proposta, que foi chamada de mandato-tampao, para prefeitos ca do status e dos direitos da mulher no Brasil se consubstanciam e vereadores. com mandalos que se conclm'ssem esle ano. O senti- dentro da nossa cultura machista, conservadora, patriarcal, e, por- do dessa proposta foi dc que houvcsse eleicbes gerais no Pafs, em tanto, precisam ser superadas. todos os m'veis. Nao sc aceitou. Agora, Sr. Presidente, estamos vivendo novamentc uma Portanto, alem de fazer referencia a este dia, aproveito a cena que podemos chamar de " do crioulo doido". Ninguem oportunidade para homenagear a Ministra Eleonor Franco, que. no se entende. Uns gritam porque "fulano" e candidato. outros gritam Dia Intemacional da Mulher, lomou posse definitiva no Ministerio porque nao sao. do Bem-Estar Social, ainda mais quando verificamos as dificulda- Mas desejamos saber o que leva a se querer modificar esse des que S. Ex' tera pela frente, diante da miseria, da seca, da po- princtpio constitucional. E no sistema eleitoral vigente. pela ma- breza e da violencia que se abatem sobre o Brasil, neira como tern se portado outros govemantes - desde a epoca em Diante da urgencia dessas questoes, eu nao poderia deixar que comecei a pensar cm polftica, pelos idos de 1935, quando tt- de. nesta sessao, lamentar, mais uma vez, a tentativa inoportuna, nhamos o saudoso Getiilio Vargas na Presidencia da Reptiblica -, descabida, intempestiva de se insistir com a Revisao Constitucio- sabemos da manipulacao da maquina administrativa em maos de nal. Creio que o prazo fixado e ja ampliado por esta Casa, 31 de um homcm como urn presidente da Reptiblica. govemador, vice- maio, da-nos dois meses e vinte e dois dias, um periodo extrema- govcrnador, prefeito, vice-prefeito, secretario de Estado. mente curto para promover mudanfas tao significativas na nossa Sr. Presidente, nao vamos consentir que se modiftque esse Carta Magna. capftulo da Lei Eleitoral, porque, do contrario, irao se cometer in- Sr. Presidente, brada aos ceus a evidencia de que nao e pos- justicas, e seremos responsabilizados, por todos aqueles que para si'vel fazer modificacoes tao profundas em tao pouco tempo. Com aqui nos mandaram. as galerias vazias - simbolicamente representando a ausencia do Teremos uma eleicao num ano dificil. Estamos hoje diante povo brasileiro no acompanhamento dos trabalhos revisionais - de um novo Piano, concebido por um homem que deseja acertar. diante de uma pobreza que se agrava, de um programa de Gover- Mas as classes empresariais deste Pat's, principalmente a classe dos no que 6 questionado, da ausencia de um Orcamento para o ano banqueiros, querem dcrrubar o Piano, e ja se fala em aumentos de que ja esta em curso, de uma seca que se abate e persiste sobre o at6 200%, praticados pelos supermercados, de Janeiro para cl Os Nordeste e de graves crises que este Pat's enfrenta, nos paramos juros bancdrios tern se constitufdo numa agressao. tudo e vamos tratar de uma Revisao, cujos interesses em jogo sao E nos - como disse V. Ex', "como um guardiao da atual Re- muito mais de ordem intemacional do que os relacionados ao povo visao Constitucional" -, temos que dar uma cara nova a esta Cons- brasileiro. tituicao que jd existe, mas sem permitir devaneios, sem acreditar Por isso, apelo para que os Parlamentares, os Congrcssistas cm sonho irreal, sem agredir a nacionalidade. de bom-senso examinem as circunstancias pelas quais estamos E caso haja essas modificacoes referidas. Sr. Presidente, passando e reflitam sobre as condicbes que vivenciamos a fim de considero, dentro do meu pensamento, que iremos agredir o direito que encontremos uma sat'da honrosa para este Congresso e, por- do cidadao e a nacionalidade brasilcira. tanto, possamos fazer as modificacoes profundas que a ordem ins- Era o que tmhamos a dizer. Sr. Presidente. titucional e economica estao a exigir, mas nao de forma acodada. ilegi'tima e questionada como estamos procedendo. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- Sr. Presidente, sempre que viajo pelo interior de Pernambu- vra ao nobre Congressista Roberto Franca e convido o nobre Con- co, por onde passo, veriftco a urgencia e a gravidade com que a gressista Wilson Campos para que assuma a diregao dos nossos crise esta se abatendo sobre o meu Estado, agravada por um Go- trabalhos. vemo que nao deu continuidade as obras que estavam sendo reali- O SR. ROBERTO FRANCA (PSB-PE. Pronuncia o se- zadas no Govemo Arraes; agravada pela seca, pela extincao e guinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr"s e privatizacao de brgaos publicos; agravada por uma desorganizacao Srs. Congrcssistas, gostaria, inicialmente, em meu nome pessoal e social e economica que e cada vez mais sdria e mais grave. 1464 Quarta-feira 9 DIARIO DA REV1SAO CONST1TUCIONAL Margo dc 1994 Recentemente, verifiquei no Municipio de Bonito, no Esta- Como se diz no ditado popular, esta Revisao Constitucional do de Pemambuco, um esfor9o comunitario, que ja dura dez me- nao "ata e nem desata", porque, na verdade, nao existe um debate ses, para alimentar cerca de 300 crian^as - uma iniciativa que at6 profundo, nao existe uma discussao adequada, nao ha amadureci- hoje nao sensibilizou nenhuma autoridade e nenhum Govemo, mento e nem ponderagao das ideias e sugestoes. Como vem acon- quer Estadual, Federal ou Municipal. A comunidade, arrancando tecendo, a Revisao tern sido adequada exclusivamente para os os recursos das entranhas, alimenta essas crian^as com uma sopa e lobistas, que deftnem e pressionam suas posigoes, sem nenhum isso ocorre diante da indiferenga dos poderes publicos, diante da debate maior. Ora, a Nagao nao pode admitir e sustentar esse com- insensibilidade daqueles que se preocupam com questoes de ma- portamento de um Parlamento e de um processo historico, do qual croeconomia, mas que deixam ao abandono crian^as. que estao a seremos os responsaveis por tudo aquilo que aqui acontece. mingua, morrendo de fome, porque pensam que podem aguardar o Hoje e o Dia Intemacional da Mulher, data falada, elogiada proximo ano para resolver aquele problema. e homenageada por todos. Mas na hora de assumirmos c dc parti- Sr. Presidente, deixo o meu brado, o meu apelo a reflexao ciparmos da Revisao Constitucional, isso nao acontece, porque ate dos Congressistas, a fim de que possamos iniciar as mudan^as hoje nenhuma mulher obteve um cargo de relevo, seja dc de vice- imediatas que este Pais esta a exigir e nao aquelas que estao nos relatora, de consultora ou de lider, cobrando. sobretudo partindo de interesses do exterior, tangidos Na realidade, continuamos a ser enfeites de um processo no pelos meios de comunicagao interessados em fazer com que vote- qual nao temos participagao. Isso nao podemos aceitar. Nos reivin- mos uma Revisao Constitucional contra os interesses da grande dicamos o direito de participar, isso implica o direito de participar, maioria do povo brasileiro. de debater e de discutir, o que nao quer dizer que vamos prorrogar Muito obrigado. etemamente as votagoes. Se houver disciplina, teremos 14, 15, 16 Era o que tinha dizer, Sr. Presidente. (Muito bem!) horas por dia para trabalhar. So precisa haver organizagao, disci- Durante o discurso do Sr. Roberto Franca o Sr. plina, pauta determinada, e assim por diante. Da fonna que esta, Adylson Motta, I" Vice-Presidente. dei.xa a cadeira da nao podemos admitir. presidencia, que e ocupada pelo Sr. Wilson Campos, I" Um outro assunto que me traz a tribuna. Sr. Presidente, e o Secretdrio. Dia Intemacional da Mulher, comemorado hoje, dia 8 de margo. Entretanto, um mfnimo de atengao no noticiario diario e in- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- temacional, deixa-nos a impressao de que nada temos a festejar. vra a Deputada Irma Passoni. Os jomais de hoje estampam materia sobre a "Casa do Ter- A SRA. IRMA PASSONI (PT-SP. Pronuncia o seguinte ror, na Inglaterra, onde ja encontraram sete corpos, todos de mu- discurso. Sem revisao da oradora.) - Sr. Presidente, Sr*5 e Srs. Iheres assassinadas e enterradas pelo proprietiirio, inclusive o de Congressistas, ja me pronunciei hoje sobre o Dia Intemacional da sua propria ftlha de 16 anos. Mulher. Portanto, neste momento, eu me deterei mais a forma Mais de dez mulheres apresentaram queixa contra um gine- como vem sendo processada a Revisao Constitucional. Nao sou cologista brasiliense, que ferindo seu juramenlo etico, aproveitava- capaz de entender como e que esta Casa pode aceitar um processo se da passividade e impotencia, que muitas vezes toma conta dos de Revisao Constitucional, onde o Parlamentar nao tern direito ao pacientes, principalmente as mulheres. debate e a discussao da materia em questao. Segurangas do corpo feminine, no Ministerio das Minas e Tenho constatado que a discussao da materia esta totalmen- Energia eram curradas e ameagadas por dois de seus superiores, te deslocada da sua votagao, ja que esta permite apenas dois enca- violencia so interrompida apos denuncia na Delegacia de Mulhe- minhamentos, um a favor e outro contra, e nao ha um debate res. profundo sobre a materia em questao. Isto sem falar nas varias formas de constrangimento na vida profissional, que do salario recebido a menor, apesar de o trabalho Ora. se a Revisao Constitucional determina um marco, pro- ser o mesmo, aos gracejos sem graga, que mais parece uma forma move uma mudanga que pode ser histdrica para o Pat's e atinge de humilhar aquelas que tern coragem de ousar e propor mudangas 150 milhoes de brasileiros. e impossi'vel adotar-se esse processo da radicals nas relagoes humanas de um mundo marcado pelo ma- nao-discussao, do nao-debate em profundidade daquilo que se esta chismo. votando. Nao aceitamos, nao acatamos essa postura, porque trata- O machismo Sr. Presidente, na teoria considera o homem se de uma irresponsabilidade. Os nossos nomes ficarao marcados, superior & mulher. Mas, na pratica, ele se manifesta na dominagao na Histdria do Brasil, por aquilo que votamos. Portanto, considero de forma mais ou menos acentuada e no seu extremo nao dcixa de absurda a forma do processo que, lamentavelmente, estd consagra- ser uma verdadeira escravidao. E a mesma escravidao que no Bra- do no Regimento Intemo, mas que nao podemos admitir. Nao po- sil, ate 1888, obrigava a mulher escrava a gerar filhos de quern nao demos admitir tambem que essa questao seja negociada com o queria, e impedia que ela convivesse em regime familiar com Relator ou com dois. Ires ou quatro h'deres e depois os outros qui- quern ela amava, ja que era alugada para amamentar filhos que nao nhentos e tantos Parlamentares votem sem saber absolutamente o eram seus. que estao votando. Sou uma Parlamentar e nao aceito essa forma Tais fatos. Sr. Presidente podem soar como lembrangas fora de se fazer a Revisao Constitucional, porque, na verdade, no mo- de hora para alguns, mas a verdade 6 que a situagao da mulher, nos mento da votagao nao conseguimos sequer deixar registrado o nos- vdrios estratos sociais, principalmente no meio pobre, nao mudou so voto, pois quern vota contra nao tern condigoes de faze-lo. significativamente do ultimo s^culo para cd. Portanto, a meu ver, a Revisao Constitucional, desta forma, As garantias legais que conseguimos neste sdculo, foram e ilegftima. irresponsavel e atenta contra a nossa Patria, o Brasil. poucas para suprir a inexistencia do direito. Nesta Casa, neste mo- Ainda ha tempo para este Congresso sentar-se, administrar as suas mento de revisao da Constituigao de 88, ha emendas contrdrias as diferengas e negociar. Entretanto, da forma que esta Revisao conquistas ali consagradas, como e o caso da licenga a gestante e Constitucional esta sendo dirigenciada e irresponsabilidade plena da licenga patemidade, e olhe, que estes temas estao naqueles que e total. podemos catalogar como eleitoreiros. Imagine outros temas com Deixo registrada a minha posigao. tal faceta menos explicitada. Margode 1994 DIARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1465 Este ano, Sr. Presidente, Sr*s e Srs. Congressistas, foi consa- miximo, por mes, nao conseguindo atingir mais do que a metade grado pela ONU como o Ano Intemacional da Famflia. A CNBB do salario do juiz togado. Alegam ainda os jufzes classistas que langou sua Catnpanha da Fratemidade tendo a famflia como cen- podem ter a sessao suspensa, sem previo aviso, pelo juiz togado, tre. E hora de esta Casa ratificar as conquistas da Constituigao Ci- havendo casos de os classistas se deslocarem para audiencias que dadao, ampliando-as, mas jamais mutila-las. nao ocorreram em virtude do cancelamentos das mesmas pelo juiz A ousadia tern marcado a luta das mulheres na historia. togado. Muilas delas nao conquistaram os espagos de liberdade almejados, Quando se fala na aposentadoria dos jufzes classistas, as- ao contrdrio foram punidas, eliminadas, queimadas e supliciadas sume bastante comentado, apenas para dar um exemplo, numa ci- em praga publica. dade como Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, com 205 mil De Madalena, da Bfblia, passando pelas "bruxas" da Idade habitantes, nos ultimos quarenta anos, apenas dois se aposentaram. Mddia atd as vftimas da violencia de hoje, salta aos olhos de todos Por isso eu me pergunto se sera muito para uma Nagao do tama- os que querem enxergar. nho do Brasil pagar a aposentadoria de dois jufzes classistas, que A vocagao da mulher nao 6 o sofrimento, t a felicidade, e a se aposentaram com 40 anos de servigo prestados as paries. Tenho solidariedade, 6 o amor e d em nome destes valores, que concla- absoluta convicgao que o servigo que prestam excede em muito o mamos a todos para romper com os paradigmas machistamente custo dessa aposentadoria. restritivos, seja na tradigao, seja na definigao da lei. Para acrescentar um outro dado, despesas de manutengao de Muito obrigada. certos fores em que se julgam agoes trabalhistas, segundo o dizer Era o que tinha a dizer, Sr. Pesidente. dos prdprios jufzes classistas, sao suportadas pelos proprios jufzes O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- classistas, que sao convidados a fazer a despesa de conserto de um vra ao nobre Congressista Paulo Paim. (Pausa.) aparelho de ar condicionado, da troca de um vidro quebrado e ou- Concede a palavra ao nobre Congressista Fernando Carrion. tras coisas que ocorrem naturalmente com o desgaste de qualquer O SR. FERNANDO CARRION (PPR-RS. Pronuncia o instalagao ffsica. seguinte discurso, sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deixo, aqui, o meu apelo para que nesta Revisao Constitu- Congressistas. gostan'amos de abordar alguns aspectos referentes cional seja mantida a integralidade do texto da Constituigao vigen- aos jufzes classistas da Jusliga do Trabalho. O texto constitucional te de 1988, em nome da serenidade da Justiga do Trabalho. com a relative a esses jufzes podcra ser modificado. e aqui cabe alguns figura do juiz classista que, sendo eleito pelos sindicatos respecti- esclarecimentos. vos, traz no amago a verdadeira representagao da categoria. Os jufzes classistas, assim chamados, aquelas duas pessoas Este 6 o pleito e a consideragao que trazemos a Revisao que representam o empregado e o empregador, tern profundas rai- Constitucional, que se processa neste Congresso atualmente. zes nas prdprias calegorias sociais que representam, eis que sao Muito obrigado. eleitos em assembl^ias gerais realizadas pelos respectivos sindica- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. tos. Exatamente em fungao do conhecimento que tern das materias O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- em que laboram, os senhores jufzes classistas tern ajudado muito vra ao nobre Congressista Jair Bolsonaro. na conciliagao entre as paries, num elevado fndice. O SR. JAIR BOLSONARO (PPR-RJ. Pronuncia o se- Temos em maos uma correspondencia da Associagao dos guinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr^ e Jufzes Classistas da Justiga do Trabalho da 4" Regiao, do Rio Srs. Congressistas, hoje de manha, estive no Senado Federal para Grande do Sul, segundo a qual, de acordo com dados do TRT da ouvir as explanagoes do Sr. Fernando Henrique Cardoso a respeito 4' Regiao, referentes a novembro de 1993, o numero medio de do Piano de Estabilizagao Economica. Apos a exposigao do mes- acdrdaos, lavrados por relator, 6 da ordem de 10% para os jufzes mo, Sr. Presidente, S. Ex' foi aplaudido por um grupo de cerca de togados e 93% para os jufzes classistas. 10 Parlamentares numa plateia composta por aproximadamenle Se eventualmente houvesse a substituigao de, para exempli- 40. ficar, dez classistas por dez togados, isso resultaria numa redugao De minha parte, pedi a palavra pela ordem e, como demo- de 2.400 processes julgados por ano, pela razao muito simples de craticamente o Sr. Fernando Henrique Cardoso foi aplaudido, dei- que os jufzes classistas recebem processes o ano inteiro, ao contra- xei registrado ali o meu desacordo, a minha desaprovagao aquela rio dos togados que tern a interrupgao causada pelo periodo de fd- explanagao do Sr. Ministro. Para mim, ela foi um vexame. princi- rias, Se as agoes iniciais vierem a ser acompanhadas somente palmente no tocante ao salario do servidor publico civil e militar pelos jufzes classistas, por certo diminuiriam muito as dificuldades da Uniao. processuais e at6, presume-se, aumentaria muito o fndice de acer- Durante sua exposigao, Sr. Presidente, ao falar sobre a polftica tos entre as paries, porque, normalmente, & parte e inerente um salarial dos servidores, o Sr. Fernando Henrique Cardoso disse que tf- constrangimento, 6 inerente ate um certo temor do juiz togado pos- nhamos reajustes mensais de salarios. sendo recompostas as nossas tado & sua frente. Quern jd compareceu a uma audiencia judicial perdas, ao final do quadrimestre, pelo pico. Pobre FHC! Foi socorrido pode constatar a posigao de temor em que se coloca a parte, o em- por um dos seus assessores, penitenciou-se e se corrigiu, dizendo que pregador ou o empregado, ante aquela posigao eminente do juiz a polftica nacional dos servidores e de reajuste mensal, recompondo- togado. O juiz classista, tendo raizes mais proximas do trabalho, se 90% ao final do quadrimestre. Pobre Fernando Henrique! Nova- por ser representante ou do trabalhador ou do empregador, tern um mente foi socorrido por outro assessor - que Id fora chamariamos de acesso muito mais facilitado. A sua pessoa se identifica mais facil- "aspone", mas aqui dentro nao faltaremos com o respeito a esse fun- mente com as paries. E isso, com certeza, proporciona um fndice ciondrio - e mais uma vez S. Ex' se enganou. maior de acertos nas causas, diminuindo, como ja disse, as difi- Moral da histdria: O Ministro nao conhece a polftica salarial culdades inerentes ao constrangimento imanente ao compareci- dos servidores civis e militares da Uniao e prega, junto aos holofo- mento das paries perante o juiz. tes da imprensa, que nao estamos tendo perdas por ocasiao da "ur- Fala-se muito que o salario recebido pelos jufzes classistas e verizagao" de nossos salarios. o mesmo dos jufzes togados. Segundo informam os jufzes classis- Sr. Presidente, nao sou um radical verde, um PT da direita, tas, isso nao 6 verdade. Eles recebem de zero a vinte sessoes, no como antigamente poderia ser chamado, nao quero a recomposi-

