FACULDADES INTEGRADAS ICESP PROMOVE DE BRASÍLIA CURSO DE BACHAREL EM JORNALISMO

Segurança & Informação: a revista sobre a segurança pública no Brasil

Eliane Cavalcante Alves Nayara Teles de Lucena ThewplisterRaywmar Marinho de Brito Orientadora: Ana Maria Fleury Seidl Pinheiro

BRASÍLIA 2014

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Curso de Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo

Segurança & Informação: a revista sobre a segurança pública no Brasil

Eliane Cavalcante Alves Nayara Teles de Lucena ThewplisterRaywmar Marinho de Brito Orientadora: Ana Maria Fleury Seidl Pinheiro

Relatório técnico da revista Segurança & Informação, apresentado ao curso de Comunicação Social – Jornalismo, como requisito para obtenção do título de bacharel, sob orientação da professora Ana Seidl.

BRASÍLIA 2014

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DEDICATÓRIA

Dedicamos a realização desse trabalho aos contribuintes e fontes, que com disposição, contribuíram para o desenvolvimento do nosso produto jornalístico. Com participação deles, o grupo conseguiu trazer para a sociedade informações e dados sobrea situação atual de segurança no país.

A nossa orientadora Ana Seidl, e os professores Francisco Lima Junior e Luiz Reis, que colaborou com dicas e repasse de conhecimento. E por fim, a nossa revista é dedicada a todos os colaboradores externos ao jornalismo que nos auxiliaram até a conclusão.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por ter me ajudado a finalizar essa outra etapa de minha vida. Ele é minha fortaleza! Todos os dias peço em orações saúde para os desafios do trabalho final.

Posso dizer que não foi fácil terminar o curso de jornalismo, iniciei em 2002 e por problemas pessoais tive que parar, reiniciei em 2009 para somente este ano terminar o curso, portanto, me sinto vitoriosa. Mas para isso, a importância da família é fundamental, sendo assim, agradeço as minhas irmãs Lucilene, Liliane e ao meu irmão Roberto, por terem me motivado com palavras de esperança, mesmo morando em outros estados. Em especial quero agradecer ao meu marido, que sempre acreditou em mim, mesmo em momentos difíceis. Obrigada querido por existir! Não posso deixar de citar também o meu cunhado José Ricardo e sua esposa Rose Schmidt que me ajudaram no momento que mais precisei.

Obrigada ao meu amor verdadeiro! Minha mãe querida, Lúcia Cavalcante Leite, sempre em minha vida, apesar da distância, Te amo! Minha sogra querida, Lúcia Sales, tão próxima, a sua ajuda foi fundamental para que eu pudesse terminar essa jornada, ficando com o meu filho e seu neto quando precisava, obrigada a minha mãe de coração!

Meus agradecimentos aos colegas que fizeram parte desse momento, André Salomão, Fabiana Teixeira, Kelly Cristina. Agradeço também os meus colegas do grupo Nayara Teles e Thewplister por terem aceitado o meu convite para participar desse projeto. Obrigada meu amigo pelas palavras de ânimo.

Aos meus professores com carinho, me faltam palavras de tamanha gratidão que tenho por vocês, Luiz Reis, Francisco de Paula Lima Junior, Rogério, Dácio Renault, na minha opinião, melhor coordenador que já tive. Agradeço em especial a professora Ana Seidel e orientadora desse trabalho, que acreditou desde início que eu seria capaz de aprender a escrever. Obrigada pelo incentivo da leitura e escrita.

Eliane Cavalcante

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Meus agradecimentos vão muito além do que posso contar!

Primeiramente a Deus, pois ao dar-me o dom da vida, permitiu que todas as possibilidades pudesse alcançar. A proteção diária nas idas e vindas da vida e principalmente por conceder-me saúde.É com gratidão que divido essa conquista com a minha família. A minha mãe Anália Conrado Teles, exemplo humano de vitórias, dedicação, bondade, amor e carinho. És maravilhosa! Aos meus irmãos Natália, Natan, Tainara, Tamires e kaio, que mesmo pequenos, compreendem o valor da família. Agradeço ao meu pai Alessandro Gomes, meu camarada, a minha tia Juacema, a todos os amigos e parentes que de alguma forma me ajudaram nessa caminhada.

Não poderia esquecer a pessoa que mais me ajudou a chegar neste patamar da vida acadêmica, a dona Maria José, minha avó. O peso da idade a alcançou, mais o espírito juvenil permanece. Ela me incentivou ao exercício diário do aprendizado, a importância de conquistar o próprio espaço e a fazer a diferença.

Aos meus discentes, pela contribuição, incentivo e ensinamento durante esses anos de faculdade. Obrigado Francisco de Lima Junior, Dárcio Renault, Rogérioe Luiz Reis pelo repasse de conhecimento, contribuindo para que eu alcance esse momento. O meu agradecimento em especial, vai para a nossa orientadora Ana Seidl. Uma pessoa maravilhosa, que não mede esforços para auxiliar os alunos, e carrega sempre o bom humor, a simplicidade e a dedicação em tudo que faz. Valeu mesmo professora!

Por último, quero agradecer aos meus colegas Thewplister e Eliane. Obrigado por dividirem comigo essa experiência e a criação deste projeto, saiba que levarei comigo o aprendizado, as brincadeiras e as tardes de domingo de muito trabalho.

Uma conquista que não é somente minha. É de todos vocês! Obrigado, o caminho da vitória nos espera. Nayara Teles

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Agradeço a Deus em primeiro lugar que permitiu esta vitória. Toda honra e glória a Ele sempre! Por me inspirar ao longo de anos até a formatura em jornalismo.

Ao concluir essa etapa tão almejada, manifesto minha gratidão a todas as pessoas que apoiaram durante minha trajetória universitária. Agradeço aos meus pais Moacir Ferreira e Aldenira Batista, heróis da minha existência, por não medirem esforços para que eu atingisse meus objetivos. Minha mãe, sempre preocupada demonstrando seu amor e cuidado, obrigado. Meu muito obrigado às minhas irmãs Thais Rayume, Thayná Rayane e Thauana Marília, por terem me ajudado nessa caminhada, tendo paciência comigo durante momentos de estresse e nervosismo. Sei que com palavras não consigo retribuir meu amor e apoio incondicional a cada uma de vocês. Amo vocês! Aos meus irmãos Ciromar de Souza e Lindomarciro de Souza, amigos sempre pra toda hora, obrigado! Em especial ao meu irmão mais velho Ciromar, por sempre acreditar em mim, minha capacidade e determinação. Te amo irmão!

A minha cunhada Sandra Marques e meus sobrinhos lindos por fazerem parte da família, amo vocês! A toda minha família que de perto ou longe, sempre me apoiaram nos estudos e durante a batalha para alcançar meus sonhos. Mesmo distante, amo cada um. Meus agradecimentos as minhas “tias de consideração” Lucelena de Oliveira, Maria Lúcia e Edleuza Lins, por me acolherem quando mais precisei, sempre demonstrando carinho e fraternidade. Vocês são demais!

Minha gratidão aos amigos e colegas com os quais dividi momentos de alegrias, vocês estarão guardados para sempre na minha memória. Aos meus colegas de trabalho por me motivar com elogios e acreditar na minha capacidade, dizendo que posso chegar mais longe, que meu sonho profissional só está começando. Mesmo sendo chato às vezes, me suportaram e riram comigo. Obrigado pessoal!

Agradeço em especial, minha amiga Eliane Cavalcante, por ter me convidado a fazer parte desse projeto, demos certo até no sangue, nordestinos de coração. Junto com Nayara Teles, concluímos esse sonho. Obrigado amigas!

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Obrigado a todos os professores das Faculdades Integradas Icesp Promove pela formação obtida durante o curso de jornalismo. Em especial à orientadora deste trabalho, professora Ana Seidl.

