Noctuídeos (Lepidoptera, Noctuidae) Do Museu
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NOCTUÍDEOS (LEPIDOPTERA, NOCTUIDAE) DO MUSEU ENTOMOLÓGICO CESLAU BIEZANKO, DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE, FACULDADE DE 1 AGRONOMIA “ELISEU MACIEL”, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, RS OWLET MOTH (LEPIDOPTERA, NOCTUIDAE) OF MUSEU ENTOMOLÓGICO CESLAU BIEZANKO, DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE, FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, RS. SPECHT, Alexandre 1; SILVA, Eduardo J. E.2; LINK, Dionísio 3 - CARTA AO EDITOR - RESUMO Departamento de Fitossanidade da Universidade Federal de Pelotas. Esta é uma das coleções mais completas, O Museu Entomológico Ceslau Biezanko, do Departamento de especialmente da fauna relativa ao Estado, apresenta grande Fitossanidade da Universidade Federal de Pelotas apresenta um dos diversidade e registros históricos que motivaram os primeiros maiores acervos de Noctuidae, especialmente do Rio Grande do Sul em função do grande número de espécies e dos registros históricos. relatos de noctuídeos nocivos às plantas cultivadas no Estado Em trabalhos anteriores SPECHT & CORSEUIL (1996; 1998; 2001; pelo seu criador, Ceslau Marius Biezanko (BIEZANKO & 2002) já haviam registrado 354 noctuídeos ocorrentes no Rio Grande FREITAS, 1938; BIEZANKO & SETA, 1939; BIEZANKO et al., do Sul de maneira que este estudo objetiva complementar o 1949; BIEZANKO & BERTHOLDI, 1951; BIEZANKO, 1959) e inventariamento dos noctuídeos ocorrentes no Estado e relacionar pelos seus contemporâneos como Ernesto Ronna (RONNA, todos os materiais existentes para que todos os pesquisadores 1933; 1934), Ramiro Gomes Costa (COSTA, 1944; 1958), tenham acesso. Após o exame do material procedeu-se a atualização Andrej Menschoy Bertels e Osvaldo Baucke (BERTELS, 1953; da nomenclatura empregando-se a sistemática constante em 1956; 1962; BERTELS & BAUCKE, 1966) com quem trocava LAFONTAINE & POOLE (1991) para Plusiinae e POOLE (1989) para as demais subfamílias. Elaborou-se uma lista, em ordem alfabética, muito material entomológico. Os lepidópteros desta coleção segundo subfamílias, gêneros e espécies constando os dados foram identificados por importantes sistematas brasileiros e do referentes a coleta e o modo de preservação (alfinete ou envelope exterior como W.T.M. Forbes, J.G. Franclemont, P. Köhler e V. entomológico), também é indicado quando a espécie consta como Becker. nova ocorrência para o Rio Grande do Sul. Foram listadas 382 Este trabalho objetiva dar continuidade ao espécies distribuídas em 19 subfamílias; 96 constam como novo inventariamento dos noctuídeos ocorrentes no Estado registro elevando para 450 o número de noctuídoes ocorrentes no complementando as listagens anteriores e, também relaciona Estado. Também são relacionadas diversas espécies que contribuem o material desta coleção para que os pesquisadores tenham para o conhecimento da fauna de Santa Catarina e do Paraná. acesso facilitado. Palavras-chave: Insecta, mariposa, fauna museu. MATERIAL E MÉTODOS INTRODUÇÃO Realizou-se a revisão do material referente a Noctuidae Os noctuídeos constituem a família de mariposas mais depositado no Museu Entomológico Ceslau