\ 1466 Quana-feira9 DIAR10 DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Margo de 1994 gao dos salarios dos servidores pelo pico, porque acho que em um O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- piano economico todos devem pagar uma parte; todos ao purgato- vra ao nobre Congressista Aloi'sio Vasconcelos, como Li'der. rio e nao como se esta procedendo: o ceu para os empresarios, O SR. ALOISIO VASCONCELOS (PMDB-MG. Como banqueiros, comerciantes e para o proprio Govemo como patroes, Elder. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - e o inferno para os servidores e trabalhadores deste Pai's. Sr. Presidente, Srs. Congressistas, agradego a V. Ex' a oportunida- Sr. Presidente, nao me interessam as armas que utilizarei de que me permite trazer & consideragao da Mesa um fato recente- para lutar e conseguir esse intento porque, assim como o sol, a in- mente ocorrido. flagao nasceu para todos, e nao quero que seja roubada dos servi- dores a infla^ao referente ao mes de fevereiro. Sabe-se que a nossa Na reuniao de hoje de manha, realizada na Camara dos De- media salariai esta abaixo do que recebemos em fevereiro e que o putados, foi abordada a questao de um programa levado ao ar on- nosso reajuste foi zero em 1° de fevereiro deste ano. O Sr. Fernan- tem it noite no SBT por uma apresentadora de televisao, que nao do Henrique Cardoso nao pode usar a mesma formula para calcu- foi feliz em seu comentario quando incitou a derrubada do sistema lar a media dos salarios, em cima de categorias que tern poh'ticas polftico do Pai's, o fechamento do Congresso Nacional e usou tcr- salariais diferentes. A nossa poh'tica e pessima. A dos trabalhado- mos de baixo calao, provocando uma grande rea^ao nesta Casa. res do ABC, por exemplo, preve justamente a recomposi^ao de Alem da questao juridica com que a Mesa da Camara ira 100% da inflaij-ao mes a mes. acionar aquela senhora na Justi^a, afora a requisifao da fita grava- O Sr. Walter Barelli, Ministro do Trabalho, ontem a noite, da do programa, fora o trabalho da Procuradoria Parlamentar do disse que os trabalhadores do ABC nao podem reclamar, porque a Deputado e Procurador Vital do Rego, ha tambem, Sr. Presidente inflagao de fevereiro estara na DRV de manjo. Mas perguntaria ao - e mostro aqui a todos que quiserem ve-lo - o Codigo de Etica da Ministro Barelli: A inflagao de Janeiro estara na URV de quando? Radiodifusao Brasileira, que foi assinado por todas as emissoras E lamentavel. em 1993, em Brasilia. Finalizando, ja que os numeros nao mentem, quero fazer al- Mas quero dizer, de publico, da minha admira9ao ao SBT gumas consider:^oes: V. Ex's sabiam que o soldo "urverizado" de (Sistema Brasileiro de Televisao); da minha admira9ao ao Progra- um general de Exercito, hoje em dia, esta equivalente ao soldo de 5 ma do Boris Casoy; da minha enorme, grande admira9ao e amiza- um 2° tenente, "urverizado", em 1° de Janeiro deste ano? V. Ex" de aos jomalistas credenciados do SBT que cobrem esta Casa, tais sabiam que o soldo de um coronet, hoje, equivale ao soldo de um s como Monica Waldvogel, Eraldo, entre outros que me lembro. 2° sargento, em URV, referente a 1° de Janeiro deste ano? V. Ex' Sao pessoas que fazem uma grande televisao, uma grande impren- sabiam que o soldo de um 3° sargento controlador de voo, que sa, fazem uma grande cobertura. controla o aviao de V. Ex" nos ares, agora esta equiparado ao que Sr. Presidente, no programa de ontem, o Sistema SBT e o receberia, teoricamente, em URV, um soldado engajado, em 1° de Janeiro deste ano? Programa Hebe Camargo feriram o Codigo de Etica da Radiodifu- Sr. Presidente, Srs. Congressistas, os militares e os servi- sao Brasileira, no seu art. 2°, que diz o seguinte: dores civis da Uniao, tenho certeza, ainda nao se conscientizaram "Art. 2° A radiodifusao defendera a forma demo- do tamanho da perda que estao tendo em seus salarios, por ocasiao cratica de Govemo." da "urverizaijao" dos mesmos. Espero que este Congresso acorde a A referida apresentadora defendeu exatamente o tempo de tomar providencias nesse sentido. Perder a infla^ao de contrario. fevereiro, como uma cota de contribuigao, sim, mas a de Janeiro, nao. Isto e inadmissivel. O segundo ponto. Sr. Presidente, no art. 5°, diz Muito obrigado. assim: Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. "As emissoras transmitirao entretenimento do me- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pa- Ihor m'vel arti'stico e moral, seja de sua produ9ao, seja lavra ao nobre Congressista Osvaldo Bender, (Pausa.) adquirido de terceiros, considerando que a radiodifusao Concede a palavra ao nobre Congressista Edmundo Galdi- e um meio popular e acessivel a quase totalidade dos la- no. res." O SR. EDMUNDO GALDINO (PSDB-TO. Pronuncia o Entretenimento do melhor m'vel arti'stico e moral; seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr*8 e Srs. Congressistas. ocupo a tribuna na tarde de hoje para condenar o de ontem, foi o do pior m'vel arti'stico e moral. a atitude fisiologica da maioria dos Govemadores do Brasil que, O art. 23 refere-se & Comissao de Etica da ABERT - Asso- desde a semana passada, estao acampados no Distrito Federal, cia9ao Brasileira de Emissoras de Radio e Televisao -, que leve os buscando a prorroga^ao dos prazos de desincompatibilizagao para seus arts. 24, 25 e 26 atingidos por aquele programa. novamente se candidatarem. Estamos, por mais esta vertente de protestos, fazendo uma Vejam, Sr. Presidente, Srs. Congressistas. que nesses Esta- representa9ao a ABERT, como cidadaos, e aqui e previsto a qual- dos ha problemas extremamente graves pelos quais passam suas quer telespectador ou qualquer ouvinte fazer, art. 26, um levanta- popula96es, e os Govemadores acampam em Brasilia para a defesa mento da posi9ao do programa de ontem quando atingisse o de seus proprios interesses. Codigo de Etica. Portanto, quero manifestar aqui a minha condenagao a essa atitude e tenho certeza que o Congresso Revisor nao se prestara a Portanto. dou ciencia a Casa, Sr. Presidente, de que, basea- do no Codigo de Etica da Radiodifusao, estamos tamb6m agindo esse papel, no sentido de aprovar essa emenda casufstica, que visa em defesa da honorabilidade dos seus membros desta Casa e, aci- manter no poder os mandatarios de cargo executive e a propiciar ma de tudo, da corre9ao, da decencia. da moral e da legitimidade aos Govemadores a condi^ao de candidates. Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. do mandate popular que conquistamos. O SR. ALOfSIO VASCONCELOS - Sr. Presidente. pe^o Muito obrigado. a palavra, como Elder. Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. Margo de 1994 DlARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1467 populagao; acho que dessa vez vai ser diferente, depois de um Fer- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- nando, outro nao da! vra ao Congressista Carlos Lupi. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. CARLOS LUPI (PDT-RJ. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congres- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- sistas, mais uma vez, quero deixar registrado aqui que a obrigagao vra ao Sr. Deputado Lezio Sathler. (Pausa) de colocar os 450 Congressistas em plenario para aprovar emendas Concedo a palavra ao Sr. Deputado Paulo Duarte. e dos Partidos I'avoraveis a Revisao. O SR. PAULO DUARTE (PPR-SC. Pronuncia o seguinte N6s do PDT, conlrarios a Revisao, tentamos obstruir a ses- discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr"5. e Srs. sao de todas as formas regimentais possi'veis; assumimos a nossa Congressistas, ouvimos, hoje, uma serie de consideragoes a respei- posigao sem nenhum medo, sem nenhum temor de que toda a mi- to do pro^rama da apresentadora Hebe Camargo, ontem, a noite, dia queira fazer de nos algozes de um processo; sem nenhum te- no SBT. E claro e evidente que, pelas declaragoes feitas naquele mor de que toda rm'dia queira fazer desse processo revisional, num programa, a referida apresentadora cometeu injustigas: fez genera- ano eleitoral, uma esp&ie de salvaguarda dos seus interesses, ape- lizagoes, distorgoes, insinuagoes. E 16gico que a Mesa do Congres- sar da gravfssima situagao que passa o Pat's. so Nacional vai ter que tomar providencias em relagao aquilo que Acreditamos que a vcrdade e como o tempo: demora. mas foi dito, na Camara, acionando a Procuradoria a fim de que a sempre clarcia. apresentadora seja processada e responda pelo que disse. Volto a rcpetir para os jornais, para as rddios e televisoes; Mas a grande pergunta que n6s temos que fazer e; sera que vamos continuar lutando contra essa Revisao e nao temos qualquer o nosso procedimento, aqui, nesta Casa, nao da margens a alega- obrigagao de colocar em plenario 450 Congressistas favoraveis goes dessa natureza? para que as votagoes se realizem. Serd que esti tudo certo no decorrer dos trabalhos da Cama- Critico. mais uma vez, o Piano FHC e a URV. Hoje. no ra e do Congresso para que nao surjam declaragoes desse tipo? Se meu gabinete, recebi um documento intitulado Movimento Pela olharmos a presente sessao, neste momento, vamos verificar que Valorizagao da Agricultura, que pretendo remeter ao Ministro da existe margem para que esses comentarios acontegam; essa mar- Fazenda. Deste documento, do dia 4 de margo deste ano, constam gem 6 justamente a falta de Congressistas neste plenario. os seguintes dados, que vou citar para que conste nos Anais desta Ouvi, pela manha, um apelo dramatico do Deputado Osval- Casa: arroz - 5 quilos - prego pago ao produtor; CR$700,00; pre- do Bender para que, pelo menos as 15h, fossem iniciadas as vota- go pago pclo consumidor; CRSI.390,00; diferenga; 98% a mais. goes nesta Casa. Normalmente, temos quorum para votar somente Feijao - 1 quilo - CR$ 1.166,00 do produtor; CRSI.800.00 pagos is 17h. Isso da margem a que esta Casa seja malfalada. Na onda pelo consumidor; diferenga a mais: 54%. Fubd de milho - quilo - dessas declaragoes, vem as distorgoes, as generalizagoes que pre- prego do produtor: CR$62,60; prego pago pelo consumidor; judicam a imagem deste Congresso. Para que isso nao acontega, 6 CRSI94,00; diferenga a mais: 210%. Leite - litro - CR$52,00 pa- necessiirio responsabilidade, determinagao de trabalhar e de discu- gos ao produtor; vendido a CR$290,00; diferenga a mais: 457%. tir aquilo que e importante para o nosso povo, que 6 a Revisao Qucijo Minas Frescal - quilo - CR$800,00 pagos ao produtor; Constitucional. A meu ver, a Revisao Constitucional 6 essencial, CRSI.940,00 pagos pelo consumidor, ou seja, 142% a mais. Car- neste momento, para o Brasil. E esta 6 a oportunidade, como deter- ne, CR$750,00 pagos ao produtor; CRSI.390,00 pagos pelo con- mina a Constituigao. sumidor, 85% a mais. Tomate - quilo - CRSI81,00 pagos ao Apenas gritar e reclamar nao precede; 6 preciso que haja produtor; CR$275,00 pagos pelo consumidor, 51% a mais, e a al- uma mudanga de atitude em relagao a presenga e as votagoes neste facc, a unidade, CR$67,00 pagos ao produtor, CRS220,00 pelo plendrio. consumidor, 228% a mais. Entendo, Sr. Presidente, que sao da mesma natureza as de- Sr. Presidente, Srs. Congressistas, sera que 6 tao diffcil para claragoes do Governo em relagao ao aumento abusive de pregos. E o Ministro da Fazenda saber quern sao os especuladores? claro que existe aumento abusive e que medidas precisam ser to- Sera que 6 tao diffcil para S. Ex' acionar os computadores madas. E claro que os oligopolios precisam ser contidos na sua vo- do Ministerio da Fazenda, dos orgaos de fiscalizagao, como a SU- racidade de aumentar pregos. Mas 6 de se perguntar: serf que este NAB, para ver quern sao os grandes ganhadores com esta especu- Governo tern moral para fazer declaragoes em relagao a aumento lagao? de prego? Sera que este Governo esqueceu que promoveu um tari- fago, que a energia eletrica subiu algo em tomo de 50%? O Gover- Serd que d tao diffcil para o Ministro da Fazenda ir em cima no atua com dois pesos e duas medidas; "Faga o que eu digo, mas das dezesseis ou vinte grandes industrias farmaceuticas que estao nao faga o que fago". abusivamentc eobrando os pregos dos remedios? E necessario seriedade, porque quern sofre com isso tudo e Serd que 6 muito diffcil punir esses oligopolies que domi- o povo brasileiro. nam a area do cimento, do material de construgao e dos transpor- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. tes? Serd que e muito diffcil a esse Governo, al6m da vontade O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- polftica, ter coragem de mexer com quern tern, ao invds de ficar vra ao nobre Congressista Ruben Bento. (Pausa) sempre em cima de quern nao tern? Concedo a palavra ao nobre Congressista Diogo Nomura. Mais uma vez. Sr. Presidente. com esses dados reais, con- O SR. DIOGO NOMURA (PL-SP) - Sr. Presidente, Srs. crelos, quero deixar claro que o Sr. Fernando Henrique Cardoso, Congressistas, infelizmente, nao pude estar presente na sessao co- da URV. que 6 igual a PSDB, esta elaborando uma grande menti- memorativa ao Dia Intemacional da Mulher, motivo pelo qual de- ra, um Piano Cruzado II, jd com o efeito da aparelhagem da mfdia sejo registrar, neste instante, a minha homenagem hs mulheres, toda a seu favor. E, uma semana apds ter sido colocado em prdtica representadas pelas nossas maes, pelas nossas esposas, pelas nos- o seu Piano, a Rede Globo coloca S. Ex" como segundo favorito sas mestras. Enfim, em todos os setores da atividade produtiva, em nas pesquisas eleitorais. Pensam que, mais uma vez, vao enganar a prol do nosso desenvolvimento, esrf presente a mulher, e especial- 1468 Quarta-feiru 9 DIARIO DA REV1SAO CONST1TUCIONAL Margode 1994 mente a mulher brasileira, a qual todos dedicamos, nesta data, o modelo gerencial, para que se democratize a informa^ao e, conse- nosso preito e o nosso respeito. quentemente, se democratize o poder. Desejo tamhem ressaltar, Sr. Presidente, que o Congresso Ha algum tempo, estive no Minist^rio das Comunica^oes Nacional recebeu o brilho da inteligencia da mulher, representada para fazer uma grave denuncia ao Exm" Sr. Ministro sobre o DEN- pelas nossas ilustres Parlamentares, pelas nossas valorosas taqui- TEL da Bahia. Era uma denuncia que deveria ser averiguada, pois grafas, pelas nossas secretarias. Enfim, em todos os setores desta envolvia o alto escalao da empresa e, a meu ver, tratava-se de cor- Casa, estao presentes a inteligencia e o valor da mulher brasileira. rup^ao. Por isso. Sr. Presidente, desejo, neste instante, registrar, Sr. Presidente. o modelo de gestao das telecomunicaijoes como membro do Partido Liberal - e creio que traduzo o pensa- estd politicamente comprometido e sujeito a manipula96es de inte- mento de todos os meus colegas de Partido -, que a mulher e o resses pessoais e polfticos. Na Bahia, isso ocorre principalmente sustentaculo da paz, da harmonia e, principalmente. da famflia bra- com reIa9ao aos interesses do Govemo do Estado, como se a so- sileira. ciedade toda nao tivesse conhecimento de escandalos e manobras Sr. Presidente, aproveitando a oportunidade. desejo abordar das mais alias autoridades da empresa. um outro assunto. Li, ha poucos dias, declara96es do Ministro Se- E primordial a busca de um sistema com padroes eticos e de piilveda Pertence, ilustre Presidente do Superior Tribunal Eleitoral, administra9ao participativa, onde o talento e a qualidade dos servi- em que S. Ex3 dizia temer que. nas eleigoes de 3 de outubro. pode- 90s expressem as decisoes da empresa. ria haver demora nas apuraijoes, principalmente para definir os Nao devemos permitir que a empresa seja comprometida no candidates a Presidencia que participariam do segundo tumo, seu papel de mola propulsora do desenvolvimento, porque, Sr. Dizia o Ministro Sepulveda Pertence que, devido a ado^ao Presidente, Srs. Congressistas, se isso ocorrer, a informa9ao estara de uma cedula dedicada especialmente aos cargos executives e ou- tambem comprometida. tra aos cargos proporcionais, ambas a serem depositadas na mesma Nao podemos consentir que o DENTEL da Bahia tenha 5 uma. poderia haver uma dificuldade tremenda na verifica^ao. sua frente uma dire9ao comprometida com outros interesses que Realmente, Sr. Presidente, uma uma para receber duas ce- nao o da informa9ao publica. dulas diferentes ■- uma para os cargos majoritarios e outra para os Muito obrigado. Sr. Presidente. proporcionais - podera motivar um embaralhamento, uma confu- O SR. ALOISIO VASCONCELOS - Sr. Presidente, pe9o sao e ate certas praticas que todos conhecemos, que nao condizem a palavra para uma questao de ordem. com o comportamento etico. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a Portanto, neste instante. desta tribuna, fa^o uma sugestao e palavra ao nobre Congressista Alofsio Vasconcelos. um apelo ao Ministro Sepulveda Pertence - sei que isso implicara O SR. ALOfSIO VASCONCELOS (PMDB - MG. Para maior despesa no setor de atendimento as prdximas elei95es - no uma questiio de ordem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, sentido de que S. Ex" determine que sejam colocadas duas umas: segundo o que acabei de confirmar na Assessoria, estao presentes, uma dedicada a receber os votos aos cargos majoritarios, isto e, na Casa. 401 Deputados e, provavelmente, ha um numero grande Presidente e Vice-Presidente da Republica, Governador, Vice-Go- de Senadores. Portanto, o quorum e muito alto e proprio para a vemador, Senador e seu Suplente; e outra, Sr. Presidente, espeeffi- vota9ao. Assim, pergunto a V. Ex" quando iniciaremos a vota9ao ca para receber as cedulas com os votos proporcionais, isto e, dos prevista para hoje a tarde. Deputados Federals e Estaduais, mesmo porque serao adotadas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia duas cedulas diferentes, em dois instantes de vota^ao diferentes. tern tornado por orienta9ao iniciar a vota9ao tao logo atinja, no Assim, nao haveria mais esse problema apontado pelo Sr. plenario, 293 Congressistas. Ministro, e a verificagao poderia ser na mesma data, atraves das O SR. ALOISIO VASCONCELOS - V. Ex' estd certo. mesas eleitorais. Poden'amos contornar essa dificuldade e esse in- Sr. Presidente. Pediria a fineza de acionar as campainhas, e, en- terregno que o Sr. Ministro ja esta anunciando. quanto isso, eu mesmo procurarei, por telefone, contatar os nossos Era o que eu tinha a diz.er. Sr. Presidente. Deputados, atraves da Lideran9a do PMDB, porque se hd 401 De- putados na Casa, em pouco tempo eles estarao aqui. Alguns foram Durante o discurso do Sr. Diogo Nomura, o Sr. a posse do Ministro Aluizio Alves, mas dentro de poucos instantes Wilson Campos, I" Secretdrio, deixa a cadeira da presi- retomarao. dencia, que e ocupada pelo Sr. Humherto Lucena, Pre- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia sidente. solicita a Assessoria da Mesa que providencie o acionar das cam- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a painhas e aproveita o ensejo para apelar a todos os Srs. Congres- palavra ao nobrc Congressista Clovis Assis. sistas que venham ao plenario para que tenhamos o quorum indispensavel ao im'cio da Ordem do Dia. O SR. CLOVIS ASSIS (PSDB-BA. Pronuncia o seguinte s O SR. JOSE LOURENgO - Sr. Presidente, pe90 a pala- discurso. Sem revisao do orador) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Con- vra, pela ordem. gressistas, assomo, hoje, a esta tribuna para mandar um recado ao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a Ministro das Comunica^oes, que hoje e empossado definitivamen- palavra ao nobre Congressista Jose Louren9o. te no cargo. O SR. JOSE LOURENgO (PPR-BA. Pela ordem. Sem Sr. Presidente, a informaijao e reconhecidamente a mola revisao do orador.) - Sr. Presidente, a minha solicita9ao d na mes- propulsora que alavanca o progresso, pois e atraves dela que se de- ma linha da solicita9ao do nobre Colega. Temos visto, por expe- tent o conhecimento e a capacidade de acompanhar a evolu^ao de riencias anteriores, que, enquanto as vota96es nao come9am, nossa sociedade. ficamos nesse quorum de 200, ate que. Id pelas I7h, 18h, atingi- Obstruir a informa^ao e crime, porque significa impedir o mos o quorum de 300 Parlamentares. desenvolvimento economico, social e politico. Sr. Presidente, sei do elevado espfrito publico de V. Ex" e Ainda hoje se discute a Revisao Constitucional. No entanto, do quanto tem-se empenhado no sentido de que os trabalhos desta temos que discutir um novo modelo para as comunica^oes, um Revisao Constitucional deslanchem de uma vez por todas. Por Margotle 1994 D1ARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1469 isso, sugiro a V. Rx' que ponha a materia em vota^ao, pois s6 as- Quanto i isenfao, o argumento e por demais pueril e so- sim os colcgas virao votar. mente pode ser aceito como um esforgo desesperado dos magistra- Enquanto nao comegar a Ordem do Dia, vamos ficar aqui dos para se livrar dos classistas. Quern vive a realidade do interior esperando ate is I8h, quando o quorum alingird provavelmente o sabe bem que os classistas estao bem mais com o pe no chao do numero dc 300 Parlamentarcs. Depois, acabaremos votando mate- que os doutos jufzes de carreira, que, do alto de seu grau academi- ria sem maior importancia para o Pat's, pois nada votamos de im- co, se julgam senhores absolutos da verdade, e que. por isso mes- portante, a nao ser o Piano Economico. mo, se sentem ofendidos quando tern sua "verdade" academica Por isso, repito, pefo a V. Ex" que de im'cio aos trabalhos da contestada pelos jui'zes classistas. Ordem do Dia. Assim, comegaremos a trabalhar. Precisamos acabar com a elite dos jui'zes, Eles vivem em Esta e a solicitagao respeitosa que fazemos a V. Ex' Toda- seus gabinetes e tern suas vidas conduzidas pelos altos padrbes. via, acataremos a sua decisao a respeito. Inegavelmente, sao privilegiados: tiveram estudos em boas facul- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Mesa vai dades, provem de boas famflias, nao conhecem as dificuldades do entrar em entendimentos com a Presidencia da Camara e com os dia-a-dia. Por isso mesmo, nao possuem eles o necessdrio conheci- demais Lideres, no sentido de providenciar para que, a partir de mento dos fatos quotidianos. Que sabe um juiz, formado no Largo amanha, a Ordem do Dia se inicie mais cedo. Todavia, lembro a de Sao Francisco, dos contratos feitos para uma obra de constru- V. Ex' que, lamcntavelmente, como e do seu conhecimento, ha um gao civil? Ou da realidade do motorista ou do trocador de onibus. grupo de Parlamentarcs que esta em obstru^ao. Assim, quando ha obrigados a trabalhar doze horas por dia, sem receber extraordina- numero para vota^ao, eles pcdem verifica^ao de quorum, o que rio? A representa^ao classista faz com que o magistrado de carrei- atrasa o im'cio dos trabalhos. ra seja obrigado a descer do seu pedestal e passe a conhecer a triste realidade do mercado de trabalho. () SR. JOSE LOURENgO - Se houver verifica(;ao de Outro argumento a ser refutado 6 o de que os classistas nao quorum, eles virao ao plenario. Deveriamos votar a partir das contribuiriam para a celeridade da Justi^a. Nada mais falso do que 15h. como ocorreu duranle os trabalhos da Constituinte, trabalhos isto. O alto numero de conciliagoes, na Justiga do Trabalho e o de que V. Ex' participou com tanto brilho. atestado maior de que os classistas sempre buscam a conciliagao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern a pala- E assim agem porque sabem que a Justiga e morosa. Se os culpa- vra o nobrc Congressista Pedro Pavao. dos pela morosidade sao os classistas, como entao se entender que O SR. PEDRO PAVAO (PPR - SP. Pronuncia o seguinte os processes rolem por imimeros anos na Justiga, que e composta discurso.) - Sr. Prcsidente, Srs. Congressistas, antes de ler o meu somente por magistrados de carreira? Ou alguem duvida disto? discurso, eu queria tambem somar as minhas homenagens aquelas Quern 6 que se arrisca, hoje, a entrar com uma agao, quando se que foram prestadas, nesta Casa, a todas as mulheres, em virtude sabe que levara anos e anos na Justiga Comum ou na Federal? do transcurso do Dia Internacional da Mulher. Entao, Sr. Presidente, nao sao os classistas que emperram a Sr. Prcsidente, a Justii;a do Trabalho, criada pelo Presidente Justiga do Trabalho, e, sim, outros motives estruturais, que estao Getulio Vargas ha mais de cinqiienta anos, vem sendo, nesta Revi- tambem presentes nos demais segmentos da Justiga, como um sao Constitucional, alvo de freqiientes cnticas que tern por objeti- todo! vo sua total dcscaracterizagao. Prega-se, abertamente, o ftm da Alegam ainda que, se extintos os jufzes classistas, poderiam representagao classista paritaria, buscando-se que apenas os jut'zes ser dobrados os numeros dos magistrados de carreira para a Justiga togados, de carreira, possam ser habilitados para a presta^ao juris- laboral. Ji vimos que nao 6 a questao do numero de jui'zes classis- dicional. Sao utili/.ados os mais variados argumentos. Neste dis- tas que faz com que os processes sejam examinados com vagar. E, curso, Sr. Presidente, procurarei rebater as cnticas que estao sendo mesmo se verdadeira essa afirmagao, eu indagaria: Por que nao ser feitas a rcpresentafao classista e demonstrar que. efetivamente, a coerente, entao, e acabar de vez com a Justiga do Trabalho? Ja que Justiga do Trabalho tern muito a ganhar se mantida a efetiva parti- se alega ser a morosidade devida aos jui'zes classistas, entao vamos cipagao de empregados e empregadores na sua estrutura. acabar com a Justiga do Trabalho e ver como os Magistrados de Um dos principals argumentos para a supressao do juiz carreira se comportarao. Qual, entao, a necessidade de termos Jus- classista 6 o de que ele se aposenta com apenas cinco anos de pres- tiga Eleitoral, com a participagao corporativa de advogados? E de tayao jurisdicional. E que, por isso mesmo, onera o Estado com os se garantir o quinto constitucional na composigao de Tribunals de seus proventos. Essa verba seria melhor aplicada se somente jut'zes Justiga e Tribunals Regionais Federals, alem dos Tribunals Supe- de carreira. togados, atuassem na citada Justi^a. riores? Se o argumento fosse v^lido, o Supremo Tribunal Federal Refuto, Sr. Presidente, essa falsa argumenta^ao: a aposenta- nao poderia ser composto por advogados. Ou, Srs. Congressistas. a doria dos classistas, atualmente, e de cinco anos, efetivamente, e participagao de jufzes nao oriundos da carreira somente tern senti- ele se aposentara desde que conte, em outras atividades, o tempo do se forem eles advogados ou membros do Ministcrio Publico? necessario. Concordo que cinco anos e pouco tempo, mas nao 6 Um ultimo argumento contra os jufzes classistas e o de que esta uma qucstao fundamental. A mesma lei ordindria que previu eles nao teriam qualificagao intelectual suficiente. Trata-se de ou- esse tempo podc ser revista para cquiparar os classistas aos demais tro argumento elitista, provindo daqueles que se julgam superiores magistrados. Se a Revisao Constitucional fixar um limite mais Ion- aos demais apenas pelo fato de serem portadores de um diploma go (dez ou quin/.e anos) para a aposentadoria dos magistrados de universitdrio. Se diploma desse inteligencia a qualquer um, nao te- carreira, que se estenda esse mesmo pen'odo para os classistas. riamos necessidade do duplo grau de jurisdigao. Para que, entao, Indago, agora: por que essa mesma argumenta9ao nao 6 co- as sentengas terem de ir ate o Tribunal para serem confirmadas? locada, a m'vel institucional, contra os demais magistrados, se eles No fundo de toda essa questao dos jufzes classistas, Sr. Pre- mesmos tambem se aposentam com cinco anos de exercfcio do sidente, estd um argumento de elite. Os magistrados de carreira cargo dc juiz? sentem-se inferiorizados quando tern de dividir uma sentenga com Tambem c dito, Srs. Congressistas, que os classistas nao te- os homens do povo, com as pessoas humildes. Nao aceitam esse riam a neccssaria isengao e nao contribuiriam para a celeridade da posicionamento, pois julgam-se uma raga privilegiada, descenden- Jusliva do Trabalho. tes diretos dos deuses intelectuais, A humanidade conhece. infeliz- 1470 Quarta-t'eira 9 DIARIO DA REV1SAO CONST1TUCIONAL Maryo de 1994 mente, a que condu/ esse posicionamento: tivemos o triste exem- ma do ponto de vista do trabalhador. Se verificarmos a estatfstica plo da pretensa supremacia da raga ariana sobre as demais... das decisoes, observaremos que sao quase que totalmente dirigidas A Justitj-a do Trabalho, Sr's e Srs. Congressistas. teve uma a classe trabalhadora - nao significando que esta nao o merecesse. essencia na participa<;ao pluralista. Quando foi idealizada, buscava Por ocasiao do cinqiientenario da Justiga, chegamos a fazer, exalamente conciliar a ciencia do magistrado com a experiencia num pronunciamento, uma apreciagao desse fendmeno um lanto quotidiana de empregadores e empregados. Esta formula demons- quanto preocupante. Encontramos explicagoes de varies Ministros, trou ser tao sabia que foi colocada em pratica em outros pafses, so- segundo as quais, na realidade, talvez as causas que estavam sendo bretudo na Gra-Bretanha. colocadas a sua apreciagao nao tenham sido bem conduzidas pelos A mentalidade mais positiva, neste momento da Revisao advogados, ou, entao, que a materia era bastante clara nas decisoes Constitutional, nao deve ser a do nobre Relator, que e, reconheci- trabalhistas para que se inclinassem em favor da classe trabalhado- damente, um jurista dos mais brilhantes, e que poderia muito bem ra. Tudo bem! ser Ministro do Supremo Tribunal Federal. Aceitou S. Exa as pro- Agora nos defrontamos com uma emenda do ilustre Relator postas de supressao da representai^ao classista. E nisso andou mal. procurando eliminar os jufzes classistas. Nao me parece uma boa Se falhas existem na Justiga do Trabalho. como, alias, tambem sugestao de S. Exa tirar da Justiga do Trabalho a prcsenga dos juf- existem nos demais segmentos da Justiij-a. nem por isso devemos zes classistas. E por que? Nao sei se e uma contradigao ou uma suprimir a instituigao, mas, sim. buscar seu aprimoramento. Mui- aparente contradigao, mas o Relator sugere a criagao de um Con- tas das imputagoes dirigidas a Justiga do Trabalho podem ser cor- selho Nacional de Magistratura - para ter a Justiga uma fiscaliza- rigidas, ate mesmo em m'vel de legisla^ao infraconstitucional. gao nos seus atos administrativos e comportamentais -, e cria, Trago um argumento final; por que se desfigurar uma insti- dentro desse Conselho, praticamente a figura de jufzes tambem tuiij-ao cinqiientenaria, como a Justiga do Trabalho. quando a so- classistas, ou estranhos, porque terao de ter reputagao ilibada e sa- ciedade atual clama por igual participa^ao de todas as classes ber jurfdico comprovado para participar do Conselho Nacional, sociais no desempenho da propria economia? Acaso se deve aca- eliminando da Justiga do Trabalho os jufzes civis classistas e nao- bar com a representai^ao de empregados nas gestoes das estatais? togados. Nao se, deve permitir a escolha de trabalhadores ou de pessoas da Entao, diria a S. Exa, como um aconselhamento, que e ne- comunidade nos conselhos de saude, nos programas habitacionais? cessaria a permanencia dos jufzes classistas e dispensavel o Con- Ou se deve acabar com a representa^ao de classistas no Conselho selho Nacional da Magistratura para os atos da Justiga do Monetario Nacional? Os estudantes devem ser banidos dos orga- Trabalho. porque ja esta presente, inclusive, o "corpo estranho" a nismos universitarios ou de m'vel medio? Magistratura no julgamento das Juntas e dos Tribunals. Os jufzes Quando se busca aumentar a interagao entre todos os seg- classistas representam o equilfbrio nas decisoes. mentos da sociedade, a proposta de acabar com a representa^ao No meu modesto discernimento, o Relator nao deveria ter classista soa como uma proclamacao neo-nazista, elitista, que pre- alterado a estrutura, mas sim os criterios de composigao dos Tribu- ga a supremacia de uma classe sobre as demais. nais e das Juntas quanto a presenga do "corpo estranho" classista. Sou contra a extin^ao dos classistas. Sou a favor do aprimo- Como? Para ser juiz classista, e necessario um determinado crite- ramento da Justica do Trabalho. Assim votarei quando a materia rio no conhecimento, na vida pregressa, naturalmenle avalizada ou estiver em pauta, Sr. Presidente. E espero que os nobres colegas pesquisada pelo Senado ou por outro orgao, a fim de que, nos Tri- Congressistas estudem a materia em todos os seus aspectos e nao bunals do Trabalho e nas Juntas de Conciliagao e Julgamento, se se deixem enganar por essa campanha falaciosa. Empregadores e sentem trabalhadores competentes e de reputagao ilibada. empregados podem, perfeitamente, servir a Justica do Brasil com O que se verifica - daf o fracasso de alguns jufzes classistas, as suas experiencias. E, deste modo, estaremos todos aperfeifoan- que serve ate como uma contribuigao para fortalecer os argumen- do a prestav'ao da Justi^a dentro dos modemos padroes de Justi^a tos dos que querem extingui-Ios - e que ate hoje se deteriorou o Social! ingresso dessas pessoas na Justiga do Trabalho. Pessoas pratica- Muito obrigado. Sr. Presidente. mente semi-analfabetas, vinculadas a grupos econbmicos, foram O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a nomeadas apenas para que tivessem um emprego, para ganhar um palavra ao nobre Congressista Antonio Faleiros. (Pausa.) salario. E justamente at que repousa toda a crftica que se faz aos Concedo a palavra a nobre Congressista Fatima Pelaes. jufzes classistas. (Pausa.) O Relator, no meu entendimento, deveria manter os jufzes Concedo a palavra ao nobre Congressista Joao Paulo. (Pau- classistas e exigir criterios constitucionais rfgidos, onde a influen- sa.) cia polftico-partidaria, a interferencia do Governo fosse reduzida Concedo a palavra ao nobre Congressista Gerson Peres. ao maximo, a fim de que eles pudessem ser o empregador-juiz e o O SR. GERSON PERES (PPR-PA. Pronuncia o seguinte trabalhador-juiz, na sua concepgao de trabalhador e de emprega- discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr's e Srs. Con- dor. Havera um equilfbrio. gressistas, ouvimos, ha poucos instantes, o pronunciamento do no- O juiz togado, tenho quase que absoluta certeza, nao se sen- bre colega do meu Partido, Congressista Fernando Carrion, sobre a te constrangido por ter ao lado duas representagoes - a do empre- necessidade da presenga na Justiga do Trabalho dos juizes classis- gador e a do empregado - para o julgamento de um contrato de tas. trabalho, porque o que a Justiga do Trabalho julga e o contrato de Apresentou S. Exa argumentos judictosos, com os quais trabalho, e a relagao entre o capital e o trabalho. Portanlo, e dis- gostaria de concordat, tra/endo outros da minha modesta expe- pensavel que apenas esse tipo de procedimento seja julgado por riencia na vida publica. jufzes togados. A Justiga do Trabalho estruturou-se de tal maneira que nao Sr. Presidente, fiz estas ligeiras consideragoes sobre a mate- envergonhou a sociedade brasileira, no seu todo. Manteve-se sem- ria porque eu sou favoravel a que sejam mantidos os jufzes classis- pre dentro de um padrao de julgamento muito respeitado pela so- tas nas Juntas e nos Tribunals, mediante criterios rfgidos. ciedade. A partir de determinada epoca, porem. mostrou uma Infelizmente, nao sei se o Relator - ou outro Parlamentar - iri convergencia. de maneira mais acentuada. para analisar o proble- apresentar destaques & emenda de criterios, porque li alguns critd- Maiyo dc 1994 DIARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL 0uarta-feira9 1471 rios que sao indispensaveis para melhorar o I'uncionamento da Jus- Paulino Cicero de Vasconcellos - PSDB; Paulino Romano - Blo- li^a do Trabalho. co (PFL); Sergio Naya - PMDB; Wagner Nascimento - PRN. Era o quc linha a di/er. Sr. Presidente. (Muito hem!) Espirito Santo Helvecio Castello - PT; Lezio Sathler - PSDB; Rose de COM PA RECEM MAIS OSSRS. CONGRESSISTAS: Freitas - PSDB. Roraima Rio de Janeiro Avcnir Rosa - PP: Francisco Rodrigues - Bloco (PTB). Alvaro Valle - PL; Arolde de Oliveira - Bloco (PFL); Artur Amapa da Tavola - PSDB; Benedita da Silva - PT; Carlos Alberto Cam- Aroldo Goes - PDT; Jonas Pinheiro - PTB; Jose Samey - pista - PDT; - PDT; Eduardo Mascarenhas - PMDB; Lourival Freitas - PT. PSDB; Flavio Palmier da Veiga - PSDB; Francisco Dornelles - Para PPR; Francisco Silva - PP; Jandira Feghali - PCdoB; Jose Carlos Giovanni Queiroz - PDT; Hcrmmio Calvinho - PMDB; Coutinho - PDT; Marcia Cibilis Viana - PDT; Nelson Carneiro - Josd Diogo - PPR; Mario Chermont - PP; Nicias Ribeiro - PP; Paulo de Almeida - PSD; Paulo Ramos - PDT; Regina Gordi- PMDB; ValdirGan/er-PT. Iho - PRONA; Roberto Campos - PPR; Sergio Cury - PDT; Sid- ney de Miguel - PV. Amazonas Alila Lins - Bloco (PFL); Aureo Mello - PRN. Sao Paulo Alberto Haddad - PP; Ary Kara - PMDB; Beto Mansur - Rondonia PPR; Carlos Nelson - PMDB; Eduardo Suplicy - PT; Gastone Carlos Camurya - PP; Pascoal Novaes - PSDB. Righi - Bloco (PTB); Jorge Tadeu Mudalen - PMDB; Osvaldo Acre Steca - PMDB; Tadashi Kuriki - PPR; Vadao Gomes - PP. Adelaide Neri - PMDB: Celia Mendes - PPR, Mato Grosso Tocantins Julio Campos - PFL; Marcio Lacerda - PMDB. Derval de Paiva - PMDB; Freire Junior - PMDB; Moises Distrito Federal Abrao - PPR. Paulo Octavio - PRN. Maranhao Goias Eduardo Matias - PP; Magno Bacelar- PDT; Mauro Fecu- Pedro Abrao - Bloco (PTB); Ronaldo Caiado - Bloco ry - Bloco (PTB); Sarney Filho - Bloco (PFL). (PFL); Ze Gomes da Rocha - PRN. Ceara Mato Grosso do Sul Carlos Virgflio - PPR: Edson Silva - PDT: Sergio Macha- Eh'sio Curvo - PRN; Waldir Guerra - Bloco (PFL). do - PSDB; Vicente Fialho - Bloco (PFL). Parana Piaui Antonio Ueno - Bloco (PFL); Edi Siliprandi - PSD; Jose Hugo Napoleao - PFL. Felinto - PP; Matheus lensen - PSD; Renato Jonhsson - PP. Rio Grande do Nortc Santa Catarina Fernando Freire - PPR; Flavio Rocha - PL; Garibaldi Alves Hugo Biehl - PPR. Filho - PMDB; Joao Faustino - PSDB; Lavoisier Maia - PDT; Ney Lopes - Bloco (PFL). Rio Grande do Sul Amaury Miiller - PDT; Carlos Azambuja - PPR; Carrion Paraiba Junior - PDT; Celso Bernardi - PPR; Fernando Carrion - PPR; Ivan Burity - Bloco (PFL); Rairnundo Lira - PFL. Pedro Simon - PMDB; Valdomiro Lima - PDT; Waldomiro Fio- Pernambuco ravante - PT. Fernando Lyra- PSB; Gustavo Krause - Bloco (PFL); Jose O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Solicito aos Mendonya Bezerra - Bloco (PFL); Marco Maciel - PFL; Pedro Srs. Lfderes e aos Srs. Congressistas que venham ao plenario, pois Correa - Bloco (PFL); Roberto Freire - PPS. vamos dar im'cio a Ordem do Dia. As listas de presenya acusam o comparecimento de 537 Srs. Alagoas Congressistas. Antonio Holanda - Bloco (PSC); Augusto Farias - Bloco O SR. ERNESTO GRADELLA - Sr. Presidente, peyo a (PSC); Cleto Falcao - PSD; Divaldo Suruagy - PMDB; Luiz Dan- palavra para uma questao de ordem. tas - PSD; Mendonya Neto - PDT. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a Sergipe palavra ao nobre Congressista. Clconancio Fonseca - PRN; Messias Gois - Bloco (PFL). O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU-SP, Para uma questao de ordem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, a Bahia Casa, normalmente. tern comeyado as sessoes quando o quorum Felix Mendonya - Bloco (PTB); Joao Alves - PPR; Joao atinge 293 Congressistas, porque, caso contrario, nao temos garan- Carlos Bacelar - Bloco (PSC); Nestor Duarte - PMDB; Sergio tia de numero suficiente para o im'cio da Ordem do Dia, o que po- Brito-PPR. deria atrasar mais os trabalhos, pois um numero significative de Minas Gerais lideranyas poderia pedir a verificayao de quorum, ja que nao ha registro no painel eletronico, ate o momento, do numero necessd- Aecio Neves - PSDB; Aracely dc Paula - Bloco (PFL); rio. Avelino Costa - PPR; Jose Santana de Vasconcellos - Bloco Parece-nos que o comportamento que melhor toma o traba- (PFL); Leopoldo Bessone - Bloco (PTB): Maurfcio Campos - PL; lho efetivo e o de que realmente se mantenha a regra colocada an- 1472 Quarta-feira 9 D1ARIO DA REVISAO CONST1TUCIONAL Margo de 1994 teriormente. Ou seja. nao podemos comegar a sessao, abrir a Or- Presidente, Srs. Congressistas, quando se sabe que o professor uni- dem do Dia. enquanto nao houver quorum em plenario, como tra- versitario federal no Brasil tambem e muito mal pago. No Ceara, 6 dicionalmente tern sido feito desde o im'cio do Congresso Revisor. mal pago o professor universitario federal; o professor universita- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Veja V. Ex' rio do Estado, os professores da capital tambem sao mal pagos; que ha varias reclama^oes pelo atraso no im'cio da Ordem do Dia. paga-se mal ao professor ginasiano, ao professor do curso prima- A lista de presenija, na Casa, indica uma presen^a de mais de 400 rio; de um modo geral, paga-se mal a quern leciona. Srs. Congressistas. Entao. a medida que colocarmos a materia em E uma tradi^ao no Brasil esse desrespeito a educayao, N6s vota^ao. esses Congressistas virao ao plenario. Nao havendo quo- lutamos pelo ensino, pela educa^ao, queremos o pleno respeito or- rum, a materia nao sera aprovada. Portanto, tenho que tomar a famentario as verbas da educa^ao, mas e precise denunciar, em providencia de iniciar os trabalhos mais cedo a fim de que haja um primeiro lugar, pois como esta o quadro administrativo no Brasil, maior rendimento nas votafoes. nao e possfvel viver-se condignamente dentro dessa diffcil fun^ao O SR. ISRAEL PINHEIRO - Sr. Presidente, peijo a pala- de ensinar, o cargo de ensinar, o emprego que visa como seu obje- vra pela ordem. to o ensinamento. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a Assim, Sr. Presidente, da para imaginar como tern cafdo a palavra ao nobre Congressista Israel Pinheiro. qualidade do ensino no Brasil. Se formos examinar o ensino supe- O SR. ISRAEL PINHEIRO (Bloco) (PTB-MG - Pela or- rior, a sua decadencia e notoria de ano para ano, em todos os cur- dem, Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente. V. Ex* esta corre- sos superiores, em todas as faculdades, nao importa se estamos ti'ssimo! Ate que entlm, encontrei uma resposta da Presidencia dos falando de Direito, de Medicina ou de Qufmica, nao importa, A trabalhos dentro de uma certa logica. O Regimento determina que, verdade e que caiu o ensino superior. O ensino primario nao con- para aprovar materia, tern que haver uma maioria absoluta, e, para segue nem se instalar condignamente. O ensino dos diversos graus abrir a sessao. tern que haver 10% do quorum. Ora, tendo 10%, a esta afetado sobremaneira nesta hora. Ordem do Dia pode ser iniciada, porque esta inicia-se com discus- No Ceara, tern havido movimentos populares. Na ultima sao, encaminhamento e vota^ao. Quando da vota^ao, nao havendo sexta-feira, em Fortaleza, houve uma grande manifestayao popu- numero suficiente, at, sim, e feito um pedido de verificatjao de vo- lar, com a presen^a das mais diversas camadas sociais, em um ta^ao. Nao ha pedido de verificagao de quorum, nao existe essa bairro chamado Henrique Jorge. Uma pra^a comunitdria se tornou figura no Regimento. absolutamente pequena para acolher professores, alunos, pais de V. Ex* tern toda razao e dirime uma duvida que o 1° Vice- alunos, operarios, pessoas diversas do povo da capital cearense. O Presidente do Congresso Revisor ainda nao esclareceu em seu ra- episddio se repetiu na segunda-feira em uma pra^a central de For- ciocfnio. Vou repctir para S. Ex", o Congressista Adylson Motta, taleza, na Pray a Clovis Bevilacqua. Diante da Faculdade de Direi- que pedido de verificayao de quorum nao existe. O que existe e to, cerca de 6 mil pessoas lotaram talvez aquela que seja a maior verifica^ao de vota^ao. como V. Ex" falou com muita clareza. praya da capital cearense; ficou lotada de povo em toda sua exten- Muito obrigado. sao, no apoio dado d luta dos professores em busca do piso sala- O SR. CID SABOIA DE CARVALHO - Sr. Presidente. rial. A luta e muito grande. pe?o a palavra como Li'der do PMDB. Estou fazendo este registro na certeza de que o Poder Legis- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a lativo deve esse respeito e deve esse apoio ao professor brasileiro; palavra ao nobre Congressista Cid Saboia de Carvalho, nao e apenas ao professor do meu Estado, mas ao professor brasi- O SR. CID SABOIA DE CARVALHO (PMDB-CE. leiro. Nenhum administrador se sente mal, se sente com certos in- Como Lfder, pronuncia o seguinte discurso. Sem revisao do ora- comodos pelo fato de nao pagar o piso salarial. de nao pagar um dor.) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, quero aproveitar este saldrio digno. Parece normal sufocar quern ensina com um saldrio momento, em que nao estamos votando, para enfocar um assunto que ameaya a integridade do lar de quern ensina, um saldrio que, importante para o Estado do Ceara. acima de tudo, e a performance maior da humilhayao contra quern Quero informar ao Congresso Revisor que, no Ceara, ha trabalha neste Pat's. uma grande luta dos professores, de um modo geral, em busca do Sr. Presidente, Srs. Congressistas, no momento em que se piso salarial. Ja existe uma lei concedendo o piso salarial aos inte- visa revisar a Constituiyao Federal, e preciso se dizer que os fatos grantes do quadro do magisterio. No entanto, houve uma argiii^ao sociais que estao Id fora, os fatos administrativos, sao mais gritan- de inconstitucionalidade com a concessao de liminar, e essa lei tes, as injustiyas administrativas, as injustiyas sociais sao mais deixou. no Ceara. de ser cumprida durante longos anos. marcantes; a situayao do professor, no Ceara, de um modo geral, e Recentemente, o Supremo Tribunal Federal resolveu arqui- simplesmente cadtica. var essa argiiigao, sem Ihe examinar o merito, porque nao era o Fazemos aqui um apelo ao Govemador do Ceard, Ciro Fer- caso, segundo acdrdao prolatado em tal processo. E, assim, encon- reira Gomes, que se encontra em Brasilia para a posse do Senador tra-se em vigor aquela lei que foi sancionada quando era Govema- Beni Veras como o novo Ministro do Planejamento; fazemos um dor do Ceara o Deputado Federal Fonseca Mota, apelo a S. Ex' o Govemador para que revise sua posiyao respeitan- hoje representante do povo do Ceara aqui na Camara Federal. te ao professor do Estado do Ceard. E fazemos esse mesmo apelo A luta e muito grande porque ha dificuldades na Prefeitura ao Prefeito Municipal de Fortaleza, Antonio Cambraia, para que Municipal de Fortaleza; ha resistencia e dificuldade tambem no revise tambem, na Prefeitura Municipal de Fortaleza, a condiyao Govemo do Estado do Ceara; ha mil coisas no caminho profissio- subumana de quern ensina, de quern trabalha ensinando na capital nal do professor em nosso Estado. Ele e mal pago genericamente, cearense; e tambem lembrar que a humilhayao do professor - nem quer seja o professor municipal, no interior do Estado ou na capi- se fala com mais afinco, porque e uma coisa constante e notoria - tal. quer seja o professor da rede estadual. Nao ha o pagamento existe tambem como um verdadeiro cancro administrativo em to- digno a quern leva a vida exercendo a profissao do magisterio, a dos os muniefpios do Estado do Ceard, quiyd em todos os municf- diffcil arte de ensinar. pios do Brasil. Hoje. no Ceara, como de resto em todo o Brasil, ensinar e E o registro. Sr. Presidente, que fiz em nome da Lideranya uma profissao ingrata. Nao e demais dizer-se isto, inclusive. Sr. do meu Partido, o PMDB. Muito embora o PMDB tenha nos seus Margode 1994 DIARIO DA REVISAO CONST1TUCIONAL Quarta-feira 9 1473 quadros o Prefeito de Forlale/a, mesmo assim se acha no dever O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia moral de fazer este apelo para S. Ex' e para o Governador do Esta- ira decidir a questao de ordem, baseada no art. 82 do Regimento do visando o restabelecimento da dignidade salarial do professor. Intemo, da Camara dos Deputados, que 6 o terceiro subsidiario do O SR. JOSE GENOInO - Sr. Presidente, pe?o a palavra regimento do Congresso Revisor, onde se le textualmente: para uma questao de ordem. Art. 82. As 10 ou as 15 horas, conforme o caso, passar-se-a O SR. PRESIDENTE (Humbcrto Lucena) - Concede a a tratar da materia destinada a Ordem do Dia. sendo previamente palavra ao nobre Deputado Jose Genomo. verificado o numero de Deputados presentes no recinto do Plena- O SR. JOSE GENOINO (PT-SP. Para uma questao de or- rio, atraves do sistema eletrdnico, para o mesmo efeito do que dem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, a questao de ordem prescreve o § 5° deste artigo. que formulo a V. Ex' e com base no art. 82 do Regimento Intemo Diz o § 5° deste artigo: da Camara dos Deputados, no qual se baseia V. Ex' nas questoes § 5° Ocorrendo verificagao de vota9ao e se comprovando nao claras em rela^ao ao Regimento Intemo do Congresso Revi- presen^a insuficiente em plenario, o Presidente determinara a atri- ser. bui^ao de faltas aos ausentes, para os efeitos legais. Sr. Presidente, ha uma rela«;ao direta entre a Ordem do Dia Combinados os dois artigos, o que se verifica e que preten- eo quorum para deliberate. deu o legislador ao escreve-los tao-somente assegurar a apura^ao Qual e a relate direta? de faltas. Se o quorum para deliberate exige maioria absoluta. a Or- Em seguida, vem o art. 83, que V. Ex' nao leu, que diz o se- dem do Dia so podera ocorrer com o quorum de maioria absoluta guinte: para efeito de dcliberato. Tanto e que V. Ex' manda ligar o painel Art. 83. Presente em plenario a maioria absoluta dos Depu- eletrdnico para que os Deputados registrem os seus nomes. tados, mediante verifica^ao de quorum, dar-se-a im'cio a aprecia- Existem dois lipos dc quorum. Sr. Presidente: um para ini- 9ao da pauta na seguinte ordem... ciar a sessao e outre para iniciar a Ordem do Dia. E o Regimento O SR. JOSE GENOINO - O painel representa uma verifi- Interne da Camara, em seu art. 82 e claro: ca^ao de quorum. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Mas V. Ex' "...passar-se-a a tratar da materia destinada a Or- nao leu esse artigo, eu e que o estou lendo. dem do Dia, sendo previamente verificado o numero de O SR. JOSE GENOINO - V. Ex' esta refor^ando minha Deputados prescnles no recinto do Plenario, atraves do questao de ordem. sistema eletrdnico, para o mesmo efeito do que prescre- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao, eu estou ve o S 5° deste artigo." dando embasamento a sua questao de ordem. Isso porque ela nao Ora, Sr. Presidente, o § 5° deste artigo. que produz o mesmo possufa essa base. Quero apenas dizer a V. Ex* que, em face desse efeito, 6 no caso de verificato de voiato. E necessaria a presen^a dispositive - art. 83 - V. Ex' tern razao no que tange a Camara dos em Plenario de maioria absoluta para iniciar a Ordem do Dia. Deputados. E, sendo o Regimento Intemo da Camara dos Deputa- dos subsidiario do Regimento da Revisao Constitucional, eviden- Sr. Presidente, entendo o propdsilo de V. Ex' em agilizar os trabalhos revisores. O que pode ocorrer. ilustre Senador Humberto temente so podera ser iniciada a vota9ao atraves do painel eletrdnico quando houver 293 Parlamentares presentes. Lucena? V. Ex" anuncia a Ordem do Dia sem ter maioria absoluta, abre-se o processo dc discussao sem maioria absoluta. os Deputa- Todavia, se se tratasse apenas - e e o que eu ja havia dito - de materia constitucional, como ela 6 nominal, a cada vota9ao se dos nao acompanham a discussao das maldrias revisionais, che- deveria ter o quorum para aprovar a materia, de 293, de forma di- gam aqui apenas para apertar o botao; e fica uma parte do Plenario. la atrds, gritando para apertar o botao. Isso nao pode versa da materia nao-constitucional. ocorrer cm uma Revisao Constitucional, seja por parte daqueles Entretanto, como tenho em mesa um requerimento que de- pende de vota9ao simbdlica, atendo a questao de ordem de V. Ex' que sao favoraveis a Revisao, ou daqueles que sao contrdrios. para estabelecer que, realmente, so iniciarei quando houver 293 Portanlo, Sr. Presidente, apelo a V. Ex', nesta questao de or- Congressistas presentes. Mas se nao houvesse requerimento em dem, para somcnte iniciar a Ordem do Dia se houver no painel ele- mesa para ser votado, se fosse materia constitucional, evidente- trdnico o registro da presen^a dc 293 Deputados e Senadores. mente que esse quorum seria apurado a cada vota9ao, porque so A Ordem do Dia, Sr. Presidente, e o momento nobre do pro- pode ser aprovada por 293. cesso de delibera?ao. O que e a Ordem do Dia? Le-se a materia da Or- C) SR. JOSE GENOf NO - Sr. Presidente, para dirimir esta dem do Dia, abre-se a discussao, abrem-se os encaminhamentos; questao... entao, vota-se. Nao podemos imaginar quorum so para vir aqui e O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Deputado apertar um botao. Entendo o espirito de V. Ex", empenhando-se no Jose Genomo, jd decidi. senlido de garantir o quorum, mas nao podemos. com base no art. 82 do Regimento Intemo, deixar de considcrar o quorum de maioria ab- O SR. JOSE GENOfNO - Sr. Presidente, considero que soluta, que e o de delibera?ao, e aquele em que o Plenario esta presen- V. Ex' decidiu a questao e reconhe90 que ela e polemica e impor- te para ouvir as discussoes, os encaminhamentos e votar. Parece-me tante para ser dirimida que diz respeito ds delibera96es - art. 47 da que isso 6 importante, a fim de nao termos a Revisao de apenas uma Constitui9ao. Entendo que se trata de uma matdria constitucional maioria que vein aqui para apertar um botao. Dessa forma, estariamos e, respeitosamente, quero recorrer da decisao de V. Ex" a Comis- desqualiflcando a Revisao. A maioria deve estar aqui para ouvir dis- sao de Constitui9ao e Justi9a. cussoes e encaminhamentos. Falo a vontade, porque sou o primeiro a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pois nao, De- me inscrever no periodo de Breves Comunica?6es para discussoes e putado Jose Genomo, como se trata de materia relativa a Consti- encaminhamentos. conforme registra o livro de inscri^ao para discus- tui9ao, recebo o recurso de V. Ex' e, ex officio, envio a Comissao sao e encaminhamcnto. Portanlo. nesta questao de ordem. apelo a V. de Constitui9ao e Justi9a. Ex" que nao adote a abertura da Ordem do Dia sem o quorum de O SR. ISRAEL PINHEIRO - Sr. Presidente, pe90 a pala- maioria absoluta, isto e, 293 Congressistas. vra pela ordem. 