Thewplister Marinho

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EPÍGRAFE

"A sociedade é maior do que o mercado. O leitor não é consumidor, mas cidadão. Jornalismo é serviço público, não espetáculo”. (Alberto Dines)

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Segurança e Informação: a revista que te mantem informado sobre a segurança pública no Brasil

RESUMO

A revista Segurança&Informação – produto criado para este Trabalho de Conclusão de Curso – tem como objetivo apresentar a situação atual da segurança pública no Brasil aos leitores do país interessados no tema. O projeto vai destacar o contrabando de cigarros nas fronteiras do Brasil, como ocorrem estes procedimentos e quais as medidas que o Estado tem tomado para inibir esse crime.O principal objetivo é informar aos leitores sobre o que acontece por trás de práticas ilícitas habituais nas fronteiras.O trabalho acadêmico apresenta conceitos de Segurança Pública, Jornalismo Investigativo, e entidades ligadas ao tema como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Instituto de Desenvolvimento Econômico Social de Fronteiras (Idesf). O conteúdo é produzido sob pesquisa aprofundada do tema, sendo a primeira revista nas Faculdades Integradas Icesp Promove que trata do assunto.

Palavras-chave: segurança, informação, revista, contrabando, crime, ilícita.

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Security&Information: a magazine that keeps you informed about public safety in

ABSTRACT

The Security&Information magazine - product created for this completion of course work - aims to present the current situation of public security in Brazil to the country's readers interested in the topic. The project will highlight cigarette smuggling on the borders of Brazil, as these procedures occur and what steps the state has taken to inhibit this crime. The main objective is to inform readers about what happens behind the usual illegal practices ate the border. Academic work presents concepts of Public Security, Investigative Journalism, and entities linked to the theme as the Brazilian Association of Investigative Journalism (Abraji) and the Economic Development Institute of Social Frontiers (Idesf). The content is produced in-depth research theme, the first magazine in the Faculdades Integradas Icesp Promotes a discussion that deals with it.

Keywords: safety, information,magazine, smuggling, crime, illegal.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Exemplar da Revista O Patriota. Figura 2:.Exemplar da Revista A Marmota na Corte. Figura 3: Exemplar da Revista Klaxon. Figura 4: Exemplar da Revista Cruzeiro. Figura 5: Exemplar da Revista Veja.

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1: Cronograma QUADRO 2: Projeto Gráfico

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SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO...... 13 2. OBJETIVO DA PESQUISA...... 15 2.1. Objetivo Geral...... 15 2.2. Objetivos Específico ...... 15 3. REFERÊNCIAL TEORICO...... 16 3.1. A História da Revista...... 16 3.2. História da Revista no Mundo ...... 18 3.3. História da Revista no Brasil ...... 19 3.4. Jornalismo Investigativo...... 24 3.5. Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI)...... 25 3.6. Instituto de Desenvolvimento Econômico Social de Fronteiras (IDESF).26 3.7. Jornalismo Especializado...... 27 3.8. Análise da teoria do contra-agendamento...... 27 3.9. Análise da teoria gatekeeper ...... 28 4. UM BREVE HISTÓRICO DA SEGURANÇA PÚBLICA...... 29 4.1. O que é Segurança Pública?...... 29 4.2 Revistas sobre segurança pública no Brasil...... 31 5. MEMORIAL DESCRITIVO DA REVISTA...... 32 5.1. Metodologia...... 32 5.2. Cronograma...... 33 5.3. Marca...... 34 5.4. Tema...... 35 5.5. Público-alvo...... 35 5.6. Projeto Gráfico...... 35 5.7. Capa...... 37 5.8 Editorias...... 37 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...... 39 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO...... 40

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é a produção de uma revista jornalística que trata da segurança publica no Brasil. O referido produto vem acompanhado deste relatório técnico. O polêmico tema sobre o contrabando de cigarro nas fronteiras brasileiras foi o foco principal de desenvolvimento da pesquisa, com o intuito de esclarecer à sociedade sobre situação atual de violência no país.

Intitulada Segurança & Informação, a revista tem como objetivo informar e abrir discussões democráticas sobre assuntos relevantes na atual conjuntura. O produto aborda o aumento da violência em alguns aspectos da segurança pública.

O periódico bimestral trata de assuntos diversos como o tabagismo, com a apresentação de pesquisa realizada sobre os riscos do cigarro contrabandeado e os malefícios que o uso deste produto pode trazer a saúde, e as discursões em volta do uso da maconha para fins medicinais. Tem como público alvo homens e mulheres com idade entre 30 e 65 anos, interessados na situação atual de segurança no Brasil.

Nessa edição, abordamos a princípio conteúdos nas editorias de Segurança (contrabando, roubos, furtos de veículos), Saúde (tabagismo), Ciência (maconha para uso medicinal, entrevista com pesquisadores), entretenimento (Saiba mais, enquete) e as páginas de opinião compostas de artigos com especialista e jornalista, carta do leitor e carta do editor.

A proposta da revista teve como ideia inicial mostrar reportagens sobre o contrabando, drogas, roubos, furtos de veículos entre outros. Informando aos leitores sobre as práticas ilícitas circulantes nas fronteiras e demostrando, com base na reprodução de uma grande reportagem, como ocorrem os procedimentos do contrabando de cigarros no Brasil. A matéria principal aborda o número crescente do cigarro ilícito que adentra no Brasil, a fragilidade de nossas fronteiras, e com isso, a facilidade de entrar esse tipo de produto. Para alguns profissionais na área, o

13 governo federal precisa investir mais no combate ao crime, com aparelhamentos tecnológicos modernos, contratação de pessoas, aumento salarial entre outros.

Outro tema que preocupa a sociedade brasileira são os assaltos a ônibus interestaduais nas rodovias, principalmente aqueles que precisam viajar para outros estados. Em novembro de 2014, jogadores de basquete foram vítimas desse crime nas proximidades da cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Percebe-se que existe uma falta de efetivos da polícia no local, por que os assaltos continuam recorrentes.

Nos últimos anos a cobrança da população sobre segurança pública aumentou. A violência é estampada na imprensa (TV, rádio, Internet) todos os dias. A sociedade brasileira questiona a falta de investimentos, de policiais em determinados locais, o que se pode fazer para diminuir os altos índices de crimes. De uma forma dinâmica a revista realizou enquetes sobre a maconha e segurança pública, para avaliarmos em estatísticas o que as pessoas pensam em relação à violência e a saúde.

A pesquisa bibliográfica foi baseada em livros, artigos científicos, sites e periódicos. Para a produção da revista foram realizadas entrevistas por meio de e- mail, telefone e pessoalmente. Foi entrevistado servidores da área de segurança pública, representante do instituto de pesquisa, jornalista e cientista político da UnB, pesquisador de universidade e personagens para a matéria.

Nossa problemática consiste na criação de uma revista especifica que trata de assuntos ligados ao cigarro contrabandeado, com o objetivo principal de informar a população sobre essa prática pouco conhecida, mais de grande circulação no mercado comercial brasileiro.

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2. OBJETIVOS DA PESQUISA

2.1 Objetivo Geral

O objetivo geral da pesquisa é elaborar a revista Segurança e Informação com temas de interesse social envolvendo segurança pública. A revista abordará temas como o contrabando de cigarros, sua logística e a facilidade que adentram o Brasil, drogas, roubos e furtos de veículos. O foco principal do produto é expor por meio de reportagens, entrevistas e artigos a situação atual da segurança publica no Brasil.

2.2 Objetivos Específicos

 Apresentar a lei 13.008/2014 que regulamenta as penas para o crime de descaminho e contrabando;

 Entrevistar autoridades em segurança pública;

 Recolher dados estatísticos da Secretaria Nacional de Segurança Pública;

 Narrar às ações do contrabando de cigarro no Brasil;

 Noticiar aos leitores sobre o que acontece por trás desta ação ilícita circulante nas fronteiras;

 Pesquisar a situação do contrabando e analisar os dados jornalísticos sobre o assunto;

 Escrever e diagramar matérias jornalísticas que envolvam roubos e furtos de veículos, drogas e assuntos ligados a segurança pública.

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 A história da revista

Publicação impressa e editada periodicamente, que varia entre semanal, quinzenal e mensal, a revista permeia o espaço entre os jornais diários e os livros. Parte do meio gráfico e atualmente também digital, as revistas trazem um jornalismo bem apurado, cuidadosamente editado, com grandes reportagens que representam uma época e os entendimentos sobre a trajetória dos fatos ocorridos nesse período.

