República Federativa do Brasil Ministério de Minas e Energia Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais Diretoria de Geologia e Recursos Minerais Departamento de Recursos Minerais

MAPA GEMOLÓGICO DO ESTADO DE

Pércio de Moraes Branco Cláudio Antônio Alcântara Gil

Superintendência Regional de Porto Alegre Julho 2000

EQUIPE TÉCNICA

Luiz Fernando Fontes de Albuquerque Execução Gerente de Geologia e Recursos Minerais Geól. Pércio de Moraes Branco Geól. Cláudio Antônio Alcântara Gil Sérgio José Romanini Supervisor de Recursos Minerais Diagramação Giovani Milani Deiques Pércio de Moraes Branco Chefe de Projeto Digitalização Rui Arão Rodrigues Luís Edmundo Giffoni Editoração

Informe de Recursos Minerais - Série Pedras Preciosas, 06

B816 Branco, Pércio de Moraes

Mapa Gemológico do Estado de Santa Catarina / Pércio de Mo- raes Branco; Cláudio Antônio Gil. - Porto Alegre: CPRM, 2000. 1v. Il. mapa. - (Informe de Recursos Minerais. Série Pedras Pre- ciosas, nº 06.)

CDU 553.8(816.4) 1. Pedras Preciosas – Santa Catarina 2. Gemas – Santa Catarina I. Gil, Cláudio Antônio II. Título III. Série

APRESENTAÇÃO

O Informe de Recursos Minerais objetiva sistematizar e divulgar os resultados das atividades técnicas da CPRM nos campos da geologia econômica, prospecção, pesquisa e economia mineral. Tais resultados são apresentados em diversos tipos de mapas, artigos bibliográficos, relatórios e estudos.

Em função dos temas abordados são distinguidas oito séries de publicações, assim denominadas:

1) Série Metais do Grupo da Platina e Associados;

2) Série Mapas Temáticos do , escala 1:250.000;

3) Série Ouro - Informes Gerais;

4) Série Insumos Minerais para Agricultura;

5) Série Pedras Preciosas;

6) Série Diversos;

7) Série Oportunidades Minerais - Exame Atualizado de Projetos; e

8) Série Economia Mineral.

A aquisição de exemplares deste Informe poderá ser efetuada diretamente na Superintendência Regional de Porto Alegre ou na Divisão de Documentação Técnica, no Rio de Janeiro.

1 - Objetivos

O Programa de Avaliação Geoló- co dos dois estados, publicando o Mapa gico-Econômica das Pedras Preciosas Gemológico do Estado do Rio Grande do tem como objetivos, entre outros, contribuir Sul (Branco & Gil, 1999) e agora documen- para o conhecimento dos depósitos de to similar, abrangendo Santa Catarina. gemas do país; selecionar áreas para a prospecção e pesquisa; repassar os resul- Face à abundância de minerais tados obtidos às empresas de mineração e sem valor gemológico mas valiosos para recomendar estudos geoeconômicos de museus e coleções que ocorrem associa- suas potencialidades. dos às gemas, decidiu-se cadastrá-los também. São minerais que, salvo raras exce- No extremo sul do Brasil, foi de- ções, não vêm sendo aproveitados comer- senvolvido o Projeto Pedras Preciosas cialmente, perdendo-se em rejeitos dos RS/SC, que levantou o potencial gemológi- garimpos ou em instalações de britagem.

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2 - Metodologia

Face ao pouco conhecimento dis- apofilita e anidrita. A apofilita, embora pos- ponível sobre as gemas de Santa Catarina sa ser lapidada, é aqui considerada mineral e sendo este um trabalho pioneiro, optou- para coleção porque as peças submetidas se por um estudo geograficamente amplo, à lapidação destinam-se usualmente a de âmbito estadual, visando mais a uma coleções e não à confecção de jóias. delimitação, ainda que preliminar, das prin- cipais áreas mineralizadas do que estudos O Mapa Gemológico do Estado de aprofundados relacionados com a gênese Santa Catarina apresenta, de modo inte- das gemas ou os parâmetros controladores grado, os resultados obtidos em todo o das mineralizações. Estes, sem dúvida Estado. importantes, poderão e deverão ser efetu- ados em áreas mais específicas e de maior A partir dos jazimentos cadastra- potencial gemológico. dos pelas equipes do Projeto e de informa- ções encontradas em trabalhos de outros Além de consultar a escassa bibli- autores, Santa Catarina foi dividida, con- ografia existente sobre o assunto, antes de forme seu potencial gemológico, em cinco iniciar os trabalhos de campo a equipe do tipos de áreas: Projeto manteve contato com todas as prefeituras, remetendo pequeno questioná- a) áreas muito favoráveis - aquelas em rio no qual pediu informações sobre gemas que há ou houve produção de pedras pre- eventualmente existentes no município, ciosas. locais onde ocorrem e empresas produto- ras, caso houvesse. Cerca de 22 % delas b) áreas favoráveis - aquelas em que não devolveram o questionário preenchido. houve extração, mas que possuem jazi- mentos significativos em volume e qualida- A seguir, a equipe percorreu os de. Estados, visitando as prefeituras, princi- palmente as que não haviam enviado as c) áreas pouco favoráveis - as que não informações solicitadas, empresários do estimulam pesquisa adicional pelo pequeno setor de gemas, geólogos e outras pessoas volume de gemas encontrado ou por sua sabidamente conhecedoras dos recursos qualidade inferior. gemológicos do município. Independente- mente dessas informações, percorreu to- d) áreas em ambiente geológico favorá- das as estradas principais e, quando ne- vel, mas onde não foram encontrados cessário, estradas secundárias e simples indícios significativos de gemas – cor- caminhos, procurando indícios da existên- respondem às regiões onde afloram rochas cia de gemas e, na medida do possível, da Formação Serra Geral, mas nas quais delimitando sua área de ocorrência. não foram vistos indícios de gemas de algum significado. Levantou-se, assim, o potencial gemológico de Santa Catarina, através da e) áreas desfavoráveis – são as demais descrição e cadastro de 81 jazimentos de regiões do Estado, compreendendo a gemas, aí incluídos desde simples indícios faixa de rochas sedimentares paleozóico- até mina e garimpo em atividade. mesozóicas (exceto aquelas onde ocorrem xilólitos), e as rochas mais antigas, arque- Foram cadastrados também 39 anas a cambro-ordovicianas, do Escudo jazimentos de minerais para coleção, assim Catarinense, nas quais constituem exce- entendido aquele material que não se pres- ções os granitóides com quartzo róseo ta à lapidação, mas que, por sua beleza, é ( ), fluorita (principalmente no valioso para museus e coleções. Nesse Sudeste do Estado) e coríndon (Barra Ve- aspecto, destacam-se as zeolitas, às quais lha / São João do Itaperuí). associam-se outros minerais, como

2 Série Pedras Preciosas, 06

O estudo não se deteve na análise de campo confirmaram que o ambiente da gênese das gemas. A origem daquelas geológico mais favorável à sua ocorrência encontradas nos basaltos do sul do Brasil é é a Formação Serra Geral, sobretudo seus complexa e ainda pouco conhecida, tendo basaltos, que ocupam as regiões central e sido tratada por diversos autores, que le- oeste do Estado. vantaram várias hipóteses. As observações

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3 – Visão Geral do Potencial Gemológico de Santa Catarina

Apesar da proximidade em relação Colocando os limites dessas três ao , e em especial em áreas sobre o Mapa Geológico do Estado relação aos seus importantes depósitos de de Santa Catarina (Awdziej et al., 1986), a ametista da região do Médio Alto Uruguai, partir do qual se elaborou o fundo geológi- Santa Catarina não mostra o mesmo po- co simplificado do mapa gemológico, vê-se tencial para gemas. Há grande distribuição nítida correlação entre gemas e rochas de ágata, ametista e cristal-de-rocha (em basálticas. Nas seis áreas de rochas áci- muito menor quantidade ônix e jaspe), mas das ou intermediárias (dacitos, riodacitos, não se conhecem ainda concentrações felsitos e riolitos felsíticos), não se cadas- comparáveis às das zonas produtoras do trou nenhum jazimento de gema, confir- estado vizinho. Com isso, a produção do mando o que se vê no Rio Grande do Sul, Estado é insignificante quando confrontada onde é também nos basaltos que mais se com a do Rio Grande do Sul. concentram as pedras preciosas.

Em compensação, mostra Santa No mesmo ano em que o citado Catarina maior diversidade, com produção mapa geológico foi editado, publicou-se o de fluorita, rubi, safira e, no passado, Atlas de Santa Catarina (Gaplan, 1986), no quartzo róseo, gemas nunca produzidas no qual há outro mapa geológico, elaborado Rio Grande do Sul. pelo Projeto Radambrasil, em escala 1:1.000.000. Neste segundo mapa, as á- Nas rochas vulcânicas da Forma- reas ocupadas por rochas ácidas ou inter- ção Serra Geral, que abrangem quase mediárias são não apenas mais numero- metade do Estado, foram definidas três sas, mas também maiores que no anterior. áreas mineralizadas em ágata e ametista Mesmo nele, porém, mantém-se a correla- (figura 1), que são, de oeste para este: ção entre os basaltos e os jazimentos de gemas. Apenas a área – Área Itapiranga - – Ipua- contém alguns jazi- çu. mentos em rochas ácidas ou intermediá- Área Macieira – Brunópolis. rias, dos quais somente dois mostram al- Área Celso Ramos – Bom Jardim gum potencial para gemas, e mesmo assim da Serra. apenas para ágata.