Biezanko, do diversa onde se inclui a maior parte das espécies de Departamento de Fitossanidade da Universidade Federal de importância agrícola. Devido ser muito comuns e nocivas às Pelotas – UFPel. Inicialmente foi feita uma triagem separando- plantas cultivadas são vulgarmente conhecidas por nomes se os representantes de Noctuidae dos demais lepidópteros, genéricos como largartas-rosca, do trigo, da soja, do milho, agrupando-os por subfamília. Todo o material foi mantido com etc. (HOLLOWAY et al., 1992; SCOBLE, 1992). as respectivas etiquetas de dados de coleta e identificação; os Em inventariamentos realizados em função de pesquisa materiais ainda não identificados ou que suscitavam dúvidas bibliográfica, exame de coleções e coleta de materiais foram determinados ou confirmados utilizando obras como (SPECHT & CORSEUIL, 1996; 1998; 2001; 2002) já foi HAMPSON (1903 – 1913); SEITZ (1919 - 1944), registrada a ocorrência de 354 noctuídeos no Rio Grande do LAFONTAINE & POOLE (1991), POOLE et al. (1993) e Sul. No entanto ainda não havia sido realizado o levantamento POGUE (2002). Também foi realizada a atualização da da coleção do Museu Entomológico Ceslau Biezanko, do nomenclatura utilizando-se a sistemática constante em 1 Biólogo, Professor Titular de Zoologia – Departamento de Ciências Exatas e da Natureza CARVI-UCS; Pesquisador - Instituto de Biotecnologia UCS, Caixa Postal 32, 95700-000, Bento Gonçalves-RS, Brasil. E-mail: [email protected]. 2 Engenheiro Agrônomo, Dr., Pesquisador do Departamento de Fitossanidade, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa Postal 354, 96010-900 Pelotas, RS, E-mail: [email protected] 3 Engenheiro Agrônomo, Doutor, Professor Titular, Centro de Ciências Rurais, Universidade Federal de Santa Maria. Cidade Universitária, Prédio 42, Sala 3227, 97105-900, Santa Maria, RS, E-mail: [email protected]. (Recebido para Publicação em 04/04/2004, Aprovado em 05/08/2004) R. bras. Agrociência, v.10, n. 4, p. 389-409, out-dez, 2004 389 SPECHT et al. Noctuídeos (Lepidoptera, Noctuidae) do Museu Entomológico Ceslau Biezanko, Departamento de Fitossanidade, Faculdade... LAFONTAINE & POOLE (1991) para Plusiinae e POOLE Eublemma cinnamomea (Herrich-Schäffer, 1868) – (*) (1989) para as demais subfamílias. Pelotas 15/V/57 – A - Blumenau 12/VI/55 - E Em função dos materiais elaborou-se uma lista, em ordem Ocorrência: maio. Observações: Rara. alfabética, segundo subfamílias, gêneros e espécies. Além dos nomes atuais referem-se também os sinônimos utilizados por Eusceptis paraguayensis (Draudt, 1939) – (*) Biezanko, nas etiquetas. Os materiais são relacionados Eugrapha splendens Druce paraguayensis Strand indicando, quando possível, os dados referentes a coleta: Pelotas 19/X/33; 19/XI/33 - A local, data, coletor e identificador; também especifica-se, no Ocorrência: outubro e novembro. Observações: Rara. final de cada conjunto de materiais o modo de preservação, se alfinete entomológico (A) ou envelope (E). Adicionalmente faz- Lithacodia mella Schaus (1894) se a indicação quando o registro da espécie consta como nova Pelotas 18/XII/52; 10/XII/57 – A - Rivera (UR) 15-17/II/66 ocorrência para o Rio Grande do Sul, com um asterisco entre (G. S. Morey & E. M. Casella, leg.); Pelotas 10/VIII/61; parênteses logo após o nome específico. 