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PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PASSO DO SOBRADO 2015- 2025

DOCUMENTO ANEXO

PASSO DO SOBRADO, ABRIL DE 2015 1

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PASSO DO SOBRADO/RS

PREFEITO CARLOS GILBERTO BAIERLE

VICE-PREFEITO HÉLIO OLIMPIO DE QUEIROZ

SECRETÁRIOMUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO CRISTIANO KONZEN

PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES ITAMAR DETTENBORN

EQUIPE TÉCNICA – Portaria nº 208 de 30 de março de 2015 ALICE TERESINHA THEIS – Redação final JULIA GRASIELE DE JESUS FERREIRA PAULA RENATA PIMENTEL DOS SANTOS SANDRA MARA ZINN PEREIRA VERA REGINA KONZEN SILVEIRA

FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO- Portaria nº 054 de 16 de janeiro de 2015

Representantes da Educação Infantil Titular: Cristiane Pinto Baierle Suplente: Camila Carvalho

Representantes do Gabinete do Prefeito Titular: Carlos Gilberto Baierle ( Prefeito) Suplente: Elenice Comassetto Schimuneck

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Representantes da Secretaria do Planejamento Titular: Ivan Paulino Sebben Suplente: Fábio Roberto Baierle

Representantes da Brigada Militar Titular: Sgt Ivonei Mazzaro Suplente: Jurandir da Silva Faleiro

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Titular: Andreia Silvane Gabe dos Santos Suplente: Paula Tuane Ferreira de Oliveira

Representantes da EMATER Titular: Ana Cláudia Miotto Suplente: Wagner Soares

Representantes do Conselho do FUNDEB Titular: Adriana Maria Werlang Suplente: Júlia Grasiele de Jesus Ferreira

Representantes da EMEF. José de Anchieta Titular: Juliana da Silveira Suplente: Angelita Kroth

Representantes do CPM da EMEF. José Anchieta Titular: Carlos Eduardo de Mello Suplente: Roselane Kaufmann Moraes

Representantes da EMEF. Francisco Antônio de Borba Filho Titular: Cassiane da Silva Schmidt Suplente: Laura Seibert Haas

Representantes do CPM EMEF. Francisco Antônio de Borba Filho Titular: Ana Cláudia Martim 3

Suplente: Vera Silveira

Representantes da EMEF Nossa Senhora da Saúde Titular: Carla Cristina da Rosa Suplente: Paulo Roberto Santos da Silva

Representantes da E.E. Ensino Médio Alexandrino de Alencar Titular: Tatiana Thiesen da Silva Suplente: Marlon Juliano Lima Weber

Representantes do CPM da E.E. Ensino Médio Alexandrino de Alencar Titular: Márcia Liziane Kroth Suplente: Celina Maria Fagundes da Rosa

Representantes do Grêmio Estudantil da E.E. Ensino Médio Alexandrino de Alencar Titular: Liliane Machado Suplente: Vitor Kroth

Representantes da Secretaria Municipal de Finanças Titular: Evandro Menezes Jacobsen Suplente: Maristela Azambuja

Representantes da Secretaria Municipal de Administração Titular: Mara Lisiane Iochims Suplente: Fabiele Baumgarten

Representantes da Secretaria Municipal de Obras Titular: Rafael Fonseca Suplente: Fabiano Schwab

Representantes da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto Titular: Cristiano Konzen Suplente: Vera Regina Konzen Silveira

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Representantes das EMEF Multisseriadas Titular: Adriana Silveira da Silva Suplente: Roziléia Cunha Silva

Representantes da Associação Recreativa União Titular: Dilson Evaldo Kroth Suplente: Rejane Maria Ferreira Kroth

Representantes do Conselho Tutelar Titular: Ilse Maria Helfer Suplente: Saira Maria Menezes

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01: População residente de Passo do Sobrado 22 Tabela 02: Pessoas residentes por faixa etária 24 Tabela 03: População ocupada por faixa etária e escolaridade 25 Tabela 04: População x Deficiência 26 Tabela 05: População por faixa etária e atividade de trabalho 26 Tabela 06: Rendimento mensal domiciliar 28 Tabela 07: Religiões declaradas 29 Tabela 08: Desenvolvimento Humano - 1991 - 2000 - 2010 30 Tabela 09: Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais 32 Taxa de analfabetismo por sexo e localização da população de Tabela 10: 33 15 anos ou mais Tabela 11: Principais produtos de Passo do Sobrado 33 Estabelecimentos de ensino por dependência administrativa - Tabela 12: 40 Educação Básica Número de escolas por dependência administrativa e oferta de Tabela 13: 40 Educação Básica Matrícula inicial da Educação Básica por dependência Tabela 14: 41 administrativa Tabela 15: Formação dos professores de Passo do Sobrado - 2015 45 Tabela 16: Formação dos monitores de educação - 2015 46 Matrícula inicial na Educação Infantil por dependência Tabela 17: 48 administrativa Matrícula inicial da Educação Infantil - atendimento parcial e Tabela 18: 48 integral Matrícula inicial de Ensino Fundamental por dependência Tabela 19: 49 administrativa e localização Tabela 20: Matrícula inicial por dependência administrativa - 1º ao 5º ano 50 Matrícula inicial dos anos iniciais por dependência Tabela 21: 50 administrativa e localização Tabela 22: Matrícula inicial por dependência administrativa - 6º ao 9º ano 51 Matrícula inicial dos anos finais por dependência administrativa Tabela 23: 51 e localização Tabela 24: Histórico da distorção idade/série de 2006 a 2015 52 Tabela 25: Distorção idade/série - Ensino Fundamental - 2011, 2012, 2013 52 Tabela 26: Distorção idade/série por escolas 53 Tabela 27: Distorção idade série por localização - 2013 53 6

Tabela 28: Taxa de rendimento escolar por níveis - 2013 54 Tabela 29: Taxa de rendimento do Ensino Fundamental 2013 54 Taxa de rendimento por dependência administrativa - Ensino Tabela 30: 54 Fundamental - 2011, 2012, 2013 Percentual de alunos que atingiram aprendizado adequado em Tabela 31: 56 2013 Resultados da Prova Brasil em Passo do Sobrado - Português - Tabela 32: 56 5º e 9º anos Resultados da Prova Brasil em Passo do Sobrado - Matemática - Tabela 33: 56 5º e 9º anos Tabela 34: IDEB - 4ª série e 5º ano 57 Tabela 35: IDEB - 8ª série e 9º ano 58 Tabela 36: Matrícula inicial do Ensino Médio - 2011 a 2015 59 Tabela 37: Taxa de rendimento do Ensino Médio 59 Tabela 38: Distorção idade/série - 2011, 2012, 2013 60 Tabela 39: Resultados ENEM por área de conhecimento - 2011, 2012, 2013 60 Matrícula Inicial de Educação de Jovens e Adultos - Ensino Tabela 40: 62 Fundamental - 2010 a 2015 Tabela 41: Matrícula inicial - Educação Especial - 2011 a 2015 64 Tabela 42: Recursos financeiros - Programas 65 Tabela 43: Recursos financeiros - Projetos/atividades 66 Tabela 44: Recursos financeiros 67 Tabela 45: MDE - Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 67

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: População urbana por sexo 22 Gráfico 02: População rural por sexo 23 Gráfico 03: População total por sexo 23 Gráfico 04: População total por localização 23 Gráfico 05: Distribuição da população por sexo e faixa etária 24 Gráfico 06: Matrícula inicial do Ensino Fundamental - urbano e rural - 2015 49 Gráfico 07: Matrícula inicial dos Anos Iniciais - urbano e rural - 2015 50 Gráfico 08: Matrícula inicial no Ensino Fundamental - Anos Finais - 2015 52

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AUPAS Associação dos Universitários de Passo do Sobrado CAQ Custo Aluno-Qualidade CAQI Custo Aluno-Qualidade inicial CEB Conselho de Educação Básica CME Conselho Municipal de Educação CNE Conselho Nacional de Educação CONAE Conferência Nacional de Educação CPM Círculo de Pais e Mestres DTP Vacina Tríplice Bacteriana EEI Escola de Educação Infantil EJA Educação de Jovens e Adultos EMEF Escola Municipal de Ensino Fundamental EMEI Escola Municipal de Educação Infantil ENEM Exame Nacional do Ensino Médio FIES Fundo de Financiamento Estudantil FME Fórum Municipal de Educação FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação IBGE Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica IDH Índice de Desenvolvimento Humano IDI Índice de Desenvolvimento Infantil INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA Lei Orçamentária Anual MDE Manutenção e Desenvolvimento do Ensino MEC Ministério da Educação PAIF Programa de Atendimento Integral à Família PAR Plano de Ações Articuladas PARFOR Plano Nacional de Formação de Professores 9

PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola PIB Produto Interno Bruto PME Plano Municipal de Educação PNAD Pesquisa Nacional por amostragem de Domicílios PNAE Programa Nacional da Alimentação Escolar PNAIC Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa PNE Plano Nacional de Educação PNLD Programa Nacional do Livro Didático PPA Plano Plurianual Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos PROINFÂNCIA para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil PRONATEC Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego PROUNI Programa Universidade para Todos PSF Programa Saúde da Família SAEB Sistema de Avaliação da Educação Básica SICREDI Sistema de Crédito Cooperativo SMECD Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto TCE/RS Tribunal de Contas do Estado do ULBRA Universidade Luterana do Brasil UNCME União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação UNDIME União dos Dirigentes Municipais de Educação UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância UNINTER Centro Universitário Universal UNISC Universidade de UNIVATES Unidade Integrada Vale do de Ensino Superior UTC Tempo Universal Coordenado

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SUMÁRIO

MENSAGEM 12

TRAJETÓRIA DA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE 13 EDUCAÇÃO DE PASSO DO SOBRADO – 2015/2025

1 INTRODUÇÃO 16

ANALISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DE PASSO DO 2 SOBRADO: ASPECTOS HISTÓRICOS, GEOGRÁFICOS, 19 SÓCIOECONÔMICOS, RELIGIOSOS E CULTURAIS 2.1 Aspectos Históricos 19 2.1.1 Formação Administrativa 21 2.2 Aspectos gerais 21 2.3 Aspectos Populacionais 22 2.4 Aspectos Religiosos 29 2.5 Aspectos econômicos e sociais 29 2.5.1 Índice de Desenvolvimento Humano 29 2.5.2 Índice de Desenvolvimento Infantil 30 2.5.3 Taxa de analfabetismo 32 2.5.4 Taxa de Mortalidade Infantil 33 2.5.5 Principais produtos da economia 33 2.6 Aspectos Culturais 34

3 ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO 35 3.1 Gestão da educação 36 3.1.1 Estrutura da Educação do Município 36 3.1.2 Organização e Funcionamento da Educação do Município 39 3.1.3 Apoio ao Educando 41 3.1.4 Instalações físicas e materiais nas Unidades Escolares 42 3.2 Valorização dos profissionais da educação 44 3.3 Níveis da educação: educação básica e superior 46 3.3.1 Etapas da Educação Básica 46 11

3.3.1.1 Educação Infantil 46 3.3.1.2 Ensino Fundamental 48 3.3.1.2.1 Ensino Fundamental - Anos Iniciais 50 3.3.1.2.2 Ensino Fundamental – Anos Finais 51 3.3.1.2.3 Distorção idade/série em Passo do Sobrado 52 3.3.1.2.4 Taxa de Rendimento: Aprovação, Reprovação e Abandono 54 3.3.1.2.5 Prova Brasil 55 3.3.1.2.6 IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 56 3.3.1.3 Ensino Médio 58 3.3.1.3.1 Taxa de Rendimento 59 3.3.1.3.2 Taxa de distorção idade/série 60 3.3.1.3.3 ENEM – Exame nacional do Ensino Médio 60 3.3.1.3.4 IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 61 3.3.2 Educação Superior 61 3.4 Modalidades da educação básica 62 3.4.1 Educação de Jovens e Adultos 62 3.4.2 Educação Especial 62 3.4.3 Ensino profissionalizante 65 3.5 Recursos financeiros para a educação do município 65

DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PLANO MUNICIPAL 4 69 DE EDUCAÇÃO 4.1 Diretrizes 69 4.2 Metas e estratégias 69 4.3 Acompanhamento e Avaliação do PME 99

REFERÊNCIAS 99

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MENSAGEM

Chegamos ao século XXI e, com ele, grandes renovações estão acontecendo. Vivemos um tempo de transição, marcado por mudanças de paradigmas, conceitos e concepções. O homem, as instituições, a sociedade vivem constante e veloz processo de transformação nas relações sociais estabelecidas, alimentando as desigualdades. Faz-se necessário estabelecer a interação entre os diversos setores da sociedade, estimulando um processo permanente de discussão que proporcione o enfrentamento desta realidade. Para isso, é fundamental a definição de políticas públicas nas áreas sociais, em especial na educação. É intenção do Plano Municipal de Educação contribuir efetivamente para esta realidade. É preciso concretizar as mudanças necessárias a oferta, acesso de ensino do nosso município. Foi um grande desafio a elaboração deste Plano, sabemos que teremos muito ainda a fazer, visando à construção conjunta de um documento que contemplasse as reivindicações e expectativas da sociedade em relação à educação municipal, traduzidas em metas. A elaboração participativa deste Plano significa que as diretrizes e metas definidas, de forma articulada, possibilitam efetivamente concretizar a educação de qualidade que as pessoas do nosso Município tanto merecem. Passo do Sobrado, nascemos para ser mais! Vivemos para ousar. É reconhecendo nossa realidade que o Plano materializa nossos sonhos, projetos e intenções para o Município nos próximos 10 anos. Um Plano que, além do documento escrito, feito com a rigorosidade metódica necessária, é capaz de ser palavra-ação. Documento que se move para uma Passo do Sobrado cada vez melhor.

CRISTIANO KONZEN Secretário Municipal de Educação, Cultura e Desporto

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TRAJETÓRIA DA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PASSO DO SOBRADO – 2015/2025

O Plano Nacional de Educação está referido no Art. 214 da Constituição Federal de 1988, que determina a sua elaboração de acordo os princípios fundamentais da educação brasileira. Já a sua regulamentação foi determinada através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB/1996, que deixou a cargo da União, em colaboração com Estados e Municípios, a incumbência de organizar o PNE, que posteriormente foi aprovado pela Lei n° 10.172, de 09/01/2001, com vigência decenal. Os estados e municípios foram orientados em elaborar seus Planos Decenais de Educação, mas como não tinha a obrigatoriedade legal muitos estados, incluindo o Rio Grande do Sul, e muitos municípios não o fizeram. Em 2007, MEC instituiu o Plano de Metas Compromisso Todos Pela Educação (Decreto Federal nº 6.094, de 24 de abril de 2007), e mobilizou os municípios a aderirem a este grande projeto educacional que tem como objetivo central a qualidade da educação. Entre as 28 diretrizes nele estabelecidas, a diretriz XXII compromete a todos os municípios a "elaborar plano de educação e instalar Conselho de Educação, quando inexistentes". O município de Passo do Sobrado fez a adesão em 2008 e através dele assumiu vários compromissos que pontuaram e continuam pontuando a educação no município. Uma das metas foi participar e realizar a cada 4 (quatro) anos o Plano de Ações Articuladas (PAR) como forma de planejamento participativo e democrático nas dimensões de Gestão Educacional, Formação de Professores e de Profissionais de Serviço e Apoio Escolar, Práticas Pedagógicas e Avaliação, além de Infraestrutura Física e de Recursos Pedagógicos. A partir de um diagnóstico da educação do município, o PAR contempla metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e assegura estratégias para apoio técnico e financeiro, visando dessa maneira uma melhoria da gestão educacional e da qualidade da educação. Em 2010, aconteceu a Conferência Nacional de Educação (CONAE), um espaço de discussão sobre os rumos que o país deve tomar em todos os níveis de ensino que mobilizou estados e municípios e de essa conferência saíram as diretrizes que dão origem ao Plano Nacional de Educação (PNE) de 2011, documento que organiza prioridades e propõe metas a serem alcançadas nos dez anos seguintes. Após longa tramitação no Congresso Nacional o PNE foi aprovado e em 25 de junho de 2014 foi sancionado pela presidente - Lei nº 13.005/2014 composta por 14 artigos, 10 diretrizes, 20 metas e 254 estratégias. A referida lei, 14

no artigo 8º, determina que estados e municípios devem elaborar ou readequar seu Plano Municipal de Educação no prazo máximo de 1 (um) ano. Em Passo do Sobrado, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, iniciaram-se as discussões sobre o novo Plano Nacional de Educação e no dia 11 de julho de 2014 realizou-se uma reunião com o CME, SMECD e a professora Alice Theis com o objetivo de traçar os primeiros rumos. A UNIME, A UNCME, a FAMURS proporcionaram vários encontros de capacitação para conselheiros municipais e supervisores das secretarias municipais de educação e nosso município participou das mesmas através das supervisoras Vera Regina konzen Silveira, Sandra Mara Zinn Pereira, Paula Renata Pimentel dos Santos. O município também se fez presente, através da supervisora Julia Grasiele de Jesus Ferreira e da conselheira do CME Sandra Mara Zinn Pereira no V Encontro Estadual da UNCME/RS na cidade de nos dias 4 e 5 de junho de 2014, cujo tema central foi a elaboração do PME. Com o mesmo tema, no dia 21 de agosto de 2014 o município participou da Caravana da UNCME em , sendo representado por Sandra Mara Zinn Pereira,Paula Renata Pimentel dos Santos e Adriana Maria Werlang. Em outubro e novembro, a SMECD e os diretores das unidades escolares promoveram o estudo do Plano Nacional de Educação em todas as escolas envolvendo a comunidade escolar. A escola da rede estadual existente no município também estudou o PNE sob a coordenação da 6ª Coordenadoria de Educação através dos Cadernos Temáticos. Em março de 2015 foi criada a equipe técnica pela Portaria nº 208, de 30 de março de 2015 responsável pela elaboração do texto-base, acontecendo várias reuniões em março e abril no sentido de realizar a análise situacional do município e da educação, elaboração das metas e estratégias a luz do PNE. Destaca-se que até o momento não foi votado o Plano Estadual de Educação. Também foi criado o Fórum Municipal de Educação pela Portaria Nº 054, de 16 de janeiro de 2015, responsável pela divulgação e discussão do texto-base e posterior implementação e acompanhamento do PME. A equipe técnica realizou ainda encontros com os Secretários Municipais no dia 9 de abril de 2015 e reunião com os vereadores no dia 27 de abril de 2015. O texto-base foi entregue ao FME no dia 17 de abril na Câmara dos Vereadores. No dia 29 de abril de 2015, no Salão Paroquial, com a presença do Poder executivo, Poder Legislativo, educadores e sociedade passo-sobradense, aconteceu a 1ª Conferência Municipal de Educação que discutiu e votou o Plano Municipal de Educação, sendo posteriormente entregue ao Secretário da SMECD que encaminhou ao Prefeito Municipal 15

para a elaboração do Projeto de Lei a ser encaminhado para a Câmara dos Vereadores para votação e aprovação. Este Plano Municipal de Educação é definido em um conjunto de Diretrizes e Metas distribuídos nos diversos Níveis e Modalidades de Ensino estabelecidos para cada Eixo. Constitui-se em um instrumento de resposta às demandas, na área da Educação pública e privada do Município de Passo do Sobrado, por articular diretrizes, metas, estratégias e aspirações compartilhadas com legitimidade.