A primeira dessas áreas destaca- Embora sejam hoje extremamente se por conter as raras frentes de lavra em raros os jazimentos de gema em lavra, o atividade (municípios de Itapiranga, Entre Geól. Carlos Fellemberg (informação ver- Rios e Quilombo) e outras abandonadas bal), responsável técnico pela Cooperativa (Quilombo e São Carlos). Ela é um prolon- de Garimpeiros do , gamento da importante região produtora de julga perfeitamente viável o aproveitamento gemas (sobretudo ametista) do Médio Alto econômico das pedras preciosas dos ba- Uruguai, no Rio Grande do Sul. saltos de Santa Catarina, mesmo reconhe- cendo ter este Estado um potencial bem A segunda, embora com menor inferior ao do Rio Grande do Sul. importância em termos de produção, supe- ra a anterior em extensão. O exame da distribuição das zeoli- tas (figura 2) mostra que esse grupo mine- A terceira área é a que tem menor ralógico também se concentra nos basal- potencial gemológico, mas supera as de- tos. mais em extensão. Não está tão bem defi- nida quanto as anteriores, é mais pobre em Na grande faixa de rochas sedi- ametista e, na sua porção ocidental, tam- mentares, a única substância gemológica bém continua além da divisa com o Rio digna de ser citada é o xilólito (madeira Grande do Sul. petrificada), encontrado nas formações Rio

53° 52° 51° W.Gr. 50° 30' 49°

26° 26°

MAFRA

CANOINHAS SÃO BENTO DO SUL PARANÁ JARAGUÁ

A DO SUL

N I

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G R SÃO MIGUEL

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C I L XANXERÊ B MACIEIRA Ú ITAJAÍ P E

R 27° 27° CHAPECÓ PALMITOS BRUSQUE ITAPIRANGA CONCÓRDIA

BRUNÓPOLIS

53° R IO FLORIANÓPOLIS G CELSO RAMOS R A N D E D O S U L 10 km0 10 20 30 40 km

28° 28°

52°

BOM JARDIM ametista DA SERRA

TUBARÃO LAGUNA ágata O C

51° W.Gr. I 06 Preciosas, Pedras Série ametista e ágata CRICIÚMA T N

 limites das principais L áreas portadoras de T A ARARANGUÁ ágata e ametista 29° 29°

Figura 1 - Principais áreas mineralizadas em ágata e ametista OCEANO 5

50° 49° Informe de Recursos Minerais

Bonito e Rio do Rasto, aparecendo nos pá, todas sem importância. municípios de Itaiópolis, Lages, Taió e Bo- caina do Sul, pelo menos. Os minerais para coleção de Santa Catarina, compreendem zeolitas, calcita, Nas rochas pré-cambrianas a eo- barita, apofilita e, com menor importância, paleozóicas, há depósitos de quartzo ró- algumas variedades de quartzo de aspecto seo, coríndon e fluorita, mostrando ter este leitoso ou sacaróide, anidrita, volframita e ambiente geológico um potencial para ge- quartzo com goethita. Jazimentos impor- mas maior do que o das rochas pré- tantes foram encontrados em Xanxerê, cambrianas do Rio Grande do Sul. Há tam- Mondaí e nas obras da barragem de Itá, no bém schorlita em , mas sem impor- município de mesmo nome. tância econômica. O topo dos derrames basálticos de O coríndon forma importantes de- Santa Catarina costuma ter amígdalas pósitos nos municípios de e muito pequenas, normalmente sem bom São João do Itaperuí, de onde foi extraída desenvolvimento dos cristais. Onde se mais de uma tonelada de minério, com mostram maiores, esses cristais freqüen- grande porcentagem de cristais lapidáveis. temente têm formato irregular, conseqüên- cia de um preenchimento total da cavidade. O quartzo ocorre em Nova Trento e não há produção atualmente. Pelo menos uma parte da produ- ção catarinense de ametista está sendo Silva (1987), na carta metalogené- vendida a empresas do Rio Grande do Sul, tica da Folha Joinville (área entre os para- o que faz supor que essa produção esteja lelos 26o e 27o e os meridianos 48o e 49o sendo computada como procedente deste 30’), registra três ocorrências de fluorita em Estado. Campo Alegre e uma de apatita em Coru-

4 - A Cooperativa de Garimpeiros do Oeste Catarinense

Uma tentativa de dinamizar a pro- várias iniciativas importantes: dução de gemas do Estado e de inaugurar um novo ciclo econômico no Oeste de San- - contratação de mineradores de ta Catarina (Mallmann, 1995) foi a criação, Ametista do Sul para ensinar técnicas em 1995, da Cooperativa de Garimpeiros de extração de ágata e ametista. do Oeste Catarinense (Coopema), com - requerimento de alvarás de pesqui- sede em São Carlos. A Cooperativa pre- sa para 101 áreas de 50 ha (nenhum tendia ser uma alternativa à agricultura e ainda concedido). extração madeireira e vender as gemas produzidas para outros estados brasileiros, - contratação de técnicos do Centro o Mercosul, Europa e Ásia. de Formação Senai de Gemologia, de Lajeado (RS), que ministraram cursos Constituída com recursos de mais sobre martelação de gemas e trata- de trinta prefeituras da região Oeste, mas mento térmico da ametista. entregue à iniciativa privada, ela encontra- - aquisição de equipamento para se hoje paralisada. produção de botões de ágata, atual- mente sem uso. A Coopema foi responsável por

Municípios que Aderiram à Coopema

Águas de Chapecó Águas Frias Guaraciaba Pinhalzinho Guarujá do Sul Iporã d´Oeste Pres. Castelo Branco Campo Erê Quilombo do Sul Itá São Carlos Chapecó Itapiranga São Miguel d’Oeste Jardinópolis Saudades Maravilha Serra Ata Cunha Porã Sul Brasil Descanso União do Oeste Palmitos

Segundo Arlindo Statzman, atual rados de ágata e ametista de Santa Catari- Presidente da Coopema, um calote dado na. A Izacris começou produzindo peças por uma empresa italiana e a atual crise, decorativas de ágata, como chaveiros e somados ao desinteresse da Prefeitura de mostradores de relógio, em terreno e pré- São Carlos, foi o que levou à paralisação dio cedidos pela Prefeitura daquele muni- da Cooperativa. cípio. A empresa teve dificuldades para adquirir matéria-prima da região no início No mesmo ano em que se fundou das atividades, conseqüência da desconfi- a Coopema, foi fundada, também em São ança com que muitos produtores rurais Carlos, a Izacris (Indústria de Jazidas e receberam a criação da Cooperativa, e Cristais), a primeira empresa de manufatu- acabou encerrando suas atividades.

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5 - Potencial de Alguns Municípios do Oeste Catarinense

Carlos Fellemberg, responsável dantes. Ele afirma haver produção de técnico da Coopema, diz que há gemas em gemas em Quilombo, Marema, Entre todos os municípios que aderiram à Coope- Rios e Iraceminha. Em Planalto Alegre, rativa e que os mais promissores são Pal- elas ocorrem em Alto da Serra, Topo da mitos, São Carlos, Pinhalzinho, Marema, Serra e Engenho Velho, diz Pontel. Entre Rios, Saudades e Itapiranga. Edgard Lessing, da Prefeitura de Erwino Voigt, primeiro presidente Palmitos, diz que nunca se produziu da Cooperativa, considera mais promisso- gemas no município mas que elas exis- res Planalto Alegre, São Carlos, Coronel tem em Linha Lambari, Linha Diamantina Freitas, Quilombo, Guaraciaba, Pinhal- e Linha Cachoeira, todas ao norte da zinho, Sul Brasil, Itapiranga e Palmitos. sede.

Segundo Arlindo Statzmann, atual São Carlos teve uma lavra incipi- Presidente da Cooperativa, a lavra de ente de ágata e ametista, logo abandonada gemas desenvolveu-se mais em Planalto pela má qualidade das gemas extraídas. Lá Alegre. se encontrou um geodo de 1,20 m de diâ- metro e um morador do município disse ter Darci Mallmann, ex-funcionário da encontrado um cristal de ametista de 250 Prefeitura de São Carlos, conhece bem a g. região em torno daquele município e a- companhou os técnicos quando da funda- O minerador Alvício Kummer, de ção da Coopema. Segundo ele, São Car- Itapiranga, considera toda a região ao los possui gemas em Bela Vista, São Ro- longo do rio Peperi-Guaçu (fronteira com a que, São Sebastião, Jacutinga e Baixa Argentina) muito rica em gemas (ametista, Agüinhas. Ele tentou produzir ametista em ágata, ônix, jaspe). O Prefeito Municipal Jacutinga, com a assessoria de um mine- informa haver produção e beneficiamento rador do Rio Grande do Sul, mas a ametis- de ágata em Popi, no interior do município. ta se mostrou com cor fraca. Kummer diz também que São Jo- Águas de Chapecó, segundo ele, ão d´Oeste possui gemas em Vale Pio, tem jaspe, ametista e cristal-de-rocha em São Jorge e principalmente Catres. Em Linha Maidana e jaspe também em São Catres, ele extraiu 25 t de ágata sem che- Brás. Pinhalzinho possui jazimentos em gar ao fundo da jazida, lavrando em solo. Burro Branco, perto da sede. A ametista lá encontrada, ao contrário da de São Carlos, Na barragem de Itá, informou-se permite a transformação em citrino, informa ter sido ali encontrado um geodo com um Mallmann. metro de diâmetro. Em área a ser coberta pelas águas, a equipe do Projeto encontrou Em Cunhataí, a noroeste de São cerca de dez minerais diferentes, incluindo Carlos, três funcionários da Prefeitura dis- gemas e peças para coleção. seram ter ouvido falar que há gemas no município, mas não souberam dizer onde. Jorge Dalzotto, de Ipuaçu, diz que este município possui gemas em , Joaquim Pontel, minerador de São Cristóvão e São Miguel. Informou tam- Planalto Alegre, diz ter paralisado as bém estar em formação, no município, uma atividades extrativas porque os compra- empresa de participação para aproveitar as dores tornaram-se muito exigentes com gemas lá existentes. relação à qualidade do produto. O avanço de suas galerias mostrou ametista cada O Prefeito de Bom Jesus do Oes- vez mais fraca, embora em geodos abun- te afirma haver gemas no município mas não foi possível verificar as ocorrências.