1474 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Maryo de 1994 O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a gestores da coisa piiblica. E como se a sociedade civil, os estudan- palavra ao nobre Congressista Israel Pinheiro. tes, as famflias e os professores, estivessem a nos perguntar: afinal, O SR. ISRAEL PINHEIRO (BLOCO) (PTB-MG. Pela que e que estao esperando para mudar o que ja se chamou o triste ordem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, dentro da linha perfil da educayao brasileira de 1° grau? de raciocmio de V. Ex", quero dizer primeiro que o Deputado Jose Realmente, sobre os diversos trayos que compoem este per- Genofno nao tern razao. O unico argumento que apresentou e que. fil ha pouca diivida. Para identificd-los rapidamente, basta, por para votar, os Deputados tern que ouvir a discussao. Nao exisle exemplo, uma pesquisa nos principals jomais do Pafs, dos liltimos isso no Regimento; nada ha no Regimento que obrigue ao parla- anos: verbas federals insignificantes, milhoes de crianyas que s6 mentar estar presente para ouvir discussao; isso nao existe, o Regi- estudam ate a 4' serie. evasao escolar da ordem de 84%, repetencia mento fala em votayao, em quorum de votayao. de ate 50%, ensino autoritario. elitista e divorciado da realidade de Quanto ao argumento de V. Ex' de que. sendo um requeri- vida da maioria das crianyas, escola marginalizadora e discrimina- mento. V. Ex* vai esperar a maioria absoluta e, se nao houvesse re- toria. querimento, se fosse materia constitucional, V. Ex' nao esperaria, Sao frequentes manchetes do tipo: Escola piiblicas sao re- data venia. nao me parece razoavel, porque isso permite que a provadas, Sistema estadual de ensino nao passa em teste de quali- obstruyao se faya com a maior tranqiiilidade. Todo dia se apresen- dade, Milhares de professores nao sabem ensinar. Burocracia ta um requerimento pelo qual V. Ex' fica amarrado ao quorum de educacional consome 40% das verbas. 293. Acredito que ha um erro, ha uma falta de Idgica. Apelo a V. De fato, temos um ensino ptiblico fundamental fraco, com Ex" que faya um reestudo do problema, porque o Regimento nao professores mal pagos e desmotivados, greves frequentes, burocra- pode ser antilogico e irracional. E assim estd sendo irracional; ha cia em excesso, altos indices de exclusao da populayao pobre, md uma incongruencia nessa conclusao de V. Ex' aplicayao dos escassos recursos disponfveis, confusa distribuiyao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A materia ja de responsabilidades entre os diversos poderes piiblicos. Um ensi- esta decidida. Recebi o recurso do nobre Congressista Jose Genof- no publico cujo custo por aluno, lamentavelmente, 6 cinco vezes no e o encaminhei a Comissao de Constituiyao, Justiya e Cidada- maior, porque os alunos da rede oficial demoram em media de 10 nia do Senado Federal. a 12 anos para concluir o curso de 8 series anuais. O SR. JOSE GENOINO - Muito obrigado. Contudo. Sr. Presidente, em que pese a baixa qualidade do O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A diferenya ensino fundamental - caracteristica que adquiriu de par com a ex- que ha e que numa votayao de requerimento, sendo simbolica, nao tensao da escolaridade basica para oito anos e a massificayao do se exige o quorum de maioria absoluta. Realmente, a mim me pa- acesso -, hd esperanya de que, ainda neste milenio, todas as crian- rece que nao seria necessario os 293. Sendo materia constitucional yas brasileiras estejam freqiientando a escola fundamental, em apura-se o quorum na votayao nominal. Como ha requerimento, condiyoes satisfatorias de permanencia, progresso e aprendizagem. entao, aguardei os 293. Fundamenta-se esta esperanya nas bem sucedidas experien- Ja temos no painel 332 Srs. Congressistas. cias educacionais em 15 muniefpios brasileiros (entre os quais dois Vamos iniciar a Ordem do Dia. de meu Estado) relatadas, em publicayao recente, pela UNICEF. A SRA. SANDRA CAVALCANTI - Sr. Presidente. peyo Trata-se, e verdade, de casos isolados. Todavia, parecem suficien- a palavra pela ordem. temente significativos para que nos convenyamos de que, se nor- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a tearmos as ayoes de govemo e as polfticas sociais pelo prinefpio palavra, pela ordem, a nobre Congressista Sandra Cavalcanti. do direito de todos a educayao e, tambem, se as levarmos a efeito A SRA. SANDRA CAVALCANTI (PPR-RJ. Pela ordem. com vontade polftica, disposiyao de luta e compromisso com a Sem revisao da oradora.) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, qualidade. e possfvel universalizar o acesso if escola, aprimorar os aproveito a oportunidade em que V. Ex' informa que vai comeyar conteiidos e metodos de ensino, melhorar as condiyoes de funcio- a votayao da Ordem do Dia para solicitar a Bancada do PPR, que namento da escola. valorizar os professores, democratizar a gestao se encontra neste instante debatendo um assunto lateral, que venha escolar, buscar alianyas e parcerias. ao plenario para dar numero para as votayoes. As experiencias educacionais de muniefpios como Vitoria, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Exatamente. Jaguare e outros fazem ver que a soluyao da crise educacional nao Concedo a palavra ao nobre Congressista Lezio Sathler. passa necessariamente pelo aumento dos recursos financeiros, pela O SR. LEZIO SATHLER (PSDB-ES. Pronuncia o se- 5 natureza faraonica dos projetos arquitetonicos ou pela originalida- guinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Congressistas, recen- de das propostas pedagdgicas e gerenciais. Passa, sim, pela capaci- temente, completou cem dias a maior paralisayao ja feita pelo dade polftica de abalar estruturas consolidadas, de veneer magisterio da rede piiblica estadual do Espfrito Santo. Vinte e cin- preconceitos corporativistas, de erradicar vfcios administrativos de co mil professores estatutarios, com os quais estao solidarios cele- fortalecer as comunidades como centres de decisao. tistas e contratados, reivindicam piso salarial digno, polftica salarial com reajustes mensais e reposiyao das perdas salariais des- Para que estas experiencias positivas se multipliquem pelo te ano. Brasil afora, e indispensdvel porem que a lei estabeleya com abso- A longa paralisayao 6 feita sob a bandeira da defesa da es- luta clareza as responsabilidades educacionais de cada instancia de cola piiblica de qualidade. Como sempre. no decorrer das negocia- govemo. As conclusoes da UNICEF referentes d indefmiyao de y5es, as crianyas sao menos importantes do que os niimeros, as competencias coincidem com as de outros estudos: na ausencia de autoridades se mostram despreparados para conviver com os mo- uma polftica educacional e de um piano nacional de educayao, a vimentos reivindicatorios dos servidores, os professores custam universalizayao da educayao fundamental depende, sobretudo, render-se a evidencia dos fatos, que revelam a ineficiencia de suas enunciado preciso dos papeis e do raio e ayao dos diversos poderes greves, que e quase total, quando comparada com a das categorias piiblicos. profissionais vinculadas ao setor produtivo. Era o que tfnhamos a dizer. No fundo e d luz do interesse nacional, o problema capixaba O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a e mais um repto a capacidade de lideranya de nos, polfticos, e dos palavra ao nobre Congressista Jutahy Magalhaes. Margode 1994 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feiraQ 1475 O SR. JUTAHY MAGALHAES (PSDB-BA. Pronuncia o nho do emprego a medio prazo consiste no combate a infla93o, seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr's e Srs. Senadores, nin- passando pela consolida93o das contas publicas. gu6m ha de negar que, no centre da verdadeira poh'tica, deve figu- Por outro lado, o desemprego e um fenomeno tambem de rar o homem. O ser humane deve ser a preocupafao primeira de conjuntura intemacional, atingindo taxas alarmantes nos pat'ses todo o esforgo de realiza^ao da sociedade e o objelivo ultimo da mais desenvolvidos do planeta. Alids, a recupera93o economica erganiza^ao de sua economia. Onde essa formula - tao singela, nos Estados Unidos, divorciada de uma recupera93o proporcional tao direla - nao receber acolhimento. o campo estara sempre aber- no m'vel de emprego, levou recentemente a que o Presidente Clin- to para as iniqiiidades, as violencias, a insensibilidade e para todas ton manifestasse publicamente sua preocupa93o com o crescimen- as mazelas recorrentes na histdria da humanidade que negam nos- to sem empregos que se estaria operando naquele pat's. Dois sa pretensao de homens civilizados e que nos fazem ver quao pro- fatores importantes, que afetam progressivamente tambem os pat'- ximos ainda estamos de nossa condifao animal. ses em desenvolvimento, contribuem para as altas taxas de desem- Cumpre ressaltar, ademais, que o valor essencial da poh'tica prego vigentes no mundo: a revolu93o tecnoldgica poupadora de deve se pautar pelo homem sem exigir-lhe tal ou qual atributo, isto m3o-de-obra e o aumento da competi93o intemacional, o que cau- d, independentemente de se saber a qual ra9a, a qual credo, a qual sa press3o adicional para que as empresas cortem custos, inclusive sexo, a qual corrente de opiniao e tampouco a qual classe social gastos com pessoal. pertence. O homem tern valor por ser homem, esteja legalmente Quanto ao saldrio, seu maior inimigo, no Brasil, n3o resta encarcerado ou em liberdade, seja operario ou patrao, tenha uma duvida que d igualmente a infla93o. Uma taxa infiaciondria que se conduta sexual de acordo com os padroes dominantes na socieda- aproxima perigosamente da marca de 50% ao mes e um verdadeiro de ou nao. Tal 6 o fundamento da maior vocagao que apresenta a suph'cio para quern vive de saldrio, em especial para quern, por ga- humanidade evoluida, qual seja, a liberdade. nhar pouco, n3o tern acesso a prote93o parcial de seus rendimentos Atendo-nos, porem, is poh'ticas publicas relativas ao mun- que a aplica93o no mercado fmanceiro permite. E por esse moti- do da economia e da produ^ao, 6 natural que o Estado, no seu pa- vo, conhecido de todos, que o combate a infla93o hoje constitui a pel de formulador dessas poh'ticas, dedique maior aten^ao ao prioridade numero um do Pat's. N3o haverd crescimento, n3o ha- trabalhador assalariado do que, por exemplo, ao empresdrio ou ao verd aumento do m'vel de emprego, n3o haverd justi9a social no banqueiro. Isso se deve ao sentimento partilhado por todos n6s de Brasil enquanto n3o alcan9armos exito em baixar a infla9ao para que o mais fraco deve gozar de uma prote9ao maior do que o mais patamares aceitdveis. Todo o futuro economico e, por que n3o di- forte. Compreensivelmente o Estado tern por fun9ao primordial zer, politico do Brasil depende de uma vitoria sobre esse flagelo criar mecanismos que melhorem a qualidade de vida daqueles ci- que atinge a maioria absoluta da popula93o brasileira e mais ainda dadaos nao-proprietdrios que possuem, de seu, basicamente sua a popula93o pobre. for9a de trabalho. O Estado de Bem-Estar Social, talvez a maior Sr. Presidente e Srs. Senadores, feitas essas breves conside- cria93o institucional deste sdculo, tern sua razao de ser nessa per- ra95es sobre saldrio, emprego e infla93o, gostariamos de dizer que, cep9ao. motivados pela importancia que atribufmos a situa93o do trabalha- Sr. Presidente: quando se discute sobre o trabalhador e so- dor brasileiro e 3s suas necessidades, apresentamos a Revisdo bre sua condi93o de vida, duas questoes se impoem, por represen- Constitucional uma proposta, para a qual pedimos o apoio dos no- tarem as inquieta95es que assaltam diariamente o trabalhador, bres senadores aqui presentes. A referida proposta acrescenta ao sendo imprescindfveis para sua sobrevivencia e para seu progresso artigo 84 da Constitui93o, que trata das atribui9oe.s do Presidente material. Uma 6 o emprego. A outra 6 o saldrio. Tanto uma da Republica, um novo pardgrafo. quanto a outra, na conjuntura economica por que passa o Brasil de No artigo 84, inciso XI, estd estabelecido que compete ao hoje, causam constema93o e apreensSo ao observador atento dos Presidente da Republica "remeter mensagem e piano de govemo problemas nacionais. ao Congresso Nacional por ocasi3o da abertura da sess3o legislati- O emprego, atd certo ponto, 6 mais importante do que o sa- va, expondo a situa9ao do Pat's e solicitando as providencias que ldrio, uma vez que o trabalhador desempregado e um trabalhador julgar necessdrias." O novo pardgrafo que queremos inclui no arti- ou desprovido de renda ou recebedor de uma renda minima paga go 84 tern o seguinte texto: "a mensagem de que trata o inciso XI pelo seguro-desemprego, que 6 tempordrio e que, todos sabemos, (esse que acabamos de ler) serd acompanhada de relatorio con em nosso Pai's, ainda 6 um programa de alcance limitado. Al&n tendo: do mais, existem diversos problemas psicoldgicos e sociais que a) situa93o do emprego e desemprego, sobretudo nas Re- decorrem de o cidadao sentir-se exclui'do da vida produtiva da co- gioes Metropolitanas e Brasilia, com destaque para a situa93o do munidade em que vive. emprego da mulher e do menor; Essa dramdtica quest3o, a do emprego, pode ser estudada • b) evoIu93o do saldrio mi'nimo e das medidas salariais por sobre dois aspectos. Por um lado, o malogro do Pat's, nos ultimos categoria; anos, de criar um numero de postos de trabalho compatfvel com o c) participa93o dos saldrios no Produto Intemo; nosso crescimento populacional e suficiente para aliviar o sofri- d) evolu93o do Fundo de Garantia por Tempo de Servi9o, mento dos milhfies de brasileiros sem um emprego formal explica- com destaque para os saques no periodo; se por nossa incapacidade de crescer de forma sustentada e a taxas e) numero de greves e dias parados; razodveis. Na raiz da perda de vigor da economia brasileira en- f) avan90 da automa93o no processo de trabalho; contra-se a falencia do Estado ocasionada pela desorganiza9ao das g) andlise dos acidentes de trabalho e doen9as do processo contas publicas, para a qual concorreram os pesados encargos da de trabalho; dfvida extema que tivemos de honrar do final dos anos 70 para ca. h) 3930 do Estado na promo93o das garantias ao trabalha- A infla93o voraz com que hoje convivemos 6 o reflexo mais evi- dor." dente do descompasso entre despesas e receitas do Govemo. A in- Como os senhores h3o de ter notado, 0 objetivo dessa pro- fla9ao altfssima, por sua vez, joga lenha na chamada ciranda posta 6 valorizar o trabalhador, dando-lhe, por assim dizer, um es- financeira e tern o efeito de paralisar os investimentos produtivos, pa90 garantido num momento solene e importante da vida da de onde se segue o desemprego. Assim, no front intemo, o cami- Republica, representado pela mensagem anual do Senhor Presidente da 1476 Quarta-feira 9 D1ARIO DA REV1SAO CONST1TUCIONAL Margo de 1994 Repiiblica acerca dos problemas nacionais, lida perante o Congres- agencia financiadora sofreu imerecidamente series constrangimen- so. Pensamos que medidas como essa possuem urn carater educa- tos per parte do setor fmanceiro do govemo da Uniao, que chegou tive para nossas autoridades e para nossa popula^ao em geral, no a cogitar em sua extin^ao, bem como na de outros bancos gover- sentido de que as questoes que envolvem o trabalhador, como, namentais. dentre outras, o emprego e o salario. devem ocupar urn lugar privi- Mais de uma vez bati-me desta Tribuna, pela sobrevivencia legiado no planejamento e na execufao das polfticas de govemo. do BASA e o fiz, exatamente, por causa do papel insubstitufvel O homem, repetimos, deve figurar no centre da verdadeira poli'ti- que ele desempenha no fomento do desenvolvimento da regiao ca. Amazonica. Muito obrigado. Era o que tinhamos a dizer. Sinto-me, por isso, bastante confiante e suficientemente se- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a guro para admitir que o BASA jamais abandonara sua linha de palavra ao nobre Congressista Odacir Scares. atua^ao historica na Regiao Amazonica. Dai porque, desdobrard o O SR. ODACIR SOARES (PFL-RO. Pronuncia o seguin- melhor de seus esforgos para ouvir a classe empresarial de Rondo- te discurso.) - Sr. Presidente, Sr^ e Srs. Senadores, como homem nia e, na medida do possfvel, atender os seus reclames. publico. permanentemente interessado pela evolu^ao economico- Esse e o meu apelo; esses sao os meus votos. social de meu Estado e senst'vel, sempre, a todo e qualquer proble- Obrigado. ma que, de alguma forma possa afeta-la, positiva ou DOCUMENTO A QUE SE REE ERE O SR. ODA- negativamente, nao posso ocultar certa apreensao que experimen- CIR SOARES EM SEU PRONUNCIAMENTO: tei ante o teor do offcio n" 113/94/FACER, que acabo de receber, subscrito pelo ilustre presidente da Federagao das Associa^oes Co- Porto Velho - RO. 23 de fevereiro de 1994 merciais e Industriais do Estado de Rondonia (FACER) e da Asso- 0 cia^ao Comercial de Rondonia (ACR), Sr. Antonio Orlandino Offcio n 0113/FACER Gurgel do Amaral. Excelentfssimo Senhor E que, no citado oftcio, aquele dinamico empresario expres- sa o veemente descontentamento dessas entidades com a poli'tica Dr. Odacir Scares de cobran^a dos juros e correijao monetaria nos fmanciamentos Senador da Repiiblica concedidos pelo Banco da Amazonia S/A - BASA - com recursos Brasilia - DF do Fundo Constitucional do None (FNO). regulamentados pela Senhor Senador, Lei n" 7.827, de 27 de novembro de 1989. Confiante no alto descortfnio de V. Ex", e encorajados por Alega o ilustre presidente, fazendo eco ao pensamento dos seu conhecido posicionamento francamente a favor do desenvolvi- demais associados, que os criterios de classifica^ao das micro, pe- mento de Rondonia, passamos ds suas maos nota oficial de nossa quenas e medias empresas sao exacerbados em rela^ao aos do entidade em conjunto com a Associa^ao Comercial de Rondonia - Banco Central. ACR, que bem marca nosso posicionamento sobre a questao do Entende que, em conseqiiencia disso, o BASA vai-se dis- FNO, seus descaminhos, mascara^oes e desvirtuamento, em pre- tanciando de sua finalidade precipua, instrumento que deve ser do jufzo de nossa economia. desenvolvimento regional. Entendemos que ante os fatos levantados, nao ha como fi- Considera que tais praticas inviabilizam a maioria dos ne- carmos impassfveis. consagrando o descaso e a omissao, empresa- gocios, colocando em risco a economia do Estado e de toda a re- riado, autoridades ou entidades. Todos, devemos exigir do BASA giao Amazonica, vale dizer a mesma area de abrangencia do uma postura de franco dialogo, buscando encontrar-se a safda cor- BASA. reta para o problema que realmente atenda os anseios dos agentes Repudia, particularmente, a manuten9ao da pratica do reba- economicos regionais, ja que nao se promove desenvolvimento te [redugao do valor principal da dfvida] e sustenta que tal pratica sem estfmulos realistas e adequados as nossas peculiaridades. fere o prinefpio basico da Lei, uma vez que subsidia insuficiente- Isso posto, contamos com o apoio e participa^ao de V. Ex", imprescindfveis, aguardando breve manifestagao. mente os projetos financiados e de interesse do desenvolvimento da regiao. Cordialmente, - Antonio Orlandino Gurgel do Amaral, Pre- Aduz, ainda, que a manuten^ao do sistema atual esta levan- sidente da FCER e a ACR. do a insolvencia os mutuarios, e suscitando a revolta dos tomado- A Federaifao das Associa^oes Comerciais do Estado de res de emprestimos, uma vez que estes se sentem logrados pelo Rondonia (FACER) e a Associa^ao Comercial de Rondonia sistema de rebate sobre o capital emprestado. (ACR) em decorrencia da reuniao que fizeram realizar com a clas- Tudo isso e denunciado a opiniao ptiblica em Nota Oficial se empresarial no dia 27 (vinte e sete) de Janeiro de 1994, para tra- editada pela FACER/ACR, apos reuniao mantida com a classe em- tar da atual poli'tica de cobran^a dos juros e corre^ao monetaria presarial em 27-1-94. nos fmanciamentos concedidos pelo Banco da Amazonia S/A - A citada Nota Oficial - que o Presidente da FACER teve a BASA, com recursos do Fundo Constitucional do Norte (FNO), diligencia de anexar ao offcio em comento - conclui suas pondera- regulamentado pela Lei n" 7.827, de 27 de setembro de 1989, apds qoes apelando, de publico, ao BASA para que reveja sua contro- as necessarias analises das questoes debatidas, sentem-se no dever vertida poli'tica e, embora manifestando firmeza no de vir a publico, atraves desta Nota Oficial, dar conhecimento de posicionamento adotado pela classe, deixa explfcita a abertura de seus posicionamentos, que o fazem nos seguintes termos: seus subscritores para um dialogo com os dirigentes do Basa. 1 - Ante os trabalhos discutidos, apds detidos e pertinentes Didlogo, negociag5es, entendimento e, tambem. o que eu estudos frente a documenta9ao, relatdrios e exposi^des levadas a proponho ao digno presidente da FACER e da ACR, aos dirigen- efeito pelos empresarios e administra^ao do BASA em Porto Ve- tes do BASA e ao empresariado de Rondonia. lho, entendem as entidades subscritoras da presente, que realmente Desconhego a versao do BASA referente aos fatos que sus- a atual poli'tica do Banco da Amazonia S/A (BASA) para aplica- citaram a Nota Oficial das entidades empresariais de Rondonia. 930 de recursos do Fundo Constitucional do Norte (FNO), nao Nao ignoro porem que, nao faz muito tempo, aquela prestimosa atende a redu9ao de juros e corre9ao monetaria nos parametros que Margodc 1994 DIARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Quarta-fcira 9 1477 o proprio BASA propagou, preconi/ados pcla Lei n" 7.827/89, em da justi9a e da verdadeira democracia. no processo de afirmagao seu art. 11°, assim como a classifica^ao em micro, pequenas e me- da cidadania de todos os brasileiros. didas empresas estao exacerbadas em rela^ao aos criterios do Ban- Nesse sentido, a Constitui9ao de 88, a Constitui9ao Cida- co Central; e, em conseqiiencia esta o Banco da Amazonia da. como a denominou o Dr. Ulysses, significou um grande avan- distanciado de sua finalidade precipua como instrumento do de- 90, ao garantir a igualdade social entre homens e mulheres, senvolvimento regional, ja que, sabidamente as praticas atuais in- reconhecendo-lhes os mesmos direitos tanto na sociedade conju- viabilizam a maioria dos negdcios, colocando em risco a economia gal, quanto na civil e no mercado de trabalho. do Estado e de toda regiao amazonica. area de abrangencia do E, a cada dia, um pouco mais se avan9a. Ainda na semana Basa. passada, esta Casa aprovou projeto de lei que estende as trabalha- 2 - Nao podcria ser outra a posi^ao das entidades subscrito- doras rurais a Iicen9a-matemidade. ras da presentc, que nao colocarem-se a favor do desenvolvimento Conquista importante representou, tambem. a aprova9ao. do nosso Estado e regiao, pugnando pela aplicaifao dos recursos em agosto de 93, na Comissao de Seguridade Social e Famflia, do do Fundo Constitucional do Norte (FNO) com a redu^ao direta Substitutivo por n6s apresentado ao projeto de lei que trata do pla- dos encargos moratdrios e da correvao monetaria. segundo a lei nejamento familiar. determina. Com essas vitorias nos regozijamos, mas sabemos todos 3 - Apesar de ser prerrogativa do Basa a normatiza^ao da que ha, ainda, muito o que fazer. Longe esta a sociedade brasileira operacionalidade do FNO, a manulen^ao da pratica do "rebate" de se ver livre do machismo, da discrimina9ao. da violencia contra (redugao do valor principal da dfvida), fere o princfpio bdsico da a mulher. lei. uma vez que subsidia parcial, superficial e insuficientemente Violencia a que estd sujeita nao so nas ruas, mas tambem os projetos financiados e de intercsse do desenvolvimento. nas rela9oes de trabalho e dentro do proprio lar. 4 - A manuten^ao do sistema atual esta acarretando a insol- A cria9ao das delegacias da mulher abriram uma via para vencia dos mutudrios e a conseqiiente inviabilidade economica e que toda essa opressao viesse a publico. Patenteou-se aos olhos de financeira dos projetos desenvolvimentistas. ocasionando a des- toda a sociedade uma violencia que as mulheres, por temor de re- crenga, a desconfianya e a revolta dos tomadores de emprdstimos, talia96es ou por pudor de se expor, encobriam com o seu silencio. que sentem-se enganados pelo sistema de "rebate" sobre o capital Nesse ponto, as coisas estao mudando. Lentamente, e ver- cmprestado utilizado atualmente pelo Basa, jd que matematica- dade, mas sem retorno, assim acreditamos. Cada vez. mais cons- mente se comprova a inexislencia de qualquer beneficio a partir do cientes, as mulheres brasileiras jd se atrevem a vir a publico quarto mes do contrato, nos m'veis atuais de inflaijao, procedimen- denunciar afrontas a seus direitos de mulher e de cidada. to este que esta exlrapolado da lei respectiva. E o que se tern revelado 6 estarrecedor. Ainda ha poucos 5 - Diante do exposto, a Fcderagao das Associa9oes Co- dias a sociedade brasiliense tomou conhecimento de casos drama- merciais do Estado de Rondonia (FACER) e a Associa^ao Comer- ticos de violencia sexual, pequena amostra do machismo de que cial de Rondonia (ACR) vem de publico solicitar ao Banco da estd impregnada a nossa sociedade. Amazonia S/A que reveja totalmente a atual poh'tica de aplica^ao Sr*s e Srs. Deputados, nesta sessao comemorativa do Dia dos recursos do FNO, segundo as diretrizes originais, inclusive os Intemacional da Mulher, queremos insistir sobre um tipo de opres- contratos ja assinados, cstudando caso a caso, para evitar fecha- sao muito especial, porque dissimulada, exercida sobre as mulhe- mento de empresas e maiores prejuizos a economia de nossa re- res brasileiras. giao; reafirmando as entidades subscritoras, a firme disposi^ao do Referimo-nos, nobres Colegas, a violencia da gravidez nao didlogo e luta intransigente e em todas as instancias, pelo desen- desejada, & nega9ao do direito que assiste a mulher de optar por ter volvimento da Amazonia e particularmente de nosso Estado. ou nao ter filhos. Porto Velho-RO, 21 de fevereiro de 1994. - Antonio Or- Desta Tribuna, denunciamos, mais uma vez, a omissao do landino Gurgel do Amaral, Presidente da FACER e ACR. Estado, origem dessa violencia. Dele reclamamos 3930 efetiva no O SR. PRESIDENTE (Flumberto Lucena) - Concedo a cumprimento do disposto no artigo 226 da Constituigao Federal. palavra a nobre Congressista Fatima Pelaes. Que a todas as mulheres seja assegurado o acesso aos mais diver- A SRA. FATIMA PELAES (PFL - AP. Pronuncia o se- sos m£todos de controle da sua fertilidade de modo que possa pla- guinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr*s e Srs. Congressistas, no dia nejar com seguran9a a famflia que desejam ter. 8 de marvo de 1857, vintc e novc operarias de uma industria textil Sr"5 e Srs. Congressistas. democracia e discriminagao sao de Nova lorque foram brutalmente mortas, queimadas vivas dentro termos irreconciliaveis. Para construirmos a sociedade que deseja- da prdpria fabrica. mos, mais justa e humana, impoe-se lutarmos contra toda forma de Acreditavam as for9as repressoras dar assim fim a manifes- discriminagao e pelo respeito da cidadania plena de todo brasilei- ta90cs que, malgrado nao causassem, ainda, grandes inquieta9oes, ro. Esse e o significado mais amplo do movimento feminista e, as- incomodava. Acreditavam poder liquidar de vez com um movi- sim sendo, sua luta ha de ser a luta de todos os brasileiros, mento de cujo poder dcscriam. E dele descriam porque estavam Caros Colegas Deputados, n6s, mulheres, estamos reclama- convencidos da fraqueza, da inferioridade de seus agentes. do a sua presen9a ao nosso lado, para que possamos, todos juntos, Enganaram-se os homcns. A rebeliao feminina contra a ex- construir esse futuro. plora9ao machista oprcssora e sufocante nao mais poderia ser con- tida. Tomavam for9a os movimentos feministas visando a romper O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a a cadcia de for9a que mantinham submissas as mulheres num palavra ao nobre Congressistas Marcelo Barbieri. mundo dominado exclusivamente pelos homens. O SR. MARCELO BARBIERI (PMDB - SP. Pronuncia o Longa tern sido a luta e muitas as vitorias. seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srf e Srs. Congressistas, as Temos, sent duvida, triunfos a comemorar neste 8 de mar9o mulheres comemoram hoje, em todo o mundo, o seu dia. de 1994. Triunfos que sao nossos; de todos n6s, homens e mulhe- Um dia marcado pela consagra9ao de inumeras conquistas res, pois, na medida em que se eliminam discrimina96es, 6 a socie- que as mulheres alcan9aram ao longo das ultimas ddcadas e, prin- dadc em sua lotalidadc que se aperfeigoa, que avan9a no caminho cipalmenle, dos ultimos anos. 1478 Quartu-I'eira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Mai\(i de 1994 Hoje, elas tem a sua presenga ampliada no contexto da fa- brasileira para esse buraco sem fim e ao donu'nio dessas grandes milia, do trahalho, da escola. quadrilhas que exaurem e extorquem as finangas piiblicas. Hoje, elas estao cada vez mais presentes na luta do sindica- Precisamos punir. Precisamos de penas maiores e de uma to, da associagao de moradores. do partido politico e em suas pro- justiga mais agil. O Brasil possui urn dos maiores acervos legais prias entidades. do mundo e, talvez, exatamente ai esteja o erro maior. Hoje, elas se organizam em entidades proprias porque per- Cabe aqui urn alerta a este Congresso Nacional, culpado de cebem que as injustigas, as discriminagoes e a violencia atingem um golpe que se nao tem o valor financeiro das fraudes ja citadas principalmente as mulheres. neste pronunciamento, tem um peso incalculavel de imoralidade O descontrole absolute dos pregos, provocado pela atual contra o interesse piiblico. O que determina o acatamento as nor- polftica economica, que beneficia os grandes oligopolies, e sentido mas legais de um pai's, nao e o volume imenso da quantidade de particularmente pelas mulheres. leis de que dispoes. Vale, muito mais, a qualidade dessas leis c o Sao elas que enfrentam nas ruas e pragas piiblicas. com co- real atendimento as necessidades do momento historico em que ragem e determinagao, os aumentos dos pregos dos alimentos. dos viva a sociedade. remedies, do material escolar de seus filhos. Precisamos reduzir o impeto legislative) e promover uma Sao as mulheres operarias, trabalhadoras. funcionarias pii- limpeza na legislagao brasileira. Precisamos adequar nossas leis blicas vitimas de regras salariais injustas que promovem o arrocho, caducas ao tempo cm que vivemos e suprimir as inocuas que. infe- enquanto os juros bancarios que enriquecem os banqueiros conti- lizmente, proliferam cada vez mais. nuam subindo e sem nenhum controle. llude-se o parlamentar que entende que deva sugerir um Sao elas, enfim, que nao abrem mao de seus direitos e exi- grande volume de projetos de lei, para dessa forma "salisfazer" seu gem mais verbas para a saiide. para a educagao, para a seguranga e eleitorado e "fingir" produtividade. A grande gama de projetos de a habitagao popular. lei vazios e sem sentido aprcsentados, so entulha o processo legis- Repelem a tentaliva sustentada pela atual equipe economica lative e atrasa a votagao de leis que realmente interessam a socie- de cortar os gastos sociais e, em contrapartida. conlinuar pagando dade. os encargos de uma di'vida intema que drena os recursos para a es- Em um pai's de - dentre outras mazelas analfabctos, esfo- peculagao fmanceira. meados, insalubres, desempregados, injustigados, e no minimo ab Nao aceitam que a Constituigao Cidada de Ulysses Guima- surdo que se gaste tempo de muitos e muito dinheiro piiblico para raes, construida no calor da luta nacional e democratica observada se legislar sobre assuntos despropositados e de imensa insipidez. na Constituinte de 1988, seja rasgada naquilo que ela tem de mais Por cada pagina de projeto de lei impressa pelo CEGRAF, a progressista na defesa dos direitos da mulher e dos trabalhadores e Camara dos Deputados pagou Cr$13.316,00 no mes de janeiro na defesa do patrimonio nacional, hoje flagrantemente ameagado e (valor do dia 3-1-1994), valor equivalente a 39,9675 Unidades vilipendiado. Reais de Valor. Calcule-se o valor pago pelo volume imenso de Sr. Presidente, Sr"8 e Srs. Congressistas.por todos esses mo- paginas dos projetos que sao, anualmcnte, aprcsentados - desne- tivos, quero, nesta oportunidade, registrar nao-somente a discrimi- cessariamente nesta Casa Legislativa. nagao e a violencia que continuam vilimando as mulheres, mas Cada um desses projetos, inocuos e imorais, tem uma longa principalmente destacar as suas conquistas e a sua disposigao de e trabalhosa tramitagao, sendo recebido e despachado pela Mesa defender seus direitos e de lutar para amplia-los. Diretora, publicado no DCN e em avulsos, sendo analisado pelas Nesse sentido, gostaria de cumprimentar as atividades pro- comissoes que Ihe sejam inerentes, sofrendo emendas e destaques, movidas em todo pai's pelas organizagoes femininas, em particular sendo relatado, sendo republicado com as modificagoes que tenha a Confederagao das Mulheres do Brasil que, hoje, realiza represen- sofrido, ou melhor dizendo, com as modificagoes pelas quais tenha tativa manifestagao no recinto desta Casa, na qual ressaltam a de- passado - posto que o sofrimento e de todos nos - indo e voltando. fesa da familia e da Patria. ocupando parlamentares e funcionarios que poderiam eslar traba- E impossi'vel pensar numa sociedade mais justa, desenvol- Ihando e produzindo em assuntos mais importantes para a melho- vida e prospera sem a participagao ativa das mulheres na constru- ria das condigoes de vida do povo brasileira. gao de urn projeto nacional para o Brasil e o seu povo. Esse procedimento parlamentar e tao ignobil e lao inaceila- Elas sao absolutamente indispensaveis nessa luta e estao se vel quanto os golpes e fraudes nos quais o povo brasileira tem sido fazendo presentes. vi'tima constante. Muito obrigado! E outra fraude, e mais uma fraude. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a E triste, mas 6 verdade. palavra ao nobre Congressista George Takimoto. E triste, e e feito por nos parlamentares, que fomos eleitos O SR. GEORGE TAKIMOTO (Bloco) (PFL-MS. Pro para a defesa do interesse social e nao. como tem acontecendo, nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"s e Srs. Congres- para agredi-lo e vilipendia-lo. sistas, constantemente, a imprensa tem denunciado golpes e Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. desvios aplicados no erario piiblico. de fazer corar Ali Baba. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a US$100 milhoes da CONAB; USS300 milhoes do DNOCS palavra ao nobre Congressista Otto Cunha. nas obras contra as secas; USS I bilhao dos programas de suple- O SR. OTTO CUNHA (PPR-PR. Pronuncia o seguinte mentagao alimentar geridos pelos Ministerios da Saiide, Agricultu- discurso.) - Sr. Presidente. Sr's e Srs. Congressistas, o processo de ra, Educagao e Bem-Estar; USS 1 bilhao da Previdencia Social. revisao da Carta de 1988 traz novamente ao debate a qucstao do Adicione-se a isso o imenso rombo dado no Orgamento da Uniao e ensino gratuito de terceiro grau. Imimeras propostas oferecidas pe- nas subvengoes sociais, os USS 100 bilhoes estimados como sone- los senhores parlamentares tem por escopo acabar com a gratuida- gagao de impostos e outro tanto de ddlares de outro tanto de des- de, que, em nosso entendimento deve ser assegurada tao somente vios que, sistematicamente, vem acontecendo. nos m'veis de primeiro e segundo graus. Para tanto, propusemos E impossi'vel conviver com isso. E prioritariamente necessa- nova redagao ao inciso IV, do artigo 206 da Constituigao Federal, rio revermos os conceitos sociais que estao conduzindo a nagao garantindo, esse direito ao ensino piiblico fundamental e medio, em Margo de 1994 DlARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL 0uarta-feira9 1479 estabelecimentos oficiais. Exclui'mos a gratuidade apenas para o O Senador Joao Calmon, denodado defensor da educa^ao, ensino superior, pelas ra/des expostas na proposta revisional ao aponta os principals males de nosso ensino: verbas insuficientes, art. 207, paragrafo unico. vagas congeladas, evasao de alunos e professores, alem de baixos A propdsito da polemica que se trava em tomo da gratuida- salarios sao aspectos da incompetencia demonstrada, ao longo dos de ou nao nas universidades oficiais. convem assinalar urn equfvo- tempos, no ensino de terceiro grau. Para recuperar as universida- co sobre o qual se estribam os defensores do ensino pago pelos des oficiais, o respeitado politico sugere o pagamento de mensali- cofres publicos: o de que a gratuidade abriria as portas das univer- dades, ainda que simbdlicas, mas defende a cria^ao de sidades para os estudantes pobres. Ledo engano. Comprovou-se, mecanismos que facilitem o acesso de estudantes pobres as facul- por estatfsticas feitas nos registros das escolas superiores, que a dades superiores, atraves de cursos notumos e bolsas reembolsa- parcela de alunos carentes e significativamente inferior a dos ricos. veis. Em Brasilia por exemplo, a unica universidade gratuita da cidade e Estamos no dever de corrigir tal distorgao contida na Carta cursada pelas classes mais abastadas, enquanto os estudantes mais Magna do Pais, que ora passa por um processo de revisao. E preci- modestos tern de trabalhar para se sustentar e pagar as elevadas ta- se entender que a universidade brasileira nao tern servido para for- xas das universidades particulares. Identico fenomeno ocorre em mar elites, mas tern se prestado, unicamente, para servir as elites todo o Brasil. existentes, egressas das classes mais altas da sociedade. Comprova-se, pois, que a universidade brasileira, refletindo Era o que tmhamos a dizer. uma cruel realidade do prdprio pais, e fortemente marcada pela O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a conccntrafao de renda e por privilegios em favor de estreitas fai- palavra ao nobre Congressista Hydekel Ereitas. xas da popula^ao. O SR. HYDEKEL EREITAS (PPR - RJ. Pronuncia o se- Um valioso dcpoimento sobre a questao nos e dado pelo guinle discurso.) - Sr. Presidente, Sr's e Srs. Congressistas, o es- professor Jose Goldemberg. fisico, ex-reitor da Universidade de pectro da violencia paira, hoje, sobre toda a sociedade humana. Sao Paulo e ex-ministro da Educa^ao: "A ideia de que a universi- Para esse lastimavel estado de coisas, concorrem muitos fa- dade piiblica deve ser gratuita tr uma das Utopias consagradas pela tores de natureza polftica, economica, social e psicologica, alem, Constitui^ao brasileira. Ela foi copiada de paises ricos, como a evidentemente, da crise existencial que a maioria das pessoas en- Franca, que tern uma popula^ao eslavel e onde o ensino primario e frenta, sem perspectivas de solu?ao. secundario e universal, obrigatdrio e de boa qualidade. Mais ainda, No mundo contemporaneo, somam-se as centenas os casos a universidade e aberta no sentido de que qualquer estudante que de violencia explfcita, que a todo momento acontecem. terminar o curso secunddrio tern acesso automatico a universidade. De fato, desde a cruel violencia dos servios contra a popula- Nenhuma dessas condi^oes e valida para o Brasil, onde o poder 9ao civil da Bosnia, onde mulheres sao estupradas e criangas mas- publico (municipios, Estados e Uniao) mal consegue manter fun- sacradas, ate o brutal assassinate de dezenas de palestinos que cionando a escola primaria e onde praticamente desistiu de manter oravam numa mesquita, por um judeu ortodoxo fanatico, a violen- a rede secundaria, que e predominantemente privada. Alem disso, cia 6 a tonica dominante de nosso tempo. a popula^ao cresce m ais de 2% ao ano, ou mais de 3 milhoes de No Brasil, a situagao nao e diversa. jovens em idade escolar por ano." A violencia grassa em todos os quadrantes do Pafs, assu- Ha, portanlo, uma grande hipocrisia no texto constitucional mindo caracterfsticas de maior gravidade nas concentragoes urba- e que precisa ser removida. A promessa de 20 anos de ensino gra- nas. tuito, desde o primario ao topo da piramide - a universidade - e Alem das causas gerais a que nos referimos, aqui a violen- pura falacia. quando assistimos a incapacidade do Estado em sus- cia tern tambem em sua genese a pessima distribui9ao da renda na- tentar. sequer. os quatro anos iniciais de escolaridade. cional e da legiao de miseraveis, de deserdados que cresce em progressao geometrica. A gratuidade do ensino superior opera verdadeira transfe- Existe tambem o crime organizado. que se dedica nao ape- rencia de riqueza dos pobres para os ricos, porquanto somente os nas a atividades sordidas como o trafico de entorpecentes, como privilegiados ganham com esse modelo aparentemente filantropi- tambem ao assalto a carros-fortes, aos seqiiestros e a outros crimes co. A histdria mundial narra um episodic bcm didatico a respeito: hediondos. Em 1867, o governador de Trinidad enviou carta a Londres ques- Em verdade, Senhor Presidente, a vida em cidades como o tionando o uso de verba piiblica na construgao de escolas gratuitas Rio de Janeiro e Sao Paulo vem se tomando insuportavel, e parce- para os ricos; para ele, os unicos interessados em ve-los educados la da prdpria popula9ao vem se armando, na ilusao de que, com seriam os pobres..xertamente, porque seriam melhor tratados pe- esse procedimento possa combater a criminalidade. los ricos". No Brasil, a violencia encontra varias facilidade para ex- Xratar com desigualdade os desiguais ou aos desiguais com pressar-se, como, por exemplo, a aquisi9ao de armas de fogo, e o igualdade. seria igualdade flagrante e nao igualdade real, proclama respectivo porte. um stibio pensamento. Aliis, para atacar esse aspecto da questao, oferecemos, a Para o professor Jose Carlos de Almeida Azevedo, doutor aprecia9ao desta Casa, proposi9ao criando s^rias restrigoes ao por- em Fi'sica pelo Institute de Tecnologia de Massachussetts, EUA, te de armas. ex-reitor da Universidade de Brasilia, "a gratuidade indiscriminada O fato. Sr. Presidente, 6 que toma-se imprescindi'vel o de- 6 uma iniqiiidade num pais pobre como o Brasil". Ele dd importan- sarmamento das pessoas, nao apenas em rela9ao as armas de fogo te dado: na zona rural do Piauf, a Uniao gasta por aluno o equiva- propriamente ditas, mas tambem um desarmamento interior, um lente a US$20 anuais, enquanto o universitario brasileiro custa desarmamento dos espiritos, para que cada um nao mais reaja com aproximadamente 250 vezes mais - impondo ao MEC destinar violencia a eventuais provoca96es. 85% dos recursos que recebe da Uniao ao ensino superior, que Para que esse objetivo possa ser alcan9ado, dentre outras consome cerca de 92% das dota^oes somente com o pagamento de medidas, 6 essencial que o Poder Publico, por intermcdio dos vei- pessoal. Os custos da Uniao com o ensino universitario tern gira- culos de comunica9ao social, encete uma campanha, a m'vel nacio- do, nos recente onjamentos, em USS 4 bilboes. nal, em pro! desse desarmamento. 1480 Quarta-feira 9 DIAR10 DA REVISAO CONSTITUCIONAL Margo de 1994 Nesse sentido, dirigimos apelo ao Sr. Presidente da Repii- Passa-se a blica, esperando que a sugestao encontrara eco, devido k excepcio- nal relevancia da materia. ORDEM DO DIA Era o que tmhamos a dizer. Sobre a mesa, requerimento que sera lido pelo Sr. 1° Secre- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a tario. palavra ao nobre Congressista Flavio Palmier da Veiga. E lido o seguinte O SR. FLAVIO PALMIER DA VEIGA (PSDB - RJ Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr*5 e Srs. Con- REQUERIMENTO N" 110, DE 1994 gressistas, muitas regioes do Brasil devem ao seu povoamento ori- Sr. Presidente, ginal, inclusive no atual Estado do Rio de Janeiro. Uma das Requeremos, nos termos regimentais, a inversao da Ordem localidades que foi iniciada em funcao da febre do ouro foi Canta- do Dia, a fim de que as materias constantes dos itens 6, 7 e 8, se- galo. jant apreciadas em segundo, terceiro e quarto lugares, respectiva- Em meados do seculo XVIII. o legendario Manoel Henri- mente. que, conhecido como o "Mao de Luva". deixou Minas Gerais em Sala das Sessoes, 8 de marco de 1994. - Sandra Cavalcan- busca do ouro que se afirmava na epoca existia na drea dos rios ti - PPR, Germano Rigotto - PMDB. Macacu, Negro e Grande. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Desejo escla- "Mao de Luva" e seu grupo foi aprisionado pelas autorida- recer ao Plenario que as materias sao as seguinles: Primeira, su- des portuguesas por nao ter autorizacao para garimpar, mas a re- pressao dos vices - item 6°; a segunda, infidclidade partiddria - giao continuaram a afluir muitas pessoas que eram atraidas pelas item 7°, e a ultima, item 8°, voto facultativo, mantendo-se a pri- notfeias de lucro facil. meira, que 6 o segundo tumo sobre nacionalidade. Por volta do ano de 1786 a localidade passou a ser denomi- Em votacao o requerimento. nada de Cantagalo, em substituicao ao antigo nome, Sertoes da Os Srs. Congressistas que o aprovam queiram permanecer Macacu. sentados. (Pausa) A riqueza mineral logo acabou e os terras cobriram-se de Aprovado. grandes plantagoes de cafe, milho, feijao, cana-de acticar e man- O SR. EDEN PEDROSO - Peco verificacao. Sr. Presiden- dioca, situando a localidade numa das mais destacadas posicoes de te. relevo da provfneia, chegando no seu periodo de maior fausto a ser O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Vamos pro- cognominada de celeiro da terra fluminense, ceder d verificacao. O municipio foi criado em 9 de marco de 1814, quando foi Solicito aos Srs. Congressistas que ocupem os seus lugares; erguida em vila o arraial e distrito das Novas Minas e Cantagalo, assim tambem, peco aos que estao fora do plenario que queiram com a denominacao de vila de Sao Pedro de Cantagalo. comparecer a este recinto para exercer o seu direito de voto. Va- A propriedade gerada pela agricultura determinou que Can- mos passar d verificacdo requerida. tagalo fosse elevada a categoria de cidade em 1857. Peco aos Srs. Lfderes que orientem suas Bancadas. Com a Abolicao da Escravatura. em 1888, o municipio so- O SR. PAULO RAMOS - O PDT encontra-se em obsfru- freu um grande abalo economico, pois as lavouras foram abando- Cao, solicitando, portanto, d sua Bancada que nao registre o voto. nados. O SR. EDEN PEDROSO - O PT esta em obstrucao. Tam- bem oriento a minha bancada que nao registre o voto. As grandes plantacoes de cafe desapareceram. A pecuaria A SR* SANDRA CAVALCANTI - O PPR orienta a sua entao dominou a regiao. Hoje o rebanho bovino abrange a quase bancada a votar "Sim". totalidade da criacao animal com predommio do plantel leiteiro. A O SR. JOAO THOME - O PMDB, Sr. Presidente, e favo- producao de leite e comercializada nas cooperativas do munici'pios rdvel a rejeicao do requerimento. Vota "Sim". e das comunas vizinhas. O SR. ERNESTO GRADELLA - Sr. Presidente, PSTU Atualmente a industria assume a lideranca na geracao de em obstrucao. venda. com a instalacao de fabrica de cimento, que geram 20% da O SR. VALDENOR GUEDES (PP - AP) - O Partido Pro- producao estadual. gressista vota "Sim", Sr. Presidente. Alem da industria cimenteira, ha fdbricas de papel e alimen- O SR. MARCO MACIEL (PEL - PE) - Sr. Presidente, o tos, que abastecem o grande Rio. Sao Paulo e Espmto Santos. PEL vota "Sim". Faco um apelo d Bancada para que venha ao Plenario, a fim Outra atividade muito intensa e a exploracao dos calcirios de que possamos, conseqiientemenle, agilizar o procedimento de cristalinos, que sao aproveitados na fabricacio de cimento e cal, votacao. Reitero mais uma vez o nosso voto favordvel ao requeri- alem de servirem como corretivo do solo. Ha tambem grandes re- mento, Sr. Presidente. servas de argila exploradas nos diversos usos da construcao civil O SR. ELIAS MURAD (PSDB - MG) - Sr. Presidente, o ou fabricagao de tijolos, telhas e artefatos de ceramica. PSDB vota "Sim". Parabenizo o povo e as autoridades de Cantagalo pela pas- O SR. SERGIO AROUCA (PPS - RJ) - O PPS vota sagem do 180° aniversario de autonomia poh'tico-administrativo "Sim", Sr. Presidente. desejo-lhes que a riqueza volte a ser muito grande nesta velha lo- O SR. PAULO RAMOS (PDT- RJ) - Sr. Presidente, o calidade fluminense. PDT esta em obstrucao. Era o que tmhamos a dizer. O SR. JOAO THOME (PMDB-AM) - O PMDB vota O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Aproveito "Sim", Sr. Presidente. para apelar aos Srs. Congressistas que nao estao em plenario que O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidcncia venham a este recinto. solicita aos Srs. Congressistas que estao fora do recinto que com- Esgotado o periodo destinado a breves comunicacoes. parecam ao Plendrio para iniciarmos o processo de votacao pelo Margo de 1994 D1ARIO DA REVISAO CONST1TUCIONAL Quarta-feira9 1481 sistema eletronico, jd que foi requerida a verifica^ao da vota^ao importantes como: a supressao da figura do Vice-Presidente da simbdlica. Republica, a questao da infidelidade partiddria e a do voto faculta- O painel registra a presen^a de 304 Srs. Congressistas, mas tive. Todos irao a voto em seguida, se o Plendrio acolher o reque- as listas de presen9a, nas portarias das duas Casas, indicam o com- rimento dos Lfderes. parecimento de mais de 400 Srs. Congressistas. O SR. ELIEL RODRIGUES - Sr. Presidente. pe9o a pa- Pe^o que sejam acionadas as campainhas. lavra pela ordem. A Presidencia solicita a todos os Srs. Congressistas que O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern a palavra ocupem os seus lugares, para que possamos dar im'cio d vota9ao V. Ex* pelo sistema eletronico. Trata-se de requerimento de inversao de O SR. ELIEL RODRIGUES (PMDB - PA. Pela ordem, pauta. Sem revisao do orador.) Sr. Presidente, gostaria de solicitar a Mesa Os Srs. Congressistas que se encontram nas bancadas quei- uma gentileza. De acordo com o Regimento subsididrio do Con- ram registrar seus codigos de vota9ao e selecionar os seus votos, gresso Revisor, V. Ex* jd afirmou ao Plendrio que e vedado fumar acionando simultaneamente o botao preto do painel e a chave sob no recinto. Infelizmente, estamos aqui sentindo o incomodo da fu- a bancada, mantendo-os pressionados ate que a luz do cddigo se ma9a dos cigarros de alguns companheiros que estao prejudicando apague. a nossa saude e a nossa permanencia neste momento. Entao, eu pe- Os Srs. Congressistas que nao registraram seus votos quei- diria a V. Ex', Sr. Presidente, que solicite a esses companheiros fu- ram faze-lo nos postos avulsos, afastando-se apds o registro. mantes que se dirijam ao "fumodromo", pois e o ambiente proprio Procede-se a votafdo para se fumar; aqui, incomoda, prejudica a nossa satide e e contrd- O SR. PAULO RAMOS - Sr. Presidente, pela ordem. rio ao Regimento. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex* a Apelo para a consciencia e para o companheirismo dos no- palavra. bres Congressistas. O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Pela ordem.) - Sr. Muito obrigado. Sr. Presidente. Presidente, qual o tempo que V. Ex' pretende esperar para comple- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Atendendo a tar esta vota9ao? Jd foi decidido o tempo para cada vota9ao? V. Ex", a Presidencia solicita aos Srs. Congressistas que cumpram O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao, nobre o disposto na decisao da Camara dos Deputados, atraves de resolu- Congressista. Oportunamente o marcarei, como sempre fa90. Por 9ao, no sentido de se absterem de fumar neste recinto. enquanto, estd-se iniciando a vota9ao. Temos na Casa mais de 400 Pe90 aos Srs. Congressistas que ainda nao votaram que Srs. Congressistas. queiram faze-lo, e aos que estao fora do plendrio que compare9am O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - a este recinto. SP) - Sr. Presidente, mais uma vez apelo a bancada do PPR para Encare9o, tambem, que permane9am em plendrio para agili- que compare9a para votar. Encaminhamos o voto "Sim". zarmos as outras vota9oes. O SR. EDEN PEDROSO (PT - RS.) - Sr. Presidente, o O SR. JOAO THOME - Sr. Presidente, pe9o a palavra. PT estd em obstrujao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex* tern a O SR. JOAO THOME - Sr. Presidente, o PMDB convoca palavra. todos os seus membros a comparecerem a vota9ao. O voto 6 O SR. JOAO THOME (PMDB - AM. Pela ordem. Sem "Sim". revisao do orador.) - Convocamos os colegas do PMDB para que O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente, o PC do B, es- acorram ao plendrio para a vota9ao; o voto e "sim". tando com a sua Bancada presente na Casa e coerente com a posi- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Solicito aos 950 que vem manlendo desde o im'cio destes trabalhos, informa a Srs. Congressistas que ainda nao votaram que o fa9am. Pe90 aos V. Ex* que estd em obstru9ao. que estao fora do plendrio que a eie compare9am. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe90 aos Srs. A Presidencia lembra aos Partidos que estao em obstru9ao: Congressistas que solicitaram a verifica9do que registrem as suas os Lfderes do PT, do PDT, do PSV, PCdoB e do PSB, que jd foi presen9as no painel. atingido o quorum. Entao, eles poderao liberar as suas Bancadas O SR. JONES SANTOS NEVES (PL - ES) - Sr. Presi- para registrarem sua presen9a. dente, o PL estd votando "sim". O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente, pe90 a palavra O SR. JOAO THOME (PMDB - AM) - O PMDB vota pela ordem. "Sim", Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ) - O PDT estd em palavra a V. Ex' obstru9ao. Sr. Presidente. O SR. HAROLDO LIMA (PC do B - BA. Pela ordem. O SR. CARLOS KAYATH (Bloco) (PTB-PA) - Sr. Presi- Sem revisao do orador) - Sr. Presidente: dente, o PTB reitera a Bancada da Camara dos Deputados o voto S6 desejo informar que, como se trata de urn requerimento e "Sim", favordvel a inversao da pauta. nao de uma questao eminentemente de Revisao Constitucional, o O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Solicito aos PC do B, que se encontrava em obstru9ao atd o presente momento, Srs. Congressistas fora do plendrio que venham votar. a partir de agora votard "Nao". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O PC do B Hd mais de quatrocentos Srs. Congressistas das duas Casas vai votar, porque foi atingido o quorum. do Congresso Nacional. Como vota o Lfder do PDT? O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR) - Sr. Presiden- O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ) - A Bancada do PDT te, a Bancada do PP encaminha o voto "Sim". estd votando "Nao". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Solicito aos O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o Srs. Congressistas que permane9am em plendrio, para que possa- Lfder do PMDB? mos agilizar as vota9oes, que serao sucessivas. Se vier a ocorrer a O SR. JOAO THOME (PMDB-AM) - Sr. Presidente, o aprova93o deste requerimento. teremos aprecia9ao de materias PMDB vota "Sim". 