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1 INTRODUÇÃO

Passo do Sobrado é um jovem município de apenas 23 anos e apresenta um desenvolvimento significativo e constante e sem dúvida a educação contribui enormemente para que este progresso aconteça e que seja usufruído por toda a população passo-sobradense. A elaboração do primeiro Plano Municipal de Educação (PME) do município é um marco na educação de Passo do Sobrado e uma conquista para toda a população que aspira melhorias no ensino e, consequentemente, melhora na sua qualidade de vida. O PME trata do conjunto da educação, no âmbito municipal, expressando uma política educacional para todos os níveis, bem como as etapas e modalidades de educação e de ensino. Não se trata de um Plano de Governo, mas um Plano de Estado com duração decenal, o que significa que ultrapassa governos. Sua elaboração está preconizada no Plano Nacional de Educação - PNE, aprovado pela Lei nº 13.005/2014, que em seu art. 8º declara:

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei.(BRASIL,2014)

O grande diferencial deste PNE - 2014/2024 é que o mesmo tem vinculação de recursos para o seu financiamento, com prevalência sobre os Planos Plurianuais (PPAs) e, também por força de lei, cumpre a função de articular o Sistema Nacional de Educação em regime de colaboração em todas as esferas. Na Constituição Federal de 1988 a elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE) é previsto no Art. 214 e já prevê 6 (seis) diretrizes para a educação nacional. Já na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a elaboração do PNE, é previsto em seu Art. 9. O presente Plano Municipal de Educação obedece ao princípio constitucional de gestão democrática do ensino público, referendada na Constituição Federal Art. 206, Inciso VII, observando a gestão democrática de ensino e da educação, a garantia de princípios de transparência e impessoalidade, a autonomia e a participação, a liderança e o trabalho coletivo, a representatividade e a competência. O PME se alinha ao Plano Nacional de Educação que tem como grande objetivo garantir uma educação de qualidade para todos, alinhando diretrizes, metas e estratégias. A Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Plano Nacional de 17

Educação estipulam que as metas nacionais, especialmente aquelas que dizem respeito às etapas obrigatórias da educação nacional, são responsabilidades conjuntas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. Resumidamente, os principais aspectos norteadores do Plano Municipal de Educação são: a universalização do ensino, a qualidade do ensino, a formação e valorização dos profissionais, a democratização da gestão e o financiamento da educação. Destaca-se que este Plano dá bastante ênfase as análise situacionais do município e da educação, pois um diagnóstico que retrate efetivamente a realidade é fundamental para apontar a trajetória e a situação do município e da educação para a elaboração das metas e estratégias. A data base para a coleta de dados que fundamenta a análise situacional é o Censo 2010, dados que foram atualizados através de busca em sites oficiais, Prefeitura Municipal e Secretária Municipal de Educação, Cultura e Desporto. Os principais sites de consulta foram: IBGE, INEP, DATASUS, TCE/RS, FNDE e a própria Secretaria de Educação através de seus arquivos e contatos diretos com as escolas do município. O presente documento está dividido em etapas que permitem uma melhor compreensão do município e de sua educação e do que se almeja alcançar nos próximos 10 (dez) anos, período de sua vigência. Inicialmente é realizada uma análise situacional do município, em que são analisados aspectos históricos, geográficos, socioeconômicos, religiosos e culturais. Em seguida realiza-se uma análise situacional da educação no município, que pretende ser um verdadeiro diagnóstico da educação municipal quanto à gestão e financiamento, valorização dos profissionais da educação, dos níveis da educação básica e modalidades de ensino apontando os aspectos favoráveis já existentes e àqueles que precisam ser melhorados, consequentemente, evidencia quais os maiores desafios que o município possui e quais as prioridades deste plano. Logo a seguir, apresentam-se as diretrizes, metas e suas respectivas estratégias alinhadas ao Plano Nacional de Educação e Plano Estadual de Educação as quais serão norteadoras para o avanço da educação de todo território de Passo do Sobrado no período de dez anos. Por fim o documento é encerrado com as indicações para o acompanhamento e avaliação do plano, que possibilita a realização periódica de ajustes, o que garantirá o cumprimento do que aqui está previsto. O Plano Municipal de Educação apresenta 20 metas e 219 estratégias. Sem dúvida o desafio é grande, mas este processo de construção coletiva, nos leva a ter certeza que o PME é fundamental para o desenvolvimento de nosso município, pois aponta para um caminho em que a educação é o alicerce para o desenvolvimento de uma sociedade plena. A educação deve ser prioridade e acima de tudo, uma possibilidade de 18

desenvolvimento do ser humano, uma busca pela construção de uma sociedade justa e de todos, pois como afirma Paulo Freire: “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”.

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2 ANALISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DE PASSO DO SOBRADO: ASPECTOS HISTÓRICOS, GEOGRÁFICOS, SÓCIOECONÔMICOS, RELIGIOSOS E CULTURAIS

2.1 Aspectos históricos

A existência de Passo do Sobrado data de aproximadamente dois séculos. Nesse período, a colonizado foi feita por portugueses que partiam de para povoar a região que era conhecida como Couto (lugar seguro, refúgio) e servia como ponto de descanso. Ao passar dos anos, inúmeras famílias germânicas, portuguesas e descendentes de escravos se instalaram no que seria o futuro município, antes pertencente a Rio Pardo. Essas etnias, que se dedicaram à produção de alimentos para a subsistência formam hoje a maioria dos residentes no município. O nome da cidade foi criado em 1850, pelo fato de haver uma passagem em um arroio, situado na entrada da cidade. Próximo a este arroio, existia uma casa de madeira, conhecida por sobrado. Carroceiros e tropeiros atribuíam a essa passagem o nome de passo do sobrado. Na década de 30 o nome foi alterado para , no entanto a população não gostou e iniciou uma campanha para a retomada do nome original. Desta forma, Passo do Sobrado, 2º distrito da cidade de Rio Pardo, foi crescendo, famílias vindas principalmente de Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul foram se estabelecendo na localidade, o comércio teve grande crescimento e a região foi se desenvolvendo, o que originou a ideia e a necessidade de se tornar município, de emancipar-se da terra-mãe. Com este pensamento, um grupo de apenas três pessoas iniciou a discussão da emancipação, sendo imediatamente aceita por um grupo cada vez maior e no dia 8 de maio de 1990, com a presença de 350 pessoas, realizou-se uma reunião para escolher a Comissão de Emancipação que foi composta por Gilberto Daniel Weber, Clóvis Sinval Salvagni, Luiz Fernando Moenke, José Robério Kroth, Irineo Schimidt Lopes, Abel Samuel da Rosa, Paulo Claiton Janisch, Vilmar da Silva Müller, Elto Dettenborn, Ney Jacobsen, Leonor Armando Gelsdorf, Ênio José Konzen. A primeira tarefa da comissão foi levar a proposta para as comunidades, que fariam parte do futuro município de Passo do Sobrado, através de encontros. As comunidades aderiram à ideia e organizaram-se em sub-comissões, 17 ao todo. No dia 10 de novembro de 1991, os eleitores de Passo do Sobrado foram às urnas para o plebiscito, que definiria pelo “sim” ou “não” da Emancipação. Com 88% dos votos a favor, Passo do Sobrado deu o grande passo para tornar-se um município independente. 20

O ato final foi quando o município foi reconhecido e criado em 20 de março de 1992, conforme Lei Estadual nº 9.545.

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2.1.1 Formação administrativa

Distrito criado com a denominação de Couto, pelo ato municipal nº 53, de 10-01-1898, subordinado ao município de Rio Pardo. Por ato municipal nº 134, de 26-11-1929, é extinto o distrito de Couto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Rio Pardo. Por ato municipal nº 9, de 14-01-1931, é recriado o distrito de Couto, subordinado ao município de Rio Pardo. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Couto, figura no município de Rio Pardo. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII- 1936 e 31-XII-1937. Pelo decreto estadual nº 7199, de 31-03-1938, o distrito de Couto passou a denominar-se Passo do Sobrado. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Passo do Sobrado (ex Couto), figura no município de Rio Pardo. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Passo do Sobrado permanece no município de Rio Pardo, assim permanecendo em divisão territorial datada de 1988. Elevado à categoria de município com a denominação de Passo do Sobrado, pela lei estadual nº 9545, de 20-03-1992, desmembrado do município de Rio Pardo e foi Instalado em 01-01-1993. Em divisão territorial datada de 1999, o município é constituído do distrito sede, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. Alteração toponímica distrital Couto para Passo do Sobrado, alterado pela lei estadual nº 7199, de 31-03-1938.

2.2 Aspectos gerais

O município de Passo do Sobrado está localizado na região do Vale do Rio Pardo. Localiza-se a uma latitude 29º44'53" sul e a uma longitude 52º16'29" oeste, o fuso horário é de UTC-3. Bioma Mata Atlântica e Pampa. Pertence a mesorregião Centro oriental Rio- grandense e a microrregião é . A distância de é de 134 quilômetros e as principais vias de acesso são RSC-287 e RS-405. Faz limite com os municípios de Santa Cruz do Sul, Rio Pardo, Venâncio Aires, . O município tem uma área de 265,108 Km², com uma população de 6011 habitantes conforme o censo IBGE 2010 e para 2014 a população projetada é de 6.340 habitantes. A densidade demográfica atual é de 22,67 hab/km² e a área da unidade territorial é de 265.108 (km²). Distância de algumas cidades: Porto Alegre: 134 km, Venâncio Aires: 28 km, Santa Cruz do Sul: 25,3 km, Vale Verde: 22,5 km. A altitude média do município é de 109 metros e o clima é temperado. 22

Município confinante de Passo do Sobrado

Santa Cruz do Sul Santa Cruz do Sul Venâncio Aires

Santa Cruz do Sul Vale Verde

Rio Pardo Vale Verde Vale Verde

2.3 Aspectos populacionais

A população de Passo do Sobrado, num total de 6011 habitantes (censo 2010), tem uma leve preponderância de mulheres sobre homens, embora estes sejam maioria na zona rural. A maioria da população reside na zona rural do município.

Tabela 1: População Residente de Passo do Sobrado População Residente de Passo do Sobrado População Rural População Urbana Homens Mulheres Homens Mulheres TOTAL 2341 2241 655 774 4582 1429 TOTAL GERAL: 6011 Fonte: IBGE - Censo de 2010

Gráfico1: População urbana por sexo

População Urbana

Homens Mulheres

49% 51%

23

Gráfico 2: População rural por sexo

População Rural

Homens Mulheres

46% 54%

Gráfico 3: População total por sexo

População Total

Homens Mulheres

49,93% 50,07%

Gráfico 4: População total por localização

População Total

População Rural População Urbana

24%

76%

24

Na pirâmide abaixo temos a distribuição da população de Passo do Sobrado por sexo e faixa etária. O maior número de homens encontra-se na faixa de 25 a 29 anos enquanto que as mulheres na faixa de15 a 19 anos. A população superior a 70 anos é de 444 pessoas- 7,39%, sendo 265 mulheres – 4,41% e 179 homens – 2,98%.Destaca-se que a população de 0 a 19 anos é de 1590 o que corresponde a 26,45% da população geral, ou seja, mais de um quarto dos habitantes de Passo do Sobrado têm menos de 20 anos,sendo que 767são homens e 823 são mulheres.As crianças de 0 a 4 anos correspondem a 5,5% da população, dos quais 2,8% são do sexo masculino e 2,7% do sexo feminino.

Gráfico 5: Distribuição da população por sexo e faixa etária

Fonte: IBGE – Censo 2010

Tabela 2: Pessoas residentes por faixa etária

PESSOAS RESIDENTES 2010 TOTAL 0 a 4 anos 328 5 a 9 anos 355 10 a 14 anos 410 15 a 19 anos 497 20 a 24 anos 440 60 anos ou mais 127 Fonte: IBGE – Censo 2010

A tabela abaixo, relativa à população ocupada por faixa etária e escolaridade apresenta alguns dados muito interessantes como: 71,1% dos homens que tem ocupação e

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mais de 25 anos são sem instrução ou ensino fundamental incompleto, enquanto que as mulheres na mesma condição correspondem a 67,1%. Homens com ocupação com mais de 25 anos e que possuem ensino fundamental completo e ensino médio incompleto somam 14.3% e as mulheres nesta mesma condição somam 12,9% da população. Constata-se que a escolaridade da população adulta do município não é elevada, inclusive quanto maior a escolaridade menor o índice percentual da população.

Tabela 3: População ocupada por faixa etária e escolaridade

POPULAÇÃO OCUPADA POR IDADE E ESCOLARIDADE % % homens ocupados, com 25 anos ou mais de idade, sem instrução e 71,1 Ensino Fundamental incompleto % homens ocupados, com 25 anos ou mais de idade, com Ensino 14,3 Fundamental completo e Ensino Médio incompleto % homens ocupados, com 25 anos ou mais de idade, com Ensino Médio 13,2 completo e Ensino Superior incompleto % homens ocupados, com 25 anos ou mais de idade, com Ensino 01,5 Superior incompleto % mulheres ocupadas, com 25 anos ou mais de idade, sem instrução e 67,1 Ensino Fundamental incompleto % mulheres ocupadas, com 25 anos ou mais de idade, com Ensino 12,9 Fundamental completo e Ensino Médio incompleto % mulheres ocupadas, com 25 anos ou mais de idade, com Ensino Médio 14,7 completo e Ensino Superior incompleto % mulheres ocupadas, com 25 anos ou mais de idade, com Ensino 05,3 Superior incompleto % homens, com 16 anos ou mais de idade, ocupados em setor de 66,1 atividade de agricultura % homens, com 16 anos ou mais de idade, ocupados em setor de 15,5 atividade de indústria % homens, com 16 anos ou mais de idade, ocupados em setor de 18,4 atividade de serviços % mulheres, com 16 anos ou mais de idade, ocupadas em setor de 64,8 atividade de agricultura % mulheres, com 16 anos ou mais de idade, ocupadas em setor de 09,0 atividade de indústria % mulheres, com 16 anos ou mais de idade, ocupadas em setor de 26,2 atividade de serviços Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
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Em relação à população residente em Passo do Sobrado que apresenta algum tipo de deficiência destaca-se a deficiência motora leve, a deficiência auditiva leve e deficiência visual leve, especialmente esta com 904 pessoas, quase um sexto da população. Quanto à

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deficiência intelectual/mental apenas 73 cidadãos do município a apresentam.

Tabela 4: População x Deficiência

DEFICIÊNCIA POPULAÇÃO População residente com deficiência auditiva - alguma dificuldade 227 População residente com deficiência auditiva - grande dificuldade 31 População residente com deficiência auditiva - não consegue de 6 modo algum População residente com deficiência motora - alguma dificuldade 314 População residente com deficiência motora - grande dificuldade 90 População residente com deficiência motora - não consegue de 14 modo algum População residente com deficiência visual - alguma dificuldade 904 População residente com deficiência visual - grande dificuldade 105 População residente com deficiência visual - não consegue de 7 modo algum População residente com mental/intelectual 73 População residente com nenhuma dessas deficiências 4.681 População residente sem declaração de deficiência -

Fonte: IBGE – Censo 2010

Ao analisar a tabela abaixo e constata que a atividade principal de trabalho é relacionada a agricultura e pecuária (43,6%) , tanto por parte das mulheres como dos homens, condizente com a realidade de que a maioria da população vive na zona rural. Em seguida aparece a atividade industrial com 367 pessoas e de comércio com 293 pessoas.

Tabela 5: População por faixa etária e atividade de trabalho

ATIVIDADE POPULAÇÃO atividade do trabalho principal era administração pública, defesa e 99 seguridade social - homens atividade do trabalho principal era administração pública, defesa e 45 seguridade social - mulheres atividade do trabalho principal era agricultura, pecuária, produção 1.436 florestal, pesca e aquicultura - homens atividade do trabalho principal era agricultura, pecuária, produção 1.184 florestal, pesca e aquicultura - mulheres atividade do trabalho principal era água, esgoto, atividades de 3 gestão de resíduos e descontaminação - homens atividade do trabalho principal era água, esgoto, atividades de - gestão de resíduos e descontaminação - mulheres atividade do trabalho principal era alojamento e alimentação – 13

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homens atividade do trabalho principal era alojamento e alimentação - 31 mulheres atividade do trabalho principal era artes, cultura, esporte e 10 recreação - homens atividade do trabalho principal era artes, cultura, esporte e 4 recreação - mulheres atividade do trabalho principal era atividades administrativas e 20 serviços complementares - homens atividade do trabalho principal era atividades administrativas e 17 serviços complementares - mulheres atividade do trabalho principal era atividades financeiras, de 3 seguros e serviços relacionados - homens atividade do trabalho principal era atividades financeiras, de 9 seguros e serviços relacionados - mulheres atividade do trabalho principal era atividades imobiliárias - homens - atividade do trabalho principal era atividades imobiliárias - - mulheres atividade do trabalho principal era atividades mal especificadas - 8 homens atividade do trabalho principal era atividades mal especificadas - 39 mulheres atividade do trabalho principal era atividades profissionais, 11 científicas e técnicas - homens atividade do trabalho principal era atividades profissionais, 8 científicas e técnicas - mulheres atividade do trabalho principal era comércio; reparação de veículos 152 automotores e motocicletas - homens atividade do trabalho principal era comércio; reparação de veículos 141 automotores e motocicletas - mulheres atividade do trabalho principal era construção - homens 114 atividade do trabalho principal era construção - mulheres 2 atividade do trabalho principal era educação - homens 14 atividade do trabalho principal era educação - mulheres 84 atividade do trabalho principal era eletricidade e gás - homens - atividade do trabalho principal era eletricidade e gás - mulheres - atividade do trabalho principal era indústrias de transformação - 215 homens atividade do trabalho principal era indústrias de transformação - 152 mulheres atividade do trabalho principal era indústrias extrativas - homens - atividade do trabalho principal era indústrias extrativas - mulheres - atividade do trabalho principal era informação e comunicação - 7 homens atividade do trabalho principal era informação e comunicação - 4 mulheres 28

atividade do trabalho principal era organismos internacionais e - outras instituições extraterritoriais - homens atividade do trabalho principal era organismos internacionais e - outras instituições extraterritoriais - mulheres atividade do trabalho principal era outras atividades de serviços - 6 homens atividade do trabalho principal era outras atividades de serviços - 27 mulheres atividade do trabalho principal era saúde humana e serviços sociais 17 - homens atividade do trabalho principal era saúde humana e serviços sociais 34 - mulheres atividade do trabalho principal era serviços domésticos - homens 6 atividade do trabalho principal era serviços domésticos - mulheres 60 atividade do trabalho principal era transporte, armazenagem e 32 correio - homens atividade do trabalho principal era transporte, armazenagem e 3 correio - mulheres Fonte IBGE – Censo 2010

Quanto ao rendimento mensal domiciliar (num total de 2074), 700 domicílios recebem entre 1 e 2 salários mínimos percapita o que corresponde a 33,75% dos domicílios; 626 tem uma renda percapita de ½ a 2 salários mínimos, ou seja, 30,18%. Apenas 53 domicílios apresentam renda per capita de 5 salários mínimos ou mais- 2,55% dos domicílios. Chama atenção que o censo IBGE 2010 aponta 127 domicílios declarados sem rendimentos, correspondendo a 6,12% do total.

