Flora E Vegetação Da Serra De Nogueira E Do Parque Natural De Montesinho
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Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior de Agronomia Flora e vegetação da Serra de Nogueira e do Parque Natural de Montesinho Doutoramento em engenharia agronómica Carlos Francisco Gonçalves Aguiar Lisboa 2000 Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior de Agronomia Flora e vegetação da Serra de Nogueira e do Parque Natural de Montesinho Doutoramento em engenharia agronómica Carlos Francisco Gonçalves Aguiar Dissertação apresentada neste Instituto para a obtenção do grau de doutor Lisboa 2000 Lisboa 2000 Flora e vegetação da Serra de Nogueira e do Parque Natural de Montesinho Carlos Aguiar Índice PRÓLOGO I RESUMO V ABSTRACT VI INTRODUÇÃO 1 I PARTE. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 5 1. Localização da área de estudo 5 2. Geologia 6 3. Geomorfologia 11 4. Solos 22 5. Climatologia e bioclimatologia 30 6. Ocupação e utilização humana do território 41 II PARTE. FLORA 45 1. Herborizações e outros trabalhos sobre a flora do Parque Natural de Montesinho e Serra de Nogueira no âmbito do estudo da flora transmontana 45 2. Endemismos e relíquias serpentinícolas das rochas UB de Trás-os-Montes 52 3. Plantas cultivadas e sinantrópicas na área do Parque Natural de Montesinho e Serra de Nogueira 58 4. Catálogo da Flora Vascular do Parque Natural de Montesinho e Serra de Nogueira 67 5. Comentários adicionais ao catálogo da flora do Parque Natural de Montesinho e Serra de Nogueira 267 5.1. Taxa citados na bibliografia e excluídos do catálogo 267 5.2. Alguns números respeitantes à flora da Serra de Nogueira e Parque Natural de Montesinho 269 5.3. Plantas endémicas na área do Parque Natural de Montesinho e Serra de Nogueira 270 5.4. Raridade e estatuto de ameaça IUCN 276 III PARTE. VEGETAÇÃO 281 1. Investigações fitossociológicas no NE de Portugal 281 2. Métodos e conceitos da fitossociologia integrada 281 3. Vegetação do Parque Natural de Montesinho e da Serra de Nogueira 301 3.1. Vegetação aquática de águas doces 304 I. LEMNETEA 305 II. POTAMETEA 306 3.2. Vegetação dulceaquícola anfíbia, fontinal e de turfeiras 312 3.2.1. Vegetação anfíbia efémera primocolonizadora 312 III. BIDENTETEA TRIPARTITAE 312 IV. ISOETO-NANOJUNCETEA 313 3.2.2. Vegetação anfíbia lacustre, palustre, fontinal e de turfeiras 322 V. ISOETO-LITTORELLETEA 322 VI. MONTIO-CARDAMINETEA 324 VII. PHRAGMITO-MAGNOCARICETEA 329 VIII. SCHEUCHZERIO-CARICETEA FUSCAE 338 3.3. Vegetação rupícola 341 3.3.1. Vegetação casmofítica 341 IX. ASPLENIETEA TRICHOMANIS 341 X. PARIETARIETEA 345 3.3.2. Vegetação casmocomofítica 348 XI. PHAGNALO-RUMICETEA INDURATI 348 3.4. Vegetação antropozoogénica, herbácea de orlas de bosques ou megafórbica 355 3.4.1. Vegetação antropozoogénica 355 XII. ARTEMISIETEA VULGARIS 355 XIII. PEGANO-SALSOLETEA 361 XIV. POLYGONO-POETEA ANNUAE 364 XV. STELLARIETEA MEDIAE 368 3.4.2. Vegetação herbácea de orlas de bosques e vegetação megafórbica 393 XVI. GALIO-URTICETEA 393 XVII. ANTHRISCO CAUCALIDIS-GERANIETEA PURPUREI 401 XVIII. TRIFOLIO-GERANIETEA 404 3.5. Vegetação herbácea silicícola, mediterrânica ocidental, tendencialmente orófila 411 XIX. FESTUCETEA INDIGESTAE 