1482 Quarta-feira 9 D1AR10 DA REV1SAO CONST1TUCIONAL Maryo de 1994 O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O PMDB Roraima vota "Sim". Avenir Rosa - PP - Sim O SR. EDEN PEDROSO - Sr. Presidente, pe^o a palavra Cesar Dias - PMDB - Sim pela ordem. Joao Fagundes - PMDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern a palavra Joao Fran9a - PP - Sim V. Ex* Marluce Pinto - PTB Sim O SR. EDEN PEDROSO (PT - RS. Pela ordem. ) - Sr. Ruben Bento - Bloco Presidente; O PT, tendo em vista que ja foi atingido o quorum, pede Amapa aos seus Deputados que votem "Nao". Eraldo Trindade - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Vai ser encer- Fdtima Pelaes - Bloco - Sim rada a votafao. Gilvam Borges - PMDB -Sim Todos ja votaram? Henrique Almeida - PFL - Sim O S3. PAULO DELGADO - Pe90 a palavra pela ordem. Murilo Pinheiro - Bloco - Sim Sr. Presidente. Valdenor Guedes - PP - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern a palavra Para V. Ex* Alacid Nunes - Bloco Sim - O SR. PAULO DELGADO (PT - MG. Para encaminhar.) Sim Almir Gabriel - PSDB - Sim - Sr. Presidente, o Partido dos Trabalhadores esta votando "Nao". Carlos Kayath - Bloco - Sim O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente, peijo a palavra Coutinho Jorge - PMDB - Sim pela ordem. Domingos Juvenil - PMDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a Eliel Rodrigues - PMDB - Sim palavra ao nobre Congressista Haroldo Lima. Gerson Peres PPR - Sim O SR. HAROLDO LIMA (PCdoB - BA. Pela ordem. Sem Hil&rio Coimbra - Bloco - Sim revisao do orador.) - Sr. Presidente. solicito aos demais membros da Jarbas Passarinho - PPR - Sim Bancada do PC do B que se encontram na Casa que comparegam ao MSrio Chermont - PP - Sim plenario, pois, apesar de estarmos em obstru^ao, o quorum ja foi ul- Osvaldo Melo - PPR - Sim trapassado e a materia nao e eminentemente revisional. Mdrio Martins PMDB - Sim Informo ao Sr. Presidente que estamos votando "Nao". Amazonas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O PCdoB Aureo Mello - PRN - Sim vota "Nao". Beth Azize - PDT - Nao Pe^o aos Srs. Congressistas que ainda nao votaram que Ezio Ferreira - Bloco - Sim queiram faze-lo, pois vamos encerrar o processo de votagao, Joao Thome - PMDB - Sim O SR. RONALDO CAIADO - Sr. Presidente, pe^o a pala- Jos6 Dutra - PMDB - Sim vra pela ordem. Paudemey Avelino - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a palavra ao nobre Congressista Ronaldo Caiado. Ronddnia O SR. RONALDO CAIADO (Bloco) (PEL - GO.) Pela Antonio Morimoto - PPR - Sim ordem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Si's e Srs. Con- Aparicio Carvalho - PSDB - Sim gressistas, gostariamos de levar ao conhecimento de todos os Pares Carlos Camur9a - PP - Sim o evento que acontecera amanha. nesta Capital, com a presen9a de Mauricio Calixto - Bloco - Sim milhares de produtores rurais. Eles estarao reunidos no Ginasio Odacir Scares - PFL - Sim Mane Garrincha e convidam todos os parlamentares para a movi- Pascoal Novaes - PSD - Sim menta9ao a partir das 9h da manha, iniciando-se com uma passeata Reditdrio Cassol - PP - Sim pela Esplanada dos Ministerios e, depois, com uma grande con- Ronaldo Aragao - PMDB - Sim centra9ao na frente do Congresso Nacional. Acre Sr. Presidente, solicitamos a presen9a de todos os parlamen- Adelaide - Neri - PMDB Sim tares que apdiam a agricultura brasileira. que apdiam a renegocia- Alufzio Bezerra - PMDB - Sim 9ao das di'vidas do setor e tambem a viabiliza9ao da agricultura Celia Mendes - PPR - Sim para os anos proximos. Flaviano Melo - PMDB - Nao Muito obrigado. Sr. Presidente. Era o comunicado que eu Jo5o Maia - PP - Sim gostaria de fazer. Joao Tola - PPR - Sim O SR. LUIZ HENRIQUE - Sr. Presidente, pe90 a palavra Ronivon Santiago - PPR - Sim pela ordem. Zila Bezerra - PMDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex* a Tocantins palavra. Darci Coelho - Bloco - Sim O SR. LUIZ HENRIQUE (PMDB - SC. Pela ordem. Sem Edmundo Galdino - PSDB - Sim revisao do orador.) - Sr. Presidente. estou registrando o meu voto Joao Rocha - PFL - Sim "Sim". Merval Pimenta - PMDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pois nao. V. Paulo Mourao - PPR - Sim Ex' seri atendido. Esta encerrada a vota9ao. Maranhao VOTAM OS SRS. CONGRESSISTAS: Alexandre Costa - PFL - Nao Margo de 1994 DIARIO DA REV1SAO CONST1TUCIONAL Quarta-feira 9 1483 Cesar Bandeira - Bloco - Sim Marco Maciel - PFL - Sim Costa Ferreira - PP - Sim Maurflio Ferreira Lima - PSDB - Sim Epitacio Cafeteira - PPR - Sim Maviael Cavalcanti - Bloco Sim Haroldo Sabdia - PT - Nao Ney Maranhao - PRN - Sim Jaime Santana - PSDB - Sim Nilson Gilson - PMN - Absten9ao Joao Rodolfo - PPR - Sim Osvaldo Coelho - Bloco - Sim Jose Burnett - PPR - Nao Pedro Correa - Bloco - Sim Pedro Novais - PMDB - Sim Roberto Freire - PPS - Sim Sarneiy Filho - Bloco - Sim Wilson Campos - PSDB - Sim Ceara Aiagoas Aecio de Borba - PPR - Sim Cleto Falcao - PSD - Sim Ariosto Holanda - PSDB - Sim Divaldo Suruagy - PMDB - Sim Carlos Benevides - PMDB - Sim Jose Thomaz Nono - PMDB - Nao Carlos Virgilio - PPR - Sim Luiz Dantas - PSD - Sim Josd Linhares - PP - Sim Mendon9a Neto - PDT - Nao Luiz Pontes - PSDB - Sim Olavo Calheiros - PMDB - Nao Marco Penaforte - PSDB - Sim Teotonio Vilela Filho - PSDB - Sim Mauro Benevides - PMDB - Sim Vitorio Malta - PPR - Sim Mauro Sampaio - PMDB - Sim Sergipe Moroni Torgan - PSDB - Sim Albano Franco - PSDB - Sim Orlando Bezerra - Bloco - Sim Benedito de Figueiredo PDT - Nao Ubiratan Aguiar - PSDB - Sim Cleonancio Fonseca - PPR - Sim Vicente Fialho - Bloco - Sim Djenal Gon9alves - PSDB - Sim Piaui Everaldo de Oliveira - Bloco - Sim B .Sa-PP-Sim Francisco Rollemberg - PMN - Sim Chagas Rodrigues - PSDB - Sim Josd Teles - PPR - Sim Ciro Nogueira - Bloco - Sim Messias Gois - Bloco - Sim Felipe Mendes - PPR - Sim Bahia Hugo Napoleao - PFL - Sim Alcides Modesto - PT - Nao Joao Henrique - PMDB - Sim Angelo Magalhaes - Bloco - Sim Jose Lufs Maia - PPR - Sim Aroldo Cedraz - Bloco - Sim Luci'dio Portella - PPR - Sim Benito Gama - Bloco - Sim Murilo Rezende - PMDB - Sim Eraldo Tinoco - Bloco - Sim Paulo Silva - PSDB - Nao Felix Mendon9a - Bloco - Sim Rio Grande do Norte Haroldo Lima PC-do - Nao Dario Pereira - PFL - Sim Jabes Ribeiro - PSD - Nao Fldvio Rocha - PL - Sim Jairo Azi - Bloco - Sim Garibaldi Alves - PMDB - Sim Jaques Wagner - PT - Nao Henrique Eduardo Alves - PMDB - Sim Joao Almeida - PMDB - Sim Ibere Ferreira - Bloco - Sim Joao Alves - PPR - Sim Laire Rosado - PMDB - Sim Jonival Lucas - Bloco - Sim Ney Lopes - Bloco - Sim Jorge Khoury - Bloco - Sim Paraiba Josaphat Marinho - PFL - Nao Adauto Pereira - Bloco - Nao Josd Carlos Aleluia - Bloco - Sim Antonio Mariz - PMDB - Sim Jose Falcao - Bloco - Sim Efraim Morais - Bloco - Sim Jose Louren9o - PPR - Sim Evaldo Goncalves - Bloco - Nao Luis Eduardo - Bloco - Sim Francisco Evangelista - PPR - Sim Luiz Moreira Bloco - Sim Humberto Lucena - PMDB - Abstenyao Luiz Viana Neto - Bloco - Sim Ivandro Cunha Lima - PMDB - Sim Manuel Castro - Bloco - Sim Josd Luiz Clerot - PMDB - Sim Marcos Medrado - PP - Sim Josd Maranhao - PMDB - Sim Nestor, Duarte - PMDB - Sim Rivaldo Medeiros - Bloco - Nao Pedro Irujo - PMDB - Sim Zuca Moreira - PMDB - Sim Prisco Viana - PPR - Sim Ribeiro Tavares PL - Sim Pernambuco Sergio Gaudenzi - PSDB - Sim Gilson Machado - Bloco - Sim Tourinho Dantas - Bloco - Sim Inocencio Oliveira - Bloco - Sim Waldir Pires - PSDB - Sim Josd Carlos Vasconcellos - PRN - Sim Josd Jorge - Bloco - Sim Minas Gerais Josd Mendonga Bezerra - Bloco - Sim Alfredo Campos - PMDB - Nao Mansueto de Lavor - PMDB - Sim Aloiso Vasconcelos - PMDB - Sim 1484 Quarta-feira 9 D1AR10 DA REVISAO CONSTITUCIONAL Margo de 1994 Annibal Teixeira - PP - Sim Paulo Portugal - PP - Sim Aracely de Paula - Bloco - Sim Paulo Ramos - PDT - Nao Armando Costa - PMDB - Sim Roberto Campos - Avelino Costa - PPR - Sim Roberto Jefferson - Bloco - Sim Edmar Moreira - PP - Sim Sandra Cavalcanti - PPR - Sim Elias Murad - PSDB - Sim Sergio Arouca - PPS - Sim Felipe Neri - PMDB - Sim Sergio Cury - PDT - Nao Fernando Diniz - PMDB - Sim Vladimir Palmeira - PT - Nao Genesio Bernardino - PMDB Sim Sao Paulo Getulio Neiva - PL - Sim Alberto Goldman - PMDB - Sim Humberto Souto - Bloco - Sim Alberto Haddad - PP - Sim Israel Pinheiro - Bloco - Sim Aloizio Mercadante - PT - Nao Joao Paulo - PT- Nao Armando Pinheiro - PPR - Sim Jose Aldo - Bloco - Sim Beto Mansur - PPR - Nao Jose Santana de Vasconcellos - Bloco Sim Cardoso Alves - Bloco - Nao Jose Ulisses de Oliveira - Bloco - Sim Carlos Nelson - PMDB - Sim Leopoldo Bessone - Bloco - Sim Cunha Bueno - PPR - Sim Marcos Lima - PMDB - Sim Delfim Netto - PPR - Sim Mario de Oliveira - PP - Sim Diogo Nomura - PL - Sim Muricio Campos - PL - Sim Eduardo Jorge - PT - Nao Odelmo Leao - PP - Sim Eduardo Suplicy - PT - Nao Osmanio Pereira - PSDB - Sim Fdbio Feldmann - PSDB - Sim Paulo Delgado - PT - Nao Fdbio Meirelles - PPR - Sim Paulo Heslander - Bloco - Nao Fausto Rocha - PL - Nao Romel Anisio - PP - Sim Florestan Femandes - PT - Nao Ronaldo Perim - PMDB - Sim Geraldo Alckmin Filho - PSDB - Sim Samir Tannus - PPR - Sim Heitor Franco - PPR - Sim Sandra Starling - PT - Nao Heitor Bicudo - PT - Nao Saulo Coelho - PSDB - Sim Irma Passoni - PT - Nao Sergio Ferrara - PDT - Nao Joao Mellao Neto - PL - Sim Sergio Miranda - PC-do - Nao Jorge Tadeu Mudalen - PMDB - Sim Tarcisio Delgado - PMDB - Sim Jose Abrao - PSDB - Sim Vittorio Medioli PSDB - Sim Jose Anibal - PSDB - Sim Espi'rito Santo Jos6 Cicote - PT - Nao Armando Viola - PMDB - Sim Jos6 Genomo - PT - Nao Etevalda Grassi de Menezes - Bloco - Sim Jose Serra - PSDB - Sim Gerson Camata - PMDB - Sim Koyu Iha - PSDB - Sim Helvecio Castello - PT - Nao Liberate Caboclo - PDT - Nao Joao Calmon - PMDB - Sim Luiz Gushiken - PT - Nao Jones Santos Neves - PL - Sim Luiz Miximo - PSDB - Sim Jdrio de Barros - PMDB - Nao Maluy Netto - Bloco - Sim Lezio Sathler- PSDB - Sim Marcelino Romano Machado - PPR - Sim Nilton Baiano - PMDB - Sim Mirio Covas - PSDB - Sim Rita Camata - PMDB - Sim Maurici Mariano - PMDB - Sim Roberto Valachao - PMDB - Sim Mauricio Najar - Bloco - Sim Rio de Janeiro Nelson Marquezelli - Bloco - Sim Oswaldo Stecca - PMDB - Sim Aldir Cabral - Bloco - Sim Paulo Novaes - PMDB - Sim Amaral Netto - PPR - Sim Pedro Pavao - PPR - Sim Artur da Tavola - PSDB - Sim Roberto Rollemberg - PMDB - Sim Benedita da Silva - PT - Nao Tuga Angerami - PSDB - Sim Carlos Lupi - PDT - Nao Wagner Rossi - PMDB - Sim Flavio Palmier da Veiga - PSDB - Sim Francisco Dornelles - PPR- Sim Mato Grosso Hydekel Freitas - PFL - Sim Jonas Pinheiro - Bloco - Sim Jair Bolsonaro - PPR - sim Mdrcio Lacerda - PMDB - sim Joao Mendes - Bloco - Sim Oscar Travassos - PL - Sim Junot Abi-Ramia - PDT - Nao Ricardo Correa - PL - Sim Laerte Bastos - PSDB - Sim Rodrigues Palma - Bloco - Sim Laprovita Vieira - PP - Sim Welinton Fagundes - PL - Sim Luiz Salomao - PDT - Nao Distrito Federal Marino Clinger - PDT - Nao Augusto Carvalho - PPS - Nao Nelson Bornier - PL - Sim Benedito Domingos - PP - Sim Margode 1994 DIARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1485 Joao Brochado - PP - Sim Jarvis Gaidzinski - PPR - Sim Meira Filho - PP - Sim Nelson Morro - Bloco - Nao Osorio Adriano - Bloco - Sim Neuto de Conto - PMDB - Sim Sigmaringa Seixas - PSDB - Sim Orlando Pacheco - PSD - Sim Valmir Campelo - PTB - Sim Paulo Duarte - PPR - Sim Goias Ruberval Pilotto - PPR - Sim Antonio - Faleiros - PSDB - Sim Valdir Colatto - PMDB - Sim Haley Margon - PMDM - Sim Vasco Furlan - PPR - Sim. Iram Saraiva - PMDB - Sim Rio Grande do Sul Irapuan Costa Junior - PP - Nao Adraldo Streck - PSDB - Sim Lazaro Barbosa - PMDB - Sim Adylson Motta - PPR - Nao l.iicia Vania - PP - Sim Amaury - Miiller - PDT - Nao Luiz Soyer - PMDB - Sim Antonio Britto - PMDB - Sim Maria Valadao - PPR - Sim Amo Magarinos - PPR - Sim Mauro Miranda - PMDB - Sim Celso Bemardi - PPR - Sim Onofre Quinan - PMDB - Sim Eden Pedroso - PT - Abstengao Paulo Mandarino - PPR - Sim Fetter Junior - PPR - Sim Roberto Balestra - PPR - Sim Germano Rigotto - PMDB - Sim Ronaldo Caiando - Bloco - Sim Ivo Mainardi - PMDB - Sim Vilmar Rocha - Bloco - Sim Joao de Deus Antunes - PPR - Sim Virmondes Cruvinel - PMDB - Sim Jose Fortunati - PT - Nao Mato G rosso do Sul Luis Roberto Ponte - PMDB - Sim Elisio Curvo - Bloco - Sim Mendes Ribeiro - PMDB - Sim George Takimoto - Bloco - Sim Velson Jolsim - PMDB - Sim Levy Dias - PPR - Sim Osvaldo Bender PPR - Sim Nelson Trad - Bloco - Sim Telmo Kirst - PPR - Sim Rachid Saldanha Derzi - PRN - Sim Victor FAccioni PPR - Sim Valter Pereira - PMDB - Sim Velson Proenga - PMDB - Sim Wilson Martins - PMDB - Sim Odacir Klein - PMDB - Sim Victor Faccioni - PPR - Sim Parana Wilson Miilher - PDT - Nao Affonso Camargo - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Votaram SIM Antonio Barbara - PMDB - Sim 306 Srs. Congressistas; e NAO 61. Antonio Bueno - Bloco - Sim Houve 3 abstengoes. Basilio Villani - PPR - Sim Total: 370 votos. Carlos Roberto Massa - Bloco - Sim O requerimento foi aprovado. Delcino Tavares - PP - Nao Deni Schwartz - PSDB - Sim O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ) - Sr. Presidente, pego Edi Siliprandi - PSD - Nao a palavra pela ordem. Eli Dalla-vecchia - PDT - Nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a Ervin Bonkos - Bloco - Sim palavra a V. Ex* Ivanio Guerra - Bloco - Sim O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Pela ordem. Sem re- Jose Richa - PSDB - Sim visao do orador.) - Sr. Presidente, tive a oportunidade, em dois Luiz Carlos Hauly - PP - Sim momentos, de levantar questao de ordem a respeito dos dispositi- Matheus lensen - PSD - Sim vos constitucionais nao regulamentados e que, portanto. nao entra- Moacir Micheletto - PMDB - Sim ram em vigor e nao foram experimentados de acordo com a Munhoz da Rocha - PSDB - Sim vontade dos Constituintes. Otto Cunha - PPR - Sim Paulo Bernardo - PT - Nao Indaguei, na ocasiao, se seriam objeto de analise da Revi- sao, visto que a fixagao dos cinco anos para o im'cio da Revisao di- Pedro Tonelli - FT - Nao rigia-se ao texto experimentado. Como V. Ex' respondeu que Pinga Fogo de Oliveira - PDT - Nao Reinhold Stephanes - Bloco - Sim consultaria antes o Relator, reitero a questao de ordem, porque ne- cessito com urgencia dessa resposta, para que eu possa tomar as Renato Johnsson - PP - Sim Sergio Spada - PP - Sim medidas que julgar conveniente. Wilson Moreira - PSDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia informa que jd proferiu a decisao, em plenario, e vai encaminha-la Santa Catarina por escrito a V. Ex' Angela Amin - PPR - Sim O SR. PAULO RAMOS - Agradego a V, Ex* Dcjandir Dalpasquale - PMDB - Sim Dercio Knop - PDT - Nao O SR. JOSE VICENTE BRIZOLA - Sr. Presidente, pego Dirceu Carneiro - PSDB - Sim a palavra pela ordem. Edison Andrino - PMDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a Esperidiao Amin - PPR - Sim palavra. 1486 Quarta-feira 9 D1ARI0 DA REVISAO CONSTITUCIONAL Margo de 1994 O SR. JOSE VICENTE BRIZOLA (PL - RJ. Pela ordem. ros, serao atribufdos os direitos inerentes ao brasileiro Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, eu gostaria de registrar o nato, salvo os casos previstos nesta Constituigao." meu voto "Nao". a O texto suprimiu a expressao "nato", que e restritiva ao § 3°, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex sera relative a determinados cargos da estrutura politica brasileira, que atendido. sao privativos de brasileiros natos. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Item 1; Passa-se a apreciagao, em segundo tumo, da proposta de Ja o inciso II do § 4° da Constituigao dispunha: Emenda Constitucional de Revisao n" 3A/94, relativa ao art. 12 da "§ 4° Sera declarada a perda da nacionalidade do Constituigao Federal, que trata da nacionalidade. brasileiro que: A proposta foi aprovada em primeiro tumo, na sessao de 22 de fevereiro passado. O seu texto foi apresentado pelo Sr. Relator II - adquirir outra nacionalidade por naturalizagao no Parecer n" 2A/94, publicado em 24 de fevereiro. A proposta foi voluntaria." oferecida uma linica emenda de redagao para corregao do texto. O texto de segundo tumo preve: Essa corregao ja fora efetuada pelo Sr. Relator, mediante republi- "II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos cagao anterior do mesmo parecer. de: Sobre a emenda, foi apresentado o Parecer n" 26/94, que conclui pela sua prejudicial idade, vez que o seu objetivo ja fora al- a) reconhecimento de nacionalidade originaria cangado. pela lei estrangeira; Em discussao a proposta. b)imposigao da naturalizagao pela norma estran- Nao havendo quern pega a palavra, encerro a discussao. geira ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, Encerrada a discussao. como condigao para a permanencia em seu territorio ou Passo a palavra ao Sr. Relator, que deseja fazer um esclare- para o exerci'cio de direitos civis." cimento ao Plenario. O SR. NELSON JOBIM (Relator) - Sr. Presidente, Srs. A aprovagao em segundo turno desse texto moderniza, na Congressistas, a emenda revisional relativa ao art. 12, ora em vota- linha sugerida pelos Deputados Maurilio Ferreira Lima e Jose Ma- gao em segundo tumo, corresponde a aprovagao que foi feita em ria Eymael, quanto aos natos, filhos de pai brasileiro ou de mae relagao as letras c do inciso I do art. 12 e inciso II, letra b, paragra- brasileira, nascidos no estrangeiro, como tamb6m possibilita um fo 1°. tratamento flexibilizado sobre a aquisigao de outra nacionalidade, restringindo ou inviabilizando a perda da nacionalidade brasileira Esclarego ao Plenario o objeto da votagao. em duas hipoteses: o reconhecimento da nacionalidade originaria e Passa o art, 12 da Constituigao, tendo em vista o segundo a imposigao de nacionalizagao a brasileiro residente no exterior, tumo ora proposto, a ter a seguinte redagao; como condigao para a permanencia no territorio estrangeiro ou "Art. 12. Sao brasileiros: para o exerci'cio dos direitos civis. Sao essas as explicagoes, Sr. Presidente. Nao houve emen- das a este texto, tendo em vista a sua aceitabilidade absoluta em c) - os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro primeiro tumo. ou mae brasileira, desde que venham a residir na Repii- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Passa-se a vo- blica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, tagao em segundo tumo. pela nacionalidade brasileira." Para encaminhar, concede a palavra ao nobre Congressista Foi suprimido, portanto, no primeiro tumo, do texto primiti- Maurilio Ferreira Lima. ve da Constituigao aprovada em 1988 as exigencias burocraticas O SR. MAURILIO FERREIRA LIMA (PSDB - PE. de registro em repartigao brasileira competente e ainda o fato da Para encaminhar a votagao. Sem revisao do orador.) - Sr. Presi- residencia ser antes da maioridade. dente, Sr. Relator, Sr"5 e Srs. Congressistas, o conceito de naciona- Ampliou-se a possibilidade do reconhecimento da naciona- lidade que vinha sendo traduzido em todas as Constituigoes lidade brasileira aos nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou brasileiras tomou-se anacronico e contrario aos interesses nacio- mae brasileira. nais do Brasil contemporaneo. Corresponde esse texto a emenda aglutinativa oferecida pe- Edificamos um conceito de nacionalidade numa epoca em los Deputados Jose Maria Eymael e Maurilio Ferreira Lima. A le- que o nosso Pafs recebia milhares e milhoes de imigrantes. E, hoje tra "b" do inciso II do art. 12 toma a seguinte redagao: somos um Pais que, infelizmente, por razoes economicas, exclui- mos os nossos filhos do processo de desenvolvimento e temos ja "b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, re- um milhao de brasileiros fora do Brasil, a maioria em condigao ir- sidentes na Republica Federativa do Brasil ha mais de quinze anos ininterruptos e sem condenagao penal, des- regular. de que requeiram a nacionalidade brasileira." O conceito vigente na Constituigao era de um formalismo que nao atende as necessidades modernas. O brasileiro s6 poderia O texto anterior da Constituigao somente permitia a natura- ter uma nacionalidade e, nascido no exterior, era necessario o ato lizagao de estrangeiros que residissem no Brasil ha mais de trinta formal de registro no Consulado para que viesse a obter posterior- anos. O tempo para a naturalizagao de estrangeiros com residencia mente a nacionalidade brasileira, num processo burocratico muito permanente no Pais ficou reduzido de trinta para quinze anos . complicado. No § 1° do art. 12, assim estabelecia o texto da Nesse sentido, tenho a minha propria experiencia: meus Constituigao; dois filhos sao nascidos no exterior na epoca do exflio e, ha mais "§ 1° Aos Portugueses com residencia permanente de um ano, estou com uma questao na Justiga, atraves de advoga- no Pais, se houver reciprocidade em favor dos brasilei- dos, para regularizar a nacionalidade do meu filho mais velho. Murgode 1994 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira9 1487 Tenho encontrado no exterior brasileiros que emigraram ha que hoje deve ser homenageada, por ser o Dia Intemacional da bastante tempo e que, por razoes de conveniencia, nao registraram Mulher e o domfnio da lingua. E o discurso que Integra o indivf- sens i'ilhos no Consulado a fim de obterem para eles a cobertura duo a sua sociedade, e nao me consta que haja qualquer estudo previdenciaria e educacional no pafs em que nasceram. provando que o indivfduo precise de 15 anos para poder se comu- Quero me congratular com a Relatoria, que aceitou emen- nicar com os seus cidadaos. das provenicntes da auloria de varios Parlamentares, como o De- Diz Habermas; "A etica discursiva pressupoe a intersubjeti- putado Haroldo Sabdia, o Deputado Jose Maria Eymael, Jose vidade assimetrica. O indivfduo se torna integrado numa sociedade Lourenyo e nuiitos outros que propoem uma altera^ao no conceito quando o seu discurso permeia o campo afetivo do seu semelhante dc nacionalidade, aproximando-nos do conceito italiano. e vice-versa." A partir desta votaijao em segundo tumo. qualquer pessoa, Quinze anos! Por que 15 anos? So posso ter uma explica- nascida de pai ou mae brasileiros, residentes no exterior, mesmo ?ao: ou por imita9ao, ou por um arquetipo, o do baile das debutan- sent registro no Consulado. no momento que voltem ao nosso Pat's tes, quando o indivfduo e apresentado a sociedade, numa tradiijao para aqui fixar residencia, possa automaticamente adquirir a nacio- cultural brasileira. nalidade brasileira. Portanto, mais uma vez quero registrar aqui que a falta de O mesmo ocorrera com a revogayao da anacronica proibi- discussao, a falta de troca de ideias transforma esta Revisao num yao do cidadao brasileiro ler mais de urn passaporte ou mais de arremedo de Revisao, em que as questoes nao foram discutidas a uma nacionalidade, Temos companheiros que vao trabalhar ou es- luz dos modernos conhecimentos. tudar em pafses como o Canada, a Australia e outros da Europa e Hoje se sabe - e e bom que se saiba - que o branco, o ama- nao entendemos por que eles nao possam, se julgarem convenien- relo e o negro tern o mesmo DNA. 0 conceito de supremacia de te, obter a nacionalidade francesa, italiana ou alema e conviver raga se perdeu na obscuridade da ultima guerra. E, no entanto, fa- com a nacionalidade brasileira. A fidelidade ao nosso Pafs encon- zemos uma legislagao atrasada, totalmente atrasada, por falta de tra-se no subjelivo de cada pessoa e nao na existencia de um pas- discussao, por uma tendencia autoritaria desta Revisao. saporte. Portanto, apesar de reconhecer alguns avan§os, como o aqui Por isso. pego ao Plenario que repita a votay-ao do primeiro configurado pelo Deputado Maurflio Ferreira Lima, conclamo o turno c consagre na Constituigao brasileira um conceito de nacio- PDT a votar contra, porque nao existe qualquer criterio filosdftco, nalidade mais moderno e mais consentaneo com aquele principio sociologico, genetico, nada, para que se fixe 15 anos - poderia ter de que o mundo virou uma aldeia global e em respeito a mais de sido 20 ou 21, ao sabor do empirismo inconseqiiente que nao deve um milhao de companheiros nossos que estao vivendo no exterior. nortear uma Consliluifao, e muito menos a sua Revisao. Encaminho o voto I'avoravel. porque tenho certeza de que Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. csta c uma decisao que, ja tendo havido no primeiro tumo, se con- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Para encami- sagrara no segundo turno. nhar a favor concedo a palavra ao Congressista Jose Maria Ey- Muito obrigado. Sr. Presidente. mael. () SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Passa-se a vo- O SR. JOSE MARIA EYMAEL (PPR - SP. Pronuncia o tayao cm segundo turno. seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Pe^o aos Srs. Congressistas que ocupem os seus lugares. Congressistas, o texto que estaremos aprovando agora em segundo () SR. LIBERATO CABOCLO - Sr. Presidente, estou turno, que trata da nacionalidade, alem de inumeros e consistentes inscrito para me pronunciar contra. avancjos, contcm pelo menos dois aspectos inovadores no Direito () SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Exa a Constitucional brasileiro no que diz respeito a constitucionalidade, palavra para encaminhar. e que atendem plenamente as aspira9oes do nosso Pafs. De um () SR. LIBERATO CABOCLO (PDT - SP. Para encami- lado, a corre9ao do dispositive perverse que obriga o estrangeiro a nhar a vota^ao. Sent revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Con- residir 30 anos em nosso Pafs para que possa aspirar bater no peito gressistas, embora o nosso Partido nao esteja participando desta e dizer "sou brasileiro". Revisao Constitucional, apds a votagao em primeiro tumo, quando Ouvi com aten9ao o orador que me precedeu, mas os argu- foi consagrado o direito de um estrangeiro adquirir a nacionalida- mentos apresentados por S. Exa nao contradizem o texto que vai de brasileira depois de quinze 15 anos de residencia no Pats - e o ser aprovado. Eu perguntaria: S. Exa prefere que permane9am os texto nao diz se e dc modo contmuo ou descontfnuo - procurei a 30 anos de hoje? O nobre Congressista permanece na convic9ao literatura pertincnte que pudesse me esclarecer porque o prazo de de que o estrangeiro que veio para ca, criou raizes e famflia, esco- 15 anos, pois, a primeira vista, e extrcmamente lesivo aos nossos Iheu o Brasil como sua patria, tenha que ftcar aqui 30 anos antes interesses um prazo tao longo para alguem adquirir a cidadania que possa bater no peito e dizer que e brasileiro? brasileira, em total discrepancia com pafses que tern problemas de Nao, Sras. e Srs. Congressistas, o texto que iremos aprovar seguranga muito maiores do que o nosso. como os Estados Uni- avan9a, porque ja reduz para apenas 15 anos esse prazo. Com o dos, e que nao exigent um prazo tao longo. passar do tempo, com o amadurecimento do Texto Constitucional O prazo de 15 anos para o indivfduo adquirir o direito de se poderemos ate, no future, reduzir esse prazo. Por que nao? Mas, lornar brasileiro praticamente exclui a possibilidade deste Pafs tra- hoje, ele ja representa uma conquista, e algumas centenas de mi- zer professores aposentados para as suas universidades, que pode- Ihares de estrangeiros poderao imediatamente, uma vez ocorrendo riam scr extremamente liteis cm um pafs tao carente de recursos a promulga9ao, tomar as providencias, reunir a sua famflia, reunir humanos, principalmente docentes. os seus amigos e, com um sorriso no rosto, a esperan9a nos olhos, Estranho lambent que essa exigencia nao esteja vinculada, olhar este Pats e dizer; "Agora tambem esta e a minha Patria, ago- associada it contrayao de vfnculo matrimonial, com formajao de ra esta tambem e a minha terra, agora sou brasileiro!" famflia, tornando o pai de uma famflia estrangeiro no pafs dos seus De outro lado. Sr. Presidente, um segundo avan90 produz o filhos. Texto Constitucional quando permite que filho de pai ou mae bra- Nao vejo nenhum criterio, pois o que caracteriza a introje- sileiros e que venha a residir no Pafs a qualquer tempo possa optar 9ao de uma nacionalidade. como tao bem disse Hannah Arendt - pela cidadania brasileira. Como diz o mandamento constitucional 1488 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Margo de 1994 que hoje vigora, dois sao os requisitos que o filho de pal ou mae nacionalidade. Parecem-me corretfssimos o acolhimento e o trata- brasileiros, nascido no exterior, tem que preencher para poder op- mento que foram dados pelo Sr. Relator a essa emenda, tar pela cidadania brasileira: primeiro, tem que ter havido uma pro- Portanto, conclamo especialmente os companheiros do videncia burocratica de registro na reparticao competente - PMDB para que votemos "sim" e aprovemos em segundo tumo consulado ou embaixada. Se, por qualquer erro ou falha, isto nao essa emenda. Obrigado. ocorreu, nunca essa pessoa podera optar pela cidadania brasileira, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Com a pala- a nao ser pela naturalizaijao. O segundo obstaculo hoje existente e vra o nobre Relator. que e necessario que esta pessoa, este filho de pai ou mae brasilei- O SR. RELATOR (Nelson Jobim) - Sr. Presidente, louvo ros, tenha vindo residir no Brasil antes de atingir a maioridade. a manifestacao do Congressista Liberate Caboclo que, reconhe- Ora, vejo um absurdo na situagao: vamos supor que um fi- cendo a necessidade da aprovaijao da emenda, conclamou o seu lho de pai e mae brasileiros, nascido no exterior, se desenvolva na Partido, o PDT, a apoia-la. area da pesquisa e se transforme num consistente cientista, mas ve- Portanto, temos praticamente a unanimidade do Plenario. nha residir no Brasil aos quarenta anos. Ele nao podera optar pela Convoco, entao, os Srs. Parlamentares a votarem "sim", em segun- cidadania brasileira porque nao veio ate os 21 anos de idade. do turno, na Emenda "Nacionalidade". Quanto mais a idade, maior a bagagem, maior o conteiido, maior a O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, pe90 a palavra consistencia. pela ordem. Com esse avango constitucional. Sr. Presidente, Sr'5 e Srs. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem a palavra Congressistas, um filho de pai e mae brasileiros, nascido no exte- V. Ex' rior, que venha a residir no Brasil a qualquer tempo, pode optar O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem. Sem revi- pela cidadania brasileira. sao do orador.) - Sr. Presidente, gostaria de deixar claro que s6 Por essas razoes. Sr. Presidente. encaminho a favor da votamos favoravelmente depois de alcangado o quorum, devido a aprovacao, em segundo turno, da modificacao constitucional. decisao do partido. O SR. LIBERATO CABOCLO - Sr. Presidente, pego a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe^o aos Srs. palavra pela ordem. Congressistas que ocupem seus lugares nas bancadas. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Exa a Solicito aos que estao nos corredores que tomem assento palavra. nas bancadas para facilitar o processo de votagao e evitar que de- O SR. LIBERATO CABOCLO (PDT - SP. Pela ordem. pois se avolumem as filas nos postos avulsos. O plendrio estd va- Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, embora reconhega que o zio. tempo de quinze anos para naturalizagao, quando se sabe que a A SRA. SANDRA CAVALCANTI - Sr. Presidente, pego media de aprendizado de lingua sao seis anos, deveria ser o fator a palavra pela ordem. condicionante para a aquisigao da nacionalidade; embora conside- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem a palavra re que nesse aspecto foi falho, reconheco que houve melhoras sig- V. Ex' nificativas em relafao ao texto anterior. A SRA. SANDRA CAVALCANTI (PPR - RJ. Pela or- Portanto, conclamo a minha Bancada a votar a favor, para dem. Sem revisao da oradora.) - Sr. Presidente, quero fazer uma nao se perderem as conquistas oferecidas na atual Revisao. indagagao a Mesa. Tivemos entre aqueles que discutiram a emen- O SR. NELSON PROENQA - Sr. Presidente, pela ordem. da um Congressista integrante do Partido Democratico Trabalhis- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a ta, o PDT. No entanto, a Lideranga informa que o Partido estd em palavra. obstnifao. Seria interessante sabermos, daqui por diante, se inte- grantes de partido que esta em obstrugao podem ocupar a tribuna, O SR. NELSON PROEN^A (PMDB-RS. Pela ordem. discutir, debater, e apenas nao dar quorum na hora da vota9ao. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, na condigao de autor de O SR. PAULO RAMOS - Sr. Presidente, para contraditar. emenda acolhida pelo Relator, gostaria de alertar os meus Pares O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao se trata sobre a importancia de um dispositive que sera votado em segun- de questao de ordem. Sr. Congressista. do turno na tarde de hoje, que e justamente o que permite a brasi- O SR. PAULO RAMOS - E uma questao de ordem, ja que leiros adquirirem outra nacionalidade em alguns especificos e V. Ex" vai ter que tomar uma decisao. determinados casos, que sao: descendencia sangiifnea e necessida- A discussao e um momento que antecede a vota9ao. O par- de de aquisifao de uma segunda nacionalidade por imposifao de tido so anuncia a sua posi9ao no momento da vota9ao; portanto, permanencia em pafs como residente ou por necessidade absoluta antes da vota9ao, nao ha de ser considerada a presen9a a posterio- de condigao de emprego. ri. Alerto os Srs. Congressistas sobre a importancia de uma O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia frase que foi ha pouco proferida aqui pelo Congressista Maurilio ja esclareceu uma vez e vai faze-Io pela segunda vez. O art. 82, § Ferreira Lima. S. Ex' esclarece que o Brasil deixou de ser um pafs 6°, do Regimento da Camara, que e subsidiario, consigna; receptor de imigrantes para ser um exportador de emigrantes. Por "A ausencia as vota95es equipara-se, para todos isso e importante para o Brasil manter os seus lafos com essa os efeitos, ci ausencia iis sessoes, ressalvada a que se ve- enorme quantidade de brasileiros que hoje residem na Europa, no rificar a tftulo de obstru9ao parlamentar legftima, assim Japao e nos Estados Unidos. A maior parte deles trabalha nesses considerada a que for aprovada pelas bancadas ou pelas pafses e pensa exclusivamente no dia de voltar para o Brasil. Mi- suas lideran9as, comunicadas ii Mesa." Ihares e milhares deles remetem, no final do mes, as suas econo- mias para que sejam acumuladas no Brasil e pensam Assim, nao tenho como evitar o processo de obstru9ao par- exclusivamente na possibil idade de voltarem. lamentar. Nao me parece absolutamente justo que esses brasileiros te- Pe90 aos Srs. Congressistas que ocupem seus lugares nas nham cassada a sua condigao de brasileiros e, por forga de perma- bancadas. nencia no estrangeiro, terem de adquirir uma segunda Em vota9ao a materia. Margo de 1994 D1ARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira9 1489 Como vota o Li'der do PPR? O SR. JOSE LOURENQO (PPR - BA) -"Sim", Sr. Presi- (Procede-se a votagao) dente. O Sr. Humberto Lucena, Presidente, deixa a ca- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota o deira da presidencia, que e ocupada pelo Sr. Wilson Li'der do PMDB? Campos, I"Secretdrio. O SR. JOAO THOME (PMDB - AM) - "Sim", Sr. Preii- O Sr. Wilson Campos, I° Secretdrio deixa a ca- dente. \ deira da presidencia, que e ocupada pelo Sr. Adylson O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o Motta, 1° Vice-Presidente. Li'der do PSDB? O SR. JOSE ABRAO (PSDB-SP) - "Sim", Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o faz um apelo aos Srs. Parlamentares que se encontram em seus ga- Lfder do PP? binetes ou nas demais dependencias da Casa para que venham ao O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR) - "Sim", Sr. plenario, a fim de votarem. Presidente. O SR. HAROLDO SABOIA (PT — MA) — Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o o Partido dos Trabalhadores esteve em obstrugao ate o presente Li'der do PFL? momento; atingido o quorum regimental, o PT anuncia que parti- O SR. LUIS EDUARDO (PFL-BA) - "Sim", Sr. Presiden- cipara da votagao. te. A Lideranga encaminha o voto "Sim", com ressalvas a re- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o dagao proposta pelo Relator. O nosso voto a materia, portanto, e Li'der do PPS? "Sim". O SR. SERGIO AROUCA (PPS - RJ) - "Sim", Sr. Presi- O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ) - Sr. Presidente, no dente. mesmo sentido, ja atingido o quorum regimental, o PDT tambem O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pego aos Srs. solicita a sua bancada que vote "Sim". Congressistas que ainda estao de pe nos corredores que ocupem O SR. HAROLDO LIMA (PCdoB - BA) - Sr. Presidente, seus lugares, para facilitar o processo de votagao e evitar a demora queria anunciar que a Bancada do PCdoB, embora se encontre em nos postos avulsos. plenario, continua em obstrugao. De forma alguma, ela encontra Como vota o Li'der do PCdoB? qualquer razao para, depois de completado o quorum, comegar a O SR. HAROLDO LIMA (PCdoB - BA) - Sr. Presidente, votar. Pelo contrario, considera que 6 inteiramente dispensavel o PC do B ratifica sua posigao de continuar na obstrugao dos tra- qualquer voto que nao seja a favor da Revisao Constitucional. balhos do Congresso Revisor. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Sera feito o re- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia gistro. solicita a todos os Srs. Congressistas que ocupem os seus lugares, A Presidencia solicita aos Srs. Senadores e aos Srs. Deputa- para que possamos dar im'cio a votagao pelo sistema eletronico. dos que ainda nao votaram que o fagam, tendo em vista que, ces- Como vota o Li'der do PSB? sado o fluxo de votagao, sera encerrada a mesma. (Pausa.) O SR. ROBERTO FRANCA (PSB - PE) - Sr. Presidente, Esta encerrada a votagao. o PSB esta em obstrugao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o VOTAM OS SRS. CONGRESSISTAS: Li'der do PSTU? Roraima O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU - SP) - Sr. Presi- Alceste Almeida - Bloco - Sim dente, o PSTU estd em obstrugao. C6sar Dias - PMDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o Francisco Rodrigues - Bloco - Sim Li'der do PL? Joao Fagundes - PMDB - Sim Joao Franga - PP - Sim O SR. JONES SANTOS NEVES (PL - ES) - "Sim", Sr. Julio Cabral - PP - Sim Presidente. Marcelo Luz - PP - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o Marluce Pinto - PTB - Sim Li'der do PT? Ruben Bento - Bloco - Sim O SR. HAROLDO SAB6lA (PT - MA) - Sr. Presidente, Amapa o PT se declara em obstrugao ate ser atingido o quorum. Eraldo Trindade - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o FStima Pelaes - Bloco - Sim Li'der do PDT? Henrique Almeida - PFL - Sim O SR. CARLOS LUP1 (PDT - RJ) - Sr. Presidente, o Jonas Pinheiro - PTB - Sim PDT se declara em obstrugao ate o quorum regimental ser atingi- Murilo Pinheiro - Bloco - Sim do. Valdenor Guedes - PP - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Os Srs. Con- Para gressistas que se encontram nas bancadas queiram registrar os Alacid Nunes - Bloco - Sim seus codigos de votagao e selecionar os seus votos, acionando si- Almir Gabriel - PSDB - Sim multaneamente o botao preto do painel e a chave sob a bancada, Carlos Kayath - Bloco - Sim atd que as luzes se apaguem. (Pausa.) Coutinho Jorge - PMDB - Sim Os Srs. Congressistas que nao registraram os seus votos Domingos Juvenil - PMDB - Sim queiram faze-lo nos postos avulsos, afastando-se apds o registro. Eliel Rodrigues - PMDB - Sim 1490 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONST1TUCIONAL Margo de 1994 Gerson Peres - PPR - Sim. Moroni Torgan - PSDB - Sim Hermfnio Calvinho - PMDB - Sim Orlando Bezerra - Bloco - Sim Hilario Coimbra - Bloco - Sim Pinheiro Landim - PMDB - Sim Jarbas Passarinho - PPR - Sim Ubiratan Aguiar - PSDB - Sim Mario Chermont - PP - Sim Vicente Fialho - Bloco - Sim Mario Martins - PMDB - Sim Nicias Ribeiro - PMDB - Sim Piairi B. Sa - PP - Sim Osvaldo Melo - PPR - Sim Chagas Rodrigues - PSDB - Sim Paulo Rocha - PT - Sim Valdir Ganzer - PT - Abstencao Ciro Nogueira - Bloco - Sim Felipe Mendes - PPR - Sim Amazonas Hugo Napoleao - PFL - Sim Atila Lins - Bloco - Sim Joao Henrique - PMDB - Sim Aureo Mello - PRN - Sim Jose Luiz Maia - PPR - Sim Beth Azize - PDT - Sim Lucidio Portella - PPR - Sim Ezio Ferreira - Bloco - Sim Murilo Rezende - PMDB - Sim Gilberto Miranda - PMDB - Sim Mussa Demes - Bloco - Sim Joao Thome - PMDB - Sim Paes Landim - Bloco - Sim Paudemey Avelino - PPR - Sim Paulo Silva - PSDB - Sim Ronddnia Rio Grande do Norte Antonio Morimoto - PPR - Sim Flavio Rocha - PL - Sim Aparicio Carvalho - PSDB - Abstencao Garibaldi Alves - PMDB - Sim Carlos Camurca - PP - Sim Henrique Eduardo Alves - PMDB - Sim Mauricio Calixto - Bloco - Sim Ibere Ferreira - Bloco - Sim Ronaldo Aragao - PMDB - Sim Joao Faustino - PSDB - Sim Acre Laire Rosado - PMDB - Sim Adelaide Neri - PMDB - Sim Lavoisier Maia - PDT - Sim Aluizio Bezerra - PMDB - Sim - Bloco - Sim Celia Mendes - PPR - Sim Paraiba Flaviano Melo - PMDB - Sim Adauto Pereira - Bloco - Sim Francisco Diogenes - PMDB - Sim Antonio Mariz - PMDB - Sim Ronivon Santiago - PPR - Sim Efraim Morais - Bloco - Sim Zila Bezerra - PMDB - Sim Evaldo Gon9alves - Bloco - Sim Tocantins Francisco Evangelista - PPR - Sim Darci Coelho - Bloco - Sim Humberto Lucena - PMDB - Abstencao Derval de Paiva - PMDB - Sim Ivandro Cunha Lima - PMDB - Sim Edmundo Galdino - PSDB - Sim Jos6 Maranhao - PMDB - Sim Freire Junior - PMDB - Sim Lucia Braga - PDT - Sim Merval Pimenta - PMDB - Sim Rivaldo Medeiros - Bloco - Sim Moises Abrao - PPR - Sim Zuca Moreira - PMDB - Sim Maranhao Pernambuco Jose Carlos Vasconcellos - PRN - Sim Alexandre Costa - PFL - Sim Jos6 Jorge - Bloco - Sim Cesar Bandeira - Bloco - Sim Jos6 Mendon^a Bezerra - Bloco - Sim Costa Ferreira - PP - Sim Mansueto de Lavor - PMDB - Sim Daniel Silva - Bloco - Sim Marco Maciel - PFL - Sim Haroldo Saboia - PT - Sim Maurflio Ferreira Lima - PSDB - Sim Pedro Novais - PMDB - Sim Maviael Cavalcanti - Bloco - Sim Sarney Filho - Bloco - Sim Ney Maranhao - PRN - Sim Ceara Nilson Gibson - PMN - Abstencao Aecio de Borba - PPR - Sim Osvaldo Coelho - Bloco - Sim Ariosto Holanda - PSDB - Sim Pedro Correa - Bloco - Sim Carlos Benevides - PMDB - Sim Roberto Freire - PPS - Sim Cid Saboia de Carvalho - PMDB - Nao Roberto Magalhaes - Bloco - Sim Edson Silva - PDT - Sim Wilson Campos - PSDB - Sim Ernani Viana - PP - Sim Alagoas Jose Linhares - PP - Sim Antonio Holanda - Bloco - Sim Luiz Girao - PDT - Sim Cleto Falcao - PSD - Sim Luiz Pontes - PSDB - Sim Divaldo Suruagy - PMDB - Sim Marco Penaforte - PSDB - Sim Guilherme Palmeira - PFL - Sim Mauro Benevides - PMDB - Sim Jose Thomaz Nono - PMDB - Sim Mauro Sampaio - PMDB - Sim Luiz Dantas - PSD - Sim Marco de 1994 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1491 Olavo Calheiros - PMDB - Sim Junia Marise - PDT - Sim Teotonio Vilela Filho - PSDB - Sim Leopoldo Bessone - Bloco - Sim Vit6rio Malta - PPR - Sim Marcos Lima - PMDB - Sim Sergipe Mario de Oliveira - PP - Sim Albano Franco - PSDB - Sim Maun'cio Campos - PL - Sim Benedito de Figueiredo - PDT- Sim Odelmo Leao - PP - Sim Paulino Cicero de Vasconcelos - PSDB - Sim Cleonancio Fonseca - PPR - Sim Paulo Delgado - PT - Sim Djenal Goncalves - PSDB - Sim Paulo Heslander - Bloco - Sim Everaldo de Oliveira - Bloco - Sim Francisco Rollemberg - PMN - Sim Romel Anfsio - PP - Sim Ronan Tito - PMDB - Sim Jose Teles - PPR - Sim Samir Tannus - PPR - Sim Messias Gdis - Bloco - Sim Sandra Starling - PT - Sim Pedro Valadares - PP - Sim Saulo Coelho - PSDB - Sim Bahia Sergio Ferrara - PDT - Sim Angelo Magalhaes - Bloco - Sim Sergio Naya - PP - Sim Aroldo Cedraz - Bloco - Sim Tarctsio Delgado - PMDB - Sim Benito Gama - Bloco - Sim Vittdrio Medioli - PSDB - Sim Beraldo Boaventura - PSDB - Abstencao Wilson Cunha - Bloco - Sim Cldvis Assis - PSDB - Sim Zaire Rezende - PMDB - Sim Eraldo Tinoco - Bloco - Sim Espmto Santo Felix Mendonca - Bloco Sim Geddel Vieira Lima - PMDB - Sim Armando Viola - PMDB - Sim Etevalda Grassi de Menezes - Bloco - Sim Jabes Ribeiro - PSDB - Sim Gerson Camata - PMDB - Sim Jairo Azi - Bloco - Sim Helvdcio Castello - PT - Sim Jairo Carneiro - Bloco - Sim Joao Calmon - PMDB - Sim Joao Almeida - PMDB - Sim Jones Santos Neves - PL - Sim Joao Carlos Bacelar - Bloco - Sim Jdrio de Barros - PMDB - Sim Jonival Lucas - Bloco - Sim Ldzio Sathler - PSDB - Sim Jorge Khoury - Bloco - Sim Nilton Baiano - PMDB - Sim Josaphal Marinho - PFL - Sim Rita Camata - PMDB - Sim Josd Carlos Aleluia - Bloco - Sim Roberto Valadao - PMDB - Sim Josd Falcao - Bloco - Sim Jose Louren^o - PPR - Sim Rio de Janeiro Jutahy Magalhaes - PSDB - Sim Aldir Cabral - Bloco - Sim Luis Eduardo - Bloco - Sim Amaral Netto - PPR - Sim Luiz Moreira - Bloco - Sim Artur da TSvola - PSDB - Sim Luiz Viana Neto - Bloco - Sim Benedita da Silva - PT - Sim Manoel Castro - Bloco - Sim Carlos Alberto Campista - PDT - Sim Marcos Medrado - PP - Sim Carlos Lupi - PDT - Sim Nestor Duarte - PMDB - Sim Francisco Domelles - PPR - Sim Pedro Irujo - PMDB - Sim Francisco Silva - PP - Sim Prisco Viana - PPR - Sim Hydekel Freitas - PFL - Sim Ribeiro Tavares - PL - Sim Jair Bolsonaro - PPR - Sim Sergio Gaudenzi - PSDB - Sim Joao Mendes - Bloco - Sim Tourinho Dantas - Bloco - Sim Josd Vicente Brizola - PDT - Sim Waldir Pires - PSDB - Sim Junot Abi-Ramia - PDT - Sim Laerte Bastos - PSDB - Sim Minas Gerais Mircia Cibilis Viana - PDT - Sim Alfredo Campos - PMDB - Sim Marino Clinger - PDT - Sim Aloisio Vasconcelos - PMDB - Sim Miro Teixeira - PDT - Sim Aracely de Paula - Bloco - Sim Nelson Bomier - PL - Sim Armando Costa - PMDB - Sim Paulo Portugal - PP - Sim Avclino Costa - PPR - Sim Roberto Campos - PPR - Sim Edmar Moreira - PP - Sim Sandra Cavalcanti - PPR - Sim Elias Murad - PSDB - Sim Sdrgio Arouca - PPS - Sim Felipe Neri - PMDB - Sim Sdrgio Cury - PDT - Sim Gendsio Bernardino - PMDB - Sim Vladimir Palmeira - PT - Sim Getiilio Neiva - PL - Sim Humberto Souto - Bloco - Sim Sao Paulo Ibrahim Abi-Ackel - PPR - Sim Alberto Goldman - PMDB - Sim Israel Pinheiro - Bloco - Sim Armando Pinheiro - PPR - Sim Jos6 Santana de Vasconcelos - Bloco - Sim Carlos Nelson - PMDB - Sim Josd Ulisses de Oliveira - Bloco - Sim Cunha Bueno - PPR - Sim 1492 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Margo de 1994 Delfim Netto - PPR - Sim Mauro Miranda - PMDB - Sim Diogo Nomura - PL - Sim Onofre Quinan - PMDB - Sim Eduardo Jorge - PT - Sim Paulo Mandarino - PPR - Sim Euclides Mello - PRN - Sim Roberto Balestra - PPR - Sim Fabio Feldmann - PSDB - Sim Ronaldo Caiado - Bloco - Sim Fabio Meirelles - PPR - Sim Virmondes Cruvinel - PMDB - Sim Fausto Rocha - PL - Sim Ze Gomes da Rocha - PRN - Sim Gastone Righi - Bloco - Sim Mato Grosso do Sul Geraldo Alckmin Filho - PSDB - Sim Elfsio Curve - Bloco - Sim Heitor Franco - PPR - Sim George Takimoto - Bloco - Sim Helio Bicudo - PT - Sim Jose Elias - Bloco - Sim Irma Passoni - PT - Sim Levy Dias - PPR - Sim Joao Mellao Neto - PL - Sim Marilu Guimaraes - Bloco - Sim Jorge Tadeu Mudalen - PMDB - Sim Rachid Saldanha Derzi - PRN - Sim Jose Abrao - PSDB - Sim Valter Pereira - PMDB - Sim Jose Anibal - PSDB - Sim Wilson Martins - PMDB - Sim. Jose Genomo - PT - Sim Jose Maria Eymael - PPR - Sim Parana Koyu Iha - PSDB - Sim Affonso Camargo - PPR - Sim Liberate Caboclo - PDT - Sim Antonio - Barbara - PMDB - Sim Luiz Carlos Santos - PMDB - Sim Basilio Villani - PPR - Sim Luiz Maximo - PSDB - Sim Carlos Roberto Massa - Bloco - Sim Maluly Netto - Bloco - Sim Deni Schwartz - PSDB - Sim • Marcelino Romano Machado - PPR - Sim Edesio Passos - PT - Sim Mario Covas - PSDB - Sim Ervin Bonkoski - Bloco - Sim Mauricio Najar - Bloco - Sim Flavio Ams - PSDB - Sim Osvaldo Stecca - PMDB - Sim Ivanio Guerra - Bloco - Sim Paulo Novaes - PMDB - Sim Joni Varisco - PMDB - Sim Pedro Pavao - PPR - Sim Jose Felinto - PP - Sim Roberto Rollemberg - PMDB - Sim Jose Richa - PSDB - Sim Robson Tuma - PL - Sim Luciano Pizzatto - Bloco - Sim Tuga Angerami - PSDB - Sim Luiz Carlos Hauly - PP - Sim Valdemar Costa Neto - PL - Sim Matheus lensen - PSD - Sim Wagner Rossi - PMDB - Sim Max Rosenmann - PDT - Sim Walter Nory - PMDB - Sim Munhoz da Rocha - PSDB - Sim Otto Cunha - PPR - Sim Mato Grosso Pedro Tonelli - PT - Sim Jonas Pinheiro - Bloco - Sim Pinga Fogo de Oliveira - PDT - Sim Louremberg Nunes Rocha - PPR - Sim Sergio Spada - PP - Sim Marcio Lacerda - PMDB - Sim Wilson Moreira - PSDB - Sim Oscar Travassos - PL - Sim Ricardo Correa - PL - Sim Santa Catarina Rodrigues Palma - Bloco - Sim Angela Amin - PPR - Sim Welington Fagundes - PL - Sim Cesar Souza - Bloco - Sim Distrito Federal Dejandir Dalpasquale - PMDB - Sim Augusto Carvalho - PPS - Sim Dercio Knop - PDT - Sim Dirceu Cameiro - PSDB - Sim Benedito Domingos - PP - Sim Edison Andrino - PMDB - Sim Joao Brochado - PP - Sim Esperidiao Amin - PPR - Sim Meira Filho - PP - Sim Luiz Henrique - PMDB - Sim Osorio Adriano - Bloco - Sim Nelson Wedekin - PDT - Sim Sigmaringa Seixas - PSDB - Sim Neuto de Conto - PMDB - Sim Valmir Campelo - PTB - Sim Paulo Duarte - PPR - Sim Goias Ruberval Pilotto - PPR - Sim Antonio Faleiros - PSDB - Sim Vasco Furlan - PPR - Sim Delio Braz - Bloco - Sim Rio Grande do Sul Haley Margon - PMDB - Sim Iram Saraiva - PMDB - Sim Adroaldo Streck - PSDB - Sim Joao Natal - PMDB - Sim Adylson Motta - PPR - Sim Lazaro Barbosa - PMDB - Sim Antonio Britto - PMDB - Sim Lucia Vania - PP - Sim Amo Magarinos - PPR - Sim Luiz Soyer - PMDB - Sim Carlos Cardinal - PDT - Sim Maria Valadao - PPR - Sim Carrion Junior - PDT - Sim Mauro Borges - PP - Sim Celso Bemardi - PPR - Sim Margo de 1994 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1493 Eden Pedroso - PT - Sim b) de imposiijao de naturalizacao, pela norma estrangeira, Fernando Carrion - PPR - Sim ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condifdo para Fetter Junior - PPR - Sim permanencia em seu territorio ou para o exercfcio de direitos civis. Germano Rigotto - PMDB - Sim Art. 2° Esta emenda entra em vigor na data de sua publica- Ivo Mainardi - PMDB - Sim Cao. Joao de Deus Antunes - PPR - Sim O SR. AMAURY MULLER (PDT - RS) - Sr. Presidente, Josd Fogaca - PMDB - Sim eu queria que V. Ex" autorizasse o registro do meu voto "Sim". Lufs Roberto Ponte - PMDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex" sera aten- Mendes Ribeiro - PMDB - Sim dido. Nelson Jobim - PMDB - Sim O SR. NAN SOUZA (PP - MA) - Sr. Presidente, gostaria Nelson Proemja - PMDB - Sim que V. Ex" registrasse meu voto "sim". Odacir Klein - PMDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex" sera aten- Osvaldo Bender - PPR - Sim dido. Pedro Simon - PMDB - Sim O SR. BETO MANSUR (PPR - SP) - Sr. Presidente, gos- Telmo Kirst - PPR - Sim taria que V. Ex" registrasse meu voto "sim". Victor Faccioni - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex" sera aten- Wilson Miiller - PDT - Sim dido. 0 SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Votaram "sim" O SR. JOSE SERRA (PSDB - SP) - Sr. Presidente, eu 377 Srs. Congressistas; e "nao" 1 Congressista. gostaria que V. Ex" registrasse meu voto "sim". Houve 5 abstencoes. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex" sera aten- Total de votos: 383. dido. Aprovada a proposta, fica prejudicada a emenda. O SR. JOSE CICOTE (PT - SP) - Sr. Presidente, eu gos- Nao tendo ocorrido alteraifao do texto, fica dispensada a taria que V. Ex" considerasse meu voto como "sim". redacao final. A proposta aguardara na Secretaria-Geral a pro- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex' sera aten- mulgafao. dido. 6 a seguinte a proposta aprovada: O SR. OSMANIO PEREIRA (PSDB - MG) - Sr. Presi- dente, gostaria que V. Ex' fizesse constar o registro do meu voto PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL "Sim". DE REVISAO N" 3-A, DE 1994 O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex' sera aten- A Mesa do Congresso Nacional, nos termos do art. 60 da dido. Constituicao Federal, combinado com o art. 3° do Ato das Disposi- O SR. LOURIVAL FREITAS (PT - AP) - Sr. Presidente, foes Constitucionais Transitdrias, promulga a seguinte emenda ao gostaria de registrar meu voto "sim". texto constitucional: O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex' serf aten- Art. 1° A alfnea c do inciso I, a alfnea b do inciso II do § 4° dido. do art. 12 da Constituifao Federal passam a vigorar com a seguinte O SR. GILVAM BORGES (PMDB-AP) - Sr. Presidente, redacao: gostaria de registrar meu voto "sim". Art.12 O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex" serf aten- 1 - dido. O SR. VITAL DO REGO (PDT - PB) - Sr. Presidente, a ) b ) gostaria que V. Ex" registrasse o meu voto "sim". O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex" serf aten- c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mae dido. brasileira, desde que venham a residir na Republica Federativa do Passa-se ao item 6: Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. Apreciacao, em primeiro tumo, das propostas revisionais e II respectivas emendas, oferecidas aos arts. 12, 14, 28, 29, 77, 79 e a ) outros, da Constituifao Federal (supressao de vices) - Parecer n" b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na 17, de 1994-RCF. Republica Federativa do Brasil hd mais de quinze anos inintermp- O Parecer n" 17, de 1994, concluiu pela apresentafao de tos e sem condenagao penal, desde que requeiram a nacionalidade substitutivo. brasileira. Em discussao a marfria. § 1° Aos Portugueses com residencia permanente no Pafs, O SR. ALVARO VALLE - Sr. Presidente, peijo a palavra se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serao atribufdos pela ordem. os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- Constituifao. vra ao nobre Congressista Alvaro Valle. § 2° O SR. ALVARO VALLE (PL - RJ. Pela ordem. Sem revi- § S" sao do orador.) - Sr. Presidente, quero apenas registrar, na votafao § 4° anterior, meu voto "sim". O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Feito o registro. ^ I. A SRA. CIDINHA CAMPOS - Sr. Presidente, pe^o a pa- II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: lavra pela ordem. a) de reconhecimento de nacionalidade origindria pela lei O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- estrangeira; vra a nobre Congressista Cidinha Campos. 1494 Quarta-I'eira 9 D1ARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Marqo de 1994