Segundo Vilas Boas (1996), as revistas acabam preenchendo os espaços informativos deixados pelas coberturas dos jornais, rádio e televisão. Com a sofisticação do material visual e a diferença eminente do texto do jornal, a revista preenche o vazio deixado pelo impresso. Mais tempo para transcender as avaliações analíticas do fato, produção de textos mais criativos e a utilização de mais recursos estilísticos, incompatíveis com a velocidade do jornalismo diário, marcam o veículo. A Interpretação da reportagem é o que diferencia cada revista.

O estilo magazine, por sua vez, também guarda suas especificidades, na medida em que pratica um jornalismo de maior profundidade. Mais interpretativo e documental do que o jornal, o rádio e a TV; e não tão avançado e histórico quanto o livro-reportagem (VILAS BOAS,1996, p.9).

Para Scalzo (2004), a revista é uma mistura de jornalismo e entretenimento. É um veículo de comunicação, um produto, um negócio, uma marca, um objeto e um conjunto de serviços que envolvem e criam relações entre seus leitores. Necessitando de confiança, credibilidade, expectativas, idealizações, entre outras ações que mantém o seu publico e aproxima grupos de interesses em comum.

Revista é também um encontro entre um editor e um leitor, um contato que se estabelece, um fio invisível que une um grupo de pessoas e, nesse sentido, ajuda a construir identidade, ou seja, cria identificações, dá sensação de pertencer a um determinado grupo (SCALZO, 2004, p.12).

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Como uma das bases para a educação e o entretenimento, a revista teve origem para a diversão e distração de seus leitores, e por outro lado contribuía na formação e na educação de parte da população que não possuía acesso aos livros. Seu conteúdo serve como complementação da educação, aprofundamento de assuntos, na segmentação e no serviço utilitário que pode oferecer aos seus leitores.

No século XIX, a revistas tornaram-se um dos veículos de comunicação que ganhou espaço no meio social e passou a determinar tendências do mercado em geral. Os avanços técnicos permitiram que os assuntos fossem anexos as ilustrações belíssimas e que despertassem mais interesse pela leitura. Além disso, possibilitaram maior qualidade do material impresso. Estes avanços também permitiram o aumento das tiragens, atraindo mais anunciantes, que são os grandes responsáveis pela existência de uma revista.

Os avanços das técnicas de reprodução de imagens, notadamente da litografia, beneficiaram a proliferação das publicações ilustradas. Descoberta por AloysSenefelder em 1796, a litografia teve grande influência na publicação de livros, jornais e revistas, além de permitir o desenvolvimento do cartaz (AZEVEDO, 2009).

Segundo Maurílio (2009) Os princípios da litografia foram descobertos na Alemanha, em meados da década de 1790, por AloisSenefelder (1771-1834). Senefelder pesquisou e idealizou um método que lhe permitisse imprimir suas próprias partituras musicais e escritas. Essa técnica era considerada simples, quando comparada à outros métodos utilizados na época, provocando mudanças importantes na produção da imagem.

[...] Senfelder revela que após vários experimentos descobriu uma pedra composta por calcário poroso e quebradiço, encontrada em grandes depósitos naturais na Baviera, sobre a qual era feito o desenho com um lápis gorduroso que marcava a pedra. “Depois de feito o desenho, a pedra passa por um processo de gravação química, que tem o objetivo de fazer com que a gordura do material utilizado para desenhar penetre na pedra, criando uma ‘mancha química’, e dessensibilizar as áreas sem imagem, tornando-as insensíveis à recepção de gordura”. Em seguida a pedra era umedecida com água e as partes não protegidas pelas marcações do lápis oleoso absorviam a água. Após isso uma tinta a óleo era espalhada pela pedra, sendo que só as partes oleosas captavam tintas, que mais tarde através de pressão eram transferidas para o papel (MAURÍLIO, 2009).

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De acordo com Scalzo (2004), No século XIX, as revistas tornaram-se um dos veículos de comunicação que ganhou espaço no meio social e passou a determinar tendências do mercado em geral. O avanço técnico das gráficas permitiu que os assuntos fossem anexos às ilustrações belíssimas e que despertasse mais interesse pela leitura. Além disso, possibilitam maior qualidade do material impresso. Este avanços também permitiram o aumento das tiragens, atraindo mais anunciantes, que são os grandes responsáveis pela existência diária de uma revista.

Os avanços das técnicas de reprodução de imagens, notadamente da litografia, beneficiaram a proliferação das publicações ilustradas. Descoberta por AloysSenefelder em 1796, a litografia teve grande influência na publicação de livros, jornais e revistas, além de permitir o desenvolvimento do cartaz (AZEVEDO,2009).

Os anúncios passaram a custear os gastos com produção, financiando assim os gastos das publicações, e possibilitando a diminuição dos preços dos exemplares.

3.2 Jornalismo de revista no mundo

Scalzo (2004) aponta queErbaulicheMonaths-Unterredungen(traduzido no português “Edificantes Discussões Mensais”) foi a origem das revistas. Publicada em 1663, na Alemanha, possuía características de livro e o seu conteúdo era composto por vários artigos sobre o tema teologia. Com publicações periódica e voltada para um público especifico, incentivou outras publicações semelhantes como o JournaldesSavants, em 1665 na França, o Giornali dei Litterati, em 1668 na Itália e na Inglaterra, e o MercuriusLibrarius ou FaithfullAccountofall Books andPamphlets, em 1680 na Inglaterra.

Todas essas publicações, mesmo não utilizando o termo“revista” no nome (isso só aconteceria em 1709, na Inglaterra) e parecendo-se demais com os livros, deixam clara a missão do novo tipo de publicação que surgia: destinar-se a públicos específicos e aprofundar os assuntos – mais que os jornais, menos que os livros (SCALZO, 2004, p.19).

Em 1672 as revistas começam a ganhar novas caraterísticas, com o lançamento de Le MercureGalant , na França. A publicação era composta por notícias curtas, anedotas e poesia , tornou-se eficaz e popular, seguindo de modelo

18 para as posteriores. Segundo Scaloz (2004) surge em 1731, em Londres, a revista The Gentleman’s Magazine, inspirada nos magazines da época, com o intuito de reunir vários assuntos e os apresentar de forma leve e agradável. O termo magazine, utilizado para a definição de lojas que vendiam diversos artigos do dia a dia, serviu para designa revistas partir de então. Segundo Vilas Boas (1996, p.71) “A revista-magazine compreende uma grande variedade de estilos. Sem dúvida que é uma prática jornalística diferenciada. Numa revista encontramos a fotografia, o design e o texto”.

As revistas pioneiras, semelhante aos livros, foram substituídas pelo novo estilo magazine. Deixaram de ser monotemáticas, tratarem de um único assunto e passaram a ser multitemáticas tratando de vários assuntos.

Em 1842, surge em Londres, uma nova forma de edição e estrutura de uma revista, que foi a primeira revista ilustrada, a Illustrated London News. Era uma reprodução dos acontecimentos da época em forma de desenho. Com o desenvolvimento da fotografia e da impressão, no final do século XIX, as publicações foram copiadas por vários países.

Surge ainda no século XIX, outro modelo, que são as revistas literárias e cientificas, como é o caso da Scientific American e da NationalGeographicMagazine. Nessa mesma época começa as publicações das revistas especificas, para estudiosos e conhecedores de um assunto especifico, com circulação restrita, dando origem às revistas especializadas, ligadas a categorias profissionais e temas de interesse técnico.

Segundo Scalzo (2004) a primeira revista semanal de noticias foi criada em 1923, nos Estados Unidos, pelos jovens BritonHadden e Henry Luce. A Timeveio para atender as necessidades de informar com concisão em meio a elevada quantidade de informações impressas. Trazendo notícias da semana, do país e do mundo, organizadas em seções, descritas de forma concisa e sistemática, com informações bem pesquisadas e checadas. Os jovens BritonHadden e Henry Luce aperfeiçoaram o produto dando origem a outras revistas similares pelo mundo.

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Henry Luce, em 1936, cria a Life, semanal ilustrada, que valoriza uma boa imagem mais do que a boa descrição, valoriza ao máximo a boa reportagem fotográfica. Na frança foi copiada pela revista Match, que passou a ser chamada depois da segunda guerra de Paris Match, na Alemanha pela Stern, e no Brasil pela Cruzeiro e Machente, a maioria com publicações até os dias atuais.