15/VIII/61 - E O exame de vários manuscritos pertencentes ao prof. Ocorrência: março, junho a agosto e dezembro. Biezanko permitiu registrar ainda apontamentos sobre épocas Observações: Escassa. de ocorrência, plantas hospedeiras, sobre a freqüência de ocorrência e outras particularidades. Marimatha botyoides (Guenée, 1852) Thioptera botyoides Guenée Blumenau 22/VII/53 - E RESULTADOS E DISCUSSÃO Micrantha janeira (Schaus, 1904) Do material constante na coleção foram listadas 382 Guarapuava (PR) __/VIII/49 (Schneider, H. Leg.); Pelotas espécies distribuídas em 19 subfamílias conforme segue: 24/II/53 - A Ocorrência: fevereiro e março. Observações: Rara. ACONTIINAE Acidaliodes truncata Hampson, 1910 Micrantha miriabilis (Schaus, 1904) – (*) Blumenau (SC) 05/X/55 - E Pelotas 03/XI/57 - A Ocorrência: fevereiro e novembro. Observações: rara. Acontia ardoris (Hübner [1827-1831]) Tarache ardoris Hübner Mictochroa caulea Schaus, 1929 – (*) Pelotas (RS) 12/XI/52 - A Pelotas 11/V/51 - A Ocorrência: janeiro, março, outubro a dezembro. Ocorrência: abril. Observações: Rara. Observações: Escassa. Ommatochila mundula (Zeller, 1872) Acontia morides Schaus, 1894 Blumenau 26/VII/53 - E Tarache morides Schaus Pelotas 14/XI/51; 30/XII/51; 29/I/52; 30/I/52; 12/XI/52 – A - Proroblemma rosea Schaus, 1911 – (*) Ponta Grossa (PR) __/VIII/55; Blumenau 02/XI/55 - E Trogoblemma rosea Schaus Ocorrência: janeiro a março, novembro e dezembro. Pelotas 11/V/57; 20/VII/57; 21/VII/57; 10/XII/57 - A Observações: Freqüente. Ocorrência: maio a agosto. Observações: Escassa . Amyna octo (Guenée, 1852) Sigela leucozona (Hampson, 1910) Pelotas 25/IV/54 – A - Blumenau 20/V/55 - E Pseudocraspedia leucozona Hampson Ocorrência: abril a junho, outubro e novembro. Blumenau 20/VII/53 - E Observações: Freqüente. Spragueia lepus (Guenée, 1852) [Bryocodia] pictula (Schaus, 1894) – (*) Heliocontia lepus Guenée Pelotas 07/XI/53 - A Guarani (Guarani das Missões, RS) 11/IV/32; Pelotas Ocorrência: fevereiro e novembro. Observações: 30/I/52; 21/III/52; 12/XI/52 – A - Blumenau 08/I/55; Rara. 16/VIII/55; 04/II/56 (2 ex.) - E Cydosia curvinella Guenée, 1879 Stylorache albida Hampson, 1910 – (*) Cydosia phaedra Druce Pelotas __/XII/50 - A Ponta Grossa __/III/56 - A Ocorrência: novembro e dezembro. Observações: Rara. Cydosia rimata Draudt, 1927 Pelotas 22/I/48; 13/XII/52; 12/I/55 – A - Pelotas 26/III/55; Tarachidia viridans (Schaus, 1904) 18/XII/59 - E Tarache viridans Schaus Ocorrência: janeiro a março e dezembro. Guarani 1/XII/32; Pelotas 18/II/52 – A - Itabuna (BA) Observações: Escassa. __/I/67 (V. Becker, leg.) - E Ocorrência: janeiro, abril, maio, setembro e dezembro. Enispa lycaugesia Hampson, 1910 – (*) Observações: Freqüente. Acidaliodes lycaugesia Hampson Pelotas 24/VI/51 - A Tripudia bipars (Hampson, 1910) – (*) Cobubatha bipars Hampson 390 R. bras. Agrociência, v.10, n. 4, p. 389-409, out-dez, 2004 SPECHT et al. Noctuídeos (Lepidoptera, Noctuidae) do Museu Entomológico Ceslau Biezanko, Departamento de Fitossanidade, Faculdade... Pelotas 28/IX/51 - A AMPHIPYRINAE Ocorrência: setembro e dezembro. Observações: Agrotisia subhyalina Hampson, 1908 Rara. Provincia de Salta (AR)