A SRA. CIDINHA CAMPOS (PDT - RJ. Pela ordem. O SR. JOSE GENOINO (PT-SP, Para discutir. Sem revi- Sem revisao da oradora.) - Sr. Presidente. desejo registrar a minha sao do orador.) - Sr. Presidente, Si's e Srs. Congressistas, a emen- presen^a e o meu voto "sim". da aglutinativa anunciada agora no plenario elimina parle das Cheguei atrasada porque estava relatando a CPI da Previ- nossas apreensoes em relayao a discussao desta materia. Na verda- dencia. de, estamos iniciando o debate sobre as reformas politicas, que comporta duas apreciayoes: a primeira diz respeito a oporlunidade O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Esta feito o re- de sua implementafao, e a emenda aglutinativa que elimina o as- gistro. pecto do casm'smo, de mexer-se nas regras do jogo. quando o jogo O SR. TILDEN SANTIAGO - Sr. Presidente, pefo a pala- ja esta em andamento. Chamo a aten^ao para este problema por- vra pela ordem. que enfrentaremos esta questao em outras materias mais polemi- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- cas, como no caso da desincompatibilizayao e do direito a vra ao nobre Congressisla Tilden Santiago. reeleiijao. O SR. TILDEN SANTIAGO (PT-MG. Pela ordem. Sem Reconheyo que a emenda aglutinativa, anunciada pelo Rela- revisao do orador.) - Queria registrar tambem a minha presen^a e tor Nelson Jobim, elimina a primeira apreensao. Quero, entretanto, o meu voto "Sim". levantar outro argumento que diz respeito ao meritp da questao: o O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Feito o registro. problema da eliminayao dos vices - Vice-Prefeito, ,Vice-Governa- Passa-se ao item 6. dor e Vice-Presidente da Republica. Quando examinamos a Cons- Apreciagao, em primeiro turno, das Propostas Re- tituipao, temos que olhar tanto para o retrovisor quanto para a visionais e respectivas emendas, oferecidas aos arts, 12, frente. A emenda mantem o texto constitucional, que preve a elei- 14, 28, 29, 77. 79 e outros, da Constitui^ao Federal (su- yao do substitute do Presidente no caso de vacancia do cargo, na pressao de vices) - Parecer n" 17, de 1994-RCF. metade do mandate. Portanto, nos tres primeiros anos. a eleiyao se dara pelo voto direto e, nos dois ultimos anos, pelo voto indireto. Sobre a mesa, requerimento que sera lido pelo Sr. Desejo discutir basicamente as duas hipdteses. Sabemos rSecretario. que, no sistema presidencialista, uma eleipao para Presidente mexe E lido o seguinte. com muitas forpas sociais e politicas. Realizar uma eleiyao presi- dencial pelo voto direto para substituir o Presidente da Republica REQUERIMENTO N" 111, DE 1994-RCF com mandate de tres anos ou dois anos e meio? Vejam bem a ins- Nos termos regimentais, requeremos adiamento da discus- tabilidade das instituifoes democraticas; elege-se um Presidente da sao por duas sessoes do Parecer n" 17, de 1994-RCF. Republica, que tern seis meses para montar o seu ministerio, go- Sala das Sessoes, 3 de margo de 1994. - Wilson Miiller - verna por um ano e. no outro ano, jd entra o processo sucessorio. PDT, Eden Pedroso - PT. Portanto, nos corremos o risco de ter uma sucessao direta para Pre- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Em vota^ao o re- sidente da Republica, que envolve opijoes partidarias e programas. querimento de adiamento da discussao da materia. que envolve uma discussao em que a populayao brasileira faz op- Os Srs. Congressistas que o aprovam queiram permanecer foes. Demarca-se campos para uma eleiyao em que, na verdade. o sentados. (Pausa.) sucessor vai fazer pouco. Inclusive, poderemos correr o risco de Rejeitado o requerimento. paralisia poh'tica e economica do Pat's com a eleigao de um Presi- Em discussao a materia. dente apenas para completar um mandate nessa hipotcse. Antes de conceder a palavra ao nobre Congressisla Jose Ge- Nesse sentido. Sr. Presidente, a Constituiyao Federal preve nomo, primeiro inscrito, que falara contra, passo a palavra ao Sr. que o vice substitui o Presidente. Em ultimo caso e que ha duas hi- Relator, que deseja prcstar alguns esclarecimentos. pdteses em que se tern o Presidente; somente no caso de vacancia O SR. NELSON JOB1M (Relator) - Sr. Presidente, foi do Vice-Presidente e que se realizara eleiyao direta para Presidente oferecido ao tcxto do substitutivo da Relatoria. que preve a supres- da Republica. sao do Vice-Presidente, do Vice-Govemador de Estado, do Vice- Entendo que estamos marcados pela sfndrome dos vices, Governador do Distrito Federal e do Vice-Prefeito. E uma emenda que nao e uma experiencia bem sucedida no Brasil - reconheya- aglutinativa assinada pelo Congressisla Jose Serra, pelas Lideran- mos. Nao fomos bem sucedidos em materia de Vice-Presidente. yas do PTB e do PEL, como tambem pela Lideran^a do PSDB no Mas, se olharmos a Revisao desse ponto para o exemplo do Vice Senado, que determina que esta emenda supressiva dos vices so do ex-Presidente Collor e de Tancredo Neves - escolhidos por um entre em vigor em 1° de Janeiro de 1995, asseguradas as prerroga- Colegio Eleitoral poderemos estar resolvendo um problema tivas do Vice-Presidente da Republica e dos Vice-Govemadores olhando pelo retrovisor. que forem eleitos em 1994. bem como dos Vice-Prefeitos com Preocupa-me muito uma eleiyao. Considerando a possibili- mandates vigentes ate 31 de dezembro de 1996. O substitutivo do dade do impeachment e da vacancia, so ha uma possibilidade, Relator previa a vigencia da emenda imediatamente. que e a sat'da do Presidente sem haver o Vice. A soluyao poderia O Relator reconsidera seu parecer e acolhe a emenda agluti- ser diferente, se a elei^ao do sucessor nao fosse apenas para com- nativa relativa ao art. 5°, para que a emenda supressiva dos vices pletar o mandato, isto e, se fosse para o mandato presidencial inte- so entre em vigor em Janeiro de 1995, preservando-se, portanto, os gral. Mas essa soluyao nao pode ocorrer porque esta emhutida no mandates do Vice-Presidente da Republica e Vice-Govemadores Relatorio do Relator Nelson Jobim a ideia da coincidencia das que forem eleitos no pleito de 1994, bem como dos Vice-Prefeitos elei^oes presidenciais com as elei^oes para o Congresso Nacional. cujos mandates vigoram ate 31 de dezembro de 1996. Por isso, o mandato de quatro anos. E o esclarecimento. Sr. Presidente. Essa questao tern rela^ao com o mandato de quatro anos. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Prestados os es- Para haver coincidencia na elei^ao do Presidente com a do Con- clarecimentos pelo Sr. Relator. concedo a palavra ao nobre Con- gresso Nacional. tern que haver a elei^ao do Presidente para o gressisla Jose Genofno, que falara contra a emenda. mandato tampao. Marco de 1994 D1ARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 149.S nha presenca nesta Casa, porque perdi a votagao anterior. Obriga- O problema c que a eleifao para o mandate tampao pode colocar o pat's dianle dc uma paralisia e de uma ingovemabilidade. do. O melhor seria escolhermos aqui a seguinte solugao: Se 6 para O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Esta feito o re- compatibilizar mandate presidencial com mandate do Congresso, gistro. temos quc manter o vice. Se e para nao ceincidir, a solucao melhor Concede a palavra ao nobre Congressista Armando Pinhei- e nao ter vice e a eleicao do sucessor ocorrer nao apenas para com- ro, que falara a favor da materia. pletar o mandate mas, sim. para urn pen'odo integral. O SR. ARMANDO PINHEIRO (PPR - SP. Para encami- Vejam hem. Srs. Congressistas, considerando o mandato nhar. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente. Sr's e Srs. Con- gressistas: presidencial de quatro anos, ele sai. Segundo esta proposta, tere- mos nes dois primeiros anos a eleicao direta: nos dois ultimos Entramos, neste instante, na discussao de uma emenda, con- anos, a eleicao indireta para e mandate tampao. Esta questao e ex- solidada pelo Sr. Relalor, de alta importancia para as nossas insti- tuicoes, na medida em que essa emenda abrange o cargo de tremamente arriscada para a governabilidade das instituicoes. No case da eleicao indireta, nao e tambem conveniente. Entao, neste Vice-Presidente da Repiiblica, de Vice-Governador e de Vice-Pre- case, como ha uma relacao enlre o mandato presidencial e o suces- feito. Portanto, trata-se de uma emenda que atinge todas as instan- sor do Presidente, eu preferiria que o eleito pudesse exercer o cias federativas. mandato integral de quatro anos, caso seja essa a nossa opcao. E at O Relator mostra bem, em sua justificativa, que a Hisloria nao teremos eleicao indireta nos dois ultimos anos. vem acusando acontecimentos que aconselham a alteracao das Sr. Presidente, levanto ainda uma outra observacao para a funcoes do Vice-Presidente da Repiiblica. Nao sao apenas os fatos nossa analise. Em qualquer das hipoteses, seja pela eleicao direta, mais recentes da Historia do Brasil, quais sejam. a rcmincia de Ja- seja pela eleicao indireta, temos a ftgura do mandato complemen- nio, a ascensao de Joao Goulart e a crise; o falecimento de Tancre- tar numa eleicao presidencial. Neste caso, entendo que as condico- do, a ascensao de Sarney e outras crises; o impeachment de es para exercer o mandato do eleito estarao E, at, nobre Deputado Collor, a ascensao de Itamar Franco, e nao safmos da crise. Tais Nelson Jobim, entra em contradicao com a ideia de combinar a fatos tern ocorrido em muitos Estados e em muitos muniefpios. eleicao presidencial com a do Congresso, porque vai haver uma E preciso, pois, dar-se o tratamento adequado a fungao e ao disparidadc. Temos uma eleicao solteira para o Presidente que vai cargo de Vice-Presidente da Repiiblica, razao pela qual manifesta- completar o mandato; nao vai haver eleicao para o Congresso, por- mo-nos a favor da proposta do Relator, mas acolhendo-a apenas tanto, vai coincidir depois. Eu preferiria, nesta hipotese, se e para parcialmente; e pretendemos propor ao Plenario que acolha o pro- ter a coincidencia do mandato dos parlamentares com o do Presi- jeto, a emenda, o substitutivo aglutinativo com as ressalvas de dente, ter a figura do vice. No caso de nao se manter essa hipotese, emendas. eu preferiria, nobre Rclator, que examinassemos a possibilidade de A respeito do Destaque n" 1, de minha autoria, que vai ser ter a eleicao indireta de qualquer forma: at, sim, para o mandato votado pelo Plendrio e em que me e dada a oportunidade de discu- integral, porque, assim como a cxperiencia dos vices foi ruim para tir, gostaria de chamar a atencao dos nobres Congressistas para o o Brasil, a cxperiencia de uma eleicao para mandato-tampao pode- seguinte; a minha emenda propoe uma solucao altemativa. Ela nao ra acarretar, por falta de tempo, uma ingovemabilidade muito extingue a funcao do Vice-Presidente pura e simplesmente, como grandc para as instituicoes. Como nao examinamos essas duas al- nao extingue a funcao do Vice-Governador e do Vice-Prefeito, ate ternativas, vinculando um tema ao outro, inscrevi-me para encami- porque entendemos que a falta do vice em todas as instancias gera nhar contra, pois considero a proposta inconveniente sob o ponto freqiientemente a intromissao de membro de um Poder, nao como de vista do merilo. segundo substituto, mas como primeiro substituto, na direcao de O ideal, no Brasil, seria que tivessemos duas eleicoes: uma um outro Poder. A meu ver, isso nao e salutar para o princtpio da para prefeito, vereador, deputado estadual e govemador - isto em interdependencia entre os Poderes, especialmente para o Poder Le- uma data - e outra para deputado federal, senador e presidente da gislative e o Poder Executivo. Repiiblica. Assim, seria uma eleicao menos complexa, e o eleitor Dai a minha proposta no sentido de que o Vice-Presidente teria visibilidade para escolher melhor seu candidate. Quanto mais da Repiiblica, assim como o Vice-Governador e o Vice-Prefeito complexa for a eleicao, mais dift'cil sera para o cidadao exercer o sejam apenas substitutes e nao mais sucessores do efetivo, do titu- seu direito de cscolha. lar. Isso significa que o Vice-Presidente 6 o companheiro eleito Portanto, nao devemos apreciar apenas essa proposta de ex- junto com o Presidente, com o Govemador ou com o Prefeito; cluir os vices, considerando a logica - e chamo a atencao do De- acompanha-o e o substituiu em todos os seus impedimentos, nas putado Prisco Viana, que discute esta materia cuidadosamente, e suas licencas, nas suas eventuais doencas, nas suas viagens, enfim, dos congressistas quc estao me ouvindo com atencao; mas deve- em tudo que gere um afastamento temporario; no entanto, ocorren- mos discutir os outros ilens da pauta da reforma polftica, pois ha do a morte, ocorrendo a remincia, ocorrendo o impeachment do uma ligacao direta, senao resolveremos apenas o problema do vice titular, o vice assume e, em 60 dias, convoca-se eleicao. e iremos fa/cr uma revisao constitucional. mais uma vez, descon- Pela minha proposta, essas eleicoes nao ocorrem nos 90, e, juntada. Estamos usando um remedio para o passado e nao para a sim, nos 60 dias, apos a declaracao da vacancia. E nao fica, tam- perenidade do funcionamento das normas poh'licas e das institui- bem, o Vice impedido de disputar o cargo de titular: ele tern o di- coes democraticas. reito de disputar a sua titularidade. Ele pode, sim, afastar-se, Por isso, encaminho contra, Sr. Presidente. assumindo o seu substitute imediato, no caso, o Presidente do Le- () SR. SIDNEY DE MIGUEL - Sr. Presidente, peco a pa- gislative, da Camara dos Deputados, da Assembleia ou da Camara lavra pela ordem. dos Vereadores. Convoca-se a eleicao para o preenchimento do O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex' tern a pa- cargo do titular; s6 ocorrera a eleicao indireta se a vacancia se der lavra. no ultimo ano do respective mandato. O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV - RJ. Pela ordem. Sem Trata-se de uma proposta mais afeita ao sistema da interde- revisao do orador.) - Sr. Presidente. eu gostaria de consignar mi- pendencia dos Poderes. O Presidente tern o seu substituto; ele so 1496 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONST1TUCIONAL Margo de 1994 nao tem predeterminado o seu sucessor. Este e realmente um atri- Enquanto V. Ex* localiza o dispositive, eu gostaria de dizer buto do povo, ou, no ultimo ano, do Legislativo que o representa. que a inspiragao desta questao de ordem veio de uma diivida que Sr. Presidente, Srs. Congressistas, daf por que somos favo- tenho; por mais que me esforce, nao consigo entender a inspiragao raveis a proposta do Sr. Relator, com as ressalvas dos destaques. O dessa proposta de extingao do cargo de Vice-Presidente da Repu- Destaque n" I, de minha autoria, oferecera ao Plenario a perspecti- blica, que e um cargo inerente ao sistema presidencialista de go- va de uma solugao intermediaria, ou seja. o Vice-Presidente, Go- verno, que o povo vem de consagrar no plebiscite do dia 21 de vemador ou Prefeito desempenharao a sua fungao de substituto abril do ano passado. legitimo do titular; mas, no caso de vacancia, convoca-se a eleigao Sr. Presidente, passo agora 4 questao de ordem. e elege-se o sucessor, diretamente nos tres primeiros anos e indire- Diz o § 3° do art. 4° do Regimento: tamente no ano final. "§ 3° 6 vedada a apresentagao de propostas revi- E a proposta que trago aos nobres Congressistas. sionais que: O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tendo falado dois oradores, um a favor e outro contra, esta encerrada a discus- I - incidam na proibigao constante do § 4° do art. sao. 60 da Constituigao; Passa-se a votagao, II - substituam integralmente a Constituigao; Sobre a mesa, requerimento que vai ser lido pelo Sr. 1° Se- cretario. III - digam respeito a mais de um dispositive, a E lido o seguinte nao ser que se trate de modificagoes correlatas;" Agora, Sr. Presidente, pego a atengao de V. Ex* para o inci- REQUERIMENTO N" 112, DE 1994 - RCF se IV: Nos termos regimentais, requeremos adiamento da votagao: por duas sessoes do Parecer n" 17. "IV - contrariem a forma republicana de Estado e Sala das Sessoes, 3 de margo de 1994 - Wilson Miiller o sistema presidencialista de governo." PDT - Eden Pedroso - PT. Ora, a proposta extinguindo a Vice-Presidencia da Republi- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Em votagao o re- ca, que i um cargo inerente ao sistema presidencial de governo, querimento de adiamento da votagao da materia. contraria frontalmente o inciso IV do § 3° do art. 4° do Regimento. Os Srs. Congressistas que o aprovam queiram permanecer Pego, portanto, a V. Ex* que, considerando esta fundamen- sentados. (Pausa.) tagao, determine a retirada da proposigao, por ser contrdria ds nor- Rejeitado. mas que regulam o funcionamento desta Assembldia Revisora, Sobre a mesa, emenda aglutinativa que vai ser lida pelo Sr. porque desfigura o presidencialismo. 1" Secretario. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- E lida a seguinte vra ao Sr. Relator. EMENDA AGLUTINATIVA N0 1 O SR. NELSON JOBIM (Relator) - Sr. Presidente, o - nente Deputado Prisco Viana argiii que as propostas revisionais AO SUBSTITUTIVO DO RELATOR que foram objeto do parecer ora em apreciagao incidem na veda- EMENDA CONSTITUCIONAL DE REVISAO N" gao do inciso IV do § 3° do art. 4° das normas que regulamentam os trabalhos revisionais, pois sustenta o eminente Congressista que (Parecer n" 17, de 1994) contrariam o sistema presidencialista de governo. Creio, Sr. Presidente, que nao assiste razao ao eminente A Mesa do Congresso nacional, nos termos do art. 60, da Parlamentar, uma vez que nao 6 necessariamente da essencia, Constituigao Federal, combinado com o art. 3° do Ato das Disposi- como pretende o nobre Parlamentar, do sistema presidencialista de goes Constitucionais Trasitorias, promulga a seguinte emenda ao governo a existencia ou nao de um Vice-Presidente da Republica. textoconstitucional: O que 6 da essencia efetiva do sistema presidencialista de governo e a separagao absoluta entre o Legislativo e o Executivo, de forma tal que nao tenha o Executivo dependencia do Legislativo no que Art. 5° Esta Emenda Constitucional entra em vigor em 1° de diz respeito & sua formagao. E exatamente o que o identifica como Janeiro de 1995, assseguradas as prerrogativas do Vice-Presidente diferenciagao clara em relagao ao sistema parlamentar de governo. da Republica e dos Vice-Govemadores que forem eleitos em 1994, bem como dos Vice-Prefeitos com mandates vigentes ate 31 Sabemos que o mundo modemo tem conhecido alguns sis- temas mistos ou presidenciais mistos. Mas, quando se fala em sis- de dezembro de 1996, Sala das Sessoes, 8 de margo de 1994. - Mario Covas - temas presidencialistas mistos ou parlamentares mistos, nao esta PSDB -DE - Jose Serra - PSDB - Nelson Trad - PTB - Eduar- na exist6ncia ou nao de um Vice-Presidente da Republica a carac- do Magalhaes - PEL. teristica basica; estd, isto sim, na dependencia ou nao, por parte do O SR. PRISCO VIANA - Sr. Presidente, pego a palavra sistema presidencial de governo, do voto de censura ou nao de de- para uma questao de ordem. terminados membros do prdprio governo. Ou seja. Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- a existencia ou nao do Vice-Presidente da Republica diz respeito a vra a V. Ex' uma conveniencia ou nao ao sistema presidencialista de governo. O SR. PRISCO VIANA (PPR - BA. Para uma questao de E em nada alteraria, ou altera, o sistema presidencial de governo a ordem.) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, levanto, perante a supressao do Vice, porque a Constituigao, pelas alteragoes propos- Mesa, uma questao de ordem. com base no art. 4°, § 3°. do Regi- tas, preveria os mecanismos, na hipdtese de vacancia da Presiden- mento do Congresso Revisor. cia da Republica, do exerdcio do cargo da Presidencia da Republica dentro do modelo presidencial de governo. Mario de 1994 D1ARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quartu-t'eira 9 1497 Portanto, Sr. Presidente. nao sendo necessariamente da es- da da presidencia pela batida de um coraiao", eram julgamentos seneia do modelo presidencialista a existencia do Vice, a questao daqucles tempos. da existencia do Vice c uma op^ao que pode se fazcr dentro do John Adams, que depois foi presidente, quando o ocupou prdprio sistema presidencialista de govemo. Razao pela qua! en- classificou o cargo como "o mais insignificante lugar que a criati- tende a Relatoria que nao ha incidencia na vedaiao do inciso IV vidade do homem podia inventar". Thomas Jefferson, que tambem do § 3° dessa emcnda. Haveria, isto sirn. se livessemos aqui pro- foi presidente. ironizou-o quando o exerceu: "Deleitar-me-ei com posto qualquer tipo de emcnda que importasse em que a composi- noites filosoficas no inverno e dias rurais de verao, O segundo lao do Executivo estivesse na dependeneia da vontade do posto do Governo e honroso e facil". A visao genial dos "pais fun- Legislativo, que e exatamente o ponto da separagao cntre o siste- dadores" do sistema americano mostrou-se, com o tempo, um dos ma presidencial de governo e o sistema parlamentar de govemo. mais admiraveis instrumentos de estabilidade polftica e de integra- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - O Deputado dade do sistema presidencial. Cabot Lodge afinnava que era uma Prisco Viana gostaria de fazcr alguma ohservaiao? "ideia pobre considerar a vice-presidencia uma prateleira". O SR. PRISCO VIANA - Sr. Presidente. eu gostaria de di- Mostrou-se um cargo de grande importancia polftica, por- zer que, a despeito do brilho com que sempre la/, suas intervenio- que ele funeiona como um salva-vidas, exatamente, cm momentos es, o Deputado Nelson Jobim nao me convenceu. O cargo de de crise. Ele e a seguranga da continuidade, sem abalos nem ruptu- Vice-Presidente e caracten'stico do sistema presidencialista. Nds o ras. Ele da estabilidade ao funcionamento normal das instituiioes, adotamos desde quando inslitui'mos o sistema presidencialista que com regras claras prees-tabelecidas. E uma funyao diffcil porque o povo acaba de confirmar em plebiscito. Copiamos o sistema pra- lida com a tragedia e e sempre acionada em casos de comoiao na- ticado nos Eslados Unidos, onde existe o cargo de Vice-Presiden- cional. Roosevelt morreu em plena guerra. Foi Truman quern teve tc. de tomar as decisoes externas. A vice-presidencia assegurou, na Sr. Presidente, nao entendo como surgiu essa ideia. Esfor- sua forya institucional, a continuidade. A renuncia de Nixon, o as- 90-me para chegar a alguma conclusao. Nao alcanyo a inspirayao sassinate de Kennedy, para falar dos tempos modemos. dessa proposta. Aqui se falou em medidas com os olhos voltados E o Brasil? A renuncia de Janio? A doenya de Trancredo? no retrovisor. Foi o que disse o Deputado Jose Genomo. O Depu- Quern de nos poderia responder sobre o que teria acontecido com tado Armando Pinheiro referiu-se a fatos da conjuntura politica o pai's e as instituiyoes se a vice-presidencia nao existisse? O pro- recente, para justificar proposta tao insdlita. Sera entao que se de- blema nao e o vice-presidente, e sim ter uma instituiyao para admi- seja extinguir a Vice-Presidencia por um preconceito contra o Se- nistrar a crise. Hoje nos estados Unidos, e cito estados Unidos nador Jose Samey e o Presidente Itamar Franco que toram os porque foi de la que copiamos sairam e saem muitos estudos e li- ultimos vices a assumir a Presidencia da Republica? Sera que e vros sobre a genialidade dos convencionais de Filadelfia, quando a com esse sentimento que se irti decidir cm materia constitucional, institufram. Desapareceram aqueles que a julgavam desnecessaria. por uma idiossincrasia? Hoje, a vice-presidencia integra-se ao Governo. Mondale e Bush Ao conlrario do que foi dito, a Vice-Presidencia tern sido foram aqueles que, nos tempos atuais, formalizaram as regras fun- um mecanismo, um instrumento de estabilidade. jamais de instabi- damentais do seu exercfcio com Carter e Reagan, que comeyaram lidade. Foi a Vice-Presidencia que evitou as crises institucionais o ciclo dos vices acompanhando todos os setores do Govemo, mu- em instantes graves da vida national, como no episddio do suicf- nidos de assessoria e participayao, para estarem preparados e parti- dio do Presidente Getiilio Vargas, quando assumiu o Vice-Presi- cipayao, para estarem preparados para a sua funyao. numa das dente Cafe Filho; na rentincia do Presidente Janio Quadros, e mais mais dificeis do sistema democratico, que e administrar a crise de recentemente, por ocasiao da morte do Presidente Presidente Tan- poder, sem soluyao de continuidade. credo Neves e no episddio do impeachment. Foi a Vice-Presi- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia dencia que assegurou a estabilidade institutional, e o Pai's nao consulta os nobres Congressistas Josaphat Marinho e Carlos Lupi, corrc nenhum risco com a existencia dela. Os problemas do Brasil que pedem a palavra, se desejam falar contestando a questao de or- nada tern a vcr com o fato de que ha Vice-Presidente c que estc dem ou nao. (Pausa.) substitui o Presidente nas hipdteses de vacancia do cargo. Esta Entao, vou prolerir a decisao: a Presidencia. acolhendo as nao e materia de revisao, na medida em que e assunto que diz res- ponderayoes do Sr. Relator. indefere a questao de ordem e mantem peito a uma decisao do plebiscito que confirmou o presidencialis- a tramitayao da materia. mo. E parccc que o que se deseja com essa emcnda e burlar o O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, peyo a palavra presidencialismo trazendo uma regra do parlamentarismo para a pela ordem. Constituiyao, porque, nao havendo mais o vice, o sucessor do Pre- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- sidente da Republica sera eleito pelo Congresso. como acontece vra ao nobre Congressista Carlos Lupi. no sistema parlamentar de governo. Para concluir. Sr. Presidente. apelando para o bom senso do O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem. Sem revi- Congresso Revisor no sentido de rejeitar essa proposta absurda, sao do orador.) - Sr. Presidente, apenas desejo registrar que, na pe^o que essa parte do excelente artigo, escrito pelo Senador Jose votayao do requerimento, tentei pedir verificayao de quorum, mas Sarney, que O Globo publicou no ultimo sabado, conste do meu o meu microfone estava desligado. pronunciamcnto, Embora nao seja mais oportuno, fayo este registro, para que V. Exa. Sr. Presidente, evite que o fato se repita em outras ocasid- DOCUMENTO A QUE SE REE ERE O SR. FRIS- es. CO VIANA EM SEU DISCURSO: O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Sera feito o re- Esse cargo foi durante muito tempo alvo de muitas chaco- gistro, e apresento as escusas da Presidencia pela falha. tas, como bem acentua Alotta. no seu aprofundado livro sobre o A Presidencia consulta o nobre Senador Josaphat Marinho que e a instiluiyao da vice-presidencia. se deseja usar a palavra para encaminhar a votayao. "Que emprcgo c este? A unica maneira de voce progrcdir e O SR. JOSAPHAT MARINHO - E para encaminhar, Sr. pela morte de seu chefe", ou "o trabalho da pessoa que fica afasta- Presidente. 1498 Quarta-feira 9 DIARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Margo de 1994 O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nobre Senador, Vice-Presidente, de Vice-Govemador, de Vice-Prefeito significa a tenho que seguir a seqiiencia dos trabalhos. escolha de alguem pelo vote popular. Pouco importa divergencia Solicito o parecer do nobre Relator, nos termos do § 2° do maior ou menor no curso do mandate com o titular do cargo. A art. 6° da Resolugao n" I. questao nao e esta. A questao d que a existencia do vice assegura a O SR. NELSON JOB1M (Relator) - Sr. Presidente, as Li- substituigao ou a sucessao normal, e a sucessao se da em cardter derangas do PSDB, no Senado Federal e na Camara dos Deputa- tranqiiilo, previamente conhecido, sem que a Nagao, o Estado ou o dos, do PFL e do PTB oferecem emenda aglutinativa para alterar o municipio fiquem expostos a decisoes circunstanciais. Muito pior art. 5° do substitutivo do Relator. do que a divergencia com os titulares e a escolha inesperada, em O substitutivo do Relator, aeolhendo as emendas ofereeidas assembleias hostis a situagao dominante, ou formadas de modo ta- atemporariamente, determina que a emenda entra em vigor na data manhamente heterogeneo que a escolha se tome difi'cil para uma de sua publicagao, asseguradas as prerrogativas dos Vice-Gover- boa solugao. nadores e Vice-Prefeitos com mandates vigentes ate 31 de dezem- Tudo esta. portanto, a nos mostrar que 6 muito melhor urn bro de 1994 e de 1996, respectivamente. vice provindo do vote popular do que urn sucessor ou substitute O parecer do Relator havia, portanto. acolhido a vigencia que venha a ser escolhido eventualmente em circunstancias ines- imediata da supressao dos Vices no sistema presidential brasileiro. peradas. E melhor considerar-se a estabilidade das instituigoes do No entanto, as Liderangas antes referidas oferecem emenda agluti- que maiores ou menores divergencias ocasionais com os titulares nativa com a seguinte redagao: do cargo. "Esta emenda constitucional entra em vigor em 1° de Janei- Por essas razoes. Sr. Presidente, declaro que votarei pela ro de 1995, asseguradas as prerrogativas do Vice-Presidente da manutengao do texto da atual Constituigao. Reptiblica e dos Vice-Govemadores que forem eleitos em 1994, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Para observar a bem como dos Vice-Prefeitos com mandates vigentes ate 31 de altemancia, concedo a palavra ao nobre Congressista Affonso Ca- dezembro de 1996." margo, que falara a favor da emenda. Significa que a emenda pretendida pelas Liderangas men- O SR. AFFONSO CAMARGO (PPR - PR. Para encami- cionadas somente deseja a vigencia da emenda a partir de 1995. nhar. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, Terfamos, portanto, nas eleigoes de 1994, a se realizarem em outu- creio que sobre esta materia cada urn ja tenha formado a sua opi- bro de 1994, ainda a manutengao do cargo de Vice-Presidente da niao, at6 pela vivencia que temos e pela tradigao em relagao ao Reptiblica. Nao se aplicaria as atuais eleigoes e somente se aplica- cargo de vice. Inclusive, tenho experiencia prdpria, pois fui Vice- ria as eleigoes para Presidente e Governador que se realizassem Govemador do Estado do Parana. em 1998 e, tambem, as eleigoes para Prefeito, que se realizarao em Evidentemente, nao tenho a pretensao de mudar a opiniao 1996. de ninguem. Eu diria ate que ficarei surpreso se esta emenda for Sr. Presidente, considerando as justificativas ofereeidas pe- aprovada, porque assuntos polemicos como este dificilmente serao las Liderangas e a parte introdutoria initial da sustentagao do De- aprovados na Revisao Constitucional. Por uma questao de cons- nutado Jose Genoino, entende a Relatoria de acolher a emenda ciencia, e porque apresentei emenda neste sentido, trago dois argu- uira substituir o art. 5", fazendo com que a supressao dos vices, se mentos a favor da extingao do cargo de vice. or aprovada em plenario, somente se aplique para as eleigoes pos- O primeiro 6 de ordem factual; 6 o que observamos, durante leriores a 1° de Janeiro de 1995, portanto, nao se aplicando as elei- todos estes anos, com relagao ao cargo de Vice, que, embora exis- goes de 1994. ta, e uma fungao muito difi'cil de ser exercida; tanto que. hoje, o O SR. JOSE GENOINO - Sr. Presidente, pego a palavra mais comum sao os vice-govemadores serem escolhidos para de- pela ordem. sempenharem a fungao de Secretdrios de Estado, porque essa fun- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- gao e muito complicada e complexa. Como dizem, o vice 6 aquela vra ao nobre Congressista Jose Genoino. pessoa que tern a caneta sem tiuta; o povo pensa que ele pode de- O SR. JOSE GENOINO (PT - SP. Pela ordem. Sem revi- cidir. Quando ele assume, naturalmente quer mostrar a sua marca sao do orador.) - Sr. Presidente. estamos apenas ouvindo a leitura de govemo, o que, muitas vezes, cria um problema entre ele e o ti- da emenda aglutinativa. Todavia, e fundamental que tenhamos tular. acesso a redagao final, a fim de podermos ler atentamente e discu- Todavia. o argumento mais importante que vejo e de que a tir a emenda nas nossas Bancadas. Solicito, pois, as providencias substituigao nas ausencias, mesmo que momentanea - nao na au- cabfveis. sencia definitiva - do titular do Poder Executive pelo Chefe do O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - O parecer esta Poder Legislative, evidentemente, gerara um melhor entrosamcnto sendo distribuido, nobre Congressista Jose Genomo. e harmonia entre os dois Poderes. Creio que os tecnocratas, que O parecer e favoravel. nao tomam conhecimento do Poder Legislativo, o veriam com Passa-se ao encaminhamento. muito mais forga e muito mais respeito se soubessem que, na au- Nos termos regimentais, poderao falar dois Congressistas a sencia do titular do Poder Executivo, o substitute seria o Presiden- favor e dois contra. te da Camara ou da Assembl6ia Estadual. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- Sao razoes que tenho comigo e que me colocam a favor vra, para encaminhar contra, ao eminente Congressista Josaphat dessa emenda aglutinativa. Marinho. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Para encaminhar O SR. JOSAPHAT MARINHO (PFL - BA. Para encami- contra, concedo a palavra ao nobre Congressista Liberato Caboclo. nhar. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente. Srs. Congressistas, O SR. LIBERATO CABOCLO (PDT - SP. Para encami- quer se considere inerente ou nao ao presiden,.i,V:smo o cargo de nhar. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, Vice, parece-me de todo inconveniente suprimi-lo. realmente causa perplexidade esse tipo de proposta. Norberto Bob- A questao nao esta em que a supressao se de agora ou a par- bio, cientista politico que todos conhecemos, tem mostrado que, tir de 1995. O problema e de natureza institucional. O cargo de no inicio da formagao de todos os Estados, ha sempre uma luta Margo de 1994 diArio da revisao constitucional Quarta-feira 9 1499