Outro grande fenômeno da época foi às publicações da Reader’sDigest (Seleções Reader’sDigest), do jornalista DeWitt Wallace e sua esposa Lila Acheson, que reunia artigos editados em outras revistas e jornais. Oferecendo ao leitor variedade de assuntos, textos agradáveis e fácil leitura, baseado nas ideologias americanas, tornou-se uma das revistas mais vendida no mundo, com edições em 19 idiomas.

A revista tonou-se grande referência como veiculo de comunicação na Europa e nos Estados Unidos, com a criação de prestigiosos títulos, com grandes tiragens e um largo poder de alcance. A intimidade com o leitor, o formato fácil de carregar, a qualidade de leitura e reunião do texto e a imagem, atraiu o foco da população.

3.3 Jornalismo de revista no Brasil

No Brasil, as revistas tiverem origem com a chegada da corte portuguesa, e tratavam de assuntos do período de guerras e descobertas. Segundo Scalzo (2004), a primeira revista, “As Variedades ou Ensaios de Literatura”, escrita em 1812 em Salvador (BA), tinha como proposta publicar discursos sobre costumes e virtudes morais e sociais, extratos de história antiga e moderna, resumos de viagens, prosas e versos de autores clássicos portugueses, artigos entre outros conteúdos, que despertassem o gosto pela linguagem e leitura de novas descobertas filosóficas. Como as revistas de sua época, tinha características de livro. No mesmo período, em 1813, surge a segunda revista brasileira “O Patriota”, no , que tinha como proposta divulgar autores e temas da terra.

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Figura 1: Exemplar da revista O Patriota. Fonte: Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin - USP

Em 1822, o Brasil passa pelo fato histórico mais importante do país que é a conquista da “Independência”, marcando o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Então surge a revista “Anais Fluminenses de Ciências, Artes e Literatura”, abordando assuntos de vários campos do conhecimento humano e eventuais mudanças pós-independência. Já em 1827, surge a primeira revista brasileira especializada e a segmentação por tema.

Propagador das Ciências Médicas, órgão da Academia de Medicina do Rio de Janeiro, considerada a primeira revista especializada. Neste mesmo ano aparece também a pioneira entre as revistas femininas nacionais: Espelho Diamantino – Periódico de Política, Literatura, Belas Artes, Teatro e Modas dedicado às Senhoras Brasileiras, que trazia textos leves e didáticos sobre política nacional e internacional, trechos de romances estrangeiros, críticas de literatura, música, belas-artes, teatro e notícias sobre moda, além de crônicas e anedotas (SCALZO, 2004, p.28).

De acordo com Scalzo (2004) em 1837 surge a “Museu Universal”, com inovações e ilustrações. Surgia então a cópia dos magazines europeus, que levou o mercado do jornalismo de revistas brasileiro a se estabilizar, então surgiram outras como “Gabinete da Leitura, Ostensor Brasileiro, Museu Pitoresco, Histórico e Literário, Ilustração Brasileira, O Brasil Ilustrado e Universo Ilustrado, e as revistas eruditas como Íris, Guanabara e o Espelho, com imagens e amenidades.

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Segundo Scalzo (2004) As revistas de variedades começam em 1849 com o lançamento de “A Marmota na Corte”, com textos curtos, humorísticos e muitas ilustrações. Surge no mesmo período as caricaturas, como uma forma divertida de da noticia e fazer critica social e politica. Os grupos intelectuais começam a fundar suas próprias revistas, como foi o caso da “Klaxon”, que divulgou as ideias da Semana de Arte Moderna, em 1922. Com os avanços da impressão, as fotografias começam a ganhar espaço nas revistas.

Figura 2: Exemplar da revista A Marmota na Corte. Fonte: Fundação Biblioteca Nacional

Figura 1: Exemplar da revista Klaxon Fonte Biblioteca Brasiliana Guita e José

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No final do século XIX, surge um novo tipo de revista, chamada de “galantes”, eram voltadas para o público masculino, com conteúdo envolvendo política, sociedade, piadas, contos picantes, caricaturas, desenhos e foto eróticas.

Em 1928, surge a revista “Cruzeiro”, um dos maiores editoriais brasileiros, criada pelo jornalista Assis Chateaubriand, com uma nova linguagem na imprensa nacional, com publicações de grandes reportagens e dando uma atenção especial ao fotojornalismo. Chegou a vender cerca de 700 mil exemplares por semana. Em 1952, surge a “Manchete”, da editoria Bloch, revista ilustrada que valoriza os aspectos gráficos e fotográficos, retratando as belezas do Brasil e lançando colunas de cronistas brasileiros conhecidos da época.

Figura 4: Exemplar da revista Cruzeiro. Fonte: Girafamania

Com a decadência desse modelo de revista e seus grupos de investimento. Surge em 1966, “Realidade”, como foco nas reportagens e no jornalismo investigativo, é considerada uma das mais conceituadas revistas brasileiras.

A Revista Realidade foi um marco na história da reportagem brasileira. Originada na década de 1960, esta publicação revolucionou tanto pela amplitude da abordagem temática quanto pela linguagem utilizada. O jornalismo produzido por Realidade introduziu o segmento brasileiro de revistas de informação geral na imprensa moderna, uma vez que estava em sintonia com as tendências jornalísticas mais inovadoras, contemporâneas à revista, como por exemplo, o Novo Jornalismo (MORAES E KANEHIDE, 2009).

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A editora abril então investiu em um novo modelo, A revista “Veja”, até hoje a revista semanal de informações mais vendida e mais lida do Brasil. Lançada em 1968, segue os modelos da Time, lutou contra os prejuízos e censura do governo militar, passando a lucrar com as vendas por assinatura, iniciada em 1971.

3.4 Jornalismo Investigativo

De acordo com Fortes, o jornalismo investigativo tem como objetivo principal fazer ligação entre os acontecimentos e a sociedade. O jornalismo investigativo, assim como toda atividade jornalística produz versões de interesses pessoais, mas que sejam coletivos não determinando julgamentos sobre os fatos. O jornalismo tem função social:

Utopias à parte, a função idealizada do jornalismo é exatamente a de democratizaras informações a partir de uma decodificação isenta de seus significados, liberta de preconceitos e pressões, embora a vida real teime em impor todo tipo de obstáculo ao conjunto de procedimentos dessa atividade, cujo caráter intelectual está cada vez mais atrelado ao campo comercial, ou aprisionado por ele, tanto faz. (FORTES,2005, p. 22).

O autor ressalta que o jornalismo investigativo se diferencia dos outros setores da atividade:

oque diferencia o jornalismo investigativo dos demais setores da atividade são as circunstâncias, normalmente mais complexas, dos fatos, sua extensão noticiosa e o tempo de duração que necessariamente, deve ser maior, embora quase sempre exercido sobre pressão. A reportagem de fato, não prescinde de investigação. Mas o jornalismo investigativo é algo mais complexo, trabalhoso e perigoso. Não se assemelha à rotina natural das redações. Exige talento, tempo, dinheiro, paciência e sorte (FORTES,2005, p. 9).

O jornalismo investigativo é de suma importância devido as suas contribuições à democracia. De acordo Fortes (2005), a imprensa deve tornar o governo responsável, publicando informações sobre questões de interesse público, mesmo se essas informações revelarem abusos ou crimes cometidos por autoridades ou pessoas conhecidas da sociedade.

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Entretanto, situações no ramo do jornalismo investigativo que gera polêmica é até onde é permitido ao repórter usar câmeras escondidas, gravadores de áudio, arriscar sua vida e até mesmo, violar as leis. Tal processo investigatório impõe as circunstâncias ás quais o profissional está submetido, à intenção da pauta e aos limites que a ética e o bom senso impõem.

Um exemplo de como reportagens desse teor podem acabar ceifando a vida de um jornalista é o caso da morte do jornalista Tim Lopes, torturado e morto em 2002, quando realizava matérias para a TV Globo sobre os bailes funks do Rio de Janeiro.

