Agosto 2019 | Mensal | Ano 8 | Número 111 Câmara Municipal de Cascais | cascais.pt | INFOMAIL | GRATUITO

TUDO SOBRE CASCAIS

EDIÇÃO ESPECIAL

16 A 25 ENTREVISTAS EM EXCLUSIVO AGOSTO

Fotografia Jorge Martin 2 Agosto 2019 Delfins de regresso EDITORIAL à felicidade Paula Lamares [email protected]

É um dos maiores festivais de verão com a São das bandas portuguesas com a carreira mais longa e culminou, em 2009, particularidade de manter a versatilidade dos num concerto apoteótico, onde tudo começou – Na Baía de Cascais. Deixaram estilos de música, abrangendo um público variado um repertório de canções que, passados mais de 30 anos, são ainda presença as- e exigente e de ser continuar a ser o grande palco sídua nas rádios, atravessaram gerações e são hoje autênticos hinos à juventude para a música de língua portuguesa. O cartaz fala e ao espírito livre. Agora, passados dez anos, aceitaram o convite da Sinfónica de por si e este ano volta a ter momentos para um público infantil, no segundo dia com os “Atchim” e Cascais e voltam a juntar-se para encerrarem, dia 25 de agosto, as Festas do Mar. no penúltimo dia com “As Canções da Maria, que já estiveram neste palco em 2015. A propósito deste concerto, aproveitamos para falar com Miguel Ângelo e Fer- nando Cunha sobre o percurso de vida dos Delfins por essa estrada fora como O fado é outro momento incontornável das Festas diria Jack Kerouac. do Mar. Este ano marcado pela presença de mais um dos grandes nomes dessa música que Cascais é sempre um Fernando Cunha: Foi também Fernando Cunha: Os Delfins tive- ponto de retorno para os muito radical porque me obrigou ram várias fases e quando come- é património imaterial da humanidade. Com um Delfins? a abandonar o curso de Engenha- çaram não tiveram logo sucesso. percurso brilhante, considerada até a mais bem- ria Eletrotécnica. Estava no 3º Foi uma subida lenta que teve o sucedida fadista da atualidade, levará ao Miguel Ângelo: Tudo se passou ano quando começou a primeira seu pique em 1995. Os primeiros palco das Festas do Mar alguns dos seus temas de neste bocadinho que é Cascais. grande tournée dos Delfins e tive álbuns foram tendo um sucesso maior sucesso, o último dos quais, “Tens os Olhos O primeiro espetáculo público que tomar uma decisão. Acabar relativo, mas o boom veio com a o curso não era compatível com coletânea “O Caminho da Feli- de Deus”, uma canção escrita especialmente para que demos foi no Largo Camões em 1985 e a primeira vez que to- estar numa banda rock devido ao cidade” (1995). Pelo que não foi Ana Moura por Pedro Abrunhosa e que promete camos na Baía foi já em 1988. De- grau de exigência e dedicação. uma coisa súbita. Até começá- repetir os êxitos do “”. cidimos fechar uma das nossas Foi difícil mas não estou arrepen- mos com um tiro no pé que foi o tournées de maior sucesso “O dido. Já são 35 anos na música Festival da Canção em que par- A marcar o primeiro domingo da longa maratona Caminho da Felicidade” na Baía que foram mágicos. ticipámos com a nossa primeira de música, está a procissão em Honra da Nossa de Cascais que também saiu em formação e em que ficámos num DVD e foi histórico. Depois, já E como é que a esta honroso último lugar. Toda essa Senhora dos Navegantes, a padroeira dos nas Festas do Mar, temos conti- distância vêm o percurso ascensão gradual fez com que o pescadores que está na origem desta Festa. nuado a frequentar a Baia de Cas- dos Delfins? grupo trabalhasse muito, não se cais com outros projetos em que tenha deixado deslumbrar pelo Mas as Festas do Mar não é só um grande palco por estamos individualmente envol- Miguel Ângelo: É incrível assis- sucesso imediato e fácil que faz onde passam alguns dos melhores da atualidade vidos. Dez anos depois, voltamos tir ao facto de as nossas canções com que as bandas depois não resistirem ao tempo e passarem durem muito tempo. musical portuguesa, há todo um ambiente festivo ao sítio onde tudo começou para tocar com quase 90 membros da de geração em geração. envolvente e um programa cultural imenso Sinfónica de Cascais. Vai ser algo Como é que foi essa adicional. único e irrepetível. Fernando Cunha: Acho que isso ossa passagem pelo acontece porque, por um lado Festival da Canção? A Sinfónica, com os Delfins como convidados, Fernando Cunha: Não é propria- continuam sempre a ser tocadas, encerrará as Festas do Mar, encerramento que é mente um espetáculo que se as- ora nos nossos projetos a solo, Miguel Ângelo: Estávamos em suma como “dos Delfins”. Vamos ora nos projetos coletivos como 1985 e o Festival era de facto a tradicionalmente um momento especial. |C||H.C| pela primeira vez adaptar-nos a foi o Hard Rock e atualmente os antítese do que é hoje o moderno tocar por cima de uma orques- Resistência. Por outro, algumas Festival RTP da Canção. Era um tra e não o contrário. Por isso é das rádios têm continuado a desfilar de canções da chamada que os ensaios têm sido bastante passar essas músicas, não só as música ligeira ou nacional can- curiosos. versões originais como as ver- çonetismo. Queríamos levar ao sões que entretanto foram sendo Festival algo diferente, uma mú- Em , há 30 anos, gravadas dos principais êxitos sica Pop de guitarras a abrir du- ser músico profissional do grupo. rante 3 minutos. Tínhamos cons- NOTA era uma decisão radical? ciência de que obteríamos ou o 1º Tinham a consciência ou o último lugar. O nosso objeti- Já depois de encerrada a edição deste jornal Miguel Ângelo: O verão de 1984, quando estavam a vo era basicamente dizer que há recebemos a triste notícia da morte de Rui quando saiu o primeiro single compor que mais de 30 outra música feita por gente jo- anos depois essas vem em Portugal. Naquela altura Rechena, baixista dos Amor Electro, banda que dos Delfins, foi o último verão antes de entrar para a Faculda- canções continuavam a toda a gente ouvia o Festival da vai estar presente no palco dia 23. Aos familiares de (de Belas-Artes) e as coisas ser ouvidas? Canção porque não havia mais do músico e aos restantes elementos da banda, foram crescendo paralelamen- nada. Pelo que aproveitamos um deixamos aqui a nossa sentida homenagem. te. Nos últimos anos do curso já Miguel Ângelo: Não, de forma Regulamento Anual do Festival era muito difícil conviver com alguma. As coisas só resultam da Canção que permitia que edi- as tournées e as gravações. Lem- quando não se tem essa noção, toras independentes pudessem, bro-me que o duelo final entre as têm de ser