fratricida: Romulo e Remo, Caim e Abel, Fernando e Pedro Col- "Emenda Aglutinativa n° I - A Mesa do Congres- lor. so, nos termos do art. (...) promulga a seguinte emenda Nao entendo por que o Deputado Jose Serra usa as expe- ao texto constitucional:" riencias ruins presentes para justificar a sua emenda. porque o E a linica emenda aglutinativa que esta redigida Congresso Nacional gostou tanto do Presidente Jose Samey que dessa forma, diferentemente das outras duas. Enquanto Ihe deu mais um ano de mandalo. E o PSDB gosta tanto do Vice- estas explicitam as emendas em tramitayao nas quais se Presidente Itamar Franco que esta la no Govemo. apdiam, a terceira nao cita nenhuma emenda em tramita- A experiencia que se tem e que os dois ultimos Vice-Presi- yao que seria a sua base. dentes foram muito hem quistos por este Congresso. Em rela^ao a Posto isso, a minha questao de ordem esta rela- Cafe Filho e Joao Goulart, a implicancia nao era contra eles: era 0 cionada ao art. 6°, § 1°, da Resoluyao n 1/93, que diz; contra a democracia. Nao tinha nada a ver com a figura de Cafe Filho. Foi o Sr. Carlos Luz, Penaboto et caterva que armaram o "Admitir-se-a, ainda, o oferecimento, em plena- golpc que, depois, foi se dcflagrar em 1964. rio, no momento da votayao, de emendas aglutinativas, Entao, esse negocio de dizer que os vices tem causado pro- resultantes de fusao de emendas em tramitayao, ou des- blemas institucionais e apenas um reviver do velho Jos6 Serra da tas com o texto de propostas em apreciayao." AP, com seu maniquefsmo, ja que ele nao gosta de Santo Agosti- A minha pergunta a Mesa e a seguinte: em que emendas em nho desde esses tempos: prcfere o tomismo. tramitayao estaria apoiada essa suposta emenda aglutinativa, que Nao encontro outra razao para essa emenda, senao o fato de nao faz nenhuma referencia, diferentemente de todas as demais o humorista Jo Soares ter criado uma implicancia muito grande emendas aglutinativas? com o vice-presidente, quando dizia brincando: "Vice nao! Voce O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Com a palavra o conhece alguma praya chamada Vice? Conhece algum Estado cha- Relator. mado Vice? Rua Vice? Nao!" Entao, eu chamaria esse projeto de O SR. NELSON JOBIM (Relator) - Sr. Presidente, esta "Projeto JS", porque pode ser Jose Serra ou Jo Soares. materia ja foi objeto de discussao em plcnario. As emendas nomi- Acho uma incoerencia. O Deputado Jose Serra nao tem nadas aglutinativas, conforme o § 2° do art. 6°, tem origem no Rc- nada de ingenuo. E claro. 6 obvio que, por tras disso, esti o parla- gimento da Camara, onde nao ha necessidade absoluta da mcntarismo sub-repticio. E evidente que, na ausencia do Presiden- existencia de emendas a serem aglutinadas. Ha, isto sim, a forma- te, assumindo o Presidente da Camara e do Senado, vai se criar yao de um texto unico. uma molivagao, uma cxemplificayao parlamentarista, coroando os O Deputado Haroldo Lima, na ultima sessao da Camara, sonhos dourados do Deputado Jose Serra. teve oportunidade de aprovar, junto com seu Partido, uma emenda Portanto, Srs. Congressistas, acredito que haja razoes de na- aglutinativa relativa aos cartorios, que absolutamente nao era aglu- tureza ontoldgica. E muito comum em filho unico: nao querer o tinayao de nada, mas, sim, o resultado de um entendimento produ- segundo. Nao conhcyo a heranya familiar do Deputado Jose Serra, zido parcialmente pelo Relator, na epoca o Deputado Nelson mas esse tipo de comportamento pode ter uma razao emocional, Jobim. pessoal ou arquetfpica, revivendo a tragedia de Caim e Abel; e, re- As emendas aglutinativas caracterizam-se. Sr. Presidente, vivendo o maniquefsmo, o Bern seria o Presidente e o Mai seria como emendas de transayao, que sao aquelas que se produzem no sempre o Vice-Presidente. plenario, para possibilitar o andamento da materia e a sua votayao. Nao conhe^o nenhum trabalho que mostre que o indivfduo, Esse e o mecanismo que surgiu na elaborayao da Constitui- por exercer uma funyao, piore ou melhore a sua estrutura de perso- yao Federal, no im'cio de 1987, quando se introduziram as chama- nalidade. das emendas de transayao ou difusao, a epoca da Assembleia O PDT vai votar totalmente contra, porque concorda com o Nacional Constituinte. No im'cio, tentou-se, efetivamente, um mo- Deputado Prisco Viana. E uma heresia, desculpe Nelson Jobim, delo pelo qual deveriam, inclusive, conter palavras as emendas grande constitucionalista, porque nao posso pressupor que uma que se aglutinavam e que se fusionavam. funyao preveja a ubiqiiidade de um ser humano. Portanto, nao No entanto. Sr. Presidente, com o uso do instrumento, veri- pode haver um cargo onde nao exista o substitute. ficando a sua pertinencia e a sua necessidade para a produyao dos Era o que tinha a dizer. entendimenlos, acabou-se utilizando essas emendas como emen- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia das de transayao, que sao emendas que produzem a votayao em comunica aos Srs. Congressistas que, se nao houver objeyao, vai Plenirio e que, de resto, o Deputado Haroldo Lima conhece perfei- prorrogar a sessao ate as 21 h. (Pausa.) tamente, por ter utilizado varias vezes na Camara dos Deputados e Prorrogada, portanto, a sessao at6 is 21h. por ter votado presentemente, ha questao de 30 dias, na emenda O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente. pe?o a palavra aglutinativa que resolveu a questao da votayao da regulamentayao para uma questao de ordem. dos cartorios. O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente, permita-me O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- ponderar que o nobre Relator... vra a V. Ex' O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Foi apresentada O SR. HAROLDO LIMA (PCdoB - BA. Para uma ques- a questao de ordem e apenas tera direito a falar alguem que queira tao de ordem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, estamos contesta-la. Se nao houver, sera dada a decisao pela Presidencia. com tres emendas aglutinativas, apresentadas ainda ha pouco pela O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente, gostaria so- Mesa. A primeira diz respeito ao Parecer n" 5, outra, ao Parecer n" mente de informar a V. Ex' que as emendas de acordo, em geral, e 4. Essas duas emendas comeyam se referindo aos termos regimen- a tradiyao referida pelo Deputado Nelson Jobim estao relaciona- tais e citam diversas emendas nas quais se apoiam para fundamen- das a acordo global dos Lfderes. Esta nao e emenda de acordo. ta-las. pois 6 de apenas tres Lfderes. Tres Lfderes resolvem fazer uma A terceira emenda diz; emenda e chamam-na de emenda de acordo. E os demais Lfderes? 1500 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Marco de 1994 Nao sao acordados? Nao sao sequer consultados? Nao existe essa decisao da Mesa. Podera, entretanto, o nobre Deputado entrar com tradigao na Casa. recurso, que nao tern efeito suspensivo, dentro do direito que cabe Sr. Presidente, fico muito a vontade e satisfeito em saber ao ilustre Parlamentar. que quem vai resolveresta questao de ordem e V. E\a. justamente Portanto, passo a palavra ao nobre Congressista Jose Serra, porque V. Exa ponderara que no § 1° do art. 6° esta expresso que a que falara. na condiyao de autor. a favor do substitutivo. emenda aglutinativa refere-se a emendas em tramitacao, e a expli- O SR. JOSE SERRA (PSDB - SP. Para encaminhar. Sem cagao que o Deputado Nelson Jobim esta dando refere-se a uma revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, quero es- suposta tradifao, que em eertos momentos poderia levar-se em clarecer. cm primeiro lugar, que esta nossa emenda aglutinativa conta para fazer as chamadas emendas de acordo. E precise existir sera votada pela Bancada do PSDB, segundo a consciencia de emendas em tramitac'ao para que se elabore a emenda aglutinativa. cada um dos Parlamentares da Camara ou do Senado. Em segundo No caso precise, nao existe emenda aglutinativa. tampouco existe lugar, que se trata de uma posiyao aprovada no ultimo Congresso emenda de acordo. do PSDB. e e na decisao desse congresso que esta baseada a nossa O SR. PRISCO V1ANA - Sr. Presidente, pego a palavra. emenda. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Se e para contes- E quero tambem. Sr. Presidente, dedicar esta defesa da tese tar, concede a palavra a V. Ex1 da extin^ao do cargo de Vice-Presidente ao meu amigo e Deputa- O SR. PRISCO VIANA (PPR - BA. Para contraditar. Sent do Liberato Caboclo. porque ele me fez aqui tres referencias que revisao do orador.) - Sr. Presidente. e para contraditar. sim, nao e eu considero agradaveis ou simpaticas. uma questao de ordem. Entendo que o ilustre Relator incorre em Em primeiro lugar, fez um paralelo com o Jo Soares, cuja erro no parecer que ofereceu a questao de ordem levantada pelo inleligencia poucos subestimarao neste Pat's. Sem duvida, no Bra- nobre Deputado Haroldo Lima. O assunto e importante, dat solici- sil a inteligencia ainda sobrevive, nem que seja atraves do humor. tar a atengao da Mesa. De modo que o simples paralelo me envaidece. O Sr. Relator ao negar a questao de ordem invocou norma Em segundo lugar. lembra ele a minha condiyao de militan- do Regirhento Interne da Camara dos Deputados que, sobre a te, na epoca de estudante, da A^ao Popular, que e uma coisa da questao das emendas aglutinativas, dispde diferentemente do Re- epoca da minha juventude que me 6 grata. Nao apenas fui militan- gimento da Revisao Constitucional. Ora, Sr. Presidente so se pode tc da Ayao Popular, como um dos seus fundadores. invocar. seja o Regimento Comum do Congresso Nacional. seja o Em terceiro lugar, lembra a minha condi^ao de filho unico. Regimento do Senado Federal ou o Regimento da Camara dos De- Nao consegui entender o raciocfnio que ele fez para defender o putados quando sobre a materia em discussao for omisso o Regi- vice-presidencialismo. invocando a minha conditjao de filho unico, mento da Revisao, o que nao acontece nessa questao das emendas mas acho tambem uma referencia pessoal simpatica. de aglutinayao. Ao contrario, o Regimento da Revisao e muito E por que dedico esta defesa ao Deputado Liberato Cabo- claro: clo? Quero dizer. Sr. Presidente, meus Colegas, que esta emenda visa precisamente instaurar o presidencialismo no Brasil. Nao so- "Art. 6° mos presidencialistas; somos parlamentaristas. Mas o presidencia- § 1° Admitir-se-a, ainda, o oferecimento, em Ple- lismo venceu no plebiscite e. no entanto, temos no Brasil um nario, no momento da votacao. de emendas aglutinati- sistema vice-presidencialista, e nao um sistema presidencialista. vas, resultantes de fusao de emendas em tramitacao. ou Desde a Segunda Guerra Mundial, tivemos seis Presidentes destas com o texto de propostas em apreciacao." da Reptiblica democraticamente eleitos: Dutra, Getulio, Juscelino, Logo, nao sendo o Regimento omisso em relayao ao assun- Janio. Tancredo e Collor. embora Tancredo livesse sido eleito por to - ao contrario, ha disposiyao expressa, clara, nao cabe invocar um Colegio Eleitoral. Dos seis Presidentes. quatro nao conclufram os regimentos supletivos. Cabe, isso sim, aplicar a norma que aca- o seu mandate; o Brasil foi governado por vices. Temos um siste- bamos de citar, e que so admite a emenda aglutinativa se esta re- ma dois ter^os vice-presidencialista no Brasil. Esta nao 6 uma ana- sultar da fusao de propostas em tramitacao. lise casufstica. Quando a repeti^ao se da nesse ritmo, isso significa que ha uma tendencia estrutural para esse lipo de evento, para esse O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia, tipo de desdobramento. O Brasil vive sob o vice-presidencialismo. em face dos esclarecimentos preslados pelo Relator, indefere a Dentro dessa perspectiva, c importante sublinhar que nao questao de ordem. estamos aqui alras de nenhum casufsmo. Isso nao se deve as per- Concedo a palavra ao ultimo orador inscrito para encami- sonalidades. as maiores ou menores qualidades, na vida piiblica, nhamento, que tern preferencia na condiyao de autor, o nobre De- daqueles que assumiram a Presidencia da Reptiblica sem ter sido putado Jose Serra. para ela eleitos - inclusive no perfodo mais recente, pela nova O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente. eu gostaria de Constituiyao ou pela Constituiyao anterior, sequer aparecem nas dizer que a forma pela qual V. Exa indeferiu a questao de ordem cedulas. deixou perplexidade no Plenario. particularmente naqueles que E um exagero dizer que a populagao escolhe o Vice-Presi- sempre tiveram V. Exa na mais alta conta. dente da Reptiblica. Ele e uma conseqiiencia, um derivado. um V. Exa agiu em total desacordo com o preceito regimental subproduto da escolha do Presidente. Com isso, os problemas vao explfcito. Seria o caso de V. Exa, pelo menos. dar uma explicayao sendo gerados. vao acontecendo. O Vice-Presidente, no Brasil, ao Plenario. dizendo em que se baseou. porque o que o Deputado acaba sendo um complcmento do Presidente, e nao um substituto. Nelson Jobim explicou, o Deputado Prisco Viana refutou muito Se o Presidente se posiciona mais a esquerda. o Vice-Presidente se bem. Nao se pode recorrer ao Regimento da Camara quando o Re- posiciona mais a direita; se o Presidente e do Norte, o Vice-Presi- gimento do Congresso Revisor e explfcito sobre o assunto. Por dente e do Sul; se o Presidente e mais ligado a agricultura, o Vice- conseguinte, nao tern cabimento. Resta saber baseado em que V. Presidente e mais ligado a indiistria. O Vice-Presidente em geral Exa indeferiu esta questao de ordem levantada por mint. acaba sendo o simetrico do recfproco do titular do cargo. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia Dada a possibilidade de um impedimento qualqtter, o que apenas quer dizer ao nobre Deputado que nao cabe contestacao a acontece e que o Pat's passa a ser governado por algu^m com ca- Margo de 1994 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1501 racterfsticas e compromissos completamente diferentes dos daque- conjugada. Alids, Sr. Presidente, essas razoes nao ficaram estra- le que foi eleito. Essa e a razao mais profunda desta questao: a nhas aqui no Brasil. O eminente constitucionalista da Reptiblica existencia do Vice pode desestabilizar a administracao. Ele e - in- Velha, Carlos Maximiliano, em seus famosos Comentarios a sisto - um subproduto de negociacoes poh'ticas, que pode gerar ri- Constituicao de 1891, dizia que: validades e, na verdade, uma alteracao completa de rumos na "Em posicao meramente decorativa esta o Vice- conducao da administracao publica, sem que a populacao o tenha Presidente aspirando a subir. E, sabendo depender a pr6- escolhido ou se manifestado sobre isso. pria ascensao da queda do Presidente. impacienta-se o Ha quern diga, aqui, que o Vice 6 inerente ao presidencialis- substituto, hostilizando-o e, ds vezes, conspira. Em re- mo. Nao sei de onde isso foi tirado. Dou exemplos de pai'ses da gra, o Vice-Presidente forma o lado dos adversarios do America Latina, como o Chile, que nunca teve Vice-Presidente da Governo; timbra em criar-lhe dificuldades e suscitar-lhe Reptiblica. O Chile passou por um processo de desestabilizacao malquerencas. As vezes, nao abre luta francamente e faz institucional dramatico, mas isso nao tern nada a ver com o fato de oposicao disfarcada; incita e anima os descontentes. Em que nao tinha Vice; mesmo dentro da reabertura do processo de- todo caso, e sempre um rival cauteloso e arrogante; des- mocrdtico, nao existe o Vice-Presidente. da mesma maneira que coberto ou oculto." nao existe na Venezuela. Ld, o Vice-Presidente conduz exclusiva- mente o processo de transicao para uma outra eleicao, quando o Isso era dito em 1919. Presidente, por algum motive, ve-se impedido. Em 1946, tivemos os exemplos de Cafd Filho, e ja tfnhamos Jd nao menciono o caso do Mdxico, que tamWm nao tern tido os exemplos de Floriano Peixoto, Joao Goulart e de Pedro Vice, porque se poderiam invocar os tracos, as caracten'sticas auto- Aleixo na Reptiblica Velha. ritarias do regime mexicano; apenas demonstro aqui que, na verda- Sr. Presidente, o Vice-Presidente corre o risco da ilegitimi- de, nao hd nenhuma relacao necessdria entre o presidencialismo e dade, nao provendo sucessores avalizados pela maioria que apoia a existencia do cargo de Vice-Presidente. o Presidente, sendo muitas vezes o cargo de Vice-Presidente um Foi dito aqui que e melhor um Vice vindo do voto popular. subproduto de negociacoes poh'ticas. Que voto popular? A populacao nao vota no Vice; o Vice nao 6 Foi dito em plendrio que era da natureza institucional o car- votado. Tambem foi dito que e arriscado que a Camara ou o Con- go do Vice-Presidente. Como foi ressaltado tambem da tribuna, o gresso escolham o Vice-Presidente da Reptiblica. Ora, por que? Mexico nao tern a figura do Vice-Presidente, e a Venezuela s6 tern Tivemos o Governo Sarney sem Vice-Presidente da Reptiblica, e a figura do Vice-Presidente para presidir a eleicao do Presidente, nem por isso o Congresso desestabilizou com a ameaca de eleger na hipdtese de haver vacancia. Nao assume, em momento algum, outro, e o mesmo ocorreu no Govemo Itamar Franco. as funcoes institucionais de Vice-Presidente. Por essas razoes, Sr. Presidente, meus Colegas, e que enca- Se quiserem mais um exemplo histdrico, embora nao possa- minho o voto favordvel a esta emenda que suprime o cargo de mos recorrer longamente, face a reducao no mundo dos sistemas Vice-Presidente. E esta emenda aglutinativa visou fazer com que presidencialistas, na Finlandia tambdm nao existe a figura do essa supressao seja vdlida a partir do ano que vem, ou seja, nao Va- Vice-Presidente. leria para esta eleicao exatamente para que nao estivessemos sujei- Sr. Presidente, e importante ressaltar que, no sistema brasi- tos ds objecoes do casufsmo, isto e, de dizer que estariamos leiro que estamos a vofar, o Vice-Presidente nao recebe voto; alterando regras do jogo eleitoral que jd comecou para este ano. quern recebe voto 6 o Presidente. E a escolha do Vice-Presidente Mas pelo menos protnoven'amos esta melhora institucional para o atende a ajustes politico-partidSrios, e nunca a necessidade da futuro. composicao final. Nao recebendo voto. Sr. Presidente, a sucessao Essas sao as razoes pelas quais pedimos, aqui. o voto a fa- desse Vice-Presidente dar-se-d normalmente em termos de votacao vor da iddia do Relator, de suprimir o cargo de Vice-Presidente. no Plendrio do Congresso Nacional, orgao que tern legitimacao popular nesse sentido. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- Portanto, Sr. Presidente, pela manutencao do parecer e pela vra ao Relator, sua aprovacao. O SR. NELSON JOBIM (Relator) - Sr. Presidente, con- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Passa-se a vota- soante iniciamos o parecer divulgado, fizemos uma citacao do pri- Cao do substitutivo, juntamente com a emenda aglutinativa para o meiro Vice-Presidente dos Estados Unidos, unidade que criou a art. 5°, com parecer favordvel. figura da Vice-Presidencia. O primeiro Vice-Presidente america- A Presidencia solicita dos Srs. Congressistas que ocupem os no, John Adams, fez uma afirmacao que precisamos apreciar du- seus lugares e concederd a palavra aos Srs. Lfderes por um minuto, zentos anos depois. Dizia ele que a Vice-Presidencia, ou o para que orientem as suas Bancadas. Vice-Presidente, 6 o mais insignificante que a invencao do homem Como vota o Sr. Lfder do PPR? jd produziu ou sua imaginacao jd concebeu. O SR. CUNHA BUENO (PPR - SP)- Sr. Presidente, em E mais. Sr. Presidente, a pergunta fundamental 6 saber por nome da Lideranca do PPR, autorizado pelo seu Lfder. a Bancada que uma instituicao de absoluta insignificancia hd tanto sobrevive, do PPR encaminha contrariamente a votacao dessa medida. e nos parece que esta peca, o Vice-Presidente da Reptiblica, tor- Em termos pessoais. Sr. Presidente, entendo que o Deputa- nou-se importante na engrenagem do processo eleitoral americano do Josd Serra cometeu um grande equivoco, pois o problema nao 6 - e nos informa Arthur Schlesinger sobre este tema nos dizendo o Vice. Se tivesse proposto a extincao do cargo de Presidente, eu, que "os vice-presidentes sao escolhidos para apaziguar faccoes an- certamente, votaria com S. Ex'. O problema e o Presidente. tagonicas de partidos, para garantir equilfbrios regionais ou para O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Como vota o Sr. captar votos de minorias raciais, ou outros segmentos da socieda- Lfder do PDT? de." O SR. LIBERATO CABOCLO (PDT - SP) - Sr. Presi- No dizer do mesmo historiador, um politico 6 nomeado para dente, O PDT, depois de ouvir o Relator Nelson Jobim, chegou & um cargo por motives desvinculados de suas qualidades presiden- conclusao de que, realmente, de 156 pafses, s6 quatro nao tern ciais e eleito para a Vice-Presidencia como parte de uma venda Vice. Portanto, bem menos do que 0,05. Estatisticamente, cientifi- 1502 Quarta-feira 9 DIARIO DA REV1SAO CONST1TUCIONAL Margode 1994 camente, e rejcitado isso. Nao e questao de opiniao, mas de cien- O SR. EDUARDO SUPLICY (PT - SP) - O Partido dos cia, de pesquisa sociologica. Assim que houver quorum, vamos Trabalhadores no Senado tambem se encontra em obstruyao. Sr. votar contrariamente ao projeto do Deputado Jose Serra. Presidente. Agrade?o ao Relator Nelson Jobim por mais esse subsfdio O SR. SARNEY FILHO - Sr. Presidente. peijo a palavra que deu ao nosso voto contrario. pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - O PDT continua O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex" tern a pa- em obstruijao, mas, caso venha a votar, recomenda o voto contra- lavra. rio. O SR. SARNEY FILHO (Bloco(PFL) - MA. Pela ordem.) Como vota o Sr. Lfder do PV? - Sr. Presidente, aqueles que desejam que continue existindo o cargo de Vice-Presidente votam "Nao"? O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV - RJ) - Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nobre Congres- o Partido Verde esta em obstruyao, mas, se votar, votaremos con- sista. para aprovar o substitutivo, o voto e "Sim". O substitutivo trariamente, sobretudo por uma questao da tradigao de interven- elimina o cargo de Vice-Presidente. 9oes militates em pafses, como o Brasil, em que a figura do Vice e O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO - Sr. Pre uma valvula que assegura a continuidade para esses momentos. sidente, pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Como vota o Sr. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex" tern a pa- Li'der do PTB? lavra. O SR. ROBERTO JEFFERSON (PTB - RJ) - Sr. Presi- O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - dente, o parecer do ilustre Relator e favoravel a extinyao do cargo SP. Pela ordem.) - Votando "nao", mantem-se o cargo de Vice- de Vice-Presidente. Presidente. E isso o que V. Ex" esta dizendo? Eu, inclusive, apresentei pessoalmente uma emenda nesse O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - O voto "nao" sentido. Mas, em reuniao da Bancada do PTB, fui o tinico voto a mantem o cargo de Vice. O "Nao" rejeita o substitutivo e mantem favor da extinyao do cargo de Vice-Presidente e aderi a decisao da o cargo de Vice. maioria da Bancada. O SR. ARMANDO PINHEIRO - Sr. Presidente, pela or- Sr. Presidente, o PTB encaminha o voto contrario ao pare- dem. cer do Relator, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex" lent a pa- O PTB vota "Nao". lavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Como vota o no- O SR. ARMANDO PINHEIRO (PPR - SP. Pela ordem.) bre Li'der do PEL? - Sr. Presidente, havendo alguns destaques para outras emendas, O SR. LUi'Z EDUARDO (Bloco (PEL) - BA) - Sr. Presi- pergunto se a votayao ressalva os destaques apresentados, que po- dente, no PEL a questao e aberta. derao ser votados apos a materia, caso aprovada. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Como vota o no- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Depende do re- bre Lfder do PSDB? sultado da votayuo, nobre Deputado. O SR. JOSE SERRA (PSDB - SP) - Sr. Presidente, a Li- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Como vota o deranya do PSDB encaminha o voto "sim", e a questao e aberta nobre Lfder do PSD? dentro da Bancada. O SR. PAULO DE ALMEIDA (PSD - RJ) - Sr. Presi- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Como vota o no- dente, o PSD encaminha o voto contrario ao Relator. Portanto, bre Lfder do PSTU? pede a sua Bancada que vote "nao". A favor da permanencia do O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU - SP) - O PSTU Vice. mantem-se em obslrugao. Sr. Presidente. O SR. JOSE DUTRA - Sr. Presidente, peyo a palavra pela O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia ordem. solicita aos Srs. Congressistas que tomem seus lugares, a fim de O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex" tern a pa- ter infcio a votagao pelo sistema eletronico. lavra, nobre Congressista. Esta em votayao o substitutivo, juntamente com a emenda O SR. JOSE DUTRA (PMDB - AM. Pela ordem.) - Sr. aglutinativa para o art. 5°, que tern parecer favoravel. Presidente, peyo a V. Ex' para registrar na votayao anterior o meu Como vota o nobre Lfder do PMDB? voto "sim". O SR. TARCISIO DELGADO (PMDB - MG) - Sr. Pre- sidente, na Bancada do PMDB, mantem-se opiniao diversa entre O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Sera feito o re- seus membros. Por isso, essa e uma questao aberta. gistro. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Como vota o no- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia bre Lfder do PP? solicita a todos os Srs. Congressistas que tomem os seus lugares, a O SR. MARIO DE OLIVEIRA (PP - MG) - Sr. Presiden- fim de ter infcio a votagao pelo sistema eletronico. te, o PP vota "nao". O SR. MAGNO BACELAR (PDT MA) - Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Como vota o no- o PDT no Senado esta obstruindo e votara "nao". bre Lfder do PL? O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia, O SR. JONES SANTOS NEVES (PL - ES) - Sr. Presi- mais uma vez, esclarece que o voto "sim" aprova o substitutivo e dente, o PL vota "nao". elimina a figura do Vice; o voto "nao" rejeita, evidentemente, o O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Como vota o no- substitutivo e permanece a figura do Vice. bre Lfder do PT? Os Srs. Congressistas que se encontram nas bancadas quei- O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP) - Sr. Presidente, o ram registrar seus codigos de votagao e selecionar seus votos, Partido dos Trabalhadores, que esta lutando para abrir negocia?6es acionando simultaneamente o botao preto no painel e a chave sob em torno de um agenda maxima e pela mudan^a do Regimento, a bancada, mantendo-os pressionados ate que a luz do codigo se enquanto isso nao acontece, continua em obstruyao. apague. MagixJc 1994 D1ARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1503 O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - E para uma ques- Os Srs. Congressistas que nao selecionaram os seus votos tao de ordem, Deputado? queiram faze-lo nos postos avulsos. O SR. JOSE GENOINO (PT - SP) - Sr. Presidente, quero (Procede-se a votafao.) registrar que nao estou participando da votayao, mesmo tendo fala- O SR. SERGIO AROUCA (PPS - RJ) - Sr. Presidente, o do contra. Estou cumprindo deliberayao da minha Bancada. Desejo apenas comunicar V. Ex" e o Plenario. PPS vola "sim". () SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, pe?o a palavra O SR. ROBERTO FREIRE - Pela ordem. Sr. Presidente. pcla ordein. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tern V. Ex" a pa- lavra. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- vra ao nobre Congressista Carlos Lupi. pela ordem. O SR. ROBERTO FREIRE (PPS - PE. Pela ordem.) - Sr. () SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem. Sem revi- Presidente, parece-me que se for rejeitado o substitutivo, estarao prejudicados os destaques. sao do orador.) - Sr. Presidente. a Bancada do PDT. que esta em obslrucao ale o quorum dc 294. fundamentalmente 6 contraria ao O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Se for aprovado projeto do Relator, porque este fere o prinefpio basico do presiden- o substitutivo, serao prejudicados os destaques . cialismo, que exige a figura do Vice-Presidente como substitute O SR. ROBERTO FREIRE (PPS - PE) - E destaque ao imediate do Presidente. substitutivo? Alem disso. Sr. Presidente. somos contra o malfadado Col6- O SR. JOSE GENOINO - A emenda do Deputado Ar- gio Eleitoral. Na verdade, esta-se querendo fazer do Congresso mando Pinheiro incide sobre a funyao de Vice-Presidente. Para Nacional urn novo Colegio Eleitoral. nos impedimentos do Presi- esse destaque ter validade e preciso manter-se cargo de Vice-Presi- dente da Republica. dente. Por isso, vamos votar "nao", para depois discutirmos as fun- Per essa razao. votaremos "Nao". apds ser alcanyado o quo- ybes do cargo de Vice-Presidente. Se for exclufdo o cargo de rum de 294. Vice-Presidente, nao hd o que se'definir. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia ja apenas quer dizer que estamos cm processo de vola^ao e so sera esclareceu que se rejeitado o substitutivo serd posto a votos no concedida a palavra para questoes relativas ao processo de vota- destaque de autoria do Deputado Armando Pinheiro. cao. (Continua o processo de votayao.) O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS) - Sr. Presi- O SR. JOSE CARLOS COUTINHO - Sr. Presidente, dente, apenas para registrar que no PMDB a questao e aberta. A peyo a palavra pela ordem. questSo, pois, no PMDB, repilo, e aberta. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tern V. Ex' a pa- O SR. ARMANDO PINHEIRO - Sr. Presidente, peyo a lavra pela ordem. palavra para uma questao de ordem sobre o processo de votayao. O SR. JOSE CARLOS COUTINHO (PDT - RJ. Pela or- () SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tern a palavra o dem.) - Sr. Presidente, o PDT esta acompanhando as discussoes, nobre Congressista Armando Pinheiro. ainda em obstruyao. O SR. ARMANDO PINHEIRO (PPR - SP. Para uma O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente, peyo a palavra questao de ordem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente. ja ini- pela ordem. ciamos o processo de votayao do substitutivo do Sr. Relator. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tern V. Ex" a pa- () SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Com emenda lavra pela ordem. aglutinativa. O SR. HAROLDO LIMA (PCdoB - BA. Pela ordem.) - O SR. ARMANDO PINHEIRO - Exatamente, Sr. Presi- Sr. Presidente, eu queria que constasse, em nome do PCdoB. a dente. nossa posiyao a respeito desta votayao. Sou autor do Destaque no01, que preve a seguinte alternati- Coerente com a nossa posiyao, desde o im'cio dos trabalhos va; a de o Vice-Presidente ser eleito e ter funyoes de substituiyoes do Congresso Revisor, o PCdoB continua em obstruyao, mais ain- do titular, mas nao de sucessao do titular. Portanto, ela difere das da quando esta em cogitayao uma emenda aglutinativa ilegal. que demais propostas. nao aglutina nenhuma outra emenda em tramitayao na Casa e que Entendo, Sr. Presidente, que, caso seja rejeitada a proposta fere frontalmente o § 1° do art. 6° do Regimento da Casa. do Sr. Relator, 6 absolutamente necessdria a manifestayao do Ple- O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, peyo a palavra nario sobre a segunda alternativa, porque, embora conste da pro- pela ordem. posta do Relator que aprova a minha emenda, a rigor, nao a O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta)- Tern V. Ex' a pa- aprovou; ele rejeitou minha emenda. lavra pela ordem. Entao, uma vez rejeitado o substitutivo do Sr. Relator, im- O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem.) - Sr. Pre- poe-se que se vote o Destaque n" I, sem o que. Sr. Presidente, o sidente, a Lideranya do PDT, tendo em vista que o quorum regi- Plenario nao tera oporlunidade de poder, mantido o cargo de Vice- mental ja foi alcanyado, gostaria de registrar que sua Bancada Presidente, decidir sobre as atribuiyoes do Vice-Presidente. que e a estara votando "nao", contra a emenda do Relator, que extingue a materia tratada na minha emenda. figura do Vice. Essa 6 a questao que submeto a V. Ex*, perguntando qual O Sr. Adylson Motta, I" Vice-Presidente. deixa a vai ser o procedimento da mesa, caso seja negada aprovayao ao cadeira da presidencia, que e ocupada pelo Sr. Levy substitutivo do Relator. () SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia in- Dias, 2" Vice-Presidente. forma que se for rejeitado o substitutivo, sera votado o destaque de O SR. PAULO ROMANO - Sr. Presidente. peyo a palavra V. Ex" pela ordem. O SR. JOSE GENOINO - Sr. Presidente. peyo a palavra O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tern V. Ex" a palavra pela ordem. pela ordem. 1504 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONST1TUCIONAL Marco de 1994 O SR. PAULO ROMANO (Bloco(PFL) - MG. Pela or- Gilvam Borges - PMDB - Nao dem.) - Sr. Presidente, registro meu voto "sim" na votafao ante- Henrique Almeida - PFL - N5o rior. Jonas Pinheiro - PTB - Nao O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - V. Ex* serf atendido. Murilo Pinheiro - Bloco - Nao Sdrgio Barcellos - Bloco - Sim. O SR. PAULO DELGADO - Sr. Presidente, peco a pala- vra pela ordem. Pard O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex* a palavra Alacid Nunes - Bloco - Nao pela ordem. Almir Gabriel - PSDB - Nao Carlos Hayath - Bloco - Nao O SR. PAULO DELGADO (PT - MG. Pela ordem. Sem Coutinho Jorge - PMDB - N3o revisao do orador.) - Sr. Presidente, seguindo determinacao da Domingos Juvenil - PMDB - Sim Bancada do Partido dos Trabalhadores, nao votarei nesta questao, Eliel Rodrigues - PMDB - N3o mas gostaria de registrar que, pessoalmente, sou a favor da extin- Gerson Peres - PPR - N3o Cao dos cargos de Vice-Presidente da Republica, Vice-Govemador Herminio Calvinho - PMDB - N3o e Vice-Prefeito. Hildrio Coimbra - Bloco - N3o Considero os argumentos apresentados suficientes, claros. Jarbas Passarinho - PPR - N3o Devemos introduzir essa inovacao no presidencialismo brasileiro, Josd Diogo - PP - N3o que, na verdade, da ao presidencialismo a inteireza que ele deve Mdrio Chermont - PP - AbstencSo ter no Brasil e a possibilidade de resolver as crises que possam en- Mario Martins - PMDB - N3o volver o titular, sejam crises de natureza poh'tica, sejam crises de Nicias Ribeiro - PMDB - N3o natureza delinqiiencial, sejam tragddias pessoais, voltando ao uni- Osvaldo Melo - PPR - N3o co titular da soberania, que e o eleitor brasileiro. Paulo Titan - PMDB - N3o Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. Amazonas O Sr. Levy Dias, 2" Vice-Presidente. deixa a ca- Atila Lins - Bloco - N3o deira da presidencia. que e ocupada pelo Sr. Humberto Beth Azize - PDT - N3o Lucena, Presidente. Carlos de Carli - PPR - N3o O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente, peco a palavra Ezio Ferreira - Bloco - N3o pela ordem. Gilberto Miranda - PMDB - N3o O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a Jo3o Thome - PMDB - N3o palavra pela ordem. Jos^ Dutra - PMDB - N3o O SR. HAROLDO LIMA (PCdoB - BA. Pela ordem.) - Paudemey Avelino - PPR - N3o. Sr. Presidente, gostaria de informar a Mesa e aos demais Colegas Rondonia parlamentares que o PC do B continua em obstrucao, a despeito de Antonio Morimoto - PPR - Sim ja ter sido atingido o quorum, inclusive porque n3o ve nenhum Aparicio Carvalho - PSDB - Sim signiflcado pratico e politico em votar depois de atingido o quo- Carlos Camurca - PP - N3o rum. Mauncio Calixto - Bloco - Sim O SR. GILVAM BORGES - Sr. Presidente, peco a pala- Pascoal Novaes - PSD - N3o vra pela ordem. Ronaldo Arag3o - PMDB - N3o O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a palavra pela ordem. Acre O SR. GILVAM BORGES (PMDB — AP. Pela ordem.) — Adelaide Neri - PMDB - N3o Sr. Presidente, estou votando "nao", pela manutencao do Vice. Cdlia Mendes - PPR - N3o O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Peco aos Srs. Flaviano Melo - PMDB - Sim Congressistas que ainda nao votaram que venham fazfi-lo. Jo3o Maia - PP - N3o Todos jd votaram? (Pausa.) Jo3o Tota - PPR - N3o Peco aos Srs. Congressistas que votem, (Pausa.) Mauri Sdrgio - PMDB - N3o (Prossegue o processo de votacao.) Nabor Junior - PMDB - N3o Ronivon Santiago - PPR - N3o VOTAM OS SRS. CONGRESSISTAS: Zila Bezerra - PMDB - N3o Roraima Tocantins Alceste Almeida - Bloco - Nao Darci Coelho - Bloco - N3o Cdsar Dias - PMDB - Nao Derval de Paiva - PMDB - Sim Francisco Rodrigues - Bloco - Nao Edmundo Galdino - PSDB - N3o Joao Fagundes - PMDB - Nao Jo3o Rocha - PFL - Sim Joao Franca - PP - Nao Merval Pimenta - PMDB - N3o Julio Cabral - PP - Nao Moises Abrfo - PPR - N3o Marcelo Luz - PP - Sim Paulo Mourfo - PPR - N3o Marluce Pinto - PTB - Nao Ruben Bento - Bloco - Nao Maranhao Amapd Cesar Bandeira - Bloco - N3o Eraldo Trindade - PPR - Nao Costa Ferreira - PP - N3o Fatima Pelaes - Bloco - Sim Daniel Silva - Bloco - N3o Marco de 1994 DIARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1505 Eduardo Matias - PP - Nao Rivaldo Medeiros - Bloco - Nao Epitdcio Cafeteira - PPR - Nao Vital do Rego - PDT - Nao Jayme Santana - PSDB - Nao Zuca Moreira - PMDB - Nao Joao Rodolfo - PPR - Nao Pernambuco Josd Burnett - PPR - Nao Gustavo Krause - Bloco - Sim Josd Reinaldo - Bloco - Nao Inocencio Oliveira - Bloco - Nao Magno Bacelar - PDT - Nao Jose Carlos Vasconcellos - PRN - Nao Mauro Fecury - Bloco - Nao Jose Jorge - Bloco - Nao Pedro Novais - PMDB - Nao Jose Mendomja Bezerra - Bloco - Nao Ricardo Murad - PSD - Nao Josd Mucio Monteiro - Bloco - Sim Sarney Filho - Bloco - Nao Mansueto de Lavor - PMDB - Nao Ceara Marco Maciel - PFL - Nao Ariosto Holanda - PSDB - Sim Maurilio Ferreira Lima - PSDB - Sim Carlos Benevides - PMDB - Nao Maviael Cavalcanti - Bloco - Nao Carlos Virgflio - PPR - Nao Nilson Gibson - PMN - Nao Cid Saboia de Carvalho - PMDB - Nao Osvaldo Coelho - Bloco - Nao Edson Silva - PDT - Nao Pedro Correa - Bloco - Nao Ernani Viana - PP - Nao Roberto Freire - PPS - Sim Josd Linhares - PP - Sim Roberto Magalhaes - Bloco - Nao Luiz Pontes - PSDB - Sim Tony Gel - Bloco - Nao Marco Penaforte - PSDB - Sim Wilson Campos - PSDB - Nao Mauro Benevides - PMDB - Nao Alagoas Mauro Sampaio - PMDB - Nao Antonio Holanda - Bloco - Nao Moroni Torgan - PSDB - Nao Cleto Falcao - PSD - Nao Orlando Bezerra - Bloco - Sim Divaldo Suruagy - PMDB - Nao Pinheiro Landim - PMDB - Nao Guilherme Palmeira - PFL - Sim Sergio Machado - PSDB - Sim Luiz Dantas - PSD - Nao Ubiratan Aguiar - PSDB - Nao Olavo Calheiros - PMDB - Nao Vicente Fialho - Bloco-Nao Teotonio Vilela Filho - PSDB - Nao. Piaui' Vitdrio Malta - PPR - Sim B. Sd-PP-Nao Sergipe Chagas Rodrigues - PSDB - Sim Albapo Franco - PSDB - Nao. Ciro Nogueira - Bloco - Nao Benedito de Figueiredo - PDT - Nao Felipe Mendes - PPR- Nao Cleonancio Fonseca - PPR - Nao Hugo Napoleao - PEL - Nao Djenal Gon^alves - PSDB - Nao Joao Henrique - PMDB - Nao Everaldo de Oliveira - Bloco - Nao Josd Luiz Maia - PPR - Nao Francisco Rollemberg - PMN - Nao Lucfdio Portella - PPR - Nao Jose Teles - PPR - Nao Murilo Rezende - PMDB - Nao Messias Gdis - Bloco - Nao Mussa Demes - Bloco - Nao Pedro Valadares - PP-Nao > Paes Landim - Bloco - Nao. Bahia Rio Grande do Norte Angelo Magalhaes - Bloco - Nao Dario Pereira - PEL - Nao Aroldo Cedraz - Bloco - Nao Fernando Freire - PPR - Nao Benito Gama - Bloco - Nao Garibaldi Alves - PMDB - Nao Beraldo Boaventura - PSDB - Absten9ao Ibere Ferreira - Bloco - Nao Clovis Assis - PSDB - Sim Joao Faustino - PSDB - Nao Laire Rosado - PMDB - Nao. Eraldo Tinoco - Bloco - Nao Felix Mendon^a - Bloco - Nao , Ney Lopes - Bloco - Nao Geddel Vieira Lima - PMDB - Nao Paraiba Jabes Ribeiro - PSDB - Nao Adauto Pereira - Bloco - Nao Jairo Azi - Bloco - Nao Antonio Mariz - PMDB - Nao Jairo Cameiro - Bloco - Nao Efraim Morais - Bloco - Nao Joao Almeida - PMDB - Sim Evaldo Gon^alves - Bloco - Nao Joao Carlos Bacelar - Bloco - Nao Francisco Evangelista - PPR - Nao Jonival Lucas - Bloco - Nao Humberto Lucena - PMDB - Sim Jorge Khoury - Bloco - Nao Ivandro Cunha Lima - PMDB.- Nao Josaphat Marinho - PFL - Nao Josd Luiz Clerot - PMDB - Nao Josd Carlos Aleluia - Bloco - Nao Josd Maranhao - PMDB - Nao Jose Falcao - Bloco - Nao Lucia Braga - PDT - Nao Jose Louren^o - PPR - Nao Raimundo Lira - PFL - Nao Jutahy Magalhaes - PSDB - Sim Margo de 1994 1506 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Luis Eduardo - Bloco - Nao Rio de Janeiro Luiz Moreira - Bloco - Nao Aldir Cabral - Bloco - Nao Luiz Viana Neto - Bloco - Nao Alvaro Valle - PL - Nao Manoel Castro - Bloco - Nao Amaral Netto - PPR - Nao Marcos Medrado - PP - Nao Arolde de Oliveira - Bloco - Nao Nestor Duarte - PMDB - Nao Artur da Tdvola - PSDB - Sim Pedro Irujo - PMDB - Nao Carlos Alberto Campista - PDT - Nao Prisco Viana - PPR - Nao Carlos Lupi - PDT - Nao Ribeiro Tavares - PL - Sim Cidinha Campos - PDT - Nap Sergio Gaudenzi - PSDB - Nao Eduardo Mascarenhas - PSDB - Sim Waldir Pires - PSDB - Sim Flivio Palmier da Veiga - PSDB - Sim Minas Gerais Francisco Domelles - PPR - Sim Alfredo Campos - PMDB - Nao Francisco Silva - PP - Sim Alot'sio Vasconcelos - PMDB - Nao Hydekel Freitas - PFL - Nao Aracely de Paula - Bloco - Nao Jair Bolsonaro - PPR - Abstenpao Armando Costa - PMDB - Sim Joao Mendes - Bloco - Nao Avelino Costa - PPR - Nao Jose Vicente Brizola - PDT - Nao Edmar Moreira - PP - Nao Junot Abi-Ramia - PDT - Nao Elias Murad - PSDB - Sim Laerte Bastos - PSDB - Sim Felipe Neri - PMDB - Nao Laprovita Vieira - PP - Nao Fernando Diniz - PMDB - Nao Marino Clinger - PDT - Nao Genesio Bernardino - PMDB - Nao Nelson Bomier - PL - Nao Getulio Neiva - PL - Nao Nelson Cameiro - PP - Nao Humberto Souto - Bloco - Nao Paulo de Almeida - PSD - N5o Ibrahim Abi-Ackel - PPR - Sim Paulo Portugal - PP - Nao Israel Pinheiro - Bloco - Sim Roberto Campos - PPR - Nao Jos6 Aldo - Bloco - Nao Roberto Jefferson - Bloco - Nao Jose Belato - PMDB - Nao Sandra Cavalcanti - PPR - Sim Jose Geraldo - PMDB - Nao Sergio Arouca - PPS - Sim Jose Santana de Vasconcelos - Bloco - Nao Sidney de Miguel - PV - Nao Jose Ulisses de Oliveira - Bloco - Nao Sao Paulo Junia Marise - PDT - Nao Armando Pinheiro - PPR - Nao Leopoldo Bessone - Bloco - Nao Ary Kara - PMDB - Nao Marcos Lima - PMDB - Nao Cardoso Alves - Bloco - Nao Mario de Oliveira - PP - Nao Carlos Nelson - PMDB - Nao Mauricio Campos - PL - Nao Cunha Bueno - PPR - Nao Odelmo Leao - PP - Nao Delfim Netto - PPR - Nao Osmanio Pereira - PSDB - Sim Diogo Nomura - PL - Nao Paulino Cicero de Vasconcelos - PSDB - Nao Fdbio Feldmann - PSDB - Sim Paulo Heslander - Bloco - Nao Fabio Meirelles - PPR - N3o Paulo Romano - Bloco - Nao Fausto Rocha - PL - Nao Romel Am'sio - PP - Nao Gastone Righi - Bloco - Nao Ronaldo Perim - PMDB - Nao Geraldo Alckmin Filho - PSDB - Sim Ronan Tito - PMDB - Sim Heitor Franco - PPR - Nao Samir Tannus - PPR - Sim Joao Mellao Neto - PL - Nao Saulo Coelho - PSDB - Nao Jorge Tadeu Mudalen - PMDB - Nao Sergio Ferrara - PDT - Nao Jos6 Abrao - PSDB - Nao . Sergio Naya - PP - Nao Jos6 Anibal - PSDB - Sim Tardsio Delgado - PMDB - Nao Jos6 Setra - PSDB - Sim Vittorio Medioli - PSDB - Nao Koyu lha - PSDB - Sim Wagner do Nascimento - PP - Nao Liberate Caboclo - PDT - Nao Zaire Rezende - PMDB - Nao Luiz Carlos Santos - PMDB - Nao Espirito Santo Luiz Miximo - PSDB - Sim Gerson Camata - PMDB - Sim Maluly Netto - Bloco - Sim Joao Calmon - PMDB - Nao Marcelino Romano Machado - PPR - Nao Jones Santos Neves - PL - Nao Marcelo Barbieri - PMDB - Nao J6rio de Barros - PMDB - Sim Mario Covas - PSDB - Sim Nilton Baiano - PMDB - Sim Maurici Mariano - PMDB - Nao Rita Camata - PMDB - Nao Mauricio Najar - Bloco - Nao Roberto Valadao - PMDB - Sim Oswaldo Stecca - PMDB - Nao Rose de Freitas - PSDB - Nao. Paulo Lima - Bloco - Sim Paulo Novaes - PMDB - NSo Quarta-feira 9 1507 Margo de 1994 D1ARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Pedro Pavao - PPR - Nao Carlos Roberto Massa - Bloco - Nao Roberto Rollemberg - PMDB - Nao Carlos Scarpelini - PP - Sim Robson Tuma - PL - Nao Delcino Tavares - PP - Nao Tadashi Kuriki - PPR - Nao Deni Schwartz - PSDB - Sim Tuga Angerami - PSDB - Nao Edi Siliprandi - PSD - Nao Vadao Gomes - PP - Nao Elio Dalla-Vecchia - PDT - Nao Valdemar Costa Neto - PL - Nao Ervin Bonkoski - Bloco - Nao Wagner Rossi - PMDB - Nao Flavio Ams - PSDB - Nao Walter Nory - PMDB - Nao Ivanio Guerra - Bloco - Nao Joni Varisco - PMDB - Sim Mato Grosso Jose Felinto - PP - Nao Jonas Pinheiro - Bloco - Nao Jos6 Richa - PSDB - Sim Jose Augusto Curvo - PMDB - Nao Luciano Pizzatto - Bloco - Sim Julio Campos - PFL - Sim Matheus lensen - PSD - Nao Louremberg Nunes Rocha - PPR - Nao Max Rosenmann - PDT - Nao Marcio Lacerda - PMDB - Nao Moacir Micheletto - PMDB - Nao Oscar Travassos - PL - Nao Munhoz da Rocha - PSDB - Sim Ricardo Correa - PL - Nao Otto Cunha - PPR - Sim Rodrigues Palma - Bloco - Nao Pinga Fogo de Oliveira - PDT - Nao Welinton Fagundes - PL - Nao. Renato Johnsson - PP - Nao Distrito Federal Sergio Spada - PP - Nao Werner Wanderer - Bloco - Nao Joao Brochado - PP - Sim Wilson Moreira - PSDB - Sim Meira Filho-PP-Nao Osorio Adriano - Bloco - Nao Santa Catarina Paulo Octavio - PRN - Nao Angela Amin - PPR - Nao Sigmaringa Seixas - PSDB - Nao Cesar Souza - Bloco - Nao Valmir Campelo - PTB - Nao Dejandir Dalpasquale - PMDB - Nao Goias Dercio Knop - PDT - Nao Antonio Faleiros - PSDB - Nao Dirceu Cameiro - PSDB - Nao Delio Braz - Bloco - Nao Edison Andrino - PMDB - Nao Esperidiao Amin - PPR - Nao Haley Margon - PMDB - Nao Iram Saraiva - PMDB - Sim Hugo Biehl - PPR - Nao Joao Natal - PMDB - Nao Luiz Henrique - PMDB - Nao Lazaro Barbosa - PMDB - Nao Nelson Morro - Bloco - Nao Nelson Wedekin - PDT - Nao Maria Valadao - PPR - Nao Mauro Borges - PP - Sim Neuto de Conto - PMDB - Sim Orlando Pacheco - PSD - Nao Mauro Miranda - PMDB - Nao Onofrc Quinan - PMDB - Nao Paulo Duarte - PPR - Nao Paulo Mandarino - PPR - Sim Ruberval Pilotto - PPR - Nao Valdir Colatto - PMDB - Nao. Pedro Abrao - Bloco - Nao Roberto Balestra - PPR - Nao Rio Grande do Sul Ronaldo Caiado - Bloco - Sim Adroaldo Streck - PSDB - Sim Vilmar Rocha - Bloco - Nao Adylson Motta - PPR - absten9ao Virmondes Cruvinel - PMDB - Nao Amaury Muller - PDT - Nao Ze Gomes da Rocha - PRN - Nao Antonio Britto - PMDB - Nao Mato Grosso do Sul Amo Magarinos - PPR - Nao Carlos Azambuja - PPR - Nao Elt'sio Curvo - Bloco - Sim Carlos Cardinal - PDT - Nao FISvio Derzi - PP - Nao Carrion Junior - PDT - Nao George Takimoto - Bloco - Nao Celso Bernard! - PPR - Nao Jose Elias - Bloco - Nao Fernando Carrion - PPR - Nao Levy Dias - PPR - Nao Fetter Junior - PPR - Sim Marilu Guimaraes - Bloco - Sim Germane Rigotto - PMDB - Nao Nelson Trad - Bloco - Sim Ivo Mainardi - PMDB - Nao Valter Pereira - PMDB - Nao Joao de Deus Antunes - PPR - Nao Waldir Guerra - Bloco - Nao Jos6 Foga^a - PMDB - Nao Wilson Martins - PMDB - Nao Mendes Ribeiro - PMDB - Nao Parana Nelson Jobim - PMDB - Sim Affonso Camargo - PPR - Sim Nelson Proenga - PMDB - Sim Antonio Barbara - PMDB - Nao Odacir Klein - PMDB - Nao Antonio Ueno - Bloco - Nao Osvaldo Bender - PPR - Sim Basilio Villani - PPR - Nao Pedro Simon - PMDB - Sim 1508 Quarta-feira 9 D1ARIO DA REV1SAO CONST1TUCIONAL Margo de 1994 Telmo Kirst - PPR - Sim Art;. 29.... XIII - Aplica-se aos Municfpios, no que Victor Faccioni - PPR - Sim conceme aos Prefeitos e Vice-Prefeitos, as regras re- Wilson Miiller - PDT - Nao. ferentes ao Presidente e ao Vice-Presidente da Repu- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Votaram blica. "sim" 84 Srs. Congressistas; e "nao" 328. Art. 78 .... Paragrafo unico. Se decorridos dez diass Houve 4 abstencoes. da data tlxada para a posse, o Presidente, salvo por Total: 416 votos. motivo de for^a maior, nao tiver assumido o cargo, Rejeitada a proposta do substitutivo. este sera declarado vago. A SRA. IRMA PASSONI - Sr. Presidente, peco a palavra Art. 79. Substituira o Presidente, no caso de impedi- pela ordem. mento, o Vice-Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Fx" a Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente, ou palavra. vacancia do cargo, serao sucessivamente chamados A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Pela ordem.) - Sr. ao exercicio da Presdiencia o Vice-Presidente, o Pre- Presidente, solicito que se registre a minha presenca e que estamos sidente da Camara dos Deputados, o do Senado Fe- obstruindo. deral e o do Supremo Tribunal Federal. Muito obrigada. Art. 81. Vagando o cargo de Presidente da Republi- ca, far-se-a eleicao noventa dias depois de aberta a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex' sera vaga."). atendida. Em votacao o requerimento. O SR. LUIZ CARLOS HAULY - Sr. Presidente. peco a palavra pela ordem. O SR. AECIO NEVES - Sr. Presidente, pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a palavra. palavra. O SR. AECIO NEVES (PSDB - MG, Pela ordem.) - Sr. O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR. Pela ordem.) - Presidente, fui alertado pelo Lfder em exercicio da minha Banca- Sr. Presidente, solicito que se registre o meu voto "Sim". da de que. apesar de ter votado a seu lado na ultima votacao, meu O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Sera feito o nome nao consta do painel. registro. Eu gostaria que fosse registrado o meu voto "nao" & ultima emenda votada. Rejeitado o substitutivo, passa-se a votacao do Requerimen- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex" serd to de Destaque n" I. atendido. E o seguinte o destaque; O SR. JOSE MARIA EYMAEL - Sr. Presidente. pe9o a ("Para os arts. 25, 29, 78, 80 e 81: palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a Art. 25....§ 4° Aplica-se aos Estados, no que conceme aos palavra. Governadores e Vice-Governadores, as regras referentes ao Presi- O SR. JOSE MARIA EYMAEL (PPR - SP. Pela ordem.) dente e Vice-Presidente da Republica. - Sr. Presidente, eu gostaria de registrar o meu voto "Nao" na ulti- Art. 29....XII - Aplica-se aos municfpios, no que conceme ma votacao. aos Prefeitos e Vice-Prefeitos, as regras referentes ao Presidente e O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex*, serd ao Vice-Presidente a Republica. atendido. Art. 78 Paragrafo unico. Se decorridos dez dias da data Em votacao o requerimento de destaque. fixada para a posse, o Presidente. salvo por motivo de forca maior, Os Srs. Congressistas que o aprovam queiram permanecer nao tiver assumido o cargo, este sera declarado vago. sentados. (Pausa.) Aprovado. Art. 79. Substituira o Presidente, no caso de impedimento, o O SR. JOSE EORTUNATI (PT - RS) - Sr. Presidente. Vice-Presidente. pe^o verifica^ao de votacao. Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente, ou vacan- O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ) - Sr. Presidente, peijo cia do cargo, serao sucessivamente chamados ao exercicio da Pre- verincai,ao de votacao. sidencia o Vice-Presidente. o Presidente da Camara dos O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A solicita^ao Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. e regimental. S. Ex's serao atendidos. Art. 81. Vagando o cargo de Presidente da Republica. far- O SR. REINHOLD STEPHANES - Sr. Presidente, pela se-a eleicao noventa dias depois de aberla a vaga.") ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a E o seguinte o destaque: palavra. O SR. REINHOLD STEPHANES (Bloco (PEL) - PR) - Sr. Presidente. pe^o que seja registrado o meu voto "nao" na vota- n" DTQ Materia Autores cao anterior. 001 PRE0765- ..A. Pinheiro) A. Pinheiro M.R.Mariano O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex' serd ("Para os arts. 25, 29, 78, 79. 80 e 81: atendido. Art. 25 § 4° Aplica-se aos Estados, no que con- A Presidencia solicita a todos os Srs. Congressistas que ceme aos Governadores e Vice-Govemadores, as re- ocupem os seus lugares, para que possamos dar infcio a votacao gras erferentes ao Presidente e Vice-Presidente da pelo processo eletronieo, jd que foi pcdida a verificai^ao de vota- Republica. cao. Margo de 1994 DIAR10 DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1509 O SR. ARMANDO PINHEIRO - Sr. Presidente, pego a co, obtiver a maioria absoluta de votos, nao computados palavra pela ordem. os votos em branco e os nulos." O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem a palavra O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ) - Sr. Presidente. pela V. Ex* ordem. O SR. ARMANDO PINHEIRO (PPR - SP. Pela ordem.) O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a - Sr. Presidente, na qualidade de autor do requerimento de desta- palavra. que, embora eu esteja absolutamente convicto de que se trata de O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem.) - Sr. Pre- uma solu^ao boa para o Pafs, eu sinto que a maior parte dos Li'de- sidente, nao se trata deste. Houve equfvoco na pubIica(ao. O nti- res entende que este nao e o momento oportuno para se mexer nos mero 6 0233, mas o texto que saiu 6 o de outra emenda minha. cargos de Vice-Presidente, Vice-Govemador e Vice-Prefeito. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O de n" 0233? De modo que, tendo em vista a impossibilidade pratica de O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ) - Sim. O texto trata de se aprovar esta malaria e como eu me alinho entre aqueles que que se possa votar diretamente no Presidente e Vice-Presidente da querem agilizar o processo de Revisao, retiro o requerimento, para Republica a partir de 1995, nao valendo para esta legistatura. apressar a votacao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Vou ler para O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Esta retirado V. Ex* o requerimento que tenho em mao: o requerimento de destaque. "Nos termos regimentais, conforme assinalado O SR. JOS6 GENOfNO - Sr. Presidente, pe^o a palavra acima, com respeito ao Parecer n" 17, de 1994, RCE, do para suscitar uma questao de ordem. Relator-Geral, requeremos Destaque para a Proposta Re- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem a palavra visional 00233-6, do Deputado Carlos Lupi." V. Ex' O SR. JOS^ GENOfNO (PT - SP. Pela ordem. Sem revi- O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ) - Mas o texto nao 6 sao do orador.) - Sr. Presidente, estou plenamente de acordo com este. a pretensao do Deputado Armando Pinhe'ro, mas quero registrar, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O texto da perante o Plendrio e a imprensa. que este Deputado, juntamente Emenda PRE 002.233-6 estd anexado. com o Senador Esperidiao Amin e o Deputado Marcelino Romano O SR. CARLOS LUPI - Estd publicado no Avulso; o tex- retiraram os destaques para votar no Fundao s6 a questao da edu- to diz; "Desvincula a eIei?ao do Vice-Presidente da Republica para cacao, e V. Ex' disse que nao podia retirar destaque, porque n3o com a do Vice, eliminando a eleifao automdtica do Vice, registra- havia requerimento enderecado na pessoa do Presidente da Repu- da com a do Presidente eleito." Na verdade, V. Ex' leu o mimero blica. certo, citou o destaque certo, mas na leitura da publica9ao do Entao, como sou a favor da isonomia, apliquemo-la. La- Avulso o texto saiu errado. mentavelmente, V. Ex* abriu grande precedente contra mim, o Se- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Solicito a V. nador Esperidiao Amin, o Deputado Marcelino Romano e o PDT; Ex' que venha d mesa para esclarecer a duvida. agora, lamentavelmente, a isonomia tem de funcionar. Passa-se 3 vota^ao do requerimento de destaque. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex' estd Os Srs. Congressistas que o aprovam permane9am senta- equivocado, nobre Congressista. Quando o requerimento chegou 3 dos. (Pausa.) Mesa, jd tinha sido decidida a questao. Nao se compara um caso a Aprovado. outro. O SR. JOS6 FORTUNATI - Sr. Presidente, pe9o verifi- Esld retirado o requerimento. Vamos prosseguir na aprecia- ca9ao de quorum. fao da matdria. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Foi pedida a O SR. JOS6 GENOINO (PT - SP) - Sr. Presidente, este verifica9ao de quorum. registro 6 importante. N6s fizemos o requerimento pelo microfo- Lembro que o requerimento estd assinado pelo PDT e pelo ne, antes de ser o outro lido e votado. V. Ex' votou o requerimento PT. e estd permitindo que se retire o destaque. Penso que isso € o cor- O SR. JOSE FORTUNATI - Retiro a verifica9ao de quo- reto, mas V. Ex* nao usou esse critdrio no caso do Fundo Social de rum. Emergdncia. O que quero registrar 6 que hd dois pesos e duas me- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Passa-se 3 didas. materia destacada. Vou rele-la: O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex' nao O § 2° do presente artigo passa a ser o seguinte: pode ficar dialogando com a Mesa. A Presidencia proclama que o assunto d inteiramente diver- "Serd considerado eleito Presidente ou Vice-Pre- se do que foi resolvido agora. Ademais, o nobre Lfder do Partido sidente o candidate que, registrado por partido politico, de V. Ex' estd com o assunto no Supremo Tribunal Federal. Va- obtiver a maioria de votos, nao computados os em bran- mos aguardar a decisao do Supremo. co e os nulos." Rejeitado o substitutivo. O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, pe90 a palavra Passa-se d apreciafdo do Requerimento de Destaque n" 4. pela ordem. O Requerimento de Destaque para a Proposta Revisional n" O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a 00233-6 diz o seguinte; palavra. "O § 2° do presente artigo passa a ter a seguinte O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem. Sem revi- redacao: sao do orador.) - Sr. Presidente, eu queria pedir ao nobre Relator § 2° Serd considerado eleito Vice-Presidente da que esclarecesse a respeito do texto que V. Ex' acolheu, para ver Republica o candidate que, registrado por partido politi- como vai ficar na Constitui9ao. 1510 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Murgode 1994 O SR. NELSON JOBIM (Relator) - Sr. Presidente, a O SR. ROBERTO EREIRE (PPS - PE) - Sr. Presidente, emenda do eminente Congressista Carlos Lupi pretende acrescen- esta materia gera disputa entre as chapas. E urn equi'voco imaginar tar. alterar a reda^ao do § 2° do art. 77 da Constituigao Federal. que se aprimora democraticamente; ao contrario, provoca as dissi- Le-se, na versao de 1988, o texto da Constituifao: dencias. O PPS vota contra. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o "Sera considerado eleito Presidente o candidato nobre Li'der do PTB? que, registrado por partido politico, obtiver a maioria ab- O SR. CARLOS KAYATH (Bloco (PTB) - PA) - Sr. Pre- soluta de votos, nao computados os em branco e os nu- sidente, o PTB entende que a legitimidade da chapa presidencial, los." ao receber o voto, esta na vota^ao dada ao Presidente e ao seu A emenda do Congressista Carlos Lupi introduz ao § 2° "a Vice, Dai a legitimidade que vem do voto popular. Vice-Presidencia da Repiiblica", passando o texto a ter a seguinte Nesse sentido, encaminhamos o voto contrariamente: "nao". reda^ao: O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o "Sera considerado eleito Presidente ou Vice-Pre- nobre Li'der do PP? sidente o candidato que, registrado por partido politico, O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR) - O PP vota obtiver a maioria absoluta de votos, nao computados os "nao". Sr. Presidente. em branco e os nulos." O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o A proposta do Congressista Carlos Lupi importa numa alte- nobre Li'der do PSD? ra^ao da sistematica atual, em que o Vice-Presidente da Repiiblica O SR. PAULO DE ALMEIDA (PSD - RJ) - Sr. Presiden nao e votado no processo eleitoral. Ele integra a chapa do Presi- te, o PSD tambem encaminha o voto "nao". dente, mas nao recebe diretamenle votos. Ele aproveita, exclusiva- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o mente, os votos dados ao Presidente da Repiiblica. nobre Li'der do PC do B? Pretende o Congressista Carlos Lupi que o Presidente ou o O SR. HAROLDO LIMA (PC do B - BA) - Sr. Presiden- Vice-Presidente da Repiiblica sejam votados, isoladamente, tal te, eu gostaria de anunciar que o PC do B continua em obstruvao, qual o modelo que no Brasil ja se exerceu ha alguns anos. Esta € a a como estava desde o im'cio dos trabalhos deste Congresso Rcvisor. altera^ao proposta por S. Ex que quer ainda que esse texto somen- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o te entrc em vigor a partir de Janeiro de 1995, ou seja, nao se apli- nobre Li'der do PPR? caria as eleii^oes de 1994 e somente aplicar-se-ia as eleigoes O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - subseqiientes. SP) - Sr. Presidente. o PPR tinha uma posi^ao ja marcada com re- O SR. CARLOS LUPI - Agrade^o o esclarecimento do la^ao a manuten^ao da figura do Vice-Presidente. Mantida a figura Relator. E exatamente esse o texto. Pe^o a aprovajao dos compa- do Vice-Presidente, com rela^ao a sua eleiv'ao ou nao, a questao nheiros. porque em nosso Pafs a eleifao do Vice-Presidente. sepa- fica aberta na Bancada. rada do Presidente, ja teve bons resultados, dando, inclusive, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o oportunidade para que o Vice-Presidente da Repiiblica seja legiti- nobre Li'der do PL? mamente eleito pelo povo e tenha essa legitimidade ao assumir a O SR. JONES SANTOS NEVES (PL - ES) - Sr. Presi- Presidencia. dente, o PL vai votar "sim", porque entende que, para dar legitimi- O SR. JOSE ABRAO - Sr. Presidente. pego a palavra pela dade efetiva ao Vice-Presidente da Repiiblica, tanto quanto e dada ordem. ao Presidente da Republica, e necessario que ele tenha votagao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern a palavra a isolada. Portanto, recomendamos aos Companheiros do PL o voto V. Ex "sim". O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP. Pela ordem. Sem revi- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o sao.) - Sobre o processo de votaijao e urn esclarecimento. O texto nobre Li'der do PSTU? avulso distribuido nao corresponde ao texto apresentado. Aqui diz: Presidente ou Vice-Presidente. E "e" ou "ou". entao. O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU - SP) - Sr. Presi dente, o PSTU continua em obstru^ao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Trata-se de O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o uma emenda que esta sendo destacada; e materia nova. nobre Li'der do PFL? Como vota o nobre Lfder do PSDB? O SR. LUIS EDUARDO (Bloco (PFL) - BA) - Sr. Presi O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP) - O PSDB encaminha dente, a questao e aberta no PFL. o voto "nao". Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe^o aos Srs. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o Congressistas que ocupem os seus lugares para se passar a vota- nobre Li'der do PT? fao. Solicito aos que estao de pe no corredor do plenario que to- O SR. JOSE EORTUNATl (PT - RS) - Sr. Presidente, a mem assento nas bancadas, para colaborar com a Mesa, a fim de Bancada do PT apoiou o requerimento do Congressista Carlos agilizarmos o processo de votagao. Lupi, de uma forma democratica, para que este requerimento vies- Pejo aos Srs. Congressistas que ocupem os seus lugares nas se a plenario para debate. No entanto, a Bancada do PT esta em bancadas, a fim de evitar aglomeragao posterior nos postos avulsos obstnif ao e nao ira votar a materia. e para simplificar a votafao. Ha muitos lugares vazios. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o nobre Li'der do PMDB ? Pe^o aos que estao fora do plenario que venham ao recinto O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS) - O PMDB e solicito aos Srs. Congressistas que se mantenham em plenario encaminha o voto nao". Sr. Presidente, respeitando alguma posi- para outras votagdes. faocontraria. Apelo a S. Ex's para que tomem os seus lugares. Vamos ini- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o ciar o processo de vota9ao pelo sistema eletronico. Pe^o a colabo- nobre Li'der do PPS? raijao de todos: que se assentem nas suas bancadas, a fim de abreviarmos o processo de votagao. Mai\o de 1994 DIARIO DA REVISAO CONST1TUCIONAL Quarta-teira9 1511 Os Srs, Congressistas que se encontram nas bancadas quei- O SR. CUNHA BUENO - Pego a palavra pela ordem, Sr. ram registrar os seus cddigos de vola^ao. Presidente. A Presidencia eselarece ao Plenario que se trata de vota^ao de O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a emenda destacada para que seja feila a eleiyao do Presidente e Vice- palavra. Presidente da Republica separadamente. Quem quiser sua aprovafao O SR. CUNHA BUENO (PPR - SP. Pela ordem. Sem re- devera votar "sim". quem for contra devera votar nao . visao do orador.) - Sr. Presidente, solicito uma providencia para o Sr*. e Srs. Congressistas, queiram selecionar seus votos. Deputado Adcio Neves. A setima baneada da primeira fileira a es- Acionem simultaneamente o botao preto no painel e a ehave sob a querda de V. Ex' esta com defeito. Tentei votar ja duas vezes nela bancada, mantendo-os pressionados ate que a luz do cddigo se no tempo regimental e nao foi possivel. Entao, solicitaria a Mesa apague. Diretora que mandasse examinar a referida bancada. Os Srs. Congressistas que nao regislraram seus votos quei- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia ram fa/e-los nos postos avulsos. vai providenciar. (Procede-se a votafdo.) (Pros segue a votafdo.) () SR. GERMANO R1GOTTO - Sr Presidente. pe?o a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o palavra pela ordem. Lider do PMDB? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a O SR. ANTONIO BR1TTO (PMDB - RS) - Sr. Presiden palavra pela ordem. te, desejo registrar meu voto "nao". () SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Pela or- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o dem.) - Sr. Presidente, desejo apenas fazer uma eonsulta a V. Ex Lider do PDT? Vamos votar o proximo item da pauta ainda hoje. O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ) - Sr. Presidente, o O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Vamos votar quorum ja estd alcangado. O PDT esta votando "sim" a emenda. o proximo item. O SR. JOSE GENOINO - Sr. Presidente, pe^o a palavra O SR. GERMANO RIGOTTO - O proximo item da pau- pela ordem. ta trata do voto facultalivo? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao. O proxi- palavra. mo item refere-se a fidelidade partidaria. O SR. JOSE GENOINO (PT - SP, Pela ordem. Sem revi- O SR. GERMANO RIGOTTO - Esse item toi retirado da sao do orador.) - Sr. Presidente, apenas para registrar, que se eu pauta. Creio que e o voto facultalivo. votasse, eu votaria "nao". Como estamos em obstrugao, nao estou O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern ra/.ao. votando, mas sou contrdrio a emenda. Sera o voto facultalivo. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex' e con- O SR. GERMANO RIGOTTO - Entao. so gostana de trdrio. Mas o quorum ja foi alcanfado, nobre Congressista. lembrar aos colegas que vamos ter a votafao de mais urn item ain- Como vota o Lider do PT? da hoje. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Sim; trata-se O SR. PAULO DELGADO (PT - MG) - Sr. Presidente, do item relativo ao voto facultative. gostaria de registrar que, na vota9ao anterior, eu era a favor da ex- Pevo aos Srs. Congressistas que se mantenham em plenario tin^ao do cargo de Vice-Presidente. para parliciparem da prdxima vota^ao sobrc o voto facultativo. Nao posso, nesta vota^ao, ser a favor de um Vice-Presiden- te com essa autonomia, votado separadamente do titular. Ja foi O SR. JOSE ABRAO - Sr. Presidente. pe^o a palavra pela tentado no Brasil e teve uma solu^ao trdgica; basta observar na ordem. nossa Historia recente que esse tipo de miscelanea eleitoral, esse O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern a palavra tipo de absurdo da legislagao pode nos conduzir a um processo V. Ex' eleitoral mais confuso do que aquele que estamos vivenoo. O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP. Pela ordem. Sem revi- Meu voto seria "nao" nesta votafdo; no entanto, por decisao sao do orador.) - Sr. Presidente. o PSDB vota ' nao . da maioria da Bancada, continuamos em obstru^ao nessa quest3o. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o O SR. CARDOSO ALVES - Sr. Presidente, pe^o a pala- Lider do PTB? vra pela ordem. O SR. CARLOS KAYATH (Bloco (PTB) - PA) - Sr. Pre- sidente. o PTB reitera o seu voto "nao". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern a palavra V. Ex" O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O PTB reitera o voto "nao". O SR. CARDOSO ALVES (Bloco (PTB) - SP. Pela or- Apos a vota^ao dessa malaria, ha um outro requerimento de dem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, desejo apenas fazer destaque a ser apreciado. um registro. Nao houve de passar despercebida a posi^ao do com- O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente. pe^o a palavra bative e atuante Deputado Josd Genoino. S. Ex' declarou que, se votasse, votaria "nao"; nao concor- pela ordem. t O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex a daria com uma elei^ao para Presidente e outra para Vice-Presiden- palavra. te. Alias, S. Ex' votaria como votei. O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem. Sem revi- O registro que fa^o, contudo, e quanto a severidade do Par- sao do orador.) - Sr. Presidente. gostaria de uma informa^ao de V. tido sobre o seu parlamentar. Imobiliza-o, contraria-o de tal ordem Ex": quantos destaques ainda temos sobre essa materia para votar e que ele, embora pense, tenha direito, possa influir em uma tese que nao foram prejudicados? dessa em materia constitucional, ve-se inibido da sua influencia, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nessa materia do seu voto, da sua manifesta^ao de pensamento, pela disciplina sd hd mais um. partidaria do Partido dos Trabalhadores. 