Série Pedras Preciosas, 06

faz tratamento térmico da ametista e marte- Segundo o Secretário da Adminis- lação dela e do citrino assim obtido. A tração de Guaraciaba, lá não há produção produção é vendida para empresas do Rio de gemas, mas elas ocorrem em Linha Grande do Sul (Lajeado e Planalto). Os Mirim, São Vicente, São Domingos, Traíra produtores são pequenos proprietários em e Ouro Verde. situação irregular do ponto de vista legal, mas que a Prefeitura pretende legalizar. Ênio Copatti, Secretário da Agricul- Diferente do que ocorre em Itapiranga, a tura de Quilombo, diz que os melhores lavra é feita na rocha. jazimentos estão em São José. Há outros em Vila Gaúcha, Linha Bergamini, Vista Cirineu Bach, diz que Iporã Alegre e Pinhal (onde Odacir Rigo é produ- d´Oeste não produz gemas, mas as possui tor). em Macucozinho, Linha Faic (ágata) e La- jeado das Letras. O Secretário da Administração de Marema afirma que lá também não há Um engenheiro agrônomo da Pre- produção, mas que anos atrás se extraiu feitura de declarou que o município cristal-de-rocha e um geodo de ametista a possui dois jazimentos, pouco importantes, 500 m a NW da sede. O cristal-de-rocha ali em Nova Teutônia e Caraíba, onde há a- produzido era tratado termicamente. Não metista. se conhecem outros jazimentos no municí- pio. Informaram por correspondência, não haver gemas em seus territórios as Edilton Ribeiro, Secretário da Ad- prefeituras de Catanduvas, Chapecó, Erval ministração de Entre Rios, diz que há Velho, Irani e . produção de gemas no município em volu- me irregular, mas já há trinta anos. Ali se

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6 - Gemas Encontradas

Os trabalhos confirmaram que as sempre é passível de transformação em principais gemas existentes em Santa Ca- citrino. Tanto ela quanto o cristal-de-rocha tarina são ametista, ágata, quartzo róseo e podem ser muito límpidos. coríndon (rubi e safira), mas que há jazi- mentos de fluorita, xilólito (madeira fóssil), Os geodos atingem até 80 cm de cristal-de-rocha, jaspe, obsidiana, ônix, diâmetro pelo menos. turmalina e quartzo enfumaçado. Estudos recentes de Juchen et al. 6.1 - Ametista (1999) mostram que a ametista e as de- mais variedades de quartzo que ocorrem Distribuição geográfica nos basaltos do sul do Brasil se formaram a temperaturas bastante próximas, em É a mais importante das gemas torno de 50oC, e em condições geológicas existentes em Santa Catarina, estando pouco variáveis. A calcita que ocorre asso- presente em 34 % dos jazimentos cadas- ciada formou-se a temperatura mais baixa, trados. É encontrada em muitos locais das em torno de 30oC. Esses valores, segundo porções central e oeste do Estado, mais os mesmo autores, são semelhantes aos raramente na região de São Joaquim, Bom que têm sido encontrados por outros pes- Jardim da Serra e . Ocorre geral- quisadores em depósitos similares. mente associada à ágata, conforme se vê na figura 1. Outra pesquisa, feita por Fischer et al. (1999), confirmou que a cor da ametista Sua concentração mais importante é devida à presença de ferro num estado está no Oeste Catarinense, na região entre especial de oxidação (4+) e não pelo ferro Palmitos e Ipuaçu. trivalente como se supôs durante muito tempo. Esse estado especial de oxidação, Geologia segundo esses autores, é devido à radia- ção emitida por elementos como urânio, Segundo Carlos Fellemberg (infor- tório, chumbo e potássio, presentes na mação verbal), os jazimentos de Santa rocha. Submetidas a aquecimento, as ame- Catarina costumam ocorrer em um derra- tistas começam a perder cor aos 450oC e me situado muito próximo à superfície. tornam-se praticamente incolores a 500oC. Esse derrame não está bem caracterizado, Essa perda de cor é acompanhada de au- parecendo ser geralmente um basalto mi- mento do Fe3+, o que é atribuído à destrui- crovesicular, que os garimpeiros chamam ção dos íons Fe4+. de tijolão. Produção Na barragem de Itá, vêem-se geo- dos em um basalto vesicular marrom, so- A produção de ametista de Santa bre o qual há basalto cinza, maciço. Catarina não é significativa, limitando-se a algumas poucas frentes de lavra: um ga- Na mina subterrânea de Entre Ri- rimpo a céu aberto na Reserva Indígena os, a encaixante é um basalto cinza que Xapecó, no município de Entre Rios, uma não parece se alterar facilmente como o do mina subterrânea, no mesmo município, e Rio Grande do Sul, provavelmente por não uma lavra rudimentar a céu aberto, em possuir, como aquele, matriz vítrea, homo- Quilombo. gênea e sem cristálitos. Mas, basaltos do tipo facilmente alterável podem ser encon- O garimpo produz ametista, ágata trados em e Herval e cristal-de-rocha há muitos anos, mas de d´Oeste. modo intermitente. A produção é pequena, em parte por falta de recursos. A lavra é A ametista é, em geral, de cor mais sazonal, feita pelos próprios índios, que clara que a do Rio Grande do Sul e nem empregam trator de esteira alugado (R$

Série Pedras Preciosas, 06

50,00 por hora). Quinze índios recolhem os ser uma área muito promissora. Ela foi já geodos que o trator faz aflorar, e que me- visitada por vários interessados, um dos dem até 70 cm de diâmetro pelo menos. O quais propôs sociedade ao dono do imóvel, Cacique Valdo diz que, se dispusessem de que não a aceitou porque o proponente recursos financeiros, poderiam alugar o queria iniciar lavra sem prazo para conclu- trator por mais tempo e aumentar a produ- são dos trabalhos. Vêem-se, no local, mui- ção, já que a mão-de-obra indígena é a- tos geodos com até 50 cm de diâmetro, de bundante (segundo ele, a reserva é a mai- cristal-de-rocha, ágata, ametista e massas or do país em população, possuindo 35,6 maiores de jaspe verde. % dos eleitores de Ipuaçu). Outro proprietário, residente a 1 km A ametista só é aproveitável após desse local, diz ter vendido cerca de uma transformação em citrino, o que nem sem- tonelada de geodos, suspendendo a lavra pre é conseguido. O citrino é vendido em por não ter havido mais procura. Entre Rios, por preço que varia entre R$5,00 e R$ 10,00 /kg. Há informações de que, na barra do rio do Ouro, há cerca de um ano foram A área da reserva considerada extraídos mais de 1.000 kg de ametista de mais rica em ametista foi definida por um ótima cor, além de cristal-de-rocha e peças geólogo, contratado pela FUNAI. para coleção.

A mina subterrânea, também situa- A administração municipal de Qui- da em Entre Rios, está em produção há 30 lombo mostra grande interesse pelos re- anos. Tanto a geologia como o método de cursos gemológicos do município. lavra (furação, desmonte, extração e trans- porte) são em tudo semelhantes aos dos Segundo o Geól. Carlos Fellemberg garimpos da região de Ametista do Sul (informação verbal), o fato de a ametista (RS), exceto pela energia elétrica, que ocorrer, na região Oeste, em derrame pró- provém de bateria. ximo à superfície tornará uma eventual lavra subterrânea mais onerosa, exigindo Há algumas dezenas de galerias, escoramento das galerias. A lavra a céu numa extensão de 360 m, onde trabalham aberto dispensaria isso, mas com maior dez homens. Produzem ametista apenas, remoção de estéril, o que pode inviabilizar mas há também cristal-de-rocha, calcita, o empreendimento. Apesar disso, ele con- ágata e peças para coleção, como anidrita sidera perfeitamente viável o aproveita- (rara), heulandita (?) avermelhada e forma- mento das gemas catarinenses. ções irregulares (barreiros) de sílica. As galerias são pouco extensas, uma vez que Fora da região Oeste, houve já a energia elétrica é escassa. São comuns extração de ametista em , cer- geodos com gases e água confinados sob ca de 20 km a WNW de . alta pressão. A ametista permite a obten- ção de citrino de muito boa qualidade, in- Tratamento clusive de cor vermelha. Quando a ametista tem cor fraca Em Quilombo, há uma lavra de ou irregularmente distribuída, procura-se ágata e ametista, muito rudimentar e inter- fazer sua transformação em citrino (o equi- mitente. O proprietário diz não ter vendido vocadamente chamado topázio Rio Grande nada ainda. A frente de lavra mede 15 m ou citrino Rio Grande) por tratamento tér- aproximadamente e o intervalo mineraliza- mico, o que nem sempre dá resultados do tem 1,5 m de espessura. compensadores. As gemas que aceitam esse tratamento são imersas em areia Próximo dali, há outro jazimento grossa, na forma de drusas ou cristais iso- onde foram produzidos, por cata superfici- lados, e levadas ao forno dentro de uma al, 100 kg de gemas, das quais foram ven- forma de ferro. Pedaços maiores são sim- didas as melhores. Os indícios mostram plesmente empilhados no forno.

11 Informe de Recursos Minerais

À esquerda, garimpo de ametista na Reserva Indígena Xapecó em Entre Rios. Abaixo, cavidade de onde se retirou geodo no mesmo garimpo.

12 Série Pedras Preciosas, 06

Acima, geodo de ametista e geodos menores de ágata no canteiro de obras da barra- gem de Itá. Abaixo, serra do Rio do Rastro, em Lauro Müller. Ao longo da estrada, vêem-se ametis- ta, ágata, cristal-de-rocha, zeolitas, calcita, quartzo enfumaçado e minerais de cobre.

13 Informe de Recursos Minerais

A temperatura de transformação fi- duzida neste último é praticamente toda ca em torno de 475oC, mas é determinada exportada, principalmente para os Estados sempre mediante teste com pedaços pe- Unidos, a Alemanha e o Japão, ficando no quenos, pois se é ultrapassada em alguns mercado interno as gemas lapidáveis. poucos graus o material torna-se leitoso (louçado). O aquecimento deve ser gradual Até 1971, o Brasil exportava relati- (seis a sete horas), o mesmo ocorrendo vamente pouco citrino obtido a partir de com o resfriamento, sobretudo quando o ametista, mas a preços significativos. A material não está imerso em areia. partir de 1972, aumentou bastante o volu- me exportado mas os preços caíram muito A ametista produzida em Santa de 1977 em diante e mais ainda a partir de Catarina é beneficiada principalmente na 1992. própria região em que é produzida ou em Soledade (RS). Em Itapiranga, Alvicio 6.2 - Ágata Kummer beneficia ametista, mas a matéria- prima provém, pelo menos eventualmente, Distribuição geográfica de Ametista do Sul (RS). É a segunda gema mais abundante A ametista extraída de Entre Rios é em Santa Catarina, tendo sido encontrada martelada e tratada termicamente no pró- em 58% dos jazimentos cadastrados. É prio município. O tratamento térmico pode produzida apenas em três locais, os garim- dar citrino vermelho. Um minerador do local pos de ametista de Entre Rios e Quilombo informou que a transformação da ametista e em Itapiranga, entre os rios Peperi- em citrino ocorre já aos 230oC, temperatura Guaçu e Macaco Branco. Entretanto, ocor- muito inferior aos mais de 400oC usual- re também na mina subterrânea de ametis- mente necessários. ta de Entre Rios.