naturais. Temos de sem censura ou prévia escolha duas vocações (a música e a ar- fazer o que gostamos de fazer e da RTP, participar no evento. quitetura) já tinha sido ganho na arriscar. Há coisas que resultam minha cabeça há muito tempo. outras não. Há uma lapidação A veia contestatária Mas, curiosamente, a decisão ofi- que o tempo faz naturalmente sempre acompanhou o cial deve-se a Cascais e, mais es- às canções e depois há umas percurso dos Delfins. Os pecificamente, à Câmara Muni- que resistem e outras não. Ago- músicos devem ter esse cipal, onde estive a fazer estágio ra quando se está a compor não. papel em relação ao seu Propriedade: Câmara Municipal de Cascais - Praça 5 de Outubro 2754-501 Cascais na Divisão de Projetos entre 89 e Estávamos aqui fechados na ga- tempo? Diretor: Marco Espinheira Editor: Humberto Costa 91. Quando acabei o estágio con- ragem a fazer as letras e as mú- Departamento de Comunicação: Ana Filomena Almeida, Ana Quintela, Fátima Henriques, vidaram-me para ficar lá como sicas, sabíamos lá que 30 e tal Miguel Ângelo: O papel dos mú- Isabel Martins, Susana Janota, Filipa Martha Couto, Paula Lamares, Rodrigo Saraiva Design: Bárbara Palinhos Pereira arquiteto. E aí obrigaram-me a anos depois voltávamos à Baía sicos é fazer música. Agora a Fotografia e Multimédia: Luís Bento, Jorge Martin, Pedro Ramos, Ana Alcântara, Carolina Mendonça, Alexandre Venâncio, Ana Guerreiro decidir a 100% pela música e foi de Cascais para tocar “Um Lugar assunção desses papéis tem a Tiragem: 120.000 exemplares isso que aconteceu. ao Sol” ou “Aquele Inverno”. ver com o cidadão e não com o Periociade: Mensal Tipografia:Sogapal, Comércio de Indústria de Artes Gráficas SA, Estrada de São Marcos, 27, São Marcos 2735-521 Cacém Depósito Legal: 332367/11 músico. Enquanto cidadão sem- 3 Entrevista pre me interessei por discutir a Fernando Cunha: Ui… tantas coi- nossa guerra colonial, o que se sas (risos). Lembro-me de ter passava em Timor, etc. Acho que acabado de sair da tropa e um ninguém tem obrigação de ser agente convidar-nos para fazer ativista ou panfletário, as coisas a primeira parte do concerto de têm que ser honestas e não po- Chris de Burgh que, por sua vez, dem ser feitas por encomenda, abria o concerto da Tina Turner nem de um partido, nem de um no Estádio de Alvalade. Ficámos governo, nem por ninguém. aflitos! Foi a vez que subi ao pal- co mais nervoso. Ainda por cima Fernando Cunha: Sim, tem a ver o Chris de Burgh adoeceu. Passa- com as nossas vidas individuais mos assim a ser a banda de aber- e o nosso percurso. Quando de- tura do artista principal, com to- cidimos fazer a letra de “Aquele das as regalias e mordomias que Inverno” sobre a guerra colonial isso acarretava na altura. Fomos foi porque eu tinha lá estado em tratados que nem reis e o concer- Africa, assim como o meu pai, e to correu-nos muito bem. havia uma história por detrás. O mesmo aconteceu com Timor Li- Miguel Ângelo: Eram 65 mil pes- vre em que o Miguel esteve asso- soas no estádio esgotado. ciado também ao Movimento … Há sempre uma razão por detrás Fernando Cunha: Foi assustador. dessas letras que tornam uma Conseguimos pôr as pessoas coisa natural e que fazia sentido. todas a cantar algumas das mú- E algumas delas continuam a fa- sicas. Talvez tenha sido o princí- zer sentido hoje. pio do sucesso do “Caminho da Felicidade”. Mas, não sentem que os jovens (músicos ou não) Miguel Ângelo: Nem nos aperce- são hoje muito mais indi- bemos do que aconteceu naquela vidualistas e não se envol- noite. Foi muito importante para vem tanto em a carreira dos Delfins. causas? E porque é que correu tão bem Miguel Ângelo: Há menor empe- ? nho da juventude mas há pessoas que se interessam pelo que por Miguel Ângelo: No backstage do cá se passa e nos países irmãos. Estádio de Alvalade - imposições Lembro-me do Luaty Beirão, do de management - o único sítio papel que ele teve e de músicos onde havia uma arca cheia de portugueses que o apoiaram. cerveja era no camarim dos Del- Agora (esse desligamento) é o fins. Os ingleses só bebiam água reflexo da sociedade. A globaliza- ou Pepsi Cola que era o sponsor ção das notícias faz com que che- da Tina Turner. Portanto, tínha- guem a nós, por dia, mil causas e mos muita gente a vir bater à não posso ser “Je Suis…” em mil nossa porta às escondidas para causas. Isso dilui o empenho das beber uma cervejinha. Na reali- pessoas que, a toda a hora, ouvem dade todos esses técnicos depois notícias da Síria, da Venezuela ou trabalharam no concerto dos do Brasil. É perverso mas pode Delfins e fizeram uma noite espe- ser uma das razões. cial. Porque as bandas de primei- ra parte naquela altura não eram tratadas muito bem. Então, aque- E isso reflete-se nas le- la comemoração no nosso cama- tras? Estamos a perder a rim acabou por nos aproximar e mensagem coletiva? quando fomos tocar tínhamos os técnicos do palco a dar-nos o me- Fernando Cunha: Cantar Pop Rock lhor som e iluminação. em português era algo que não se fazia na nossa geração. Agora Fernando Cunha: Na altura, era é uma coisa assumida e natural. muito comum os técnicos do Soava tudo mal e poucas bandas concerto principal limitarem o tinham essa coragem. Demora- PA da banda que ia abrir o con- mos muito tempo a fazê-lo. certo, para não terem tanta po- tência e impacto. Foi o que acon- Miguel Ângelo: Hoje os mais no- teceu uns anos antes, quando vos cantam as palavras que que- abrimos o concerto dos Simple rem. No nosso tempo tinhamos Red, no Dramático de Cascais. o preconceito de escrever certas Ao fim de meia hora o diretor de palavras. Nos anos 80 nunca iria palco mandou desligar o som e escrever uma canção com “Amo- quase nem tivemos tempo para -te”. Achava foleiro. Ainda que a nos despedirmos do público que nossa língua seja difícil, pela so- estava a ser incrível. noridade e rima, o que havia era um preconceito geracional. Os Miguel Ângelo: Se calhar foi por novos músicos cantam aquilo isso que nos calaram, porque que lhes vai na cabeça e na alma, estávamos a tocar em casa e o e é ótimo. concerto estava a apanhar bem demais o público que estava a Nesse “Caminho da corresponder (mais risos). Fo- Felicidade” há, nas ram dois momentos memoráveis vossas memórias, um e dois marcos na carreira que a cantinho para os partir daí foi sempre a subir. |C| momentos especiais? Fotografias Pau Storch 4 Agosto 2019 SEXTA VIRGUL “Vai ser um concerto mágico” Paula Lamares [email protected] 16 Fotografias Pau Storch

