JACQUES ROZIER

Jacques Rozier é um dos grandes autores do cinema contemporâneo, mas também um dos mais secretos. Em cerca de três dezenas de filmes de curta e longa-metragem, filmou um punhado de longas-metragens de ficção fulcrais numa obra que marca a História do cinema a partir de finais dos anos cinquenta (RENTRÉE DES CLASSES, 1955, e BLUE JEANS, 1958, de que o então jovem crítico Jean-Luc Godard foi um dos acérrimos defensores), mas cuja raridade intrínseca permanece paradoxalmente rara. Reconhecida pela sua importância, esplendorosamente afirmada em (1962), que se tornou um dos títulos icónicos da Nouvelle Vague e certamente o mais divulgado dos seus filmes, é ainda uma obra desconhecida. É também uma obra mais prolífera e variada do que a ideia feita que circunscreve o cineasta francês às suas longas- metragens, como a importante retrospetiva organizada em 2001 no Centro Pompidou tornou claro, fazendo prova da sua amplitude. A aventura das suas produções e trajetórias complicadas de difusão contribuíram para a intermitência da visibilidade da obra de Jacques Rozier. Em Portugal, nenhum dos seus filmes estreou, e mesmo em França nem todos chegaram à distribuição, casos de LES NAUFRAGÉS