Comercialização Em Itapiranga, as áreas produtoras são Coqueiro, Dois Saltinhos, Presidente O Anuário Mineral Brasileiro de Becker, São Ludgero e Santa Fé, em or- 1997 mostra que, no triênio 1994-1996, o dem decrescente de importância. Brasil exportou, em média, 1.030 t/ano de ametista bruta, serrada ou desbastada, abandonadas existem em com tendência de manter essa média. O Quilombo (lajeado Mandasaia) e em São preço manteve-se estável, em torno de João d’Oeste. Neste município, há ocor- US$ 6,00/kg. rências em Vale Pio, São Jorge e sobretu- do em Catres. Neste último, houve outrora A exportação de ametista trabalha- produção. da de outro modo foi de 1.099 t/ano, com tendência de alta. O preço desta ametista Na área entre Celso Ramos e Bom esteve estável, em torno de US$ 8,53/kg. Jardim da Serra, a ágata é muito mais a- bundante que a ametista. O responsável pela lavra na mina subterrânea de Entre Rios não informou o Geologia preço do citrino que obtém por tratamento da ametista, dizendo apenas que o vende Na principal área produtora (Itapi- para empresas do Rio Grande do Sul. Isso ranga), a ágata é extraída do solo, como já permite supor que a pequena produção o foi em São João d´Oeste (Catres). Não catarinense esteja sendo computada como foi possível visitar nenhum garimpo, mas o proveniente do Rio Grande do Sul. empresário Alvício Kummer informa que os geodos possuem em média 20 cm, de diâ- O Anuário Mineral não apresenta metro, podendo chegar a 60 cm. A espes- dados específicos sobre Santa Catarina sura do depósito parece ser considerável, nem sobre o Rio Grande do Sul, mas, pelo menos em Catres. segundo Fiorentini (1998), a ametista pro-

14 Série Pedras Preciosas, 06

Os geodos encontrados no restan- compra matéria-prima em Ametista do Sul te do Estado têm, em média, 10 cm. A mé- (RS). dia dos maiores fica em torno de 20 cm, podendo alguns chegar a 50 cm. A cor Em Catres (São João d´Oeste), predominante é o cinza, com tons claros a ele diz ter extraído 25 t de ágata, sem che- escuros, em alguns locais alternada com gar à base da jazida. branco. Superfícies alteradas podem mos- trar cor azulada. São comuns geodos de A maior parte da ágata produzida cor cinza com a porção central amarelo- no mundo é submetida a tingimento, práti- clara, o que não se vê muito no Rio Grande ca adotada também no Rio Grande do Sul do Sul. Não é difícil obter peças com ban- e em Santa Catarina, em menor escala damento bem nítido. (cerca de 40%). O processo pode ser a frio ou a quente, caracterizando-se o primeiro A gênese das ágatas do sul do por ser mais demorado, mas com cor final Brasil é assunto ainda controvertido. Dela- estável, o que nem sempre ocorre com o ney (1996) expõe resumidamente dois tratamento a quente. processos genéticos que explicam a for- mação dos diferentes padrões de preen- O preço final do produto não é chimento dos geodos. afetado pelo fato de ter sido submetido a tingimento. Segundo ele, as cavidades da ro- cha, formadas por bolhas de gás, são pre- A técnica de tingir ágatas, mantida enchidas por sílica gel proveniente da devi- em segredo por muito tempo, é hoje bem trificação da lava. Gradualmente vão se conhecida e é exposta em detalhes por formando anéis de liesegang pela precipi- Agostini et al. (1998). As cores finais do tação dessa substância. Como se trata de tingimento são verde, vermelho, rosa, ro- um processo endógeno ou sistema fecha- xo, azul e preto, cada qual com seus coran- do, a formação dos anéis é cíclica e eles tes e técnicas próprias. adquirem larguras variadas. Alvício Kummer possui instalações Se o geodo sofre fraturamento ou de beneficiamento de ágata nos arredores se o conduto por onde entrou o material é de Itapiranga, onde beneficia também xilóli- reativado, mais sílica é trazida por soluções to e ametista. Conta com duas serras e hidrotermais e por água superficial. A cris- material para tingimento. talização é inicialmente perpendicular aos anéis de liesegang, com cristais usualmen- Comercialização te curtos e justapostos. Gradualmente vão- se formando cristais maiores que comple- O Anuário Mineral Brasileiro de tam o preenchimento da cavidade. 1997 mostra que, no triênio 1994-1996, o Brasil exportou, em média, 3.056 t/ano de Em alguns casos, o quartzo não ágata bruta, serrada ou desbastada, com preenche completamente o geodo e água tendência de elevação dessa média. O residual pode ficar aprisionada no centro. preço manteve-se estável, em torno de Se o geodo é muito poroso ou fraturado, a US$ 1,32/kg. água do solo pode se infiltrar e atingir o centro da cavidade. A exportação de ágata trabalhada de outro modo foi de 1.319 t/ano, com ten- Produção e beneficiamento dência de queda. O preço desta ágata manteve-se estável, em torno de US$ Santa Catarina não produz ágata 4,23/kg. regularmente. Em Itapiranga, Alvício Kum- mer já foi responsável por uma produção O Anuário Mineral não apresenta significativa, mas hoje extrai a gema ape- dados específicos sobre produção de ága- nas quando recebe encomendas. Se o ta em Santa Catarina, nem no Rio Grande pedido envolve grande volume, Kummer

15 Informe de Recursos Minerais do branco, rosa-claro, marrom, cinzento e preto (safira). Brum et al. (1990) mencio- Sul, mas ela responde por 5,33% das ge- nam uma cor vermelho-arroxeada, segun- mas brutas e 18% das gemas trabalhadas do eles pouco comum nessa gema. exportadas pelo Brasil. Se não se conside- rar o diamante, essa participação passa Os cristais são geralmente euédri- para 16,9 % das gemas brutas e 30% das cos (os maiores) a subédricos (os meno- gemas trabalhadas. res), raramente anédricos, e podem ter forma de barril. Nas sua maioria são opa- Os maiores importadores de ágata cos, mas os translúcidos, lapidados em bruta são Taiwan, China e Alemanha. A cabuchão fornecem gemas interessantes, ágata trabalhada quem mais compra são dada a variação de cor, aspecto sedoso e os Estados Unidos. asterismo. Têm em média 2 cm, podendo chegar a 10 cm. Podem mostrar asterismo A pequena produção de Santa Ca- acentuado. tarina é insignificante frente ao que produz o Rio Grande do Sul. Kummer diz que hou- Euclides Secco, proprietário da ve época em que vendia bem mais que jazida, diz que o aproveitamento como hoje, fazendo duas remessas por mês para gema foi estimado em 30% da produção Foz do Iguaçu (PR). pelos professores Pedro Juchen (gemólogo da UFRGS) e Nelson Chodur (UFPR). Um 6.3 – Coríndon (rubi e safira) lapidador, porém, teria avaliado em até 70% a parcela da produção passível de Distribuição Geográfica lapidação, sendo o restante utilizável como abrasivo. As gemas rendem 1 ct por grama Rubi e safira ocorrem em rochas na lapidação. de todo o Complexo Granulítico de Santa Catarina, mas concentrações economica- Produção e comercialização mente aproveitáveis são conhecidas nos municípios de Barra Velha e São João do Euclides Secco diz haver extraído Itaperuí, na margem direita do rio Itapocu. 1.200 kg de coríndon e que aguarda a ven- da do produto para retomar a lavra, sus- Segundo o Geól. Nélson Chodur pensa há um ano. Há vários interessados, (informação verbal), que ali realizou traba- inclusive fora do Brasil, mas as negocia- lho de doutorado, a área de ocorrência ções ainda não chegaram a bom termo. começa cerca de 10 a 15 km ao sul de Barra Velha, estendendo-se por igual dis- O método de lavra envolve perdas tância ao norte da cidade e por 10 km para de 25% a 30%, mas ele pretende mudá-lo oeste. A extração, hoje paralisada, era para obter mais eficiência. feita na localidade de Escalvado, cerca de 7 km a oeste da BR-101. A lapidação permite obter 1 ct por grama de material bruto. Há outras ocorrências de safira em Lages, onde, segundo o Geól. Carlos de 6.4 - Quartzo róseo Wetterlé Bonow (informação verbal), foram obtidas gemas de boa qualidade, de até 9 ct. Há jazimentos relativamente impor- tantes dessa gema em Nova Trento. Infor- Geologia mações obtidas no local dão conta de que houve produção significativa e que as re- O coríndon de Barra Velha e São servas ainda são consideráveis, mas com João do Itaperuí ocorre em sedimentos mercado restrito. Um único produtor vendia fluviais onde forma bolsões pouco exten- quartzo róseo e feldspato para quatro esta- sos, descontínuos e de pequena espessu- dos, há cerca de dez anos. ra. O mineral tem cor predominantemente avermelhada (rubi), podendo mostrar-se

16 Série Pedras Preciosas, 06

Trainini et al. (1978) cadastraram A fluorita é bem conhecida no sul quatro jazimentos dessa gema, dois deles de Santa Catarina, onde é produzida há em lavra na ocasião. Todos eles situam-se muitos anos para uso na siderurgia e na a poucos quilômetros da sede municipal e indústria química, e no vale do Itajaí. estão associados a pegmatitos zonados com até 50 m de espessura, de direções Atualmente, há duas minas em N60o W, N20o E e N60oE, encaixados no atividade no Estado, uma em Granitóide Valsungana e nos granitos e outra em Santa Rosa de Lima, ambas e Nova Trento. Ocorrem com o pertencentes à Mineração Floral. Várias quartzo róseo, feldspato e quartzo branco, outras minas nestes e em outros municí- dos quais o primeiro também foi aproveita- pios, como e Morro da Fuma- do economicamente. ça, estão abandonadas.