O primeiro e obrigatório passo para entender o Caso Tim Lopes e dele tirar lições importantes, é nunca agregar valor moral ao ato em si. Tim correu o risco que achou que deveria correr. Ele sentia o apelo das pessoas das , das mães desesperadas que viam o movimento diário de uma feira de drogas no caminho das crianças, muitas das quais levadas por traficantes para azeitar a máquina de abusos sexuais montadas nos bailes funks do Rio. Tinha experiência e conhecimento do que fazia, mas foi ingênuo ou auto-suficiente o bastante ao pensar que poderia sair ileso de uma incursão solitária, quixotesca mesmo, ao coração de uma carioca dominada pelo crime organizado (FORTES, 2005, p.65).

Vale ressaltar que o jornalista precisa tomar cuidado quanto ao trabalho investigativo, pois sacrifícios como o de Tim Lopes em prol de uma reportagem serviu de aviso para que jornalistas não se intrometam onde não são chamados.

3.5 Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo- ABRAJI

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo foi criada em 2002 por um grupo de jornalistas brasileiros interessados em trocar experiências, informações e dicas sobre reportagem, principalmente sobre reportagens investigativas. A sociedade e, sobretudo a classe jornalística estavam sob o impacto do assassinato de Tim lópes, e foi justamente nesse clima que se deram as primeiras ações para a criação da entidade.

A Abraji é mantida pelos próprios jornalistas, sendo assim, sem fins lucrativos nem preferências políticas ou partidárias. A sua missão incluir organizar

25 congressos, seminários e oficinas com o objetivo de promover o aperfeiçoamento profissional dos jornalistas interessados no tema “investigação”.

Para a entidade a expressão “jornalismo investigativo” é usada como sinônimo de jornalismo responsável, informações bem apuradas, com todos os lados ouvidos. Em resumo, reportagens que abordem de maneira extensiva um determinado assunto.

3.6 Instituto de Desenvolvimento Econômico Social de Fronteira - IDESF

Denominada também de Instituto Idesf, foi fundado em Assembleia geral realizada em 5 de Agosto de 2013, pessoa jurídica de direito privado sob forma de associação, de Responsabilidade Social, sem fins lucrativos ou econômicos. O Instituto Idesf nasceu da necessidade de preservar as fronteiras. Preservar costumes, valores, promover estudos e pesquisas, propor iniciativas para formalização das atividades em cada localidade e identificar oportunidades para um desenvolvimento sustentável. Com transparência, ética e interesse pelas comunidades, o idesf também atua realizando seminários, palestras, cursos, treinamentos e capacitações.

Alguns projetos desenvolvidos pela instituição:

Seminário Fronteira do Brasil; Projeto diagnóstico cidade de Fronteira; Curso de instrução de inteligência e contra inteligência como ferramenta para o processo de decisório; Curso de direito autoral e falsificação na escola superior da policia civil do Paraná; Instrução: O contrabando nas fronteiras – dentro do Programa “Operação Temática de enfretamento aos crimes contra o Fisco e Saúde Pública” da Policia Rodoviária Federal.

Responsabilidade SocioAmbiental

Campanha “Não venda Cigarro ilegal” – Divulgação falsificação de cigarros; Campanha Foz 100 anos – Pintura em tela do artista plástico Beto Candia alusivo ao Centenário de Foz do Iguaçu – Doação permanente para Ecomuseu.

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3.7 Jornalismo Especializado

A revista Segurança & Informação interessa a um público específico, por isso, é preciso abordar o jornalismo especializado. De acordo com o artigo, O jornalismo especializado na sociedade da informação, de Ana Carolina de Araujo da Universidade Federal da Paraíba, ao escrever determinado assunto, o jornalista deve levar em consideração, sobretudo, se este será de fato ou não relevante para a comunidade. Cada grupo específico é detentor de interesses pessoais, o que faz com que os assuntos tratados pela mídia se tornem obsoletos. No dualismo existente entre individual versus coletividade, no qual o primeiro leva vantagem sobre o segundo, às informações transmitidas pela mídia devem apresentar especificidades quando direcionadas aos mais diferentes tipos de público. A informação deve ser mais personalizada, tendo o jornalismo especializado como peça fundamental para a concretização dessa ação.

As TV’S a cabo ou por assinatura têm sido utilizadas pela mídia para desenvolver uma segmentação das audiências. Vinculado a esse tipo de ação está o jornalismo especializado, que tem sido utilizado como uma estratégia para que os diferentes grupos que compõem o mercado, até então dissociados sofram os reais efeitos que a segmentação de mercado causa. Informações circulam a todo instante através de diferentes fontes e muitas vezes aquele indivíduo que busca determinada informação na mídia fica totalmente perdido diante da ampla quantidade de informações que são transmitidas diariamente. É aí que o jornalismo especializado é colocado em prática de fato, pois ele irá orientar esse indivíduo.

Antes, os grupos segmentados buscavam uma linguagem apropriada ao seu contexto. Agora, graças à ação do jornalismo especializado os grupos segmentados encontram informações segmentadas que permitem a eles desenvolver uma facilidade quanto à identificação com essas informações.

3.8 Análise da teoria do contra-agendamento

Segundo Silva (2006), o contra-agendamento atua de forma permanente e sustentável na elaboração de esforços e execução de estratégias, de forma a

27 buscar maior visibilidade e melhor tratamento de temas institucionais. As ONG’s Viva Rio,Convive e Sou da Paz, por exemplo, frisam temas que normalmente a mídia não tem interesse em dar visibilidade. Estas ONG’s defendem políticas públicas que necessitam da criação ou regulamentação de leis que em função disso precisam pressionar o Legislativo. Silva (2006) afirma que o contra-agendamento de um tema pode ser parte de uma mobilização social ou parte de um plano de enfrentamento de um problema, corporativo ou coletivo. A população pautou a mídia em 2003, durante manifestação em frente ao Congresso Nacional colocando cerca de 700 pares de sapatos de jovens mortos por armas de fogo, pedindo pelo controle e posse destas. O autor ressalta que o agendamento funciona em parceria dos movimentos sociais e as empresas de mídia.

[...] Atua, certamente, não apenas de fora para dentro das redações, mas sobretudo nas busca de receptividade de propostas bem definidas, mudanças sociais e causas coletivas e, mais ainda, no estabelecimento de um contrato tácito de cooperação, de modo que tanto as organizações por trás dos temas advogados tornem-se fontes confiáveis da mídia, quanto a mídia abrigue, em seus quadros, profissionais dispostos a serem intermediários privilegiados de pautas e subsídios a lhes serem fornecidos de maneira institucionalizada, podendo-se chegar ao nível da parceria entre uma organização ou movimento social e uma empresa de mídia e determinados segmentos dos seus quadros (SILVA, 2006, p. 4).

O agendamento parte da sociedade para a mídia, dando início a um processo de democratização do acesso ás ferramentas que possibilitam à sociedade ser inserida na participação no debate público de questões voltadas ao interesse social. Como a segurança pública é um tema que preocupa a sociedade tem-se a necessidade de ter mais atenção da mídia.

3.9 Análise da teoria gatekeeper

A teoria do gatekeeper significa que os veículos de comunicação, organizações em hierarquias: diretor, editor e repórter, selecionem os fatos e opinião que serão publicadas.

Segundo Wolf (2012), o conceito de gatekeeper é elaborado por Kurt Lewin num estudo realizado em 1947 sobre as dinâmicas interativas nos grupos sociais, em particular com respeito aos problemas sociais ligados a

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mudança de hábitos alimentares das pessoas. O psicólogo Lewin,observa que algumas zonas filtro podem funcionar como uma “cancela” ou “porteiro” como descreve: ´´As zonas filtro são controladas ou pôr sistemas objetivos de regras ou por gatekeepers: nesse caso , um individuo ou um grupo tem “o poder de decidir se deixa passar ou interrompe a informação [...]” (WOLF,2012,p. 184).

Segundo Wolf (2012) um estudo de caso de White (1950) usou o conceito de gatekeeeper num caso realizado na cidade de Midwest, cidade de 100 mil habitantes, um jornalista conhecido com o nome de “Mr. Gates”, um profissional com 25 anos de experiência tinha a tarefa de selecionar notícias da grande demanda de informações das agências que chegavam diariamente.