Tabela 6: Rendimento mensal domiciliar

RENDIMENTO DOMICÍLIOS Domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento 2.074 nominal mensal domiciliar per capita - Total Domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento 79 nominal mensal domiciliar per capita - Até 1/4 de salário mínimo Domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento 213 nominal mensal domiciliar per capita - Mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo Domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento 626 nominal mensal domiciliar per capita - Mais de 1/2 a 1 salário mínimo Domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento 700 nominal mensal domiciliar per capita - Mais de 1 a 2 salários mínimos Domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento 194 nominal mensal domiciliar per capita - Mais de 2 a 3 salários mínimos Domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento 82 29

nominal mensal domiciliar per capita - Mais de 3 a 5 salários mínimos Domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento 53 nominal mensal domiciliar per capita - Mais de 5 salários mínimos

Fonte: IBGE – Censo 2010

2.4 Aspectos religiosos

O Censo 2010 aponta que a ampla maioria da população de Passo do Sobrado declarou pertencer à religião Católica Apostólica Romana, mas constata-se um avanço considerável das igrejas evangélicas.

Tabela 7: Religiões declaradas RELIGIÃO POPULAÇÃO PERCENTUAL Católica Apostólica Romana 5.541 92,18% Espírita 09 0,15% Evangélica 412 6,85% Não declarados 49 0,82% TOTAL 6.011 100,00% Fonte: IBGE - Censo 2010

2.5 Aspectos econômicos e sociais

A distribuição setorial do PIB de 107. 591,09 perfaz 29,80% na agropecuária, 14,5% na indústria, 5,10% em impostos e 50,6% no setor de serviços. Estes dados permitem-nos afirmar que na economia do município predomina o setor de serviços correspondendo 50,6% dos empregos distribuídos entre: serviços, comércio e administração pública.

2.5.1 Índice de Desenvolvimento Humano

O IDH É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem estar de uma população e tem como base o tripé: educação, longevidade e renda. A dimensão EDUCAÇÃO impacta e avalia alfabetização e taxa de matrícula A Dimensão LONGEVIDADE (ou Saúde) avalia o desenvolvimento humano no que diz respeito à longevidade o IDH usa a esperança de vida ao nascer. O indicador é uma boa forma de avaliar as condições sociais, de saúde e salubridade por considerar as taxas de mortalidade das 30

diferentes faixas etárias daquela localidade. Para aferir a Dimensão RENDA calcula-se o PIB (produto interno bruto: valor agregado na produção de todos os bens e serviços ao longo de um ano dentro de suas fronteiras) per capita (divisão do PIB pela população de um país). Passo do Sobrado possui um IDH-M igual a 0,698 o que corresponde ao 321º maior do Estado. Especificando os índices por área e respectivas posições que ocupam no estado do Rio Grande do Sul: IDH-M RENDA - 0,726 (posição 230º), o IDH-M LONGEVIDADE -0, 851 (posição 160º) e o IDH-M EDUCAÇÂO- 0,551(posição384º). Conforme o que aponta a tabela abaixo, o Índice de Desenvolvimento Humano de Passo do Sobrado (2010) é considerado médio. Embora os índices não sejam altos, estão em constante evolução positiva. O melhor resultado é o IDHM de Longevidade onde o município ocupa sua melhor posição em relação aos municípios do estado do Rio Grande do Sul. O desempenho menos satisfatório é o IDHM da Educação, mas é também o índice de maior crescimento, bem superior a evolução dos demais.

Tabela 8: Desenvolvimento Humano- 1991 – 2000 - 2010 ANO POSIÇÃO INDICADORES 1991 2000 2010 NO RS IDH 0,483 0,601 0,698 321º MUNICIPAL IDH-M -RENDA 0.673 0,698 0,726 230º IDHM - 0,739 0,782 0,851 160º LONGEVIDADE IDHM- 0,226 0,397 0,551 384º EDUCAÇÃO Fonte: IBGE 2010

2.5.2 Índice de Desenvolvimento Infantil

O INDICE DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL (IDI), elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), incorpora dimensões do conceito de desenvolvimento infantil contidos na doutrina da proteção integral da Convenção Internacional das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e no Estatuto da Criança e do Adolescente. São indicadores do IDI: a escolaridade dos pais (percentual de crianças menores de 6 anos de idade morando com mães com escolaridade precária e o percentual de crianças menores de 6 anos de idade morando com pais com escolaridade precária); os serviços de saúde (cobertura vacinal contra sarampo e DTP em crianças menores de um ano de idade e 31

percentual de mães com cobertura pré-natal adequada); e serviços de educação (taxa de escolarização bruta na creche e taxa de escolarização bruta na pré-escola). Este índice foca-se em uma amostra de crianças entre 0 e 6 anos de idade, tendo-se em vista a importância desta fase na vida do ser humano. O Índice de Desenvolvimento Infantil (IDI) é um dos maiores indicadores para aferir o nível de desenvolvimento de um país, estado e município. Em 1999 o IDI do município de Passo do Sobrado era 0,601 e na época havia 5.370 habitantes e 530 eram crianças de 0 a 6 anos, cujos pais com escolaridade precária (até quatro anos de estudo) atingiam os índices de 23,64% (pais) e 19,96 (mães). Um dos fortes indicadores do IDI é o número de crianças até 6 anos que são vacinadas e em 1999 o alcance da vacinação chegou a apenas 73,85% deste público alvo, mas em 2004 o município atingiu 100% das crianças vacinadas até 6 anos, sendo um salto qualificativo e quantitativo excelente e em 2014, segundo mapeamento da Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social a meta de vacinação atingiu 99%. Em relação às crianças matriculadas na pré-escola, em 1999 a taxa era de 29,10% e em 2004 houve uma leve redução – 28,37%, o que não deixa de ser surpreendente. Em 2004 o IDI do município cresceu para 0,662, com uma população total de 5.566 e 544 crianças até 6 anos cuja escolaridade dos pais considerada precária caiu entre os pais para 19,96 e em relação às mães a diminuição foi muito leve: de 18,67% para 17,87, menos de um ponto percentual. Um dado significativo apontado pelo IDI é o número de gestantes que realizam consultas pré-natais, apenas 36,7% das gestantes realizaram 6 ou mais consultas em 1999 e em 2004 houve um crescimento de quase 10 pontos percentuais atingindo 46,34%, índices considerados bastante baixos e preocupantes. O município implantou o programa Rede Cegonha: planejamento familiar e pré–natal que está mudando esta realidade. O Departamento de Ação Social, vinculado a Secretaria Municipal de Saúde desenvolve o Programa de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e o Programa de Atendimento Integral à Família – PAIF que se somam aos esforços de oferecer melhor qualidade de vida. Para cuidar da saúde da população o município conta com um hospital – Hospital de Passo do Sobrado, um posto de saúde (PSF) e convênio como Hospital São Sebastião Mártir de Venâncio Aires. O índice de 0,662 é considerado pela UNICEF como médio (a pontuação máxima é 1) e o município ocupa a posição número 353 no estado e no país a posição é 2.185. Pela oferta de programas de saúde, assistência social e educação que o município tem atualmente, acredita- se que o próximo IDI aferido terá taxa bem melhores.

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2.5.3 Taxa de analfabetismo

Analisando a tabela abaixo sobre a taxa de analfabetismo no município de Passo do Sobrado entre a população de 15 anos ou mais verifica-se que na faixa de 15 a 24 anos, em 2000, o índice era de 2,3% havendo uma redução significativa para 1,2% no decorrer de uma década. À medida que a faixa etária sobe, também eleva-se a taxa de analfabetizados, sendo 6,9% em 2000 para a população de 25 a 59 anos com redução de mais de dois pontos percentuais em 2010 quando a taxa atingiu 4,7%; a população com 60 anos ou mais em 2000 era de 22,3% caindo para 14,7% em 2010, índice considerado muito alto, mas é a faixa da população mais resistentes em participar de programas de alfabetização.

Tabela 9: Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais Faixa 15 a24 anos 24 a 59 anos 60 anos ou mais etária Ano 2000 2010 2000 2010 2000 2010 % 2,3% 1,2% 6,9% 4,7% 22,3% 14,7% Fonte: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?ibge/censo/cnv/alfbr.def

Ao observarmos a taxa de analfabetizados da população de 15 anos ou mais por sexo constata-se que o analfabetismo é mais alto entre as mulheres, tanto em 2000 como em 2010, quando o índice entre o sexo masculino era de 6,73% enquanto que as mulheres correspondiam a 8,36% e em 2010 caiu para 5,22% e 6,27% respectivamente, percebendo-se um decréscimo mais acentuado na população feminina. Em 2000, constata-se um fenômeno bem interessante, diferente do que normalmente acontece em outros municípios, a população da zona urbana tinha uma taxa de 8,39% a população com 15 anos ou mais enquanto que no meio rural a taxa era de 3,38%, Este fato pode, provavelmente ser explicado pelo fato de que a grande maioria das escolas existentes no município estarem localizadas no meio rural. Em termos gerais Passo do Sobrado, em 2000, tinha uma taxa de 7,53% de não alfabetizados, bem abaixo do índice nacional que era de 12,84%. Em 2010, conforme o censo realizado pelo IBGE, a taxa de analfabetismo do município teve uma redução de quase dois pontos percentuais, atingindo 5,74% enquanto que a média nacional é de 9,37% da população de 15 anos ou mais.

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Tabela10: Taxa de analfabetismo por sexo e localização da população de 15 anos ou mais ANO MASCULINO FEMININO URBANA RURAL 2000 6,73 8,36 8,39 3,38 2010 5,22 6,27 2,79 6,66 Fonte: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?ibge/censo/cnv/alfbr.def

2.5.4 Taxa de Mortalidade Infantil

Nos três últimos anos- 2012, 2013, 2014- o município de Passo do Sobrado teve dois óbitos infantis. Não há maiores dados sobre a taxa de mortalidade infantil no município.

2.5.5 Principais produtos da economia

Por se tratar de um município preponderantemente rural, a economia reflete esta realidade. É na agricultura e na pecuária que a economia do município se destaca e abrange um grande contingente de pessoas especialmente na plantação de fumo, pois está inserida numa região que a cultura do fumo é muito forte, com grandes indústrias fumageiras nas cidades vizinhas, especialmente Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires. Na pecuária o destaque maior fica para a criação de bovinos, mas destaca-se a criação de búfalos sendo inclusive considerada a capital do Búfalo e neste sentido realiza a cada dois anos a Festa do Búfalo, atração que atrai muitas pessoas de diversas cidades. A maior parte das propriedades são minifúndios com área média de 19 hectares. Atualmente o município também está tendo um forte investimento no setor industrial, inclusive com a criação de um Distrito Industrial junto a RS 244 que está atraindo a vinda de indústria para o município.

Tabela 11: Principais Produtos de Passo do Sobrado PRINCIPAIS PRODUTOS Canos para estufas de fumo, cardans agrícolas, fabricação de postes Industriais de concreto, frigoríficos, conservas doces e salgados, têxteis, costura de calçados de couro, produção de mudas de hortaliças Fumo (3.400ha), arroz (1.300ha), milho (3.500ha), soja (1.650ha), Agrícolas feijão (500ha), mandioca (300ha) Bovinos (20.200 unidades), suínos (2.300 unidades), bubalinos (2.100 Pecuários unidades), ovinos (1.418 unidades) N° de 1.305 Propriedades 34

Rurais

Área Média 19 ha Fontes: IBGE, Famurs, FEE, Guia Socioeconômico do Jornal Gazeta do Sul www.unisc.br/portal/upload/.../passo_de_sobrado

2.6 Aspectos Culturais

Por ser uma cidade pequena, Passo do sobrado guarda as características próprias de centros menores onde as pessoas têm mais contato uma com as outras, os vizinhos se conhecem pelo nome e se visitam, o chimarrão circula livremente, anda-se tranquilamente pelas ruas e calçadas, ainda se fala o alemão em muitas localidades, inclusive no comércio e outras instituições. Como a maioria da população reside no meio rural, é comum a vida comunitária ser mais intensa, girando em torno da escola e dos salões/pavilhões comunitários onde as pessoas se reúnem nos fins de semana e realizam anualmente suas festas, normalmente em homenagem ao padroeiro da localidade e que mobilizam diretorias e toda a comunidade. São festas regadas a boa comida, música, dança, muita confraternização e alegria, inclusive entre as comunidades. Nestas festas a presença do poder executivo e legislativo é sempre muito aguardada e por vezes exigida. Na sede do município acontece de dois em dois anos a grande Festa do Búfalo que movimenta toda a cidade, com grandes atrações que atraem não só os passo-sobradenses, mas também visitantes de municípios vizinhos. Também de dois em dois anos o município escolhe a rainha e suas princesas que representam o município em eventos municipais e estaduais. Anualmente acontece a Semana Cultural promovida pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, com eventos diversificados como Feira do Livro, gincanas, palestras, jogos desportivos, teatros, apresentações artísticas, shows e conta com a participação ativa das escolas, entidades, instituições, poderes constituídos e toda a população. Um evento muito apreciado pela população é o Terno de Reis que anualmente é realizado e cultiva a tradição religiosa e artística. Destaca-se também a Semana com comemorações típicas e alusivas à data gaúcha, inclusive com grande desfile cívico com participação dos estudantes e entidades do município.

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3 ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO

Como afirma a Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 205, a educação é: [...] direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988). A Constituição Federal no Art. 206 determina que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III. pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V. valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) VI. gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII. garantia de padrão de qualidade. VIII. piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006). A Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 determina: Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. 36

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III. pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância; V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII. valorização do profissional da educação escolar; VIII. gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX. garantia de padrão de qualidade; X. valorização da experiência extraescolar; XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII. consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).

3.1 Gestão da Educação

Desenvolver uma gestão educacional que seja democrática e participativa envolve e requer responsabilidade de todos para que a execução dos projetos educacionais e das metas seja alcançada. É através da gestão democrática que se torna possível partilhar decisões, avaliar as situações de vários pontos de vista, promovendo o interesse de todos com a escola, para que juntos possam encontrar as melhores soluções para as dificuldades existentes.

3.1.1 Estrutura da Educação do Município

A Lei Orgânica do Município promulgada em 10 de dezembro de 1993 e revisada em26/07/2004 estabelece, no Art. 82, as diretrizes da educação no município e no Art. 83estipula que “o município aplicará, anualmente, vinte e cinco por cento, no mínimo, da 37

receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, da manutenção e desenvolvimento do ensino”. (Passo do Sobrado, 2004, p.25) Para assegurar o cumprimento do que é estabelecido em lei faz-se necessário realizar investimentos na educação e no Plano Plurianual para o período de 2014/2017 são especificados todos os gastos do poder público municipal em educação com o objetivo de assegurar uma educação de qualidade a todos os alunos de Passo do Sobrado. No intuito de garantir o acesso e a qualidade da educação para todos, o município estruturou seu Sistema Municipal de Ensino através da Lei nº 1.2015, de 07/12/2010. O Conselho Municipal de Educação (CME), criado pela Lei nº 304 de 25 de junho de 1997, é formado por representantes dos mais diversos segmentos da sociedade com o intuito de garantir uma discussão e tomada de decisões sobre a educação do município que atenda os princípios já citados. As reuniões do conselho acontecem mensalmente e sempre que necessário. Outros conselhos encontram-se atuantes na educação do município: Conselho de Alimentação Escolar (Lei Municipal nº 498, de 25/07/2000), Conselho de Controle e Acompanhamento Social do FUNDEB (Lei Municipal nº 948, de 03/04/2007). O Plano de Carreira do Magistério foi criado pela Lei Municipal nº474, de 28/01/2000 e encontra-se em vigor, mas há um forte desejo que a mesma seja alterada em breve. O Plano de Ações Articuladas (PAR) tem sido utilizado para o planejamento das ações da Secretaria Municipal de Educação nas dimensões de Gestão Educacional, Formação de Professores e de Profissionais de Serviço e Apoio Escolar, Práticas Pedagógicas e Avaliação, além de Infraestrutura Física e de Recursos Pedagógicos. O PAR permite um planejamento participativo a partir de um diagnóstico amplo da educação do município e tem contemplado metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública, assegurando estratégias para apoio técnico e financeiro, visando dessa maneira uma melhoria da gestão educacional e da qualidade da educação. Na rede municipal, todas as escolas municipais possuem Projeto Político Pedagógico revisados e implementados, orientando as ações desenvolvidas pelas escolas. Da mesma forma, todas as escolas tiveram seus Planos de Estudos revisados em 2013 e todas as escolas possuem Regimentos próprios e atualizados. O acompanhamento pedagógico das escolas municipais é realizado pela equipe técnica e pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto que possui uma equipe formada por profissionais qualificados que visitam as escolas periodicamente, realizam reuniões sistemáticas com os diretores das escolas, programa de formação continuada para os educadores promovido pela SMECD e outras parcerias como União faz a Vida do SICREDI. 38

Os professores do 1º ao 3º ano da rede municipal e estadual participam do Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) criado em 2012 e tem como principal desafio garantir que todas as crianças brasileiras até oito anos sejam alfabetizadas plenamente. A rede municipal não tem em seu quadro docente supervisor escolar e orientador educacional, embora muitos profissionais tenham curso de pós-graduação específico para esta função. As escolas realizam reuniões com o corpo docente mensalmente e sempre que houver demanda para discutir sua prática pedagógica e realizar os devidos planejamentos, pois discutir o currículo é indispensável para que a educação seja de qualidade. Algumas necessidades se apresentam no acompanhamento pedagógico das escolas como: Supervisão Escolar e Orientação Educacional nas escolas, reforço aos alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem e atendimento individualizado entre outros. Em relação à Gestão das Unidades Escolares, o gestor tem papel importante na operacionalização das políticas públicas de educação e na dinâmica de trabalho escolar, sendo indispensável a participação de toda a comunidade escolar para que aconteça de fato debates, reuniões e decisões conjuntas no âmbito escolar. Para que a gestão seja democrática é importante a participação de CPMs, Clubes de Mães, Grêmio de Alunos e Conselhos Escolares. Percebe-se que as CPMs têm um papel importante nas escolas e em várias delas a atuação é ativa e constante, com envolvimento de toda comunidade escolar, mas há pouca renovação nas pessoas que compõem as equipes diretivas. Os Grêmios de Alunos precisam ser mais incrementados, com professor coordenador responsável em articular e motivar os alunos para que se mobilizem e se organizem. O município ainda não institui os Conselhos Escolares, sendo esta uma grande necessidade. No que se refere às dinâmicas e organização das atividades escolares é importante destacar que as escolas têm autonomia para decidir sobre os esquemas de trabalho, metodologia utilizada e aquisição de equipamentos e materiais, considerando que cada escola é uma instituição com necessidades particulares e diferentes. O calendário escolar é elaborado pela SMECD e discutido com as escolas. As escolas municipais têm um gestor, que não é eleito pela comunidade escolar e sim através de indicação ou nomeação do poder executivo. O gestor tem a oportunidade de participar de programas e ações voltadas para a formação de gestores escolares, capacitações em parcerias com programas de apoio ao gestor, que visam uma melhoria em sua prática de trabalho e, como consequência, na qualidade da educação. Ele também é responsável em esclarecer e aplicar normas e procedimentos administrativos, dos quais a escola dispõe e que são amparados pelo Regimento Escolar. 39

Passo do Sobrado tem apenas uma escola da rede estadual e pertence a jurisdição da 6ª Coordenadoria de Educação com sede no município de Santa Cruz do Sul a qual faz o acompanhamento pedagógico e administrativo. O gestor da unidade educacional é eleito pela comunidade escolar. A escola de educação infantil da rede privada segue as orientações do Conselho Municipal de Educação e tem gestão própria.