Numa das minas já então abando- Em , a empresa possui nadas, situada a 500 m da sede municipal, a jazida de Rio dos Bugres, que está sen- foram extraídas mais de 300 t de minério, do objeto de estudos de viabilidade eco- numa trincheira de 15 m x 10 m x 10 m. nômica. Neste local, o quartzo róseo mostrou-se de má qualidade. Geologia

A pouco mais de 4 km da sede Na mina de Cocal do Sul, a fluorita municipal, houve lavra rudimentar de ocorre em filões encaixados em granitos, quartzo róseo, que era extraído e cortado associada a cristal-de-rocha, calcita (pouco em pedaços de 15 kg. Foram produzidos freqüente), calcedônia, pirita e barita. Só a pelo menos 150 t, de um veio com 200 x 10 calcedônia é abundante mas a barita, em x 10 m. determinado ponto da mina, aparece em cristais euédricos bem transparentes, inco- No morro da Cruz, junto à cidade, lores, de até 5 cm, com formas cristalinas houve extração de quartzo leitoso e róseo únicas no mundo, o que a torna muito vali- nas décadas de 60 e 70, talvez também osa para coleção. depois disso. O primeiro era usado em cerâmica, depois de moído. O corpo de minério tem cerca de 2,5 km de extensão e os cristais de fluorita 6.5 - Fluorita bem formados (não muito abundantes) podem atingir 10 cm. O mineral pode ser A fluorita não costuma ser utilizada incolor ou ter cores roxa, verde, azul e a- como gema por ter baixa dureza, o que marela, muitas vezes distribuídas em faixa dificulta a obtenção de um bom brilho, e paralelas. Técnicos da Mineração Floral pela excelente clivagem cúbica, que difi- dizem que a cor roxa não é estável. culta a lapidação. Entretanto, no comércio do Rio Grande do Sul é fácil obter hoje As reservas totalizam 1.600.000 t fluorita bruta e lapidada procedente da de minério recuperáveis e 2.500.000 t de Argentina e o lapidador Agenor Gusmão, reservas geológicas de Porto Alegre, diz já haver lapidado fluo- ritas tanto argentinas quanto catarinenses, Produção e comercialização sem nenhuma dificuldade. A lavra em Cocal do Sul é subter- A fluorita de Santa Catarina mere- rânea, em cinco níveis abaixo da superfí- ce destaque por fornecer também belas cie. Uma galeria de 1 km une as frentes de peças para coleção, incluindo drusas de lavra às instalações de beneficiamento. grande tamanho e outras menores, em que aparecem pequenos cristais de pirita. As duas minas produzem 2.750 t/mês de concentrado, das quais 2.300 t Distribuição geográfica são do tipo grau ácido úmido, destinado à produção de ácido fluorídrico; 350 t são de

17 Informe de Recursos Minerais grau metalúrgico, destinadas à metalurgia rísticas gemológicas e é empregado na e 100 t são de fluorita grau ácido seco, produção de cerâmica, segundo o Geól. usada em soldas e outros produtos. Antônio Sílvio Krebs (informação verbal).

O primeiro tipo é utilizado pela As observações de campo pare- própria empresa mineradora, a Nitroquími- cem mostrar que o cristal-de-rocha de San- ca. Os demais são vendidos para outras ta Catarina costuma ser mais límpido que o empresas, do mesmo grupo (Votorantin) ou do Rio Grande do Sul, mas com cristais não. menores.

As duas minas têm produção a- 6.7 - Xilólito (madeira fossilizada, proximadamente equivalentes, mas todo o madeira petrificada) minério é beneficiado na unidade de Cocal do Sul. Foram cadastrados dois jazimentos de madeira silicificada nos municípios de O preço varia entre US$ 176 e US$ Lages e Itaiópolis, mas, segundo o Geól. 299 por tonelada. Oniro Mônaco (informação verbal), ela existe também em Taió e . 6.6 - Cristal-de-rocha O material procedente de Lages é aparen- temente o melhor para lapidação. Aparece em toda a área de rochas vulcânicas da Formação Serra Geral, sen- A madeira silicificada pode ser do a gema mais abundante em Santa Cata- trabalhada para obtenção de jóias e princi- rina. Sua presença foi registrada em 72% palmente objetos decorativos, como cinzei- dos jazimentos de gemas cadastrados. ros, mostradores de relógio, pesos de pa- Entretanto, não é aproveitado nem mesmo pel, etc. como peça para coleção, por falta de de- manda. Os jazimentos cadastrados estão em rochas sedimentares da Formação Rio A menos de 4 km da cidade de Bonito (Permiano). Em Taió e Bocaina do Nova Trento, foram extraídas algumas Sul, localizam-se em rochas da Formação centenas de quilogramas, havendo-se obti- Rio do Rasto. do cristais de até 1 kg aproximadamente (Trainini et al., 1978). 6.8 - Jaspe

Em Marema, houve pequena pro- Foram cadastrados três jazimen- dução de cristal-de-rocha, anos atrás. O tos, em São Carlos, Modelo e Quilombo, material era transformado em citrino. todos na região oeste. O de Quilombo é o mais importante, mostrando massas de Em Biguaçu, na ponta Três Henri- jaspe verde com até 90 cm de diâmetro ques, há um morrote de 200 x 400 m cons- pelo menos. Em São Carlos, o jaspe é tituído exclusivamente de quartzo. Trata-se menos abundante, mas aparece também de um veio cuja porção central é composta com cor vermelha, mais valiosa. O jazimen- de cristais subédricos, em geral leitosos, to de Modelo só contém jaspe verde e em mas muitas vezes hialinos, medindo desde quantidade menor que a dos anteriores alguns milímetros até 8 cm. 6.9 - Obsidiana Segundo um morador de São Car- los, foi encontrado, naquele município, um Cadastrou-se interessante ocor- geodo de cristal-de-rocha de 2.000 kg. rência em , na BR-470, e encontrou-se um indício em , no Caruso Jr. (1995) registra oito la- principal trevo de acesso à cidade. Teste vras de quartzo em Tubarão, Morro da de lapidação encomendado pela equipe do Fumaça, São Ludgero, Braço do Norte e Projeto mostrou que o material tem resis- Laguna. Esse quartzo não possui caracte-

18 Série Pedras Preciosas, 06 tência física suficiente para ser lapidado, 6.12 -Turmalina mas não adquire bom brilho por ser muito poroso. O mesmo resultado foi obtido com Em veios pegmatóides de Itapema, obsidianas do Rio Grande do Sul. nos fundos do Hotel Plaza Itapema e 4,5 km ao norte, na ponta da , vêem-se 6.10 - cristais de schorlita (turmalina preta) em quartzo. Os cristais medem até 7 cm pelo Foi encontrado, na década de menos, mas não têm importância econômi- 1970, em um pegmatito, no Parque Esta- ca. dual da Serra do . O jazimento fica no município de São Bonifácio, no topo 6.13 - Quartzo enfumaçado da serra do Tabuleiro, em local de difícil acesso. Dele foram extraídos 200 kg de Esta variedade de quartzo é muito minério berilífero, tanto quanto se sabe rara na Formação Serra Geral, havendo sem qualidade gemológica. sido encontrada em um único geodo na serra do Rio do Rastro e ao sul de São 6.11 - Ônix Bonifácio, onde uma equipe de mapeamen- to da CPRM encontrou cristais de quartzo A calcedônia de cor preta foi en- enfumaçado e de ametista espalhados no contrada em Anita Garibaldi, em duas ocor- leito de uma estrada, em solo arenoso, A rências, distantes 5,5 km uma da outra. Os inexistência de afloramentos próximos im- geodos são pequenos a médios e em um pediu que se definisse a origem das ge- dos locais mostram-se bem escuros, com mas, que provêm provavelmente de veios aspecto fuliginoso. em rochas graníticas.

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7 - Minerais para Coleção

Santa Catarina possui jazimentos tras dos mesmos minerais, mas onde hoje de diversos minerais que, embora sem pouco se vê, embora seja mais favorável à qualidade gemológica, têm valor museoló- coleta do que a serra do Faxinal. gico por sua beleza. A serra da Rocinha, a oeste de 7.1 - Zeolitas Braço do Norte, mostra, como as duas anteriores, exuberante beleza natural, mas Além de gemas, os basaltos forne- poucos jazimentos. cem minerais do grupo das zeolitas, que podem formar belos agregados cristalinos, Em Xanxerê, na localidade de Ro- com uma ou mais espécies. sas, há um pedreira abandonada muito rica em estilbita. Em Santa Catarina, elas repetem o padrão de distribuição encontrado no Rio As zeolitas de Santa Catarina, como Grande do Sul: a faixa de maior concentra- as do Rio Grande do Sul, não são comerci- ção, que começa na região de Lajeado alizadas. No 11o Distrito do DNPM, rece- (RS) e se estende para NE, atravessa a beu-se a informação de que há produção divisa dos dois Estados e continua em São comercial em Treze Tílias, mas a equipe que Joaquim e Bom Jardim da Serra (figura 2). lá trabalhou não viu lavra desses minerais. Fora dessa zona mais rica, há afloramen- tos esparsos em quase toda a área de 7.2 - Calcita afloramento da Formação Serra Geral, principalmente entre Macieira e Brunópolis, Comum nos basaltos e bem mais com presença menor nos tipos petrográfi- rara nas rochas ácidas ou intermediárias, a cos ácidos ou intermediários. calcita ocorre em oito dos jazimentos ca- dastrados, sendo abundante em dois deles, A presença de zeolitas foi registra- situados em Água Doce e Mondaí. Cinco da em 30% dos jazimentos cadastrados e desses jazimentos situam-se na região em diversos outros locais. Foram encontra- Oeste, dois na região central e um no mu- das heulandita, estilbita, laumontita, esco- nicípio de São Joaquim. lecita e mordenita, em ordem decrescente de abundância. A heulandita e a estilbita A calcita ocorre tanto na forma de parecem ser bem mais abundantes que as cristais euédricos quanto em massas esfo- demais. édricas (limitadas por planos de clivagem). Mostra-se incolor ou com cores branca, Na serra do Faxinal, quando foi bege ou cinza. aberta a estrada que, a partir de Praia Grande leva ao topo do planalto, podia-se A associação com zeolitas foi cons- coletar enorme quantidade de zeolitas e tatada em quatro dos jazimentos. minerais associados, com grandes e belas amostras. Passados cerca de dez anos, Não há aproveitamento econômico, nada mais se pode ver, pois a vegetação e embora em Treze Tílias tenha sido coleta- o intemperismo cobriram ou mascararam do um cristal medindo 12 cm x 16 cm x 9 os afloramentos. Belas zeolitas lá coleta- cm. das por um dos autores pertencem hoje ao acervo do Museu de Ciências da Universi- 7.3 - Opala comum dade Luterana do Brasil, em Canoas (RS). Em Capão Alto, em três jazimentos O mesmo pode ser dito com rela- situados muito próximos uns dos outros, ção à estrada que atravessa a serra do Rio vê-se um tipo de sílica bem mais lisa que a do Rastro (entre Lauro Müller e Bom Jar- calcedônia, de cor azulada ou cinza-clara, dim da Serra), que, durante as obras de pavimentação, forneceu belíssimas amos-

53° 52° 51° W.Gr. 50° 30' 49°

26° 26°

MAFRA

CANOINHAS SÃO BENTO DO SUL PARANÁ JOINVILLE JARAGUÁ DO SUL A

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G FLORIANÓPOLIS R A N D E D O S U LAGES 10 km0 10 20 30 40 km L

28° URUBICI 28°

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BOM JARDIM SÃO JOAQUIM DA SERRA zeolita TUBARÃO LAGUNA O

calcita C 51° W.Gr. I éi ersPeiss 06 Preciosas, Pedras Série CRICIÚMA T

zeolita e calcita N

 principal área L T

portadora de zeolitas A 29° ARARANGUÁ 29°

Figura 2 - Jazimentos de calcita e zeolitas

21 OCEANO

50° 49° Informe de Recursos Minerais

Acima, mordenita (branca) e pequena quantidade de cuprita (avermelhada) no canteiro de obras da barragem de Itá. Abaixo, drusa com heulandita, alguma anidrita e rara apofilita, em Mondaí.