Cerca de nove em dez comunicações de agências são eliminadas, e apenas uma em cada dez encontra o caminho para aparecer como noticia no jornal. Além disso, embora os motivos com base nos quais o selecionador efetua próprias escolhas, descartando a maior parte das agências, possam aparecer fortemente subjetivos, na realidade, se observarmos as histórias (com as relativas proporções) fornecidas pelas agências e as escolhidas por “Mr. Gates”, elas parecem quase idênticas. (WOLF,2012, p.185).

Existem indivíduos que atuam como filtros da informação, tendo o poder de decidir o que se tornará notícia e o que será vetado.

4. UMA BREVE HISTÓRIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

4.1 O que é segurança pública?

A definição de Segurança Pública esta na constituição de 1988, que reservou capitulo específico (art. 144) que a caracteriza como dever do Estado e como direito e responsabilidade de todos, devendo ser exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. O Capítulo da constituição ainda define os órgãos responsáveis por manter a segurança pública, que são os agentes e unidades da Policia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Ferroviária Federal, as polícias civis estaduais, as policias militares e os corpos de bombeiros militares.

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Segundo Almeida (2012), em seu artigo “O que é segurança pública?”, existem dois valores referentes à concepção capitalista de ordem pública: incolumidade das pessoas e do patrimônio, ou seja, a vida e a riqueza de cada um. Assim, a ordem é mantida quando a vida e a propriedade de cada cidadão estão garantidas.

[...] O intuito de garantir esses dois valores a sociedade capitalista organiza- se sob a forma de Estado e, para administrar as relações entre indivíduos diferenciados pela propriedade de riquezas, cria mecanismos como regimes políticos, formas de governo e sistemas de participação adequados a tal mister. Nesse sentido, a organização jurídica das relações sociais precisa ser estabelecida e realizada sob a perspectiva de manutenção dos interesses do grupo ou classe que apoderou-se das ferramentas para a manutenção de seus privilégios, a saber, a formação escolar e/ou a riqueza necessárias que lhes permite o exercício do poder, seja no desempenho das funções de caráter legislativo, executivo ou judiciário (ALMEIDA, 2012).

Houve várias difusões referenciais de segurança pública na historia constitucional brasileira, até a previsão constitucional detalhada de 1988. Entre as definições de Segurança Pública temos como elemento básico a legitimação do Estado, disposto pelo poder politico, através de investimentos do dinheiro público em ações de segurança.

Segundo Souza Neto, em seu artigo “A segurança pública na constituição federal de 1988”, há duas grandes concepções de segurança pública que rivalizam desde a reabertura democrática e até o presente, passando pela Assembleia Nacional Constituinte: uma centrada na ideia de combate; outra, na de prestação de serviço. A primeira concebe a missão institucional das polícias em termos bélicos: seu papel é “combater” os criminosos, que são convertidos em “inimigos internos”. A segunda concepção está centrada na ideia de que a segurança é um “serviço público” a ser prestado pelo Estado. O cidadão é o destinatário desse serviço.

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4.2 Revistas sobre segurança pública no Brasil

No Brasil temos poucas publicações periódicas tratando unicamente do assunto segurança publica.

Dentre as existentes temos a Revista Brasileira de Segurança Pública, publicação semestral interdisciplinar do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O principal objetivo da revista é contribuir para a ampliação e consolidação do campo de estudos sobre segurança pública, através da publicação de trabalhos originais enquadrados nas categorias de estudos teóricos, revisões críticas de literatura, relatos de pesquisa, notas técnicas e resenhas.

O conteúdo enviado para composição editorial da revista passa pelo processo de avaliação pelos Pares, trabalhos apreciados pela comissão editoria, que fará uso de pelo menos dois especialistas no tema para emitir um parecer sobre o artigo que poderão indicar a publicação, indicar a publicação desde que sejam feitas revisões e negar a publicação, com anonimato dos autores e pareceristas. Com sua política de Acesso Livre, esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento. A Revista Brasileira de Segurança Pública já está em sua 15° edição.

Outra publicação é a revistas Segurança, Justiça e Cidadania, veículos de divulgação do conhecimento produzido na área da segurança pública e coordenado pela Secretaria nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministerio da Justiça, editada pela Coordenação Geral de Pesquisa e Análise da Informação do Departamento de Pesquisa, Análise da Informação e Desenvolvimento de Pessoal em Segurança Pública (DEPAID/Senasp).

O periódico tem como objetivo veicular conhecimento abalizado e pesquisas exploratórias que subsidiem a criação e a gestão de ações e políticas de segurança pública do nosso país. Reúne artigos de investigadores de renome e de jovens pesquisadores dedicados aos grandes temas da área segurança pública e da

31 justiça criminal, textos esses que expressam o desenvolvimento dos saberes no campo da segurança pública e refletem as inovações teóricas, metodológicas e empíricas em âmbito nacional e internacional. Com distribuição gratuita, a revista aborda exclusivamente a Segurança Pública no Brasil, e o seu conteúdo pode ser reproduzido desde que citada a fonte.

Ao completar 10 anos de existência, o Instituto de Segurança Pública - ISP lançou a revista eletrônica "Cadernos de Segurança Pública", abrindo um importante espaço para a veiculação de estudos sobre o tema. As publicações semestrais, composta de artigos, tratam da segurança pública como um dos principais desafios brasileiros dos últimos anos e os inúmeros esforços realizados por gestores, profissionais da área de segurança e por representantes de diversos segmentos da sociedade visando à valorização da vida e ao controle do crime. A revista eletrônica “Cadernos de Segurança Pública”, teve sua primeira edição em 2009 e a quinta edição lançada em 2013.

Todas essas publicações comtempla parcialmente ou totalmente o tema segurança pública. Tratando de assunto mais acadêmicos e teses cientificas de pesquisadores renomados. Existem outros ensaios, sites e revistas eletrônicas sobre o assunto, que tratam de artigos científicos. O que diferencia a revista Segurança&Informação é o principal fato desta tratar de pautas jornalísticas e não acadêmica como as citadas.

5. MEMORIAL DESCRITIVO DA REVISTA

5.1 Metodologia

A metodologia aplicada para elaboração do relatório técnico foi à pesquisa bibliográfica, fator principal para a conclusão deste trabalho científico. Os métodos utilizados por cada pesquisador e a ordem que são impostos os diferentes processos são o que fazem cada pesquisa alcançar o resultado desejado. Segundo Cervo e Bervian (2002) entende-se por método o conjunto de processos empregados na investigação e na demonstração da verdade. O método cientifico, a

32 base de livros, desperta para os novos pensamentos e reflexões, como um conjunto ordenado de procedimentos que se mostram eficientes, na busca de novos saberes e descobertas. “Não se inventa um método; ele depende, fundamentalmente, do objeto da pesquisa. Os cientistas, cuja investigação foram coroadas de êxito, tiveram o cuidado de anotar os passos percorridos e os meios que os levaram aos resultados (CERVO E BERVIAN, 2002, pg. 23)”.

Na primeira edição da revista Segurança e Informação, Fora feitas entrevistas pessoalmente, com o uso de gravadores e celulares como suporte, para garantir a integridade das informações repassadas, e nenhum desvio de informação. A pesquisa de campo foi fator essencial também, para o recolhimento das fontes oficiais e depoimentos de agentes de segurança, associados aos serviços de Clipping do qual retiramos dados e ações do contrabando.

O uso de câmera fotografia para registro de imagens. Foram feitas também entrevistas por email, a utilização do telefone para contato, e a troca de informações por mensagem e redes sociais. Para o recurso final de diagramação foram usados os softwares Adobe indesign, photoshop e Microsoft Word.Não podemos esquecer-nos do uso da internet, Redes como Youtube, facebook, Twitter e sites jornalísticos da editoria de segurança pública e sites acadêmicos, serviram como apoio para o desenrolar das matérias e do relatório técnico.

5.2 Cronograma

O cronograma de pesquisa, produção e revisão foi estabelecido com base nas atividades realizadas durante o período de 6 (seis) meses. Em um curto espaço de tempo, o grupo definiu o material para consulta pertinente ao tema, realizou pesquisas bibliográficas e entrevistas, chegando a conclusão do produto jornalístico e relatório técnico.