1512 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Margode 1994 Imaginem o que sera o governo de um li'der do Partido dos Zila Bezerra - PMDB - Nao Trabalhadores! Sera, Sr. Presidente, sem tirar nem por, o mais Tocantins vivo totalitarismo, a mais dura das ditaduras. Darci Coelho - Bloco - Nao O SR. PAULO DELGADO - Sr. Presidente, estamos Derval de Paiva - PMDB - Nao diante de um caso de elogio as avessas. Edmundo Galdino - PSDB - Nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe^o aos Srs. Merval Pimenta- PMDB - Nao Congressistas que ainda nao votaram que o fagam, pois vamos en- cerrar a votagao. (Pausa.) Encerrada. Maranhao Cesar Bandeira - Bloco - Nao VOTAM OS SRS. CONGRESSISTAS: Costa Ferreira - PP - Nao Roraima Eduardo Matias - PP - Nao Alceste Almeida 196 Bloco - Nao Epitacio Cafeteira - PPR - Nao Cesar Dias - PMDB - Nao Jayme Santana - PSDB - Nao Francisco Rodrigues - Bloco - Nao Joao Rodolfo - PPR - Sim Joao Fangundes - PMDB - Nao Jose Burnett - PPR - Nao Joao Franga - PP - Nao Magno Bacelar - PDT - Sim Luciano Castro - PPR - Nao Mauro Fecury - Bloco - Nao Marluce Pinto - PTB - Nao Pedro Novais - PMDB - Nao Ruben Bento - Bloco - Nao Ricardo Murad - PSD - Nao Amapa Ceara Eraldo Trindade - PPR - Nao Ariosto Holanda - PSDB - Nao Fatima Pelaes - Bloco - Sim Carlos Benevides - PMDB - Nao Gilvam Borges - PMDB - Nao Cid Saboia de Carvalho - PMDB - Nao Henrique Almeida - PFL - Nao Edson Silva - PDT - Nao Jonas Pinheiro - PTB - Nao Emani Viana - PP - Nao Murilo Pinheiro - Bloco - Nao Jackson Pereira - PSDB - Nao Sergio Barcellos - Bloco - Sim Marco Penaforte - PSDB - Nao Para Mauro Benevides - PMDB - Nao Alacid Nunes - Bloco - Nao Mauro Sampaio - PMDB - Nao Almir Gabriel - PSDB - Nao Moroni Torgan - PSDB - Nao Carlos Kayath - Bloco - Nao Orlando Bezerra - Bloco - Nao Eliel Rodrigues - PMDB - Nao Pinheiro Landim - PMDB - Sim Gerson Peres - PPR - Nao Sergio Machado - PSDB - Nao Giovanni Queiroz - PDT - Sim Ubiratan Aguiar - PSDB - Nao Herminio Calvinho - PMDB - Nao Vicente Fialho - Bloco - Nao Hilario Coimbra - Bloco - Nao Piaui Jose Diogo - PP - Nao B. Sa - PP - Nao Mario Chermont - PP - Nao Chagas Rodrigues - PSDB - Sim Mario Martins - PMDB - Nao Ciro Noqueira - Bloco - Sim Nicias Ribeiro - PMDB - Nao Felipe Mendes - PPR - Nao Paulo Titan - PMDB - Nao Hugo Napoleao - PFL - Nao Amazonas Jos6 Luiz Maia - PPR - Nao Atila Lins - Bloco - Nao Lucidio Portella - PPR - Nao Beth Azize - PDT - Sim Murilo Rezende - PMDB - Nao Carlos De'Carli - PPR - Nao Mussa Demes - Bloco - Nao Ezio Ferrcira - Bloco - Nao Paes Ladim - Bloco - Nao Gilberto Miranda - PMDB - Nao Rio Grande do Norte Joao Thome - PMDB - Nao Paudemey Avelino - PPR - Sim Fldvio Rocha - PL - Nao Garibaldi Alves Filho- PMDB - Nao Ronddnia Herique Eduardo Alves - PMDB - Nao Aparfcio Carvalho - PSDB - Nao Ibere Ferreira - Bloco - Nao Ronaldo Aragao - PMDB - Nao JoSo Faustino - PSDB - Nao Acre LaiTe Rosado - PMDB - Nao Alm'zio Bezerra - PMDB - Nao Lavoisier Maia - PDT - Sim Celia Mendes - PPR - Sim Ney Lopes - Bloco - Nao Flaviano Melo - PMDB - Nao Paraiba Joao Maia - PP - Sim Joao Tota - PPR - Nao Antonio Mariz - PMDB - Nao Nabor Junior - PMDB - Nao Efrain Morais - Bloco - Nao Ronivon Santiago - PPR - Nao Evaldo Gongalves - Bloco - Nao Francisco Evangelista - PPR - Nao Maiyode 1994 D1ARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1513 Humherto Lucena - PMDB - Absten^ao Nestor Duarte - PMDB - Nao Ivandro Cunha Lima - PMDB - Nao Pedro Irujo - PMDB - Nao Jose Luiz Clerot - PMDB - Nao Prisco Viana - PPR - Sim Jose Maranhao - PMDB - Nao Ribeiro Tavares - PL - Nao Lucia Braga - PDT - Sim Sergio Gaudenzi - PSDB - Nao Raimundo Lira - PPL - Nao Waldir Pires - PSDB - Nao Rivaldo Medeiros - Bloco - Sim Minas Gerais Vital do Rego - PDT - Sim Aecio Neves - PSDB - Nao Pernambuco Aloisio Vasconcelos - PMDB - Nao Gustavo Krause - Bloco - Nao Annibal Teixeira - PP - Nao Jose Mendon^a Bezerra - Bloco - Nao Aracely de Paula - Bloco - Nao Jose Mucio Monteiro - Bloco - Nao Armando Costa - PMDB - Nao Mansucto de Lavor - PMDB - Nao Avelino Costa - PPR - Nao Marco Macicl - PFL - Nao Edmar Moreira - PP - Nao Maurflio Ferreira Lima - PSDB - Nao Elias Murad - PSDB - Nao Maviael Cavalcanti - Bloco - Sim Felipe Neri - PMDB - Sim Nilson Gibson - PMN - Nao Getulho Neiva - PL - Nao Osvaldo Coelho - Bloco - Nao Ibrahim Abi-Ackel - PPR - Nao Pedro Correa - Bloco - Nao Israel Pinheiro - Bloco - Nao Roberto Freire - PPS - Nao Jose Aldo - Bloco - Sim Roberto Magalhaes - Bloco - Nao Jose Belato - PMDB - Nao Salatiel Carvalho - PP - Nao Jose Geraldo - PMDB - Sim Tony Gel - Bloco - Sim Jose Santana de Vasconcellos - Bloco - Nao Wilson Campos - PSDB - Nao Jose Ulisses de Oliveira - Bloco - Nao Alagoas Junia Marise - PDT - Sim Divaldo Suruagy - PMDB - Nao Leopoldo Bessone - Bloco— Nao Guilherme Palmeira - PFL - Nao Marcos Lima - PMDB - Nao Olavo Calheiros - PMDB - Nao Mario de Oliveira - PP - Nao Teotonio Vilela Filho - PSDB - Nao Maun'cio Campos - PL - Nao Vitdrio Malta - PPR - Sim Odelmo Leao - PP - Nao Paulino Cicero de Vasconcelos - PSDB - Nao Scrgipe Paulo Heslander- Bloco - Nao Albano Franco - PSDB - Nao Paulo Romano - Bloco - Nao Benedilo de Figucircdo - PDT - Sim Romel Anfsio - PP - Nao Djenal Gonyalves - PSDB - Nao Ronaldo Perim - PMDB - Nao Everaldo de Olivcira - Bloco - Nao Ronan Tito - PMDB - Nao Francisco Rollemberg - PMN - Nao Samir Tannus - PPR - Sim Jose Teles - PPR - Nao Saulo Coelho - PSDB - Nao Messias Gdis - Bloco - Nao Sergio Ferrara - PDT - Sim Pedro Valadares - PP - Sim Sergio Naya - PP - Nao Bahia Tarcisio Delgado - PMDB - Nao Vittorio Medioli - PSDB - Nao Angelo Magalhaes - Bloco - Nao Wagner do Nascimento - PP - Nao Aroldo Cedraz - Bloco - Nao Wilson Cunha - Bloco - Sim Benito Gama - Bloco - Nao Zaire Rezende - PMDB - Nao Clovis Assis - PSDB - Nao Eraldo Tinoco - Bloco - Nao Espi'rito Santo Felix Mendon^a - Bloco - Sim Gerson Camata - PMDB - Nao Geddel Vieira Lima - PMDB - Nao Joao Calmon - PMDB - Nao Jabes Ribeiro - PSDB - Nao Jones Santos Neves - PL - Sim Jairo Azi - Bloco - Nao Jorio de Barros - PMDB - Nao Jairo Carneiro - Bloco - Sim Nilton Baiano - PMDB - Nao Joao Almeida - PMDB - Nao Rita Camata - PMDB - Sim Joao Carlos Bacelar - Bloco - Nao Roberto Valadao - PMDB - Nao Jonival Lucas - Bloco - Nao Rose de Freitas - PSDB - Nao Jorge Khoury - Bloco - Nao Rio de Janeiro Josaphat Marinho - PFL - Sim Aldir Cabral - Bloco - Sim Jose Falcao - Bloco - Nao Amaral Netto - PPR - Nao Jutahy Magalhaes - PSDB - Nao Arolde de Oliveira - Bloco - Nao Luis Eduardo - Bloco - Sim Artur da Tavola - PSDB - Nao Luiz Morcira - Bloco - Nao Carlos Alberto Campista - PDT - Sim Manoel Castro - Bloco - Nao Carlos Lupi - PDT - Sim Marcos Mcdrado - PP - Nao 1514 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Mar 1,0 de 1994 Cidinha Campos - PDT - Sim Wagner Rossi - PMDB - Nao Eduardo Mascarenhas - PSDB - Nao Walter Nory - PMDB - Nao Flavio Palmier da Veiga - PSDB - Nao Mato Grosso Francisco Dornelles - PPR - Nao Augustinho Freitas - PP - Nao Hydekel Freitas - PFL - Nao Jonas Pinheiro - Bloco - Nao Jair Bolsonaro - PPR - Absten^ao Jose Augusto Curvo - PMDB - Sim Joao Mendes - Bloco - Nao Julio Campos - PFL - sim Jose Vicente Brizola - PDT - Sim Louremberg Nunes Rocha - PPR - Nao Junot Abi-Ramia - PDT - Sim Marcio Lacerda - PMDB - Nao Laerte Bastos - PSDB - Nao Oscar Travassos - PL - Nao Laprovita Vieira - PP - Nao Ricardo Conea - PL - Sim Marino Ginger - PDT - Sim Rodrigues Palma - Bloco - Nao Nelson Bornier - PL - Nao Welinton Fagundes - PL - Sim Nelson Cameiro - PP - Nao Paulo de Almeida - PSD - Nao Distrito Federal Paulo Portugal - PP - Nao Augusto Carvalho - PPS - Nao Paulo Ramos - PDT - Sim Benedito Domingos - PP - Nao Roberto Campos - PPR - Sim Joao Brochado - PP - Nao Roberto Jefferson - Bloco - Nao Meira Filho - PP - Sim Sandra Cavalcanti - PPR - Nao Osorio Adriano - Bloco - Nao Sergio Arouca - PPS - Nao Paulo Octavio - PRN - Nao Sidney de Miguel - PV - Sim Sigmaringa Seixas - PSDB - Nao Valmir Campelo - PTB - Nao Sao Paulo Alberto Goldman - PMDB - Nao Golds Ary kara - PMDB - Nao Delio Braz - Bloco - Sim Beto Mansur - PPR - Nao Haley Margon - PMDB - Nao Cardoso Alves - Bloco - Nao Iram Saraiva - PMDB - Nao Carlos Nelson - PMDB - Nao Irapuan Costa Junior - PP - Nao Cunha Bueno - PPR - Sim Joao Natal - PMDB - Nao Delfim Netto - PPR - Nao Lazaro Barbosa - PMDB - Nao Diogo Nomura - PL - Sim Luiz Soyer - PMDB - Nao Fabio Feldmann - PSDB - Nao Mauro Borges - PP - Nao Fabio Meirelles - PPR - Nao Onofre Quinan - PMDB - Nao Fausto Rocha - PL - Nao Paulo Mandarino - PPR - Sim Gastone Righi - Bloco - Nao Pedro Abrao - Bloco - Nao Geraldo Alckimin Filho - PSDB - Nao Roberto Balestra - PPR - Sim Heitor Franco - PPR - Nao Ronaldo Caiado - Bloco - Sim Joao Mellao Neto - PL - Sim Vilmir Rocha - Bloco - Nao Jorge Tadeu Mudalen - PMDB - Nao Virmondes Cruvinel - PMDB - Nao Jose Abrao - PSDB - Nao Ze Gomes da Rocha - PRN - Nao Jose Anibal - PSDB - Nao Mato Grosso do Sul Jose Maria Eymael - PPR - Nao Fldvio Derzi - PP - Nao Jose Sena - PSDB - Sim George Takimoto - Bloco - Nao Koyu Iha - PSDB - Nao Jose Elias - Bloco - Sim Liberate Caboclo - PDT - Nao Levy Dias - PPR - Nao Luiz Carlos Santos - PMDB - Nao Marilu Guimaraes - Bloco - Nao Luiz Maximo - PSDB - Nao Valter Pereira - PMDB - Nao Maluly Netto - Bloco - Nao Waldir Guena - Bloco - Nao Marcelino Romano Machado - PPR - Nao Wilson Martins - PMDB - Nao Marcelo Barbieri - PMDB - Nao Mario Covas - PSDB - Nao Parana Maurici Mariano - PMDB - Nao Affonso Camargo - PPR - Nao Nelson Marquezelli - Bloco - Nao Antonio Barbara - PMDB - Nao Oswaldo Stecca - PMDB - Nao Antonio Ueno - Bloco - Nao Paulo Lima - Bloco - Nao Basilio Villani - PPR - Nao Paulo Novaes - PMDB - Nao Carlos Scarpelini - PP - Nao Pedro Pavao - PPR - Nao Delcino Tavares - PP - Nao Roberto Rollemberg - PMDB - Nao Deni Schwartz - PSDB - Nao Robson Tuma - PL - Nao Edi Siliprandi - PSD - Sim Tadashi Kuriki - PPR - Nao Elio Dalla-Vecchia - PDT - Sim Tuga Angerami - PSDB - Nao Flavio Ams - PSDB - Nao Vadao Gomes - PP - Sim Ivanio Guena - Bloco - Nao Josd Felinto - PP - Nao Margo de 1994 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1515 Jos^ Richa - PSDB - Nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex' sera Luciano Pizzatto - Bloco - Nao atendido. Luiz Carlos Hauly - PP - Nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Passa-se a Matheus lesen - PSD - Nao apreciacao do Destaque n" 9. Munhoz da Rocha - PSDB - Nao O SR. JOSE GENOINO - Sr. Presidente, peco a palavra Otto Cunha - PPR - Sim pela ordem. Reinhold Stephanes - Bloco - Nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a Werner Wanderer - Bloco - Nao palavra. Wilson Moreira - PSDB - Abstencao O SR. JOSE GENOINO (PT - SP. Pela ordem.) - Sr. Pre- Santa Catarina sidente, esse requerimento versa sobre emenda ja existente? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Trata-se do Angela Amin - PPR - Sim ultimo destaque, ainda sobre a materia referente ao cargo de Vice- C^sar Souza - Bloco - Nao Presidente, de autoria dos Congressistas Carlos Lupi e Jaques Dejandir Dalpasquale - PMDB - Nao Wagner. Dirceu Cameiro - PSDB - Nao Diz o seguinte: Edison Andrino - PMDB - Nao Esperidiao Amin - PPR - Nao "O art. 79 da Constituicao fica acrescido de um Hugo Biehl - PPR - Nao paragrafo, na forma abaixo: Luiz Henrique - PMDB - Nao § 1° Nao se considera impedimento a ausencia do Nelson Morro - Bloco - Nao Presidente da Republica do territorio nacional, por prazo Nelson Wedekin - PDT - Sim nao superior a tres dias, para o desempenho de missao Neuto de Conto - PMDB - Nao oficial." Orlando Pacheco - PSD - Nao Paulo Duarte - PPR - Sim Em votacao o requerimento de destaque. Ruberval Pilotto - PPR - Nao Os Srs. Congressistas que o aprovam queiram permanecer Valdir Colatto - PMDB - Nao sentados. (Pausa.) Vasco Furlan - PPR - Nao Aprovado. Rio Grande do Sul O SR. JOSE FORTUNATI (PT - RS) - Sr. Presidente, Adroaldo Streck - PSDB - Nao solicito verificacao de votacao. Adylson Motta - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O requeri- Antonio Britto - PMDB - Sim mento 6 do PT e do PDT. V. Ex' mantem a verificacao? Arno Magarinos - PPR - Sim O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ) - O PDT acompanha. Carlos Azambuja - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O requeri- Carlos Cardinal - PDT - Sim mento e de V. Ex' Celso Bemardi - PPR - Sim O SR. JOS^ FORTUNATI (PT - RS) - O requerimento Fernando Carrion - PPR - Sim foi rejeitado ou aprovado? Fetter Junior - PPR - Nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O requeri- Germane Rigotto - PMDB - Nao mento foi aprovado. Ivo Mainardi - PMDB - Sim O SR. JOSE FORTUNATI (PT - RS) - Assim sendo, re- Joao de Deus Antunes - PPR - Nao tiramos o pedido de verificacao de votacao, Sr. Presidente. Jos^ Fogaca - PMDB - Nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia Luis Roberto Ponte - PMDB - Nao solicita a todos os Srs. Congressistas que ocupem os seus lugares, Mendes Ribeiro - PMDB - Sim para que possamos dar im'cio a votacao nominal da materia desta- Nelson Jobim - PMDB - Nao cada. Nelson Proenca - PMDB - Nao Como vota o Ltder do PSDB? Odacir Klein - PMDB - Nao O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP) - Sr. Presidente, o Osvaldo Bender - PPR - Nao PSDB encaminha o voto contra o destaque, mas autoriza a sua Paulo Paim - PT - Nao Bancada a escolher de acordo com a consciencia. Pedro Simon - PMDB - Nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o Telmo Kirst - PPR - Sim Li'der do PMDB? Victor Faccioni - PPR - Nao O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS) - Sr. Presi Wilson Miiller - PDT - Sim dente, esclareco aos colegas Parlamentares que esta sendo votado O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Votaram um destaque do Deputado Max Rosenmann, que determina nao "sim" 77 Srs. Congressistas; e "nao" 298. seja considerado impedimento a ausencia do Presidente da Repu- Houve 3 abstencoes blica do territdrio nacional, por prazo nao superior a tres dias, para Total de votos: 378. o desempenho de missao oficial. Rejeitada a emenda. Significa que, se o Presidente da Republica se afastar do O SR. AlVARO VALLE (PL - RJ) - Sr. Presidente, peco territorio nacional por um prazo inferior a tres dias, o Vice-Presi- a V. Ex' que consigne o meu voto "sim". dente nao assume. Essa e a intencao do Deputado Max Rosen- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pois nao. mann. O SR. TOURINHO DANTAS (Bloco (PEL) - BA) - Sr. O PMDB, respeitando a posicao do Deputado Max Rosen- Presidente, solicito a V. Ex' que consigne o meu voto "nao", pois mann, encaminha contrariamente, porque acredita que essa modi- nao foi registrado na votacao eletronica. ficacao podera ate criar problemas. Todavia, 6 questao aberta na 1516 Quarta-fcira 9 DIARIO DA REV1SAO CONST1TUCIONAL Margode 1994 Bancada para aqueles que julgarem procedente a altera^ao reteri- O SR. LUIS EDUARDO (Bloco (PEL) - BA) - Sr. Presi- da. dente. esta nao e a emenda ideal. O ideal, como encaminhou o De- O SR. FRISCO VIANA - Sr. Presidente, pe(;o a palavra putado Max Rosenmann, nao seria limilar o prazo em tres dias. pela ordem. Entendemos que. quando o Presidente da Republica viaja, e com- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Exa tern a pletamente desnecessario que o Vice-Presidente assuma a Presi- palavra. dencia da Republica. Principalmente, porque ficam dois O SR. FRISCO VIANA (PPR - BA. Pela ordem. Sem re- Presidentes: enquanto um esta assinando acordos externos em visao do orador.) - Sr. Presidente. Srs. Congress!stas, o Congresso nome do Pafs. outro esta no exercfcio do cargo intemamente. Revisor acaba de aprovar. por expressiva inaioria - mais de 2/3 Isso, na nossa avalia^ao, e completamente incoerente. Era dos presentes a rnanuten^ao do cargo de Vice-Presidente. Esse valido no tempo em que nao tfnhamos os meios de comunica^oes destaque e para retirar as atribuifoes do vice. Vamos depena-lo que temos hoje. O Vice e para o impedimento do Presidente da agora, depois que o consagramos com uma grande vota?ao. Nao Republica. tern sentido esse dispositive. Entretanto, Sr. Presidente, a questao no PEL sera aberta. Se O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o a emenda do Deputado Max Rosenmann nao tivesse a liinitai,'ao de Elder do PPR? apenas tres dias, seria melhor, mais correta, estaria completamente O SR. MARCEL1NO ROMANO MACHADO (PPR - dentro dos prinefpios que consideramos essenciais para a combi- SP) - Sr. Presidente, depois da inten^ao da grande maioria deste na^ao de Presidente e Vice-Presidente da Republica. Congresso pela manutemjao do cargo de vice, inclusive com os A questao esta aberta. Sr. Presidente. destaques que tentaram modificar a sua estrutura, todos eles derro- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o tados por uma larga margem de votos. o PPR e pela rejei^ao dessa Lfder do PL ? proposta. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o O SR. JONES SANTOS NEVES (PL - ES) - Sr. Presi- Li'der do PPS? dente, o Partido Liberal vai votar "nao", ja que a decisao plenaria O SR. ROBERTO FREIRE (PPS - PE) - Nao', Sr. Pre- foi no sentido de cria^ao ou, melhor dizendo, de manutenv'ao do sidente. Vice, e preciso que Ihe sejam dadas atribuigoes mfnimas, e entre O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o elas esta a de substituir o Presidente nos seus impedimentos. Lfder do PTB? Dessa forma, a Lideran^a do PL encaminha o voto "nao". O SR. CARLOS KAYATH (Bloco (PTB) - PA) - Sr. Pre- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o sidente. o PTB vota "nao". Lfder do PV ? O SR. MAX ROSENMANN - Sr. Presidente. pe^o a pala- O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV - RJ) - Sr. Presidente. vra pela ordem. o Partido Verde obstruira essa votagao, mas, por logica, compreen- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a demos que, se existe um Vice, este tern de preencher qualquer va- palavra a V. Ex' cancia de uma maneira automalica. O SR. MAX ROSENMANN (PDT - PR. Pela ordem, Sem O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, eu gostaria Lfder do PT? de lembrar ao Plenario, como autor desta emenda. que o Brasil e O SR. PAULO DELGADO (PT - MG) - Sr. Presidente. um dos tres unicos pafses do mundo que tern esse habito de, na au- acabamos de aprovar a manuten^ao da figura do Vice-Presidente sencia do Presidente, por motivo de viagem - is vezes, uma via- da Republica. O sistema e o presidencialista, o Brasil e um pafs gem de 24 boras a fronteira do Brasil com o Paraguai — efetuar a presidencialista e um dos poucos do mundo que tern Vice-Presi- mudanga de cargo, ou seja, a posse do Vice-Presidente. dente da Republica. Na Europa nao ha Vice-Presidente da Repu- O presidente americano viaja pelo mundo todo, produzindo, blica, porque o sistema e o parlamentarista. No presidencialismo inclusive, atos governamentais e oficiais. Nao tern sentido termos. latino-americano, ha casos em que nao ha o vice-presidcnte. em um mesmo momento, dois Presidentes da Repiiblica: um, em Como agora, votando pela manulen^ao do Vice-Presidente, exercfcio no nosso Pat's, e outro, produzindo atos juridicos perfei- quer-se votar pelo nao-poder ao Vice ou pela sua nao-assunt.'ao tos e completos em nome do nosso Pats. nos casos em que o Presidente vai ter que ser substitufdo em qual- Com a tecnologia, com os meios de comunicaijao que todos quer situagao, mesmo no exterior? nos conhecemos, nao e logica essa ideia atual da manuten^ao da Ora, qual a necessidade de se ter feilo a vota^ao anterior da posse do Vice-Presidente. isso e do tempo em que o nosso Presi- forma como foi feita? dente ia de vapor a Europa. Nao tern o menor sentido o Presidente O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o da Republica ter que passar o seu cargo ao Vice-Presidente por um PT? prazo de tres dias. O SR. PAULO DELGADO (PT - MG) - O Partido dos Essa e a posigao que sustentamos. Trabalhadores mantem-se em obstru^ao nessa questao e e contra O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o porque e contra a esse tipo de dispositive. Assim nao 6 possfvel fa- Lfder do PP? zer uma Revisao com esse grau de incoerencia. O SR. VALDENOR GUEDES (PP - AP) - Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O PT man- ate por uma questao de coerencia, o PP vota "nao". tem-se em obstru^ao mas e contra? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o O SR. MAX ROSENMANN - Sr. Presidente. pe^o a pala- Lfder do PC do B? vra pela ordem. O SR. HAROLDO LIMA (PC do B - BA.) - Sr. Presiden- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a te, o PC do B, coerente com a sua positjao de obstruijao desde o palavra a V. Ex' im'cio dos trabalhos, nao votara essa materia. O SR. MAX ROSENMANN (PDT - PR. Pela ordem. Sem O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota o revisao do orador.) - Sr. Presidente, considerando a posi^ao da Lfder do PEL? maioria dos Lfderes contraria a minha proposta e, ao mesmo tern- Margode 1994 DIARIO DA REVISAO CONST1TUCIONAL. Quarta-feira 9 1517 po, percebendo que neste plenario possfveis vices ou candidates a O SR. NELSON TRAD (PTB - MS. Como Lider, Sem re- vice aqui se encontram, retire a minha emenda. visao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. e Sr*5 Congressistas, neste O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O autor reti- momento, em nome da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro. rou a emenda. queremos comunicar ao Congresso Nacional, especificamente a O SR. PAULO DELGADO (PT - MG) - Quero cumpri- Camara Federal, o desligamento do Partido Trabalhista Brasileiro mentar o Deputado Max Rosenmann pela lucidez. do Bloco at6 entao constituido pelo Partido da Frente Liberal e O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Antes de pas- pelo Partido Social Cristao. sar 5 proxima malaria, a Presidencia informa que recebeu requeri- E com sentida manifesta9ao. Sr. Presidente, quero deixar re- mento, na forma regimental, retirando da Ordem do Dia o Parecer gistrado que significativa maioria da Bancada - 23 parlamentares n" 18, de 1994 - RCF, para sanar a lacuna de instrufao. dos 24 presentes — fez uma manifesta9ao expressa de solidariedadc De acordo com o Regimento, o Presidente deferiu e a mate- aquilo que na nossa mesa de negocia9ao fora apresentado. ria foi retirada. Portanto, Sr. Presidente, neste momento, queremos mani- festar o nosso sentimento de amizade, de reconhecimento ao exce- 6 o seguinte o requerimento deferido; lente convtvio com o Partido da Frente Liberal e com o Partido REQUER1MENTO N" 113, de 1994 - RCF Social Cristao, bloco liderado por essa grata revela9ao da poh'tica Senhor Presidente, brasileira, o Lider Lm's Eduardo Magalhaes. Requeiro, na forma regimental, a retirada do Parecer n° 18, Agora, Sr. Presidente, quero comunicar ao Congresso Na- de 1994 - RCF, para sanar lacuna de instru9ao. cional a profunda e sentida manifesta9ao do Partido Trabalhista Sala das Sessoes, 8 de manjo de 1994. - Sandra Cavalcan- Brasileiro em rela9ao ao processo de revisao da nossa Constitui- ti - Geraldo Alckmin Filho - Eduardo Magalhaes - Germano 930. Estamos, principalmente haurida a solidariedadc dos colegas Rigotto. da primeira legislatura, sentindo que nao se faz uma revisao da O SR. GERMANO RIGOTTO - Sr. Presidente, pe^o a Carta Maior do nosso Pai's. Os novos, aqueles que chegaram so- palavra pela ordem. nhando, que manifestaram o seu pensamento - que 6 o pensamen- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a to das suas bases - na transforma9ao dos princi'pios, na renova9ao palavra. das normas constitucionais, passeiam hoje por esta Casa como O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Pela ordem. sombras, como automates, numa demonstra9ao mais positiva de Sem revisao do orador) - Sr. Presidente. o prdximo item, de nume- que estamos fazendo a revisao de forma mecanica, automatica. ro 4, trata do voto facultative. Estamos solicitando a Mesa a retira- onde a maquina fala mais do que a consciencia, onde o dedo indi- da deste item da pauta de hoje e a sua substituigao por um item cador engessado daqueles constrangidos pelo processo da Revisao que ja foi debatido, discutido e sobre o qual temos que deliberar, s6 sabe responder "sim", "nao" e absten9ao. (Muito bem! (Pal- que 6 o de numero 6, que trata da Iicen9a para afastamento de mas.) exerci'cio de mandate. Estamos encaminhando requerimento a Nao podemos. Sr. Presidente, nao aceitamos, nao queremos Mesa. ser o eco de uma voz que nao tern autoridade para falar pela maio- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Informo a V. ria do povo brasileiro. A Na9ao esta dando as costas para uma re- Ex' que 6 necessSrio justificar o porque da retirada para que tenha visao que quase estd se tomando piada no concerto do nosso base regimental. Congresso Nacional. (Palmas.) O SR. JOSE GENOINO - Sr. Presidente, pe90 a palavra Portanto, Sr. Presidente, o Partido Trabalhista Brasileiro. pela ordem. dentro da sua posi9ao de independencia e de verticalidade, em O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a nome dos seus membros que estao enxugando as lagrimas pelo palavra. constrangimento de nao participar, com seriedade, de uma revisao, O SR. JOSE GENOINO (PT - SP. Pela ordem. Sem revi- neste instante apresenta ao Sr. Relator uma nota com as nossas rei- sao do orador) - Sr. Presidente, solicito a V. Ex' uma informa9ao: vindica9oes. em que base no Regimento Intemo V. Ex' aceitou a retirada do Tern ela o seguinte teor. Sr. Presidente: destaque, considerando que o mesmo ja tinha sido aprovado? "A Bancada do PTB na Camara dos Deputados Sou um batalhador pela isonomia do procedimento, nao do condiciona o prosseguimento de sua participa9ao nos m^rito. O parecer jd tinha sido votado. trabalhos revisionais a convoca9ao extraordiniria do O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Foi aprovado Congresso Nacional, para essa fmalidade, ate 31 de ju- o requerimento de destaque e, em seguida, entrou a emenda desta- Iho de 1994, e 4 reforma do Regimento do Congresso cada. O autor retirou a emenda e nao poderia haver vota9ao. Revisor, a fim de: O SR. JOSE GENOfNO - Quero apenas lembrar ao Ple- ndrio que foi isso que eu, Esperidiao Amin e Marcelino Romano I - fixar em 31 de julho de 1994 o prazo para a tentamos fazer no caso do Fundo Social de Emergencia. O proce- conclusao dos trabalhos; dimento 6 igual para todos os casos. 2) constituir comissbes tematicas com relatores e O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex" esta sub-relatores e membros indicados pelos Partidos; e equivocado. Nao houve requerimento. O nobre Congressista Espe- 3) flexibilizar o tramite e a discussao ampla das ridiao Amin enviou 4 Mesa uma rela9ao e nao um requerimento, propostas, emendas, pareceres e destaques, assegurando- Essa emenda tinha parecer contrdrio e podia ser retirada. se a participa9ao efetiva das diversas Bancadas e seus O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Sobre a mesa, requerimento que sera lido pelo Sr. 10 Secretdrio. integrantes na aprecia9ao das materias." O SR. ROBERTO JEFFERSON - Sr. Presidente, pediria Sr. Presidente, nada do que esta o PTB postulando e impos- a V. Ex' que concedesse a palavra ao nobre Li'det do PTB. sivel, porque nesta Revisao alterou-se inclusive a propria geome- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a tria poh'tica. As paralelas tornaram-se convergentes, e ha palavra ao nobre Congressista Nelson Trad, como Lider do PTB. necessidade, na comunhao de sentimento desta Casa, de dar uma 1518 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Margo de 1994 demonstra^ao de que a classe polftiea nao esta em decesso, que brasileiros da mais absoluta miseria. Mas o que estamos pcrceben- aqui nao ha pregui^osos e, muito menos, indolentes. Que aqui nao do e que esse era e continua sendo o discurso para enganar a maio- convivemos com corruptos que manipulam or^amentos, mas ha ria da popula?ao porque, na pratica, estamos vendo que outros uma consciencia viva da necessidade de se discutir os grandes te- interesses comefam a condu/ir o processo revisional. mas nacionais, com a participa^ao efetiva da Na^ao e do seu povo. Veja, Sr. Presidente, que nem sequer a Revisao come^ou a (Muito hem! Palmas.) caminhar, e uma emenda casuistica negociada com Governadores, Por isso. Sr. Presidente. queremos anunciar a V. Ex' que com a sua pressao e presen^a, come?a a ser discutida; nem sequer essa improrrogabilidade que votamos dentro do Regimento e mui- se come^ou a discutir materias de maior importancia para a popu- to fragil em face da grandeza e da indiscutivel e invencfvel posi- la?ao quando a desincompatibilizagao e aqui trazida. fao de soberania do Plenario. E, entao, aproveitariamos o restante do mes de mar^o e todo o mes de abril, para desembocarmos em Se, efetivamente, este Congresso Revisor tivesse o interesse maio com os temas discutidos nesta Casa, com a participayao de de mudar concepgoes, de pensar o novo Estado, de pensar critdrios todos, a fim de darmos a Nagao o testemunho da nossa fidelidade melhores para o novo Estado e para o novo governo, tenho a certe- e esperanga. za de que, ao inves de estarmos discutindo casuismos, estariamos discutindo materias como a mudanija, a recstruturagao do sistema O PTB. a partir deste instante, quando come^ara a negociar tributario nacional. com o Relator da Revisao Conslitucional, coloca-se na absoluta impassibilidade; e uma a^ao conhecida por omissao, mas e civica Veja bem. Sr. Presidente, Srs. Parlamentares: existent qua- e patriotica, porque o PTB, neste instante. passa a obstruir os tra- torze propostas que foram, durante dois anos, discutidas numa Co- balhos da Casa. (Muito bem! Palmas.) missao Especial, por um novo sistema tributario nacional. Nada foi aprovado. A Comissao Especial, nao por falta de capacidade. O SR. JOSE FORTUNATI - Sr. Presidente, pego a pala- mas pelo tema complexo, nao conseguiu definir o merito da mate- vra para uma comunica?ao de Lideran?a. em nome do Partido dos ria. Trabalhadores. O que se deseja agora e simplesmente, no atropelo dos fa- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern a palavra tes. quando dois Parlamentares irao encaminhar favoravelmente a o nobre Congressista Jose Eortunati, como Eider. materia e dois contrariamente, votar aqui mudan^as da maior im- O SR. JOSE FORTUNATI (PT - RS. Para comunica^ao portancia, como o proprio Sistema Tributario Nacional. 5 de Lideranva. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Nao temos diividas. Sr. Presidente, de que a chamada mo- Congressistas, a Bancada do PT ouviu atentamente o discurso do dernidade, que tanto buscam, nao se dara por este Congresso Revi- Eider do PTB, Nelson Trad, que trouxe a esta Casa uma profunda sor, desta forma apressada, agodada. reflexao sobre os encaminhamentos que o Congresso Revisor esta Sr. Presidente, estamos aqui endossando plenamente a posi- dando a revisao da nossa Carta Magna. ?ao do PTB, porque entendemos que ela traz. mais uma vez a dis- Nos, do Partido dos Trabalhadores, desde o principio vimos cussao o que nos parece de fundamental importancia. denunciando a forma afodada. apressada e irresponsavel como a O processo revisional nao pode continuar dessa forma, atro- maioria parlamentar tentava levar adiante esle processo de revisao. pelando a maioria dos Congressistas Revisores, atropelando o inte- Em primeiro lugar, queremos aqui destacar que de todas as resse da popula^ao. Temos, sim, que pensar de que forma a formas tentou-se fazer com que a populai;ao, as entidades organi- populafao pode, de uma forma tranquila e refletida, auxiliar nesse zadas da sociedade civil nao livessem e nao tenham participa^ao processo revisional. Nao podemos rasgar o trabalho feito em dois neste processo. Proibiu-se a participai^ao da popula^ao nas comis- anos pelos Constituintes, quando, de forma refletida, conseguiram soes tematicas, ao contrario daquilo que foi um dos grandes meri- consagrar uma Constitui^ao. tos do processo constituinte de 1988, quando cada materia, cada Que ela nao 6 perfeita 6 obvio. Nao estamos aqui tentando emenda, cada ponto foi exaustivamente discutido com a participa- consagrar o texto anterior. Mas as mudan^as, para acontecerem, £ao da sociedade civil, de tecnicos, de especialistas, daqueles que nao podem ocorrer dessa forma casuistica, como esta acontecendo. efetivamente convivem com cada um dos problemas do nosso Por isso, vemos com muita tranqiiilidade e parabeni/amos a posi- Pais. ^ao do PTB, que, de uma forma tranquila, aborda a questao e traz Agora, nao. Agora, para atender, quern sabe, outros interes- a discussao a participa^ao popular atraves das comissoes temati- ses e ate interesses escusos, barra-se a participa^ao da popula^ao cas. no processo revisor. Nem ao menos se da o prazer da presen(,-a da Era o que tinha a dizer. Obrigado. (Palmas.) populafao nas galerias desta Casa. Em nome da prote^ao sabe-se O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente, pejo a palavra la de quern, retira-se os trabalhadores, retira-se a popula^ao, a so- para fazer uma comunica^ao de Lideranya, pelo PC do B. ciedade civil do nosso convivio. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Para uma ra- Em segundo lugar, Sr. Presidente, queremos destacar o Re- pida comunica^ao de Lideranga, concedo a palavra ao nobre Eider gimento Interno aprovado. que tern normas claramente autorita- do PC do B. rias, que simplesmente fazem que duas ou tres lideran^as O SR. HAROLDO LIMA (PC do B - BA. Como Eider. atropelem todo o processo revisional; um Regimento que nao per- Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente. Srs. Congressistas, gos- mite, de forma alguma, que os Srs. Parlamentares retlitam sobre as tariamos de ressaltar a importancia que damos ao comunicado de materias que estao em vota^ao; um Regimento Interno que da po- Lideranija recentemente feito pelo nobre Eider Nelson Trad. As ra- deres a tres lideres, no maximo. a apressarem, a a^odarem, a atro- zoes alegadas por S. Ex'., nao as vou repelir. Apenas quero dizer pelarem o processo que deveria ser amplamente discutido. que estamos inteiramente de acordo com as mcsmas. Esta Revisao Em terceiro lugar. Sr. Presidente, afirmou-se durante muito tern todos os vicios que ali alegou e. na opiniao do PC do B. tern tempo e continua-se afirmando que o processo revisional tende a mais ainda. aperfeigoar o Pais. Trata-se, segundo alguns, de um processo ne- No curto espai;o desse comunicado de Lideranga, nao quero cessario para tirar o Pais da crise, para tentar retirar 32 milhoes de retomar a tematica do casuismo, do Regimento auloritario, de di- Maiyode 1994 D1ARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1519 versos desmandos que lem sido feitos nesta Casa para que sejam O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe^o a aten- aprovadas determinadas emendas constitucionais. fao do Plenario porque hd um orador na tribuna. Quero aproveitar esta oportunidade para salientar aos Srs. Congressistas aqui presentes e ao Sr. Presidente uma reflexao que O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente, quero chamar quero Irazer 5 Casa. a aten9ao para o fato de que, promulgada a Constitui9ao que agora Srs. Parlamentares, com o anuncio feito pelo Deputado Nel- esta sendo revista, nao sabemos qual sera a rea9ao desta Casa; sa- son Trad de que o PTB agora tambem passa a obstru^ao, ja sao bemos, sim, que no dia seguinte em que for promulgada, sem a as- 110 deputados e scnadores que passam a se perfilar na linha dos sinatura de dezenas de parlamentares — nao imagmem que esses que estao declaradameme obslruindo os trabalhos desta revisao parlamentares que estao contrdrios vao, na ultima bora, por um ato constilucional. que nao sei como deftnir, assinar a Constitui9ao essa Constitui- Sr. Presidente. este fato nao e de menor importancia. Quero 9ao, 24 boras depois, estara sendo questionada por nds, e pelo lembrar aos Srs. Parlamentares. ao Sr. Presidente e ao Sr. Relator povo brasileiro como ilegi'tima, fraudulenta e lacanha. que. em 1967 e 1969, o entao regime militar outorgou a Carla O SR. LUIS EDUARDO — Sr. Presidente, pe90 a palavra Magna ao Pafs, a chamada Constitui^ao de 67 e de 69. Tomou cui- como Lt'der. dados para f'a/.er com que o Congresso. convocado a ultima bora, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tern a palavra votasse aquela Carta Magna apresentada a Naijao como a Consti- V.Ex*. como Lt'der. tuigao de 69. O SR. LUIS EDUARDO (Bloco (PEL) - BA) - Sr. Presi- Contudo, apesar dos cuidados de fazer aquele manejo lega- 5 lista, o povo brasileiro, de 67 a 87, jamais aceitou que existisse dente, Sr" e Srs. Congressistas, Sr. Presidente, as minhas primei- uma Constitui^ao legal em nosso Pat's; pelo contrario, desde aque- ras palavras sao de agradecimento ao Partido Trabalhista le instante ate o momento em que se instaurou a Constituinte em Brasileiro pelo pen'odo em que permanecemos em Bloco, atuando 1987, uma questao central se levantou em todas fileiras oposicio- na Camara dos Deputados. Quero agradecer aos Deputados Nelson nistas dcmocraticas de nosso Pat's. E que vivfamos sob o tacao de Marquezelli, Rodrigues Palma e Nelson Trad pela convivencia uma Constituigao ilegi'tima. Por que aquela Constitui^ao foi consi- amena, agraddvel e proveitosa. derada ilegi'tima por todas as entidades democraticas conhecidas e Entretanto, Sr. Presidente, primeiro e precise que se esclare- pelo povo em geral? Levantou-se um grande clamor no Pat's por 9a ao Plenario que durante o processo de Revisao estamos atuando uma Constituinte livre e soberana, para resolver um problema cen- separadamente; segundo, que formamos um Bloco para enfrentar tral de nossa Nagao; precisavamos de uma Constitui^ao legi'tima. as dificuldades que o Regimento da Camara dos Deputados colo- Essa questao fundamental passou por cima de todos os pro- cava para que o candidate da maioria, Deputado Inocencio Olivei- blemas e de todos os momentos que o Pat's viveu naquele longo ra, pudesse disputar democraticamente os votos e a preferencia do pen'odo, cerca de 20 anos. Durante um certo tempo, existiu o cha- Plenario. mado "Milagre Economico". Ate se imaginou que havt'amos redes- Todavia, Sr. Presidente, nao posso me calar neste instante, coberto o caminho desenvolvimentista em nossa terra. Nem por para que nao se busque aproveitar mais uma manobra para diftcul- isso o povo esqueceu que a Constitui^ao era ilegi'tima e que era ne- tar os trabalhos da Revisao Constilucional. cessario uma Constituinte livre e soberana para votar uma Consti- O que desejam os conservadores do Pat's? Que nao se mude tuifao que fosse respeitada por todo o povo, que fosse um pacto a Constitui9ao? Que se mantenha o Eslado falido? Que se mante- social serio e que fosse uma Constitui9ao legi'tima. nha os privilegios aos setores corporativistas que dominaram a A Constituinte de 1987 resolveu esse problema, Srs. Parla- vida do Pat's e agora estao antevendo as mudany'as que podem mentares. E digo que o fez muito bem. A Carta Magna que foi ocorrer? Sabemos que as mudan9a.s tern inimigos e vamos vence- promulgada em 1988 leva a assinatura de todos os parlamentares los democraticamente atraves do voto da maioria desse Plenario. de todos os partidos poli'ticos representados nesta Casa naquele pe- Nao nos assusta, Sr. Presidente. a amea9a do meu i lustre n'odo, apesar de alguns partidos e de alguns parlamentares, como conterraneo, Deputado Haroldo Lima, de que dezenas de Congres- foi o caso do PC do B. terem votado e assinado a Carta ao tempo sistas poderiam nao subscrever a promulga9ao da Revisao Consti- em que aprescntaram uma declara^ao de voto manifestando ressal- lucional. Se prevalecesse esse criterio, ten'amos encontrado a vas com rela^ao a diversos artigos constitucionais. formula ideal de qualquer minoria barrar a vonlade da maioria. Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, pe^o licen^a a V. Ex's Nao queremos protelar o trabalho da Revisao. Nao entende- mos como necessario o adiamento do prazo final. O que quere- para fazer uma reflexao: estamos trilhando agora o perigoso cami- a nho de abandonar a trincheira. ja vencida, de uma Constitui^ao le- mos, Sr. Presidente, e apelamos a V. Ex e ao Relator, e deliberar gi'tima, respeitada pelo povo, para voltar a luta de quinze ou vinte sobre as questoes mais importantes para o Pat's; nao podemos con- anos atras, para a qual outras na^oes ja nao voltaram, ja passaram tinuar votando apenas materias de pouca importancia. Queremos por cla, e que a propria Najao brasileira pensava tinha ultrapassa- deliberar sobre materias poh'ticas, principalmente sobre as de or- do: a luta por uma Constituifao legi'tima. dem economica, fator fundamental de niudan9as para o Pat's. Sim, Sr. Presidente, estamos elaborando neste momento Mas, Sr. Presidente, sinto que o corporativismo se organiza uma Constitui^ao ilegi'tima; nao sabemos sequer como sera a pro- para tentar reagir as mudan9as. E o que sinto. Ha aqueles que de- mulgaijao dessa Constituifao. sejam manter os privilegios em detrimento da maioria dos brasilei- Diversos dos que hoje estao aqui - bem como o povo brasi- ros, que, hoje, sofre por um Estado falido, que nao cumpre as suas leiro - lembram-se que. quando a Constituifao de 1988 foi pro- fun9oes. mulgada, da cadeira em que V. Ex'. Sr. Presidente, estd agora Sr. Presidente, o meu Partido aproveita esta oportunidade assentado, o saudoso Deputado Ulysses Guimaraes levantou-se para reaftrmar, perante o Congresso Nacional e toda a Na9ao bra- com a Constitui^ao nas maos, Constitui^ao que ele chamou "cida- sileira, que defendera ardorosamente a vota9ao da ordem economi- da", e foi aclamado por todos os parlamentares aqui presentes. ca como fator fundamental para as mudan9as estruturais do Brasil. (Tumulto no plenario.) Portanto, Sr. Presidente, 0 nosso compromisso 6 afirmado com a Revisao, sob o comando e a Presidencia de V. Ex', que tern 1520 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Marco de 1994 honrado o posto de Presidente, bem como do Relator, Deputado horas para ouvir as pessoas que estdo em obstnifao nesta Casa, Nelson Jobim, que tem demonstrado coragem, lucidez e inteligen- tambem merecemos respeito ao nosso direito de votar. cia na conducao da relatoria, enfrentando aqueles que nao desejam Sr. Presidente, de acordo com o art. 6° do Regimento Co- as grandes mudangas no Pais. mum estabelece que o lider pode usar da palavra em qualquer mo- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. mento para comunica^do de cardter urgente, como eventualmente Muito obrigado. pode ter sido a comunica^do do PTB. As demais interven95es, Sr. O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, pe^o a palavra Presidente - pe^o a V. Ex* que me desculpe -, no meu modo de como Lider. entender. desrespeitam os demais Congressistas que querem votar. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a Por isso, solicito d Mesa que, no momento em que for pedi- palavra a V. Ex* da a palavra para uma comunica^do, seja definido o cardter de ur- O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Como Lider. Sem revi- gencia ou que o Lfder diga qual 6 a urgencia. Caso contrdrio, nao sao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, queremos, em poderemos exercer o nosso direito democrdtico de votar. nome da Lideranga do Partido Democratico Trabalhista, o PDT, Muito obrigado. Sr. Presidente. congratular-nos com a Lideran^a do PTB pela decisao tomada, O SR. ROBERTO FRANCA - Sr. Presidente, pe^o a pa- que toma claro & opiniao publica e a imprensa aqui presente que o lavra para uma comunica^do, processo revisional comeca a cansar ate aqueles que eram favori- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a veis a Revisao. palavra. Por que esse processo jd comeca a nos cansar? Porque o O SR. ROBERTO FRANCA (PSB - PE. Para uma comu- processo revisional pelo qual esta Casa passa hoje e um processo nica9do. Sem revisdo do orador.) - Sr. Presidente, pedi a palavra que nao passa por um acordo e por uma discussao polftica entre tamWm para uma Comunica9do, seguindo as demais... todas as Lideranfas. O processo revisional que estamos enfrentan- do tenta se impor a uma maioria fragil, porque e uma maioria sem O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe90 a V. Ex' causa e que se localiza em momentos, em setores dos seus interes- seja breve. ses. que vota e depois nao esta mais presente. O SR. ROBERTO FRANCA - Serei rapidfssimo. O Parti- Sr. Presidente, hoje essa posicao do PTB pode ser, inclusi- do Socialista Brasileiro aproveita essa oportunidade para voltar a ve, o resgate historico desse partido com a sua propria histdria. O fazer um apelo ao bom senso do Congresso Nacional. PTB andou, durante muitos anos, a procura de si mesmo. Hoje. Sr. Presidente, este Congresso sempre teve, durante toda a quifd - esse e o meu desejo -, nesse posicionamento que estd to- sua histdria, a avalia9do perfeita do momento que se estd vivendo. mando, possa ele ir ao encontro da sua propria origem. da sua prd- Agora, mais do que nunca, vai ficando clara a inoportunidade, a pria histdria e, com isso, resgatar, perante a opiniao publica, o inconveniencia, a extemporaneidade desta Revisdo, bem como a PTB que Getulio criou, o PTB dos idearios de Pasqualini, o PTB forma como estd sendo feita. dos idedrios de Jango, o PTB que realmente representou um avan- Sr. Presidente, vejo as galerias vazias como o si'mbolo de qo das conquistas sociais e trabalhistas deste Pais. um processo de revisdo sem discussdo, sem povo. Isso que estd Saudo essa posicao de o PTB agora fazer a exigencia de co- acontecendo e que a alguns parece uma forma de faltar ao seu tra- missoes temdticas para discutir as materias, porque vai tomar claro balho Parlamentar 6 uma manifesta9ao de vontade do Congresso a opiniao publica que nao estamos tao isolados como desejam. Nacional, refletindo a vontede do povo brasileiro. A cada dia, a (Tumulto no plendrio.) cada hora, perca^os sdo apresentados ao processo de revisdo. Isso Sr. Presidente, live paciencia, escutei todos, respeito todos, 6 uma demonstra9do da sabedoria implfcita que estd sendo mani- sou civilizado e gostaria que tivessem a mesma considerafdo co- festada de diversas maneiras contra esse processo em virtude de migo. sua ilegitimidade. Entendo que essa posigao do PTB e um fato novo nesta Saudo, neste momento, a posi9do da Lideran9a do PTB pela Casa, que merece ser refletido por todos os parlamentares. Se que- sensibilidade de se retirar de um processo que, inclusive regimen- rem alguns - a grande maioria ainda continua favordvel a Revisdo talmente. nao permite a ampla discussdo, como foi sugerido pela - encontrar um ponto em comum. para faze-la andar, tern que sen- Lideran9a, por meio de Comissoes. tar-se para discutir o que 6 aceitdvel neste momento para a Nacao Sr. Presidente, a urgencia da comunica9do diz respeito d brasileira. oportunidade de saudar a Lideran9a pelo bom senso, que espero O que nao se pode imaginar e que se ird impor uma maioria prevale9a nesta Casa. momentanea e frdgil, porque e uma maioria sem causa. Temos a causa que historicamente nos faz estar aqui, massacrados pela mf- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena. Fazendo soar a dia, massacrados pela grande imprensa, mas resistindo, porque a campainha) - Consulto o Plendrio sobre a proiToga9do da presente causa que nos alimenta 6 mais forte do que qualquer poder que &essdo aid 22 horas. (Pausa.) queira destrui'-la. Ndo havendo obje9do do Plendrio, estd prorrogada a sessdo. Muito obrigado. O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO - Sr. Pre O SR. LUCIANO PIZZATTO - Sr. Presidente. pe?o a pa- sidente, pe90 a palavra para uma comunica9do de Lideran9a. lavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a palavra ao nobre Congressista, pedindo-lhe que seja breve para palavra. podermos votar. O SR. LUCIANO PIZZATTO (Bloco (PEL) - PR. Pela O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - ordem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, tomo por base o SP. Para uma comunica9do. Sem revisdo orador.) - Sr. Presidente, art. 6° do Regimento Comum e considero desnecessdrio que exista o PPR, desde o infcio do processo revisional, tem mantido o seu no Regimento a obrigatoriedade de respeito a todos os Congressis- posicionamento favordvel d Revisdo. Jd tivemos a oportunidade de tas, porque isso d uma fungao intrinseca desta Casa. N6s, que esta- estudar, durante anos, todas as propostas que a nossa Bancada de- mos aqui ha quase um mes computando dezenas e dezenas de veria defender em plendrio. Marco dc 1994 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1521 Hoje, Sr. Presidente, entendemos. mais do que nunca, que a solu9ao posst'vel, no momento, ainda que nao se' i a ideal. O cer- essa revisao deve ter continuidade. nao so em fun^ao dos trabalhos to seria acabar com a figura do monopblio estat I nos setores de que estao sendo bem conduzidos por V. Ex*, eomo tambem pelos petrbleo, gas, minerals nucleares e telecomunica9oes, mantendo-se trabalhos realizados pelo nobre Relator. com quern nos solidariza- um controle que seria exercido pelo Govemo na avalia9ao de cada mos. Entendemos que ou demonstramos ao Pat's que o Congresso pedido para adequa-lo as exigencias de legisla9ao pertinente. Nacional estd bem-intencionado. procurando. mediante nosso tra- De qualquer maneira, a proposta do Deputado Nelson Jo- balho, dar-lhe condi^bes de modemidade principalmente com rela- bim representa um avan90 enorme no sentido de uma libera9ao 930 ao campo economico ou todos nos demonstramos a nossa mais ampla da economia, permitindo a integra9ao do Brasil no incapacidade, em fumjao dos fatos gerados, e acabamos com o mercado global de bens e servi9os, inclusive de capital. Tern o me- processo revisional. rito de ser politicamente viavel neste momento. considerando-se o Sou daqueles. Sr. Presidente, que gostariam de ver melhores curto pen'odo para a revisao da Constitui9ao, e aquele outro de perspectivas para o Pat's. Vamos combater de todas as formas as acabar com o monopblio em todos os outros setores que nao o da intenfbes dos que procuram. de uma maneira ou de outra, impedir pesquisa e lavra de petrbleo e gas. Assim, nao mais serao monopb- que o processo revisional mantenha o seu curso, o seu ritmo de lio da Uniao o refino, a importa9ao e o transporte do petrbleo e do trabalho. gas. Abrir-se-a de imediato, desde que o bom senso prevale9a no Queremos fazer com que nao so a lei seja cumprida, como Congresso Revisor, a possibilidade de o Brasil poder empregar tambem que a responsabilidade dos Srs. Congressistas seja manti- com exito o gas boliviano, atrair investimentos para a instala9ao da neste plendrio. de modernas refinarias, permitir que empresas privadas invistam E d por isso que apelamos para que todos aqueles que hoje na constnujao de gasodutos - investimentos hoje vultosos, que es- possuem pelo menos o princt'pio patridtico de querer o melhor tao limitados a parca disponibilidade de recursos da Petrobras, que para nossa Na^ao parlicipem do processo revisional, a fim de en- acaba impedindo, por falla de investimentos produtivos, o indis- tregarmos a este Pat's o diploma legal que o povo merece. Quere- pensavel desenvolvimento da economia nacional. mos fazer com que haja votagbes nonnais. Entendemos que nao se A proposta do relator e mais ampla. Abrange a pesquisa e pode postergar a discussao e a votafao das reformas propostas so- lavra de minerios, inclusive nucleares, e, principalmente, o setor bre a ordem econbmica. das telecomunica9bes, agora vivendo momentos de dramatico atra- Por isso. Sr. Presidente, terminando minhas palavras, re- so. As telecomunica9bes, no Brasil, caminham na contramao da queiro a V. Ex', ate pela oportunidade agora oferecida. que autori- histbria, que ja registra privatiza9bes amplas e intensas em quase ze a transcri^ao. para que conste dos Anais desta Casa, do editorial todos os pafses do mundo, principalmente os que acabaram com o de hoje do jornal O Estado de S. Paulo, sob o ti'tulo "Uma Solu- regime de planejamento centralizado. 930 Inteligente". E e em fun9ao dessa soIu9ao inteligente que nos Na justifica9ao de suas propostas, o Deputado Nelson Jo- apelamos para os Srs. Congressistas, a fim de levarmos avante o bim apresenta um argumento capaz de contornar os obstaculos le- processo da revisao constitucional. vantados contra a Revisao Constitucional nesse setor: a aprova9ao Tenho certeza de que. assim agindo, ofereceremos ao nosso de suas emendas permitira que o proximo govemo, ao assumir em Pat's contribui9ao muito maior do que ficarmos aqui procurando janeiro de 95, possa fazer as propostas que irao ser aplicadas em impedir que o curso da revisao nao seja aquele que nbs desejamos. sua administra9ao. O futuro presidente tera todos os inslrumentos A modemidade esta, realmehte; sendo colocada'em jogo. e eu te- para agir. O Govemo fica autorizado a dar concessbes para que nho certeza de que a maioria deste Congresso vai dizer ao Brasil empresas privadas nacionais ou estrangeiras operem naquelas que quer trabalhar para uma soluc'ao muito melhor para seus pro- areas hoje restritas a incompetente 3930 do Estado. Se o novo Pre- blemas que hoje constam da Ordem do Dia. sidente desejar, fara as concessbes. Se nao quiser, tudo continuara O SR. PRESIDENTE (Humberlo Lucena) - V. Ex* sera como esta. Rompem-se, porem, de uma vez para sempre, os gri- atendido. A Presidencia vai fazer publicar, dando como lido o edi- Ihbes que impedem a participa9ao do capital privado nos setores torial a que V. Ex' se refere. vitais da economia, como os de enefgia e telecomunica9bes. DOCUMENTO A QUE SE REFERE O DEPUTA- As propostas sobre o fim dos monopblios sao corretas e ser- DO MARCELINO ROMANO MACHADO EM SEU vem ao interesse nacional DISCURSO: Certamente, a proposta do fim dos monopblios recebera fer- UMA SOLUQAO INTELIGENTE renha critica da Petrobras e da Telebras, que pretendem manter a atual situa9ao unicamente para atender a interesses corporativos. O Deputado Nelson Jobim, relator do projeto de revisao constitucional, encontrou formula inteligente e habil de anular em Pela Petrobras ou por parte dos que defendem cegamente o mono- pblio, provavelmente o relator receba insultos grosseiros como os pane os efeitos negatives dos monopblios estatais sobre a econo- que vem sendo empregados para atacar os defensores da quebra do mia nacional. Propbe S. Ex' que se mantenha apenas urn monopb- monopblio em informes publicitarios em jornais e revistas, direta lio, o da pesquisa e lavra de jazidas de petrbleo. gas natural e ou indiretamente pagos pela empresa. E a agressao que vem do de- outros hidrocarbonetos. A Uniao podera. no enlanto, mediante sespero e da falta de argumentos consistentes. O insulto parece ser concessao espect'fica. permitir a atividade de empresas privadas na a unica defesa que ainda resta a uma empresa que. sendo a 12' no pesquisa e lavra. Com a emenda, nao se manteria mais esta situa- ranking mundial de petrbleo, ainda precisa do apoio do monopb- 930 estranha de o monopblio estatal da Uniao ser exercido apenas lio estatal para nao mostrar a sua ineficiencia. por uma empresa do Governo. a Petrobras, cuja ineficiencia esta Nao ha como se opor, racionalmente, a proposta do relator conftrmada pelo fato de haver descoberto so 4.8 bilhbes de barris da Revisao Constitucional. Nao hb o que objetar, ja que a Petro- de petrbleo em 40 anos, embora a prbpria empresa afirme que as bras e a Telebras poderao continuar existindo se o proximo gover- reservas poderao chegar a mais de 10 bilhbes de barris. Segundo a proposta do Deputado Jobim, o Estado podera no quiser continuar arcando com o peso de seus custos. Nao estarao mais sozinhas, porem. O Estado podera permitir que outras dar concessbes a empresas privadas, nacionais e estrangeiras, inte- ressadas na pesquisa e lavra de jazidas petroh'feras. Essa parece ser empresas, privadas, explorem as riquezas que ha decadas perma- 1522 Quarta-feira 9 D1ARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Marco de 1994 necem dormindo num solo, cujo potencial, mesmo no fim do secu- O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU - SP) - Sr. Presi- lo 20, ainda permanece desconhecido por todos n6s. dente. o PSTU mantdm-se em obstrucao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Sobre a mesa O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o requerimento de preferencia que sera relido pelo Sr. 1° Secretario. nobre Lfder do PL? Passado esse acidente de percurso, vamos retomar rapida- O SR. JONES SANTOS NEVES (PL - ES) - Sr. Presi- mente a vota?ao. dente, o PL vota "sim". E lido o seguinte O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o nobre Lfder do PP? REQUERIMENTO N° 114, DE 1994 - RCF O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR) - Sr. Presiden- Exmo. Sr. Presidente do Congresso Nacional Revisor te, o Partido Progressista quer votar o item que esta na pauta. En- Requeiro, na forma regimental, preferencia para que o Pare- tao, vota "nao". cer n" 14 seja apreciado antes do Parecer n" 3. O SR. GERMANO RIGOTTO - Sr. Presidente. pec© a Sala das Sessoes 8 de manjo de 1994. - German© Rogotto palavra para um esclarecimento. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Trata-se da O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex* a vota^ao de parecer sobre licen^a para afastamento de exercfcio do palavra, nobre Deputado. mandate. O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Para um es A materia ja foi discutida e encaminhada. clarecimento. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, lalvez eu Passa-se a vota^ao do requerimento de preferencia. nao tenha compreendido que, pela queda do quorum, tfnhamos Os Srs. Congressistas que o aprovam queiram permanecer para votar agora o voto facultative e a infidelidade partidaria, que sentados. (Pausa.) sao questoes polemicas. Se o objetivo e avancarmos na votacao Aprovado o requerimento. esta noite, temos que votar materias que jd foram discutidas e que O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ) - Sr. Presidente, o estamos prontos para votar, ou seja, a infidelidade partidaria e o PDT pede verificafao de votagao. voto facultativo. Sem diivida, houve queda de quorum, devido O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Sera feita a aos pronunciamentos e comunicacdes de Lideranca. Deven'amos verificaijao requerida pelo PDT com apoiamento do PT. ter um quorum mais alto para votar esses dois itens. Foi so essa a Pe?o aos Srs. Congressistas que ocupem os seus lugares. razao. Entretanto, se acharem que o requerimento deve ser rejeita- para procedermos a verificagao, do. nao ha problema. N6s votaremos o que estiver constando na O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o Ordem do Dia. nobre Lider do PDT? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ)- O PDT se encontra nobre Lfder do PFL? em obstrugao e pede a sua Bancada que nao vote. O SR. LUfS EDUARDO (PFL - BA. Sem revisao do ora- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o dor.) - Sr. Presidente, concordamos integralmente com as palavras nobre Li'der do PTB? do Deputado Germano Rigotto. Entendemos que o quorum esta O SR. ROBERTO JEFFERSON (PTB - RJ) - Sr. Presi- baixo para que possamos deliberar sobre o voto facultativo. Evi- dente, enquanto nao democratizarmos a forma de participa^ao de dentemente, esse requerimento visa a nao deixar entrar, neste exa- todos os Congressistas na Revisao Constitucional, o PTB se man- to momento, o voto facultativo. Entretanto, parece-me que. quanto tera em obstru^ao. a essa outra materia, ja existe parecer e ate come^amos a votd-la. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o Portanto, se for uma inversao apenas para colocar essa materia na nobre Lider do PMDB? frente, evidentemente vamos pedir o voto "Sim", para aproveitar o O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS) - O PMDB quorum ainda existente numa materia menos importante. vota "sim". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o esclarece que nao se trata de inversao; e um pedido de preferencia. nobre Lider do PSDB? O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO - Sr Pre O SR. JOS*-: ABRAO (PSDB - SP) - O PSDB vota "sim". sidente, peco a palavra pela ordem. Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex* a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como votam O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - os demais Lfderes? SP. Pela ordem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente. eu gos- O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - taria de informar a V. Ex*s que o requerimento foi apresentado SP) - Sr. Presidentem gostaria de obter apenas um esclarecimento para preferencia, sem que a Bancada do PPR fosse consultada. A sobre o processo de vola^ao: o que se pretende inverter com esse explica?ao dada agora pelo nobre Lfder do PMDB vem elucidar o requerimento? fato. Vamos modificar nosso posicionamento, lamentando que nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Trata-se de tenhamos sido consultados anteriormenle para podermos decidir preferencia para votar o Parecer n" 14 da Ordem do Dia, que trata sobre a questao, pois dessa forma poderfamos, inclusive, ter evita- da licen^a para afastamento de exercfcio do mandato. Esta materia do o desentendimento. ja foi discutida e encaminhada, iniciou-se a sua vota^ao e nao hou- Votamos favoravelmente ao requerimento em funcao ate ve quorum. das argumenta^oes aduzidas pela Lideranca do PMDB. Como vota o nobre Lfder do PPR? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - PSDB? SP) - O PPR esti contrdrio a esta solicita^ao e encaminha o voto O SR. JOS6 ABRAO (PSDB - SP) - Hoje e o Dia Inter- "nao". nacional da Mulher. Nada mais justo do que colocarmos na pauta O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o a materia que trata da mulher parlamentar. Portanto, o PSDB vota Lfder do PSTU? "sim". Marco de 1994 DIARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1523 O SR. PRESIDENTE (Humbcrto Lucena) - Como vota o momento em que se realiza a votafao, para pedir que se recompo- PC do B? nha a verdade em relafdo a pauta do Congresso Revisor. O SR. HAROLDO LIMA - O PC do B esta em obstrufao. Estamos votando hoje uma pauta polftica. Segundo a Im- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Peco aos Srs. prensa noticiou fartamente, isso serviria de isca para que os setores Congressistas que se encontram no corredor que ocupem seus lu- contra e os Parlamentares desta Casa viessem participar da Revi- gares, no sentido de colaborar com a Mesa. Trata-se da ultima vo- sao Constitucional. Nao foi algo inventado por quern e conffa a tacao desta sessao. Revisao. Foi inventado por aqueles que, prevendo que. esta Revi^ O SR. CARDOSO ALVES - Sr. Presidente, pela ordem. sao teria muita dificuldade para se implantar, nao por falta de ■quo- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex" a rum mas por problemas polfticos, disseram que a pauta deveria. palavra. comefar pela reforma polftica, como isca para os Parlamentares O SR. CARDOSO ALVES (Bloco (PTB) - SP) - Sr. Pre- desta Casa se enquadrarem no esquema da Revisao. sidente, o que serd votado? Preferencia para que? Estamos vendo que esta isca esta causando algumas indl- gestoes nao no pessoal contrario a Revisao, mas justamente naque- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Sera votada a les setores que, devido ao a9odamento em tentar fazer as reformas preferencia para o item relacionado com a licenfa para afastamen- no capftulo economico da Constituifao, vieram com muita sede ao to do exercfcio do mandato, quo jd foi objeto de discussao e vota- pote. Sob esse aspecto, geraram todas as distorfoes possfveis no 9ao. Regimento da Revisao Constitucional. O SR. CARDOSO ALVES - Sr. Presidente. nao ha como Ha cinco meses esta Revisao se arrasta. E nao 6 por culpa passarmos esta questao para o Regimento Interno? Isso e uma con- dos contra, que chegam apenas a 100 Parlamentares nesta Casa, no sulta d competencia dos Parlamentares, e materia de Regimento maximo, enquanto do outro lado temos quase 500 Parlamentares. Interno, nada tern a ver com Direito Constitucional. Tratar desse Ela se arrasta devido a querer-se, passando por cima de qualquer assunto aqui diminui os foros de competencia do Congresso Na- pratica dentro deste Parlamento, uma revisao constitucional a to- cional. Isso 6 feio. Sr. Presidente. E precise passar essa discussao que de caixa. para o Regimento Interno. nao e sequer para lei ordindria. Diante disso, Sr. Presidente, n6s, do PSTU, entendemos que O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nobre Con- nao adianta mudar-se o Regimento, criar-se um revisor onipotente, gressista, a Presidencia informa a V. Ex" que sc trata de dispositive todo-poderoso, para levar adiante uma revisao constitucional, por- relacionado com a possibilidade de convocacao de suplente. E ma- que esse sistema de Congresso Revisor esti distante da populajao. tdria constitucional, conforme jd foi justificado pelo Sr. Relator. Funcionou no seu comedo sem Parlamentar nenhum, apenas com Peco aos Srs. Congressistas que ocupem os seus lugares. o Sr. Relator, mas agora estamos sentindo os efeitos desse tipo de aijao nesta Casa. A Revisao continua amarrada, distante da popula- O SR. LU1Z CARLOS HAULY - Sr. Presidente, pejo a 9ao. Se votarmos, se for9armos a barra, estaremos praticando um palavra como Lt'der. roubo contra a maioria da popula9ao deste Pafs, que nao acompa- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern a palavra nha nada disso e que nao tern concordado com as vota9oes que V. Ex" tern sido feitas nesta Casa. O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR. Como Lider.) O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia - Sr. Presidente, diantc da justificativa do Lfder do PMDB, o PP apela aos Srs. Congressistas que estao fora do recinto para que ve- retifica sua posicao e vota favoravelmente ao requerimento. nham ao plendrio; vamos dar infcio a vota9ap pelo sistema eletro- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Em seguida a nico. esse requerimento, se aprovada a preferencia, votaremos materia (Procede-se a votapdo.) constitucional jd discutida e encaminhada. A Presidencia solicita aos Srs. Congressistas que tomem os O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, pe9o a palavra seus lugares, para que possamos dar im'cio d vota^ao pelo sislema pela ordem. eletronico. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern a palavra Esta em votacao o requerimento de preferencia. Em seguida V. Ex'. serd fcita a votacao da materia. O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem.) - Sr. Pre- Os Srs. Congressistas que se encontram nas bancadas quei- sidente, ja que estamos verificando que o fluxo de votantes e bem ram registrar os seus codigos de votacao e selecionar os seus vo- pequeno, se V. Ex' der o prazo final, nao haverd quorum para tos, acionando simultaneamente o botao preto do painel e a chave qualquer modifica9ao, porque precisamos de 294 votos favordveis. sob a bancada, ate que a luz do codigo se apague. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Oportuna- Os Srs. Congressistas que nao registraram os seus votos mente, darei o prazo. queiram faze-lo nos postos avulsos. O SR. OSMANIO PEREIRA - Sr. Presidente, pe90 a pa- Peijo que pcrmanegam no plcndrio para votarmos em segui- lavra pela ordem. da, se for aprovada a preferencia, a materia constitucional referen- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern a palavra te ao afastamento do exercfcio do mandato, que jd esta com a V. Ex*. discussao e o encaminhamento de votacao encerrados, o que indi- O SR. OSMANIO PEREIRA (PSDB - MG.) - Sr. Presi- ca que a votacao serd rdpida caso a preferencia venha a ser dada dente, na vota9ao anterior, eu estava presente e meu voto foi pelo Plendrio. "nao". O SR. ERNESTO GRADELLA - Sr Presidente. pefo a (Prossegue a votapdo.) palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe90 aos Srs. palavra. Congressistas que venham ao plendrio para votar; os que ainda O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU - SP. Pela ordem. nao votaram queiram faze-lo. As campainhas estao sendo aciona- Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente. eu queria aproveitar este das na Camara dos Deputados. 1524 Quarta-feira 9 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Margo de 1994 O SR. LUIZ CARLOS HAULY - Sr. Presidente, peco a O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV - RJ) - Sr. Presidente, palavra pela ordem. o Partido Verde declara-se em obstru9ao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem a palavra O SR. JOAO PAULO - Sr. Presidente, pe9o a palavra pela V. Ex". ordem. O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR. Pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem a palavra Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, o Partido Progressista V. Ex* tem acompanhado atentamente todos os discursos que acontece- O SR. JOAO PAULO (PT - MG. Pela ordem.) - Sr. Presi- ram na noite de hoje; alias, tem acompanhado as posigoes dos par- dente. a vota9ao de fato ja se encerrou? tidos, desde quando votamos a favor da Revisao Constitucional. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao. Vdrios Foi precise uma ampla maioria estabelecer, mediante o voto, a sua Congressistas ainda estao votando. Ha retardatarios, como sabe V. vontade determinante a favor da Revisao Constitucional pelos va- Ex'. ries partidos que a apdiam. Estamos com a Revisao em curso, com Como vota o Elder do PSDB? muitos obstaculos, uma serie de problemas, mas estamos cami- O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP) - Sr. Presidente. o nhando, embora devagar e lentamente. Quero crer que, se aprovar- PSDB esta votando "Sim", a favor do requerimento. mos para a semana que vem medidas da area economica, O SR. HAROLDO LIMA - Sr. Presidente, pe90 a palavra poderemos dar um animo maior a Revisao Constitucional. Esta pela ordem. claro que os temas constantes da pauta de hoje sao constrangedo- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem a pala- res. Ha tema especi'fico de interesses especi'ficos. e a Nacao esta vra V. Ex'. atenta ao Congresso Reviser no sentido de saber se realmente fare- O SR. HAROLDO LIMA (PC do B - BA, Pela ordem.) - mos reformas estruturais neste Pai's, reformas complementares ao Sr. Presidente, ja se encerrou a votagSo? piano macroeconomico de estabilizacao da economia. Sem as re- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Dentro de dez formas estruturais na economia, o Piano Economico do Govemo minutos. tera sucesso durante curto prazo, nao tera perenidade. Pe90 aos Srs. Congressistas que ainda nao votaram que ve- Portanto, Sr. Presidente, as reformas estruturais da area eco- nham faze-lo. (Pausa.) nomica sao fundamentais e se sobrepoem as demais. Estamos ven- Diante da evidente falta de quorum, a Presidencia vai en- do a vota^ao de temas que nao empolgam os Congressistas; daf o cerrar a votagao. s desinteresse de S, Ex" em determinadas votacoes como a presenle. Esta encerrada a vota9ao. Se V. Exa colocar em votacao materia de interesse economi- co, por exemplo, a questao do monopdlio do petroleo e sua flexibi- VOTAM OS SRS. SENADORES lidade, tenho absoluta certeza de que teremos mais de 500 Roraima parlamentares em plenario. Alias, minha conviccao e a de que esta materia realmente passe, porque e indiscuti'vel no Brasil de hoje Cesar Dias - PMDB - Nao nao enfrentarmos o tema do desenvolvimento economico, num Francisco Rodrigues - Bloco - Sim Pai's que esta ha 14 anos estagnado, enfrentando serio problema de Joao Fran9a - PP - Sim inflacao cronica bem como questoes tem'veis de comipcao, liga- Marcelo Luz - PP - Nao das ao Parlamento, e mal funcionamento do Estado Brasileiro. Marluce Pinto - PTB - Sim Pelo menos as maiorias que se estabelecem neste Parlamento estao Ruben Bento - Bloco - Sim com vontade e determinacao de mudar a Constituicao para melhor, Amapd para inserir o Brasil no contexto intemacional. Fatima Pelaes - Bloco - Sim Essa a vontade do nosso Partido Progressista que quer real- Henrique Almeida - PFL - Sim mente ver as transformacoes acontecerem no Brasil, nao depois, Jonas Pinheiro - PTB - Sim nao no ano que vem, nao daqui a pouco, mas, agora, neste mo- Valdenor Guedes - PP - Sim mento em que estamos fazendo a Revisao Constitucional. Para Entendo determinadas posicoes, mas faco um apelo as Lide- Alacid Nunes - Bloco - Sim ran9as que se sucederam, quanto ao posicionamento, colocado Almir Gabriel - PSDB - Sim aqui hoje pelo Congressista Nelson Trad, do PTB, no sentido de Eliel Rodrigues - PMDB - Sim que esse Partido reveja a sua posicao, para podermos te-lo de volta as vota96es do Congresso Revisor. A angustia por que passam os Hermfnio Calvinho - PMDB - Sim Jarbas Passarinho - PPR - Nao parlamentares favoraveis a Revisao e a mesma que temos. Quere- mos ver tudo amplamente. Estamos tendo uma discussao ampla. Jos^ Diogo - PP - Sim Toda a sociedade esta acompanhando o processo do Congresso Mario Chermont - PP - Nao Revisor. Entendemos a oportunidade das vota96es; vamos acelerar Mario Martins - PMDB - Sim o processo, vamos votar a proposta de colocar itens da pauta eco- Amazonas nomica, amanha, para movimentar este Congresso para valer e Joao Thome - PMDB - Sim sairmos rapidamente das questoes polfticas. Ronddnia Essa e a posi9ao do nosso Partido Progressista: queremos a Aparicio Carvalho - PSDB - Sim Revisao, porque e bom para o Pat's; ha trinta e dois milhoes de mi- Mauricio Calixto - Bloco - Sim seraveis, quarenta milhoes de pobres esperando a decisao desses Ronaldo Aragao - PMDB - Sim Congressistas revisionais. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A Presidencia Acre vai prorrogar a sessao ate as 2lh30min. C^lia Mendes - PPR - Nao Como vota o Lt'der do PV? Flaviano Melo - PMDB - Sim Nabor Junior - PMDB - Sim Margode 1994 D1AR10 DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1525 Zila Bezerra - PMDB - Sim Aroldo Cedraz - Bloco - Sim Tocantins Benito Gama - Bloco - Sim Darci Coelho - Bloco - Sim Beraldo Boaventura - PSDB - Sim Derval de Paiva - PMDB - Sim Eraldo Tinoco - Bloco - Sim Edmundo Galdino - PMDB - Sim Fdlix Mendonga - Bloco - Sim Merval Pimenta - PMDB - Sim Jairo Azi - Bloco - Sim Jairo Cameiro - Bloco - Sim Maranhao Joao Almeida - PMDB - Sim Costa Ferreira - PP - Sim Joao Carlos Bacelar - Bloco - Sim Francisco Coelho - Bloco - Sim Jonival Lucas - Bloco - Sim Jayme Santana - PSDB - Sim Jorge Khoury - Bloco - Sim Josd Burnett - PPR - Sim Josaphat Marinho - PFL - Sim Sarney Filho - Bloco - Sim Josd Carlos Aleluia - Bloco - Sim Ceari Josd Falcao - Bloco - Sim A^cio de Borba - PPR - Sim Luis Eduardo - Bloco - Sim Cid Saboia de Carvalho - PMDB - Nao Luiz Moreira - Bloco - Sim Emani Viana - PP - Nao Manoel Castro - Bloco - Sim Marco Penaforte - PSDB - Sim Marcos Medrado - PP - Sim Mauro Benevides - PMDB - Sim Nestor Duarte - PMDB - Sim Pinheiro Landim - PMDB - Sim Pedro Irujo - PMDB - Sim Sergio Machado - PSMDB - Sim Prisco Viana - PPR - Sim Piaui Ribeiro Tavares - PL - Sim B. Sd-PP-Sim Sergio Brito - PSD - Sim Chagas Rodrigues - PSDB - Sim Minas Gerais Ciro Nogueira - Bloco - Sim Adcio Neves - PSDB - Sim Felipe Mendes - PPR - Sim Aluisio Vasconcelos - PMDB - Sim Hugo Napoleao - PFL - Sim Armando Costa - PMDB - Sim Jesus Tajra - Bloco - Sim Avelino Costa - PPR - Sim Joao Henrique - PMDB - Sim Elias Murad - PSDB - Sim Josd Luiz Maia - PPR - Sim Fernando Diniz - PMDB - Sim Rio Grande do Norte Gendsio Bernardino - PMDB - Sim Garibaldi Alves Filho - PMDB - Sim Getulio Neiva - PL - Abstengao Joao Faustino - PSDB - Sim Humberto Souto - Bloco - Sim Ibrahim Abi-Ackel - PPR - Sim Paraiba Israel Pinheiro - Bloco - Sim Antonio Mariz - PMDB - Nao Marcos Lima - PMDB - Sim Humberto Lucena - PMDB - Abstengao Mdrio de Oliveira - PP - Sim Josd Luiz Clerot - PMDB - Sim Maurfcio Campos - PL - Nao Pernambuco Odelmo Leao - PP - Sim Josd Mucio Monleiro - Bloco - Sim Osmanio Pereira - PSDB - Sim Marco Maciel - PFL - Abstengao Paulino Cicero de Vasconcelos - PSDB - Sim Maviael Cavalcanti - Bloco - Sim Paulo Romano - Bloco - Nao Osvaldo Coelho - Bloco - Sim Romel Amsio - PP - Sim Roberto Freire - PPS - Sim Ronaldo Perim - PMDB - Sim Roberto Magalhaes - Bloco - Abstengao Ronan Tito - PMDB - Sim Wilson Campos - PSDB - Sim Samir Tannus - PPR - Sim Alagoas Saulo Coelho - PSDB - Sim Augusto Farias - Bloco - Sim Tarcfsio Delgado - PMDB - Sim Cleto Falcao - PSD - Abstengao Vittorio Medioli - PSDB - Sim Wagner do Nascimento - PP - Sim Divaldo Suruagy - PMDB - Sim Zaire Rezende - PMDB - Sim Guilherme Palmeira - PFL - Sim Luiz Danlas - PSD - Sim Espirito Santo Olavo Calheiros - PMDB - Sim Gerson Camata - PMDB - Sim Teotonio Vilela Filho - PSDB - Sim Joao Calmon - PMDB - Nao Vitdrio Malta - PPR - Nao Jones Santos Neves - PL - Sim Nilton Baiano - PMDB - Sim Sergipe Rita Camata - PMDB - Sim Albano Franco - PSDB - Sim Roberto Valadao - PMDB - Sim Everaldo de Oliveira - Bloco - Sim Rose de Freitas - PSDB - Sim Bahia Rio de Janeiro Angelo Magalhaes - Bloco - Sim Aldir Cabral - Bloco - Sim 1526 Quarta-feira 9 DIARIO DA REV1SAO CONSTITUCIONAL Marco de 1994 Alvaro Valle - PL - Sim Valmir Campelo - PTB - Sim Artur da Tavola - PSDB - Sim Golds Carlos Lupi - PDT - Sim Antonio Faleiros - PSDB - Sim Eduardo Mascarenhas - PSDB - Sim Delio Braz - Bloco - Sim Hydekel Freitas - PFL - Sim Haley Margon - PMDB - Sim Laprovita Vieira - PP - Sim Iram Saraiva - PMDB - Sim Nelson Bornier - PL - Sim Joao Natal - PMDB - Sim Nelson Carneiro - PP - Sim Lazaro Barbosa - PMDB - Sim Paulo de Almeida - PSD - Sim Luiz Soyer - PMDB - Sim Roberto Campos - PPR - Sim Maria Valadao - PPR - Nao Sandra Cavalcanti - PPR - Sim Mauro Miranda - PMDB - Sim Sergio Arouca - PPS - Sim Paulo Mandarino - PPR - Sim Sao Paulo Roberto Balestra - PPR - Sim Alberto Goldman - PMDB - Sim Ronaldo Caiado - Bloco - Sim Armando Pinheiro - PPR - Sim Vilmar Rocha - Bloco - Sim Ary Kara - PMDB - Sim Virmondes Cruvinel - PMDB - Sim Beto Mansur - PPR - Sim Z6 Gomes da Rocha - PRN - Sim Carlos Nelson - PMDB - Sim Mato Grosso do Sul Diogo Nomura - PL - Sim Fldvio Derzi - PP - Nao Eduardo Jorge - PT - Sim George Takimoto - Bloco - Sim Fabio Feldman - PSDB - Sim Levy Dias - PPR - Sim Fausto Rocha - PL - Sim Marilu Guimaraes - Bloco - Sim Geraldo Alckmin Filho - PSDB - Sim Valter Pereira - PMDB - Sim Heitor Franco - PPR - Sim Waldir Guerra - Bloco - Sim Joao Melao Neto - PL - Sim Jorge Tadeu Mudalen - PMDB - Sim Parand Jose Abrao - PSDB - Sim Antonio Ueno - Bloco - Sim Jose Anibal - PSDB - Sim Carlos Scarpelini - PP - Sim Jose Serra - PSDB - Sim Deni Schwartz - PSDB - Sim Koyu Iha - PSDB - Sim Elio Dalla-Vecchia - PDT - Nao Luiz Carlos Santos - PMDB - Sim Flavio Ams - PSDB - Sim Luiz Maximo - PSDB - Sim Ivanio Guerra - Bloco - Sim Maluly Netto - Bloco - Sim Joni Varisco - PMDB - Sim Marcelino Romano Machado - PPR - Sim Josd Richa - PSDB - Sim Mario Covas - PSDB - Sim Luciano Pizzatto - Bloco - Sim Maurici Mariano - PMDB - Sim Luiz Carlos Hauly - PP - Sim Mauricio Najar - Bloco - Sim Max Rosenmann - PDT - Nao Paulo Lima - Bloco - Sim Munhoz da Rocha - PSDB - Sim Paulo Novaes - PMDB - Sim Otto Cunha - PPR - Sim Robson Tuma - PL - Sim Renato Johnsson - PP - Sim Tadashi Kuriki - PPR - Sim Werner Wanderer - Bloco - Sim Tuga Angerami - PSDB - Sim Wilson Moreira - PSDB - Sim Vadao Gomes - PP - Sim Santa Catarina Wagner Rossi - PMDB - Sim Angela Amin - PPR - Nao Walter Nory - PMDB - Sim Dirceu Carneiro - PSDB - Sim Mato G rosso Edison Andrino - PMDB - Sim Augustinho Freitas - PP - Sim Esperidiao Amin - PPR - Nao Jonas Pinheiro - Bloco - Sim Hugo Biehl - PPR - Sim Jose Augusto Curvo - PMDB - Sim Jarvis Gaidzinski - PPR - Sim Louremberg Nunes Rocha - PPR - Sim Luiz Henrique - PMDB - Sim Marcio Lacerda - PMDB - Sim Neuto de Conto - PMDB - Sim Oscar Travassos - PL - Sim Paulo Duarte - PPR - Sim Ricardo Correa - PL - Sim Ruberval Pilotto - PPR - Sim Welinton Fagundes - PL - Sim Valdir Colatto - PMDB - Sim Distrito Federal Vasco Furlan - PPR - Sim Augusto Carvalho - PPS - Sim Rio Grande do Sul Benedito Domingos - PP - Sim Adroaldo Streck - PSDB - Sim Joao Brochado - PP - Sim Adylson Motta - PPR - Sim Meira Filho - PP - Sim Antonio Britto - PMDB - Sim Osdrio Adriano - Bloco - Sim Amo Magarinos - PPR - Sim Paulo Octavio - PRN - Sim Celso Bemardi - PPR - Sim Pedro Teixeira - PP - Sim Fernando Carrion - PPR - Nao