22 Série Pedras Preciosas, 06 que pode se tratar de opala comum (sem A associação apofilita/estilbita é jogo de cores), possivelmente desidratada, comum também no Rio Grande do Sul, já que se mostra muito fraturada. Em Água mas não se viu, como lá, apofilita verde, Doce e São Carlos, aparece material se- bem mais rara que a incolor e a branca melhante, sem fraturas. encontradas em Santa Catarina. O tama- nho dos cristais está em torno de dois a 7.4 - Anidrita três centímetros.

Na saída de Mondaí para Itapiran- 7.7 - Outros minerais ga, ocorre anidrita associada a estilbita, heulandita, apofilita branca (rara) e quartzo Em Xavantina e diversos outros sacaróide. Em algumas cavidades, a anidri- municípios, foram encontrados cristais ta é abundante. vermelhos, de até 1 mm, provavelmente de cuprita. Malaquita e crisocola também Esse mineral é visto também em aparecem em diversos locais, mas sem Quilombo, associado a quartzo, e em Entre valor como peça de coleção. Rios, onde é raro. Em nenhum desses dois jazimentos foram obtidas peças de valor O quartzo não gemológico exibe significativo. alguns hábitos variados, podendo se mos- trar, por exemplo, maciço, branco sacarói- No canteiro de obras da barragem de; em pequenos geodos elipsoidais muito de Itá, há cristais incolores, bem formados, alongados; irregular e com cavidades alon- provavelmente desse mineral. gadas de 5 a 7 cm de comprimento, com seção quadrada, medindo 4 a 5 cm; mas- 7.5 - Volframita sas semelhantes a couve-flor na forma e leitoso, aparentemente com estrutura radi- O Geól. Antônio Sílvio Krebs relata al, revestido por cristal-de-rocha. (informação verbal) a existência de belos cristais de volframita em Nova Trento. O Na região carbonífera do sul do município já foi produtor desse minério, Estado, as camadas de carvão contêm mas as minas estão hoje abandonadas. bastante pirita e marcassita, em cristais milimétricos. Seu aproveitamento como peça 7.6 - Apofilita de coleção é prejudicado pela íntima asso- ciação com a matéria carbonosa e pelo Aparece em vários locais, desta- pequeno tamanho dos cristais. A oxidação cando-se quatro jazimentos situados em desses minerais ocorre com relativa rapi- Mondaí (dois), Xanxerê e São Carlos. Em dez (alguns meses quando guardados em todos eles, a apofilita aparece com outros caixas), formando, às vezes, delicados agre- minerais, especialmente estilbita, que é muito gados de halotriquita - Fe Al2 (SO4)4.22H2O, abundante nos jazimentos de São Carlos e semelhantes a chumaços de algodão. no de Xanxerê.

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À esquerda, geodo de anidrita. Abaixo, geodos com ágata, cristal-de-rocha, cuprita, anidrita e mordenita. Barragem de Itá.

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8 - Conclusões

Os dados coletados permitiram A Cooperativa de Garimpeiros do elaborar o primeiro mapa das pedras pre- Oeste Catarinense (Coopema) foi uma ciosas de Santa Catarina, mostrando a importante iniciativa no sentido do aprovei- distribuição e importância desses minerais tamento das gemas catarinenses e do trei- no Estado. namento de mão-de-obra local, mas está hoje paralisada. Ágata, ametista, rubi, safira e o quartzo róseo são as pedras preciosas Em todo o Estado, encontraram-se mais importantes, ocorrendo as duas pri- apenas duas minas e um garimpo produ- meiras em íntima associação na maioria zindo ametista, situados no município de dos jazimentos. Entre Rios. A ágata está sendo produzida de modo intermitente no município de Itapi- Nas rochas da Formação Serra ranga. Geral, há três áreas mineralizadas princi- pais, portadoras de ágata, ametista e ou- O quartzo róseo deixou de ser pro- tras gemas: duzido por razões de mercado, do mesmo modo que o coríndon. Este, porém, pode ter sua produção retomada a curto prazo. - Itapiranga – Palmitos – Ipuaçu, na

região oeste, a mais favorável à pro- A fluorita é produzida em duas dução de ágata e ametista no Estado minas, havendo muitas outras abandona- e que é um prolongamento de área das. Não está sendo e nunca foi utilizada mineralizada do Rio Grande do Sul; como gema, apesar de possuir qualidade

para tanto. - Macieira – Brunópolis, na região central; O cristal-de-rocha é abundante mas não tem aproveitamento comercial - Celso Ramos – Bom Jardim da Ser- hoje por falta de demanda. ra, ao longo da divisa com o Rio Grande do Sul e que se estende pa- As demais gemas não são aprovei- ra esse Estado. tadas por falta de mercado (jaspe) ou por serem anti-econômicas (obsidiana, ônix, A seqüência de rochas gondwâni- turmalina, quartzo enfumaçado). cas mostra jazimentos de xilólito (madeira fóssil) em Lages, Itaiópolis, Taió e Bocaina Os minerais para coleção mais do Sul. importantes são as zeolitas, mais abundan- tes na região de São Joaquim e Bom Jar- Na área de rochas pré-cambrianas dim da Serra, área que se constitui em um a eo-paleozóicas há lavra de coríndon (rubi prolongamento da principal zona de ocor- e safira) nos municípios de Barra Velha e rência do Rio Grande do Sul. São João do Itaperuí, atualmente paralisa- da; quartzo róseo ( minas abandonadas) Calcita, volframita e fluorita são em Nova Trento e fluorita (minas em ativi- outros minerais passíveis de utilização dade e abandonadas), em Cocal do Sul e como peças de coleção, mas não são ain- Santa Rosa de Lima. da aproveitados economicamente com esse objetivo.

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9 - Recomendações

A clara correlação entre a ocorrên- reas não percorridas e definindo os parâ- cia de ágata e ametista e as rochas basál- metros controladores da mineralização. ticas recomenda que elas sejam procura- das nesse tipo de rocha e não nas vulcâni- As áreas entre São Joaquim e Ca- cas ácidas ou intermediárias. pão Alto, entre Capão Alto e Brunópolis e entre Maravilha e São Lourenço d´Oeste Os limites das três zonas minerali- ainda são muito pouco conhecidas e de- zadas em rochas vulcânicas carecem de vem ter seus jazimentos cadastrados. definição mais precisa, pelo que recomen- dam-se estudos mais aprofundados com Recomenda-se tentar uma utiliza- esse objetivo. Estudos de maior detalhe ção mais nobre dos cristais transparentes devem ser também desenvolvidos para de fluorita, buscando sua colocação no definir melhor o potencial dessas três zo- mercado de gemas. nas, procurando novos jazimentos em á-

10 - Bibliografia Consultada

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27 Informe de Recursos Minerais

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28

Anexos

Jazimentos Cadastrados

A tabela a seguir apresenta dados sobre todos os jazimentos cadastrados pela equipe do Projeto, geólogos Pércio de Moraes Branco (PM) e Cláudio Antônio Alcântara Gil (CG).

Nela foram usadas as seguintes abreviaturas:

ága – ágata flu - fluorita ame – ametista jas - jaspe ani - anidrita xil - xilólito (madeira fóssil) apo - apofilita obs - obsidiana cal - calcita ôni - ônix ccd - calcedônia opa – opala col – minerais para coleção rós – quartzo róseo cri – cristal-de-rocha sac – quartzo sacaróide enf - quartzo enfumaçado tur - turmalina zeo – zeolita

Nessa tabela, bem como no restante do texto e no Mapa Gemológico, adotaram-se os seguintes conceitos para definir o status dos jazimentos:

Indício – concentração mineral sem importância por ter aparentemente pequeno volu- me e má qualidade. Ocorrência – concentração mineral com avaliação preliminar e com alguns parâmetros geológicos conhecidos (mineralogia, encaixante, morfologia ou extensão, por exemplo). Mina – jazida com lavra mecanizada, mesmo que intermitente, paralisada ou abando- nada. Garimpo – concentração mineral em que a lavra - ativa, paralisada, intermitente ou abandonada - é feita por processo rudimentar e de forma individual, ou mecanizado e em regi- me de cooperativa.

31

COORDENADAS No. PARAGÊNESE MUNICÍPIO LOCALIDADE STATUS S W PM-250 cri 27o 12´ 26" 52o 39' 32'' Chapecó Mal. Bormacia Ocorrência PM-251 (rocha) 27o 02' 27" 52o 38' 13'' Chapecó Chapecó Amostragem para análise petrográfica PM-252 zeo 26o 49' 40" 53o 02' 49'' Saudades Ocorrência PM-253 ame, cri 26o 49' 38" 53o 08' 09'' Maravilha Lajeado Incaré Ocorrência PM-254 zeo (?) 26o 48' 47" 53o 26' 03'' Descanso 6 km a este da sede municipal Indício PM-255 ccd, cri 27o 03' 32" 51o 40' 34'' Catanduvas Catanduva Ocorrência PM-256 zeo 27o 10' 46" 51o 31' 19'' Joaçaba Joaçaba Indício PM-257 zeo, apo 27o 04' 52" 53o 01' 04'' São Carlos São Carlos Ocorrência PM-258 zeo, apo, ani, sac 27o 05' 48" 53o 24' 10'' Mondaí Mondaí Ocorrência PM-259 cal, apo, zeo 27o 04' 24" 53o 25' 01'' Mondaí Laju Ocorrência PM-260 ága, ccd, cri 27o 00' 00" 53o 10' 21'' Palmitos Diamantina Ocorrência PM-261 cri, ága 26o 58' 59" 53o 10' 25'' Palmitos Diamantina Ocorrência PM-262 ága, cri 27o 01' 15" 53o 02' 05'' São Carlos São João Ocorrência PM-263 zeo (?) 26o 56' 24" 52o 21' 50'' Xanxerê Rosas Ocorrência PM-264 zeo, cal (apo) 26o 58' 11'' 52o 21' 27'' Xanxerê Rosas Ocorrência PM-265 cal, col 27o 04' 40'' 52o 20' 46'' Xavantina Xavantina Ocorrência PM-267 cri, ága 27o 14' 29'' 52o 16' 31'' Itá São Francisco Ocorrência PM-268 ame, ága, cri, ani (?), col 27o 16' 26'' 52o 22' 35'' Itá Fátima Ocorrência PM-270 ccd, cri 27o 17' 50'' 52o 19' 47'' Itá Itá Ocorrência PM-271 ága, cri 27o 16' 45'' 52o 00' 38'' Concórdia Suruvi Ocorrência PM-272 cri, ame, ága, zeo 26o 38' 25'' 52o 28' 00'' Ipuaçu Ipuaçu Ocorrência PM-273 ága, ame, cri 26o 45' 23'' 52o 32' 35'' Entre Rios Reserva Indígena de Xanxerê Mina a céu aberto em atividade PM-274 cri, col, jas, ame, (opa ?) 27o 00' 53'' 53o 05' 16'' São Carlos Linha Coati Ocorrência PM-275 ame, cri, ága 27o 00' 52'' 53o 05' 49'' São Carlos Linha São Roque Lavra rudim. a céu aberto abandonada PM-276 cal, sac 26o 34' 21'' 53o 30' 39'' Guaraciaba Daltro Filho Ocorrência PM-277 cri, ccd, ága, ame 26o 34' 51'' 53o 41' 24'' Paraíso São Miguel Ocorrência PM-278 cri, ága, jas, sac, ccd 26o 46' 01'' 53o 02' 29'' Modelo Modelo Ocorrência PM-279 cri, ccd 26o 49' 04'' 53o 30' 30'' Descanso Descanso Ocorrência