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CRONOGRAMA 2014 ATIVIDADE JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Observação e identificação do público-alvo e espaço físico

Coleta, apresentação e discussão dos dados

Nova pesquisa bibliográfica e afrontamento dos dados

Organização, produção e edição das matérias

Revisão e diagramação

Entrega do projeto

Defesa da banca

QUADRO 1: Cronograma

5.3 Marca: REVISTA - SEGURANÇA & INFORMAÇAO

A proposta da marca foi com o intuito de memorizar o leitor de uma forma inovadora, dinâmica e objetiva.

A principal vantagem da marca individual é que se o produto fracassar ou não for de boa qualidade, a empresa não sofre danos, pois a comercialização dos demais produtos, pois a comercialização não sofre danos, pois a comercialização dos demais produtos de sua fabricação não será influenciada pelo fraco desempenho da nova marca. A política de marcas individuais também permite que a empresa bisque a melhor denominação para cada produto novo, o que resulta em maior interesse do consumidor e cria maior expectativa (PINHO, 1996)

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A marca escolhida foi para fazer um paralelo entre os dois temas que está em evidência em nosso cotidiano atualmente. A sociedade se preocupa com a segurança do país através da informação, sendo assim, tornando-se mais claro os crimes existentes.

Segurança & Informação: a revista sobre a segurança pública no Brasil

5.4 Tema: a revista sobre a segurança pública no Brasil

A revista traz como tema a segurança pública no Brasil. Assunto de interesse social que aborda as ações ilícitas que adentram o Brasil pelas fronteiras, principalmente o contrabando que é um crime que vem se espalhando em diversos ramos como cigarro, armas, entre outros produtos. A crescente no mercado de contrabando no Brasil, principalmente de cigarros, vem movendo a economia irregular, com a compra e venda de produtos ilegais. A preocupação da sociedade com o aumento da violência no dia a dia.

5.5 Público- Alvo

O público-alvo da nossa revista envolve adultos em geral, interessados na situação atual da segurança pública. O principal assunto abordado é o contrabando de cigarros, em áreas fronteiriças, o público adulto, de país de famílias, está mais próximo do foco de interesse. (Pessoas próximas as fronteiras e estudiosos e interessados no tema).

Faixa etária principal – Homens e mulheres de 30 a 65 anos.

5.6 Projeto gráfico

Sendo o projeto gráfico a definição das características visuais de uma publicação, que se repete a cada edição. Um bom Projeto Gráfico é aquele que conduz a leitura sem se tornar o elemento principal da peça, não interferindo na qualidade da leitura. Os aspectos gráficos diferenciam as revistas entre si, e traz as características individuais de cada produto. Nesta edição utilizamos os padrões

35 básicos para diagramação de revista, com foco na demonstração, de imagens e designers do produto principal da pesquisa.

DESCRIÇÃO FONTES, CORPO E TAMANHOS TÍTULO Extra bold, corpo acima de 35 pt Fonte Arial Black SUTIÃ Regular, sem serifa, corpo entre 14 e 30 pt Arial Regular TEXTO Regular, corpo 11, com capitular com 4linhas e recuo de 5mm Fonte Minion Pro 11 EDITORIA Bold, corpo 18, cor preta Fonte Arial Black OLHO Bold, corpo 18 Fonte Arial RODAPÉ Nº da pág, corpo 8, nome da revista em bold Fontes: Minion Pro 7,9 e Arial Bold8 CRÉDITOS Sem serifa, condensada, corpo 10 Fonte Arial Bold AUTOR Regular, corpo 9 Fonte Arial LEGENDA Sem serifa, bold, corpo 9 Fonte Arial Bold

QUADRO 2: Projeto Gráfico

Formato– A3 (aberto) e A4 (fechado) 200 x 260 mm Colunas – três colunas para as matérias principais e secundarias e duas colunas para os artigos. Medianiz – 5 mm Margens – Superior: 20 mm, Inferior: 15 mm, Interna: 10 e Externa: 15 Número de páginas –44 páginas, sendo duas de capa e 42 de miolo. Formato dos anúncios –03 de páginas duplas, 01 de página simples e 01 de meia página. Tiragem – 07 exemplares para distribuição. Encadernação – Canoa, que vem com papel dobrado e grampeado, em papel couche fosco (155g) e miolo (90g). Distribuição e venda - Periódico semestral de abrangência nacional. Comercializado no valor de R$ 15,90 (valor praticado nas bancas), e com disponibilidade libre através de site, blog, twitter e comunidade do Facebook.

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5.7. Capa

Segundo George e Michael Belch (2011), “A embalagem é outro aspecto da estratégia do produto que tem se tornado cada vez mais importante. Tradicionalmente, a embalagem oferece benefícios funcionais como economia, proteção e armazenamento [...] a embalagem frequentemente é o primeiro contato do consumidor com o produto, de modo que ela deve causar uma primeira impressão favorável”.

Para a montagem da capa foram abertos vários discursos, modificações e interposições, até chegarmos a ideia final. Com fácil leitura e designer, que identifique o assunto tratado logo em seguida, a capa apresenta a fronteira circulate do cigarro contrabandeado com mapas identificando cada localidade e no centro o produto foco do assunto.

5.8. Editorias

Segurança pública: A maior parte da revista tratou de assuntos desta editoria. Matérias envolvendo contrabando, fronteiras, roubos e furtos de veículos foram abordados no decorrer da revista. A matéria principal aborda o número crescente do cigarro ilícito que adentra no Brasil, a fragilidade de nossas fronteiras, e com isso, a facilidade de entrar esse tipo de produto.

Entrevistas: Foram realizadas duas entrevistas, primeira entrevista é sobre o combate do contrabando de cigarros da Polícia Civil, o delegado-chefe da Delegacia de Combate aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DCPIM), Policia Civil do Distrito Federal, Luiz Henrique Dourado Sampaio, atuante a dois anos no combate aos cigarros ilícitos, falou sobre o contrabando no Brasil e a estrutura que tem o crime organizado, as hierarquias, divisões de tarefas e funções definidas que coloca em circulação no mercado nacional essa prática. Em segunda entrevista com o coordenador do grupo de pesquisa em Química Analítica Ambiental e Sanitária (QAAS) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Sandro Xavier de Campos, explicou sobre o tema do seu artigo cientifico " Determinação de Íons

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Metálicos em Cigarros Contrabandeados no Brasil” e as composições do produto que afeta a saúde humana.

Saúde: Na editoria de saúde, a matéria sobre o tabagismo, explica quais as diferenciações químicas do cigarro comercial e do contrabandeado, as doenças causadas e alerta sobre o consumo do tabaco.

Ciência: Os malefícios e Benefícios da maconha aponta pesquisa da CNT/MDA sobre a liberação da maconha para uso especifico medicinal.

Entretenimento: Enquete sobre a utilização da maconha buscou a opinião de homens e mulheres, com idade entre 30 e 65 anos, quanto à legalização da droga e o uso desta. O "Saiba Mais" demostrou gírias utilizadas por praticantes das ações ilícitas, informando e alertando a população.

Artigo: O especialista da UNB, Francisco Lima Junior, expôs sua opinião no artigo “O crack e os gols contra o governo de Dilma” sobre as ações do governo de combate a criminalidade. Uma das estudantes do tema, Eliane Cavalcante, levantou questionamento em volta do contrabando e o gerenciamento logístico no transporte deste produto em seu artigo “O Contrabando e a ineficiência da fiscalização”.

Carta do Leitor: Espaço aberto para elogios, críticas e sugestões dos leitores, de forma bem clara e simples, cumpriu o objetivo de colocar o leitor como parte do nosso trabalho.

Carta do Editor: O editorial apresentou o conteúdo a ser apresentado no veículo. De forma espontânea e acessível, o texto destacou as matérias e dispôs informações que ocasiona-se interesse pela leitura.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

E com gratidão que encerramos esse relatório técnico e a criação da primeira edição da revista Segurança & Informação. Com o objetivo alcançado, apresentamos temas de interesse social relativos à segurança pública no Brasil e colocamos à disposição do público informações aprofundadas sobre o contrabando de cigarros nas fronteiras.

Desde o início, com polêmicos temas abordados, a equipe de produção objetivou informar e abrir discussões democráticas sobre um assunto pouco abordado nas mídias sociais. A apresentação de dados estatísticos e fontes diretamente ligadas à segurança, responsáveis por fiscalizar esses fatores de risco a economia pública e a expansão do comércio ilegal, procurou alertar a população sobre o aumento da violência e as consequências negativas para a sociedade.