FLAK VIRGUL

ntes de entrar grar as respetivas bandas. inha” são êxitos que desde Para o músico as Festas do no mundo da Um trajeto que o fez cantar aí não saem da cabeça dos Mar permitem uma grande música, Virgul ritmos diferentes enquan- portugueses. Mais recente- empatia dos artistas com Afoi padeiro, tra- to se afirmava como músi- mente, o single “Difícil De- o público: “Quando se re- balhou na construção civil co. “Sou uma pessoa muito mais” é um sucesso em to- cebe essa energia a magia e até foi pasteleiro. Como exigente comigo mesmo e das as plataformas digitais dá-se e vai ser mágico e tantos jovens que se deci- gosto de dar tudo em cima e os seus fãs afirmam que muito especial”, prometeu dem por uma carreira me- do palco. Gosto de ir a um “é uma música viciante” e Virgul. |C| nos convencional, o seu concerto onde os artistas o “som diverso que faz falta percurso musical não foi dão imenso de si no pal- em Portugal”. isento de dificuldades, mas co”, garantiu o cantor que o talento e a persistência soma hoje milhões de vi- Virgul abre as Festas do levaram a melhor. “Muito sualizações no YouTube. Mar, no dia 16 de agosto. cedo gostava de cantar e O cantor mostra-se muito dançar em casa e em fes- “Saber Aceitar”, o disco feliz por fazer parte de “um tas e até pensava que ia em nome próprio surge em cartaz superinteressante”. ser bailarino”, confessou o 2017 e “I Need This Girl” Sobre o concerto que está a artista que acabou por op- (da banda sonora da no- preparar adianta que para tar, definitivamente, pela vela da TVI Ouro Verde), além dos êxitos, vai “apre- música ao ser convidado “Só Eu Sei”, “My Bae” (que sentar mais duas músicas pelos Da Weasel e pelos conta com a participação do novo álbum”. Nu Soul Family para inte- de Nelson Freitas) e “Ra- FLAK O músico versátil Isabel Martins [email protected]

em ótimas recor- O músico iniciou a sua carreira dações de Cascais. musical como baterista, mas gos- Quando ainda to- tava de “fazer canções”, trocou Tcava com os Rádio este instrumento pela guitarra Macau, Flak, pseudónimo porque considera a bateria “um de João Pires de Campos, instrumento limitado para expli- conta que vieram ao já ex- car as suas ideias”. tinto Pavilhão do Dramá- AGENDA tico fazer a primeira parte A sua música é muito influenciada CASCAIS do Concerto do Lloyd Cole pelos sons da música Psicadélica, e que para surpresa da ban- Eletrónica, com elementos Rock. da no dia seguinte, o então Também faz concertos de música “Diário Popular” aparece improvisada, de Free . com a manchete “Rádio SUGESTÃO Macau abafa Lloyd Cole”. Entre outros músicos, trabalhou com Jorge Palma e Entre Aspas. PAULINA GEDYMIN | FOTOGRAFIA Cascais era o local de elei- Agora como vocalista, considera E VÍDEO | CENTRO CULTURAL ção dos concertos, onde esta nova etapa da sua carreira DE CASCAIS toda a gente vinha e nessa de músico como o grande desafio ATÉ 29 DE SETEMBRO altura as bandas portugue- de comunicar com o público. Nas Com inspiração nas formas espontâneas dos têxteis sas não eram muito bem Festas do Mar o público vai poder urbanos, exibidos por exemplo em estendais recebidas pelo público, ouvir temas do seu último disco de roupa, a artista colocou artefactos em ambientes mas como disse ao C: “ti- “Cidade Fantástica” e também do naturais e registou-os numa série de fotografias. O resultado está na exposição Ad Libitum. vemos a reação contrária, “Nada escrito”. |C|

i.: cascais.pt Storch Pau Fotografia fomos muito aplaudidos”. 5 JORGE PALMA & SÉRGIO GODINHO SÁBADO Juntos a emocionar gerações Filipa Martha Couto [email protected] Fotografias Pau Storch 17

CONCERTO INFANTIL | 18H30 filhos de Rimbaud”, nos anos 1990, e num dueto, “Mudemos de assunto”, ATCHIM no álbum “Irmão do meio”, editado em 2003 por Godinho.

Canções como “Bairro do Amor”, BASSET “Frágil”, “Deixa-me rir”, “Portugal, Portugal” - todas de Jorge Palma - HOUNDS “Maré Alta”, “Lisboa que amanhece”, “Com um brilhozinho nos olhos” e “O primeiro dia”, de Sérgio Godinho, fa- zem já parte do cancioneiro nacional JUNTOS e poucos serão os portugueses que não trautearam já as populares letras. Por isso a escolha das músicas que JORGE o projeto “Juntos” os dois Escritores de canções e com uma integram o concerto não foi difícil, músicos pegaram em qua- marca identitária, Jorge Palma e Sér- já que depois de fazerem uma “long tro décadas de canções e gio Godinho contarão em palco com list”, ficaram aquelas que “são obri- PALMA & criaram um concerto que Pedro Vidal, Nuno Rafael, João Cor- gatórias” e as que refletem o “gosto N comum pelo repertório um do outro”. em 2015 esgotou as três edições rea- reia, Sérgio Nascimento, João Car- lizadas em Sintra. Passaram depois doso e Nuno Lucas, três de cada uma pelo festival Super Bock Super Rock, das bandas que os acompanham. O concerto promete trazer à Baía de SÉRGIO assim como dois concertos nos Coli- Cascais uma energia e uma emoção seus de Lisboa e do . No dia 17 Com cinco anos de diferença, Jorge muito próprias, com a cumplicidade de agosto é a vez de Cascais celebrar Palma e Sérgio Godinho têm um per- e um diálogo permanente feito de GODINHO “esta aventura que celebra 40 anos de curso com muitos pontos em comum canções que “são o cimento que une amizade e o património comum” de e já contavam com participações esta amizade” entre os dois músicos dois nomes incontornáveis da músi- avulsas nos espetáculos um do outro, e que certamente vai tocar na memó- ca portuguesa. como por exemplo, no espetáculo “Os ria de várias gerações. |C|

BASSET HOUNDS “Gostamos de desafiar o público” Paula Lamares [email protected]