DU CÔTÉ D’OROUËT DE L’ÎLE DE LA TORTUE (1976) e FIFI MARTINGALE (2001). Entre ADIEU RETROSPETIVA JACQUES ROZIER | CINEMATECA ABRIL e MAIO 2018 Temps” MOREAU deJanineBazineAndré S. (1972, ouJEANNE Labarthe) da televisão francesa, JEAN VIGO (1964,filmedasérie“Cinéastes deNotre trabalhos realizados para televisão ou no contexto de emissões históricas de outros títulosaolongodetodoesteperíodo, assinalando-se,entre os A energia e singularidade criativas de Jacques Rozier produziram uma série diversidade dosseusregistos cinematográficos. de circunscrever aobra, àpluralidade aberta dassuasinspirações eà EXILÉS.ROI Estas PLAISIRS ouREVENEZ datas estão, noentanto, longe trabalhos quepermaneceminéditos, dequeéexemplo L’OPÉRA DU anos quedecorre MARTINGALE, até FIFI depoisdoqualRozier filmou OCÉAN éde1985,acentuando-se ointervalo detemponosaltodoze (1969) passam seis anos; entre este e LES NAUFRAGÉS, sete; MAINE easegundalonga-metragem deficção, DUCÔTÉPHILIPPINE D’OROUËT matriz livre que respiram a liberdade do seu entendimento do cinema, Obstinadamente livre, JacquesRozier éumrealizador defilmes estudou nosanosquarenta. incursão biográfica pela sua formação onde cinematográfica no IDHEC, biografia, Rozier responde àsavessas, epelaficção, àproposta deuma TÊTE (1995,resultante emque,avesso deumaencomenda daArte), à de Cinéastes”)ouCOMMENT LA CINÉASTE DEVENIR SANS SEPRENDRE (1983, inicialmente concebido para asérie“Cinéma Cinémas–Lettres com AnnaKarina MORENA DELASIERRA (nº5)ouDalida8);LETTRE emissão “NiFigue niRaisin” emqueseaproxima da“comédia musical”, da série“Vive leCinéma”, damesmadupla);doisnúmeros de1965da Jacques Rozier versões recentemente restauradas pelaCinemateca Francesa. PAPARAZZI, LE PARTI BARDOT DES CHOSES: / GODARD, são apresentados ROMÉOS ET JUPETTES nas lotedefilmesinéditosemPortugalimportante ederaras exibições JEANS, públicasabsolutas|BLUE virá aLisboaemdatas a anunciar|retrospetiva conta com aapresentação deum recorrentemente emdirecção asituaçõeselugares que,emférias ouem planos e sequências. Exprimindo-os, o movimento daspersonagens segue ligeireza eagravidade narrativa, umalógicadeduração intrínseca aos canções, atores, personagens, paisagens, osexteriores, oestúdio, a de um apurado sentido da combinação de imagens e sons, diálogos, eaumandamentoumbilicalmente musical,feito ligadoàmise-en-scène a vários títulosextraordinária. entanto, ao desejo veemente de dar visibilidade aqui e agora a esta obra as notasseguintes apresentam eseestendeamaiocorresponde, no merecem erespeitando osseusformatos originais.Aretrospetiva que dos filmesprogramados nascondições deexcelência quetodoseles preservação erestauro estáemcurso, nãopermiteapresentar atotalidade À data de hoje, a situação patrimonial da obra de Jacques Rozier, cuja a matéria queosseusfilmestrabalham com rigorefulgurância. Jacques Rozier faz dainteligência, dasensibilidade, dosentido dehumor, MARTINGALE).(como emFIFI Cineastavisceralmente independente, durante arodagem deGodard), deLEMÉPRIS mastambémdospalcos PAPARAZZI /LEPARTI BARDOT DESCHOSES: /GODARD, de1963,filmado por outro lado atentos aos bastidores dos holofotes (veja-se o díptico CLASSES. Apresença domaredaáguaatravessa dosseusfilmes, boaparte são inauguradas nopercurso dopequeno protagonista DES deRENTRÉE verão de1960),aguerra daArgélia. Aevasão easdigressões narrativas (rodado no se eclipsenohorizonte, como, PHILIPPINE nocasodeADIEU viagem, as retiram do quotidiano sem que a brutalidade da realidade RENTRÉE DES CLASSES com Marius Sumian, Léon Sauve, Jean Remy, Nicole Foudrain França, 1955 – 24 min / legendado eletronicamente em português BLUE JEANS com René Ferro, Francis de Peretti, Elizabeth Klar, Laure Coretti, Christian Besin França, 1958 – 22 min / legendado eletronicamente em português PAPARAZZI com Brigitte Bardot, Jean-Luc Godard, , Jack Palance, Fritz Lang França, 1963 – 22 min / legendado eletronicamente em português LE PARTI DES CHOSES: BARDOT / GODARD com Brigitte Bardot, Jean-Luc Godard, Michel Piccoli, Jack Palance, Fritz Lang França, 1963 – 8 min / legendado eletronicamente em português ROMÉOS ET JUPETTES PAPARAZZI com , Margaret Clementi de Jacques Rozier França, 1966 – 11 min / legendado eletronicamente em português duração total da projeção:87 min | M/12 Jacques Rozier estabelece a curta-metragem RENTRÉE DES CLASSES como a sua primeira obra, realizada pouco depois da conclusão dos estudos no IDHEC. A ação decorre numa vila da Provence e segue um miúdo que atira a mochila ao rio e penetra na floresta, em gazeta ao primeiro dia de aulas; a inspiração é a do cinema francês dos anos trinta, muito especialmente de Jean Vigo e Jean Renoir. Imbuído do espírito veranil, BLUE JEANS prefigura ADIEU PHILIPPINE: num passeio à beira-praia em RETROSPETIVA JACQUES ROZIER | CINEMATECA ABRIL e MAIO 2018 reflexão sobre amoda eocorreio dasleitoras àsrevistas juventude, da