411 3.6. Vegetação pratense 422 3.6.1. Arrelvados terofíticos 422 XX. HELIANTHEMETEA 422 3.6.2. Arrelvados vivazes mesofílicos ou xerofílicos 441 XXI. POETEA BULBOSAE 441 XXII. STIPO GIGANTEAE-AGROSTIETEA CASTELLANAE 446 3.6.3. Prados antropozoogénicos dependentes de pastoreio e/ou corte 459 XXIII. MOLINIO-ARRHENATHERETEA 459 XXIV. NARDETEA 487 3.7. Vegetação arbustiva subserial 492 3.7.1. Vegetação arbustiva subserial heliófila de solos delgados 492 XXV. CALLUNO -ULICETEA 492 XXVI. CISTO-LAVANDULETEA 500 3.7.2. Vegetação arbustiva subserial de orlas de bosques 506 XXVII. CYTISETEA SCOPARIO-STRIATI 506 XXVIII. RHAMNO-PRUNETEA 521 3.8. Vegetação potencial arbórea ou arbustiva 526 3.8.1. Bosques ripícolas primocolonizadores 526 XXIX. SALICETEA PURPUREAE 526 3.8.2. Bosques e pré-bosques climatófilos ou edafoxerófilos 529 XXX. QUERCETEA ILICIS 529 XXXI. QUERCO-FAGETEA 545 3.9. Esquema sintaxonómico 571 4. Séries de vegetação 581 4.1. Holco mollis-Querceto pyrenaicae Sigmetum 582 4.2. Physospermo cornubiensis-Querceto suberis Sigmetum 589 4.3. Genisto hystricis-Querceto rotundifoliae Sigmetum 591 4.4. Macrosérie edafo-higrófila de Fraxinus angustifolia do Populio albae Sigmion 595 4.5. Galio broteriani-Alneto glutinosae Sigmetum 596 4.6. Scrophulario scorodoniae-Alneto glutinosae Sigmetum 598 4.7. Macrosérie edafo-higrófila de Betula celtiberica e Salix atrocinerea do Betulio celtiberico-fontqueri Sigmion 598 5. Outros complexos de vegetação 598 5.1. Complexos de vegetação pratense 599 5.1.1. Complexos de vegetação pratense mesomediterrânicos superiores e supramediterrânicos inferiores sub-húmidos lusitano-durienses e orensano-sanabrienses 600 5.1.2. Complexos de vegetação pratense de transição 603 6. Geosséries 606 6.1. Geosséries climatófilas 606 6.1.1. Holco mollis-Querceto pyrenaicae Geosigmetum 606 6.1.2. Physospermo cornubiensis-Querceto suberis Geosigmetum 608 6.2. Geosséries ripícolas 609 IV PARTE. BIOGEOGRAFIA 611 1. Metodologia e conceitos fundamentais de biogeografia 611 2. Estudos biogeográficos sobre a Serra de Nogueira e o Parque Natural de Montesinho 612 3. Tipologia biogeográfica da área de estudo 613 3.1. Sector Orensano-Sanabriense 617 3.2. Sector Lusitano-Duriense 619 CONCLUSÕES 622 BIBLIOGRAFIA 630 ANEXOS 651 Anexo I. Caracterização genérica das unidades pedológicas, classificação FAO/UNESCO, presentes na área de trabalho. Transcrito de AGROCONSULTORES & COBA (1991) 652 Anexo II. Unidades-solo co-dominantes e sub-dominantes presentes na área de estudo. 654 Anexo III. Sistema bioclimatológico de Rivas-Martínez 655 Anexo IV. Princiapis termos e conceitos da classificação das plantas sinantrópicas de KORNAS (1990) 658 Anexo V. Tipologia fisionómica de BARKMAN (1988) restringida aos tipos fisonómicos de plantas aquáticas citados no texto 659 Introdução Esta dissertação de doutoramento tem por título e objecto a flora e a vegetação do Parque Natural de Montesinho (PNM) e da Serra de Nogueira: um território situado em Trás-os-Montes, no extremo NE de Portugal. Inicia-se com uma primeira parte de caracterização física da área de estudo. A complexidade dos solos, dos tipos litológicos e das figuras do relevo regionais e a sua importância na compreensão dos padrões de distribuição espacial