referências plasmadas nas suas melodias ora cândidas, ora puramente impulsivas. Uma diversidade de sono- ridades que justificam o nome “Basset Hound” que é, como se sabe, uma raça de cães de origem francesa e britânica, um nome carre- gado de simbolismo, como explica o autor do batismo, António Vieira: “A analogia com o Basset Hound apa- AGENDA rece porque têm aquele ar CASCAIS pachorrento, mas também é um cão de caça e uma arma”. “Swallow bliss” (de novo a presença dos My Bloo-dy Valentine), “Neu! SUGESTÃO (Oscillations)”, “Tropicalia ANTONIO LOPEZ | FOTOGRAFIA, udo começou quando António Vieira entregou umas maquetes ao amigo rocks! em Bossa” ou “Arabi- ILUSTRAÇÃO DE MODA E VÍDEO João Chaves de material que tinha gravado sozinho, como refere o próprio: -ca” são bem exemplo dessa CENTRO CULTURAL DE CASCAIS “Ainda não havia banda, só algumas ideias para canções”. Daí acabaria por diversidade. Basset Hounds Tsurgir uma banda chamada Basset Hounds que navega em viagens sónicas navega, assim, nos ventos ATÉ 12 DE OUTUBRO do rock’n’roll ao shoegaze - um estilo de indie rock que surgiu no Reino Unido no criativos da atualidade e Grace Jones, Pat Cleveland e Jessica Lange são alguns final dos anos 80 e que começou com “Isn’t it Anything” de My Bloody Valentine como eles próprios confes- dos modelos que pode ver na exposição de Antonio (1988). Com dois álbuns editados, a Basset Hounds está nas Festas do Mar no dia 17 sam, “gostam de desafiar o Lopez. O autor foi destacado pelo The New York Ti- de agosto. Para além de António Vieira, a banda conta também com Afonso Homem público”. Para disfrutar no mes como o “maior ilustrador de moda do mundo”. Lopez trabalhou com Karl Lagerfeld e Yves Saint de Matos (bateria), Miguel Nunes (vocalista e guitarrista) e José Martins (baixo) e final de tarde, em estreia ab- Laurent e deu a conhecer nomes que viriam a tornar- prometem encher a Baía de Cascais com os “sons laboriosos e inspirados em muitos soluta no palco das Festas -se grandes referências rock’n’rolls”. Johnny Marr, guitarrista dos Smiths e Neil Young são algumas das do Mar. |C| da moda do século XX. i.: cascais.pt 6 Agosto 2019 DOMINGO ANSELMO RALPH De regresso a um “público versátil e acolhedor” Susana Janota [email protected] Fotografia Alexandre Venâncio nselmo Ralph considera-se hoje um artista “mais familiarizado com o pú- blico português” e promete “cantar 18 Aalguns dos maiores sucessos e ou- tras músicas novas” na noite de 18 de agosto, domingo, em que atua pelo segundo ano a solo no palco das Festas do Mar. PROCISSÃO | 15H00 “Já se passaram cinco anos desde esse dia e o tipo de concerto já não será o mesmo”, ex- plica o artista angolano, que se mantém como HER NAME um dos maiores ícones do R&B, Soul e Pop de WAS FIRE Portugal. O sucesso de Anselmo Ralph começou a dese- nhar-se em 2006 quando lançou o primeiro ál- bum intitulado “Histórias de Amor” produzido pela produtora Bom Som, propriedade do pró- ANSELMO prio artista e do agente Camilo Travassos. Mas o êxito foi-se consolidando junto do público português através da sua estreia como mentor RALPH na 2.ª edição do talent show “The Voice Portu- gal”, em 2014, e do single “Única Mulher”, que serviu de genérico a uma das telenovelas por- tuguesas mais vistas de sempre e que foi gra- vada em Portugal e Angola.

No entanto, a carreira do cantor de 38 anos co- meçou anos antes, em 1995, quando este inte- grou o grupo NGB (Nova Geração Bantu), com quem gravou o seu primeiro disco.

Anselmo Ralph esteve também no ano passado no palco do grande festival de verão da Vila a convite da Sinfónica de Cascais, que prestou homenagem à Lusofonia e, nesse sentido, ca- racteriza o público de Cascais como “bastante versátil e acolhedor, que vai não só para assis- tir, mas também para fazer parte da festa”, que, afirma estar garantida: “vão divertir-se bastan- te, cantar, dançar e rir muito”. |C| HER NAME WAS FIRE O Rock está vivo Susana Janota [email protected] Fotografia Alexandre Venâncio João e Tiago já tinham tocado jun- tos noutras bandas, mas uniram- -se para os Her Name Was Fire em 2015. Estrearam-se em 2017 nos álbuns com o internacional- mente aclamado “Road Antics” e, este ano, aceitaram o concerto nas Festas do Mar, o primeiro de dois espetáculos que vão dar em 2019, por se estarem a dedicar à produ- ção do próximo trabalho e por ser algo que desejam desde miúdos. “É um sonho agora concretizado”, confessam. AGENDA CASCAIS A dupla promete surpresas para o público de Cascais, além de um apanhado dos melhores momen- tos: “Vamos tornar este concerto SUGESTÃO especial e memorável muito atra- vés da componente visual. Quere- “ s ‘Her Name Was Fire’ são o João Campos, na guitarra, baixo e voz, PAULA REGO mos por as pessoas a levantar o pé e o Tiago Lopes, na bateria e voz também. São dois amigos de Cas- e a abanar a anca com a nossa já GRAVURA cais que gostam de Rock e é isso mesmo que fazem, são um duo de CENTRO CULTURAL DE CASCAIS habitual dose de energia e melo- Rock”. É assim que se apresenta a banda que vai abrir o primeiro dia” [risos]. ATÉ 17 DE NOVEMBRO O domingo das Festas do Mar, a 18 de agosto. A exposição Looking In/ Olhar para Dentro reúne Rockeiros empedernidos os “Her 60 anos de produção artística de Paula Rego, exibin- Consideram-se “um projeto algo diferente” precisamente por integrar apenas Name Was Fire” querem “relembrar do cerca de duas centenas de peças, entre desenhos, dois membros, mas confiam naqueles que dizem que “não sentem a falta de chapas de cobre e trabalhos de gravura mais recentes ao público das Festas do Mar que o e menos conhecidos. i.: cascais.pt mais ninguém em cima do palco”, durante os seus concertos. Rock está vivo” e bem vivo. |C| 7 FERNANDO DANIEL SEGUNDA Quer surpreender o público das Festas do Mar Isabel Martins [email protected]

econhecido por ter ganho uma das edições do “The Voice Portugal”, Fer- nando Daniel voltou este ano a sur- Rpreender quando foi chamado ao pal- 19 co do EDP Cool Jazz em Cascais para cantar com Jessie J. A surpresa não foi só do público que o aplaudiu efusivamente, mas também do próprio artista que se sentiu fortemente acari- nhado e reconhecido pelo seu trabalho. É as- GONÇALO sim que o cantor gostava de ser recebido nas Festas do Mar. BILÉ Para caraterizar aquilo que faz em palco, des- creve-se como um artista Pop, com influências de outros estilos, como o Soul e o Rock e ain- da como um artista entertainer: “Deixo muita FERNANDO alma em palco, muito suor, o que reflete todo o meu esforço e dedicação, mas o resultado dos meus espetáculos prima também pela qualida- DANIEL de da minha banda”. CONVIDA O alinhamento do espetáculo nas Festas do Mar vai ser composto por 13 músicas da sua autoria e mais uma versão de um tema de Sha- wn Mendes, cantor que muito admira e cujo ÁTOA trabalho descreve como: “muito dentro daqui- lo que estou a fazer a partir de agora”.