ideia de uma partiu ROMÉOS ET JUPETTES des choses”. Dosanossessenta impregnados deamores de realidade. Era Godard quemdizia,“Ilfaut prendre leparti /Jean-LucGodard,Brigitte Bardot odocinemaeda acentuadamente melancólico, osegundocaptaencontro com aconsciência deumaeoutros”. Detommais de ficçãosobretudo composto porelementos registados encenar aatriz ealgunsdosseuspaparazzi para um“filme Bardot, noauge dasuafama. Nele, Rozier nãoprescinde de ancorado noassaltoqueaditaimprensa faz aBrigitte O primeiro éumretrato da imprensa sensacionalista deGodard, testemunhadapelacâmaraMÉPRIS deRozier. material, filmadodurante arodagem mediterrânica deLE BARDOT /GODARD formam umdíptico vindodomesmo – Nouvelle Vague. PAPARAZZI e LE PARTI DES CHOSES: como um dos realizadores da – então ainda inexistente Rozier, de quem falou ao produtor Georges de Beauregard que fez com que Jean-Luc Godard descobrisse Jacques duas raparigas parisiensesqueaípassamférias. Foi ofilme Cannes, doisrapazes demotorizada metemconversa com exibição naCinemateca. femininas. Frívolo, dizia Rozier. é uma primeira JEANS BLUE ADIEU PHILIPPINE inseguros, os adeuses, os acasos, o peso da guerra – aqui, aerrânciatão perto dagente nova, ahesitação, osdias então osmaislivres dosfilmes.Nuncaninguémfilmou fulgurante nuncamaisterá tidosossego, filmandodesde cineastas daNouvelle-Vague, JacquesRozier, cujopercurso atribulada, em Portugal nunca estreou) do mais raro dos O maisamadodosfilmesdesconhecidos (a suacarreira foi duraçãototal dasessão: 118min França, 1962–106min/legendado eletronicamente emportuguês com Jean-ClaudeAimini, Yveline Cery, Stefania Sabatini de JacquesRozier PHILIPPINE ADIEU França, 2008–12min/legendado eletronicamente emportuguês de JacquesRozier VOYAGE EN –PHILIPPINE TERRE reserva umaatenção particular. guerra ecensura, acujabandamusical -metragem, filmada emtempode evoca ahistóriadasuaprimeira longa- Cinemateca), emqueJacquesRozier (primeira exibição na – PHILIPPINE 1998). Antecede-o VOYAGE EN TERRE dos anossessenta” (Louis Skorecki, mais beloretrato daFrança doinício éo PHILIPPINE sua estreia, ADIEU “Incompreendido nomomento da visita oscorpos 24vezes porsegundo. documento único emqueaGraça a daArgélia. Tudo éfresco enovo neste | M/12 RETROSPETIVA JACQUES ROZIER | CINEMATECA ABRIL e MAIO 2018 do cinema’ queselhecolou àpele” Rozier). (Jacques da suaimagem nashistóriasdocinema,lado‘Rimbaud Vigo completamente anarquista, muitofarsante, ooposto Descobrimostrinta então anosdepoisdasuamorte. um Vigo?’ Osseuscolaboradores, osseusamigos, falam dele ‘QuemCITIZEN KANE: era verdadeiramente ocidadão Jean “Fiz ofilmeseguindomesmométodode PHILIPPINE. usa aquidamesmaliberdade com querealizara ADIEU era umdosgrandes defendeu mestres. Labarthe queRozier a Jean Vigo efilmadoporJacquesRozier, para quem Vigo Temps” (inaugurada sobosignodeLuisBuñuel)foi dedicado de Janine Bazine André S. “Cinéastes de Notre Labarthe O segundofilmedacélebre efundamental sérietelevisiva França, 1964–94min/legendado eletronicamente |M/12 emportuguês com de JacquesRozier VIGO JEAN Margarittis, JeanLods, René Lefèvre, Paul Grimault André Négis, Pierre Merle,JeanDasté,Gilles Michel Simon, Albert Riera, DitaParlo,Michel Simon,Albert JeanPainlevé, Danse deZorba programa é Dalida, em ação dedivulgação do seu disco quando oprograma foi para oar. Umadasestrelas do Argonautes”, o que causou reações oficiais de desconforto fantasia mitológicadentro doestúdiodetelevisão, “Les mais longe emdireção àcomédia musical” encenandouma a apresentar nestasessão), leva asuaabordagem “ainda No número 8 (mais tarde remontado, conforme a versão Un chapeauunsombrero também umasequênciadesambananeve, aosom deumnúmero cantadooportunidade edançado. Filma à comédia musicaleoferece aAnnaKarina aprimeira de Jean-Luc Godard. No número 5, ensaia uma aproximação Duhamel, nessemesmoanoenvolvido emPIERROT LEFOU duas variações ecom acumplicidademusicaldeAntoine emitidos a 22 de março e a 21 de junho de 1965 para Jacques Rozier realizou osnúmeros 5e8,respetivamente canções de intérpretes conhecidos e estrelas consagradas. favorecendo osnúmeros musicaiseaapresentação de “Ni Figue ni Raisin” propunha-se divulgar novos discos de Michèle Arnaud” da autoria de Jean-Loup Dabadie –, Télévision Française nosanossessenta –“Umaemissão Programa televisivo da ORTF-Office de Radiodiffusion duraçãototal daprojeção: 101 França, 1965– com  de JacquesRozier Nº8(DECORINTHE) RAISIN NI FIGUE NI França, 1965–46min/legendado eletronicamente emportuguês com  de JacquesRozier Nº5 RAISIN NI FIGUE NI Michèle Arnaud,AnnaKarina Fernand Berset, Trio Ouro Negro Alain Ricar Roger Trapp, George Adet,Pasquali, Zizi Rascos, Pierre Richard, Dalida,ArletteDidier, Pierre Richard, Victor Lanoux, 55 min /legendado eletronicamente emportuguês . Primeiras exibições naCinemateca. , Davide Tonelli, Roger Lumont, , interpretado por DarioMoreno. min