PM-280 ága, ame, cri, ani 26o 44' 06'' 52o 40' 56'' Quilombo Linha Kennedy Lavra rudim. a céu aberto ativa PM-281 ame, cri, ága, jas 26o 43' 25'' 52o 40' 46'' Quilombo Lajeado Mandasaia Cata a céu aberto abandonada PM-282 cri, ccd 26o 48' 08'' 52o 35' 05'' Marema Ocorrência PM-283 ame, cri, cal, ága, col, zeo 26o 43' 03'' 52o 33' 16'' Entre Rios Entre Rios Mina subter. em atividade PM-284 cri, ame, ága, zeo 28o 04' 19'' 49o 37' 29'' Urubici São Cristovão Ocorrência PM-285 zeo, cri 28o 23' 42'' 49o 32' 27'' Lauro Müller Serra do Rio do Rastro Ocorrência PM-286 ága, cal,cri, sac, zeo (ame) 28o 13' 58'' 49o 50' 31'' São Joaquim Cruzeiro Ocorrência PM-287 zeo, ccd, cri 28o 12' 28'' 49o 47' 01'' São Joaquim Entre Cruzeiro e Pericó Ocorrência PM-288 cri, ága 28o 22' 00'' 49o 58' 33'' São Joaquim Faz. Três Irmãos Ocorrência PM-289 cri, zeo 28o 23' 53'' 50o 05' 10'' São Joaquim São Sebastião do Arvoredo Indício PM-290 cri, ame, zeo 28o 15' 49'' 49o 57' 38'' São Joaquim São Joaquim Ocorrência PM-291 zeo, cri, (ága, ame) 28o 04' 37'' 50o 04' 12'' Faz. Mineiros Ocorrência PM-292 flu, cri, cal, ccd, col 28o 36' 37'' 49o 15' 56'' Cocal do Sul Cocal do Sul Mina subterrânea em atividade PM-293 rós 27o 16' 35'' 48o 55' 20'' Nova Trento Nova Trento Ocorrência PM-294 tur 27o 35' 34'' 48o 47' 36'' Itapema Ponta da Faísca Ocorrência PM-295 cri, ága, (prá ?) 27o 55' 09'' 50o 36' 38'' Capão Alto 11 km a oeste da sede munic. Indício PM-296 cri, ôni, ága, ccd 27o 45' 18'' 50o 59' 51'' Anita Garibaldi Lagoa da Ocorrência PM-297 ága, ôni, cor, ccd, (cri) 27o 45' 11'' 51o 01' 10'' Anita Garibaldi Lagoa da Estiva Ocorrência PM-298 ága, cri, ccd 27o 43' 41'' 51o 03' 35'' Anita Garibaldi Lagoa da Estiva Ocorrência PM-299 ága, cri, zeo, ccd (opa ?) 27o 55' 57'' 50o 27' 54'' Capão Alto Rio da Invernadinha Ocorrência PM-300 ága, cri, ame 27o 59' 02'' 50o 31' 04'' Capão Alto Córrego Passa Dois Ocorrência PM-301 ága, ccd, cri, (opa ?) 28o 05' 32'' 50o 35' 56'' Capão Alto Vacas Gordas Ocorrência ' CG-117 zeo 27o 12' 57'' 51o 28 ' 17'' Herval D' Oeste Próximo à saída para Joaçaba Indício CG-118 ága, cri, ame 27o 16' 23'' 51o 26' 30'' Herval D' Oeste BR-282, Indício CG-119 zeo 27o 17' 25'' 51o 24' 59'' Herval D' Oeste BR-282, 1 km de Erval Velho Indício CG-120 obs 27o 35' 04'' 51o 28' 18'' Campos Novos Ponte do Barracão Indício CG-121 ága, cri, col 26o 42' 35'' 51o 26' 43'' Água Doce Entroncam. BR-153 / SC-451 Indício CG-122 (rocha) 26o 48' 05'' 50o 56' 09'' Caçador Ponte Arroio Castelinho Amostragem para controle litológico CG-123 col, ága 27o 22' 33'' 51o 05' 24'' Campos Novos Arroio Açudinho Indício

Informe de Recursos Minerais

CG-126 cri, ame, ága 26o 59' 12'' 52o 32' 58'' Água Doce Próximo da cidade Ocorrência CG-127 cal, ága 26o 54' 36'' 51o 32' 25'' Água Doce Vila Santa Catarina Indício CG-128 cri, ame, ága 26o 49' 30'' 51o 20' 37'' Macieira Paiol de Pedra Indício CG-129 ame, cri, cal, ága 26o 59' 36'' 51o 27' 53'' Treze Tílias Junto à sede municipal Ocorrência CG-130 ame, cri, ága, zeo 27o 05' 35'' 51o 20' 19'' Ibicaré Saída para Videira Ocorrência CG-131 col, ccd, cri, zeo 27o 06' 40'' 51o 14' 21'' Tangará Saída para Campos Novos Ocorrência CG-132 zeo, col, ága, cri 27o 08' 01'' 51o 15' 15'' Tangará Estr. para Campos Novos Indício CG-133 ame, cri, ága 27o 12' 31'' 51o 14' 17'' Estr. para Campos Novos Indício CG-134 ága, ccd, ame, cri 26o 58' 09'' 51o 29' 27'' Água Doce Propr. de Ivanor Comunello Indício CG-135 zeo, cri, ame 26o 58' 51'' 51o 31' 52'' Água Doce Subúrbios, este da Sede Indício CG-136 cri, ága, ame 26o 57' 17'' 51o 33' 06'' Água Doce Santo Antônio Indício CG-137 col, zeo 26o 52' 53'' 51o 22' 00'' Macieira Propriedade de José Nordio Ocorrência CG-138 ame, cri, ccd 26o 57' 44'' 51o 26' 22'' Treze Tilias Linha Pinhal Indício CG-139 ame, cri, ága 26o 59' 47'' 51o 29' 29'' Pinhal Preto Rio Bom Retiro Ocorrência CG-140 ame, cri, ága 26o 55' 32'' 51o 30' 04'' Ribeirão Três Barras Indício CG-141 cri, ága, opa 26o 50' 59'' 51o 26' 43'' Água Doce Estr. Salto Veloso Indício CG-142 cri, ága, ame 26o 59' 06'' 51o 23' 41'' Treze Tilias Saída para Arroio Trinta Indício CG-143 ame, cri, ága 26o 58' 15'' 51o 24' 30'' Treze Tílias Saída para Arroio Trinta Indício CG-144 ame, col, cri 26o 57' 43'' 51o 22' 36'' Arroio Trinta Propr. Jucelino Lázaro Garimpo abandonado a céu aberto CG-145 ága, cri, geo 26o 55' 28'' 51o 16' 54'' Arroio Trinta Estr. p/ Videira Indício CG-146 ame, cri, ága, ccd 28o 09' 46'' 50o 40' 00'' Lages Passo do Socorro Indício CG-147 ame, cri, ága 28o 04' 26'' 50o 34' 47'' Lages BR-116, km 285 Ocorrência CG-148 cri 27o 08' 53'' 50o 38' 52'' Lebon Régis Rio das Marombas Indício CG-149 cri, ága 27o 02' 24'' 50o 38' 33'' Lebon Régis Proximo ao Portal da Maçã Indício CG-150 cri, ága 26o 58' 58'' 50o 38' 37'' Lebon Régis Indício CG-151 cri, ága, ame 27o 19' 38'' 50o 49' 58'' Brunópolis Propriedade de José Seffer Indício CG-152 cri, ága 27o 18' 41'' 50o 53' 00'' Brunópolis Sítio Vó Dette Indício CG-153 cri, ága, col, zeo 27o 09' 38'' 50o 57' 35'' Monte Carlo Estrada para Indício CG-154 cri, ága, zeo 27o 07' 18'' 51o 03' 32'' Iraktan Propr. de Irineu Perazolli Ocorrência CG-155 zeo 27o 07' 15'' 51o 03' 32'' Iraktan Aviário Perdigão Ocorrência