Para o concerto convidou os “ÁToa”, mas não quer revelar mais sobre aquilo que tem prepa- rado para a noite de 19 de agosto. Acredita que algumas pessoas possam ter ainda uma ideia “um pouco nublada” daquilo que é enquanto artista. “Acho que se vão surpreender. Eu vou fazer por isso”. |C| Fotografia Alexandre Venâncio

GONÇALO BILÉ “Este vai ser o maior palco em que já toquei” Paula Lamares [email protected] Fotografia Alexandre Venâncio onçalo Bilé é um dos já uma marca sua, descrever o mais novos “can- quotidiano e a vida normal das tautores” da música pessoas, com uma mensagem Gportuguesa, com um implícita. Reconhece todavia disco em que se fundem as in- que “escrever na língua do Ca- fluências do Soul, R&B, mões é sempre complicado”. e Pop sem perder a ligação ao Blues e ao Jazz. O também gui- Sobre as Festas do Mar, onde tarrista e produtor sobe ao pal- nunca tocou, mas cujo ambien- co das Festas do Mar no dia 19 te conhece, “está expectante e de agosto. “Made In Portugal”, com muita vontade de fazer o o seu primeiro álbum, foi mui- concerto”, até pelos “grandes to bem recebido pelo público, músicos que já pisaram aque- AGENDA projetando-o para fora do ano- le palco e por ser um festival CASCAIS nimato, apesar do seu percurso que fala português”. Gonçalo ter já algum tempo. Tudo co- Bilé desvenda um pouco so- meçou na Costa da Caparica, bre aquilo que o público pode mas como Gonçalo refere: “O esperar no dia 19: “Muitas no- meu caminho na música passa vidades e músicas inéditas que SUGESTÃO sobretudo por Cascais, onde vão fazer parte de um álbum formamos as primeiras bandas em que já estou a trabalhar e CRISTINA TROUFA de garagem, passei pelos bares do qual já existe um single edi- PINTURA e foi aí que cresci como músi- tado.” |C| CENTRO CULTURAL DE CASCAIS co”. O seu 2º single - “Eu Sei ATÉ 15 DE SETEMBRO Que Tu Sabes” - em que assu- A mostra Ego remete-nos para a relação que a artista miu inteiramente a produção, mantém com o mundo espiritual. Nas obras expos- vai na sequência daquilo que é tas, essencialmente autobiográficas, o mote é a figura e o entrosamento desta com a vida, apresentada atra- vés de metáforas e símbolos. i.: cascais.pt 8 Agosto 2019 TERÇA PAULO GONZO A visão extraordinária da Baía de Cascais Isabel Martins [email protected] Fotografias Pau Storch embro fundador do Go Graal Blues Band, grupo que só cantava temas em inglês, Paulo Gonzo iniciou a sua carreira de músico em 1975. Já a 20 Msolo, em 1992, lança o primeiro disco em portu- guês, “Pedras da Calçada” que inclui uma primeira versão do tema “Jardins Proibidos”. Em 1997, a compilação “Qua- se Tudo” chega a Sêxtupla de Platina. Até hoje o músico ENOQUE contínua a somar êxitos e a atrair muito público. Dos concertos que tem apresentado em Cascais, e não é a primeira vez que participa nas Festas do Mar, diz que todo PAULO este ambiente faz com que leve sempre boas recordações. GONZO

Paulo Gonzo consegue envolver o público com a sua mú- sica. O cantor diz que tem sempre uma visão extraordi- nária a partir do palco da Baía de Cascais, e explica: “Nas Festas do Mar sente-se que as pessoas vêm para nos ver, ouvir e divertir e que têm tudo para se sentirem felizes naquelas duas horas”.

Para este concerto Paulo Gonzo preparou um repertório com temas que já não cantava há algum tempo, como “Fico até adormeceres, Males de amor, basicamente é um espetáculo de singles, músicas que toda a gente co- nhece”. |C|

ENOQUE Cantar em nome próprio nas Festas do Mar vai ter “um gosto especial” Isabel Martins [email protected]

mbora já tenha partici- de uma forma muito especial. pado em edições ante- Cresceu na Igreja Evangélica e riores das Festas do Mar continua a estar envolvido com AGENDA CASCAIS Eem concertos de outros a sua fé. É pastor. Neste sentido, artistas, esta vai ser a primeira conta: “Quando estou em palco vez que Enoque se apresenta ou escrevo uma música, não me em nome próprio no palco da descolo daquilo que sou, não Baía de Cascais, e como afirma deixo de ser o Enoque”. SUGESTÃO “vai ter um gosto especial”. Canta música R&B, Soul, Pop MARCO GRIECO E JOÃO CARLOS Nasceu no Brasil em 1993 e veio Soul, diz que gosta de celebrar SANTOS | FOTOGRAFIA E LIVRO para Portugal com apenas três a vida e de uma boa vibe. CASA SOMMER anos. “Os meus pais trouxeram ATÉ 8 DE SETEMBRO muita cultura brasileira, e com “O meu concerto vai ser cheio O que acontece quando se juntam um diretor de arte isso também a música que es- de alegria, de boa disposição”. e um fotojornalista em Cascais? Descobrem-se can- tava sempre presente na minha E é com esta força genuína que tos, recantos e imortalizam-se as gentes e os locais casa”, explica. vai cantar na companhia do com histórias inspiradoras. O trabalho dos dois pro- fissionais do jornal Expresso está agora em livro e na público que vier assistir ao seu exposição Entrelinhas. A música faz parte da sua vida concerto. |C| i.: cascais.pt Fotografia Sara Falcão ANA MOURA QUARTA 9 Não é fado é desfado Humberto Costa [email protected]

“ ão é do Povo – É o a curiosidade do saxofonista Povo. Não é de Lis- dos Rolling Stones, Tim Ries, boa – É Lisboa. Não com quem grava dois temas: Né Fadista – É o Fado”. “Brown Sugar” e “No Expecta- Assim escrevia Miguel Esteves tions”. Ana Moura acaba por Cardoso em 2001, depois de ou- cantar estes dois temas com os 21 vir cantar Ana Moura num pro- Rolling Stones num espetáculo grama televisivo de António em São Francisco, em junho de Pinto Basto. 2007. FADO À JANELA | 19H40 Pode ter sido este o ponto de Entretanto, Tim Ries compõe partida para o percurso bri- um tema para a fadista: “Velho lhante de Ana Moura. “Deter- Anjo”, que Ana Moura inclui no minante” foi, confessa, numa seu disco de 2007 “Para Além SILVANA PERES entrevista em 2016: “Na altura da Saudade”, um trabalho que ainda nem tinha decidido gra- lhe deu o Prémio Amália Ro- var um disco de fado”. E o rumo dri-gues. Além de Ries este até podia ter sido outro, na altu- mesmo álbum contou ainda ra a fadista cantava numa ban- com composições de Fausto ANA da Pop Rock que se preparava Bordalo Dias, Amélia Muge e, para lançar o primeiro traba- claro, Jorge Fernando autor e lho, não fora, uns tempos an- produtor de muitos dos seus MOURA tes, num bar de Carcavelos, ter trabalhos. Num dos temas, Ana sido tentada pelo fado, cantan- Moura faz dueto com Patxi An- do apenas um, mas o bastante dión. e Estados Unidos e com o qual atingiu a 5ª platina. para encantar o guitarrista An- Em 2015 sai “Moura”, o seu sexto álbum, galardoa- tónio Parreira. No ano seguinte tem dois do Disco de Ouro. concertos na Alemanha com E foi António Parreira que a le- a Frankfurt Radio Bigband, Ana Moura não esconde as suas influências mu- vou para o mundo do fado, a vá- concertos que a banda de jazz sicais: o ambiente musical familiar, dos pais, dos rias casas incluindo “O Senhor retribui em Portugal. Em 2011, avós. E um verdadeiro desfile de deuses da música, Vinho”, ilustre casa lisboeta de ocupa os tops de vendas da de “David Bowie a Amália, de Nina Simone a Etta onde Maria da Fé já não a dei- Billboard e da Amazon, é no- James, de Marvin Gaye a Ottis Reding”, e uma pai- xaria sair sem a promessa de meada para os prémios da Ar- xão confessa pela “Soul Music”. Depois há também mais. É ali que António Pinto tista do Ano da revista inglesa uma alma que bebe das palavras de “Fernando Pes- Basto a ouve e a convida para Songlines, recebe um Globo de soa, que canta com Patxi Andion no “Vaga do Azul um programa de televisão, o tal Ouro e interpreta, com Gilber- Amplo Solta”, de Alexandre O’Neill, de Sophia de que inspirou a prosa de MEC. O to Gil, no festival Black2Black, Mello Breyner”, Sebastião da Gama, Natália Correia resto sabe-se: seis discos, mais no Rio de Janeiro, “Fado Tropi- e mais, muitos mais. de um milhão de cópias vendi- cal” de Chico Buarque. No ano das. seguinte, participa no disco de Quando a ouvimos a sua voz entoar “Que dizer de homenagem a Cae-tano Velo- Nós”, “Rumo ao Sul”, ou o tema composto por “Guarda-me a Vida na Mão” em so. E no final desse ano de 2011, Pedro Abrunhosa “Tens os Olhos de Deus”, per- 2003 é só o primeiro. Depois, sai o seu quinto álbum: O tal cebemos que, à semelhança dos acordes da gui- em 2004, surge um álbum du- “O Desfado”, que esteve no pri- tarra de Carlos Paredes, a voz de Ana Moura não -plo. Em 2005, atua no Carnegie meiro lugar dos Top’s da World se prende, não se encaixa, liberta-se. Porque Ana Hall, em Nova Iorque, desperta Music em Inglaterra, Espanha Moura não é fado. É desfado. |C|