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de La DU CÔTÉ D’OROUËT RETROSPETIVA JACQUES ROZIER | CINEMATECA ABRIL e MAIO 2018 uma dimensão‘àprocuradotempoperdido’” trinta anosdepoistersidoconcluído.“Comotempo[DUCÔTÉD’OROUËT]ganha essa altura,massóestreouverdadeiramenteemParis,1996,35mm,quase correr dosdias.FoimostradoemCannes1971ecirculoudiscretamentepor raparigas edosrapazes,DUCÔTÉD’OROUËTpropõeumacrónicasentimentalao cenário marítimoeàscoresfortesquecasamcomomar,acasa,juventudedas de verão à beira-mar. Rodado em 16 mm, especialmente atento aos exteriores do brevíssima quelhepassaaolado, cinema deJacquesRozier foi oseuprimeiro filmecom somdireto. Numadescrição asegundalonga-metragem para Posterior PHILIPPINE, emseisanosaADIEU França, 1969–150min/legendado eletronicamente |M/12 emportuguês com  de JacquesRozier DU CÔTÉ D’OROUËT Caroline Cartier, Bernard Menez,Patrick Verde Danièle Croisy, Françoise Guégan, é ofilmeemquetrêsraparigasestãoférias

para captaratransformação deBernard Menez,Jacques Villeret Pascal Thomas) inspira-se emBRATS, com Laurel eHardy (1930) Jacques Rozier. (realizado NONONÉNESSE emcolaboração com Três dos“anos títulosimportantes setenta desconhecidos” de duraçãototal daprojeção: 94min de JacquesRozier França, 1972–41min/legendado eletronicamente emportuguês com JeanneMoreau, , Lewis Jerry MOREAU (Nº2):JEANNE VIVE LECINÉMA França, 1978–17min/legendado eletronicamente emportuguês com  MIX MARKETING França, 1976–36min/legendado eletronicamente emportuguês com Bernard Menez,Jacques Villeret, MauriceRisch NONO NÉNESSE , disseJacquesRozier. Eganha. Maurice Vallier, Jean-Claude Bouillaud Bernard Menez,Bernard Dumaine, |M/12