3.1.2 Organização e funcionamento da educação do Município

O município de Passo do Sobrado conta com uma rede de ensino formada por7 escolas da rede municipal, sendo uma de educação infantil na zona urbana que oferece creche e pré- escola e seis escolas de ensino fundamental na zona rural, sendo que três destas oferecem Anos Iniciais (1º ao 5º ano) e três oferecem o ensino fundamental de 9 anos e inclusive educação infantil – pré escola de 4 e 5 anos e numa delas Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental. Conta também com uma escola de Educação Infantil privada, localizada na zona urbana que oferece creche e pré-escola e uma escola da rede estadual com Ensino Fundamental de 9 anos e Ensino Médio. O município não conta com escolas profissionalizantes e instituições de Ensino Superior.

Escolas da Rede Municipal: EMEI Pequeno Polegar EMEF Nossa Senhora da Saúde EMEF Francisco Antônio de Borba EMEF José de Anchieta EMEF Tiradentes EMEF Dom Bosco EMEF Nossa Senhora dos Navegantes

Escola Privada de Educação Infantil: EEI ABC dos Anjos

Escola da Rede Estadual: Escola Estadual de Ensino Médio Alexandrino de Alencar

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Tabela 12: Estabelecimentos de Ensino por Dependência Administrativa-Educação Básica

ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA - 2015 Privadas Municipais Estaduais Total Total geral U R U R U R U R ------01 00 01 06 01 00 03 06 09 Legenda= U – ZONA URBANA R – ZONA RURAL 2015 Fonte: Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto

A população do município, em sua maioria (76%) reside no meio rural o que se evidencia também pela oferta de escolas no meio rural. Das 9escolas existentes no município, apenas 3 localizam-se na zona urbana, sendo 1 privada que oferece apenas educação infantil, 1 escola da rede estadual que oferece ensino fundamental e ensino médio e uma escola de educação infantil da rede municipal. As 6 escolas localizadas no campo são municipais e oferecem ensino fundamental e três delas também pré-escola de 4 e 5 anos. Uma das aspirações da comunidade é a construção de uma escola de ensino fundamental da rede municipal na zona urbana bem como a construção de uma escola de educação infantil – PROINFÂNCIA do governo federal.

Tabela 13: Número de escolas por dependência administrativa e oferta de educação básica

ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA - 2015 Ensino Educação infantil Ensino médio fundamental Rede privada 01 00 00 Rede municipal 01 06* 00 Rede estadual 00 01** 01* TOTAL 02 07 01 Fonte: Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto

O governo estadual mantém apenas uma escola no município e atende ensino médio – único no município e ensino fundamental de 9 anos. Já a rede municipal possui uma escola de educação infantil – creche e pré-escola – na zona urbana e6 escola de ensino fundamental, das quais 3 apenas ofertam Anos Iniciais – 1º ao 5º ano – enquanto que três atendem o ensino fundamental completo e educação infantil – pré-escola de 4 e 5 anos. O município conta com apenas uma escola privada, na zona urbana, sendo a mesma de educação infantil de 0 a 5 anos.

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Tabela 14: Matrícula Inicial da Educação Básica por dependência administrativa

MATRÍCULA INICIAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA - 2015 EDUCAÇÃO ENSINO ENSINO INFANTIL FUNDAMENTAL MÉDIO CRECHE PRÉ Rede privada 20 13 00 00 Rede municipal 56 121 533 00 Rede estadual 00 00 192 210 TOTAL 76 134 725 210 Fonte: Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto

Em 2015, ano da elaboração do Plano Municipal de Educação o município tem 725alunos matriculados no Ensino Fundamental, mais que o triplo do Ensino Médio, destacando-se que a grande maioria estuda na zona rural, em escolas municipais. A educação infantil atende ao todo76 crianças de 0 a 3 anos e 134crianças na pré-escola. Tomando como base o número da população do censo 2010 e conforme a radiografia da educação do Tribunal de Contas do Estado a população de 0 a 3 anos no município é de265 crianças e de4 e 5 anos a população é de 137. Conclui-se que o município atende 27,55.% da população de 0 a 3 anos distante ainda da meta exigida pelo PNE, todavia praticamente atende 100% da população de 4 e 5 anos, faltando apenas três crianças para o atendimento seja universalizado.

3.1.3 Apoio ao educando

Uma educação de qualidade requer condições adequadas para desenvolver o processo ensino-aprendizagem. Faz-se necessário o desenvolvimento de programasse serviços que favoreçam o educando e os educadores na construção do conhecimento e nas inter-relações sadias e harmoniosas. Recursos humanos, materiais, físicos e pedagógicos devem ser disponibilizados às unidades escolares para a melhoria da educação. Em Passo do Sobrado vários programas são oferecidos aos educandos, entre os quais:

Programa Nacional do Livro Didático (PNLD): todos os alunos do Ensino Fundamental e Médio têm acesso ao livro, que são escolhidos de forma democrática e participativa pelos professores das disciplinas beneficiadas (Língua Portuguesa, Matemática, 42

Geografia, História, Ciências e Inglês no Ensino Fundamental além dos livros distribuídos ao Ensino Médio).

Programa da Alimentação Escolar: é acompanhado e fiscalizado pelo Conselho de Alimentação Escolar. A compra da merenda é realizada através de licitação e é distribuído entre as unidades escolares de acordo com a quantidade de alunos de cada uma, não existindo distinção da merenda oferecida nas escolas do campo e na zona urbana. O município tem uma nutricionista que elabora o cardápio de acordo com as normas de uma alimentação sadia e diversificada. O município utiliza o mínimo de 30% do Recurso Anual do Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE) em produtos da Agricultura Familiar. As merendeiras recebem formação periódica e são instruídas a respeito da importância da boa alimentação e de noções de higiene. Todas as escolas têm espaço físico para preparar e oferecer a alimentação escolar. Destaca-se que 100% das escolas oferecem alimentação escolar.

Programa Saúde na Escola: são realizadas intervenções de saúde com os alunos, como é o caso do Programa de Acuidade Visual. Contudo, não existe atendimento psicológico em nenhuma unidade escolar. Esse atendimento muitas vezes faz-se necessário, mas muitos alunos deixam de ser atendidos ou seus casos são direcionados para atendimento em outros setores. Também não existe assistência médica ou odontológica dentro das escolas.

Programa de Transporte Escolar: é oferecido aos alunos da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio que precisam deslocar-se da sua residência até a escola cuja distância é igual ou superior a 2,0 km. O transporte é terceirizado e não conta com presença de monitor para acompanhar os alunos. É feito através de ônibus e vans. No total, 717 alunos são beneficiados como Programa de Transporte Escolar.

3.1.4 Instalações físicas e materiais nas Unidades Escolares

A infraestrutura educacional é um dos componentes fundamentais no resultado da qualidade da educação. Trata-se de um quesito básico que quando não é satisfatório pode prejudicar a aprendizagem por parte dos alunos e interferir na ação dos profissionais da educação na concretização do ato pedagógico. A adequação e as boas condições do espaço físico interferem de maneira significativa na melhoria do ensino nas nossas escolas. Não basta garantir às crianças, adolescentes e jovens o acesso e permanência à escola, é preciso cada vez 43

mais garantir oportunidades de aprendizagem significativa, eficiente e eficaz a todos que a frequentam, esta é a verdadeira universalização do ensino. Neste sentido, segundo o censo escolar 2013, o município de Passo do Sobrado dispõe:

Serviços: do total de 9 escolas existentes no município, 100% tem água via rede pública, 100% tem energia via rede pública, 100% tem coleta de lixo periódica e 30% tem esgoto via rede pública.

Dependências existentes nas escolas: em 2013 o censo escolar apontou que 80% das escolas possuem biblioteca; 100% contam com cozinha equipada às necessidades; 60% tem laboratório de informática; 20% tem laboratório de Ciências; 50% contam com quadra de esportes;20% tem sala de leitura;70% possuem sala de direção, 50% contam com sala dos professores e 100% tem sanitário dentro do prédio.

Equipamentos: no total das 9 escolas existentes em Passo do Sobrado, 100% delas tem aparelho DVD, impressora, antena parabólica, televisão; 90% tem máquina copiadora; 40% reprojetor e em relação a tecnologia: 50% tem serviço de internet e 50% serviço de banda larga.

Acessibilidade: 40% das escolas contam com dependências acessíveis aos portadores de deficiência e 30% possuem banheiros e sanitários acessíveis. No caso do Município Passo do Sobrado, os prédios escolares estão bem conservados, a maioria conta com biblioteca, todas possuem cozinha, metade delas tem quadra esportiva, há laboratório de informática em 60% das escolas, todas têm sanitários dentro do prédio escolar. Ainda há o problema da acessibilidade, pois menos da metade dos prédios escolares são adequados à locomoção de alunos com deficiência e a oferta de internet ainda não acontece para todas as unidades escolares. Em relação ao mobiliário, todas possuem classes e cadeiras individuais, lousas, mesa para professor, armários. Na maioria das escolas este mobiliário está em boas condições, mas há necessidade de constante reposição. Há materiais para alunos e professores terem aulas diversificadas, assim como, televisor, computador, material ilustrativo, bibliográfico, visual e sonoro. Já o material de apoio pedagógico é disponibilizado de acordo com as necessidades, tanto pelas mantenedoras bem como adquiridos pelo CPM que realiza eventos sociais, esportivos e culturais que angariam recursos para as escolas. 44

Também existe 4 salas de recursos multifuncionais que obedece a todos os padrões do Ministério da Educação (MEC) e que fazem o atendimento aos alunos com deficiência, cujo atendimento é feito por psicopedagoga que faz parte do quadro de magistério, mas é necessário que o profissional seja especializado em Educação Especial. O município ainda não realizou concurso específico para este profissional. Na escola da rede estadual também há uma sala de recursos, atendida por profissional especializado. As salas de aula não têm superlotação, ao contrário, as turmas têm número de alunos abaixo do estabelecido pelo Conselho Municipal de Educação. A rede municipal ainda conta com três escolas multisseriadas, ou seja, numa única sala são atendidos os alunos do 1º ao 5º ano por um único professor. Estas escolas são pequenas, com apenas uma sala de aula, cozinha, sala de leitura e localizam-se no meio rural, mas que são vitais para a comunidade na qual estão inseridas. O município as mantém pela grande importância comunitária bem como para que o aluno frequente a escola no seu meio. Ao todo 60 alunos frequentam as escolas multisseriadas, sendo atendidos por 5 (cinco) profissionais da educação.

3.2 Valorização dos profissionais da educação

A valorização da carreira dos professores brasileiros passa pela elevação do nível salarial, mas também por um conjunto de instrumentos que aperfeiçoem as condições de exercício profissional. No entanto, em 2008, foi sancionada a lei 11.738, conhecida como Lei do Piso, que institui o piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica. Atualmente, o professor da rede municipal tem um piso salarial de R$958,89 (novecentos e cinquenta e oito reais e oitenta e nove centavos) para uma carga horária de 20h/semanais e todos os professores tem período dedicado ao planejamento como a Lei acima determina. Os professores da rede estadual não recebem o piso salarial, o que gera bastante insatisfação. O município tem Plano de Carreira do Magistério–Lei nº 474 de 28/01/2000, mas há aspiração dos profissionais da educação que o mesmo seja revisado e atualizado. Faz- se necessário criar um Plano de Carreira para os demais profissionais que atuam na educação como monitores. Os professores da rede estadual tem um Plano de Carreira que via de regra agrada a todos os profissionais da educação, mas a luta é constante para mantê-lo. A forma de entrada no professor na rede municipal é o concurso público, sendo os professores efetivos e não se observa muita rotatividade dos professores, pelo contrário, o professor cria vínculos na escola e comunidade, pois permanece por um bom tempo na mesma 45

escola, só saindo por alguma necessidade pessoal ou da própria SMECD. Já na rede estadual, cuja entrada também é via concurso, há contratações de caráter emergencial para suprir as necessidades. Nas duas redes, os professores participam de formação continuada através de participação em seminários, cursos, congressos e reuniões promovidas pelas mantenedoras. Nas escolas acontecem reuniões administrativas e pedagógicas. A SMECD promove também encontros com todos os professores para reflexão da prática pedagógica. Conclui-se que há capacitação aos professores como apoio das atividades pedagógicas. Também é oferecido formação para merendeiras. Os professores participam também do Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – programa federal que o município e o estado aderiram no qual participam professores do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental. Quanto ao desempenho dos profissionais da educação, há uma avaliação feita pela equipe gestora, sendo que os profissionais são informados como é realizado esse processo e os resultados obtidos. Há supervisores pedagógicos na SMECD para assessorar as escolas, acompanhar os professores, ajudando a desenvolver as ações necessárias do trabalho docente, enquanto que na rede estadual este acompanhamento é realizado pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação. Em relação à formação acadêmica dos professores de Passo do Sobrado pode-se afirmar que a mesma é extraordinária, pois do total de 93 dos professores 63 possuem curso de pós- graduação e vários possuem mais do que uma especialização. Apenas 2 (dois) professores que atuam em todo o município tem atualmente o ensino médio, mas ambos já estão fazendo o curso superior. Ao observara tabela abaixo fica evidente o alto nível de formação dos professores.

Tabela 15: Formação dos Professores de Passo do Sobrado - 2015 REDE REDE REDE FORMAÇÃO TOTAL MUNICIPAL ESTADUAL PRIVADA ENSINO MÉDIO 01 00 01 02 GRADUAÇÃO 07 17 03 27 PÓS-GRADUAÇÃO 46 16 01 63 MESTRADO 00 01 00 01 DOUTORADO 00 00 00 00 TOTAL 54 34 05 93 Fonte: Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

Os monitores que atuam na educação também apresentam formação superior em sua maioria ou estão cursando o ensino superior. 46

Tabela 16: Formação dos monitores de educação - 2015

REDE REDE REDE TOTAL MUNICIPAL ESTADUAL PRIVADA ENSINO MÉDIO 01 00 01 02 GRADUAÇÃO 02 00 00 02 CURSANDO 03 00 00 03 GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO 01 00 00 01 TOTAL 07 00 01 08 Fonte: Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

3.3 Níveis da Educação: Educação Básica e Superior

3.3.1 Etapas da Educação Básica

3.3.1.1 Educação Infantil

A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica e sem dúvida de fundamental importância para o desenvolvimento humano. É a etapa que mais está exigindo investimento das esferas federal e municipal, pois por muito tempo esta etapa não era tratada com a devida importância, nem por autoridade e nem pelas famílias, sendo que muitas vezes o que as famílias desejavam era apenas um “lugar” para deixar seus filhos e serem cuidados enquanto estavam no trabalho. Nas duas últimas décadas a legislação em relação à educação infantil vem dando um caráter eminentemente educador e formador das crianças brasileiras. A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação – LDB nº 9.394/96, alterada pela Lei 12.796/2013, nos artigos 29 e 30ressalta a organização das crianças em creches e pré-escolas:

Art. 29 – A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 30 – A educação infantil será oferecida em: I – Creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade. II – pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade (BRASIL, 2013, p.12).

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Neste sentido, a premissa básica é que a criança tem o direito de ter uma educação de qualidade, em instituições adequadas e profissionais competentes, para que dessa forma possam assegurar a sua cidadania e a da família. A educação infantil para as crianças de 4(quatro) e 5 (cinco) anos passou a ser obrigatória em 2009, quando foi aprovada a Emenda Constitucional (EC) número 59 (cinquenta e nove). Os municípios têm até 2016 para universalizar o atendimento. Entre as dificuldades enfrentadas estão a falta de recursos e o planejamento da ampliação física. O PNE, projeto de Lei nº 103/2012, aprovado pelo Senado em 17 de Dezembro de 2013, trata, em sua primeira meta, da necessidade de "universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender no mínimo 50% da população de até 3 anos". O título III da LDB trata do Direito à Educação e do Dever de Educar:

Art. 4º. O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013.

Prioritariamente o atendimento da educação infantil é competência do município, de forma gratuita e universal. Com base na Radiografia da Educação Infantil - RS 2013 do TCE/RS-Passo do Sobrado tem uma população de 265 crianças de 0 a 3 anos e 137 crianças de 4 e 5 anos totalizando 402 crianças de 0 a 5 anos. Deste universo, em 2012, 73 estavam matriculados em creche (27,55%) e 91 em pré-escola (66,43%) num total de 164 crianças matriculadas na educação infantil (40,80%). Neste sentido, em 2013, o TCE apontava para a necessidade de serem criadas60 vagas em creche para atingir a meta de 50% do PNE e 46 na pré-escola. O relatório do TCE apontava também a preocupante situação de quase um terço desta população: 25,06%se encontram em lares com situação de miséria e 7,77% integram famílias sem rendimento apontado pelo IBGE. Destaca-se, que em 2015 a realidade de crianças matriculadas na pré-escola já atinge 97,81% das crianças de 4 e 5 anos, enquanto que de 0 a 3 anos o percentual de matrículas é de 28,68%, subindo 1,13% em relação a 2012. Em 2015 verifica-se que, embora o município compre 16 vagas na educação infantil da rede privada, ainda é preciso abrir 57 vagas em creche para atingir a meta proposta. 48

No município de Passo do Sobrado há duas escolas de educação infantil – creche e pré- escola, uma da rede privada e uma da rede municipal e pré-escola de 4 e 5 anos em três escolas de Ensino Fundamental na zona rural.

Tabela 17: Matrícula inicial na Educação Infantil por dependência administrativa

PRIVADA MUNICIPAL ESTADUAL ANO Creche Pré-escola Creche Pré-escola Creche Pré-escola 2012 00 00 73 91 00 00 2013 08 08 64 119 00 00 2014 14 09 41 116 00 00 2015 20 13 56 121 00 00 Fonte: Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

Tabela 18: Matrícula inicial da educação infantil- atendimento parcial e integral

EDUCAÇÃO INFANTIL PRIVADA MUNICIPAL CRECHE PRÉ-ESCOLA CREC PRÉ-ESCOLA ANO HE Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral 2011 00 00 00 00 00 65 105 00 2012 00 00 00 00 00 73 91 00 2013 00 08 00 08 00 64 119 00 2014 00 14 00 09 00 41 116 00 2015 00 20 00 13 00 56 121 00 Fonte: Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

Quanto ao tempo de atendimento das crianças na educação infantil, ambas as redes atendem creche em período integral, enquanto que a pré-escola na rede municipal tem atendimento parcial, em apenas um turno. A rede privada atende as crianças de 4 e 5 anos em tempo integral.

3.3.1.2 Ensino Fundamental

Como afirma a Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 205, a educação é:

[...] direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 49

preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).

A Lei 11.274 altera a redação dos artigos 29, 30, 32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade.