A revista, como veículo de comunicação, permitiu o aprofundamento dos temas tratados e a reprodução de uma grande reportagem. A pesquisa bibliográfica foi à metodologia usada para conhecermos a revista como segmentação do jornalismo e seu histórico no mundo e no país. Apresentamos ainda, o segmento do jornalismo especializado em segurança pública, instituições e as associações que tratam das ações ligadas ao contrabando e as fronteiras.

Nos últimos anos a cobrança da população sobre segurança pública aumentou. O alto índice de violência é reproduzido diariamente nos principais jornais (TV, rádio, internet, impresso), com isso, a população vem cobrando com insistência a falta de investimento do governo, policiais nas ruas e ações voltadas para o combate ao crime. De uma forma dinâmica a revista realizou enquete sobre a maconha, discussão atual sobre o uso da droga para fins medicinais.

É com satisfação que encerramos esse trabalho técnico e criação do produto. Que tenhamos repassado nossa contribuição para a disseminação de conhecimento e informação.

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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

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Belch, George e Michael. Propaganda e Promoção: uma perspectiva da comunicação integrada de marketing. Sétima edição. Porto Alegre: AMGH, 2011.

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40

PINHO, José Benedito. O poder das marcas.São Paulo:Summus Editorial, 1996.

ROSSY, Elizena. Contra-agendamento: o Terceiro Setor pautando a mídia. Brasília, 2006.

SCALZO, Marília. Jornalismo de revista. 2ª Edição. São Paulo: Contexto, 2004.

SOUZA NETO, Cláudio Pereira. A segurança Pública na Constituição Federal de 1988: conceituação constitucionalmente adequada, competências federativas e órgãos de execução das políticas. A revista eletrônica “Atualidade Jurídicas”, 2008.

VILAS BOAS, Sergio. O estilo magazine: o texto em revista.São Paulo:Summus Editorial, 1996.

VIEIRA, Isabela D’Avila. A hora é a voz do povo - Opinião pública e contra- agendamento nos casos do Movimento das Diretas Já e dos atentados de 11 de março, Madri. Porto Alegre, 2009.

WOLF, Mauro. Teorias das Comunicações de Massa. Lisboa: WMF Martins Fontes, 2012.

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ANEXO

Questionário aplicado na pesquisa de campo da Faculdades Promoves de Brasília

Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo

Trabalho de Conclusão de Curso Eliane Cavalcante, Nayara Teles e ThewplisterMarinho

Questionário (1) sobre as drogas:

01 - Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

02 - Idade: ( ) 18 - 25 ( ) 26 – 39 ( ) 40 – 55 ( ) mais de 55 anos

03 - Você é contra ou a favor da legalização da maconha? A favor ( ) Contra ( )

04 - E dos outros tipos de drogas? A favor ( ) Contra ( )

05 - A legalização da maconha seria umas das medidas de combate ao narcotráfico? Sim ( ) Não ( )

06 - Legalizar a droga levaria ao aumento do seu consumo? Sim ( ) Não ( )

07 - Você já presenciou o uso de drogas dentro da escola? Sim ( ) Não ( )

08 - Você é a favor ou contra o projeto que permite a produção e o porte de drogas para consumo próprio? Sim ( ) Não ( )

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FORMULÁRIO de Elaboração de pauta

Cabeçalho: Onde deve conter o nome do redator, a data em que foi elaborada a pauta, a retranca (duas palavras que indiquem o tema da pauta) e a fonte (de onde foram tiradas as informações para a pauta).

Deadline: prazo para entrega do texto

Tema: Sobre o que se trata a pauta.

Editoria: para qual editoria foi pensada a matéria

Número de páginas: quantas páginas foram pensadas para o texto e fotos

Histórico/Sinopse: Você deverá escrever em poucas linhas (média de 15 linhas) em linguagem radiofônica um resumo dos fatos que levaram esse tema a se justificar como assunto de uma pauta jornalística. Esse material é muito importante para situar o repórter e porque poderá ser utilizado por ele para o lide e/ou cabeça da matéria. Para reportagens especiais pode-se inserir mais informação.

Enfoque/Encaminhamento: Qual será o direcionamento a ser dado na matéria, ou seja, com base no histórico exatamente o que o pauteiro quer que seja desenvolvido pelo repórter.

Fontes: Para se obter as informações sobre o tema da matéria é fundamental que o pauteiro apresente as fontes para a reportagem, ou seja, as pessoas que serão entrevistadas pelo repórter. Nesse caso, além do nome e do cargo/função da pessoa, deve constar na pauta o endereço e todos os telefones possíveis para contato. Cabe registrar também em fontes, os possíveis livros, sites que servem de base ao tema.

Sugestões de perguntas: Como o nome já diz são sugestões a serem seguidas pelo repórter. Mas lembre-se uma pauta não é uma camisa de força. O repórter tem toda liberdade de questionar o entrevistado sobre outras questões que considerar importante naquele momento.

Pauteiro: nome e contatos de quem está fazendo a pauta para possíveis tira- dúvidas

Anexos: Caso o pauteiro tenha feito alguma pesquisa ou possua recorte de jornal/revista ou texto retirado da internet poderá anexar na pauta.

Formação da pauta: Dependendo do veículo de informação, a pauta pode ser elaborada de forma diferente, mas, em sua essência, constitui de cinco pontos. Uma pauta geralmente é montada seguindo os seguintes tópicos:

Histórico: O histórico é o que situa o repórter no cenário da reportagem a ser desenvolvida. Antes de abordar o assunto, esta parte da pauta trata do que o assunto é e o que foi. Se a pauta tratar de algum evento em uma determinada guerra, o histórico informa o repórter da guerra em si, de suas causas, como

43 começou e quando, até o presente próximo. Esta informação pode ser ao repórter dada no início para orientá-lo na apuração mas, no texto, em geral vem no fim ou em separado (num "box", se for em mídia impressa, ou "pé" da matéria, se for rádio ou TV).

Matéria: Nesta seção, o encarregado de confeccionar a PAUTA fala exatamente do que o repórter irá tratar. Se a pauta tratar de algum acontecimento em uma guerra, a matéria é o acontecimento. Uma explosão, um ataque, um atentado.

Abordagem: É o que marca a individualidade da matéria. Dois jornais podem falar sobre o mesmo assunto, só que sob abordagens diferentes. Ainda no exemplo do acontecimento numa guerra, o repórter pode abordar uma explosão como um feito de represália dos povos ocupados. Já outro jornal pode abordar o fato como um acidente. Fontes: Nesta seção são sugeridas pessoas com quem o repórter poderá falar para enriquecer sua reportagem. Vão desde fontes oficiais, como prefeitos e vereadores, até fontes independentes, como advogados ou executivos, até povo-fala, onde populares são indicados à dar sua opinião sobre o assunto. É conveniente que se coloque telefones, emails e outros meios de contato com as fontes, para que informações possam ser checadas mais tarde, durante a edição da matéria jornalística. Imagens: Se tratar-se de uma pauta de telejornal, nesta seção o cinegrafista tem orientações do que mostrar e sob qual ângulo. Se tratar-se de uma pauta de jornal impresso, esta seção informa o fotógrafo sobre o que fotografar e como. Pauteiro: No jornalismo, chama-se de pauteiro o profissional que, dentro de uma redação, tem a função de decidir o que será noticiado. Cabe a ele elaborar a pauta do dia, isto é, os assuntos que os repórteres deverão sair para apurar (investigar). O pauteiro geralmente à redação chega mais cedo que os demais colegas (às vezes de madrugada) e seleciona, desenvolve e planeja as coberturas que serão atribuídas a cada repórter ou redator.Comumente, um pauteiro recebe telefonemas, e-mails e cartas do público dando sugestões de pauta. Fonte: http://revistajornalismo.blogspot.com.br/2009/03/como-fazer-uma-pauta.html

Exemplo de Pauta

Repórter/redator: Editora: Deadline: Palavras-chave: Fontes de Consulta: Tema: Número de Páginas: Histórico: Enfoque (conceitual): Sugestões de perguntas: Fontes:

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