na Cinemateca. Lewis. deJerry Primeirasno Ritz,enumaparticipação exibições Jeanne Moreau eOrson Welles, filmadodurante umarefeição vamos apresentar) concentra-se noencontro emParis entre remontada porJacquesRozier (posteriormente àemissão, que disse, referindo-se aosseusprojetos para televisão. Aversão sobre Jean Vigo, éaminhaoutra grande recordação pessoal”, do número 2,realizado porJacques Rozier. “A seguiraofilme mês deatualidade cinematográfica. JeanneMoreau éaanfitriã conceito oconvite aumapersonalidadequecomentasse um S. oprograma Labarthe, televisivo “Vive leCinéma” tinhapor como assistente comercial. Concebido por JanineBazin e André uma nova estratégia demercado naempresa queocontratou no papeldeumjovem licenciadoambiciosoquetenta impor Modernes”, MIXéumaficção, MARKETING com Bernard Menez dio, àescalanatural. Realizado para asérietelevisiva “Contes e MauriceRischemfedelhos, numcenárioconstruído emestú DU CÔTÉ D’OROUËT - RETROSPETIVA JACQUES ROZIER | CINEMATECA ABRIL e MAIO 2018 COMMENT LA CINÉASTE DEVENIR TÊTE SANS resulta SE PRENDRE de umaenco de duasexpressões contraditórias do pensamento humano” Rozier). (Jacques um cineasta“SanchoPança” confrontam osseuspontos devista,àsemelhança Parti destaquestãopara imaginar um diálogo. Umcineasta“DonQuixote” e retrabalhada porJacques Rozier: “Como fazer umfilmeindependente em1983? Cinémas (Lettres deCinéastes)” evai ser mostrado numaversão posteriormente foi MORENA originalmente SIERRA realizado DELA LETTRE para asérie“Cinéma duraçãototal daprojeção: 47 França, 1995–17min/legendado eletronicamente emportuguês com  de JacquesRozier COMMENT CINÉASTE LA TÊTE SANS DEVENIR SEPRENDRE França, 1983–30min/legendado eletronicamente emportuguês com  de JacquesRozier MORENA SIERRA LETTRE DELA ginário literário eaventureiro. Primeira exibição naCinemateca. devaneantes emambiente paradisíaco, nemconforme masnãodeserto aoima étambémodoolharsobre estes PHILIPPINE já ADIEU balho dedissociaçãoentre aansiedadenarrativa eafluidezformal quemarcam ve, não tendo mesmo chegado a estrear em França. Como alguém notou, o tra do tempo”. Éumdosseusfilmesquemaisarredado doolharpúblico semante Jacques Rozier, quemaistarde aviucomo “umaespéciede‘road movie’ antes çam embarcando para as Antilhas naterceira longa-metragem para cinema de turístico emquedoisfuncionários de umaagência de viagens parisiense selan Viver, evender, aexperiência deRobinson éoprojeto Crusoénumailhadeserta França, 1976–140min/legendado eletronicamente |M/12 emportuguês com  de JacquesRozier LES NAUFRAGÉS DEL’ÎLE DELA TORTUE Jean-François Balmer, LiseGuicheron Roger Trapp, Chantal Ladesou Pierre Lebret, Yves Afonso, LuisRego, MichèleBrousse Eloïse Charretier, MarieLenoir, Fabrice Luchini,Maurice Risch,Lydia Feld, Pierre Richard, Jacques Villeret, MauriceRisch,