Tabela 19: Matrícula inicial de Ensino Fundamental por dependência administrativa e localização MUNICIPAL ESTADUAL ANO TOTAL URBANA RURAL URBANA RURAL 2011 00 512 200 00 712 2012 00 513 206 00 719 2013 00 510 183 00 693 2014 00 494 185 00 679 2015 00 533 192 00 725 Fonte: Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

Gráfico 6: Matrícula Inicial do ensino Fundamental –urbano e rural - 2015

Matrícula inicial do Ensino Fundamental - urbano e rural - 2015

Rural Urbana

26%

74%

Acompanhando a taxa de população rural e urbana no município, as matrículas no ensino fundamental também são ampla maioria na zona rural, onde também se localiza as 6 (seis) escolas da rede municipal. Em 2015, 74% dos alunos de ensino fundamental estão no interior do município e esta realidade se mantém ao longo dos anos como podemos observar 50

na tabela anterior, Destaca-se também que o número de matrículas mantém-se praticamente estável, embora apresente um aumento 46 alunos de 2014 para 2015, sendo que 39 no meio rural.

3.3.1.2.1 Ensino Fundamental - Anos Iniciais

Tabela 20: Matrícula inicial por dependência administrativa –- 1º ao 5º ano

ANO MUNICIPAL ESTADUAL TOTAL 2011 302 103 405 2012 299 100 399 2013 279 88 367 2014 266 89 355 2015 305 90 395 Fonte: INEP - Censo escolar e: Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

Observando a evolução da matrícula inicial dos anos iniciais do ensino fundamental verifica-se um leve declínio de 2001 até 2015 na rede municipal e na rede estadual vem se mantendo estável nos últimos três anos, exceto em 2015 quando a rede municipal teve um acréscimo significativo. Esta evolução acompanha a tendência estadual e nacional onde se percebe redução do número de alunos no ensino fundamental, provavelmente pela redução do número de filhos nas famílias.

Tabela 21: Matrícula inicial dos anos iniciais por dependência administrativa e localização

ANO MUNICIPAL ESTADUAL URBANA RURAL URBANA RURAL 2011 00 302 103 00 2012 00 299 100 00 2013 00 279 88 00 2014 00 266 89 00 2015 00 305 90 00 Fonte: INEP - Censo escolar e: Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

Gráfico7: Matrícula Inicial dos Anos Iniciais- urbano e rural - 2015 51

Matrícula inicial dos Anos Iniciais - urbano e rural - 2015

Rural Urbana

23%

77%

Nos anos iniciais do ensino fundamental, praticamente o percentual se repete: 77% das matrículas estão no meio rural, nas escolas da rede municipal e apenas 23% na rede estadual na sede no município.

3.3.1.2.2 Ensino Fundamental – Anos Finais

Tabela 22: Matrícula inicial por dependência administrativa- 6º ao 9º ano ANO MUNICIPAL ESTADUAL TOTAL 2011 212 97 309 2012 224 106 330 2013 231 94 325 2014 228 96 324 2015 228 102 330 Fonte: INEP - Censo escolar e: Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

A evolução da matrícula nos anos finais do Ensino Fundamental vem se mantendo estável, com pequenas oscilações. Constata-se que as matrículas nos anos iniciais em todos os anos são superiores ao número de matrículas dos anos finais. Do total de alunos matriculados no Ensino Fundamental em 2015, 52% frequentam do 1º ao 5º anos enquanto que 48% frequentam do 6º ao nono ano. Dos alunos matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental em 2015,69% frequentam escolas no meio rural e 31% na zona urbana, o que mostra uma diminuição de 7 pontos percentuais em relação aos alunos dos anos inicias do meio rural.

Tabela 23: Matrícula inicial dos anos finais por dependência administrativa e localização ANO MUNICIPAL ESTADUAL URBANA RURAL URBANA RURAL 2011 00 212 97 00 52

2012 00 224 106 00 2013 00 231 94 00 2014 00 228 96 00 2015 00 228 102 00 Fonte: INEP - Censo escolar e: Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

Gráfico 8: Matrícula inicial no ensino fundamental – Anos Finais - 2015

Matrícula inicial dos Anos Finais - urbano e rural - 2015

Rural Urbana

31%

69%

3.3.1.2.3 Distorção idade/série em Passo do Sobrado

O aluno é considerado em situação de distorção ou defasagem idade-série quando a diferença entre a idade do aluno e a idade prevista para a série é de dois anos ou mais.

Tabela 24: Histórico da Distorção idade/série de 2006 a 2015 Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 % 16% 16% 14% 17% 20% 19% 16% 12% Fonte: INEP - Censo escolar e: Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

Entre 2006 e 2013, percebe-se que a distorção idade/série é sempre acima dos 10%, chegando 20% em 2010; 19% em 2011; 16% em 2012 e em 2013 houve uma redução considerável para 12%.

Tabela 25: Distorção idade/série – Ensino Fundamental– 2011, 2012, 2013 Ano/Série 1ºano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano 2011 2% 14% 21% 32% 22% 37% 34% 33% 36% 53

2012 0% 13% 10% 22% 32% 31% 39% 37% 29% 2013 2% 5% 15% 16% 19% 43% 27% 37% 25% Fonte: INEP – Censo escolar

A tabela acima aponta para números preocupantes, especialmente a partir do 4º anodos anos inicias e mais ainda quando se observa os índices dos anos finais. Embora tenha havido uma redução em 2013, o 6º ano aponta que estão43% dos alunos com distorção idade/série. Em 2011, nos anos iniciais19% dos alunos se encontravam fora de sua série adequada enquanto que nos anos finais este número sobe para 35%. Em 2012, os anos finais apresentam um índice de 16% (3pontos percentuais menos que no ano anterior) e 34% nos anos finais, ficando praticamente inalterado em comparação com 2011. Em 2013, os anos inicias apontam 12% (mais uma redução significativa), mas permanece com os mesmos 34% nos anos finais. Provavelmente a redução da distorção idade/série nos anos inicias se dá pelo ciclo de alfabetização em que os alunos não reprovam até o 3º ano.

Tabela 26: Distorção idade/série por escolas ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL 2011 2012 2013 EMEF Nossa Senhora da Saúde 23% 19% 08% EMEF Francisco Antônio de Borba 23% 21% 15% EMEF José de Anchieta 10% 08% 09% EMEF Tiradentes 22% 06% 32% EMEF Dom Bosco 10% 00% 00% EMEF Nossa Senhora dos Navegantes 19% 20% 14% EMEF Rio Branco 25% 33% 10% ESCOLA DA REDE ESTADUAL 2011 2012 2013 E E Ensino Médio Alexandrino de Alencar 9% 12% 16% Fonte: http://www.qedu.org.br/busca/121-rs/146-passo do sobrado

Ao analisar a tabela acima e abaixo, percebe-se que o maior índice de distorção está nas escolas da rede municipal, todas localizadas no meio rural. Seria muito interessante realizar-se uma pesquisa que aponte as razões para esta situação. As escolas que oferecem ensino fundamental completo têm um índice mais alto.

Tabela 27: Distorção idade série por localização – 2013 ANOS INICIAIS ANOS FINAIS ENSINO MÉDIO RURAL URBANA RURAL URBANA RURAL URBANA 12,5% 9,1% 35.9% 29,8% --- 32% 54

http://www.qedu.org.br/busca/121-rs/146-passo do sobrado

3.3.1.2.4 Taxa de rendimento: aprovação, reprovação e abandono

Tabela 28: Taxa de rendimento escolar por níveis – 2013 ANOS INICIAIS - EF ANOS FINAIS - EF ENSINO MÉDIO APROVADOS 98,4% 89,6% 78,2% REPROVADOS 1,3% 9,8% 7,8% ABANDONO 0,3% 0,6% 14% Fonte: http://www.qedu.org.br/busca/121-rs/146-passo do sobrado

Nos anos inicias do ensino fundamental o índice de aprovação é excelente - de 98,4%, sendo que nos dois primeiros anos não há reprovação o que eleva bastante este índice. Já nos anos finais o percentual de reprovação é de quase 10%. Tanto nos anos inicias como nos anos finais o índice de abandono é baixo, mas deveria ser de zero, pois é obrigatório que os alunos menores de 18 anos estejam frequentando a escola. Em 2013 houve 1 abandono nos anos inicias e 2 nos anos finais, que provavelmente as escolas esgotaram as estratégias para mantê- los na escola, foram encaminhados ao Conselho Tutelar, mas não logrou-se êxito. No ensino médio este número é bem mais elevado como se analisa no item específico do Ensino Médio.

Tabela 29: Taxa de rendimento do Ensino Fundamental 2013 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano APROVADOS 100% 100% 97% 95,1% 100% 85% 86,4% 93,1% 98,3% REPROVADOS 00% 00% 2,7% 3,7% 00% 15% 12,5% 5,6% 1,7% ABANDONO 00% 00% 00% 1,2% 00% 00% 1,1% 1,3% 00%

Quando se analisa a taxa de rendimento em cada ano do ensino fundamental constata-se que, acompanhando os índices estadual e nacional, há maior reprovação no 6º ano com 15%, seguido do 7º ano com 12,5% de reprovação. O índice de aprovação volta a crescer no 8º e 9º anos. Na tabela abaixo, em 2012 e 2013 os índices entre as redes municipal e estadual não são muito discrepantes, apenas em 2011, há um índice mais elevado na reprovação da rede estadual.

Tabela 30: Taxa de Rendimento por dependência administrativa- Ensino Fundamental – 2011, 2012, 2013 ANO MUNICIPAL ESTADUAL APROVAÇÃO REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO ABANDONO 2011 90,2% 9,8% 0,0% 83,9% 14,2% 1,9% 55

2012 88,5% 11,3% 0,2% 90,4% 8,1% 1,5% 2013 94,2% 5,6% 0,2% 94,6% 4,3% 1,1% Fonte: INEP – Censo Escolar

3.3.1.2.5 Prova Brasil

A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) são avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC). Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. Nos testes aplicados no quinto e nono anos do ensino fundamental, os estudantes respondem a itens (questões) de língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com foco na resolução de problemas. No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem informações sobre fatores de contexto que podem estar associados ao desempenho. Escala de Aprendizado do SAEB: Avançado: Aprendizado além da expectativa. Recomenda-se para os alunos neste nível, atividades desafiadoras. Proficiente: Os alunos neste nível encontram-se preparados para continuar os estudos. Recomenda-se atividades de aprofundamento. Básico: Os alunos neste nível precisam melhorar. Sugere-se atividades de reforço. Insuficiente: Os alunos neste nível apresentaram pouquíssimo aprendizado. É necessário a recuperação de conteúdos. Em Passo do Sobrado, as tabelas abaixo relacionam-se com a única escola estadual, pois a rede municipal não tem dados em 2011 e 2013, por não atingir o número mínimo de 20 alunos para realização da Prova Brasil no 5 e 9º ano. Esta realidade se reflete nas tabelas do IDEB também. Em 2009, quando a rede municipal teve participação de algumas escolas na Prova Brasil , os resultados foram: 24% esperado, 62% pouco aprendizado, 0% avançado, 0% insuficiente. Pelas tabelas abaixo, que não retratam a realidade da educação no município, os índices são superiores as médias estadual e nacional.

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Tabela 31: Percentual de alunos que atingiram aprendizado adequado em 2013 PASSO DO BRASIL RIO GRANDE DO SUL SOBRADO

PORTUGUÊS 5º ANO 40% 49% 77% PORTUGUÊS 9º ANO 23% 30% 50% MATEMÁTICA 5º ANO 35% 44% 50% MATEMÁTICA 9º ANO 11% 14% 20%

Tabela 32: Resultados da Prova Brasil em Passo do Sobrado– Português – 5º e 9º anos NÍVEIS DE 5º ANO 5º ANO 9º ANO 9 ANO PROFICIÊNCIA 2011 2013 2011 2011

AVANÇADO 22% 33% 04% 10% APRENDIZADO 28% 44% 33% 40% ESPERADO POUCO 44% 17% 48% 50% APRENDIZADO INSUFICIENTE 6% 6% 15% 0% APRENDIZADO

Tabela 33: Resultados da Prova Brasil em Passo do Sobrado– Matemática – 5º e 9º anos NÍVEIS DE 5º ANO 5º ANO 9º ANO 9 ANO PROFICIÊNCIA 2011 2013 2009 2011

AVANÇADO 17% 33% 00% 05% APRENDIZADO 44% 17% 26% 15% ESPERADO POUCO 11% 33% 61% 70% APRENDIZADO INSUFICIENTE 28% 17% 13% 10% APRENDIZADO

3.3.1.2.6 IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) combina dois indicadores usualmente utilizados para monitorar nosso sistema de ensino:

57

 Indicadores de fluxo (promoção, repetência e evasão)  Pontuações, em exames padronizados, obtidas por estudantes ao final de determinada etapa do sistema de ensino.

Cálculo do IDEB

 Utiliza o ano do exame (SAEB ou Prova Brasil) e Censo Escolar;  Média da proficiência em Língua Portuguesa e Matemática, padronizada para um indicador entre 0 (zero) e 10 (dez), dos alunos da Unidade Educativa, obtida em determinada edição do exame realizado ao final da etapa de ensino;  Indicador de rendimento, baseado na taxa de aprovação da etapa de ensino dos alunos da Unidade Educativa (Ensino Fundamental e Médio).

As tabelas abaixo indicam a evolução do IDEB no município de Passo do Sobrado- Ensino Fundamental.

Tabela 34: IDEB -4ª série e 5º ano

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2013 2007 2009 2021 2007 2009 2011 2011 2013 2015 2017 2019

PASSO DO 4.1 4.9 5.6 6.5 4.2 4.6 5.0 5.2 5.5 5.8 6.0 6.3

SOBRADO

A evolução do IDEB no município é excelente, já tendo atingido e ultrapassado a meta estabelecida no Plano Nacional de Educação para 2021 que é de 6,0, enquanto que o município atingiu 6,5 em 2013. É importante destacar que a maioria das escolas, especialmente do meio rural, não tem aferido seus resultados através da Prova Brasil, pois não tem o número mínimo de 20 alunos exigidos. Assim, este indicador perde em grande parte sua validade como indicador de qualidade para o município, embora para fins de PNE e PME a meta esteja 58

atingida. Tabela 35: IDEB -8ª série e 9º ano

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

PASSO DO 4.0 4.0 4.1 5.3 4.0 4.2 4.5 4.9 5.2 5.5 5.7 5.9

SOBRADO

A evolução do IDEB no 9º ano também teve uma evolução significativa, mas como em todo o país e estado, os índices nos anos finais caem bastante em comparação com os anos iniciais. Em 2013 o índice foi de 5.3, bem próximo da meta do PNE que estabelece o índice de 5,5 para 2021. Mais uma vez ressalta-se que a grande maioria das escolas não participa do IDEB em função de não ter o número mínimo de alunos exigidos no 9º ano.

3.3.1.3 Ensino Médio

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional explicita que o ensino médio é a etapa final da educação básica, o que concorre para a construção de sua identidade. Tal característica de terminalidade significa assegurar a todos os cidadãos a oportunidade de consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental; aprimorar o educando como pessoa humana; possibilitar o prosseguimento de estudos; garantir a preparação básica para o trabalho e a cidadania; dotar o educando dos instrumentos que o permitam “continuar aprendendo”, tendo em vista o desenvolvimento da compreensão dos “fundamentos científicos e tecnológicos dos processos produtivos”. A Lei estabelece uma perspectiva para esse nível de ensino que integra, numa mesma e única modalidade, finalidades até então dissociadas, para oferecer, de forma articulada, uma educação equilibrada, com funções equivalentes para todos os educandos:  a formação da pessoa, de maneira a desenvolver valores e competências necessárias à integração de seu projeto individual ao projeto da sociedade em que se situa;  o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; 59

 a preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do trabalho, com as competências que garantam seu aprimoramento profissional e permitam acompanhar as mudanças que caracterizam a produção no nosso tempo;  o desenvolvimento das competências para continuar aprendendo, de forma autônoma e crítica, em níveis mais complexos de estudos. O Ensino Médio no município de Passo do Sobrado é oferecido pela rede estadual, sem a participação efetiva do município, em uma única escola, na zona urbana. O número de matrícula inicial entre 2011 e 2015 tem oscilado entre 242 e 208 alunos, embora perceba-se um decréscimo, especialmente nos dois últimos anos.

Tabela 36: Matrícula inicial do Ensino Médio- 2011 a 2015 ANO ESTADUAL TOTAL 2011 242 242 2012 222 222 2013 225 225 2014 208 208 2015 210 210 Fonte: http://www.inep.gov.br/

3.3.1.3.1 Taxa de rendimento

Em relação à taxa de rendimento do Ensino Médio que mede a aprovação, reprovação e abandono constata-se que o índice de reprovação não é dos mais altos considerando a média do estado do Rio grande do Sul (15,5%) e do Brasil (11,9%). Preocupante é o número de alunos que abandonam o estudo e somando estes com os que reprovam são muitos os alunos que não alcançam sucesso na aprendizagem, embora tenha havido uma boa evolução no índice de aprovação de 2011 para 2012 – 69,6% para 73,2% - e de 2012 para 2013 subiu 5 pontos percentuais. Em 2014 houve um significativo aumento no índice de aprovação e redução de 5,38% na taxa de abandono.

Tabela 37: Taxa de rendimento do Ensino Médio ANO APROVADOS REPROVADOS ABANDONO 2011 69,6% 12,9% 17,5% 2012 73,2% 11,4% 15,4% 2013 78,2% 7,8% 14,1% 2014 84,28% 7,0% 8,72% Fonte: http://www.inep.gov.br/ 60

3.3.1.3.2 Taxa de distorção idade/série

A distorção idade/série no Ensino Médio é muito alta como pode-se verificar pela tabela abaixo, mas provavelmente a explicação seja que, com as exigências do mundo atual – especialmente do mercado de trabalho – muitos passo-sobradenses que não tinham iniciado ou concluído e ensino médio na idade adequada, retornaram aos bancos escolares, o que não deixa de ser salutar, pois estão buscando qualificar-se elevando tempo de escolaridade .

Tabela 38: Distorção idade/série2011, 2012, 2013 Ano/Série 1ºano 2º ano 3º ano Total 2011 32% 31% 16% 28% 2012 55% 25% 13% 35% 2013 39% 41% 14% 32% Fonte: http://www.inep.gov.br/

3.3.1.3.3 ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio

Um dos indicadores de qualidade do Ensino Médio é o Exame Nacional do Ensino Médio cujos resultados são calculados em pontos, em 7 faixas de desempenho: menos de 450 pontos; de 450 até 500 pontos; de 500 até 550 pontos; de 550 até 600 pontos; de 600 até 650 pontos; de 650 até 700 pontos e de 700 pontos ou mais Pela tabela abaixo é possível verificar o desempenho dos alunos participantes, nas áreas de conhecimento, sendo que a maioria permanece na faixa de 450 a 500 pontos o que não é considerado um bom resultado.

Tabela 39: Resultados ENEM por área de conhecimento -2011, 2012, 2013

PONTUAÇÃO ANO PARTICIPANTES CIÊNCIAS CIÊNCIAS DA LINGUAGENS E MATEMÁTICA REDAÇÃO HUMANAS NATUREZA CÓDIGOS 2011 52% (30) 455 459 498 520 551 2012 71% (33) 507 468 476 510 489 2013 81% (53) 492 457 474 483 483

61

3.3.1.3.4 IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

Outro indicador de qualidade é o IDEB, todavia não há dados para o ensino médio de Passo do Sobrado em virtude de não ter o número mínimo de participantes exigidos, ou seja, 20 alunos no 3º ano.