e de socialização das plantas vasculares, obrigaram a uma abordagem particularmente cuidadosa destes temas. No caso particular do solo, apesar de ser significativo o conhecimento acumulado sobre os solos transmontanos (cf. AGROCONSULTORES & COBA, 1991), não existem, contudo, estudos de biossequências pedológicas e não se conhece qualquer trabalho que ensaie estabelecer uma correlação entre solo e vegetação que ultrapasse a simples banalidade. Tendo em vista esta lacuna, julgamos necessário efectuar uma tentativa, ainda que breve, de correlacionar os tipos de solo existentes na área de estudo com a vegetação, sobretudo com a vegetação serial. O facto de actualmente ser possível obter, por aplicação de índices bioclimáticos, boas correlações “clima – distribuição espacial de taxa e sintaxa”, permite a utilização dos dados climáticos como um importante auxiliar nos estudos de sintaxonomia, sinecologia e de sincorologia, sendo ainda de grande utilidade para o esboço de fronteiras biogeográficas. A informação climatológica relativa a Trás-os-Montes progrediu consideravelmente nos últimos anos o que nos permitiu utilizar dados até há pouco tempo inéditos com os quais se procurou complementar os dados fornecidos pela rede meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. Ainda na primeira parte, para além da aplicação do já clássico sistema bioclimatológico de Rivas-Martínez (RIVAS-MARTÍNEZ & LOIDI, 1999a), procedeu-se à sua comparação com o sistema de classificação (bio)climática regional de GONÇALVES (1991), o sistema mais frequentemente utilizado em Trás-os-Montes. A segunda parte tem por objecto a flora da área de estudo. A primeira dificuldade que se nos deparou no estudo da flora do NE de Portugal foi a enorme complexidade dos problemas taxonómicos levantados pelas plantas dos afloramentos de rochas ultrabásicas (cf. KRUCKERBERG, 1986). Tivemos, para isso, necessidade de estudar a forma como diferentes autores abordaram o problema e de aprofundar os nossos conhecimentos sobre o efeito dos serpentinitos nos fenómenos de diferenciação ecotípica e especiação, de modo a 1 encontrar bases para o estabelecimento de uma taxonomia consistente e homogénea para estas plantas. Consequentemente, considerou-se oportuno rever a taxonomia de alguns dos taxa descritos para os habitates ultrabásicos transmontanos e reavaliar a sua utilização na diferenciação de sintaxa. O levantamento da flora iniciou-se com uma revisão bibliográfica, seguida da herborização de toda a flora vascular indígena ou naturalizada da área de trabalho. Para a recolha bibliográfica tivemos que consultar a bibliografia dos primeiros botânicos que colheram plantas em Trás-os-Montes (vd. ROZEIRA, 1944). Algumas das descrições da flora e da paisagem vegetal transmontanas efectuadas por esses exímios naturalistas surpreenderam-nos pela sua profundidade e qualidade, pelo que, a certa altura, consideramos que era do maior interesse elaborar uma breve história das investigações botânicas em Trás-os-Montes. Esta mereceria contudo um desenvolvimento de maior profundidade que não pudemos levar a cabo no âmbito desta dissertação. A identificação do material herborizado resultou da utilização de chaves dicotómicas e descrições disponíveis