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náufragos melancólicos - - - - - Bénard daCosta. du Cinéma meados dosanosoitenta, surgiu como “um autêntico ovni” (Hervé Roux, no seu único encontro com Jacques Rozier. Na paisagem cinematográfica de linguísticas. Produzido por Paulo Branco, com fotografia de Acácio de Almeida das personagens edemodo novo refere questões alinguagem earticula apurado sentido musicalquenovamente trabalha omovimento easdeslocações narrativos OCÉAN (Prémio Jean deMAINE Vigo em1986)tecemumfilmede quatro, mais tarde, na ilha de Yeu onde improvisam uma festa. Os meandros trava amizade nessaviagem abordo do“Maine Océan”, encontrando-se os ajudada por umaadvogada parisiense, que lheserve de intérprete e com quem Uma bailarina brasileira tem problemas com dois revisores num comboio e é França, 1985–131min/legendado eletronicamente |M/12 emportuguês com Bernard Menez,LuisRego, Pedro Armendariz de JacquesRozier OCÉAN MAINE ras exibições naCinemateca. ficção aoinvés de umaabordagem biográfica. Os outros dois títulos sãoprimei ser cineastacontra avontade dospais, ouseja,propõe umacurta-metragem de Em resposta, filma a história de uma rapariguinhatudante do que IDHEC. quer de cinema,emqueRozier foi naqualidadedeantigo es desafiadoaparticipar menda da estação televisiva para Arte, “um serão temático” dedicado às escolas ). “Umdosmais modernosdosfilmesmodernos”, chamou-lheJoão LES NAUFRAGÉS DEL’ÎLE DELATORTUE Cahiers - - RETROSPETIVA JACQUES ROZIER | CINEMATECA ABRIL e MAIO 2018 São dois dos “filmes musicais”São doisdos“filmes deJacques Rozier, ambosancorados emobras de duraçãototal daprojeção: 83min França, 2010-2012–41min/legendado eletronicamente emportuguês de JacquesRozier EXILÉS PLAISIRS REVENEZ França, 1989–42min/legendado eletronicamente emportuguês de JacquesRozier L’OPÉRA DUROI Rozier, MARTINGALE. aoposteriorFIFI Primeira exibição naCinemateca. que conheceu muito poucas exibições públicas e se associa, na obra de Jacques correspondente dosegundo. aoprimeiro deleseaumaparte Trata-se deumaobra EN Molière,TOURNÉE nosúltimosepisódios). éapresentado JOSÉPHINE naversão região occitanafrancesa deLanguedocrepresentando operetas (oucomédias de episódios de50minutosecentrado numpequenogrupodeteatro quevagueia na do projeto,o ponto de partida originalmente concebido como uma série em quatro 457ª representação, aatriz devariedades LilyStrasberg decideviajarpara oMidi.É Triunfando no papel deJoséphineem França, 1989–74min/legendado eletronicamente |M/12 emportuguês com Lydia Feld, HenriGuybet, Vicente Prada de JacquesRozier EN TOURNÉE JOSÉPHINE Jean-Baptista Lulli,compositor italianonaturalizado francês cujaprolífera obra MAINE OCÉAN |M/12 L’oeuf de Pâques , cuja temporada termina na raramente exibidos einéditosemPortugal. encenadores –Jean-Marie Villégier eJean-Louis Martinoty. Sãodoisfilmesmuito seus respectivos directores musicais– William Christie eJean-ClaudeMalgoire –e d’Alcide (deEXILÉS queexiste umasegundaversão longa)em surgiu de Luís na corte XIV. L’OPÉRA DU ROI centra-se em de projeção atualmente disponível. Primeira exibição naCinemateca. delírio ecaos.Aapresentar naversão de2010,emcópia betacam, único formato o sentido dehumorinerente masnãoimediato funcionamcomo elementos de A questãodarepresentação, osjogos depalavras, aduplicidadedeinterpretação, modificada peloencenador, queacabaderecusar prémio umimportante teatral. nocenáriovermelho doteatroparte, enosensaiosdapeça,incessantemente teatro parisiensedurante apreparação deumapeça,concentra-se, numaprimeira distribuído e mantém-se uma verdadeira raridade. Centrado numa companhia de poucas outras ocasiõesnumaversão ligeiramente remontada de 2010.Nunca foi OCÉAN; apresentou-o noFestivalMAINE deCinema Veneza em2001emuito EN TOURNÉE.origem Realizou-o noanterior JOSÉPHINE dezasseis anosdepoisde Jaques Rozier falou MARTINGALE deFIFI como umafantasia sobre oteatro queteve França, 2001–120min/legendado eletronicamente |M/12 emportuguês com  de JacquesRozier MARTINGALEFIFI Jacques Petitjean, Yves Afonso Jean Lefebrve, Mike Marshall, . Foram ambosrealizados durante apreparação dasduasóperas pelos

Atys Alceste ouLe Triomphe e REVENEZ PLAISIRS PLAISIRS e REVENEZ FIFI MARTINGALE 26 de abril 15:30 – sala M. Félix Ribeiro | VOYAGE EN TERRE – PHILIPPINE ADIEU PHILIPPINE

27 de abril 15:30 – sala M. Félix Ribeiro | JEAN VIGO

27 de abril 19:00 – sala M. Félix Ribeiro | RENTRÉE DES CLASSES BLUE JEANS PAPARAZZI LE PARTI DES CHOSES: BARDOT / GODARD ROMÉOS ET JUPETTES

27 de abril 21:30 – sala M. Félix Ribeiro | VOYAGE EN TERRE – PHILIPPINE ADIEU PHILIPPINE

28 de abril 21:30 – sala M. Félix Ribeiro | DU CÔTÉ D’OROUËT

30 de abril 15:30 – sala M. Félix Ribeiro | NONO NÉNESSE MARKETING MIX VIVE LE CINÉMA (Nº 2): JEANNE MOREAU

30 de abril 18:30 – sala Luís de Pina | programa a anunciar

30 de abril 21:30 – sala M. Félix Ribeiro | LES NAUFRAGÉS DE L’ÎLE DE LA TORTUE

2 de maio 15:30 – sala M. Félix Ribeiro | LETTRE DE LA SIERRA MORENA COMMENT DEVENIR CINÉASTE SANS SE PRENDRE LA TÊTE