3.3.2 Educação Superior

Ensino Superior A Educação Superior tem por finalidades primeiras de acordo a LDB nº 9.394/96 cap.: IV, art.: 43, inciso: I e II:

[...] I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo e II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua (BRASIL, 1996).

Em Passo do Sobrado não existem instituições de Ensino Superior, mas o número de pessoas que buscam o ingresso em cursos de ensino superior é cada vez maior. Embora não exista um número oficial acredita-se que em torno de120 passo- sobradenses estejam cursando ensino superior em 2015. A Prefeitura Municipal aderiu ao programa Passe Livre do governo estadual e em 2014 contemplou 39 universitários e em 2015 participam do programa 25 estudantes do ensino superior. A região tem três instituições de ensino superior: UNISC em Santa Cruz do Sul (distante 25,5km), Faculdade Dom Alberto na mesma cidade e UNIVATES em Lajeado (distante50km). Também nas cidades vizinhas existem cursos à distância como UNINTER, ULBRA entre outras. Todas as instituições citadas são privadas e o município auxilia os alunos com repasse anual para a Associação dos Universitários de Passo do Sobrado (AUPAS) como forma de auxílio especialmente no transporte dos alunos. A AUPAS realiza prestação de contas anualmente. Além disso, Porto Alegre e Santa Maria, com universidades federais, não são muito distantes, mas são poucos os passo-sobradenses que lá estudam. Não há um levantamento de quais os cursos mais procurados.

62

3.4 Modalidades da Educação Básica

3.4.1 Educação de Jovens e Adultos

A Educação de Jovens e Adultos é oferecida àqueles que não tiveram acesso à educação na idade devida e esse direito está garantido na LDB e na Constituição de 1988, Art. 208, inciso I, que determina o acesso ao ensino fundamental gratuito, inclusive àqueles que não tiveram acesso na idade própria. Diante do grande contingente de jovens a partir de 15 anos fora da escola ou com distorção idade-série, a LDB garante uma modalidade de educação que visa abraçar a realidade desses alunos quando inseridos na educação, em que deve atender aos interesses e as necessidades desses que já trazem consigo uma experiência de vida. A oferta de EJA – Ensino Fundamental -no município é feita pela Secretaria Municipal de Educação, no turno da noite e funciona junto a Escola Estadual de Ensino Médio Alexandrino de Alencar, no centro do município, que cede uma sala para este fim. Nos últimos três anos a matrícula inicial tem se mantido uniforme, mas a evasão é acentuada. A faixa etária dos alunos está entre 15 e 20 anos. Não há oferta de Educação de Jovens e Adultos pela rede privada e estadual. Também não há oferta de EJA - Ensino Médio

Tabela 40: Matrícula Inicial de Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental- 2010 a 2015 Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Matrícula 43 29 19 24 26 25 Fonte: INEP - Censo escolar e: Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

Nos últimos três anos a matrícula de alunos de Educação e Jovens tem se mantido estável em Passo do Sobrado. São alunos na faixa entre 15 e 20 anos, do meio urbano e rural, que por diversas razões não estudaram na idade certa e voltam aos bancos escolares, mas o abandono é significativo.

3.4.2 Educação especial

A educação ao longo dos tempos tem buscado acompanhar as transformações que a contemporaneidade exige. Diante dessa perspectiva o respeito e atendimento à diversidade constituem-se em premissas básicas. Nesse contexto, a inclusão apresenta-se como necessária 63

para que se faça cumprir a Legislação vigente, que, de acordo com a Constituição Federal em seu artigo 208 - inciso II estabelece o direito das pessoas com necessidades especiais de receberem educação preferencialmente na rede regular de ensino. Para tanto, faz-se necessário à integração plena dos alunos e alunas com necessidades educacionais especiais às classes escolares regulares, fazendo valer, a estes, a oportunidade de usufruir dos seus direitos. Acompanhando o processo de mudança, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, Resolução CNE/CEB nº 2/2001, no artigo 2º, determinam que:

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MEC/SEESP, 2001).

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais, garantindo: • Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior; • Atendimento educacional especializado; • Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino; • Formação de professores para atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar; • Participação da família e da comunidade; • Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação; • Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.

O município de Passo do Sobrado tem 4 escolas que oferecem salas de recurso para atendimento especializado, em turno oposto ao da aula, aos alunos com deficiência intelectual/mental. Além disso, mantém convênio com a APAE de Santa cruz do Sul onde, em 2015, 5 alunos com deficiências mais graves são transportados gratuitamente para frequentarem a escola especial. Sempre que pediatra, professor ou outro profissional suspeitam de alguma deficiência, a Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social encaminha 64

para avaliação com equipe multidisciplinar na cidade vizinha de Venâncio Aires, em forma de convênio. Também, em 2015, 3 alunos frequentam escola especializada em atendimento a surdos, na cidade vizinha de Santa cruz do Sul, sendo estes transportados gratuitamente diariamente.

Tabela 41: Matrícula inicial – Educação Especial – 2011 a 2015

EDUCAÇÃO ESPECIAL MUNICIPAL ESTADUAL ANO EDUCAÇÃO ENSINO ENSINO EJA ENSINO MÉDIO INFANTIL FUNDAMENTAL FUNDAMENTAL 2011 01 22 02 05 00 2012 00 24 02 17 00 2013 00 27 04 12 01 2014 00 29 04 10 02 2015 00 23 01 12 05 Fonte: http://www.inep.gov.br/ e Secretaria municipal de Educação, Cultura e Desporto de Passo do Sobrado

Quanto aos dados referentes ao município de Passo do Sobrado, a tabela acima demonstra que a maioria absoluta dos alunos com necessidades especiais encontram-se matriculados no Ensino Fundamental da rede pública. Em 2015, do total de 41 alunos matriculados, apenas 5 frequentam o Ensino Médio, 35 são alunos do ensino Fundamental regular e 1 aluno é da EJA. Nos últimos 4 anos não há matrícula de aluno com deficiência na Educação Infantil, mas não há uma pesquisa que explique este fato: se não há crianças entre 0 e 5 anos com deficiência ou se há, mas estão fora da escola. Este mapeamento faz-se necessário, sem dúvida, visto que é direito de todos à educação em qualquer nível. Quanto ao tipo de deficiência a realidade se apresenta da seguinte forma: no ensino médio há 1 aluno com deficiência visual;2 deficientes físico no ensino fundamental e 1 aluno com espectro autista. Os demais alunos, no total de 37, são deficientes intelectuais. Como já citado anteriormente o município ainda tem 5 alunos na APAE em Santa Cruz do Sul e 3 alunos surdos que também frequentam escola neste município. Pela tabela acima, verifica-se que de 2011 a 2015 não há grandes oscilações na matrícula dos alunos com deficiência. A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto não tem informação de aluno com deficiência em idade escolar que esteja fora da escola. Diante desses dados, nota-se que o município, paulatinamente, vem fazendo cumprir as determinações e exigências legais que primam pela inclusão dos alunos e alunas com deficiência nas classes regulares de ensino. Porém, para que o município possa, de fato, 65

implementar um sistema educacional inclusivo, faz-se necessário manter e adotar algumas medidas, pois a exigência veemente da sociedade não só visa à consolidação de escolas inclusivas, mas, acima de tudo, à concretização de uma educação que garanta a todas as pessoas o acesso não só a uma escolarização que promova o atendimento à diversidade, mas, acima de tudo, que contemple o atendimento à vida em sua totalidade. Dentre elas destaca-se a oferta de atendimento educacional especializado em sala de recursos no turno oposto ao da escolarização, bem como faz-se necessário contar com apoio de especialistas em diversas áreas da saúde em centros de atendimento especializado além de formação continuada aos profissionais da educação nesta área.

3.4.3 Ensino profissionalizante

O município não oferece ensino profissionalizante, mas mantém parceria com a Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul onde estudam 10alunos de Passo do Sobrado, sendo que estes recebem transporte escolar. O PRONATEC é um programa do governo federal sendo executado pela Prefeitura com cursos profissionalizantes de no mínimo 160 e no máximo 400 horas e por se tratar de ótima oportunidade de ensino profissionalizante o município encaminhou ao governo federal projeto para análise para que o mesmo seja implantado em Passo do Sobrado.

3.5 Recursos financeiros para a educação do Município

Pelas tabelas abaixo é possível observar os recursos financeiros que são destinados e gastos com a educação em valores líquidos e a evolução percentual de 2013 para 2014.

Tabela 42: Recursos Financeiros– Programas

Valor Liquidado Evolução Programa 2013 2014 Anual

ENSINO REGULAR 2.718.992,21 3.051.685,21 12,24%

EDUCAÇÃO INFANTIL 488.360,24 642.753,89 31,61%

TRANSPORTE ESCOLAR PARA O ENSINO 482.206,53 802.861,55 66,50% FUNDAMENTAL TRANSPORTE ESCOLAR PARA O ENSINO MÉDIO 152.156,96 160.484,03 5,47%

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR 98.853,26 89.326,41 -9,64% 66

EDIFICAÇOES PUBLICAS 40.137,89 632.234,68 1475,16%

OPERAÇÕES ESPECIAIS SERVIÇO DA DIVIDA 28.648,37 26.690,18 -6,84% INTERNA ASSISTÊNCIA A ESTUDANTES DO ENSINO 25.000,00 48.533,26 94,13% SUPERIOR ASSISTENCIA A EDUCAÇAO ESPECIAL 17.449,24 23.584,24 35,16%

PRATICAS DESPORTIVAS RECREATIVAS LAZER 12.744,80 11.692,88 -8,25%

ERRADICAÇÃO DO ANALFABETISMO 46.335,80 -

TOTAL 4.093.478,15 5.536.182,13 35,24%

Fonte: http://www1.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/

Tabela 43: Recursos Financeiros - Projetos / atividades

Valor Liquidado Evolução Projeto/Atividade 2013 2014 Anual

AMORTIZAÇÃO DIVIDA FUNDADA INTERNA - 28.648,37 26.690,18 -6,84% EDUCAÇÃO EQUIPTOS E MAT PERMANENTE - EDUCAÇÃO 1.124,00 267.324,90 23683,35%

CONSTR /MANUT PREDIOS ESCOLARES - SAL 28.928,65 29.198,08 0,93% EDUCAÇAO CONSTR /MANUT GINÁSIOS/QUADRAS/PRAÇAS 12.744,80 11.692,88 -8,25% - SAL EDUCAÇAO MANUTENÇÃO DO ENSINO - SALÁRIO 75.102,19 - EDUCAÇÃO ATIVIDADES DA EDUCAÇÃO INFANTIL - FNDE 58.836,98 120.562,08 104,91%

MANUT DESENVOLVIMENTO ATIVIDADES 720.501,55 888.017,89 23,25% EDUCAÇÃO ATIVIDADES DA EDUCAÇÃO INFANTIL - FUNDEB 341.103,74 393.579,60 15,38%

MANUTENÇAO DE CLASSES DE EDUCAÇAO 17.449,24 23.584,24 35,16% ESPECIAL MANUTENÇAO ENSINO FUNDAMENTAL - 1.922.264,47 2.052.576,81 6,78% FUNDEB TRANSPORTE ESCOLAR - FUNDEB 389.488,95 451.904,38 16,02%

MANUTENÇÃO DA MERENDA ESCOLAR 98.853,26 89.326,41 -9,64%

TRANSPORTE ESCOLAR - ENSINO FUNDAMENTAL 92.717,58 95.957,17 3,49%

TRANSPORTE ESCOLAR- ENSINO MÉDIO 152.156,96 160.484,03 5,47%

CONTRIBUIÇÕES A ASSOC UNIVERSITÁRIOS 25.000,00 48.533,26 94,13%

ATIVIDADES DA EDUCAÇÃO INFANTIL - MDE 80.967,68 120.105,65 48,34%

EDUCAÇÃO INFANTIL - TRANSPORTE ESCOLAR 7.451,84 8.506,56 14,15%

MANUTENÇÃO DAS ATIVIDADES DO EJA 40.137,89 46.335,80 15,44%

CONSTRUÇÃO/AMPLIAÇÃO DE PRED ESCOLARES 603.036,60 - - VINCULADOS 67

MANUTENÇÃO DO ENSINO - VINCULADOS 98.765,61 -

TOTAL 4.093.478,15 5.536.182,13 35,24%

Fonte: http://www1.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/

Tabela 44: Recursos Financeiros

Valor Liquidado Evolução Recurso 2013 2014 Anual

LIVRE 34.229,47 61.453,22 79,53%

MDE 888.828,73 1.107.018,66 24,55%

FUNDEB 2.652.857,16 2.898.060,79 9,24%

SALARIO EDUCAÇAO 172.868,62 212.346,15 22,84%

TRANSPORTE ESCOLAR 252.326,38 262.381,01 3,98%

MERENDA ESCOLAR 89.623,79 60.439,94 -32,56%

NAO EXISTENTE 2.744,00 -100,00%

FNDE 899.310,50 -

PASSE LIVRE (ENSINO SUPERIOR) 18.533,26 -

ESPORTE 6.598,60 -

ALIEN BENS-EDUCAÇÃO 10.040,00 -

TOTAL 4.093.478,15 5.536.182,13 35,24%

Fonte: http://www1.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/

Tabela 45: MDE – Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

Valor Evolução Descrição 2013 2014 Anual

Educação de Jovens e Adultos 40.137,89 46.335,80 15,44%

Educação Especial 17.449,24 23.584,24 35,16%

Educação Infantil 80.967,68 120.105,65 48,34%

Ensino Fundamental 750.273,92 916.992,97 22,22%

Educação Infantil 341.103,74 393.579,60 15,38%

Ensino Fundamental 2.311.753,42 2.504.481,19 8,34%

Descrição Valor Evolução

2013 2014 Anual

(-) Desp. Liq. com Recursos do PLUS do FUNDEB 579.057,70 686.244,26 18,51% 68

(-) Desp. Liq. comRend. da MDE + FUNDEB 2.529,68 7.626,27 201,47%

Descrição Valor Evolução

2013 2014 Anual

Aplicação em MDE 2.960.098,51 3.311.208,92 11,86%

Receita Líquida de Impostos e Transferências 10.516.251,33 11.395.056,94 8,36% (Ajustada) Total da aplicação em MDE (%) 28,15 29,06 3,23%

Fonte: http://www1.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/

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4 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

4.1 Diretrizes (Art. 2º do PNE):

I. erradicação do analfabetismo; II. universalização do atendimento escolar; III. superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV. melhoria da qualidade da educação; V. formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI. promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII. promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; VIII. estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX. valorização dos profissionais da educação; X. promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

4.2 Metas e Estratégias do Plano Municipal de Educação

Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até 2019 e ampliar para 70% (setenta por cento) até o final da vigência deste PME.

Estratégias:

1.1 definir, em regime de colaboração, metas de expansão das respectivas redes públicas para o acesso à educação infantil segundo padrão nacional de qualidade, considerando as peculiaridades locais; 70

1.2 realizar, anualmente, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social, levantamento da demanda por creche para a população de até 03 (três) anos e pré-escola, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta; 1.3 estabelecer, no primeiro ano de vigência do PNE, normas, procedimentos e prazos para definição de mecanismos de consulta pública da demanda das famílias por creches e pré-escola; 1.4 realizar e publicar, através de parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Ação social e o Conselho Tutelar, a cada ano, levantamento da demanda manifesta por educação infantil em creches e pré-escolas, como forma de planejar e verificar o atendimento; 1.5 garantir, através de benefícios concedidos pelo Plano de Ações Articuladas (PAR), a melhoria da qualidade do atendimento na educação infantil no que se refere à acessibilidade, bem como sua expansão com a construção de uma escola infantil do PROINFÂNCIA Tipo C e ampliação da escola existente por meio de programa nacional, e aquisição de equipamentos e materiais didáticos e pedagógicos; 1.6 incentivar a participação dos profissionais da educação que atuam neste nível em programas permanentes de formação continuada e qualificação, de modo a garantir a elaboração de currículos e propostas pedagógicas capazes de incorporar os avanços ligados ao processo de ensino-aprendizagem e teorias educacionais no atendimento da população de 0 (zero) a 5 (cinco) anos; 1.7 garantir na matrícula e na organização das respectivas turmas o número de crianças e a relação criança/educador conforme determinações do Conselho Municipal de Educação e da legislação vigente; 1.8 priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento educacional especializado complementar e suplementar aos(às) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação e a transversalidade da educação especial nessa etapa da educação básica; 1.9 promover o atendimento das crianças do campo na educação infantil por meio do redimensionamento da distribuição territorial da oferta, permitindo, se necessário, a nucleação de escolas e o deslocamento das crianças, de forma a atender às 71

especificidades das comunidades rurais, que atenda a legislação vigente do transporte escolar, garantindo a segurança das crianças; 1.10 revigorar e implementar, em caráter complementar, programas e projetos de orientação e apoio às famílias, por meio da articulação das áreas da educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade; 1.11 preservar as especificidades da educação infantil na organização das rede escolares, garantindo o atendimento da criança de até 5 (cinco) anos em estabelecimentos que atendam a parâmetros nacionais de qualidade e a articulação com a etapa escolar seguinte, visando o ingresso do (a) aluno (a) de 6 (seis) anos de idade no ensino fundamental; 1.12 promover ações de sensibilização das famílias em relação a importância da educação infantil, fortalecendo o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das crianças na mesma, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social; 1.13 estimular e garantir gradativamente o acesso à educação infantil em tempo integral.

Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 96% (noventa e seis por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada até 2020 e 98% (noventa e oito por cento) até o último ano de vigência deste PME.

Estratégias:

2.1 promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social e de proteção à infância, adolescência e juventude; 2.2 garantir o cumprimento das portarias de matrícula com relação ao limite de alunos em sala de aula, compatível por metro quadrado (1,40 m²/aluno) e demais orientações emanadas do Conselho Municipal de Educação e legislação vigente; 2.3 garantir padrões adequados de infraestrutura dos prédios escolares com espaços diferenciados dotados de ventilação, iluminação, insolação, com condições sanitárias adequadas e acessibilidade; 72

2.4 garantir, após a aprovação do Plano Municipal de Educação, que a autorização para construção de escolas, somente ocorra de acordo com as exigências de padrões mínimos de infraestruturas definidos; 2.5 realizar parcerias na promoção de programas e projetos para reduzir em 80% (oitenta por cento)o abandono escolar e a repetência no prazo de cinco anos da vigência do PME, garantindo recursos humanos na efetivação da aprendizagem ; 2.6 desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial e das escolas do campo; 2.7 fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar de todos os alunos, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências nas escolas, garantindo ao estabelecimento condições adequadas para o sucesso escolar dos (as) alunos (as), em cooperação com as famílias, com órgãos públicos de assistência social, Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social e de proteção à infância, adolescência e juventude; 2.8 disciplinar, no âmbito dos sistemas de ensino, a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar de acordo com a realidade local, a identidade cultural e as condições climáticas da região; 2.9 promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição dos (as) alunos (as) dentro e fora dos espaços escolares, assegurando ainda que as escolas se tornem polos de criação e difusão cultural, disponibilizando recursos humanos e espaço físico adequado; 2.10 possibilitar a construção, reforma e manutenção de escolas, através de parcerias com a União e Estado, de forma a atender toda a demanda e a criação de novos espaços de prática esportiva e cultural; 2.11 aderir à implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do ensino fundamental; 2.12 criar e implementar plano ou programa de recuperação da distorção idade/série, de forma que os alunos possam estudar na série recomendada a sua idade, sem perda da qualidade do ensino; 73

2.13 realizar, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social, combate a exploração do trabalho infantil; 2.14 promover e incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento da vida escolar dos filhos através do incremento da integração escola e família, bem como estimulando a participação mais efetiva das famílias na escola; 2.15 criar mecanismos para o acompanhamento individualizado dos(as) alunos(as) do ensino fundamental; 2.16 estimular a oferta do ensino fundamental, em especial dos anos iniciais, para as populações do campo, no campo e para o campo; 2.17 oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos(às) estudantes e de estímulo a habilidades, inclusive mediante certames e concursos nacionais.

Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

Estratégias:

3.1 aderir, sob responsabilidade da mantenedora, ao programa nacional de renovação do ensino médio, a fim de incentivar práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares que organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e significativos articulados em dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a aquisição de equipamentos e laboratórios, a produção de material didático específico, a formação continuada de professores e a articulação com instituições acadêmicas, esportivas e culturais; 3.2 promover a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos que se encontra fora da escola em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude; 3.3 fomentar programas de educação e de cultura para a população urbana e do campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com 74

qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar; 3.4 requerer, junto ao governo estadual, a manutenção e a ampliação da escola estadual presente no município conjugando esforços para a aquisição de materiais didático-pedagógicos, de equipamentos e laboratórios, para a elevação da qualidade de ensino; 3.5 constituir parcerias junto ao estado e universidades para a formação continuada de professores; 3.6 solicitar, junto ao órgão competente, a criação de rede de proteção contra formas de exclusão, motivadas por discriminação racial, por orientação sexual ou outra forma de preconceito; 3.7 promover para os discentes, através da disponibilização de transporte, condições para a realização do exame nacional do Ensino Médio – ENEM; 3.8 buscar junto ao estado e a União parcerias para implantação, no município, de ensino médio integrado a educação profissional técnica; 3.9 assegurar, sob responsabilidade da mantenedora, a manutenção e a expansão do Ensino Médio, a partir da vigência deste Plano, com infraestrutura adequada aos padrões mínimos nacionais, através da aplicação dos investimentos já definidos em Lei; 3.10 garantir a organização didático-pedagógica e administrativa do ensino noturno, de forma a adequá-lo às necessidades dos estudantes que trabalhem, sem prejuízo da qualidade do ensino; 3.11 assegurar a oferta diurna e noturna de vagas para o Ensino Médio, suficiente para garantir o atendimento dos estudantes que trabalham; 3.12 criar mecanismos para reduzir as disparidades entre estudantes com defasagem de aprendizagem, oriundos do Ensino Fundamental; 3.13 comprometer a mantenedora que a constituição das turmas tenham no máximo, 35 estudantes, no Ensino Médio, respeitando dimensão da sala, conforme determinações legais; 3.14 apoiar e incentivar as organizações estudantis, como espaço de participação e exercício da cidadania; 3.15 viabilizar, junto às esferas competentes, investimentos estruturais e financeiros com o objetivo de ampliar a aprovação dos alunos e alunas para 95% ao final da 75

vigência deste plano e reduzir a evasão em 5% a cada ano, de forma a diminuir o tempo médio para conclusão do Ensino Médio; 3.16 promover e incentivar programas de educação, cultura e esporte para a população urbana e do campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar; 3.17 ampliar o atendimento do ensino médio gratuito com qualidade social para as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação a fim de atender a demanda, cuidando que as novas instituições de ensino estejam dentro dos padrões normativos vigentes previstos em lei, por meio de ações das administradoras dos sistemas de ensino; 3.18 acompanhar e monitorar o acesso e a permanência dos alunos no ensino médio, através de ações das secretarias de educação e escolas, quanto à frequência e ao aproveitamento escolar em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à adolescência e juventude; 3.19 aderir, sob responsabilidade das mantenedoras, ao pacto federativo que tratará da implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do ensino médio.

Meta 4: universalizar, até 2019, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniado nos termos do art. 208, inciso III, da Constituição Federal, e do art. 24 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, com status de emenda constitucional, e promulgada pelo Decreto nº 6.949, de 25 75 de agosto de 2009, e nos termos do art. 8º do Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, que dispõe sobre a educação especial e o atendimento educacional especializado.

Estratégias:

76

4.1 contabilizar, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, as matrículas dos(as) estudantes da educação regular da rede pública que recebam atendimento educacional especializado complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme o censo escolar mais atualizado, na educação especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público e com atuação exclusiva na modalidade, nos termos da Lei n° 11.494, de 20 de junho de 2007; 4.2 realizar, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social levantamento de pessoas com idade de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação; 4.3 manter as salas de recursos multifuncionais nos principais núcleos educacionais e fomentar a formação continuada de professores e professoras para o atendimento educacional especializado nas escolas urbanas e do campo com profissional especializado; 4.4 adequar o espaço físico das escolas, de forma que sejam acessíveis aos alunos(as) com deficiência; 4.5 garantir aos alunos surdos matrícula, transporte e demais condições que se fizerem necessário para atendimento dos alunos surdos em escolas do município ou município vizinhos; 4.6 promover, no prazo de vigência deste PME, a universalização do atendimento escolar à demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, observado o que dispõe a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional; 4.7 garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados, nas formas complementar e suplementar, a todos(as) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e o aluno; 77

4.8 estimular a criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia e psicologia, para apoiar o trabalho dos(as) professores da educação básica com os(as) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação; 4.9 manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos(as) alunos(as) com deficiência por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível e da disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a identificação dos(as) alunos(as) com altas habilidades ou superdotação; 4.10 fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do desenvolvimento escolar dos(as) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação beneficiários(as) de programas de transferência de renda, juntamente com o combate às situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude; 4.11 promover o uso de metodologia com aquisição gradativa de materiais didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, com vistas à promoção do ensino e da aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade dos(as) estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação; 4.12 incentivar a inclusão nos cursos de licenciatura e nos demais cursos de formação para profissionais da educação, inclusive em nível de pós-graduação, observado o disposto no caput do art. 207 da Constituição Federal, dos referenciais teóricos, das teorias de aprendizagem e dos processos de ensino-aprendizagem relacionados ao atendimento educacional de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação; 4.13 promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar as 78

condições de apoio ao atendimento escolar integral das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculadas nas redes públicas de ensino; 4.14 realizar, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social, levantamento de pessoas com idade de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação; 4.15 possibilitar, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social, o diagnóstico de alunos(as), com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, que já estão em sala de aula; 4.16 estimular a formação de profissionais que atuam na sala de aula para o melhor atendimento dos alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação; 4.17 garantir, no Projeto Político Pedagógico das escolas, a inclusão de ações voltadas ao atendimento à diversidade; 4.18 assegurar a inserção e permanência de pessoas com necessidades educacionais especiais no sistema educacional, atendendo 100% da demanda, até o prazo de 03 anos a partir da aprovação deste Plano; 4.19 implantar, até o final de vigência deste Plano, Centros Pedagógicos Especializados e Multidisciplinares, com fonoaudiólogo, psicólogo, pedagogo, psicopedagogo, neurologista, fisioterapeuta, profissionais de educação física, assistente social e especialistas nas áreas de especificidades, para o atendimento e promoção do melhor desenvolvimento dos alunos com deficiências, matriculados na rede regular de ensino; 4.20 manter e ampliar convênios com instituições públicas ou filantrópicas que ofereçam educação especial para alunos cuja grave deficiência necessita de maior apoio e condições.

Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

Estratégias:

79

5.1 desenvolver, sob orientação das respectivas mantenedoras, processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e valorização dos(as) professores(as) alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças; 5.2 utilizar instrumentos de avaliação nacional periódicos e específicos para aferir a alfabetização das crianças (como Provinha Brasil, ANA), aplicados a cada ano bem como elaborar e implementar, a nível municipal, instrumentos de avaliação específicos para aferir a alfabetização e monitoramento das crianças, aplicados a cada ano, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos e alunas até o final do terceiro ano do ensino fundamental; 5.3 utilizar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos(as) alunos (as), consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade; 5.4 estabelecer e manter condições para a habilitação de professores(as) para a alfabetização de crianças, promovendo cursos de formação continuada com o intuito de oferecer o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras; 5.5 manter e buscar novos programas que facilitem a aprendizagem discente; 5.6 promover e fortalecer ações, visando à integração entre escola, família e comunidade; 5.7 promover a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, sem estabelecimento de terminalidade temporal.

Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 30% (trinta por cento) dos(as) alunos(as) da educação infantil e ensino fundamental.

Estratégias:

6.1 promover a oferta de educação em tempo integral para a educação infantil e o ensino fundamental, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de 80

permanência dos (as) alunos (as) na escola ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo; 6.2 articular, em regime de colaboração, ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como de produção de material didático e de formação de recursos humanos para a educação integral; 6.3 promover a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos, e equipamentos públicos como centro cultural, biblioteca e praças; 6.4 expandir, respeitando as peculiaridades locais, a educação em tempo integral para as escolas do campo; 6.5 aderir, em regime de colaboração com a união e o estado, a programa de ampliação e reestruturação de escolas com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para atendimento em tempo integral; 6.6 realizar um diagnóstico municipal das condições físicas, humanas e didático- pedagógicas na perspectiva de oferta da educação integral na zona urbana e rural; 6.7 garantir, após 10 (dez)anos da vigência deste plano, a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na faixa etária de 3 (três) a 17 (dezessete) anos, assegurando atendimento educacional especializado complementar e suplementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas; 6.8 ampliar progressivamente o número de professores com jornada de 20 horas em uma única escola por meio normativa específica; 6.9 estabelecer o perfil do professor para o atendimento da escola em tempo integral por meio da elaboração de normativa.

Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias municipais para o IDEB:

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IDEB 2015 2017 2019 2021 Anos Iniciais do Ensino Fundamental 5,8 6,0 6,2 6,5 Anos Finais do Ensino Fundamental 5,1 5,4 5,7 5,9 Ensino Médio 4,5 5,0 5,3 5,6

Estratégias:

7.1 estabelecer e implantar, sob responsabilidade das mantenedoras e orientações dos sistemas de ensino, diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos(as) alunos(as) para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local; 7.2 assegurar que, através de diretrizes, ações e programas desenvolvidos em regime de colaboração entre município, estado e país, as escolas de educação básica do município atinjamos índices do IDEB: a) assegurar que no quinto ano de vigência deste PME, pelo menos 80% (oitenta por cento) dos(as) alunos(as) do ensino fundamental e 70% (setenta por cento) do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável; b) assegurar que no último ano de vigência deste PME, todos os (as) estudantes do ensino fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejado; c) assegurar, através de múltiplas ações, sob responsabilidade das mantenedoras, a diminuição gradativa dos índices de reprovação, abandono e distorção idade série no Ensino Fundamental - 2020: Aprovação: 96%: Distorção: 8%; Abandono: 0% e em 2025: Aprovação: 98%; Distorção:3%; Abandono: 0%, e no Ensino Médio – 2020: Aprovação: 82%, Distorção:20%; Abandono: 10% e em 2015: Aprovação:85%; Distorção:10%; Abandono:5% 7.3 formalizar e executar os Planos de Ações Articuladas (PAR) e PDDE Interativo dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para a educação básica 82

pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação de professores e professoras e profissionais de serviços e apoio escolar, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar; 7.4 criar e implementar, até o quinto ano de vigência deste plano, sistema de avaliação da educação pública municipal, que considere todos os alunos e escolas, os espaços físicos escolares, a gestão pública e escolar, os professores e os demais profissionais da educação; 7.5 incentivar a prática de ações pedagógicas adequadas à realidade de cada unidade escolar; 7.6 promover processo contínuo de autoavaliação das escolas de educação básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos(as) profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática; 7.7 utilizar um conjunto nacional de indicadores de avaliação institucional com base no perfil do alunado e do corpo de profissionais da educação, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras dimensões relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino; 7.8 aprimorar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do ensino fundamental e médio, de forma a englobar o ensino de ciências nos exames aplicados nos anos finais do ensino fundamental, e incorporar o Exame Nacional do Ensino Médio, assegurada a sua universalização, ao sistema de avaliação da educação básica, bem como apoiar o uso dos resultados das avaliações nacionais pelas escolas e redes de ensino para a melhoria de seus processos e práticas pedagógicas; 7.9 garantir, em regime de colaboração com estado e união, transporte a todos (as) os (as) estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória mediante renovação e padronização da frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com participação da União proporcional às necessidades dos entes federados, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local; 83

7.10 dobrar, até o 5º ano de vigência deste Plano, o número de computadores na rede pública municipal e ampliar em 50% (cinquenta por cento) o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade; 7.11 garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores (as) para detecção dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas que promovam a construção de cultura de paz e ambiente escolar dotado de segurança para os alunos, docentes, servidores e toda a comunidade; 7.12 promover a articulação dos programas da área da educação com os de outras áreas como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte, cultura, como condição para a melhoria da qualidade educacional; 7.13 ampliar programas e aprofundar ações de atendimento ao(à) aluno(a), em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; 7.14 assegurar até o final da vigência deste plano, em regime de colaboração com Estado e a União, a todas as escolas públicas de educação básica o acesso à energia elétrica, abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos, garantir o acesso dos alunos a espaços para a prática esportiva, a bens culturais e artísticos e a equipamentos e laboratórios de ciências e, em cada edifício escolar, garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência; 7.15 prover, em regime de colaboração, equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização pedagógica no ambiente escolar a todas as escolas públicas da educação básica, criando, inclusive, mecanismos para implementação das condições necessárias para a universalização das bibliotecas nas instituições educacionais, com acesso a redes digitais de computadores, inclusive a internet; 7.16 cumprir, no prazo de 5 (cinco) anos contados da publicação desta Lei, parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica, a serem utilizados como referência para infraestrutura das escolas, recursos pedagógicos, entre outros insumos relevantes, bem como instrumento para adoção de medidas para a melhoria da qualidade do ensino; 7.17 garantir e qualificar nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira e indígenas e implementar e acompanhar ações educacionais, nos termos das Leis nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e 11.645, de 84

10 de março de 2008, assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil; 7.18 manter e consolidar a educação escolar no campo respeitando a articulação entre os ambientes escolares e comunitários e garantindo: o desenvolvimento sustentável e preservação da identidade cultural; a participação da comunidade na definição do modelo de organização pedagógica e de gestão das instituições, consideradas as práticas socioculturais e as formas particulares de organização do tempo; a reestruturação e a aquisição de equipamentos; a oferta de programa para a formação inicial e continuada de profissionais da educação; o atendimento em educação especial; 7.19 estabelecer, sob a responsabilidade das mantenedoras, ações efetivas especificamente voltadas para a promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e emocional dos(das) profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade educacional; 7.20 promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a capacitação de professores e professoras, auxiliares e agentes da comunidade para atuar como mediadores e mediadoras da leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem; 7.21 acompanhar e divulgar bienalmente os resultados pedagógicos dos indicadores do sistema nacional de avaliação da educação básica e do IDEB, relativos às escolas de educação básica assegurando a contextualização desses resultados, com relação a indicadores sociais relevantes, como os de nível socioeconômico das famílias dos(as) alunos(as), e a transparência e o acesso público às informações técnicas de concepção e operação do sistema de avaliação; 7.22 fortalecer o acompanhamento familiar e possibilitar sua participação efetiva nas decisões tomadas no âmbito escolar; 7.23 buscar junto ao Estado e União recursos que possibilitem a criação de novos espaços de aprendizagem e interação educacional como, bibliotecas, quadras poliesportivas, laboratórios de informática, laboratórios de Ciências entre outros; 85

7.24 acompanhar e aderir aos programas federais e estaduais que visam melhorar a qualidade da educação básica nos aspectos institucionais, estruturais, físicos, tecnológicos, didático-pedagógicos, equipamentos e outros. 7.25 manter e aprimorar programa de formação continuada a todos os profissionais de educação, bem como incentivar na busca de maior qualificação profissional; 7.26 aderir, sob responsabilidade das mantenedoras, a políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no IDEB, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade escolar.

Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Estratégias:

8.1 institucionalizar programas e desenvolver tecnologias, na educação de jovens e adultos, para correção de fluxo, acompanhamento pedagógico individualizado, recuperação e progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado respeitando as especificidades dos segmentos populacionais considerados; 8.2 implantar programa de Educação de Jovens e Adultos para os segmentos populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade- série, associada a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial; 8.3 garantir acesso gratuito a exames de certificação da conclusão do ensino fundamental; 8.4 buscar oferta gratuita de educação profissional técnica por parte das entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante ao ensino ofertado na rede escolar pública para os segmentos populacionais considerados; 86

8.5 promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento de acesso à escola, específicos para os segmentos populacionais considerados e identificar motivos de ausência e baixa frequência, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses (as) estudantes na rede pública regular de ensino; 8.6 promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social, saúde e proteção à juventude; 8.7 articular políticas de EJA às políticas sociais voltadas para o mundo do trabalho, saúde e geração de emprego e renda; 8.8 articular junto ao Estado a oferta classes regulares de EJA de Ensino Médio; 8.9 implementar classes regulares de alfabetização para jovens e adultos que ainda não tenham frequentado a escola, através de adesão a programas federais, estaduais ou próprios desenvolvidos pelo município.

Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 95,5% (noventa e cinco inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Estratégias:

9.1 assegurar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria; 9.2 realizar diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e adultos; 9.3 aderir a programas de alfabetização de jovens e adultos bem como implementar ações de continuidade da escolarização básica; 9.4 realizar chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos, promovendo-se busca ativa em regime de colaboração e em parceria com organizações da sociedade civil; 9.5 realizar avaliação, por meio de exames específicos, que permita aferir o grau de alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze) anos de idade; 87

9.6 estabelecer mecanismos e incentivos que integrem os segmentos empregadores, públicos e privados, e os sistemas de ensino, para promover a compatibilização da jornada de trabalho dos empregados e das empregadas com a oferta das ações de alfabetização e de educação de jovens e adultos; 9.7 considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos idosos, com vistas à promoção de políticas de erradicação do analfabetismo, ao acesso a tecnologias educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas, à implementação de programas de valorização e compartilhamento dos conhecimentos e experiência dos idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento e da velhice nas escolas. 9.8 reduzir em, no mínimo, 50% a taxa de evasão na EJA, até o final dos 10 anos; 9.9 Divulgar as ações dos programas de EJA para incentivar a participação e a mobilização dos munícipes; 9.10 oferecer transporte escolar para alunos do campo acima de 18 anos para frequentar a Educação de Jovens e Adultos, oferecida na zona urbana, em turno noturno; 9.11 apoiar técnica e financeiramente projetos inovadores na educação de jovens e adultos que visem ao desenvolvimento de modelos adequados às necessidades específicas desses (as) alunos (as).

Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, no ensino fundamental e ensino médio, na forma integrada à educação profissional.

