ER Silva. Diálogos, v.22, n.1, (2018), 229 - 246 ISSN 2177-2940 (Online) ISSN 1415-9945 (Impresso) http://dx.doi.org/10.4025.dialogos.v22i1 A questão sul-africana: literatura, colonialismo e masculinidades em Marie (1912), de H. Rider Haggard http://dx.doi.org/10.4025.dialogos.v22i1.36400 Evander Ruthieri da Silva Doutorando no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Paraná (PPGHIS/UFPR) e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Professor substituto de História da Educação na UFPR,
[email protected] __________________________________________________________________________________________ Resumo Palavras Chave: O escopo central do artigo converge na análise e problematização das relações entre História e Literatura; Rider colonialismo e masculinidade na produção literário-intelectual do romancista H. Rider Haggard; colonialismo; Haggard (1856-1925), com destaque para seu romance Marie (1912). A narrativa literária masculinidades. cinge elementos da ficção e realidade ao narrar eventos do passado sul-africano, em especial o Great Trek, período de migrações e deslocamentos de colonos bôeres na década de 1830. No cerne de um contexto imaginado com as marcas da violência e do martírio, Haggard retrata a formação de seu protagonista, o caçador Allan Quatermain, de modo a promover figurações de virilidade e heroísmo que atuam como respostas ao que muitos de seus contemporâneos sentem e ressentem como crises da masculinidade no fin-de-siècle. Abstract The South African Question: Literature, Colonialism and Masculinities in H. Rider Keywords: Haggard’s Marie (1912) History and Literature; Rider The central scope of the article converges in the analysis and problematization of relations Haggard; colonialism; between colonialism and masculinity in H.