2 de maio 19:00 – sala M. Félix Ribeiro | MAINE OCÉAN

3 de maio 21:30 – sala Luís de Pina | NI FIGUE NI RAISIN Nº 5 NI FIGUE NI RAISIN Nº 8 (DE CORINTHE)

3 de maio 21:30 – sala M. Félix Ribeiro | JOSÉPHINE EN TOURNÉE

4 de maio 18:30 – sala Luís de Pina | RENTRÉE DES CLASSES BLUE JEANS PAPARAZZI LE PARTI DES CHOSES: BARDOT / GODARD ROMÉOS ET JUPETTES

4 de maio 21:30 – sala M. Félix Ribeiro | L’OPÉRA DU ROI REVENEZ PLAISIRS EXILÉS

5 de maio 21:30 – sala M. Félix Ribeiro | FIFI MARTINGALE DU CÔTÉ D’OROUËT DU CÔTÉ RETROSPETIVA JACQUES ROZIER | CINEMATECA ABRIL e MAIO 2018 Le parisien perroquet Revenez plaisirs exilés, 2010-201241’ Voyage enterre –Philippine,200812’ Fifi 2001120’ Martingale, Maine Océan,1985131’ Les Naufragés del’îlela Tortue, 1976140’ Nono Nenésse,197636’ Du côté d’Orou Romeos Jupettes, et 196611’ /Godard, deschoses:Bardot Le 19638’ parti Paparazzi, 196322’ Dans levent, 19628’ Adieu Philippine,1962106’ Blue Jeans, 195822’ Rentrée desclasses, 195524’ CINEMA 2001); Cinémathèque Française; Extérieur Nuit Fontes consultadas: uma versão, embora emalgunscasos setrate dediferenças ligeiras. Outros referem-se aobras emcurso. os trabalhos originalmente concebidos para cinemaetelevisão. Algunsdostítulossãoobras dequeexiste maisdoque A filmografia quesesegueadoptaaestrutura dasresenhas filmográficas publicadasdeJacquesRozier quedistinguem ë t, 1969150’ díptico com deschoses: /Godard Le Bardot parti Emmanuel Bourdeau (dir.), JacquesRozier Le funambule(,Centre Pompidou, em curso Estudantes/Cartão jovem, Reformados ePensionistas ­ versão delonga-metragem emcurso Amigos daCinemateca /marcação debilhetes:tel. 213596262 Amigos da Cinemateca/Estudantes deCinema­ díptico com Paparazzi Rua Barata Salgueiro, 39 -Lisboa |www.cinemateca.pt Programa sujeito aalterações Preço dosbilhetes: 3,20Euros ‑ >65anos­ Comment devenir cinéastesansseprendre latête,199517’ Joséphine entournée,1989 L’Opéra duRoi, 198942’ Oh, oh,Jolietournée!,198460’ Lettre delaSierra Morena /Lettre d’un cinéaste,198330’ “Les Estivans” deGorkiàlaComédie Française, 198350’ Marketing Mix,197817’ Vive lecinéma:JeanneMoreau, 197241’ Gérard Sousay, 196868’ Dim DamDon,1967-1968 Ni figueniraisin nº8(Corinthe), 196555’ Ni figueniraisin nº5,196546’ Jean Vigo, 196494’ TELEVISÃO ‑ 1,35euros ‑ 2,15euros série Cinéastes de notre temps série Cinéastesdenotre Transportes: Classificação Geral dos Espetáculos: IGAC Informação diária sobre aprogramação: tel.213 596266 Venda |Nãohálugares onlineemcinemateca.bol.pt marcados Segunda­ Horário dabilheteira: série Au coeur delamusique série Contes modernes várias emissões ‑feira/Sábado, 14:30­ versão compilação 74’ /4episódiosde50’ versão integral série Nifigueniraisin Metro: Marquês de Pombal, Avenida |bus:736, 744,709, 711,732, 745 série Vive lecinéma série Nifigueniraisin ‑ 15:30e18:00­ sériePlaisirdu Théâtre série Cinémacinémas ‑ 22:00

Fotografia © Michèle Berson