40 Informe de Recursos Minerais

CG-156 cri, ága 27o 03' 03'' 51o 12' 30'' Tangará Rest. Vailatti Indício CG-157 cri, zeo 26o 59' 07'' 51o 11' 52'' Anta Gorda Estrada para Macieira Indício CG-158 (rocha) 26o 27' 12'' 51o 06' 59'' S. Miguel da Serra Estrada para Caçador Amostragem para controle litológico CG-159 cri, ame, ága 26o 30' 02'' 51o 09' 37'' Matos Costa Indício CG-160 cri, ága 26o 36' 50'' 51o 02' 25'' Fazenda São Roque Indício CG-161 cri 26o 38' 14'' 50o 56' 34'' Timbó Grande Entrada para Timbó Indício CG-162 vertebr. fósseis, escamas 26o 10' 51'' 50o 13' 15'' Três Barras BR-280, km 766 Ocorrência CG-163 xil 26o 19' 42'' 49o 59' 39'' Itaiópolis BR-116 - Areal Ocorrência CG-164 (rocha) 26o 35' 18'' 49o 54' 06'' Itaiópolis Estr. p/ Dr. Pedrinho Amostragem para controle litológico CG-165 (rocha) 26o 59' 33'' 49o 49' 23'' Espinho (Encano Alto) Amostragem para controle litológico CG-166 (rocha) 26o 37' 09'' 48o 40' 44'' Barra Velha Restinga Amostragem para controle litológico CG-167 (rocha) 26o 38' 20'' 48o 40' 54'' Barra Velha Praia Amostragem para controle litológico CG-168 tur 27o 04' 43'' 48o 35' 23'' Itapema Hotel Plaza Itapema Amostragem para controle litológico CG-169 flu 27o 10' 27'' 49o 17' 38'' Apiúna Propriedade Castilhos Ocorrência CG-170 xil 27o 44' 44'' 50o 07' 35'' Lages Serraria Vedana Ocorrência CG-171 flu 28o 40' 05'' 49o 09' 14'' Morro da Fumaça Mina N. Sa. Aparecida Mina abandonada

42 Geól. Cláudio A. A. Gil Geól. Pércio de Moraes Branco DAS PEDRAS PRECIOSAS Projeto Pedras Preciosas RS/SC COLUNA ESTRATIGRÁFICA POTENCIAL GEMOLÓGICO Geól. Mário Farina Chefe do Departamento de Recursos MineraisGeól. - Luiz DEREM Fernando Fontes deGerente Albuquerque de Geologia e Recursos MineraisGeól. da Sérgio SUREG/PA José Romanini Supervisor de Recursos Minerais da SUREG/PA Geól. Pércio de Moraes Branco Chefe do Projeto Autoria: LEGENDA - Estradas principais - Contato estratigráfico - Limite definido de potencial gemológico - Limite inferido de potencial gemológico - Rio - Lagoa, laguna, lago ou barragem - Sede municipal - Jazimento descrito e cadastrado pelo- Geól. Cláudio A. Jazimento Gil descrito e cadastrado pelo Geól. Pércio de M. Branco Área muito favorável à existência deou jazimentos no econômicos passado de gemas: produção de gemas hoje Área favorável à existência de jazimentossignificativos econômicos em de volume gemas:sem e produção qualidade. mas com jazimentos Área geologicamente favorável mas onde não se encontraram indícios significativos. Área desfavorável à existência de jazimentos de gemas Área pouco favorável à existência devolume jazimentos ou econômicos qualidade de inferior. gemas: jazimentos com pequeno Quaternário - Depósitos aluvionares atuais(Q) Terciário-Quaternário -fanglomerados Terraços de e composiçãoareno-argilosa, consolidação incipiente (TQ) heterogênea, sedimentos granulometria marinhos variável, inconsolidados; matriz Cretáceo - Corpodanconitos, fonolitos, tinguaítos, alcalino monchiquitos e lumburgitos de (KlCretáceo ) - Lages: Formação Serra Geral: foyaítos, dacitos,pórfiros riodacitos, sienitos felsitos e ou riolitos nefelínicos, felsíticos, nãoderrames, cinza-escuros tefritos, a (Ksg pretos, com intercalações de arenitos (Ksg ).Carbonífero ) a Triássico Basaltos -flúvio-glacial); Formações Mafra afaníticos, Campo (seqüência-flúvio-marinha amigdaloidais do comSul Tenente no influência (seqüência glacial); (seqüência topo glacial Rio e deltaicos dos do glácio-marinha); - inclusive com RioPalermo leitos (depósitos de Bonito carvão marinhosTeresina (depósitos - (depósitos marinhos); intensamento Rio e do bioturbados); rochas Rasto litorâneos, (depósitosBotucatu sedimentares de Irati, (arenitos planícies eólicos marinhas); costeiras) de flúvio- Serra e ambiente desértico) Alta e Arqueano a Eo-Paleozóicogranito-gnáissicas - Complexo Itajaí-Faxinal, GranulíticoLima/; de Núcleos , Santa Migmatíticos Catarina; deSul Porto faixas Injeção Polifásica e de Belo, São deValsungana; Conglomerado Francisco Baú; Santa do Itapema; formações Gaspar seqüências (arenitos)(vulcanitos Rosa e máficos Campo vulcano-sedimentares Alegre de a esuítes ácidos, intrusivas Pedras terrígenas; Grandes, tufos, Guabiruba e siltitos, Granito Subida). arenitos e brechas vulcânicas) e Ksg PROGRAMA DE GEOLÓGICO-ECONÔMICA AVALIAÇÃO CT APz Q,TQ Kl MAPA GEMOLÓGICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

28° 29° 30' 27° 30' 30' 6800 7120 7080 7040 6960 6920 6880 6840 26° 7000

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SOMBRIO S Trombudo io Diretor de Administração e Finanças - DAF R Q,TQ Rio MAFRA CT a

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RIO DO SUL

620 TimbédoSul io

itu CG-165 R Petrolândia p Diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento - DRI m

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PM-287 M Diretor-Presidente Witmarsum - Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial - DHT 470 - 470 Rio

CG-164

Itaiópolis Superintendente Regional de Porto Alegre - SUREG/PA

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SÃO JOAQUIM 1 116

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R Bocaína do Sul

BR B Ksg Ksg PM-288 Praia Grande Diretor de Geologia e Recursos Minerais - DGM Taió - 50° 50° PM-290

CG-163 João Salete PM-291 Josafá . PAINEL OTACÍLIO COSTA São e t Arr Kl CT

r CG-170 Rio o do N PM-289 Rio Itajaí 580 620 580 Kl Kl

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Umberto Raimundo Costa - Paulo Antônio Carneiro Dias Luiz Augusto Bizzi Thales de Queiroz Sampaio José de Sampaio Portela Nunes - C- -

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Rio Ksg FRAIBURGO CG-122 CG-161 CG-153 CG-152 Ksg MONTE CARLO PM-296 500 500 CG-160 CG-154 CG-155 Irakitan 51° W.Gr. 51° W.Gr.

PM-297 ito PORTO UNIÃO

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São Miguel e P L CG-157 CAMPOS NOVOS Gorda CG-156

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Tangará BR-282 io R CG-132

Matos Costa s Anita Garibaldi SSUL a Ibiam o CG-145

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Macieira n CG-137

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Rio Treze Tilias CG-143 Leão CG-119 Santa E 460

Ibicaré Téc. Adm. Rui Arão Rodrigues

CG-118 Rio

Rio D CG-117 CG-138 CG-129 HERVAL D'OESTE N CG-141 30' CG-121 Geól. Luís Edmundo Giffoni CG-140 30'

SALTO VELOSO A CG-120 Três Pinheiros CG-134

CG-139 R PM-256 CG-127 JOAÇABA Base geológica obtidaCatarina, a partir Escala domodificações. Mapa 1:1.000.000 Geológico do (DNPM,1986), Estado de simplificado,Base cartográfica Santa desenvolvida a partir com do MapaCatarina Político do Estado de - Santa Integração Secretaria ao deEstatística - Escala MERCOSUL 1:500.000. Estado 1997 - do Diretoria DesenvolvimentoMapa produzido pela de GERIDE/Superintendência Econômico Regional de Porto Alegre Geografia, e Geól. José Leonardo Cartografia Silva Andriotti Gerente e de Relações Institucionais e Desenvolvimento Digitalização: Edição: GGRANDE Este mapa, juntamenteInforme com de seu respectivo RecursosDepartamento de Recursos Minerais texto Minerais nº explicativo,e - constitui DEREM, o 06 Recursos da Minerais da CPRM. da Diretoria Série de Pedras Geologia Preciosas, do CG-136 CG-126 CG-135 Ksg Catanduvas 30' ÁGUA DOCE PM-255 6840 O 6880

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PM-273 CHAPECÓ U 340 340 PM-251 Entre Rios Ksg PM-281 Cel. Freitas Marema Ksg io PM-250 R Cel. Martins PM-280 Quilombo uro do O Rio a céu aberto ame, col, cri Ksg

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA Rodolpho Tourinho Neto Ministro de Estado Hélio Vitor Ramos Filho Secretário Executivo Luciano de Freitas Borges Secretário de Minas e Metalurgia

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D'OESTE R Planalto Alegre Três s io

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c Águas de Chapecó

- ágata - ametista - anidrita - apofilita - calcita - calcedônia - minerais para coleção - cristal-de-rocha - quartzo enfumaçado - fluorita - jaspe - obsidiana -ônix - opala - quartzo róseo - quartzo sacaróide - turmalina - xilólito (madeira fóssil) - zeolita Pinhalzinho e io

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SÃO LOURENÇO C CARLOS 53° Sul Brasil No. STATUS PARAGÊNESE ABREVIATURAS UTILIZADAS CG-131CG-132 OcorrênciaCG-133 IndícioCG-134 IndícioCG-135 IndícioCG-136 Indício col,CG-137 Indício cal, cri, zeo CG-138 OcorrênciaCG-139 Indício zeo, col,CG-140 Ocorrência ága, cri ame, cri,CG-141 Indício ága ága, cal,CG-142 Indício ame, cri zeo, cri, col,CG-143 Indício ame zeo cri, ága,CG-144 Indício ame ame, Garimpo cri, abandonado ága ame, cri,CG-145 cal CG-146 Indício ame, cri,CG-147 Indício ága cri, ága,CG-148 Ocorrência opa cri, ága,CG-149 Indício ame ame, cri,CG-150 Indício ága CG-151 IndícioCG-152 Indício ága, cri, ame,CG-153 Indício geo cri, ága ame, cri,CG-154 Indício ága, geo CG-155 Ocorrência cri CG-156 Ocorrência cri, ága CG-157 Indício cri, ága CG-159 Indício cri, ága,CG-160 Indício ame cri, ága, cri,CG-161 Indício geo ága, zeo cri, ága, zeo CG-163 Indício col CG-168 OcorrênciaCG-169 Indício cri, ága CG-170 Ocorrência cri, zeo, Ocorrência geo cri, ame, ága cri, ága xil geo flu tur xil ága ame ani apo cal ccd col cri enf flu jas obs ôni opa rós sac tur xil zeo 300 PM-262 53° 300 Modelo PM-278 PM-252 PM-257 Saudades PM-274 ACAO PM-253 PM-275 PM-260 do Oeste Cunhataí Bom Jesus

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