Fotografia Alexandre Venâncio SILVANA PERES Fadista canta na Vila que a viu crescer Isabel Martins [email protected]

ascais já ouviu a fadista Sil- Sobre o seu disco diz que é uma “ho- vana Peres numa das ses- menagem à Lusofonia” e que o seu sões do Fado à Janela em que álbum é a prova viva disso. Junta Ccantou com Gonçalo Castel- a sua referência musical, o Fado, à branco. Agora, o público vai poder dança, as suas duas grandes paixões ouvi-la a solo nas Festas do Mar, no , dando-lhes um ritmo específico, dia do espetáculo de Ana Moura. Em uma forma específica de se dançar relação ao convite para atuar nas Fes- a cada tempo. AGENDA CASCAIS tas do Mar, afirma: “é sinal de que as coisas me estão a correr bem e que a “Eu sou uma cantora do mundo, gos- minha carreira está a evoluir. Fazer a to de juntar musicalidades”. Procu- abertura do concerto de uma fadista ro em cada cultura, a nível musical incrível como a Ana Moura, só tenho aquilo que há de melhor, e junto à SUGESTÃO que estar feliz”. minha primeira referência musical, que é o Fado”. YAMAMOTO SOHEI Chegou à música através de outra PINTURA vertente artística, a Arte Equestre, Nasceu em Lisboa, mas foi criada CENTRO CULTURAL DE CASCAIS que diz estar sempre ligada ao Fado. em Cascais, e já conhece Gonça- Nas Festas do Mar Silvana Peres vai lo Castelbranco há muitos anos, e ATÉ 1 DE SETEMBRO apresentar o seu primeiro álbum a conta que aos fins de semana costu- O artista, que conta com exposições por todo o Ja- solo, ”Fado no pé”. Para ela o Fado mavam fazer retiros fadísticos com pão, estreia-se em Portugal, traduzindo o quotidiano “não fala só de coisas tristes, mas amigos. E foi assim, de uma forma deste país para a tela. Como resultado, afirmou: “Ao “No palco sinto-me muito à vontade e desenhar este país, apercebi-me de que a Humanida- também das coisas boas da vida”. É muito natural, que se tornou fadista por isso, torna-se fácil passar para o pú- de nada tinha perdido”. A não perder Portugal: Poe- assim que o entende. profissional. blico essa descontração”, conta. |C| sias sem Números. i.: cascais.pt 10 ANAVITÓRIA Agosto 2019 QUINTA Um trevo do outro lado do Atlântico Isabel Martins [email protected]

antoras brasileiras são revelação em 2015 e vencedoras do Grammy Latino na catego- ria Melhor Canção em Língua Portuguesa. CEste prémio distingue a qualidade das duas 22 intérpretes e compositoras mas deve-se à canção “Trevo (Tu)”. Anavitória é um nome mas são duas as celebridades que vão estar em palco nas Festas do Mar a 22 de agosto. LOOKALIKE Ambas têm praticamente a mesma idade, Ana Clara Caetano Costa nasceu em 1994, e Vitória Fernandes Falcão em 1995. Conheceram-se enquanto estudan- tes, e em 2013, começaram a gravar em vídeo as suas interpretações de temas dos artistas favoritos. Até ANAVITÓRIA que decidiram enviar uma das gravações ao empre- sário Felipe Simas e tudo começou a acontecer. Nes- sa gravação interpretavam “Um Dia após o Outro”, de Tiago Iorc e isso foi o suficiente para que o produ- tor as convidasse a gravar um EP. No ano seguinte lançaram o primeiro álbum, que se intitulou “Ana- Vitória” que incluía o tema “Trevo (Tu)”. O tal tema que lhes deu o Grammy Latino.

Mas se a carreira das Anavitória é relativamente re- cente, as distinções até parecem dizer o contrário. Porque, para além do Grammy Latino, receberam ainda os “Meus Prêmios Nick” na categoria revela- ção musical, tendo ainda sido nomeadas para o “Pré- mio Multishow” de Música Brasileira, “MTV Millen- nial Awards Brasil”, entre outros.

Lançaram em 2018 um novo álbum, “O Tempo é Agora” cujos temas devem preencher uma parte im- portante do alinhamento do espetáculo em Cascais. Mas Anavitória interpretaram, em 2017, o tema de sucesso, “Trevo (Tu)” com o cantor português Diogo Piçarra e esse tema muito provavelmente não fugirá ao alinhamento do espetáculo nas Festas do Mar. |C|

LOOKALIKE Das redes sociais para um palco Humberto Costa [email protected]

ão tradicionais espec- tadoras das Festas do Mar, mas desta vez Ssobem ao palco para mostrar um trabalho, num re- gisto pop, que vêm compondo nos últimos anos. A diferença é que algumas das versões acús- ticas vão ter a orquestração de uma banda. Os Lookalike são hoje mais do que duas irmãs e um piano, duas vozes senão gé- meas, pelo menos complemen- tares. E uma banda que, diz AGENDA Sofia, se enquadra num género CASCAIS musical “entre o Pop eletrónico e acústico”. Na verdade o pal- co é uma novidade já que estas duas intérpretes e composito- SUGESTÃO ras vivem sobretudo nas redes sociais e esse palco tem sido COLEÇÃO FUNDAÇÃO D. LUÍS I profícuo. O videoclip do single MUSEU CONDES DE CASTRO “Acabou”, que lançaram este GUIMARÃES ano através das redes sociais, já ultrapassou as 50 mil visua- PERMANENTE lizações. Têm o seu público fiel, São mais de uma centena de obras de artistas como como se percebe, mas agora, a Graça Morais, José Rodrigues, João Pedro Vale e Noé novidade é um palco e um pú- Sendas. Trata-se do património da Fundação D. Luís I, exclusivamente produto de doações dos autores. i.: blico, ao vivo. Um desafio que cascais.pt promete. |C| AMOR ELECTRO 11 Uma banda de referência da música pop nacional SEXTA Rodrigo Saraiva [email protected]

s Amore Electro tor- naram-se, desde a sua formação no ano Ode 2010, uma banda de referência da música pop na- cional. Experimentais assumi- 23 dos desde o seu disco de estreia “Cai o Carmo e a Trindade”, em 2011, compõem de forma descomprometida e apostados numa sonoridade eletrónica SÔ GONZALO sem esconder uma piscadela de olho às origens tradicionais portuguesas. Marisa Liz (ex Donna Maria), Tiago Pais Dias (guitarra e multi-instrumentis- AMOR ta), Ricardo Vasconcelos (te- clados), Rui Rechena (baixo) e Mauro Ramos (bateria) são os ELECTRO nomes por detrás de um proje- to que conta já com oito anos e que se vê acarinhado pelo re- conhecimento do público e na atribuição de prémios vários como 2 Globos de Ouro, 1 EBBA AWARD, entre outros.

