Editado Por Miguel Gaspar Dossier
Dossier 25 de Abril Editado por Miguel Gaspar 2cce221d-42b6-424c-bff5-2d4d49bede95 Dossier 25 de Abril Livres, na substância do tempo Miguel Gaspar 21/04/2014 odos os anos revisitamo-lo, ao “dia inicial inteiro e limpo” que Sophia celebrou, “onde emergimos da noite e do silêncio”. E Primavera após Primavera, década após década, regressamos sempre a Abril. Para que Tnão se esfume na noite do esquecimento o espanto dessa madrugada em que desapareceu uma ditadura aparentemente interminável, como uma pena de prisão perpétua. E para reavaliarmos o que fi ca da esperança que era ilimitada nos primeiros dias da revolução, depois. E porque “livres habi- tamos a substância do tempo”, como continuava o poema de Sophia, cada tempo releu a esperança, construiu o seu balanço, fez o seu deve e haver do instante revolucionário que nos fundou. São algumas dessas releituras que revisitamos neste dossier, no qual republicamos uma selecção de trabalhos jornalísticos do PÚBLICO– incluindo trabalhos de investigação, reportagens, entrevistas e textos de opinião –publicados em 1994, 1999 e 2004. Ou seja, no vigésimo, no vigésimo-quinto e no trigésimo aniversário da Revolução de Abril. Se, nos 40 anos de Abril, os balanços estão indissociavelmente ligados às consequências dos anos da troika, há 20 anos os portugueses, (que eram então europeus felizes), mergulhavam na memória da polícia política do regime. Uma entrevista televisiva a um inspector da PIDE chocava o país e relançara um debate, que era também sobre a natureza da ditadura. Dez anos mais tarde, o Governo de Durão Barroso introduzia um mote: Abril fora uma evolução, não uma revolução.
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