} Margo de 1994 DIARIO DA REVISAO CONSTITUCIONAL Quarta-feira 9 1527

Germane Rigotlo - PMDB - Sim Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao Ivo Mainardi - PMDB - Sim art. 56 da Conslitui^ao Federal (licen^a para o afastamento do Jos6 Fogaga - PMDB - Sim exercicio do mandate) - Parecer n" 14, de 1994-RCF. Lui's Roberto Ponte - PMDB - Sim Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas aos Mendes Ribeiro - PMDB - Sim arts. 14, paragrafo 5° e 82 da Constituigao Federal (reeleifao) - Nelson Jobim - PMDB - Sim Parecer n" 4, de 1994-RCF Nelson Proen^a - PMDB - Sim Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao Odacir Klein - PMDB - Sim art. 45 da Constituifao Federal (sistema eleitoral) - Parecer n0 21, Victor Faccioni - PPR - Sim de 1994-RCF. O SR. CARLOS AZAMBUJA (PPR - RS) - Sr. Presiden- Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao te, o meu voto 6 "sim". art. 47 da Constitui(ao Federal (deliberafoes legislativas - Parecer O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O Deputado n0 22.de 1994-RCF. Carlos Azambuja votou "sim". Propostas Revisionais e respetivas emendas, oferecidas ao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O Deputado art. 53 da Constitui(ao Federal (imunidade parlamentar) - Parecer Osvaldo Stecca votou "sim". n" 12, de 1994-RCF. Votaram "sim" 231 Srs. Parlamentares, e "nao" 19 Srs. Par- Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao lamentares. art. 55 da Constitui9ao Federal (perda do mandate parlamentar - Houve 5 abslenfoes. Parecer n0 13, de 1994-RCF. Total de votos: 255. Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao Nao houve quorum. art. 18, pardgrafo 3°, da Constituigao Federal (criagao de Estados) Em conseqiiencia, deixam de ser apreciadas as seguintes - Parecer n" 9, de 1994-RCF. malerias constantes da pauta de hoje: Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 18, paragrafo 4°, da Constitui^ao Federal - Parecer n" 10, de art. 14, pardgrafos 6° e 7°, da Constitui^ao Federal (desincompati- 1994-RCF. biliza^ao e inelegibilidade) - Parecer n" 5, de 1994-RCF. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao cancela a sessao conjunta, anteriormente convocada para amanha art. 14, caput e paragrafos 1° a 4°, da Constitui^ao Federal (voto as 1 Ih, no Congresso Nacional. facultativo) Parecer n" 3, de 1994-RCF. As 14h serd realizada sessao inicameral do Congresso Revi- ser, com a Ordem do Dia jd publicada. Propostas Revisonais e respectivas emendas, oferecidas ao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nada mais art. 82, da Constituifao Federal (dura^ao do mandate presidencial) havendo a tratar, estd encerrada a sessao. - Parecer n" 16, de 1994-RCF. (Levanta-se a sessao as 2IhlSmin.) MESA DO CONGRESSO NACIONAL

PRESIDENTE Senador HUMBERTO LUCENA

1? VICE-PRES1DENTE Deputado ADYLSON MOTTA

2° VICE-PRESIDENTE Senador LEVY DIAS

1? SECRETARIO Deputado WILSON CAMPOS

2? SECRETARIO Senador NABOR JUNIOR

3? SECRETARIO Deputado AECIO NEVES

4? SECRETARIO Senador NELSON WEDEKIN

L DIARIO DO CONGRESSO NACION^ L

PREgO DE ASSINATURA

(inclusas as despesas de correio via terrestre)

SEQAO1 (Camara dos Deputados)

Semestral CR$3.620,00

SE^AO II (Senado Federal)

Semestral CR$3.620,00

J. avulso CR$30,00

Os pedidos devem ser acompanhados de cheque pagavel em Brasilia, Nota de Empenho ou Ordem de Pagamento pela Caixa Economica Federal - Agencia 1386 - PAB-CEGRAF, conta corrente n0 920001-2 e/ou pelo Banco do Brasil - Agencia 0452-9 - CENTRAL, conta corrente n" 55560204/4, a favor do

CENTRO GRAFICO DO SENADO FEDERAL

Pra^a dos Tres Poderes - Brasilia - DF CEP: 70160-900

Maiores informa^oes pelos Telefones (061) 311-3738 e 311-3728 na Supervisao de Assinaturas e Distribui^ao de Publica^oes - Coordena^ao de Atendimento ao Usuario.