Na génese do projeto está a bo- “Só é fogo se queimar” e “Juntos So- intimista “Procura Por Mim” mas tem- lha musical criada por Tiago mos Mais Fortes” mas foi através de “A perado com o dançável funk de “Vai Dar Pais Dias, Rui Rechena e Ricar- Máquina” single de estreia do primeiro Confusão” ou a vibração electro-pop de do Vasconcelos à qual se soma álbum da banda, que foram catapulta- “A Miúda do Café”. A “Canção de Em- a marcante voz e interpretação dos para o reconhecimento do público balar” de José Afonso também merece de Mariza Liz resultando numa que não mais deixou de seguir as suas renovado destaque sob a forma de um mistura entre modernidade e catarses musicais. No ano passado, sem revisita mais eletrónica. tradição, raízes populares e um abrandar o ímpeto para experimen- pop eletrónico que formam a tar novas sonoridades, lançaram o seu Depois de uma passagem inesquecível sonoridade única e intempo- terceiro álbum a que chamaram “#4” pelas Festas do mar em 2016, os Amore ral da banda. Nos últimos anos e onde mantêm uma matriz musical Electro voltam subir ao palco da Baía no foram responsáveis por temas variada de passagem obrigatória pelo próximo dia 23 para um concerto que pro- de sucesso como “Rosa Fogo”, hino “Juntos Somos Mais fortes” e o mete ser único. |C|

escreve-se como “um diz com um ar de felicidade. SÔ GONZALO homem com uma vio- Para Sô Gonzalo, pisar o palco la, um contador de que vai estar ali mesmo ao lado Sô Gonzalo de Cascais Dhistórias que cresceu do mar, é uma “felicidade imen- Filipa Martha Couto [email protected] aqui, com o mar.” Na sexta-fei- sa”, ainda mais por saber que ra, 23 de agosto, é Sô Gonzalo a na plateia vai poder encontrar abrir o palco das Festas do Mar muitos amigos e muitas caras a mais uma noite de grande conhecidas que acompanham música. o seu trabalho e que “sabem as O artista confessa ser um “apai- músicas,” admite. Espera con- xonado por Cascais”, pela sua seguir “comunicar com o públi- natureza, o mar e as paisagens co”, porque, para si, “a música idílicas. Recorda que foi por cá é isso mesmo, comunicação” e Pau Storch Pau Fotografia que deu o seu primeiro beijo, “a magia dos concertos está no fez os seus primeiros amigos, público”. estudou, trabalhou e começou a compor as suas primeiras Embora grande parte das vezes músicas enquanto passeava pe- atue a solo, acompanhado da las ruas da Vila e junto à praia, sua viola, nas Festas do Mar vai após a escola. “Gosto de pensar contar com uma banda para o no mar e escrever.” acompanhar na apresentação AGENDA do álbum “Simplesmente”, que CASCAIS “As ondas ajudam,” diz Sô Gon- compôs, gravou e produziu so- zalo. Aos 35 anos, o cantor e zinho, algo que em concerto compositor, lançou o álbum não é possível. “Simplesmente”, com vários te- SUGESTÃO mas em português e outros em Sobre a noite de atuação e so- inglês, todos da sua autoria. bre o concerto que está a pre- parar, Sô Gonzalo levante um PARAMENTOS LITÚRGICOS Começou por dar concertos pouco do véu: “Vamos começar CASA DUARTE PINTO COELHO em “bares pequeninos, depois mais a abrir e fazer uma viagem foram sendo palcos maiores” e com bastante ritmo. Depois va- ATÉ 15 DE OUTUBRO agora surge a oportunidade de mos quebrá-lo um bocado para Dalmáticas, golas, bolsas corporais ou estolas, data- atuar nas Festas do Mar. “Ouvi fazer algo mais sentimental”. E, das desde meados do século XVI até ao século XX. São paramentos litúrgicos católicos romanos e apre- dizer que os espetáculos che- conclui: “Se as pessoas se sen- sentam-se como autênticas obras de arte, exibindo o gam a ter cerca de 500 mil pes- tirem bem vou-me sentir bem gosto sofisticado do colecionador Duarte Pinto Coe- soas durante o festival inteiro”, também.” |C| lho.. i.: cascais.pt 12 THE GIFTAgosto 2019 SÁBADO “Uma banda insaciável que quer sempre mais” Paula Lamares [email protected] Fotografia Pau Storch alcançando novos pú- em 1999, sala, ao trabalho com blicos. “Verão” é o seu o produtor britânico Brian Eno, mais recente álbum de os The Gift souberam sempre originais que vai po- manter a frescura, sabendo 24 der ouvir no dia 24 de adaptar-se aos novos desafios agosto, no palco das da indústria musical em cons- Festas do Mar, onde tante mudança: “Somos uma também não vão faltar banda insaciável que quer sem- CONCERTO INFANTIL | 18H30 êxitos mais antigos pre mais”, afirma Nuno Gon- dos “Explode”, “Altar” çalves, referindo-se ao cons- AS CANÇÕES DA MARIA e “Primavera”. “O es- tante crescimento da banda. petáculo em Cascais Quanto às memórias de outros vem no seguimento concertos em Cascais e à rea- de uma tournée que já ção esperada do público, Sónia MUR MUR começou em março e Tavares só tem elogios: “Todas portanto vão ver um as memórias que temos da Baía espetáculo muito roda- de Cascais são ótimas. A mais do, ou seja, a ilumina- valia é sempre as canções, mas THE GIFT ção, o vídeo e a nossas obviamente que depois de 20 performances estão no anos já entramos num palco a ponto alto daquilo que saber o que é que vamos rece- á 25 anos a construir a pulso uma carreira no é a tournée preparada ber de um público. À partida mundo da Pop, são uma das bandas portuguesas para este ano”, garan- essa empatia já está ganha mas mais consistentes. Não acusam qualquer desgas- te John Gonçalves. Do nunca fiando”, acrescenta Sara Hte e continuam a apresentar novas canções, en- concerto histórico que com o humor que lhe é habi- quanto satisfazem a voracidade do seu público fiel, vão deram na Aula Magna tual. |C|