Estratégias:

10.1 fomentar, em regime de colaboração com o Estado e a União, a integração da educação de jovens e adultos com a educação profissional, em cursos planejados de acordo com as necessidades do município, visando especificidades das populações tanto da zona urbana quanto da zona rural, inclusive na modalidade de educação à distância; 10.2 manter/criar programa nacional, estadual ou municipal de educação de jovens e adultos voltado à conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da educação básica; 88

10.3 expandir, em regime de colaboração com o Estado e a União, as matrículas na educação de jovens e adultos, de modo a articular a formação inicial e continuada de trabalhadores com a educação profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador; 10.4 buscar parcerias na sociedade civil para que ofereçam oportunidades profissionais aos jovens e adultos com deficiência e baixo nível de escolaridade, por meio do acesso à educação de jovens e adultos articulada à educação profissional; 10.5 estimular a diversificação curricular da educação de jovens e adultos, articulando a formação para a preparação para o mundo do trabalho e estabelecendo inter- relação entre teoria e prática nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógicos adequados às características desses alunos; 10.6 fomentar a aquisição de material didático condizente com a realidade, o desenvolvimento de currículos e metodologias que valorizem os alunos da EJA e fornecer os instrumentos de avaliação, o acesso a equipamentos e laboratórios e a formação continuada e permanente de docentes das redes públicas que atuam na educação de jovens e adultos articulada à educação profissional; 10.7 aderir a programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na educação de jovens e adultos integrada à educação profissional, garantindo acessibilidade à pessoa com deficiência; 10.8 aderir a programa nacional de assistência ao estudante, compreendendo ações de assistência social, financeira e de apoio psicopedagógico que contribuam para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito da educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;

Meta 11: Articular, em regime de cooperação com o Estado e a União, a criação e expansão de matrículas da educação profissional técnica de nível médio.

Estratégias:

11.1 fomentar junto ao poder estadual e federal a implantação e expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio no município ou na região em parceria com municípios vizinhos; 89

11.2 estimular junto ao governo estadual e federal a implantação e expansão de oportunidades de estágio na educação profissional técnica de nível médio e do ensino médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao itinerário formativo do aluno, visando a formação de qualificações próprias da atividade profissional, à contextualização curricular e ao desenvolvimento da juventude; 11.3 buscar oferta de matrículas gratuitas de educação profissional técnica de nível médio em parceria com entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindical e entidades sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com atuação exclusiva na modalidade; 11.4 realizar adesões a programas governamentais e federais de assistência estudantil, visando garantir as condições necessárias à permanência dos(as) estudantes e a conclusão dos cursos técnicos de nível médio; 11.5 assegurar a excelência de cursos profissionalizantes e sua adequação à realidade regional; 11.6 estabelecer, a partir do segundo ano da aprovação do PME, políticas para a educação profissional no município; 11.7 aderir ao programa do governo federal PRONATEC com oferta de cursos profissionalizantes de no mínimo 160 e no máximo 400 horas.

Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Estratégias:

12.1 intensificar a relação entre Município e as Universidades, visando a atender às demandas da sociedade passo-sobradense em relação à Educação Superior; 12.2 criar e manter programas de apoio aos estudantes do ensino superior residentes em Passo do Sobrado como transporte gratuito entre outros; 12.3 buscar meios de incentivar os alunos a realizarem processos seletivos de inclusão em cursos superiores como, vestibular e Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM; 90

12.4 buscar, em regime de colaboração, a expansão de políticas de inclusão e de assistência estudantil dirigidas aos (as) estudantes de instituições públicas e bolsistas de instituições privadas de educação superior, de modo a reduzir as desigualdades étnico-raciais e ampliar as taxas de acesso e permanência na educação superior de estudantes egressos da escola pública; 12.5 divulgar junto aos estudantes e suas famílias e em toda comunidade a existência de programas de benefícios destinados à concessão de financiamento (FIES e PROUNI) como possibilidades efetivas de acesso ao ensino superior; 12.6 Ampliar, em regime de colaboração, a oferta de estágios como parte da formação na educação superior, oferecendo o transporte escolar dentro do município desde que haja o respectivo itinerário; 12.7 estimular que universidades criem polos de Educação à Distância no município.

Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

Estratégias:

13.1 divulgar cursos de mestrado e doutorado nas mais diversas áreas do conhecimento; 13.2 sugerir modificações no currículo dos cursos de Pedagogia e licenciaturas, integrando-os às demandas e necessidades das redes de educação básica, de modo a permitir aos graduandos a aquisição das qualificações necessárias a conduzir o processo pedagógico de seus futuros alunos(as), combinando formação geral e específica com a prática didática, além da educação para as relações étnico- raciais, a diversidade e as necessidades das pessoas com deficiência; 13.3 divulgar programas de intercâmbio de aperfeiçoamento em universidades do país e demais países.

Meta 14: ampliar de forma gradativa o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, mestrado e doutorado.

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Estratégias:

14.1 divulgar as instituições que oferecem pós-graduação stricto sensu bem como as formas de financiamentos possíveis para cursá-lo; 14.2 incentivar os professores a realizarem pós-graduação na área de atuação e se possível mestrado; 14.3 estabelecer, no Plano de Carreira do Magistério, avanços e vantagens para profissionais com mestrado e doutorado; 14.4 divulgar programas, projetos e ações que objetivem a internacionalização da pesquisa e da pós-graduação brasileiras, incentivando a atuação em rede e o fortalecimento de grupos de pesquisa.

Meta 15: garantir a formação e valorização dos (as) profissionais da educação, assegurando que todos (as) os (as) professores e professoras da educação básica municipal possuam formação específica em nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Estratégias:

15.1 valorizar os (as) profissionais do magistério da rede pública e tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal; 15.2 criar e viabilizar , até o final do 5º (quinto) ano de vigência do Plano Municipal de Educação, o Plano de Saúde do Servidor Público Municipal; 15.3 garantir que, no prazo de cinco anos, 100% dos professores da Educação Básica (em todas as modalidades) possuam a formação especifica de nível superior, de licenciatura plena em instituições qualificadas; 15.4 propor às instituições públicas de nível superior, preferencialmente da região, a oferta de cursos de especialização voltados para a formação de professores para as diferentes áreas de ensino e, em particular, para a educação especial, a gestão escolar, a formação de jovens e adultos, educação de tempo integral e a educação infantil; 15.5 criar, em parcerias com instituições financeiras, programas de financiamento para aquisição de computadores para professores e de softwares educacionais; 92

15.6 realizar um mapeamento das áreas carentes em profissionais de educação no município; 15.7 fomentar programas de formação continuada, de forma a estimular o aperfeiçoamento do conhecimento docente; 15.8 divulgar e apoiar programa permanente de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, a fim de aprimorar a formação de profissionais para atuar no magistério da educação básica; 15.9 implementar programas específicos para formação de profissionais da educação para as escolas do campo com currículo adequado ao contexto rural; 15.10 valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e superior dos profissionais da educação que estejam cursando no mínimo o 3º semestre na área específica de atuação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica; 15.11 divulgar a oferta de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos de nível superior destinados à formação, nas respectivas áreas de atuação, dos(as) profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério; 15.12 divulgar, apoiar e implementar modelos de formação docente para a educação profissional que valorizem a experiência prática, por meio da oferta, nas redes federal e estaduais de educação profissional, de cursos voltados à complementação e certificação didático-pedagógica de profissionais experientes; 15.13 divulgar e incentivar os profissionais da educação a utilizarem plataforma eletrônica como PDDE Interativo e PARFOR que organizam a oferta e as matrículas em cursos de formação inicial e continuada de profissionais da educação, bem como para divulgar e atualizar seus currículos eletrônicos.

Meta 16: formar em nível, de pós-graduação, 100% (cem por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Estratégias:

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16.1 realizar planejamento estratégico para dimensionamento da demanda por formação continuada, de forma orgânica e articulada às políticas de formação do Município; 16.2 expandir, em regime de colaboração com o Estado e a União, programa de composição de acervo de obras didáticas, paradidáticas e de literatura e de dicionários, e programa específico de acesso a bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos em Libras e em Braille, sem prejuízo de outros, a serem disponibilizados para os professores e as professoras da rede pública de educação básica, favorecendo a construção do conhecimento e a valorização da cultura da investigação; 16.3 divulgar e apoiar a utilização de portal eletrônico para subsidiar a atuação dos professores e das professoras da educação básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e pedagógicos suplementares, inclusive àqueles com formato acessível; 16.4 fortalecer a formação dos professores e das professoras das escolas públicas de educação básica, por meio da adesão das ações do Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição de programa nacional de disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo magistério público; 16.5 divulgar a oferta de bolsas de estudo para pós-graduação dos professores e das professoras e demais profissionais da educação básica; 16.6 garantir, pelas respectivas mantenedoras, carga horária para estudo e planejamento durante o horário de trabalho para os professores da Educação Básica.

Meta 17: valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PME.

Estratégias:

17.1 Assegurara existência e ação do Fórum Municipal de Educação, em caráter permanente, com representantes dos profissionais na educação, do poder executivo e da sociedade, a fim de subsidiar o Conselho Municipal de Educação (deliberativo), a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto para que 94

possa tratar das condições necessárias à atividade docente – número de estudantes por sala, profissionais de apoio, currículo, equipes técnico-pedagógicas nas escolas, entre outros; 17.2 reformular, com a ampla participação dos profissionais da educação, o plano de carreira do magistério da rede municipal de ensino, no prazo máximo de um ano do início da vigência deste plano; 17.3 realizar, até 2022, concurso público para profissionais de equipe técnico- pedagógico, educação especial e professores sempre que houver demanda, cuja exigência de formação constada em edital, seja a equivalente à área de atuação; 17.4 reivindicar, de forma organizada através de associação de municípios, UNDIME, UNCME entre outros, a assistência financeira específica da União aos entes federados para implementação de políticas de valorização dos(as) profissionais do magistério, em particular o piso salarial nacional profissional; 17.5 acompanhar a evolução salarial por meio de indicadores obtidos a partir da Pesquisa Nacional por amostragem de Domicílios - PNAD, periodicamente divulgados pelo IBGE.

Meta 18: revisar, no prazo de 1 (ano) ano, o Plano de Carreira para os(as) profissionais da educação da rede municipal tomando como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Estratégias:

18.1 estruturar a rede pública de educação, sob responsabilidade das mantenedoras, de modo que pelo menos 90% (noventa por cento) dos respectivos profissionais do magistério sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontram vinculados; 18.2 favorecer a existência de comissões permanentes de profissionais da educação para subsidiar os órgãos competentes na reestruturação, implementação e acompanhamento dos planos de carreira; 18.3 instituir programa de acompanhamento ao professor e à professora iniciante, supervisionado por profissional com experiência de ensino, a fim de fundamentar, 95

com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação do (a) professor (a) ao final do estágio probatório; 18.4 realizar anualmente, sob a coordenação do MEC, o censo dos (as) profissionais da educação básica de outros segmentos que não os do magistério; 18.5 considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo no provimento de cargos efetivos para essas escolas; 18.6 reivindicar o repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação, para os Municípios que tenham aprovado lei específica estabelecendo Planos de Carreira para os(as) profissionais da educação.

Meta 19: assegurar condições, no prazo de 1 (um) ano, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. Estratégias:

19.1 criar comitê local do Plano de Ações Articuladas que atue em parceria com o CME e SMECD, com vistas a fortalecer a implementação das políticas públicas da educação estabelecidas através dos objetivos e metas deste Plano, com representantes das associações de empresários, trabalhadores, sociedade civil, Ministério Público, Conselho Tutelar e dos dirigentes do sistema educacional público, encarregado da mobilização da sociedade; 19.2 mobilizar entidades da sociedade civil organizada, representantes da educação, entre outros setores sociais, para fiscalização e acompanhamento da implementação do PME; 19.3 viabilizar a construção, implementação, consolidação e avaliação do Projeto Político Pedagógico em cada instituição de ensino, de acordo com a concepção de escola democrática, inclusiva e participativa; 19.4 assegurar a realização de Audiências Públicas para discussão do PPA, LOA e LDO, com ampla divulgação nos meios de comunicação social; 19.5 criar os Conselhos Escolares consultivos e deliberativos em todas as unidades escolares para que a gestão escolar seja realizada de forma democrática, com a participação dos professores, servidores, pais e alunos bem como componha o Conselho Municipal de Educação; 96

19.6 zelar pela transparência da gestão pública na área da educação, garantindo o funcionamento efetivo, autônomo e articulado dos conselhos de controle social; 19.7 estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos(as) e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares; 19.8 consolidar e fomentar a integração entre escola e comunidade, a fim de que a escola possa firmar-se como um espaço privilegiado de debates e questões que conduzam à conscientização da importância da participação dos pais, alunos e comunidade na construção de uma escola pública de qualidade; 19.9 estimular a criação de Grêmios Estudantis nas escolas de forma que as escolas da rede pública tenham assegurada a participação dos alunos nessas associações; 19.10 legitimar e garantir a autonomia, através da participação democrática por meio da escolha de Diretores das Unidades Educativas com eleição direta pela comunidade escolar; 19.11 impulsionar a democratização dos espaços educativos disponibilizando salas de informática das Escolas Municipais e biblioteca à população, com a finalidade de facilitar o acesso à informação, incentivando a prática da leitura e proporcionando aos estudantes condições para pesquisas e digitação de trabalhos escolares, e realizando, dessa forma, a inserção da comunidade no contexto informatizado, tornando a escola mais dinâmica e flexível para atender às necessidades dos alunos e da comunidade; 19.12 buscar programas de formação para membros de conselhos, diretores, vice- diretores, coordenadores e técnicos da Secretaria Municipal de Educação; 19.13 aderir aos programas de apoio e formação aos (às)conselheiros(as) dos conselhos de acompanhamento e controle social do FUNDEB, dos conselhos de alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos(às) representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções; 19.14 fortalecer o Fórum Municipal de Educação e outros colegiados com o intuito de coordenar as conferências municipais, bem como efetuar o acompanhamento da execução deste PME e demais demandas da educação; 97

19.15 Fortalecer e apoiar o Conselho Municipal de Educação, como instrumento de participação, deliberação, consulta e fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo; 19.16 favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira nos estabelecimentos de ensino.

Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio. Ampliar os investimentos em Educação, através do aumento progressivo dos percentuais destinados a este setor. Estratégias:

20.1 ampliar o investimento municipal em educação de forma a aplicar no mínimo 26% (vinte e seis por cento) da receita do município a partir do terceiro ano de vigência deste PME e 28% (vinte e oito por cento) até o último ano de sua validade. 20.2 garantir o aperfeiçoamento da gestão educacional, para que os recursos sejam bem geridos; 20.3 viabilizar incentivos e investimentos de instituições não governamentais, executando projetos pedagógicos e ampliando a receita educacional do município; 20.4 executar política de incentivo ao cumprimento fiscal, de modo a assegurar o aumento da arrecadação municipal; 20.5 cuidar para que o PPA (Plano Plurianual), a LOA (Lei Orçamentária Anual) e leis afins sejam aprovadas prevendo o que é determinado neste PME, com proposta orçamentária anual da Secretaria Municipal da Educação, Cultura e Desporto com base em levantamento das principais necessidades da rede escolar, levantadas pelo Conselhos deliberativos e demais órgãos competentes; 20.6 criar e implantar, no âmbito dos órgãos do Sistema Municipal de Educação, sistema de informação com o aprimoramento da base de dados e aperfeiçoamento dos processos de coleta e armazenamento de dados censitários e estatísticos; 20.7 potencializar a utilização dos recursos repassados às Unidades Escolares com qualificação dos envolvidos em: orçamento, gestão, cotação de preços, licitação; 98

20.8 Assegurar, durante o período de vigência do PME, o planejamento de ações Inter setoriais, que envolvam as secretarias de Saúde e Ação Social, Serviços Públicos, Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano na execução de programas e projetos da Secretaria Municipal da Educação, Cultura e Desporto; 20.9 garantir padrões adequados de infraestrutura dos prédios escolares com espaços diferenciados dotados de ventilação, iluminação, insolação, com condições sanitárias adequadas e acessibilidade; 20.10 ampliar ou construir novas escolas públicas que atendam à demanda comprovada a partir de estudos realizados pelos órgãos competentes; 20.11 fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos do parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do FUNDEB, com a colaboração entre o Ministério da Educação, as Secretarias de Educação dos Estados e dos Municípios e os Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios; 20.12 utilizar no prazo de 2 (dois) anos da vigência deste PME, o Custo Aluno- Qualidade inicial - CAQi, conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional e cujo financiamento será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem e será progressivamente reajustado até a implementação plena do Custo Aluno Qualidade - CAQ; 20.13 utilizar o Custo Aluno Qualidade - CAQ como parâmetro para o financiamento da educação de todas as etapas e modalidades da educação básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar, alimentação e transporte escolar.

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4.3 Acompanhamento e Avaliação do PME

Pela importância e amplitude deste Plano Municipal de Educação faz-se necessário um acompanhamento e uma avaliação constante de toda sociedade de Passo do Sobrado com o intuito de garantir o cumprimento das metas e suas estratégias propostas. A avaliação deve ser feita formalmente a cada dois anos pelo Fórum Municipal de Educação, instituído pela Portaria Nº 054 de 16 de janeiro de 2015, que deve emitir um relatório qualitativo e quantitativo, apontando os avanços, as correções necessárias e novas posições em benefício da educação do município. Este relatório deve ser encaminhado a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto que o divulgará a toda comunidade e tomará as medidas necessárias. Além da avaliação bienal, a Secretaria acima mencionada em consonância com o Fórum Municipal de Educação deverá articular, organizar e realizar, a cada 4 (quatro) anos, Conferência Municipal de Educação para discutir os rumos da educação no município.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: 185º da Independência e 108º da República, 1996.

BRASIL. Lei nº 10.639, de 09 de Janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: 182o da Independência e 115o da República, 2003.

BRASIL. Lei 11.738, de 16 de julho de 2008. Regulamenta a alínea “e” do inciso III do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2008/lei/l11738.htm.

BRASIL. Lei nº 12.527, de 18 de Novembro de 2011. Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o , no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Brasília: 190o da Independência e 123o da República, 2011.

BRASIL. Lei 13.005 de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- 2014/2014/Lei/L13005.htm.

100

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - CNE. RESOLUÇÃO Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - CNE. RESOLUÇÃO Nº 7, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf. http://pne.mec.gov.br/ http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?ibge/censo/cnv/alfba.def. Acesso em: 18 de Mar. 2015. http://www.atlasbrasil.org.br/2013/ http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=431680 http://www.convivaeducacao.org.br/users/sign_in http://www.deepask.com/goes?page=Confira-a-taxa-de-analfabetismo-no-seu-municipio http://www.inep.gov.br/ http://www.mprs.mp.br/mapa_social/busca http://www.observatoriodopne.org.br/ http://www.passodosobrado.rs.gov.br/ http://www.qedu.org.br/busca/121-rs/146- passo do sobrado http://www1.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/ http://www.todospelaeducacao.org.br/

IBGE, Famurs, FEE, Guia Socioeconômico do Jornal Gazeta do Sul www.unisc.br/portal/upload/.../passo_de_sobrado

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br.

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PASSO DO SOBRADO. Lei Orgânica do Município de Passo do Sobrado de 10 de dezembro de 1993 e revisada em 26 de julho de 2004. 101

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: http://www.pnud.org.br/atlas/ranking/IDH_Municipios_Brasil_2000.aspx?indiceA ccordion=1&li=li_Ranking2003. Acesso em 17 de mar. 2015.

UNICEF. Índice de Desenvolvimento Infantil. Disponível em: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_10175.htm. Acesso em: 27 de Mar. 2015.