Fotografia Alexandre Venâncio MUR MUR “Estou habituada ao palco” Humberto Costa [email protected]

andra Celas é atriz ou letras são da Sandra que agora des- cantora? É as duas coisas. cobriu uma outra forma de expressão Sentiu esta última faceta artística e que promete ter o sucesso Scomo um desafio para o dessa sua outra faceta artística. qual conta com dois experientes músicos ex-Rádio Macau, o Ale- “Estou habituada ao palco”, mas este xandre Cortez e o Filipe Valentim. é diferente e quem a conhece do tea- Também por isso não se esperava tro e da telenovela acaba por ficar outro ambiente musical que não “espantado”. Sandra garante que aos fosse o Rock. A estes três músicos temas originais os MUR MUR irão juntaram-se Mário e Sérgio Costa- juntar alguns outros temas mais co- que prometem no dia 24, animar o nhecidos do grande público, desig- palco das Festas do Mar antes dos nadamente temas dos Rádio Macau, Gift. MUR MUR é um nome a fixar mas que não deixam de ser surpresas que tem já um disco editado em dada a nova interpretação. |C| 2018 com o título “Rio Invisível”. As Fotografia Alexandre Venâncio AS CANÇÕES DA MARIA Humberto Costa [email protected]

m fim de tarde diferente pósito verdadeiramente pedagó- no dia 24 de agosto, nas gico: “Quando a Matilde, aos 4 AGENDA CASCAIS Festas do Mar, a começar anos, chegou da escola e me disse Upelo público. As canções que tinha aprendido nesse dia os de Maria, interpretadas também planetas, decidi fazer uma canção pela Mathilde e pela Manon, são sobre os planetas”, diz a mãe, a mais uma versatilidade de estilos Maria Vasconcelos, autora e tam- SUGESTÃO de música no alinhamento des- bém intérprete das músicas da te grande festival de verão, neste banda. Consolidar conhecimento VER E OUVIR PARA OLHAR caso dedicado particularmente na escola era o propósito e depois VISITA GUIADA | MUSEU CONDES ao público infantil. Alguns deles dos planetas veio o corpo humano DE CASTRO GUIMARÃES até já conhecem as letras de trás e por aí for. Só que a dada altura 24 DE AGOSTO | 16H00 para a frente, já que o primeiro transformou-se num projeto mu- salas do primeiro ano, à diretora, e pô-la a cantar Conheça os gostos musicais e estéticos dos condes de DVD desta banda familiar atingiu sical: “Quando a Manon entrou com uma amiga em frente aos 500 ou 600 alunos Castro Guimarães; descubra paisagens e modos de a platina, o que significa a venda no primeiro ano e começou a do primeiro ciclo”. Daí ao primeiro DVD e livro foi vida e suba ao torreão para ter um outro olhar sobre de oito mil exemplares. aprender a ler fiz-lhe uma canção um instante. “Tudo é mais fácil a cantar”, diz a Ma- Cascais. sobre os ditongos que ela cantou thilde realçando esse lado didático do projeto. O se- Gratuito | Inscrições: 21 481 56 16 Mas a banda nasce literalmente na escola. A professora ficou tão gundo livro e CD já saiu e desta vez tem a ilustração ou [email protected] no seio da família com um pro- encantada que a levou a todas as de Nuno Markl. |C| 13 SINFÓNICA DE CASCAIS DOMINGO Convida Delfins

Humberto Costa [email protected]

Maestro Nikolay Lalov e a Sinfónica de Cascais convidam os Delfins, a icónica banda de Cascais, que se des- pediu do seu público em 2009, mas que agora se reúne para um único espetáculo. Neste concerto mais músi- cos vão subir ao palco para interpretarem alguns dos temas do alinha-mento. Ana Bacalhau, Héber Marques, OJoana Espadinha, João Pedro Pais, Maria Leon, Miguel Gameiro, Ola vo Bilac e Tim são os convidados. |C| 25 BOÉMIA SINFÓNICA DE CASCAIS CONVIDA DELFINS ARTISTAS CONVIDADOS: ANA BACALHAU HÉBER MARQUES JOANA ESPADINHA JOÃO PEDRO PAIS MARIA LEON MIGUEL GAMEIRO OLAVO BILAC TIM FOGO DE ARTIFÍCIO Fotografia Pau Storch BOÉMIA Um mar de boas referências Humberto Costa [email protected]

falar português ou não. Conseguem ouvir a nossa musicalidade portuguesa e é esse o nosso trunfo e a grande referência da música do grupo”.

Há pois referências e até coincidências. Uma é a que se prende com a temática do mais recente trabalho da banda, “Peregrinos do Mar”. Trata-se de uma viagem pelo Portugal quinhentista, percorrendo os caminhos que Fausto seguiu na sua obra “Por este Rio aci- ogério Oliveira, vo- Mar”, aquele que os Boémia ma”, e que o próprio Zeca pegou, “A Nau de calista dos “Boémia” exibirão no palco das Festas do António Faria”. E a coincidência é que não acredita que José Mar, há efetivamente uma sen- parece haver melhor cenário para interpre- RAfonso falaria deste sação de ascendência direta da tar este trabalho do que a Baía de Cascais, grupo “como se fora seu filho”, geração de Zeca, de Fausto ou que foi a porta de saída e de entrada de uma embora haja até uma maior até, de uma geração bem mais Lisboa quinhentista. AGENDA afinidade com Fausto Bordalo atual, os Trovante, e não é só a CASCAIS Dias que, juntamente com Luís semelhança da voz do Rogério Foi exatamente por isso que o líder da banda Represas, participou no primei- com a do Luís Represas. “Boémia” se referiu às Festas do Mar como ro álbum desta banda que abri- um momento especial, “pelo público, pela rá o espetáculo do último dia Há pelo menos uma herança festa e pelo cenário”. SUGESTÃO das Festas do Mar. Mas já lá vão incontornável a importância 16 anos desde que esse traba- dada à letra, a qualidade e as “Nas Festas do Mar temos todas as condi- PASSEIOS AOS FARÓIS DE CASCAIS lho foi editado e as referências temáticas escolhidas. Mas tam- ções para realizar um concerto especial, pe- parecem mais fortes ou, como bém a rigorosa sonoridade que las características das Festas e porque vai ser 13 DE SETEMBRO | 9H30 - 12H15 refere Rogério Oliveira, “mais resulta de um não menos rigo- curioso mostrar ali, naquele cenário, o nosso Com o ponto de partida no Farol Museu de Santa maturadas”. roso trabalho de orquestração. trabalho, que fala do mar, fala das viagens Marta, o passeio segue para Farol de Nossa Se- nhora da Guia (o mais antigo em funcionamento “Quando nos ouvem dizem que dos portugueses. Logo ali, naquele sítio… vai em Portugal) e termina no Farol do Cabo Raso. E quem ouvir o seu mais re- é música portuguesa, indepen- ser uma coisa especial”, vaticinou Rogério Aproveite e deslumbre-se com uma vista deslum- cente trabalho “Peregrinos do dentemente de se estar a ouvir Oliveira. |C| brante sobre a costa. Inscrições: [email protected] 14 Agosto 2019 CUCA ROSETA E ORQUESTRA CÂMARA CASCAIS OEIRAS 27 SETEMBRO 2019 SHERATON CASCAIS RESORT

CONCERTO SOLIDÁRIO

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